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Doenças da cultura da alface

Lactuca sativa
1. Lettuce Mosaic Virus - LMV
2. Lettuce Mottle Virus - LMoV
3. Mirafiori Lettuce Virus – MiLV
4. Vira cabeça - Tospovirus
5. Mancha bacteriana – Pseudomonas cichorii
6. Septoriose – Septoria lactucae
7. Míldio – Bremia lactucae
8. Queima da saia – Rhizoctonia solani
9. Podridão de Sclerotinia ou mofo branco – Sclerotinia sclerotiorum e
S. minor
10. Mancha de cercospora – Cercospora longissima
11. Murchadeira ou podridão negra das raízes – Thielaviopsis basicola
12. Pectobacterium carotovorum subsp. carotovorum
13. Xanthomonas campestris pv. vitians
1- Lettuce Mosaic Virus - LMV
Mosaico da Alface
Importância
Doença mais importante na alface no Brasil,
Disseminado por afídeos,
Transmitido pela semente
Distribuído em todo mundo –
devido intercâmbio de sementes
contaminadas
1 - Lettuce Mosaic Virus - LMV
Sintomas
• Mosaico e clareamento da nervura,
– Menos freqüente – cabeça crespa

• Amarelecimento foliar,

• Má formação e distorção da
cabeça,

• Necrose de nervura e folhas,


podendo levar à morte da planta
– Depende da agressividade do
isolado e variedade de alface

• Plantas infectadas produzem menor


quantidade de sementes ou não
são formadas
• Variedades portadoras de genes de
resistência podem não apresentar
sintomas
1 - Lettuce Mosaic Virus - LMV
Sintomas

• Amarelecimento foliar,

• Plantas infectadas no estádio inicial de desenvolvimento,


– as folhas internas permanecem pequenas e inclinam-se para o centro,
– ocasionando redução no crescimento da planta.
Etiologia
Família: Potyviridae
Gênero: Potyvirus
Partícula filamentosa e flexuosa – 730 nm
comprimento x 13 nm diâmetro
Genona: composto por uma única molécula
de RNA de fita simples, sentido positivo –
10.080 nucleotídeos.
1 - Lettuce Mosaic Virus - LMV
Etiologia
• LMV - gama de hospedeiras ampla,
– 121 espécies vegetais
• 17 famílias botânicas
• 60 gêneros
– Brassicaceae, Cucurbitaceae, Leguminosae,
Malvaceae, Solanaceae etc.

• Vírus – transmitido pela semente, podendo ser


infectada tanto pelo pólen como pelo óvulo

• Disseminação – afídeos
• Vírus transmitido de maneira não persistente
Disseminação
Vetor – afídeo - Myzus persicae

Vetor mais eficiente


Disseminação
Vetor – afídeo - Macrosiphum euphorbiae
Disseminação
Vetor – afídeo – Aphys gossypii
Afídeos

Myzus persicae Macrosiphum euphorbiae Aphys gossypii


1 - Lettuce Mosaic Virus - LMV
Etiologia
• Diagnose
– Uso de hospedeiras indicadora
• Chenopodim amaranticolor,
• C. quinoa
– Técnicas sorológicas – antissoro
específico,
– Técnicas moleculares - PCR
1- Lettuce Mosaic Virus - LMV
Controle
• Uso de sementes isentas de vírus,
• Uso de inseticidas como medida isolado para o
controle de afídeos não é satisfatório,
– No relacionamento não persistente o inseto adquire e
transmite rapidamente, antes mesmo da ação do
inseticida
• Métodos culturais,
– Eliminação de plantas infestantes e restos culturais
• Adoção de um período livre de alface na área,
– Para quebrar o ciclo da doença
1- Lettuce Mosaic Virus - LMV
Controle
• Uso de sementes livres de vírus,
– Nível de tolerância:
• EUA - zero para lotes de 30.000 sementes
• Europa – zero em 2.000 sementes
– No Brasil a obtenção de sementes livres do
vírus é baixa, devido as condições favorávies
para a proliferação de afídeos e presença de
plantas hospedeiras
1 - Lettuce Mosaic Virus - LMV
Controle
• Variedades tolerantes – genes recessivos mol1 (Brasil) e
mol2 (Europa e EUA)
– Gisele (crespa)

