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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA

Portal Educação

CURSO DE
GESSEIRO

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/REV 4.0

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CURSO DE
GESSEIRO

MÓDULO I

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do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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SUMÁRIO

MÓDULO I

1 INTRODUÇÃO
2 GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
3 PROFISSÃO GESSEIRO
4 APLICAÇÃO TRADICIONAL DE GESSO EM OBRA
5 REVESTIMENTO DE PAREDES E TETOS

MÓDULO II

6 O QUE É SISTEMA DRYWALL


6.1 DESCRIÇÃO
6.2 VANTAGENS
6.3 DIFERENCIAIS
6.4 APLICAÇÕES E PROPRIEDADES

MÓDULO III

7 SISTEMA DE APLICAÇÃO DE DRYWALL


7.1 FERRAMENTAS
7.2 MATERIAIS
7.3 INSTALAÇÃO DE PAREDES
7.4 INSTALAÇÃO DE PAREDES DUPLAS
7.5 INSTALAÇÃO DE FORRO
7.6 ACABAMENTO E PINTURA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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MÓDULO I

1 INTRODUÇÃO

O gesso é um material de construção dos mais antigos. Em recentes


descobertas arqueológicas, na Síria e Turquia, foi identificado o uso de gesso em
ruínas que remontam há 8.000 anos antes de Cristo, há evidências que o homem
tenha descoberto o gesso, bem como a sua reação característica com a água, ao
fazer fornos escavando solos repletos de gipsita (BAUER, 2000).

Definição
O Gesso é um mineral aglomerante inorgânico (assim como a cal e o
cimento) não hidráulico e aéreo, embora necessite de água para endurecer, depois
de assumir sua forma final o gesso não resiste à ação da mesma (CINCOTTO,
1998).
A sua produção é gerada a partir do aquecimento da gipsita, um mineral
abundante na natureza, e posterior redução a pó da mesma. É composto
principalmente por sulfato de cálcio hidratado (CaSO4.2H2O).
É encontrado em praticamente todo o mundo, e ocorre no Brasil em terrenos
cretáceos de formação marinha, principalmente na região nordeste, sua cor
geralmente é branca, mas impurezas podem conferir a ele tons acinzentados,
amarelados, rosados ou marrons.

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FIGURA 1 - PÓ DE GESSO

FONTE: Disponível em: <http://www.tenplushay.com/Hay-Nutrition.html>. Acesso em: 10 dez. 2012.

O material evoluiu muito ao longo do tempo sendo muito utilizado em várias


áreas. Na Europa e nos Estados Unidos esse material representa um papel
importante na construção, aonde vem se adaptando as novas formas e tendências
construtivas.
No Brasil o seu emprego era bastante limitado, servindo apenas para
execução de decoração interna em edifícios de acabamento esmerado.
Nos últimos anos a indústria da construção tem utilizado o gesso de forma
mais significativa, seja em substituição do reboco convencional ou da massa corrida
em pinturas ou em rebaixamento de tetos, na execução de molduras com os mais
variados detalhes ou, no uso de blocos de gesso e painéis acartonados para
substituição das alvenarias convencionais.

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FIGURA 2 - EXEMPLO DE FÁBRICA DE EXTRAÇÃO DE GESSO

FONTE: Disponível em: <http://en.rockscrusher.com/construction-mining/gypsum-crushing-machine-


from-south-africa.html>. Acesso em: 10 dez. 2012.

Processo de Produção do Gesso para uso na Construção Civil


1. Britagem – fragmentação dos blocos do minério;
2. Moagem – a gipsita britada é moída em moinhos de martelo;
3. Peneiramento – a gipsita moída pode ser peneirada, em peneiras
vibratórias;
4. Calcinação – a gipsita se transforma em gesso pela ação do calor;
5. Pulverização – após a calcinação, o gesso é moído em moinho de
martelo;
6. Estabilização – período de ensilamento ou estabilização para maior
homogeneidade na composição final;
7. Embalagem – sacos de 20,0, 40,0 e 50,0 kg, ou em “Big Bags” (1.000,0
kg).

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FIGURA 3 - MOAGEM DA GIPSITA

FONTE: Disponível em: <http://professormarcianodantas.blogspot.pt/2011/05/recursos-minerais-do-


brasil.html>. Acesso em: 10 dez. 2012.

FIGURA 4 - GESSO EM PÓ EMBALADO

FONTE: Disponível em: <http://www.trevobrasil.com/grupotrevo.php>. Acesso em: 10 dez. 2012.

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2 GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

O gesso em seu estado natural (gipsita) é utilizado pela indústria de cimento


na fabricação de cimento Portland onde é adicionada ao clínquer, na proporção de 3
a 5 % em peso, com a finalidade de retardar o tempo de pega.
Na construção civil o emprego de gesso é uma solução bastante
diversificada e utilizada em:

 Forros de gesso;
 Elementos de decoração;
 Revestimentos.
– pastas e argamassas
 Elementos para Vedação
– Painéis de gesso acartonado – drywall;
– Paredes divisórias com blocos de gesso.
 Cola

FIGURA 5 - FORRO DE GESSO EM PLACAS

FONTE: Disponível em: <http://aprendaaconstruirereformar.blogspot.pt/2010/12/forro-de-gesso.html>


Acesso em: 10 dez. 2012.

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FIGURA 6 - FORRO EM GESSO ACARTONADO

FONTE: Disponível em: <http://www.esquadriplast.com.br/imagem/gesso-acartonado05>. Acesso em:


10 dez. 2012.

FIGURA 7 - ELEMENTOS DE DECORAÇÃO

FONTE: Disponível em: <http://aprendaaconstruirereformar.blogspot.pt/2010/12/forro-de-gesso.html>.


Acesso em: 10 dez. 2012.

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FIGURA 8 - REVESTIMENTO DE PAREDE COM APLICAÇÃO MANUAL DE
GESSO

FONTE: Disponível em:


<http://revista.penseimoveis.com.br/especial/rs/editorialimoveis/19,480,2908879,Gesso-para-toda-
obra.html>. Acesso em: 10 dez. 2012.

FIGURA 9 - REVESTIMENTO DE PAREDE COM PROJEÇÃO MECÂNICA DE


GESSO

FONTE: Disponível em: <http://www.plataformabim.com.br/2012/11/revit-2013-aula-08-inserindo-


paredes.html>. Acesso em: 10 dez. 2012.

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FIGURA 10 - ELEMENTO DE VEDAÇÃO: PAREDE DE GESSO ACARTONADO

FONTE: Disponível em: <http://www.gessoguanabararj.com.br/paredes_drywall.php>. Acesso em: 10


dez. 2012.

FIGURA 11 - ELEMENTO DE VEDAÇÃO: PAREDE DE BLOCOS DE GESSO

FONTE: Disponível em: <http://www.triartgesso.com.br/servico.html>. Acesso em: 10 dez. 2012.

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FIGURA 12 - COLA DE GESSO EM PÓ

FONTE: Disponível em: <http://www.lafarge.com.br/wps/portal/br/7_1-


Releases?WCM_GLOBAL_CONTEXT=/wps/wcm/connectlib_br/Site_br/AllPR/2009/PressRelease_13
01498131211/PressReleaseHeader>. Acesso em: 10 dez. 2012.

3 PROFISSÃO GESSEIRO

A profissão de gesseiro tem se expandido em todo o país, acompanhando o


ritmo de crescimento da construção civil que chegou a elevados índices de
desenvolvimento. Com o aumento pela procura dessa profissão, criam-se
oportunidades de emprego para novos profissionais que pretendam ingressar no
mercado.
Na profissão de gesseiro, o profissional é exigido a compreender e
desenvolver técnicas que envolvem a preparação dos materiais, a criatividade para
moldar, recortar e instalar painéis e objetos em gesso, respeitando as características
e propriedades específicas deste material.
Os materiais de gesso aplicados na Construção Civil estão inseridos na fase
de acabamento de uma obra, por isso o profissional necessita realizar seu trabalho
de maneira organizada, em conjunto as outras especialidades, como instalações
elétricas e hidráulicas, utilizando ferramentas adequadas.

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O gesso é um material que possui como base o pó de gipsita, que possui
uma granulometria muito fina, isto condiciona o profissional a procurar sempre
manter o ambiente de trabalho limpo e protegido.

As tarefas dos gesseiros englobam:


1. Planejamento da aplicação, com verificação da área a revestir, cálculo
de materiais e análise da proteção a ser utilizada;
2. Análise do local, medição do pé direito e detalhes especificados no
projeto;
3. Isolamento do entorno da área de aplicação, com lonas, jornais ou
outro elemento que isole o pavimento e vãos para outros ambientes;
4. Definição do tipo de material de gesso a aplicar;
5. Separação das ferramentas adequadas à execução;
6. Demarcação e nivelamento do local de aplicação;
7. Instalação de equipamentos de apoio, como andaimes, cavaletes ou
escadas;
8. Transporte do material a utilizar ao local de aplicação;
9. Preparação do material;
10. Aplicação do material;
11. Respeitar o tempo de cura para determinado tipo de aplicação;
12. Desmontagem dos equipamentos de apoio;
13. Limpeza do local.

Posturas de trabalho
Diferentes ações físicas são necessárias para a aplicação de gesso, as
quais variam no decorrer da execução, seja para aplicação em paredes ou forros.
Entre as principais ações e posições do assentamento podem-se citar: em
pé, agachado, suspensões de braços com e sem cargas, cabeça inclinada, vibração
corporal, rotação e flexão de braços e punhos e inclinação do corpo. A posição em
pé predomina na execução deste componente.
A organização do ambiente de trabalho refletida nas condições e
disposições inadequadas dos equipamentos e materiais, assim como, instalação

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incorreta de cavaletes e andaimes, geram problemas de ordem ergonômica,
interferindo no desenvolvimento saudável da atividade, exigindo do trabalhador
maior esforço da sua condição motora, psicológica e física. A altura do cavalete
deve ser observada de forma a nem estar baixo nem alto. Além disso, deve permitir
montagem e desmontagem rápida e com aproveitamento (BATISTA, 2007).

FIGURA 13 - EXEMPLOS DA INSTALAÇÃO DE GESSO EM FORROS

FONTE: BATISTA, 2007.

Equipamentos básicos de Proteção Individual (EPI):


 Sapato de segurança;
 Luva de látex;
 Óculos de segurança;
 Capacete;
 Máscara facial para pó.

Área de Atuação
Em construtoras, empresas de engenharia e arquitetura e em empresas que
fabricam produtos de minerais não metálicos.

O que as empresas esperam do profissional

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 Que mantenha o local de trabalho limpo e organizado, para evitar
acidentes de trabalho e riscos de perder prazos para entrega das solicitações.
 Que tenha criatividade, para realizar um trabalho de qualidade e
atender satisfatoriamente às necessidades do cliente.
 Que demonstre capacidade de comunicação, para atender seus
clientes satisfatoriamente.
 Em construtoras, empresas de engenharia e arquitetura e em
empresas que fabricam produtos de minerais não metálicos.

FIGURA 14 - GESSEIROS

FONTE: Disponível em: <http://www.pautapronta.com.br/2011/?p=5394>. Acesso em: 10 dez. 2012.

Que tipo de atividades desempenha em uma obra de Construção Civil


De modo geral, para fazer a aplicação de gessos e revestimentos de tetos e
paredes, os gesseiros costumam seguir orientações especificadas em projetos de
decoração.

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Moldar, recortar e instalar painéis e objetos ornamentais em gesso são
atividades que refletem o dia a dia de trabalho desses profissionais (QUINÁLIA
2007).
Para desenvolver essas atividades utilizam ferramentas como espátulas,
pincéis ou pistolas. Além disso, aplicam produtos impermeabilizantes e decorativos
em superfícies exteriores de edificações. Muitas vezes, criam texturas decorativas
de acabamento, utilizando areia ou pedras.

