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VÍRUS

César Matos
De onde vieram os vírus?

A hipótese mais aceita sobre a origem dos


vírus é a de que eles derivam de trechos
de ácidos nucléicos que "escaparam" de
organismos celulares, surgindo a partir de
células de bactérias, protistas, fungos,
plantas e animais.
Poderíamos considerar vírus
um ser vivos?
Afinal, o que é vida?

John Maynard Smith (1986).

"entidades com as propriedades de


multiplicação, variação e hereditariedade
são vivas e entidades que não apresentam
uma ou mais dessas propriedades não o
são".
CARACT. VIRUS
SERES ACELULARES
METABOLISMO SÓ DENTRO DE UMA CÉLULA
GENERALIDADES
FORA DA CÉLULA APARECEM CRISTALIZADOS  VÍRION

SÃO PARASITAS INTRACELULARES OBRIGATÓRIOS

ENVELOPE PROTÉICO ➔ CAPSÍDEO


UM TIPO DE ÁCIDO NUCLÉICO (DNA OU RNA)
ESTRUTURA VÍRUS COM DNA ➔ DESOXIVÍRUS
VÍRUS COM RNA ➔ RIBOVÍRUS

RIBOVÍRUS
RNA É MOLDE PARA A SÍNTESE DE DNA
RETROVÍRUS
ENZIMA RESPONSÁVEL ➔ TRANSCRIPTASE REVERSA
HIV e HTLV

LÍTICO ➔ VÍRUS DESTRÓI A CÉLULA HOSPEDEIRA. HIV


REPRODUÇÃO LISOGÊNICO ➔ VÍRUS ESTIMULA A MULTIPLICAÇÃO DA
CÉLULA HOSPEDEIRA E DEPOIS SUA LISE. HTLV
Morfologia dos virions:
Vírus sem invólucro (Bacteriófago)

Capsídeo – proteína que envolve e


protege o genoma.

Nucleocapsídeo - conjunto (proteína +


genoma).
Vírus com invólucro (HIV)

Este invólucro é formado


principalmente por moléculas
das membranas das células
hospedeiras, às quais se
adicionam algumas proteínas
codificadas pelo ácido nucléico
virótico.
Reprodução ou replicação dos bacteriófagos
Ciclo lítico
Vírus: lítico
Bactéria: não-lisogênica
Na multiplicação lítica todas as bactérias infectadas são destruídas, isto é,
lisadas pela atividade dos fagos.
Os bacteriófagos penetram nas células bacterianas e desviam
completamente seu metabolismo, no sentido de produzir novos fagos.
Consequentemente fica paralisada a síntese de macromoléculas da bactéria
e esta acaba sendo lisada, liberando os novos bacteriófagos nela
originados.

Ciclo Lisogênica:
Vírus: temperado
Bactéria: lisogênica
Só ocorre nos fagos que contém DNA, este se multiplica junto com o
cromossomo da bactéria. Transmitindo o DNA viral aos seus descendentes.
Muitas vezes o próprio DNA do fago (prófago), ligado ao cromossomo
bacteriano, confere a bactéria um novo traço fenotípico. Este fenômeno
chama-se Conversão Lisogênica.
Vírus de plantas
Os efeitos mais comuns das infecções virais nas plantas são os
surgimentos de manchas em folhas, flores, frutos e o declínio na
taxa de crescimento.

A transmissão dos vírus das plantas geralmente ocorre por meio de


um vetor, que pode ser um inseto, um fungo ou um verme
nematódeo. Outro mecanismo comum de transmissão, denominado
difusão mecânica, acontece quando uma pessoa manipula uma
planta infectada e a seguir manipula outra sadia, transmitindo-lhe o
vírus, como ocorre com o vírus do mosaico do tabaco (TMV). O
vírus da batata, por exemplo, é transmitido pela picada de insetos.

As viroses de plantas podem também ser propagadas pelo pólen,


por sementes e pela reprodução vegetativa de plantas
contaminadas.
Vírus de animais

DNA RNA síntese protéica


RNA RNA síntese protéica
RNA DNA RNA proteína
Classificações Básicas dos Tipos
Virais
Existem duas classificações básicas dos tipos
virais, eles são divididos de acordo com o tipo de
material genético que possuem.

Adenovírus: Vírus que carregam DNA.


Ribovírus: Vírus que possuem RNA.
Existe uma subdivisão do grupo dos RNA vírus, onde nós podemos encontrar
mais quatro tipos virais:

* RNA fita positiva (+): Nesse tipo de vírus seu RNA atua diretamente como
RNAm (mensageiro) viral, podendo ser diretamente traduzido pelos ribossomos
citoplasmáticos da célula alvo, gerando rapidamente proteínas virais.
exemplos: Flavivírus (dengue / febre amarela) e Coronavírus (resfriados
comuns).

