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SARAMPO
● Doença viral altamente contagiosa, potencialmente grave e imunoprevenível que causa vasculite generalizada
● Pode acometer qualquer idade, sendo que quanto menor as condições socioeconômicas da população, maior sua
incidência e é de noti cação obrigatória
CARACTERÍSTICAS
● Agente etiológico: RNA vírus pertencente ao gênero Morbillivirus, família Paramixovírus
● Modo de transmissão: secreções nasofaríngeas, aerossóis
● Período de incubação: 8-12 dias
● Período de transmissibilidade: 2 dias antes dos sintomas e 4 dias após o exantema (tempo de isolamento)
QUADRO CLÍNICO
● Apresenta pródromos que duram de 3-4 dias
○ Febre alta (atinge auge no aparecimento do exantema e melhora gradativamente)
○ Coriza hialona
○ Conjuntivite não purulenta, com lacrimejamento, fotofobia e edema bipapebral
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○ Prostacao intensa (geralmente possui queda do estado geral)
○ Tosse seca e constante
○ Adenomegalia cervical posterior
○ MANCHAS DE KOPLIK: patognomônico, mas podem estar ausente; exantema amarelado/esbranquiçado, que
surgem 1-2 dias antes do exantema
● Após o pródromo, há o surgimento do exantema, com isso, o paciente tem aspecto toxemiado, com queda do estado
geral e piora dos sintomas iniciais
○ Exantema maculopapular generalizado
○ Tem início retroauricular, com progressão cefalocaudal
○ Podem con uir
○ Começa a desaparecer no 3° ou 4° dia após seu surgimento e pode deixar manchas acastanhadas
DIAGNÓSTICO
● É clinico (anamnese + exame físico)
● Os exames laboratoriais são considerados secundários
○ Detecção de anticorpos IgM e IgG através da sorologia (ELISA): deve ser coletado no surgimento do exantema e
após 2-3 semanas, para veri car o aumento dos títulos
○ Detecção viral em secreções (RT-PCR) como urina e orofaringe (swab)
TRATAMENTO
● Não há tto especí co
● Vitamina A VO, em 2 doses
○ Oara redução da duração, complicações e da morbimortalidade
○ < 6 meses = 50.000 UI/dose
○ 6-11 meses = 100.000 UI/dose
○ > 12 meses = 200.000 UI/dose
● Oferta abundante de líquidos, com hidratação venosa S/N
● Antitérmico para febre
● SF 0,9% para limpeza ocular
● O esquema completo é de 2 doses para pacientes de até 29 anos e dose única dos 30 aos 59 anos
PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO
● Realizar com vacina ou imunoglobulina em todos os pacientes suscetíveis à doença, ou seja, não imunizados que
entraram em contato com um caso suspeito ou con rmado
● Vacina -> para maiores de 6 meses imunocopetentes, em até 72h após exposição
● Imunoglobulina -> para menores de 6 meses, imunodeprimidos e gestantes, até 6 dias após a exposição
EXANTEMA SÚBITO
● Roséola infantil ou sexta doença
● É uma doença infecciosa viral, característica em crianças entre 6 meses a 6 anos, que predomina em menores de 2 anos
CARACTERÍSTICAS
● Agente etiológico: Herpesvírus humano 6 e 7
● Modo de transmissão: perdigotos (gotículas)
● Período de incubação: 5 - 15 dias
● Período de transmissibilidade: durante o período febril
QUADRO CLÍNICO
● Início súbito com febre alta e continua por 3-5 dias, porém sem toxemia
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DIAGNÓSTICO
● É clínico, exames podem ser solicitados, mas não há recomendação
○ Sorologia
○ PCR
E para deteção do BND vide
ERITEMA INFECCIOSO
PARVOVIROSE OU QUINTA DOENÇA
CARACTERÍSTICAS
● Agente etiológico: Parvovírus humano B19
○ O principal alvo do vírus é a linha eritroide, célula eritroblasto. A infecção lisa a célula, causando depleção dos
precursores eritroides é uma diminuição transitória de eritropoiese
● Transmissão: gotículas (perdigotos)
● Período de incubação: 4-14 dias
● Período de transmissibilidade: desconhecido
● Desnecessário o isolamento
QUADRO CLÍNICO
● Geralmente não há pródromos
● A primeira manifestação é o exantema, que inicia na face e, 1-4 dias após seu surgimento, evolui para membros,
inicialmente em face extensora, depois exora e tronco
○ Exantema maculopapular avermelhado
○ “Face esbofeteada/Asa de borboleta”
