Você está na página 1de 116

ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO SOCIAL

PROTOCOLO DE ATENDIMENTO NUTRICIONAL

Fortaleza, 2017

1
SUMÁRIO
PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL ADULTO / IDOSO ....................................... 5
TÉCNICA DE AFERIÇÃO.................................................................................................................. 5
Peso ..................................................................................................................................................... 5
Altura ................................................................................................................................................. 5
ANTROPOMETRIA DO ADULTO/IDOSO ..................................................................................... 5
Peso ideal ............................................................................................................................................ 5
Indice de massa corporal (imc). ....................................................................................................... 6
Adequação de peso ............................................................................................................................ 6
Perda de peso (%) ............................................................................................................................. 7
Peso ajustado ..................................................................................................................................... 7
Circunferência do braço ................................................................................................................... 7
Circunferência da cintura ................................................................................................................ 9
Circunferência do quadril ................................................................................................................ 9
Relação cintura quadril .................................................................................................................. 10
Porcentual de gordura corporal (% gc) ........................................................................................ 10
Circunferência da panturrilha ....................................................................................................... 11
ANTROPOMETRIA EM CASOS ESPECÍFICOS ......................................................................... 11
Altura estimada ............................................................................................................................... 11
PESO ESTIMADO.............................................................................................................................. 13
Peso estimado (pacientes edemasiados) ......................................................................................... 13
Peso estimado (paciente com ascite) .............................................................................................. 14
PESO ESTIMADO (PACIENTES AMPUTADOS) .................................................................... 15
DETERMINAÇÃO DAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS E CÁLCULO DE DIETAS ....... 15
Nível de atividade física .................................................................................................................. 15
Necessidade energética estimada (nee) .......................................................................................... 16
Fórmulas de bolso ........................................................................................................................... 17
Fórmula para taxa metabólica basal (tbm)................................................................................... 18
ELABORAÇÃO DO PLANO ALIMENTAR .................................................................................. 20
Distribuição dos macronutrientes .................................................................................................. 20
Distribuição dos micronutrientes ................................................................................................... 20
Cálculo das dietas ............................................................................................................................ 20
Orientações ...................................................................................................................................... 26
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAL ................................................................................................... 27
GERAL............................................................................................................................................. 27
IDOSOS............................................................................................................................................ 28
2
RECOMENDAÇÕES E ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS PARA DCT ................................... 29
Anemia falciforme ........................................................................................................................... 29
Anemia ferropriva ........................................................................................................................... 29
Cardiopatias..................................................................................................................................... 30
Cefaléias ........................................................................................................................................... 32
Diabetes mellitus.............................................................................................................................. 33
Diarreia ............................................................................................................................................ 35
Dilispidemia ..................................................................................................................................... 36
Gastrite crônica ............................................................................................................................... 38
Gota .................................................................................................................................................. 39
Hipercolesterolemia ........................................................................................................................ 40
Hipertensão ...................................................................................................................................... 42
TRIGLICERÍDIOS......................................................................................................................... 43
OBESIDADE ................................................................................................................................... 44
Obstipação ....................................................................................................................................... 47
ALIMENTOS ESPECIFICOS ........................................................................................................... 49
Alimentos flatulentos ...................................................................................................................... 49
Alimentos funcionais ....................................................................................................................... 50
Alimentos laxantes .......................................................................................................................... 50
Alimentos obstipantes ..................................................................................................................... 51
Alimentos com alto teor de fibra .................................................................................................... 51
Alimentos com alto teor em potássio ............................................................................................. 52
Alimentos com alto teor de sódio ................................................................................................... 52
PROTOCOLO ATENDIMENTO NUTRICIONAL PARA GESTANTES. ................................. 53
DURAÇÃO DA GESTAÇÃO ............................................................................................................ 53
INDICE DE MASSA CORPORAL - IMC ....................................................................................... 53
Ganho de peso gestacional .............................................................................................................. 53
CÁLCULO DA DATA PROVÁVEL DO PARTO (DPP): .............................................................. 56
NECESSIDADES ENERGETICAS E CALCULO DE DIETA PARA GESTANTE. .................. 57
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA GESTANTE........................................................ 61
NECESSIDADES ENERGETICAS E CALCULO DE DIETA PARA NUTRIZ ......................... 65
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA NUTRIZ. ............................................................. 67
ALEITAMENTO MATERNO........................................................................................................... 68
TÉCNICAS PARA ORDENHAR O LEITE MATERNO ............................................................... 73
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO CRIANÇA E ADOLESCENTE ........................................ 74
CRIANÇAS DE 0 A MENOR DE 5 ANOS (FONTE: OMS, 2006) ................................................ 75

3
CRIANÇA DE 5 A 10 ANOS (FONTE: OMS, 2007) ....................................................................... 77
ANTROPOMETRIA E O DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL DA CRIANÇA ............................ 79
ADOLESCENTES 10 a 19 anos......................................................................................................... 79
ANTROPOMETRIA E O DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL DO ADOLESCENTE ................. 81
AFERIÇÃO DO PESO DE CRIANÇAS MENORES DE 2 ANOS ................................................ 81
AFERIÇÃO DO PESO DE CRIANÇAS MAIORES DE 2 ANOS, ADOLESCENTES E
ADULTOS ........................................................................................................................................... 82
AFERIÇÃO DA ALTURA DE CRIANÇAS MAIORES DE 2 ANOS, ADOLESCENTES E
ADULTOS ........................................................................................................................................... 82
CÁLCULO DO GASTO ENERGÉTICO ......................................................................................... 84
ALERGIA ALIMENTAR .................................................................................................................. 87
CRIANÇAS MENORES DE DOIS ANOS ....................................................................................... 87
CRIANÇAS MAIORES DE DOIS ANOS E ADOLESCENTE ..................................................... 88
RECOMENDAÇÕES DE INGESTÃO DE ÁGUA DE ACORDO COM DRI ............................. 89
TRATAMENTO DE OBESIDADE EM CRIANÇAS E ADOLESCENTE .................................. 89
RECOMENDAÇÕES PARA CRIANÇA COM DIARREIA ......................................................... 90
ORIENTAÇÃO ALIMENTAR PARA CRIANÇA ABAIXO DE 2 ANOS ................................... 91
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR ............................................................................................ 92
SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINAS E FERRO ......................................................................... 93
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS DURANTE A FASE PRÉ-ESCOLAR ................................. 94
10 PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA CRIANÇAS NAS FASES PRÉ-
ESCOLAR E ESCOLAR.................................................................................................................... 95
QUANTIDADE DE PORÇÕES AO DIA AJUSTADA SEGUNDO GRUPOS DA PIRÂMIDE
ALIMENTAR ...................................................................................................................................... 96
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS DURANTE A FASE ESCOLAR .......................................... 97
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS NA ADOLESCÊNCIA .......................................................... 97
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA EM SITUAÇÕES ESPECIAIS ........................................ 98
INTERVENÇÃO EM CRIANÇAS COM CONSTIPAÇÃO INTESTINAL................................. 99
MEDIDAS DE INTERVENÇÃO ...................................................................................................... 99
FIBRA ALIMENTAR ...................................................................................................................... 100
ANEXOS ............................................................................................................................................ 101

4
PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL ADULTO / IDOSO

TÉCNICA DE AFERIÇÃO

Peso

1. O paciente deve estar sem calçados e com roupas leves;


2. Posicione o paciente sobre a plataforma da balança com os dois pés apoiados e o mantenha
imóvel; O paciente deve estar totalmente ereto com os braços estendidos ao longo do corpo;
3. Faça a leitura do registro da medida obtida;
4. Se necessário, repita o procedimento.

Altura
1. O paciente deve estar sem calçados, com roupas leves, sem adornos na cabeça e nos
bolsos;
2. Coloque – o posicionado à superfície de uma parede lisa, sem rodapés enconstando
em cinco pontos: calcanhares, panturrilha, nádegas, clavícula e região occipital;
3. O paciente deve estar olhando para o horizonte;
4. Baixar o cursor do estadiometro até tocar a parte superior da cabeça e realizar a
leitura do valor obtido.
5. Se necessário, repita o procedimento.

ANTROPOMETRIA DO ADULTO/IDOSO

Peso ideal

Peso ideal = IMC ideal x (altura) ²

FONTE: WHO, 1985

5
Índice de massa corporal (imc).

IMC = Peso (kg)


Altura² (m)

CLASSIFICAÇÃO ADULTO CLASSIFICAÇÃO IDOSO


IMC (kg/m²) Estado Nutricional IMC (kg/m²) Estado Nutricional
< 16,0 Magreza grau III - grave < 22 Baixo peso
16,0 – 16,99 Magreza grau II - moderada 22 – 27 Eutrofia
17,0 – 18,49 Magreza grau III - leve > 27 Sobrepeso
18,5 – 24,99 Eutrofia FONTE: SISVAN, 2008
25,0 – 29,99 Sobrepeso CLASSIFICAÇÃO IDOSO
30,0 – 34,99 Obesidade grau I IMC (kg/m²) Estado Nutricional
35,0 – 39,99 Obesidade grau II ≤ 23 Subnutrido
>40,0 Obesidade grau III >23 e < 28 Peso adequado
FONTE: OMS, 1997 ≥28 e < 30 Excesso de peso
≥ 30 Obesidade
IMC MÉDIO FONTE: OPAS, 2001
HOMEM: 22KG/M²
MULHER: 20,8 KG/M²
IDOSO: 24,5 KG/M²

Adequação de peso

Adequação do peso (%) = Peso atual x 100


Peso ideal

% Adequação do peso Estado Nutricional


≤ 70 Desnutrição grave
70,1 a 80 Desnutrição moderada
80,1 a 90 Desnutrição leve
90,1 a 110 Eutrofia
110,1 a 120 Sobrepeso
>120 Obesidade
FONTE: BLACKBURN; THORNTON, 1979

6
Perda de peso (%)

Perda de peso (%) = (peso usual – peso atual) x 100


Peso usual

Tempo Perda significativa (%) Perda grave (%)


1 semana 1a2 >2
1 mês 5 >5
3 meses 7,5 >7,5
6 meses 10 >10
FONTE: BLACKBURN et al., 1977

Peso ajustado

P.A = (peso atual – peso ideal) x 0,25 + peso ideal

OBS.: para IMC > 30 kg / m² (Obesidade)

P.A = (peso ideal – peso atual) x 0,25 + peso atual)

OBS.: para IMC < 18 kg / m² (Desnutrição)


FONTE: BLACKBURN & THORNTON, 1979

Circunferência do braço

Técnica de aferição da CB
1. Flexione o braço a ser avaliado formando um ângulo de 90 graus;
2. Localize com uma fita métrica o ponto médio entre o acrômio e o olécrano e faça uma
marcação;
3. Solicite ao paciente que fique com o braço estendido ao longo do corpo com a palma
da mão voltada para a coxa;
4. Contorne o braço com uma fita flexível no ponto marcado de forma ajustada evitando
compressão da pele ou folga;
5. O resultado é comparado aos valores de referência.

7
Adequação CB = CB obtida (cm) x 100
Percentil 50

ADULTO IDOSO
Percentual (%) Classificação Percentual (%) Classificação
< 70 Desnutrição grave >120 Obesidade
70 a 80 Desnutrição moderada 110 - 120 Sobrepeso
80 a 90 Desnutrição leve 90 – 110 Eutrófico
90 a 110 Eutrofia 80 – 89 Desnutrição leve
110 a 120 Sobrepeso 70 – 79 Desnutrição moderada
>120 Obesidade < 69 Desnutrição grave
FONTE: BLACKBURN, 1979 FONTE: BLACKBURN E THORNTON, 1979

8
Circunferência da cintura
Técnica de aferição

1. O paciente deve estar em pé;


2. Com uma fita métrica flexível circunde o indivíduo na linha natural da cintura, na região
mais estreita entre o tórax e o quadril, geralmente no ponto médio entre a crista ilíaca e
a última costela;
3. Peça para o paciente inspirar e expirar lentamente;
4. A leitura deve ser feita no momento da expiração;
5. Se necessário, repita o procedimento.
Sexo Risco aumentado Risco muito aumentado
Feminino 80 a 88 cm >88 cm
Masculino 94 a 102 cm >102 cm
FONTE: WHO, 1998

Circunferência da cintura Risco aumentado para doenças cardiovasculares


>ou igual que 80 cm Mulheres
>ou igual que 94 cm Homens
FONTE: SISVAN

Circunferência do quadril
Técnica de aferição

1. O paciente deve estar com roupas leves e finas;


2. Coloque – o na posição ereta, com o abdome relaxado, os braços estendidos ao longo
do corpo e as pernas fechadas;
3. Posicione-se lateralmente ao paciente de forma que a máxima extensão glútea possa ser
vista;
4. Com o uso de uma fita flexível, circunde essa região, ao redor do quadril, no plano
horizontal, sem fazer compressão;
5. Verifique se a fita está bem posicionada, ou seja, se ela está no mesmo nível em toda a
extensão de interesse; O zero da fita deve estar abaixo do valor medido;

9
Relação cintura quadril

RCQ = Circunferência cintura


Circunferência quadril

ALTO RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES


Homem >1
Mulher >0,85
FONTE: BRAY, 1989

Porcentual de gordura corporal (% gc)

%GC = (1,2 x IMC) - (10,8 x sexo) + (0,23 x idade/anos) - 5,4

OBS: Sexo: feminino = 0; masculino = 1


CLASSIFICAÇÃO GC
GORDURA CORPORAL (%)
CLASSIFICAÇÃO
HOMEM MULHER
Riscos de doenças associadas ≤5 ≤8
Abaixo da média 6 -1 9 – 22
Média 15 23
Acima da média 16 – 24 24 – 31
Riscos de doenças associadas ≥ 25 ≥ 32
FONTE: DEURENBERG et al., 1990

CLASSIFICAÇÃO DO PERCENTUAL DE GORDURA – MASCULINO


IDADE
CLASSIFICAÇÃO
18 - 25 26 – 35 36 - 45 46 - 55 56- 65
Muito baixo <4 <8 < 10 < 12 < 13
Excelente 4a6 8 a 11 10 a 14 12 a 16 13 a 18
Muito bom 7 a 10 12 a 15 15 a 18 17 a 20 19 a 21
Bom 11 a 13 16 a 18 19 a 21 21 a 23 22 a 23
Adequado 14 a 16 19 a 20 22 a 23 24 a 25 24 a 25
Moderadamente alto 17 a 20 21 a 24 24 a 25 26 a 27 26 a 27
Alto 21 a 24 25 a 27 26 a 29 28 a 30 28 a 30
Muito alto > 24 > 27 > 29 > 30 > 30
FONTE: POLLOCK; WILMORE, 1993
10
CLASSIFICAÇÃO DO PERCENTUAL DE GORDURA – FEMININO
IDADE
CLASSIFICAÇÃO
18 - 25 26 – 35 36 - 45 46 - 55 56- 65
Muito baixo < 13 < 14 < 16 < 17 < 18
Excelente 13 a 16 14 a 16 16 a 19 17 a 21 18 a 22
Muito bom 17 a 19 17 a 20 20 a 23 22 a 25 23 a 26
Bom 20 a 22 21 a 23 24 a 26 26 a 28 27 a 29
Adequado 23 a 25 24 a 25 27 a 29 29 a 31 30 a 32
Moderadamente alto 26 a 28 26 a 29 30 a 32 32 a 34 33 a 35
Alto 29 a 31 30 a 33 33 a 36 35 a 38 36 a 38
Muito alto > 31 > 33 > 36 > 39 > 38
FONTE: POLLOCK; WILMORE, 1993

Circunferência da panturrilha

Técnica de aferição:

1- O paciente deve estar com a panturrilha a amostra ou com roupa de tecido fino;

2- Com uma fita métrica flexível, contorne a panturrilha do indivíduo;

3- Registre a medida conferida.

Parâmetro Classificação
>31 Eutrofia
< 31 Desnutrição
FONTE: OMS, 1995; COELHO ET AL, 2006; CHUMLEA ET AL., 1995

ANTROPOMETRIA EM CASOS ESPECÍFICOS

Altura estimada

Altura do joelho

11
Técnica de aferição

1. O indivíduo deve estar em posição supina ou sentado o mais próximo possível da


extremidade da cadeira com o joelho flexionado no ângulo de 90°;

2. Utilizar uma fita métrica flexível ou o estadiômetro;

3. Medir o comprimento entre o calcanhar e a superfície anterior da perna (cabeça da fíbula) na


altura do joelho;

4. Registrar o valor obtido.

ESTIMATIVA DE ALTURA (18 a 60 ANOS)


HOMEM
BRANCO 71,85 + (1,88 X AJ)
NEGRO 73,42 + (1,79 X AJ)
MULHER
BRANCA 70,25 + (1,87 X AJ) – (0,06 X IDADE)
NEGRA 68,10 + (1,86 X AJ) – (0,06 X IDADE)
FONTE: CHUMLEA et al., 1985

ESTIMATIVA DE ALTURA (60 a 90 ANOS)


HOMEM 64,19 – (0,04 x I) + (2,04 x AJ)
MULHER 84,88 – (0,24 x I) + (1,83 x AJ)
FONTE: CHUMLEA et al., 1985

Extensão dos braços (envergadura)

Técnica de aferição:

1. Solicitar que o paciente retire vestimentas como jaquetas, blusas ou outras que dificultem a
extensão do braço;

2. O paciente deve estar de pé, de frente para o avaliador, tronco reto, braços estendidos na
altura do ombro, sem flexionar o cotovelo;

3. Com uma fita métrica flexível, estender-se marcando na extremidade final do maior dedo da
mão até a maior extremidade do maior dedo da outra mão;

4. Registrar o valor obtido;

12
Extensão do braço (hemi envergadura)

Técnica de aferição

1. Solicitar que o paciente retire vestimentas como jaquetas, blusas ou outras que dificultem a
extensão do braço;

2. O paciente deve estar de pé, de frente para o avaliador, tronco reto, braço estendido na altura
do ombro, sem flexionar o cotovelo;

3. Com uma fita métrica flexível, medir da incisura jugular do esterno até a extremidade do
maior dedo de qualquer um dos braços;

4. Registrar o valor obtido e multiplicar por dois.

PESO ESTIMADO

IDADE: 18 a 60 ANOS
HOMEM FÓRMULA
BRANCO (AJ x 1,19) + (CB x 3,21) – 86,82
NEGRO (AJ x 1,09) + (CB x 3,14) – 83,72
MULHER FÓRMULA
BRANCA (AJ x 1,01) + (CB x 2,81) – 60,04
NEGRA (AJ x 1,24) + (CB x 2,97) – 82,48
FONTE: KWOK; WRITELOW, 1991

IDOSOS
HOMEM FÓRMULA
BRANCO (AJ x 1,10) + (CB x 3,07) – 75,81
NEGRO (AJ x 0,44) + (CB x 2,86) – 39,21
MULHER FÓRMULA
BRANCA (AJ x 1,09) + (CB x 2,68) – 65,51
NEGRA (AJ x 1,50) + (CB x 2,58) – 84,22
FONTE: CHUMLEA; ROCHE; STEINBAUGH, 1985

Peso estimado (pacientes edemasiados)

Peso = peso atual – peso resultante do edema

13
OBS.: Paciente com edema apresenta excesso de peso hídrico.
ESTIMATIVA DE PESO COM EDEMA
GRAU DE EDEMA PESO A SER SUBTRAÍDO
+ TORNOZELO 1 Kg
++ JOELHO 3 a 4 Kg
+++ RAÍZ DA COXA 5 a 6 Kg
++++ ANASARCA 10 a 12 Kg
FONTE: DUARTE; CASTELLANI, 2002

Peso estimado (paciente com ascite)

ASCITE: É o acúmulo de líquido extracelular na cavidade abdominal.


