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*Doenças Exantemáticas*

-São desordens de causas infecciosas (viral*, bacteriana, fúngica), medicamentosas e


reumatológicas; caracterizadas pelo surgimento agudo de lesões cutâneas disseminadas
pelo corpo.
-Fases: Incubação; Prodrômica (ficar atento ao enantema, e às manifestações clínicas
específicas); Exantemática (atentar para o tipo do exantema, progressão e se descama
ou não); Convalescença
-Tipos de Exantema
*Maculopapular: (máculas: pequenas manchas avermelhadas na pele < 5 mm; pápulas:
pequenas elevações na pele < 5 mm)
#Morbiliforme: Maculopapulas avermelhadas, com pele sã de permeio, podendo confluir.
Ex.: sarampo
#Rubeoliforme: Maculopapulas semelhantes ao exantema Morbiliforme, porém de
coloração mais clara (rosas) e pápulas menores e isoladas (não confluentes). Ex.: rubéola
#Escarlatiniforme: a pele é acometida de forma homogênea por papulas puntiformes (1
mm) sob uma pele com eritema difuso, assemelhando-se a uma lixa. Ex.: escarlatina
#Urticariforme: Maculopapulas eritematosas, maiores, elevada, e de limites imprecisos.
Ex.: alergia medicamentosa, coxsackioses, mononucleose.

*Vesicular: é pápula com conteúdo líquido cristalino (até 5 mm de diâmetro). Ex.: varicela,
herpes-zoster.

*Papular: lesões solidas, menores do que 5mm. Ex.: molusco contagioso

*Purpúrico: doenças que podem apresentar petequias, purpura, vibice, equimoses,
hematoma. Ex.: meningococcemia, escorbuto, endocardite infecciosa Subaguda, purpura
de Henoch-Shonlein.

-Progressão: craniocaudal ou centrifuga ou centrípeta
-Descamacao: furfurácea (sarampo); lamelar (escarlatina, Kawasaki)

->Virais

1.Sarampo ou Primeira Doença

• Etiologia: vírus do sarampo (paramyxovirus), família Paramyxoviridae. Erradicado
no Brasil desde 2006. Doença de notificação compulsória. Deve ser feito isolamento
respiratório dos doentes até 4-6 dias após o início do exantema.
• Trasmissão: ocorre por meio de gotículas de secreção respiratória (aerossóis ficam
suspensos e viáveis no ambiente por até 1hora), mas a forma mais comum é por
transmissão direta de pessoa para pessoa; a porta de entrada é a mucosa do trato
respiratório e conjuntiva. O período de infectividade vai de 3 dias antes do exantema,
e 4-6 dias após seu inicio; mas o maior período é dois dias antes e dois dias depois
do exantema. Os bebês de mães que foram vacinadas ou que apresentaram a
doença na infância recebem proteção através da passagem de anticorpos pelo leite
materno até 9 meses de vida.
• Patogênese:
• Período de incubação: 8-12 dias
• Fase Prodrômica: 2-4 dias
• Fase exantematosa: começa 14 dias após exposição.
• Convalescença
• Clínica: febre elevada, enantema, exantema, coriza, conjuntivite e tosse!!!!!
• Pródromos: a febre inicia-se com temperatura discretamente aumentada, que
eleva-se progressivamente; a febre é máxima no início do exantema (a febre
baixa em lise durante a fase exantemática). A febre dura durante toda a doença,
tanto na fase prodromica quanto na fase exantemática. Há conjuntivite, coriza,
fotofobia e tosse. Enantema: manchas de Koplik (pequenas manchas brancas
com halo eritematoso, bem visualizadas na face interna das bochechas, na altura
dos dentes pré-molares; podem aparecer na conjuntiva e na mucosa da vagina.
São patognomônicas do sarampo!). Os sintomas descritos aumentam de
intensidade ao longo dos dias até ocorrer o rash. Um dos sinais que
desaparece por ultimo no sarampo é a tosse!!!!!!!!!!!!
• Exantema: lesões maculopapulares eritematosas (morbiliforme) que começam na
fronte, ao redor das orelhas e pescoço (linha de implantação dos cabelos). Então
dissemina-se pelo dorso, extremidades, solas e plantas. Com o início do rash os
sintomas declinam. A disseminação do exantema é craniocaudal lenta, e é
seguido de descamação furfurácea.
• Recuperação: o rash desaparece em 7 dias. A tosse é o ultimo sintoma a
desaparecer (10dias) -> porque o paramyxovirus é vírus de doença
respiratória!!!!!!!!!!!!!!!!!!
• Laboratório: leucopenia com linfocitopenia. VHS e PCR normais.
• Diagnostico: elevação de IgM (na fase do rash), e de IgG (aumentada 4x na fase de
recuperação). Pode ser feito isolamento viral no sangue, urina ou secreções
respiratorias. Diagnostico laboratorial é pela detecção de anticorpos IgM no sangue
desde os primeiros dias, ate 4 semanas após surgimento do exantema.
• Complicações: a maior taxa de morbimortalidade do sarampo ocorre em < de 5 anos
e > de 20 anos. Os fatores que predizem pior evolução: aglomerações, desnutrição
grave, hipovitaminose A, imunocomprometidos, gestantes. A principal causa de
morte do sarampo é a Pneumonia; mas a complicação mais comum é a Otite
Média Aguda!!!!!!!!! Pode ocorrer encefalite. Panencefalite Esclerosante
Subaguda é complicação crônica (aparece anos depois) e rara do sarampo, a
mortalidade é quase 100%. Sinal de gravidade no sarampo é a manutenção ou
retorno da febre no final do período exantemático.
• Tratamento: hidratação adequada, antipiréticos, O2, suporte ventilatorio nos casos
graves, ribavirina+gamaglobulina em imunocomprometidos. Vitamina A reduz
morbimortalidade!!!!!
• Profilaxia pós exposição: vacina está indicada em todos os contactantes íntimos sem
história prévia de sarampo, em até 72h após exposição. Imunoglobulina IM padrão
até o 6º dia da exposição; usada em contactantes íntimos susceptíveis aos quais
está contraindicada a vacina ou que já faz mais de 6 dias da exposição: lactentes < 6
meses, grávidas e imunocomprometidos.
• Profilaxia: vacina tríplice viral (SCR ou MMR) de vírus vivo atenuado do sarampo,
caxumba e rubéola, aplicada aos 12 meses (1ª dose) e entre 4-6 anos (2ª dose).