* RNA fita negativa (-): O RNA desses tipos virais não pode atuar
diretamente como RNAm, eles devem sofrer uma transcrição em outra fita
complementar de RNA através de uma RNA replicase. Esse processo origina
uma nova fita que pode atuar como RNAm viral.
exemplos: Rhabdovírus (raiva), Rubulavírus (rubéola) e Influenza (gripes).
* RNA dupla fita (ds): Uma das fitas de RNA desse tipo
de vírus atua como RNAm viral, a outra é apenas um molde
para replicação de novos materiais genéticos.
exemplos: Rotavírus (gastroenterite)

* Retrovírus: Esse tipo de vírus possui um RNA que


sofrerá transcrição reversa, produzindo um DNA viral que é
integrado ao genoma da célula hospedeira. Posteriormente
esse DNA viral é transcrito em RNAm viral, dando início ao
processo de síntese proteica.
exemplo: HIV (AIDS).
Os vírus e a saúde humana
AIDS
A AIDS (do inglês Acquired Immunodeficiency
Syndrome), (ou Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida - SIDA) é uma doença do sistema
imunitário causada pelo retrovírus HIV (do inglês
Human Immunodeficiency Vírus). A AIDS vem se
disseminando rapidamente pelo mundo desde
1981.
AIDS
TRANSFUSÃO DE SANGUE
ATO SEXUAL
SERINGAS CONTAMINADAS COM SANGUE
LEITE MATERNO
VÍRUS ATACA OS LINFÓCITOS T

SARCOMA DE KAPOSI

PNEUMONIA PELO Pneumocystis carinii.


SARCOMA
DE KAPOSI
SARCOMA
DE KAPOSI
HTLV
RETROVÍRUS
ATACA OS
LINFÓCITOS T

TRANSMISSÃO
IGUAL A DO
HIV

PODE
CAUSAR
LEUCEMIA
HTLV - SINTOMAS
Catapora
Modo de transmissão:
saliva ou contato com
objetos contaminados
pelas lesões da pele.

Características da
infecção: o vírus
provoca pequenas e
numerosas feridas no
corpo, que geralmente
não deixam cicatrizes.

Medidas profiláticas:
vacinação e evitar
contato direto com
doentes.
Caxumba
Modo de transmissão: saliva;
uso comum de copos, garfos ou
outros objetos sem a devida
higienização.

Características da infecção: o
vírus penetra pela boca e provoca
inflamação das glândulas salivares,
principalmente as parótidas. Pode,
no entanto, infectar testículos,
ovários, pâncreas e cérebro.

Medidas profiláticas: vacinação:


evitar contato com objetos
contaminados com a saliva dos
doentes.
PAPILOMA VÍRUS - HPV
MAIS DE 100 TIPOS JÁ ISOLADOS

DA PELE

VERRUGAS ANAIS

GENITAIS

ONCOGÊNICOS NÃO ONCOGÊNICOS

CÂNCER DE COLO UTERINO


Condiloma Acuminado
Modo de transmissão:
contato sexual com pessoas
portadoras do vírus.

Características da infecção:
o vírus provoca verrugas na
pele, região genital e anal.
Pode causar câncer mais
frequentemente em mulheres
(câncer de colo de útero).

Medidas profiláticas: evitar


contato sexual com pessoas
portadoras do vírus; usar
camisinha nas relações
sexuais.
Febre Amarela
Modo de transmissão urbana:
picada das fêmeas do mosquito Aedes
aegypti.

Modo de transmissão silvestre:


picada de fêmeas de várias espécies de
mosquitos do gênero Haemagogus.

Características da infecção: pode ser


desde inaparente até fulminante; o vírus
afeta principalmente o fígado, dando
aspecto amarelado à pele do doente.
Afeta também baço, rins, medula óssea
e linfonodos, podendo levar o indivíduo
à morte.

Medidas profiláticas: vacinação;


combate aos insetos vetares; isolamento
do doente.
Gripe
Modo de transmissão:
gotículas de saliva espalhadas
pelo ar por pessoas
contaminadas.

Características da
infecção: o vírus afeta o trato
respiratório, provocando
coriza, tosse e raramente afeta
os pulmões. A pessoa
apresenta dores musculares e
fraqueza.

Medidas profiláticas:
vacinação; evitar contato
direto com doentes.
HEMAGLUTININA

NEURAMINIDASE
Hantaviroses (síndrome pulmonar por hantavírus)
Modo de transmissão:
inalação de aerossóis formados
a partir de secreção e
excreções de roedores;
mordedura de roedores
(ratos).

