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- TERMORREGULAÇÃO -

Profª. Drª. Daniella Jorge de Moura


INTRODUÇÃO
▪ Adaptação
▪ Genética x Clima
▪ Função do estudo da “ambiência”
▪ Conhecimentos básicos
Fisiologia
Aspectos Físicos do Ambiente
Interação Ambiente - Animal

2
FATORES AMBIENTAIS
▪ Físicos: espaço, luz, som, equipamentos;
▪ Químicos: gases;
▪ Biológicos: alimento;
▪ Sociais: densidade, comportamento,
ordem de dominância;
▪ Climáticos: temperatura, umidade
relativa, movimentação do ar, radiação.

3
4
5
ANIMAL HOMEOTERMO
▪ Mantém a temperatura do núcleo
corporal dentro de limites
relativamente estreitos, mesmo com
variações na temperatura ambiental e
em sua atividade.

6
HOMEOTERMIA
▪ Processo pelo qual o animal mantém a
temperatura do núcleo corporal
aproximadamente constante, por meio
de processos de troca de calor,
mediante as flutuações ocorridas no
meio externo.

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ZONA DE TERMONEUTRALIDADE

Alerta Alerta
Ideal!

Temperatura Ambiente
8
ZONA DE TERMONEUTRALIDADE -
BOVINOS

ESPÉCIE TEMPERATURA (oC) UR(%)


ÓTIMA CRÍTICA ÓTIMA CRÍTICA
GADO DE LEITE MÁX MÍN MÁX MÍN
VACAS LEITEIRAS 18 12 25 -5
VITELO ATÉ 1 MÊS 21 19 23 13
VITELO ATÉ 3 MESES 19 16 23 8
NOVILHO ATÉ 1 ANO 19 12 24 8
NOVILHO 18 12 25 -5
70 a 80  40 e  80
GADO DE CORTE
BOIS 23 16 30 5
ATÉ 1 MÊS 24 20 25 15
ATÉ 1 ANO 23 17 29 12

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ZONA DE TERMONEUTRALIDADE -
SUÍNOS
ESPÉCIE TEMPERATURA (oC) UR(%)
ÓTIMA CRÍTICA ÓTIMA CRÍTICA
SUÍNOS MÁX MÍN MÁX MÍN
PORCAS/CACHAÇOS 18 12 30 0
LEITÕES AO NASCER 32 30 35 15
1a SEMANA 28 27 35 15
2a SEMANA 26 25 35 13
3a SEMANA 24 22 35 12
4a SEMANA 22 21 31 10 70  40 e  90
5a a 8a SEMANA 22 20 30 8
ENGORDA: 20 a 35 kg 20 18 27 8
ENGORDA: 35 a 60 kg 18 16 27 5
ENGORDA: 60 a 100 kg 18 12 27 4

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ZONA DE TERMONEUTRALIDADE -
AVES

ESPÉCIE TEMPERATURA (oC) UR(%)


ÓTIMA CRÍTICA ÓTIMA CRÍTICA
AVES POEDEIRAS MÁX MÍN MÁX MÍN
ADULTAS 22 12 30 0
a
1 SEMANA* 35 33 39 29
2a SEMANA* 33 30 37 26
3a SEMANA* 30 27 34 23
4a SEMANA* 27 24 31 20
60  40 e  90
5a SEMANA* 24 21 28 17
6a SEMANA* 21 18 25 14
7a SEMANA* 20 15 24 12
8a SEMANA* 20 14 24 12

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Interação:
Ambiente x Produtividade
Meio Ambiente Físico
(Temp., UR, VV, Radiação)

Termorreceptores Centro Temperatura Basal


Fotorreceptores Nervoso

Sede Apetite Centro Equilíbrio


Termorregulador Hormonal Pituitária

Enzimas Glândula Pâncreas


Consumo Endócrina
de
Água e Alimentos
Tireoide

Fertilidade
Metabolismo
Água, Energia, Proteína,
Carboidratos, Lipídeos,
Minerais

Carne, Leite, Ovos, Trabalho


12
TEMPERATURA DO NÚCLEO
CORPORAL
▪ INGRAM & MOUNT, 1975:

Tc = 0,65Tr + 0,35Ts

onde:
Tc = temperatura do núcleo corporal
Tr = temperatura retal
Ts = temperatura da pele

