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CAMAÇARI, BAHIA
2023
1. INTRODUÇÃO
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Como principais formas das MPEs financiarem suas atividades podemos citar
o financiamento com recursos próprios, ou seja, capital próprio, o qual pode ocorrer
quando os proprietários ou sócios investem seu próprio dinheiro na empresa ou,
ainda, através de lucros retidos, que ocorre quando as MPEs reinvestem os lucros
gerados no negócio para financiar seu crescimento. Empréstimos bancários também
são uma alternativa que pode ser utilizada pelos empresários, sendo esse um
financiamento com capitais de terceiros (instituições financeiras). Como modalidade
dos empréstimos bancários, podemos citar as linhas de crédito para MPEs, quando
os bancos oferecem empréstimos específicos, muitas vezes com taxas de juros mais
baixas e prazos de pagamento flexíveis. Os bancos também oferecem microcrédito
para empreendedores de baixa renda que desejam iniciar ou expandir seus
negócios. Por fim, também há os investidores anjos, que são investidores individuais
com recursos financeiros consideráveis que podem injetar capital em MPEs em troca
de participação acionária e orientação.
Cabe ressaltar que essas são apenas algumas das condições gerais de
endividamento das micro e pequenas empresas na Bahia. Cada empresa pode
enfrentar desafios específicos dependendo de seu setor de atuação, tamanho,
histórico financeiro e outros fatores, falta de educação financeira, já que muitos
empreendedores de micro e pequenas empresas possuem pouco conhecimento
sobre gestão financeira, o que pode levar a uma má administração do
endividamento e a um aumento do risco de insolvência.
Além disso, a falta de garantias das MPEs, por não possuírem os recursos
necessários para oferecer garantias adequadas para obter financiamento, pode
dificultar o acesso ao crédito. Desta forma, durante as crises, as instituições
financeiras podem perceber as MPEs como sendo mais arriscadas, devido à
incerteza econômica, o que pode levar a condições mais rigorosas de
empréstimo ou a recusas de solicitação de crédito.
3. METODOLOGIA
Portanto, este estudo teve como objetivo encontrar uma resposta para
um problema de pesquisa, com o objetivo de validar as escolhas feitas pelos
empreendedores varejistas em relação ao endividamento durante a pandemia
de covid-19, em Camaçari, Bahia. Para tanto, será utilizada como instrumento
de pesquisa, uma entrevista semiestruturada, que é um é um método de
coleta de dados que se baseia em fazer perguntas dentro de um quadro
temático pré-determinado. Segundo Lakatos, a entrevista semiestruturada é
um processo educacional, de acompanhamento e controle, que visa alcançar
desempenho profissional da mais alta qualidade. Uma das características da
entrevista semiestruturada é a utilização de um roteiro previamente
elaborado. De acordo com Gil (1999), na entrevista semiestruturada, “o
entrevistador permite ao entrevistado falar livremente sobre o assunto, mas,
quando este se desvia do tema original, esforça-se para a sua retomada”.
Assim, podemos dizer que a entrevista semiestruturada consiste em um
modelo de entrevista flexível, o que significa que ela possui um roteiro prévio,
mas abre espaço para que o candidato e entrevistador façam perguntas fora
do que havia sido planejado.
ANÁLISE DE RESULTADOS
CONCLUSÃO
O estudo teve como objetivo analisar sobre a percepção dos micros e
pequenos empreendedores varejista sobre o endividamento durante a
pandemia de covid-19, em Camaçari, na Bahia de uma amostra de 11 micro e
pequenos empreendedores, foram disponibilizadas 15 perguntas com a
finalidade de identificar a percepção desses empreendedores diante a crise
economia causada pela pandemia.
Foi fundamental buscar o perfil desses empreendedores e identificar a
relevância da gestão financeira para uma administração efetiva dos negócios
gerais da empresa, a um contexto fundamental na origem das MPEs, que são
a sobrevivência de famílias de classe média e baixa, esses
microempreendedores iniciam suas empresas pela falta de renda fixa, como
trabalho de CLT, temporário ou qualquer modalidade de trabalho. Dessa
maneira, os conhecimentos necessários para o gerenciamento do
empreendimento acabam sendo deficitários e precários, o que resulta em
negociações e escolhas financeiras precipitadas que geram o endividamento.
Cabe ressaltar que essas são apenas algumas das condições gerais de
endividamento das micro e pequenas empresas na Bahia.
Diante as questões de estrutura financeira e de gestão de negócios as
MPEs, também foram possíveis verificar que as empresas foram afetadas
negativamente com a pandemia do COVID-19, interrompendo
temporariamente as operações. Em um cenário caótico da crise econômica
enfrentada pelas MPEs no Brasil que demostrou os detalhes e situações
financeiros e de gestão das empresas e seus conhecimentos em
administração financeira e contábil. dos impactos do contexto pandêmicos
que, dentre outras coisas, se destacam a queda nas vendas, com o
fechamento de lojas e restrições de circulação de pessoas, muitas MPEs
foram obrigados a suspender suas atividades ou tiveram uma queda
significativa em suas vendas. Dificuldade de acesso ao crédito, a falta de
fluxo de caixa e pensamentos sobre o futuro tornou mais difícil para as MPEs
obterem crédito junto às instituições financeiras.
Muitas não tiveram acesso aos programas de apoio governamental e,
consequentemente, tiveram dificuldade em se manter financeiramente
durante a pandemia. Muitos consumidores passaram a preferir fazer compras
online e evitar aglomerações em estabelecimentos, o que afetou diretamente
as MPEs que não estavam preparadas para essa modalidade de venda.
Aumento de custos e adaptação para cumprir as medidas sanitárias e
distanciamento social impostas, as MPEs tiveram que se adaptar rapidamente
e implementar novas medidas, como fornecer equipamentos de proteção
individual, reorganizar o layout da loja e investir em tecnologia para viabilizar
o trabalho remoto, além de gastos operacionais como um todo. Redução de
funcionários e demissões para se adequarem à nova realidade econômica,
muitas MPEs tiveram que reduzir sua força de trabalho ou demitir
funcionários.
REFERÊNCIAS
GIL, C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 200