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Colaborativa
Indaial – 2022
1a Edição
Elaboração:
N972e
ISBN 978-85-515-0518-2
CDD 330
Impresso por:
APRESENTAÇÃO
Olá, acadêmico!
Sabemos que a economia é uma ciência que tem por objetivo administrar, de
forma eficiente, os recursos que estão cada vez mais escassos, sabemos ainda que esta
ciência está inserida constantemente em nosso dia a dia e, nesse sentido, é fundamental
termos conhecimentos para compreendê-la de forma significativa.
Neste livro, faremos uma abordagem geral sobre a nova tendência da economia,
que chamamos de economia colaborativa. Esse novo fenômeno da economia traz
consigo particularidades significativas que levarão você a entender melhor os motivos
pelos quais essa estrutura de negócios está sendo ampliada de forma exponencial.
Para isso, este material foi dividido em três unidades, visando uma estrutura didática
organizada e com conexão entre os conteúdos para um melhor aproveitamento de seu
estudo. Portanto, apresentaremos de forma sucinta o que você encontrará nas unidades
deste livro.
Esperamos que você tenha excelentes estudos e que este material lhe traga
muitas informações para que você as transforme em conhecimentos significativos!
QR CODE
Olá, acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a
você – e dinamizar, ainda mais, os seus estudos –, a UNIASSELVI disponibiliza materiais
que possuem o código QR Code, um código que permite que você acesse um conteúdo
interativo relacionado ao tema que está estudando. Para utilizar essa ferramenta, acesse
as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só aproveitar essa facilidade
para aprimorar os seus estudos.
ENADE
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é um
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confira,
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma
disciplina e com ela um novo conhecimento.
REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 42
REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 86
REFERÊNCIAS.....................................................................................................................138
UNIDADE 1 -
INTRODUÇÃO À ECONOMIA
COLABORATIVA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
1
CONFIRA
A TRILHA DA
UNIDADE 1!
Acesse o
QR Code abaixo:
2
UNIDADE 1 TÓPICO 1 -
O QUE É ECONOMIA COLABORATIVA
1 INTRODUÇÃO
A economia possui um vasto campo de estudo, que abrange muitos aspectos
ligados à sociedade. Em geral, podemos entender que a economia, como ciência, é um
conjunto de atividades desenvolvidas pelo homem para a produção e comercialização
de bens e de serviços necessários à sobrevivência humana e para, de certa forma,
alcançar uma determinada qualidade de vida.
3
Com o avanço tecnológico cada vez mais exponencial, características estão
surgindo e se tornando cada vez mais marcantes. Três principais características serão
citadas neste tópico, a experiencia da marca, a experiência do consumidor e a economia
colaborativa.
ATENÇÃO
As mudanças na vida útil dos produtos não vieram por alteração em sua
durabilidade ou por questões relacionadas ao mau estado do material, as
mudanças ocorreram pela necessidade do consumidor de adquirir novos
produtos de forma mais rápida.
2 A EVOLUÇÃO DO CONSUMO
Faremos aqui uma abordagem histórica e cronológica da evolução da sociedade
do consumo, iniciada no período da Revolução Industrial, quando há um marco na
história que trouxe consigo características muito específicas e únicas dos gostos e dos
consumos de uma sociedade.
Um novo atributo surge dessas sociedades consumidoras que acabam por formar
um ciclo que revela o período muito curto da vida útil de um produto, ou a necessidade
de adquirir um novo produto moderno, o que acaba por tornar sua conquista obsoleta
em pouco tempo, marcando, assim, uma estação do ciclo do consumismo.
O ciclo do consumismo foi se intensificando cada vez mais, até que, no período
entre 1939 e 1945, Segunda Guerra Mundial, a sociedade de consumismo de consolidou.
Surgiu o consumo em massa do pret-à-porter, ou seja, das vestimentas produzidas
industrialmente em série, preocupando-se principalmente com grande quantidade de
produção para proporcionar preços acessíveis, o que acabou por estimular ainda mais
o consumo em massa.
4
Como o principal objetivo das indústrias era a produção em massa, pouca
importância era atribuída à qualidade dos produtos, ocasionando assim a aceleração da
necessidade de troca do produto, em outras palavras, a sociedade consumidora passou
a procurar novas tendências constantemente, e, consequentemente, iniciou-se uma
nova forma de produção e uma alteração no ciclo de vida útil do produto.
