Você está na página 1de 43

BIOLOGIA GERAL

AULA 3 – ESTUDO DOS VÍRUS E SUA


IMPORTÂNCIA

Lucélia Parente
OBJETIVOS DA AULA

• Fornecer as bases fundamentais necessárias para conhecer


os tipos de estruturas, formas de replicação, e os
mecanismos responsáveis pela patogenicidade dos vírus.
• Entender a genética, ciclo de replicação e os mecanismos de
patogenicidade dos vírus.

2
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS VÍRUS

• Cerca de cem anos atrás, os pesquisadores não podiam imaginar


a existência de partículas submicroscópicas, descrevendo então
estes agentes como um fluido contagioso.
• Em 1930, os cientistas começaram a usar a palavra vírus, que no
latim significa veneno.
• A natureza dos vírus permaneceu obscura até 1935, quando
Wendell Stanley, isolou o vírus do mosaico do tabaco.
• A invenção do microscópio eletrônico, possibilitou sua
visualização.
• A questão dos vírus serem organismos vivos ou não tem uma
resposta ambígua.

3
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS VÍRUS

• Os vírus foram diferenciados de outros agentes infecciosos por


serem pequenos (filtráveis) e por serem parasitas intracelulares
obrigatórios.
• Sabe-se agora que as características que realmente distinguem
os vírus estão relacionadas a sua organização estrutural simples
e aos mecanismos de multiplicação.
• São conjuntos de genes capazes de se transferir de uma célula
para outra e de direcionar a atividade das organelas celulares.
• Toda célula se origina de outra célula, o que não acontece com
os vírus, que se utilizam da maquinaria celular, para se reproduzir.
• Vírion é a partícula viral completa e extracelular, dotada da
capacidade de infectar urna célula hospedeira, sendo constituída
pelo capsídio formado por capsômeros, que envolve e protege o
genoma (RNA ou DNA). 4
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS VÍRUS

• Agentes causadores de infecções no homem, outros animais,


vegetais e bactérias.
• Sem metabolismo próprio.
• Parasitos intracelulares obrigatórios.
• Não se desenvolvem em ambientes extracelulares.
• Tipo de material genético (DNA ou RNA).
• Tamanho e Forma.
• Natureza do envoltório (com ou sem envelope).
• Genoma muito simples.

5
ESPECTRO DE HOSPEDEIROS

• Consiste na variedade de células hospedeiras que o vírus pode


infectar.
• Existem vírus que infectam invertebrados, vertebrados, plantas,
protistas, fungos e bactérias.
• A maioria é capaz de infectar tipos específicos de células de uma
única espécie de hospedeiro.
• O espectro de hospedeiros de um vírus é determinado pela
exigência viral quanto à sua ligação específica à célula
hospedeira e pela disponibilidade de fatores celulares do
hospedeiro em potencial necessários para a multiplicação viral.
• Para que ocorra a infecção da célula hospedeira, a superfície
externa do vírus deve interagir quimicamente com receptores
específicos presentes na superfície celular.
7
TAMANHO DO VÍRUS

• É determinado com o auxílio da microscopia eletrônica.


• Vírus diferentes variam consideravelmente em tamanho.
• A maioria é menor que as bactérias, mas alguns são praticamente
do mesmo tamanho de algumas bactérias pequenas.
• O comprimento dos vírus varia de 20 a 1.000nm.

8
MORFOLOGIA GERAL

• Um vírion é uma partícula viral completa.


• Um cerne de ácido nucléico envolvido por uma capa
protéica=capsídeo.

• Ácido Nucléico
♠ DNA ou RNA
♠ Fita simples ou fita dupla

• Capsídeo e envelope
♠ Grupamento de proteínas virais (protômeros) com característica
simétrica.
♠ Icosaédrica e helicoidal
10
Capsídeo
Envelope
ESTRUTURA VIRAL

• Microscopia eletrônica e Cristalografia de raios X.

♠ Vírus helicoidais
♠ Vírus poliédricos
♠ Vírus envelopados
♠ Vírus complexos

13
• Vírus helicoidais
Capsídeo com capsômeros
arranjados em torno do ácido
nucléico na forma de uma hélice.
• Vírus poliédricos
Capsídeo cuja estrutura básica é
um icosaédrico. Superfície
constituída de 20 faces
triangulares e 12 vértices.
• Vírus envelopados
Capsídeo é envolvido por um envelope lipoprotéico com
espículas.
• Vírus complexos
TAXONOMIA DOS VÍRUS

• Em 1996, os virologistas ciraram um Comitê Internacional de


Taxonomia Viral.
 Tipo de ácido nucléico
 Estratégia de replicação
 Morfologia

• De Ordem até Reino – ausência de classificação


 Família – viridae
 Gênero – virus
 Espécie viral

18
TAXONOMIA DOS VÍRUS

• Sistema de classificação de acordo com o hospedeiro.