Técnica de aferição

1. Para observar a presença de ascite, coloque a mão na linha mediana do abdômen do paciente
e apoie com certa firmeza - não apoiando a palma, mas sim a lateral da mão esticada na linha
mediana);

2. Realize a percussão em um dos lados do abdômen. Observa-se se há transmissão de onda de


líquido para o lado oposto do abdômen;

3.Caso haja prosseguimento da onda para o lado oposto do abdômen o sinal é considerado
positivo.

CLASSIFICAÇÃO DA ASCITE
LEVE Visível apenas no ultrassom
MODERADA Detectável pelo "abaulamento dos flancos"
ao exame físico
GRAVE Claramente visível, confirmada pelo "sinal
do piparote*/sinal de onda líquida" ao exame
físico

ESTIMATIVA DE PESO COM ASCITE


GRAU DA ASCITE PESO A SER SUBTRAÍDO
+ LEVE 3 a 5 Kg
++ MODERADA 7 a 9 Kg
+++ GRAVE 14 a 15 Kg
FONTE: BLACKBURN & BISTRIAN, 1977 apud KAMIMURA et al., 2003

14
PESO ESTIMADO (PACIENTES AMPUTADOS)
OBS.: Para corrigir o peso corporal ideal em amputados, deve-se subtrair o peso da extremidade
amputada do peso ideal calculado.

Peso estimado para amputados = PESO IDEAL – PESO EXTREMIDADE AMPUTADA

PERCENRUAL DE AMPUTAÇÃO

FONTE: OSTERKAMP, 1995 FONTE: BRUMSTROG, 1962

DETERMINAÇÃO DAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS E CÁLCULO DE DIETAS


Nível de atividade física
CLASSIFICAÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA (NAF)
Realiza trabalhos domésticos de esforço leve a moderado;
SEDENTÁRIO Realiza caminhadas para atividades relacionadas com o cotidiano;
Fica sentado por várias horas.
Realiza caminhadas (6,4km/h), além das mesmas atividades
POUCO ATIVO
relacionadas ao NAF sedentário.
Pratica atividades como ginástica aeróbica, corrida, natação, joga
ATIVO
tênis, além das mesmas atividades relacionadas ao NAF sedentário.
Pratica ciclismo de intensidade moderada, corrida, pula corda, joga
MUITO ATIVO tênis, além de atividades relacionadas ao
NAF sedentário.

15
Necessidade energética estimada (nee)
Necessidade estimada de energia (NEE): é a ingestão média de energia dietética que é
prevista para manter o balanço energético em um adulto saudável de idade, peso e altura
definidos e grau de atividade física compatível com boa saúde

NEE para Homens a partir de 19 anos (IMC 18,5-25Kg/m²)

NEE = 662 – 9,53 X idade (anos) + AF x (15,91 x peso[kg] + 539,6 x estatura[m])

Onde:
AF = coeficiente de atividade física
AF = 1,0 se o GAF for estimado como ≥1,0 < 1,4 (sedentário)
AF = 1,11 se o GAF for estimado como ≥1,4 < 1,6 (pouco ativo)
AF = 1,25 se o GAF for estimado como ≥ 1,6 < 1,9 (ativo)
AF = 1,48 se o GAF for estimado como ≥1,9 < 2,5 (muito ativo)

NEE para Mulheres a partir de 19 anos (18,5 – 25kg/m²)

NEE = 354 – 6,91 X idade (anos) + AF x (9,36 x peso [kg] + 726 x altura[m])

Onde:
AF = coeficiente de atividade física
AF = 1,0 se o GAF for estimado como ≥1,0 < 1,4 (sedentário)
AF = 1,12 se o GAF for estimado como ≥1,4 < 1,6 (pouco ativo)
AF = 1,27 se o GAF for estimado como ≥ 1,6 < 1,9 (ativo)
AF = 1,45 se o GAF for estimado como ≥1,9 < 2,5 (muito ativo)
Homens com Sobrepeso e Obesos a partir de 19 anos (IMC≥25kg/m²)

NEE = 1086 – 10,1 x idade (anos) + AF x (13,7 x peso[kg] + 416 x estatura [m])

Onde:
AF = coeficiente de atividade física
AF = 1,0 se o GAF for estimado como ≥1,0 < 1,4 (sedentário)
AF = 1,12 se o GAF for estimado como ≥1,4 < 1,6 (pouco ativo)
AF = 1,29 se o GAF for estimado como ≥ 1,6 < 1,9 (ativo)
AF = 1,59 se o GAF for estimado como ≥1,9 < 2,5 (muito ativo)

16
Mulheres com Sobrepeso e Obesas a partir de 19 anos (IMC≥25kg/m²)

NEE: 448 – 7,95 x idade (anos) + AF x (11,4 x peso[kg] + 619 x estatura [m])

Onde:
AF = coeficiente de atividade física
AF = 1,0 se o GAF for estimado como ≥1,0 < 1,4 (sedentária)
AF = 1,16 se o GAF for estimado como ≥1,4 < 1,6 (pouco ativa)
AF = 1,27 se o GAF for estimado como ≥ 1,6 < 1,9 (ativa)
AF = 1,44 se o GAF for estimado como ≥1,9 < 2,5 (muito ativa)
FONTE: DRI (IOM, 2002; 2005)

OBS.:
- Gasto Energético Total (GET): é a soma do gasto energético de repouso, da energia gasta na
atividade física e do efeito térmico dos alimentos.
- Grau de Atividade Física (GAF) é o grau de atividade física que é a razão entre o gasto
energético total e o gasto energético basal.
- NEE = GET
- Calcular NEE sempre usando PESO ATUAL.

Fórmulas de bolso
Necessidade energética total estimada por recomendações de energia por quilo de peso
corporal segundo o objetivo da intervenção nutricional.

17
Fórmula para taxa metabólica basal (tbm)
- Fórmula de Harris Benedict

18
19
ELABORAÇÃO DO PLANO ALIMENTAR

Distribuição dos macronutrientes


DISTRIBUIÇÃO CALÓRICA PERCENTUAL
CARBOIDRATOS 45 – 65%
LIPÍDEOS 20 – 35%
PROTEÍNAS 10 – 35% (0,8-1,0g/kg de peso corporal/dia)
FIBRAS 21 – 38g
FONTE: DRI’s

Distribuição dos micronutrientes


- Seguir recomendações da DRI segundo idade e sexo;

- Avaliar pela recomendação de RDA;

- Não ultrapassar a UL;

Cálculo das dietas


As dietas prescritas serão calculadas pelo método de equivalente após estabelecimento
das necessidades energéticas. Deve-se considerar o hábito do paciente verificado a partir do
recordatório habitual. De acordo com as necessidades nutricionais será estabelecido o número
de porções por grupo alimentar. Para estabelecimento das porções de cada alimento especifico
serão utilizados os valores recomendados em anexo do Guia Alimentar Brasileiro.

20
21
22
23
24
25
Orientações
CARBOIDRATOS
O consumo de alimentos ricos em carboidratos complexos (amidos), como cereais, de
preferência integrais, tubérculos e raízes, para garantir 45% a 65% da energia total diária da
alimentação
 6 porções de cereais, tubérculos e raízes

FRUTAS, LEGUMES E VERDURAS

 3 porções de frutas
 3 porções de legumes s verduras

LEGUMINOSAS

 1 porção de leguminosa
 Arroz com feijão na proporção 1:2

LEITES DE DERIVADOS
 1 porção de leite ou derivados.

PROTEÍNA
 1 porção de carne, peixe ou ovo.

26
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAL

GERAL

RECOMENDAÇÕES

 Escolher locais tranquilos para o momento das refeições;


 Mastigar bem os alimentos;
 Estabelecer e respeitar os horários para as refeições;
 Realizar 05 – 06 refeições por dia;
 Verificar a quantidade e os nutrientes presentes nos rótulos das embalagens dos
produtos alimentar;
 Atenção para as datas de validade dos alimentos;
 Rejeitar as latas de alimentos que estejam amassadas, enferrujadas ou abauladas;
 Aproveitar a água do cozimento de legumes e verduras para a preparação de sopas ou
no cozimento de arroz;
 Consumir frutas e verduras diariamente;
 Acrescentar à alimentação produtos à base de soja e azeite de oliva;
 Não usar carnes gordas na preparação dos feijões; no preparo das carnes, retirar as
gorduras visíveis; para as aves retirar a pele antes do cozimento;
 Usar sal com moderação;
 Utilizar temperos naturais: temperos verdes, alho, cebola, pimentão, tomate, gengibre.
 Preferir utilizar como fonte de gordura para preparações cruas azeite de oliva virgem
e para preparações que vão ao fogo azeite de oliva extra virgem.
EVITAR

 Beber líquidos em excesso durante as grandes refeições, como almoço e jantar;


 Uso abusivo de alimentos enlatados e embutidos, sucos e sopas industrializadas;
 Refrigerantes;
 Consumo de bebidas alcoólicas;
 Grandes quantidades de café

27
IDOSOS
RECOMENDAÇÕES

 Alimentar-se em horários regulares, com fracionamento adequado (05 a 06


refeições/dia) e volumes reduzidos;
 Ingerir quantidade adequada de líquidos, em média 08 copos/dia de 200 ml: água, chás,
sucos de frutas, água de coco;
 Preferir as carnes brancas (peixe ou frango) ou carnes magras (boi, carneiro) e soja;
 Utilizar os alimentos cozidos, assados ou grelhados;
 Consumir proteínas de fácil digestão, tais como: carnes brancas, leite desnatado, iogurte,
coalhada, queijos tipo Ricota, Minas, Cottage, clara de ovo;
 Fazer uso de alimentos ricos em cálcio: cálcio leite, queijo, iogurte, coalhada, gema de
ovo (1-2 vezes/semana), peixes (sardinha, badejo, salmão, merluza), feijão branco, soja,
semente gergelim, amêndoa, aveia, vegetais verdes escuros (brócolis, repolho, folhas de
beterraba, mostarda, espinafre, couve, quiabo);
 Utilizar alimentos ricos em ferro: fígado, carnes magra, feijões secos, grão de bico,
lentilha, amendoim, folhas verdes escuras (espinafre, brócolis, couve), frutos secos
(banana passa, uva passa), melaço;
 Consumir alimentos ricos em vitamina C: vitamina C frutas cítricas como laranja, limão,
tangerina, lima, caju, goiaba, abacaxi, melão, acerola;
 Preferir utilizar como fonte de gordura para preparações cruas AZEITE DE OLIVA
VIRGEM e para preparações que vão ao fogo AZEITE DE OLIVA EXTRA VIRGEM;
EVITAR

 Ingerir líquidos em excesso durante as refeições;


 Alimentos muito condimentados;
 Produtos defumados e industrializados;
 Preparações muito quentes ou muito frias;
 Excesso café, refrigerante, chocolate;
 Alimentos que não fornecem vitaminas e minerais, mas apenas calorias, como: doces,
tortas, balas, açúcar branco.

28
RECOMENDAÇÕES E ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS PARA DCT

Anemia falciforme
A Anemia Falciforme é uma doença hereditária, em que os glóbulos vermelhos têm a
forma alterada, tornando-se parecidos com uma foice. Estes se agregam nos vasos sanguíneos,
dificultando a circulação nos micros vasos.

RECOMENDAÇÕES

 Ingerir bastante líquidos, no mínimo 10 copos de 200 ml de líquidos/dia; caso realize


atividade física ou apresente febre ou calor excessivo é necessário aumentar essa
quantidade (3 a 5 litros por dia);
 Consumir alimentos com alto teor de ácido fólico, como folhosos (de preferência crus),
iogurte, peixe, passas, abacaxi, aveia;
 Excluir alimentos com alto teor de ferro, como fígado, miúdos, fórmulas enriquecidas
com ferro;
 Ingerir alimentos com alto teor de vitamina C, como laranja, goiaba, caju, acerola, açaí,
mas evitando-os durante as principais refeições (almoço e jantar);
 Estimular a ingestão de chá mate ou chá preto, café após as principais refeições;
 Utilizar verduras, frutas, leguminosas, leites e carnes;
 Preferir carnes brancas: peixes e frango;
 Não tome medicamentos que contenham ferro sem conversar com profissional de
saúde.

Anemia ferropriva
A Anemia Ferropriva ocorre quando há uma concentração reduzida de hemoglobina no
sangue e diminuição no conteúdo de ferro total do organismo.

CONSUMIR

 Vísceras: fígado, rim, coração, moela, língua de vaca;


 Carnes: bovina, aves e peixe;
29
 Leguminosas secas: ervilha, lentilha, grão de bico;
 Legumes: quiabo, jiló, beterraba;
 Inhame, aveia;
 Frutas: jenipapo, araçá. Nas sobremesas faça uso de frutas secas a exemplo de figo,
ameixa, uva-passa, banana-passa;
 Rapadura, melaço de cana, açúcar mascavo;
 Gema de ovo, marisco de conchas (ostra, sururu);
 Ingerir junto aos alimentos fontes de ferro alimentos com alto teor em vitamina C, como
limão, laranja, caju, acerola, abacaxi, melão, sapoti, lima, tangerina, umbu;
EVITAR

 Chá, refrigerante, café e álcool, pois diminuem a absorção intestinal do ferro;


 Não consumir leite e derivados junto às refeições com alto teor de ferro.

Cardiopatias
Cardiopatias são patologias congênitas ou adquiridas que afetam o músculo cardíaco.

RECOMENDAÇÔES

 Utilizar dieta hipossódica, ou seja, sem adição ou com diminuição do sal de cozinha;
 Usar nas preparações: limão, azeite de oliva, alho, cebola, pimentão, salsa, coentro,
hortelã, manjericão, cebolinha, noz moscada, gengibre, tomate, orégano;
 Observar os rótulos dos alimentos industrializados, identificando o valor de sódio no
produto;
 Não usar alimentos dietéticos indiscriminadamente;
 Substituir o pão de sal, por bolacha d’água, aipim, inhame, batata doce, banana da terra;
 Preferir creme vegetal, como substituto de manteiga ou margarina;
 Usar óleos de origem vegetal com moderação: girassol, arroz, soja, canola, milho;
 Não ingerir preparações gordurosas como feijoada, mocotó, dobradinha, sarapatel,
caruru, moquecas, cozidos;
 Retirar a pele do frango antes do preparo;
 Preferir alimentos assados, grelhados ou cozidos;
 Consumir ovos cozidos ou preparados em água;

30
 Consumir frequentemente frutas, verduras e leguminosas; dar preferência aos lanches e
sobremesas compostas de frutas;
 Preferir alimentos integrais: pães, biscoitos, arroz, farelos;
 Ingerir de 08 a 10 copos de 200 ml de líquidos ao dia (sucos, água, chás, água de coco),
caso não haja restrição de líquidos na dieta;
 Mastigar bem os alimentos;
 Alimentar-se em ambiente calmo, utilizando roupas folgadas;
 Fazer de 05 a 06 refeições ao dia, mantendo regularidade nos horários.
EVITAR

 Frituras;
 Excesso de bebidas excitantes: chá preto ou mate, refrigerantes, chocolate, café;
 Alimentos que já contenham sal como: enlatados, embutidos, queijos com sal, molhos
industrializados, sopas em pacotes, caldos em tablete, salgadinhos, carnes secas e
salgadas;
 Doces em excesso;
 Alimentos formadores de gases como repolho, batata-doce, pepino, pães;
 Situações estressantes;
 Bebidas alcoólicas.

RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
TABELA DE RECOMENDAÇÕES MACRO E MICRO NUTRIENTES.
MACRONUTRIENTES RECOMENDAÇÕES
Carboidrato (HC) 50 a 60 % do VCT
Proteína (PTN) 15 A 20% do VCT
25 a 30% do VCT, onde a gordura saturada deve ser: < 7%, a
Lipídios (LIP) Poli-insaturada: < 10% e gordura monoinsaturada 20%.
Colesterol: < 200mg /dia.
MICRONUTRIENTES Seguir as recomendações das DRIs.
Fibras 20 a 30g de fibra total por dia
2.400mg de sódio/dia (preconização atual de sódio na prevenção
Sódio e tratamento das doenças crônicas de um modo geral).

31
Cefaléias
O termo “cefaléia” se aplica a um grupo de síndromes clínicas, cujo estágio final da
patogênese da dor parece ser a dilatação de um ou mais ramos da artéria carótida, levando à
estimulação das terminações nervosas que suprem essa artéria.