13
TEMPERATURA CORPORAL

▪ Homem: 37°C ▪ Gatos /Cachorros: 38,6°C


▪ Bovinos: 38,5°C ▪ Caprinos: 40°C
▪ Eqüinos: 38°C ▪ Suínos: 39°C
▪ Galinhas: 41,7°C ▪ Ovinos: 39°C

14
RESPOSTAS DOS ANIMAIS AO
ESTRESSE TÉRMICO
▪ Comportamentais
▪ Fisiológicas
▪ Adaptativas

15
RESPOSTAS
COMPORTAMENTAIS
▪ Deslocamento p/ aumentar ou reduzir a
exposição ao meio:

Busca de sombra
Animais sob a chuva
Agrupamento de animais jovens: frio

16
RESPOSTAS AO ESTRESSE
TÉRMICO - SUÍNOS
% de suínos de
mesma idade que
procurou o ar
condicionado a
18oC

17
RESPOSTAS FISIOLÓGICAS

▪ Envolvem o controle de várias funções


orgânicas:
 vasoconstrição e vasodilatação;
 variação da posição de pêlos e penas;
 funcionamento de glândulas sudoríparas;
 controle do sistema respiratório;
 ingestão de água e alimento.

18
RESPOSTAS AO ESTRESSE
TÉRMICO - VACAS

19
RESPOSTAS ADAPTATIVAS

▪ Envolvem alterações a médio e longo


prazo em certas características:
 tipo e coloração do pelame;
 pigmentação da epiderme;
 formação de depósitos gordurosos;
 alterações de níveis hormonais etc.

20
BALANÇO DE CALOR -
HOMEOTERMOS

21
TAXA METABÓLICA BASAL

▪ Atividade Metabólica:
 Conjunto de fenômenos físico-químicos que ocorrem
no organismo para assimilação ou não das
substância necessárias à vida

▪ Metabolismo Basal:
 Relacionado com a quantidade de calor que o
organismo desprende por hora, quando em jejum,
em absoluto repouso e em ambiente confortável
 Expresso em cal/m2 ou cal/kg

22
TAXA METABÓLICA BASAL

▪ CURTIS, 1983:

Q = a . Wb
onde:
Q = taxa metabólica, Kcal/h;
a e b = constantes, a = 2,9 e b = 0,75;
Wb = peso metabólico;
W = peso do animal, kg.

23
ÁREA DE SUPERFÍCIE CORPORAL

▪ MOUNT, 1979:

A = m . Wb
onde:
A = área de superfície corporal, m2;
m = constante de Meeh;
W = peso corporal do animal, kg;
b = constante.

24
TAXA METABÓLICA BASAL

Animal Área de Superfície Corporal, Ac


Geral 0,06 . W0,67
Gado de Leite 0,13 . W0,56
Gado de Corte 0,12 . W0,60
Suínos Adultos 0,09 . W0,66
Suínos em Crescimento 0,09 . W0,633
Cavalos 0,10 . W0,64
Aves 0,10 . W0,67

Fonte: CIGR, 1999

25
TAXA METABÓLICA BASAL

Animal Peso Médio Metabolismo


(kg) W/kg W/m2
Cavalo 441 0,55 45,9
Porco 128 0,92 52,2
Homem 64,3 1,55 50,5
Cachorro 15,2 2,49 50,3
Coelho 2,3 3,64 37,6
Ganso 3,5 3,23 49,3
Galinha 2,0 3,44 48,8

Fonte: MOUNT, 1979

26
BALANÇO TÉRMICO
M  C =  Qrd  Qcc  Qcd  Qe/c  Qf/c
▪ Onde:
 M = calor resultante do metabolismo animal,W;
  C = variação no conteúdo do calor corporal do animal, W;
 + = TC corporal aumentando (calor armazenado)
 - = TC corporal abaixando
  Qrd  Qcc  Qcd  Qe/c = taxa de troca de calor entre o animal e o
ambiente por meio das formas sensíveis e latentes, W;
 + = dissipando calor p/ o ambiente;
 - = Ambiente quente (fonte de calor);
 Qf/c = Calor provindo dos alimentos e da água, W.

