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CONTROLE DE INFECÇÃO PROFESSOR CARLOS RODRIGUES

CONTROLE DE INFECÇÃO RELACIONADA A ASSISTÊNCIA À SAÚDE

Flora residente e Flora Transitória

A Microbiota Residente: É constituída por microrganismos de baixa virulência, como estafilococos, corinebactérias e
micrococos, pouco associados às infecções veiculadas pelas mãos. É mais difícil de ser removida pela higienização das
mãos com água e sabão, uma vez que coloniza as camadas mais internas da pele.

A Microbiota Transitória: coloniza a camada mais superficial da pele, o que permite sua remoção mecânica pela
higienização das mãos com água e sabão, sendo eliminada com mais facilidade quando se utiliza uma solução
antisséptica. É representada, tipicamente, pelas bactérias Gramnegativas, como enterobactérias (Ex: Escherichia coli),
bactérias não fermentadoras (Ex: Pseudomonas aeruginosa), além de fungos e vírus.

Classificação de microrganismos infecciosos por grupo de risco

• Classe de risco 1 (baixo risco individual e para a coletividade): inclui os agentes biológicos conhecidos por não
causarem doenças em pessoas ou animais adultos sadios. Exemplo: Lactobacillus sp.

• Classe de risco 2 (moderado risco individual e limitado risco para a comunidade): inclui os agentes biológicos que
provocam infecções no homem ou nos animais, cujo potencial de propagação na comunidade e de disseminação no
meio ambiente é limitado, e para os quais existem medidas terapêuticas e profiláticas eficazes. Exemplo: Schistosoma
mansoni, Acinetobacter baumannii, Chlamydia pneumoniae, C. trachomatis, Klebsiella spp.

• Classe de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comunidade): inclui os agentes biológicos que possuem
capacidade de transmissão por via respiratória e que causam patologias humanas ou animais, potencialmente letais,
para as quais existem usualmente medidas de tratamento e/ou de prevenção. Representam risco se disseminados na
comunidade e no meio ambiente, podendo se propagar de pessoa a pessoa. Exemplo: Bacillus anthracis, SARS-COV2,
Escherichia coli, Clostridium botulinum, Hantavirus, Príons, incluindo agentes de encefalopatias espongiformes;

• Classe de risco 4 (alto risco individual e para a comunidade): inclui os agentes biológicos com grande poder de
transmissibilidade por via respiratória ou de transmissão desconhecida. Até o momento não há nenhuma medida
profilática ou terapêutica eficaz contra infecções ocasionadas por estes. Causam doenças humanas e animais de alta
gravidade, com alta capacidade de disseminação na comunidade e no meio ambiente. Esta classe inclui principalmente
os vírus. Exemplo: Vírus Ebola, Encefalites transmitidas por carrapatos, Herpesvirus do macaco, Varíola do macaco,
Varíola do camelo, Filovirus, incluindo vírus Marburg;

• Classe de risco especial (alto risco de causar doença animal grave e de disseminação no meio ambiente): inclui agentes
biológicos de doença animal não existentes no País e que, embora não sejam obrigatoriamente patógenos de
importância para o homem, podem gerar graves perdas econômicas e/ou na produção de alimentos

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Tipos de Precaução

PRECAUÇÃO PADRÃO

Precaução Padrão: É a mais importante e está designada para o cuidado de todos os pacientes. São planejadas para
qualquer que seja o diagnóstico do paciente, reduzir o risco de transmissão de microrganismos através do sangue e de
outros fluídos corpóreos, secreções e excreções, exceto suor, independentemente de haver sangue visível ou não.

PRECAUÇÃO POR CONTATO

Precaução de Contato: Os microrganismos podem ser transmitidos de uma pessoa a outra através do contato com a
pele ou mucosa. Podemos classificar este modo de transmissão em duas categorias:

• Contato direto: Ocorre quando um microrganismo é transmitido de um paciente a outro, através do contato
direto da pele, sem que haja a participação de um veículo inanimado ou fômite como por exemplo, KPC, Herpes
simples, Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacetr baumanii, Staphylococcus, SARS-COV 2

• Contato indireto: Quando a transmissão ocorre pelo contato da pele e mucosas com superfícies ambientais e
nos artigos e equipamentos de cuidados aos pacientes contaminados por microrganismos, como por exemplo,
Enterococo resistente à vancomicina, SARS-COV 2.

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PRECAUÇÃO RESPIRATÓRIA

• Transmissão por gotículas: Ocorre através do contato próximo com o paciente, por gotículas eliminadas pela fala,
tosse, espirros e realização de procedimentos como a aspiração de secreções. As gotículas de tamanho considerado
grande (>5m), atingem até um metro de distância e rapidamente se depositam no chão. Exemplos: Doença
meningocócica, Gripe, Coqueluche, Difteria, Caxumba e Rubéola, SARS-COV 2.

• Transmissão por aerossóis: Ocorre por partículas eliminadas durante a respiração, fala, tosse ou espirro que quando
ressecados permanecem suspensos no ar, podendo permanecer por horas, atingindo outros ambientes, inclusive áreas
adjacentes, pois podem ser carreadas por correntes de ar. Como exemplos temos: M. tuberculosis, Sarampo e Varicela.

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TIPOS DE INFECÇÃO

Infecção comunitária (IC)

É aquela constatada ou em incubação no ato de admissão do paciente, desde que não relacionada com
internação anterior no mesmo hospital.

São também comunitárias:

• A infecção que está associada com complicação ou extensão da infecção já presente na admissão, a menos
que haja troca de microrganismos com sinais ou sintomas fortemente sugestivos da aquisição de nova infecção;

• A infecção em recém-nascido, cuja aquisição por via transplacentária é conhecida ou foi comprovada e que
tornou-se evidente logo após o nascimento (exemplo: herpes simples, toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose, sífilis
e AIDS);

• As infecções de recém-nascidos associadas com bolsa rota superior a 24 (vinte e quatro) horas.

Infecção hospitalar (IH)

É aquela adquirida após a admissão do paciente e que se manifeste durante a internação ou após a alta, quando puder
ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares.

Obs: quando, na mesma topografia em que foi diagnosticada infecção comunitária, for isolado um germe diferente,
seguido do agravamento das condições clínicas do paciente, o caso deverá ser considerado como infecção hospitalar;

• Quando se desconhecer o período de incubação do microrganismo e não houver evidência clínica e/ou dado
laboratorial de infecção no momento da internação, convenciona-se infecção hospitalar toda manifestação
clínica de infecção que se apresentar a partir de 72 (setenta e duas) horas após a admissão;
• São também convencionadas infecções hospitalares aquelas manifestadas antes de 72 (setenta e duas) horas
da internação, quando associadas a procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticas, realizados durante este
período;
• As infecções no recém-nascido são hospitalares, com exceção das transmitidas de forma transplacentária e
aquelas associadas a bolsa rota superior a 24 (vinte e quatro) horas;
• Os pacientes provenientes de outro hospital que se internam com infecção, são considerados portadores de
infecção hospitalar do hospital de origem infecção. Nestes casos, a Coordenação Estadual/Distrital/Municipal
e/ou o hospital de origem deverão ser informados para computar o episódio como infecção hospitalar naquele
hospital.

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CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS HOSPITALARES

As áreas dos serviços de saúde são classificadas por meio do nível de risco potencial para a transmissão de infecções
que cada local apresenta.
Áreas Críticas

As áreas críticas são aquelas em que há um risco elevado para a transmissão de infecção, onde são realizados
procedimentos arriscados, com a presença ou não de pacientes ou onde há a presença de pacientes imunodeprimidos.
Vale ressaltar que quanto maior nível crítico maior o risco de contaminação.
São exemplos de áreas críticas:
• Centro cirúrgico;
• Centro obstétrico;
• Unidade de terapia intensiva;
• Unidade de diálise;
• Laboratório de análises clínicas;
• Banco de sangue;
• Setor de hemodinâmica;
• Unidade de queimados;
• Unidade de trasplantes;
• Berçário de alto risco;
• Unidade de isolamento;
• Lactário;
• Central de Material Esterilizado;
• Serviço de Nutrição e Dietética;
• Farmácia de Área suja da Lavanderia.

Áreas Semicríticas

As áreas semicríticas envolvem todos os locais onde haja a presença de pacientes com doenças infecciosas de baixa
transmissibilidade e doenças que não são contagiosas. São exemplos de áreas semicríticas:
Enfermarias;
Apartamentos;
Ambulatórios;
Posto de enfermagem;
Banheiros;
Elevador; e
Corredores.

Áreas não críticas

As áreas não críticas são dos os demais locais da Unidade de Saúde não ocupado por pacientes e onde não se faz
procedimentos de risco. São exemplos de áreas não críticas:
Vestiário;
Áreas administrativas;
Copa;
Almoxarifados;
Sala de costura; e
Secretaria.

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Classificação dos artigos hospitalares

Artigos críticos

São aqueles que entram em contato, por penetração através da pele e mucosas, em tecidos subepiteliais e sistema
vascular. Os artigos críticos necessitam de esterilização para que tornem-se seguros nos objetivos aos quais se
propõem.
Exemplos de artigos críticos:
agulhas;
soluções injetáveis;
equipos de solução;
instrumental cirúrgico como pinça, bisturi e tesouras;
espéculos vaginais, nasais e otológicos (metálicos);
aparelho de citoscopia;
endoscópio;
borracha para aspiração;
instrumentais cirúrgicos; e
cateteres intravasculares.

Artigos semicríticos

Os artigos semicríticos são aqueles que entram em contato com a pele não íntegra ou em musosas íntegra. Para o uso
múltiplos desses artigos, é necessário realizar esterilização, desinfecção de médio ou alto nível.

Exemplos de artigos semicríticos:


sonda nasogástrica;
inaladores;
cânula de guedel;
extensores de plástico;
umidificadores de oxigênio;
máscara de ambu;
equipamentos respiratórios; e
equipamentos de anestesia e endoscópios.

Artigos não críticos

Os artigos hospitalares que entram em contato com a pele íntegra do paciente são classificados como não críticos e
para reuso, necessitam apenas de limpeza ou desinfecção de baixo ou médio nível.
Exemplos de artigos não críticos:
estetoscópios;
mesas;
focos;
Estetoscópio;
Esfignomanômetro;
Jarros, bacias e cuba rim
comadres; e
termômetro.
Agora vamos fazer algumas questões sobre classificação dos artigos hospitalares para fixar a matéria e não mais
esquecer.
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Quanto ao seu potencial de contaminação, as cirurgias podem ser classificadas

Cirurgias Limpas - são aquelas realizadas em tecidos estéreis ou


passíveis de descontaminação, na ausência de processo infeccioso e
inflamatório local ou falhas técnicas grosseiras, cirurgias eletivas com
cicatrização de primeira intenção e sem drenagem aberta.