RECOMENDAÇÔES
 Ingerir de 8 a 10 copos (200 ml) de água por dia, filtrada ou fervida;
 Não permanecer por longo tempo em jejum;

EVITAR OS ALIMENTOS QUE CONTENHAM


 Álcool;
 Aspartame, como os adoçantes;
 Cafeína (café, chá, refrigerantes tipo cola);
 Tiramina;
 Glutamato monossódico.

ALIMENTOS COM ALTO TEOR DE GLUTAMATO MONOSSÓDICO


 Alimentos dietéticos  Batata frita
 Caldos em tabletes  Maioneses
 Aromatizantes naturais  Comida congelada
 Enlatados  Proteína animal hidrolisada

ALIMENTOS COM ALTO TEOR DE TIRAMINA


 Achocolatado  Couve
 Queijos envelhecidos tipo cheddar,  Embutidos
muzzarela  Enlatados
 Arenque  Ervilha
 Vagem  Feijão
 Azeitona  Fígado
 Chocolate/cacau  Manteiga
 Carnes processadas  Molho de soja
 Coalhada  Pasta de amendoim

32
 Peixe seco e salgado  Pizza

Diabetes mellitus
Diabetes Mellitus é uma alteração metabólica, crônica, degenerativa, caracterizada pela
insuficiência relativa ou absoluta de insulina.

RECOMENDAÇÕES
 Realizar 05 a 06 pequenas refeições por dia, em horários estabelecidos;
 Usar adoçante com moderação ou preferir os alimentos ao natural;
 Consumir vegetais, (Ex: acelga, alface, brócolis, repolho, couve, espinafre);
 Preferir alimentos integrais, como pães, biscoitos, arroz;
 Utilizar farinhas de tapioca, milho ou aveia;
 Preferir carnes brancas (aves e peixes), retirando a pele antes das preparações;
 Fazer uma refeição leve antes de dormir: leite, iogurte, sucos, frutas;
 Ingerir 10 copos (200ml) de água por dia.
EVITAR
 Alimentos contendo açúcar: balas, bolo, doces, chocolates, refrigerantes, mel, rapadura,
sorvetes, achocolatados em pó;
 Farináceos: farinha de mandioca, arroz, amido de milho e outras que contenham açúcar
na composição;
 Jejum prolongado ou excesso de alimentação;
 Frituras;
 Alimentos ricos em gordura animal, como carnes, leite integral, creme de leite,
requeijão, bacon, manteiga, toucinho, banha, queijos amarelos, chouriça, charque;
 Bebidas alcoólicas;

RECOMENDAÇÕES GERAIS
 Seguir a orientação nutricional prescrita;
 Fazer uso das medicações prescritas;
 Praticar exercícios físicos orientados;
 Realizar os testes de sangue e/ou urina regularmente;
 Evitar o fumo.
33
HIPOGLICEMIA: baixa do nível de glicose no sangue.
Causas
 Não ingestão da quantidade de alimentos prescritas na orientação nutricional, ou atraso
ou omissão de alguma refeição;
 Realizar exercício físico em excesso associado a uma alimentação inadequada;
 Baixa ingestão de calorias associada a uma dosagem excessiva de insulina ou
hipoglicemiantes orais;
 Perdas alimentares pôr vômitos ou diarreia.
Sintomas
 Sudorese  Palpitações
 Dor de cabeça  Tontura
 Palidez
 Fraqueza

OBS.: Traga sempre consigo um pequeno doce ou balas e coloque na boca ao sentir os
primeiros sinais da hipoglicemia.
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
Calorias: Mesma prescrição para pacientes não diabéticos, com base nas calorias
necessárias para manter ou atingir o peso desejando, atendendo cada necessidade energética
para cada fase da vida.

TABELA DE RECOMENDAÇÕES MACRO E MICRO NUTRIENTES.


MACRONUTRIENTES RECOMENDAÇÕES
Carboidrato (HC) 50 a 60% do VCT.
Proteína (PTN) 15 a 20% do VCT ou 0,8 a 1,0g/Kg de peso por dia.
< 30% do VCT, onde a gordura saturada deve ser: < 7%, a
Lipídios (LIP) Poli-insaturada: < 10% e gordura monoinsaturada 10 a 15%.
Colesterol: < 200mg /dia.
MICRONUTRIENTES Seguir as recomendações das DRIs.
Fibras 20 a 35g de fibra total por dia
2.400mg de sódio/dia (preconização atual de sódio na
Sódio prevenção e tratamento das doenças crônicas de um modo
geral).

34
Diarreia
A Diarreia se caracteriza por um aumento do número (mais de 3 dejeções) e modificação
na consistência das evacuações nas 24 horas, podendo conter sangue, pus ou muco.

RECOMENDAÇÕES
 Não suspender a alimentação; aumentar a hidratação (10–12 copos/dia) com água
filtrada ou fervida, água de coco, chás (entrecasca do coco, folha de goiaba), água de
arroz, sucos (maçã, lima coado, goiaba, caju);
 Fazer uso de alimentos obstipantes: maçã sem casca, banana da prata, caju, goiaba, lima,
laranja-lima, pêra, suco de limão, arroz branco, mucilagem de arroz, amido de milho
(maizena);
 Dar preferência a vegetais cozidos como: cenoura, batata, chuchu, beterraba, vagem,
batata-doce, inhame, fruta-pão; dar preferência às carnes brancas peixe, aves grelhadas,
assadas ou cozidas;
 Preferir o pão torrado, biscoitos de água e sal;
 Ingerir leite desnatado, fermentado e iogurte natural;
 Utilizar os queijos com baixo teor de gordura;
 Lavar em água corrente frutas e verduras que for consumir crus e deixar durante 15
minutos em água sanitária diluída (1 colher de sopa para cada 1 litro de água);
 Usar sais de reidratação oral (diluir 1 pacote em 1 litro de água filtrada ou fervida).

EVITAR
 Frutas secas e oleagenosos, como nozes, avelã, castanhas, amendoim, abacate;
 Vegetais folhosos, como alface, agrião, espinafre, acelga, couve, brócolis;
 Frutas como: laranja, ameixa, mamão, abacaxi, uva, morango, tamarindo, abacate;
 Chocolates, frituras, condimentos como catchup, mostarda, orégano, pimenta do reino,
molho inglês;
 Alimentos ricos em enxofre, como: agrião, aipo, brócolis,cebola, couve, couve-flor,
bertalha, espinafre, nabo, pimentão, repolho, rabanete, taioba, caruru, grão de bico,
feijão-preto, manteiga, carnes vermelhas;
35
 Bebidas gaseificadas como refrigerantes, água com gás;
 Bebidas alcoólicas.
Dilispidemia

Dislipidemias são alterações metabólicas lipídicas nos níveis séricos de colesterol total e
frações e/ou triglicérides.

RECOMENDAÇÕES
 Preferir carnes brancas (aves e peixes);
 Consumir preferencialmente, os peixes de água profundas e frias como arenque, salmão,
sardinha, cavala;
 Consumir frequentemente soja;
 Usar óleos vegetais como soja, canola, milho, arroz (exceto de coco e palma);
 Utilizar azeite de oliva extra virgem, cru, podendo ser acrescido em pães, saladas;
 Preferir creme vegetal como substituto da manteiga e margarina;
 Usar leite desnatado e derivados (iogurte desnatado, queijo);
 Utilizar alimentos integrais (pães, biscoitos, arroz);
 Fazer uso de farelos de trigo, farelo de aveia e linhaça;
 Utilizar alho (natural) para preparo dos alimentos;
 Consumir diariamente frutas e verduras;

EVITAR
 Carnes vermelhas, de porco, vísceras (fígado, miolo, miúdos), pele de aves (frango,
peru), frutos do mar como camarão, caranguejo, ostras;
 Gordura de origem animal das carnes, leite integral, creme de leite, requeijão, bacon,
manteiga, toucinho, banha;
 Preparações fritas;
 Alimentos embutidos como chouriça, paio, salsicha, e salgadinhos;
 Azeite de dendê, leite de coco, chocolates;
 Excesso de café, se possível coado;
 Excesso de massas (macarronada, lasanha, pizzas);
 Excesso de açúcar e de preparações que a contenham, mel, rapadura, pães, biscoitos;

36
 Refrigerantes;
 Bebidas alcoólicas.

RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS

Calorias: Ajustado ao peso desejável.

TABELA DE RECOMENDAÇÕES MACRO E MICRO NUTRIENTES.


MACRONUTRIENTES RECOMENDAÇÕES
CABOIDRATO (HC) 50 a 60 % do VCT.
PROTEINA (PTN) 10 a 15% do VCT.
25 a 35% do VCT, onde a gordura saturada deve ser: < 7%, a
LIPIDIOS (LIP) Poli-insaturada: < 10% e gordura monoinsaturada 20%.
Colesterol: < 200mg /dia.
MICRONUTRIENTES Seguir as recomendações das DRIs.
FIBRAS 20 a 30g de fibra total por dia

8.11 DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO

A Doença do Refluxo Gastresofágico caracteriza-se pela ocorrência de complicações do


movimento do conteúdo gástrico para o esôfago ou orofaringe.

RECOMENDAÇÕES
 Fracionar a alimentação em 05 a 06 pequenas refeições por dia;
 Alimentar-se devagar, mastigando bem os alimentos e em ambiente tranqüilo;
 Consumir preferencialmente, vegetais cozidos;
 Preferir as preparações assadas, grelhadas ou cozidas;
 Retirar toda a gordura visível das carnes e pele de aves antes da cocção;
 Usar leite e iogurte desnatados e queijos com baixo teor de gordura;

EVITAR
 Bebidas alcoólicas;
 Líquidos durante as refeições;
 Alimentos ricos em cafeína, como café, chocolate, bebidas tipo cola;
 Alimentos carminativos, como hortelã, canela, menta;

37
 Preparações gordurosas, como mocotó, sarapatel, dobradinha, feijoada, caruru, frituras;
 Alimentos muito condimentados;
 Alimentos que causem desconforto.
RECOMENDAÇÕES GERAIS
 Fazer as refeições em posição ereta;
 Não deitar após as refeições;
 Elevar a cabeceira da cama de 20 a 25cm;
 Evitar roupas e cintos apertados;
 Manter o peso adequado;
 Evitar o fumo.

Gastrite crônica

A gastrite crônica é uma inflamação da mucosa gástrica, com atrofia cônica progressiva dessa
mucosa.

RECOMENDAÇÕES
 Realizar refeições em pequeno volume e freqüentes (05 – 06 refeições por dia);
 Fazer as refeições com calma e em lugares sossegados;
 Mastigar bem os alimentos;
 Observar e evitar alimentos que causem desconforto;
 Consumir frutas ácidas de acordo com a tolerância;
 Preferir a utilização de vegetais cozidos;
 Dar preferência às carnes brancas (peixe e aves), retirando a pele das aves antes da
cocção;
 Consumir alimentos com alto teor de vitamina b12: carne de boi magra, aves, peixe,
leite desnatado, ovos cozidos.
EVITAR
 Frituras e alimentos gordurosos;
 Ingerir líquidos em excesso durante as refeições principais (almoço e jantar);
 Bebidas que contenham cafeína, como refrigerantes, chocolates, café, chá mate, chá
preto;
38
 Bebidas alcoólicas;
 Condimentos (pimenta do reino, mostarda, orégano, catchup);
 Alimentos excessivamente gelados ou quentes;
 Substituir as refeições por lanches rápidos;
 Períodos de jejum ou de excesso de alimentação;
 Alimentos ricos em enxofre: cebola, repolho, brócolis, feijão, quiabo, couve-flor,
espinafre, agrião, ovo cozido, pimentão;

RECOMENDAÇÕES GERAIS EVITAR


 Situações estressantes;
 Fumo;
 Álcool;
 Uso de antiinflamatórios;
 Medicamentos sem a devida orientação médica
.

Gota
A Gota é o uma doença crônica, proveniente da alteração do metabolismo das purinas,
caracterizada pelo aumento do ácido úrico no ácido úrico sangue.

RECOMENDAÇÕES
 Fazer uso de dieta pobre em purinas;
 Evitar ingestão de gorduras: frituras ou preparações gordurosas como feijoada,
sarapatel, caruru;
 Evitar ingestão de bebidas alcoólicas;
 Evitar longos períodos de jejum;
 Aumentar a ingestão de líquidos para mais de 03 litros por dia;
 A quantidade de sódio da dieta deve ser normal ou reduzida, segundo orientação do
nutricionista;

FASE AGUDA
 Excluir alimentos com alto teor em purinas;
 Ingerir bastante líquidos.
39
FASE INTERMEDIÁRIA
 Consumir moderadamente alimentos com médio teor em purinas;
 Evitar ingerir quantidades excessivas de alimentos como carnes e leguminosas.

Alimentos que devem ser eliminados da dieta pelo teor de purinas


 Caldo de carne em tabletes  Peixes (sardinha, salmão, bacalhau)
 Mexilhão  Iogurte
 Embutidos  Tomate e extrato de tomate
 Ovas de peixe  Lêvedos
 Fígado, coração, língua, rim e  Vitela, bacon
miolos  Molhos industrializados

Usar com Moderação


 Carnes e aves;
 Cereais integrais como arroz integral, trigo em grão, centeio e aveia, espinafre, aspargos,
couve-flor, cogumelo, feijão, soja, vagem, lentilha, ervilha;
 Oleaginosas como coco, nozes, amendoim, castanhas, pistache, avelã;
 Peixe e mariscos (camarão, ostra, lagosta, caranguejo).

RECOMENDAÇÃO GERAL
 Manter o peso dentro dos limites de normalidade;
 Praticar exercício físico diariamente, sob orientação de um profissional.

Hipercolesterolemia
Hipercolesterolemia ocorre quando o nível plasmático de colesterol está elevado.

RECOMENDAÇÕES
 Fracionar adequadamente as refeições (05–06 refeições/dia);
 Ingerir diariamente frutas, verduras, vegetais folhosos;
 Utilizar farelo de aveia, farelo de trigo, linhaça;

40
 Consumir soja frequentemente;
 Preferir carnes brancas (aves e peixes);
 Consumir preferencialmente, os peixes de água profundas e frias como arenque, salmão,
sardinha, cavala;
 Preferir as preparações cozidas, assadas ou grelhadas;
 Usar de preferência óleos vegetais como soja, milho, girassol, canola;
 Preferir creme vegetal como substituto da manteiga e margarina;
 Usar leite desnatado e derivados (iogurte desnatado, queijo com baixo teor de gordura);
 Utilizar azeite de oliva extra-virgem em pães e preparo de saladas;
 Preferir alimentos integrais (pães, biscoitos, arroz);
 Fazer uso de farelo de trigo, farelo de aveia e linhaça;
 Utilizar alho (natural) para preparo dos alimentos;
 Consumir ovos cozidos ou preparados em água;

EVITAR
 Pães recheados, massas prontas, bolachas picantes, brioches, biscoitos amanteigados,
croissant;
 Recheios e coberturas de chocolate, tortas, bolos, barras de chocolate e de coco;
 Achocolatados;
 Salgadinhos fritos (batata frita, salgadinhos industrializados, pastel, cochinha, churros),
sorvetes a base de leite, milk shake;
 Molhos à base de manteigas e cremes;
 Cremes para café;
 Frituras;
 Gordura visível na carne, bacon, banha, toucinho, pele de aves, rim, fígado, coração,
porco;
 Embutidos como salame, presunto, mortadela, salsichas, lingüiça;
 Creme de leite, leite condensado, nata de leite, manteiga, queijos cremosos, requeijão,
leite integral e iogurte integral;
 Azeite de dendê, leite de coco;
 Frutos do mar: camarão, lagosta, caranguejo, ostras;
 Bebidas alcoólicas.
41
Hipertensão

A Hipertensão é uma patologia que se caracteriza pela elevação dos níveis pressóricos.

RECOMENDAÇÕES
 Utilizar dieta rica em frutas e verduras principalmente cruas, legumes e cereais;
 Reduzir o sal das preparações, seguindo as orientações do nutricionista;
 Substituir pães e bolachas salgadas por pão sem sal, bolacha d’água, aipim, inhame,
batata doce, banana da terra;
 Preferir creme vegetal sem sal em substituto da manteiga ou margarina sem sal;
 Usar limão, azeite de oliva extra-virgem, coentro, cebolinha, salsa, hortelã, folha de
louro, alho, cebola, pimentão, noz moscada, orégano, manjericão, alecrim, urucum, para
melhorar o sabor dos alimentos;
 Preferir preparações assadas, grelhadas ou cozidas;
 Utilizar óleos vegetais como milho, soja, oliva, algodão, girassol;
 Usar leite desnatado;
 Consumir queijos com pouca gordura (minas, ricota, cottage);
 Ingerir de 08–10 copos (200 ml) de líquidos/dia;

EVITAR
 Embutidos como calabresa, salame, presunto, mortadela, salsicha;
 Enlatados: peixes, azeitonas, picles, milho, ervilha;
 Temperos industrializados (catchup, shoyo, molho inglês, mostarda, maionese, caldos
em cubos);
 Sopas desidratadas;
 Manteiga com sal;
 Evite carnes salgadas como carne seca, bacalhau e defumados;
 Salgadinhos em pacote, amendoim salgado, biscoito picante;
 Alimentos ricos em gordura, como feijoada, mocotó, rabada;
 Excesso de cafeína: café, chá preto, chá mate, chocolate e refrigerantes tipo cola;
 Bebidas alcoólicas.
42
RECOMENDAÇÕES GERAIS
 Verificar sempre a pressão arterial;
 Manter o peso adequado;
 Evitar o fumo;
 Praticar exercícios físicos com orientação;
 Evitar situações estressantes;
 Dormir 08 horas diárias;
 Não interromper a medicação, nem deixar de tomá-la nos horários determinados.

RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS

Calorias: Normocalórica. Em caso de presença de obesidade hipocalórica.

