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Universidade Federal do Amazonas – UFAM

Faculdade de Ciências Agrárias – FCA


Curso de Zootecnia
Disciplina: Zoonoses
Prof. Dr. Joel Junior

DOENÇA DE LYME

Discente: Rivaldo Guimarães de Souza - 21854413

Manaus – AM
2022 1
NOMES POPULARES:
➢ Borreliose de Lyme
➢ Doença de Lyme-símile brasileira (variante).

AGENTE ETIOLÓGICO CAUSADOR:


➢ Bactéria Borrelia burgdorferi

➢ Carrapatos do gênero Ixodes (EUA, Ásia, Europa)

➢ Amblyomma cajenenses
➢ Rhipicephalus sanguineus No Brasil
➢ Ripichephalus microplus

Bactéria Borrelia burgdorferi.


Fonte: Bay Area Lyme Fundation.
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HISTÓRICO:

A doença de Lyme foi descoberta em 1975 por Allen C. Steere,


enquanto investigava, na comunidade de Old Lyme, nos Estados Unidos, um
surto de casos de enfermidades que davam origem à lesões na pele,
denominadas eritema migratório (Yoshinari et al., 2010).
Embora já houvesse conhecimento quanto ao quadro clínico e Allen C. Steere
Fonte: Pittwire – Universsity of Pittsburgh
terapêutico da patologia, seu agente etiológico manteve-se incógnito até o ano
de 1982, quando Burgdorfer e colaboradores, detectaram a presença de
espiroquetas no intestino de carrapatos da espécie Ixodes, as quais foram
denominadas Borrelia burgdorferi (Santos, 2010).
A partir de 1980, casos de Doença de Lyme começaram a ser relatados
no Brasil, principalmente nos estados de Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro,
Amazonas e São Paulo (Ataliba et al., 2007; Santos, 2010).
Old Lyme – Connecticut
Fonte: Mapa Google

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EVOLUÇÃO DA
ENFERMIDADE
➢ B. burgdorferi entra na pele no local da picada de carrapato. Depois de 3 a 32
dias, os microrganismos migram localmente na pele ao redor da mordida,
disseminam-se e produzem adenopatia regional, ou disseminam-se pelo sangue
para órgãos ou outros locais de pele.

➢ Fase precoce: O eritema migratório é o primeiro sinal característico e o melhor


indicador clínico da doença de Lyme. Ocorre em pelo menos 75% dos pacientes,
iniciando-se como uma mancha vermelha.

➢ Fase avançada: Em doença de Lyme não tratada, a artrite desenvolve-se em


Eritema migratório
aproximadamente 60% dos pacientes, aparecendo em até 2 anos desde o início Fonte: MSD manual

da doença. Dores nas articulações, inchaço, dormência no corpo, fraqueza nos


membros, movimentos musculares dificultados.
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ESPÉCIES ACOMETIDAS

Diversas espécies podem ser contaminadas com a bactéria, após a picada do carrapato;

➢ Cães (apenas 5% dos animais apresentam algum tipo de sintoma ligada a doença)

➢ Bovinos

➢ Ovinos

➢ Equinos

➢ Roedores

➢ Morcegos

➢ Animais silvestres Eritema em cães Carrapato em contato com pele humana

➢ Humanos

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Sintomas
➢ Os sintomas da doença de Lyme podem variar de acordo com o tempo
que o paciente carrega a doença. Depois de aproximadamente um mês
de infecção, os sintomas mais comuns são;

➢ Lesão avermelhada e inchaço no local da picada;


➢ Febre;
➢ Calafrios;
➢ Fadiga;
➢ Dores no corpo;
➢ Dores de cabeça.

➢ Sintomas que aparecem após semanas ou meses de infecção: Dores


nas articulações, problemas neurológicos como meningite e paralisia
temporária de um lado do rosto, dormência no corpo, fraqueza nos
membros, movimentos musculares dificultados.
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Ciclo de vida Borrelia burgdorferi – Doença de Lyme

Fonte: Dreamstime 7
Formas de transmissão

➢ A doença é transmitida exclusivamente pela picada de


carrapatos.

