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MIKAELLY OLIVEIRA R1 PEDIATRIA FSCMPA

PRECEPTORA DRA ADRIANA

Doenças exantemáticas
SARAMPO
• ETIOLOGIA: vírus RNA da família Paramyxoviridae, gênero Morbillivírus
• TRANSMISSÃO: pequenas gotículas de saliva eliminadas através da fala, espirros ou tosse, ou ainda através
de aerossóis. O período de transmissibilidade ocorre entre 4-6 dias antes do exantema e quatro dias após o seu
desaparecimento, e o período de incubação é de dez dias em média.
SARAMPO
• MANIFESTAÇÕES CLINICAS:
• Período de Infecção (duração de sete dias):inicia-se com a fase prodrômica, na qual surgem a febre, a
tosse produtiva, a coriza, a conjuntivite e a fotofobia.
• Manchas de Koplik: pequenas lesões puntiformes, esbranquiçadas com halo avermelhado na mucosa
jugal na altura dos pré-molares, mas que também podem ser encontrados nos lábios, palato duro,
gengivas, conjuntiva e vagina.
• Fase exantemática: surge o exantema maculopapular avermelhado, inicialmente na região retroauricular
com disseminação para a região frontal seguindo a linha de implantação capilar, atrás das orelhas e
pescoço, disseminando-se para dorso, extremidades, palmas e solas, seguindo um padrão de distribuição
cefalocaudal.
SARAMPO
• MANIFESTAÇÕES CLINICAS: fácies sarampenta caracteriza-se por hiperemia conjuntival, lacrimejamento,
coriza mucopurulenta e rash facial
• A partir do momento do início do exantema, os sinais e sintomas respiratórios e a febre pioram
• Complicações: pneumonias, otites, diarreia e encefalite.
SARAMPO
• DIAGNOSTICO: Sorologia para sarampo (IGM)
• PCR de amostras coletadas na nasofaringe, sangue, urina ou liquor.
• TRATAMENTO: sintomáticos, antibióticos se infecção secundaria
• Vitamina A (SBP): 50.000 UI por via oral, para lactentes menores de seis meses de idade; 100.000 UI por via
oral, para lactentes de seis a onze meses de idade; 200.000 UI por via oral, para crianças de 12 meses de
idade ou mais.
SARAMPO
• PROFILAXIA: pré-exposição vacina trípliceou tetravalente (caxumba, sarampo, rubéola e varicela) aos 12 e
aos 15 meses.
• Pós- exposição: vacina de bloqueio em até 72 horas após exposição
• Imunoglobulina até 6 dias após exposição. Dose: 0,25-0,5 mg/kg IM está indicada em contatos íntimos que
tenham alguma contraindicação à vacina (< 6 meses, grávidas, AIDS, transplantados, imunodeficiências
congênitas
RUBEOLA
• ETIOLOGIA: família Togaviridae e ao gênero Rubivírus.
• TRANSMISSÃO: gotículas de secreção nasofaríngea das pessoas infectadas. período de maior
transmissibilidade ocorre desde 5-7 dias antes até 5-7 dias após o aparecimento do rash.
• PERIODO DE INCUBAÇÃO: de 2 a 3 semanas
RUBEOLA
• MANIFESTAÇÕES CLINICAS: a criança inicia um quadro de febre baixa, mal-estar, anorexia, mialgias, dor
de garganta e hiperemia conjuntival, adenomegalia
• rash, maculopapular puntiforme, róseo, com tendência à coalescência que começa na cabeça e pescoço e
dissemina-se pelo tronco, dorso e extremidades o exantema da rubéola dura em média três dias e desaparece
sem descamar.
RUBEOLA
• DIAGNOSTICO: sorologia (IGM)
• TRATAMENTO: sintomáticos
• PROFILAXIA: pre-exposição vacina tríplice ou tetravalente. Pós exposição até 72 horas após exposição fazer
vacina.
VARICELA ZOSTER
• ETIOLOGIA: vírus DNA pertencente à família, Herpesviridae
• TRANSMISSÃO: contato direto com as secreções das vesículas de varicela ou herpes-zóster, ou ainda
através de gotículas de secreção respiratória
• PERIODO DE INCUBAÇÃO: O indivíduo infectado passa a eliminar o vírus cerca de dois dias antes do