Para isso, iremos analisar faixas de tempo que denominaremos neste livro:
Período I, o qual compreende os anos de 1850 até 1945; Período II, que compreende o
período de 1950 até 1980; e Período III, que será descrito a partir de 1980.
IMPORTANTE
A divisão entre períodos serve apenas para evidenciarmos uma separação da postura
do consumidor frente ao tempo de sua época, para que assim seja apresentada de
forma mais clara a mudança de postura do consumidor não apenas nos vestuários,
mas sim de forma a abranger os campos econômicos, sociais e políticos.
5
a buscar o status social ao copiar as vestimentas dos nobres, ou seja, cada novidade nas
roupas dos nobres era copiada e comercializada aos burgueses. Esse ciclo tornava-se
cada vez mais constante. Inicialmente, as novidades eram mais lentas, mas, ao passar
do tempo, as novidades acabaram por se tornar cada vez mais rápidas.
Moda tem muito mais a ver com a vida real do que as pessoas pensam.
Não acredite quando disserem que se trata de coisa para iniciados,
algo restrito ao “mundo fashion”. Há um preconceito concreto para
com a moda, em partes porque o caráter de moda é de fato efêmero
(ela muda oficialmente de seis em seis meses, e seu meio é a roupa)
e porque ela tem a ver com a aparência (supostamente privilegiando
o superficial em detrimento do intelectual: forma vesus conteúdo).
Muitas vezes, a moda é vista também como algo feito para iludir e
enganar, para ajudar no disfarce de ser alguém que, na verdade, não
se é (PALOMINO, 2002, p. 18).
Como podemos ver, assim como o consumismo baseado nas roupas acaba se
tornando acelerado, temos, em outras áreas, a evolução daquilo que estava se tornando
insatisfatório.
Nessa época, o grande acúmulo de pessoas que deixaram as áreas rurais para
migrar para as áreas urbanas se tornou fator de muita exploração das indústrias pela
mão de obra, deixando a maioria da sociedade em situação precária, com baixos salários
e condições insatisfatórias de sobrevivência.
6
O Período II foi marcado pela otimização da produção industrial com grande
destaque a Henri Ford, pelo método de produção em série, e a Taylor, pela organização
científica do trabalho. Esses são modelos inspiradores de produções que mudaram a
cultura da produção das grandes indústrias e que revolucionaram a economia de sua
época. O grande objetivo da época era a grande produção em massa, trazendo consigo
a diminuição do preço do produto fazendo com que aumentasse o consumo. Talvez
um dos grandes problemas enfrentados pela produção em série seja a dificuldade de
oferecer novos produtos em pouco espaço de tempo. A título de exemplo, é possível
verificar que as produções em série, de Ford, produziam centenas de carros iguais, em
pouco espaço de tempo e com baixo custo. Porém, ao atingir-se uma grande parcela
da população, era necessário alterar sua produção para outros tipos de carros, aqui
podemos ver então a insolência planejada juntando-se com a aceleração do ciclo de
vida dos produtos.
7
capazes de apresentar uma infinidade de funções, como receber e enviar e-mails,
agenda de compromissos, alarme, enviar e receber mensagens instantâneas de texto
e de voz, tirar fotografias, enviar vídeos e imagens, armazenar informações, e, por fim,
fazer ligações.
Toda essa evolução ocorreu em menos de 50 anos, período muito curto para
uma evolução enorme ocorrida apenas nos aparelhos celulares. No caso da vestimenta,
podemos espelhar essa evolução e a necessidade de produtos cada vezes mais novos.
O ciclo de vida dos celulares e dos smartphones está cada vez menor e a necessidade
de consumi-los cada vez maior.
A economia colaborativa tornou-se viável visto sua função nas mídias sociais,
facilidade de formas de pagamentos e possibilidade de planejamento, acompanhamento
e inserção de informações por meio de smartphones. Essas informações podem ser
confirmadas pela pesquisa do Comitê Gestor de Internet do Brasil (CGI) realizada em
8
2015, que afirma que 58% da população brasileira têm acesso à internet e, desses, 89%
fazem em sua maioria o acesso pelo celular, o que torna o ambiente favorável a negócios
pautados no acesso mobile (NIC.BR, 2016).
ATENÇÃO
É fácil você encontrar muitos exemplos de economia colaborativa nos tempos
atuais, grande parte das plataformas virtuais que oferecem serviços on-line
gratuitamente utiliza a essência da economia colaborativa.