27
BALANÇO TÉRMICO

28
BALANÇO TÉRMICO
tot = s + L + arm
Onde:
 tot = produção total de calor na zona termoneutra, W

 s = perda de calor sensível, W

 L = perda de calor latente, W

 arm = taxa de calor armazenado, W

29
% de perda de calor em suínos, em várias
temperaturas com v = 0,178 m/s

Temperatura Radiação Convecção Condução Evaporação


do ar (°C) % % % %
4,4 34,9 37,8 12,8 14,5
10,0 33,0 38,7 12,8 15,5
15,6 32,9 38,7 11,8 16,6
21,1 27,0 34,3 10,7 28,4
26,7 23,0 32,0 7,7 37,3
32,2 17,2 20,7 7,4 54,7
37,2 2,6 5,0 2,8 89,6

30
TROCA DE CALOR SENSÍVEL

▪ Função do gradiente de temperatura:


- relação animal e ambiente;

 Condução
 Convecção
 Radiação

31
CONDUÇÃO
▪ Mecanismo de transferência de energia térmica
entre corpos, ou entre partes de um mesmo corpo,
através da energia cinética da movimentação das
moléculas

▪ Fluxo passa das moléculas de alta energia p/ as de


baixa energia (  TC   TC)

▪ Necessidade de contato direto entre os corpos ou


superfícies envolvidas.

32
FLUXO DE CALOR POR CONDUÇÃO

Acd .K .(T 1T2 )


Qcd 
S

Onde:
Qcd = fluxo condutivo, W;
Acd = área da superfície efetiva condutiva, m2;
K = condutividade térmica do meio, W/m.C;
T1 = temperatura do ponto para o qual flui o calor, C;
T2 = temperatura do ponto a partir do qual se dá o fluxo, C e
S = distância entre os pontos onde T1 e T2 foram medidas.
33
CONDUTIVIDADE TÉRMICA

▪ Expressa a quantidade de calor transmitida


através de um corpo considerado homogêneo,
num regime estacionário, por unidade de
espessura, de área e de tempo

▪ Expressa em W.m/(m2.C) ou cal.cm/(cm2.C. s)

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VALORES DE CONDUTIVIDADE
TÉRMICA

Materiais Condutividade Térmica, cal.cm/(cm2. °C. s)


Ar parado 0,000059
Plástico esponjoso 0,0001
Madeira 0,0003
Água parada 0,0014
Terra arenosa (15% de água) 0,0022
Concreto 0,0058
Aço 0,1100
Alumínio 0,4900

Fonte: Holman, 1983

35
CAPACIDADE TÉRMICA

▪ Indica a quantidade de calor requerida para


elevar em 1C a temperatura de um corpo de
área e volume iguais à unidade e de espessura
conhecida.

▪ Expressa em Kcal/m2.°C.

36
Comparação entre as Propriedades Térmicas
do Concreto e do Poliestireno Expandido com
mesma espessura 0,345 mm.

Materiais Condutividade Resistência Calor Densidade Capacidade


Térmica Térmica Específico Absoluta Térmica
W/ (m.C) (m.C)/W KJ/(kg.C) Kg/m3 kcal/(m2.C)
Concreto 1,74 0,6 1,00 2200 315
Poliestireno 0,035 0,012 1,42 20 0,18

Fonte: Baeta, 1997

37
ISOLAMENTO TÉRMICO

▪ Indica a resistência à passagem de calor;


▪ Influencia no fluxo interno de calor condutivo, nas
várias camadas que se interpõem entre o núcleo e
a pele.

(Tc  Ta)
s 
Onde:
Rc
s = Taxa de calor sensível, W;
Tc = temperatura corporal, K
Ta = temperatura ambiente, K
Rc = Resistência Térmica corporal do animal, K/W.
38
ISOLAMENTO TÉRMICO

