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Virologia

Semana 03

1- Qual a diferença entre infecções agudas e persistentes? E entre infecções persistentes crônicas e
persistentes latentes? Dê exemplos de infecções virais para cada uma delas

Infecção aguda: hospedeiro é infectado e após todo o decorrer da infecção há o processo de cura ou eliminação
total do agente infeccioso do hospedeiro. Exemplo: influenza vírus
Infecção persistente: o vírus não é retirado do hospedeiro após a infecção primária, mas permanece associado a
células específicas. Pode ser crônica (com presença do agente infeccioso e o hospedeiro poderá transmitir a
doença. Exemplo: hepatite B vírus) ou latente (com presença de apenas ácido nucleico viral ou de formas não
infectantes do agente. Exemplo: herpes vírus).

2- Qual a diferença entre vírus, viroides e príons?

Vírus: agentes infecciosos, acelulares, ultramicroscópicos,que não possuem metabolismo e necessitam da


maquinaria metabólica de uma célula hospedeira para replicá-los, entidade biológica acelular, parasitas
intracelulares obrigatórios
Viróides e príons são agentes não convencionais ou vírus atípicos. Viróides contém apenas RNA (pequenos
-menos que 400 nucleotídeos-, não empacotado, não condificam para proteínas, ou seja, são sem cápsula
proteica e genoma sem genes),geralmente associados com doenças em plantas. Príons são proteínas infectantes,
pequenas.

3- Por que os vírus não podem ser considerados células?

Não possuem membrana plasmática e metabolismo próprio, usam, portanto, os processos da célula do
hospedeiro para produzirem seus componentes (RNA mensageiro viral, proteína e cópias idênticas do genoma),
só são, por conseguinte, capazes de se reproduzir no interior de outra célula (parasitas intracelulares obrigatórios)

4- Qual o mínimo necessário para um organismo ser considerado uma célula?

Possuem material genético, membrana plasmática e citoplasma. Além disso, células possuem metabolismo
próprio ou seja, não dependem de outra entidade para produzirem suas próprias proteinas ou se replicarem.

5- Como se dá a interação entre proteínas estruturais para montagem dos capsídeos icosaédricos?

Atração eletroquímica por atividade espontânea. Proteínas individuais associam-se em subunidades, as quais se
associam em protômeros, 12 capsômeros com simetria de cinco lados cada um (pentâmero ou penton) e
procapsídeo ou um capsídeo reconhecível . Um procapsídeo requer processamento subsequente para tornar-se o
capsídeo final e transmissível.
6- Qual a diferença entre vírus nus e vírus envelopados? Cite uma vantagem e uma desvantagem de
cada um em relação a infecção em humanos

Vírus envelopado: presença de envelope (membrana composta de lipídios, proteínas e glicoproteínas). Vantagem
de ser envelopado: Não precisa matar a célula para se disseminar, o que permite instalação de infecções
persistentes. Desvantagem: Deve permanecer “úmido”, não pode sobreviver ao trato gastrointestinal,
dissemina-se em grandes gotas, secreções, transplantes de órgãos e transfusões de sangue, pode necessitar de
anticorpo e resposta imune mediada por células para proteção e controle
Vírus não envelopado: ausência de envelope. Vantagens: Pode ser disseminado facilmente (em fômites, de mão
para mão, pela poeira, por pequenas gotas),pPode sobreviver às condições adversas do intestino, pode ser
resistente a detergentes e a um tratamento pobre de esgoto. Desvantagens: Pode ressecar e reter a infectividade

7- Qual a estrutura observada entre o capsídeo e o envelope dos membros da família Herpesviridae?
Qual a importância dessa estrutura para a biologia viral?

O espaço intersticial entre o nucleocapsídeo e o envelope é denominado tegumento, e contêm enzimas, outras
proteínas e até RNA que facilitm a infecção viral

8- Algum vírus que infecta humanos já foi erradicado? Qual? Como isso foi obtido?

Sim. Vírus da varíola. Erradicado através da vacinação em massa (facilitada pois existia em apenas um sorotipo
viral, os sintomas estavam sempre presentes nas pessoas infectadas e a vacina era relativamente benigna e
estável)

9- Porque o rotavírus é tão resistente no ambiente? Explique isso em relação à sua estrutura. Se é tão
estável? Como consegue infectar as células intestinais?

O rotavírus têm um duplo capsídeo icosaédrico com proteínas semelhantes a fibras parcialmente estendidas a
partir de cada vértice. O capsídeo externo protege o vírus e promove sua captação através do trato
gastrointestinal e dentro das células-alvo, enquanto o capsídeo interno contém enzimas para a síntese do RNA.

10- Depois de espécie, os vírus podem ser classificados em SOROTIPOS. Qual a definição de sorotipo? Em
quais espécies virais de doenças importantes (duas principais) em humanos temos sorotipos? Por que isso é
importante?

Diferentes linhagens de um patógeno distinguidas pelos diferentes anticorpos que eles induzem no hospedeiro,
ou com os quais reagem in vitro.
Vírus da dengue e vírus da influenza
Vírus com muitos sorotipos são de dificil controle por vacinação (infecção por um dos sorotipos confere
imunidade apenas a ele, de tal forma que o hospedeiro pode se reinfectar pela mesma espécie viral, porém de
outro sorotipo). Apresentações clínicas e epidemiológicas distintas de acordo com sorotipo. Nadengue ocorre
associação entre forma hemorrágicas com presença de anticorpos devido às infecções seqüenciais por diferentes
sorotipos do vírus (Presença de anti-corpos contra um sorotipo, a resposta imunológica do indivíduo sensibilizado
seria ampliada pela segunda infecção)

1- Qual a importância do co-receptor (receptor de entrada) no caso do HIV em células TCD4+?