9
Podemos citar características específicas de uma sociedade em rede, como
“[…] novos modelos de consumo e produção, novas formas de trabalho e renda,
informatização dos meios de comunicação, o que [...] modifica e cria novas conexões
morfológicas continuamente” (CIPRIANO; CARNIELLO, 2018, p. 187). Frente a esse
cenário de mudanças, alguns desafios vêm surgindo, porém, uma onda de revolução
está prestes a se tornar realidade em curto prazo.
10
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
11
AUTOATIVIDADE
1 Ao longo do tempo, a sociedade consumidora alterou os padrões de consumo; como
exemplo, podemos citar um vestuário que tinha uma vida útil em um determinado
tempo na história e passou a ter sua vida útil reduzida em outro período. Esse fato
se deu por conta da evolução da sociedade do consumo. Baseado neste contexto,
quanto ao que justifica a redução da vida útil de produtos ou de serviços ao longo do
tempo, assinale a alternativa CORRETA:
12
3 Na era da tecnologia, várias vantagens são potencializadas para que a economia
colaborativa ganhe mais espaço nesse cenário. Com o avanço tecnológico e a
possibilidade de utilização de várias plataformas digitais, várias conexões são
possibilitadas, fatores que acabam por influenciar na economia colaborativa. Frente
a esse cenário promissor, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as
falsas:
a) ( ) V - F - F.
b) ( ) V - F - V.
c) ( ) F - V - F.
d) ( ) F - F - V.
4 Ao longo do tempo, a vida útil dos produtos, bens e serviços foi diminuindo, mesmo
que sejam fabricados com a mesma matéria-prima e utilizando-se os mesmos
processos de fabricação; na verdade, a redução da vida útil não teve relação com a
matéria-prima, mas sim com a sociedade de consumo que alterou seus padrões ao
longo do tempo. Disserte sobre quais motivos levaram a sociedade do consumo a
alterar seu comportamento.
13
14
UNIDADE 1 TÓPICO 2 -
QUAIS OS IMPACTOS NA ECONOMIA E
NOS NEGÓCIOS
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, buscaremos evidenciar os impactos causados pela economia
colaborativa dentro do mundo dos negócios. É evidente que os empreendimentos, lojas
e novos negócios que possuem a concepção trazida pela economia colaborativa devem
possuir características e diferenciais frente ao mercado que os rodeia.
15
2 A ECONOMIA COLABORATIVA E O DIFERENCIAL
COMPETITIVO
A busca por serviços e bens que devem ser consumidos, combinados entre
si, ou não, de formas sustentáveis, buscando a economia e a colaboração entre seus
usuários, é a essência da economia colaborativa. Podemos verificar que Macedo
(2017) apresenta a economia colaborativa como algo que estimula a reflexão de forma
significativa, proporcionando mudanças nos hábitos de se trabalhar, de gerenciar os
negócios e entre outros aspectos ligados ao empreendedorismo.
É por meio desse contexto que as lojas colaborativas estão ganhando espaço
e mostrando o seu diferencial competitivo dentro de um mercado financeiro, onde
as micro e pequenas empresas têm a possibilidade de oferecer seus espaços para a
comercialização de produtos, visando compartilhar custos de locação, manutenção e
marketing, entre outros.
16
O diferencial competitivo de lojas que buscam esse modelo de negócio está
centralizado nas estratégias e inovações de empreendimentos com fins específicos de
inovação e de diferentes formas que seus negócios podem assumir.
Trabalhar de forma colaborativa já está na essência do ser humano, uma vez que
é um ser social e deve manter relações com outros indivíduos que estão ao seu redor.
Para tanto, é fundamental a atuação de forma colaborativa a fim de manter a união de
todas as pessoas que o cercam. Sendo assim, é evidente que a busca por formas de ajuda
mútua, para melhor compartilhar ações constantemente, promove a sustentabilidade e
a diminuição do desperdício. A partir do avanço tecnológico, um novo movimento está
ganhando força, o pensamento que visa ao combate ao desperdício e ao aumento da
eficiência dos recursos naturais combatendo, assim, o consumismo desenfreado.
IMPORTANTE
Com o avanço da economia colaborativa, um novo conceito é inserido
automaticamente no mercado e, consequentemente, a sociedade
consumidora acaba por transformar seus hábitos novamente, agora se
preocupando mais com as relações de sustentabilidade e de economia de
consumo.
