Luiz Fernando| 6º Agronomia

“ Fundamentos de Zootecnia e
Melhoramentos Animal -
19411
“ UNIDADE 1
“ INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS
ESPÉCIES ZOOTÉCNICAS
 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS ESPÉCIES ZOOTÉCNICAS - UNIDADE 1

•TÓPICO 1 – EVOLUÇÃO E SELEÇÃO NATURAL DAS ESPÉCIES

ZOOTÉCNICAS
•TÓPICO 2 – CONCEITOS DE IMPORTÂNCIA ZOOTÉCNICA
•TÓPICO 3 – DOMESTICAÇÃO DAS ESPÉCIES ZOOTÉCNICAS
•TÓPICO 4 – ORIGEM DAS ESPÉCIES ZOOTÉCNICAS
•TÓPICO 5 – RAÇAS E DEMAIS GRUPAMENTOS ZOOTÉCNICOS
– CARACTERES RACIAIS
 EVOLUÇÃO E SELEÇÃO NATURAL DAS ESPÉCIES ZOOTÉCNICAS
 Lamarck foi o primeiro cientista a1explicar a sistemática da evolução
dos seres vivos, embora hoje já saibamos que suas teorias estavam
incorretas.
 Baseou sua teoria em duas leis, uma delas é a “Lei do uso e desuso”
e a outra é a “Lei da herança de características adquiridas”. Para ele,
os organismos estavam se transformando constantemente em
indivíduos cada vez mais complexos.
 A lei do uso e desuso parte do princípio de que as partes do corpo
utilizadas com frequência hipertrofiam, enquanto as que são pouco
utilizadas atrofiam. A outra lei parte da ideia de que as características
adquiridas durante a vida do indivíduo poderiam ser passadas para
sua prole.
 Porém, na Teoria de Lamarck, já era possível observar a interferência
do ambiente no indivíduo.
 EVOLUÇÃO E SELEÇÃO NATURAL DAS ESPÉCIES ZOOTÉCNICAS
1
 Darwin tem sua teoria fundamentada na ancestralidade comum e na
seleção natural dos indivíduos e espécies.
 A ancestralidade comum refere-se às espécies que sofreram
mudanças no decorrer do tempo, levando ao surgimento de novas
espécies, porém, todas elas partiram de ancestrais em comum, por
isso a similaridade de alguns órgãos e sistemas.
 A seleção natural é fundamentada na ideia de que os indivíduos da
mesma espécie apresentam características distintas entre si, as quais
são passadas para as próximas gerações, conferindo aos indivíduos
vantagem de sobrevivência, maior probabilidade de se desenvolver e
se reproduzir, passando essa característica aos seus descendentes.
 Darwin considerou a seleção natural como principal mecanismo de
evolução de espécie ao longo dos anos.
 Considera que a diversidade ocorre por meio das
Teoria sintética da mutações e combinações gênicas, as quais são
selecionadas pela seleção natural para
evolução determinar se irão se estabelecer como
características adaptativas.
 CONCEITOS DE IMPORTÂNCIA ZOOTÉCNICA
1
 Espécie: grupo de indivíduos semelhantes entre si e
potencialmente capazes de se cruzarem e produzirem
descendentes férteis
 Raça: conjunto de animais com características morfológicas
comuns, que são agrupados de acordo com a aptidão produtiva,
selecionados natural ou artificialmente, onde é feito
cruzamentos, adquirindo características semelhantes a serem
transmitidas para os descendentes.
 Linhagens são os agrupamentos que estão dentro da divisão de
raças, trata-se de grupos de animais selecionados para
expressarem algumas aptidões.
 CONCEITOS DE IMPORTÂNCIA ZOOTÉCNICA
1

 O genótipo refere-se à constituição genética de um indivíduo,

ou seja, a soma de todos os seus genes, e está associado
com a hereditariedade.

 O fenótipo é a interação do genótipo do indivíduo com o

ambiente, logo, está exposto a constantes alterações.

 A mutação é definida por alteração repentina no genótipo de

um indivíduo, sem relação com os ascendentes, mas passível
de ser herdada pelos descendentes
 CONCEITOS DE IMPORTÂNCIA ZOOTÉCNICA
1

