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VIRUS

•Do grego (“veneno” ou “invisível”)


•Um ser vivo ou não?

CARACTERÍSTICAS

• Acelulares;
• Ametabólicos;
• As menores partículas infecciosas;
• Visíveis somente ao microscópio eletrônico;
• Parasitos intracelulares obrigatórios;
• Patogênicos;
• Fora da célula se cristalizam;
Sobre sua origem
Alguns virologistas dizem que os vírus podem ter se originado através de um

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processo regressivo ou redutora. Certas bactérias que são parasitas intracelulares
obrigatórios, como espécies de Chlamydia e Rickettsia , evoluíram de ancestrais de
vida livre. Vírus poderiam assim ter evoluído a partir de organismos mais complexos,
possivelmente de vida livre que perderam informação genética ao longo do tempo,
estes tornaram-se parasitas em sua replicação.
Uma das hipóteses sobre a origem dos vírus propõe que seu material genético seja

2 derivado de pequenos fragmentos do material genético de células, e que esses


fragmentos mantiveram algum tipo de existência autônoma dentro da célula. Por
seleção natural, esses fragmentos evoluíram para um tipo totalmente diferente de
elemento genético: os vírus.
COMPOSIÇÃO:

Ácido nucléico (DNA ou RNA) – regra geral; envoltório


lipoprotéico proteínas internas
Cápsula protéica – capsômero ou capsídio; integrase
Nucleocapsídeo = ácido nucléico + capsídeo; transcriptase reversa
Envelope viral: lipídico (alguns) – capsulados ou
envelopados. RNA

protease

proteínas de contato

Esquema do HIV

Esquema do bacteriófago
CLASSIFICAÇÃO: (Levando em consideração o tipo de ácido nucléico )
Vírus de DNA (Adenovírus)
São aqueles que apresentam o DNA (uma hélice ou dupla hélice) como matéria genético.
Ex: HPV, hepatite B;
DNA RNA SÍNTESE PROTÉICA
Vírus de RNA: Apresentam RNA (uma ou hélice ou dupla hélice), onde pode ocorrer duas situações
dependendo do vírus de RNA
• RNA positivo
O RNA é transcrito em varias outras moléculas de RNA que passam a controlar a síntese protéica.
Ex: vírus da gripe (influenza) raiva (hidrofobia), encefalite e poliomielite
• RNA negativo
• Retrovírus
Vírus associado a uma enzima denominada transcriptase reversa que e capaz de produzir uma molécula de
DNA realizando uma transcrição reversa a partir de uma molécula de RNA. Ex: AIDS, HTLV1 e HTLV2
RNA DNA RNA SÍNTESE PROTÉICA
Vírus de RNA positivo

Adenovírus

Retrovírus (HIV)
Algumas observações:
Vírion : Partícula virótica elementar constituída de um eixo nucleico (DNA ou RNA), cercado por
uma cápsula de proteínas
Príon : Forma aberrante de uma proteína normal, capaz de replicar-se sem nenhuma informação
genética, encontrada em placas de amiloide, sendo agente infeccioso responsável por doenças
degenerativas do sistema nervoso.
Viróide: São os menores sistemas genéticos capazes de se replicar no interior de uma célula e
encontram-se confinados ao Reino Vegetal
Citomegalovírus e Mimivírus(parasitos de amebas)?
O mimivírus contém tanto o DNA quanto RNA, ao
contrário dos vírus "normais".

A partícula viral do HCMV, típica dos outros


membros da família Herpesviridae, é formada
por um capsídeoicosaédrico, contendo uma
dupla fita de DNA linear envolto por uma
camada de proteínas e RNA virais, denominada
tegumento, e pelo envelope.
REPRODUÇÃO:

• Se dá por montagem;
• Ciclos reprodutivos:
- lítico: virulento
O material genético comanda o metabolismo celular
Célula é lisada

- lisogênico: temperado
O material genético viral não interfere no metabolismo
da célula
Célula é preservada
adesão do bacteriófago ocasionalmente o DNA do
e injeção de DNA vírus separa-se e inicia o muitas bactérias-filhas
DNA do comportamento destruidor carregarão o DNA do vírus
cromossomo
bacteriófago bacteriano