4 APLICAÇÃO TRADICIONAL DE GESSO EM OBRA

A aplicação tradicional de gesso em obras de Construção civil é em forma de


pasta (gesso e água) ou como argamassa (gesso, areia e água).
O revestimento de gesso em pasta ou argamassa é feito em uma ou várias
camadas. Pode-se proceder ao alisamento final da superfície do revestimento com a
colher ou desempenadeira, ou com a raspagem final, quando o material adquiriu
dureza suficiente. De qualquer forma o acabamento é sempre muito bom, podendo
alcançar polimentos excepcionais.
O gesso, tanto em pasta quanto em argamassa, não deve ser utilizado em
exteriores por se deteriorar na presença de água, devido a sua alta solubilidade, que
pode ser solucionada com a utilização de resinas especiais (impermeabilizantes).

Revestimento em gesso
O preparo de pastas de gesso é orientado por dois fatores básicos: a
necessidade de plasticidade adequada para a aplicação sobre o substrato e o tempo
útil de aplicação. O gesseiro deve por experiência, definir a quantidade de água
adequada para a aplicação.
A aplicação requer experiência para evitar o desperdício devido ao curto
tempo de pega, por isso não deve ser preparada uma quantidade de material de
acordo com a área de aplicação.

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FIGURA 15 - APLICAÇÃO DE GESSO EM PASTA

FONTE: Disponível em: <http://bibliotecmateriais.wordpress.com/>. Acesso em: 10 dez. 2012.

Aplicação de argamassa de Gesso Liso

A aplicação do gesso liso, por ser de rápida e fácil aplicação em paredes e


tetos, pode proporcionar ao construtor algumas vantagens, desde que bem
planejado e executado.

Cuidados no processo de escolha e na execução:

 A massa de gesso possui resistência que varia conforme a temperatura


e tempo de calcinação a que a gipsita foi exposta, finura, quantidade de água de
amassamento e presença de impurezas ou aditivos na composição.
 Os de pega mais rápida apresentam elevada finura e alta resistência,
em razão do aumento da superfície específica, disponível para a hidratação.
 A falta ou o excesso de água de amassamento também pode alterar a
pega conforme os valores adicionados - a taxa recomendada de água na hidratação
é de aproximadamente 18,6%.

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 Por ser altamente solúvel, o gesso deve ser aplicado em áreas internas
livres de umidade.
 Para iniciar o processo de execução recomenda-se que o substrato -
bloco de concreto ou revestimento à base de cimento - esteja concluído há no
mínimo um mês.
 Após esse período deve-se verificar o prumo das paredes, corrigindo
com argamassa eventuais falhas e vazios que possam interferir no processo de
aplicação.
 Tanto em paredes quanto em tetos, com exceção das lajes cujas
superfícies internas precisam de uma ponte de aderência - chapisco rolado - para
garantir a fixação do aglomerado, a aplicação é semelhante.
 Deve ser iniciada pelo teto, estendendo-se pelas paredes até completar
a metade superior com o auxílio de um andaime.
 Em seguida, os andaimes devem ser removidos e a parte inferior da
parede finalizada. Esse processo possibilita duas opções de revestimento: o
desempenado (veja passo a passo) e o sarrafeado.

Sarrafeado
No caso do sarrafeamento, as faixas mestras e as taliscas permitem a
execução de uma superfície mais rigorosa e plana, na qual a pasta de gesso é
aplicada posteriormente, entre as mestras.
O gesso é sarrafeado com réguas de alumínio que cortam o excesso de
pasta. Segundo Quinália (2007), o processo de sarrafeamento oferece uma garantia
melhor de alinhamento, pois tolera uma menor variação de esquadro, de prumo,
além de padronizar o empreendimento.
De qualquer forma, independente do método escolhido, é importante que a
espessura do revestimento não ultrapasse 5,0 mm: o aumento dessa medida pode
ocasionar trincas no gesso.
Portanto, as patologias mais comuns podem ser originadas por trincas
referentes ao excesso de espessura, ou, ainda, por fissuras decorrentes de
movimentações nas estruturas que geram deformações na alvenaria. Já nos tetos,
essas rachaduras podem ocorrer devido à junção das lajes com a alvenaria, também
sujeitas às tensões estruturais.

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Normas ABNT
 NBR 12127 Gesso para construção - Determinação das propriedades
físicas do pó;
 NBR 12128 Gesso para construção - Determinação das propriedades
físicas da pasta;
 NBR 12129 Gesso para construção - Determinação das propriedades
mecânicas;
 NBR 12130 Gesso para construção - Determinação da água livre e de
cristalização e teores de óxido de cálcio e anidrino sulfúrico;
 NBR 13207 Gesso para construção civil – Especificações;
 NBR 13867 Revestimento interno de paredes e tetos com pastas de
gesso - Materiais, preparo, aplicação e acabamento.

Dicas básicas para execução:


 Evitar o uso de blocos com superfície muito lisa e que tenham
absorção de água muito baixa (blocos cerâmicos requeimados);
 Utilizar gessos de finura elevada, densidade aparente entre 0,7 e 1 que
tenham, no mínimo, 60% de gesso calcinado na composição;
 Vedar as caixas elétricas e demais tubulações hidráulicas durante a
aplicação do gesso liso;
 Manter o local da obra livre de sujeiras, corpos estranhos (pregos,
arames, aço) e incrustações para evitar possíveis falhas pré e pós-aplicação do
revestimento;
 Verificar o alinhamento vertical, horizontal e a existência de ondulações
ou defeitos que possam ser corrigidos;
 Verificar com atenção o fator água/gesso. A falta ou excesso pode
prejudicar a pega e o endurecimento da pasta. Recomenda-se o uso de 36,0 a 40,0 l
de água para cada saco de 40,0 kg de gesso.

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Componente:
•Gesso para revestimento – gesso lento

Trabalhabilidade:
•Início de pega: 10 min
•Fim de pega: 45 min

Aplicação em superfícies internas:


• paredes e tetos

Consumo médio:
• 10 kg/ m2 / cm de espessura

As vantagens que podem se obter com o uso de gesso ao invés da


argamassa de cimento Portland, segundo Sabbatini et al (2006) são:
 Maior produtividade global por ser monocamada;
 A superfície do revestimento de gesso possui uma rugosidade lisa e
cor branca;
 Pode, assim como eliminar, reduzir o uso de massa corrida;
 Possui um prazo de cura menor, antecipando as etapas de pintura.

Porém, o uso do gesso possui algumas desvantagens:


 A necessidade de uma superfície com melhor regularidade;
 A limitação reduzida da espessura;
 Não auxilia o comportamento mecânico da parede;
 Maior tendência à deformação do substrato;
 Não possui um bom isolamento acústico;
 Propicia a corrosão de materiais metálicos;
 Não pode ser utilizado em áreas que entrem em contato com água;
 O desperdício.

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Limitações do uso do gesso tradicional em pasta:
 Reduzida espessura: necessidade de bases com boa regularidade
superficial e precisão geométrica;
 Não auxilia no comportamento mecânico da parede;
 Maior susceptibilidade à deformação dos substratos;
 Não auxilia na fixação de cargas suspensa;
 Não auxilia no isolamento acústico;
 Suscetíveis à agua (deterioração) e à umidade excessiva (possibilidade
de desenvolvimento micro-organismos);
 Elevada geração de resíduos de pó;
 Dificuldade de disposição do resíduo;
 Aderência deficiente para espessuras acima de 10mm se aplicado
manualmente em camada única.

Ferramentas para Preparo do Substrato


As ferramentas usuais para execução de revestimentos de gesso são:

 Prumos de face;
 Esquadros de alumínio;
 Réguas de alumínio;
 Escovas de aço;
 Espátula;
 Desempenadeira em chapa de PVC reforçado;
 Desempenadeira de aço.

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FIGURA 16 - PRUMO DE FACE

FONTE: Disponível em:


<http://www.lcferragens.com.br/produtos_descricao.asp?lang=pt_br&codigo_produto=1447>.
Acesso em: 10 dez. 2012.

FIGURA 17 - DESEMPENADEIRA DE AÇO

FONTE: Disponível em:


<http://www.milmaquinaseferramentas.com.br/421/18/15/126/desempenadeira-de-aco-lisa-
cortag.html>. Acesso em: 10 dez. 2012.

FIGURA 18 - RÉGUAS DE ALUMÍNIO PARA APLICAÇÃO DE GESSO

FONTE: Disponível em: <http://www.topeca.pt/index.php/pt/section/subsub/59/8/24>. Acesso em: 10


dez. 2012.

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Revestimento com Gesso Projetado

O gesso projetado consiste na aplicação de uma argamassa de gesso por


meio de equipamento de projeção que substitui, com uma única aplicação, as etapas
dos sistemas convencionais, ou seja, o chapisco, reboco e emboço, além de permitir
o aumento considerável de produtividade, em virtude do seu sistema de aplicação
mecanizado.

FIGURA 19 - APLICAÇÃO DE GESSO PROJETADO

FONTE: Disponível em: <http://casa.abril.com.br/materia/15-paredes-e-forros-para-construcao-seca-


lancados-na-feicon-2012>. Acesso em: 10 dez. 2012.

O material utilizado na projeção de gesso é uma mistura composta por


gesso, cal, calcário moído e aditivos, os quais são dosados e misturados

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automaticamente, o que garante a homogeneidade e a repetitividade dos traços, de
forma a garantir um desempenho uniforme do produto.
Após ser projetado reage e alcança rapidamente, níveis de resistências
mecânicas e de dureza, superior das que as argamassas convencionais, e com a
característica de não se desagregar pela ação da água.

Vantagens

 Permite diversos tipos de acabamentos superficiais, e deixa a


superfície pronta para ser pintada;
 Resistência: as paredes revestidas suportam a fixação de buchas e
parafusos para colocação de prateleiras, armários, pias, lavatórios, etc.;
 Projetado mecanicamente: o que facilita o trabalho do operário,
diminuindo a fadiga, aumenta a produtividade e dá um maior retorno financeiro;
 Menor desperdício;
 Melhor desempenho mecânico (aderência, “resiliência” e resistência);
 Melhor qualidade do produto final.

Caracterização:
 Tempo de pega inicial 10,0 min e final até 120,0 min;
 Resistência à compressão: 4,50 Mpa;
 Espessura de revestimento: 1,50 a 10,0 mm (não é necessário
aplicação de chapisco nas estruturas);
 Consumo de materiais: 15,0 kg/m2/cm (espessura);
 Produtividade: 35,0 m2/dia/gesseiro (média sarrafeado) a 50,0 a 60,0
m2/dia/gesseiro (média desempenado);
 Alto investimento inicial em equipamentos.

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Equipamento de Projeção

As máquinas de projetar gesso existente no mercado são muito parecidas


entre si, e apresentam geralmente os mesmos equipamentos e controle.

FIGURA 20 - MÁQUINA DE PROJETAR GESSO

FONTE: Disponível em: <http://www.m-tec.com/pics/produkte/produktbilder/62_monomix_1_214.jpg>.


Acesso em: 10 dez. 2012.

Os controles mais importantes que devem ser realizados nas máquinas de


projetar são:

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 Regulagem da quantidade de água que vem da bomba, e entra na
câmara de mistura deve ser controlada por meio de uma válvula que regula a vazão.
 Em média a quantidade de água ideal para esta operação e de 700
litros por hora.
 A quantidade de água depende da facilidade de aplicação e
acabamento do revestimento projetado.