Cirurgias em que não ocorrem penetrações nos tratos digestivo,


respiratório ou urinário; Artoplastia do quadril, cirurgia cardíaca,
herniorrafia de todos os tipos, neurocirurgia, procedimentos
cirúrgicos ortopédicos (eletivos), anasto mose portocava,
esplenorenal e outras, mastoplastia, mastectomia parcial e radical;

Cirurgias Potencialmente Contaminadas: são aquelas realizadas em


tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa ou em
tecidos de difícil descontaminação, na ausência de processo
infeccioso e inflamatório e com falhas técnicas discretas no
transoperatório.

Cirurgias com drenagem aberta enquadram-se nesta categoria.


Ocorre penetração nos tratos digestivo, respiratório ou urinário sem
contaminação significativa. Histerectomia abdominal, cirurgia do
intestino delgado (eletiva), cirurgia das vias biliares sem estase ou
obstrução biliar, cirurgia gástrica e duodenal em pacientes normo ou
hiperclorídricos, feridas traumáticas limpas - ação cirúrgica até dez
horas após traumatismo, colecistectomia + colangiografia, vagotomia
+ operação drenagem, cirurgias cardíacas prolongadas com
circulação extracorpórea;

Contaminadas: são aquelas realizadas em tecidos recentemente


traumatizados e abertos, colonizados por flora bacteriana abundante, cuja
descontaminação seja difícil ou impossível, bem como todas aquelas em
que tenham ocorrido falhas técnicas grosseiras, na ausência de supuração
local. Na presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização de
segunda intenção, ou grande contaminação a partir do tubo digestivo.
Obstrução biliar ou urinária também se incluem nesta categoria.

Cirurgia de cólon, desbridamento de queimaduras, cirurgias das vias


biliares em presença de obstrução biliar, cirurgia intranasal, cirurgia bucal
e dental, fraturas expostas com atendimento após dez horas, feridas
traumáticas com atendimento após dez horas de ocorrido o traumatismo,
cirurgia de orofaringe, cirurgia do megaesôfago avançado, coledocostomia, anastomose bilio-digestiva, cirurgia gástrica
em pacientes hipoclorídicos (câncer, úlcera gástrica), cirurgia d uodenal por obstrução duodenal;

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Cirurgias infectadas: são todas as intervenções cirúrgicas realizadas
em qualquer tecido ou órgão, em presença de processo infeccioso
(supuração local) e/ou tecido necrótico.

Cirurgia do reto e ânus com pus, cirurgia abdominal em presença de


pus e conteúdo de cólon, nefrectomia com infecção, presença de
vísceras perfuradas, colecistectomia par colecistite aguda com
empiema, exploração das vias biliares em colangite supurativa

TIPOS DE LIMPEZA HOSPITALAR

Limpeza Concorrente

É o processo de limpeza diária de todas as áreas críticas, objetivando a manutenção do asseio, o abastecimento e a
reposição dos materiais de consumo diário (sabonete líquido, papel higiênico, papel toalha interfolhado etc.), a coleta
de resíduos de acordo com a sua classificação, higienização molhada dos banheiros, limpeza de pisos, superfícies
horizontais e equipamentos mobiliários, proporcionando ambientes limpos e agradáveis.
Limpeza Terminal

É o procedimento de limpeza e/ou desinfecção, de todas as áreas da Unidade, objetivando a redução da sujidade e,
consequentemente, da população microbiana, reduzindo a possibilidade de contaminação ambiental. É realizada
periodicamente de acordo com a criticidade das áreas (crítica, semicrítica e não crítica), com data, dia da semana e
horário pré-estabelecidos em cronograma mensal. Inclui todas as superfícies e mobiliários. Portanto, é realizada em
todas as superfícies horizontais e verticais, das áreas críticas, semicríticas, não críticas, infraestrutura e área comum.
Frequência que deverá ser realizada a limpeza concorrente

Classificação das áreas Frequência Observação

Áreas Críticas 1x por dia Data e horário pré-estabelecido, e sempre que necessário

Semicrítica 1x por dia Data e horário pré-estabelecido, e sempre que necessário

Não-Crítica 1x por dia ou dias alternados Data e horário pré-estabelecido, e sempre que necessário

Áreas comuns 1x por dia Data e horário pré-estabelecido, e sempre que necessário

Áreas externas 2x por semana Data e horário pré-estabelecido, e sempre que necessário

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Frequência que deverá ser realizada a limpeza terminal

Classificação das áreas Frequência Observação

Áreas Críticas Semanal Data e horário pré-estabelecido, e sempre que necessário

Semicrítica Quinzenal Data e horário pré-estabelecido, e sempre que necessário

Não-Crítica Mensal Data e horário pré-estabelecido, e sempre que necessário

Áreas comuns Mensal Data e horário pré-estabelecido, e sempre que necessário

Áreas externas Semanal Data e horário pré-estabelecido, e sempre que necessário

Equipamento de Proteção Individual - EPI

NORMA REGULAMENTADORA 6 - NR 6: considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou


produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança
e a saúde no trabalho.

• Luvas de cor escura: usadas na limpeza e desinfecção de superfícies onde a sujidade é maior (Exemplos: pisos;
banheiro; rodízios de mobiliários; lixeiras; janelas; tubulações na parte alta).

• Luvas de cor clara: usadas na limpeza e desinfecção de mobiliários (Exemplos: camas, mesas, cadeiras, paredes, portas
e portais, lavatórios/pias).

• Os óculos de proteção devem ser utilizados durante o preparo de diluição não-automática, quando da limpeza de
áreas que estejam localizadas acima do nível da cabeça, e que haja risco de respingos, poeira ou impacto de partículas.
Devem ser lavados e desinfetados após o uso.

• As botas: (material impermeável, com cano alto e de solado antiderrapante) estão recomendadas para a proteção
dos pés e parte das pernas durante atividades com água e produtos químicos e, ainda, para evitar quedas.

• Sapatos: O uso de sapatos é recomendado durante todo o período de trabalho, com exceção nos momentos de
lavação de piso, nos quais deverão ser utilizadas as botas.

• Avental Deve ser utilizado durante a execução de procedimentos que possam provocar contaminação da roupa com
sangue e fluidos corpóreos e produtos químicos ou contaminados.

i. O avental deve ser impermeável, podendo ser usado por cima do uniforme, é recomendado para a realização
de atividades com risco de respingos. Pode ser processado pela lavanderia após realização do procedimento
de limpeza e desinfecção.
ii. Após o uso, deve ser retirado com técnica correta, sem ter contato com a parte externa, e em seguida deve-se
fazer a desinfecção.

• Gorro O gorro deve ser usado em áreas especiais nas quais são exigidas a paramentação completa por parte dos
profissionais da instituição. Para as demais áreas do serviço de saúde, recomenda-se que as profissionais de limpeza e
desinfecção de superfícies mantenham os cabelos presos e arrumados. Para os profissionais do sexo masculino são
imprescindíveis cabelos curtos e barba feita.

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Higienização das Mãos em Serviços de Saúde

A higiene das mãos (HM) é amplamente reconhecida como uma das principais estratégias para a prevenção das
infecções relacionadas à assistência à saúde – IRAS (PRICE et al., 2018). O termo HM engloba a higiene simples, a higiene
antisséptica e a antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos

Ressalta-se que as mãos devem ser higienizadas com o produto apropriado em momentos essenciais e necessários, ou
seja, nos cinco momentos para a higiene das mãos, de acordo com o fluxo de cuidados assistenciais para a prevenção
das IRAS causadas por transmissão cruzada pelas mãos:

As mãos devem ser higienizadas em momentos essenciais e necessários de acordo com o fluxo de cuidados assistenciais
para prevenção de IRAS causadas por transmissão cruzada pelas mãos, seguindo os 5 (cinco) momentos preconizados
para a higienização das mãos (OMS, 2008);

1. Antes de tocar no paciente;


2. Antes de realizar qualquer procedimento limpo/asséptico:
a. Antes de manusear um dispositivo invasivo, independentemente do uso ou não de luvas;
b. Ao se mover de um sítio anatômico contaminado para outro durante o atendimento do mesmo paciente.
3. Após o risco de exposição a fluidos corporais ou excreções:
a. Após contato com fluidos corporais ou excretas, membranas, mucosas, pele não íntegra ou curativo;
b. Ao se mover de um sítio anatômico contaminado para outro durante o atendimento do mesmo paciente;
c. Após remover luvas esterilizadas ou não esterilizadas.
4. Após tocar o paciente:
a. Depois do contato com o paciente;
b. Após remover luvas esterilizadas ou não esterilizadas.
5. Após tocar superfícies próximas ao paciente:
a. Após contato com superfícies e objetos inanimados (incluindo equipamentos
para a saúde) nas proximidades do paciente;
b. Após remover luvas esterilizadas ou não esterilizadas.

AS INDICAÇÕES PARA HIGIENE DAS MÃOS CONTEMPLAM

1. Higienizar as mãos com sabonete líquido e água:

a. Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas de sangue ou outros fluidos corporais ou
após uso do banheiro;
b. Quando a exposição a potenciais patógenos formadores de esporos for fortemente suspeita ou comprovada,
inclusive surtos de Clostridium difficile;
c. Em todas as outras situações, nas quais houver impossibilidade de obter preparação alcoólica;

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2. Higienizar as mãos com preparação alcoólica:

a. Quando as mãos não estiverem visivelmente sujas;


b. Antes e depois de tocar o paciente e após remover luvas não “talcadas.”
c. Antes do manuseio de medicação ou preparação de alimentos.
Os profissionais que estiverem em atendimento pré-hospitalar e/ou domiciliar poderão higienizar as mãos com
preparação alcoólica sempre que houver a impossibilidade de fazêlo com água e sabão em tempo hábil,
devendo proceder à lavagem das mãos assim que possível.
Observação: sabonete líquido e preparação alcoólica para a higiene das mãos não devem ser utilizados
concomitantemente.

1- Descrição da Técnica de Higienização das mãos

1.1 - Higienização simples: com sabonete líquido e água

Finalidade: remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor, a oleosidade
e as células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de microrganismos.
Duração do procedimento: a higienização simples das mãos deve ter duração mínima de 40 a 60 segundos.

1. Retirar todos os adornos;


2. Molhar as mãos com água;
3. Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir toda a
superfície das mãos;
4. Ensaboar as palmas das mãos friccionando-as entre si;
5. Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os
dedos e vice-versa;
6. Entrelaçar os dedos e friccione os espaços interdigitais;
7. Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com movimentos de vai
e-vem e vice-versa;
8. Esfregar o polegar esquerdo com o auxílio da palma da mão direita utilizando-se de
movimento circular e vice-versa;
9. Friccionar as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão esquerda, fazendo movimento circular e
vice-versa;
10. Enxaguar bem as mãos com água;
11. Secar as mãos com papel toalha descartável;
12. No caso de torneiras de fechamento manual, para fechar sempre utilize o papel toalha;
13. Agora as suas mãos estão seguras.

