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CONCEITO PARASITOLOGIA

É a ciência que estuda os parasitas, os seus


hospedeiros e a relações entre eles.
A IMPORTANCIA DA PARASITOLOGIA PARA
A SAÚDE
• Para quem lida com a saúde humana, a
parasitologia oferece ferramentas para
conhecer os causadores de várias doenças,
incluindo as famosas verminoses (tão comuns
na infância) e as ectoparasitoses (explicadas
mais à frente), assim como as medidas
Profiláticas e Terapêuticas cabíveis em cada
doença.
• PARASITAS MICROSCÓPICOS E PARASITAS MACROSCÓPICOS
• Esta divisão baseia-se no tamanho dos parasitas. Alguns vermes possuem uma fase
geralmente microscópica (ovo ou larva), porém há parasitas, como o da sarna, que são
microscópicos ou Sub-microscópicos. A divisão leva como ponto de partida o tamanho do
adulto (se o adulto for menor que 0,1 mm, é considerado microscópico ou sub-
microscópico; se for maior que 0,1 mm, é considerado macroscópico).
• A tabela abaixo lista alguns desses parasitas, em suas devidas classificações. Entre colchetes
[ ] observa-se a fase do parasita que é microscópica, quando o mesmo for macroscópico.
• PARASITAS MICROSCÓPICOS Ácaros
• Ácaro da sarna
• PARASITAS MACROSCÓPICOS Carrapatos
• Vermes cilíndricos [ovo; larva]
• Vermes achatados [ovo; larva]
• Piolhos
• Chatos
• Larvas de moscas
• ECTOPARASITAS E ENDOPARASITAS
• Além da classificação geral em microscópicos e macroscópicos, os parasitas podem igualmente ser classificados em parasitas externos e parasitas
internos. O primeiro grupo inclui os ectoparasitas; o segundo, os endoparasitas.
• Há diferenças bastante notáveis entre os parasitas que infestam a superfície corporal do hospedeiro daqueles que infestam seu interior. O ciclo
biológico é bastante complexo entre os endoparasitas, que podem ou não ter uma fase larval externa, muitas vezes de vida livre. À exceção dos
ácaros e dos ácaros da sarna, todos os outros ectoparasitas são macroscópicos; os endoparasitas, via de regra, são macroscópicos.
• Vejamos como os parasitas são classificados, segundo estes parâmetros:
• ECTOPARASITAS Carrapatos
• Ácaros
• Ácaros da sarna
• Larvas de moscas
• Piolhos
• Chatos
• ENDOPARASITAS Vermes cilíndricos
• Vermes achatados
• Muito comumente, os ectoparasitas causam prurido e irritação extrema da pele, podendo, inclusive, criar bolsas ou necroses locais; os
endoparasitas, por sua vez, causam os mais variados sintomas, conforme estudaremos a seguir.
• Os carrapatos, os ácaros e os ácaros da sarna são aracnídeos que sugam o sangue do hospedeiro, fazendo com que a fêmea muitas vezes atinja
proporções até vinte vezes o tamanho normal do adulto. Embora os ácaros passem despercebidos, são causadores de grandes e intensas alergias,
no mundo inteiro. Alguns carrapatos podem ser veiculadores de doenças silvestres, daí a importância de serem estudados. Os ácaros da sarna
cavam canais na pele, causando um prurido muito intenso e criando verdadeiros túneis endodérmicos, que podem atingir extensões variáveis.
• Os piolhos e os chatos são insetos que se instalam sobre o couro cabeludo ou na região pubiana, muitas vezes até mesmo na região axilar e nas
sobrancelhas, ou sobre o pêlo do corpo, causando intensa coceira. As fêmeas depositam seus ovos, as lêndeas, na base do pêlo ou do cabelo.
• As larvas de moscas pertencem a várias espécies. A mais comum é a da mosca varejeira, também conhecida como mutuca ou butuca no Brasil, e
que medicamente é identificada como sendo o famoso berne. As larvas desenvolvem-se no interior do tecido epitelial, e, após algumas semanas, a
larva transforma-se em pupa e sai, então, o adulto.
Protozoários