2.Rubéola ou Terceira Doença

• Etiologia: virus da rubéola, família Togaviridae.
• Transmissão: gotículas de saliva ou secreção respiratória contendo partículas virais.
O maior período de contágio vai de 5 dias antes e 6 dias depois do rash. O período
de incubação vai de 14-21 dias (2-3 semanas). A rubéola congênita é especialmente
grave especialmente quando a primoinfecção materna se deu no 1º trimestre de
gestação.
• Clínica: a infecção pós-natal produz uma doença exantemática febril leve, breve (1-4
dias) e de bom prognóstico. A forma subclinica sem rash ocorre em 25-40% dos
casos. Paciente com febre e exantema maculopapular, acompanhado de
linfoadenopatia retroauricular, occipital e cervical -> caso suspeito de rubéola
independente da idade e situação vacinal, precisa ser notificado como caso suspeito
de rubéola.
• Pródromos: febre baixa, dor de garganta, conjuntivite, cefaléia, mal-estar,
anorexia e linfonodomegalia (cadeias suboccipital, retroauricular, cervical
posterior).
• Exantema: rash Maculopapular róseo (rubeoliforme), irregular, não confluente,
que se inicia na face e pescoço, e dissemina-se para tronco e extremidades
(progressão craniocaudal e centrífuga). O rash dura 3 dias e desaparece sem
descamar. No inicio do rash podem aparecer lesões puntiformes rosadas
(manchas de Forcheimer) nas amídalas e pilares.
• Laboratório: leucopenia, neutropenia, trombocitopenia leves
• Diagnostico: detecção de IgM/IgG especifica para rubéola até 28 dias após
exantema (ELISA), ou isolamento viral na urina ou secreção nasofaringea até o 7º
dia de doença.
• Complicações: pode ocorrer trombocitopenia (petequias, epistaxe, hematúria,
sangramento gastrointestinal) em meninas, tem curso autolimitado. Pode ocorrer
artrite em mulheres adultas, autolimitada sem seqüelas. Pode ocorrer Encefalite e
Panencefalite Progressiva (esta é crônica, grave e rara).
• Tratamento: analgésicos e antipiréticos. Podem ser usados imunoglobulina e
corticoides na trombocitopenia grave.
• Profilaxia pós exposição: vacina até 72h após exposição. Não há estudos que
comprovem a eficácia da imunoglobulina em gravidas que apresentam
soroconversao durante a gravidez, na prevenção de rubéola congênita.


