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DE INFEÇÃO
Catarina Pinto
Enfermagem - Saúde no Adulto e Idoso
2023
1
Vigilância Epidemiológica
História natural da doença
Cadeia da transmissão da infeção
SUMÁRIO Precauções básicas de controlo de infeção
Precauções baseadas nas vias de transmissão
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Definição
É o estudo da frequência, da distribuição e dos determinantes dos
problemas de saúde na população humana
VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA • Compreender as causas das doenças
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Fase da
HISTÓRIA suscetibilidade Doença Clínica
NATURAL DA
DOENÇA
Fase Cura
Subclínica Incapacidade
MORTE
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HISTÓRIA
NATURAL DA
DOENÇA
5
CADEIA DE
TRANSMISSÃO
DA INFEÇÃO
6
CADEIA DE
TRANSMISSÃO
DA INFEÇÃO
8
AGENTE
INFECIOSO
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Bactérias Comensais
Constituem a flora normal de indivíduos saudáveis
Têm um papel protetor, prevenindo a colonização por
microrganismos patogénicos
Bactérias Patogénicas
Têm maior virulência e causam infeção independentemente do
estado do hospedeiro
BACTÉRIAS Bactérias aeróbicas
Requerem O2 para obter energia
Bactérias anaeróbias
Não requerem O2 e se este estiver presente em determinadas
concentrações, pode ser fatal. (Ex. Clostridioides difficile)
Bactérias facultativas
Com ou sem O2 (Ex. Treponema pallidum)
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Organismo infecioso de pequenas dimensões, muito menor do
que um fungo ou do que uma bactéria
Precisa invadir uma célula viva para se replicar
Exemplos:
Vírus da hepatite B e C
Rotavírus
VÍRUS Enterovírus (Ex. poliovírus)
Vírus da gripe
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Oportunistas
Microrganismos que causam infeções durante tratamentos
prolongados com antibióticos e em situações de imunodepressão
grave
Ex. Candida albicans, Aspergillus…
Primárias
FUNGOS E Microrganismos que causam infeção em hospedeiros
imunocompetentes
PARASITAS
Locais
Pele, boca, genitais…
Sistémicas
Pele, encéfalo, fígado…
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Local onde os microrganismos sobrevivem e se reproduzem
RESERVATÓRIO
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Local onde os microrganismos sobrevivem e se reproduzem
RESERVATÓRIO
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Local onde os microrganismos sobrevivem e se reproduzem
RESERVATÓRIO
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ORIGEM Ar
Inanimado Água
Superfícies
Equipamentos
Alimentos
Resíduos
RESERVATÓRIO Dispositivos Médicos
Doentes Agudos
Humano
Doentes Crónicos
Profissionais de Saúde
Visitas
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PESSOAS Principal RESERVATÓRIO
e fonte de microrganismos
Principal TRANSMISSOR
RESERVATÓRIO especialmente durante tratamentos
RECETOR DE MICRORGANISMOS
tornando-se então um novo reservatório
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Microrganismo Reservatório Tempo de
sobrevivência
Enterococcus spp Chão, paredes, camas, roupa de 5 dias a 4 meses
cama, maçanetas, monitores,
arrastadeiras, sanitas
RESERVATÓRIO
Acinetobacter spp Colchões, almofadas, rodas de 3 dias – 5 meses
camas, chão, mesas
NO SER HUMANO
PORTA DE Gastrointestinal
SAÍDA
Respiratório
Pele
Feridas
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Vias de Reservatório/ Dinâmica da Transmissão Microrganismos
Transmissão Fonte
Contacto Direto Doentes Pessoa a pessoa durante a Staphylococcus
Profissionais prestação de cuidados aureus
de Saúde Ex. cuidados de higiene, Bacilos Gram
apertão de mão, palpação negativos
abdominal… Vírus
VIAS DE respiratórios…
TRANSMISSÃO
Contacto Instrumentos e A transmissão ocorre Salmonella spp
Indireto equipamentos passivamente através de Pseudomonas
de uso clínico um objeto intermediário Acinetobacter
(normalmente inanimado)
Ex. partilha de
estetoscópio…
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Vias de Transmissão Reservatório/ Dinâmica da Transmissão Microrganismos
Fonte
GOTÍCULAS Doentes Transmissão através de gotículas >5 µm Influenza vírus
Profissionais de Saúde que transferem os microrganismos Staphylococcus aureus
através do ar, quando a doente ou o Streptococcus A.
