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Caso 1:

Febre:

➔ o controle de temperatura é feito pelo hipotálamo, podendo ser causada por


infecções (vírus, bactérias, fungos e/ou parasitas) ou por outras causas
(doenças no SNC, neoplasias, hipertireoidismo, doenças reumáticas, excesso
de exposição solar, cirurgias, traumas, etc);
➔ Alguns medicamentos também podem causar febre, como os betalactâmicos
e medicamentos com sulfa, além disso, drogas ilícitas (cocaína, anfetaminas,
etc) também podem causá-la.

Quantificações:
Hipotermia: De 35,9 ou menos
Normal: De 36 a 37,5 ℃
Febrícula: De 37,6℃ a 37,8℃;
Febre: De 37,8 a 40℃
Febre alta: Considera-se, em geral, a partir de 40,1℃

Locais de aferição:
Temperatura axilar – normal até 37,5ºC.
Temperatura oral (boca) – normal até 37,5ºC.
Temperatura timpânica (ouvido) – normal até 37,5ºC.
Temperatura retal (ânus) – normal até 38ºC.

Consequências:
➔ normalmente é bem tolerada por adultos saudáveis, mas por causar aumento
da FC e da FR podem ser perigosas para portadores de doenças cardíacas e
respiratórias;
➔ Pode alterar o estado mental de portadores de demência;
➔ Temperaturas demasiadamente altas podem causar mau funcionamento dos
órgãos, inclusive sua insuficiência;

Febre prolongada de origem indeterminada: quando persiste por mais de 3


semanas ou maior que 38,3ºC por mais de 8 dias e sem um diagnóstico a despeito;
➔ Dividida em 4: clássica, nosocomial (associada à hospitalização e/ou
ambiente hospitalar), em pacientes com imunodeficiência e infectados por
HIV;
➔ Em geral, a tendência do médico diante disso é suspeitar de doenças raras
ou de complicadas síndromes clínicas, no entanto, normalmente tratam-se de
patologias com características clínicas atípicas ou, então, mascaradas por
tratamentos anteriores → endocardites bacterianas, febre tifóide, tuberculose,
mononucleose, etc.
Febre em viajantes: normalmente os sintomas se iniciam no final da viagem e na
primeira semana após o retorno (E. coli; salmonela; shigella; cólera; febre tifóide,
etc). Portanto, deve-se primeiro descartar infecções corriqueiras e então pensar em
doenças relacionadas à exposição geográfica como, Dengue, Leishmaniose,
Hepatites, etc.

Febre por drogas: 2º dia até a 3ª semana (média de 8 dias), desaparece em 72 a


96 horas com a suspensão da medicação
➔ Reação de Jarish-Herxheimer: reação febril de caráter autolimitado, que
ocorre geralmente nas primeiras 24 horas após o tratamento de uma
infecção, mais comumente Sífilis, Esquistossomose e Tripanossomíase

Vírus

➔ Parasitas intracelulares obrigatórios, com diversas virulências para escapar


do sistema imune.
➔ Formados basicamente por ácido nucleico e proteínas estruturais e não
estruturais;
➔ Divididos em 3 grupos
◆ predominantes ou exclusivos em seres humanos: sarampo, poliomielite
e caxumba
◆ Parte do ciclo em humanos: arboviroses
◆ predominantes em outros animais: vírus rábico
➔ Sintomas; febre, dor de cabeça, mal-estar, dor nas articulações, manchas
vermelhas e erupções na pele, náuseas e vômito, hemorragias, etc.

Família Nome Doença

Poxviridae Orthopoxvirus Varíola

Poxviridae MonkeyPox Varíola do


Macaco

Coronaviridae Coronavírus SARS-COV 2

Filoviridae Ebola Virus Síndrome


Hemorragica

Bactérias
➔ Procariontes, unicelulares, sem núcleo e com organelas. Podem viver
isoladas ou reunidas, dependendo da espécie.
➔ Muitas são da nossa microbiota, mas algumas podem ser/se tornar
patogênicas caso haja ruptura de barreiras anatômicas ou comprometimento
da imunidade;
➔ Cocos e bacilos Gram+: Staphylococcus spp. e Streptococcus spp.
principalmente
➔ Cocos e bacilos Gram-: gêneros Moraxella, Neisseria, Acinetobacter (E
colli,H pylori, Klebsielas, Salmonelas, pseudomonas, Proteus, Shiguelas,etc)
➔ Anaeróbicas: presentes na microbiota usual, importantes patógenos de
infecções de corrente sanguínea, infecções intra abdominais e infecções de
próteses osteoarticulares (Clostridium, Actinomyces, Bacteroides,
Treponemas) → abscesso, necrose, gangrenas, etc.
➔ Micobactérias: podem ter crescimento rápido, principalmente na pele (M.
chelonae e M. abcessus), ou lento (M. tuberculosis e M. leprae)
➔ Probióticos: “Organismos vivos que, quando administrados em quantidades
adequadas, conferem benefício à saúde do hospedeiro” → OMS