3.Eritema Infeccioso ou "Quinta doença"

• Etiologia: Parvovírus B19 (tropismo por precursores eritroides), acomete crianças
de 5-15 anos
• Transmissão: gotículas da nasofaringe do infectado (via respiratória); há relatos de
transmissão sangüínea.
• Clínica: muitas infecções pelo Parvovírus B19 são assintomaticas. Eritema
infeccioso é uma doença benigna e autolimitada, com período de incubação de
16-17 dias. Quando aparece o exantema, a doença nao é mais contagiosa!!!!!!!!!
• Pródromos: febre baixa, cefaléia, sintomas de IVAS, linfoadenopatia
• O exantema é trifásico:
• Fase 1: "bochecha esbofeteada" eritema nas regiões malares, progressão
craniocaudal
• Fase 2: disseminação do rash para tronco, extremidades proximais, superfície
extensora. Há clareamento central das máculas, dando aspecto rendilhado.
Pode haver prurido. O rash resolve-se sem descamação.
• Fase 3: pode haver recidiva do exantema em 1-3 semanas; principalmente
após exposição ao sol, calor, estresse e exercício.
• Pode ocorrer Artropatia (artralgia, artrite); Crise Aplástica Eritróide Transitória
(ocorre em portadores de anemia hemolítica crônica; pois o Parvovírus tem
tropismo pelos precursores eritroides da MO); imunocomprometidos estão sob
risco de supressão medular e anemia crônica; Miocardite; Síndrome de "luvas e
meias".
• Possíveis consequências para o feto da infecção na gestante: anemia fetal grave
-> hidropisia fetal nao imune; miocardite viral
• Diagnóstico: IgM detectado logo após o inicio das manifestações clínicas, e
permanece elevada por 6-8 semanas
• Complicações: artralgias e artrite, purpura trombocitopênica, meningite asséptica.
• Tratamento: imunoglobulina para imunodeprimidos. Não existe controle da doença
pós-infecção. Apenas as crianças com anemia aplásica devem ser isoladas até 1
semana após o aparecimento da febre, pois nesta forma clínica a viremia é muito
intensa.



4.Exantema Súbito ou Roséola Infantil ou sexta doença (cai muito em prova!!!!!!!)

• Etiologia: herpesvírus tipo 6* e 7. Até os 6 meses os lactentes são protegidos da
infecção por anticorpos presentes na amamentação. O pico de aquisição é de 6-15
meses. A maioria dos casos evolui apenas como uma doença febril inespecífica;
apenas 1/4 desenvolvem o quadro clínico de roséola.
• Transmissão: respiratória, e raramente transplacentária. Período de incubação é de
10 dias.
• Clínica:
• Pródromos: rinorréia, inflamação faríngea e eritema conjuntival leve
• Pré-eruptivo: febre muito elevada, irritabilidade e anorexia. 5-10% das crianças
podem fazer crise convulsiva febril nesse período (é a complicação mais
comum); a febre dura 3-5 dias e desaparece em crise. Algumas crianças
podem apresentar úlceras na junção de úvula e palato (manchas de Nagayama)
• Exantema: 12-24h após o desaparecimento da febre surge o rash: máculas
rosadas pequenas que começam no tronco e disseminam-se pelo pescoço, face
e extremidades proximais (rubeoliforme), dura em torno de 1-3 dias; não há
prurido nem descamação. Progressão centrífuga: começa no meio do tronco, vai
para a face e depois para parte proximal dos membros.
• Diagnóstico: baseado na idade de acometimento, e no rash com aparecimento
após o desaparecimento da febre. Linfonodomegalia é um achado incomum.
• Diagnostico Diferencial: geralmente, são prescritos antibióticos para essas
crianças por causa da febre, o que pode causar reação de hipersensibilidade
cutânea; e um diagnóstico diferencial seria farmacodermia. Porém, o rash por
alergia a drogas é morbiliforme, tem prurido e eosinofilia e desaparece quando a
medicação é suspensa.
• Tratamento: por ser uma doença benigna e autolimitada, não há tratamento
específico; somente antitérmicos. Imunodeprimidos podem usar ganciclovir,
cidofovir ou foscarnet por 2-3 semanas.