O HIV infecta de CD4 + células T e torna-los a produzir proteínas virais, incluindo as proteínas de fusão. Em
seguida, as células começam a exibir HIV superfície glicoproteínas , que são antigénico . Normalmente, uma de
células T citotóxicas virá imediatamente "inserir" linfotoxinas , como perforina ou granzima , que vai matar a
célula infectada T helper. No entanto, se as células T auxiliares são próximos, os gp41 receptores de HIV
apresentadas na superfície da célula T auxiliar vai ligar-se a outros linfócitos semelhantes. Isso faz com que
dezenas de células T auxiliares fundir as membranas celulares em um gigante, sincício não funcional, o que
permite que o virião HIV para matar muitas células T auxiliares por infectar apenas uma.

R: O co-receptor é o CCR5 é importante alvo para drogas antivirais

2- Qual a molécula de superfície que o vírus do sarampo utiliza para se ligar à celula hospedeira e qual
molécula usa para fundir seu envelope à membranada célula para permitir a fusão?
Paramioxivírus : inclui sarampo ( morbilivírus), parainfluenza e caxumba (paramioxivírus) e virus sincicial
respiratório - VSR (pneumovírus)
Proteínas virais de ligação (hemaglutinina-neuraminidase [HN], nos vírus parainfluenza e vírus da caxumba;
hemaglutinina [H], no vírus do sarampo e glicoproteína [G], no vírus sincicial respiratório [VSR]) e uma
glicoproteína de fusão (F)

R: Hemaglutinina (H) como molécula de superfície e glicoproteína de fusão (f)

3- Como vírus da gripe consegue liberar os nucleocapsídeos no endossoma?

A liberação do nucleocapsídeo do influenza a partir de sua matriz e envelope é facilitada pela passagem de
prótons de dentro do endossomo através do poro de íon formado pela proteína de membrana M2 do influenza
para acidificar o virion

4- Quais são os receptores do rotavírus nas células intestinais e como ele consegue sair do endossoma
para ser transcrito?

O virion completo é, então, parcialmente digerido no trato gastrointestinal e ativado por clivagem proteolítica,
perda das proteínas do capsídeo externo (σ3/VP7) e clivagem das proteínas σ1/VP4 para produzir a ISVP. As
proteínas σ1/VP4 nos vértices das ISVP se ligam ao ácido siálico das glicoproteínas da superfície das células
epiteliais e outras células. Receptores adicionais incluem o receptor β-adrenérgico para
reovírus e moléculas de integrina para rotavírus. As proteínas σ1/VP4 do rotavírus também promovem a
penetração do virion dentro da célula. Todos os virions de reovírus e rotavírus também podem ser captados pelo
mecanismo de endocitose mediada por receptores. As ISVP liberam o núcleo para o citoplasma e as enzimas do
núcleo iniciam a produção de RNAm. O RNA
de dupla-fita sempre permanece no núcleo.

Replicação do rotavírus. Os virions do rotavírus podem ser ativados pela protease (p. ex., no trato gastrointestinal)
para produzir uma partícula subviral intermediária/infecciosa (ISVP). O virion ou ISVP se liga, penetra na célula e
perde seu capsídeo externo. O capsídeo interno contém as enzimas para a transcrição do ácido ribonucleico
mensageiro (RNAm) usando a fita (±) como um molde.

R: Receptores: ácido siálico (SIA), gangliosídeos GM1, GM2, GM3 e integrina. O virion completo é parcialmente
digerido no trato gastrointestinal e ativado por clivagem proteolítica, perda das proteínas do capsídeo externo
(σ3/VP7) e clivagem das proteínas σ1/VP4 para produzir a ISVP. As proteínas σ1/VP4 nos vértices das ISVP se
ligam ao ácido siálico das glicoproteínas da superfície das células epiteliais e outras células. Receptores adicionais
incluem moléculas de integrina para rotavírus. As proteínas σ1/VP4 do rotavírus também promovem a
penetração do virion dentro da célula. Todos os virions de rotavírus também podem ser captados pelo
mecanismo de endocitose mediada por receptores. As ISVP liberam o núcleo para o citoplasma e as enzimas do
núcleo iniciam a produção de RNAm.

5- Defina RNA genômico, antigenômico e subgenômico

Genômico: RNA viral


Antigenômico: RNA complementar, cópia idêntica com polaridade oposta ao genômico
Subgenômico: parte do RNA viral

6- O que são promotores virais nos vírus de DNA de fita dupla? qual a importância deles na transcrição
dos mRNA virais

Promotor: região que inicia transcrição de determinado gene. Sem ele a transcrição do RNAm não é possível.

7- Como os vírus RNA+ multiplicam seu genoma? onde conseguem a enzima RpRd?

Depois que a RNA polimerase RNA-dependente (RpRd) codificada pelo vírus é produzida, um molde de RNA de
fita negativa (antigenoma) é sintetizado. O molde pode ser usado, então, para gerar mais RNAm e para replicar o
genoma.

8- Em qual(is) familia(s) de vírus a integração do genoma viral ao da célula hospedeira é obrigatório para
replicação?o que esse vírus usa como promotor e sítio de terinação da transcrição?

Retroviridae. Promotor GA. Terminação: cauda poli-a no extremo LTR


9- Como o papilomavirus induz a celula a divisão celular para induzir uma hiperplasia que formará a
verruga? qual a vantagem desse processo para o vírus?

Os antígenos E6 e E7 do papilomavírus ligam-se a proteínas inibidoras de crescimento (p53 e o produto do gene


do retinoblastoma) e impedem seu funcionamento, resultando em crescimento celular (gera espessamento da
camada basal  verruga), o qual também promove a replicação viral. Aumentar a velocidade de crescimento da
célula pode incrementar a síntese do DNA e RNAm virais.

10- O que é splicing alternativo e como os virus utilizam desse processo para aumentar o rol de proteinas
que conseguem codificar?

Processamento do rna no qual há a retirada dos introns e ligação de éxons de maneiras distintas, o que gera
variabilidade de proteínas codificadas a partir de um mesmo gene inicial já que a realocação dos éxons é distinta
e gera rnas mensageiros distintos.

11- Como os capsdeos do virus da gripe são exportados do nucleo no final do processo de replicação e
como adquirem seu envelope?