17
1. Inovação de produtos: representada pela mudança de produtos
e serviços que a empresa oferece aos consumidores;
2. Inovação de processos: mudanças na forma em que os produtos/
serviços são criados e entregues, inclui mudanças significativas
nas tecnologias, equipamentos e logística;
3. Inovação de posição: constituída por mudanças no contexto em
que produtos e serviços são introduzidos;
4. Inovação de paradigma: deriva de mudanças nos modelos
mentais subjacentes que orientam o que a empresa faz
(BESSANT; TIDD, 2009, p. 42).
Quanto maior for o alinhamento dos objetivos, a clareza das ideias inovadoras
e o equilíbrio do negócio, maiores serão as chances dos retornos financeiros do
empreendimento, assim como também as vantagens competitivas das empresas.
18
Podemos aqui fazer um acompanhamento histórico buscando indícios da
economia colaborativa em ordem cronológica; a exemplo, podemos citar o período que
compreende 1990-2000, em que podemos verificar em filmes e noticiários americanos
as famosas vendas de garagens que são produtos, brinquedos, roupas etc. usados e
expostos nas garagens das casas das pessoas, com intuito de comercializá-los para
obter uma renda e um faturamento extra. Por meio desse pensamento surgiram os
espaços virtuais na internet – com empresas de troca de roupas como a Clothing
Swap ou, ainda, de venda de cosméticos, como a Make Up Alley –, foram aprimoradas
plataformas que servem de trocas e venda de produtos usados.
E de 2009 até os tempos atuais, estão no auge os sites e serviços que buscam
o consumo colaborativo. Eles estão se tornando mais sociais ao mesmo tempo que a
integração das plataformas das redes sociais, como é o caso do Facebook, está se
alastrando dentro desse mundo colaborativo.
19
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
20
AUTOATIVIDADE
1 A economia colaborativa, em sua essência, visa estimular a reflexão de forma
significativa, proporcionando mudança de hábitos e de trabalhos, de gerenciamento
de negócios entre outros aspectos ligados ao empreendedorismo. Quanto a uma das
características da economia colaborativa, assinale a alternativa CORRETA:
21
( ) Plataformas on-line estão surgindo para acabar com os serviços ou bens que são
oferecidos nos empreendimentos tradicionais.
( ) Empreendimentos que se utilizam do conceito da economia colaborativa, em sua
essência, não se preocupam com a reutilização dos recursos naturais.
( ) As interações virtuais ajudam de forma colaborativa e impulsionam a essência da
economia compartilhada.
a) ( ) V - F - F.
b) ( ) V - F - V.
c) ( ) F - V - F.
d) ( ) F - F - V.
22
UNIDADE 1 TÓPICO 3 -
ENGAJAMENTO SOCIAL NA
PROPOSIÇÃO DE INOVAÇÃO DENTRO
DA ECONOMIA COLABORATIVA E O
EMPODERAMENTO DO CONSUMIDOR
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico apresentaremos o engajamento social dentro do conceito de
economia colaborativa, evidenciando a participação do público feminino frente a
projetos que utilizam os conceitos relacionados à colaboração mútua para alavancar
seus empreendimentos, ao mesmo tempo que serão apresentados exemplos que foram
muito bem-sucedidos e que estão movimentando a economia colaborativa dentro do
cenário virtual.
23
Não somente para problemas sociais, mas em qualquer situação, propor
soluções é complicado quando não se conhece o problema em questão. É por meio
dessa reflexão que vamos evidenciar a desigualdade salarial entre homens e mulheres,
um problema que se discute ao longo do tempo. Além disso, é um problema social que
muitas pessoas na nossa sociedade não conhecem ou, quando conhecem, não têm
dimensão real do seu tamanho.
24
A segregação sexual no Brasil é evidente já nos cursos de graduação, em que
é possível verificar o elevado número existente no Brasil em comparação aos EUA. Os
dados do IBGE (2018) apresentam que o público feminino representa 20% nos cursos de
engenharia e 40% nos cursos de economia.
Não é difícil realizar uma pesquisa na internet e descobrir mulheres que estão
se dedicando a trabalhos como crochê, costuras, e outros afazeres artesanais que
iniciaram como hobby ou terapias e foram evoluindo periodicamente, gerando fontes
novas de renda e se consolidando no mercado de trabalho. A participação colaborativa
entre as mulheres é mais vista, mas comumente as mulheres buscam a colaboração
mútua em treinamentos, dicas, técnicas que são compartilhadas e em conjunto formam
uma sociedade colaborativa e movimentam a economia de suas regiões.
ATENÇÃO
A participação do público feminino em cursos de graduação ofertados na
área de exatas é bem limitada e isso acaba por refletir na baixa participação
do público feminino nos empreendimentos nacionais.