Fungos

➔ Os patogênicos penetram no organismo por via inalatória ou por implantação


transtegumentar, dermatófitos, que podem ser transmitidos por contato com o
solo, homens ou animais infectados.
➔ Micoses podem ser classificadas em:
◆ Superficiais: fungos invadem apenas as camadas superficiais da pele;
podem se manifestar com manchas → piedra negra, piedra branca,
tinha negra, pitiríase versicolor
◆ Cutâneas: acometimento de tecidos queratinizados → dermatofitose,
candidose, hialo-hifomicose, feohifomicose e ceratomicose
◆ Subcutâneas: invadem tecidos cutâneos e subcutâneos após implante
traumático → cromoblastomicoses, esporotricose, feohifomicoses,
lobomicose, micetomas, rinosporidiose e zigomicoses
◆ Sistêmicas:basicamente, doenças pulmonares, em que a porta de
entrada dos agentes fúngicos é quase invariavelmente pulmonar →
blastomicose, coccidioidomicose, histoplasmose e
paracoccidioidomicose.
◆ Oportunistas: causadas por distúrbios na barreira mucocutânea,
defeitos ou disfunções em neutrófilos e fagócitos mononucleares,
defeitos ou disfunções na imunidade mediada por linfócitos T →
aspergilose, candidose, criptococose, feohifomicose, hialo-hifomicose,
pneumocistose, scedosporiose e zigomicose
Parasitas
➔ Malária:
◆ febre, cansaço, mal-estar, enjoo, tontura, dor de cabeça, dores no
corpo, perda do apetite e pele e mucosas amareladas;
◆ P. falciparum (mais agressivo, destroi cerca de 25% das hemácias -
terçã maligna), P. vivax (terçã benigna) e P. malariae (quartã)
◆ Tratamento: Cloroquina, Primaquina, Mefloquina
➔ Chagas:
◆ Trypanosoma cruzi;
◆ Síndrome febril com adenomegalia, hepato e esplenomegalia,
exantema cutâneo e edema, miocardite, encefalomileite, Chagoma
mas sua apresentação mais comum é a forma crônica, responsável por
importante morbimortalidade, Cardiomegalia, bloqueio, arritmias,
megaesofago, megacolon com custo elevado para o tratamento de
formas cardíacas e digestivas graves.
➔ Esquistossomose:
◆ Schistosoma mansoni
◆ o vermelhidão e coceira na pele, fraqueza e dores musculares,
dependendo da localização do parasita e da intensidade da carga
parasitária;
◆ Pode apresentar as formas intestinal, hepatointestinal, hepatoesplênica
e até neurológica;
◆ Tratamento com: oxaminiquina, praziquantel
➔ Leishmaniose:
◆ Tegumentar (pele e mucosas) e visceral (órgãos internos);
◆ Tratamento: anfotericina B lipossomal ou miltefosina
➔ Amebíase: parasita do intestino grosso, causando diarreia, que pode ser
acompanhada de sangue, quando o parasito invade a parede intestinal.
Quando isso ocorre, pode chegar a outros órgãos, como cérebro e fígado.
➔ Giardíase: intestino delgado, pode se acumular e impedir a absorção de
nutrientes, causando diarréia, perda de peso e anemia;
➔ Ascaridíase: durante seu ciclo, passa pelo pulmão; pode causar obstrução
dependendo do número de vermes.
➔ Ancilostomíase/amarelão: entra no hospedeiro pela pele, passa pelo
pulmão e chega ao intestino. Suga o sangue pela parede do intestino,
podendo causar diarreia pela inflamação e também anemia importante;
➔ Enterobíase/oxiuríase: conhecido por causar coceira na região do ânus,
principalmente à noite pois o verme se localiza na parte final do intestino;
➔ Teníase: pode chegar até 12m, sua principal complicação é a
neurocisticercose; transmitida pelo consumo de carne de porco/bovina mal
passada. Tratamento: Mebendazol, Albendazol, Metronidazol, Ivermectina.
➔ Filariose linfática: incubação de 9-12 meses, causa febre, dor de cabeça,
náuseas e dor no corpo, além dos danos a longo prazo ao sistema linfático
causam inchaço nas pernas, nos braços e nos órgãos genitais. Agente
causador: Wuchereria bancrofti. Tratamento: Ivermectina, ALbendazol;

Caso 2:
1. Compreender o mecanismo e complicações da doença.

