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Trabalho de Biologia (Base Comum)

Cinco viroses que afetam gravemente a humanidade:


Transmissão, tratamento e prevenção

Colégio Militar de Belém


Aluno: Rodrigues Noronha Nº: 109
Professora: Tenente Elmyra
Turma: 204 Data: 18/02/2022
Dengue

Transmissão

A dengue é transmitida por vírus RNA pertencente ao gênero Flavivirus e à família Flaviviridae e
possui 4 sorótipos antigênicos distintos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. A partícula viral tem
formato icosaédrico e é coberta por um envelope lipídico. Como se trata de um arbovírus, tem como
vetor um artrópode, o mosquito de origem africana Aedes Aegypti, de hábitos diurnos e hematófago
(apenas as fêmeas, os machos se alimentam exclusivamente de frutas) que tem preferência por
ambientes urbanos. Prolifera-se através da postura dos ovos em ambiente próximo à água parada,
atingindo-a quando seu nível sobe. É esse local onde são originadas as larvas após a eclosão. Se não
estiver no local propício, sobrevive por até um ano, onde aguarda as condições favoráveis. Após dez
dias do início da fase larval, o mosquito se torna adulto. Em média, cada mosquito vive
aproximadamente 30 dias, período no qual a fêmea põe entre 150 e 200 ovos. O Aedes Albopictus
também é transmissor potencial do vírus da dengue, porém, não há comprovação de que já tenha
transmitido a doença no Brasil.

Ao se alimentar do sangue da pessoa contaminada que esteja na fase de viremia, o mosquito


adquire o vírus, o qual passa a se localizar nas glândulas salivares do inseto. Ele passa então a ser
infectante pelo resto de sua vida, realizando a transmissão viral ao inocular sua saliva no instante em
que pica uma pessoa sadia. Além disso, ocorre também a disseminação transovariana do vírus para a
sua prole, dando origem a novos artrópodes infectados. Após a inoculação do microorganismo no
ser humano, ocorre a sua entrada nas células, onde ocorre a sua replicação. Em seguida, dá-se início
à fase da viremia, definida como a condição em que presença do vírus na corrente sanguínea do
indivíduo, a qual posteriormente leva à sua distribuição por todo o organismo.

Imagem microscópico de célula de mosquito infectada com Aedes Aegypti, principal transmissor da dengue

partículas virais da dengue (indicadas pelas setas)


Tratamento
O Ministério da Saúde propõe que os pacientes com suspeita de dengue sejam divididos em quatro
grupos (A, B, C e D) de acordo com os resultados da anamnese e do exame físico, com cada um deles
tendo uma conduta adequada para ser adotada como tratamento. No grupo A, estão os pacientes
que testaram negativo na prova do laço, que não apresentaram manifestações hemorrágicas
espontâneas e sem sinais de alarme. Para esses, é recomendada hidratação oral de 60 a 80ml/kg ao
dia, sendo 1/3 com soro de rehidratação oral e o restante, com água, chás, sucos de frutas, etc.,
além do combate aos sintomas por meio de medicamentos, tais como analgésicos e antitérmicos. O
indivíduo deve passar por reavaliação logo após o fim da febre ou assim que apareçam sinais de
alarme. Já no grupo B, estão aqueles que possuem prova de laço positiva ou manifestações
hemorrágicas espontâneas. Se, após realização de hemograma, for constatado aumento do
hematócrito em até 10%, deve ser feita hidratação oral de 80ml/kg ao dia e administração de
medicamentos sintomáticos. Deverá ser feita a reavaliação em 24 horas ou caso surjam sinais de
alarme. Caso o hematócrito esteja normal, o tratamento deve ser igual ao de um paciente
pertencente ao grupo A.
Os pertencentes ao grupo C são aqueles em que há sinal de alarme, devendo receber o mais rápido
possível hidratação endovenosa com 25ml/kg de solução fisiológica ou ringer lactato em 4 horas. Se
houver uma posterior melhora, se dá início à fase de manutenção. Caso não haja boa resposta,
repete-se o procedimento inicial, o que pode ser feito até três vezes. Não ocorrendo o resultado
esperado, o paciente deverá ser tratado como os do grupo D. Essa última categoria inclui aqueles
que apresentam pressão arterial convergente, hipotensão arterial ou choque. Inicia-se o tratamento
com hidratação parenteral, podendo ser repetida por até três vezes. Havendo melhora clínica, o
paciente deve ser tratado como os do grupo C. Não ocorrendo a resposta adequada, deve-se avaliar
a hemoconcentração: se o hematócrito estiver em ascensão e choque, utiliza-se expansores
plasmáticos; se estiver em queda e choque, investigam-se hemorragias (transfundindo-se
concentrado de hemácias, se necessário), coagulopatia de consumo e hiper-hidratação. Sem
melhora no quadro de saúde do paciente, ele deverá ser encaminhado para unidade de terapia
intensiva.
Exame da prova do laço, que permite a averiguar a fragilidade dos
vasos sanguíneos, frequente em infecções por dengue

