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B7 - VÍRUS

• O nome vírus vem do latim e significa


“veneno” ou “toxina”. Foi descoberto em
1982 pelo botânico russo Dimitri Ivanovsky ao
pesquisar sobre uma doença presente nas
folhas de fumo, conhecido como mosaico do
tabaco. A descoberta foi possível devido ao
desenvolvimento do microscópio eletrônico.
• São seres microscópicos acelulares – São dotados apenas
de material genético e capsídeo proteico.
• Existem vírus que possuem material genético como DNA
ou RNA. A exceção é o citomegalovírus que possui tanto
DNA, quanto RNA em seu capsídeo;
• Como não possuem célula, não são considerados ser vivo
• Não possuem atividade metabólica e, por isso são
considerados parasitas intracelulares obrigatórios
• São capazes de se replicar (reproduzir).
•  Os vírus são seres com grande facilidade para reprodução
e mutação, o que traz variabilidade genética. Também
podem evoluir juntamente com o hospedeiro ao longo do
tempo.
• Cada tipo de vírus costuma acometer células específicas
Estrutura do vírus
NOMENCLATURAS IMPORTANTES
• Vírion: nome dado a partícula presente quando fora da célula hospedeira;
• Vírus: nome dado a partícula presente quando dentro da célula
hospedeira;
• Vírus Envelopado: são vírus que possuem em sua estrutura um capsídeo
proteico, material genético e uma membrana lipídica (herdada de uma
célula hospedeira);
• Vírus Não Envelopado: são vírus que possuem em sua estrutura somente
um capsídeo proteico e o material genético.
• Viroides: possuem apenas material genético (RNA) em forma circular,
sem capsídeo. Não consegue ser encontrado fora da célula hospedeira
como os vírus;
• Virusoides: possuem apenas material genético (RNA), mas se propaga
através de um capsídeo de outro vírus.
CLASSIFICAÇÃO

Os vírus podem ser classificados de acordo


com o tipo de material genético encontrado
e a forma que utiliza o metabolismo da célula
hospedeira para a reprodução. São eles:
DNA VÍRUS
São vírus que possuem DNA como material genético.
Eles podem realizar o ciclo lisogênico, acoplando o seu
DNA ao da célula hospedeira, não realizando o
processo de reprodução. Também são capazes de
realizar o ciclo lítico, onde começam a utilizar o
metabolismo da célula hospedeira para a produção de
novos capsídeos e DNA até estourar a célula
hospedeira.
• Exemplos de doenças causadas por DNA vírus:
catapora, varíola, herpes e hepatite B.
RETROVÍRUS = RNA+TRANSCRIPTASE
REVERSA
• São vírus que possuem RNA como material
genético, mas sintetizam DNA à partir de seu
RNA viral através da enzima transcriptase
reversa.
• Exemplos de doenças causadas por retrovírus:
vírus HIV e HTLV.
VÍRUS RNA REPLICANTES
São vírus que possuem RNA como material genético e produzem
novos RNA no citoplasma da célula hospedeira. Podem ser divididos
em:
• Vírus RNA replicantes de cadeia positiva: neste vírus, o seu RNA já
funciona como RNA mensageiro, podendo realizar a tradução em
proteínas através da enzima RNA polimerase dependente de RNA.
São exemplares os vírus que causam febre amarela, zika e dengue.
• Vírus RNA replicantes de cadeia negativa: estes vírus possuem a
enzima RNA replicase que faz um molde de RNA complementar ao
RNA do vírus. Este RNA complementar funcionará como RNA
mensageiro, podendo realizar a tradução em proteínas. São
exemplares os vírus que causam poliomielite e gripe.
• Arbovírus (“ARthropod BOrne VIRUSes”): é
um nome genérico dado aos vírus que são
transmitidos por artrópodes, como por
exemplo mosquitos. O termo arbovírus não é
incluído na classificação taxonômica de vírus.
Isto é, vírus de famílias e até mesmo de
ordens diferentes poderão ser denominados
arbovírus. Exemplos de doenças causadas por
arbovírus: febre amarela, zika e dengue.
• REPLICAÇÃO
INJEÇÃO
FUSÃO DE MEMBRANAS
ENDOCITOSE INDUZIDA
BACTERIÓFAGO (vírus que parasitam
bactérias)
• Os bacteriófagos podem ser vírus de DNA ou
de RNA que infectam somente organismos
procariotos.
• São formados apenas pelo nucleocapsídeo,
não existindo formas envelopadas. 
• A reprodução ou replicação dos bacteriófagos,
assim como os demais vírus, ocorre somente
no interior de uma célula hospedeira.
CICLO REPRODUTIVO DO BACTERIÓFAGO
CICLO REPRODUTIVO DO RETROVÍRUS
CURIOSIDADES
Existem medicamentos, os chamados antivirais, que podem ser utilizados
para inibir a replicação viral, atenuando a ação do vírus nas células
hospedeiras. São utilizados geralmente para o HIV, vírus da herpes,
catapora, citomegalovírus, hepatite B, hepatite C e influenza A e B.
As vacinas por sua vez tem ação preventiva, gerando memória imunológica
contra alguns vírus. Existem diversas vacinas que atuam contra a Raiva,
Febre amarela, dengue, poliomielite, hepatite A e B, gripe e HPV.
As vacinas mais comuns são:
• Tríplice viral: atua na imunização contra sarampo, caxumba e rubéola;
• Pentavalente: atua na imunização contra difteria, tétano, coqueluche,
meningite e a hepatite B;
• Hexavalente: atua na imunização contra difteria, tétano, coqueluche,
meningite, hepatite B e poliomielite.
• OBS.: difteria, tétano e coqueluche são doenças bacterianas.
EXERCÍCIOS PÁGINAS 12, 13 E 14
VIROSES HUMANAS
AIDS - Síndrome da imunodeficiência
adquirida
TRATAMENTO • Por isso, o uso regular
Os medicamentos dos ARV é fundamental
antirretrovirais (ARV) para aumentar o tempo
surgiram na década de e a qualidade de vida
1980 para impedir a das pessoas que vivem
multiplicação do HIV no com HIV e reduzir o
organismo. Esses número de internações
medicamentos ajudam a e infecções por doenças
evitar o enfraquecimento oportunistas.
do sistema imunológico.
CODILOMA ACUMINADO - HPV
TRATAMENTO:
• Não há tratamento específico para eliminar o vírus.
• O tratamento das verrugas genitais deve ser individualizado,
dependendo da extensão, quantidade e localização das lesões. Podem
ser usados laser, eletrocauterização, ácido tricloroacético (ATA) e
medicamentos que melhoram o sistema de defesa do organismo.