Com o passar do tempo, uma nova sócia ingressou neste novo empreendimento,
chamada Heloisa Godoy, que contribuiu para criação de um espaço virtual com perfil
idealizado e conduzido por mulheres. Chegaram à criação de uma plataforma virtual
chamada de Espichamos.com. Esse é um exemplo de empreendedorismo, inovação
e criatividade que se utiliza dos conceitos da economia colaborativa visando à
sustentabilidade, à preocupação com o meio ambiente, juntamente com a ideia da
colaboração mútua entre as pessoas da mesma sociedade. Exemplos como esses são
capazes de evidenciar que o cenário virtual potencializa a participação ativa do público
feminino por sua criatividade, inovação e atenção aos detalhes da vida comum que toda
família possui, aliada ao conceito da economia colaborativa que busca criar, produzir,
distribuir, trocar e/ou consumir bens e serviços disponibilizados por diferentes pessoas
e organizações.
25
3 DISCUSSÃO SOBRE EVENTOS DE ECONOMIA
COLABORATIVA E O ENGAJAMENTO SOCIAL
Atualmente, grande é a quantidade de informações da quais temos que nos
apoderar durante o dia para absorver e tomar decisões que estão cada vez mais rápidas
e precisas. Na era da sociedade digital, uma enxurrada de notícias, pesquisas, troca
de informações e os mais variados assuntos são constantemente utilizados. “No final
do século XX, a dinamização dos fluxos informacionais pelo mundo trouxe um passo
importante da expansão dos meios de comunicação, caracterizando a era da informação,
em substituição à era industrial” (CIPRIANO; CARNIELLO, 2018, p. 188).
26
Os autores e pesquisadores Cipriano e Carniello (2018) apresentaram, em sua
pesquisa sobre a economia colaborativa e novos modelos de negócios viabilizados pela
comunicação digital, exemplos do engajamento social de empreendimentos que foram
bem-sucedidos.
Perceba, assim, que a criatividade pode ser desenvolvida passo a passo para
solucionar as diversas situações do ambiente empresarial. Cada etapa do processo
criativo se complementa e, ao final, gera um plano de ação.
4 EMPODERAMENTO DO CONSUMIDOR
A ideia de colaboração entre os serviços pode trazer inúmeras vantagens, como
a redução do custo, que torna o produto ou serviço com baixo preço e de fácil acesso
e permite maior potencialidade na produção e na qualidade dos produtos ou serviços
prestados. Isso acontece porque, com a colaboração de outros setores terceirizados,
existe a possibilidade de foco maior nas atividades principais dos empreendimentos.
Outra vantagem é a criação de networking, que são redes de informações conectadas
entre empresas, pessoas ou grupos que podem oferecer diversas vantagens competitivas
dentro do mercado.
Além disso, você verá que a sociedade exerce sua parte de comprometimento
dentro da economia colaborativa, pois é por meio do relacionamento entre a sociedade
que é possível a oferta de troca de produtos ou de serviços. Ainda nessa perspectiva,
27
é fundamental que o empreendedor sinta a necessidade do seu público para oferecer
melhores serviços e produtos. Para isso, características essenciais serão detalhadas,
como interesse real, conhecimento específico, liberdade de pensamentos, coragem,
entre outras.
E, talvez por esse motivo, a economia colaborativa tem chamado a atenção dos
consumidores de forma significativa, pois tem como foco central a priorização de acesso
a bens e serviços, ao contrário de priorizar a posse de tais bens e serviços, ou seja, há
um ditado muito comum dentro da economia colaborativa que diz que, se você quer
um furo na parede, você não precisa comprar uma furadeira e uma broca, você pode
emprestar a furadeira e a broca para conseguir o furo na parede sem necessariamente
possuir a furadeira.
28
A terceirização é uma via de acessos a esses itens fundamentais para os
negócios, porém, de forma mais simples e com menor custo. Empresas que trabalham,
por exemplo, com notebooks e impressoras, ao invés de adquirir esses bens pode alugá-
los por determinado período, evitando, assim, um custo de aquisição e pagando por um
aluguel; as despesas com manutenção e depreciação do aparelho não farão parte dessa
empresa.
29
conjunto, ofereçam sempre a melhor oferta de serviço e de mercadoria para consumo.
Dessa forma, ambos os empreendimentos contam com a possibilidade de crescerem
em paralelo.