Cassandra
Elisa
Tolerância – vírus multiplica na planta sem
Esmeralda
causar sintomas da doença
1 - Lettuce Mosaic Virus - LMV
Controle
• Variedades resistentes
– Vanda
2 - Lettuce Mottle Virus – LeMoV
Mosqueado
Sintomas Mottle - dar diferentes
graduações as cores

•Os sintomas podem ser confundidos


com os causados pelo LMV,

•Presença de mosqueado salpicado e


ausência de necrose,

•Mistura com LMV pode atenuar os


sintomas e até mesmo aumentar a
agressividade dos sintomas de mosaico
e necrose
Etiologia
Família: Sesquiviridae
Gênero: Sesquivirus
Partículas isométricas, com
diâmetro de 28 a 30 nm,
A diagnose: visualização das
partículas ao microscópio e
PCR
Transmissão: afídeo
Hyperomyzus lactucae
Até o momento não foi
observada a transmissão por
sementes.
2 - Lettuce Mottle Virus – LeMoV
Mosqueado
Etiologia
• Vetor
Hyperomyzus lactucae
2 - Lettuce Mottle Virus – LeMoV
Mosqueado
Controle
• Produzir mudas em condições
protegidas da infestação com
pulgões,

• Pulverização com inseticidas para


evitar a proliferação,

• Manter campos de produção e os Asteráceas


arredores livres de plantas
infestantes (asteráceas e
chenopodiáceas) fonte de inóculo
do vírus e do inseto vetor

Chenopodiáceas
3 - Mirafiori Lettuce Virus – MiLV
Big Vein
• Vírus responsável pelo
aparecimento de “big
vein” ou engrossamento
das nervuras

• Vírus transmitido pelo


fungo Olpidium
brassicae que
permanece viável por
muitos anos no solo.
3 - Mirafiori Lettuce Virus – MiLV
Big Vein
Sintomas

• Engrossamento generalizado das nervuras, com áreas em torno destas de


cor mais clara,
• Porte da planta é reduzido, maturidade fisiológica é retardada, má
formação da cabeça,
• Plantas infectadas no estádio de muda não se desenvolvem.
3 - Mirafiori Lettuce Virus – MiLV
Big Vein
Etiologia
• Gênero:Ophiovirus
• Partículas difíceis de serem visualizadas ao microscópio,
• Frequentemente encontrado em infecções mistas com
LBVV – Lettuce Big Vein Virus
3 - Mirafiori Lettuce Virus – MiLV
Big Vein
Etiologia
• Vírus transmitido pelo fungo Olpidium brassicae – parasita obrigatório que vive nas raízes,
• Zoósporos transmitem o vírus e necessitam de um filme de água para se movimentar e atingir
as raízes,
• Doença ocorre em solos encharcados,
• O fungo por si, não causa doença na alface e não ser que esteja infectado pelo vírus,
• Fungo permanece viável por mais de 25 anos no solo.

Zoósporos
germinando
3 - Mirafiori Lettuce Virus – MiLV
Big Vein
Etiologia
• Temperaturas amenas - 16 oC favorecem ocorrência da doença,
• Doença típica de inverno no Brasil
– Temperaturas diárias de 18 a 22 oC,
– Temperaturas noturnas de 10 a 16 oC,
• Não ocorrendo no verão
• Diagnose – técnicas sorológicas

Zoósporos
germinando
3 - Mirafiori lettuce virus – MiLV
Big Vein
Controle
• O fungo é difícil controle, devido a presença de oósporos infectivos no solo,
• Usar mudas de substrato de boa qualidade, livre de fungo,
• Eliminação de Sonchus asper e S. oleraceus – hospedeiras do fungo,
• Controle da irrigação

Sonchus oleraceus
Sonchus asper
4 - Vira-cabeça
Gênero Tospovirus

• Causa perdas significativas na cultura nos plantios


de verão,
• Apresentando incidência de 60%
4 - Vira-cabeça
Gênero Tospovirus
Sintomas
•Manchas necróticas e bronzeamento das
folhas que se concentram em um lado da
planta, levando a curvatura,