Prevenção
Embora já hajam vacinas contra a dengue em avançado
estágio de desenvolvimento, como a produzida pelo
Instituto Butantan, que já está na reta final dos estudos
clínicos; ainda não há nenhuma disponível para
imunizar a população, fazendo que o melhor método de prevenção seja o controle do vetor do vírus,
o mosquito Aedes Aegypti. Um dos meios mais eficazes para tal é não permitir o acúmulo de água
parada, já que é o ambiente essencial para a sua reprodução. Além disso, convém a utilização de
repelentes, de roupas claras, de telas em portas e janelas e de mosquiteiros.
Evitar o acúmulo de água parada é uma medida muito importante no
combate à dengue

Raiva
Transmissão
A raiva é uma transmitida por um vírus pertencente à família Rhabdiviridae e ao gênero Lyssavirus.
Ele é formado por um nucleocapsídeo helicoidal envelopado por uma bicamada lipo-proteica. O
genoma viral possui uma molécula linear de ácido ribonucleico fita simples. É muita sensível a
agentes externos, como detergentes, luz ultra-violeta e calor (é inativado em uma temperatura de
60° C), e permanece infectante por alguns dias a 4° C. Possui quatro ciclos: urbano, rural, silvestre e
silvestre aéreo, sendo que o urbano se caracteriza pela presença viral em animais domésticos, como
cães e gatos, forma essa de transmissão que é a mais comum em países em desenvolvimento.
A infecção se dá pela introdução do vírus na pele ou nas membranas mucosas. Após isso, o músculo
estriado esquelético próximo à área da inoculação é replicado, o que se segue pela exposição do
sistema nervoso periférico ao vírus, que nele adentra. Nesse momento, o microorganismo passa a se
disseminar pelos nervos periféricos em direção ao sistema nervoso central, sendo que, nos cornos
anteriores da medula espinhal ou na raiz dos gânglios dorsais, pode ocorrer uma nova replicação do
vírus. Ao chegar no seu destino, dá-se início à multiplicação viral, preferencialmente no hipocampo,
tálamo, hipotálamo, tronco cerebral, medula e cerebelo. Em seguida, o vírus se propaga pelos
nervos periféricos e autônomos, chegando à medula adrenal, aos rins, aos pulmões, fígado,
músculos esqueléticos, pele, coração e no local com maior concentração do microrganismo depois
do sistema nervoso central, as glândulas salivares.

Vírus da raiva visto em microscópio

Tratamento
Atualmente, não existe um tratamento específico para a raiva, embora já houve dois casos em que a
abordagem terapêutica, que consiste em medidas de suporte clínico (correção dos distúrbios
hidroeletrolíticos, arritmias cardíacas, hipotensão arterial sistêmica, etc.), já conseguiu a cura do
paciente infectado, sendo um desses casos brasileiros. A partir dele, foi elaborado um protocolo de
tratamento para raiva humana. Seguindo-o, temos que o paciente deve ser isolado em recebido em
uma unidade de tratamento intensivo. Deve ser providenciado acesso venoso central, cateterização
vesical de demora e cateterização nasoenteral. Aconselha-se realizar os procedimentos profiláticos
para trombose venosa profunda, hemorragia digestiva alta e úlcera de pressão, sendo o ideal
manter o paciente em estado de normovolenia. A sua dieta deve ser hipercalórica, hiperproteica e
preferencialmente ingerida por via enteral.

Depois de ter sido confirmada laboratorialmente a infecção, deve-se somar a essas práticas a
administração de amantadina e biopterina, ambas por via enteral.
Imagem provisória
Prevenção
Dentre as diversas medidas que contribuem para a prevenção e o combate à raiva, estão,
primeiramente, a vacinação animal, que impede esses indivíduos de contraírem a doença e,
consequentemente, a transmitirem e a captura para controle de mamíferos silvestres. Além disso,
há a medida profilática de pré-exposição, a vacina, recomendada para profissionais que lidam com
animais potencialmente contaminados. Acerca dos procedimentos em uma situação de pós-
exposição, pode–se dizer que o primeiro cuidado a ser tomado é uma limpeza escrupulosa do
ferimento causado pela mordida com água e sabão, seguida da assepsia com álcool iodado, povidine
ou clorexidina. Se o ataque do animal foi nas mãos, no rosto, no pescoço, ocasionou uma lesão
extensa e profunda ou com comprometimento ósseo e/ou articular, deve-se fazer uso de
antimicrobianos profiláticos por causa do risco de infecção secundária. No caso de lambeduras de
pele com lesões superficiais, a lavagem com solução fisiológica é suficiente. Mesmo em situação de
pós-exposição, pode-se também fazer-se uso da vacina, que, por causa da enorme periculosidade da
raiva, não tem grupos para quem não é indicada (sejam grávidas, mulheres lactantes, etc.). Há, por
último, a imunização passiva, que se dá pela infiltração de soro (produzido pela inoculação do vírus
em equinos hiperimunizados) no ferimento.

