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Criação
de bezerras:
Criar bem as bezerras é fundamental para que a
reposição do rebanho seja feita com fêmeas capazes de
acelerar o melhoramento genético, aumentando a produtividade
e, consequentemente, a rentabilidade do sistema.
Os altos custos dessa fase devem ser vistos como investimentos, especialmente
aqueles relacionados à prevenção de doenças e alimentação, pois trarão retornos
significativos na redução da idade ao primeiro parto, aumento da produção na vida
útil e longevidade.
Doenças neonatais podem causar grandes prejuízos, mesmo quando não levam à
morte da bezerra. Um grande número de trabalhos científicos tem mostrado que
bezerras que tiveram doenças respiratórias, por exemplo, não alcançam seu de-
senvolvimento máximo, produzem menos leite quando se tornam vacas, e não per-
manecem no rebanho tanto tempo quanto aquelas que não ficaram doentes. O im-
pacto econômico das doenças neonatais é, portanto, muito maior que os custos
imediatos com tratamentos.
De acordo com a Dairy Calf and Heifer Association, dos EUA, os “Padrões de
Ouro” para a criação de bezerras devem assegurar mortalidade menor que 5% e
morbidade inferior a 10%. Esses índices são alcançados em muitas fazendas bra-
sileiras, e embora não reflitam a nossa realidade, devem servir como meta para o
sucesso na criação de bezerras.
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As recomendações para fornecimento de colostro são muito simples: ofereça o
máximo possível, no menor tempo após o nascimento, e mantenha o mesmo livre
de contaminações em todas as etapas, da coleta ao fornecimento.
O ideal é que a bezerra consuma, pelo menos, 3 litros de colostro na primeira hora
após o nascimento, seguidos de outros 2 a 3 litros nas próximas 8 a 12 horas. Um
trabalho desenvolvido pelo Dr. Drackley, professor do Departamento de Ciência
Animal da University of illinois, e uma das maiores autoridades mundiais em criação
de bezerras, mostrou que a quantidade de colostro fornecida no primeiro dia de
vida tem um impacto positivo sobre a produção futura de leite das bezerras (se-
gunda lactação), como pode ser observado na Tabela 1.
Duração da
324 292 298 300
lactação (dias)
Produção de leite
26,9 27,8
(kg/dia)
Produção corrigida
8.952 9.642 9.907 11.294
305 dias
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A qualidade do colostro (em termos de quanti-
dade de imunoglobulinas) deve ser determina-
da por meio de um colostrômetro ou refratô-
metro, e o primeiro fornecimento deve ser
apenas de colostro verdadeiro (primeira orde-
nha), avaliado como de boa qualidade. O co-
lostrômetro está calibrado em intervalos de 5
mg/mL, e classifica o colostro como de baixa
qualidade (vermelho) quando Ig < 20 mg/ mL;
moderado (amarelo) para o intervalo de 20 –
50 mg/ mL; e excelente (verde) para valores de
Ig maiores que 50 mg/mL. Por ser rápida e
fácil, esta avaliação é ainda o teste mais utiliza-
do em fazendas comerciais.
ALTA QUALIDADE
Graduação superior: 50 a 140 mg de lg/mL
MÉDIA QUALIDADE
Graduação moderada: 20 a 50 mg de lg/mL
BAIXA QUALIDADE
Graduação inferior: < 20 mg de lg/mL
Pesquisas recentes, conduzidas no Brasil, mostram que, sempre que possível, o co-
lostro deve ser fornecido fresco. Como alternativas, podem ser utilizadas as versões
congeladas (banco de colostro), pasteurizadas e os suplementos e substitutos de co-
lostro. As estratégias devem ser pensadas e personalizadas de acordo com a realida-
de de cada sistema de produção.
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2. Cura do umbigo
A cura de umbigo das bezerras recém-nascidas
é de extrema importância, tendo como objeti-
vos a secagem do coto umbilical, de forma a
não atrair moscas, e o fechamento da porta de
entrada para infecções sistêmicas. Recomen-
da-se a utilização de iodo 10%, logo após o
nascimento, repetindo-se o procedimento duas
vezes ao dia, nos primeiros três dias de vida da
bezerra. Ao final desse período, o coto umbilical
deve estar bem seco. É muito importante evitar
a contaminação do iodo com sujidades, utili-
zando recipiente sem retorno. No segundo dia
e na segunda semana de vida deve-se fazer a
avaliação da cura, deitando-se a bezerra de
lado e apalpando as estruturas do umbigo. Es-
perase que um umbigo bem curado tenha o di-
âmetro de um dedo polegar no segundo dia e
semelhante ao da carga de uma caneta esfero-
gráfica comum na segunda semana.