•Infecção sistêmica caracterizada por uma


murcha marginal, amarelecimento,
bronzeamento de folhas internas e da
nervura, presença de anéis cloróticos e
necróticos,

•Paralisação do crescimento da planta


4 - Vira-cabeça
Gênero Tospovirus
Etiologia
• Família: Bunyaviridae

• Gênero: Tospovirus

• Identificação: gama de
hospedeiros, sorologia e
sequenciamento da proteína
capsidial,

• Transmitidos maneira
persistente propagativa por
trips:
– Frankliniella occidentalis,
– Thrips tabaci
4 - Vira-cabeça
Gênero Tospovirus
Etiologia
• Vetor
– Frankliniella occidentalis
4 - Vira-cabeça
Gênero Tospovirus
Etiologia

• Vetor
– Thrips tabaci
4 - Vira-cabeça
Gênero Tospovirus
Etiologia
• Vírus é adquirido pelo vetor no estágio larval ao se alimentar
da planta doente,
• Inseto ao atingir o estado adulto transmite o vírus plantas
sadias,
• Tripes adulto transmite o vírus durante todo a vida,
• Altas temperaturas e umidade relativa do ar favorecem o
desenvolvimento e movimentação do tripes.
4 - Vira-cabeça
Gênero Tospovirus
Controle
• Rotação de culturas com plantas não suscetíveis,
• Plantio onde não haja lavoura suscetível nas adjacências,
• Controle de hospedeiros alternativos do vírus e do vetor,
• Usar mudas isentas de vírus
• Uso de inseticidas no viveiro,
• Usar plantas armadilhas: brócolis, couve-flor e espécies selvagem de
tomate tolerantes que florescem atraindo trips,
• Utilizar barreiras como o milho em volta do plantio para dificultar a
migração do inseto vetor,
• Alqueive – 3 a 4 semanas,
• É importante a cooperação entre os vizinhos produtores para o controle
do trips,
• Trabalhos para obtenção de plantas resistentes vem sendo realizado.
Nome Lettuce Mosaic Lettuce Mottle Mirafiori Vira-Cabeça
científico Virus Virus Lettuce Virus Tospovirus
LMV LeMoV LMiV
Nome Mosaico Mosqueado Big Vein Vira Cabeça
comum
Família/ Potyviridae/ Sesquiviridae/ Bunyavirdae/
Gênero Potyvirus Sesquivirus Ophiovirus Tospovirus
Estrutura

Vetor Myzus persicae Hyperomyzus Opidium brassicae Frankliniella


Macrosiphum euphorbiae lactucae (fungo) occidentalis
Aphis gossypii (afídeo) Thrips tabaci
(afídeos)

Relação Não persistente Persistente


Vírus/Vetor propagativo
5 - Pseudomonas cichorii
Mancha bacteriana

• Pode causar grandes perdas, quando


as condições ambientais são
favoráveis e presença do inóculo no
local de plantio,

• Doença bacteriana e seu controle


exige uma série de medidas conjuntas

• Ocorre: crucíferas, cucurbitáceas,


batata, tomateiro, pimentão, feijão,
ervilha, beterraba e cebola
5 - Pseudomonas cichorii
Mancha bacteriana
Sintomas

• Manchas necróticas isoladas no centro


e nos bordos do limbo foliar, podendo
atingir a nervura central,
• No início, as lesões são encharcadas e
escuras, passando a cor preta e seca
dos tecidos
• Altas umidades as lesões coalescem
causando destruição de extensas áreas
do limbo foliar,
• Nas épocas chuvosas as plantas
próxima a colheita podem apresentar a
nervura central das folhas necrosadas,
levando ao apodrecimento, agravado
pelo o aparecimento de Pectobacterium.
5 - Pseudomonas cichorii
Mancha bacteriana
Etiologia
• Bactéria gram-negativa, colônias
esbranquiçadas,
• Penetração: ferimentos, aberturas
naturais,
• Disseminação: respingos de água
de chuva e irrigação, sementes e
mudas (longas distâncias)
• Alta umidade, temperatura (25 oC)
• Grande número de hospedeiros
(solanáceas, curcubitáceas),
permitindo a sobrevivência,
dificultando medidas de controle
5 - Pseudomonas cichorii
Mancha bacteriana
Controle
• Uso de sementes sadias,