 Conceito:
• Variam de 2 a 1000 µm, Estruturas
• Unicelulares, locomotoras
• Heterotróficos (ambiente externo),

 Transmissão:
• Água e alimentos contaminados,
• Hábitos de higiene,
Diagnóstico
• Saneamento básico,
• Animais.
Classificação

Emissão Propulsão Movimentação Não possui

de pseudópodes flagelar ciliar apêndices


Exemplos de protozoários

Não
Patogênicas
patogênicas

 Trichonympha sp (auxilia na  Entamoeba histolytica


digestão dos cupins) (desenteria amebiana)

Trypanosoma cruzi (doença de


Chagas)

Plasmodium sp (malária)

Giargia lamblia (giardíase)


Imagens de protozoários

Trichonympha sp Entamoeba histolytica

Trypanosoma cruzi Giargia lamblia


Bactérias
• - Seres vivos mais simples
do ponto de vista estrutural,
e de menor tamanho,
podendo ser conhecidas
também como micróbios,
algumas causam doenças.
São abundantes no ar, no
solo e na água e na sua
maioria inofensivas para o
ser humano, sendo algumas
até benéficas. (estômago-
vit.K )
Bactérias

 Conceito:
• Unicelulares.
• Uma molécula de DNA.
Elas podem ser
patogênicas ou não.

 Transmissão:
• Diversos meios de transmissão.

Antibióticos.
Bactérias - Exemplos

Não
Patogênicas
patogênicas

 Rhizobium  Mycobacterium tuberculosis


 Lactobacillus Corynebacterium diphtheriae
e alguns tipos de Streptococcus
Salmonella typhi

Streptococcus pneumoniae

Vibrio cholerae
Bactérias gram-positivas e
gram-negativas

Gram- Gram-
positivas negativas

Parede celular mais espessa Parede celular menos espessa


Método de Gram

É uma técnica de coloração de


preparações histológicas para observação ao
microscópio óptico, utilizada para corar
diferencialmente microorganismos com base na
composição química e integridade da sua parede
celular.
Bactérias gram-positivas e
gram-negativas

Gram- Gram-
positivas negativas
Imagens de bactérias

Leptospira interrogans. Streptococcus pneumoniae.

Vibrio cholerae Corynebacterium diphtheriae


Vírus
• - Do latin virus,
"veneno" ou "toxina")
são pequenos agentes
infecciosos
• algumas dezenas de
vezes menores que as
minúsculas bactérias -
que não são visíveis ao
microscópio comum,
mas apenas ao
microscópio eletrônico
Vírus

 Conceito:  Exemplos:
• Sem células. • Influenza (gripe)
• Parasitas intracelulares. • Varicela Zoster (catapora)
• Não tem atividade metabólica. • Rhinovirus (resfriado)
• Ser vivo? • Ebola (febre hemorrágica)
• HIV (aids)
 Transmissão: • Flavivirus sp (dengue)
• Sangue • Morbilliviirus (sarampo)
• Secreção respiratória
• Excreções intestinais
Bacteriófagos
• Secreções do trato reprodutor
Imagens de vírus

