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UNIVERSIDADE PAULISTA

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM


LOGÍSTICA

PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR IV


Magazine Luiza

AILTON ANTUNES DOS SANTOS - RA: 2296059


GABRIELE NERES DOS SANTOS - RA: 2296052

Limeira / SP
2022
UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM
LOGÍSTICA

PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR IV


Magazine Luiza

Trabalho Interdisciplinar do Projeto Integrado


Multidisciplinar, apresentado como exigência parcial para
a conclusão do Bimestre Vigente do Curso Superior de
Tecnologia em Logística, da Universidade Paulista –
UNIP EaD.

Limeira / SP
2022
RESUMO

Será apresentado para conclusão bimestre vigente, o Projeto Integrado


Multidisciplinar IV, onde serão aplicados os conhecimentos teóricos adquiridos
durante o bimestre nas disciplinas de Gestão de Suprimentos e Logística,
Movimentação e Armazenagem e Recursos Materiais e Patrimoniais, dissertando
sobre a estrutura básica de cada disciplina e a empresa escolhida para este estudo
foi o Magazine Luiza ou Magalu, empresa de capital aberto sendo a mais valiosa no
varejo brasileiro onde será realizado o diagnóstico organizacional, identificando e
diagnosticando as práticas organizacionais da empresa.

Palavras-chave: Gestão de Suprimentos. Logística. Recursos Materiais. Magalu.


Magazine Luiza.
ABSTRACT

The Integrated Multidisciplinary Project IV will be presented for completion in


the current two-month period, where the theoretical knowledge acquired during the
two-month period in the disciplines of Supply Management and Logistics, Handling
and Storage and Material and Heritage Resources will be applied, lecturing on the
basic structure of each discipline and the company chosen for this study was
Magazine Luiza or Magalu, a publicly traded company being the most valuable in
Brazilian retail where the organizational diagnosis will be carried out, identifying and
diagnosing the company's organizational practices.

Keywords: Supply Management. Logistics. Material Resources. Magalu. Magazine


Luiza.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................5
2 REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................6
3 Gestão de Suprimentos e Logística......................................................................10
4 Movimentação e Armazenagem...........................................................................12
5 Recursos Materiais e Patrimoniais.......................................................................13
6 ETUDO DE CASO................................................................................................15
6.1 Descrição Organizacional.....................................................................................15
7 DISCUSSÃO.........................................................................................................16
8 CONCLUSÃO.......................................................................................................18
REFERÊNCIAS...........................................................................................................19
5

1 INTRODUÇÃO

Neste PIM será realizado um diagnóstico organizacional, identificando e


diagnosticando as práticas organizacionais correlacionadas aos conceitos estudados
neste bimestre, e a empresa estudada será o Magazine Luiza ou Magalu, uma
empresa brasileira do setor do varejo Fundada em 1957 na cidade de Franca,
interior de São Paulo pelo casal Luiza Trajano Donato e seu esposo Pelegrino José
Donato, uma balconista, e Pelegrino José Donato, um caixeiro-viajante, adquiriram
uma pequena loja de presentes, na época, ela se chamava A Cristaleira, e foi
rebatizada de Magazine Luiza com o envolvimento da população da cidade, que
participou de um concurso que Luiza lançou para escolha de um novo nome na rádio
local, nas décadas seguintes a companhia viveu uma grande expansão de seus
negócios em que atualmente conta com mais de 1 481 lojas físicas em 21 estados e
819 municípios do país e seu modelo de negócio hoje caracteriza-se como uma
plataforma digital com pontos físicos liderando o ranking no setor varejista com valor
de marca de R$6,83 bilhões e de acordo com levantamento do Boston Consulting
Group (BCG), a partir de dados de 31 de dezembro de 2020, no período de 2016 a
2020, o Magazine Luiza gerou um retorno total de 226,4% de ganhos em valorização
de mercado e dividendos anuais, colocando o Magalu como a empresa que mais
gerou retorno aos acionistas no mundo, ficando na primeira posição no ranking
global, por indústria.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO

E uma boa gestão de cadeia de suprimentos é considerada fundamental para


o sucesso de um negócio, pois trata do planejamento, implantação e controle do
fluxo de movimentação e armazenagem de matéria-prima e insumos, tendo por
objetivo satisfazer às necessidades de materiais para a operação, garantindo assim
a integridade do produto final e prazo de entrega.
A cadeia de produção requer cuidados para sua otimização, visando não só 
melhorar a produtividade de ponto a ponto, mas também evitar futuros problemas
que possam prejudicar o andamento do negócio. Assim, uma boa administração da
logística de suprimentos garante a coordenação e movimentação desses produtos
de acordo com as exigências da operação empresarial, possibilitando aprimorar
passos e melhorar resultados, sendo de alta relevância, afinal se feita de forma
errada pode acarretar em paradas na produção, escassez de mercadorias, compras
emergenciais, entre outras dificuldades.
A logística de suprimentos é aplicada em praticamente toda a cadeia logística,
isto é, se aplica em diversas etapas até a chegada do produto ao cliente final, pois a
aquisição de materiais tem início com o estudo de diferentes cenários, envolvendo a
avaliação de fornecedores e interação de serviços de compra, planejamento e
previsão de tempo até a chegada do pedido, demanda dos materiais, ou seja, uma
análise sistêmica que precede o pedido da matéria-prima.
Algumas empresas utilizam, por exemplo, o conceito just in time (produto
certo, na quantidade certa, na hora certa) como estratégia para aquisição de
materiais, envolvendo basicamente três etapas, que estão ligadas à produção da
maioria dos produtos industrializados. São elas:
Entrada: o suprimento entra na cadeia como matéria-prima, sendo dirigido ao
estoque ou almoxarifado.
 Produto em Processo: a matéria-prima passa pelo processo de produção e é
transformada em produto acabado.
 Cliente: entrega do produto ao consumidor.
Assim a Gestão de Suprimentos e Logística planeja a aquisição dos materiais
necessários para o desenrolar de toda a atividade empresarial, da entrada até a
entrega ao cliente final, sendo que o planejamento estratégico é parte intrínseca
desse setor, garantindo que a tomada de decisões seja mais eficiente e assertiva.
7

Neste sentido, é importante compreender a diferença entre os conceitos de


matéria-prima e insumos. A primeira envolve o material que sofrerá alteração
durante a produção, para se transformar em produto – como a resina termoplástica
que se transforma em seringa, cadeira, embalagens, etc. Já o insumo envolve cada
componente usado na produção de mercadorias, pode ser um material, uma
máquina ou equipamento que servirão de suporte ao produto final (como: energia,
força de trabalho), etc.
Há muitos benefícios em se aplicar uma boa gestão, como a melhoria na
estruturação dos processos, maior eficiência e agilidade em cada setor, redução de
custos: já que o bom relacionamento com fornecedores e contratos de fidelização de
reposição podem garantir preços melhores na aquisição de recursos, uma vez que a
visão de logística de suprimentos melhora a estruturação de processos, evitando
falhas em todas as partes da produção e minimizando prejuízos.
Armazenamento adequado de insumos e redução de perdas de materiais,
redução de riscos de acidentes com colaboradores: devido ao manuseio inadequado
dos suprimentos, como produtos químicos, perfurocortantes, evita falhas e perdas
na produção, aumento na produtividade: por meio da sinergia gerada entre os
setores, bem como pelo maior controle dos processos.
Quando vista de forma integrada, ou seja, envolvendo todo o processo
produtivo, ela gera ainda mais melhorias.  Neste sentido, a tecnologia pode se
tornar, mais uma vez, uma grande aliada possibilitando a automatização de
processos e, consequentemente, maior agilidade e eficiência na produção.
Já na Movimentação e Armazenagem compreende métodos e ferramentas
que visam facilitar a rotina e aprimorar resultados, sendo de suma importância
avaliar os tipos existentes de armazenagem para definir qual é o melhor para a
empresa, onde temos a Armazenagem própria: a empresa armazena a mercadoria e
administra sozinho o estoque; Armazenagem terceirizada: uma empresa parceira é
contratada para realizar todo o processo de armazenagem, do atendimento ao
processo de expedição; Armazenagem contratada: a empresa aluga um local de
armazenamento para seu estoque.
O layout é uma estratégia de distribuição dos elementos no espaço usada na
logística para ampliar a eficiência do processo produtivo, essa solução está
diretamente ligada à maneira como máquinas, equipamentos e pessoas são
distribuídas nos armazéns, estoques e cadeias de distribuição, por meio de layout
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respodemos posicionar os produtos com maior demanda próximo à saída do galpão,