 Vírus de animais
 Vírus de plantas
 Bacterianos - bacteriófagos

19
20
21
22
MULTIPLICAÇÃO VIRAL

• Os ácidos nucléicos do virion apresentam segmentos gênicos que


codificam componentes estruturais, como as proteínas do capsídeo
e as enzimas usadas no ciclo viral.

• Ciclo de vida dos bacteriófagos


♠ Lítico ou virulento: destroen as células bacterias do hospedeiro.
♠ Lisogênico: não destroem as células hospedeiras.

23
MULTIPLICAÇÃO VIRAL

• Bateriófagos T – pares: o ciclo lítico.

24
MULTIPLICAÇÃO VIRAL

• Bateriófagos lambda: o ciclo lisogênico.

26
MULTIPLICAÇÃO DE VÍRUS EM ANIMAIS

28
29
VÍRUS E CÂNCER

• Sabe-se hoje que muitos tipos de câncer são causados por vírus.
• A relação inicial entre câncer e vírus foi inicialmente demonstrada
em 1908, quando virologistas tentaram isolar o vírus causador da
leucemia aviária.
• Os adenocarcinomas induzidos por vírus (câncer tecido epitelial
glandular) foram descobertos em 1936, em camundongos.
• Um vírus capaz de causar câncer em seres humanos foi
descoberto em 1972.
• A origem viral do câncer pode muitas vezes não ser reconhecida
por várias razões.

36
TRANSFORMAÇÕES DE CÉLULAS NORMAIS EM
CÉLULAS TUMORAIS

• Fatores de ativação de oncogenes:


• Substâncias químicas
♠ Hidroxilamina
♠ Acridinas

• Radiações
♠ Raios X
♠ Raios UV
• Vírus – vírus oncogênicos ou oncovírus
• Células transformadas – antígeno A e TSTA

37
TRANSFORMAÇÕES DE CÉLULAS NORMAIS EM
CÉLULAS TUMORAIS

• Vírus de DNA Oncogênicos


♠ Adenoviridae
♠ Poxviridae
♠ Herpesviridade – Lymphocryptovirus – EBV
♠ Papovaviridae – Papovavirus – Papilomavírus
♠ Hepadnaviridae – Hepadnavirus - HBV

• Vírus de RNA Oncogênicos


♠ Retroviridae – HTLV-1 e HTLV-2

38
INFECÇÕES VIRAIS LATENTES

• Vírus presente mas sem causar dano à célula; posteriormente,


emergem as infecções líticas.

• Exemplos:
♠ Herpesvirus e Varicellavirus.

• Fatores de Ativação
♠ Imunossupressão
♠ Queimadura solar
♠ Mudanças da resposta imunológica
♠ Febre

39
PRIONS

• Stanley Pursiner, 1982: Proteinaceous Infectious particle.


• Encefalopatias espongiformes.
• Kuru: habitantes de uma tribo da Nova Guiné; perda da
coordenação e demência, é sempre fatal.
• Doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD): mundial;1 pessoa em um
milhão, geralmente ao redor dos 60 anos, causa demência.
• Síndrome de Gertmann-Sträussler-Scheinker
• Doença da Vaca Louca
• Scrapie: ovelhas e cabras, perdem sua coordenação e acabam
ficando incapazes de se manter em pé.

40
PRIONS

• Os príons são codificados por genes de mamíferos.


• A proteína existe sob duas formas,uma patogênica e a outra não:
 PrPc (PrP celular)
 Forma normal, não-causadora de doença
 Proteína com uma estrutura alfa, em forma de hélice

 PrPSC (PrP Scrapie)


 Forma patogênica
 Opríon scrapie tem estrutura beta, em que a hélice se desdobra,
formando uma fita esticada.

41
VÍRUS DE PLANTAS

42
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- JUNQUEIRA, L. C. & CARNEIRO, J. Biologia celular e


molecular. 9ª. Ed, Rio de Janeiro - RJ: Guanabara
Koogan, 2013.
- SADAVA, D.; HELLER H. C.; ORIANS,G. H.; PURVES, W.
K.; HILLIS, D. M. Vida A Ciência da Biologia volume I:
Célula e Hereditariedade. 8 ed. São Paulo:Artmed, 2009.

43

Você também pode gostar