3. Aleitamento
Inúmeros dados de pesquisas têm mostrado que a nutrição na fase inicial da vida
das bezerras pode ter efeitos diretos na vida adulta. A recomendação tradicional
de fornecimento restrito de dieta líquida, ou seja, 8 a 10% do peso vivo do animal,
sem ajustes ao longo do período de aleitamento, fornece nutrientes apenas para a
mantença e ganho de peso próximo a 200g/dia (Tabela 2), quando o recomenda-
do seria em torno de 600g/dia (Tabela 3).
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Tabela 3. Ganho de peso recomendado para bezerras de raças grandes
0 35
2 70
0,600
4 106
6 142
8 178 0,700
10 220
12 268
14 316
16 364
0,800
18 412
20 460
22 508
24 556
CONSUMO DE MS
TAXA DE GANHO (KG/DIA)
(KG/DIA)
4. Desaleitamento
Considerado como o primeiro “período de transição” na vida das fêmeas leiteiras,
o desaleitamento provoca um grande estresse nas bezerras. Além disso, é um mo-
mento crítico para a ocorrência de doenças, principalmente as diarreias e pneumo-
nias. É comum observar-se perda de peso, pois os animais ainda não conseguem
ingerir as quantidades necessárias de concentrado.
5. Doenças neonatais
Resultados de pesquisas desenvolvidas em todo o mundo mostram que a fase de
aleitamento é o período de maior risco para doenças e mortes de bezerras. As
diarreias são as principais causas de mortalidade prédesaleitamento, responden-
do, de acordo com o Dairy Calf and Heifer Association, dos EUA, por 56,5% das
mortes de bezerras. Durante a fase de aleitamento, as doenças respiratórias são
responsáveis por 22,5% das mortes, e as infeções de umbigo por outros 1,6%.
Esses dados deixam claro que as infecções gastrointestinais são o maior desafio
na criação de bezerras recém-nascidas. Por outro lado, as doenças respiratórias
se tornam a principal causa de morte após o desaleitamento, respondendo por
46,5% de todos os óbitos.
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5.1.Diarreias
Como a placenta dos ruminantes não permite a passagem de anticorpos da vaca
para a cria, uma colostragem adequada é essencial para o sucesso de qualquer
programa de criação de bezerras.
Os animais com diarreia apresentam uma perda de água nas fezes cerca de 18
vezes maior que o normal. Como a água representa de 60 a 80% da composição
corpórea dos animais jovens, as doenças que levam à perda de água do organis-
mo, resultando em quadros de desidratação, são consideradas de alta gravidade.
Por isso, é essencial iniciar precocemente a hidratação oral do animal com diarreia,
de preferência, antes do aparecimento dos sinais iniciais de desidratação.
DOENÇAS
RESPIRATÓRIAS
Temperatura
37,7 - 38,2 38,3 - 38,8 38,9 - 39,3 > 39,4
Retal
Secreção Nasal
Excessiva, mucosa
Serosa (aspecto de Pouca quantidade, (aspecto de clara de ovo) Abundante, mucopurulenta
soro ou lágrima) unilateral e bilateral (catarro), bilateral
Secreção
Ocular
Posicionamento
das orelhas
15
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DOENÇAS RESPIRATÓRIAS
6. Bem-estar
As relações humanas positivas são muito importantes na pecuária leiteira, afetando
tanto o bem-estar na fazenda (aqui definido pela combinação das condições de
bem-estar dos animais e dos trabalhadores) quanto o desempenho dos animais,
com impacto econômico direto. Nesse cenário, a formação de laços entre huma-
nos e bovinos leiteiros deve ter início nos primeiros dias de vida da bezerra, em
particular nas fazendas que adotam a separação das mesmas de suas mães logo
após o nascimento, pois todos os cuidados passam a ser de total responsabilida-
de dos tratadores.
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da coccidiose em leitões, bezerros e cordeiros em dose única.
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Kinetomax® é um antibiótico de almpo espectro que promove a rápida
recuperação dos animais em dose única.
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na) e vitamina B12 que estimula os processos metabólicos.
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Glutellac® é uma solução eletrolítica concentrada para a hidratação
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brio ácido-base.
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Leite 0 dias
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Flunamine® é um anti-inflamatório não esteroidal à base de Flunixina
Meglumina.
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Fagolac® é um suplemento alimentar em pó de uso diário para bezer-
ros durante a fase de aleitamento. Sua fórmula exclusiva contém mal-
todextrina e probióticos.
PRINCIPAIS BENEFÍCIOS:
Leite 0 dias
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Bibliografia consultada
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