 Mutação gênica consiste na modificação estrutural da

informação genética, podendo ser causal (espontânea) ou
induzida (modificada em laboratório).
 As mutações genicas ocorrem durante o processo de duplicação
de um gene, em que surge um novo alelo, podendo ser pela
perda, inserção ou substituição de um ou poucos nucleotídeos
do DNA do indivíduo.
 Mutação cromossômica é uma alteração genética no
cromossomo que resulta em partes rearranjadas do
cromossomo, pode resultar no número anormal de cromossomos
individuais ou números anormais de conjuntos de cromossomos.
 CONCEITOS DE IMPORTÂNCIA ZOOTÉCNICA
1
 Hibridação consiste no acasalamento entre indivíduos de espécies ou
raças diferentes, biologicamente compatíveis entre si, é um método
utilizado para ampliar a variabilidade genética nos programas de
melhoramento animal.
 Hibridação intraespecífica: quando ocorre entre indivíduos da
mesma espécie, porém, com indivíduos de raças diferentes, para
promover variabilidade de características desejáveis, como a raça
Girolando criada pelo cruzamento de bovinos da raça Holandesa
(mais produtivo) e Gir (mais rústico)
 Hibridação interespecífica: quando é realizada com indivíduos de
diferentes espécies, não são possíveis ou resultam em indivíduo
infértil, como é o caso do cruzamento da égua com o jumento,
resultando no nascimento da mula, que não é capaz de produzir
descendentes.
 DOMESTICAÇÃO DAS ESPÉCIES ZOOTÉCNICAS
11
 Processo de domesticação consiste na contínua associação
entre o homem e os animais
 Animais domésticos são os que estão sob domínio do homem
através das gerações
 Domesticação é o processo em que o homem, ao longo do
tempo, alterou geneticamente os animais de acordo com as
características desejadas
 Primeiro foram os cães, depois os caprinos e bovino. Os
próximos animais domesticados foram os suínos, os burros, os
cavalos, os búfalos e os camelos
 DOMESTICAÇÃO DAS ESPÉCIES ZOOTÉCNICAS
11 de
 Os ovinos, caprinos e bovinos foram domesticados em busca
alternativas para a alimentação humana e para força de tração para
os serviços pecuários.
 Depois, os equídeos, juntamente aos bovinos, foram responsáveis
pela mecanização da agricultura, o que se encaixou com as novas
necessidades do ser humano, que deixava de ser nômade e
necessitava de alimento animal disponível para a população que
crescia e melhorias do solo.
 Além de fornecer alimento, força de tração, o esterco dos animais foi
utilizado como adubo para melhorar o solo, aumentando e
melhorando a produção de produtos agrícolas.
 DOMESTICAÇÃO DAS ESPÉCIES ZOOTÉCNICAS
11
As características para a domesticação devem ser hereditárias, sendo
elas:
 Sociabilidade faz parte do instinto do animal buscar a vida conjunta,
em rebanhos e bandos
 Mansidão: os descendentes já nascem com a ausência ou controle do
instinto selvagem natural de seus ancestrais
 Fecundidade em cativeiro capacidade de reproduzir em cativeiro para
a perpetuação da espécie domesticada
 Função especializada: aptidão dos animais (produção de carne, leite,
tração)
 Facilidade de adaptação ambiental acompanhar as constantes
mudanças na forma de vida dos humanos
 ORIGEM DAS ESPÉCIES ZOOTÉCNICAS
11 característica do animal voltada para
 Aptidão zootécnica diz respeito a uma
produção, sendo hereditária e, portanto, transmitida aos seus descendentes.
 Aptidão produtiva é de natureza fenotípica, logo, está relacionada ao
ambiente em que o animal está inserido.
 Já a função econômica é a parte em que o ser humano explora
economicamente a partir da produção fisiológica dos animais.

As funções de interesse zootécnico variam conforme a espécie, raça, sexo e

com o tipo de exploração. A respeito da produção, são divididos em:
 produção de alimentos;
 matéria-prima para indústria manufatureira;
 força motriz;
 adubo orgânico;
 função afetiva.
 ORIGEM DAS ESPÉCIES ZOOTÉCNICAS
Função zootécnica de cada espécie: 11

 Bovino: corte (carne), leite, tração ou dupla aptidão

 Ovinos: lã, leite, corte e misto ou dupla aptidão
 Caprinos: leite, corte, pele e dupla aptidão.
 Equinos: montaria, esporte, tração e dupla aptidão
 Suínos: carne e subprodutos, como banha, carne magra, carne e
toucinho.
 Aves: postura e corte
 ORIGEM DAS ESPÉCIES ZOOTÉCNICAS
11
Sistema de criação extensivo: utilização exclusiva de pastagens, nativas ou cultivadas,
como única fonte de alimento aos animais, sendo eventualmente fornecida
suplementação mineral, utilizando grandes extensões de terras, mão de obra escassa e
pouco capital investido nos animais, porém o capital investido na terra é alto. Os
recursos naturais são utilizados ao máximo e não há o investimento em tecnologias de
melhoramento animal, os animais levam mais tempo para atingir a acabamento final.
 ORIGEM DAS ESPÉCIES ZOOTÉCNICAS
11
Sistema de criação semi-intensivo: as pastagens ainda são
consideradas a base da alimentação dos animais, porém, é
fornecido também suplementação proteica e energética,
como aveia, milho, farelo de soja, farelo de algodão e outros
alimentos concentrados. Sistema adotado em propriedades
com menor extensão de terra, onde normalmente há maior
preocupação e investimento em melhoramento genético e
técnicas reprodutivas, necessitando de maior capital
investido e mais mão de obra. O fornecimento de outras
fontes de alimento tem por objetivo aumentar a produção.
 ORIGEM DAS ESPÉCIES ZOOTÉCNICAS
Sistema de 11
criação intensivo ou confinamento: animais
criados encerrados em piquetes, galpões ou currais,
recebem a alimentação completa e água em cochos,
utilizado em propriedades com pequenas extensões de
terras, porém, o investimento é alto, tanto no custo com as
instalações quanto com a alimentação de mão de obra
necessária. Utiliza alta tecnologia e investe em
melhoramento genético, tecnologia de reprodução, manejo
nutricional para cada categoria animal e bem-estar animal.
“ RAÇAS E DEMAIS AGRUPAMENTOS
ZOOTÉCNICOS – CARACTERES
RACIAIS
BOVINOCULTURA LEITE