De acordo com Porth (2021), após a entrada na célula, o genoma de RNA


viral é traduzido para DNA pela transcriptase reversa e esse DNA é integrado ao
cromossomo do hospedeiro, onde existe um estado latente. As células infectadas
CD4 são ativadas e liberam o vírus por brotamento, e sua lise acarreta na liberação
do HIV na corrente sanguínea, resultando na redução na contagem de linfócitos
TCD4 e na supressão da resposta imune.

FONTE: Abbas (2019)

De acordo com Focaccia (2021), a infecção se inicia com a entrada do vírus


na célula por meio da interação da proteína de superfície GP120 e o receptor da
célula CD4, ocorrendo a fusão do vírus com a membrana celular, ação mediada por
GP41.
Após entrar na célula, uma proteína antiviral natural da célula, APOBEC3G, é
desarmada pelo vírus por meio de sua proteína Vif. Então, o RNA viral sofre ação
das enzimas transcriptases reversa e ribonuclease H e é convertido em DNA, sendo
essa fase realizada no citoplasma celular nas primeiras 6 horas de infecção.
Essa dupla fita de DNA é então integrada no genoma do hospedeiro pela
enzima integrase, e uma vez realizado, permanece na célula enquanto ela estiver
viva. A liberação do vírus é por brotamento, a enzima protease processa as
proteínas precursoras dos genes pol e gag tornando a partícula viral madura e capaz
de infectar uma nova célula.
Ainda não são conhecidos todos os processos celulares envolvidos na
replicação do HIV, mas recentemente usando a técnica siRNA, identificou-se que
mais de 200 proteínas celulares são necessárias para a replicação viral.
Durante a fase aguda, a carga viral é bem alta, mas após cerca de 10
semanas, esse número cai aproximadamente 100 vezes, devido ao desenvolvimento
de células T citotóxicas, fazendo com que na fase II a carga viral fique constante. A
maioria das partículas virais 93% são produzidas por CD4 ativados, cuja meia vida
é um dia, 7% são de macrófagos com meia vida de 15 dias e 1% por células T de
memória, sendo a meia-vida da partícula viral no plasma de 6 horas e a produção
diária de 10*9 a 10*10 partículas virais/dia

Quadro Clínico fase aguda: pode variar desde síndrome gripal até
mononucleose-símile, com febre, astenia, faringite, mialgia, artralgia, cefaleia, dor
retro orbicular, linfadenopatia, adenomegalias podem ser evidentes na 2 semana,
envolvendo os gânglios axilares occipitais e cervicais, exantema maculopapular no
tronco e membros e menos frequentemente alterações gastrointestinais.

Quadro clínico fase crônica: poucos sintomas como adenomegalias leves, mas
pode ser assintomática.

Quadro clínico AID’s: caracteriza-se pela ocorrência de infecções e/ou neoplasias


que raramente afetam indivíduos imunocompetentes. Wasting syndrome (síndrome
consumptiva - perda de peso involuntária maior que 10%, associada à febre
documentada por mais de 30 dias, fraqueza e diarreia > 2 evacuações/ dia por mais
que 30 dias), sudorese noturna e mialgias.

Entre as complicações da doença, tem-se:


➔ Lesões dermatológicas e orais como o sarcoma de kaposi, linfomas e
carcinomas;
➔ Lesões neurológicas, como demências, mielopatias vacuolares, AVC,
meningite asséptica, miopatía, neurosífilis chagas no SNC, etc;
➔ Manifestações pulmonares como pneumocistose, criptococose,
histoplasmose, paracoccidioides, infecções bacterianas e pneumonias;
➔ Manifestações gastrointestinais como candidíase oral/esofágica, leucoplasia
pilosa oral, gengivite e periodontite, herpes simples, úlceras, cânceres e
criptosporidiose.
➔ Manifestações hematológicas: anemias, plaquetopenias, neutropenias,
distúrbios de coagulação,linfoma não hodgkin;

2. Diagnóstico laboratorial.

➔ Imunoensaio de triagem: é um método que detecta a presença de um


complexo antígeno-anticorpo em uma amostra biológica.
➔ Teste rápido: podem ser realizados em até 30 minutos, detecta anticorpos;
➔ Ensaios complementares: embora os testes rápidos e os IE sejam sensíveis
e específicos, resultados falso-positivos podem ocorrer; por essa razão, os
testes complementares foram desenvolvidos.
➔ Genotipagem: O exame de genotipagem é utilizado para detecção de mutações
genômicas do HIV-1 associadas à resistência aos antirretrovirais, possibilitando uma
reorientação do esquema terapêutico e a seleção de uma terapia de resgate.