CICLO CICLO
LÍTICO LISOGÊNICO
a bactéria divide-se, copiando
lise da bactéria O DNA do o DNA do fago e transmitindo-o
fago circulariza prófago às células-filhas
ou

duplicação do material o DNA do fago


genético e montagem incorpora-se ao da bactéria
de novos fagos
DOENÇAS VIRAIS
AIDS – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
 MEDIDAS PREVENTIVAS:

- Vírus HIV  Controle rígido (Banco de: sangue, sêmen,


- Células linfócitos T4 leite, órgãos);
 Seringas descartáveis e materiais cirúrgicos
 Contágio:
esterelizados;
 Conscientização de mulheres portadoras do
 Relações sexuais
HIV;
 Contato sangüíneo (seringa,
 Uso de preservativos;
transfusão, instrumentos
contaminados etc.)  Evitar contato com sangue de outras pessoas.
 Gravidez (parto, amamentação)
(TRANSMISSÃO VERTICAL)
 Atenção:
DENGUE:  Evitar remédios sem prescrição médica;
 Evitar o uso de medicamentos que contém Ácido Acetil-
• Arbovírus (tipo 1, 2, 3 e 4) Salicílico (AAS, ASPIRINA, MELHORAL etc.);
• Transmissão:  Utilizar PARACETAMOL;
Aedes aegypti  Beber líquidos.
Aedes albopictus
 Características:
 Febre súbita, dores musculares
(mialgia) e articulares, náuseas,
“vômito”, exantema.
 Forma hemorrágica: hemorragias
digestivas; distúrbios de
coagulação e morte (10%)
(Enem 2015) Tanto a febre amarela quanto a dengue são doenças causadas por vírus do grupo dos
arbovírus, pertencentes ao gênero Flavivirus, existindo quatro sorotipos para o vírus causador da dengue.
A transmissão de ambas acontece por meio da picada de mosquitos, como o Aedes aegypti. Entretanto,
embora compartilhem essas características, hoje somente existe vacina, no Brasil, para a febre amarela e
nenhuma vacina efetiva para a dengue.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Fundação Nacional de Saúde. Dengue: Instruções para pessoal de combate ao vetor. Manual de Normas Técnicas. Disponível em:
http://portal.saude.gov.br. Acesso em: 7 ago. 2012 (adaptado).
Esse fato pode ser atribuído à

a) maior taxa de mutação do vírus da febre amarela do que do vírus da dengue.


b) alta variabilidade antigênica do vírus da dengue em relação ao vírus da febre amarela.
c) menor adaptação do vírus da dengue à população humana do que do vírus da febre amarela.
d) presença de dois tipos de ácidos nucleicos no vírus da dengue e somente um tipo no vírus da febre
amarela.
e) baixa capacidade de indução da resposta imunológica pelo vírus da dengue em relação ao da febre
amarela.
H1N1.

(Enem PPL 2014) No ano de 2009, registrou-se um surto global de gripe causada por um
variante do vírus Influenza A, designada H1N1. A Organização Mundial de Saúde (OMS)
solicitou que os países intensificassem seus programas de prevenção para que não
houvesse uma propagação da doença. Uma das ações mais importantes recomendadas
pela OMS era a higienização adequada das mãos, especialmente após tossir e espirrar.

A ação recomendada pela OMS tinha como objetivo

a) reduzir a reprodução viral.


b) impedir a penetração do vírus pela pele.
c) reduzir o processo de autoinfecção viral.
d) reduzir a transmissão do vírus no ambiente.
e) impedir a seleção natural de vírus resistentes.
(Enem 2011) Durante as estações chuvosas, aumentam no Brasil as campanhas de prevenção à dengue,
que têm como objetivo a redução da proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da
dengue. Que proposta preventiva poderia ser efetivada para diminuir a reprodução desse mosquito?