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1.2 - Higienização antisséptica: com antisséptico degermante e água

Finalidade: promover a remoção de sujidades e da microbiota transitória, reduzindo a microbiota residente das mãos,
com auxílio de um antisséptico. É recomendada em casos de precaução de contato para pacientes portadores de
microrganismos multirresistentes ou em casos de surtos.

Duração do procedimento: a higienização antisséptica das mãos deve ter duração mínima de 40 a 60 segundos.

Técnica:

A técnica de higienização antisséptica é igual àquela utilizada para a higienização simples das mãos, substituindo-se o
sabonete líquido comum por um associado a antisséptico, como antisséptico degermante.

1.3 - Fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica

Finalidade: a utilização de preparação alcoólica para higiene das mãos sob as formas gel, espuma e outras (na
concentração final de 70%) tem como finalidade reduzir a carga microbiana das mãos e pode substituir a higienização
com água e sabonete líquido quando as mãos não estiverem visivelmente sujas. A fricção antisséptica das mãos com
preparação alcoólica não realiza remoção de sujidades.

Duração do procedimento: a fricção das mãos com preparação alcoólica antisséptica deve ter duração de, no mínimo,
20 a 30 segundos

Técnica:

1. Retirar todos os adornos;

2. Aplique uma quantidade suficiente de preparação alcoólica em uma mão em forma de concha para cobrir todas as
superfícies das mãos;

3. Friccione as palmas das mãos entre si;

4. Friccione a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os dedos e vice-versa;

5. Friccione a palma das mãos entre si com os dedos entrelaçados;


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6. Friccione o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com movimento vai-e-
vem e vice-versa;

7. Friccione o polegar esquerdo com o auxílio da palma da mão direita, utilizando-se de movimento circular e vice-versa;

8. Friccione as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão esquerda, fazendo um movimento circular
e vice-versa;

9. Quando estiverem secas, suas mãos estarão seguras.

Observação: A fricção antisséptica com preparação alcoólica após o uso de luvas somente deverá ser realizada em caso
de luvas isentas de talco;

1.4 - Antissepsia cirúrgica das mãos

Finalidade: eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de proporcionar efeito
residual na pele do profissional. Deverá ser realizada no pré-operatório, antes de qualquer procedimento cirúrgico
(indicada para toda equipe cirúrgica), antes da realização de procedimentos invasivos. Exemplos: inserção de cateter
intravascular central, punções, drenagens de cavidades, instalação de diálise, pequenas suturas, endoscopias, entre
outros.

Duração do procedimento: a antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos deve durar de 3 a 5 minutos
para a primeira cirurgia e de 2 a 3 minutos para as cirurgias subsequentes.

Técnica:

1. Retirar todos os adornos;

2. Abrir a torneira, molhar as mãos, antebraços e cotovelos;

3. Recolher, com as mãos em concha, o antisséptico e espalhar nas mãos, antebraço e cotovelo. No caso de escova
impregnada com antisséptico, pressione a parte da esponja contra a pele e espalhe por todas as partes. As escovas
devem ser de cerdas macias e utilizadas em leito ungueal, subungueal e espaços interdigitais;

4. Limpar sob as unhas com as cerdas da escova ou com limpador de unhas;

5. Friccionar as mãos, observando espaços interdigitais e antebraço por no mínimo 3 a 5 minutos, mantendo as mãos
acima dos cotovelos;

6. Enxaguar as mãos em água corrente, no sentido das mãos para cotovelos, retirando todo resíduo do produto. Fechar
a torneira com o cotovelo, joelho ou pés, se a torneira não possuir foto sensor;

7. Enxugar as mãos em toalhas ou compressas estéreis, com movimentos compressivos, iniciando pelas mãos e seguindo
pelo antebraço e cotovelo, atentando para utilizar as diferentes dobras da compressa estéril para regiões distintas.

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2 - Cuidados com a pele das mãos

Os seguintes aspectos devem ser levados em consideração para garantir o bom estado da pele das mãos:

1. A fricção das mãos com preparação alcoólica contendo um agente umectante agride menos a pele do que a higiene
com sabonete líquido e água;

2. As luvas com talco podem causar irritação quando utilizadas simultaneamente com produtos alcoólicos;

3. O uso de cremes de proteção para as mãos ajuda a melhorar a condição da pele, desde que sejam compatíveis com
os produtos de higiene das mãos e as luvas utilizadas.

Os seguintes comportamentos devem ser evitados:

1. Utilizar sabonete líquido e água simultaneamente a produtos alcoólicos;

2. Utilizar água quente para lavar mãos com sabonete líquido e água;

3. Calçar luvas com as mãos molhadas, levando a riscos de causar irritação;

4. Higienizar as mãos além das indicações recomendadas;

5. Usar luvas fora das recomendações;

6. Uso coletivo de cremes protetores para as mãos

Os seguintes princípios devem ser seguidos:

1. Enxaguar abundantemente as mãos para remover resíduos de sabonete líquido e sabonete antisséptico;

2. Friccionar as mãos até a completa evaporação da preparação alcoólica;

3. Secar cuidadosamente as mãos após lavar com sabonete líquido e água;

4. Aplicar regularmente um creme protetor para as mãos (uso individual).

Conduta Preventiva

1. Mantenha as unhas naturais, limpas e curtas;

2. Não use unhas postiças quando entrar em contato direto com os pacientes;

3. Evite o uso de esmaltes nas unhas;

4. Não utilizar anéis, relógios, pulseiras e outros adornos quando assistir ao paciente;

5. Aplique creme hidratante nas mãos (uso individual), diariamente, para evitar ressecamento na pele;

6. Os lavatórios/pias devem estar sempre limpos e livres de objetos que possam dificultar o ato de lavar as mãos;

7. O papel toalha deve estar localizado de tal forma que ele não receba respingos de água e sabão;

8. O uso de luvas não altera e nem substitui a higienização das mãos;

9. Junto aos lavatórios e as pias, deve sempre existir recipiente para o acondicionamento do material utilizado na
secagem das mãos. Este recipiente deve ser de fácil limpeza, não sendo necessária a existência de tampa. No caso de
se optar por mantê-lo tampado, o recipiente deverá ter tampa articulada com acionamento de abertura sem utilização
das mãos.

10. O agente antisséptico deve estar disponível em local de fácil acesso e ao alcance das mãos no ambiente da prestação
dos cuidados.

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O desafio para Segurança em cirurgias tem 5 grandes objetivos

1. Lavagem das mãos

2. Uso apropriado e sensato de antimicrobianos

3. Preparação antisséptica da pele

4. Cuidado atraumático da ferida

5. Limpeza, desinfecção e esterilização do instrumental

Checklist para cirurgia segura

Identificação ou Sign in: (antes da indução anestésica)

IDENTIFICAÇÃO

Quando se verifica verbalmente a identidade do paciente, o procedimento e o local da cirurgia, e se o consentimento


para o procedimento foi assinado. O coordenador da lista observa se o lado correto da cirurgia foi sinalizado e confere
se o oxímetro de pulso foi colocado corretamente no paciente e está funcionando. Deve rever verbalmente, com a
equipe de anestesia, se o paciente possui vias aéreas de difícil acesso, risco de perda sanguínea ou de reação alérgica,
de modo a garantir a segurança durante o procedimento anestésico

Confirmação ou Timeout (antes da incisão na pele - pausa cirúrgica)

CONFIRMAÇÃO

Todos os profissionais presentes na sala de operações e que irão participar ativamente do procedimento se apresentam
(nome e função); faz-se a conferência, em voz alta, da identidade do paciente, do procedimento e da parte do corpo
que será operada. Em seguida, o cirurgião, o anestesiologista e o membro da equipe de enfermagem, verbalmente,
revisam os pontos críticos para a cirurgia, fazendo uso do checklist e confirmando o uso profilático de antibióticos nos
últimos 60 minutos; além disso, certificam-se da disponibilidade dos exames de imagem;

Registro ou Sign out (antes do paciente sair da sala cirúrgica)

REGISTRO

Em conjunto com a equipe, o coordenador da lista analisa o procedimento, contam-se as compressas e os instrumentos,
rotulam-se as peças anatômicas ou outras amostras obtidas, checam-se informações sobre quaisquer danos nos
equipamentos, assim como outros problemas a serem resolvidos; finalizam traçando os planos de cuidados em relação
ao pós-operatório, antes do encaminhamento do paciente à sala de recuperação anestésica

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Para a substituição adequada dos dispositivos é fundamental conter a identificação com o NOME DO PROFISSIONAL, DATA e HORA
da inserção/instalação/troca, TIPO e CALIBRE do dispositivo, e DATA e HORA da troca do curativo.

A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS é uma medida das mais importantes na prevenção da infecção relacionada a assistência
à Saúde.

TEMPO DE
DISPOSITIVO/MATERIAL ILUSTRAÇÃO ORIENTAÇÃO
PERMANÊNCIA

Se identificado quadro de infecção, trombose ou


insuficiência vascular, comunicar o médico
Arterial: 5 dias responsável. Remover com indicação clínica. Se
Cateter UMBILICAL for removido, não inserir um novo cateter.
Venoso: 14 dias
Coletar imediatamente a ponta para cultura, se
o médico recomendar.

Trocar antes do período recomendado se


apresentar sujidades ou mau funcionamento.
CIRCUITO DO VENTILADOR
7 dias Somente disponibilizar para outro paciente após
MECÂNICO (respirador)
esterilização feita na Central de Material
Esterilizado.

Na ALTA do paciente, liberar para levar de


COLCHÃO PIRAMIDAL Uso individual sem cortesia. Quando ÓBITO encaminhar à
“caixa de ovo” troca programada lavanderia para incinerar. Nunca lavar.

Até o final de cada Quando este for utilizado para drenagem de


COLETOR aberto graduado plantão ou sempre bolsa coletora de diurese, usar um saco coletor
com cordão (saco plástico) que desprezar o novo para cada paciente.
material coletado

Remover todo o
sistema somente Se houver troca da bolsa por qualquer indicação,
quando ocorrer: a sonda vesical de Foley deverá ser substituída.
obstrução do Não é recomendada a abertura do sistema
cateter ou do tubo durante o uso do cateter. Esvaziar a cada 12
coletor, suspeita ou horas ou quando atingir o limite máximo da
evidência de capacidade de armazenamento.
incrustações na
Coletor urinário tipo BOLSA
superfície interna do
(sistema fechado)
cateter, violação ou
contaminação do
cateter e do
sistema de drenagem,
mau funcionamento
do cateter e febre
sem outra
causa conhecida.

