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A Microbiota Residente: É constituída por microrganismos de baixa virulência, como estafilococos, corinebactérias e
micrococos, pouco associados às infecções veiculadas pelas mãos. É mais difícil de ser removida pela higienização das
mãos com água e sabão, uma vez que coloniza as camadas mais internas da pele.
A Microbiota Transitória: coloniza a camada mais superficial da pele, o que permite sua remoção mecânica pela
higienização das mãos com água e sabão, sendo eliminada com mais facilidade quando se utiliza uma solução
antisséptica. É representada, tipicamente, pelas bactérias Gramnegativas, como enterobactérias (Ex: Escherichia coli),
bactérias não fermentadoras (Ex: Pseudomonas aeruginosa), além de fungos e vírus.
• Classe de risco 1 (baixo risco individual e para a coletividade): inclui os agentes biológicos conhecidos por não
causarem doenças em pessoas ou animais adultos sadios. Exemplo: Lactobacillus sp.
• Classe de risco 2 (moderado risco individual e limitado risco para a comunidade): inclui os agentes biológicos que
provocam infecções no homem ou nos animais, cujo potencial de propagação na comunidade e de disseminação no
meio ambiente é limitado, e para os quais existem medidas terapêuticas e profiláticas eficazes. Exemplo: Schistosoma
mansoni, Acinetobacter baumannii, Chlamydia pneumoniae, C. trachomatis, Klebsiella spp.
• Classe de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comunidade): inclui os agentes biológicos que possuem
capacidade de transmissão por via respiratória e que causam patologias humanas ou animais, potencialmente letais,
para as quais existem usualmente medidas de tratamento e/ou de prevenção. Representam risco se disseminados na
comunidade e no meio ambiente, podendo se propagar de pessoa a pessoa. Exemplo: Bacillus anthracis, SARS-COV2,
Escherichia coli, Clostridium botulinum, Hantavirus, Príons, incluindo agentes de encefalopatias espongiformes;
• Classe de risco 4 (alto risco individual e para a comunidade): inclui os agentes biológicos com grande poder de
transmissibilidade por via respiratória ou de transmissão desconhecida. Até o momento não há nenhuma medida
profilática ou terapêutica eficaz contra infecções ocasionadas por estes. Causam doenças humanas e animais de alta
gravidade, com alta capacidade de disseminação na comunidade e no meio ambiente. Esta classe inclui principalmente
os vírus. Exemplo: Vírus Ebola, Encefalites transmitidas por carrapatos, Herpesvirus do macaco, Varíola do macaco,
Varíola do camelo, Filovirus, incluindo vírus Marburg;
• Classe de risco especial (alto risco de causar doença animal grave e de disseminação no meio ambiente): inclui agentes
biológicos de doença animal não existentes no País e que, embora não sejam obrigatoriamente patógenos de
importância para o homem, podem gerar graves perdas econômicas e/ou na produção de alimentos
PRECAUÇÃO PADRÃO
Precaução Padrão: É a mais importante e está designada para o cuidado de todos os pacientes. São planejadas para
qualquer que seja o diagnóstico do paciente, reduzir o risco de transmissão de microrganismos através do sangue e de
outros fluídos corpóreos, secreções e excreções, exceto suor, independentemente de haver sangue visível ou não.
Precaução de Contato: Os microrganismos podem ser transmitidos de uma pessoa a outra através do contato com a
pele ou mucosa. Podemos classificar este modo de transmissão em duas categorias:
• Contato direto: Ocorre quando um microrganismo é transmitido de um paciente a outro, através do contato
direto da pele, sem que haja a participação de um veículo inanimado ou fômite como por exemplo, KPC, Herpes
simples, Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacetr baumanii, Staphylococcus, SARS-COV 2
• Contato indireto: Quando a transmissão ocorre pelo contato da pele e mucosas com superfícies ambientais e
nos artigos e equipamentos de cuidados aos pacientes contaminados por microrganismos, como por exemplo,
Enterococo resistente à vancomicina, SARS-COV 2.
• Transmissão por gotículas: Ocorre através do contato próximo com o paciente, por gotículas eliminadas pela fala,
tosse, espirros e realização de procedimentos como a aspiração de secreções. As gotículas de tamanho considerado
grande (>5m), atingem até um metro de distância e rapidamente se depositam no chão. Exemplos: Doença
meningocócica, Gripe, Coqueluche, Difteria, Caxumba e Rubéola, SARS-COV 2.
• Transmissão por aerossóis: Ocorre por partículas eliminadas durante a respiração, fala, tosse ou espirro que quando
ressecados permanecem suspensos no ar, podendo permanecer por horas, atingindo outros ambientes, inclusive áreas
adjacentes, pois podem ser carreadas por correntes de ar. Como exemplos temos: M. tuberculosis, Sarampo e Varicela.
TIPOS DE INFECÇÃO
É aquela constatada ou em incubação no ato de admissão do paciente, desde que não relacionada com
internação anterior no mesmo hospital.
• A infecção que está associada com complicação ou extensão da infecção já presente na admissão, a menos
que haja troca de microrganismos com sinais ou sintomas fortemente sugestivos da aquisição de nova infecção;
• A infecção em recém-nascido, cuja aquisição por via transplacentária é conhecida ou foi comprovada e que
tornou-se evidente logo após o nascimento (exemplo: herpes simples, toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose, sífilis
e AIDS);
• As infecções de recém-nascidos associadas com bolsa rota superior a 24 (vinte e quatro) horas.
É aquela adquirida após a admissão do paciente e que se manifeste durante a internação ou após a alta, quando puder
ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares.
Obs: quando, na mesma topografia em que foi diagnosticada infecção comunitária, for isolado um germe diferente,
seguido do agravamento das condições clínicas do paciente, o caso deverá ser considerado como infecção hospitalar;
• Quando se desconhecer o período de incubação do microrganismo e não houver evidência clínica e/ou dado
laboratorial de infecção no momento da internação, convenciona-se infecção hospitalar toda manifestação
clínica de infecção que se apresentar a partir de 72 (setenta e duas) horas após a admissão;
• São também convencionadas infecções hospitalares aquelas manifestadas antes de 72 (setenta e duas) horas
da internação, quando associadas a procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticas, realizados durante este
período;
• As infecções no recém-nascido são hospitalares, com exceção das transmitidas de forma transplacentária e
aquelas associadas a bolsa rota superior a 24 (vinte e quatro) horas;
• Os pacientes provenientes de outro hospital que se internam com infecção, são considerados portadores de
infecção hospitalar do hospital de origem infecção. Nestes casos, a Coordenação Estadual/Distrital/Municipal
e/ou o hospital de origem deverão ser informados para computar o episódio como infecção hospitalar naquele
hospital.