30
interesses em comum. Trocas de informações oferecidas de forma gratuita são exemplos
corriqueiros que podemos citar, grande parte dos serviços ofertados são gratuitos e
funcionam como moeda de troca. Por exemplo, o Couchsurfing é uma plataforma virtual
que oferece acomodação gratuita para turistas.
31
LEITURA
COMPLEMENTAR
ECONOMIA COLABORATIVA: NOVOS MODELOS DE NEGÓCIOS VIABILIZADOS
PELA COMUNICAÇÃO DIGITAL
Owyang, Tran e Silva (2013) identificam três fases nas relações de mercado, que,
em parte, foram guiadas pelas novas tecnologias: a era da experiência de marca, na qual
a web tornou informação mais acessível, mas que ainda é realizada da empresa para
consumidores; a era da experiência do consumidor, na qual consumidores publicam
conteúdos eles mesmos por meio das mídias sociais; e a era da economia colaborativa,
na qual consumidores estão empoderados para trocar bens e serviços entre si, o que
tornou-se viável em função das mídias sociais, sistemas de pagamento e conectividade
por dispositivos móveis.
32
no acesso mobile (CGI, 2016). Tal cenário comunicacional converge e se funde aos
demais processos da sociedade, em uma dinâmica de transformação que aponta para
tendências e desdobramentos sociais, culturais e econômicos.
33
O objetivo geral deste artigo é compreender a estrutura dos modelos de negócio
de empresas que operam em ambiente digital, pautadas no conceito de economia
colaborativa. Para isso, fez-se necessário identificar a estrutura das empresas com novos
modelos de negócio baseados no conceito de economia colaborativa; e compreender
como se dá o processo de inovação e formação de empresas que atuam com economia
colaborativa no contexto da comunicação digital.
34
Nesse ambiente, se o indivíduo ou organização souber transformar a informação
em conhecimento a sua capacidade de produção aumenta. Com a era digital, a busca
por informações se tornou mais fácil, posto que há muito conteúdo na internet, porém, o
conhecimento estratégico fundamental para o processo de produção e competitividade
está em mãos de pequenos grupos que detém um grande capital. Para o desenvolvimento
dessa nova economia, informação, conhecimento e tecnologia são fatores essenciais.
Este é o ambiente no qual se desenvolvem alguns modelos de economia colaborativa
(CASTELLS, 2000).
35
A Economia Colaborativa possui sua essência pautada no relacionamento entre
as pessoas, uso de tecnologia, colaboração e compartilhamento. O valor não está na
necessidade de ter algo, e sim na sua utilidade. Além de ser uma nova economia, é uma
ideologia que deve se estender ao longo do tempo, visto que os recursos são finitos, o
que impulsiona movimentos em torno da redução de desperdícios.
36
inovação, a partir da primeira metade do século XX, os investimentos em pesquisa e
desenvolvimento foram ampliados nos países capitalistas, avançando principalmente
em comunicação, transporte, meios de energia, medicamentos e matérias-primas.
37
de um segmento, desestabilizando um mercado ou um concorrente. Essa inovação
disruptiva não é necessariamente colaborativa. O que se observa atualmente é uma
tendência a ser colaborativa em função da disponibilidade tecnológica de comunicação
global em rede, bem como por mudança no comportamento do consumidor, mas não
é uma regra. A condição para que aconteça de fato a disrupção é que reconfigure um
mercado existente ou crie um novo até que substitua o existente, e a colaboração não
necessariamente está incluída nisso. A economia colaborativa é usada como um meio
para que a disrupção ocorra, mas há casos em que há ruptura sem colaboração. O nível
de colaboração e de disrupção vão depender das tipologias de interação colaboração
de cada modelo de negócio. Stokes, Clarenson, Anderson e Rinne (2014) propõem uma
categorização para os tipos de interação: Business-to-Consumer (B2C): interação
entre consumidores e empresas; - Business-to-Business (B2B): interação entre uma
empresa e outras empresas; Peer-to-Peer (P2P): interação entre duas ou mais pessoas
para trocar de bem ou serviço facilitado e apoiado por uma empresa, organização ou
plataforma que não é diretamente envolvido na transação. Consumer-to-Business
(C2B): interação entre os consumidores e uma empresa onde a empresa beneficia e
paga pelo conhecimento ou bens do consumidor. Tais interações podem gerar vários
tipos de colaboração: de consumo; de produção, de conhecimento, de finanças (STOKES
et al., 2014).
FONTE: CIPRIANO, M. L.; CARNIELLO, M. F. Economia colaborativa: Novos modelos de negócios viabilizados
pela comunicação digital. Comunicação & Informação, Goiânia , v. 21, n. 3, p. 185-206, out./dez. 2018.
Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/ci/article/view/53491. Acesso em: 23 jan. 2022.
38
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
39
AUTOATIVIDADE
1 A participação das mulheres nos empreendimentos tradicionais já tem se mostrado
limitada, mesmo que haja políticas de incentivos para a participação do público
feminino com o avanço das tecnologias. Sobre o assunto, assinale a alternativa
CORRETA:
40
FONTE: GALVÃO, J. de C. Desigualdade salarial entre homens e mulheres. Politize! 3 mar. 2016. Disponíel
em: https://www.politize.com.br/desigualdade-salarial-entre-homens-e-mulheres/. Acesso em: 31 jan.
2021.
a) ( ) V - F - F.
b) ( ) V - F - V.
c) ( ) F - V - F.
d) ( ) F - F - V.
41
REFERÊNCIAS
ALENCAR, E. M. L. S. Promovendo um ambiente favorável à criativadade nas
organizações. RAE - Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 38, p.
18-25, abr./jun. 1998.
OWYANG, J.; TRAN, C.; SILVA, C. The collaborative economy: products, services, and
market relationships have changed as sharing startups impact business models. To
avoid disruption, companies must adopt the collaborative economy value chain. San
Mateo, CA: Altimeter Group, 4 jun. 2013. Disponível em: http://www.collaboriamo.org/
media/2014/04/collabecon-draft16-130531132802-phpapp02-2.pdf. Acesso em: 15
jan. 2022.
42
SARFATI, G. Prepare-se para a revolução: economia colaborativa e inteligência artificial.
GVExecutivo, São Paulo, v. 15, n. 1, p. 25-28, jan./jun. 2016.
43
44
UNIDADE 2 —
IMPLICAÇÕES DA
ECONOMIA COLABORATIVA
NAS EMPRESAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
45
CONFIRA
A TRILHA DA
UNIDADE 2!
Acesse o
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46
UNIDADE 2 TÓPICO 1 —
COMO IMPLANTAR UM MODELO
DE ECONOMIA COLABORATIVA
EM EMPRESAS TRADICIONAIS
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, veremos algumas possibilidades de como podemos implantar
a cultura da economia colaborativa visando a alteração dos padrões tradicionais de
empresas que estão atuantes no mercado. Nesse sentido, abordaremos as revoluções
que precisam ser feitas no enfoque cultural das empresas para que elas voltem suas
atenções aos conceitos relacionados à economia colaborativa.
Para que isso seja feito de forma mais didática, separamos nos primeiros tópicos os
enfoques relacionados à economia colaborativa e as revoluções nas relações de trabalho.
Será apresentada a revolução trazida pela evolução tecnológica, que está relacionada ao
impulso gerado pela sociedade consumidora que tem aumentado nos últimos tempos.
Em paralelo, é possível observar que existe um grande potencial que pode ser aproveitado
principalmente nesse cenário de pandemia vivenciado ao longo dos últimos anos.
47
significativos. Entenderemos que começam das legislações vigentes até a mudança de
postura e cultura das empresas. Esses assuntos e muito mais serão apresentados nos
próximos subtópicos desta unidade. Esperamos que tenha ótimos estudos.
A visão individualista da posse também sofre alteração, isso porque pela nova
tendência da economia colaborativa, a posse do produto deixa de ser individual e passa
a ser coletiva, diferentemente dos modelos retratados na história em que a posse era
apresentada com uma perspectiva econômica voltada para as comunidades primitivas.
48
tradicionais, mas em uma nova perspectiva que está “[…] desafiando a hermenêutica da
legislação posta para a subsunção dos fatos da nova realidade” (KAMINSKI; KUIASKI, 2020,
p. 90).
O impacto dessa nova alternativa tem ocorrido não apenas nas vidas dos
trabalhadores e dos empresários, mas também em todos os aspectos econômicos do
país, pois são fundamentais a readequação e a estruturação internacional do trabalho.
Quando voltamos nossos olhares para os empreendimentos contidos no mercado de
negócios, podemos entender que esse mercado global possui “vida própria”, ou seja, ele
vai se desenvolvendo conforme ocorrem os jogos de forças entre empreendedores e
empresários. Dentro desse ambiente, está o comércio, que atua com a movimentação de
capitais e de mão de obra.
Até mesmo essa barreira cultural que foi superada se tornou uma oportunidade
para divulgação de produtos e serviços que ganharam notoriedade internacional e acabou
por chamar a atenção e permitir conquistar desejos que não existiam até o momento.