Nucleocapsídeos são transportados para fora do núcleo enquanto proteínas do envelope são transportadas via
corpúsculo de golgi para membrana citoplasmática. A proteína M1 interage com o nucleocapsídeo e com uma
região modificada da membrana plasmática que contém as glicoproteínas HA e NA. Por brotamento o vírus sai da
célula, entrando em contato com a membrana da qual adquire seu envelope.

12- Em que momento ocorre a transcrição reversa na replicação do vírus da hepatite b? de onde se
origina a transcriptase reversa?

A transcrição reversa ocorre ao mesmo tempo da tradução, sintetizando o DNA de polaridade negativa ao passo
que o RNAm é traduzido em proteína. O vírus codifica a transcriptase reversa, a partir de uma DNA polimerase
RNA dependente

13- Como ocorre a transcrição sequencial para a produção dos mRNA no vírus sincicial respiratório?

A transcrição, síntese de proteínas e replicação do genoma ocorrem no citoplasma da célula hospedeira. O


genoma é transcrito em RNA
mensageiros (RNAm) individuais e em uma fita de RNA completa de sentido positivo.
Os novos genomas se associam com as proteínas L, N e NP para formar os nucleocapsídeos helicoidais,
que junto às proteínas M e em associação com a membrana plasmática formam glicoproteínas virais. As
glicoproteínas são sintetizadas e processadas como glicoproteínas celulares. Os virions maduros brotam da
membrana plasmática da célula hospedeira e são liberados deixando a célula viva.
ₒ Produção de molde RNA (+) - por uma RNA polimerase carregada no virion
ₒ Molde de RNA (+): criar uma progênie de genoma RNA(–)

R: Após a desencapsidação ocorre a transcrição do genoma em RNAm e em uma fita de RNA + no citoplasma da
célula hospedeira. Os RNAm serão encaminhados para tradução enquanto que os RNA+ serão molde na produção
de genoma RNA-

14- O que é sincicio celular e como e porque os vírus o induzem?

Os paramixovírus também são capazes de induzir a fusão célula a célula, criando células gigantes multinucleadas
(sincício). O sincício é definido como célula multinucleada e acontece devido ao padrão de infecção viral. Os víru s
conseguem produzir sincicios devio à proteína de fusão (f).

15- Como e onde ocorre a montagem do rotavirus no final do processo de replicação?

Os rotavírus são montados de forma semelhante aos vírus envelopados, processo no qual o núcleo do rotavírus
se associa com a proteína viral NSP4 do lado externo do retículo endoplasmático (RE); após brotamento para o
interior do RE, eles adquirem a glicoproteína VP7 do capsídeo externo. A membrana é perdida no RE e o vírus
deixa a célula durante a lise celular
Bacteriologia

Semana 04

Aula 07: A célula bacteriana


1. Qual a importância das características morfológicas e de coloração para a identificação bacteriana?

As características morfológicas e de coloração são importantes para a identificação e classificação das bactérias.
Isso se dá pois, dependendo da composição de cada bactéria, quanto a parede celular (e componentes dessa
estrutura), flagelos (quantidade e localização), dentre outros itens, a bactéria se mostrará mais ou menos
propensa a elevadas temperaturas, phs ou osmolaridade, bem como será corada de maneiras distintas, o que
resulta em classificações distintas, as quais auxíliam na sorotipagem e consequente identificação das bactérias.
Por exemplo: diferentes estruturas morfológicas na parede resultam em diferentes colorações em testes de
coloração, como o de Gram ou o de Ziehl Neelsen. Bactérias gram+ adquirem coloração aroxeada enquanto que
gram - adquirem coloração aroseada. Outro exemplo interessante é a presença de grânulos de reserva, os quais
são corados em azul quando em solução de Azul de metilenno. Essa coloração identifica a presença de bactérias
com muitos grÂnulos de reserva como na difteria.

2 . O que são plasmídeos e qual a sua relação com virulência bacteriana?


Plasmídeos são moléculas menores de DNA circular extracromossomal, que por poderem carregar genes que
conferem resistência às bactérias ou conferem meios de sobrevivência em hospedeiros. Estão comumente
associados à geração de variabilidade genética em bactérias já que há troca de plasmídeos entre esses
microorganismos. Nesse sentido, são fatores de virulência já que uma bactéria pode tornar-se virulenta/mais
virulenta, por exemplo, ao receber um plasmídeo com tais genes.

Aula 08: Mecanismos de Patogenicidade Bacteriana


1. Quanto aos fatores de virulência bacteriana, pode-se afirmar que? *

A) muitas toxinas são diméricas, compostas por subunidades A e B, tendo como exemplos as o Clostridium
botulinum e Vibrio cholerae
B) as bactérias não possuem mecanismos para combater, evitar ou minimizar as ações imunológicas de
defesa pelo hospedeiro
C) cada espécie possui um único mecanismo de virulência, sendo que a destruição de fagócitos é o fator
mais importante
D) as bactérias não têm capacidade de realizar crescimento no interior das células do hospedeiro

2. O processo pelo qual um microrganismo se estabelece e passa a crescer em um hospedeiro é denominado: *

A) infecção
B) doença
C) virulência
D) patogenicidade

3. Qual das sentenças abaixo é verdadeira? *

A) Todas as infecções por organismos patogênicos resultam em doença


B) Todas as doenças são causadas pela infecção por organismos patogênicos
C) A infecção sempre está associada à doença
D) A virulência corresponde a uma medida quantitativa da patogenicidade

4. Por que a enzima hialuronidase tem papel na virulência? *

A) promove a disseminação tecidual dos microrganismos


B) promovem a formação de coágulos sanguíneos
C) degrada coágulos sangüíneos
D) favorece a adesão a membranas mucosas

5. Por que as fímbrias são consideradas fatores de virulência? *

A) favorecem a adesão a membranas mucosas


B) promovem a disseminação tecidual dos microrganismos
C) promovem a formação de coágulos sanguíneos
D) degrada coágulos sangüíneos

6.Como é definido um envoltório de natureza polimérica, consistindo em uma camada densa, bem definida,
estreitamente associada e circundando uma célula bacteriana? *