As áreas dos serviços de saúde são classificadas por meio do nível de risco potencial para a transmissão de infecções
que cada local apresenta.
Áreas Críticas
As áreas críticas são aquelas em que há um risco elevado para a transmissão de infecção, onde são realizados
procedimentos arriscados, com a presença ou não de pacientes ou onde há a presença de pacientes imunodeprimidos.
Vale ressaltar que quanto maior nível crítico maior o risco de contaminação.
São exemplos de áreas críticas:
• Centro cirúrgico;
• Centro obstétrico;
• Unidade de terapia intensiva;
• Unidade de diálise;
• Laboratório de análises clínicas;
• Banco de sangue;
• Setor de hemodinâmica;
• Unidade de queimados;
• Unidade de trasplantes;
• Berçário de alto risco;
• Unidade de isolamento;
• Lactário;
• Central de Material Esterilizado;
• Serviço de Nutrição e Dietética;
• Farmácia de Área suja da Lavanderia.
Áreas Semicríticas
As áreas semicríticas envolvem todos os locais onde haja a presença de pacientes com doenças infecciosas de baixa
transmissibilidade e doenças que não são contagiosas. São exemplos de áreas semicríticas:
Enfermarias;
Apartamentos;
Ambulatórios;
Posto de enfermagem;
Banheiros;
Elevador; e
Corredores.
As áreas não críticas são dos os demais locais da Unidade de Saúde não ocupado por pacientes e onde não se faz
procedimentos de risco. São exemplos de áreas não críticas:
Vestiário;
Áreas administrativas;
Copa;
Almoxarifados;
Sala de costura; e
Secretaria.
Artigos críticos
São aqueles que entram em contato, por penetração através da pele e mucosas, em tecidos subepiteliais e sistema
vascular. Os artigos críticos necessitam de esterilização para que tornem-se seguros nos objetivos aos quais se
propõem.
Exemplos de artigos críticos:
agulhas;
soluções injetáveis;
equipos de solução;
instrumental cirúrgico como pinça, bisturi e tesouras;
espéculos vaginais, nasais e otológicos (metálicos);
aparelho de citoscopia;
endoscópio;
borracha para aspiração;
instrumentais cirúrgicos; e
cateteres intravasculares.
Artigos semicríticos
Os artigos semicríticos são aqueles que entram em contato com a pele não íntegra ou em musosas íntegra. Para o uso
múltiplos desses artigos, é necessário realizar esterilização, desinfecção de médio ou alto nível.
Os artigos hospitalares que entram em contato com a pele íntegra do paciente são classificados como não críticos e
para reuso, necessitam apenas de limpeza ou desinfecção de baixo ou médio nível.
Exemplos de artigos não críticos:
estetoscópios;
mesas;
focos;
Estetoscópio;
Esfignomanômetro;
Jarros, bacias e cuba rim
comadres; e
termômetro.
Agora vamos fazer algumas questões sobre classificação dos artigos hospitalares para fixar a matéria e não mais
esquecer.
MESTRE EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE
ENFERMEIRO SESMT-UFPI
ENFERMEIRO CAPSi
CONTROLE DE INFECÇÃO PROFESSOR CARLOS RODRIGUES
Limpeza Concorrente
É o processo de limpeza diária de todas as áreas críticas, objetivando a manutenção do asseio, o abastecimento e a
reposição dos materiais de consumo diário (sabonete líquido, papel higiênico, papel toalha interfolhado etc.), a coleta
de resíduos de acordo com a sua classificação, higienização molhada dos banheiros, limpeza de pisos, superfícies
horizontais e equipamentos mobiliários, proporcionando ambientes limpos e agradáveis.
Limpeza Terminal
É o procedimento de limpeza e/ou desinfecção, de todas as áreas da Unidade, objetivando a redução da sujidade e,
consequentemente, da população microbiana, reduzindo a possibilidade de contaminação ambiental. É realizada
periodicamente de acordo com a criticidade das áreas (crítica, semicrítica e não crítica), com data, dia da semana e
horário pré-estabelecidos em cronograma mensal. Inclui todas as superfícies e mobiliários. Portanto, é realizada em
todas as superfícies horizontais e verticais, das áreas críticas, semicríticas, não críticas, infraestrutura e área comum.
Frequência que deverá ser realizada a limpeza concorrente
Áreas Críticas 1x por dia Data e horário pré-estabelecido, e sempre que necessário
Não-Crítica 1x por dia ou dias alternados Data e horário pré-estabelecido, e sempre que necessário
Áreas comuns 1x por dia Data e horário pré-estabelecido, e sempre que necessário
Áreas externas 2x por semana Data e horário pré-estabelecido, e sempre que necessário
• Luvas de cor escura: usadas na limpeza e desinfecção de superfícies onde a sujidade é maior (Exemplos: pisos;
banheiro; rodízios de mobiliários; lixeiras; janelas; tubulações na parte alta).
• Luvas de cor clara: usadas na limpeza e desinfecção de mobiliários (Exemplos: camas, mesas, cadeiras, paredes, portas
e portais, lavatórios/pias).
• Os óculos de proteção devem ser utilizados durante o preparo de diluição não-automática, quando da limpeza de
áreas que estejam localizadas acima do nível da cabeça, e que haja risco de respingos, poeira ou impacto de partículas.
Devem ser lavados e desinfetados após o uso.
• As botas: (material impermeável, com cano alto e de solado antiderrapante) estão recomendadas para a proteção
dos pés e parte das pernas durante atividades com água e produtos químicos e, ainda, para evitar quedas.
• Sapatos: O uso de sapatos é recomendado durante todo o período de trabalho, com exceção nos momentos de
lavação de piso, nos quais deverão ser utilizadas as botas.
• Avental Deve ser utilizado durante a execução de procedimentos que possam provocar contaminação da roupa com
sangue e fluidos corpóreos e produtos químicos ou contaminados.
i. O avental deve ser impermeável, podendo ser usado por cima do uniforme, é recomendado para a realização
de atividades com risco de respingos. Pode ser processado pela lavanderia após realização do procedimento
de limpeza e desinfecção.
ii. Após o uso, deve ser retirado com técnica correta, sem ter contato com a parte externa, e em seguida deve-se
fazer a desinfecção.
• Gorro O gorro deve ser usado em áreas especiais nas quais são exigidas a paramentação completa por parte dos
profissionais da instituição. Para as demais áreas do serviço de saúde, recomenda-se que as profissionais de limpeza e
desinfecção de superfícies mantenham os cabelos presos e arrumados. Para os profissionais do sexo masculino são
imprescindíveis cabelos curtos e barba feita.