reunir os produtos que costumam ser expedidos em conjunto em uma mesma área,
gerir melhor o espaço com base no tamanho das mercadorias, organizar os
corredores para melhor circulação.
Essas medidas permitem manter um fluxo de produção elevado e constante,
contribuindo assim para evitar pontos de ociosidade e melhorar os resultados nos
diversos setores.
Entre os diversos processos existentes no setor, está o picking (também
chamado de order picking) nada mais é do que a separação dos pedidos dos
clientes é por meio dele que os colaboradores coletam o mix de produtos dentro do
estoque e enviam para a área de expedição, onde eles serão conferidos e
preparados para o transporte, existindo quatro tipos de picking e cada modalidade
funciona de um jeito diferente.
Picking discreto, onde um colaborador inicia e finaliza a separação dos
pedidos, pois a chance de erros é bem pequena, já que só uma pessoa fica
responsável pelo processo, porém é muito demorado, pois o tempo gasto é maior.
Picking por onda, neste caso, cada colaborador fica responsável pela
separação de um pedido, que são acumulados e processados conforme um
agendamento prévio, seguindo um calendário para atender os prazos de entrega.
Picking por lote, aqui, espera-se o acúmulo de diversos pedidos e o
colaborador realiza a separação de todos os itens necessários de uma só vez,
espera-se o acúmulo de diversos pedidos e o colaborador realiza a separação de
todos os itens necessários de uma só vez. Como várias ordens são concluídas ao
mesmo tempo, o tipo de trabalho é chamado de separação por lote.
Picking por zona, o armazém é dividido em áreas, que são chamadas de
zonas. Em cada uma delas são colocadas algumas categorias de produtos, sempre
que um pedido chega no estoque, os colaboradores separam os itens necessários
de cada zona e a ordem é fechada depois que as coletas forem finalizadas.
Para implementar um processo de picking bem estruturado, é preciso tomar
alguns cuidados básicos, sendo preciso contar com um armazém organizado, bem
sinalizado, com áreas de trabalho bem estruturadas. Isso quer dizer que as
atividades devem ser bem sequenciadas. Colocar o espaço de embalagem afastado
da expedição, por exemplo, faz com que os colaboradores tenham que andar mais
para finalizar o trabalho o que é uma ineficiência. É preciso muito cuidado com o
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recebimento e registo dos produtos no estoque. Ao inserir o código de barras e as


quantidades, é preciso alocar os itens no seu devido lugar. Isso é fundamental para
agilizar o encontro e a separação desses materiais.
Para um picking eficiente, rapidez e precisão precisam ser combinados,
deixando os produtos que têm giro mais alto em prateleiras inferiores (de fácil
acesso) e mais próximos da área de embalagem e expedição e os que saem pouco
podem ficar mais no final do armazém e em alturas maiores
E por fim a administração de materiais e patrimoniais tem a função
coordenadora res- ponsável pelo planejamento e controle do fluxo de materiais, com
objetivos principais de maximizar a utilização dos recursos da empresa e
fornecer o nível requerido de serviços ao consumidor.
É o conjunto de atividades conduzidas em uma organização, visando supri-la
com os materiais necessários ao desempenho de suas atribuições. Planejar: traçar
ou fazer o plano; projetar, programar, planificar.
Controlar: exercer o controle, a vigilância; submeter a controle; controlar as des-
pesas; ter domínio sobre; exercer autoridade; conter-se, dominar-se, moderar-se.
O objetivo secundário da administração de recursos materiais e patrimoniais é
suprir a organização com materiais nas quantidades corretas, na qualidade
requerida, no momento certo, armazenando-os da maneira e em local apropria- dos,
praticando preços econômicos e minimizando estoques.
No Conceito de Materiais, em sentido amplo, materiais são todos os
elementos físicos empregados em uma organização.
Em sentido estrito, materiais são os elementos físicos empregados por uma
organização que concorrem para a constituição de seu produto final, podendo esse
“produto final” ser um material processado ou um serviço. A natureza do recurso
material não é permanente. Além disso, é geralmente possível arma- zená-lo em
estoques.
Já os recursos patrimoniais são os elementos físicos empregados por uma
organização que são destinados à manutenção das atividades de uma organiza-
ção. A natureza do recurso patrimonial é permanente. Além disso, nem sempre é
possível armazená-lo em estoques.
10