➔ CD4/CD8:
◆ Exame laboratorial utilizado para avaliar a função do sistema imunológico em
pessoas com diagnóstico de infecção pelo HIV, em conjunto com outros
exames
◆ Na infecção pelo HIV há uma predileção por esta categoria.
◆ Os valores normais de CD4 costumam ficar entre 500 e 1500 células por
mm³.
◆ Mas em geral podemos dizer que contagens acima de 500 células por mm³
são boas.
◆ Valor ideal para HIV:
◆ CD4, que precisa estar acima de 200, preferencialmente, acima de 350”,
destacou.
◆ Indetectável = Intransmissível é a mensagem da nova Nota Explicativa do
UNAIDS (UNAIDS Explainer). 2018.
◆ Agora, a evidência é clara: quando uma pessoa vivendo com HIV alcança a
carga viral indetectável, o vírus deixa de ser transmitido em relações sexuais.

3. Doenças de alerta para HIV:

➔ Tuberculose
➔ Hepatite B
➔ Herpes genital
➔ Cancro mole (cancroide)
➔ HPV
➔ Doença Inflamatória Pélvica (DIP)
➔ Donovanose
➔ Gonorreia e infecção por Clamídia;
➔ Linfogranuloma venéreo (LGV);
➔ Sífilis;
➔ Infecção pelo HTLV;
➔ Tricomoníase

4. Tratamento

De acordo com GUSSO (2019), a combinação de fármacos de 1º escolha


para tratar a AID’s são 2 medicamentos do grupo ITRNs (inibidor da transcriptase
reversa análogo de nucleosídeo): tenofovir (TDF) e lamivudina (3TC) e inibidor de
integrase: Doutegravir (DTG).

Caso 3:
Doenças exantemáticas:
São Desordens de causa infecciosa (viral, bacteriana ou fúngica), medicamentosa, ou
reumatológica, caracterizadas pelo surgimento agudo de lesões cutâneas disseminadas pelo
corpo. O exantema que se transforma em erupção cutânea e em pústulas.
- Erupção cutânea: aparece como manchas vermelhas, comichão ou pequenas
bolhas.
- Exantema: uma erupção cutânea que ocorre em todo o corpo e pode ser
acompanhada por febre e outros sintomas. O termo é geralmente usado para
descrever erupções cutâneas associadas a doenças infecciosas, como sarampo,
rubéola e varicela.
- Pústulas: são lesões elevadas na pele contendo pus.

➔ Sarampo: respiratória aguda e extremamente grave, principalmente em crianças


menores de 5 anos de idade, pessoas desnutridas e imunodeprimidas.
◆ Período Prodrômico: média de 6 dias, no início da doença. Febre, tosse
produtiva, coriza, lesões de mucosa e boca e linfadenomegalia. Nas últimas
24 horas desse período, surge, na altura dos pré-molares, o sinal de Koplik,
pequenas manchas brancas com halo hiperemiado, consideradas como sinal
patognomônico
◆ Período exantemático: piora de todos os sintomas descritos, com prostração
importante, quando, então, o exantema que caracteriza o sarampo aparece
em surtos sucessivos. A febre continua alta, com tosse exaustiva, vômitos,
anorexia e secreção purulenta dos olhos e nariz. Quando ocorre otite viral, é
comum tornar-se purulenta.
◆ Período de Convalescência: as manchas tornam-se escurecidas e surge
descamação fina, lembrando farinha, característica descrita no nome da fase
– descamação furfurácea.
◆ Complicações em crianças:
● Pneumonia - Causa mais comum de morte por sarampo em crianças
pequenas;
● Otite média aguda - (infecções de ouvido) pode ocorrer perda auditiva
permanente;
● Encefalite aguda - podem desenvolver essa complicação e 10%
destas podem morrer;
● Morte - em decorrência de complicações da doença.