A) biofilme
B) glicocálix
C) cápsula
D) pilus

7. As exotoxinas são compostas principalmente por *

A) LPS
B) ácidos graxos
C) proteínas
D) fosfolipídeos
8. As endototoxinas são compostas principalmente por *

A) LPS
B) ácidos graxos
C) proteínas
D) fosfolipídeos

9. A patogenicidade, a virulência, a propriedade de o microrganismo ser ou não oportunista, entre outras


características, são aspectos que apresentam reflexos diretos em relação às questões de biossegurança e
procedimentos de diagnóstico, pesquisa e cultivo em laboratório *

A) A capacidade ou habilidade que um microrganismo tem de causar doença é denominada virulência, e o


grau dessa capacidade é designado patogenicidade. A patogenicidade e a virulência são constituídas por um
conjunto de fenômenos e características complexas que envolvem tanto propriedades do microrganismo como a
habilidade do hospedeiro em resistir ao processo infeccioso

B) Um microrganismo patogênico oportunista, também denominado patogênico primário, geralmente


compõe a microbiota normal do hospedeiro e não costuma causar infecções em pessoas saudáveis; contudo,
podem desenvolver-se naqueles indivíduos cujos fatores de resistência estão comprometidos, por exemplo, por
outra doença, exaustão física ou subnutriçãoção 2

C) As propriedades e características dos microrganismos envolvidas na habilidade de causar doença e seus


graus denominam-se fatores de virulência, dos quais são exemplos a capacidade proliferativa, a produção de
toxinas, a presença de cápsula, de pelos, de lipopolissacarídeos, de proteínas de membrana e de enzimas para
penetração no tecido conjuntivo

D) A manipulação de microrganismos deve seguir requisitos de contenção e segurança conforme o nível de


biossegurança, que representa o grau de proteção proporcionado ao pessoal do laboratório, ao ambiente e à
comunidade

Aula 09: Principais grupos de bactérias patogênicas

Faça um breve resumo sobre as diferenças e semelhanças entre as bactérias do grupo dos cocos Gram
positivos, incluindo diferentes subgrupos de cada gênero. Considere múltiplos critérios, tais como provas
identificação laboratorial e doenças que podem causar. Para esta tarefa, complemente as informações da
vídeo-aula com pesquisa na literatura (Bibliografia sugerida: Microbiologia Médica Básica, de Murray, P R).

Os cocos Gram-positivos compõem um grupo heterogêneo de bactérias. As principais bactérias desse grupo são
os Streptococcus e os Staphyloococcus. De modo geral, eles têm como semelhanças as capacidades de virulência
(como por exemplo o fato de ambos causarem síndrome de choque tóxico e infecções na pele), a forma esférica,
a reação à coloração de Gram e a ausência de endósporos. A determinação da presença ou ausência da atividade
de catalase é um teste simples utilizado para subdividir os vários gêneros.

Os gêneros bacterianos presentes nesse grupo de cocos gram positivos são: aeróbios catalase positivos (p. ex.,
Staphylococcus, Micrococcus e microrganismos relacionados), gêneros aeróbios catalase-negativos
(Streptococcus, Enterococcus e microrganismos relacionados) e cocos gram-positivos anaeróbios. São mais
facilmente separados por catalase positiva ou negativa, cada subgrupo recebe novas compartimentações de
acordo com alguns testes, a saber:

Cocosgram positivos catalase negativos podem ser subdivididos quando ao tipo de hemólise: alfa, beta e gama.
Em cocos catalase negativos de hemólise alfa (destroem parcialmente as hemácias) há novamente uma
subdivisão dentre aqueles sensíveis à optoquima (S. pneumonie) e aqueles que não são sensíveis à optoquima (S.
viridams). S. pneumonie possui uma cápsula robusta que confere a ele evasão do sistema de defesa do
hospedeiro bem como confere adesão, S. pneumonie está comumente associado a pneumonia, meningite e otite.

Em cocosgram positivos catalase negativos de hemólise beta (destroem completamente as hemácias) também
há novamente uma subdivisão dentre aqueles sensíveis à bacitracina (S. pyogenes) e aqueles que não são
sensíveis à bacitracina (S. agalactine). Ainda nesse grupo há uma subclassificação quanto a provas sorológicas
que resulta na separação de grupos sorológicos de Lancefield (por identificação de carboidrato c na parede
celular). S. agalactine, por exemplo encontra-se no grupo B dessa classificação enquanto que S. pyogenes
encontra-se no grupo A de lancefield. S. agactine associa-se comumente a meningite. S. pyogenes a infecções de
pele podendo provocar gangrene e faringite.

Em cocosgram positivos catalase negativos de hemólise gama (não destroem as hemácias) pode-se aplicar o
teste de crescimento em tensão osmótica. Através dele há a separação de bactérias que crescem em elevadas
osmolaridades e aquelas que não crescem. S. bovis testa negativo para esse teste enquanto que enterococos
testa positivo. S. bovis já foi muito associado a complicações do instestino grosso. Enterococcus geralmente é
encontrado relacionado ao intestino.

Cocos Gram positivos catalase positivos tem como representantes os Sthapylococcus. Pode ser aplicado o teste
de coaguase para subdividir novamente o grupo. S. epidermis são coagulase negativos e associam-se a infecções
hospitalares, infecções urinnárias e são oportunistas. S. aureus são coagulase positivos e relacionam-se com
infecções alimentares e a síndrome do choque tóxico.

Aula 10: Drogas antibacterianas


1) O mecanismo de ação dos beta-lactâmicos se baseia na: *

a) Inibição da síntese proteica por se ligarem a subunidade 30S do ribossomo.


b) Inibição da replicação do DNA bacteriano por se ligarem a enzima DNA girasse.
c) Inibição da síntese da parede celular por ser ligarem a enzima transpeptidase, inibindo assim as ligações
cruzadas entre as cadeias paralelas do peptidoglicano.
d) Inibição da replicação do DNA inibirem a ação da DNA-polimerase-DNA-dependente.
e) Inibição da síntese do ácido tetraidrofólico que é necessário para a síntese do peptidoglicano.