3 Gestão de Suprimentos e Logística

O pilar de sucesso das empresas em ter credibilidade em cada parte da


cadeia de suprimento e árduo, raro e requer anos de estudos e prática para que isso
aconteça e entender o funcionamento da cadeia de suprimento e como geri-la da
melhor maneira possível, então é a tarefa obrigatória a todo empreendedor, ela pode
ser simples compreendendo seu negócio, seus clientes e seus fornecedores.
A empresa em estudo planeja cuidadosamente todo o percurso dos recursos,
desde a fonte de matérias-primas até o consumidor final. Com base na teoria do
Ballou, (2010) e preciso que a empresa saiba os tipos de demanda nível de serviço
requerido pelo consumidor, a distância que esta do cliente, seus custos e alguns
outros pontos que seja relevante.

A logística/cadeia de suprimento e um conjunto de atividade funcionais


(transporte, controle de estoque etc.) isso repete enumeras vezes ao longo
do canal pelo qual matérias primas vão sendo convertidas em produtos
acabados, aos quais se agregam valores ao consumidor. Uma vez que as
fontes de matérias primas, fabricas e pontos de vendas em geral não tem a
mesma localização e o canal representa uma sequência de etapa de
produção, as atividades logísticas podem ser repetidas várias vezes até o
produto chegar ao mercado. Então, as atividades logísticas se repetem à
medida que produtos usados são transformados a montante no canal
logístico (Ballou.2010, p. 29).

Por ser uma empresa de varejo, ou seja, comercial, interessa mais ao


Magazine Luiza o estoque de produtos acabados, sendo neste caso que esse
estoque seja uma previsão da demanda de vendas futuras da empresa, pois o
grande desafio para as empresas é o controle dos estoques, devendo existir um giro
que permita que ele se mantenha em níveis adequados, permitindo-se reduzi -los
sem afetar as vendas e sem aumentar seus custos financeiros. Após o consumidor
fechar o carrinho na plataforma online, ou concluir a sua compra em uma loja física,
se inicia o ciclo de expectativa do cliente para receber o produto comprado. Porém,
entre o período da compra até o momento do recebimento do pedido, a logística tem
um papel essencial em garantir a felicidade e satisfação do cliente, o Magazine
Luiza conta com diversas inovações logísticas para alcançar estes objetivos.
O nome Malha Luiza é uma referência ao sistema de distribuição logística do
Magazine Luiza, hoje a empresa conta com aproximadamente 1200 lojas físicas por
todo território brasileiro. O abastecimento de todas estas lojas, além do atendimento
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ao comércio eletrônico, é feito através dos seus 12 centros de distribuições