▪ Resistência térmica corporal do animal é função


de sua área de superfície corporal assim como do
isolamento térmico das camadas superficiais do
corpo.
mt  m p  ma
Rc 
Onde:
Ac
Rc = Resistência Térmica corporal do animal, K/W.
mt = Isolamento Térmico da pele do animal, m2 K/W
mp = Isolamento Térmico do pelame ou penas, m2 K/W
ma = Isolamento Térmico superfície corporal/ ar, m2 K/W
Ac = Área de superfície do animal, m2
39
Valores de Isolamento Térmico da pele de
alguns animais (mt)
Animal Isolamento Térmico (m2 K/W)
Máximo Mínimo
0,33
Gado* 0,03 . m
Gado* 0,017 . m0,41 0,02
Búfalo 0,14 0,039
Bezerro 0,094 0,039
Cavalo 0,100
Suíno em terminação 0,02 . m0,35 0,01 . m0,35
Leitão 0,065 0,029
Suíno Adulto 0,30
Ovinos 0,20 0,078

m = peso dos animais, kg


Fonte: CIGR, 1999

40
Valores de Isolamento Térmico do
pelame/pena de alguns animais. (mp)
Animal Espessura Isolamento Térmico
(mm) (m2 K/W)
30 - 40 0,25
Gado no Pasto 20 - 30 0,20
15 - 20 0,15
15 - 20 0,15
Gado Confinado 10 - 15 0,12
5 – 10 0,06
<5 0,03
Cavalo 0,12
10 0,22
Ovinos (Merino) 20 0,31
30 0,40
Ovinos (Cheviot) 10 0,12
5 0,10
Aves 10 0,20
20 0,40

Fonte: CIGR, 1999 41


CAMADA ISOLAMENTO TÉRMICO
SUPERFÍCIE CORPORAL / AR, ma
▪ É influenciado pelas propriedades convectivas e de
radiação do ambiente;
▪ O coeficiente de transferência de calor por
radiação proposto pela literatura é de 5,4W/m2.

1
ma 
5,4   conv
Onde:
ma = isolamento térmico da camada entre a superfície corporal
e o ar, m2.K / W.

42
COEFICIENTE DE TRANSFERÊNCIA DE
CALOR POR CONVECÇÃO

0, 6
15,7v
 conv  0 ,13
m

Onde:
conv = coeficiente de transf. de calor por convecção, W/m2.K
v = velocidade do ar, m/s;
m = peso dos animais, kg.
43
CONVECÇÃO

▪ Forma sensível de transferência de calor do


animal para o ambiente, na qual o ar entra em
contato com uma superfície aquecida é também
aquecido, ocorrendo redução na sua densidade, o
que causa pequenas correntes próximo da
superfície. Nesse processo, ocorre remoção de
calor do corpo devido à movimentação do ar.

▪ Os processos convectivos envolvem um fluido (gás


ou líquido) e uma superfície sólida.

44
CONVECÇÃO

▪ Convecção Livre:
 remoção do calor pela movimentação
própria do fluido.

▪ Convecção Forçada:
 força externa atuando para aumentar a
corrente fluida. Ex. ventilador.

45
FLUXO POR CONVECÇÃO

Qcc  Acc .h.(Ts  Ta )

Onde:
Qcc = fluxo convectivo, W;
Acc = área efetiva da superfície animal, m2;
h = coeficiente de convecção, W/m2.C;
Ts = temperatura da superfície animal, C e
Ta = temperatura do ar, C.

46
COEFICIENTE DE CONVECÇÃO

▪ É função:
• Condutividade Térmica;
• Espessura da camada superficial;
• Forma e tamanho do animal;
• Orientação do animal e
• Perfil aerodinâmico (tipo de corrente de ar)
• Literatura: Ta = 20 a 30C  h = 3 a 4 W/ (m2.C)

47
COEFICIENTE DE CONVECÇÃO

▪ Considerando o corpo do animal como um


cilindro e o ar movimentando-se por convecção
forçada:
1/ 3
v3
h  (6,2.10 ). 2 / 3
d
Onde:
h = coeficiente de convecção, cal/ (cm2. min. C);
v = velocidade do ar, cm/s e
d = diâmetro do cilindro, cm.
Fonte: Curtis, 1983
48
COEFICIENTE DE CONVECÇÃO

▪ Convecção livre:
3  (Ts  Ta ) 
Qcc  6,0.10 . Acc .h  .(Ts  Ta )
 D 
Onde:
Qcc = fluxo covectivo, cal/min . cm;
Acc = área efetiva da superfície animal, cm2;
h = coeficiente de convecção, cal/ (cm2. min. C);
Ts = temperatura da superfície animal, C;
Ta = temperatura do ar, C e
D = diâmetro do corpo do animal, cm.
49
Fonte: Gates, 1968
Cálculo Empírico do Coeficiente de
Convecção
▪ Número de Nusselt (Nu):
 Relação entre a facilidade com que o calor é transferido
por convecção, com a facilidade com que é transferido
por condução;
 Medida de intensidade do processo de transferência de
calor por convecção;
 Mais usado na convecção natural.