2) Qual das afirmações abaixo está correta em relação a associação “Amoxicilina + Clavulanato de Potássio”: *

a) Corresponde a associação de dois beta-lactâmicos com ação sinérgica.


b) Corresponde a associação de um beta-lactâmico de espectro estendido e um inibidor da enzima
betalactamase.
c) Corresponde a associação entre um beta-lactâmico e um aminoglicosídeo.
d) O clavulanato de potássio tem como função auxiliar na penetração da amoxicilina nas bactérias
Gram-negativas.
e) A amoxicilina inibe a síntese da parede celular enquanto o clavulanato de potássio inibe a síntese do ácido
tetraidrofólico.

3) Ana Flávia, uma menina de 05 anos de idade, foi ao consultório médico por causa de uma ferida
infeccionada no joelho. Sua mãe contou que ela tinha caído de um “skate” há alguns dias atrás. A articulação
estava vermelha e inchada e a criança reclamava de dor quando estendia a perna. Suspeitando de uma
infecção pela bactéria Staphylococcus aureus, o médico receitou ampicilina, instruindo a mãe sobre a dosagem
e marcando um retorno para depois de alguns dias. Na visita de retorno, a criança não estava melhor. O médico
então receitou amoxicilina + ácido clavulânico e marcou nova consulta para cinco dias depois. Na terceira
visita, a infecção aparente tinha cedido; o inchaço e a vermelhidão haviam desaparecido e a articulação não
acusava dor à movimentação. Qual o mecanismo mais provável de resistência bacteriana pode explicar o
insucesso do tratamento com a ampicilina? *

a) Incapacidade da ampicilina em atravessar a membrana externa da bactéria S. aureus.


b) Produção de uma transpeptidase modificada (PBP2a) codificada pelo gene mecA presente em isolados de S.
aureus com resistência as cefalosporinas de quarta geração.
c) Produção da enzima acetiltransferase codificada pelo gene cat.
d) Produção da enzima betalactamase.
e) Bombas de efluxo capaz de expulsar beta-lactâmicos das células bacterinas.

4) Um indicativo de um surto de infecção hospitalar é quando existe um aumento estatisticamente significativo


de infecções adquiridas no ambiente hospitalar. Os surtos geralmente acometem pacientes
imunocomprometidos, idosos e pacientes em unidade de tratamento intensivo (UTI). No ano de 2017 foi
registrado um surto que acometeu aproximadamente 120 idosos internados em um Hospital da cidade de São
Paulo. A comissão de infecção hospitalar, responsável pela investigação do surto, isolou a bactéria
Staphylococcus aureus da maioria, aproximadamente 80%, dos idosos acometidos por esse surto. Uma analise
de eletroforese em gel de campo pulsado (PFGE), mostrou a clonalidade dos isolados, confirmando se tratar de
um surto por S. aureus. O antibiograma revelou que os isolados em questão eram resistentes a meticilina
(MRSA), mas não a vancomicina. Frente ao surto em questão, qual alternativa melhor se enquadraria para a
indicação terapêutica: *
a) Ao detectarmos laboratorialmente um S. aureus resistente a meticilina, isso indica que essa bactéria é
resistente a todos os beta-lactâmicos, com exceção das cefolosporinas de quinta geração, como por exemplo, a
Ceftaroline.
b) Por se tratar de um S. aureus resistente a meticilina qualquer droga, do grupo dos beta-lactâmicos, seria
apropriada para o tratamento de idosos envolvidos nesse surto.
c) A vancomicina não seria uma indicação apropriada para o tratamento de idosos acometidos por essa infecção,
pois S. aureus é uma bactéria Gram-negativa e naturalmente resistente a esse antibiótico.
d) Ao detectarmos laboratorialmente um S. aureus resistente a meticilina, isso indica que essa bactéria é
resistente a todos os aminoglicosídeos, como por exemplo, o Cloranfenicol.
e) Ao detectarmos laboratorialmente um S. aureus resistente a meticilina, isso indica que essa bactéria é
resistente a todos as quinolonas, como por exemplo, a Eritromicina.

5) A vancomicina antibiótico que pertence ao grupo dos glicopeptídeos que cujo mecanismo de ação se baseia
no bloqueio do sítio de ligação da enzima transpeptidase. Qual o principal mecanismo associado a resistência
bacteriana a vancomicina? *

a) Produção da enzima betalactamase capaz de hidrolisar a o anel beta-lactâmico da vancomicina.


b) Produção da enzima acetiltransferase, codificada pelo gene cat, que acetila a vancomicina, inativando assim
essa droga antimicrobiana.
c) Bombas de efluxo.
d) Produção de uma transpeptidase modificada (PBP2a) codificada pelo gene mecA.
e) Modificação do componente peptídico presente nos monômeros de peptidoglicano.

6) Quanto ao mecanismo de ação dos macrolídeos é correto afirmar: *

a) Bloqueiam a síntese de proteínas através de ligação reversível à subunidade 30S do ribossomo.


b) A sua ligação irreversível a subunidade 30S do ribossomo causa a incorporação de aminoácidos incorretos na
cadeia polipeptídica durante a síntese proteica.
c) Bloqueiam a síntese proteica por induzirem a produção de uma a ribonuclease capaz de degradar RNA
mensageiro.
d) Boqueiam a síntese proteica através da sua ligação irreversível a subunidade 30S do ribossomo, impedindo
assim a formação do complexo de iniciação necessário para a tradução.
e) Bloqueiam a síntese proteica através da sua ligação a subunidade 50S do ribossomo, impedindo a liberação do
tRNA descarregado.