➔ Rubéola:
◆ Quadro clínico: pneumonia (causa mais comum de morte por sarampo em
crianças pequenas), otite média aguda podendo ocorrer perda auditiva
permanente; encefalite aguda e possivelmente morte.
◆ Complicações:
● Síndrome de rubéola congênita
● Surdez
● As malformações cardíacas, em que as mais frequentes são a
persis­tência do ducto arterioso e a hipoplasia da artéria pulmonar
● As alterações oculares como a catarata congênita e a retinopatia
pigmentar (em sal e pimenta)
● A microcefalia e o retardo do cres­cimento e do desenvolvimento pós­
natal.
◆ Complicações raras: artralgia e artrite (Raramente ocorrem em crianças, dos
adultos jovens e as mulheres, e são transitórias) e encefalite.

➔ Exantema súbito:
◆ Síntomas: febre alta (38º C a 40º C) durante três ou quatro dias, na medida
em que ela vai caindo, surge uma erupção cutânea que se concentra mais no
tronco e menos na face e nos membros, e desaparece em dois ou três dias.
Esse é o sinal mais característico da roséola, o surgimento súbito de uma
exantema (manchas vermelhas na pele) imediatamente após a resolução da
febre, daí a doença também ser conhecida como exantema súbito. O rash da
roséola não coça nem provoca dor, inicialmente

➔ Eritema infeccioso:
◆ Quadro clínico pediátrico:
● Febre alta (38º C a 40º C) durante três ou quatro dias.
● A medida que ela vai caindo, surge uma erupção cutânea que se
concentra mais no tronco e menos na face e nos membros, e
desaparece em dois ou três dias.
● Esse é o sinal mais característico da roséola, o surgimento súbito de
uma exantema (manchas vermelhas na pele) imediatamente após a
resolução da febre, daí a doença também ser conhecida como
exantema súbito.
● O rash da roséola não coça nem provoca dor, inicialmente

➔ Catapora/varicela:
◆ A febre pode começar antes da erupção cutânea, e dura no máximo até 3 a 4
dias após o início do rash.
◆ A fase exantemática é caracterizada por polimorfismo das lesões.
◆ A lesão característica consiste em mácula eritematosa e pruriginosa, que se
transforma em pápula, que evolui para vesícula, e depois para pústula com
umbilicação central e formação de crostas.
◆ Podemos encontrar lesões em diferentes estágios de evolução e, por isso,
afirmamos que há polimorfismo regional.

➔ Mononucleose:
◆ Síndrome linfoglandular/Período de incubação: 30-50 dias Mal estar,
adinamia, febre, odinofagia, dor abdominal, náuseas e mialgia SINAIS.
◆ Amígdalas: Aumentadas de tamanho, hiperemiada, petéquias e exsudato.
◆ Linfadenomegalia (90%): Cervicais.
◆ Esplenomegalia (50%).
◆ Hepatomegalia (10%) .
◆ Edema de Pálpebras Rash(3-15%): Máculo-Papular eritematoso. Rash
associado a ampicilina/amoxicilina

➔ Mão-pé-boca: Erupções vesiculares nas palmas das mãos e planta dos pés e
mucosa oral e na língua, estomatite na gengiva, bochechas.
Podem ocorrer também nas nádegas e na região genital; pode evoluir para a forma
amplamente distribuída pelo corpo.
Lesões benignas e autolimitadas.
Pode evoluir com mal-estar, falta de apetite, vômitos e diarreia; por causa da dor, surgem
dificuldade para engolir e muita salivação.
Em poucos dias os sintomas melhoram, normalmente de 3 a 7dias.

Corona vírus
Sete coronavírus humanos (HCoVs) já foram identificados:
- HCoV-229E,
- HCoV-OC43
- HCoV-NL63,
- HCoV-HKU1,
- SARS-COV (que causa síndrome respiratória aguda grave),
- MERS-COV (que causa síndrome respiratória do Oriente Médio)
- SARS-CoV-2 (mais recente)