posicionados estrategicamente para a distribuição de produtos por toda cadeia.
Para garantir a eficiência na movimentação dos produtos a empresa conta
com o apoio de mais de 1900 transportadoras parceiras, contudo, uma aquisição da
empresa chamou bastante atenção no ramo de transportadoras, garantindo um
envio rápido, eficiente e por um custo menor, o Magazine Luiza adquiriu em 2018
a startup Logbee que têm como principal diferencial realizar entregas expressas em
zonas urbanas por um custo muito competitivo e com um excelente nível de serviço,
e com o serviço da startup incorporado à Malha Luiza, alguns dos sellers do
marketplace do Magalu já estão usufruindo dos benefícios, que tem se mostrado um
grande diferencial, reduzindo o prazo em até 60% e os custos de frete em até 80%.
O uso de Big Data e Data Analytics nos processos logísticos do Magazine
Luiza está permitindo que os gestores tomem decisões mais corretas. Através dos
dados gerados pela plataforma, é possível antecipar períodos de pico, escassez de
oferta futura e criar outras percepções para tomar decisões estratégicas a fim de
melhorar posições de mercado e oferecer vantagens para o consumidor.  
Além da inclusão da tecnologia, o Magazine Luiza sabe que esta é somente
uma parte do processo. Para garantir o êxito a empresa conta com profissionais de
altíssima competência para analisar os dados e colocar o Magazine Luiza em
posição de vantagem em relação a concorrência.
A operação multicanal, ou multicanalidade, é basicamente a integração dos
estoques e serviços entre a loja eletrônica e as lojas físicas do Magazine Luiza. Tal
estratégia foi adotada devido ao fato de que o consumidor não se importa mais com
o canal em que é realizada a compra, e sim com sua experiência com a marca no
geral, a integração entre lojas físicas e virtuais têm proporcionando uma experiência
mais completa para o cliente. Um exemplo de como isso funciona é a opção de
poder retirar na loja física um produto comprado on-line.
Outro exemplo da multicanalidade é que hoje, além de poder retirar os
pedidos feitos on-line nas lojas físicas, os clientes já podem comprar todos os
produtos do Marketplace nas lojas físicas, até mesmo os produtos ofertados por
vendedores que utilizam a plataforma. A estratégia tem dado tão certo que essa
integração é cada dia maior na empresa.
Com uma desaceleração das vendas nas lojas físicas no terceiro trimestre de
2022 a empresa acabou com um estoque maior, a empresa julga necessário
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trabalhar com a provisão para trazer o estoque para um giro menor em dezembro e
inicio de 2023, para que assim escoe o estoque.

4 Movimentação e Armazenagem

Todo o armazenamento do Magazine Luiza é altamente destinado à operação


de alto nível de rotatividade, os produtos são recebidos em duas classes Cross
Docking 2e compra direta de fornecedores. Suas armazenagens são separadas em
famílias onde cada classe dos produtos tem seus destinos localizados, perfeiçoando
o espaço físico da empresa. Os produtos são alocados em paletes e destinados aos
seus endereços, em cada rua determina qual o produto dever ser armazenado.

Pelo ponto de vista do moderno operador logístico, pode-se definir


armazenagem como a gestão econômica do espaço necessário para manter
estoque de mercadorias pertencentes a terceiros. Isto engloba todas as
funções de localização, dimensionamento de área, arranjo físico,
recuperação do estoque, projetos de docas ou baías de atracação e
configuração do armazém. (Ambrosio 2011, p.11)

Pela paletização convencional o armazém do Magazine Luiza conta com 15


blocos duplos de estantes de 94 m de comprimento e 11,9 m de altura que permitem
armazenar mais de 15.300 paletes de diferentes dimensões. O conjunto de todas as
estantes ocupa uma superfície de 7.050 m2.
Este sistema de armazenamento é adequado para armazenar a grande
variedade de paletes com os quais trabalha o Magazine Luiza. O acesso direto a
todas as referências, por sua vez, proporciona grande agilidade na hora de gerenciar
a mercadoria e preparar os pedidos e devido a essa diversidade de paletes, os
níveis das estantes foram ajustados ao tipo de mercadoria armazenada e à sua
operação. Nos níveis inferiores das estantes é feito picking diretamente a partir do
palete, deixando a reserva nos níveis superiores. Para manusear os paletes dos
níveis mais altos, os operadores utilizam empilhadeiras retráteis, proporcionando
uma maior segurança, foram reforçados os pilares dianteiros das estantes que ficam
no corredor de emergência. Esta medida tem como finalidade minimizar as
deformações contra os possíveis impactos causados pelos equipamentos de
movimentação durante as operações de manuseio das unidades de carga.
Já com os níveis de estoque em alta, onde pretende escoar o excesso entre a
Black Friday e a sua tradicional promoção de inicio de ano, o inventário extra fez a
empresa registrar uma provisão de R$ 395 milhões no terceiro trimestre que
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acabou ajudando a derrubar o lucro da companhia no período em quase 90% e


pressionava as ações da empresa para uma queda de 16%.