5.Enteroviroses

• Etiologia: São RNA vírus do gênero Enterovirus: Poliovirus 1-3, Coxsackie A e B,
Echovirus.
• Transmissão: fecal-oral, respiratória, vertical, fômites
• Clínica:
• Doença febril inespecífica: é a forma clínica mais freqüentemente observada:
febre alta, mal-estar, irritabilidade, anorexia, náuseas, vômitos, diarréia, dor
abdominal, sintomas respiratórios, rash maculopapular urticariforme petequial ou
vesicular.
• Síndrome mão-pé-boca: causada pelo Coxsackie A e Enterovirus (este ultimo
causa quadro mais intenso). Há febre baixa, vesículas em toda orofaringe (lábios,
gengiva, mucosa jugal, amídalas, palato). O rash é Maculopapular, vesicular ou
pustular nas mãos pés e nádegas.
• Herpangina: provocada pelo Coxsackie A. Febre, dor de garganta, odinofagia,
vesículas/úlceras em orofaringe posterior, vômito e dor abdominal.
• Conjuntivite hemorrágica aguda
• Miocardite e pericardite
• Meningite viral


6.Varicela

• Etiologia: vírus varicela-zoster. A primoinfecção determina o quadro de varicela, e a
reativação do vírus latente nos gânglios sensoriais manifesta-se como herpes zoster
• Transmissão: através de pequenas gotículas respiratórias em aerossol e pelo
contato direto com secreção de vesículas abertas. O período de transmissão vai de 2
dias antes do exantema e 7 dias após seu surgimento, período no qual todas as
lesões estão na forma de crosta. Tem caráter sazonal, predominando no inverno e
primavera.
• Clínica: quadro febril + exantema maculo-vesiculo-pustulo-crostoso. Período de
incubação vai de 10-21 dias. Exantema vesicular pruriginoso = varicela.
• Prodromos: febre, cefaléia, adinamia. Com o início da doença, a febre
desapararece.
• Exantema: se iniciam 48h após inicio da fase prodrômica. Começa uma macula
eritematosa que logo se transforma em pápulas -> vesícula clara -> crosta; é
bastante pruriginoso. O achado clássico é o encontro de diversas formas
evolutivas no paciente (pleomorfismo). Distribuição no couro cabeludo, rosto,
pescoço e tronco (centrípeta). A febre desaparece com a doença. Distribuição
centrípeta, porque sempre há mais lesão no meio do corpo. Mas a progressão é
centrífuga.
• Pode haver uma varicela mais branda e menos contagiosa em pct vacinados
• Varicela Progressiva: Lesões cutâneas intensas, numerosas, hemorrágicas e
envolvimento visceral (pulmão, fígado, SNC e coagulopatia). Ocorre mais em
neonatos, adolescentes, adultos e pessoas imunocomprometidas.
• Diagnóstico: clinico, sorologias, teste de Tzanck. Diagnóstico diferencial do herpes-
zoster se faz com o herpes virus simples e Coxsackie virus.
• Complicações: pensar em complicação quando a febre for persistente ou quando
desaparecer e ressurgir. infecção de pele bacteriana (S.aureus e S.pyogenes) é a
mais comum; pneumonia aumenta muito a morbimortalidade; a mais temida é a
varicela progressiva (acometimento visceral pelo vírus, ocorre em
imunodeprimidos. Acomete o fígado, SNC e pulmão). Uma complicação da infecção
bacteriana de pele na varicela é a fasceíte necrosante, que está associada ao uso de
AINEs, por isso estes são contraindicados. Outra complicacao é encefalite
(convulsão e alteração do nível de consciência). Outra complicacao é a ataxia
cerebelar aguda (alteração da marcha, fala e nistagmo). Pode ocorrer Sindrome de
Reye (esteatose hepática com encefalopatia), esta ocorre em crianças com varicela
ou influenza que fizeram uso de salicilatos.
• Tratamento: antitérmicos (contraindicado AAS -> pela Sindrome de Reye), medidas
de higiene, banho de permanganato de potássio, anti-histamínicos para o prurido.
Aciclovir venoso: indicações -> imunodeprimidos, grávidas, RN, indivíduo em
uso de corticoides sistêmicos em dose imunossupressora, sinais de
acometimento visceral / varicela progressiva (fígado, SNC e pulmão). Aciclovir
VO: > 13 anos; segundo caso no mesmo domicilio; paciente com doença
cutânea ou pulmonar crônica; uso de corticoide em dose nao
imunossupressora e uso crônico de AAS
• Prevenção: vacina de vírus vivo atenuado, contraindicada em imunocomprometidos
e grávidas. Dose única aos 12 meses.
• Profilaxia pós-exposição: vacina até 120h (5 dias) da exposição.
Imunodeprimidos, grávidas e RN devem receber imunoglobulina específica até
o 4º dia (96h) após exposição; se a mãe tiver aberto o quadro de catapora 5
dias antes do parto ou se abriu o quadro nas 48h que se seguiram o
nascimento da criança; pois a mãe está fazendo viremia e ainda não produz
anticorpos -> imunoglobulina específica. Para RN prematuro: se menos de 28
semanas (faz se a mãe nao teve varicela); com mais de 28 semanas faz sempre.