7) Dona Maria Aparecida, uma mulher solteira de 42 anos, relata como queixa principal, durante uma consulta,
dor para urinar há aproximadamente 2 semanas. Você solicita a realização de uma urocultura seguida de
antibiograma. O resultado da urocultura revelou a presença de 105 UFC/mL, e a bactéria isolada foi
identificada como sendo Escherichia coli. Mesmo antes do laboratório clínico liberar os resultados do
antibiograma, você dá início a antibioticoterapia com norfloxacina. Após quase uma semana de tratamento
Dona Maria Aparecida não observa melhora nos sintomas. Durante o retorno você liga para o laboratório
clínico, e o responsável informa que o antibiograma revelou ser a amostra de E. coli isolada resistente a
norfloxacina, mas sensível a Sulfametoxazol+Trimetoprima. Qual o principal mecanismo bacteriano envolvido
na resistência as quinolonas? *

a) Presença de genes plasmidiais que codificam enzimas capazes de hidrolisar o anel beta-lactâmico presente nas
quinolonas.
b) Mutação nos genes cromossômicas que codificam a DNA Girase (gyrA e gyrB) e a Topoisomerase IV (parC e
parE) bacteriana.
c) Presença de genes plasmidiais que codificam enzimas capazes de remover o flúor da norfloxacina, inativando
assim esse quimioterápico.
d) Mutação cromossomais que acarretam alterações do sítio de ligação ribossômico as quinolonas.
e) Mutação cromossomal no gene que codifica a subunidade β da RNA polimerase bacteriana.

8) A associação Sulfametoxazol+Trimetoprima atuam inibindo a: *

a) A síntese proteica.
b) Síntese da parede celular.
c) Replicação do DNA bacteriano.
d) Síntese do ácido tetraidrofólico necessário para a síntese de ácidos nucleicos.
e) Transcrição do RNA mensageiro.

9) Quanto ao antibiograma qual das afirmativas está incorreta: *


a) A tabela de interpretação dos halos de inibição, mensurados para cada droga, exprime três interpretações
possíveis, com implicações terapêuticas, para o patógeno testado: sensível, resistente e moderadamente sensível
(ou intermediaria).
b) De acordo com Kirby-Bauer, uma amostra bacteriana sensível a determinado antimicrobiano é a que apresenta
um halo de inibição que corresponde a uma concentração inibitória mínima (CIM) que se situa abaixo da
concentração média que a droga atinge no sangue e no tecido alvo.
c) No antibiograma, a droga de maior atividade contra o patógeno estudado é sempre aquela que mostra o maior
halo de inibição do crescimento.
d) O antibiograma é um método para a determinação da sensibilidade as drogas antimicrobianas que se baseia na
difusão da droga antimicrobiana no ágar Mueller Hinton.
e) O antibiograma é considerado um método de determinação da sensibilidade as drogas antimicrobianas
qualitativo pois não fornece a concentração inibitória mínima para as drogas testadas.

10) Exemplo de droga antimicrobiana que causa dano a membrana citoplasmática das células bacterianas e é
altamente tóxica para administração sistêmica: *

a) Cloranfenicol
b) Cefepima
c) Colistina
d) Cefalotina
e) Amicacina

Fungos

Semana 05

Tarefa : Questionário da micologia

01.Em relação à reprodução sexuada dos fungos, é correto afirmar que: *

a) Normalmente ocorre em alta freqüência, serve para propagação vegetativa e meiose deve estar presente.
b) Normalmente ocorre em baixa freqüência, auxilia na produção de esporos de resistência e a mitose deve estar
presente.
c) Normalmente ocorre em baixa freqüência, contribui para amplificação da variabilidade genética e a meiose
deve estar presente.
d) Pode estar ausente em alguns grupos de fungos (imperfeitos), contribui para propagação vegetativa e a divisão
celular normalmente ocorre por mitoses com aneuploidias.

02.Em relação aos fungos que apresentam hifas cenocíticas (ausência de septos) e suas formas de reprodução
assexuada, é correto afirmar que: *

a) Normalmente apresentam reprodução assexuada por artrósporos.


b) Seus conidiósporos são em grande maioria do tipo multinucleados.
c) Alguns apresentam esporangiósporos móveis (zoósporos)
d) Podem produzir conidiósporos uni e multinucleados.
03.Observe a figura e assinale a alternativa que melhor expresse o tipo de reprodução e grupo de fungo
envolvido. *
Reprodução assexuada em fungo ascomiceto
Reprodução assexuada em fungo basidiomiceto
Reprodução sexuada em fungo ascomiceto
Reprodução sexuada em fungo basidiomiceto

04. Com relação a reprodução dos fungos, é incorreto afirmar que: *

a) Pode ser resultante de processos sexuais e assexuais


b) A reprodução sexuada ocorre em menor frequência, amplifica a variabilidade genética, com meiose
c) A reprodução assexuada ocorre em maior frequência, serve para propagação vegetativa, com mitose
d) Os tipos de esporos assexuados mais comuns são: esporangiósporos, conidiósporos, zigósporos e ascósporos.

05.Observe as figuras (esquemas) abaixo, contendo alguns detalhes da reprodução de vários grupos de fungos
e a seguir assinale a alternativa correta. *
a) Os fungos 1 (com hifa septada) e 2 (hifa cenocítica) apresentam reprodução sexuada por conidiósporos e
esporangiósporos, respectivamente, enquanto o fungo 3 se reproduz assexuadamente por fissão.
b) Todos estão se reproduzindo assexuadamente, sendo o fungo 1 por blastósporos, 2 por conidiósporos e 3 por
fissão.
c) Todos estão se reproduzindo assexuadamente, sendo o fungo 1 por conidiósporos, 2 por esporangiósporos e 3
por artrósporos.
d) Os fungos 1 e 3 apresentam hifas septadas e estão se reproduzindo assexuadamente por blastósporos e
artrósporos, respectivamente, enquanto o fungo 2 com hifa cenocítica se reproduz sexuadamente por
conidiósporos.

06.Relacionando o tipo de hifa do fungo, crescimento e reprodução, é correto afirmar que: *

a) Fungos com hifas cenocíticas são mais vulneráveis à falta de umidade e se reproduzem assexuadamente por
esporangiósporos.
b) Fungos com hifas septadas normalmente são mais vulneráveis à falta de umidade e crescem melhor em
ambiente aquático, com produção de zoósporos moveis.
c) Fungos com hifas septadas normalmente apresentam um crescimento mais lento, pois se reproduzem
assexuadamente em corpos de frutificação fechados.
d) Fungos leveduriformes crescem preferencialmente em substratos sólidos e se reproduzem por artrósporos,
clamidósporos ou conidiósporos.