Antes de iniciar o trabalho de Projeção deve ser verificado:


 Local onde a máquina de projetar deve ser colocada, de forma a poder
atingir com facilidade todas as paredes a serem revestidas;
 A estocagem dos sacos de gesso deve ficar perto da máquina de
projetar, e ao mesmo tempo protegida de chuva, ou de possíveis inundações por
vazamento de água;
 Deve existir no local, uma fonte de energia com 380 volts e outra com
220 volts;
 Deve haver disponibilidade de água estocada, de no mínimo 200,0
litros (um tambor de plástico cheio), de onde a máquina será abastecida.

5 REVESTIMENTO DE PAREDES E TETOS

Preparação para o Trabalho


A superfície de trabalho precisa ser o mais simples possível, para que se
possa fazer facilmente a limpeza. Para cobrir o espaço de trabalho, se pode utilizar o
plástico, porque o gesso se desprende facilmente dele, uma vez que tenha grudado.
A pia que será utilizada para a limpeza das ferramentas, tem que estar
equipada com um cano encaixado ao seu ralo, a fim de evitar que os resíduos do
gesso entrem no cano, pois pode provocar uma obstrução.
Antes de lavar as mãos ou as ferramentas há a necessidade de limpá-las
com jornal.

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As vasilhas de plástico são excelentes para fazer a mistura do gesso, pois
caso ele endureça, ela tem uma flexibilidade tal que pode provocar a quebra daquele
material, fazendo-o soltar com facilidade.
No entanto, o ideal é mesmo limpar a vasilha com o jornal estando o gesso
ainda mole. É importante saber que não se devem utilizar objetos pontiagudos nem
metálicos cortantes para limpar as vasilhas, caso contrário se pode provocar
ranhuras, as quais causarão a aderência do gesso em uma futura mistura.

Armazenamento e Conservação
O gesso é comprado, normalmente, em sacos de papel de 40,0 kg, que
precisam ser armazenados em local seco, de preferência com alguma elevação,
para que não umedeça.
Sempre que possível deve-se utilizar gesso fresco, mas se houver a
necessidade de armazená-lo, é preciso colocar o saco de papel dentro de um saco
de plástico. Isto pode conservá-lo em boas condições por muito tempo.
As vasilhas nas quais se faz a mistura do gesso, e as ferramentas que são
utilizadas, precisam ser limpas durante e após o uso. E, nas ferramentas de metal,
deve-se passar, com o auxílio de um pano, uma camada de azeite para evitar que
oxidem.

Procedimento de Mistura
Para fazer a mistura, deve-se utilizar uma vasilha de plástico ou de ferro
esmaltado, limpos.
Primeiro encher a vasilha com água limpa, polvilhar o gesso sobre a água –
deve ser polvilhado para se poder encontrar impurezas existentes – até que se
forme ilhas isoladas, na superfície da água, enquanto isto, a água vai ensopando o
gesso. Quando o gesso estiver todo úmido, bater na borda da vasilha para que o pó,
que grudou nela, possa cair.
Somente após este processo deve-se colocar a mão para misturar o gesso e
a água, para, assim, formar uma massa homogênea.
Ao seguir as orientações cuidadosamente, pode-se obter um tempo de 15 a
20 minutos de trabalho antes que comece a ocorrer à reação química e o endureça.

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Um gesso velho tende a endurecer mais rapidamente, e se ele é muito
velho, ou for mal armazenado, o gesso não endurecerá, ficará em um estado
farinhento.

Aceleração ou Retardamento do Processo de Endurecimento do Gesso


O processo de endurecimento do gesso raramente precisa ser acelerado,
pois seu tempo normal, de 15 a 20 minutos, de forma geral, é suficientemente
rápido. No entanto, quando se acredita ser necessária a aceleração do processo, o
mais simples é achar que se deve fazer a mistura com água quente.
Mas, entre várias formas de aceleração se encontra o uso de sal,
aproximadamente 10,0 g por litro de água.
Aumentar a quantidade de gesso na mistura, também se acelera o processo,
entretanto isto pode não ser conveniente, pois pode causar bolhas de ar.
O mais comum é a necessidade de retardamento deste processo, em
particular quando se trabalha com esculturas grandes ou quando se está moldando
obras completas. O melhor ingrediente para auxiliar no processo de retardamento é
o uso de cola, que deve ser adicionada à mistura na proporção de 25 g por litro.
A cola também aumenta a solidez do gesso. Outra forma de retardar o
processo é o uso de água fria para se fazer a mistura.

Metodologia de Execução da Aplicação de Gesso Manual em Tetos e Paredes

Segundo Quinalia (2007), a metodologia de execução da aplicação de gesso


manual em tetos e paredes compreende:

 1º Confecção de chapisco. Por meio do sistema tradicional chapado ao


substrato, ou pelo rolo de textura para garantir a aderência da pasta de gesso.

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FIGURA 21 - APLICAÇÃO DE CHAPISCO COM ROLO DE TEXTURA

FONTE: Disponível em: <http://colunistas.ig.com.br/dicasdaarquiteta/2009/12/29/gesso-ou-reboco/>.


Acesso em: 10 dez. 2012.

 2º Remover sujeiras, incrustações e materiais estranhos como pregos,


arames e pedaços de aço até que o substrato fique uniformizado.
 3º Molhar o substrato antes da aplicação.

FIGURA 22 - MOLHAR O SUBSTRATO ANTES DA APLICAÇÃO

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29
FONTE: Disponível em: <http://colunistas.ig.com.br/dicasdaarquiteta/2009/12/29/gesso-ou-reboco/>.
Acesso em: 10 dez. 2012.

 4º Após 72 horas iniciar a preparação do material, polvilhando o gesso


na água, dentro da argamasseira, até que o pó esteja totalmente submerso. A
seguir, misturar até obter uma pasta homogênea e sem grumos.

FIGURA 23 - PREPARO DA ARGAMASSA

FONTE: Disponível em: <http://colunistas.ig.com.br/dicasdaarquiteta/2009/12/29/gesso-ou-


reboco/>. Acesso em: 10 dez. 2012.

 5º Começar o trabalho pelo teto, aplicando a pasta com o auxílio de


desempenadeira de PVC em movimentos de vai e vem.

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30
FIGURA 24 - INÍCIO DA APLICAÇÃO PELO TETO

FONTE: Disponível em: <http://colunistas.ig.com.br/dicasdaarquiteta/2009/12/29/gesso-ou-reboco/>.


Acesso em: 10 dez. 2012.

 6º Nas paredes (metade superior), o deslizamento deve ser realizado


de baixo para cima. Antes de a aplicação preparar taliscas para definir a espessura
da camada de revestimento.

FIGURA 25 - APLICAÇÃO DO GESSO EM PAREDES

FONTE: Disponível em: <http://colunistas.ig.com.br/dicasdaarquiteta/2009/12/29/gesso-ou-reboco/>.


Acesso em: 10 dez. 2012.

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31
 7º Regularizar a espessura da camada, aplicando a pasta com a
desempenadeira, agora, no sentido horizontal. Cada faixa deve ser sobreposta à
anterior e a espessura da camada deve ter de 1,0 a 3,0 mm.

FIGURA 26 - APLICAÇÃO NA SEQUÊNCIA NO SENTIDO HORIZONTAL

FONTE: Disponível em: <http://colunistas.ig.com.br/dicasdaarquiteta/2009/12/29/gesso-ou-reboco/>.


Acesso em: 10 dez. 2012.

 8º Retirar os excessos limpando o teto e a parede com régua de


alumínio. Em seguida conferir a espessura do revestimento junto à referência
escolhida.

FIGURA 27 - REMOÇÃO DE EXCESSOS COM RÉGUA DE ALUMÍNIO

FONTE: Disponível em: <http://colunistas.ig.com.br/dicasdaarquiteta/2009/12/29/gesso-ou-reboco/>.


Acesso em: 10 dez. 2012.

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 9º Limpar a superfície com o canto da desempenadeira de aço para
eliminar ondulações e falhas e, depois, aplicar nova camada de pasta para cobrir os
vazios e imperfeições da superfície, assegurando a espessura final do revestimento.

FIGURA 28 - LIMPEZA DA SUPERFÍCIE

FONTE: Disponível em: <http://colunistas.ig.com.br/dicasdaarquiteta/2009/12/29/gesso-ou-reboco/>.


Acesso em: 10 dez. 2012.

 10º Desempenar cuidadosamente os excessos e rebarbas exercendo


certa pressão para obter a superfície final. A aplicação de pintura deve respeitar o
período de cura e ser executada após o lixamento da superfície.

FIGURA 29 - ACABAMENTO DO REVESTIMENTO DE GESSO

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FONTE: Disponível em: <http://colunistas.ig.com.br/dicasdaarquiteta/2009/12/29/gesso-ou-reboco/>.
Acesso em: 10 dez. 2012.

Metodologia de Execução da Aplicação de Gesso Projetado em Tetos e Paredes

FIGURA 30 - PROJEÇÃO DE GESSO

FONTE: Disponível em: <http://construegesso.blogspot.pt/2012/05/trabalhos-realizados-com-


maquina-de.html>. Acesso em: 10 dez. 2012.

Operação Padrão de uma Máquina de Projeção de Gesso

 1º Ligar a bomba de água e verificar se a pressão da água chegou até


4 bar.

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 2º Ligar o compressor e os motores da torre de mistura e do silo
misturador.
 3º Abrir a torneira de ar que controla a partida automática da máquina e
dar início a saída da água pelo bico.
 4º Projetar água sobre a superfície onde será aplicado o material para
hidratá-la, evitando a desidratação nessa interface, prejudicando a aderência.
 5º Fechar o bico de ar e colocar o gesso em pó (argamassa seca) no
silo de mistura.
 6º Ligar as aspas misturadoras verificando o sentido horário.
 7º Abrir a torneira de ar que controla a partida automática, quando a
torre começar a funcionar, abrir lentamente a guilhotina de passagem do gesso para
a torre de mistura.
 8º Controlar a consistência da argamassa que sai do bico de projeção,
mantendo a válvula de ar aberta. Para essa operação deve ser utilizado um balde de
plástico, de modo a reduzir as perdas. A consistência deve ser controlada
aumentando ou diminuindo a vazão de água, pelo acionamento da válvula de
passagem de água acima do medidor de vazão.
 9º Quando atingir a consistência desejada iniciar a projeção sobre as
paredes e tetos. A argamassa que ficar no balde, quando a consistência estava
sendo regulada deve ser utilizada, com auxílio de um desempeno de aço, para o
fechamento de fendas na alvenaria.

Metodologia de Aplicação da Argamassa de Projeção


A execução da argamassa de projeção está dividida nas seguintes etapas:
 Preparação da Superfície;
 Execução das mestras;
 Projeção do material;
 Sarrafeamento;
 Correção do Sarrafeamento;
 Acabamento final.

Preparação da Superfície

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A superfície que será projetada deve ser rugosa ou absorvente, limpa, ou
seja, isenta de manchas de materiais que possam diminuir a adesividade do
material, tais como graxas, óleos, materiais betuminosos, etc.
As partes metálicas existentes devem ser protegidas. Devem-se retirar
pontos de pregos, madeiras e partes soltas da área onde será realizada a projeção.
Antes do início da aplicação as paredes devem estar com as superfícies
corrigidas, encunhadas, todas as instalações hidráulicas e elétricas colocadas, para
que se evite o retrabalho de projeção.

Execução das Mestras


Para uma perfeita execução das mestras é importante que os contramarcos
e portas já estejam prontos.
Antes do início das mestras contínuas, devem-se conferir os pontos de
mestras, definidos pelo Mestre de obras, para que se possa garantir a sua perfeita
execução.
As mestras podem ser executadas com a própria argamassa e devem ser
executadas com uma antecedência mínima de 12 horas antes do início da projeção.

