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FACULDADE KENNEDY DE MINAS GERAIS

MEDICINA VETERINÁRIA

SANDRA CALDEIRAS, VANESSA DE FÁTIMA, LUIZ GUILHERME,


DAVI FERREIRA, MIGUEL KRAUTZ, GISLENE RIBEIRO, ANA
CAROLINA

Raiva Humana

BELO HORIZONTE
2022
SANDRA CALDEIRAS, VANESSA DE FÁTIMA, LUIZ GUILHERME,
DAVI FERREIRA, MIGUEL KRAUTZ, GISLENE RIBEIRO, ANA
CAROLINA

Raiva Humana

Trabalho de graduação em Medicina Veterinária pela


Faculdade Kennedy de Minas Gerais – FKMG
Orientador: Lorena Cristina

BELO HORIZONTE
2022
INTRODUÇÃO

A presente pesquisa tem como foco principal falar da Raiva Humana


ou Hidrofobia. Esta, é uma doença infecciosa viral aguda, que acomete
mamíferos, inclusive o homem, caracterizada como uma encefalite
progressiva e aguda com letalidade próxima à 100%, uma vez que poucos
casos no mundo houveram estatísticas de sobrevida. É uma doença
causada pelo Vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae.

OBJETIVO

O Objetivo desse trabalho é retratar características sobre a doença,


como suas formas de transmissão, seu comportamento dentro da
pessoa/animal infectado e entregar dicas de como agir em casos de mordida
ou arranhão por um animal com suspeita de infecção.

A metodologia utilizada foram pesquisas bibliográficas realizadas em


páginas como a do Ministério da Saúde e vídeos que retratavam casos de
Hidrofobia em jovens.
Como é transmitida?
A raiva é transmitida pela saliva de animais infectados. A
transmissão ocorre, principalmente, por causa das mordidas dos
animais, mas podem acontecer em caso de arranhões ou até lambidas.
O período de incubação do vírus varia entre as espécies.
Esse período está relacionado à localização, extensão e
profundidade da ferida ou tipo de contato. Em cães e gatos, a eliminação
de vírus pela saliva ocorre de dois a cinco dias antes do aparecimento
de sinais clínicos. A morte do animal acontece entre cinco e sete dias
após a apresentação dos sintomas.

 No ciclo urbano, a principal fonte de infecção é o cão e o gato;


 No Brasil, o morcego é o principal responsável pela manutenção
da cadeia silvestre;

 Outros reservatórios são: raposa, coiote, chacal, gato do mato,


jaritaca, guaxinim, mangustos e macacos;

 Na zona rural, a doença afeta animais de produção como bovinos,


equinos e outros. Desconhecido

Diagnostico da raiva

A raiva é uma doença quase sempre fatal, para a qual a melhor


medida de prevenção é a vacinação pré ou pós exposição. Quando a
profilaxia antirrábica não ocorre e a doença se instala, pode-se utilizar
um protocolo de tratamento da raiva humana, baseado na indução de
coma profundo, uso de antivirais e outros medicamentos específicos.

Os sintomas da raiva podem ser confundidos com outras doenças


numa primeira avaliação. Entretanto, a confirmação laboratorial pode ser
feita pelo método de imunofluorescência direta, em impressão de
córnea, raspado de mucosa lingual ou por biópsia de pele da região
cervical.

Período de incubação
É extremamente variável, desde dias até anos, com uma média
de 45 dias no homem e de 10 dias a 2 meses no cão. Em crianças,
existe tendência para um período de incubação menor que no indivíduo
adulto. O período de incubação está diretamente ligado a:

 Localização, extensão e profundidade da mordedura,


arranhadura, lambedura ou contato com a saliva de animais infectados:
 Distância entre o local do ferimento, o cérebro e troncos
nervosos;
 Concentração de partículas virais inoculadas e cepa viral.

Quais os sintomas da raiva?


Os sintomas da raiva podem não aparecer na hora. O mais
comum é demorar entre um a três meses, mas não é uma regras, em
algumas pessoas os sintomas podem se manifestar em até um ano.
Logo após a infecção a maioria das pessoas apresentam sintomas, que
são:

 Alterações de comportamento – confusão mental,


desorientação, agressividade, alucinações
 Espasmos ao sentir água ou vento - hidrofobia
 Mal-estar geral
 Aumento de temperatura
 Náuseas
 Dor de garganta
O período de evolução do quadro clínico é, em geral, de dois a
sete dias.

Tratamento
A raiva é uma doença quase sempre fatal, para a qual a melhor
medida de prevenção é a vacinação pré ou pós exposição. Quando a
profilaxia antirrábica não ocorre e a doença se instala, pode-se utilizar
um protocolo de tratamento da raiva humana, baseado na indução de
coma profundo, uso de antivirais e outros medicamentos específicos.

 Profilaxia antirrábica humana

O Ministério da Saúde adquire e distribui às Secretarias Estaduais


de Saúde os imunobiológicos necessários para a profilaxia da raiva
humana no Brasil: vacina antirrábica humana de cultivo celular, soro
antirrábico humano e imunoglobulina antirrábica humana. Atualmente se
recomenda duas possíveis medidas de profilaxia antirrábica humana: a
pré-exposição e a pós-exposição, após avaliação profissional e se
necessário.