• Rotação de culturas com plantas não hospedeiras,

• Eliminação de plantas doentes e restos culturais,

• Evitar o encharcamento do solo, principalmente através a irrigação por aspersão

• Controle químico é pouco eficiente,

• Não existe nenhuma variedade ou híbrido comercial resistente


6 - Septoria lactucae
Septoriose
• Doença comum em regiões de clima
ameno e em épocas chuvosas

• Lesões necróticas no limbo foliar


prejudicam o valor comercial do produto,

• Nos campos de produção de sementes


– Seca das folhas,
– Devido coalescência das manchas,
– Resultando em danos na formação das
sementes
6 - Septoria lactucae
Septoriose
Sintomas

• Manchas com contornos irregulares,


com aspecto desidratado,
pardacento,
• Numerosos pontos escuros –
picnídios (corpo de frutificação)
• Em ambiente úmido observa-se na
parte inferior do picnídio uma massa
de esporos (cirros) que é liberado na
presença de um filme de água
• Não havendo água os conídios não
germinam e dificilmente são
disseminados pelo vento
6 - Septoria lactucae
Septoriose
Etiologia
• Fungo mitospórico,
• Produz conídios filiformes, mutiseptados
e hialinos no interior de picnídios
• Penetração: abertura estomacal
• Temperatura – na faixa 10 a 28 oC, com
ótimo em torno de 24 oC
6 - Septoria lactucae
Septoriose
Controle

• Emprego de sementes sadias,


• Rotação de culturas por 3 ou mais anos,
• Evitar molhamento das folhas,
• Pulverização
– plantas em desenvolvimento com fungicidas do grupo dos
benzimadazóis,
– preventiva com mancozeb (protetor) ou chlorothalonil
7 - Bremia lactucae
Míldio
• Doença importante em condições
de alta umidade e temperatura
amena a baixa,
• Problema nos meses mais frescos
do ano (Sudeste) quando há muita
cerração e orvalho,
• Fungo é sensível ao calor e baixa
umidade do ar, condições ideais
para esporulação, germinação e
penetração (estômato),
• Na ausência de filme de água não
há germinação dos esporângios,
nem formação de zoósporos
7 - Bremia lactucae
Míldio
Sintomas
• Folhas mais velhas – áreas
cloróticas de tamanho variável, que
mais tarde tornam necróticas, de cor
parda,

• Na face inferior da folha – formam-


se frutificações do fungo de aspecto
branco, constituídos de
esporangióforos e esporângios.
Esporangióforo

Esporângio
7 - Bremia lactucae
Míldio

Esporangióforo

Esporângio

Esporângio

Esporangióforo
7 - Bremia lactucae
Míldio
Controle
• Uso de mudas sadias,

• Plantio em solos bem drenados,

• Evitar áreas de baixadas,

• Rotação de culturas com plantas de outra família,

• Pulverizações:
– plantas doentes com fungicidas sistêmicos específicos:
• Metalaxyl e cymoxanil
– Preventivas
• mancozeb ou clorothalonil,

• Eliminação restos de cultura,

• Preparo do solo com boa antecedência


8 - Rhizoctonia solani
Queima da saia
• Importância da doença está
relacionada com a quantidade de
inóculo no solo,

• Plantas bem desenvolvidas e próximas


à colheita são as mais afetadas
8 - Rhizoctonia solani
Queima da saia
Sintomas
• Murcha e seca nas folhas basais e/ou
medianas, podendo morrer,
• Na parte interna da plantas, junto à
nervura central e na base do limbo
foliar observa-se um micélio vigoroso,
branco inicialmente e pardacento em
estágio mais avançado,
• Com o desenvolvimento da doença
pode-se encontrar numerosos
escleródios, pequenos, branco a pardo-
escuro,
• Alta umidade, temperatura entre 15 a
25 oC.
8 - Rhizoctonia solani
Queima da saia
Controle