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Para a substituição adequada dos dispositivos é fundamental conter a identificação com o NOME DO PROFISSIONAL, DATA e HORA
da inserção/instalação/troca, TIPO e CALIBRE do dispositivo, e DATA e HORA da troca do curativo.

A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS é uma medida das mais importantes na prevenção da infecção relacionada a assistência
à Saúde.

TEMPO DE
DISPOSITIVO/MATERIAL ILUSTRAÇÃO ORIENTAÇÃO
PERMANÊNCIA

Lavar com água e sabão. Fazer desinfecção


com álcool 70º.

COMADRE A cada uso

Descartar após o uso em cada paciente.


CONECTOR para medicação
Uso individual sem
aerossol em ventilação
troca programada
mecânica

Após o término de cada sessão no paciente,


fazer higienização e guardar até o próximo uso
no mesmo paciente. Descartar o CPAP após
CPAP NASAL ADULTO (em Uso individual sem
suspender o uso em cada paciente.
acrílico) troca programada

Ao término de cada sessão no paciente,


higienizar e guardar até o próximo uso no
mesmo paciente. Enviar à Central de Material
CPAP NASAL ADULTO (em Uso individual sem
Esterilizado após uso em cada paciente
silicone) troca programada

Fazer higienização concorrente conforme


rotina do setor enquanto estiver em uso no
CPAP NASAL NEONATAL / Uso individual sem
mesmo paciente. Descartar após o uso em
PEDIATRIA troca programada
cada paciente.

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Para a substituição adequada dos dispositivos é fundamental conter a identificação com o NOME DO PROFISSIONAL, DATA e HORA
da inserção/instalação/troca, TIPO e CALIBRE do dispositivo, e DATA e HORA da troca do curativo.

A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS é uma medida das mais importantes na prevenção da infecção relacionada a assistência
à Saúde.

TEMPO DE
DISPOSITIVO/MATERIAL ILUSTRAÇÃO ORIENTAÇÃO
PERMANÊNCIA

Ocluir o cateter com gaze estéril e micropore


nas primeiras 24 horas após a inserção, após
Dispositivo cateter venoso este período fazer assepsia e fixar somente
central DUPLO LÚMEN via com filme transparente que deverá ser
subclávia trocado a cada 7 dias ou sempre que
apresentar sujidades, umidade, descolamento
ou reações alérgicas locais. Na presença de
Sem troca sinais flogísticos ou secreção, comunicar o
programada médico responsável. Se houver a remoção,
coletar imediatamente a ponta para cultura,
se o médico recomendar. Remover com
Dispositivo cateter venoso indicação clínica. Quando inserido em
central INTRACATH via situação de emergência, com quebra de
Subclávia técnica asséptica, remover em até 48 horas
após a inserção.

Quando não locado em posição central, há


aumento do risco de complicações, inclusive
flebite. Na presença de sinais flogísticos ou
secreção, comunicar o médico responsável. Se
Dispositivo cateter venoso
Sem troca houver a remoção, coletar imediatamente a
central (PICC - Cateter central
programada ponta para cultura, se o médico recomendar.
de inserção periférica)
O curativo deve ser trocado conforme
Protocolo de PICC da Instituição. É PROIBIDO
reintroduzir as partes exteriorizadas do
cateter após desfazer o campo estéril.

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Para a substituição adequada dos dispositivos é fundamental conter a identificação com o NOME DO PROFISSIONAL, DATA e
HORA da inserção/instalação/troca, TIPO e CALIBRE do dispositivo, e DATA e HORA da troca do curativo.

A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS é uma medida das mais importantes na prevenção da infecção relacionada a assistência
à Saúde.

TEMPO DE
DISPOSITIVO/MATERIAL ILUSTRAÇÃO ORIENTAÇÃO
PERMANÊNCIA

Não utilizado como dispositivo para infusão


continua e permanente.
Dispositivo intravenoso
Uso imediato
periférico ADULTO SCALP

Nas situações em que o acesso periférico é


limitado, a decisão de manter o cateter além
das 72 horas depende da avaliação do local
de inserção, da integridade da pele, da
duração e do tipo da terapia prescrita, e
deve ser documentado nas evoluções do
paciente. Pediatria e Neonatal não há rotina
de troca preestabelecida. Acompanhar o
cateter diariamente e trocar na presença de
sinais flogísticos ou secreção. A mesma
Dispositivo intravenoso
96 horas recomendação poderá ser aplicada a um
periférico ADULTO JELCO
paciente adulto com difícil acesso vascular
periférico (ex: idoso, longo tempo de
internação). Quando inserido em situação
de emergência, com quebra de técnica
asséptica, remover em até 48 horas após a
inserção. A fixação deverá ser feita
preferencialmente com filme transparente,
que deverá ser trocado cada vez que
apresentar sujidades, umidade,
descolamento ou reações alérgicas locais.

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Para a substituição adequada dos dispositivos é fundamental conter a identificação com o NOME DO PROFISSIONAL, DATA e
HORA da inserção/instalação/troca, TIPO e CALIBRE do dispositivo, e DATA e HORA da troca do curativo.

A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS é uma medida das mais importantes na prevenção da infecção relacionada a assistência
à Saúde.

TEMPO DE
DISPOSITIVO/MATERIAL ILUSTRAÇÃO ORIENTAÇÃO
PERMANÊNCIA

Trocar no momento do banho ou sempre


que necessário.

Dispositivo urinário masculino


24 horas
tipo preservativo URIPEN

Há maior risco de contaminação durante a


manipulação.

Equipo com BURETA 24 horas

Neonatal / UTI Adulto: Conforme rotina do


setor.
EQUIPO macrogotas ou
microgotas para infusão 24 horas
INTERMITENTE

Trocar em intervalo menor se apresentar


sujidade, mau funcionamento ou em caso
EQUIPO macrogotas,
de incompatibilidade medicamentosa.
microgotas, dupla via, PVC e
72 horas
torneirinha para infusão
CONTÍNUA

O equipo será fornecido pelo Serviço de


Nutrição e Dietética acompanhando a
Equipo NUTRIÇÃO ENTERAL primeira dieta do dia. Consultar Protocolo
24 horas da EMTN para maiores informações.
para bomba de infusão

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Para a substituição adequada dos dispositivos é fundamental conter a identificação com o NOME DO
PROFISSIONAL, DATA e HORA da inserção/instalação/troca, TIPO e CALIBRE do dispositivo, e DATA e
HORA da troca do curativo.

A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS é uma medida das mais importantes na prevenção da infecção
relacionada a assistência à Saúde.

TEMPO DE
DISPOSITIVO/MATERIAL ILUSTRAÇÃO ORIENTAÇÃO
PERMANÊNCIA

Equipo para bomba de Trocar em intervalo menor se


infusão de apresentar sujidade, mau
MEDICAMENTO NÃO 72 horas funcionamento ou em caso de
LIPÍDICO / incompatibilidade medicamentosa.
SOROTERAPIA

Equipo para PROPOFOL


06 horas
no Centro Cirúrgico -

Infundir emulsões lipídicas em até


12 horas, e NPT/NPP em até 24
horas a partir da instalação.
Equipo para SOLUÇÃO NPT/NPP devem ser infundidas em
LIPÍDICA, HIPERTÔNICA acesso venoso central com via
(Ringer, Glicose acima EXCLUSIVA. HEMODERIVADOS e
A cada troca de
de 10%), NUTRIÇÃO HEMOCOMPONENTES em acesso
bolsa ou frasco
PARENTERAL, venoso periférico EXCLUSIVO. O
HEMODERIVADOS ou sistema não deve ser aberto
HEMOCOMPONENTES durante a infusão. É proibido
administrar ou acrescentar
medicações pelo injetor lateral do
equipo ou da bolsa.

Não é descartável. Fazer


higienização com água e sabão a
ESPAÇADOR
cada 72 horas de uso. Quando
VALVULADO para Uso individual
suspender o uso ou o paciente
medicamentos aerossois sem troca
receber alta, óbito ou transferência,
via inalatória programada
fazer a higienização e devolver à
(bombinha)
Farmácia Central que encaminhará
à Central de Material Esterilizado.

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Para a substituição adequada dos dispositivos é fundamental conter a identificação com o NOME DO PROFISSIONAL, DATA e
HORA da inserção/instalação/troca, TIPO e CALIBRE do dispositivo, e DATA e HORA da troca do curativo.

A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS é uma medida das mais importantes na prevenção da infecção relacionada a assistência
à Saúde.

TEMPO DE
DISPOSITIVO/MATERIAL ILUSTRAÇÃO ORIENTAÇÃO
PERMANÊNCIA

Conforme rotina já
EXTENSOR para infusão estabelecida em cada
intermitente em bomba de setor, podendo ser
-
seringa (ex: antibióticos) utilizado até o
máximo de 72 horas

Trocar antes do tempo recomendado


sempre que apresentar sujidades, umidade,
FILME TRANPARENTE fixador descolamento ou reações alérgicas locais.
7 dias
de cateteres (Curativo) Neonatal / Pediatria: Conforme rotina do
setor.

Trocar antes do tempo recomendado se


apresentar sujidade ou mau funcionamento.
FILTRO HME bactericida para
48 horas
ventilador mecânico

Fazer higienização e encaminhar à Central


de Material Esterilizado após o uso em cada
paciente.
FIO-GUIA de cobre para
Uso individual
intubação

Descartar após o uso em cada paciente.

FIO-GUIA de alumínio
revestido em plástico para Uso único individual
intubação

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Para a substituição adequada dos dispositivos é fundamental conter a identificação com o NOME DO PROFISSIONAL, DATA e
HORA da inserção/instalação/troca, TIPO e CALIBRE do dispositivo, e DATA e HORA da troca do curativo.

A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS é uma medida das mais importantes na prevenção da infecção relacionada a assistência
à Saúde.

TEMPO DE
DISPOSITIVO/MATERIAL ILUSTRAÇÃO ORIENTAÇÃO
PERMANÊNCIA

MÁSCARA VENTURI + Sem troca


Encaminhar à Central de Material
umidificador programada
Esterilizado após o uso em cada paciente.-

Trocar sempre que apresentar sujidades ou


NEBULIZADOR (reservatório, mau funcionamento. Encaminhar à Central
extensão e máscara) de uso Sem troca de Material Esterilizado após o uso em cada
contínuo - comum e programada paciente.
traqueostomia

Após o uso em cada paciente, fazer


higienização e desinfecção de baixo nível.
Geral: A cada uso
NEBULIZADOR (reservatório,
Neonatal / UTI
extensão e máscara) de uso
Adulto: Conforme
intermitente - Inalação
rotina do setor

Higienizar com água e sabão. Fazer


desinfecção com álcool 70º

PAPAGAIO A cada uso

Mensurar e esvaziar o frasco quando


necessário, reutilizando para o mesmo
Sistema coletor fechado para Sem troca paciente, desde que manipulado com
DRENAGEM DE TÓRAX programada técnica asséptica e utilizada solução estéril
para refazer o selo d'água. Descartar todo o
sistema após o uso em cada paciente.