07. Observe a figura e assinale a alternativa que melhor expresse o tipo de reprodução e grupo de fungo
envolvido. *

Reprodução assexuada em fungo ascomiceto


Reprodução sexuada em fungo basidiomiceto
Reprodução assexuada em fungo zigomiceto
Reprodução sexuada em fungo ascomiceto

Tarefa: Questionário 2 da micologia

01. Em relação aos fungos filamentos, é correto dizer que: *

As hifas cenocíticas são consideradas "mais avançadas" do que as hifas septadas,


As hifas cenocíticas são encontradas principalmente em fungos ascomicetos e basidiomicetos.
As hifas septadas normalmente apresentam um calibre maior que as hifas cenocíticas, sendo assim mais
eficientes na absorção de nutrientes
As hifas septadas são encontradas principalmente em fungos mais adaptados ao ambiente terrestre, apresentam
um calibre mais fino e são mais eficientes na absorção de nutrientes.

02. Em relação aos fungos leveduriformes, é incorreto dizer que: *

Normalmente apresentam tendência em produzir micélio para facilitar a colonização dos diferentes substratos.
São formas fúngicas unicelulares, normalmente com formato arredondado ou ovalado, que se desenvolvem
particularmente bem em substratos aquosos.
Podem ocorrer nos diversos grupos de fungos, não sendo uma característica associada a um grupo fúngico em
particular
Podem se reproduzir assexuadamente por brotamento ou fissão.

03. Em relação ao dimorfismo, pode-se dizer que: *

É uma característica observada particularmente no grupo de fungos que migraram para o ambiente terrestre.
É a capacidade do mesmo fungo se apresentar tanto na forma filamentosa como leveduriforme, dependendo das
condições ambientais
É uma característica encontrada principalmente nos fungos ambientais decompositores.
É uma característica geral de praticamente todas as espécies fúngicas.

04. Assinale a alternativa que melhor esteja associada às micoses superficiais. *

Infecção normalmente por contato, presença de resposta imune celular, sem transmissão entre hospedeiros.
Infecção pode se dar por várias formas (contato, traumatismo, inalação), ausência de resposta imune celular, com
transmissão entre hospedeiros.
Infecção por contato, ausência de resposta imune celular, com transmissão entre hospedeiros .
Infecção por ativação endógena, ausência de resposta imune celular, sem transmissão entre hospedeiros.

05. Assinale a alternativa que melhor esteja associada às micoses cutâneas. *

Infecção normalmente por contato, ausência de resposta de imune celular, sem transmissão entre hospedeiros.
Infecção por traumatismo, presença de resposta imune celular, sem transmissão entre hospedeiros.
Infecção por contato, resposta imune celular pode estar presente, fungos que utilizam queratina.
Infecção por contato, sem transmissão entre hospedeiros, fungos dimórficos.

06. Assinale a alternativa que melhor esteja associada às micoses subcutâneas. *

Infeção por inalação, resposta imune celular via de regra presente, transmissão de animais para o homem.
Infecção por traumatismo, resposta imune celular presente, fungos com algum fator de virulência (dimorfismo,
produção de melanina)
Infecção por várias formas, principalmente contato, fungos dimórficos, resposta imune celular discreta.
Infecção por traumatismo, resposta imune celular via de regra ausente, fungos principalmente leveduriformes.

07. Assinale a alternativa que melhor esteja associada às micoses sistêmicas causadas por fungos patogênicos
dimórficos. *

Infecção por várias formas, principalmente ativação endógena, hospedeiros normalmente imunocomprometidos,
fungos largamente distribuídos na natureza.
Infecção por inalação, hospedeiros considerados imunocompetentes, disseminação sistêmica, fungos com
distribuição geográfica localizada.
Infecção por inalação, hospedeiros necessariamente imunocomprometidos, fungos ambientais largamente
distribuídos na natureza.
Infecções por várias formas, crescentes nos ambientes hospitalares, fungos com fatores de virulência diversas.

08. Assinale a alternativa que melhor esteja associada às micoses oportunistas *

Infecções principalmente por contato, mais comum em climas tropicais, ausência de suporte médico.
Infecções por várias formas, crescentes nos dias atuais, ocorre também no ambiente hospitalar.
Infecções principalmente por inalação, climas tropicais e temperado, fungos dimórficos.
Infecções por várias formas, vem diminuindo com o avanço da medicina, ocorre mais em países pobres.

Tarefa: Diagnóstico Micológico


01. Assinalar todos os itens que têm importância e devem ser considerados no momento de se proceder o
diagnóstico micológico. *

Procedência do paciente
Atividade ocupacional
Co-morbidade
Contactantes
Contato com animais

02. Em relação ao diagnóstico micológico da vulvovaginite causada por Candida sp, pode-se dizer que: *

O exame de cultura sempre será a melhor opção


O exame de cultura não pode ser realizado, pois as espécies deste gênero não são cultiváveis
O exame direto pode ser uma boa opção, pois é rápido e pode ajudar a diferenciar sobre as condições de flora
normal ou infecção.
O exame direto é sempre mais complicado, pois não possibilita diferenciar sobre o tipo de fungo presente.

03. Caso seu paciente possa estar com Lacaziose ou Pneumocistose, importante lembrar que: *

São fungos que podem fazer parte da flora normal, a cultura tem que ser avaliada com cautela
São fungos não cultiváveis, melhor buscar o diagnóstico histopatológico ou biologia molecular
São fungos que crescem lentamente, a cultura poderá demorar semanas.
São fungos que podem crescer nas culturas na forma de contaminantes.