FIGURA 31 - EXECUÇÃO DE MESTRAS

FONTE: Manual Supergesso 2009.

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Essas mestras servirão para demarcar as áreas de projeção, delimitando a
espessura final da argamassa, e como apoio para a régua utilizada no
sarrafeamento. Por isso devem estar bem alinhadas e aprumadas para garantir um
perfeito acabamento da argamassa de gesso.

Projeção do Material
A argamassa deve ser projetada, no sentido horizontal, no espaço definido
pelas mestras verticais. A projeção deve começar sempre de cima para baixo.

FIGURA 32 - PROJEÇÃO DO MATERIAL DE CIMA PARA BAIXO NO SENTIDO


HORIZONTAL

FONTE: Manual Supergesso 2009.

Se a projeção for uma laje de concreto armado, deve ser feita em um único
sentido.

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FIGURA 33 - PROJEÇÃO EM LAJE DE CONCRETO ARMADO EM ÚNICO
SENTIDO

FONTE: Manual Supergesso 2009.

A largura do filete de argamassa pode ser regulada, afastando-se ou


aproximando-se o bico de projeção da superfície, e a espessura depende da
velocidade de projeção.
Quando o operário que projeta a argamassa começar a projetar o terceiro
pano (espaço entre as mestras), o segundo homem já pode iniciar o sarrafeamento
do primeiro pano projetado.
A espessura a ser projetada deve ser de no máximo 2,0 cm. Para maiores
espessuras deve-se projetar em etapas, cuja espessura não ultrapasse a máxima, e
deve-se sempre esperar que uma etapa esteja curada para projetar outra camada.
Sendo que, a espessura ideal para a aplicação da argamassa de projeção é
de 0,8 cm a 1,5 cm.

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Sarrafeamento
O sarrafeamento deve ser realizado com a régua de alumínio, sempre no
sentido vertical e de baixo para cima, evitando que o gesso excedente caia no chão.

FIGURA 34 - SARRAFEAMENTO

FONTE: Manual Supergesso 2009.

Na primeira passagem da régua deve se procurar prensar o gesso sobre a


superfície (posição prensante a cerca de 30º), fazendo pequeno esforço sobre as
mestras de baixo para cima.
Na segunda passagem deve-se começar a retirar os excessos (posição
cortante a cerca de 60º).
No primeiro momento, após a projeção, não se deve tentar aplainar
completamente a superfície, forçando-se a régua na posição cortante sobre as
mestras, pois nesse momento o material apresenta um comportamento elástico, e
poderá retornar ao ponto em que estava antes da prensagem, ou sofrer
deformações difíceis de reparar posteriormente.
Se após o sarrafeamento verificar que ficaram falhas na aplicação, deve-se
refazer imediatamente a projeção.
Os restos da argamassa que sobram do sarrafeamento, não devem ser
utilizados para acabamento e sim para tapar ou corrigir defeitos na superfície a ser
revestida.

Correção do Sarrafeamento

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Quando a superfície não mais se deformar, o que deve ocorrer
aproximadamente com 2 horas depois do sarrafeamento é o momento adequado
para se iniciar o alisamento ou fechamento da superfície.
Para o acabamento pode ser utilizado uma desempenadeira de espuma
rígida, úmida, passada sobre a superfície revestida em movimentos circulares, sem
fazer pressão sobre a argamassa.
O acabamento desta forma fica como a textura de uma argamassa comum
(aspecto sarrafeado), ideal para assentamento cerâmico, e necessitando de um
acabamento final para pintura.

Acabamento Final
O acabamento da superfície a fim de atingir as condições essenciais para
pintura deve ser dado com a própria argamassa aplicada com um desempeno de
aço, e cortado até que a superfície esteja lisa e plana.

FIGURA 35 - ACABAMENTO FINAL COM DESEMPENADEIRA DE AÇO

FONTE: Manual Supergesso 2009.

Se o acabamento dado foi aquele com aspecto sarrafeado, o acabamento


final para pintura pode ser realizado por qualquer uma das formas convencionais
utilizadas para argamassas comuns, ou seja, após o revestimento seco, a superfície
deve ser lixada e selada antes de se iniciarem os procedimentos normais de pintura.

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Serviços Complementares

Execução de Arestas
As arestas dos pilares, vigas, vulgarmente conhecido por capiaços podem
ser feitos com a própria argamassa de projeção.
A execução dos capiaços é feita com o auxílio de uma régua de alumínio
tubular, que é colocada nivelada e no prumo em uma das faces da aresta do
pilar/viga e depois, a abertura existente que fica entre a régua de alumínio e a face
do pilar/viga é preenchida com a argamassa de projeção.

FIGURA 36 - EXECUÇÃO DE ARESTAS

FONTE: Manual Supergesso 2009.

Depois que o revestimento estiver seco, retira-se a régua de alumínio e dá-


se o acabamento final na superfície.

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FIGURA 37 - REMOÇÃO DA RÉGUA DE ALUMÍNIO DAS ARESTAS

FONTE: Manual Supergesso 2009.

Nos requadros, o mais importante é que os encontros das superfícies


niveladas da argamassa formem um ângulo de 90º.

Requadros de Portas e Janelas


O procedimento para requadro das portas e janelas é praticamente o mesmo
da execução dos capiaços, só que a régua de alumínio tubular deve destorcer com o
revestimento existente, que foi aplicado de acordo com as mestras, e contramarcos,
para que só depois seja projetado, até que destorça com a face superior da régua.

Limpeza da Máquina

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Depois de 4 horas de aplicação, é necessário fazer uma parada para
limpeza do equipamento a fim de manter a qualidade do trabalho e o equipamento
em bom estado de funcionamento.

O procedimento de limpeza a realizar deve ser o seguinte:


 1º Com a máquina em funcionamento, fechar completamente a
guilhotina, de passagem do gesso, e continuar projetando até que a consistência da
mistura caia rapidamente, neste momento deve se interromper a projeção.
 2º Desacoplar a mangueira de argamassa e introduzir as esferas
molhadas de esponjas no seu interior. Desconcertar o bico projetor. Conectar a
mangueira na saída de água limpa e abrir a válvula de passagem, permanecendo
nessa operação até que as esferas saiam na extremidade da mangueira, repetindo
essa operação duas vezes.

Condições necessárias para uso do sistema de projeção em obra


Para se obtiver a produtividade e qualidade desejada é necessário que o
local onde o gesso seja projetado apresente as seguintes condições básicas:

• Suprimento de água - O local deve dispor de suprimento constante de


água a uma pressão maior que 3 bar, e que possa ser utilizada mesmo na falta de
energia elétrica.
• Suprimento de energia elétrica e de iluminação deve ser constante e
qualquer interrupção deve ser comunicado com antecedência de no mínimo 15
minutos para permitir que a equipe de projeção possa tomar as medidas necessárias
para uma parada temporária do sistema.
• A iluminação artificial irá permitir o aumento da jornada de trabalho,
entretanto vale lembrar que, as melhores condições de visibilidade e, portanto de um
acabamento perfeito são conseguidas com uma boa iluminação natural.

FIM DO MÓDULO I

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43
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação

CURSO DE
GESSEIRO

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

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46
CURSO DE
GESSEIRO

MÓDULO II

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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47
MÓDULO II

6 O QUE É SISTEMA DRYWALL

O sistema drywall é uma tecnologia que substitui as vedações internas


convencionais (paredes, tetos e revestimentos) de edificações de quaisquer tipos,
consistindo de chapas de gesso acartonado aparafusadas em estruturas de perfis de
aço galvanizado.
Essa tecnologia já é utilizada na Europa e nos Estados Unidos há muitos
anos e no Brasil este sistema vem ganhando espaço nos últimos anos em função da
instalação no país de quatro grandes fabricantes europeus do sistema: Gypsum,
Lafarge, Placo e Knauf.

Histórico
A tecnologia da construção Drywall foi inventada nos Estados Unidos, em
1895 e o seu uso é muito difundido em todo o mundo principalmente na União
Europeia e Japão.
Segundo Cichinelli (2008), o sistema drywall nasceu como uma solução
capaz de resistir aos incêndios que destruíam vilas e cidades dos Estados Unidos no
final do século 19. Feito a partir de chapas de gesso fixadas a estruturas de perfis de
aço galvanizado, o sistema podia suportar duas horas sob a ação intensa do fogo.
Desde então, seu uso expandiu-se e logo no começo do século 20 passou a
ser usado como sistema de revestimento interno de edifícios consagrados como o
Empire State Building, executado em estrutura metálica em 1931.

Década de 1970
No Brasil: A primeira fábrica de chapas de gesso acartonado do País entra
em operação na cidade de Petrolina, em Pernambuco, no ano de 1972. A Gypsum
do Nordeste fornecia ao mercado placas para forros e divisórias internas.

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48
Ainda que, durante a década de 1970, centenas de unidades de conjuntos
habitacionais em São Paulo terem sido construídas com vedação interna em drywall,
o sistema não se populariza (SABATTINI et al, 2006).

Década de 1980
Só forros: Drywall não se firma como um sistema construtivo atraente para
vedação interna. Até a década de 1990, apenas uma em cada cinco chapas
produzidas eram utilizadas em divisórias de ambientes comerciais - cerca de 80%
delas eram usadas como forros (SABATTINI et al, 2006).

Década de 1990
Surge um mercado: A construção racionalizada se consolida no País,
gerando demanda por novos sistemas construtivos industrializados. Vislumbrando
um novo mercado promissor, três empresas começam a fornecer o produto no
Brasil: a francesa Lafarge, a alemã Knauf e a britânica BPB-Placo. As empresas
iniciaram seus negócios no setor, importando chapas de suas fábricas no exterior,
mas logo instalaram seus próprios parques industriais no País. A Lafarge adquiriu,
em 1995, as fábricas de Petrolina e Araripina da Gypsum do Nordeste (SABATTINI
et al, 2006).

Década de 2000
Associação é criada: Para divulgar a cultura da construção seca, as
fabricantes do sistema fundam a Associação Drywall (Associação Brasileira dos
Fabricantes de Chapas para Drywall) em junho de 2000 (SABATTINI et al, 2006).
Novas tecnologias: São lançadas no País as chapas Resistentes à Umidade
(RU) - de coloração verde, para uso em áreas úmidas e molháveis internas - e as
chapas Resistentes ao Fogo (RF) - de coloração rosa, contêm retardantes de chama
em sua composição, fazendo-as adequadas para aplicação em saídas de
emergência, áreas enclausuradas etc.
Primeira normatização: Em 2001, são publicadas as primeiras normas
técnicas para chapas de gesso acartonado: a NBR 14.715 (Requisitos), a NBR
14.716 (Verificação das Características Geométricas) e a NBR 14.717
(Determinação das Características Físicas).

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49
Curiosidade:
O uso do gesso tornou-se obrigatório nas construções da França, pelo Rei
Luis XIV (conhecido como rei Sol) em 1667, por causa do incêndio que destruiu
Londres no ano anterior. A partir do decreto promulgado pelo rei francês, as
estruturas das casas, que na época eram normalmente feitas em madeira, passaram
a ser revestidas com gesso, para protegê-las do fogo (CICHINELLI, 2008).
No Brasil, é grande o desenvolvimento desta tecnologia nos últimos anos,
mas o consumo ainda é inferior comparada com alguns países, sendo de cerca de
1,0 m2 por habitante/ano. No Japão, França e Reino Unido o consumo médio é de
4,0 a 5,0 m2 por habitante/ano.

6.1 DESCRIÇÃO

O sistema Drywall (parede seca) é constituído por uma mistura de gesso,


água e aditivos revestidos dos dois lados por papel cartão do tipo kraft (é um tipo de
papelão fino) fabricadas industrialmente mediante um processo de laminação
(SABATTINI et al, 2005).
A figura abaixo mostra o processo completo de fabricação das placas de
gesso acartonado:

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50
FIGURA 38 - PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE PLACAS DE GESSO
ACARTONADO

FONTE: Disponível em: <http://construfacilrj.com/as-placas-pre-fabricadas-de-gesso/>.