Vírus do HIV Vírus da gripe

Vírus da dengue Vírus da catapora


VIROLOGIA
• É o estudo dos vírus e suas propriedades
• Os vírus são “ácido nucléico envolvido por um
pacote protéico”, inertes no ambiente
extracelular, somente sendo capazes de
reproduzir-se dentro da célula hospedeira, por
isso são freqüentemente classificados como
"parasitas intracelulares obrigatórios".
ESTRUTURA MOLECULAR
• O envoltório dos vírus, formado por proteínas,
é denominado capsídio. Além de proteger o
ácido nucléico viral, o capsídio tem a
capacidade de se combinar quimicamente
com substâncias presentes na superfície das
células, o que permite ao vírus reconhecer e
atacar o tipo de célula adequado a hospedá-
lo.
INFECÇÃO E REPLICAÇÃO DOS VÍRUS
• Passo 1: O vírus se unir à sua célula
hospedeira
• Passo 2: O vírus ou a sua informação genética
penetra na célula.
• Passo 3: O ácido nucleico é revestido que
libera o DNA ou RNA a partir do seu
capsomeres ou envelope lipídico e permite a
célula hospedeira para ler (expresso) as
funções genéticas do vírus.
• Etapa 4: Nesta fase, apenas uma parte da
informação genética viral é expresso,
resultando na síntese de apenas um
subconjunto de proteínas virais codificados
coletivamente denominados o início das
funções dos genes virais (proteínas). Em
alguns casos, elas contribuem diretamente
para a replicação do cromossomo viral. Em
alguns casos, estas proteínas virais desligam
muitas das atividades da célula-hospedeiro.
• Passo 5: O ácido nucléico viral é, então,
sintetizados para produzir centenas ou
milhares de cópias do cromossomo viral.
• Passo 6: Neste momento, um segundo
subconjunto das informações genéticas virais,
comumente chamado de proteínas tarde, é
expressa. Estas são as proteínas estruturais,
incluindo o capsomeres do vírus.
• Passo 7: O capsomeres são montados para
formar um novo reservatório em torno do
ácido nucléico do vírus.
• Passo 8: O vírus maduro tendo repetido suas
cópias novas, é liberada a partir da célula
infectada para atacar uma nova célula e repita
o processo.
DOENÇAS HUMANAS VIRAIS
• Catapora  Hepatite
• Caxumba  Hepatite A
• Conjuntivite  Hepatite C
• Dengue  Herpes
• Faringite  Hidrofobia (raiva)
• Febre Amarela  Dengue
• Gripe  Poliomielite
• Gripe A  Rubéola
• Gripe do Frango  Sarampo
 Varíola
Fatores ambientais que atuam
sobre microrganismos
 Aeróbios - Crescem e se multiplicam
na presença de 02.
Oxigênio  Anaeróbios – Vivem e se multiplicam
na ausência de O2.

Alguns microrganismos se desenvolvem


Luminosidade melhor em locais onde há pouca
luminosidade.

 Calor moderado favorece o


crescimento de alguns microrganismos.
Temperatura  Altas temperaturas (+127ºC) destroem
microrganismos.

Alguns microrganismos necessitam da


Umidade umidade para seu crescimento.
MEIOS DE TRANSMISSÃO DOS micro-
organismoS
• Transmissão direta : Em que há um contato
físico entre o organismo doente com o
organismo sadio
• Indireta : Através de objetos como
pratos,talheres,toalhas,agulhas utilizadas e
tocadas pela pessoa doente
• Específica : Quando o micro-organismo
patogênico atinge o organismo sadio com
auxílio de um outro organismo. Ex: mosquito
ou mosca
VIAS DE PENETRAÇÃO DE micro-
organismoS
• Pele – ferimentos,picadas
de insetos,etc
• Vias Respiratórias –
ambiente fechado
• Sistema Digestório –
ingesta de alimentos
• Sistema Geniturinário –
higiene inadequada
• Parenteral – material
contaminado(agulhas)
Infecção

É a implantação, crescimento
e multiplicação de microrganismos
no interior de células e tecidos de
um ser vivo causando prejuízo ao
organismo humano ou animal.
Tipos de infecção

Inaparente Secundária

Sem sintomas Favorece o aparecimento


de outra

Cruzada Hospitalar

Transmitida entre pacientes Adquirida após admissão


do paciente
? ?

?
?
Prevenção e controle
da infecção
?
? ?
Microbiota

Diferentes microrganismos vivem


em comunidade sobre a superfície de
pele ou mucosa de indivíduos sadios.
Classificação da microbiota

Residente Transitória
 Colonizam camadas mais  Colonizam camadas mais
profundas da epiderme, superficiais da epiderme,
 Mais resistentes à  Removíveis pelas técnicas
remoção pelas técnicas de de higienização,
higienização,  Adquiridos durante o
 É composta por bactérias cuidado aos pacientes e
normalmente presentes na estão relacionados
superfície cutânea. frequentemente às infecções
hospitalares.
Profilaxia
 Lavar as mãos com frequência,