➔ Estrutura morfológica:
◆ Estes vírus possuem um material genômico de RNA fita simples sentido
positivo, com maior velocidade na geração de novas cópias de vírus na célula
infectada, presença de várias proteínas em sua superfície, dentre elas está a
Proteína Spike, ou Proteína S, que é uma espícula glicoproteica que se liga
fortemente à enzima ECA2, presente em nossas células, o que torna sua
infecção mais fácil. A proteína Spike é associada à capacidade de entrada do
patógeno nas células humanas e é um dos principais alvos dos anticorpos
.
neutralizantes produzidos pelo organismo para bloquear o vírus
➔ Transmissão:
◆ Vírus pode ser transmitido durante um aperto de mão (seguido do toque nos
olhos, nariz ou boca.
◆ A transmissão por contato é a transmissão da infecção por meio do contato
direto com uma pessoa infectada (por exemplo, durante um aperto de mão
seguido do toque nos olhos, nariz ou boca), ou com objetos e superfícies
contaminados (fômites).
◆ A transmissão por gotículas é a transmissão da infecção por meio da
exposição a gotículas respiratórias expelidas, contendo vírus, por uma
pessoa infectada quando ela tosse ou espirra, principalmente quando ela se
encontra a menos de 1 metro de distância da outra.
◆ A transmissão por aerossol é a transmissão da infecção por meio de gotículas
respiratórias menores (aerossóis) contendo vírus e que podem permanecer
suspensas no ar, serem levadas por distâncias maiores que 1 metro e por
períodos mais longos (geralmente horas), por meio da tosse, espirro e
gotículas respiratórias contendo o vírus.

➔ Transmissibilidade:
◆ Desde durante o período de incubação, geralmente 48 horas antes do início
dos sintomas. Estas pessoas estão infectadas e eliminando vírus, mas ainda
não desenvolveram sintomas (transmissão pré-sintomática).
◆ Pode ocorrer disseminação a partir de portadores assintomáticos, embora a
transmissão seja maior quando as pessoas estão pré-sintomáticas ou
sintomáticas

➔ OBS: Segundo a OMS/CDC as medidas preventivas para evitar a contaminação e


disseminação do novo coronavírus, são: Cobrir nariz e boca quando espirrar ou
tossir; evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca e higienizar as mãos com água e
sabão ou álcool gel.

➔ Quadro clínico:
◆ Caso assintomático:
● Caracterizado por teste laboratorial positivo para covid-19 e ausência
de sintomas.
◆ Caso leve:
● Caracterizado a partir da presença de sintomas não específicos, como
tosse, dor de garganta ou coriza, seguido ou não de anosmia ageusia,
diarreia, dor abdominal, febre, calafrios, mialgia, fadiga e/ou cefaleia.
◆ Caso moderado:
● Os sintomas mais frequentes podem incluir desde sinais leves da
doença, como tosse persistente e febre persistente diária, até sinais
de piora progressiva de outro sintoma relacionado à covid-19
(adinamia, prostração, hiporexia, diarreia), além da presença de
pneumonia sem sinais ou sintomas de gravidade
◆ Caso grave:
● Considera-se a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Síndrome Gripal
que apresente dispneia/desconforto respiratório ou pressão
persistente no tórax ou saturação de oxigênio menor que 95% em ar
ambiente ou coloração azulada de lábios ou rosto).
◆ Caso crítico:
● Os principais sintomas são sepse, síndrome do desconforto
respiratório agudo, síndrome do desconforto respiratório agudo,
insuficiência respiratória grave, disfunção de múltiplos órgãos,
pneumonia grave, necessidade de suporte respiratório e internações
em unidades de terapia intensiva.

➔ Diagnóstico laboratorial:
◆ Biologia molecular: permite identificar a presença do material genético
(RNAdo vírus SARS-CoV-2) em amostras de secreção respiratória, por meio
das metodologias de RT-PCR em tempo real (RT-qPCR). Colher: terceiro a
setimo dia.
◆ Sorologia: detecta anticorpos IgM, IgA e/ou IgG produzidos pela resposta
imunológica do indivíduo em relação ao vírus SARS-CoV-2, podendo
diagnosticar doença ativa ou pregressa.
◆ Testes rápidos: Estão disponíveis dois tipos de testes rápidos, de antígeno e
de anticorpo, por meio da metodologia de imunocromatografia.
● O teste rápido de antígeno detecta proteína do vírus em amostras
coletadas de naso/orofaringe, devendo ser realizado na infecção ativa
(fase aguda) e o teste rápido de anticorpos detecta IgM e IgG (fase
convalescente), em amostras de sangue total, soro ou plasma.
Colher:6 a 7 dias ate 11 dias
➔ Vacinas:
◆ CoronaVac: vírus inativado (morto),
◆ AstraZeneca: utiliza o vetor viral. O adenovírus, que infecta chimpanzés, é
manipulado geneticamente para que seja inserido o gene da proteína “Spike”
(proteína “S”) do Sars-CoV-2.
◆ Pfizer: tecnologia de RNA mensageiro, ou mRNA.
◆ Janssen: plataforma de vetor viral adenovírus que foi geneticamente
modificado para não se replicar em
◆ Sputnik V: vacina russa, plataforma de vetor de adenovírus
humano,geneticamente modificado para não se replicar em humanos.vacina
bivalente?
◆ Pfizer /Moderna: ela foi elaborada com base na variante original do
coronavírus (o SARS-CoV-2) e na variante Ômicron BA.1 (que é atualmente a
de maior circulação) por enquanto apenas como dose de reforço, e não para
imunização primária.