Tabela apresentado
cuidados profiláticos
relacionados à raiva

Ebola
Transmissão
O ebola é uma
doença causada
por um vírus da família Filoviridae e do gênero Ebolavirus, sendo o que é atualmente designado
como Ebola o Ebolavirus Zaire, por conta do local onde foi primeiramente encontrado. Possui
envelope lipídico e ácido ribonucleico (RNA) de cadeia simples. Ele pode ser transmitido de pessoa
para pessoa quando um indivíduo saudável entra em contato com os fluidos corporais, como sangue
e saliva, de alguém doente e que já apresentou sintomas, mesmo que já esteja morto há algum
tempo. Não parece haver transmissão por água ou ar, tosse ou espirros, porém, pode ser possível
que destes dois venham gotículas que poderão entrar nas mucosas de outra pessoa. Além disso, é
capaz de permanecer em objetos contaminados com fluidos corporais infectados, como peças de
vestuário ou material médico. Outra via de transmissão é através do contato com fluidos de animais
doentes vivos ou mortos, sendo esse considerado como o meio em que ocorreu o primeiro contágio
em humanos. Não há provas de que o ebola pode ser transmitido através de insetos.

Imagem do vírus por microscopia

Tratamento
Apesar de estarem sendo feitas vários estudos em busca de um tratamento para o ebola,
atualmente não há nenhum disponível. As pessoas que contraíram a infecção recebem apenas
medidas de suporte, que consistem fundamentalmente em hidratação do paciente, seja por via oral
ou intravenosa, e administração de eletrólitos, além da manutenção dos níveis de oxigênio e da
pressão arterial, atos esses que, apesar de simples, são muito importantes, já que podem diminuir
grandemente a chance de morte dos infectados. Soma-se à essas práticas o tratamento dos
sintomas manifestados ao longo do tempo. Entre os tratamentos que vêm sendo testados, estão o
uso do fármaco favipiravir (capaz de impedir a replicação de vírus com RNA), do Zmapp (tem como
função inibir as ligações que o vírus estabelece com a célula hospedeira), o qual ainda nos ensaios
pré-clínicos mostrou-se promissor, a utilização de transfusões de plasma convalescente proveniente
de pacientes que conseguiram se curar, conferindo imunidade passiva a quem fosse assim tratado
pelo fato de este líquido ser formado por anticorpos neutralizados; a utilização do TKM-13803, feito
de pequenas sequências de RNA capazes de clivar o que constitui o mcrorganismo, de modo que ele
não consiga se multiplicar. Há também o MIL-77, uma mistura de anticorpos monoclonais
produzidas em células do ovário de hámsteres, o AVI-7537, um oligonucleótido de RNA antisense,
que tem como função impedir a replicação do vírus atacando a VP24. O BCX-4430, análogo da
adenosina (capaz de bloquear a RNA polimerase), que chegou à fase I dos ensaios clínicos. O
antivírico brincidofovir, apesar de relacionado ao combate a vírus com DNA, também foi
considerado como possibilidade para o tratamento do ebola, no entanto, os testes foram
descontinuados devido à falta de doentes após a diminuição da incidência dessa virose.

Fármaco testado no
tratamento do ebola

Prevenção
As principais medidas
de prevenção contra
disseminação dessa
doença são, ao nível individual, as medidas básicas a se ter em caso de proximidade com pessoas
contaminadas, que são, por exemplo, evitar o contato direto com os infectados e com animais, além
de qualquer objeto que pode ter resquícios de fluidos corporais deles; a lavagem frequente das
mãos com produtos como sabão ou substâncias antissépticas, uma boa cocção dos alimentos e ter
uma grande atenção em suas condições de saúde ao longo de 21 dias, período de aparecimento dos
sintomas caso haja doença, após o regresso de viagens a regiões onde há considerável número de
contaminações. No caso de confirmação ou suspeita de ebola em profissionais de saúde, eles devem
ficar em isolamento de pelo menos 2 metros de distância, considerando que têm a missão também
de zelar pela saúde alheia. Acrescenta-se que o uso de máscaras cirúrgicas é importante até mesmo
quando ainda não há certeza sobre a existência de doença. Outra ação importante para prevenir o
contágio é a desinfecção dos ambientes através do uso de etanol a 70% ou a lixívia, com
concentração de 1 ou 10%. Há também uma vacina recentemente aprovada para o ebola, que
produz uma forte resposta contra o vírus.