CURIOSIDADES:
A infecção pelo HPV é muito frequente, mas transitória, regredido
espontaneamente na maioria das vezes. No pequeno número de casos
nos quais a infecção persiste e, especialmente, é causada por um tipo
viral oncogênico (com potencial para causar câncer), pode ocorrer o
desenvolvimento de lesões precursoras, que se não forem identificadas
e tratadas podem progredir para o câncer, principalmente no colo do
útero, mas também na vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca.
HEPATITE B - IST

A Hepatite B não tem cura. 


Entretanto, o tratamento disponibilizado no SUS objetiva reduzir o risco de progressão
da doença e suas complicações, especificamente cirrose, câncer hepático e morte.
HEPATITE C
Nem sempre necessita de tratamento (apenas
acompanhamento – além de hábitos saudáveis).
Em algumas situações, a infecção por hepatite C é tratada
com uma combinação de medicamentos antivirais a
serem tomados ao longo de várias semanas, que tem
como objetivo eliminar o vírus do corpo do paciente.
• A maioria das pessoas com infecção por hepatite C tem
a forma crônica.
• Com os tratamentos atuais, as chances de cura
(resposta virológica prolongada) da hepatite C chegam a
95%. Mesmo que o tratamento não remova o vírus, ele
poderá reduzir a chance de doença hepática grave.
HERPES SIMPLES
TRATAMENTO
• Não tem cura
• Existem medicamentos que auxiliam durante a fase aguda