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Para a substituição adequada dos dispositivos é fundamental conter a identificação com o NOME DO PROFISSIONAL, DATA e
HORA da inserção/instalação/troca, TIPO e CALIBRE do dispositivo, e DATA e HORA da troca do curativo.

A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS é uma medida das mais importantes na prevenção da infecção relacionada a assistência
à Saúde.

TEMPO DE
DISPOSITIVO/MATERIAL ILUSTRAÇÃO ORIENTAÇÃO
PERMANÊNCIA

Sonda de ASPIRAÇÃO
Uso único
oronasoendotraqueal Descartar após o uso em cada paciente.

Trocar antes do tempo recomendado se


Sonda de ASPIRAÇÃO apresentar sujidades ou mau
endotraqueal sistema 7 dias funcionamento. Descartar todo o sistema
fechado “TRACH CARE” após o uso em cada paciente.

Sonda ENTERAL

Trocar com indicação clínica ou prescrição


de enfermagem.
Sem troca
programada

Sonda NASOGÁSTRICA

Adulto: Retirar Usar técnica asséptica para a inserção.


imediatamente após
o esvaziamento da
Sonda URETRAL DE ALÍVIO
bexiga Neonatal /
Pediatria: Conforme
rotina do setor.

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HORA da inserção/instalação/troca, TIPO e CALIBRE do dispositivo, e DATA e HORA da troca do curativo.

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à Saúde.

TEMPO DE
DISPOSITIVO/MATERIAL ILUSTRAÇÃO ORIENTAÇÃO
PERMANÊNCIA

Trocar se apresentar obstrução, grande


quantidade de sedimentos e coágulos, ou
indicação clínica. Sempre usar técnica
Sem troca
asséptica para a inserção. A bolsa coletora
Sonda uretral de FOLEY programada
de urina também deve ser trocada junto
(sonda de demora) com Evitar manter cateter
com a sonda, pois não é recomendada a
sistema coletor fechado urinário por tempo
abertura do sistema durante o uso da
desnecessário.
mesma. Realizar higiene íntima duas vezes
ao dia ou sempre que necessário enquanto
estiver com a sonda.

Encaminhar à Central de Material


Esterilizado após o uso em cada paciente.
Tubo EXTENSÃO de LÁTEX ou Sem troca
SILICONE para aspiração programada

Encaminhar à Central de Material


Esterilizado após o uso em cada paciente.
Sem troca
UMIDIFICADOR + EXTENSÃO
programada

Encaminhar à Central de Material


Esterilizado após o uso em cada paciente.

Sem troca
Vidro / Frasco de ASPIRAÇÃO
programada

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Assepsia, antissepsia e Degermação


Assepsia: é o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de microrganismos num
ambiente que logicamente não os tem, logo um ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção.

Antissepsia: é o conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de microrganismos ou removê-


los de um determinado ambiente, podendo ou não destruí-los e para tal fim utilizamos antissépticos ou
desinfetantes.

Degermação: significa a diminuição do número de microrganismos patogênicos ou não, após a escovação da


pele com água e sabão.

LIMPEZA
Remoção de sujidade visível orgânica e inorgânica e por conseguinte de sua carga microbiana

• Iniciar quanto mais cedo – bioburden (carga microbiana). A Limpeza eficiente diminui a carga de
microrganismos em 99,99%, ou seja, reduz quatro logarítimos do bioburden

• Medida aceita internacionalmente é de 106 UFC (Unidade Formadora de Colônia)– para segurança do processo
de esterilização

OBJETIVOS

• Remover sujidades;

• Remover ou reduzir a quantidade de microrganismos;

• Remover resíduos (químicos, orgânicos, endotoxinas - lipopolissacarídeos da parede celular de bactérias gram-
negativas - biofilmes – cj. de células microbianas associadas á superfície)

• Garantir a eficácia do processo de desinfecção e esterilização.

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Limpeza manual

Fricção com escovas e dos uso de soluções de limpeza

Restringir aos artigos delicados, desmontáveis

Preferencial solução enzimática - constituem combinações de detergentes e enzimas


utilizados comumente em instrumentos de difícil acesso e lumens estreitos

Utilizar EPI apropriado: luva grossa de borracha antiderrapante de cano longo, avental,
bota, gorro, protetor facial, máscara e óculos de proteção.

Friccionar artigos sob a água para evitar aerossóis

Limpeza mecânica

• Lavadora Ultra-Sônica: convertem ondas sonoras de ultra-alta frequência em vibrações mecânicas que se
movem na água, criando bolhas microscópicas. Ideal para artigos de conformação complexa

• Lavadora Pasteurizadora: inativação de bactérias patogênicas por meio de calor, Desinfecção de alto nível –
água 75°C por 30 minutos

• Lavadora Termodesinfetadora: limpam e desinfetam, por meio térmico ou químico (detergente é aplicado
sob pressão por meio de bicos ou braços rotativos). Lavam e fazem desinfecção de alto nível – 60 a 95°C

Monitoramento do processo de desinfecção térmica

Indicador químico: 93°C por 10 minutos


DESCONTAMINAÇÃO

* É um procedimento realizado com a intenção de proteger os profissionais que farão a limpeza de superfície ou artigo sujo com
matéria orgânica.

* Processo de tornar qualquer objeto ou região seguros para o contato de pessoas não-protegidas, fazendo inócuos os agentes
químicos ou biológicos, suprimindo ou amortecendo os agentes radiológicos.

Descontaminação Prévia

Procedimento utilizado em artigos contaminados por matéria orgânica (sangue, pus, secreções corpóreas), para destruição de
microrganismos patogênicos na forma vegetativa (não esporulada), antes de iniciar o processo de limpeza. Tem por objetivo proteger
as pessoas que irão proceder à limpeza desses artigos.

Desinfecção
É o processo de eliminação e destruição de microrganismos, patogênicos ou não, em sua forma vegetativa

BAIXO NÍVEL NÍVEL INTERMEDIÁRIO ALTO NÍVEL


processo físico ou químico que Processo físico ou químico que destrói a
destrói microrganismos maioria dos microrganismos de artigos
Elimina as bactérias na forma
patogênicos na forma vegetativa, semicríticos, inclusive micobactérias e
vegetativa, porém não age contra
micobactérias, a maioria dos vírus e fungos, exceto um número elevado de
esporos, vírus não lipídicos e o bacilo
dos fungos, de objetos inanimados e esporos bacterianos;
da tuberculose.
NÍVEIS DE Indicado para MATERIAIS NÃO-
superfícies; Indicado para MATERIAIS semicríticos
Indicado para materiais como ENDOSCÓPIOS
DESINFECÇÃO CRÍTICOS e Superfícies semicríticos como:
Termômetros, estetoscópios, cabo de
Inaloterapia e assistência
laringoscópios, superfícies
ventilatória e artigos
não críticos.
Álcool a 70% - 30 segundos. Hipoclorito de sódio 1% - 30 min
Hipoclorito de sódio (100 ppm de Hipoclorito de sódio (1.000 ppm de Ácido Peracético
cloro disponível) cloro disponível)
Não serão permitidos os princípios ativos de formaldeído, paraformaldeído, glutaraldeído e glioxal nas composições de desinfetantes de nível
intermediário.
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BAIXO NÍVEL NÍVEL INTERMEDIÁRIO ALTO NÍVEL


• Staphylococcus aureus Staphylococcus aureus,
• Salmonella choleraesuis • Salmonella choleraesuis,
• Escherichia coli, • Escherichia coli,
NÍVEIS DE Elimina as bactérias na forma • Pseudomona aeruginosa • Pseudomona aeruginosa,
vegetativa, porém não age contra • Trichophyton mentagrophytes • Trichophyton mentagrophytes,
DESINFECÇÃO esporos, vírus não lipídicos e o bacilo • Candida albicans • Candida albicans,
da tuberculose. • Mycobacterium smegmatis • Mycobacterium smegmatis,
• Mycobacterium bovis (BCG) • Mycobacterium bovis (BCG),
• Mycobacterium massiliense,
• Bacillus subtilis,
• Clostridium sporogenes

Fatores que Interferem na Eficácia da Desinfecção


- Limpeza prévia mal executada

- Tempo de exposição ao germicida insuficiente

- Solução germicida com ação ineficaz

- Temperatura e pH do processo

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CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZADO- RDC-15 de 15/03/2012

Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde

• Na sala de desinfecção química o enxágue dos produtos para saúde deve ser realizado com água que
atenda aos padrões de potabilidade definidos em normatização específica.
• O transporte de produtos para saúde submetidos à desinfecção de alto nível no CME deve ser feito em
embalagem ou recipiente fechado.
• A CME deve adotar as medidas de segurança preconizadas pelo fabricante, em relação ao uso de saneantes.
• Os desinfetantes para artigo semicrítico devem ser utilizados de acordo com os parâmetros definidos no
registro do produto.
• Os parâmetros, inicial e subsequentes, dos desinfetantes para artigo semicrítico, devem ser registrados e
arquivados pelo prazo mínimo de cinco anos

Material crítico entra em contato com vasos sanguíneos ou tecidos livres de microorganismos Ex:
instrumental cirúrgico

ESTERILIZAÇÃO

Material semi-crítico: entra em contato com mucosa ou pele não íntegra. Ex: inaladores, endoscópios,
espéculos

DESINFECÇÃO

• Produtos para saúde classificados como críticos devem ser submetidos ao processo de esterilização, após a
limpeza e demais etapas do processo.
• Produtos para saúde classificados como semicríticos devem ser submetidos, no mínimo, ao processo de
desinfecção de alto nível, após a limpeza.
• Produtos para saúde classificados como não-críticos devem ser submetidos, no mínimo, ao processo de limpeza.
• O processamento de produtos deve seguir um fluxo direcionado sempre da área suja para a área limpa.

• Produtos para saúde semicríticos utilizados na assistência ventilatória, anestesia e


inaloterapia devem ser submetidos à limpeza e, no mínimo, à desinfecção de nível intermediário,
com produtos saneantes em conformidade com a normatização sanitária, ou por processo físico de
termodesinfecção, antes da utilização em outro paciente;

• Produtos para saúde utilizados na assistência ventilatória e inaloterapia, não poderão ser
submetidos à desinfecção por métodos de imersão química líquida com a utilização de saneantes a
base de aldeídos.

O Centro de Material Esterilizado é uma unidade voltada à prestação de serviços, onde é realizado o trabalho de
limpeza, montagem, embalagem, esterilização e armazenamento de materiais necessários ás atividades de assistência,
diagnóstico e tratamento desenvolvidos em uma instituição de saúde.