Características da infecção:
a doença se caracteriza por
febre, dores musculares,
vômitos, insuficiência
respiratória.

Medidas profiláticas:
saneamento básico; controle
da população de roedores
(ratos); medidas básicas de
higiene.
Hepatite (tipos A, B, C, D, E)
Modo de transmissão das
hepatites A e E: ingestão de
água ou de alimentos
contaminados pelo vírus (moscas e
baratas podem contaminar as
partes externas de seu corpo com
fezes de pessoas com hepatite e
transportar esses vírus para
alimentos com os quais entrem em
contato). Fezes de pessoas com
hepatite podem contaminar a água
de rios e mares.

Medidas profiláticas contra as


hepatites A e E: saneamento
básico; tratamento da água; lavar
as mãos antes das refeições;
desinfetar bem os sanitários.
Modo de transmissão das
hepatites B, C e D: relações
sexuais, tatuagens, transfusões
de sangue, seringas
contaminadas.

Características da infecção: o
vírus afeta o fígado. A hepatite A
é a mais comum. As hepatites B
e D podem ser fulminantes.

Medidas profiláticas contra


as hepatites B, C e D: usar
camisinha nas relações sexuais;
vacinação (contra a hepatite B);
usar seringas descartáveis;
atentar para a qualidade do
sangue usado em transfusões.
Herpes Simples
Modo de transmissão:
contato direto ou indireto
(objetos usados por
herpéticos) com as
feridas nas fases de
manifestação da doença.

Características do
herpes tipo I: pequenas
bolhas que se tornam
feridas, na pele ou na
boca.
Características do
herpes tipo II (herpes
genital): feridas na
região genital e anal
(doença sexualmente
transmissível).

Medidas profiláticas:
evitar contato direto ou
indireto com as feridas
que surgem nas
manifestações herpéticas.
Poliomielite
Modo de transmissão: esse vírus
pode ser eliminado na saliva ou nas
fezes de pessoas contaminadas. A
transmissão pode ocorrer por meio de
gotículas de saliva ou pela ingestão de
água ou alimentos contaminados por
fezes de doentes. A boca é a porta de
entrada do vírus.

Características da infecção: o vírus


penetra pela boca e nos intestinos
passa para o sangue. Afeta o sistema
nervoso e a musculatura. A doença
pode ser inaparente ou grave, com
casos de paralisia severa, que leva à
morte. A forma mais comum é a
paralisia infantil.

Medidas profiláticas: vacinação com


a Salk feita com o vírus inativo e a
Sabin feito com o vírus atenuado. A
Sabin é a vacina mais comum e
conhecida como "a gotinha que salva".
Raiva
Modo de transmissão:
mordedura de animal
infectado, principalmente
cachorro e gato.

Características da infecção:
o vírus afeta o sistema nervoso
central. A pessoa passa a
apresentar vários distúrbios,
que podem levar à morte.
Quando ocorrer a mordida,
deve-se lavar o ferimento com
água limpa e sabão e procurar
rapidamente serviço médico.
Existem vacinas e soros anti-
rábicos aplicados a critério
médico.
Rubéola
Modo de transmissão: contato
direto com pessoas contaminadas ou
contato com gotículas de saliva
disseminadas no ar por essas pessoas.

Características da infecção: a
doença caracteriza-se por febre baixa,
aumento dos linfonodos do pescoço e
pequenas manchas vermelhas no
corpo. Geralmente não é grave, mas
quando se manifesta em gestantes,
especialmente nos primeiros meses de
gravidez, podem acarretar a morte do
feto ou complicações como surdez e
catarata no bebê.

Medidas profiláticas: vacinação;


mulheres que não tomaram a vacina
nem tiveram Rubéola precisam ser
vacinadas pelo menos seis meses
antes de engravidar; evitar contato
com doentes.
Sarampo
Modo de transmissão: gotículas
de saliva eliminadas por pessoas
contaminadas pelo vírus.

Características da infecção: o
vírus penetra pelas vias
respiratórias e passa para o
sangue, sendo disseminado para
várias partes do corpo. A pessoa
tem febre e manchas vermelhas
na pele, tosse, coriza e manchas
brancas na face interna das
bochechas. Geralmente não é
grave, mas pode evoluir para
complicações graves e até mesmo
fatais.

Medidas profiláticas:
vacinação; evitar contato direto
com pessoas contaminadas pelo
vírus.
Varíola
Modo de transmissão:
gotículas de saliva e uso de
objetos (talheres, copos etc.)
contaminados pelo vírus.