a) Colocação de telas nas portas e janelas, pois o mosquito necessita de ambientes cobertos e fechados
para a sua reprodução.
b) Substituição das casas de barro por casas de alvenaria, haja vista que o mosquito se reproduz na
parede das casas de barro.
c) Remoção dos recipientes que possam acumular água, porque as larvas do mosquito se desenvolvem
nesse meio.
d) Higienização adequada de alimentos, visto que as larvas do mosquito se desenvolvem nesse tipo de
substrato.
e) Colocação de filtros de água nas casas, visto que a reprodução do mosquito acontece em águas
contaminadas.
(Enem 2010) Investigadores das Universidades de Oxford e da Califôrnia desenvolveram uma variedade de
Aedes aegypti geneticamente modificada que é candidata para uso na busca de redução na transmissão
do vírus da dengue. Nessa nova variedade de mosquito, as fêmeas não conseguem voar devido à
interrupção do desenvolvimento do músculo das asas. A modificação genética introduzida é um gene
dominante condicional, isso é, o gene tem expressão dominante (basta apenas uma cópia do alelo) e este
só atua nas fêmeas.
FU, G. et al. Female-specific hightiess phenotype for mosquito control. PNAS 107 (10): 4550-4554, 2010.
Prevê-se, porém, que a utilização dessa variedade de Aedes aegypti demore ainda anos para ser
implementada, pois há demanda de muitos estudos com relação ao impacto ambiental. A liberação de
machos de Aedes aegypti dessa variedade geneticamente modificada reduziria o número de casos de
dengue em uma determinada região porque
a) diminuiria o sucesso reprodutivo desses machos transgênicos.
b) restringiria a área geográfica de voo dessa espécie de mosquito.
c) dificultaria a contaminação e reprodução do vetor natural da doença.
d) tomaria o mosquito menos resistente ao agente etiológico da doença.
e) dificultaria a obtenção de alimentos pelos machos geneticamente modificados.
(Enem 2010) Três dos quatro tipos de testes atualmente
empregados para a detecção de príons patogênicos em tecidos
cerebrais de gado morto são mostrados nas figuras a seguir. Uma
vez identificado um animal morto infectado, funcionários das
agências de saúde pública e fazendeiro podem removê-lo do
suprimento alimentar ou rastrear os alimentos infectados que o
animal possa ter consumido.
Analisando os testes I, II e III, para a detecção de príons
patogênicos, identifique as condições em que os resultados foram
positivos para a presença de príons no três testes:
a) Animal A, lâmina B e gel A.
b) Animal A, lâmina A e gel B.
c) Animal B, lâmina A e gel B.
d) Animal B, lâmina B e gel A.
e) Animal A, lâmina B e gel B.
(Enem 2007) O Aedes aegypti é vetor transmissor da dengue. Uma pesquisa feita em São Luís - MA, de
2000 a 2002, mapeou os tipos de reservatório onde esse mosquito era encontrado. A tabela adiante
mostra parte dos dados coletados nessa pesquisa.
População de A. aegypti
Tipos de reservatórios
2000 2001 2002
Pneu 895 1.658 974
De acordo com essa pesquisa, o alvo inicial para
Tambor/tanque/ a redução mais rápida dos focos do mosquito
6.855 46.444 32.787
depósito de barro vetor da dengue nesse município deveria ser
Vaso de planta 456 3.191 1.399
constituído por
Material de
construção/peça de 271 436 276
carro a) pneus e caixas d'água.
Garrafa/lata/plástico 675 2.100 1.059
Poço/cisterna 44 428 275
b) tambores, tanques e depósitos de barro.
Caixa d’água 248 1.689 1.014 c) vasos de plantas, poços e cisternas.
Recipiente natural, d) materiais de construção e peças de carro.
armadilha, piscina e 615 2.658 1.178
outros e) garrafas, latas e plásticos.
Total 10.059 58.604 38.962
(Enem 2002) Uma nova preocupação atinge os profissionais que trabalham na prevenção da AIDS no Brasil. Tem-se
observado um aumento crescente, principalmente entre os jovens, de novos casos de AIDS, questionando-se, inclusive, se
a prevenção vem sendo ou não relaxada. Essa temática vem sendo abordada pela mídia:
"Medicamentos já não fazem efeito em 20% dos infectados pelo vírus HIV.
Análises revelam que um quinto das pessoas recém-infectadas não haviam sido submetidas a nenhum
tratamento e, mesmo assim, não responderam às duas principais drogas anti-AIDS. Dos pacientes estudados, 50%
apresentavam o vírus FB, uma combinação dos dois subtipos mais prevalentes no país, F e B".
(Adaptado do Jornal do Brasil, 02/10/2001.)
Dadas as afirmações acima, considerando o enfoque da prevenção, e devido ao aumento de casos da doença em
adolescentes, afirma-se que
I - O sucesso inicial dos coquetéis anti-HIV talvez tenha levado a população a se descuidar e não utilizar medidas de
proteção, pois se criou a ideia de que estes remédios sempre funcionam.
II - Os vários tipos de vírus estão tão resistentes que não há nenhum tipo de tratamento eficaz e nem mesmo qualquer
medida de prevenção adequada.
III - Os vírus estão cada vez mais resistentes e, para evitar sua disseminação, os infectados também devem usar camisinhas
e não apenas administrar coquetéis.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III.
(Enem 2001) A partir do primeiro semestre de 2000, a ocorrência de casos humanos de febre amarela
silvestre extrapolou as áreas endêmicas, com registro de casos em São Paulo e na Bahia, onde os últimos
casos tinham ocorrido em 1953 e 1948. Para controlar a febre amarela silvestre e prevenir o risco de uma
reurbanização da doença, foram propostas as seguintes ações:

I. Exterminar os animais que servem de reservatório do vírus causador da doença.


II. Combater a proliferação do mosquito transmissor.
III. Intensificar a vacinação nas áreas onde a febre amarela é endêmica e em suas regiões limítrofes.
É efetiva e possível de ser implementada uma estratégia envolvendo

a) a ação II, apenas.


b) as ações I e II, apenas.
c) as ações I e III, apenas.
d) as ações II e III, apenas.
e) as ações I, II e III.
(UECE). “Existem muitas controvérsias na comunidade Sobre os vírus, é INCORRETO afirmar que
científica a respeito do vírus ser ou não um ser vivo. Muitos
autores consideram que a vida se originou do RNA, pois, a A) sua capacidade de replicação difere-os de outros
partir destas moléculas são formadas novas quantidades dela agentes, tais como as toxinas bacterianas.
mesma. Em 1960, o físico alemão Manfred Eigen, ganhador B) possuem uma estrutura protetora de seu material
de um prêmio Nobel, descobriu que era possível a replicação genético, que é ausente nos plasmídeos (molécula de
de RNA in vitro. O RNA, portanto, tornou-se um grande DNA circular).
candidato à condição de supermolécula da vida primitiva, C) apesar de terem a capacidade de se replicar, não
capaz de se replicar e sofrer mutações, albergando genes possuem um aparato enzimático suficiente para a
codificadores de enzimas e outras proteínas. Essa molécula, replicação, necessitando, assim, da maquinaria celular
denominada RNA de Eigen, é muito semelhante ao vírus, pois para completar o seu ciclo replicativo, o que os torna
se encontra na fronteira entre o químico e o biológico. Uma parasitas intracelulares obrigatórios.
das hipóteses da origem do vírus, denominada teoria dos D) o genoma viral pode ser somente de DNA, com exceção
Elementos subcelulares, é de que o vírus seria proveniente de do Mimivírus (família: Mimiviridae), que apresenta em
uma molécula de RNA. Uma outra hipótese defende que o seu genoma os dois ciclos nucleicos, DNA e RNA.
vírus teria se originado de seres unicelulares de vida(...).”

(Paulo Roberto Soares Stephens; Maria Beatriz Siqueira Campos de Oliveira; Flávia Coelho Ribeiro; Leila
Abboud Dias Carneiro. Conceitos e Métodos para a Formação de Profissionais em Laboratórios de Saúde.
Virologia, capítulo 2.)

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