Acesso em: 10 dez. 2012.

Processo de Fabricação

A gipsita é um minério extraído da natureza, que passa por um processo de


moagem até se transformar em um pó fino, como um talco.

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51
FIGURA 39 - GYPSITA

FONTE: GEROLLA, 2009.

 O pó é submetido a altas temperaturas para que vire gesso -


procedimento denominado calcinação. O gesso é à base de todo o processo de
produção das placas de drywall.
 A primeira etapa da linha de produção é o estiramento da bobina de
papel cartão. Este é o material que envolve a placa de drywall.

FIGURA 40 - ESTIRAMENTO DA BOBINA DE PAPEL CARTÃO

FONTE: GEROLLA, 2009.

AN02FREV001/REV 4.0

52
 No misturador, o gesso calcinado, ainda em pó, recebe aditivos e água,
gerando uma pasta. A mistura é então lançada sobre o papel cartão, estirado na
esteira.

FIGURA 41 - MISTURADOR DE GESSO CALCINADO COM ADITIVO E ÁGUA

FONTE: GEROLLA, 2009.

 A extrusora define a espessura da placa de gesso, que ainda está em


estado de pasta.

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53
FIGURA 42 - MÁQUINA EXTRUSORA

FONTE: GEROLLA, 2009.

 Ainda na extrusora, uma segunda folha de cartão é adicionada,


formando a placa de duas faces de papel.

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54
FIGURA 43 - APLICAÇÃO DA SEGUNDA FOLHA DE PAPEL CARTÃO

FONTE: GEROLLA, 2009.

 Sobre a correia de formação, o gesso reage com a água, provocando o


endurecimento da placa antes que seja cortada.

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55
FIGURA 44 - PROCESSO DE ENDURECIMENTO ANTES DO CORTE

FONTE: GEROLLA, 2009.

 Na guilhotina, com o gesso já endurecido as placas são cortadas


conforme padrões de normas técnicas e a necessidade do mercado.

FIGURA 45 - GUILHOTINA DE CORTE DAS PLACAS APÓS ENDURECIMENTO

FONTE: GEROLLA, 2009.

AN02FREV001/REV 4.0

56
 Em etapa de transferência antes da secagem, grupos de placas que
seguirão para o secador são preparados.

FIGURA 46 - SEPARAÇÃO DAS PLACAS

FONTE: GEROLLA, 2009.

 O secador retira toda a água livre das placas de drywall, que ainda
estão úmidas, secando-as por completo.

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57
FIGURA 47 - SECADOR PARA REMOÇÃO DA ÁGUA LIVRE DAS PLACAS

FONTE: GEROLLA, 2009.

 Na transferência seca, formam-se os estoques. A máquina faz


acabamentos finais de corte e agrupa placas em pares, de forma a deixar suas faces
protegidas para estoque e para manuseio durante o transporte.

FIGURA 48 - AGRUPAMENTO DAS PLACAS PARA ESTOCAGEM

FONTE: GEROLLA, 2009.

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58
 Os paletes são o fim do processo de fabricação. Depois, eles serão
embalados e encaminhados aos centros de distribuição. Ao serem empilhadas, as
placas são posicionadas com precisão, formando pilhas paletizadas.

FIGURA 49 - PILHA DE PLACAS PARA EMBALAGEM

FONTE: GEROLLA, 2009.

6.2 VANTAGENS

O sistema drywall é uma solução técnica, tendo a seu favor diversos


benefícios. As principais vantagens da utilização dos sistemas drywall na obra:

 A execução é rápida e limpa.


 Pouco ou nenhum desperdício.

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59
 Por serem muito leves, as paredes podem ser instaladas em qualquer
posição, sem que isso represente qualquer esforço adicional sobre a
estrutura.
 Como todos os componentes do Drywall são industrializados, sua
montagem é realizada com precisão dimensional e geométrica.
 As paredes são adaptáveis a qualquer tipo de estrutura: madeira,
concreto ou aço e podem atender a qualquer pé-direito.
 Como são mais delgadas que as paredes de alvenaria, as paredes
Drywall proporcionam ganho de espaço nos ambientes que são instaladas.
 Conforto termoacústico, por meio de uso de lã mineral como uma
barreira que amortece e limita a transmissão de ondas sonoras. Proporciona
conforto térmico, que evita o desperdício de calor, e ao mesmo tempo mantém o
isolamento acústico.
 Com planos lisos e sem juntas aparentes, as paredes em drywall
podem ser retas ou curvas e ainda receber qualquer tipo de acabamento: pintura,
papel de parede, azulejo, mármore ou fórmica.
 Reparos são simples, o conserto de um vazamento, por exemplo, é
feito em muito pouco tempo. Com um serrote de ponta recorta-se uma “janela” na
parede, faz-se o conserto e em seguida, com o mesmo pedaço de chapa recortado,
fecha-se a abertura, aparafusando-a em dois pedaços de perfis de aço. Depois é
realizado o acabamento e a pintura recuperando a superfície homogênea original.
 O sistema de paredes em drywall é prático na montagem e passagem
das instalações hidráulicas e elétricas.

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60
FIGURA 50 - EXEMPLO DE EXECUÇÃO DE DRYWALL EM FORRO E PAREDES

FONTE: Disponível em: <http://construindo.org/wp-content/uploads/2012/10/gesso-acartonado.jpg>.


Acesso em: 10 dez. 2012.

FIGURA 51 - EXEMPLO DE EXECUÇÃO DE DRYWALL EM FORRO E PAREDES

FONTE: Disponível em: <http://www.casam.com.br/htm/drywall/limpar-drywall.html>. Acesso em: 10


dez. 2012.

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61
6.3 DIFERENCIAIS

O sistema Drywall, possui uma série de diferenciais sobre os sistemas


tradicionais de construção como a alvenaria de blocos cerâmicos ou de concreto.
Na figura abaixo está esquematizado os principais diferenciais entre o sistema
tradicional e o Drywall, para o construtor deste sistema:

FIGURA 52 - PRINCIPAIS DIFERENCIAIS DO SISTEMA DRYWALL COM


ALVENARIA TRADICIONAL

FONTE: Manual Drywall - Placo do Brasil, 2012.

AN02FREV001/REV 4.0

62
Os principais diferenciais do sistema para o consumidor final são:
 Possibilidade de reforma em poucas horas sem movimentação de
grandes volumes de materiais e mão-de-obra;
 Flexibilidade na definição do layout;
 Facilidade de manutenção nas instalações hidráulicas, elétricas e
repintura;
 Melhor desempenho acústico quando comparado com os sistemas
tradicionais;
 Soluções para fixação de qualquer tipo de objeto nas paredes e forros.

Instalações elétricas e hidráulicas


As instalações elétricas e hidráulicas no sistema Drywall são realizadas
conjuntamente com a aplicação do sistema, sem a necessidade de rasgos ou
aberturas nas paredes executadas como no sistema tradicional. Os pontos elétricos
e hidráulicos são fixados durante a fase de execução das chapas de gesso
acartonado, possibilitando rapidez ao processo.

FIGURA 53 - INSTALAÇÃO HIDRÁULICA EM DRYWALL

FONTE: Disponível em: <http://www.cbca-acobrasil.org.br/noticias-ultimas-ler.php?cod=5368>.


Acesso em: 10 dez. 2012.

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63
FIGURA 54

Ponto de instalação elétrica em drywall


FONTE: Disponível em:
<http://revistacasaeconstrucao.uol.com.br/escc/Edicoes/33/imprime92058.asp>.
Acesso em: 10 dez. 2012.

FIGURA 55

Perfil para instalação de vaso sanitário,


FONTE: Manual Knauf, 2012.

AN02FREV001/REV 4.0

64
FIGURA 56

Aplicação do revestimento cerâmico.


FONTE: Manual Knauf, 2012.

FIGURA 57

Instalação do vaso sanitário.


FONTE: Manual Knauf, 2012.

AN02FREV001/REV 4.0

65
Isolamento térmico e acústico

O sistema Drywall possui como diferencial em relação à alvenaria tradicional


a fácil aplicação e praticidade de elementos de isolamento térmico e acústico como
a lã mineral.

FIGURA 58

Isolamento térmico e acústico com aplicação de lã mineral


FONTE: Disponível em:
<http://www.brasgips.com.br/#display=produtos&container=content&module=hm_simple_product&vie
w=show_all&id_product=27>. Acesso em: 10 dez. 2012.

6.4 APLICAÇÕES E PROPRIEDADES

As principais aplicações dos sistemas Drywall são:

 Paredes;
 Forros.

AN02FREV001/REV 4.0

66
FIGURA 59

Parede e forro em Drywall


FONTE: Disponível em:
<http://www.pintsoft.net/index.php?option=com_content&view=article&id=60&Itemid=95>.
Acesso em: 10 dez. 2012.

FIGURA 60

Forro Drywall
FONTE: Disponível em: <http://feitoagora.com/drywall-gesso-acartonado/>. Acesso em: 10 dez. 2012.

AN02FREV001/REV 4.0

67
FIGURA 61

Aplicação tradicional

Sistema tradicional.
FONTE: Manual Drywall - Placo do Brasil, 2012.

AN02FREV001/REV 4.0

68
FIGURA 62

Aplicação de Revestimento Colado

Aplicação de massa cola na placa de gesso


FONTE: Manual Drywall - Placo do Brasil, 2012.

FIGURA 63

Colagem da placa diretamente na alvenaria


FONTE: Manual Drywall - Placo do Brasil, 2012.

AN02FREV001/REV 4.0

69
FIGURA 64

Aplicação de placa drywall colada.


FONTE: Manual Knauf, 2012.

Propriedades

As placas de gesso acartonado utilizadas na Construção Civil são fabricadas


em três tipos:
 Placa Padrão - Standard (ST);
De cor branca ou marfim de uso geral em áreas secas.

 Placa Resistente à Umidade (RU)


De cor verde, utilizada em áreas úmidas de uma edificação. A diferença desta
placa para a standard é a adição de silicone ao gesso empregado, tornando-o
mais resistente à água e a adição do papel cartão hidrófugo repelente à água.

 Placa Resistente ao Fogo (RF)


Possui produtos químicos e fibras de vidro misturadas ao gesso, tornando-a
mais resistente à ação do fogo. É usada em construções comerciais ou
industriais em que há maiores exigências de proteção contra incêndios.

AN02FREV001/REV 4.0

70
FIGURA 65

Tipos de placas de gesso acartonado


FONTE: Disponível em: <http://cicloeng.blogspot.pt/p/drywall.html>. Acesso em: 10 dez. 2012.

Propriedades Gerais:

 Resistência à Tração
A resistência à tração da placa de gesso acartonado é proporcionada pelo
papel cartão nas duas faces.

 Resistência à Compressão
A resistência à compressão da placa de gesso acartonado é proporcionada
pelo gesso.

 Aditivos Químicos:
- Aumentam a porosidade;
- Aumentam a resistência mecânica;
- Aderem o cartão ao gesso.

AN02FREV001/REV 4.0

71
Estocagem e manuseio

Estocagem
Todos os materiais devem ser estocados em lugares secos e abrigados.

FIGURA 66

Estocagem de palete de placas de gesso em obra


FONTE: Manual Drywall - Placo do Brasil, 2012.