A higiene das mãos (HM) é amplamente reconhecida como uma das principais estratégias para a prevenção das
infecções relacionadas à assistência à saúde – IRAS (PRICE et al., 2018). O termo HM engloba a higiene simples, a higiene
antisséptica e a antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos
Ressalta-se que as mãos devem ser higienizadas com o produto apropriado em momentos essenciais e necessários, ou
seja, nos cinco momentos para a higiene das mãos, de acordo com o fluxo de cuidados assistenciais para a prevenção
das IRAS causadas por transmissão cruzada pelas mãos:
As mãos devem ser higienizadas em momentos essenciais e necessários de acordo com o fluxo de cuidados assistenciais
para prevenção de IRAS causadas por transmissão cruzada pelas mãos, seguindo os 5 (cinco) momentos preconizados
para a higienização das mãos (OMS, 2008);
a. Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas de sangue ou outros fluidos corporais ou
após uso do banheiro;
b. Quando a exposição a potenciais patógenos formadores de esporos for fortemente suspeita ou comprovada,
inclusive surtos de Clostridium difficile;
c. Em todas as outras situações, nas quais houver impossibilidade de obter preparação alcoólica;
Finalidade: remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor, a oleosidade
e as células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de microrganismos.
Duração do procedimento: a higienização simples das mãos deve ter duração mínima de 40 a 60 segundos.
Finalidade: promover a remoção de sujidades e da microbiota transitória, reduzindo a microbiota residente das mãos,
com auxílio de um antisséptico. É recomendada em casos de precaução de contato para pacientes portadores de
microrganismos multirresistentes ou em casos de surtos.
Duração do procedimento: a higienização antisséptica das mãos deve ter duração mínima de 40 a 60 segundos.
Técnica:
A técnica de higienização antisséptica é igual àquela utilizada para a higienização simples das mãos, substituindo-se o
sabonete líquido comum por um associado a antisséptico, como antisséptico degermante.
Finalidade: a utilização de preparação alcoólica para higiene das mãos sob as formas gel, espuma e outras (na
concentração final de 70%) tem como finalidade reduzir a carga microbiana das mãos e pode substituir a higienização
com água e sabonete líquido quando as mãos não estiverem visivelmente sujas. A fricção antisséptica das mãos com
preparação alcoólica não realiza remoção de sujidades.
Duração do procedimento: a fricção das mãos com preparação alcoólica antisséptica deve ter duração de, no mínimo,
20 a 30 segundos
Técnica:
2. Aplique uma quantidade suficiente de preparação alcoólica em uma mão em forma de concha para cobrir todas as
superfícies das mãos;
4. Friccione a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os dedos e vice-versa;
7. Friccione o polegar esquerdo com o auxílio da palma da mão direita, utilizando-se de movimento circular e vice-versa;
8. Friccione as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão esquerda, fazendo um movimento circular
e vice-versa;
Observação: A fricção antisséptica com preparação alcoólica após o uso de luvas somente deverá ser realizada em caso
de luvas isentas de talco;
Finalidade: eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de proporcionar efeito
residual na pele do profissional. Deverá ser realizada no pré-operatório, antes de qualquer procedimento cirúrgico
(indicada para toda equipe cirúrgica), antes da realização de procedimentos invasivos. Exemplos: inserção de cateter
intravascular central, punções, drenagens de cavidades, instalação de diálise, pequenas suturas, endoscopias, entre
outros.
Duração do procedimento: a antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos deve durar de 3 a 5 minutos
para a primeira cirurgia e de 2 a 3 minutos para as cirurgias subsequentes.
Técnica:
3. Recolher, com as mãos em concha, o antisséptico e espalhar nas mãos, antebraço e cotovelo. No caso de escova
impregnada com antisséptico, pressione a parte da esponja contra a pele e espalhe por todas as partes. As escovas
devem ser de cerdas macias e utilizadas em leito ungueal, subungueal e espaços interdigitais;
5. Friccionar as mãos, observando espaços interdigitais e antebraço por no mínimo 3 a 5 minutos, mantendo as mãos
acima dos cotovelos;
6. Enxaguar as mãos em água corrente, no sentido das mãos para cotovelos, retirando todo resíduo do produto. Fechar
a torneira com o cotovelo, joelho ou pés, se a torneira não possuir foto sensor;
7. Enxugar as mãos em toalhas ou compressas estéreis, com movimentos compressivos, iniciando pelas mãos e seguindo
pelo antebraço e cotovelo, atentando para utilizar as diferentes dobras da compressa estéril para regiões distintas.
Os seguintes aspectos devem ser levados em consideração para garantir o bom estado da pele das mãos:
1. A fricção das mãos com preparação alcoólica contendo um agente umectante agride menos a pele do que a higiene
com sabonete líquido e água;
2. As luvas com talco podem causar irritação quando utilizadas simultaneamente com produtos alcoólicos;
3. O uso de cremes de proteção para as mãos ajuda a melhorar a condição da pele, desde que sejam compatíveis com
os produtos de higiene das mãos e as luvas utilizadas.
2. Utilizar água quente para lavar mãos com sabonete líquido e água;
1. Enxaguar abundantemente as mãos para remover resíduos de sabonete líquido e sabonete antisséptico;
Conduta Preventiva
2. Não use unhas postiças quando entrar em contato direto com os pacientes;
4. Não utilizar anéis, relógios, pulseiras e outros adornos quando assistir ao paciente;
5. Aplique creme hidratante nas mãos (uso individual), diariamente, para evitar ressecamento na pele;
6. Os lavatórios/pias devem estar sempre limpos e livres de objetos que possam dificultar o ato de lavar as mãos;
7. O papel toalha deve estar localizado de tal forma que ele não receba respingos de água e sabão;
9. Junto aos lavatórios e as pias, deve sempre existir recipiente para o acondicionamento do material utilizado na
secagem das mãos. Este recipiente deve ser de fácil limpeza, não sendo necessária a existência de tampa. No caso de
se optar por mantê-lo tampado, o recipiente deverá ter tampa articulada com acionamento de abertura sem utilização
das mãos.
10. O agente antisséptico deve estar disponível em local de fácil acesso e ao alcance das mãos no ambiente da prestação
dos cuidados.