(h.d )
Nu 
K
Onde:
h = coeficiente de convecção, W/m2. C;
d = diâmetro ou comprimento do corpo do animal, m e
K = condutividade térmica do ar, W/ m .C 50
Cálculo Empírico do Coeficiente de
Convecção
▪ Número de Reynolds (Re):
 caracteriza o regime de escoamento do fluido:
 Re  5 . 105  laminar

d I
Re  V. Re   .V .
 
Onde:
V = velocidade do ar, m/s;
d = diâmetro ou comprimento do corpo do animal, m
 = viscosidade cinemática do ar seco m2/s;
 = densidade do fluido, kg/m3;
I = comprimento do corpo, m e
 = viscosidade dinâmica do fluido, kg/(m/s). 51
Cálculo Empírico do Coeficiente de
Convecção
▪ Número de Grashof (Gr):
 Relação entre as forças de levesa e as forças de
viscosidade do fluido;

(Ts  Ta ) (Ts  Ta )
Gr  a.g.d .3
Gr  a.g.I .
3

 2
2
Onde:
a = coeficiente de expansão térmica do ar, 1/ Ta;
g = aceleração da gravidade, m/s2;
d = diâmetro ou comprimento do corpo do animal, m;
Ts = temperatura da superfície animal, C e
Ta = temperatura do ar, C
52
Cálculo Empírico do Coeficiente de
Convecção
▪ Número de Nusselt médio da superfície animal:
 Bovinos:

Nu  0,65 . Re 0 , 53

53
Cálculo Empírico do Coeficiente de
Convecção
▪ Número de Nusselt médio da superfície animal:
 Suínos:

Nu  0,6. Re 0,5

Nu  0,5.Gr 0 , 25

54
Cálculo Empírico do Coeficiente de
Convecção
▪ Número de Nusselt médio da superfície animal:
 Poedeiras:

Nu  2  0,79 . Re 0 , 48

55
Cálculo Empírico do Coeficiente de
Convecção
▪ Nu p/ convecção forçada em plantas:
 Folhas grandes > 10cm:

Nu  1,34 . Re 0,5

 Folhas pequenas < 10cm:

Nu  0,54 . Re 0,5

56
RADIAÇÃO

▪ Transferência de calor por ondas eletromagnéticas


através de meio transparente entre dois pontos ou
mais, que se encontram em diferentes
temperaturas.
▪ Quando a radiação térmica incide sobre uma
superfície, parte dessa radiação incidente (I) pode
ser:
 refletida (Ir),
 absorvida (Ia)
 transmitida (It).

57
ENERGIA RADIANTE

▪ É função:
 Natureza do corpo
 Arranjo microscópico
 Temperatura absoluta

▪ Classificada de acordo com o comprimento de onda ()

▪ A emissão máxima de energia radiante é dada no e.


 Ondas curtas: 0,3 a 3,0 m  Ex. e = 0,5m (sol)
 Ondas longas: > 3,0 m  Ex. e = 10m (T< 27C)

58
CONCEITOS

▪ Refletividade (): é a fração da radiação


incidente refletida (Ir/I)

▪ Absortividade (): é a fração absorvida pela


superfície atingida (Ia/I)

▪ Transmissividade (): é a fração que passa


através da superfície (It/I)

59
CONCEITOS

▪ Corpo Negro:
 corpo ou superfície que tem a capacidade de
absorver toda a radiação incidente, ( = 1)

▪ Emissividade ():
 capacidade da superfície irradiar a energia
térmica nela contida;
 razão entre a emissão de radiação de um
corpo cinza e a de um corpo negro, ( < 1)

60
Valores de Absortividade diante da radiação solar
de ondas curtas (a), da radiação de ondas longas
(b), de Emissividade (), e Refletividade () para
algumas superfícies corporais.