TABELA DE RECOMENDAÇÕES MACRO E MICRO NUTRIENTES.


MACRONUTRIENTES RECOMENDAÇÕES
CABOIDRATO (HC) 55 a 65 % do VCT.
PROTEINA (PTN) 10 a 15% do VCT.
25 a 30% do VCT, onde a gordura saturada deve ser: < 7%, a Poli-
LIPIDIOS (LIP) insaturada: < 10% e gordura monoinsaturada 10 a 15%.
Colesterol: < 200mg /dia.
MICRONUTRIENTES Seguir as recomendações das DRIs.

TRIGLICERÍDIOS
Triglicerídeos são lipídios de reserva do organismo e o aumento sérico está associado ao risco
de desenvolvimento de aterosclerose e doenças coronarianas.

RECOMENDAÇÕES
 Consumir diariamente frutas, vegetais, folhosos, cereais integrais;
 Usar adoçante com moderação ou preferir os alimentos ao natural;

43
 Utilizar farelo de aveia, farelo de trigo, linhaça;
 Consumir soja frequentemente;
 Utilizar azeite de oliva extra-virgem, cru, podendo ser acrescido em pães, saladas;
 Usar pescados e aves em substituição às carnes vermelhas;
 Preferir alimentos cozidos, assados e grelhados.

EVITAR
 Alimentos ricos em açúcar, como sorvetes, doces, bombons, tortas, refrigerantes, açúcar
mascavo, mel, melaço, rapadura;
 Excesso de pães e biscoitos;
 Farináceos que contenham sacarose;
 Massas: lasanha, pizza, macarronada;
 Excesso de gorduras de origem animal, como carne de boi, bacon, rins, leite integral,
embutidos;
 Frituras;
 Bebidas alcoólicas.

OBESIDADE
A Obesidade é uma doença metabólica crônica, caracterizada pelo acumulo excessivo de
gordura corporal, suficiente para colocar a saúde sob risco.

RECOMENDAÇÕES
 Fracionar as refeições em 05 a 06 vezes por dia;
 Diminuir o volume das refeições;
 Mastigar bem os alimentos;
 Realizar as refeições a mesa, em ambientes calmos;
 Não substituir uma refeição por lanches rápidos;
 Não omitir refeições;
 Manter alimentação saudável durante os fins de semana; iniciar as principais refeições,
com uma salada crua de vegetais folhosos como alface, repolho, agrião, acelga, tomate,
pepino ou vegetais cozidos;
 Usar alimentos integrais de preferência;
44
 Utilizar frutas com bagaço e casca quando possível;
 Fazer uso do leite desnatado;
 Preferir preparações cozidas, assadas ou grelhadas;
 Utilizar adoçante artificial em quantidades mínimas, preferindo sentir o sabor natural
dos alimentos;
 Fazer uso moderado de óleos vegetais (soja, oliva, milho) nas preparações;
 Evitar ingerir líquidos em excesso (no máximo 200ml), durante as refeições principais
(almoço e jantar);
 Ingerir 2 litros de água filtrada ou fervida por dia
 PREFERIR
Hortaliças
 Acelga, agrião, alface, berinjela, couve, pepino, repolho, tomate, abóbora, beterraba,
pimentão, quiabo, vagem, etc. Ingeri-las cruas, cozidas, grelhadas ou em forma de
saladas.
 Temperá-las com vinagre ou limão e azeite de oliva extravirgem.
Frutas
 Melancia, abacaxi, melão, tangerina, laranja, lima, umbu, carambola, maçã, etc.
Substituir os sucos pelas frutas.
 Utilizar frutas ou gelatinas nos lanches e sobremesa.
Leguminosas
 Feijão, grão-de-bico, lentilha, ervilha, feijão verde etc.
Cereais
 O uso de arroz deve ser moderado.
 Este (arroz) pode ser substituído por macarrão ou batata na mesma quantidade.
Leite e derivados
 Dar preferência ao leite desnatado.
 Utilizar queijos com baixo teor de gordura (Minas Frescal, Ricota, Cottage).
Carnes
 Frango, peru, pescados, retirando a pele antes da cocção.
 O uso da carne bovina deve ser restringindo a 02 vezes por semana.
 As preparações devem ser assadas, grelhadas ou cozidas.
Ovos
45
 Preferir clara cozida ou pochê.
 Ovo inteiro cozido ou pochê, no máximo 02 vezes por semana.
EVITAR
 Jejuns forçados;
 Dietas “milagrosas”;
 Uso de medicação sem orientação;
 Bebidas alcoólicas;
 Refrigerantes;
 Alimentos com alto valor calórico, como: biscoitos recheados, bombons, doces,
salgadinhos, tortas, sorvetes, açúcar, mel, rapadura, melaço;
 Macarronada com molho, pizza, lasanha;
 Frituras;
 Alimentos excessivamente gordurosos, como sarapatel, feijoada, mocotó, dobradinha,
sarapatel, cozido, acarajé, abará, vatapá, caruru;
 Preparações com leite de coco e dendê;
 Carnes salgadas e defumadas no feijão;
 Embutidos, como: salame, presunto, salsicha, calabresa;
 Enlatados, como: sardinha, patê, quitute;
 Condimentos, como maionese, catchup, mostarda e molhos concentrados em sal;
 Alimentos achocolatados;
 Manteiga ou margarina.

RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS

Calorias: Redução de 500 – 1.000kcal do EER. O método de cálculo de caloria deve ser avaliado
em cada caso levando em consideração o hábito alimentar do paciente.

46
TABELA DE RECOMENDAÇÕES MACRO E MICRO NUTRIENTES.
MACRONUTRIENTES RECOMENDAÇÕES
CABOIDRATO (HC) 55 a 60 % do VCT.
PROTEINA (PTN) 15 a 20% do VCT ou 0,8 a 1,0g/Kg de peso por dia.
< 30% do VCT, onde a gordura saturada deve ser: < 7%, a Poli-
LIPIDIOS (LIP) insaturada: < 13% e gordura monoinsaturada 10 a 15%.
Colesterol: < 300mg /dia.
MICRONUTRIENTES Seguir as recomendações das DRIs.
FIBRAS 20 a 30g de fibra total por dia
2.400mg de sódio/dia (preconização atual de sódio na prevenção
SÓDIO
e tratamento das doenças crônicas de um modo geral).

Obstipação

Obstipação (prisão de ventre) é uma modificação do ritmo intestinal, mais


especificamente do intestino grosso, caracterizada pela redução número de evacuações, com
fezes endurecidas e ressecadas e esforço à defecação.

RECOMENDAÇÕES
 Ingerir diariamente alimentos ricos em fibras;
 Consumir bastantes frutas, utilizando o bagaço e casca quando possível;
 Preferir à fruta aos sucos;
 Utilizar as frutas nas sobremesas e lanches;
 Ingerir verduras de preferência cruas;
 Usar de preferência os alimentos integrais, principalmente o pão e o arroz;
 Usar farelo de aveia em qualquer refeição, inicialmente 01 colher de chá e aumentar
gradualmente, segundo orientações do nutricionista, até alcançar de 03 colheres de sopa
por dia;
 Beber bastante líquidos no intervalo das refeições, 08 a 10 copos (200 ml) por dia;
 Beber 01 copo (200 ml) de água gelada simples ou com ameixa em jejum;
 Mastigar bem os alimentos antes de ingeri-los;

47
 Fracionar a alimentação diária de 05 a 06 vezes, estabelecendo horário para cada
refeição;

EVITAR
 Evitar alimentos obstipantes, como: banana-da-prata, maçã sem casca, caju, goiaba,
maisena, farinha de mandioca, creme de arroz, limonada;
 Evitar alimentos refinados como farinhas, massas e alimentos industrializados;
 Evitar beber líquidos durante as refeições.

RECOMENDAÇÕES GERAIS
 Realizar exercício físico diário;
 Cultivar o hábito de ir ao banheiro no mesmo horário, mesmo que não tenha vontade de
defecar;
 Evitar o uso regular de laxativos.
USE FREQUENTEMENTE ALIMENTOS LAXANTES

 Iogurte com  Todos folhosos  Caqui


ameixa  Umbu  Cajá
 Laranja c/ o  Uva  Ervilha
bagaço  Vagem  Feijão
 Mamão  Abacate  Gérmen de trigo
 Maxixe  Abóbora  Granola
 Milho  Aipim  Kiwi
 Pão integral  Ameixa
 Quiabo  Ando
 Tangerina com  Arroz integral
bagaço

EXEMPLO DE COQUETÉL LAXATIVO

I. Bater no liquidificador e não coar: 01 fatia de mamão, 06 ameixas secas, 200 ml de suco de
laranja (sem água e sem coar), 01 colher sopa de creme de leite light ou azeite de oliva
48
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
Calorias De acordo com a necessidade de manter ou recuperar o estado nutricional.

TABELA DE RECOMENDAÇÕES MACRO E MICRO NUTRIENTES.


MACRONUTRIENTES RECOMENDAÇÕES
CABOIDRATO (HC) 55 a 65 % do VCT.
PROTEINA (PTN) 10 a 15% do VCT.
25 a 30% do VCT, onde a gordura saturada deve ser: < 7%, a
LIPIDIOS (LIP) Poli-insaturada: < 10% e gordura monoinsaturada 20%.
Colesterol: < 200mg /dia.
MICRONUTRIENTES Seguir as recomendações das DRIs.
FIBRAS 20 a 35g de fibra total por dia

ALIMENTOS ESPECIFICOS
Alimentos flatulentos

49
Alimentos funcionais

Abóbora Iogurte Alho Leite fermentado

Azeite de Oliva Linhaça Cenoura Maçã

Cereais integrais Mamão Couve Manga

Brócolis Melancia Damasco Óleos vegetais

Espinafre Peixe Feijão Soja

Frutos do mar Tomate Inhame Uva

Alimentos laxantes

50
Alimentos obstipantes

Alimentos com alto teor de fibra

51
Alimentos com alto teor em potássio

Alimentos com alto teor de sódio

52
PROTOCOLO ATENDIMENTO NUTRICIONAL PARA GESTANTES.

DURAÇÃO DA GESTAÇÃO
A partir da data da DUM – Data da ultima menstruação
280 dias – 40 semanas ou 09 meses.
 1º trimestre – concepção a 12 semana
 2º trimestre – 13ª semana a 27ª semana
 3º trimestre - 28 semana até o parto

INDICE DE MASSA CORPORAL - IMC


Ganho de peso gestacional

Para calcular o ganho de peso gestacional é necessário calcular o IMC, por meio da fórmula
abaixo e depois analisar na tabela.

IMC = peso pré-gestacional (kg) = kg/m²


Altura² (m)

Classificação IMC (kg/m²)


Baixo Peso (BP) < 18,5 kg/m²
Adequado (A) 18,5 a 24,9 kg/m²
Sobrepeso (S) 25,0 a 29,9 kg/m²
Obesidade (O) > 30,0 kg/m²
Fonte: SISVAN

Em seguida, classifique o estado nutricional da gestante segundo IMC por semana


gestacional.
Agora, encontre o IMC na tabela abaixo e veja qual o ganho de peso esperado (total e
semanal):

53
Estado nutricional Ganho de peso total Ganho de peso Ganho de peso total
pré-gestacional (kg) no 1º trimestre semanal médio 2º e na gestação (Kg)
(IMC) 3º trimestre
Baixo peso 2,3 0,5 12,5 – 18
Eutrófico 1,6 0,4 11,5 – 16
Sobrepeso 0,9 0,3 7 – 11,5
Obesidade - 0,3 7,0
Fonte: (INSTITUTE OF MEDICINE, 1990);(WHO, 1995)

Ganho de peso na gestação gemelar

Estado
Ganho de peso
nutricional Ganho de peso (kg) semanal
total (kg)
inicial
0 – 20 s 20 – 28 s 28 s – ao parto
Baixo peso 0,560 – 0,790 0,680 – 0,790 0,560 22,5 – 27,9
Adequado 0,450 – 0,680 0,650 - 0,790 0,450 18 – 24,3
Sobrepeso 0,450 – 0,560 0,450 - 0,680 0,450 17,1 – 21,2
Obesidade 0,340- 0,450 0,340 - 0,560 0,340 13 – 17,1
Fonte: Adaptado de Luke (2005)

Ganho de peso gestação na adolescência

Peso pré-gravídico – diagnostico


IMC Ganho de peso
nutricional
Baixo Peso <²19,8 kg/m² 12,5 a 18 kg
Peso Adequado 19,8 a 26 kg/m² 11,5 a 16 kg
Sobrepeso 26 a 29 kg/m² 7,0 a 11 kg
Obesidade >29 kg/m² 7,0 a 9,1 kg
Fonte: Luke, 2005

54
Estado Nutricional Atual da Gestante:

Utiliza o peso e estatura atual (período


gravídico) e calcular o IMC, depois analisa o
resultado de acordo com a Curva Atallah (à
esquerda) ou a tabela Avaliação do estado
nutricional da gestante segundo IMC por
semana (Anexo).
Observação: Curva de Atallah: Como
utilizar/avaliar

 Calcular o IMC atual.


 Calcular a IG em semanas completas.
 Marcar no gráfico o ponto de interseção entre a IG e o IMC atual.
 Verificar no gráfico o estado nutricional: BP, A, S, O.
 Marcar no gráfico o ponto de interseção entre a IG e o IMC em cada atendimento.
 Unir os pontos para avaliar a evolução do IMC em função da inclinação da curva (independe
do estado nutricional apontado):
 Curva paralela a qualquer linha marcada do gráfico: ganho de peso adequado
 Curva ascendente a qualquer linha marcada do gráfico: ganho de peso excessivo
 Curva descendente a qualquer linha marcada do gráfico: ganho de peso insuficiente

CALCULO DA IDADE GESTACIONAL (IG)

Data da última menstruação (DUM) conhecida:


OBS: Primeiro escreva a DUM: dia/ mês
1. É preciso saber quantos dias tem cada mês:

55
2. Escreva quantos dias faltam para terminar o primeiro mês, escreva os dias de cada mês
completos. Por fim, os dias completados do ultimo mês - data da consulta.
3. Some todos os dias e divida por 7.
4. Resultado será o numero das semanas completas e o resto será o número de dias (da semana
incompleta)

Exemplo: Gestação em curso com DUM = 15/ 06/ 2010


DUM = 15/ Jun (Jun é de 30 dias, porém faltam 15 dias para terminar o mês) =
Jun = 15 Jul = 31 Ago = 31 Set = 30

Data de hoje: 18/ out (já transcorrem 18 dias de outubro)


Soma: 15 + 31 + 31 + 30 + 18 = 125 dias.
125 dividido por 7 = 17 e resta 6, ou seja, IG = 17 semanas e 6 dias.

Data da última menstruação não é conhecida, mas conhece o período em que ela ocorreu:
 Considerar como DUM, os dias 05 (início), 15 (meados) e 25 (final) e usar um dos métodos
acima.

Data da ultima menstruação não conhecida


 Idade gestacional será calculada medindo a Altura do Fundo do Útero (AFU) e/ou tamanho
do feto pela ultrassonografia (US), contudo os valores encontrados também serão
aproximados.

CÁLCULO DA DATA PROVÁVEL DO PARTO (DPP):


Escreva a DUM: dia/mês/ ano. Ex: 15 /02/ 2010.

Se a DUM for: janeiro – fevereiro - março:


Some + 7 ao dia, acrescente + 9 ao mês e mantenha o ano.

Ex: DUM = 15/ 02/ 2010


+7 +9 =
DPP = 22/ 11/ 2010

56
Se a DUM for: abril a dezembro:
Some +7 ao dia, diminua – 3 ao mês e acrescente + 1 ao ano.

EX: DUM = 12 / 07 / 2010


+7 -3 +1
DPP = 19 / 04 / 2011
Se a soma do DIA ultrapassar 30 ou 31, dependendo do mês, considere o mês seguinte:
Ex: DUM = 27/ 03/ 2010
+7 +9 =
DPP = 34/ 12/ 2010
Considerar dezembro sendo de 31 dias:
34 – 31 = 3.
Então, mês seguinte a dezembro é janeiro (01), portanto altera o ANO também.
DPP = 03/ 01/ 2011.

NECESSIDADES ENERGETICAS E CALCULO DE DIETA PARA GESTANTE.

GE = TMB X NAF
GE = Gasto Energético
TMB = Taxa Metabólica Basal
NAF = Nível de Atividade Física

De acordo com FAO/OMS (2004)


Calculo da TMB, segundo a idade:
 18 a 30 anos:
TMB (kcal/dia) = 14,81 x P + 486,6

Onde, P = Peso pré-gestacional.


 30 a 60 anos:
TMB (kcal/dia) = 8,126 x P + 845,6

57
Categoria NAF média
Estilo de vida sedentário ou leve 1,40 – 1,69 (1,53)
Estilo de vida ativo ou moderadamente ativo 1,70 – 1,99 (1,76)
Estilo de vida vigoroso ou moderadamente vigoroso 2,00 – 2,40 (2,25)

Calculo do VET
VET = GE + ADICIONAL ENERGETICO GESTACIONAL

Gestante Eutrófica:
Distribuição energética diária do adicional energético:
1º trimestre (IG < 14 semanas) 85 kcal/dia
2º trimestre (IG > 14 a <28 semanas) 285 kcal/dia
3º trimestre (IG >28 semanas) 475 kcal/dia

Gestação Gemelar
Acréscimo de 1000 kcal/dia a partir da 20ª semana gestacional.
partir da 20ª semana gestacional

Qual peso deve utilizar para calcular o VET?

Utilizar o próprio peso ou calcular a partir da mediana


IMC pré-gestacional adequado
do IMC (22 kg/m²)
Utilizar peso aceitável para garantir normalização do
Baixo Peso
estado nutricional.
Utilizar o peso pré-gestacional (não utilizar o peso
Excesso de peso/ obesidade adequado para não promover a perda de peso durante
a gestação).