IDENTIFICAÇÃO
CONFIRMAÇÃO
Todos os profissionais presentes na sala de operações e que irão participar ativamente do procedimento se apresentam
(nome e função); faz-se a conferência, em voz alta, da identidade do paciente, do procedimento e da parte do corpo
que será operada. Em seguida, o cirurgião, o anestesiologista e o membro da equipe de enfermagem, verbalmente,
revisam os pontos críticos para a cirurgia, fazendo uso do checklist e confirmando o uso profilático de antibióticos nos
últimos 60 minutos; além disso, certificam-se da disponibilidade dos exames de imagem;
REGISTRO
Em conjunto com a equipe, o coordenador da lista analisa o procedimento, contam-se as compressas e os instrumentos,
rotulam-se as peças anatômicas ou outras amostras obtidas, checam-se informações sobre quaisquer danos nos
equipamentos, assim como outros problemas a serem resolvidos; finalizam traçando os planos de cuidados em relação
ao pós-operatório, antes do encaminhamento do paciente à sala de recuperação anestésica
Para a substituição adequada dos dispositivos é fundamental conter a identificação com o NOME DO PROFISSIONAL, DATA e HORA
da inserção/instalação/troca, TIPO e CALIBRE do dispositivo, e DATA e HORA da troca do curativo.
A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS é uma medida das mais importantes na prevenção da infecção relacionada a assistência
à Saúde.
TEMPO DE
DISPOSITIVO/MATERIAL ILUSTRAÇÃO ORIENTAÇÃO
PERMANÊNCIA
Remover todo o
sistema somente Se houver troca da bolsa por qualquer indicação,
quando ocorrer: a sonda vesical de Foley deverá ser substituída.
obstrução do Não é recomendada a abertura do sistema
cateter ou do tubo durante o uso do cateter. Esvaziar a cada 12
coletor, suspeita ou horas ou quando atingir o limite máximo da
evidência de capacidade de armazenamento.
incrustações na
Coletor urinário tipo BOLSA
superfície interna do
(sistema fechado)
cateter, violação ou
contaminação do
cateter e do
sistema de drenagem,
mau funcionamento
do cateter e febre
sem outra
causa conhecida.
Para a substituição adequada dos dispositivos é fundamental conter a identificação com o NOME DO PROFISSIONAL, DATA e HORA
da inserção/instalação/troca, TIPO e CALIBRE do dispositivo, e DATA e HORA da troca do curativo.
A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS é uma medida das mais importantes na prevenção da infecção relacionada a assistência
à Saúde.
TEMPO DE
DISPOSITIVO/MATERIAL ILUSTRAÇÃO ORIENTAÇÃO
PERMANÊNCIA
Para a substituição adequada dos dispositivos é fundamental conter a identificação com o NOME DO PROFISSIONAL, DATA e HORA
da inserção/instalação/troca, TIPO e CALIBRE do dispositivo, e DATA e HORA da troca do curativo.
A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS é uma medida das mais importantes na prevenção da infecção relacionada a assistência
à Saúde.
TEMPO DE
DISPOSITIVO/MATERIAL ILUSTRAÇÃO ORIENTAÇÃO
PERMANÊNCIA
Para a substituição adequada dos dispositivos é fundamental conter a identificação com o NOME DO PROFISSIONAL, DATA e
HORA da inserção/instalação/troca, TIPO e CALIBRE do dispositivo, e DATA e HORA da troca do curativo.
A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS é uma medida das mais importantes na prevenção da infecção relacionada a assistência
à Saúde.
TEMPO DE
DISPOSITIVO/MATERIAL ILUSTRAÇÃO ORIENTAÇÃO
PERMANÊNCIA
Para a substituição adequada dos dispositivos é fundamental conter a identificação com o NOME DO PROFISSIONAL, DATA e
HORA da inserção/instalação/troca, TIPO e CALIBRE do dispositivo, e DATA e HORA da troca do curativo.
A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS é uma medida das mais importantes na prevenção da infecção relacionada a assistência
à Saúde.
TEMPO DE
DISPOSITIVO/MATERIAL ILUSTRAÇÃO ORIENTAÇÃO
PERMANÊNCIA
Para a substituição adequada dos dispositivos é fundamental conter a identificação com o NOME DO
PROFISSIONAL, DATA e HORA da inserção/instalação/troca, TIPO e CALIBRE do dispositivo, e DATA e
HORA da troca do curativo.
A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS é uma medida das mais importantes na prevenção da infecção
relacionada a assistência à Saúde.
TEMPO DE
DISPOSITIVO/MATERIAL ILUSTRAÇÃO ORIENTAÇÃO
PERMANÊNCIA
Para a substituição adequada dos dispositivos é fundamental conter a identificação com o NOME DO PROFISSIONAL, DATA e
HORA da inserção/instalação/troca, TIPO e CALIBRE do dispositivo, e DATA e HORA da troca do curativo.
A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS é uma medida das mais importantes na prevenção da infecção relacionada a assistência
à Saúde.
TEMPO DE
DISPOSITIVO/MATERIAL ILUSTRAÇÃO ORIENTAÇÃO
PERMANÊNCIA
Conforme rotina já
EXTENSOR para infusão estabelecida em cada
intermitente em bomba de setor, podendo ser
-
seringa (ex: antibióticos) utilizado até o
máximo de 72 horas
FIO-GUIA de alumínio
revestido em plástico para Uso único individual
intubação
Para a substituição adequada dos dispositivos é fundamental conter a identificação com o NOME DO PROFISSIONAL, DATA e
HORA da inserção/instalação/troca, TIPO e CALIBRE do dispositivo, e DATA e HORA da troca do curativo.
A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS é uma medida das mais importantes na prevenção da infecção relacionada a assistência
à Saúde.
TEMPO DE
DISPOSITIVO/MATERIAL ILUSTRAÇÃO ORIENTAÇÃO
PERMANÊNCIA
Para a substituição adequada dos dispositivos é fundamental conter a identificação com o NOME DO PROFISSIONAL, DATA e
HORA da inserção/instalação/troca, TIPO e CALIBRE do dispositivo, e DATA e HORA da troca do curativo.
A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS é uma medida das mais importantes na prevenção da infecção relacionada a assistência
à Saúde.
TEMPO DE
DISPOSITIVO/MATERIAL ILUSTRAÇÃO ORIENTAÇÃO
PERMANÊNCIA
Sonda de ASPIRAÇÃO
Uso único
oronasoendotraqueal Descartar após o uso em cada paciente.
Sonda ENTERAL
Sonda NASOGÁSTRICA
Para a substituição adequada dos dispositivos é fundamental conter a identificação com o NOME DO PROFISSIONAL, DATA e
HORA da inserção/instalação/troca, TIPO e CALIBRE do dispositivo, e DATA e HORA da troca do curativo.
A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS é uma medida das mais importantes na prevenção da infecção relacionada a assistência
à Saúde.
