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Aula.

9 Suinocultura
Instalações: Planejamento

Ao planejarmos as instalações, devemos tomar cuidados com:

Metragem quadrada para cada instalação

Detalhe das edificações como:

tipo de maternidade
uso de celas parideiras
Creche
telhado, forro, pisos, cortinas ou janelões

De acordo com as exigências dos animais e condições climáticas de


cada região

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Instalações: Planejamento

Tipos de bebedouros e comedouros:

Suprimento necessário

Evitar disperdícios

Isolamento térmico adequado

Terreno: plano ou ligeiramente ondulado

Declividade máxima: 6%

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Instalações: Planejamento

Prédios: eixo maior = leste-oeste

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Instalações: Planejamento

Prédios: ventilação

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Instalações:

Ao redor dos prédios gramar toda a área adjascente

Respeitar espaçamento mínimo/animal nas instalações:

Porcas: lotes de 5 a 10 animais em baias de pré-cobrição, perto dos


machos, com espaçamento mínimo de 3 m2/porca

Temperatura ambiente: inferior a 26°C

Creche: acondicionar os animais com espaçmento mínimo de:

0,5 m2/leitão para baias suspensas e;

0,4 m2/leitão para demais tipos de baias

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Instalações:

Crescimento e Terminação: manter os animais em baias com


espaçamento mínimo de 1 m2/animal

Temperatura: manter entre 16 e 18°C

Tipos de instalações: cobertura

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Instalações:

Tipos de instalações:

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Instalações:

Tipos de instalações:

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Instalações:

Tipos de instalações:

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Instalações:

Tipos de instalações:

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Instalações:

Tipos de instalações:

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Instalações:

Tipos de instalações:

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Instalações:

Tipos de instalações:

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Manejo Nutricional:

Informações nutricionais: valor nutritivo e exigências

Tabelas:

• NRC (1988)

• Tabelas Brasileiras de Composição de Alimentos e Exigências


Nuticionais para Aves e Suínos (Rostagno et. al, 2005)

Objetivo principal: aumento da produtividade através do melhor


desempenho e utilização mais eficiente de rações de alimentos
tradicionais e alternativos

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Manejo Nutricional:

Alimentação de monogástricos: fundamental conhecer o valor nuticional


dos alimentos, especialmente quanto a composição e perfil de
aminoácidos

Análise e quantificação do perfil de aminoácidos: NIRS (Near Infrared


Spectometry) – aparelho (laboratório)

Fósforo:

Terceiro nutriente mais oneroso na alimentação de suínos, atrás da


energia e proteína

Merece atenção e cuidados por ser uma fonte poluidora

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Manejo Nutricional:

Fósforo:

Baixo aproveitamento pelos suínos; necessidade de suplementação com


fontes inorgânicas, levando ao fornecimento de dietas com elevado
conteúdo de fósforo total e consequente excreção nos dejetos

Pesquisas: focadas para determinação da digestibilidade e/ou


disponibilidade do P nos diversos alimentos usados por suínos

Valor Energético dos Alimentos:

Estimado via ensaios de digestibilidade, em experimentos com coleta de


fezes e urina após fornecimento de dietas

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Manejo Nutricional:

Dietas e material coletados: analisados em bombas calorimétricas,


fornecendo valor de Energia Bruta (EB).

Segunda etapa: cálculo da Energia Digestível (ED)

Terceira etapa: cáculo da Energia Metabolizável (EM)

Estratégias de formulação:

Fornecimento de dietas com objetivo de otimizar a utilização de nutrientes,


com objetivo de diminuir a excreção dos mesmos no meio ambiente

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Manejo Nutricional:

Conceito de Proteína Ideal:

Emmert & Baker (1997): balanceamento exato de aminoácidos (conceito)

Lisina: aminoácido referencial

Vantagem: possibilidade de se reduzir significativamente o conteúdo


protéico de rações

Tentativa de eliminar o excesso de N presente em rações

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Manejo Nutricional:

Absorção de minerais inorgânicos como: Zn, Cu, Mn e outros pode ser


limitada

Minerais Orgânicos: ligados a determinados aminácidos – melhor


coeficiente de absorção por serem transportados da mesma forma que
moléculas orgânicas (uso dos mesmos transportadores)

Leitões: Desmame Precoce = objetivo (14 a 21 dias)

Energia: componente mais caro de rações de leitões

Lactose: presente na maioria das formulações de rações comerciais para


leitões – efeito positivo sobre desenvolvimento e ganho de peso

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Manejo Nutricional:

Fonte de Lactose: leite em pó

Efeitos da lactose sobre peso médio de leitões desmamados ao 21 dias


de idade

Peso ao desmame, kg Níveis de inclusão de lactose na dieta


(%)
0 7 14 21
ao desmame 7,75 7,59 7,38 7,62

aos 35 dias 9,70 10,20 10,09 10,69


aos 49 dias 16,69 17,48 17,21 17,80
aos 56 dias 19,41 20,45 20,63 20,56

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Manejo Nutricional:

Fonte de Lactose: não mais necessária a partir de 10 a 12 kg PV

Machos:

2,0 a 2,5 kg de concentrado de crescimento/cab/dia até iniciarem vida


reprodutiva

Após início da vida reprodutiva: 2 kg concentrado de gestação/cab/dia

Leitoas:

2,5 kg concentrado de crescimento/cab/dia em duas refeições até


cobertura

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Manejo Nutricional:

Porcas:

Ao iniciarem vida reprodutiva fornecer 2 kg concentrado de


gestação/cab/dia

Fornecer mínimo de 3 kg concentrado de parto/cab/dia nos 3 dias pós-


parto

Fornecer concentrado à vontade no quarto e quinto dia pós-parto

Fornecer ração de lactação a partir do sexto dia

Forncer ração pré-inicial para leitões em comedouros próprios, a partir do


8°dia

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Manejo Nutricional:

Leitões: ração inicial (a partir do 8°dia):

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Manejo Nutricional:

Creche:

Ração pré-inicial 1: do desmame aos 35 dias

Ração pré-inicial 2: dos 36 aos 45 dias

Ração inicial: dos 45 dias a saída da creche

Crescimento/Terminação:

Ração de crescimento: à vontade até os 105 dias

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Manejo Nutricional:

Crescimento/Terminação:

Ração de terminação 1: dos 105 dias aos 120 dias

Ração de terminação 2: dos 120 dias ao abate

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Boas Práticas de Produção e Manejo Geral:

Biossegurança:

Veterinário: deve inspecionar o sistema de produção no mínimo 1x por


ano

Surto de doença: imediatamente comunicar a agência oficial de Defesa


Sanitária (Animal)

Um Sistema de Produção de suínos deve ser instalado em local isolado,


com absoluto controle da movimentação e pessoas, animais
e alimentos

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Boas Práticas de Produção e Manejo Geral:

Biossegurança:

Evitar proximidade com outras criações

Cercar o perímetro da granja, impedindo o livre acesso

Instalar portaria que permita controlar toda a movimentação de pessoas e


circulação de veículos

Instalar embarcadouro/desembarcadouro na cerca que contorna a granja


(caminhão encosta pelo lado de fora da granja)

Restringir visitas. Quando necessárias, exigir que troquem de roupas.

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Boas Práticas de Produção e Manejo Geral:

Biossegurança:

Adquirir animais de granjas certificadas (GRSC – Granjas de


Reprodutores de Suídeos Certificadas), conforme legislação do
M.A.P.A.

Dispor de quarentenário para realização de exames antes de introduzir


novos animais ao rebanho

Adotar programa de adaptação nutricional

Iniciar fase de imunização logo após acomodação dos animais na granja

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Boas Práticas de Produção e Manejo Geral:

Biossegurança:

Aplicar programa mínimo de vacinações para cada fase de produção, para


prevenção de doenças mais importantes em suinocultura, de acordo
com especificações e instruções do Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (M.A.P.A.)

Limpeza e desinfecção:

Usar equipamento de proteção individual para realização de todas as


tarefas de limpeza e desinfecção de baias e salas

Iniciar a limpeza seca, com pá e vassouras imediatamente após saída dos


animais

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Boas Práticas de Produção e Manejo Geral:

Biossegurança:

Iniciar limpeza úmida no máximo 3 horas após saída dos animais

Umedecer, previamente as instalações

Utilizar detergente para facilitar remoção

Preferencialmente utilizar lava-jato de alta pressão (1000 a 2000 lb)

Aplicar desinfetante no dia seguinte da lavagem, usando 400 ml de


solução por m2

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Boas Práticas de Produção e Manejo Geral:

Biossegurança:

Salas de maternidade: efetuar segunda desinfecção com vassouras de


fogo (para reduzir casos de coccidiose)

Respeitar vazio sanitário de pelo menos 5 dias, mantendo a sala fechada

Caiar as salas no dia anterior a chegada de novos animais

Controle de roedores e moscas:

Controlar roedores por meio de limpezas consjtantes e uso de raticidas

Controlar moscas com manejo correto de dejetos (esterqueiras)

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Boas Práticas de Produção e Manejo Geral:

Machos:

Adquirir animais de granjas multiplicadoras ou granjas núcleo, com


Certificado GRSC (Granjas de Reprodutores de Suídeos Certificadas)

Utilizar machos de raças puras ou sintéticas, ou ainda cruzados com


percentual de carne na carcaça acima de 60%

Machos Sintéticos ou Cruzados devem ser de origem ou linhagem


diferentes das leitoas

Adquirir machos com 7 a 8 meses de idade

Trabalhar com machos 2 meses mais velhos que fêmeas (na cobrição)

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Boas Práticas de Produção e Manejo Geral:

Machos:

Manter 1 macho para cada 20 fêmeas (leitoas e porcas) do plantel

IA – reduzir número de machos

Repor os machos com 24 meses de idade

Utilizar leitoas cruzadas ou F1 principalmente de raças brancas como


matrizes

Adqurir fêmeas com 4 a 6 meses e repor fêmeas com 36 meses

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Boas Práticas de Produção e Manejo Geral:

Machos - Pré-Cobertura:

Treinar machos com 6 a 7 mese de idade

Primeira monta com mínimo de 150 kg

Leitoas – Pré-Cobertura:

Não permitir contato de leitoas com machos até os 5 meses de idade

Fazer rodízio de machos para estímulo do cio

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Boas Práticas de Produção e Manejo Geral:

Cobertura e Gestação:

Manejar as instalações de cobrição e gestação de acordo com uso


contínuo

Realizar limpezas diárias com pá e vassoura

Desinfetar semanalmente a baia de cobrição dos machos

Fazer 1 desinfecção completa por ano

Realizar coberturas em baias específicas, com piso adequado: não


abrasivo e não escorregadio

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Boas Práticas de Produção e Manejo Geral:

Cobertura e Gestação:

Aplicar as vacinas indicadas para cada fase de gestação

Descartar fêmeas com problemas reprodutivos

Transferir fêmeas para maternidade 7 dias antes da data prevista de parto

Maternidade:

Uma das fases mais críticas da produção de suínos

Verdadeiro desafio para o produtor de suínos

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Boas Práticas de Produção e Manejo Geral:

Maternidade:

Trabalhar com sistema: “todas dentro” x “todas fora”, ou seja, entrada


somente de lotes fechados de porcas

Evitar temperatura acima de 18°C

Não interferir nos partos, somente quando porcas não conseguem


expulsar os leitões

Dar atenção especial aos recém-nascidos: limpeza de narinas e bocas,


massagem e corte do cordão umbilical, fazendo-os mamar colostro

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Boas Práticas de Produção e Manejo Geral:

Maternidade:

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Boas Práticas de Produção e Manejo Geral:

Maternidade:

Limpar úbere da porca com lenço umidecido e solução de iodo antes de


colocar leitões para mamar

Eliminar leitões com peso inferior a 700g

Controlar temperatura do abrigo dos leitões

Em baias com piso compacto utilizar maravalha para evitar lesões em


joelhos e propiciar maior conforto

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Boas Práticas de Produção e Manejo Geral:

Creche:

Manejar pelo sistema “todos dentro” x “todos fora”

Fechar grupos de acordo com idade e sexo

Atenção com ração úmida,velha ou estragada nos cochos

Dispor de bebedouros de fácil acesso

Monitorar salas de creche, pelo menos 3 x ao dia

Lavar salas de creche suspensas no mínimo: a cada 2dias no verão e 3


dias no inverno

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Boas Práticas de Produção e Manejo Geral:

Creche:

Transferir para baias de terminação entre 53 e 63 dias de idade

Valores Críticos para fase de creche:


Indicador Valor Crítico Meta
Taxa de mortalidade de leitões (%) > 2,5 < 1,5
Conversão Alimentar (kg ração/kg ganho) > 2,2 < 2,0
Peso médio na saída da creche (kg)
Aos 56 dias < 18,5 >20,0
Aos 58 dias < 19,5 >21,0
Aos 60 dias < 20,5 > 22,0
Aos 63 dias < 22,0 > 23,5

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Boas Práticas de Produção e Manejo Geral:

Terminação (Crescimento):

Manejo: “todos dentro” x “todos fora”

Monitorar a sala de crescimento pelo menos 2 x pela manhã e 2 x vezes à


tarde

Limpar diariamente as salas de crescimento com pá e vassoura

Lavar semanalmente as calhas coletoras de dejetos

Depois de lavadas manter 1 camada de água de 5 cm

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Boas Práticas de Produção e Manejo Geral:

Terminação (Crescimento):

Valores Críticos

Indicador Valor Crítico Meta


Taxa de mortalidade (%) > 1,0 < 0,6
Conversão Alimentar (kg ração/kg ganho) > 2,8 < 2,6
Peso médio na saída para abate (kg)
Aos 56 dias < 78,0 > 83,0
Aos 58 dias < 85,0 > 90,0
Aos 60 dias < 92,0 > 97,0
Aos 63 dias < 98,0 > 103,0

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Boas Práticas de Produção e Manejo Geral:

Vacinação:

Porcas para proteger leitegadas:

Colibacilose Neonatal

Rinite Atrófica

Pneumonia Enzoótica

Leitoas de reposição: 2 doses; 1 com 60 a 70 dias e 2 com 90 a 100 dias


de gestação

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Boas Práticas de Produção e Manejo Geral:

Vacinação:

Parvovirose:

2 doses a partir de 160 dias de idade em Leitoas

Porcas: 1 dose 10 dias pós-parto

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Boas Práticas de Produção e Manejo Geral:

Cuidados: manejo pré-abate

Suspender alimentação 12 horas antes

Fornecer somente água

Nunca utilizar choque elétrico para conduzir animais

Rampa de embarque: máximo 20°de inclinação (piso: antiderrapante)

Caminhão: 2 suínos de 100kg/metro quadrado para viagens de até 8


horas

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