7.Mononucleose Infecciosa

• Etiologia: EBV (90%) -> é da família do herpes vírus; CMV, toxoplasmose, rubéola,
vírus da hepatite, HIV e adenovírus (5-10%).
• Epidemiologia: cerca de 95% da população já teve infecção pelo EBV. Crianças< de
4 anos tem a primoinfecção assintomática, geralmente. Já mais de 50% dos
adolescentes e adultos jovens desenvolvem a tríade clássica: faringite+fadiga
+linfoadenopatia generalizada.
• Transmissão: gotículas de saliva da pessoa infectada e intercurso sexual
• Clínica: período de incubação de 30-50 dias. Inicia-se com mal-estar, adinamia,
febre, dor de garganta, dor abdominal, náuseas e mialgias que duram cerca de 1-2
semanas. Depois aparecem amídalas aumentadas e hiperemiadas;
linfoadenomegalias generalizadas (cervicais anterior e posterior, submandibulares,
epitrocleares); esplenomegalia; hepatomegalia; edema de pálpebras; rash
maculopapular eritematoso. É comum o surgimento de exantema em mais de 80%
dos pacientes que, por algum motivo fizeram uso de ampicilina ou amoxicilina.
• Laboratório: leucocitose com atipia linfocitária, trombocitopenia. As reações de Paul-
Bunnel-Davidson e o monteste tem baixa especificidade e sensibilidade quanto
testados em pre escolares.
• Pode usar anticorpos: anti-VCA (anti-capsídeo viral-> mais especifico, faz
diagnostico de quadro agudo) e anti-EBNA (antígeno nuclear do EBV, faz
diagnostico mais tardio, depois de 3-4 meses do quadro agudo) -> faz em
mononucleose na infância
• Complicações: cefaléia, convulsões, ataxia cerebelar; obstrução das vias aéreas
superiores; anemia hemolítica; do baço.
• Tratamento: hidratação, antitérmicos, repouso relativo (para evitar ruptura do baço).
Usar corticoides: obstrução das vias aéreas; trombocitopenia com hemorragia;
anemia hemolitica autoimune; convulsões; meningite.