➔ Mutações:
◆ A mutação é um processo natural e evolutivo, ainda mais se o organismo em
questão tiver em sua constituição ácido ribonucleico (RNA, o material
genético do vírus), como é o caso do SARS-CoV-2
◆ As mutações acontecem quando o vírus se adapta ao ambiente para
sobreviver As mutações acontecem quando o vírus se adapta ao ambiente
para sobreviver
◆ Quanto menos o vírus for transmitido, menos as chances de ele sofrer
mutações.
◆ Por isso, medidas de proteção como usar máscaras e higienizar as mãos
com sabão e álcool em gel, evitar aglomerações e manter o distanciamento
social, além de completar o esquema vacinal contra a Covid-19, são
iniciativas que funcionam contra todas variantes da Covid-19.
◆ Existem milhares de variações genéticas do vírus original causador da
Covid-19, mas nem todas são letais ou contagiosas.
◆ Quanto menos o vírus for transmitido, menos as chances de ele sofrer
mutações.
Hepatites virais

➔ Marcadores sorológicos para hepatite B:


◆ Antígeno de superfície do HBV (HBsAg): é a primeira proteína viral a
aparecer no sangue durante uma infecção aguda por hepatite B. A presença
do HBsAg no sangue indica infecção ativa pelo VHB.
◆ Anticorpo IgM para o core do HBV (IgM anti-HBc): este anticorpo aparece
no início da infecção aguda por hepatite B e é um sinal de infecção ativa.
◆ Anticorpo IgG para o core do HBV (IgG anti-HBc): este anticorpo pode ser
detectado na fase aguda e crônica da hepatite B. É um sinal de exposição
prévia ao VHB, mesmo que a infecção não esteja ativa no momento.
◆ Antígeno "e" do HBV (HBeAg): este antígeno é produzido durante a
replicação do VHB e é um sinal de infecção ativa e alta infectividade.
◆ Anticorpo anti-HBeAg: é produzido quando o sistema imunológico começa a
controlar a infecção pelo VHB e é um sinal de que a infecção está entrando
em remissão.
◆ Anticorpo contra o HBsAg (anti-HBs): é produzido após a exposição ao
HBsAg e é um sinal de imunidade protetora contra a hepatite B

➔ Testes sorológicos hepatite C:


◆ São imunoensaios para detecção de anticorpos contra o HCV
◆ Não são capazes de identificar se a infecção é aguda, crônica ou curada.
◆ Estão sujeitos a falso positivo, dependendo da prevalência da infecção na
população
◆ Quando os testes são negativos em indivíduos expostos ao risco, devem ser
repetidos em 30-60 dias.
◆ Anti-HCV é detectável em 70-80% dos pacientes no início dos sintomas e em
90% dentro de 3 meses.

Caso 4:
1. Diferenciar as formas de tireoidites.

HIPOTIREÓIDISMO:
- Congênito: distúrbio de desenvolvimento da glândula tireoide através de
mutações genéticas em fatores de transcrição ou decorrente de herdabilidade
genética defeituosa para a síntese hormonal.
- Primário adquirido:
- A principal é a doença de Hashimoto, na qual a tireóide é infiltrada por
linfócitos na medida em que o indivíduo é portador de auto-anticorpos;
- Tireoidite de De Quervain (subaguda): etiologia viral;
- Drogas tireotóxicas: amiodarona, talidomida, lítio, etc.
- Secundário e Central: Secundário para alterações na hipófise e terciário
quando estão localizadas no hipotálamo. Em ambas as situações, as
etiologias costumam ser: infecções (ex.: sarcoidose), inflamações, tumores
(ex.: meningioma) e uso prolongado de corticosteróides ou de dopamina.