TEMPO DE
DISPOSITIVO/MATERIAL ILUSTRAÇÃO ORIENTAÇÃO
PERMANÊNCIA
Sem troca
Vidro / Frasco de ASPIRAÇÃO
programada
LIMPEZA
Remoção de sujidade visível orgânica e inorgânica e por conseguinte de sua carga microbiana
• Iniciar quanto mais cedo – bioburden (carga microbiana). A Limpeza eficiente diminui a carga de
microrganismos em 99,99%, ou seja, reduz quatro logarítimos do bioburden
• Medida aceita internacionalmente é de 106 UFC (Unidade Formadora de Colônia)– para segurança do processo
de esterilização
OBJETIVOS
• Remover sujidades;
• Remover resíduos (químicos, orgânicos, endotoxinas - lipopolissacarídeos da parede celular de bactérias gram-
negativas - biofilmes – cj. de células microbianas associadas á superfície)
Limpeza manual
Utilizar EPI apropriado: luva grossa de borracha antiderrapante de cano longo, avental,
bota, gorro, protetor facial, máscara e óculos de proteção.
Limpeza mecânica
• Lavadora Ultra-Sônica: convertem ondas sonoras de ultra-alta frequência em vibrações mecânicas que se
movem na água, criando bolhas microscópicas. Ideal para artigos de conformação complexa
• Lavadora Pasteurizadora: inativação de bactérias patogênicas por meio de calor, Desinfecção de alto nível –
água 75°C por 30 minutos
• Lavadora Termodesinfetadora: limpam e desinfetam, por meio térmico ou químico (detergente é aplicado
sob pressão por meio de bicos ou braços rotativos). Lavam e fazem desinfecção de alto nível – 60 a 95°C
* É um procedimento realizado com a intenção de proteger os profissionais que farão a limpeza de superfície ou artigo sujo com
matéria orgânica.
* Processo de tornar qualquer objeto ou região seguros para o contato de pessoas não-protegidas, fazendo inócuos os agentes
químicos ou biológicos, suprimindo ou amortecendo os agentes radiológicos.
Descontaminação Prévia
Procedimento utilizado em artigos contaminados por matéria orgânica (sangue, pus, secreções corpóreas), para destruição de
microrganismos patogênicos na forma vegetativa (não esporulada), antes de iniciar o processo de limpeza. Tem por objetivo proteger
as pessoas que irão proceder à limpeza desses artigos.
Desinfecção
É o processo de eliminação e destruição de microrganismos, patogênicos ou não, em sua forma vegetativa
- Temperatura e pH do processo
Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde
• Na sala de desinfecção química o enxágue dos produtos para saúde deve ser realizado com água que
atenda aos padrões de potabilidade definidos em normatização específica.
• O transporte de produtos para saúde submetidos à desinfecção de alto nível no CME deve ser feito em
embalagem ou recipiente fechado.
• A CME deve adotar as medidas de segurança preconizadas pelo fabricante, em relação ao uso de saneantes.
• Os desinfetantes para artigo semicrítico devem ser utilizados de acordo com os parâmetros definidos no
registro do produto.
• Os parâmetros, inicial e subsequentes, dos desinfetantes para artigo semicrítico, devem ser registrados e
arquivados pelo prazo mínimo de cinco anos
Material crítico entra em contato com vasos sanguíneos ou tecidos livres de microorganismos Ex:
instrumental cirúrgico
ESTERILIZAÇÃO
Material semi-crítico: entra em contato com mucosa ou pele não íntegra. Ex: inaladores, endoscópios,
espéculos
DESINFECÇÃO
• Produtos para saúde classificados como críticos devem ser submetidos ao processo de esterilização, após a
limpeza e demais etapas do processo.
• Produtos para saúde classificados como semicríticos devem ser submetidos, no mínimo, ao processo de
desinfecção de alto nível, após a limpeza.
• Produtos para saúde classificados como não-críticos devem ser submetidos, no mínimo, ao processo de limpeza.
• O processamento de produtos deve seguir um fluxo direcionado sempre da área suja para a área limpa.
• Produtos para saúde utilizados na assistência ventilatória e inaloterapia, não poderão ser
submetidos à desinfecção por métodos de imersão química líquida com a utilização de saneantes a
base de aldeídos.
O Centro de Material Esterilizado é uma unidade voltada à prestação de serviços, onde é realizado o trabalho de
limpeza, montagem, embalagem, esterilização e armazenamento de materiais necessários ás atividades de assistência,
diagnóstico e tratamento desenvolvidos em uma instituição de saúde.
• O CME Classe I é aquele que realiza o processamento de produtos para a saúde não-críticos, semicríticos e
críticos de conformação não complexa, passíveis de processamento.
OBS: Produto para saúde crítico de conformação complexa: produtos para saúde que possuam lúmem inferior
a cinco milímetros ou com fundo cego, espaços internos inacessíveis para a fricção direta, reentrâncias ou
válvulas
• O CME Classe II é aquele que realiza o processamento de produtos para a saúde não-críticos, semicríticos e
críticos de conformação complexa e não complexa passíveis de processamento.
MESTRE EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE
ENFERMEIRO SESMT-UFPI
ENFERMEIRO CAPSi
CONTROLE DE INFECÇÃO PROFESSOR CARLOS RODRIGUES
• OBS: Produto para saúde de conformação não complexa: produtos para saúde cujas superfícies internas e
externas podem ser atingidas por escovação durante o processo de limpeza e tenham diâmetros superiores a
cinco milímetros nas estruturas tubulares
• A responsabilidade pelo processamento dos produtos no serviço de saúde é do Responsável Técnico. (Nível
superior com atuação exclusiva no CME classe II durante sua jornada)
• IV - da equipe médica;
Cirurgias Experimentais
No CME e na empresa processadora destinadas à assistência humana é proibido processar produtos para saúde
oriundos de procedimentos realizados em animais, incluindo cirurgias experimentais
• O Serviço de Saúde é corresponsável pela segurança do processamento dos produtos para saúde, realizado por
empresa processadora por ele contratada.
• Parágrafo único. O serviço de saúde responde solidariamente por eventuais danos ao paciente causados pela empresa
processadora contratada, no que se refere às atividades relacionadas ao processamento dos produtos para saúde.
• Os produtos para saúde devem ser encaminhados para processamento na empresa processadora após serem
submetidos à pré-limpeza no serviço de saúde, conforme Procedimento Operacional Padrão (POP), definido
em conjunto pela empresa e o serviço de saúde contratante.
• A limpeza, preparo, desinfecção ou esterilização, armazenamento e distribuição de produtos para saúde devem
ser realizados pelo CME do serviço de saúde e suas unidades satélites ou por empresa processadora.