• Rotação de culturas com gramíneas, com posterior


incorporação das palhas no solo
– para propiciar melhor drenagem e aumento da
população de microrganismos competidores com
patógenos do solo,
• Preparo do solo com antecedência ao plantio,
• Solos com elevada quantidade de inóculo,
– rega ou pulverização do solo com Iprodione (protetor,
específico) antes e/ou uma semana após o transplante
9 - Sclerotinia sclerotiorum,
S. minor
Podridão de Sclerotinia ou
Mofo Branco
• Atacam a cultura em
qualquer estádio de
desenvolvimento da
cultura, com mais
frequência na época da
colheita
• Fungo polífago
9 - Sclerotinia sclerotiorum,
S. minor
Podridão de Sclerotinia ou
Mofo Branco
Sintomas
• Parecidos com o queima da saia,
mas a evolução da doença é mais
rápida, o fungo coloniza toda a
região basal das plantas e provoca
o apodrecimento do caule e da
base das folhas,

• Colo da planta atacada – necrose


total do tecido e crescimento
cotonoso de micélio branco com
presença de escleródios

• Escleródios brancos inicialmente e


pretos e estádios mais avançado.
9 - Sclerotinia sclerotiorum, S. minor
Podridão de Sclerotinia ou Mofo Branco
Controle
Semelhante à queima da saia
• Rotação de culturas com gramíneas, com
posterior incorporação das palhas no solo
– para propiciar melhor drenagem e aumento da
população de microrganismos competidores com
patógenos do solo,
• Preparo do solo com antecedência ao plantio,
• Solos com elevada quantidade de inóculo,
– rega ou pulverização do solo com Iprodione
(protetor, específico) antes e/ou uma semana após o
transplante
10 - Cercospora longissima
• Não é uma doença destrutiva,
• Mas comum em variedades de folha lisa
10 - Cercospora longissima
Sintomas

• Freqüente em folhas mais velhas,


– Quando ocorre a coalescência das
mancha pode prejudicar o
desenvolvimento da planta e o valor
comercial,
• Manchas circulares pardacentas com o
centro mais claro
• Ausência de corpos de frutificação
diferencia da Septoriose,
• Na face inferior e superior da folha
presença de conídios esbranquiçados e
longos produzidos em conidióforos.
– Conídios hialinos, mutiseptados, filiformes
10 - Cercospora longissima
Controle
Semelhante a Septoriose
• Emprego de sementes sadias,
• Rotação de culturas por 3 ou mais anos,
• Evitar molhamento das folhas,
• Pulverização das plantas em desenvolvimento com
fungicidas do grupo dos benzimadazóis,
• Ou pulverização preventiva com mancozeb (protetor) ou
chlorothalonil
11- Thielaviopsis basicola
Murchadeira ou podridão negra das raízes

• Constada em 1999 no RJ e está


expandindo para regiões
produtoras,
11- Thielaviopsis basicola
Murchadeira ou podridão negra das raízes
11- Thielaviopsis basicola
Murchadeira ou podridão negra das raízes
Sintomas
• Manchas escuras nas raízes,
tornando totalmente
apodrecidas,
• A planta emite novas raízes
para tentar restabelecer,
• Plantas severamente atacadas
apresentam redução de
crescimento e murcha nas
horas mais quentes do dia.
11- Thielaviopsis basicola
Murchadeira ou podridão negra das raízes
Etiologia
• Produz 2 tipos de esporos:
– Clamidósporos – estrutura de resistência
• Permanece no solo de 3 a 5 anos,
– Conídios – facilmente transportado pelo
vento
• Disseminação dos esporos:
– Mudas contaminadas,
– Máquinas,
– Água de irrigação,
• O patógeno pode ter sido introduzido
no Brasil através de turfa contaminada
utilizadas na formulação de substratos.
11- Thielaviopsis basicola
Murchadeira ou podridão negra das raízes
Controle

• Mudas sadias,
• Substrato livre do patógeno,
• Irrigação e adubação apropriadas,
• Solarização do solo, como do substrato,
• Rotação de cultura,
• Utilização de variedades de alface tipo crespa –
resistentes ao fungo
• Variedades lisa e americana – são suscetíveis.
Tratamento térmico do solo
Solarização do solo
• Consiste na cobertura do solo com filme plástico transparente,
antes do plantio.
• solo úmido (irrigação/chuva) as estruturas de resistência dos
patógenos são mais sensíveis ao calor, acelerando seu controle,
• camadas superficiais apresentam temperaturas elevadas.