TRATAMENTO
● Sintomáticos
● Não há vacina disponível, nem, pro laxia pós-exposição
● No caso de pacientes com anemia hemolítica crônica, pode ser necessária uma transfusão sanguínea
RUBÉOLA
CARACTERÍSTICAS
● Agente etiológico: Togavírus
● Modo de transmissão: gotículas (perdigotos)
● Período de incubação: entre 14-21 dias
● Período de transmissibilidade: alguns dias antes a 7 dias depois do exantema
● Precisa de isolamento respiratório e contato
QUADRO CLÍNICO
● 30% são assintomáticos
● Geralmente não apresenta pródromos
● Exantema maculopapular róseo
○ Inicia em face, com progressão cefalocaudal em 24h (face -> pescoço -> tronco -> membros)
○ Dura de 3 a 4 dias
● Sinal de Forchheimer: petequias no palato mole; não é patognomônico
● Sinal de Theodor: linfonodomegalia, principalmente em cadeia cervical e retroauricular
○ Não é patognomônico
○ Antecede o exantema
● Pode haver esplenomegalia
COMPLICAÇÕES
● Artralgia
● Púrpura trombocitopênica
● Encefalite (pensar quando há mudança do comportamento e irritabilidade; solicitar RNM e coleta de liquor)
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SÍNDROME DA RUBÉOLA CONGÊNITA
● Ocorre quando a gestante é infectada pelo vírus e acaba transmitindo-o, via trasnplacentária, para o bebê
● Sequelas: surdez, catarata, cardiopatia e algumas manifestações inespecí cas, como baixo peso ao nascer,
hepatoesplenomegalia, icteria, alterações neurológicas
PREVENÇÃO
● Vacinação
○ Esquema completo = 1º dose aos 12 meses (tríplice viral) e a 2º dose aos 15 meses (tetraviral)
○ É contraindicado em imunodeprimidos e gestantes (vacina viva atenuada)
● Não há imunoglobulina disponível
● Pro laxia pós-exposição é feita com a vacinação
DIAGNÓSTICO
● É clínico
● Pode ser realizado isolamento viral do material de nasofaringe ou da urina ou uma pesquisa de anticorpos IgM e IgG no
soro
VARICELA
Catapora
● Doença infecciosa viral que pode complicar com infecção bacteriana secundária
● É altamente transmissível, necessitando de isolamento respiratório e de contato
● Somente casos graves internados e óbitos são de noti cação compulsória
CARACTERÍSTICAS
● Agente etiológico: Vírus varicela-zóster (grupo herpes)
● Modo de transmissão: aerossol,contágio direto e transmissão vertical
● Período de incubação: entre 10-21 dias
● Período de transmissibilidade: 10° dia após o contato até a formação de crostas
QUADRO CLÍNICO
● Pródomo tendem a ser leves e inespecí cos (febre baixa e mal-estar). No entanto, em adolescentes e adultos são mais
severos
● Exantema polimór co pruriginoso (pois as lesões surgem em momentos diferentes e há várias erupções em estágios
dirpferentes)
○ Mácula -> pápula -> vesícula -> pústula -> crosta
○ Inicia em face, com progressão cefalocaudal
○ Envolve o couro cabeludo e as mucosas
○ As lesões aparecem em 3-5 dias e as crostas em 5-7 dias
COMPLICAÇÕES
● Síndrome da varicela congênita
○ Pouco frequente
○ Pode causar lesões cicatriciais cutâneas, malformações de membros, malformações cerebrais, coriorretinite, catarata
e micoftalmia
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● Infecção cutânea bacteriana secundária (principal complicação)
○ Estreptococos e Esta lococos
○ Pode ocorrer desde piodermites a celulite e sepse
● Síndrome de Reye
○ Está associada a infecções por in uenza e varicela em crianças que utilizam AAS de modo contínuo
○ É a degeneração aguda do fígado acompanhada de encefalopatia hipertensiva grave
○ Os sintomas são bifásicos, iniciam como uma infecção viral, iguais ao da doença de base, seguido por encefalopatia
aguda
○ Tto: suporte
Gere
● Pneumonia (pneumonite intersticial)
● Hepatite
● Trombocitopenia ou coagulopatia de consumo (manifestações hemorrágicas)
mineral
● Encefalite (ocorre 3-8 dias após início do exantema)
● Ataxia cerebelar em a
● Mielite aguda
● Pode evoluir para uma IRA
PREVENÇÃO
● Vacinação
○ Esquema completo = 1º dose aos 15 meses (tetraviral) e 2º dose aos 4 anos (varicela isolada)
○ Comtraindicadas em caso de gestação ou imunossupressão (vacinas vivas atenuadas)
PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO
● Vacina
○ Maiores de 9 meses imunocompetentes, até 3-5 dias após a exposição
○ Dar preferência a ela
● Imunoglobulina
○ Até 96h após exposição
○ Indicação: Imunodeprimidos; Gestantes; < 1 ano em contato hospitalar com o vírus; RN de mãe que desenvolveram a
doença 5 dias antes ou 2 dias após o parto; Prematuros > 28 semanas, cuja a mãe nunca teve varicela; Prematuros
<. 28 semana, independentemente da história materna de varicela
DIAGNÓSTICO
● É clínico
● Na fase da vesícula pode ser realizado um exame do líquido por microscopia eletrônica ou anticorpos podem ser
detectados pelo teste de imuno uorescência indireta
TRATAMENTO
• Banho de permanganato de potássio
● Sintomáticos + anti-histamínico (antisséptico) (dúvida se ainda utiliza)
● Aciclovir
○ Indicações:
◆ Todos maiores de 12 anos
◆ Maiores de 12 meses com: doença cutânea crônica a; doença pulmonar crônica; neuropata crônicos; usuários de
corticoesteroides (mesmo aerossol); usuários de salicilatos
○ Iniciar nas primeiras 24h do surgimento do exantema
○ VO = 20 mg/kg/dose, 4-5 vezes ao dia, por 5 dias
○ EV = 10 mg/kg/dose, 8/8h, por 7-14 dias
◆ Iniciação de terapia endovenosa: imunocomprometidos e nos casos em que a infecção está disseminada
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DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA
● É uma enterovirose, benigna, autolimitada, com duração de 7-10 dias
CARACTERÍSTICAS
● Agente etiológico: Coxsackie A16 ou Emterovirus 71
● Modo de transmissão: Fecalxoral ou por secreções respiratórias
● Período de incubação: entre 3-6 dias
● Período de transmissibilidade: antes do aparecimento dos sintomas até semanas após a infecção
QUADRO CLÍNICO
● Pródomo é inespecí co: febre baixa, irritabilidade, anorexia
● Exantema na mãos, pés e boca
○ Úlceras dolorosas em orofaringe (lesões aftosas)
○ Papulovesiculas em mãos e pés (incluindo as palmas e plantas)
◆ Em lactentes, podem ocorrer lesões perineais
○ Desaparecem sem deixar manchas, mas pode haver descamação cutânea ou ungueal
● Onicomadese
○ Processo indolor e normal onde as unhas caem
○ Pode ocorrer até 2 meses após a doença
● Sinais de alteração do SN autonômo: sudorese fria, pele moteada, taquipneia, taquicardia, hipertensão arterial e
hiperglicemia
○ Risco aumentado de complicações graves, portanto deve internar e monitorar continuamente
COMPLICAÇÕES
● Mioclonias, tremores, ataxia e paralisia de nervos cranianos, que evolui para falência cardiorrespiratória
DIAGNÓSTICO E PREVENÇÃO
● É clínico, mas pode utilizar a cultura celular, a detecção do RNA viral por PCR ou sorologia
● A melhor prevenção é a higiene
TRATAMENTO
● Sintomáticos A imunidade da doença não é duradoura, a infecção
● Imunoglobulina EV natural não determina proteção contra a doença
ESCARLATINA
● Doença exantemáticas bacteriana
● Mais comum em crianças de 5-15 anos, sendo raro em menores de 3 anos
CARACTERÍSTICAS
● Agente etiológico: Toxinas eritrogênicas do estreptococo beta hemolítico do grupo A (Streptococcus pyogenes)
○ A toxina eritrogênica causa a erupção cutânea patognomônica caracterizada pela coloração avermelhada e em lixa
● Modo de transmissão: secreções respiratórias
● Período de incubação: 12h a 7 dias
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● Periodo de transmissibilidade: desde os pródromos até resolução do quadro ou até 24h após o início do tto
QUADRO CLÍNICO
● Pródromos
○ Tem duração de 48h
○ Febre, amigdalite, língua em framboesa, calafrios, cefaleia, náuseas, vômitos, mal-estar, dor abdominal, mialgia
● Exantema papular, pruriginoso, tipo “lixa”
● Sinal da Pastia: linha petequial em dobras cutâneas
● Sinal de Filatov: palidez perioral
● Após 14 dias, pode ocorrer descamação laminar principalmente em mãos e pés
COMPLICAÇÕES
● Febre reumática
● Glomerulonefrite difusa aguda
DIAGNÓSTICO
● Anamnese + exame físico + pesquisa de estrepto-
coco beta-hemolítico em orofaringe
TRATAMENTO
● Benzetacil
○ Lactentes: 50.000 UI/Kg
○ </= 25 kg: 600.000 UI/kg
○ > 25 kg: 1.200.000 UI/kg