 Profilaxia Pré-Exposição

A profilaxia pré-exposição deve ser indicada para pessoas com


risco de exposição permanente ao vírus da raiva, durante atividades
ocupacionais exercidas por profissionais como:

 Médicos Veterinários; biólogos; profissionais de


laboratório de virologia e anatomopatologia para raiva; estudantes
de Medicina Veterinária, zootecnia, biologia, agronomia,
agrotécnica e áreas afins;
 Pessoas que atuam na captura, contenção, manejo,
coleta de amostras, vacinação, pesquisas, investigações
ecopidemiológicas, identificação e classificação de mamíferos: os
domésticos (cão e gato) e/ou de produção (bovídeos, equídeos,
caprinos, ovinos e suínos), animais silvestres de vida livre ou de
cativeiro, inclusive funcionário de zoológicos;
 Espeleólogos, guias de ecoturismo, pescadores e
outros profissionais que trabalham em áreas de risco.

Profilaxia Pós-Exposição

Em caso de possível exposição ao vírus da raiva, é imprescindível


a limpeza do ferimento com água corrente abundante e sabão ou outro
detergente, pois essa conduta diminui, comprovadamente, o risco de
infecção. É preciso que seja realizada o mais rápido possível após a
agressão e repetida na unidade de saúde, independentemente do tempo
transcorrido.

A limpeza deve ser cuidadosa, visando eliminar as sujidades sem


agravar o ferimento, e, em seguida, devem ser utilizados antissépticos
como o polivinilpirrolidona-iodo, povidine e digluconato de clorexidina ou
álcool-iodado.
Essas substâncias deverão ser utilizadas somente na primeira consulta.
Nas seguintes, devem-se realizar cuidados gerais orientados pelo
profissional de saúde, de acordo com a avaliação da lesão.

Deve-se fazer anamnese completa, utilizando-se a Ficha de


Atendimento Antirrábico Humano (Sinan), visando à indicação correta da
profilaxia da raiva humana.

Formas de prevenção

Existem algumas formas de prevenir a raiva. Uma delas é a


vacina antirrábica. Outras formas são:

 Vacinação dos animais de estimação


 Evitar contato com animais que você não conhece
 Nunca tocar em animais silvestres
 Prevenir que morcegos entrem nas casas
Caso tenha sido atacado por algum animal, o paciente precisa
limpar o ferimento com água corrente e sabão e precisa procurar
atendimento médico o mais rápido possível.

Quem deve tomar a vacina antirrábica como forma de


prevenção?

 Médicos veterinários
 Biólogos
 Profissionais de laboratório de virologia
 Estudantes de Medicina Veterinária, zootecnia, biologia,
agronomia, agrotécnica
 Pessoas que atuam na captura e estudo de animais com
suspeita de raiva
 Pessoas que trabalham com animais silvestres (inclusive
funcionários de zoológicos)
 Pessoas que vão viajar para lugares de risco

Epidemiologia

Segundo uma revisão recente, entre os anos 2000 e 2017,


ocorreram 188 casos de raiva humana no Brasil, sendo a maioria em
homens (66,5%) e em moradores de áreas rurais (67%). Embora as
idades tenham variado de 1 a 82 anos, o grupo mais afetado foi o de
menos de 15 anos de idade (49,6%).

A raiva é uma antropozoonose transmitida ao homem pela


inoculação do vírus rábico contido na saliva do animal infectado,
principalmente através da mordedura. Apesar de ser conhecida desde a
antiguidade, continua sendo problema de saúde pública nos países em
desenvolvimento, principalmente a transmitida por cães e gatos, em
áreas urbanas, mantendo-se a cadeia de transmissão animal
doméstico/homem.
Esta doença ocorre em todos os continentes, com exceção da
Oceania. Alguns países das Américas (Uruguai, Barbados, Jamaica e
Ilhas do Caribe), da Europa (Portugal, Espanha, Irlanda, Grã-Bretanha,
Países Baixos e Bulgária) e da Ásia (Japão) encontram-se livres da
infecção no seu ciclo urbano. Entretanto, alguns países da Europa
(França, Inglaterra) e da América do Norte (EUA e Canadá) ainda
enfrentam problemas quanto ao ciclo silvestre da doença.

A raiva apresenta dois ciclos básicos de transmissão: o urbano,


que ocorre principalmente entre cães e gatos e é de grande importância
nos países do terceiro mundo, e o silvestre, que ocorre principalmente
entre morcegos, macacos e raposas. Na zona rural, a doença afeta
animais de produção como bovinos, equinos e outros.

Protocolo do ministério da saúde de raiva humana


Referencias

https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Raiva#:~:text=A%20raiva
%20%C3%A9%20uma%20doen%C3%A7a,g%C3%AAnero%20Lyssavirus%2C
%20da%20fam%C3%ADlia%20Rabhdoviridae.
Nota Técnica nº 05/2022 DVVZI/CVIA/DAV
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/raiva-humana-hidrofobia/

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