5 Recursos Materiais e Patrimoniais

A administração de recursos materiais e patrimoniais é parte integrante e de


suma importância no Magazine Luiza, a empresa administra seus materiais e
recursos com extremo cuidado, buscando sempre promover o consumo eficiente de
recursos naturais, onde está implantando painéis solares em suas lojas, reduzindo
seu custo com o consumo de energia elétrica.
A correta gestão das organizações, os estoques das organizações constitui
todo o sortimento de materiais que a empresa possui e utiliza no processo de
produção dos seus produtos e serviços e no que se refere a Suprimentos,
especificamente, trata do setor de compras que abastece o sistema produtivo, no
entanto analisar as ordens de compras recebidas, realizar a pesquisa e seleção dos
fornecedores, e o Magazine Luiza têm as pessoas sempre em primeiro lugar, clien
tes e colaboradores são tratados da melhor maneira possivel, onde recebeu premios
de Melhor Lugar para Trabalhar.
Em 2014, o Magazine Luiza criou o Luizalabs, um laboratório de Tecnologia e
Inovação, dentro do núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento, com o objetivo de criar
produtos e serviços com foco no varejo, oferecendo aos clientes mais benefícios e
uma melhor experiência de compra. Formado por um grupo de engenheiros e
desenvolvedores, a estrutura viabiliza projetos de inovação para todos os canais de
venda da Companhia, criando também sua estratégia multicanal de vendas,
oferecendo aos seus clientes uma plataforma de vendas por seis formatos distintos,
lojas físicas, lojas virtuais, televendas, e-commerce, Parceiro Magalu e vendas
corporativas, abrangendo todo o território nacional a fim de facilitar a compra dos
produtos por meio de uma cultura Data-Driven que seja orientada por dados
utilizando com base qualquer decisão que seja tomada.
No que tange sua cadeia de suprimentos por ser uma empresa sem um
produto fixo, ou seja, não fabrica, por ser varejista trabalha apenas com produtos
acabados, sempre em constante contato com seus fornecedores para que possam
sempre entregar produtos da mais alta qualidade, onde são armazenados em duas
classes Cross Docking e compra direta dos fornecedores. Tendo suas ar
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mazenagens separadas de forma em que cada classe tem seu destino localizado. A
empresa também preocupa com seu lead time, mas agora conta com sua entrega
muito mais rápida, seja para o cliente ou varejista. Em setembro de 2021 eram 26
centros de distribuição, exclusivos para estocar e enviar produtos pelo Brasil. Com
locais de trabalhos com cerca de 10.000 pessoas que atuam em três turnos, assim
otimizando e fazendo a entrega muito mais rápida. Contando com mais de 1413
lojas físicas, espalhadas por 21 estados, elas rapidamente também se
transformam em centros de distribuição, que são habilitadas para fazer o “ship from
store”, que é a distribuição das mercadorias compradas na loja.
Atualmente 30% do espaço de grande parte dos pontos físicos são
distribuídos para a estocagem de itens da empresa, que são vendidos digitalmente.
Quantas mais lojas forem convertidas em centros de distribuição, mais rápido será
entregue o produto ao cliente, e assim o cliente irá gostar da experiência que teve,
com seu produto chegando rápido e pronto para o uso. A Magazine também utiliza a
transportadora Logbee, que é especializada na entrega, porém não apenas ela,
uma empresa deve ter sempre diversas formas de vender e entregar seu produto,
para assim continuar seu aprimoramento. Ela também conta com a “MalhaLuiza”,
que são profissionais autônomos, com mais de 8.200 transportadores que prestam
serviço para a Magazine Luiza.
15

6 ETUDO DE CASO

Criado na década de 50, em Franca, no interior de São Paulo, o Magazine


Luiza tornou-se uma companhia orientada por ciclos de desenvolvimento, expandiu-
se pelo interior do Brasil onde comercializa os mais variados produtos, hoje com
mais de 740 lojas, 9 centros de distribuição e 3 escritórios, espalhados por 16
estados brasileiros, a companhia figura entre os maiores varejistas do País,
oferecendo produtos para a casa da família brasileira, onde o cliente quer e do jeito
que ele quer, por meio de multicanais como lojas físicas, lojas virtuais, televendas, e-
commerce e até nas redes sociais, com o Magazine Você.
Os principais produtos comercializados pela empresa estão nos setores de
móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, presentes, brinquedos, hobby e lazer,
informática e telefonia. No site há um mix mais amplo do que nas lojas físicas,
contando com cerca de 44 mil modelos de produtos.