HIPERTIREOIDISMO
- Primário: alguma anormalidade ocorrida na glândula tireóide (doença
autoimune ou presença de adenoma).
- Doença de Graves: formação de anticorpos contra o receptor de TSH
existente na tireoide. Esses anticorpos se ligam aos receptores de
TSH, estimulando excessivamente a liberação dos hormônios
tireoidianos (aumento de T3 e T4), gerando um feedback negativo para
a hipófise anterior, que por sua vez diminui a formação do TSH,
fazendo com que ele apresente níveis mais baixos que o normal no
organismo.
- Adenoma Tireoideano: tumor é formado por células produtoras dos
hormônios tireoidianos, e por esse motivo ele acaba produzindo e
secretando esses hormônios, o que causa uma inibição na função
secretora do restante da glândula (onde o tumor não está localizado),
provocando assim uma supressão na produção de TSH pela hipófise.
- Secundário: anormalidade no hipotálamo ou na hipófise (adenoma
hipofisário)
- Desregulação na produção e na liberação do TRH, que causa um
aumento do estímulo da secreção do TSH pela hipófise, gerando uma
“hipófise hiperativa”. Essa hiperatividade da hipófise gera uma
exacerbação na função tireoidiana, levando a um aumento na
produção e na liberação do T3 e T4.
- Adenoma Hipofisário, que age como secretor de TSH. Com o aumento
dos níveis de TSH, ocorre o aumento da função tireoidiana, elevando
assim a produção e a secreção do T3 e T4

2. Sinais e sintomas alterações tireoidianas.

HIPERTIREOIDISMO:
● Dificuldade de dormir; ● acelerada perda de cálcio dos
● Aceleração dos batimentos ossos, com aumento do risco de
cardíacos; osteoporose e fraturas.
● Intestino solto;
● Agitação; HIPOTIREOIDISMO:
● Queda de cabelos; ● Depressão
● Menstruação irregular; ● Desaceleração dos batimentos
● irregularidade no ritmo cardíaco, cardíacos
● nervosismo, ansiedade e irritação; ● Intestino preso
● mãos trêmulas e sudoreicas; ● Menstruação irregular
● perda de apetite; ● Diminuição da memória
● intolerância a temperaturas quentes ● Cansaço excessivo
e probabilidade de aumento da ● Dores musculares
sudorese; ● Sonolência excessiva
● queda de cabelo e/ou fraqueza do ● Pele seca
couro cabeludo; ● Queda de cabelo
● rápido crescimento das unhas, com ● Ganho de peso
tendência à descamação das mesmas; ● Aumento do colesterol no sangue
● fraqueza nos músculos, ● Fadiga
especialmente nos braços e coxas; ● Intolerância ao frio
● intestino solto; ● Infertilidade
● perda de peso importante;
● alterações no período menstrual;
● aumento da probabilidade de aborto;
● olhar fixo;
● protusão dos olhos, com ou sem
visão dupla (em pacientes com a
Doença de Graves);

3. Exames para o caso.

De acordo com Porto (2019), dentre os exames existentes para diagnósticos de


afecções da tireóide, estão: dosagem de T3, T4,T4 livre e TSH; captação tireoidiana
com iodo radioativo; cintilografia tireoidiana; pesquisa de corpo inteiro com I;
tomografia por emissão de pósitrons (PET-CT), com fluordeoxiglicose marcada com
flúor-18; ultrassonografia, dosagem de anticorpos antitireoidianos e exame
citológico.

→ As dosagens dos hormônios são importantes para quantificação deles e para


análise da função tireoidiana, se está hipo ou hiperfuncionante.
→ Cintilografia e captação tireoidiana com iodo radioativo: recomendados para
diagnóstico diferencial quando há identificação de cisto no ducto tireoglosso, na
avaliação de nódulos tireoidianos, na supressão de TSH ou se a PAAF tiver sido
inconclusiva.

→ Ultrassonografia: indicada para determinar as características morfológicas da


glândula tireóide, tais como: suas dimensões (aumentadas/normais/reduzidas); a
ecotextura do seu parênquima; a presença de nódulos e suas características
(císticos, sólidos, mistos, hipoecóicos, isoecóicos e ecogênicos); padrão de
vascularização ao estudo Doppler, etc.

→ Punção aspirativa por agulha fina (PAAF): indicada na avaliação de nódulos


tireoidianos acima de 1,0 cm e/ou com características suspeitas: nódulo sólido
hipoecoico, nódulo cístico com vegetação mural, contornos irregulares, presença ou
não de microcalcificações, sua vascularização ao Doppler;

→ Dosagem de anticorpo: apresentam-se elevados em doenças como a tireoidite


de hashimoto e a doença de Basedow-Graves;

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