• O processamento de produtos para saúde não críticos pode ser realizado em outras unidades do serviço de
saúde desde que de acordo com Procedimento Operacional Padronizado - POP definido pelo CME.
• Todos os produtos para saúde que não pertençam ao serviço e que necessitem de processamento antes da sua
utilização devem obedecer às determinações do CME.
Esterilização
Processo de destruição completa de todas as formas de vida microbiana, incluindo vírus e esporos
Tipos de Esterilização
A ANVISA não recomenda mais esterilização por imersão química devido às dificuldades de operacionalização e não
garantia de eficácia do processo.
PROCESSOS FÍSICOS
o Calor Seco: Estufa ou Forno de Pasteur: 160°C por 2 horas e 170°C por 1 hora. Não recomendado mais pela
ANVISA
Vantagens
• Efetivo para instrumentos metálicos
• Não destrói o corte dos instrumentos
• Não corrói ou enferruja
Desvantagens:
• Falha Pessoal – na marcação correta do tempo de esterilização
• Abertura da Estufa para colocar ou retirar algum instrumento
• Pequena penetração de calor
• Pode descolorir ou queimar papel ou tecido
• Tempo de demora ou tempo de aquecimento da Estufa- média 40 minutos no primeiro ciclo
Tipo de embalagem – metálica (Fechada)
o Calor Úmido: Autoclaves: Vapor sob pressão. Temperatura e pressão (121 °C a 1340 C; P= 1 atm a 1,80 atm) e
tempo ( 3 a 30 minutos), materiais termorresistentes
TIPOS DE AUTOCLAVES:
• Gravitacional: A injeção do vapor na câmara força a saída do ar frio por meio de uma válvula localizada na
parte inferior.
Desvantagens: formação de bolhas de ar no interior do pacote e tempo mais longo para penetração do vapor
• Pré-vácuo: por meio de uma bomba de vácuo contida no equipamento, o ar é removido do artigo e da câmara.
Pode ser um pulso ou em três ciclos pulsáteis – favorece a penetração mais rápida do vapor. Após a
esterilização, a bomba de vácuo faz a sucção do vapor e da umidade interna da água – para secagem mais
rápida
o Na autoclave o que realmente esteriliza é o calor úmido e não a pressão.
o A morte dos microrganismos pela autoclave ocorre pela termo-coagulação e desnaturação das proteínas
microbianas.
o É proibido o uso de autoclave gravitacional de capacidade superior a 100 litros.
Vantagens:
• Rapidez
• Eficiência – (excesso de carga o ciclo é abortado)
• Embalagem – papel, plástico, tecido, metal
• ( caixa aberta ou com janela)
• Não permite ser aberta durante o ciclo
Desvantagens: Não indicada para materiais termosensíveis
o Radiação
• Raios Ultravioletas– superficiais (óculos de proteção)
• Raios Gama – Cobalto 60, Césio 137 – agulhas descartáveis
PROCESSOS FÍSICO-QUÍMICOS
Materiais termosensíveis
o ETO (físico-químico):
Ação: Ocorre interação entre os radicais livres gerados pelo plasma e as substâncias celulares como enzimas,
fosfolipídios, DNA, RNA e outros, impedindo o metabolismo ou reprodução celular.
Este método de esterilização é utilizado como alternativa para artigos sensíveis a altas temperaturas e à umidade e vem
sendo estudada sua característica ecologicamente viável, pois é um sistema de esterilização atóxico, com processo
ambiental saudável.
Este processo pode ser aplicado em materiais como alumínio, bronze, látex, cloreto de polivinila (PVC), silicone, aço
inoxidável, teflon, borracha, fibras ópticas, materiais elétricos e outros. Não é oxidante.
Este processo tem como vantagens o fato de realizar a reação química com as unidades celulares muito rapidamente,
viabilizando o processo de esterilização em curto espaço de tempo; o fato de a ativação do gás de peróxido se dar por
alguns minutos e depois voltar ao estado normal sem deixar resíduos e, no final do processo, ter como produtos de
degradação oxigênio e água, não necessitando de período de aeração. Além disso, o processo não requer equipe
específica, nem controle exaustivo de monitorização.
Os parâmetros utilizados para a realização deste processo são: Temperatura, pressão, concentração de
peróxido de hidrogênio, energia do plasma, tempo.
• Embalagens (polipropileno, Tyvek, container), energia elétrica, cassetes de peróxido de hidrogênio, amplificadores
e boosters (para materiais canulados esterilizados em Sterrad ® 100S).
• Este processo é incompatível com artigos que contenham celulose, artigos de comprimento maior que 2 metros
(Sterrad® 100S), ou 1 metro (Sterrad® NX®)
• Fatores negativos: Câmaras pequenas Fatores positivos: ao final do processo não apresenta resíduos tóxicos apenas
água e oxigênio.
• Monitoração Parâmetros físicos, IQ, IB (Geobacillus stearothermophilus)
• Temperatura
• Tempo
• Pressão
INDICADORES QUÍMICOS
Dispositivos usados para monitorar a presença ou o alcance de um ou mais parâmetros requeridos para um processo
de esterilização satisfatório ou para uso em testes específicos de equipamentos de esterilização.
• Teste de BOWIE & DICK – Indicadores para uso em testes específicos - testa a eficácia do sistema de
vácuo da autoclave pré-vácuo.
• verifica a eficiência da bomba de vácuo
• espera-se mudança uniforme da cor do papel, em toda sua extensão
• recomenda-se que seja feito no primeiro ciclo do dia, com equipamento pré-aquecido e com a
câmara vazia.
• caso não haja homogeneidade na revelação, efetuar revisão imediata do equipamento
• O pacote-teste tipo Bowie & Dick é colocado na bandeja, sozinho, o mais próximo possível do dreno,
dentro da câmara e inox, para ser submetido ao processo de esterilização, com 3 pré-vácuos, pressão
de 2,3 kPa a 134°C.
Ligar a autoclave e submetê-la a 1 ciclo COMPLETO E VAZIO;
Colocar a folha teste no meio de uma pilha de campos de tecido com 25 a 28 cm de altura; esta pilha pode ser
embalada em tecido ou papel, podendo ser atada com fita adesiva;
127° - 11 minutos
129° - 15 minutos
Fita Teste Resultado (-): Autoclave OK Resultado (+)- Autoclave precisa Manutenção
• Positivo (+): Quando a folha teste apresenta FALHAS na revelação, que é observada por uma mudança INCOMPLETA na
coloração, geralmente no centro da mesma;
✓ Repetir o teste
✓ Se persistir, parar o equipamento
✓ Acionar a manutenção. Fazer novo teste.