Placas de gesso cartonado


 Verificação da integridade das placas, quando for possível, antes de
iniciar a descarga do caminhão;
 Estocagem das pilhas em solo plano e de preferência próximo aos
locais de aplicação;
 Colocação das placas sobre apoios com largura mínima de 75,0 mm
espaçados a cada 400,0 mm (máximo);
 O comprimento dos apoios deve ser igual à largura das placas;
 Manter o alinhamento das placas evitando sobras ou pontas salientes
na pilha que facilitarão a quebra;
 Evitar o uso da pilha como apoio ou plataforma para qualquer
atividade;

AN02FREV001/REV 4.0

72
 Pilhas de placas que estejam estocadas em locais sujeitos a chuvas ou
goteiras devem ser cobertas por plástico, preferencialmente transparente que, além
de proteger contra umidade, permite que qualquer pessoa rapidamente, identifique
tratar-se de placas de gesso, tomando os devidos cuidados.

Transporte
As placas são transportadas na vertical uma a uma ou cintadas duas a duas.
De preferência, devem ser colocadas próximo aos locais de aplicação.

FIGURA 67

Exemplo de transporte de placas com cinta


FONTE: Manual Drywall - Placo do Brasil, 2012.

AN02FREV001/REV 4.0

73
FIGURA 68 - CARREGAMENTO DE PLACAS

FONTE: Manual Knauf, 2012.

Corte de placas:
 Corte com estilete e régua

FIGURA 69 - CORTE DO CARTÃO COM UM ESTILETE E AJUDA DE RÉGUA

FONTE: Manual Drywall - Placo do Brasil, 2012.

AN02FREV001/REV 4.0

74
FIGURA 70 - GOLPE SECO SOBRE A PLACA

FONTE: Manual Drywall - Placo do Brasil, 2012.

FIGURA 71 - VIRAR A PLACA E CORTAR O OUTRO CARTÃO

FONTE: Manual Drywall - Placo do Brasil, 2012.

 Corte com serrote

AN02FREV001/REV 4.0

75
FIGURA 72 - MARCAÇÃO DA LINHA E CORTE COM SERROTE

FONTE: Manual Drywall - Placo do Brasil, 2012.

 Cortes circulares
Para esse tipo de corte com pequeno diâmetro utilizar brocas serra-copo,
acopladas em furadeira.

FIGURA 73 - BROCA SERRA-COPO

FONTE: Manual Drywall - Placo do Brasil, 2012.

Manutenção
As paredes, tetos e revestimentos em drywall oferecem grande facilidade
para a execução de reparos e serviços de manutenção de instalações embutidas em
seu interior.

AN02FREV001/REV 4.0

76
Procedimento de Reparo em Drywall:

 Identificação de a área deteriorada Demarcar com o auxílio de uma


régua e lápis de carpinteiro a área onde será efetuado o reparo.
Preferencialmente, para facilitar os serviços, devem ser demarcadas áreas
quadradas ou retangulares.

FIGURA 74

Identificação da área deteriorada, FONTE: Manual Knauf, 2012.

 Corte da chapa
Com o auxílio de um serrote de ponta, recortar a área demarcada
anteriormente.

FIGURA 75

Corte da chapa, FONTE: Manual Knauf, 2012.

AN02FREV001/REV 4.0

77
 Manutenção das instalações
Após a abertura na parede, efetuar os reparos necessários.

FIGURA 76

Identificação do problema.
FONTE: Manual Knauf, 2012.

FIGURA 77

Reparo efetuado.
FONTE: Manual Knauf, 2012.

 Perfil de reforço
Introduzir na abertura um pedaço de perfil.

AN02FREV001/REV 4.0

78
FIGURA 78

Perfil de reforço.
FONTE: Manual Knauf, 2012.

 Fixação do perfil de reforço


Aparafusar o perfil de reforço na chapa, deixando parte do perfil como base
para colocação da nova chapa. Esse procedimento deve ser feito em duas laterais
do recorte.

FIGURA 79

Fixação do perfil de reforço.


FONTE: Manual Knauf, 2012.

 Fixação do novo pedaço de chapa


Inserir um novo pedaço de chapa do tamanho da abertura efetuada.

AN02FREV001/REV 4.0

79
FIGURA 80

Fixação do novo pedaço de chapa.


FONTE: Manual Knauf, 2012.

 Fechamento da abertura
Aparafusar o novo pedaço de chapa nos pedaços de perfis laterais.

FIGURA 81

Fechamento da abertura.
FONTE: Manual Knauf, 2012.

Utilização de pelo menos 2 parafusos em cada lateral.

 Preparo do acabamento
Bizelar com o auxílio de um estilete o local do corte.

AN02FREV001/REV 4.0

80
FIGURA 82

Preparo do acabamento.
FONTE: Manual Knauf, 2012.

 Preparação para o acabamento


Umedecer com um pincel o local do corte.

FIGURA 83

Preparação para acabamento.


FONTE: Manual Knauf, 2012.

 Acabamento final
Recobrir a região do corte com massa, evitando a ocorrência de ondulações
e rebarbas. Lixar a superfície e pintar a parede.

AN02FREV001/REV 4.0

81
FIGURA 84

Acabamento final.
FONTE: Manual Knauf, 2012.

FIM DO MÓDULO II

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82
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação

CURSO DE
GESSEIRO

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

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83
CURSO DE
GESSEIRO

MÓDULO III

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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84
MÓDULO III

7 SISTEMA DE APLICAÇÃO DE DRYWALL

7.1 FERRAMENTAS

As ferramentas utilizadas para montagem de drywall dividem-se em seis


categorias: medição e marcação; corte e furação; desbaste; fixação; acabamento e
equipamentos auxiliares.

Corte e Furação
Furadeira
Ferramenta utilizada na furação de chapas e perfis, inclusive na utilização de
serra-copo.

FIGURA 85

Furadeira
FONTE: Disponível em: <http://www.dicascaseiras.com/2011/07/14/algumas-ferramentas-e-suas-
utilidades/>. Acesso em: 10 dez. 2012.

AN02FREV001/REV 4.0

85
Estilete ou faca retrátil
Efetua cortes retos e elimina rebarbas em recortes nas chapas.

FIGURA 86

Estilete
FONTE: Disponível em: <http://mattei.com.br/?pagina=produtos&subcategoria=Estilete>. Acesso em:
10 dez. 2012.

Serrote de ponta
Realiza pequenos recortes nas chapas de gesso.

FIGURA 87

Serrote de ponta
FONTE: Disponível em: <http://www.casaferramentas.com.br/serrote-ponta-bellota-linha-construcao-
civil.html>. Acesso em: 10 dez. 2012.

Serrote comum
Usado para fazer cortes retos das chapas e nos reforços de madeira.

AN02FREV001/REV 4.0

86
FIGURA 88

Serrote Comum
FONTE: Disponível em: <http://www.ccsaepi.com.br/serras-serrotes.html>. Acesso em: 10 dez. 2012.

Serra-copo
Ferramenta fundamental para execução de aberturas para caixas de
eletricidade e furação para terminais de instalações hidráulicas. Disponíveis no
mercado em vários diâmetros, de acordo com sua finalidade.

FIGURA 89

Broca serra copo


FONTE: Disponível em: <https://tombrazil.com.br/item/suporte-%22opa!%22-para-serra-copo-
starrett.html>. Acesso em: 10 dez. 2012.

AN02FREV001/REV 4.0

87
Tesoura corta-perfil
Usada para cortar perfis de drywall.

FIGURA 90

Tesoura corta-perfil
FONTE: Disponível em: <http://www.dutramaquinas.com.br/conteudo.php?slug=dicas-tesoura-corta-
perfil>. Acesso em: 10 dez. 2012.

Tesoura corta-arame
Usada na execução de forros, auxilia na tarefa de corte dos tirantes durante a
tarefa de fixação desses elementos à laje.

FIGURA 91

Tesoura corta-arame
FONTE: Disponível em: <http://www.dscind.com/produtos/detalhes/ferramentas/tesoura-corta-
vergalhao>. Acesso em: 10 dez. 2012.

AN02FREV001/REV 4.0

88
Medição e Marcação

Trena
Ferramenta fundamental em diversas etapas da montagem de paredes e
forros, servindo para indicar medidas como distâncias entre as paredes, verificar o
comprimento das chapas e perfis, marcar o local onde será fixada a guia metálica
horizontal e o local onde serão fixados os montantes, entre outras utilidades.

FIGURA 92

Trena
FONTE: Disponível em: <http://www.dicascaseiras.com/2011/07/14/algumas-ferramentas-e-suas-
utilidades/>. Acesso em: 10 dez. 2012.

Cordão ou fio traçante


O fio de algodão é usado para demarcação da posição de guias, cantoneiras
e tabicas. O pó colorido é vendido em bisnagas, separadamente.

FIGURA 93

Cordão
FONTE: Disponível em: <http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/42/artigo241634-
1.asp>. Acesso em: 10 dez. 2012.

AN02FREV001/REV 4.0

89
Nível laser
Marca com precisão nível, prumo e alinhamento. Sua operação é simples e
muito rápida, substituindo com vantagem ferramentas tradicionais como nível de
mangueira e prumo com cordão e peso.

FIGURA 94

Nível laser completo e acessórios


FONTE: Disponível em: <http://www.teodol.com.br/nivel-laser-rotatorio-kdt079-dewalt.html>. Acesso
em: 10 dez. 2012.

Nível de bolha
Usado para nivelamento de peças menores, como reforços internos e
suportes de instalações hidráulicas. Níveis metálicos com base imantada facilitam
essa tarefa. Disponíveis em tamanhos que variam de 30 cm a 200 cm.

FIGURA 95

Nível bolha
FONTE: Disponível em: <http://www.brasutil.com/produto/Nivel-de-Bolha-Modelo-70-50cm---
Stabila/3095 >. Acesso em: 10 dez. 2012

AN02FREV001/REV 4.0

90
Esquadro
Usado para verificar esquadro e demarcar ângulos de 90°.

FIGURA 96

Esquadro
FONTE: Disponível em: <http://www.lojadomecanico.com.br/produto/67526/31/270/esquadro-com-
cabo-de-aluminio-de-12-pol>. Acesso em: 10 dez. 2012.

Desbaste

Plaina desbastadora
Com esse equipamento, é possível eliminar irregularidades em bordas de
chapas cortadas, permitindo um acabamento melhor desses elementos.

AN02FREV001/REV 4.0

91
FIGURA 97

Plaina desbastadora
FONTE: Disponível em: <http://carpintaria.etc.br/plainas>. Acesso em: 10 dez. 2012.

Fixação
Pistola finca-pino
Ferramenta usada para a fixação de guias, montantes, cantoneiras, tabicas e
pendurais em lajes de concreto (no caso de forros) e para a fixação do perfil
metálico no chão e do elemento multifunção nas paredes (no caso de paredes).

FIGURA 98

Pistola finca-pino
FONTE: Disponível em: <http://www.lojadogesso.com.br/produtos/ferramentas-eletricas/pistola-finca-
pino>. Acesso em: 10 dez. 2012.

Alicate puncionador
Usado na fixação e travamento dos perfis metálicos. Há dois modelos
principais: acionamento com duas mãos e acionamento com uma mão.

AN02FREV001/REV 4.0

92
FIGURA 99

Alicate puncionador
Acionamento com duas mãos e acionamento com uma mão
FONTE: Disponível em: <http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/42/artigo241634-
1.asp>. Acesso em: 10 dez. 2012.

Parafusadeira
Equipamento indispensável realiza com precisão o parafusamento das
chapas nos perfis e dos perfis entre si. Opera com velocidades de 0 a 5 mil rotações
por minuto e possui regulagem de profundidade e reversor.

FIGURA 100

Parafusadeira
FONTE: Disponível em: <http://www.casadoconstrutor.com.br/equipamento/parafusadeira-eletrica>.
Acesso em: 10 dez. 2012.