 Manter higiene pessoal adequada (unhas aparadas e limpas, roupas


limpas, barba aparada),

 Manter higiene domiciliar, no trabalho e em locais públicos,

 Manter locais arejados (escola, casa, ônibus, ambiente de trabalho),

 Evitar ambientes úmidos e que estejam com presença de mofo,

 Jogar lixo em recipiente próprio,

 Boa alimentação,

 Acondicionamento adequado do lixo orgânico para prevenir proliferação


de insetos e roedores.
PARASITOLOGIA
• É a ciência que estuda os parasitas, os seus
hospedeiros e a relações entre eles.
PROTOZOÁRIOS
• São organismos com ampla
dispersão em ambientes úmidos e
aquáticos, com espécies de vida
livre e outras parasitárias de
invertebrados e vertebrados.
• Podem causar doenças, por
exemplo: Tricomonas vaginales,
parasita da vagina das mulheres; e
a doença de Chagas, transmitida
pelas fezes do inseto chamado
barbeiro ou chupança (Triatoma
infestans), defecando nas
proximidades do local onde picou,
permitindo que o agente etiológico
(protozoário da espécie
Tripanosoma cruzi) penetre na
corrente sangüínea através do
orifício causado pela picada.
HELMINTOS
• Vermes cilíndricos e
afilados. Fazem parte
do reino animália.
Alguns são patológicos,
como o causador da
esquistossomose.
ARTRÓPODES
• Os artrópodes são
invertebrados que
possuem patas
articuladas, tem uma
carapaça protetora
externa, que é o seu
esqueleto
INFECÇÃO HOSPITALAR
• Qualquer tipo de infecção adquirida após a
entrada do paciente em um hospital ou após a
sua alta quando essa infecção estiver
diretamente relacionada com a internação ou
procedimento hospitalar, como, por exemplo,
uma cirurgia.
DIAGNÓSTICO
• Observação direta do paciente ou análise de seu prontuário.
• Resultados de exames de laboratório.
• Quando não houver evidência clínica ou laboratorial de infecção
no momento da internação no hospital, convenciona-se infecção
hospitalar toda manifestação clínica de infecção que se apresentar
após 72 horas da admissão no hospital.
• Também são convencionadas infecções hospitalares aquelas
manifestadas antes de 72 horas da internação, quando associadas
a procedimentos médicos realizados durante esse período.
• Os pacientes transferidos de outro hospital são considerados
portadores de infecção hospitalar do seu hospital de origem.
• As infecções de recém-nascidos são hospitalares, com exceção das
transmitidas pela placenta ou das associadas a bolsa rota superior
a 24 horas.
COMO SE ADQUIRE?
• Qualquer pessoa que é obrigada a internar-se em
ambiente hospitalar para tratamento médico está
sujeita a contrair uma infecção hospitalar, que
está diretamente relacionada ao tempo de
internação e procedimento a ser realizado.
• Em procedimentos cirúrgicos sempre existem
mais riscos de contrair infecção do que em uma
internação sem procedimentos já que Unidades
de Tratamento Intensivo (UTIs) ou Centros
Cirúrgicos são locais onde há muito mais chances
de contrair infecção.
COMO SE PREVINE?
• A prevenção de infecções hospitalares por
todo o mundo depende muito mais da
instituição hospitalar e de seus trabalhadores
do que dos pacientes, já que ninguém se
interna com intenção de contrair doenças
dentro do hospital.
Referências

Saberes e práticas: guia para ensino e aprendizado de enfermagem /


organização Genilda Ferreira Murta. 7 ed. São Caetano do Sul, SP: Difusão
editora, 2012. (Série Curso de Enfermgaem) Vários autores.

http://www.brasilescola.com/biologia/protozoarios.htm

http://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/fungos/

http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/biovirus.php

http://microblogufc.blogspot.com.br/2010/01/introducao-microbiologia.html

http://medepop.blogspot.com.br/2011/08/diferencas-entre-bacterias-gram.html

http://www.brasilescola.com/doencas/amebiase.htm

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