(leite e corte)
23
HOLANDÊS

24
JERSEY

25
PARDO SUÍÇA

26
SIMENTAL

27
GUERNSEY 28
AYRSHIRE

29
NORMANDO 30
SENEPOL 31
GIR LEITEIRO

32
GIROLANDO

33
CARACU 34
GUZERÁ

35
SINDI

36
BOVINOCULTURA CORTE

(leite e corte)
37
NELORE

38
BRAHMAN

39
TABAPUÃ

40
GUZERÁ

41
MAREMMANA 42
ANGUS

43
HEREFORD

44
SHORTHORN

45
DEVON

46
RED POLL 47
PIEMONTÊS

48
CHAROLÊS 49
LIEMOUSIN 50
MARCHIGIANA

51
SIMENTAL 52
MONTANA

53
BLONDE D’AQUITAINE

54
CARACU 55
SENEPOL

56
BONSMARA

57
CANCHIM 58
BRAFORD

59
BRAVON 60
BRANGUS 61
CHIANINA

62
SIMBRASIL 63
SANTA GERTRUDIS 64
CRIOULA LAGEANA

65
OVINOCULTURA

(leite, corte e lã)

66
SANTA INÊS

67
MORADA NOVA

68
DORPER

69
DÂMARA

70
LACAUNE 71
FRIESIAN 72
ROYAL WHITE 73
SUFFOLK

74
HAMPSHIRE

75
TEXEL

76
ILE DE FRANCE 77
BARBADOS BLACKBELLY

78
CARNEIRO DE SOAY 79
BELTEX 80
BERGAMACIA

81
DORSET

82
CHURRA

83
IDEAL 84
MERINO

85
CORRIEDALE

86
LEICESTER

87
LINCOLN

88
BORDER LEICESTER

89
KARAKUL 90
CRIOULA

91
CAPRINOCULTURA

(leite e corte)

92
SRD - SEM RAÇA DEFINIDA

93
BOER

94
MOXOTÓ

95
ANGLO NUBIANA

96
SAANEN

97
MAROTA 98
ALPINA

99
TOGGENBURG

100
MURCIANA 101
BHUJ

102
ANGLO-NUBIANA

103
MAMBRINA

104
CANINDÉ 105
REPARTIDA

106
 SUINOCULTURA

(tipo banha e tipo carne)

107
PIAU

108
CANASTRA E CANASTRÃO 109
CASCO DE MULA

110
TATU ou TATUÍ 111
CARUNCHO 112
NILO 113
SOROCABA 114
MOURA 115
PIRAPITINGA

116
MONTEIRO 117
MEISHIAN

118
LARGE WHITE

119
LANDRACE

120
PIETRAN 121
HAMPSHIRE

122
DUROC 123
WESSEX

124
BERKSHIRE

125
LARGE BLACK 126
 AVICULTURA

(corte, postura e ornamentais)

127
CORNISH

128
PLYMOUTH ROCK

129
SUSSEX

130
NEW HAMPSHIRE

131
GIGANTE JERSEY 132
ISA BROW

133
RHODES ISLAND RED 134
DEKALB 135
LEGHORN 136
MINORCA 137
TURKEN 138
AUSTRALORP

139
ORPINGTON 140
BRAHMA 141
COCHIN

142
BANTAM

143
LAKENVELDER 144
ÍNDIO GIGANTE

145
 AQUICULTURA

(carne e ornamental)
146
TILÁPIA-DO-NILO - Oreochromis niloticus 147
CARPA COMUM ESPELHO - Cyprinus carpio

148
CARPA COMUM HÚNGARA - Cyprinus carpio

149
CARPA CABEÇUDA - Hypophthalmichthys nobilis 150
CARPA CAPIM - Ctenopharyngodon idella 151
PACU -  Piaractus mesopotamicus 

152
TAMBAQUI - Colossoma macropomum 153
JUNDIÁ - Rhamdia quellen

154
PINTADO - Pseudoplatystoma corruscans

155
DOURADO - Salminus brasiliensis 156
PIRACANJUBA - Brycon orbignyanus 157
PIRARUCU - Arapaima gigas 158
SALMÃO - Salmo salar 159
TRUTA - Rainbow trout

160
LINGUADO - Paralichthys orbignyanus 161
ROBALO-FLECHA - Centropomus undecimalis 162
ROBALO-PEVA - Centropomus parallelus

163
GAROUPA - Epinephelus marginatus 164
BIJUPIRÁ - Rachycentron canadum

165