• O CME Classe I é aquele que realiza o processamento de produtos para a saúde não-críticos, semicríticos e
críticos de conformação não complexa, passíveis de processamento.

OBS: Produto para saúde crítico de conformação complexa: produtos para saúde que possuam lúmem inferior
a cinco milímetros ou com fundo cego, espaços internos inacessíveis para a fricção direta, reentrâncias ou
válvulas

• O CME Classe II é aquele que realiza o processamento de produtos para a saúde não-críticos, semicríticos e
críticos de conformação complexa e não complexa passíveis de processamento.
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• OBS: Produto para saúde de conformação não complexa: produtos para saúde cujas superfícies internas e
externas podem ser atingidas por escovação durante o processo de limpeza e tenham diâmetros superiores a
cinco milímetros nas estruturas tubulares

Responsabilidade pelo CME

• A responsabilidade pelo processamento dos produtos no serviço de saúde é do Responsável Técnico. (Nível
superior com atuação exclusiva no CME classe II durante sua jornada)

• A responsabilidade pelo processamento dos produtos na empresa processadora é do Representante Legal.

CPPS Comitê de Processamento de Produtos para Saúde

Quinhentas cirurgias/mês, excluindo partos;

• I - da diretoria do serviço de saúde;

• II - responsável pelo CME;

• III - do serviço de enfermagem;

• IV - da equipe médica;

• V - da CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar)

Cirurgias Experimentais

No CME e na empresa processadora destinadas à assistência humana é proibido processar produtos para saúde
oriundos de procedimentos realizados em animais, incluindo cirurgias experimentais

Empresa Processadora Contratada

• Regularizada junto aos órgãos sanitários;

• Contrato de prestação de serviço;

• O Serviço de Saúde é corresponsável pela segurança do processamento dos produtos para saúde, realizado por
empresa processadora por ele contratada.

• Parágrafo único. O serviço de saúde responde solidariamente por eventuais danos ao paciente causados pela empresa
processadora contratada, no que se refere às atividades relacionadas ao processamento dos produtos para saúde.

• Os produtos para saúde devem ser encaminhados para processamento na empresa processadora após serem
submetidos à pré-limpeza no serviço de saúde, conforme Procedimento Operacional Padrão (POP), definido
em conjunto pela empresa e o serviço de saúde contratante.

• A limpeza, preparo, desinfecção ou esterilização, armazenamento e distribuição de produtos para saúde devem
ser realizados pelo CME do serviço de saúde e suas unidades satélites ou por empresa processadora.

• O processamento de produtos para saúde não críticos pode ser realizado em outras unidades do serviço de
saúde desde que de acordo com Procedimento Operacional Padronizado - POP definido pelo CME.

• Todos os produtos para saúde que não pertençam ao serviço e que necessitem de processamento antes da sua
utilização devem obedecer às determinações do CME.

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Esterilização
Processo de destruição completa de todas as formas de vida microbiana, incluindo vírus e esporos

Tipos de Esterilização
A ANVISA não recomenda mais esterilização por imersão química devido às dificuldades de operacionalização e não
garantia de eficácia do processo.

PROCESSOS IMERSÃO QUÍMICA


• Glutaraldeído a 2%
Desinfecção = 30 minutos Esterilização = 10 horas
• Formaldeído alcoólico a 8%
• Formaldeído Aquoso a 10%

PROCESSOS FÍSICOS
o Calor Seco: Estufa ou Forno de Pasteur: 160°C por 2 horas e 170°C por 1 hora. Não recomendado mais pela
ANVISA

Vantagens
• Efetivo para instrumentos metálicos
• Não destrói o corte dos instrumentos
• Não corrói ou enferruja
Desvantagens:
• Falha Pessoal – na marcação correta do tempo de esterilização
• Abertura da Estufa para colocar ou retirar algum instrumento
• Pequena penetração de calor
• Pode descolorir ou queimar papel ou tecido
• Tempo de demora ou tempo de aquecimento da Estufa- média 40 minutos no primeiro ciclo
Tipo de embalagem – metálica (Fechada)

o Calor Úmido: Autoclaves: Vapor sob pressão. Temperatura e pressão (121 °C a 1340 C; P= 1 atm a 1,80 atm) e
tempo ( 3 a 30 minutos), materiais termorresistentes

TIPOS DE AUTOCLAVES:

• Gravitacional: A injeção do vapor na câmara força a saída do ar frio por meio de uma válvula localizada na
parte inferior.

Desvantagens: formação de bolhas de ar no interior do pacote e tempo mais longo para penetração do vapor
• Pré-vácuo: por meio de uma bomba de vácuo contida no equipamento, o ar é removido do artigo e da câmara.
Pode ser um pulso ou em três ciclos pulsáteis – favorece a penetração mais rápida do vapor. Após a
esterilização, a bomba de vácuo faz a sucção do vapor e da umidade interna da água – para secagem mais
rápida
o Na autoclave o que realmente esteriliza é o calor úmido e não a pressão.
o A morte dos microrganismos pela autoclave ocorre pela termo-coagulação e desnaturação das proteínas
microbianas.
o É proibido o uso de autoclave gravitacional de capacidade superior a 100 litros.

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o É obrigatório a realização de teste para avaliar o desempenho do sistema de remoção de ar (Bowie & Dick) da
autoclave assistida por bomba de vácuo, no primeiro ciclo do dia.
o Não é permitido à alteração dos parâmetros estabelecidos na qualificação de operação e de desempenho de
qualquer ciclo dos equipamentos de esterilização.
o O ciclo de esterilização a vapor para uso imediato (CICLO FLASH) só pode ocorrer em caso de urgência e
emergência.
o O ciclo de esterilização a vapor para uso imediato deve ser documentado contendo data, hora, motivo do uso,
nome do instrumental cirúrgico ou produto para saúde, nome e assinatura do profissional responsável pelo
CME e identificação do paciente.
o O instrumental cirúrgico e os produtos para saúde processados NO CICLO FLASH devem ser utilizados
imediatamente após o processo de esterilização.
o O ciclo para uso imediato deve ser monitorado por integrador ou emulador químico.

Vantagens:
• Rapidez
• Eficiência – (excesso de carga o ciclo é abortado)
• Embalagem – papel, plástico, tecido, metal
• ( caixa aberta ou com janela)
• Não permite ser aberta durante o ciclo
Desvantagens: Não indicada para materiais termosensíveis

o Radiação
• Raios Ultravioletas– superficiais (óculos de proteção)
• Raios Gama – Cobalto 60, Césio 137 – agulhas descartáveis

PROCESSOS FÍSICO-QUÍMICOS
Materiais termosensíveis

o ETO (físico-químico):

ESTERILIZAÇÃO POR ÓXIDO DE ETILENO


O óxido de etileno C2H4O é um gás incolor à temperatura ambiente, é altamente inflamável. Em sua forma líquida é
miscível com água, solventes orgânicos comuns, borracha e plástico.
Mecanismo de ação
O óxido de etileno reage com a parte sulfídrica da proteína do sítio ativo no núcleo do microrganismo, impedindo
assim sua reprodução.
Indicações:
A utilização do óxido de etileno na esterilização é hoje principalmente empregada em produtos médico-hospitalares
que não podem ser expostos ao calor ou a agentes esterilizantes líquidos: instrumentos de uso intravenoso e de uso
cardiopulmonar em anestesiologia, aparelhos de monitorização invasiva, instrumentos telescópios (citoscópios,
broncoscópios, etc.), materiais elétricos (eletrodos, fios elétricos), máquinas (marcapassos, etc.), motores e bombas,
e muitos outros.
Toxicidade:
O óxido de etileno é irritante da pele e mucosas, provoca distúrbios genéticos e neurológicos. É um método,
portanto, que apresenta riscos ocupacionais.

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o Plasma de peróxido de hidrogênio – Sterrad Autoclave


O plasma é produzido através da aceleração de moléculas de peróxido de hidrogênio (água oxigenada) e ácido
peracético, por uma forte carga elétrica produzida por um campo eletromagnético (microondas ou radiofrequência).
Os elétrons dessas moléculas são então "jogados" fora de seus átomos, aceleram partículas carregadas, recombinam-
se com outros átomos ou elétrons, retornam para a baixa energia e produzem brilho visível.

Ação: Ocorre interação entre os radicais livres gerados pelo plasma e as substâncias celulares como enzimas,
fosfolipídios, DNA, RNA e outros, impedindo o metabolismo ou reprodução celular.

Este método de esterilização é utilizado como alternativa para artigos sensíveis a altas temperaturas e à umidade e vem
sendo estudada sua característica ecologicamente viável, pois é um sistema de esterilização atóxico, com processo
ambiental saudável.

Este processo pode ser aplicado em materiais como alumínio, bronze, látex, cloreto de polivinila (PVC), silicone, aço
inoxidável, teflon, borracha, fibras ópticas, materiais elétricos e outros. Não é oxidante.

Este processo tem como vantagens o fato de realizar a reação química com as unidades celulares muito rapidamente,
viabilizando o processo de esterilização em curto espaço de tempo; o fato de a ativação do gás de peróxido se dar por
alguns minutos e depois voltar ao estado normal sem deixar resíduos e, no final do processo, ter como produtos de
degradação oxigênio e água, não necessitando de período de aeração. Além disso, o processo não requer equipe
específica, nem controle exaustivo de monitorização.

Os parâmetros utilizados para a realização deste processo são: Temperatura, pressão, concentração de
peróxido de hidrogênio, energia do plasma, tempo.

Sterrad® NX® Sterrad 100 S


Processo é de no mínimo de 28 minutos Processo é de no mínimo de 75 minutos

Os Insumos utilizados neste método são:

• Embalagens (polipropileno, Tyvek, container), energia elétrica, cassetes de peróxido de hidrogênio, amplificadores
e boosters (para materiais canulados esterilizados em Sterrad ® 100S).
• Este processo é incompatível com artigos que contenham celulose, artigos de comprimento maior que 2 metros
(Sterrad® 100S), ou 1 metro (Sterrad® NX®)
• Fatores negativos: Câmaras pequenas Fatores positivos: ao final do processo não apresenta resíduos tóxicos apenas
água e oxigênio.
• Monitoração Parâmetros físicos, IQ, IB (Geobacillus stearothermophilus)

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Controle do processo de esterilização

INDICADORES FÍSICOS: Deve ocorrer a cada ciclo

• Temperatura
• Tempo
• Pressão

Ocorre por impressora ou manualmente

INDICADORES QUÍMICOS

Dispositivos usados para monitorar a presença ou o alcance de um ou mais parâmetros requeridos para um processo
de esterilização satisfatório ou para uso em testes específicos de equipamentos de esterilização.