04. Quem foi Raymond Sabouraud? *

Raymond Jacques Adrien Sabouraud foi um médico dermatologista cuja contribuição à micologia médica foi
inestimável. Ele também contribuiu, de maneira importante, para o desenvolvimento da bacteriologia e da
própria dermatologia como ciência médica. Desenvolveu um meio de cultura padrão para isolamento e
identificação de fungos dermatófitos e outros fungos patogênicos, que ficou mundialmente conhecido como ágar
de Sabouraud e cuja formulação inclui, até os dias atuais, peptona, glicose, ágar-ágar e água. Aplicando
rigorosamente os métodos pasteu­rianos (exame clínico minucioso, redação detalhada das observações feitas a
partir das lesões superficiais, exame microscópico do pelo e das escamas de pele acometidos, criação de uma
coleção de preparações teciduais permanentes para comparações futuras, realização de cultura das amostras
clínicas de cada caso estudado e preservação e estocagem dos isolados clínicos no laboratório), Sabouraud
conduziu extensa investigação acerca dos agentes etiológicos fúngicos e seu papel nas dermatofitoses, bem como
em relação ao aspecto clínico e patológico e forma de contágio dessas infecções superficiais. Com sua
técnica de trabalho, empregando clínica, microscopia e cultura, Sabouraud foi também
capaz de distinguir duas formas de Tinea capitis infantil, a partir de avaliações da
sintomatologia e da observação microscópica da presença de esporos pequenos e
grandes nos pelos, em diferentes lesões.

05. Em relação a coloração com Hematoxilina-Eosina, nos exames histopatológicos, é correto afirmar que: *

É a coloração de escolha para visualizar a presença de fungos no tecido


É a coloração raramente empregada em patologia, mas que pode ser muito útil para a visualização fúngica
É uma coloração bastante empregada em patologia, permite a visualização de granulomas fúngicos e a presença
de fungos dematiáceos na lesão.
E útil na visualização de fungos filamentosos, mas não serve para leveduras

06. Liste abaixo duas metodologias sorológicas empregadas no diagnósticos das micoses. *

método do calcofluor white (CFW) 


método do hidróxido de potássio (KOH).

07. Por que a região gênica do DNA ribossomal é particularmente útil no diagnóstico das infecções fúngicas *

São genes que ocorrem somente em fungos, e sua detecção já indica que o fungo pode estar presente na lesão
Contém regiões bastante conservadas o que facilita o desenho de "primers" genéricos para fungos e também
regiões variáveis espécie-específicas.
Contém regiões gênicas codificadoras de proteínas importantes no diagnóstico sorológico.
Se apresentam em cópia única ou poucas cópias no genoma, e sua grande variação permite diferenciar entre
gêneros e espécies.

08. Cite pelo menos um caso de infecção fúngica diagnosticada no HC/FMB com o emprego de sequenciamento
de DNA. *

Pitiose

Tarefa: Antifúngicos

01. Qual a principal razão para a pouca disponibilidade de antifúngicos para uso em clínica? *

Serem os fungos organismos primitivos e de baixa diferenciação celular


Serem os fungos organismos microscópicos, ainda bastante semelhantes às bactérias
Serem os fungos organismos eucarióticos, filogeneticamente próximos aos animais
Serem os fungos fisiologicamente muito ativos, com grande capacidade de degradação de substratos, incluindo
fármacos.

02. Liste os principais alvos celulares dos antifúngicos. *

Intracelular, membrana plasmática e parede celular

03. Em relação aos agentes Poliênicos (Anfotericina B, Nistatina), é correto dizer que: *

São compostos de cadeias longas (uma polar outra apolar), que apresentam afinidade pela parede celular
fúngica.
São compostos de cadeias longas (uma polar, outra apolar), que apresentam afinidade pelo ergosterol da
membrana plasmática dos fungos.
São compostos de cadeias curtas, que inibem a síntese proteica dos fungos
São compostos de cadeias curtas, que interferem na síntese do ergosterol.

04. Ainda em relação à Anfotericina B, é incorreto dizer que: *

Só pode ser administrada (de forma injetável) no ambiente hospitalar, por apresentar importante toxicidade.
Apresenta espectro de ação maior do que praticamente todas os demais grupos de antifúngicos.
Tem ação fungicida.
Suas formas lipossolúveis são menos tóxica e de baixo custo.

05. O que os derivados Azólicos e Alilamínicos apresentam em comum *

Ambos atuam na parede celular, se ligando às glucanas da parede celular


Ambos atuam na inibição da síntese do Ergosterol
Ambos atuam se ligando ao Ergosterol da membrana
Ambos atuma inibindo a síntese de beta glucanas da parede celular

06. Fluconazol e Itraconazol são antífúngicos importantes, pertencentes ao grupo dos: *

Poliênicos
Alilamínicos
Triazóis
Equinocandinas

07. Em relação aos fármacos Voriconazol e Posaconazol, é correto afirmar que: *

São os primeiros antifúngicos Azólicos desenvolvidos e até hoje utilizados por ter um custo relativamente baixo.
São antifúngicos Triazólicos de última geração, com maior potência e espectro de ação do que os antigos Azólicos
São antifúngicos Imidazólicos, relativamente solúveis, possível de ser empregados por via oral
São antifúngicos Triazólicos, para uso apenas no ambiente hospitalar.

08. Em relação às Equinocandinas, pode-se afirmar que:

Atuam na inibição da síntese do ergosterol que faz parte da membrana plasmática


Atuam na inibição da síntese da beta glucana que compõe a parede celular
São fármacos ainda bastante tóxicos, semelhante à Anfotericina B
São fármacos desenvolvidos recentemente, de menor toxicidade, e de fácil acesso (baixo custo)

09. Em relação à problemática de surgimento de resistência aos antifúngicos em leveduras do gênero Candida,
é incorreto afirmar que: *

Algumas espécies como C. krusei e C. glabrata podem apresentar resistência intrínseca ao Fluconazol.
Candida albicans pode desenvolver resistência secundária aos diversos antifúngicos.
Candida albicans é naturalmente sensível aos derivados azólicos.
Candida albicans não pode ser tratada com derivados equinocandinas, pois não apresenta beta glucana em sua
parede.

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