✓ Em grandes reparos: realizar a qualificação de desempenho- 03 testes consecutivos
• Negativo (-): Quando a mudança na coloração da folha for UNIFORME em toda a sua extensão, demonstrando NÃO haver
AR RESIDUAL.
Indicador multiparamétrico – dois ou mais parâmetros críticos. Controla a Temperatura e o Tempo necessários para o processo;
Integrador: controla temperatura, tempo e qualidade do vapor. Reagem com todos os parâmetros
INDICADORES BIOLÓGICOS
o Preparação padronizada de esporos bacterianos autocontidos, com suspensões de 106 esporos por unidade de papel filtro.
o Indicam se a esterilização foi efetiva
o Esporos Geobacillus stearothermophilus
Primeira geração: Tiras de papel inoculadas com esporos acondicionadas em Envelopes;
Tempo: 07 dias
Segunda geração: Tiras de papel inoculadas com esporos, autocontidas com meio de cultura
Tempo: 48 horas
Terceira geração: Tiras de papel inoculadas com esporos, autocontidas com meio de cultura, Baseada em identificação de enzimas
Tempo: 03 horas
o Não testa itens individualmente
o Rotina diária
o Autoclave com carga
ROTINA DE MONITORIZAÇÃO
Tipos de embalagens
São vários os tipos de invólucros para esterilização de materiais hospitalares disponíveis no mercado. No processo de
escolha, há dois fatores preponderantes: a qualidade da embalagem para esterilização e o seu custo.
É importante se ressaltar aqui a diferença entre o preço de aquisição e o custo final que este invólucro pode acumular.
Por exemplo, se o material for reutilizável, qual gasto será adicionado ao se considerar as etapas de confecção e
lavagem?
Feita essa relação, resta a pergunta: Qual invólucro tem o melhor custo-benefício? O papel kraft, o brim, o papel
crepado, o papel grau cirúrgico ou o SMS para esterilização?
Perioperatória
Período que vai desde que o cirurgião decide indicar a operação e comunica ao paciente até que este
último retorne, depois da alta hospitalar, às atividades normais.
Pré-operatório
Mediato: Esta fase corresponde do momento da indicação da cirurgia e termina 24 horas antes de
seu início, geralmente neste período o paciente ainda não se encontra internado.
Neste período, sempre que possível, o paciente deve:
• Passar por uma avaliação médica geral;
• Fazer exames clínicos detalhados (exames de sangue, RX,
eletrocardiograma);
• Solicitar de equipamentos e materiais especiais;
• Esclarecer a família e auxiliá-la a entender o processo da
cirurgia;
MESTRE EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE
ENFERMEIRO SESMT-UFPI
ENFERMEIRO CAPSi
CONTROLE DE INFECÇÃO PROFESSOR CARLOS RODRIGUES
Transoperatório: Começa quando o paciente é transferido para a mesa da sala de cirurgia e termina na Sala
de recuperação pós- anestésica.
Pós-operatório: Começa com a admissão do paciente na SRPA e termina com uma avaliação de
acompanhamento clínico ou em casa.
Imediato: até às 24 horas posteriores à cirurgia Mediato (enfermaria): Compreende o período que decorre
após 24 horas da cirurgia até o momento da alta hospitalar
A SAEP possibilita uma assistência segura ao paciente, prevenindo riscos previsíveis, de forma que
o paciente deixe o CC sem sofrer nenhum dano além dos inerentes ao próprio procedimento ao
qual foi submetido.
• Urgência
• Emergência
• Eletivo
Quanto a Finalidade
• Paliativo
• Radical
• Diagnóstico
• Curativa
TERMINOLOGIA CIRÚRGICA
SUFIXOS
Tomia: significa incisão, corte, abertura de parede ou órgão (toracotomia,
laparotomia).
•Stomia: significa fazer uma nova boca; comunicar um órgão tubular ou oco com o
exterior ( traqueostomia, jejunostomia).
Ectopia: significa extirpar parcial ou totalmente um órgão (esofagectomia,
esplenectomia).
Plastia: significa reparação plástica da forma ou função do segmento afetado
(rinoplastia, queiloplastia).
•Rafia: significa sutura (herniorrafia, gastrorrafia).
•Pexia: significa fixação de uma estrutura corpórea (nefropexia, mamopexia).
•Scopia: significa visualizar o interior de um órgão cavitário ou cavidade com o auxílio
de aparelhos especiais (broncoscopia, colonoscopia).
PREFIXOS
Adeno..........Glândula
Blefaro.........Pálpebra
Cisto.............Bexiga
Colo..............Cólon
Cole..............Vesícula
Colpo............Vagina
Entero...........Intestino
Gastro...........Estômago
Histero..........Útero
Nefro............Rins
Oftalmo........Olho
Ooforo..........Ovário
Orqui............Testículo
Osteo............Osso
Oto................Ouvido
Proto.............Reto
Rino..............Nariz
Salpingo........Trompa
Traqueo........Traquéia
MOMENTOS CIRÚRGICOS
• Diérese
Consiste na separação dos planos anatômicos ou tecidos para possibilitar a abordagem de um órgão ou
região.
• Hemostasia
Este método de hemostasia é realizado antes da intervenção cirúrgica, visa interromper, em caráter
temporário, o fluxo de sangue para a ferida cirúrgica e, com isso prevenir ou diminuir a perda sanguínea.
• Faixa de esmarch
• Compressão digital de artéria.
2. Hemostasia temporária;
É aquela efetuada durante a intervenção cirúrgica, com a finalidade de deter ou impedir, temporariamente,
o fluxo de sangue ao campo operatório
• Por pinçamento;
• Por cauterização;
• Por transfixação;
• Por ligadura;
• Por tamponamento
A hemostasia por laqueadura e pinçamento é o método mais utilizado no ato cirúrgico e obtido por meio da
utilização de pinças hemostáticas do tipo kelly, halstead e rochester, e fios de sutura.
Trata-se do principal tempo de cirurgia, pois é nessa fase que pode ocorrer a retirada total ou parcial de um
órgão ou tecido. Nesse tempo são utilizados instrumentos cirúrgicos específicos de acordo com a cirurgia
INSTRUMENTAL DE PREENSÃO São aqueles destinados a prender vísceras e a manipular tecidos. Os dois
tipos básicos são as pinças elásticas e os instrumentos com anéis e cremalheiras.
Pinça Allis
INSTRUMENTAL DE SEPARAÇÃO
Classificam-se em
• Afastadores auto estáticos: são aqueles que se mantém abertos e na posição por si sós. Exemplo: Gosset
e Balfour.
Afastador de Finochietto
• Afastadores dinâmicos: são aqueles manuseados pelos auxiliares e com possibilidade de mudarem de
posição sempre que a necessidade do campo cirúrgico a isso obrigarem.