Classe 1 – Indicador de Processo


• Indicadores de processo: Tiras impregnadas com tinta termoquímica que muda de coloração quando exposto
a temperatura. (fita zebrada) amarelo p/ marrom geralmente;
Indicam materiais processados e os diferenciam dos não processados. São indicadores externos.

Classe 2 – Teste de Bowie & Dick

• Teste de BOWIE & DICK – Indicadores para uso em testes específicos - testa a eficácia do sistema de
vácuo da autoclave pré-vácuo.
• verifica a eficiência da bomba de vácuo
• espera-se mudança uniforme da cor do papel, em toda sua extensão
• recomenda-se que seja feito no primeiro ciclo do dia, com equipamento pré-aquecido e com a
câmara vazia.
• caso não haja homogeneidade na revelação, efetuar revisão imediata do equipamento
• O pacote-teste tipo Bowie & Dick é colocado na bandeja, sozinho, o mais próximo possível do dreno,
dentro da câmara e inox, para ser submetido ao processo de esterilização, com 3 pré-vácuos, pressão
de 2,3 kPa a 134°C.
Ligar a autoclave e submetê-la a 1 ciclo COMPLETO E VAZIO;

Colocar a folha teste no meio de uma pilha de campos de tecido com 25 a 28 cm de altura; esta pilha pode ser
embalada em tecido ou papel, podendo ser atada com fita adesiva;

Colocar APENAS o pacote teste na autoclave na direção do dreno e apoiado no "rack";

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Iniciar o ciclo, que PODERÁ SER INTERROMPIDO ANTES DA FASE DE SECAGEM; e após o tempo determinado pela
temperatura, conforme esquema abaixo:

134° - 3,5 a 4 minutos

127° - 11 minutos

129° - 15 minutos

o Cada dia que o esterilizador é usado


o Após ciclo de aquecimento
o Antes do primeiro ciclo com carga
o Pacote teste na câmara vazia, sobre o dreno
o Não recomendado para autoclaves gravitacionais
Leitura do Teste

Fita Teste Resultado (-): Autoclave OK Resultado (+)- Autoclave precisa Manutenção

• Positivo (+): Quando a folha teste apresenta FALHAS na revelação, que é observada por uma mudança INCOMPLETA na
coloração, geralmente no centro da mesma;
✓ Repetir o teste
✓ Se persistir, parar o equipamento
✓ Acionar a manutenção. Fazer novo teste.
✓ Em grandes reparos: realizar a qualificação de desempenho- 03 testes consecutivos
• Negativo (-): Quando a mudança na coloração da folha for UNIFORME em toda a sua extensão, demonstrando NÃO haver
AR RESIDUAL.

Classe 3: Indicador Uniparamétrico


Controla um único parâmetro: A temperatura pré-estabelecida.

Classe 4 – Indicador Multiparâmetro

Indicador multiparamétrico – dois ou mais parâmetros críticos. Controla a Temperatura e o Tempo necessários para o processo;

Classe 5 – Indicadores Integradores

Integrador: controla temperatura, tempo e qualidade do vapor. Reagem com todos os parâmetros

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Classe 6 – Indicadores Emuladores


Indicadores de simulação: Integrador mais preciso por oferecer margem de segurança maior. Reage quando 95% do ciclo é concluído.

INDICADORES BIOLÓGICOS

o Preparação padronizada de esporos bacterianos autocontidos, com suspensões de 106 esporos por unidade de papel filtro.
o Indicam se a esterilização foi efetiva
o Esporos Geobacillus stearothermophilus
Primeira geração: Tiras de papel inoculadas com esporos acondicionadas em Envelopes;
Tempo: 07 dias
Segunda geração: Tiras de papel inoculadas com esporos, autocontidas com meio de cultura
Tempo: 48 horas
Terceira geração: Tiras de papel inoculadas com esporos, autocontidas com meio de cultura, Baseada em identificação de enzimas
Tempo: 03 horas
o Não testa itens individualmente
o Rotina diária
o Autoclave com carga

ROTINA DE MONITORIZAÇÃO

Ciclo padrão para aquecimento

• Ciclo específico com pacote pronto Bowie&Dick;

• Registros de Temperatura, Tempo e Pressão – impressora;

• 1º ciclo com carga com IB e IQ em pacote desafio;

• IQ nas cargas subsequentes em pacote desafio;

• IQ dentro de todos os pacotes críticos;

• IB em todas as cargas contendo implantes;

• Indicador de processo em todos os pacotes;

• Manutenção preventiva semanal

• Registro dos resultados dos indicadores em impresso próprio.

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Tipos de embalagens

São vários os tipos de invólucros para esterilização de materiais hospitalares disponíveis no mercado. No processo de
escolha, há dois fatores preponderantes: a qualidade da embalagem para esterilização e o seu custo.

É importante se ressaltar aqui a diferença entre o preço de aquisição e o custo final que este invólucro pode acumular.
Por exemplo, se o material for reutilizável, qual gasto será adicionado ao se considerar as etapas de confecção e
lavagem?
Feita essa relação, resta a pergunta: Qual invólucro tem o melhor custo-benefício? O papel kraft, o brim, o papel
crepado, o papel grau cirúrgico ou o SMS para esterilização?

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Perioperatória

Período que vai desde que o cirurgião decide indicar a operação e comunica ao paciente até que este
último retorne, depois da alta hospitalar, às atividades normais.

Pré-operatório

Mediato: Esta fase corresponde do momento da indicação da cirurgia e termina 24 horas antes de
seu início, geralmente neste período o paciente ainda não se encontra internado.
Neste período, sempre que possível, o paciente deve:
• Passar por uma avaliação médica geral;
• Fazer exames clínicos detalhados (exames de sangue, RX,
eletrocardiograma);
• Solicitar de equipamentos e materiais especiais;
• Esclarecer a família e auxiliá-la a entender o processo da
cirurgia;
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• Iniciar do preparo do paciente para o período pós-operatório;


• Identificar e corrigir distúrbios que possam aumentar o
risco cirúrgico.
Imediato: corresponde às 24 horas anteriores à cirurgia e tem por objetivo preparar o cliente para
o ato cirúrgico mediante os seguintes procedimentos: jejum, limpeza intestinal, esvaziamento
vesical, preparo da pele e aplicação de medicação pré-anestésica.

Transoperatório: Começa quando o paciente é transferido para a mesa da sala de cirurgia e termina na Sala
de recuperação pós- anestésica.

Intraoperatório consiste na intervenção propriamente dita, realizada dentro do centro cirúrgico.

Pós-operatório: Começa com a admissão do paciente na SRPA e termina com uma avaliação de
acompanhamento clínico ou em casa.

Imediato: até às 24 horas posteriores à cirurgia Mediato (enfermaria): Compreende o período que decorre
após 24 horas da cirurgia até o momento da alta hospitalar

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tardio (domicílio): O pós-operatório tardio é o tempo de cicatrização e prevenção das complicações, este
período pode durar semanas ou meses após cirurgia.

Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória – SAEP


Em 1990, Castellanos e Jouclas propuseram a aplicação do Processo de Enfermagem no cuidado ao
paciente cirúrgico, com base na assistência integral de forma continuada, participativa,
individualizada, documentada e avaliada em todas as fases do período perioperatório.
A SAEP busca a satisfação das necessidades da pessoa em condição cirúrgica. Tal processo provoca
a realização de um serviço de qualidade, tornando os profissionais mais envolvidos e motivados,
uma vez que é desenvolvido com segurança, satisfação, destreza e confiabilidade.
Os principais objetivos da SAEP são:

✅ Ajudar o paciente e sua família a compreenderem e se prepararem para o tratamento


anestésico-cirúrgico proposto;

✅ Prever, prover e controlar recursos humanos e materiais necessários ao ato anestésico-


cirúrgico;

✅ Diminuir ao máximo riscos decorrentes da utilização dos materiais e equipamentos necessários


para o desenvolvimento desses procedimentos;

✅ Diminuir ao máximo os riscos inerentes ao ambiente do CC e da Sala de Recuperação pós-


anestésica.
A SAEP compreende em 5 fases descritas por Castellanos e Jouclas:
1. Visita pré-operatória.
2️. Planejamento da Assistência Perioperatória.
3️. Implementação da assistência.
4️. Avaliação da Assistência por meio da visita pós-operatória de Enfermagem.
5️. Reformulação da assistência a ser planejada
O enfermeiro é peça fundamental na aplicação de todas as fases da SAEP, integrando a equipe na
realização dos cuidados perioperatórios.
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A SAEP possibilita uma assistência segura ao paciente, prevenindo riscos previsíveis, de forma que
o paciente deixe o CC sem sofrer nenhum dano além dos inerentes ao próprio procedimento ao
qual foi submetido.

O desafio para Segurança em cirurgias tem 4 grandes objetivos

• Prevenir as infecções de sítio cirúrgico por meio de:

1. Lavagem das mãos

2. Uso apropriado e sensato de antimicrobianos

3. Preparação antisséptica da pele

4. Cuidado atraumático da ferida

5. Limpeza, desinfecção e esterilização do instrumental

Classificação quanto ao Tratamento Cirúrgico

Quanto ao Momento operatório

• Urgência

• Emergência

• Eletivo

Quanto a Finalidade

• Paliativo

• Radical

• Plástica ( reparação ou reconstrução)

• Diagnóstico

• Curativa

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TERMINOLOGIA CIRÚRGICA
SUFIXOS
Tomia: significa incisão, corte, abertura de parede ou órgão (toracotomia,
laparotomia).
•Stomia: significa fazer uma nova boca; comunicar um órgão tubular ou oco com o
exterior ( traqueostomia, jejunostomia).
Ectopia: significa extirpar parcial ou totalmente um órgão (esofagectomia,
esplenectomia).
Plastia: significa reparação plástica da forma ou função do segmento afetado
(rinoplastia, queiloplastia).
•Rafia: significa sutura (herniorrafia, gastrorrafia).
•Pexia: significa fixação de uma estrutura corpórea (nefropexia, mamopexia).
•Scopia: significa visualizar o interior de um órgão cavitário ou cavidade com o auxílio
de aparelhos especiais (broncoscopia, colonoscopia).

PREFIXOS
Adeno..........Glândula
Blefaro.........Pálpebra
Cisto.............Bexiga
Colo..............Cólon
Cole..............Vesícula
Colpo............Vagina
Entero...........Intestino
Gastro...........Estômago
Histero..........Útero
Nefro............Rins
Oftalmo........Olho
Ooforo..........Ovário
Orqui............Testículo
Osteo............Osso
Oto................Ouvido
Proto.............Reto
Rino..............Nariz
Salpingo........Trompa
Traqueo........Traquéia

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MOMENTOS CIRÚRGICOS

• Diérese

Consiste na separação dos planos anatômicos ou tecidos para possibilitar a abordagem de um órgão ou
região.