Vacina contra o ebola

COVID-19
Transmissão

A COVID-19 (coronavirus disease 2019) é uma doença causada pela cepa SARS-CoV-2 (severe acute
respiratory sundrome coronavirus 2, ou síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2) dos
coronavírus, vírus zoonótico da ordem Nidovirales e da família Coronaviridae (grupo viral de
microorganismos que causam infecções respiratórias e assim chamadas pela sua aparência de coroa
na microscopia), envelopado e com RNA. Sua transmissão pode se dar tanto de forma direta (através
de gotículas e de transmissão de pessoa para pessoa) quando indireta (por objetos contaminados ou
de forma aérea). A contaminação direta de um indivíduo a partir de outro, doente, ocorre
principalmente através de gotículas, liberadas ao, por exemplo, tossir, falar ou espirrar. Elas
normalmente não conseguem através mais que uma distância de aproximadamente dois metros e
permanecem no ar por um tempo limitado, apesar de o microrganismo estar nelas intacto e
contagiante e ser capaz de ficar suspenso por até três horas. A contaminação pode ocorrer caso o
vírion entre em contato direto com membranas mucosas, como olhos, nariz ou boca. É válido
destacar que a transmissão a partir de pessoas contaminadas, porém, assintomáticas, pode ocorrer.
Acrescenta-se que, aparentemente, a rota de propagação fecal-oral não é um fator de importância
na disseminação do vírus, que pode haver transmissão vertical e infecção placentária e que ele não é
transmitido por contato sexual. Apesar de não se saber se o SARS-CoV-2 foi primeiramente
transmitido às por animais infectados, há a possibilidade de a contaminação animal-humano ser
factível.
Partículas do coronavírus por microscopia

Tratamento
O tratamento da infecção causada pelo vírus SARS-CoV-2 varia de acordo com a gravidade dos
sintomas manifestados pelo indivíduo. Caso sejam mais leves, como febre, tosse, dor muscular,
fadiga e perda de olfato e paladar, ele pode ser feito no ambiente doméstico. Consiste em repouso,
visando auxiliar o corpo em sua recuperação, e, comumente, o emprego de medicamentos
relacionados ao combate sintomático (antipiréticos, anti-inflamatórios, analgésicos, etc.). Além
disso, pode-se dizer que foram aprovados para uso emergencial dois coquetéis de anticorpos,
podendo eles serem utilizados em casos desde leves até moderados em que não haja necessidade
de suplementação oxigênica. Têm a função de contribuir para uma eliminação mais rápida do vírus,
evitando o agravamento da doença. Em casos mais severos de COVID-19, o tratamento deve ser
feito em ambiente hospitalar, onde o paciente pode ter seus sinais vitais averiguados e avaliados
constantemente. Para as condições mais graves, está autorizado, para uso emergencial o fármaco
antiviral remdesivir e, para adultos em ventilação de suporte, o Baricitinib, além de corticoides, para
diminuir a inflamação causada pela resposta do sistema imunológico ao vírus, e coangulantes,
aplicados com o objetivo de prevenir o surgimento de coágulos. Em situação de grave
comprometimento respiratório, o paciente pode ser transferido a uma unida de terapia intensiva,
onde poderão ser usados certos equipamentos, como o respirador mecânico, e onde haverá uma
observação do seu quadro clínico ainda mais rigorosa.

Paciente em estado grave sendo tratado através de


respirador mecânico

Prevenção
Para se evitar a disseminação do vírus causador
da COVID-19, um dos principais meios é o uso
de máscaras faciais bem ajustadas e cobrindo
nariz e boca, contribuindo para que não haja liberação de gotículas ao ambiente nem chegada delas
vindas de alguém que esteja contaminado. É também importante a higienização frequente das mãos
com, por exemplo, água e sabão ou preparação alcoólica com pelo menos 70% de concentração,
além de se evitar o compartilhamento de objetos e superfícies tocados comumente. Destaca-se
como medida preventiva o isolamento dos que estão infectados para que haja menos risco de
transmissão da doença e o procurar não sair de casa sem que haja um motivo importante para tal.
Semelhante a essas ações é a de manter distanciamento de outras pessoas, evitando estar em meio
a aglomerações, já que assim há menor chance de alguém ser atingindo pelas gotículas
possivelmente contaminadas que são liberadas pelos que estão ao seu redor, pelo motivo de que
elas têm um limite de distância que conseguem percorrer desde seu ponto de origem. Por fim, cita-
se a vacinação, que, embora não garanta total imunização contra o SARS-CoV-2, facilita com que a
doença não seja desenvolvida em sua forma grave.