doente se encontram demasiado
próximas
Ex. espirros, fala, tosse, aspiração…
VIAS DE
TRANSMISSÃO
VIA AÉREA Ar Propagação de microrganismos (≤5 µm) Mycobacterium tuberculosis
evaporados através de núcleos de Sarampo
gotículas do ar ou pó no mesmo quarto
ou a uma distância longa
Ex. através da respiração
NO SER HUMANO
Boca
PORTA DE
Respiratório
ENTRADA
Pele
Feridas
Mucosas
DISPOSITIVOS INVASIVOS
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A presença de microrganismos no hospedeiro tem diferentes
significados
CONTAMINAÇÃO
• Presença de microrganismos sem proliferação
HOSPEDEIRO
SUSCETÍVEL COLONIZAÇÃO
• Presença de microrganismos com multiplicação, mas sem efeito clínico
adverso (sem reação do hospedeiro)
INFEÇÃO
• Presença de microrganismos com proliferação e invasão de tecido vivo
• Há uma resposta inflamatória local e pode haver uma resposta sistémica
(febre, leucocitose…)
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INFEÇÃO
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Resistência Individual à Infeção
• Idade
HOSPEDEIRO • Estado imunitário
• Estado nutricional
SUSCETÍVEL • Doenças subjacentes
• Intervenções Médicas:
• Cirurgia
• Procedimentos invasivos
• Terapêutica
• …
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COMO
QUEBRAR A
CADEIA?
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Impedir a TRANSMISSÃO entre doentes
COMO
QUEBRAR A
PBVT
CADEIA?
PBCI
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Bloquear a passagem de COLONIZAÇÃO à INFEÇÃO
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Proteger ou modificar o risco do HOSPEDEIRO
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Doente com uma ferida infetada no membro inferior esquerdo
Foi isolado o microrganismo: MRSA
Apresenta drenagem abundante da ferida
A roupa da cama encontra-se contaminada com drenagem
EXERCÍCIO Agente
PRÁTICO MRSA
Reservatório
FERIDA INFETADA
Porta de saída
DRENAGEM/FERIDA
Via de transmissão
CONTACTO
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Precauções Básicas do Controlo da Infeção
PBCI
Objetivos das PBCI
Reduzir as IACS
Reduzir as infeções por microrganismos multirresistentes
Reduzir o consumo desnecessário de antibióticos
Garantir a segurança dos doentes e dos profissionais na prestação de
PBCI cuidados onde quer que sejam prestados
Não há
doentes de
risco
PBCI
Há
procedimentos
de risco
Definição
Uma infeção adquirida num hospital ou outra instituição de saúde,
por um doente que foi admitido com outra patologia
Não está presente ou em incubação no momento da admissão,
ocorrendo 48h após a admissão
Inclui a infeção que surge após a alta mas adquirida na instituição de
IACS saúde
Inclui a infeção ocupacional dos profissionais de saúde dessa mesma
instituição
IACS é uma designação mais abrangente que infeção nasocomial
pois engloba todas as unidades prestadoras de cuidados (a infeção
nasocomial exclui a infeção que surge no ambulatório)
Países desenvolvidos/países em desenvolvimento
Principais causas de morte
Problema crescente e mundialmente preocupante
IACS
Cerca de 33.000 pessoas morrem a cada ano como
consequência direta de uma infeção causada por
bactérias resistentes a antibióticos (ECDC, 2015)
Utentes
Visitas/Acompanhantes
Voluntários
PBCI Outros profissionais
Hoteleiros
Eletricista
Informática
Manutenção
Alunos/Formandos
A deteção precoce de doentes com risco de colonização ou infeção
por microrganismos multirresistentes permite desencadear
procedimentos diagnósticos e de isolamento imediatos, com
PBCI melhoria da qualidade e segurança para doentes, profissionais e
visitas
PCI
• Precauções aplicadas a doentes
identificados ou com suspeita de
infeção/colonização de agentes
infeciosos, incluindo microrganismos
epidemiologicamente importantes, e que
requerem medidas adicionais de
controlo para efetivamente prevenir a
sua transmissão.