Instrumental para diérese compreendem os bisturis e as tesouras

Tesoura Metzembaum Curva Tesoura Mayo Curva Lâminas de Bisturis

• Hemostasia

A hemostasia é o processo através do qual se previne, detém ou impede o sangramento

Métodos utilizados para a realização da hemostasia são:

1. Hemostasia prévia ou pré-operatória;

Este método de hemostasia é realizado antes da intervenção cirúrgica, visa interromper, em caráter
temporário, o fluxo de sangue para a ferida cirúrgica e, com isso prevenir ou diminuir a perda sanguínea.

• Faixa de esmarch
• Compressão digital de artéria.

2. Hemostasia temporária;

É aquela efetuada durante a intervenção cirúrgica, com a finalidade de deter ou impedir, temporariamente,
o fluxo de sangue ao campo operatório

Pinça Bulldog atraumática

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3. Hemostasia definitiva;

É o método pelo qual se obtém a obliteração do vaso sanguíneo em caráter permanente.

• Por pinçamento;

• Por cauterização;

• Por transfixação;

• Por ligadura;

• Por tamponamento

• Por produto químico.

A hemostasia por laqueadura e pinçamento é o método mais utilizado no ato cirúrgico e obtido por meio da
utilização de pinças hemostáticas do tipo kelly, halstead e rochester, e fios de sutura.

Pinça Kelly Curva Pinça Halstead Mosquito Pinça Rochester

• Cirurgia propriamente dita ou exérese

Trata-se do principal tempo de cirurgia, pois é nessa fase que pode ocorrer a retirada total ou parcial de um
órgão ou tecido. Nesse tempo são utilizados instrumentos cirúrgicos específicos de acordo com a cirurgia

ARRUMAÇÃO NA MESA DE Instrumentação Cirúrgica INSTRUMENTAIS

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INSTRUMENTAL DE PREENSÃO São aqueles destinados a prender vísceras e a manipular tecidos. Os dois
tipos básicos são as pinças elásticas e os instrumentos com anéis e cremalheiras.

Pinça anatômica Pinça dente de rato Pinça Duval Pinça Collin

Pinça Allis

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INSTRUMENTAL DE SEPARAÇÃO

São os afastadores ou separadores.

Classificam-se em

• Afastadores auto estáticos: são aqueles que se mantém abertos e na posição por si sós. Exemplo: Gosset
e Balfour.

Afastador de Gosset Afastador de Balfour

Afastador de Finochietto

• Afastadores dinâmicos: são aqueles manuseados pelos auxiliares e com possibilidade de mudarem de
posição sempre que a necessidade do campo cirúrgico a isso obrigarem.

Afastador de Farabeuf Afastador de Doyen

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Espátulas: outro tipo de afastador de uso diverso, também conhecidas como sapatas (forma de sola de
sapato) ou as laminares, rígidas ou maleáveis.

• Síntese cirúrgica

Porta-agulhas: instrumentos através dos quais se manuseiam agulhas e fios na síntese dos tecidos.

•Os dois tipos básicos são o porta-agulhas de Hegar e o Mathieu.

Porta-agulhas de Hegar Porta Agulhas de Mathier

Fios de Sutura: Os fios de sutura são utilizados para obtenção de hemostasia (ligadura vascular) e para
aproximação de tecidos. Surgiram e foram desenvolvidos ao longo dos séculos em função da necessidade de
controlar hemorragias e também de favorecer a cicatrização de ferimentos ou incisões.

Fios cirúrgicos absorvíveis:

São fagocitados, hidrolisados, degradados e assimilados pelo tecido em que são implantados. Os de origem
animal são fagocitados por meio de atividade enzimática durante o processo de cicatrização. Os de origem
sintética são hidrolisados quando da reação com as moléculas de água dos líquidos corporais, que se
degradam e são assimiladas pelos tecidos em cicatrização. Eles são divididos em dois grupos: sintéticos e
biológicos.

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Fios cirúrgicos absorvíveis biológicos:

São conhecidos como categute (nome de origem inglesa devido à obtenção do intestino do gato) atualmente
obtido da submucosa do intestino delgado de ovinos ou serosa de bovinos. Conforme o tempo de absorção,
os categutes podem ser simples ou cromados. Os simples apresentam absorção mais rápida, em torno de
oito dias, e os cromados absorção mais lenta, em torno de 20 dias, sendo tratados com bricomato de
potássio. O categute cromado é indicado para tecidos com cicatrização mais demorada, como em estruturas
do aparelho gastrointestinal ou no útero.

O categute simples e o cromado precisam ser mantidos em solução alcoólica para que sejam preservadas
suas propriedades de manuseio, além de protegidos da luz e das grandes variações de temperatura, por isso
são embalados em envelope primário aluminizado. Quando é removido de sua embalagem e não usado
imediatamente, o álcool evapora e o fio perde sua flexibilidade. Para reestruturá-la, pode-se mergulhar o fio
em água estéril ou soro fisiológico, entretanto o umedecimento excessivo pode reduzir a força de tensão.

Fios cirúrgicos absorvíveis sintéticos:

Ácido poliglicólico – fio multifilamentar com excelente maleabilidade e tem sido empregado em larga escala
como substituto dos fios de absorção lenta e dos inabsorvíveis. O ácido poliglicólico é um material sintético
obtido por meio de polimerização do ácido glicólico, de fácil manuseio, forte, flexível e de boa tolerância. São
utilizados em anastomoses gastrointestinais, cirurgias ginecológicas, cirurgia geral e operações urológicas.

Polímeros sintéticos monofilamentares mais recentes:

Fios compostos por polímeros como poliglecaprone e polidioxanona. São monofilamentares, maleáveis e
mantém a resistência de tensão por um período mais prolongado que os sintéticos multifilamentares.
Indicados quando se deseja um apoio prolongado para a ferida, como no fechamento de tecido facial ou para
pacientes idosos ou oncológicos.

Os fios absorvíveis sintéticos também são embalados em envelope primário aluminizado, porém, seco, para
a sua proteção contra a umidade, a luz e as variações de temperatura.

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Fios cirúrgicos não absorvíveis:

São resistentes à digestão enzimática em tecido animal vivo. São de dois tipos: biológicos e sintéticos.

Fios cirúrgicos não absorvíveis biológicos:

O algodão é derivado da celulose, de baixo custo, de fácil esterilização e de pouca reação tecidual. Fio torcido
de calibre variado, encontrado no comércio embalado em envelopes e já pré-cortado, geralmente com 15 a
45 cm de comprimento. Indicado para tecidos de rápida cicatrização e contraindicado para suturas cutâneas
devido à sua reatividade tissular.

O fio de seda, de origem animal, obtido de diversas espécies de bicho-da-seda. Suas fibras são retorcidas ou
transadas e podem passar por processo de enceramento para diminuir sua capilaridade. Apresenta facilidade
de manuseio, resistência à tração e segurança na fixação do nó.

Fios cirúrgicos não absorvíveis sintéticos:

Subdivididos em quatro grupos:

- Poliamida: caracteriza-se pela elasticidade e resistência à água. Pode ser mono ou multifilamentar. Fio de
pouca reação, mas de difícil manipulação, duro e corrediço e pouca segurança de manutenção do nó.

- Poliéster: apresenta-se sob a forma simples, revestido de teflon ou siliconizado. Fio de difícil manejo por
ser também corrediço; para que isso não ocorra, normalmente se adiciona teflon e silicone, mas estes
materiais podem se dissociar e provocar reação tecidual. Utilizados em estruturas que requerem grande
resistência à tração.

- Polipropileno: fio derivado das poliefinas, não biodegradável, e tem sido recomendado o tipo
monofilamentado, para a síntese de feridas contaminadas, devido à reação tecidual mínima. É um dos fios
mais inertes, com baixa capilaridade, com mínima reação tissular e com alta resistência à tração. É Indicado
nas cirurgias cardiovasculares.

- Metálico: constituído de aço inoxidável e tântalo. Muito utilizado em tenorrafia; eventualmente em


neurorrafias e fechamento de parede abdominal. O tântalo é menos resistente do que o aço inoxidável. São
de fácil esterilização, bem tolerados, de espessura variável, mono e multifilamentar.

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Agulhas cirúrgicas

A agulha não tem papel no processo de cicatrização. Deve ser suficientemente larga, penetrante para
ultrapassar a resistência tecidual, resistente para não dobrar, mas ao mesmo tempo flexível, para dobrar
antes de quebrar, resistente a corrosão de tamanho, forma, e calibre apropriados à aplicação a que se
destina.

São utilizadas na reconstrução, com a finalidade de transfixar os tecidos, servindo de guia aos fios de sutura.
Quanto ao corpo, às agulhas são retas, curvas (círculos de 3/8, ¼, ½ e 5/8) e semi-curvas específicas para
cirurgia laparoscópica, quanto à ponta são cilíndricas (não cortantes), espatuladas, rombas ou triangulares,
e quanto ao fundo podem ser traumáticas ou atraumáticas.

• As agulhas retas geralmente são cilíndricas ou triangulares, utilizadas na reconstrução de vísceras


ocas, tendões, nervos e suturas intradérmicas.
• Frequentemente são usadas com as mãos, e mais raramente com porta-agulhas.
• As agulhas curvas podem ser cilíndricas ou triangulares. Seu raio de curvatura é variável, adaptando-
se a cada tipo de síntese, em tamanho adequado, sempre utilizadas com porta-agulhas. As cortantes
são usadas para sutura de pele e periósteo. As cilíndricas suturam estruturas e órgãos mais
profundos.

As agulhas atraumáticas, isto é, aquelas que já trazem o fio montado, asseguram fácil penetração nos
tecidos, sem deixar lacerações, sendo o tipo universalmente mais usado. Nas traumáticas os fios são
montados no momento de uso e elas provocam dilacerações nos tecidos.

• As agulhas espatuladas são achatadas com bordas laterais cortantes. São utilizadas principalmente
em cirurgias oftalmológicas.

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CONTROLE DE INFECÇÃO PROFESSOR CARLOS RODRIGUES
Grampos de pele

Método frequentemente usado para fechamento da pele. Quando usados corretamente, oferecem
excelentes resultados estéticos. Além de diminuir o tempo de cirurgia, eles permitem a distorção decorrente
do estresse exercido individualmente pelas pontas de sutura.

Fitas adesivas de pele

As feridas sujeitas à tensão estática e dinâmica mínimas podem ser aproximadas por uma fita adesiva de
pele. A escolha da fita para fechamento da pele se baseia na capacidade adesiva e força tensiva para
manterem as bordas da ferida intimamente aderidas e especialmente a sua porosidade para facilitar a
transmissão de umidade, evitando assim o acúmulo de fluídos debaixo da ferida.

MESTRE EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE


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