58
Adicional Individualizado (casos específicos)

Considera-se para um ganho ponderal:


12 kg = 77.000 kcal (1 kg = 6.400 kcal)

1. Encontrar o GET da Gestante (TMB x FA)


2. Verificar quantos Kg a gestante ainda deve ganhar a partir do dia da consulta até o final
3. Multiplicar os quilos que ainda faltam ganhar pelas calorias para cada quilo (6.400kcal x Kg
que faltam ganhar)
4. Dividir o total de calorias encontrado pelos dias restantes até 40 semanas gestacionais
5. Adicionar esse acréscimo ao GET encontrado a partir da 13ª Semana gestacional
De acordo com IOM, 2009.

Cálculo da EER
9 a 18 anos
EER (kcal/dia) = GET + Adicional energético
EER (kcal/dia) = 135,3 – (30,8 x Idade) + NAF x [(10,0 x Peso + (934 x altura (m))] + 25

19 anos a mais
EER (kcal/dia) = 354 – (6,91 x Idade) + NAF x [( 9,36 x Peso + (726 x altura (m))]

Obs.: Não esquecer acrescentar o adicional energético.

Nível de Atividade Física - NAF


Sedentário Pouco ativo Ativo Muito ativo
9 a 18 anos 1,0 1,16 1,31 1,56
> 19 anos 1,0 1,12 1,27 1,45

EER com base no peso pré-gestacional:


EER GESTAÇÃO = EER da mulher não grávida + adicional de energia para gasto durante a
gestação + energia necessária para depósito

59
1º trimestre EER (pré-gestacional) + 0 + 0
2º trimestre (a partir 20º s) EER (pré-gestacional) + (8 kcal/semana gestacional) + 180 kcal
3º trimestre (a partir 34ª s) EER (pré-gestacional) + (8 kcal/semana gestacional) + 180 kcal

Onde, Peso a ser utilizado (pré-gestacional): IMC ideal: 22Kg/m²


– Baixo peso: utilizar peso ideal
– Eutrofia: utilizar peso atual ou ideal
– Sobrepeso e Obesidade: peso real

Gravidez Gemelar
300 Kcal + 150 Kcal = + 450 Kcal/dia sobre o GET
Fonte: (MS, 2000 e Roselló-Soberón, 2005)

Baixo Peso Adequado Sobrepeso Obesidade


< 19,8 kg/m² 19,8 a 26 kg/m² 26,1 a 29 kg/m² >29 kg/m²
Calorias- VET 4000 3500 3250 3000
Proteínas 20% 200g 20% 175g 20% 163g 20% 150g
Carboidratos 40% 400g 40% 350g 40% 325g 40% 300g
Lipídeos 40% 178g 40% 156g 40% 144g 40% 133g
Fonte: Luke

Observar Edema

Edema Retenção de peso hídrico


+ Tornozelo 1 kg
++ Joelho 3 – 4 kg
+++ Raiz da coxa 5 – 6 kg
++++ Anasarca 10 – 12 kg

60
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA GESTANTE
Gestante Eutrofica

Macronutrientes:

Carboidratos 55 a 75% do VET


- Fibras > 25g/dia
- Açúcar de adição < 10% do VET
Proteínas 10 a 15% do VET
Lipídios 15 a 30% do VET
- Evitar ácidos graxos saturados, trans e colesterol.
Agua 3L/ dia.

Recomendação Proteína:

 FAO/OMS – (12 – 15%) - 0,75g/kg de peso + 6g/dia.

 DRIs (2002): 0,8g/Kg (1ºT) / (1,1g/Kg PPG/dia: 2º e 3ºT) ou 71g/dia

Micronutrientes:
Seguir recomendação da DRI, podendo ser necessária à suplementação de Ferro.

Característica da Dieta:
 Fracionamento: 05 a 06 refeições/dia

 Consistência: normal.

Obs.: Fazendo todas as refeições, a gestante evita que o estômago fique vazio por muito tempo,
diminuindo o risco de sentir náuseas, vômitos, fraquezas ou desmaios.
Alimentos Recomendados:
 Leite integral ou desnatado ou derivado (750 ml a 1 litro/dia ou equivalentes);
 Carnes magras, peixes, ovos (200g/dia);
61
 Fígado (1x/semana);
 Verduras cruas e cozidas, hortaliças; frutas frescas (2- 4 porções);
 Arroz, pão integral, cereais; óleos e gorduras vegetais com teor de ω3 (azeite de oliva extra
virgem, óleos de linhaça e canola, abacate, sardinha, cavala); alimentos ricos em fibras
principalmente insolúveis; líquidos (pelo menos 2lg/dia).

Alimentos Evitados:

 Bebidas alcoólicas (abstenção);


 Cafeína mais de 2 xícaras médias de /dia, incluindo bebidas tipo colas, chocolate e chá;
 Não abusar do sal e uso moderado de edulcorantes artificiais.

Consumo de cafeína
O consumo diário de cafeína seguro é 300mg (NEW ZEALAND. Ministry of Health, 2006).
3 xicaras (200 ml) de café coado
Ou
2 xicaras pequenas (50 ml) de café expresso
Ou
2 xicaras (200 ml) café instantâneo

Atenção! O chocolate ao leite também possui cafeína, 2 tabletes pequenos de


chocolate equivalem em média a 1 xícara de café coado.

Uso de edulcorantes
A recomendação de edulcorantes na gestação deve ser reservada para o controle de peso e
diabetes.
A sucralose, o acessulfame-k, o aspartame e a stévia não são tóxicos, carcinogênicos ou
teratogênicos em animais, mas não existem estudos controlados em humanos. Parece
improvável que seu uso possa ser prejudicial.
O uso do sorbitol deve ser moderado, pois aumenta a excreção de minerais essenciais, como o
cálcio. As gestantes devem restringir o uso de sacarina e ciclamato.

62
Gestação Pré Eclampsia
Deficiência de cálcio está associada à DHEG. Ensaios clínicos sugerem que redução no risco
de pré-eclâmpsia associada à suplementação de cálcio

Gestante Vegetariana

A gestante vegetariana pode obter uma alimentação adequada e balanceada, porém é necessário
monitorar os níveis de ferro, vitamina B12, vitamina D, zinco e cálcio e, se necessário,
prescrever suplementação adequada (ADA, 2009).

É preciso estar atento para o risco de hipovitaminose B em crianças amamentadas por mães
vegetarianas, haja vista que essa vitamina não é encontrada em vegetais. É importante também
certificar-se de que as nutrizes vegetarianas estão ingerindo quantidade sufi ciente de proteínas.

QUEIXAS NA GESTAÇÃO
Recomendações
Náuseas, vômitos e sialorreia:
 Evite o uso de produtos que tenham cheiros fortes.
 Pela manhã, antes de se levantar coma um pouco cereal seco, torradas ou bolachas; Evite
ficar de estômago vazio;
 Não tome líquido durante as refeições (beba goles pequenos e frequentes de líquidos nos
intervalos das refeições);
 Ao sentir náuseas procure ingerir cereais secos (sem leite), bebidas com gás ou sucos de
frutas;
 Evite frituras e alimentos gordurosos (margarina, bacon, toucinho, maionese, massas
folhadas, carnes gordurosas, salgadinhos),
 Alimentos muito temperados (com alho, cebola, curry, e pimenta)

Pirose (azia):
 Evite alimentos como café, chá, bebidas alcoólicas, bebidas tipo cola, alimentos
fermentativos (farinhas refinadas, bolacha, pão, cerveja, vinho);
 Consuma alimentos integrais ou ricos em fibras e evite deitar após as refeições.

63
Constipação:
 Aumentar a ingestão de líquidos
 Consumir alimentos laxativos como cereais integrais, aveia, vegetais ricos em fibras, frutas
secas (ameixa e passas), algumas frutas e sucos de frutas (laranja, mamão, uva com casca,
abacaxi).

Gases:
 Orientar alimentação rica em fibras - consumo de frutas laxativas como mamão, ameixa e
laranja com bagaço, figos, feijões, cereais integrais e verduras (de preferência cruas);
 Se suspeitar do leite, substituir por iogurte e observar;
 Recomendar o aumento da ingestão de água;
 Evitar alimentos como: alho, batata doce, brócolis, cebola crua, couve, couve-flor, rabanete,
repolho;
 O consumo de farelo de aveia ou de trigo pode ser indicado para regular o trânsito intestinal.
Iniciar com ½ colher de sopa/dia podendo chegar até dois colheres/dia conforme tolerância.
 Chá de erva doce auxilia a prevenir a aliviar a flatulência;
 Evitar o uso de adoçante sorbitol, pois ele pode ser um grande causador de gases.
 Mamão e Abacaxi ajudam a melhorar a digestão;
 Iogurtes com lactobacilos vivos podem ajudar a combater os gases formados por outras
bactérias intestinais;
 Para reduzir a produção de gases causada pelo feijão, lentilha ou grão de bico, deixá-los de
molho por 12 horas, trocando a água pelo menos 3 vezes durante esse período;
 Evite alimentos que causam gases (repolho, brócolis, cebola, pepino, feijão, melão,
melancia), pois podem causar mal-estar.
 Evitar consumo de doces (açúcar, mel, chocolates, doces em geral), os quais podem provocar
fermentação;
 Procurar não conversar enquanto se alimenta para evitar a ingestão de ar;

Picamalácia
 Desestimular o contato com a substância que desperta desejo;
 Orientar a substituição por alimentos da preferencia;
64
NECESSIDADES ENERGETICAS E CALCULO DE DIETA PARA NUTRIZ

 Aferir Estatura e Peso Atual;


 Verificar IMC;

IMC META PERDA DE PESO


Baixo peso < 18,5 IMC eutrofia -
Eutrofia >18,5 a <25 Manutenção do peso de eutrofia -
Sobrepeso >25 a <29 Perda de peso para IMC eutrofia 0,5 a 1 kg/mês
Obesidade > 30 Perda de peso para IMC de eutrofia 0,5 a 2kg/mês
Fonte: Classificação do IMC, segundo WHO, 2002

Calculo do VET

Recomendação FAO/WHO, 2004

VET = GE (TMB x NAF) + adicional energético para a lactação – energia para perda de
peso.

TMB Adultas:
 18 a 30 anos → TMB (kcal/dia) = 14,818 x P (kg) + 486,6
 30 a 60 anos → TMB (kcal/dia) = 8,126 x P (kg) + 845,6
*P= peso atual TMB

Adolescentes:
10 a 18 anos → TMB (kcal/dia) = 13,384 x P (kg) + 692,6
→ GE nas adolescentes deverá ser multiplicado por 1,01.

65
Nível de Atividade física
Categoria NAF média
Estilo de vida sedentário ou leve 1,40 – 1,69 (1,53)
Estilo de vida ativo ou moderadamente ativo 1,70 – 1,99 (1,76)
Estilo de vida vigoroso ou moderadamente vigoroso 2,00 – 2,40 (2,25)

Recomendação IOM, DRI 2005

GET lactantes= GET não-grávidas + energia gasta produção de leite – perda de peso

Lactantes adultas (idade de 19 a 50 anos)


- Primeiros 6 meses :
GET= 354 – (6,91 x idade[anos]) + NAF x (9,36 x peso[kg] + 726 x altura[m]) + 500 – 170

- 6 meses posteriores:
GET= 354 – (6,91 x idade[anos]) + NAF x (9,36 x peso[kg] + 726 x altura[m]) + 400

Lactantes adolescentes (idade de 14 a 18 anos)


- Primeiros 6 meses:
GET= 135,3 – (30,8 x idade[anos]) + NAF x (10,0 x peso[kg] + 934 x altura[m]) + 25 + 500 –
170

- 6 meses posteriores:
GET= 135,3 – (30,8 x idade[anos]) + NAF x (10,0 x peso[kg] + 934 x altura[m]) + 25 + 400

66
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA NUTRIZ.

Macronutrientes:
Carboidratos 55 – 65%
Proteínas 6 meses de lactação 0,8 a 1g/kg de peso + 16g/dia
6 a 12 meses de lactação 0,8 a 1g/kg de peso +12g/dia
A partir de 12 meses de lactação 0,8 a 1g/kg de peso + 11g/dia
Lipídeos 25 – 30%

Atenção para os casos abaixo:


 Mulher que durante a gestação ganhou menos de 9kg, poderá ter o acréscimo de calorias
maior (700kcal/dia);
 Se a nutriz estiver com sobrepeso ou obesidade, não haverá necessidade de adição de
calorias nem de proteínas;
Observar os casos abaixo e conduzir conforme cada situação individualizada:
 Caso a gestante ganhe mais de 12kg durante a gestação, necessitará de menos calorias
extras;
 Se o peso começar a cair muito rapidamente durante a lactação para níveis mais baixos
que o ideal, poderá haver necessidade de aumentar a cota energética diária;
 No caso de mais de uma criança ser amamentada, poderá haver necessidade de se
aumentar a cota energética diária;
 Se a nutriz não amamentar exclusivamente o bebê, sua necessidade de proteína é menor.

Perda de peso corporal da nutriz


A nutriz requer maior necessidade energética, pois para produzir 1 litro de leite ela gasta
900 kcal (VÍTOLO, 2008).
Segundo o Institute of Medicine (1991) a taxa de perda de peso é em média de 0,6kg a
0,8kg/mês durante os 4 a 6 primeiros meses de lactação após o parto, podendo sofrer alterações
em função do consumo e/ou gasto energético (ACCIOLY, 2002).

O profissional deve ficar atento quando a perda de peso for:


- > 2 kg/mês para nutrizes com peso pré-gestacional normal;

67
- > 3 kg/mês para nutrizes com sobrepeso ou obesidade pré-gestacional.

Acréscimo energético durante lactação:


IMC pré-gestacional: Ganho de peso adequado: +500 kcal/dia.
Normal ou baixo peso Ganho de peso inadequado: +700 kcal/dia
IMC pré-gestacional:
Não acrescentar calorias.
Sobrepeso ou obesidade

As necessidades proteicas estão aumentadas:


1º semestre 16g/dia
2º semestre 12g/dia
A partir do 2º ano de lactação 11g/dia

Sugestões de alimentos que contêm em média 15 g de proteína:


- 1 Copo de iogurte + 1 copo de leite + 1 fatia de queijo
- 1 Ovo cozido + 1 copo de leite + 1 fatia de queijo
- 2 Copos de iogurte + 1 fatia de queijo
- 2 Copos de leite + 1 fatia de queijo
- ½ bife de gado médio
- ½ peito de frango médio
- 1 coxa de frango

ALEITAMENTO MATERNO

Práticas alimentares maternas durante a amamentação

 Estimular a ingestão de no mínimo 4 copos de água por dia. Pode-se orientar a gestante
ingerir água no momento que está amamentando;
 Enfatizar que a ingestão de álcool não é recomendada durante a gestação, pois foi observado
mudança de odor no leite materno. Se a nutriz ingerir bebida alcoólica não deverá amamentar
dentro duas horas após o consumo;
 Estimular consumo de alimentos ricos em vitamina A, C e ferro e cálcio
68
 Estimular consumo de peixe 3 vezes por semana;
 Desencorajar dietas restritivas (<1500 kcal), pois estas reduzem a produção de leite;
 Esclarecer a nutriz quanto à perda de peso adequada.
 Aconselhar a nutriz não ingerir mais de 3 xícaras de café por dia.

IMPORTANTE! O hábito de fumar (acima de 10 cigarros/dia) e o consumo de bebidas


alcoólicas em excesso (em média 2 latas de cerveja/dia) podem provocar diminuição da
produção láctea.

Cólica de recém-nascido e amamentação

 O consumo de leite pode estar associado com as cólicas no bebê em situações que a mãe
nunca teve o hábito de ingerir leite previamente a gestação e dá início a este hábito durante
o período de amamentação. Por outro lado, se a nutriz sempre teve o hábito de consumir leite
e seus derivados não se deve suspender esses alimentos.
 A ingestão de alimentos estimulantes, como chocolate, café, refrigerante e alguns chás
(mate, preto), chimarrão pela nutriz está associada com cólicas do lactente.
 O esvaziamento completo da mama também é um fator determinante, pois possibilita que o
lactente receba o leite posterior, pobre em lactose, melhorando o sintoma da cólica.

Orientações de incentivo ao aleitamento materno


É preciso orientar a mãe que:
 O leite dos primeiros dias pós-parto é chamado de colostro, é produzido em pequena
quantidade, e é o leite ideal nos primeiros dias de vida, principalmente se o bebê for
prematuro, pelo seu alto teor de proteínas;
 O leite materno contém tudo o que o bebê necessita até o 6o mês de vida, inclusive água.
Assim, a oferta de chás e água é desnecessária, e pode prejudicar a sucção do bebê,
fazendo com que este mame menos leite materno, pois o volume desses líquidos irá
substituí-lo
 A pega errada vai prejudicar o esvaziamento total da mama, impedindo que o bebê
mame o leite posterior (leite do final da mamada) que é rico em gordura, diminuindo a

69
saciedade e encurtando os intervalos entre as mamadas. Assim, a mãe pode pensar que
seu leite é insuficiente e fraco. Esses intervalos mais curtos entre as mamadas levam ao
aumento da fermentação da lactose agravando as cólicas do bebê;

 Se as mamas não são esvaziadas totalmente, podem ficar ingurgitadas, o que pode
diminuir a produção de leite.

 Não há necessidade de higienização das mamas antes de cada mamada. A mãe deve
manter sua higiene corporal normal, utilizando sutiã e roupas limpas, evitando passar
sabão, desinfetantes, óleos ou creme nas mamas. A própria saliva do bebê protege a pele
da mãe e dele próprio.

Técnica de Amamentar:
Ponto chave do posicionamento adequado
1. Rosto do bebê de frente para a mama, com nariz na altura do mamilo;
2. Corpo do bbê próximo ao da mãe;
3. Bebê com cabeça e tronco alinhados (pescoço não torcido);
4. Bebê bem apoiado.