Vacinas contra a COVID-19

Gripe (influenza)
Transmissão
A gripe é uma doença causada pelo vírus influenza, pertencente à família Othomyxoviridae, sendo de
RNA de fita negativa. Tal grupo viral contém 3 gêneros responsáveis pela gripe, o
Alphainfluenzavirus (influenza A), o Betainfluenzavirus (influenza b), o Gammainfluenzavirus
(influenza C) e o Deltainfluenzavirus (influenza D). As que estão relacionadas à gripe sazonal, a surtos
e epidemias respiratórias são A e B. O vírus é transmitido através do contato direto entre uma
pessoa e outro indivíduo infectado ou indiretamente, através de superfícies ou objetos
contaminados. No modo direto, há a liberação por parte da pessoa doente de gotículas com vírus
influenza ao, por exemplo, falar, espirrar ou tossir. Em seguida, elas chegam até alguém que esteja a
até um metro e meio de distância aproximadamente e, se entrarem em contato com a mucosa
(presente em áreas como olhos, nariz e boca), farão com que esse indivíduo seja infectado. Na
transmissão indireta, a pessoa entra em contato com o vírus, antes presente em algum objeto ou
superfície (em algumas delas o microrganismo consegue permanecer por 24 a 48 horas) e o leva até
a mucosa através do toque nas áreas que ela está. A umidade relativa do ar afeta o quando o vírus
transmitido (quanto menor a umidade, melhormente o vírus é transmitido). Além disso, a
permanência do vírus nas gotículas suspensas no ar está relacionada à temperatura, quanto menor
for, mais tempo permanece.
Vírus influenza visto através de microscópio

Tratamento
Em casos leves, é necessário apenas repouso e ingestão de líquidos para que o doente se recupere
da gripe. Em casos mais graves ou com maior risco de complicações, pode ser prescrito um
medicamento antiviral, como, por exemplo, oseltamivir (o mais usado no Brasil, que necessita de
receita médica e apresenta boa eficácia ao ser aplicado nas primeiras 48 horas a partir do momento
em que os sintomas começam a se manifestar), baloxavir e peramivir. O oseltamivir é um
medicamento oral. Já o zanamvir, é administrado por meio de inalação por um dispositivo próprio
para isso, não devendo ser utilizado por pessoas com algumas condições respiratórias crônicas,
como doenças pulmonares e asma. Acrescenta-se que hidratação usada para casos leves pode ser
feita pelo consumo de água, sucos de frutas e sopas quentes. O repouso é útil para que o sistema
imunológico do doente combata melhor a infecção. Contra as dores, que podem ser causadas pela
gripe, pode ser usado um fármaco analgésico. Exemplos deles são o paracetamol, o acetaminofeno e
o ibuprofeno.

Principal medicamento antiviral usado contra a gripe no Brasil


Prevenção
Dentre os principais métodos disponíveis e funcionais para a prevenção contra a gripe, está a
vacinação, com imunidade de duração de 6 a 12 meses, devendo ser aplicada todos os anos, sendo
que pode ser recebida a partir dos 6 meses de vida. Também pode se citar a cobertura de nariz e
boca ao espirra ou tossir, evitando a propagação de gotículas contaminadas com o vírus da
influenza. Tal medida deve ser feita preferencialmente com o uso de um lenço de papel ou na região
interna do cotovelo, de modo com que se reduzam as chances de contaminação das mãos e, através
delas, das superfícies e objeto tocados. Relaciona-se a isso a higienização frequente desses meios de
propagação viral mencionados, podendo ser feita pela utilização de solução alcoólica ou lavagem
com água e sabão. Destaca-se também o isolamento social como forma de prevenção, já que as
gotículas contendo possivelmente o vírus não conseguem percorrer grandes distâncias. Assim, o
distanciamento de alguns metros de distância a partir de outras pessoas é uma maneira eficaz de se
evitar contaminações.

Vacina contra o vírus influenza

O distanciamento é uma importante medida de prevenção à gripe

Referências Bibliográficas
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 https://www.unicef.org/brazil/prevencao-e-combate-ao-aedes-aegypti
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