Plástico transmite calor ao solo, retendo-o durante a noite.


Tratamento térmico do solo
Solarização do solo

Cobertura deve
permanecer por o
período de 1 mês ou
mais.

Solarizado: 10, 20 e 30cm

Não Solarizado

Variação diária da temperatura em profundidade do solo solarizado (linhas


contínuas) e não solarizado (linhas tracejadas). Katan (1987).
Tratamento térmico do solo
Solarização do solo

• Elevação da temperatura tem efeito inibitório ou letal aos patógenos.

• antagonistas
• mais tolerantes ao
calor do que os
patógenos.

Temperaturas letais para fungos de solo submetidos a 30 minutos de tratamento.


Tratamento térmico do solo
Solarização do solo
Vantagens
• Não há eliminação de todos os microrganismos,
• Não é criado o vácuo biológico, como no tratamento a vapor e
fumigação,
• Dificulta a reinfestação do solo,
• Promove o controle biológico,
• Reduz populações de nematóides,
• Controle de plantas daninhas,
• Favorece o crescimento de plantas
• alteração da população de microrganismos promotores de
crescimento de plantas,
• Alteração da composição do solo,
• aumento do teor de N, na forma de amônia e nitrato; Ca e Mg.
Tratamento térmico do solo
Solarização do solo

Desvantagens
• Necessidade de máquinas p/ aplicação em extensas áreas,
• Custo do tratamento,
• Necessidade do terreno permanecer sem cultivo durante o período,
• Difícil drenagem em grandes áreas c/ acentuado declive durante a
solarização,
• Limitações climáticas
12 - Pectobacterium carotovorum subsp. carotovorum
(=Erwinia carotovora subsp. carotovora)
Podridão mole

• Ocorre em condições de
excesso de nitrogênio,
– Favorecendo o ferimento do
tecido e colonização pela
bactéria,
• Alta umidade e alta
temperatura
• Bactéria provoca
decomposição aquosa dos
tecidos,
– Devido ação de enzimas
pectolíticas – lamela média
12 - Pectobacterium carotovorum subsp. carotovorum
(=Erwinia carotovora subsp. carotovora)
Podridão mole
Controle

• Incorporação de matéria orgânica ao solo,


• Adubação equilibrada – principalmente de nitrogênio,
• Controle da irrigação,
• Evitar uso de antibióticos
Septoria lactucae
Septoriose

Bremia lactucae
Míldio Cercospora longissima

Xanthomonas campestris
pv. vitians
Outras doenças
• Bacterianas
– Pseudomonas marginalis pv. marginalis,
– Xanthomonas axonopodis pv. vitians,
• Fúngicas
– Alternaria sonchi – mancha de alternaria,
– Botrytis cinerea – mofo cinzento,
– Puccinia spp. – ferrugem,
– Marssonina panattoniana – mancha em anéis,
– Sclerotium rolfsii – podridão da base das folhas externas,
– Oidium sp. - oídio,
– Pythium spp. – damping off e podridão de raízes,
• Nematóides
– Meloidogyne spp.
321

Xanthomonas campestris pv. vitians


Bibliografia
• AGRIOS, G.N. Plant Pathology. 5th ed. 2005. 922p.

• AMORIM, L., REZENDE, J.A.M., BERGAMIN FILHO, A. Manual de


Fitopatologia: princípios e controle. Vol 1. Ed. Ed. Agronômica
Ceres, São Paulo, 2011. 704 p.

• KIMATI, H., AMORIM, L., REZENDE, J.A.M.,BERGAMIN FILHO, A.;


CAMARGO, L.E.A.. Manual de Fitopatologia, Vol. II - Doenças
das Plantas Cultivadas. 4. Edição. Editora Agronômica Ceres Ltda,
São Paulo. 2005. 663p.

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