Espátulas: outro tipo de afastador de uso diverso, também conhecidas como sapatas (forma de sola de
sapato) ou as laminares, rígidas ou maleáveis.
• Síntese cirúrgica
Porta-agulhas: instrumentos através dos quais se manuseiam agulhas e fios na síntese dos tecidos.
Fios de Sutura: Os fios de sutura são utilizados para obtenção de hemostasia (ligadura vascular) e para
aproximação de tecidos. Surgiram e foram desenvolvidos ao longo dos séculos em função da necessidade de
controlar hemorragias e também de favorecer a cicatrização de ferimentos ou incisões.
São fagocitados, hidrolisados, degradados e assimilados pelo tecido em que são implantados. Os de origem
animal são fagocitados por meio de atividade enzimática durante o processo de cicatrização. Os de origem
sintética são hidrolisados quando da reação com as moléculas de água dos líquidos corporais, que se
degradam e são assimiladas pelos tecidos em cicatrização. Eles são divididos em dois grupos: sintéticos e
biológicos.
São conhecidos como categute (nome de origem inglesa devido à obtenção do intestino do gato) atualmente
obtido da submucosa do intestino delgado de ovinos ou serosa de bovinos. Conforme o tempo de absorção,
os categutes podem ser simples ou cromados. Os simples apresentam absorção mais rápida, em torno de
oito dias, e os cromados absorção mais lenta, em torno de 20 dias, sendo tratados com bricomato de
potássio. O categute cromado é indicado para tecidos com cicatrização mais demorada, como em estruturas
do aparelho gastrointestinal ou no útero.
O categute simples e o cromado precisam ser mantidos em solução alcoólica para que sejam preservadas
suas propriedades de manuseio, além de protegidos da luz e das grandes variações de temperatura, por isso
são embalados em envelope primário aluminizado. Quando é removido de sua embalagem e não usado
imediatamente, o álcool evapora e o fio perde sua flexibilidade. Para reestruturá-la, pode-se mergulhar o fio
em água estéril ou soro fisiológico, entretanto o umedecimento excessivo pode reduzir a força de tensão.
Ácido poliglicólico – fio multifilamentar com excelente maleabilidade e tem sido empregado em larga escala
como substituto dos fios de absorção lenta e dos inabsorvíveis. O ácido poliglicólico é um material sintético
obtido por meio de polimerização do ácido glicólico, de fácil manuseio, forte, flexível e de boa tolerância. São
utilizados em anastomoses gastrointestinais, cirurgias ginecológicas, cirurgia geral e operações urológicas.
Fios compostos por polímeros como poliglecaprone e polidioxanona. São monofilamentares, maleáveis e
mantém a resistência de tensão por um período mais prolongado que os sintéticos multifilamentares.
Indicados quando se deseja um apoio prolongado para a ferida, como no fechamento de tecido facial ou para
pacientes idosos ou oncológicos.
Os fios absorvíveis sintéticos também são embalados em envelope primário aluminizado, porém, seco, para
a sua proteção contra a umidade, a luz e as variações de temperatura.
São resistentes à digestão enzimática em tecido animal vivo. São de dois tipos: biológicos e sintéticos.
O algodão é derivado da celulose, de baixo custo, de fácil esterilização e de pouca reação tecidual. Fio torcido
de calibre variado, encontrado no comércio embalado em envelopes e já pré-cortado, geralmente com 15 a
45 cm de comprimento. Indicado para tecidos de rápida cicatrização e contraindicado para suturas cutâneas
devido à sua reatividade tissular.
O fio de seda, de origem animal, obtido de diversas espécies de bicho-da-seda. Suas fibras são retorcidas ou
transadas e podem passar por processo de enceramento para diminuir sua capilaridade. Apresenta facilidade
de manuseio, resistência à tração e segurança na fixação do nó.
- Poliamida: caracteriza-se pela elasticidade e resistência à água. Pode ser mono ou multifilamentar. Fio de
pouca reação, mas de difícil manipulação, duro e corrediço e pouca segurança de manutenção do nó.
- Poliéster: apresenta-se sob a forma simples, revestido de teflon ou siliconizado. Fio de difícil manejo por
ser também corrediço; para que isso não ocorra, normalmente se adiciona teflon e silicone, mas estes
materiais podem se dissociar e provocar reação tecidual. Utilizados em estruturas que requerem grande
resistência à tração.
- Polipropileno: fio derivado das poliefinas, não biodegradável, e tem sido recomendado o tipo
monofilamentado, para a síntese de feridas contaminadas, devido à reação tecidual mínima. É um dos fios
mais inertes, com baixa capilaridade, com mínima reação tissular e com alta resistência à tração. É Indicado
nas cirurgias cardiovasculares.
Agulhas cirúrgicas
A agulha não tem papel no processo de cicatrização. Deve ser suficientemente larga, penetrante para
ultrapassar a resistência tecidual, resistente para não dobrar, mas ao mesmo tempo flexível, para dobrar
antes de quebrar, resistente a corrosão de tamanho, forma, e calibre apropriados à aplicação a que se
destina.
São utilizadas na reconstrução, com a finalidade de transfixar os tecidos, servindo de guia aos fios de sutura.
Quanto ao corpo, às agulhas são retas, curvas (círculos de 3/8, ¼, ½ e 5/8) e semi-curvas específicas para
cirurgia laparoscópica, quanto à ponta são cilíndricas (não cortantes), espatuladas, rombas ou triangulares,
e quanto ao fundo podem ser traumáticas ou atraumáticas.
As agulhas atraumáticas, isto é, aquelas que já trazem o fio montado, asseguram fácil penetração nos
tecidos, sem deixar lacerações, sendo o tipo universalmente mais usado. Nas traumáticas os fios são
montados no momento de uso e elas provocam dilacerações nos tecidos.
• As agulhas espatuladas são achatadas com bordas laterais cortantes. São utilizadas principalmente
em cirurgias oftalmológicas.
Método frequentemente usado para fechamento da pele. Quando usados corretamente, oferecem
excelentes resultados estéticos. Além de diminuir o tempo de cirurgia, eles permitem a distorção decorrente
do estresse exercido individualmente pelas pontas de sutura.
As feridas sujeitas à tensão estática e dinâmica mínimas podem ser aproximadas por uma fita adesiva de
pele. A escolha da fita para fechamento da pele se baseia na capacidade adesiva e força tensiva para
manterem as bordas da ferida intimamente aderidas e especialmente a sua porosidade para facilitar a
transmissão de umidade, evitando assim o acúmulo de fluídos debaixo da ferida.