Universidade Federal do Piauí - UFPI

Campus Professora Cinobelina Elvas - CPCE

Curso: Medicina Veterinária
Disciplina: Bovinocultura de Leite
Docente: Dra. Juliana da Silva Barros

Trabalho Referente 3° Avaliação

Discente: Renildo dos Santos Nogueira

Bom Jesus-PI
Janeiro de 2024
 A alimentação da vaca seca distingue-se em duas fases, fase seca – desde a secagem até 3
semanas antes do parto previsto. Fase pré-parto – últimas três semanas do período seco. Por
tanto, faz-se necessário uma dieta específica para esses animais, onde a ingestão diária de
cálcio, fósforo e potássio deve estar muito próxima das necessidades básicas da vaca para que
os mecanismos de regulação destes minerais no organismo permaneçam ativos, também
deve-se reforçar os níveis de vitamina E e selênio na dieta, aumentando a resistência
imunitária da vaca às infecções, deve-se respeitar os níveis de vitamina A e D recomendados.
As instalações encontram-se adequadas, porém mal manejadas, sendo necessário a
implementação de técnicas de ordenha higiênicas, e manejo correto dos bezerros durante a
ordenha afim de diminuir o estresse e melhorar a produção. No caso desta propriedade
deve-se aumentar o número de ordenhas para 3 ou 4 vezes ao dia, visto que essa raça tem
como característica uma grande produção diária de leite.
O manejo de ordenha deverá ser alterado, sendo preconizado conduzir calmamente as vacas
para o local da ordenha pois a vaca necessita de um ambiente tranquilo para que todo o leite
seja ordenhado. muito barulho faz com que os animais fiquem estressados, liberando o
hormônio adrenalina, que inibe a ação da ocitocina, responsável pela descida do leite.
Será introduzido o teste da caneca de fundo preto (ou caneca telada) para detecção de
mastite clínica, desinfecção dos tetos antes da ordenha, secagem dos tetos devendo estes
serem secos com papel-toalha descartável depois que o desinfetante agir por 30 segundos. o
papel utilizado deve ser descartado no cesto de lixo. Não utilizar o mesmo papel em mais de
uma vaca. Ordenhar a vaca utilizando um balde de leite limpo e sanitizado. Afastar
rapidamente o balde da vaca quando ela defecar ou urinar durante a ordenha. O balde a ser
utilizado deve ser do tipo semiaberto, transferir o leite do balde para um latão ou diretamente
para o tanque de refrigeração assim que terminada a ordenha da vaca usando um coador na
transferência do leite. Deve ser realizada obrigatoriamente desinfecção dos tetos depois da
ordenha mergulhando todo o teto em solução desinfetante própria para o uso após a ordenha,
utilizando o frasco do tipo sem retorno. A vaca deverá ser mantida em pé até duas horas após
a ordenha, possibilitando o fechamento do esfíncter do teto (ponta do teto), e assim, evitar
ocorrência de mastite. A quantidade de dias de descarte de leite após o nascimento será
diminuída para 4 dias, pois este tempo é suficiente para que haja consumo do colostro pelo
bezerro. Deve haver uma limpeza diária da sala de ordenha para diminuir a circulação de
microrganismos nocivos aos animais que circulam neste ambiente.
O intervalo entre partos pode ser diminuído através de técnicas de reprodução como IATF,
IA ou Transferência de embrião, caso não haja recursos para empregar essas técnicas também
pode ser estabelecida uma Estação de Monta a fim de homogeneizar os lotes de bezerros
nascidos e facilitar o manejo com os mesmos. Os dias de lactação podem ser aumentados
com a correção do manejo nutricional. A água fornecida deve ser limpa e abundante, livre de
cheiro, sabor e transparente.
Quanto a vacinação: nesta propriedade, deve ser estabelecido um protocolo vacinal
contendo as principais vacinas a serem administradas em bovinos. Preconiza-se então a
utilização da vacina contra Febre Aftosa, após 4 meses de idade, sendo administrada todo
semestre; a vacina contra Brucelose deve ser implementada, onde esta deve ser administrada
somente em fêmeas de 3 a 8 meses e nunca nos machos, essa vacina é de dose única; a vacina
contra Leptospirose também deve ser implementada, sendo administrada após o desmame e
com reforço 4 a 6 semanas depois da primeira dose, após isso o reforço é anual; a vacinação
anual contra Clostridioses será mantida.