Curiosidade:
Existe o mito de que toda doença nos genitais "é contraída através de relação
sexual", mas isso não é de todo verdade. O contato com o vírus ocorre geralmente
na infância, mas pode manifestar-se só mais tarde. O vírus do herpes genital pode
ser o mesmo da boca e dos lábios. Este vírus pode entrar no organismo através de
um ferimento de pele, pela mucosa da boca e da área genital. Como se
desconhecia a contaminação destes vírus há alguns anos atrás, a pessoa que estava
com herpes não evitava beijar ou falar muito próximo de outras pessoas,
principalmente de crianças. Tampouco, tinham o cuidado de lavar bem as mãos
após mexer nas feridas, pois o vírus também pode ser transmitido para outros
locais de seu próprio corpo ou de quem ela toca. O vírus aparece quando existem
fatores desencadeantes, tais como: exposição ao solar, cansaço físico e mental,
estresse emocional ou infecções que diminuam a resistência orgânica.
VIROSES TRANSMITIDAS POR ÁGUA
E ALIMENTOS CONTAMINADOS
HEPATITE A
ROTAVÍRUS
TRATAMENTO
Reidratação do paciente - pode ser
água, chá, água de coco, sucos ou
isotônicos. Medidas simples de
combate à desidratação, como o uso
de soro caseiro, reduzem
drasticamente o número de mortes. A
desidratação é o sintoma mais grave
das infecções intestinais provocadas
pelo Rotavírus. Além de reduzir as
reservas de água do corpo, ela reduz os
níveis de minerais importantes, como
sódio e potássio. Não é recomendado
o uso de medicamentos
antimicrobianos e antidiarreicos.
RAIVA
• A raiva é uma doença quase
sempre fatal, para a qual a
melhor medida de prevenção é
a vacinação pré ou pós
exposição. Quando a profilaxia
antirrábica não ocorre e a
doença se instala, pode-se
utilizar um protocolo de
tratamento da raiva humana,
baseado na indução de coma
profundo, uso de antivirais e
outros medicamentos
específicos.
VIROSES TRANSMITIDAS POR
FLÚIDOS CORPORAIS
EBOLA
• TRATAMENTO: Até hoje, o
tratamento do ebola é o mesmo
que o da década de 1970:
isolamento, hidratação rigorosa e
manutenção dos níveis de sais
como potássio e sódio do
organismo. Há tratamentos
experimentais, como o soro
ZMAPP desenvolvido por
pesquisadores americanos e
canadenses, que consiste em
injetar anticorpos nos pacientes.
A prevenção também ainda está
em fase de testes
EXERCÍCIOS 26 E 27
VIROSES TRANSMITIDAS POR MOSQUITOS
1ºÂnion
DENGUE
• Aedes aegypti • Tratamento:
transmissor da dengue, • Dengue clássica:
febre amarela, zika e tratamento sintomático.
chincungunya. • Dengue hemorrágica:
tratamento hospitalar
com a finalidade de
conter as hemorragias.
FEBRE AMARELA
• O tratamento é
sintomático, além de
repouso e hidratação.
ZIKA
• O tratamento é
sintomático
CHICUNGUNYA
• Tratamento sintomático
VIROSES TRANSMITIDAS POR VIA
RESPIRATÓRIA
GRIPE
RESFRIADO
POLIOMELITE
• A Poliomielite foi erradicada no
Brasil no início dos anos 90,
contudo, recentemente o
Ministério da Saúde alertou sobre
o risco de reintrodução do vírus
no país, por conta de um baixo
índice de vacinação em 300
cidades.
• Por ser uma doença viral, não
existe tratamento da
Poliomielite. Por isso é tão
importante investir na principal
forma de prevenção: a vacinação
contra a Paralisia Infantil.
CATAPORA
• No tratamento da catapora, em
geral, são utilizados analgésicos e
antitérmicos para aliviar a dor de
cabeça e baixar a febre, e anti-
histamínicos (antialérgicos) para
aliviar a coceira. Os cuidados de
higiene são muito importantes e
devem ser feitos apenas com
água e sabão. Para pessoas sem
risco de agravamento da varicela,
o tratamento deve ser
sintomático. Havendo infecção
secundária, recomenda-se o uso
de antibióticos
CAXUMBA
• Por ser uma infecção
viral, a caxumba é tratada
naturalmente pelo
organismo. A indicação é
apenas de repouso,
medicamentos para dor e
temperatura e
observação cuidadosa
para a possibilidade de
aparecimento de
complicações
SARAMPO
• Não existe tratamento
específico para o
sarampo. Os
medicamentos são
utilizados para reduzir o
desconforto ocasionado
pelos sintomas da
doença.
COMPLICAÇÕES DO SARAMPO
RUBÉOLA
• O tratamento é sintomático. Antitérmicos
e analgésicos ajudam a diminuir o
desconforto, aliviar as dores de cabeça e
do corpo e baixar a febre. Recomenda-se
também que o paciente faça repouso
durante o período crítico da doença.
• Criança que nasce com rubéola pode
transmitir o vírus por até um ano. Por
isso, devem ser mantidas afastadas de
outras crianças e de gestantes.
• A vacina contra a rubéola é eficiente em
quase 100% dos casos e deve ser
administrada em crianças aos 15 meses
de vida. Mulheres que não tiveram a
doença devem ser vacinadas antes de
engravidar.
VARÍOLA

Não há cura ou formas de tratamento para a


varíola. A doença pode ser evitada por meio da
vacinação
EXERCÍCIOS PÁGINAS 37 À 39

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