Superfície a b  
Pele Humana - - 0,910 -
Bovino Branco 0,50 0,95 - 0,35 – 0,6
Bovino Vermelho 0,80 0,95 - 0,22 – 0,24
Bovino Preto 0,90 0,95 - 0,08
Suíno Branco 0,50 0,95 - -
Suíno Preto 0,90 0,95 - -
Ovelha c/ lâ 0,60 0,95 - 0,26
comprida
Ovelha Tosquiada 0,75 0,95 - 0,42

61
Valores de Absortividade diante da radiação solar de ondas curtas (a), da
radiação de ondas longas (b), de Emissividade (), e Refletividade () para
corpos comuns.

Material a b  
Tijolo escurecido 0,65 – 0,80 - - -
Tijolo claro 0,25 – 0,50 - - -
Tijolo Vermelho 0,75 0,93 - -
Concreto 0,65 – 0,70 0,90 0,88 0,40
Vidro de Janela - 0,90 0,95 -
Chapa Metálica Nova 0,40 – 0,65 0,20 0,30 -
Chapa Metálica Suja 0,70 – 0,90 0,20 0,30 -

62
Valores de Absortividade diante da radiação solar de ondas
curtas (a), da radiação de ondas longas (b), de
Emissividade (), e Refletividade () para corpos comuns.

Material a b  
Pintura Betuminosa 0,85 – 0,98 0,95 - -
Pintura Metálica 0,30 – 0,50 0,40 0,60 -
Pintura a Óleo - - 0,800 – 0,960 -
Pintura Branca (cal) 0,20 - 0,91 0,80
Pintura Esmaltada 0,35 - 0,90 0,65
Pintura Verde 0,50 - 0,90 0,50
Pintura Cinza 0,75 - 0,95 0,25
Pintura Vermelha 0,74 - 0,90 0,26
Pintura Escura 0,96 - 0,88 0,04
Verniz Preto Fosco 0,96 0,95 - -
Reboco Áspero de Cal 0,07 - 0,910 0,93

63
Valores de Absortividade diante da radiação solar de ondas curtas (a),
da radiação de ondas longas (b), de Emissividade (), e Refletividade ()
para corpos comuns

Material a b  
Superfície Molhada 0,94 - 0,670 – 0,950 0,06
Areia 0,82 - 0,750 0,18
Madeira - 0,90 0,900 -
Cascalho 0,29 0,85 - -
. Asfalto 0,90 0,90 - -
Solo Escuro 0,95 0,95 - -
Grama 0,70 0,95 0,900 -

64
LEI DE STEPHAN - BOLTZMANN

▪ A emissão ou a densidade do poder


emissivo de uma superfície negra é igual
ao produto da constante de Stephan –
Boltzmann pela quarta potência de sua
temperatura absoluta;

65
Fluxo de calor por radiação

 4
Qrd  Ard . .F. (.Te )  ( .Ts )
4

Onde:
Qrd = fluxo térmico radiante, W;
Ard = área efetiva da superfície radiante doanimal, m2;
F = fator de forma;
 = absortividade da superfície do animal;
 = emissividade média das superfícies do ambiente;
 = const. de Stephan - Boltzmann (5,67 . 10-8 W. K4/m2 );
Te = temperatura média absoluta do ambiente radiante, K
Ts = temperatura média absoluta do animal, K.
66
Fluxo de calor por radiação

▪ Fatores que interferem em sua estimativa:

 Características radiantes das superfícies


envolvidas;
 Orientação do animal em relação às
superfícies;
 Diversidade das superfícies do ambiente;
 Densidade dos animais etc...

67
FATOR DE FORMA (F)

▪ Baêta, (1985):

e1
F
1  A1
1  e1.  1.
 e2  A2
Onde:
e1 = emissividade da superfície animal, adimensional.
e2 = emissividade da superfície do local, adimensional.
A1 = área efetiva de radiação do animal, m2 e
A1 = área efetiva do local onde se encontra o animal, m2.
68
FATOR DE FORMA (F)

▪ Fator de Forma de uma vaca (Kelly, 1950):

 Vaca deitada com relação a um ponto em uma


superfície horizontal localizada a 3,0m do solo e 3,0m a
partir do lado da vaca  F = 0,025.

 Ponto localizado 3,0m a partir da frente da vaca


 F = 0,012.

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