->Bacterianas


1.Escarlatina ou Segunda Doença

• Etiologia: Streptococcus pyogenes (estreptococo beta hemolítico do grupo A),
produtor de toxina eritrogênica. É uma complicação imediata da faringite
estreptocócica.
• Transmissão: gotículas de secreção respiratória. Pode ter escarlatina ate 3 vezes,
pois tem 3 tipos de toxinas.
• Clínica: período de incubação de 2-5 dias. Geralmente vem associada à faringite
estreptocócica; acomete crianças de 5-15 anos. Há inicio abrupto de febre alta,
calafrios, cefaléia, adinamia, dor de garganta, que duram 3-5 dias. Pode haver
hiperemia faríngea e tonsilar; em 50% dos casos surgem exsudatos esbranquiçados
na faringe posterior e/ou nos pilares amigdalianos; petéquias no palato e hiperemia e
edema da úvula. A adenopatia geralmente é por conta dos linfonodos cervicais
anteriores. O rash surge 1-2 dias depois do inicio dos sintomas da faringe: surge
primeiro no tórax e depois se estende para tronco, pescoço, e membros, poupando a
região palmoplantar (centrífugo). O exantema é formado por pápulas
eritematosas puntiformes bem próximas uma das outras, a pele torna-se
áspera como lixa. Um discreto rubor facial é marcado por uma nítida palidez
peribucal (sinal de Filatov). O exantema se intensifica nas pregas flexoras cutâneas
(sinal de Pastia). O exantema desaparece em 7 dias, seguido de descamação
lamelar nas extremidades, e furfuráceo no tronco. Enantema: a língua adquire
uma superfície com papilas proeminentes e intenso brilho vermelho (língua em
framboesa/morango), inicialmente com uma superfície branca de permeio e depois
torna-se toda vermelha.
• Complicação: mais frequente é Glomerulonefrite Difusa Aguda, e febre reumática
• Tratamento: Penicilina G Benzatina IM dose única em crianças; Penicilina V oral em
adultos por 10 dias. Com 24h de antibioticoterapia, a criança não transmite mais a
doença, por isso, as crianças que tiveram contato com caso-índice devem ser
apenas observadas e levadas ao médico caso apresentem algum sintoma.


• Síndrome da pele escaldada Estafilocócica
• Infecção Estafilocócica em crianças < 5 anos
• Abre quadro com febre, mal estar, irritabilidade.
• O responsável pelas manifestações cutâneas é uma toxina produzida pelo S.aureus
-> sao exotoxinas esfoliativas com disseminação hematogenica -> leva a formação
de bolha subcornea pela destruição da proteína desmogleina (no pênfigo foleacio
essa proteína também esta acometida). A primeira manifestação cutânea é eritema
difuso (eritrodermia), com presença de sinais Filatov e Pastia -> eritrodermia
Escarlatiniforme. A toxina inativa uma proteina e pode clivar a epiderme, com
descolamento da epiderme de forma localizada ou difuso -> sinal de Nikolsky (passa
a mão pela pele do paciente, e descola toda a epiderme). As lesões que surgem são
estéreis, nao tem estafilococo na lesão; o stafilo pode ser encontrado na
nasofaringe, conjuntiva, cordão umbilical. São bolhas flácidas, que ao se romperem
exibem superfície hiperêmica e úmida.




Doença Pródromos
Sarampo Muita tosse + fotofobia + Sinal de
Koplik
Rubéola Linfoadenomegalia: cervical
posterior, retroauricular, occipital
Eritema Infeccioso Inespecíficos ou inexistentes
Exantema súbito Febre alta que dura de 3-5 dias e
desaparece em crise
Escarlatina Faringite + língua em framboesa






Doença Exantema
Sarampo Progressao lenta craniocaudal +
descamação furfurácea
Rubéola Progressao rapida craniocaudal
Trifásico: face esbofeteada;
Eritema infeccioso progride de forma rendilhada;
exantema recorrente
Depois do desaparecimento em
Exantema súbito crise da febre aparece,
subitamente, um exantema
maculopapular
Escarlatina Exantema micropapular + Filatov
+ Pastia + descamação furfurácea
no tronco e lamelar/laminar nas
extremidades



Doença Complicação
OMA é a complicação mais
Sarampo comum. E a mais grave é a
pneumonia
Rubéola Artropatia (mais em adolescentes
e mulheres jovens)
Eritema Infeccioso Artropatia (mais em adolescentes
e mulheres jovens) + Aplasia
eritroide
Exantema súbito Convulsão febril
Escarlatina Febre reumática e GNPE


-/-QUESTOES DE RESIDÊNCIA-/-


• A presença de purpura pode ser por
• Vasculite: quadro de purpura palpável.
• Purpura de HenochScholein (purpura anafilactoide): principal purpura nao
trombocitopenica na infancia. Nas nádegas e mmii. IVAS antecedendo
manifestações cutâneas,
• Trombocitopenia: nao tem purpura palpável
• Prurido estrofulo:
• Lesões urticariformes, papulares e vesiculares
• Lesões em áreas expostas (face, mmss e mmii), aparece de forma súbita (dorme
sem nada e acorda com lesões)

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