6.1 Descrição Organizacional

O Magazine Luiza (MGLU3), em sua estrutura organizacional tem como CEO


Frederico Trajano Inácio Rodrigues, e ainda possui atualmente três novas vice-
presidências, Fabricio Garcia (Logística e Distribuição), Eduardo Galanternik (Área
Comercial) e André Fatala (Plataforma), sob CNPJ: 47.960.950/0001-21, atua no
setor de Consumo e Varejo, com lojas físicas e no e-commerce, de Grande Porte,
onde sofreu uma desvalorização de 90% das ações do Magazine Luiza
(MGLU3) desde a máxima registrada em novembro de 2020 derrubou a varejista das
dez empresas mais valiosa para a 47ª posição do ranking. A queda fez evaporar
mais de R$ 150 bilhões em valor de mercado da empresa, hoje, com pouco mais de
R$ 20 bilhões de valor de mercado, os negócios envolvendo as ações do Magalu
vêm se recuperando em relação ao ano passado. 
16

7 DISCUSSÃO

No Brasil, o Magazine Luiza foi pioneira das chamadas “lojas digitais”. A


motivação para iniciar no mundo dos negócios virtuais veio da seguinte pergunta:
“Como podemos expandir a rede de lojas a um baixo custo?”. As lojas virtuais,
diferente das lojas tradicionais, são aquelas que não apresentam, ou apresentam um
baixo nível de estoque físico no próprio estabelecimento, e possuem cerca de 15%
da área de uma loja tradicional. Dessa forma, elas proporcionam uma economia de
custos devido ao menor espaço físico, e, consequentemente, um aluguel mais
barato, um quadro de funcionários reduzidos, baixo custo com estoques e um giro
rápido dos produtos comercializados. De acordo com relatos de funcionários da
empresa, essas lojas de baixo custo eram voltadas para atingir o público que, na
época, não tinha acesso à internet, sendo comumente abertas em pequenos bairros
para atingir a comunidade local que não tinha acesso aos grandes centros urbanos,
onde se localizam as lojas tradicionais. Quando localizadas próximas às grandes
lojas físicas, essas lojas virtuais são chamadas de “lojas âncora”.
Para sustentar essa estrutura de negócio, a Magazine Luiza enfrenta,
constantemente, o grande desafio de manter a qualidade das entregas para os seus
clientes, que estão distribuídos por todo o território nacional. Para isso, a empresa
conta com a chamada “Malha Luiza”, que, hoje, conta com mais de 2000 micro
transportadoras responsáveis por realizar as entregas dos produtos solicitados pelos
clientes nas suas respectivas casas, ou nas lojas virtuais. No ano de 2015, foi
iniciado o chamado “Ciclo de transformação digital”, no qual a empresa buscou
digitalizar toda a sua cadeia de suprimentos, usando o sistema “Mobile Entrega”,
com o qual a empresa e os clientes podem rastrear e acompanhar todo o processo
de entrega do pedido, desde o centro de distribuição até o destino final, e o sistema
CPFR (Collaborative Planning, Forecast and Replenishment).
A empresa reconhece que os erros no planejamento de demanda são os
principais motivos causadores do excesso de estoques e de ruptura no prazo de
entrega. A situação se agrava ainda mais quando cada elo da cadeia faz o seu
planejamento por conta própria baseado apenas em seus próprios
conhecimentos. Assim, o sistema CPFR integra todos os elos da cadeia de
suprimentos do Magazine Luiza, e é divido em quatro processos de planejamento:
sortimento, no qual são sincronizadas as entregas de novos itens às lojas
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convencionais com o escoamento os produtos que estavam em estoque; demanda,