Ponto chave da pega adequada


1. Mais aréola visível acima da boca do bebê;
2. Boca bem aberta;
3. Lábio inferior virado para fora;
4. Queixo tocando a mama.
Os seguintes sinais são indicativos de técnica inadequada de amamentação:
• Bochechas do bebê encovadas a cada sucção;
• Ruídos da língua;
• Mama aparentando estar esticada ou deformada durante a mamada;
• Mamilos com estrias vermelhas ou áreas esbranquiçadas ou achatadas quando o bebê solta a
mama;
• Dor na amamentação;
Observação: Quando a mama está muito cheia, a aréola pode estar tensa, endurecida,
dificultando a pega. Em tais casos, recomenda-se, antes da mamada, retirar manualmente um
pouco de leite da aréola ingurgitada.
70
Principais problemas e como soluciona-los

Ingurgitamento mamário:

 Usar sutiã para manter os seios bem suspensos;

 Fazer compressas frias várias vezes ao dia e depois massagear as mamas para realizar a
ordenha manual de alívio antes de colocar o bebê para mamar; As compressas não devem
ultrapassar de 20 minutos.

 A massagem deve ser feita com polpa dos dedos em movimentos circulares no sentido da
aréola para o tórax;

 Se após a mamada a mama continuar muito cheia, tentar esvaziá-la manualmente;

 Aumentar a frequência das mamadas. (demanda livre)

Dor nos mamilos

 Amamentação com técnica adequada (posicionamento e pega adequados);

 Cuidados para que os mamilos se mantenham secos, expondo-os ao ar livre ou à luz solar e
trocas freqüentes dos forros utilizados quando há vazamento de leite;

 Não uso de produtos que retiram a proteção natural do mamilo, como sabões, álcool ou
qualquer produto secante;

 Amamentação em livre demanda

 Introdução do dedo indicador ou mínimo pela comissura labial (canto) da boca do bebê,
se for preciso interromper a mamada, de maneira que a sucção seja interrompida antes
de a criança ser retirada do seio;
Lesão mamilar
 Início da mamada pela mama menos afetada;
 Ordenha de um pouco de leite antes da mamada, o sufi ciente para desencadear o reflexo
de ejeção de leite, evitando dessa maneira que a criança tenha que sugar muito forte no
início da mamada para desencadear o reflexo;

71
 Uso de diferentes posições para amamentar, reduzindo a pressão nos pontos dolorosos
ou áreas machucadas;

Ductos obstruídos:
 Auxiliar a mãe a melhorar a posição da mamada;
 Aumentar a frequência da mamada do lado que tem a obstrução;
 Massagear a parte inchada para ajudar a esvazia-la;
 Usar sutiã firme, mas que não aperte parte da mama (deve ser um sutiã grande e nunca
um do mesmo número que ela usava antes de engravidar);

Mastite:
 Há necessidade de ser avaliada por um médico, pois pode haver necessidade de
prescrição de antibiótico;
 Não deve deixar de amamentar, se não conseguir, tem que ordenhar o leite – caso ele
fique retido poderá evoluir para um abcesso que terá que ser drenado;
 Massagear o seio, colocar compressa fria e ordenhar;

 Incentivar a nutriz a repousar. Caso ela trabalhe, deverá tirar uma licença.

72
TÉCNICAS PARA ORDENHAR O LEITE MATERNO

1. Usar um vidro com tampa plástica (maionese ou café solúvel);


2. Ferver os vidros e a tampa por 20 min. Não secar, só escorrer os dois;
3. Lavar bem as mãos com água e sabão e cortar as unhas;
4. Procurar um local tranquilo, limpo e longe de animais. Não fume ou fale enquanto
estiver retirando o leite;
5. Fazer massagens;
6. Segurar o vidro próximo da mama;
7. Fazer a ordenha manual – coloque os dedos onde inicia a auréola, aperte e solte várias
vezes até o leite começar a sair;
8. Após coletar o leite, coloque o frasco no freezer ou congelador por, no máximo 15 dias
e na geladeira por 24hs;
9. Em temperatura ambiente, o leite deve permanecer o mínimo de tempo possível
(aproximadamente 3 horas);
10. Para dar o leite ao bebê utilizar copo ou colherinha, evitar mamadeira, pois o bebê terá
dificuldade em mamar no seio;
11. Proceder o descongelamento do leite em banho-maria a mais ou menos –37ºC ou na
temperatura ambiente. Uma vez descongelado, o leite permanece na geladeira por mais
de 24hs. Evitar congela-lo novamente;
12. Evite estocar o leite perto de medicamentos ou alimentos com cheiro forte.

73
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO CRIANÇA E ADOLESCENTE

Fases do curso da vida e suas faixas etárias contempladas pela Vigilância Nutricional

CRIANÇA ADOLESCENTE

< de 10 anos de idade ≥ a 10 anos e < 20 anos de idade

Índices antropométricos e demais parâmetros adotados para a vigilância nutricional,


segundo recomendações da Organização Mundial de Saúde e do Ministério da Saúde.

FASES DO CURSO DA VIDA ÍNDICES E PARÂMETROS

Peso por idade

Estatura por idade

CRIANÇAS Peso por estatura

IMC por idade

IMC por idade


ADOLESCENTE
Estatura por idade

Fontes: (WHO, 2006) (WHO, 2007) (WHO, 1995) (WHO, 2000)

Peso para idade (P/I): Essa avaliação é muito adequada para o acompanhamento do ganho de
peso

Peso para estatura (P/E): É utilizado tanto para identificar o emagrecimento da criança, como
o excesso de peso.

Índice de Massa Corporal (IMC) para idade: É utilizado para identificar o excesso de peso entre
crianças e tem a vantagem de ser um índice utilizado em outras fases do curso da vida.

Estatura-para-idade (E/I): Expressa o crescimento linear da criança.

Os pontos de corte, também chamados de valores críticos, correspondem aos limites que
separam os indivíduos que estão saudáveis daqueles que não estão.

74
CRIANÇAS DE 0 A MENOR DE 5 ANOS (FONTE: OMS, 2006)

Peso para Idade

DIAGNÓSTICO
VALORES CRÍTICOS
NUTRICIONAL

< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Muito baixo peso para a idade

≥ Percentil 0,1 e < ≥ Escore-z -3 e <


Baixo peso para a idade
Percentil 3 Escore-z -2

≥ Percentil 3 e ≤ ≥ Escore-z -2 e ≤
Peso adequado para a idade
Percentil 97 Escore-z +2

> Percentil 97 > Escore-z +2 Peso elevado para a idade*

Observação: Este não é o índice antropométrico mais recomendado para a avaliação do


excesso de peso entre crianças. Esta situação deve ser avaliada pela interpretação dos índices
de peso-para-estatura ou IMC-para-idade.

Estatura para Idade

VALORES CRÍTICOS DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL

< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Muito baixa estatura para a idade

≥ Percentil 0,1 e < ≥ Escore-z -3 e <


Baixa estatura para a idade
Percentil 3 Escore-z -2

≥ Percentil 3 ≥ Escore-z -2 Estatura adequada para a idade

75
Peso para Estatura

VALORES CRÍTICOS DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL

< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Magreza acentuada

≥ Percentil 0,1 e < ≥ Escore-z -3 e <


Magreza
Percentil 3 Escore-z -2

≥ Percentil 3 e ≤ ≥Escore-z -2 e ≤
Eutrofia
Percentil 85 Escore-z +1

> Percentil 85 e ≤ > Escore-z +1 e ≤


Risco de sobrepeso
Percentil 97 Escore-z +2

> Percentil 97 e ≤ > Escore-z +2 e ≤


Sobrepeso
Percentil 99,9 Escore-z +3

> Percentil 99,9 > Escore-z +3 Obesidade

Observação: A Organização Mundial da Saúde apresenta referências de peso-para-estatura


apenas para menores de 5 anos pelo padrão de crescimento de 2006. A partir dessa idade, deve
ser utilizado o Índice de Massa Corporal para idade para avaliar a proporção entre o peso e a
estatura da criança.

76
IMC para Idade

VALORES CRÍTICOS DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL

< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Magreza acentuada

≥ Percentil 0,1 e < ≥ Escore-z -3 e <


Magreza
Percentil 3 Escore-z -2

≥ Percentil 3 e ≤ > Escore-z -2 e ≤


Eutrofia
Percentil 85 Escore-z +1

> Percentil 85 e ≤ > Escore-z +1 e ≤


Sobrepeso
Percentil 97 Escore-z +2

> Percentil 97 e ≤ > Escore-z +2 e ≤


Obesidade
Percentil 99,9 Escore-z +3

> Percentil 99,9 > Escore-z +3 Obesidade grave

CRIANÇA DE 5 A 10 ANOS (FONTE: OMS, 2007)

Peso para Idade

VALORES CRÍTICOS DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL

< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Muito baixo peso para a idade

≥ Percentil 0,1 e < ≥ Escore-z -3 e < Baixo peso para a idade


Escore-z -2
Percentil 3

≥ Percentil 3 e ≤ ≥ Escore-z -2 e Peso adequado para a idade


Percentil 97 ≤Escore-z +2

> Percentil 97 > Escore-z +2 Peso elevado para a idade*

77
Observação: Este não é o índice antropométrico mais recomendado para a avaliação do
excesso de peso entre crianças. Esta situação deve ser avaliada pela interpretação dos índices
de peso-para-estatura ou IMC-para-idade.

Estatura para Idade

VALORES CRÍTICOS DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL

< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Muito baixa estatura para a idade

≥ Percentil 0,1 e < ≥ Escore-z -3 e <


Baixa estatura para a idade
Percentil 3 Escore-z -2

≥ Percentil 3 ≥ Escore-z -2 Estatura adequada para a idade

IMC para Idade

VALORES CRÍTICOS DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL

< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Magreza acentuada

≥ Percentil 0,1 e < ≥ Escore-z -3 e <


Magreza
Percentil 3 Escore-z -2

≥ Percentil 3 e ≤ > Escore-z -2 e ≤


Eutrofia
Percentil 85 Escore-z +1

> Percentil 85 e ≤ > Escore-z +1 e ≤


Sobrepeso
Percentil 97 Escore-z +2

> Percentil 97 e ≤ > Escore-z +2 e ≤


Obesidade
Percentil 99,9 Escore-z +3

> Percentil 99,9 > Escore-z +3 Obesidade grave

Observação: não tem parâmetros de peso para estatura na referencia da OMS (2007)

78
ANTROPOMETRIA E O DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL DA CRIANÇA

 Calcular a idade em anos completos e meses, fazendo as aproximações necessárias;


 Pesar e medir a criança, utilizando as técnicas e os instrumentos adequados;
 Anotar os dados no formulário da Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN;
 Marcar nos gráficos de crescimento da Caderneta de Saúde da Criança o ponto de
interseção entre o peso e a idade, entre a estatura e a idade, e entre o Índice de Massa
Corporal e a idade da criança;
 Calcular o IMC da criança;
 Fazer o diagnóstico nutricional da criança, interpretando cada índice avaliado;
 Verificar a inclinação das curvas de crescimento para complementar o diagnóstico
nutricional;
 Compartilhar com a mãe/responsável o diagnóstico nutricional da criança;
 Fazer a intervenção adequada para cada situação;
 Realizar ações de promoção da saúde. Valorizar o diagnóstico nutricional é ter atitude
de vigilância.

ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS APÓS O NASCIMENTO

PESO DA CRIANÇA CLASSIFICAÇÃO

≥ 2.500 g Peso adequado

< 2.500 g Baixo peso ao nascer (BPN)

< 1.500 g Muito baixo peso ao nascer

ADOLESCENTES 10 a 19 anos

IMC = Peso (kg)


. Altura ² (m)
79
(Fonte: OMS, 2007)

IMC para Idade

VALORES CRÍTICOS DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL

< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Magreza acentuada

≥ Percentil 0,1 e < ≥ Escore-z -3 e <


Magreza
Percentil 3 Escore-z -2

≥ Escore-z -2 e ≤
> Percentil 3 e <
Escore-z +1 Eutrofia
Percentil 85

> Percentil 85 e ≤ ≥ Escore-z +1 e <


Sobrepeso
Percentil 97 Escore-z +2

> Percentil 97 e ≤ ≥ Escore-z +2 e ≤


Obesidade
Percentil 99,9 Escore-z +3

> Percentil 99,9 > Escore-z +3 Obesidade grave

Observação: A referência de IMC para idade da Organização Mundial da Saúde de 2007


apresenta valores até 19 anos completos, já que a partir desta idade a instituição considera os
indivíduos como adultos. Como o Ministério da Saúde considera que a fase adulta se inicia
apenas com 20 anos completos, sugere-se a adoção dos mesmos valores de 19 anos completos
para a avaliação de indivíduos com 19 anos e 1 mês até 19 anos e 11 meses.

80
Estatura para Idade

VALORES CRÍTICOS DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL

< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Muito baixa estatura para a idade

≥ Percentil 0,1 e < ≥ Escore-z -3 e <


Baixa estatura para a idade
Percentil 3 Escore-z -2

> Percentil 3 ≥ Escore-z -2 Estatura adequada para a idade

ANTROPOMETRIA E O DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL DO ADOLESCENTE

 Avaliar o adolescente, considerando sua idade em anos e seu sexo;


 Pesar e medir o adolescente, utilizando as técnicas e os instrumentos adequados;
 Anotar os dados no formulário da Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN;
 Calcular o IMC e fazer o diagnóstico nutricional do adolescente;
 Compartilhar com o adolescente e a mãe/responsável o diagnóstico nutricional do
adolescente;
 Fazer a intervenção adequada para cada situação;
 Realizar ações de promoção da saúde. Valorizar o diagnóstico nutricional é ter atitude
de vigilância;

AFERIÇÃO DO PESO DE CRIANÇAS MENORES DE 2 ANOS


As crianças menores de 2 anos devem ser pesadas e medidas sempre completamente
despidas e na presença da mãe ou do responsável, pois estes devem auxiliar na retirada da roupa
da criança e na tomada da medida. Lembre-se que uma fralda molhada pode representar até
20% do peso de uma criança.

Se for utilizar balança pediátrica ou “tipo bebê”

A balança pediátrica ou “tipo bebê” é o equipamento apropriado para crianças menores


de 2 anos que ainda não ficam de pé com segurança. É preciso ter muito cuidado para pesar
crianças pequenas, a fim de se evitar acidentes. Certifique-se de que a balança está apoiada
81
sobre uma superfície plana, lisa e firme. Forre o prato com uma proteção (papel destacável ou
fralda) antes de calibrar a balança para evitar erros na pesagem.

AFERIÇÃO DO PESO DE CRIANÇAS MAIORES DE 2 ANOS, ADOLESCENTES E


ADULTOS
 As crianças maiores de 2 anos devem ser pesadas descalças e com roupas bem leves.
Idealmente
 As crianças maiores de 2 anos devem ser pesadas descalças e com roupas bem leves.
Idealmente, devem usar apenas calcinha, short ou cueca, na presença da mãe ou do
responsável.
 Os adultos e adolescentes devem ser pesados descalços e usando roupas leves. Devem
ser orientados a retirarem objetos pesados tais como chaves, cintos, óculos, telefones
celulares e quaisquer outros objetos que possam interferir no peso total.

AFERIÇÃO DA ALTURA DE CRIANÇAS MAIORES DE 2 ANOS, ADOLESCENTES


E ADULTOS
 A estatura é a medida do indivíduo na posição de pé, encostado numa parede ou
antropômetro vertical;
 Posicionar a criança, adolescente ou adulto descalço e com a cabeça livre de adereços,
no centro do equipamento. Mantê-lo de pé, ereto, com os braços estendidos ao longo do
corpo, com a cabeça erguida, olhando para um ponto fixo na altura dos olhos;
 A cabeça do indivíduo deve ser posicionada no plano de Frankfurt (margem inferior da
abertura do orbital e a margem superior do meatus auditivo externo deverão ficar em
uma mesma linha horizontal);
 As pernas devem estar paralelas, mas não é necessário que as partes internas das mesmas
estejam encostadas. Os pés devem formar um ângulo reto com as pernas;
 Idealmente, o indivíduo deve encostar os calcanhares, as panturrilhas, os glúteos, as
escápulas e parte posterior da cabeça (região do occipital) no estadiômetro ou parede.
Quando não for possível encostar esses cinco pontos, devem-se posicionar no mínimo
três deles.
 Técnica de aferição da altura segundo Plano de Frankfurt

82
Critério de Gomez

Utilizado em crianças até 2 anos de idade. Na presença de edema comprovadamente


nutricional, independente do índice P/I a criança será considerada como desnutrida de terceiro
grau.