aparecimento do rash até sete dias após o seu início, cessando no momento em que todas as lesões estiverem
sob a forma de crostas.
VARICELA ZOSTER
• MANIFESTAÇÕES CLINICAS: febre, cefaleia, anorexia, mal-estar e, em alguns pacientes, dor abdominal,
podem estar presentes por cerca de 24 a 48 horas antes do início do exantema
• O exantema se inicia no couro cabeludo, face e pescoço, disseminando-se para o tronco e extremidades.
Inicialmente surgem máculas eritematosas pruriginosas, que evoluem para pápulas, vesículas de conteúdo
claro, pústulas com umbilicação central e, finalmente, crostas
VARICELA ZOSTER
• DIAGNOSTICO: sorologias, citologia das lesões (teste de tzanck), isolamento viral
• TRATAMENTO: sintomáticos (não utilizar AAS), antibióticos se infecções secundarias
• Para pacientes com potencial de complicações: aciclovir
• Aciclovir oral: dose 20mg/kg/dose (max 800 mg), 4 doses dia
• Aciclovir intravenoso: 500mg/m²/ dose 8/8h po 7 dias (imunossuprimidos)
• PROFILAXIA: pré exposição: vacina; pós exposição: vacina até 5 dias após ou Imunoglobulina A dose da
IGHVZ é de 125 U para cada 10 kg de peso, sendo o máximo 625 U IM, até 96 horas após o contato com
indivíduo com varicela.
EXANTEMA SUBITO
• ETIOLOGIA: Herpesvírus Humano (HHV) tipo 6 e 7, ambos pertencentes à família Herpesviridae
• TRANSMISSÃO: através de pequenas gotículas de secreção, penetra no organismo pela mucosa nasal, oral
ou conjuntival
• MANIFESTAÇÕES CLINICAS: infecção de vias aéreas superiores, como rinorreia, hiperemia conjuntival e
dor de garganta., linfadenomegalia cervical e occipital discreta pode aparecer, logo após, instala-se a febre
alta (39º-40ºC), podem ocorrer crises convulsivas febris.
• Cerca de 12-24 horas após o desaparecimento da febre, aparece o rash, róseo, macular, não pruriginoso,
primeiramente em tronco, com disseminação para pescoço, face e extremidades. As máculas podem
coalescer.
EXANTEMA SUBITO
• DIAGNOSTICO: CLINICO! Pode haver isolamento viral (PCR) e sorologias.
• TRATAMENTO: O exantema súbito é uma doença benigna e não requer tratamento específico. O ganciclovir
vem sendo empregado em pacientes imunodeprimidos, com doença grave pelo HHV-6. Não existem vacinas.
ERITEMA INFECCIOSO
• ETIOLOGIA: O Parvovírus B19 é um DNA-vírus pertencente ao gênero Erythrovirus e à família
Parvoviridae
• TRANSMISSÃO: através de gotículas de secreção respiratória, via transplacentária ou sanguínea
• PERIODO DE INCUBAÇÃO: 16 dias
ERITEMA INFECCIOSO
• MANIFESTAÇÕES CLINICAS:
• Prodomos: febre baixa, cefaleia, rinorreia e obstrução nasal.
• Exantema: O exantema aparece primeiro na face (aspecto de bofetada) e palidez perioral. exantema se
dissemina como manchas vermelhas simetricamente distribuídas no tronco e parte proximal das extremidades
superiores e inferiores. Com a evolução, as lesões cutâneas começam a clarear centralmente, dando a
aparência rendilhada.
• Pode ocorre atropatia, crise aplasica
ERITEMA INFECCIOSO
• DIAGNOSTICO: sorologia (IGM) e PCR viral
• TRATAMENTO: Em crianças, raramente o tratamento sintomático é necessário. Em pacientes com
imunodepressão e falência medular pode estar indicado o emprego de imunoglobulina intravenosa, que,
geralmente, apresenta bons resultados, muito embora transitórios. A dose recomendada é de 200 mg/kg/dia
por cinco a dez dias ou 1 g/kg/ dia por três dias.
REFERENCIAS
• DEPARTAMENTO CIENTÍFICO DE INFECTOLOGIA-SBP (2018)
• TRATADO DE PEDIATRIA, SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. 4ª EDIÇÃO

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