trabalhada em um horizonte de 60 dias, e feita com base em informações das áreas
de compras, logística e dos fornecedores da empresa; compras, que considera a
produção e o recebimento, com a definição do cenário logístico específico e o
acompanhamento das restrições; e distribuição, que leva em conta a definição do
sortimento para os clusters de loja, com o acompanhamento do desempenho por
tipo de produto.
As premissas de planejamento são parametrizadas em um Distribution
requirements planning (DRP), e os pedidos feitos para os fornecedores são gerados
de maneira automática semanalmente, com cálculo de estoque de segurança e
reposição automática para CDs e loja. O DRP também disponibiliza as projeções de
sell-in que são enviadas ao fornecedor para que faça o seu planejamento de
produção em função do volume de compras projetado, este número é muito
importante para reduzir as faltas de produtos por parte do fornecedor. A solicitação
os produtos aos fornecedores, então, é realizado de forma automática pelo algoritmo
que define os níveis de estoque mínimo e os níveis de estoque de segurança
necessários para atender ao desempenho da rede do Magazine Luiza, e variam de
acordo com segmento/tipo de produto.
No entanto, o planejamento dos processos logísticos das lojas físicas é
diferente do planejamento das lojas virtuais e do site. Para lojas físicas, há
operações de abastecimento para realimentar as gôndolas e mostruários, bem como
recompor estoques de produtos portáteis (pronta entrega). Já o e-commerce tem
toda entrega voltada para o cliente, independente do tipo de produto. O foco é
entregar o pedido no tempo estipulado, e com qualidade. O processo de
logística reversa, em casos de troca, é realizado, nas lojas físicas, pelos veículos
que levam os produtos a serem repostos nas gôndolas, e, no caso do e-commerce,
esse processo é casado com a nova entrega.
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8 CONCLUSÃO

Crescer de forma sustentável, mantendo o espírito inovador, respeitando as


pessoas e buscando o desenvolvimento do país, fez o Magazine Luiza se tornar
uma referência nacional e internacional em gestão empresarial, e é desta forma que
a empresa pretende continuar expandindo-se nos próximos anos, sendo uma
empresa competitiva, inovadora e ousada que visa sempre o bem-estar comum.
Ser o grupo mais inovador do varejo nacional, oferecendo diversas linhas de
produtos e serviços para a família brasileira, estando presente quando e como o
cliente desejar, seja em lojas físicas, virtuais ou online, sempre com o melhor time
do varejo, um atendimento diferenciado e preços competitivos onde demonstramos
nesse projeto na matéria de Gestão de Suprimentos e Logística como a empresa
gerencia o seu estoque de produtos acabados, sendo este estoque uma previsão da
demanda de vendas futuras e de como a Malha Luiza é uma referência ao sistema
de distribuição logística da empresa, abastecendo suas mais de 1.200 lojas através
dos seus 12 centros de distribuições posicionados estrategicamente para a
distribuição de produtos por toda cadeia e na Gestão de Suprimentos como todo o
armazenamento do Magazine Luiza é altamente destinado à operação de alto nível
de rotatividade e por fim os Recursos Materiais e Patrimoniais, como a empresa lida
com seu controle de estoque e produção, com respeito, desenvolvimento e
colocando as pessoas em primeiro lugar, pois são a força e a vitalidade da
organização.
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REFERÊNCIAS

LUIZA Labs Blog. [S. l.]: Nelson Forte, 28 jul. 2021. Disponível em:
https://medium.com/luizalabs. Acesso em: 25 nov. 2022.

MAGALU quer reduzir estoque excessivo de mercadoria após surpresa no 3º tri.


CNN BRASIL: Alberto Alerigi Jr, 12 nov. 2021. Disponível em:
https://www.cnnbrasil.com.br/business/magalu-quer-reduzir-estoque-excessivo-de-
mercadoria-apos-surpresa-no-3o-tri/. Acesso em: 25 nov. 2022.

A LOGÍSTICA do Magazine Luiza. SAC LOGISTICA: Filipe Butta, 14 jan. 2021.


Disponível em: https://saclogistica.com.br/logistica-magazine-luiza/. Acesso em: 25
nov. 2022

IMPORTÂNCIA do layout na logística e como isso pode afetar a produtividade.


TECNOTRI NOVAS, 25 jan. 2021. Disponível em: https://tecnotri.com.br/importancia-
do-layout-na-logistica-e-como-isso-pode-afetar-a-produtividade/. Acesso em: 25 nov.
2022

O QUE é logística? Como funciona? Quais os tipos?. FM2S, 17 ago. 2019.


Disponível em: https://www.fm2s.com.br/blog/o-que-e-logistica-como-funciona-quais-
ostipos#:~:text=Log%C3%ADstica%20%C3%A9%20o%20processo%20de,de
%20maneira%20oportuna%20e%20econ%C3%B4mica. Acesso em: 25 nov. 2022.

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