P/I = peso encontrado x 100 E/I =Estatura encontrada x 100

Peso ideal (p50) estatura ideal (p50)

Classificação de Gomez (1956) Classificação para estatura

≥ 90% Eutrofia Adequado Baixa estrutura

75 - 90% Desnutrição leve E/I (%) ≥ 95% < 95%

60 - 75% Desnutrição moderada Percentis ≥ 10 <3,0

< 60% Desnutrição grave

Classificação de Jelliffe para P/E

P/E = peso encontrado x 100 < 90% Baixa peso

peso ideal para a estatura observada 90 - 110% Eutrofia

110 - 120% Risco para excesso de peso

≥ 120% Excesso de peso

Critério de classificação de Waterlow, 1973


Estatura/idade

Peso/estatura ≥ 95% < 95%


≥ 90% Eutrófico Desnutrido pregresso
< 90% Desnutrido atual ou agudo Desnutrido crônico ou evolutivo

83
CÁLCULO DO GASTO ENERGÉTICO

Criança e Adolescente

NEE para bebes e crianças pequenas de 0-2 anos (dentro do percentil 3-97 p/ peso por
estatura)

NEE = GET + deposição de energia

0-3 meses: (89 x peso do bebe [kg] - 100 = 175 (kcal para deposição de energia)

4-6 meses: (89 x peso do bebe [kg] - 100 = 56 (kcal para deposição de energia)

7-12 meses: (89 x peso do bebe [kg] - 100 = 22 (kcal para deposição de energia)

13-35 meses: (89 x peso do bebe [kg] - 100 = 20 (kcal para deposição de energia)

NEE para Meninos de 3-8 anos (dentro do percentil 5-85 para IMC)

NEE = GET + deposição de energia

NEE = 88,5 – 61,9 x idade (anos) + CAF x (26,7 x peso[kg] + 903x altura[m]) + 20kcal p/
deposição de energia)

NEE para Meninas de 3-8 anos (dentro do percentil 5-85 para IMC)

NEE = GET + deposição de energia

NEE = 135,3 – 30,8 x idade (anos) + CAF x (10 x peso[kg] + 934 x estatura[m] + 20kcal p/
deposição de energia)

84
NEE para Meninos de 9-18 anos (dentro do percentil 5-85 para IMC)

NEE = GET + deposição de energia

NEE = 88,5 – 61,9 x idade (anos) + CAF x (26,7 x peso[kg] + 903x altura[m]) + 25kcal p/
deposição de energia)

Onde:

AF: coeficiente de atividade física para meninos de 9-18anos

AF: 1,0 se o GAF for estimado como ≥1,0 <1,4 (sedentário)

AF: 1,13 se o GAF for estimado como ≥1,4 <1,6 (pouco ativo)

AF: 1,26 se o GAF for estimado como ≥1,6 <1,9 (ativo)

AF: 1,42 se o GAF for estimado como ≥1,9 <2,5 (muito ativo)

NEE para Meninas de 9-18 anos (dentro do percentil 5-85 para IMC)

NEE = GET + deposição de energia

NEE = 135,3 – 30,8 x idade (anos) + CAF x (10 x peso[kg] + 934 x estatura[m] + 25kcal p/
deposição de energia)

Onde:

AF: coeficiente de atividade física para meninas de 9-18anos

AF:1,0 se o GAF for estimado como ≥1,0 <1,4 (sedentário)

AF: 1,16 se o GAF for estimado como ≥1,14 <1,16 (pouco ativo)

AF: 1,31 se o GAF for estimado como ≥1,16 <1,19 (ativa)

AF: 1,56 se o GAF for estimado como ≥1,19 <2,5 (muito ativo)

85
GET de manutenção de peso para meninos de 3-18 anos com sobrepeso e em risco de
ficarem com sobrepeso (IMC>percentil 85 para sobrepeso)

GET = 114 – 50,9 x idade (anos) + AF x (19,5 x peso [kg] + 1161,4 x estatura [m])

Onde:

AF: coeficiente de atividade física

AF: 1,0 se o GAF for estimado como ≥1,0 <1,4 (sedentário)

AF: 1,2 se o GAF for estimado como ≥1,4 <1,6 (pouco ativo)

AF: 1,24 se o GAF for estimado como ≥1,6 <1,9 (ativa)

AF: 1,45 se o GF for estimado como ≥1,9 <2,5 (muito ativo)

GET de manutenção de peso para meninas de 3-18 anos com sobrepeso e em risco de
ficarem com sobrepeso (IMC>percentil 85 para sobrepeso)

GET = 389 – 41,2 x idade (anos) + AF x (15 x peso[kg] + 701,6 x estatura [m])

Onde:

AF: coeficiente de atividade física

AF: 1,0 se o GAF for estimado como ≥1,0 <1,4 (sedentário)

AF: 1,18 se o GAF for estimado como ≥1,4 <1,6 (pouco ativo)

AF: 1,35 se o GAF for estimado como ≥1,6 <1,9 (ativa)

AF: 1,60 se o GAF for estimado como ≥1,9 <2,5 (muito ativo)

Desnutrição e Obesidade: utilizar o peso ideal encontrado a partir do IMC/idade no escore Z


igual a zero ou no peso/comprimento no Z igual a zero (para bebês de zero a dois anos). Quando
a criança estiver muito abaixo ou muito acima desse ideal, calcular para um escore Z menos
distante do atual.

86
ALERGIA ALIMENTAR
As alergias alimentares geralmente apresentam-se na lactância e na infância e são mais
prováveis quando a criança tem um histórico familiar de alergia. Os sintomas alérgicos mais
frequentes são vistos como respostas respiratórias ou gastrointestinais, ou reações cutâneas,
mas podem incluir fadiga, letargia e alterações comportamentais.

 Alérgenos alimentares comuns


Alimentos ricos em proteínas, geralmente de origem vegetal ou marinha

 Fatores de ricos
Hereditariedade; Quantidade de antígeno apresentado;

Histórico de atopia; Fatores ambientais, como estresse ou


toxinas;
Exposição ao antígeno;
Desequilíbrio da microbiota.
Permeabilidade GI;

CRIANÇAS MENORES DE DOIS ANOS


Macronutrientes:

Distribuição Aceitável de Micronutriente para criança até 8 anos

Faixa etária Carboidrato Proteínas Lipídeos

0 – 6 meses 60g 9,1g 31g

7 – 12 meses 95g 13,5g 30g

1 – 3 anos 45 – 65% 5 a 20% 30 a 40%

4 – 8 anos 45 – 65% 10 a 30% 25 a 35%

87
Micronutrientes: De acordo com a IDR (Ingestão Dietética de Referência) para idade.

CRIANÇAS MAIORES DE DOIS ANOS E ADOLESCENTE

Recomendações nutricionais:

Calorias e nutrientes

 Calorias: EER (IOM, 2002; 2005)

 Macronutrientes:

Carboidratos = 55 – 65%

Proteínas = 10 – 15%

Lipídios = 25 – 30%

Para crianças desnutridas usar 3-4g de proteína/kg/dia e entre 150 a 180 Kcal/kg/dia.

 Micronutrientes: seguir recomendação de acordo com a IDR (Ingestão Dietética de


Referência) para idade

Característica da dieta:

 Fracionamento: 5 a 6 refeições
 Consistência: Normal

Obs: Preparação leve, cozidos ou assados, livre de frituras

88
RECOMENDAÇÕES DE INGESTÃO DE ÁGUA DE ACORDO COM DRI

 0 a 6 meses – 700 ml (incluindo leite materno, fórmula)


 7 a 12 meses – 800 ml (incluindo leite materno, fórmula e alimentação complementar)
 1 a 3 anos – 1300 ml (900 ml como sucos, outras bebidas e água)
 4 a 8 anos – 1700 ml (1200 ml com bebidas e água)
 9 a 13 anos – 2400 ml (meninos, 1800 ml como bebidas e água) e 2100 ml (meninas,
1600 ml como bebidas e água)
 14 a 18 anos – 3300 ml (meninos, 2600 ml com bebidas e água) e 2300 ml (meninas,
1800 ml como bebidas e água)

TRATAMENTO DE OBESIDADE EM CRIANÇAS E ADOLESCENTE

O diagnostico de obesidade na infância e na adolescência vai depender do peso, altura


e da composição corporal. Existem os pontos de corte para IMC, percentuais de adequação de
peso para estatura e de gordura corporal que definem o excesso de adiposidade. É importante
ressaltar que os instrumentos disponíveis, tais como curvas e pontos de cortes, são utilizados
como norteadores do processo de diagnóstico e não como o fim em si. Se for utilizado o
percentil de adequação de peso por estatura (P/E), a criança que apresentar percentil igual ou
acima de 120% é considerada obeso. No acaso das curvas de percentis de IMC por idade,
considera-se que, se ficar entre os percentis 85 e 95, a criança apresenta risco para obesidade, e
acima de 95 ela é classificada como obesa, de acordo com a população americana (Barlow e
cols., 1998).

Durante a infância e a adolescência o IMC vai sofrendo mudanças. Ao nascimento, a


media é de 13kg/m²; aumenta para 17kg/m² aos 12 meses; diminui para 15,5kg/m² aos 6 anos;
a aumenta para 21kg/m² aos 20 anos. O índice de massa corporal (IMC) é um método
antropométrico, que utiliza as medidas de peso e altura (peso/altura²), que são avaliados mais
frequentemente que as medidas das dobras cutâneas, principalmente em serviços públicos de
saúde.

89
O critério específico de sobrepeso ou obesidade a ser integrado à rotina de cuidados de
saúde dos adolescentes, o IMC é correlacionado a gordura corporal total, pressão sanguínea,
lipídios e lipoproteínas sanguíneas, e as mudanças do IMC durante a adolescência predizem
subsequentes alterações nos lipídios sanguíneos e na pressão sanguínea em adultos. E
importante, entretanto, lembrar que o IMC, em casos individuais, pode não refletir a real
condição de adiposidade. Por exemplo, uma adolescente com IMC 21 pode apresentar 30% de
gordura corporal se for sedentária. O oposto também e encontrado: adolescente com alto nível
de massa muscular podem apresentar elevado IMC sem que isso reflita alta adiposidade.

Fonte: Nutrição da gestação ao envelhecimento.

Márcia Regina Vitolo

RECOMENDAÇÕES PARA CRIANÇA COM DIARREIA

Recomendações nutricionais

Calorias e nutrientes

Calorias: suficiente para manter ou recuperar o estado nutricional

Macronutrientes: Carboidratos: 55 – 65%

Proteínas: 10 – 15%

Lipídios: 25 – 30%

Micronutrientes: De acordo com a IDR

90
ORIENTAÇÃO ALIMENTAR PARA CRIANÇA ABAIXO DE 2 ANOS

 Dar somente leite materno ate os seis meses, sem oferecer agua, chás, ou qualquer outro
alimento.
 A partir dos 6 meses, oferecer de maneira lenta e gradual outros alimentos, mantendo o
leite materno ate os 2 anos de idade ou mais.
 A partir dos 6 meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, frutas
e legumes) três vezes ao dia se a criança receber leite materno, e cinco vezes ao dia, se
estiver desmamada.
 A alimentação complementar deve ser de acordo com os horários de refeição da família,
a intervalos regulares e de modo a respeitar o apetite da criança.
 A alimentação complementar deve ser espessa desde o inicio e oferecida na colher;
comer com consistência pastosa (papas/purês) e aumentar gradativamente a consistência
ate chegar à alimentação da família.
 Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma
alimentação colorida
 Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições.
 Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras
guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação.
 Cuidar da higiene no preparo e no manuseio dos alimentos; garantir armazenamento e
conservação adequados dos alimentos.
 Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar oferecendo sua alimentação
habitual e seus alimentos preferidos, respeitando sua aceitação.
Fonte: Nutrição da gestação ao envelhecimento.

Márcia Regina Vitolo

91
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR

A alimentação complementar, tanto para criança amamentada ao seio quanto para


aquela que utiliza fórmula infantil, deve ser introduzida a partir dos seis meses de idade,
gradualmente, para suprir novas necessidades da criança.

Deve-se observar a maturidade neurológica da criança para introduzir outros alimentos,


como sustentação do tronco e deglutição adequada. O leite materno deve ser mantido até os
dois anos. A introdução da alimentação complementar deve ser da seguinte maneira:

• Até 6 meses - leite materno exclusivo

• 6 meses completos - papa de frutas e 1ª refeição (almoço)

• 7º ao 8º mês - 2ª refeição (jantar)

• 9º ao 11º mês - gradativamente, passar para refeição da família adaptando a consistência

• 12º mês - alimentação da família (orientar práticas saudáveis)

As refeições (almoço e jantar) devem ser preparadas da seguinte forma (utilizar um


alimento de cada classe)

Cereal/Turbércul Leguminos ProteínaAnima Hortaliças/Verdura Hortaliças/Legume


o a l s s

Arroz Feijão Carne bovina Alface Cenoura

Milho Soja Víceras Espinafre Chucu

Cará Ervilha Frango Couve Abóbora

Batata Lentilha Ovos Almeirão Vagem

Mandioca Grãode bico Peixe Taioba Berinjela

Inhame Carne Suína Brócolis Beterraba

Batata doce

92
Deve-se cozinhar todos os alimentos, principalmente as carnes, somente em água. Após
tudo cozido e amassado (utilizar garfo), colocar no prato e acrescentar uma colher (de chá) de
óleo de soja ou canola ou azeite e oferecer para a criança. A carne (70 a 120 g/dia), para duas
refeições, não deve ser triturada, apenas picada ou desfiada. Não utilizar sal; pode-se utilizar
cebola de cabeça, salsa, alho e cebolinha para temperar a refeição. O ovo inteiro (clara e gema)
pode ser introduzido, sempre muito bem cozido, a partir do sexto mês. As leguminosas e
hortaliças/verduras serão introduzidas no 7º mês.

Não é recomendado utilizar beterraba e espinafre todos os dias, pois além de baixa
biodisponibilidade de ferro, interferem na absorção de cálcio e ferro dos outros alimentos.
Alguns alimentos com glúten devem ser introduzidos até o 9º mês de idade, portanto, iniciar
após o 7º mês uma porção de macarrão por semana.

É importante lembrar sempre de usar alimentos da safra devido à maior facilidade de


aquisição dos mesmos. As frutas devem ser oferecidas em forma de papas (amassadas ou
raspadas) duas vezes ao dia (nos intervalos), e se em forma de suco não ultrapassar 100ml/dia
(não usar açúcar ou água). Oferecer água após o 6º mês nos intervalos das refeições A partir de
um ano de idade, quando já se utiliza alimentos da família, não deve ser acrescentado sal no
prato, apenas o que é utilizado para toda a família; evitar excessos. Além disso, não devem ser
introduzidos açúcares simples até o final do segundo ano.

SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINAS E FERRO


As reposições de vitamina D devem ser de 400 UI/ dia por via oral para lactentes até 18
meses em aleitamento materno e que recebam fórmula infantil em volume inferior a 500 ml/dia.
Exposição solar adequada: cota semanal de 30 minutos com a criança apenas de fraldas (4 a 5
minutos por dia, todos os dias da semana) ou 2 horas semanais com exposição apenas da face
e das mãos da criança (17 minutos por dia, todos os dias da semana).A suplementação de ferro
deve ser feita de maneira universal para lactentes a partir do sexto mês de vida ou da interrupção
do aleitamento exclusivo até os dois anos de idade .

93
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS DURANTE A FASE PRÉ-ESCOLAR

A fase pré-escolar, entre dois anos e sete anos incompletos, caracteriza-se por
estabilização do crescimento estrutural e do ganho de peso. Assim, nessa etapa do
desenvolvimento infantil, há uma menor necessidade de ingestão energética quando comparada
ao período de zero a dois anos e a fase escolar. A criança desenvolve ainda mais a capacidade
de selecionar os alimentos a partir de sabores, cores, experiências sensoriais e texturas, sendo
que essas escolhas irão influenciar o padrão alimentar futuro. Nessa faixa etária, as escolhas
alimentares da criança sofrem intensas influências dos hábitos alimentares da família. A
formação da preferência da criança pode, então, decorrer da observação e imitação dos
alimentos escolhidos por familiares ou outras pessoas e crianças que convivem em seu
ambiente. As crianças dessa faixa etária podem apresentar uma relutância em consumir
alimentos novos prontamente (neofobia). Para que esse comportamento se modifique, é
necessário que a criança prove o alimento de oito a dez vezes – em diferentes momentos e
diversos tipos de preparação – mesmo que em quantidades mínimas. Somente dessa forma ela
conhecerá o sabor do alimento e estabelecerá, assim, seu padrão de aceitação. Importante
esclarecer aos pais que recusas são comuns. Dá mais certo estimular o prazer da alimentação
sem impor a aceitação, pois quando se utiliza coerção, a chance do alimento ser recusado é
maior. Atitudes excessivamente autoritárias ou permissivas dificultam o estabelecimento de um
mecanismo saudável para o controle da ingestão alimentar.

94
10 PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA CRIANÇAS NAS
FASES PRÉ-ESCOLAR E ESCOLAR

1. Procure oferecer alimentos de diferentes grupos, distribuindo-os em pelo menos três refeições
e dois lanches por dia.

2. Inclua diariamente alimentos como cereais (arroz, milho), tubérculos (batatas), raízes
(mandioca/macaxeira/aipim), pães e massas, distribuindo esses alimentos nas refeições e
lanches ao longo do dia.

3. Procure oferecer diariamente legumes e verduras como parte das refeições da criança. As
frutas podem ser distribuídas nas refeições, sobremesas e lanches.

4. Ofereça feijão com arroz todos os dias, ou no mínimo cinco vezes por semana.

5. Ofereça diariamente leite e derivados, como queijo e iogurte, nos lanches, e carnes, aves,
peixes ou ovos na refeição principal.

6. Alimentos gordurosos e frituras devem ser evitados; prefira alimentos assados, grelhados ou
cozidos.

7. Evite oferecer refrigerantes e sucos industrializados, balas, bombons, biscoitos doces e


recheados, salgadinhos e outras guloseimas no dia a dia.

8. Diminua a quantidade de sal na comida.

9. Estimule a criança a beber bastante água e sucos naturais de frutas durante o dia, de
preferência nos intervalos das refeições, para manter a hidratação e a saúde do corpo.

10. Incentive a criança a ser ativa e evite que ela passe muitas horas assistindo TV, jogando
videogame ou brincando no computador;

95
QUANTIDADE DE PORÇÕES AO DIA AJUSTADA SEGUNDO GRUPOS DA
PIRÂMIDE ALIMENTAR

Idade Idade Idade Idade

6 a 11 meses 1 a 3 ano pré-escolares Adolescentes

Pães, cereais,

Tubérculos e 3 5 5 5a9

raízes

Frutas 3 4 3 5

Verduras,

Legumes e 3 3 3 4

Hortaliças

Leguminosas 1 1 1 1

Carne bovina,

Frango, peixe 2 2 2 2

e o ovo

Leite, queijo
3 3 3 3
e iogurte

Óleos e
2 2 1 1
Gorduras

Açúcars 1 1 2

Fonte: Adaptado:Phillippi ST e Cols , Rev Nutr 12: 65-80,1999 e Guia Alimentar para crianças OMS,200

96
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS DURANTE A FASE ESCOLAR

A fase escolar compreende crianças de 7 anos a 10 anos incompletos e é caracterizada


por um período de crescimento e demandas nutricionais elevadas. O cardápio das crianças nessa
faixa etária já está adaptado às disponibilidades e costumes dietéticos da família. Assim, é
importante, reforçar às famílias sobre a importância de uma alimentação saudável e equilibrada,
pois isso irá refletir na saúde da criança da mesma forma. Nessa fase é comum a criança ter um
alto gasto energético devido ao metabolismo que é mais intenso que o do adulto. Além disso,
há nessa faixa etária intensa atividade física e mental. Assim, a falta de apetite comum à fase
pré--escolar é substituída por um apetite voraz. É comum, nessa idade, também, a diminuição
da ingestão de leite e, consequentemente, limitação do suprimento de cálcio. As mães devem
estar atentas a fim de compensar a falta de ingestão de leite por meio de outros alimentos ricos
em cálcio.

ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS NA ADOLESCÊNCIA

A adolescência é uma fase de crescimento e desenvolvimento do ser humano situada


entre a infância e a vida adulta. A definição dessa faixa etária varia conforme diferentes
instituições. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, a adolescência é o período
dos 12 aos 18 anos, já para a OMS e para o Ministério da Saúde, está entre 10 anos e 20 anos
incompletos. Dotada de peculiaridades, tanto físicas (com o crescimento em estatura, a
maturação sexual, o estabelecimento de caracteres sexuais secundários e as mudanças na
estrutura corporal, os quais compõem a puberdade) quanto sociais e emocionais, a adolescência
deve ser alvo de cuidadosas interferências, seja no sentido do relacionamento interpessoal, do
ensino nas escolas, da educação por parte dos pais, seja nos cuidados com sua saúde. Dentro
deste delicado contexto também se inserem os cuidados com a nutrição e a alimentação. As
orientações alimentares ao adolescente devem diferir daquelas realizadas às crianças mais
novas e aos adultos.

97
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA EM SITUAÇÕES ESPECIAIS
A Síndrome de Down é um distúrbio genético e metabólico que acarreta alterações
físicas e mentais, tais como hipotonia muscular, cardiopatia congênita, baixa imunidade,
distúrbios gastrointestinais, obesidade, atraso no desenvolvimento psicomotor e problemas
neurológicos, auditivos e visuais

Cronk, et al apresentam curvas específicas expressas em percentis para SD,


considerando-se baixo peso quando o percentil é menor que 5 (P5) e excesso de peso, maior
que percentil 95 (P95).

Classificação dos pontos de corte para os valores de peso e estatura/comprimento, por


percentil

Percentil Classificação

< P5 Baixo Peso ou baixo para idade

P5 –P95 Eutrofia

> P95 Excesso de Peso ou alto para idade

Fonte: Cronk, et al

O transtorno do espectro autista (TEA) atualmente é definido como um distúrbio do


desenvolvimento neurológico caracterizado por deficiências em dois domínios principais: 1)
déficits na comunicação e interação social e 2) padrões restritos e repetitivos de comportamento,
interesses e atividades (DSM-V, 2013). Esta desordem é de alta complexidade e diversidade de
manifestações clínicas, que podem estar relacionadas com inúmeras interações entre os genes,
fatores epigenéticos e a exposição aos fatores ambientais (BACCHELLI; MAESTRINI, 2006;
MUHLE et al., 2004; WILLSEY; STATE, 2015)

98
INTERVENÇÃO EM CRIANÇAS COM CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
E necessário conhecer em detalhes os antecedentes de vida da criança, peso ao
nascimento, antecedentes alimentares no primeiro ano de vida, nascimento de irmãos,
treinamento esfincteriano, queixa dos primeiros sintomas do quadro de constipação, utilização
de medicamentos, ocorrências de infecção urinaria. O instrumento de avaliação para se
investigar constipação deve conter questões relativas a frequência das evacuações, consistência
e características das fezes (formato, umidade, volume), presença de dor abdominal,
sangramento anal, esforço e dor durante as evacuações. O aumento do consumo de fibras nessas
situações provocará estimulo nas partes superiores do intestino sem a liberação da parte mais
distal, o que provocará gases e dor abdominal. O intestino da criança deve ser desbloqueado, e
só depois desse tratamento a intervenção dietética deve começar a introduzir gradualmente
alimentos que contenham fibras, lembrando-se que a criança tem volume gástrico pequeno e
pequenas quantidades de alimentos que são fontes de fibras são suficientes para promover
impacto no trânsito intestinal.

Fonte: Nutrição da gestação ao envelhecimento.

Márcia Regina Vitolo

MEDIDAS DE INTERVENÇÃO
 Organizar os horários das refeições para garantir volume alimentar suficiente e, assim
estimular o reflexo gastrocólico.
 Manter o hábito alimentar básico da criança introduzindo pequenas alterações como
obrigações diárias.
 Se a criança não aceita verduras e legumes iniciar pelas frutas ou orientar quanto ao uso
de arroz com cenoura, brócolis, bolinhos com verduras.
 Não utilizar frases do tipo “aumentar o consumo de verduras, legumes e frutas”. Essa
orientação é superficial e não há entendimento da família do que significa esse
“aumento”.
 Estabelecer como regra ou prescrição a quantidade de água, e não líquidos em geral,
que a criança deverá tomar por dia. Se não há consumo algum, o que é mais comum,
iniciar com 2 copos por dia.
 O uso de óleo mineral é indicado para facilitar a liberação das fezes mais endurecidas,
aliviando o desconforto. Deve ser prescrito pelo médico.

99
FIBRA ALIMENTAR
A fibra alimentar atua na prevenção e no tratamento da obesidade, redução do
colesterol sanguíneo, regulação da glicemia após as refeições e, ainda, diminui o risco de
doenças cardiovasculares, diabetes e câncer

(ADA,2002)

Para ser obter a recomendação de ingestão de fibra alimentar ate os 15 anos, soma-
se a idade da criança/adolescente à constante 5 (idade + 5)

(Williams e cols., 1995)

Após os 15 anos, a recomendação é a mesma que para os adultos: 20 a 30g diários


de fibra, sendo 6g de fibra alimentar solúvel (legumes, aveia, leguminosas, furtas cítricas,
maça). As fibras alimentares, especialmente as solúveis ou viscosas, efetivamente diminuem o
colesterol sérico e as concentrações do colesterol LDL, que tem papel central na patogênese da
aterosclerose, podendo contribuir para proteção contra doenças coronarianas (Jenkins e cols.,
2002)

100
ANEXOS

101
102
103
104
105
106
107
108
FICHA DE ATENDIMENTO CRIANÇA/ADOLSCENTE

NOME: DATA: / /
SEXO: ( ) M ( ) F D.N:__/__/___ IDADE: ESTADO CIVIL: ACS DA REGIÃO:
ENDEREÇO: TEL.: ( )
PROFISSÃO: RENDA: MORA COM:
JÁ FEZ ALGUM A CONSULTA COM O NUTRICIONISTA?
ATIVIDADE FISICA? ( ) SIM ( ) NÃO QUAL? DIA/HORARIO:
FUMA? ( ) SIM ( ) NÃO BEBE? ( ) SIM ( ) NÃO COM QUE FREQUÊNCIA?
ALTERAÇÃO DE PESO: ( ) SIM ( ) NÃO QUALIDADE DO SONO: ( ) BOM ( ) REGULAR ( ) RUIM OBS:_________________
FAZ USO DE MEDICAMENTO/SUPLEMENTO? ( ) SIM ( ) NÃO
HISTORICO CLINICO: ( ) DM ( ) HAS ( ) CARDIOPATA ( ) GASTRITE ( ) DISFAGIA ( ) REFLUXO OUTROS ( ) ______________
HISTÓRICO FAMILIAR: ( ) DM ( ) HAS ( ) CARDIOPATA ( ) GASTRITE ( ) DISFAGIA ( ) REFLUXO OUTROS( ) ______________
JÁ FEZ ALGUMA TIPO DE CIRURGIA? ( ) SIM ( ) NÃO HÁ QUANTO TEMPO?
AMAMENTAMENTO EXCLUSIVO ATÉ OS 6 MESES ( ) SIM ( ) NÃO/ATÉ______MESES ( ) NÃO RECEBEU AMAMENTAÇÃO
INTRODUÇÃO ALIMENTAR COM ______ MESES.
ALTERAÇÃO INTESTINAL: ( ) BOM ( ) REGULAR ( ) RUIM FREQUÊNCIA?____________________
ALTERAÇÃO GASTROINTESTINAL: ( ) PIROSE ( ) CONSTIPAÇÃO ( ) DIARRÉIA ( ) DISTENÇÃO ABDOMINAL ( ) NÁUSEAS ( )
OUTROS:________________
COLORAÇÃO DA SUA URINA: ( ) CLARA. ( ) MÉDIA ( ) ESCURA. INGESTA HIDRICA/DIA: ________________________
DOENÇA MEDICAMENTO/SUPLEMENTO FOMAR DE USO TEMPO DE USO

AVALIAÇÃO ANTROPOMETRICA

PESO HABITUAL: PESO IDEAL: ALTURA:


/ / / / / / / / / / / /
PESO ATUAL
IMC/CLASSIFICAÇÃO
PESO/IDADE/CLASSIFICAÇÃO
ALTURA/IDADE/CLASSIFICAÇÃO
PESO/ALTURA/CLASSIFICAÇÃO
IMC/IDADE/CLASSIFICAÇÃO
PRESSÃO ARTERIAL

EXAMES BIOQUIMICOS
/ / / / / / / / / / / /
GLICEMIA TRIGLICERIDEOS
COLESTEROL TOTAL CREATINA
HDL URÉIA
LDL ÁCIDO ÚRICO
VLDL

109
RECORDATÓRIO 24 HORAS

ALIMENTOS HORA/LOCAL

Desjejum

Lanche 1

Almoço

Lanche 2

Jantar

Ceia

Preferência Alimentares: ________________________________________________________


Aversões/Tabus Alimentares: ____________________________________________________
Necessidades Energéticas
/ / / / / / / / / /
VCT recordatório
GET calculado
VCT aplicado
OBSERVAÇÃO:

Estagiário (a): _____________________ Nutricionista: _________________________


110
FICHA DE ATENDIMENTO GESTANTE
NOME: DATA: / /
SEXO: ( ) M ( ) F D.N:__/__/___ IDADE: ESTADO CIVIL: ACS DA REGIÃO:
ENDEREÇO: TEL.: ( )
PROFISSÃO: RENDA: MORA COM:
JÁ FEZ ALGUM A CONSULTA COM O NUTRICIONISTA?
ATIVIDADE FISICA? ( ) SIM ( ) NÃO QUAL? DIA/HORARIO:
FUMA? ( ) SIM ( ) NÃO BEBE? ( ) SIM ( ) NÃO COM QUE FREQUÊNCIA?
ALTERAÇÃO DE PESO: ( ) SIM ( ) NÃO QUALIDADE DO SONO: ( ) BOM ( ) REGULAR ( ) RUIM OBS:_________________
FAZ USO DE MEDICAMENTO/SUPLEMENTO? ( ) SIM ( ) NÃO PRÉ- NATAL EM DIA? ( ) SIM ( ) NÃO
HISTORICO CLINICO: ( ) DM ( ) HAS ( ) CARDIOPATA ( ) GASTRITE ( ) DISFAGIA ( ) REFLUXO OUTROS ( ) ______________
HISTÓRICO FAMILIAR: ( ) DM ( ) HAS ( ) CARDIOPATA ( ) GASTRITE ( ) DISFAGIA ( ) REFLUXO OUTROS( ) ______________
JÁ FEZ ALGUMA TIPO DE CIRURGIA? ( ) SIM ( ) NÃO HÁ QUANTO TEMPO?
ALTERAÇÃO INTESTINAL: ( ) BOM ( ) REGULAR ( ) RUIM FREQUÊNCIA?____________________
ALTERAÇÃO GASTROINTESTINAL: ( ) PIROSE ( ) CONSTIPAÇÃO ( ) DIARRÉIA ( ) DISTENÇÃO ABDOMINAL ( ) NÁUSEAS ( )
OUTROS:________________
COLORAÇÃO DA SUA URINA: ( ) CLARA. ( ) MÉDIA ( ) ESCURA. INGESTA HIDRICA/DIA: ________________________
DOENÇA MEDICAMENTO/SUPLEMENTO FOMAR DE USO TEMPO DE USO

AVALIAÇÃO ANTROPOMETRICA

DPP: / / PESO PRÉ-GESTACIONAL: ALTURA: IMC/CLASSIFICAÇÃO:


/ / / / / / / / / / / /
PESO ATUAL
GANHO PONDERAL EM
RELAÇÃO AO PESO PRÉ-
GESTACIONAL (Kg)
IMC ATUAL/CLASSIFICAÇÃO
D.U.M
IDADE GESTACIONAL
PRESSÃO ARTERIAL
EDEMAS

EXAMES BIOQUIMICOS
/ / / / / / / / / / / /
GLICEMIA TRIGLICERIDEOS
COLESTEROL TOTAL CREATINA
HDL URÉIA
LDL ÁCIDO ÚRICO
VLDL HEMOGLOBINA

111
ENTREVISTA PARA INVESTIGAÇÃO DE PICAMALÁCIA
1 – Tem vontade de ingerir substâncias ou combinações de alimentos estranhos durante a
gestação? Quais?
2 – O que sente é vontade ou desejo de ingerir tais substâncias?
3 – Quando sente vontade de ingerir a substância, realmente ingere? Qual a frequência e
quantidade?
4 – Esse comportamento já ocorreu em outras gestações ou em períodos de amamentação
anteriores ou mesmo fora da gestação? Quando?
5 – Você sabe o motivo desta vontade ou desejo?
RECORDATÓRIO 24 HORAS
ALIMENTOS HORA/LOCAL

Desjejum

Lanche 1

Almoço

Lanche 2

Jantar

Ceia

Preferência Alimentares: ________________________________________________________


Aversões/Tabus Alimentares: ____________________________________________________
Necessidades Energéticas / / / / / / / / / /
VCT recordatório
GET calculado
VCT aplicado
OBSERVAÇÃO:

Estagiário (a): _____________________ Nutricionista: _________________________


112
FICHA DE ATENDIMENTO IDOSO/ADULTO
NOME: DATA: / /
SEXO: ( ) M ( ) F D.N:__/__/___ IDADE: ESTADO CIVIL: ACS DA REGIÃO:
ENDEREÇO: TEL.: ( )
PROFISSÃO: RENDA: MORA COM:
JÁ FEZ ALGUM A CONSULTA COM O NUTRICIONISTA?
ATIVIDADE FISICA? ( ) SIM ( ) NÃO QUAL? DIA/HORARIO:
FUMA? ( ) SIM ( ) NÃO BEBE? ( ) SIM ( ) NÃO COM QUE FREQUÊNCIA?
ALTERAÇÃO DE PESO: ( ) SIM ( ) NÃO QUALIDADE DO SONO: ( ) BOM ( ) REGULAR ( ) RUIM OBS:_________________
FAZ USO DE MEDICAMENTO/SUPLEMENTO? ( ) SIM ( ) NÃO
HISTORICO CLINICO: ( ) DM ( ) HAS ( ) CARDIOPATA ( ) GASTRITE ( ) DISFAGIA ( ) REFLUXO OUTROS ( ) ______________
HISTÓRICO FAMILIAR: ( ) DM ( ) HAS ( ) CARDIOPATA ( ) GASTRITE ( ) DISFAGIA ( ) REFLUXO OUTROS( ) ______________
JÁ FEZ ALGUMA TIPO DE CIRURGIA? ( ) SIM ( ) NÃO HÁ QUANTO TEMPO?
ALTERAÇÃO INTESTINAL: ( ) BOM ( ) REGULAR ( ) RUIM FREQUÊNCIA?____________________
ALTERAÇÃO GASTROINTESTINAL: ( ) PIROSE ( ) CONSTIPAÇÃO ( ) DIARRÉIA ( ) DISTENÇÃO ABDOMINAL ( ) NÁUSEAS ( )
OUTROS:________________
COLORAÇÃO DA SUA URINA: ( ) CLARA. ( ) MÉDIA ( ) ESCURA. INGESTA HIDRICA/DIA: ________________________
DOENÇA MEDICAMENTO/SUPLEMENTO FOMAR DE USO TEMPO DE USO

AVALIAÇÃO ANTROPOMETRICA

PESO HABITUAL: PESO IDEAL: ALTURA:


/ / / / / / / / / / / /
PESO ATUAL
IMC/CLASSIFICAÇÃO
C. CINTURA
C. QUADRIL
RCQ
C. BRAÇO
ALTURA JOELHO
HEMENVERGADURA
CB

EXAMES BIOQUIMICOS
/ / / / / / / / / / / /
GLICEMIA TRIGLICERIDEOS
COLESTEROL TOTAL CREATINA
HDL URÉIA
LDL ÁCIDO ÚRICO
VLDL

113
RECORDATÓRIO 24 HORAS

ALIMENTOS HORA/LOCAL

Desjejum

Lanche 1

Almoço

Lanche 2

Jantar

Ceia

Preferência Alimentares: ________________________________________________________


Aversões/Tabus Alimentares: ____________________________________________________
Necessidades Energéticas / / / / / / / / / /
VCT recordatório
GET calculado
VCT aplicado
OBSERVAÇÃO:

Estagiário (a): _____________________ Nutricionista: _________________________


114
CARDÁPIO PLANEJADO
PACIENTE: __________________________________________________ IDADE: _______ DATA: ____/____/______
PESO: _________ ALTURA: ___________ IMC: ____________ Circ. Cintura: ____________
DIAGNÓSTICO: _________________________________________________________ DATA RETORNO: ____/____/____

OBJETIVO DA DIETA: _______________________________________________________ CALORIAS: __________________

CARDÁPIO
CAFÉ DA MANHÃ
Horário Preparação Ingredientes Medida Caseira

LANCHE MANHÃ
Horário Preparação Ingredientes Medida Caseira

ALMOÇO
Horário Preparação Ingredientes Medida Caseira

LANCHE DA TARDE
115
Horário Preparação Ingredientes Medida Caseira

JANTAR
Horário Preparação Ingredientes Medida Caseira

CEIA
Horário Preparação Ingredientes Medida Caseira

OBSERVAÇÕES:_____________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________

Estagiário (a): _____________________ Nutricionista: _________________________


116

Você também pode gostar