AN02FREV001/REV 4.0

93
Acabamento
Espátulas metálicas
Usadas na etapa de tratamento de juntas e de recobrimento das cabeças dos
parafusos. Disponíveis em várias larguras, também podem ser encontradas com "bit"
(ponta Phillips) para reaperto e ajuste dos parafusos.

FIGURA 101

Espátula metálica
FONTE: Disponível em: <http://www.dutramaquinas.com.br/produtos/espatula-de-aco-lisa-1-1-2-
construtor-35-53-112-000>. Acesso em: 10 dez. 2012.

Desempenadeira metálica
Indicada para tratamento de juntas mais largas, como as de topo, essa
ferramenta, por possuir base mais larga, também auxilia no transporte de massa até
o local onde será aplicada.

AN02FREV001/REV 4.0

94
FIGURA 102

Desempenadeira metálica
FONTE: Disponível em:
<http://www.ferragemcasteloforte.com.br/index.php?view=detail&id=321&option=com_joomgallery&Ite
mid=56#joomimg>. Acesso em: 10 dez. 2012.

Espátulas metálicas para canto de 90°


Tanto os modelos para canto interno quanto para canto externo permitem a
execução da junta de canto de uma só vez.

FIGURA 103

Espátula metálica para canto de 90º


FONTE: Disponível em:
<http://www.tijoblocos.com.br/lojavirtual/produtos_descricao.asp?lang=pt_BR&codigo_produto=1119>
Acesso em: 10 dez. 2012.

Equipamentos Auxiliares

AN02FREV001/REV 4.0

95
Martelo
Ferramenta usada em várias etapas da instalação de paredes e de forros,
como na fixação das guias e colocações e encaixes de buchas, por exemplo.

FIGURA 104

Martelo
FONTE: Disponível em: <http://jmferramentas.com/produto/Martelo-de-Pedreiro-para-Cortes-
500g.html>. Acesso em: 10 dez. 2012.

Alicate comum
Facilita o manuseio do arame durante a fixação do forro na laje e ajuda a
desamassar perfis e a retirar parafusos.

FIGURA 105

Alicate comum
FONTE: Disponível em: <http://aconstruarte.com.br/product_info.php?products_id=19> Acesso em:
10 dez. 2012.

AN02FREV001/REV 4.0

96
Localizador de perfis
Por meio de ímã, localiza os perfis estruturais em paredes, forros e
revestimentos prontos em casos de necessidade de fixação de cargas e execução
de aberturas para reparos de instalações internas e colocação de reforços.

FIGURA 106

Localizador de perfis
FONTE: Disponível em: <http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/42/artigo241634-
1.asp>. Acesso em: 10 dez. 2012.

Levantador de chapas
Posiciona corretamente e prende com facilidade as chapas a serem
parafusadas em estruturas de paredes e revestimentos.

AN02FREV001/REV 4.0

97
FIGURA 107

Levantador de chapa de drywall


FONTE: Disponível em: <http://portuguese.alibaba.com/product-gs/drywall-panel-lifter-
308247613.html> Acesso em: 10 dez. 2012.

Cinto porta-ferramentas
Mantém o acesso fácil às ferramentas e parafusos sem comprometer a
movimentação do montador.

AN02FREV001/REV 4.0

98
FIGURA 108

Cinto porta-ferramentas
FONTE: Disponível em: <http://www.elastobor.com.br/Cinto-Porta-Ferramentas-detalhes-16798-
15368.html>. Acesso em: 10 dez. 2012.

7.2 MATERIAIS

Perfis metálicos
Definição
São perfis fabricados industrialmente mediante um processo de conformação
contínua a frio, por sequência de rolos a partir de chapas de aço revestidas com
zinco pelo processo contínuo de zincagem por imersão a quente e devem seguir as
seguintes especificações:
o Espessura mínima: 0,5 mm.
o Designação do revestimento zincado: Z 275,0 g/m2,
o Os perfis de aço para sistemas em Drywall obedecem à norma ABNT –
NBR15217:2009.

AN02FREV001/REV 4.0

99
FIGURA 109

Perfis metálicos para Drywall FONTE: Manual Knauf, 2012.

FIGURA 110

Linha básica de perfis. FONTE: Manual Knauf, 2012.

FIGURA 111

Linha básica de acessórios para perfis metálicos. FONTE: Manual Knauf, 2012.

AN02FREV001/REV 4.0

100
FIGURA 112

Suportes niveladores e tirantes metálicos. FONTE: Manual Knauf, 2012.

Parafusos

A cabeça do parafuso define o tipo de material a ser fixado.

FIGURA 113

Tipos de cabeça de parafusos Drywall. FONTE: Manual Knauf, 2012.

AN02FREV001/REV 4.0

101
A ponta do parafuso define a espessura da chapa metálica a ser perfurada.

FIGURA 114

Tipo de ponta de parafusos mais comuns: agulha e broca. FONTE: Manual Knauf, 2012.

Especificação dos parafusos:


• Resistência à corrosão: os parafusos a serem utilizados para fixação
dos componentes dos sistemas drywall devem possuir resistência à corrosão
vermelha mínima de 48 horas na câmara salt-spray em teste de laboratório.
• O comprimento dos parafusos que fixam as chapas de gesso nos perfis
metálicos (chapa de gesso/metal) é definido pela quantidade e espessura de chapas
de gesso a serem fixadas: o parafuso deve fixar todas as camadas e ultrapassar o
perfil metálico em pelo menos 10,0 mm.
• O comprimento dos parafusos que fixam os perfis metálicos entre si
(metal/metal) deve ultrapassar o último elemento metálico, no mínimo em três
passos de rosca.

Massas para juntas e massa para colagem

As massas são especialmente desenvolvidas pelas empresas do setor para


utilização nos sistemas de drywall e asseguram um acabamento perfeito e sem
trincas.
Em nenhuma hipótese deve-se utilizar gesso em pó ou massa corrida (PVA)
ou massa acrílica para a execução das juntas.

AN02FREV001/REV 4.0

102
Fita para Junta
À base de papel especial microperfurado para tratamento de juntas em
paredes, tetos e revestimentos.

FIGURA 115

Fita para junta de Drywall


FONTE: Disponível em: <http://www.lafargegypsum.com.br/web/pt/produtos/fita-jt.htm> Acesso em:
10 dez. 2012.

Fita para isolamento


À base de resina autoadesiva para utilização em isolamento entre os perfis
perimetrais e a estrutura.

AN02FREV001/REV 4.0

103
FIGURA 116

Fita para isolamento de Drywall


FONTE: Disponível em: <http://knauf.com.br/blog/navbar/fita-de-isolamento-ou-banda-acustica-e-a-
solucao-para-aquele-som-indesejado-que-invade-o-ambiente/>. Acesso em: 10 dez. 2012.

Fita para cantos


À base de papel com duas tiras de reforço em alumínio para proteger cantos
vivos de paredes e colunas contra impactos leves.

FIGURA 117

Fita para cantos de Drywall


FONTE: Disponível em: <http://www.lafargegypsum.com.br/web/pt/produtos/fita-ct.htm> Acesso em:
10 dez. 2012.

AN02FREV001/REV 4.0

104
Lã Mineral
Pode ser lã de vidro ou lã de rocha, deve ser colocada entre as chapas de
gesso ou acima do forro e serve para aumentar o isolamento termoacústico.

FIGURA 118

Lã de vidro para Drywall


FONTE: Disponível em: <http://www.decolux.com.br/#/flog/album/produtos-servi-os-isover-santa-
marina-fibra-de-vidro-wallfelt-fibra-de-vidro-ensacado-rollisol/image-fibra-de-vidro-
wallfelt$id=153055&c=1355689616250>. Acesso em: 10 dez. 2012.

FIGURA 119

Lã de rocha para Drywall


FONTE: Disponível em: <http://www.cemear.com.br/produto/la-de-rocha-para-drywall/>. Acesso em:
10 dez. 2012.

AN02FREV001/REV 4.0

105
7.3 INSTALAÇÃO DE PAREDES

Descrição da instalação passo a passo do revestimento de paredes de


Drywall:
 Locação do revestimento de paredes de Drywall
Utilização de trena, prumo ou laser para a correta localização das guias e os
pontos de referência dos vãos de portas, que devem ser devidamente predefinidos
no projeto.

FIGURA 120

Locação da parede.
FONTE: Manual Knauf, 2012.

 Fixação das guias no piso


A fixação deve ser no máximo a cada 1.000 mm, sendo que nas aberturas
de vãos de portas deve ser feita uma em cada extremidade.
Executar as emendas das guias sempre de topo, nunca sobrepô-las.
Preferencialmente o piso deve estar nivelado e acabado.

AN02FREV001/REV 4.0

106
FIGURA 121

Fixação das guias no piso. FONTE: Manual Knauf, 2012.

 Fixação das guias na laje superior


Observar o correto alinhamento da guia superior (laje) com a guia inferior
(piso).

FIGURA 122

Fixação das guias na laje superior. FONTE: Manual Knauf, 2012.

 Colocação dos montantes nas guias

AN02FREV001/REV 4.0

107
O comprimento do montante deverá ter aproximadamente a altura do pé
direito com 100,0 mm a menos. O espaçamento entre os eixos dos montantes
deverá ser de 400,0 a 600,0 mm. Caso haja necessidade de emendar os montantes,
sobrepô-los pelo menos 300,0 mm ou utilizar um pedaço de guia de no mínimo
600,0 mm. Nunca coincidir as emendas em uma mesma linha; elas devem ser
sempre defasadas. Caso seja necessária a utilização de montantes duplos, esses
podem ser em forma de caixão (formando um tubo) ou em H (um contra o outro).

FIGURA 123

Colocação dos montantes nas guias. FONTE: Manual Knauf, 2012.

 Reforço intermediário
Com o auxílio de um elemento multifunção ou um pedaço de guia ou uma
cantoneira “L”, fixar uma das extremidades na parede original, com finca-pino, bucha
ou rebite, e a outra extremidade no montante com parafuso metal/metal. Esse
reforço intermediário deve ser feito a cada 1.300,0 mm.

AN02FREV001/REV 4.0

108
FIGURA 124

Reforço intermédio. Fonte: Manual Knauf, 2012.

 Fixação da chapa na estrutura


As chapas devem ser instaladas verticalmente, com altura do pé direito
menos folga de 10,0 mm, que deverá ser deixada no piso. As chapas serão fixadas
na estrutura, por meio de parafusos especialmente desenvolvidos para esse fim. Os
parafusos devem estar distanciados 250,0 mm entre si e a 10,0 mm da borda. A
cabeça do parafuso deve ficar nivelada com a face do cartão.

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FIGURA 125

Fixação da chapa na estrutura.


FONTE: Manual Knauf, 2012.

 Colocação da fita
Colocar a fita de papel microperfurada sobre o eixo da junta. Com o auxílio
de uma espátula, pressionar firmemente a fita sobre a primeira camada de massa.
Cortar a fita na altura do pé direito.

FIGURA 126

Colocação da fita
FONTE: Manual Knauf, 2012.

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110
 Finalização do tratamento de juntas
Aplicar as demais camadas de massa com o auxílio de uma
desempenadeira, deixando um acabamento uniforme. Aguardar a secagem
completa da massa, para evitar imperfeições nas juntas, tais como bolhas de ar,
vazios e enrugamentos.

FIGURA 127

Finalização do tratamento de junta.


FONTE: Manual Knauf, 2012.

7.4 INSTALAÇÃO DE PAREDES DUPLAS

As paredes com camada dupla de chapas de drywall são compostas pela


estrutura metálica (guias e montantes) de perfis de aço galvanizado de 48 mm, 70
mm ou 90 mm e por duas camadas de chapas de drywall em cada uma das faces.
Essa composição garante maior resistência mecânica e melhor isolamento
acústico, tornando o conjunto um sistema ideal para separação entre apartamentos,
escritórios e áreas comuns.