Características da infecção:
doença caracterizada por
feridas grandes e numerosas
na pele, que deixam cicatrizes.
Hoje é considerada erradicada,
mas causou numerosas mortes
e deixou sequelas em muitas
pessoas em todo o mundo na
década de 1950.

Medidas profiláticas:
vacinação.
Ebola

Modo de Transmissão: o
Ebola não pode infectar outra
pessoa pelo ar. Na verdade ele
só é contagioso pelo contato
direto com secreções e
sangue.

Característica da infecção:
esse vírus ataca o fígado e o
baço, órgãos produtores de
fatores de coagulação
sanguínea. Resultado: a vítima
passa a vomitar, evacuar e
perder sangue pelas gengivas,
mucosas e pele.

Medidas profiláticas: evitar


o contato direto com
secreções e sangue.
SARS Pneumonia Asiática

Província chinesa de Guangdong


entre Novembro de 2002 e Julho
de 2003.

Os principais sintomas são:


Febre Alta,Tosse, Dificuldade de
Respiração.
GRIPE DO FRANGO ou INFLUENZA AVIÁRIA

ITÁLIA 100 ANOS ATRÁS

1os CASOS HUMANOS HONG KONG (1997)


15 TIPOS DIFERENTES DE VÍRUS

VÍRUS HUMANO H5N1


CONTAMINAÇÃO
FEZES SECAS PULVERIZADAS
TERRA CONTAMINADA
VÍRUS H5N1

H5N1 + VÍRUS DA GRIPE HUMANA

NOVO VÍRUS

CONTAMINAÇÃO

PESSOA PESSOA
Dengue
Modo de transmissão: picada das
fêmeas do mosquito Aedes aegypti. O
dengue apresenta-se sob duas formas
principais a clássicas e a hemorrágica.

Características do Dengue
clássico: geralmente o doente
apresenta febre alta, dor de cabeça,
dores nas juntas, fraqueza, falta de
apetite, manchas vermelhas na pele e
pequenos sangramentos (no nariz e
nas gengivas). Raramente é fatal.

Características do Dengue
hemorrágico: os sintomas iniciais
são semelhantes aos do dengue
clássico, porém depois que a febre
começa a ceder a pessoa passa a
apresentar queda acentuada de
pressão arterial, que pode causar a
morte.

Medidas profiláticas: o controle da


população de Aedes aegypti é
fundamental no combate ao dengue.
CRIANÇA COM DENGUE
DENGUE
VÍRUS DA ZIKA

O Vírus da zika é um vírus do gênero Flavivirus. Em


humanos, transmitido através da picada do mosquito Aedes
aegypti, causa a doença também conhecida como zika — que
embora raramente acarrete complicações para seu portador,
pode causar microcefalia congênita (quando adquirido por
gestante, podendo prejudicar o feto em alguns casos). O
nome Zika tem sua origem na floresta de Zika, perto de
Entebbe, capital da República de Uganda, onde o vírus foi
isolado pela primeira vez em 1947. É relacionado aos vírus da
dengue, da febre amarela, os quais igualmente fazem parte
da família Flaviviridae.
Dados recentes sugerem que recém-nascidos de mães que contraíram
o vírus da zica durante a gestação estão sob risco de terem
microcefalia. Casos da malformação congênita cresceram
exponencialmente no Brasil em 2015, ano em que também cresceu o
número de infectados pelo vírus da zica.
Chikungunya

A transmissão do vírus chicungunha (CHIKV) é feita


através da picada de insetos-vetores do gênero
Aedes, que em cidades é principalmente pelo Aedes
aegypti .

Os sintomas da febre chicungunha são


característicos de uma virose, e portanto,
inespecíficos. Os sintomas iniciais são febre acima
de 39 °C, de início repentino, dores intensas nas
articulações de pés e mãos, dedos, tornozelos e
pulsos, dores de cabeça, dores musculares e
manchas vermelhas na pele. É uma doença febril
aguda associada a dor intensa e frequente
poliartralgia debilitante.
PRÍONS
(PARTÍCULAS INFECCIOSAS DE PROTEÍNA)

PROTEÍNAS de células de MAMÍFEROS

alteradas por

MUTAÇÕES OUTROS PRÍONS

MORTE DAS
provocam CÉLULAS
NERVOSAS
DOENÇAS CAUSADAS POR PRÍONS

 ENCEFALOPATIA ESPONGIFORME BOVINA


(DOENÇA DA VACA LOUCA)

 DOENÇA DE CREUTZFELDT-JAKOB (homem)


 SCRAPIE (ovelhas)
 KURU (homem – Nativos da Nova Guiné)

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