PBVT
PBVT
PCI
Bata ou avental Sempre que em contacto com o Sempre que em contacto com De acordo com as
doente e superfícies próximas do o doente e superfícies PBCI
doente próximas do doente
Máscaras/ De acordo com as PBCI Máscara cirúrgica/ Respirador de
Respiradores Máscara fluidoresistente partículas
Ensino ao doente Ensino sobre a transmissão por Ensino sobre a transmissão por Ensino sobre a
contacto, reforçando a importância da contacto, reforçando a importância da transmissão por contacto,
higiene das mãos higiene das mãos e etiqueta reforçando a importância
respiratória da higiene das mãos e
etiqueta respiratória
Transporte de Transportar o doente com roupa limpa Transportar o doente com roupa Transportar o doente com
doentes (mudar a roupa antes do transporte) limpa (mudar a roupa antes do roupa limpa (mudar a
transporte) roupa antes do
Colocar máscara cirúrgica no doente transporte)
Colocar máscara de
isolamento respiratório
Exames fora do Se possível, devem ser realizados no final do dia ou depois de todos os doentes
isolamento Informar os profissionais do serviço que recebem o doente do tipo de precauções a adotar
Visitas Realizar ensinos sobre uso de avental, Realizar ensinos sobre uso de avental, Realizar ensinos sobre uso
luvas e higiene das mãos máscara cirúrgica, luvas e higiene das de respirador e higiene
mãos das mãos
Ex. Clostridioides Difficile
Ex. Sars-cov-2
Ex. Mycobacteirum tuberculosis
A medida mais simples e eficaz na prevenção das infeções
PBCI
PBCI
PBCI
Chegar/Sair do trabalho
PBCI
Mãos visivelmente sujas
PBCI
Evitar mangas compridas com
punhos
Proteger feridas/lesões
PBCI
1. Antes do contacto com o doente
PBCI
LUVAS
Devem ser:
Usadas quando se antecipa a exposição a sangue ou outros
fluidos orgânicos ou em caso de Isolamentos/PBVT
Removidas imediatamente após o uso em cada doente e/ou
após o procedimento (o seu uso não substitui em nenhuma
PBCI circunstância, a higiene das mãos)
Substituídas, se há perfuração ou rotura
PBCI
PBCI
PBCI
MÁSCARA CIRÚRGICA
Isolamento por Gotícula
Todos os procedimentos suscetíveis de gerar salpicos
para a mucosa
PBCI
RESPIRADOR
Isolamento por Via Aérea
PROTEÇÃO OCULAR
Proteção do risco de projeção de salpicos de fluidos
orgânicos para a face, e, sempre durante
procedimentos geradores de gotículas e/ou
aerossóis
PBCI
Viseira
Óculos de proteção
Máscara com viseira
AVENTAL
Durante procedimentos que envolvam contacto direto com o doente
Para proteção dos uniformes/fardas quando se considera provável a
contaminação
PBCI Substituir no final do procedimento e entre doentes (p.ex. entre os
cuidados de higiene)
CALÇADO
Deve ser:
Antiderrapante, limpo e deve apoiar e cobrir todo o pé, a fim de
evitar a contaminação com sangue e outros fluidos orgânicos ou
lesão com material corto perfurante
Removido antes de sair da área específica (ex. Bloco Operatório)
PBCI
COBERTURA DO CABELO
Deve ser:
Bem ajustada à cabeça e cobrir todo o cabelo
Utilizada nas áreas protegidas e durante procedimentos asséticos
PBCI Utilizada durante procedimentos potencialmente geradores de grande
quantidade de aerossóis e salpicos de fluidos orgânicos
Substituída/eliminada entre sessões ou, se estiver contaminada com
fluidos orgânicos
De acordo com a especificidade de cada material e equipamento,
devem existir em todas a unidades onde se prestam cuidados,
instruções claras afixadas em local estratégico sobre a manutenção
e descontaminação dos equipamentos assim como a quem cabe a
execução destes procedimentos
PBCI
Nível de Risco Tipo de Exemplos
descontaminação
Grades da cama
Roupa
PBCI Mesas de alimentação
Manguitos
Bombas perfusoras
Campainhas
Sacos de urina
Roupa SUJA considerar CONTAMINADA
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