➢ Não há transmissão pessoa-a-pessoa. Não há


transmissão através do ar, comida, água, ou através
de picadas de mosquitos.

➢ Para que a transmissão aconteça, o carrapato precisa


ficar grudado à pele por pelo menos 24 horas, de
acordo com informações da Sociedade Brasileira de
Reumatologia.

Imagens Reprodução/internet 8
Diagnóstico

Para realizar o diagnóstico da doença de Lyme, o médico pode levar


em consideração as seguintes informações:

✓ Presença de sintomas da doença;


✓ Se você esteve exposto a uma área contaminada com
carrapatos transmissores da doença;
✓ Outras doenças foram descartadas (já que os sintomas são
comuns com outras enfermidades);
✓ Resultados de exames laboratoriais.

Atualmente, existem alguns testes que detectam a presença de


anticorpos para a doença de Lyme no organismo. No entanto, eles
podem demorar semanas para terem um resultado confiável. Por
isso, se você for testado para doença de Lyme logo após o início
dos sintomas, talvez precise repetir o exame para ter um
diagnóstico mais confiável e definitivo.

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Prevenção e Controle
➢ A melhor forma de prevenir a doença de Lyme é ➢ Cheque diariamente o seu corpo, das crianças e
evitar o contato com carrapatos transmissores da dos animais de estimação. Se encontrar algum
carrapato, remova-o de forma delicada para que
bactéria que causa o quadro. Para isso, siga ele saia inteiro;
algumas recomendações:
➢ Realizar o controle de carrapatos na propriedade
e nos animais de produção (uso de
➢ Evitar áreas com potencial risco de contaminação ectoparasiticida, produtos químicos, fazer
manejo de pastejo rotacionado, controle
por carrapatos, como áreas verdes e animais biológico).
portadores de carrapatos;
➢ A principal forma de tratamento é a utilização de
antibióticos por via oral, por até 14 dias. No caso
➢ Usar repelentes eficazes contra carrapatos;
do agravamento dos sintomas ou ainda na
presença de sintomas neurológicos, o médico
➢ Usar equipamentos de EPI (Equipamento de
pode recomendar a utilização de antibióticos
Proteção Individual) sempre que for em locais com
intravenosos, aplicados em ambiente hospitalar.
risco de contaminação.

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Notificação

➢ Por se tratar de uma doença rara em território


brasileiro, caracteriza-se como agravo inusitado,
sendo, portanto de notificação compulsória e
investigação obrigatória. No momento não se tem
vigilância especifica para doença de Lyme,
considerando estes aspectos, e proximidade com
diagnóstico febre maculosa, a vigilância
epidemiológica tem como objetivo a detecção de
focos através da investigação de casos suspeitos
ou confirmados, visando tratamento para redução
de danos e o desencadeamento de medidas de
controle.

Imagens Reprodução/internet 11
Referências

➢ ATALIBA, Alexandre C. et al. Isolation and molecular characterization of a Brazilian strain of


Borrelia anserina, the agent of fowl spirochaetosis. Research in veterinary science, v. 83, n. 2, p.
145-149, 2007.

➢ Manual MSD. Doença de Lyme. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa>. 2020.

➢ Pfizer. Disponível em: <https://www.pfizer.com.br/noticias/ultimas-noticias/doenca-de-lyme>. 2022.

➢ SANTOS, Mônica et al. Borreliose de Lyme. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 85, p. 930-938,
2010.

➢ Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). Doença de Lyme. Disponível em:


<https://www.reumatologia.org.br>.

➢ YOSHINARI, Natalino Hajime et al. Doença de lyme-símile brasileira ou síndrome baggioyoshinari:


zoonose exótica e emergente transmitida por carrapatos. Revista da Associação Médica Brasileira,
v. 56, n. 3, p. 363-369, 2010.

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Obrigad !

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