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Lã mineral (de rocha ou de vidro) pode ser usada para aumentar o
desempenho acústico e térmico dessas paredes, mas não é esse o caso da obra
fotografada para este passo a passo.

Descrição

Ferramentas necessárias:
Bota, capacete, óculos de proteção, luvas, protetor auricular, máscara para
pó, nível a laser, trena, esquadro, fio traçante e lápis para marcação, tesoura para
perfis, régua de alumínio, prumo, estilete, puncionador, parafusadeira para drywall,
finca-pino de ação indireta, espátula, desempenadeira e bandeja de inox.

FIGURA 128

Ferramentas necessárias para execução de paredes duplas de Drywall.


FONTE: (CICHINELLI, 2008).

 Com um nível a laser ou uma trena, iniciar as marcações no chão e no teto.

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112
FIGURA 129

Marcação com nível laser.


FONTE: (CICHINELLI, 2008).

 Utilizar a linha de giz para fazer a marcação da posição da guia.

FIGURA 130

Marcação com giz da posição da guia metálica.


FONTE: (CICHINELLI, 2008).

O piso deve estar acabado antes de as guias serem fixadas. O mesmo


cuidado vale para o teto, evitando que os elementos sofram deformações como
ondulações.

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113
 Fixe as guias ao chão e ao teto, sempre respeitando a distância
máxima recomendada de 600 mm entre uma fixação e outra.

FIGURA 131

Fixação das guias metálicas.


FONTE: (CICHINELLI, 2008).

 Medir com a trena a altura do pé-direito. Em seguida, transferir essa


medida para o montante, descontando sempre 10 mm.

FIGURA 132

Medição com trena e transferência para o montante.


FONTE: (CICHINELLI, 2008).

 Utilize o esquadro para marcar o local onde o montante será cortado a 90º.

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114
FIGURA 133

Corte do montante a 90º com ajuda de esquadro.


FONTE: (CICHINELLI, 2008).

 Corte o montante com a tesoura de chapa.

FIGURA 134

Corte do montante com tesoura. FONTE: (CICHINELLI, 2008).

 Encaixe do montante dentro das guias.

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FIGURA 135

Encaixe do montante. FONTE: (CICHINELLI, 2008).

 Apoiar as chapas de Drywall em pequenos pedaços de chapas de 1,0


cm de espessura para evitar que encostem diretamente no chão.

FIGURA 136

Apoio das chapas de Drywall, FONTE: (CICHINELLI, 2008).

AN02FREV001/REV 4.0

116
 Com o auxílio do puncionador, travar todos os perfis entre si.

FIGURA 137

Travamento dos perfis com o puncionador, FONTE: (CICHINELLI, 2008).

 Com a parafusadeira, fixar a primeira camada de chapas de drywall ao


perfil. Utilizando parafusos de 25 mm. A cabeça dos parafusos deve ficar levemente
afundada, mas sem romper o papel cartão da face da chapa.

FIGURA 138

Fixação de parafusos.
FONTE: (CICHINELLI, 2008).

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117
 As juntas das duas camadas devem ser tratadas. Por isso, antes de
iniciar a montagem da segunda camada de chapa, fazer o tratamento das juntas,
respeitando o tempo de cura recomendado pelo fabricante da massa.
Jamais utilizar gesso ou massa corrida para fazer o tratamento das juntas.
Aguardar a secagem completa da massa antes de aplicar outra demão. Esse
mesmo procedimento será repetido na segunda camada.

FIGURA 139

AN02FREV001/REV 4.0

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Tratamento das juntas entre placas.
FONTE: (CICHINELLI, 2008).

7.5 INSTALAÇÃO DE FORRO

O procedimento para instalação de forros de Drywall compreende:

 Marcação
Antes de iniciar a instalação, a posição dos perfis na estrutura periférica
(paredes) deve ser marcada com nível laser. Só assim o forro será fixado como o
previsto no projeto.

 Fixação da estrutura
O tipo de fixação da estrutura do forro varia em função do substrato do
suporte. Para situações sob laje, os tirantes metálicos são fixados na parede por
meio de parafusos e no teto por chumbadores. Nesses tirantes são acoplados os
reguladores, que por sua vez, são fixados nos perfis metálicos da estrutura.

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119
FIGURA 140

Fixação da estrutura do forro.


FONTE: (MEDEIROS, 2008).

 Perfis periféricos
Há pequenas variações na instalação dos diversos tipos de forros drywall em
função das características de cada sistema, porém, todos seguem uma sequência
básica de etapas: marcação, fixação dos perfis de perímetro, fixação dos tirantes e
reguladores, aplicação e fixação dos perfis intermediários, nivelamento da estrutura,
fixação das chapas e acabamento.

FIGURA 141

Perfis periféricos. FONTE: (MEDEIROS, 2008).

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120
 Executada a instalação da estrutura, as chapas de gesso são fixadas
por parafusos nos perfis metálicos. Os produtos têm medidas padronizadas para o
sistema de forros, com largura de 1.200 mm e comprimento de 1.800 mm ou 2.400
mm. Para os fechamentos e ajustes de esquadro, podem ser executados cortes nas
chapas de gesso, de acordo com a necessidade da obra.

FIGURA 142

Fixação das chapas de Drywall. FONTE: (MEDEIROS, 2008).

 Acabamento
Para o acabamento, é necessário vedar as juntas com fitas apropriadas e
massa especial para esse fim.

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FIGURA 143

Acabamento. FONTE: (MEDEIROS, 2008).

Aplicar as demais camadas de massa com o auxílio de uma


desempenadeira, deixando um acabamento uniforme.

7.6 ACABAMENTO E PINTURA

Antes de iniciar o acabamento e pintura em sistemas Drywall, as condições


gerais do local que será pintado devem ser verificadas, todas as superfícies têm que
estar planas e sem deformações como buracos, massas, amassados, entre outros.

Procedimento padrão de acabamento e pintura de Drywall:

 As juntas devem estar tratadas, emassadas e totalmente secas.


 Lixar as áreas emassadas, eliminar rebarbas, ressaltos ou ondulações
salientes. Utilizar lixadeira manual e lixas de 120 e 180. Esperar a secagem da
massa para continuar esse processo, prazo médio de 48 horas.

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122
 Aplicar uma imprimação com selador ou fundo preparador (base
acrílica) em toda a superfície, tornando-a mais homogênea.
 Quando a imprimação já está completamente seca, verificar se há
necessidade de aplicar uma fina camada de massa corrida de boa qualidade em
toda a superfície, uniformizando a textura e a cor do cartão e das áreas tratadas e
corrigindo eventuais defeitos. Para inspecionar esse procedimento é só incidir uma
luz lateral (holofote de 500 W). Lixar mais uma vez e se for preciso aplicar uma nova
imprimação.
 Depois desse processo a superfície está pronta para receber a pintura,
não esquecer que a tinta utilizada deve ser de boa qualidade e é preciso usar tantas
demãos quanto julgar necessário para um acabamento perfeito e fazer novamente a
inspeção com luz lateral antes de dar o trabalho como pronto.

Preparação da superfície a ser pintada


A correta preparação da superfície é de fundamental importância para que
se obtenha uma pintura durável e de qualidade.
A superfície dos sistemas de drywall é nivelada e lisa, porém apresenta
diferenciação de cor, textura e absorção entre as superfícies do cartão e da massa
nas regiões das juntas entre as chapas e das cabeças dos parafusos.
Uma forma prática de verificação da secagem total da massa é pressionar a
superfície desta com a ponta da unha. Se isso provocar um vinco ou ranhura, a
massa não está totalmente seca. Imperfeições rasas podem ser corrigidas com
massa corrida látex para interiores.
Após a secagem, as áreas tratadas nas juntas entre as chapas e nas
cabeças dos parafusos, devem ser lixadas para eliminação de eventuais rebarbas
de massa e pequenas irregularidades, zerando-as em relação à superfície do cartão.
Recomenda-se utilizar lixa grana 150 ou 180 aplicada com uma base (um taco de
piso, por exemplo), de forma a manter plana a superfície tratada.
A superfície geral do cartão não deve ser lixada. Para acabamentos mais
sofisticados, pode ser aplicada mais de uma demão de fundo ou massa sobre toda a
superfície do sistema. Após a secagem total de cada demão, de acordo com a
recomendação do fabricante, toda a superfície deve ser lixada com lixa grana

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123
220/280, também aplicada com uma base, para manter a lixa plana. Ao final de cada
procedimento, é necessário eliminar o pó de toda a superfície.
As tintas e seus complementos devem ser submetidos aos seguintes passos
fundamentais para facilitar sua aplicação e garantir que o resultado final seja o
esperado:
 Preparação básica das tintas e complementos.
 Homogeneização – agitar todos os produtos antes de serem utilizados.
Esta homogeneização precisa ser feita de forma a garantir que todo o conteúdo da
embalagem esteja perfeitamente uniforme.
 Diluição - Observar as especificações dos produtos nas embalagens e
seguir as informações indicadas para diluição.

FIGURA 144

Aplicação de massa nas juntas.


FONTE: Manual Knauf, 2012.

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FIGURA 145

Lixamento de juntas.
FONTE: Manual Knauf, 2012.

FIGURA 146

Pintura. FONTE: Manual Knauf, 2012.

FIM DO MÓDULO III

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CICHINELLI. G. A evolução do gesso. Revista Equipe de Obra. São Paulo: Pini,


2008.

CICHINELLI. G. Paredes duplas Drywall. Revista Equipe de Obra. São Paulo: Pini,
2008.

BAUER. L. Materiais de Construção. v. 1. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1994.

QUINÁLIA. E. Revestimento de Gesso Liso. Revista Tecnhe. São Paulo: Pini,


2007.

CINCOTTO. M. Gesso como Material de Construção. São Paulo: Pini, 1988.

BATISTA. A. Ergonomia da profissão do gesseiro. II Congresso de Pesquisa e


Inovação da Rede Norte Nordeste de Educação Tecnológica. Paraíba, 2007.

GEROLLA. G. Fabricação de Chapas de Drywall. Revista Equipe de Obra. São


Paulo: Pini, 2009.

SABBATINI, L. BARROS. M. ARAÚJO. L. Vedações verticais internas com painéis


de gesso acartonado. Departamento de Engenharia de Construção Civil. São Paulo:
USP, 2005.

MANUAL DRYWALL - Placo do Brasil, 2012.

MANUAL DE INSTALAÇÃO DRYWALL, 2012.

MANUAL SUPERGESSO, 2012.

MEDEIROS. H. Forro de Drywall. Revista Equipe de Obra. São Paulo: Pini, 2008.

AN02FREV001/REV 4.0

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ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas:
Perfis de aço para sistemas construtivos em chapas de gesso para "drywall" -
Requisitos e métodos de ensaio. NBR15217- Rio de Janeiro, 2009.

GESSO PARA CONSTRUÇÃO - Determinação das propriedades físicas do pó -


NBR 12127 - Rio de Janeiro, 1991.

______. Determinação das propriedades físicas da pasta - NBR 12128 - Rio de


Janeiro, 1991.

______. Determinação das propriedades mecânicas - NBR 12129 - Rio de Janeiro,


1991.

______. Determinação da água livre e de cristalização e teores de óxido de cálcio e


anidrino sulfúrico - NBR 12130 - Rio de Janeiro, 1991.

______. Especificações - NBR 13207 - Rio de Janeiro, 1994.


Revestimento interno de paredes e tetos com pastas de gesso - Materiais, preparo,
aplicação e acabamento - NBR 13867 - Rio de Janeiro, 1997.

FIM DO CURSO

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