Porém, uma das fragilidades apresentadas pela sociedade consumista é a velocidade
da evolução tecnológica, que afeta a sociedade diretamente. Isso porque, conforme as
tecnologias evoluem rapidamente, os desejos e as necessidades da demanda e a procura
alteram-se de forma imediata, e oferecer rapidez e agilidade nesse mercado tornou-se
fundamental para a empresa se manter dentro desse cenário. Além disso, fluidez e liquidez
são fundamentais, não só no consumo, mas em toda a sociedade e também dentro do
mundo do trabalho.
49
NOTA
É provável que o primeiro autor a utilizar o termo crowdsourcing foi Jeff Howe. Este
termo é a combinação das palavras crowd, que significa multidão e outourcing, que
significa terceirização, ou seja, em português podemos entender a combinação
de ambas as palavras como pluriterceirização, que representa o serviço realizado
por inúmeros trabalhadores.
50
3 DESAFIOS DA ECONOMIA COLABORATIVA EM EMPRESAS
TRADICIONAIS – COMO IMPLANTAR?
A implantação da economia colaborativa nas empresas tradicionais envolve
muitos desafios futuros, iniciando com a legislação brasileira, que não envolve os
processos e normativas em seu fluxo diário, passando pelas políticas internas de
conscientização pessoal por parte dos envolvidos no processo pessoal de implementação.
Nesse sentido, uma empresa que está no ambiente virtual possui pouca
materialidade, mas, por outro lado, possui uma significativa notoriedade visual, por estar
em um ambiente tecnológico. Isso se justifica, por exemplo, ao se observar a marca da
empresa Uber, que, ao longo de um curto período de tempo, mostrou que seu modelo
estrutural está segmentado no dentro do mercado.
É fundamental entender que, nos últimos anos, o mercado se formou como fruto
de um fenômeno globalizado. Nesse sentido, os mercados não estão sob o controle dos
Estados ou de países que possuem determinadas características. Porém, adentrar a essa
globalização é o mesmo que possuir as principais atividades produtivas que estão sendo
organizadas em escala global. Ser uma empresa globalizada significa estar diretamente
ligada a uma rede mundial de conexões que conecta diversos agentes econômicos.
Nessa dinâmica, a própria produtividade, e também a concorrência, respeitam a lógica
de interação de uma rede geograficamente globalizada.
52
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
53
AUTOATIVIDADE
1 A motivação inicial de se trabalhar com a economia colaborativa vem pela busca de
otimização consciente da utilização dos bens e serviços que já foram produzidos
e que se encontravam de forma ociosa. Sobre esse pensamento relacionado às
relações de trabalho, assinale a alternativa CORRETA:
54
( ) A mão de obra, ou ainda, a corretagem da mão de obra, não é o principal elemento
coordenado pelos ambientes virtuais.
( ) A barreira em relação à cultura dos funcionais não será ultrapassada com a
economia colaborativa.
( ) Talvez um dos pontos que podemos citar como negativo da economia colaborativa
esteja relacionado à sociedade precarizada.
a) ( ) V - F - F.
b) ( ) V - F - V.
c) ( ) F - V - F.
d) ( ) F - F - V.
55
56
UNIDADE 2 TÓPICO 2 -
NOVAS OPORTUNIDADES
DE NEGÓCIO E INOVAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, veremos quais são as novas oportunidades de negócios que a
economia colaborativa apresenta frente às necessidades de inovação. Veremos que a
inovação possui uma relação com a apresentação de algo novo, ou que, às vezes, já
pode até existir, mas é apresentado de uma outra forma, em outra perspectiva. Esse
é o caso da economia colaborativa que, embora pareça um conceito novo, já existe há
vários anos, porém, neste momento que estamos vivenciando, houve a oportunidade de
apresentar ou inovar esse conceito.
57
2 CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO NO NOVO CENÁRIO DE
NEGÓCIOS
Entendemos como óbvio que nem sempre a inovação é a garantia do sucesso,
porém é absolutamente indiscutível que há corporações intensamente vivas para o
mercado, o aperfeiçoamento e o melhoramento com referência às regras dos jogos de
mercados. A inovação é o que torna o bem ou o serviço cada vez melhor, ainda mais na
busca por agregar valor à marca, o que proporciona destaque em relação à concorrência.
Sabemos que o termo “inovação”, deriva do latim innovare, que quer dizer
“renovar”, “mudar”. Na perspectiva da administração, economia e contabilidade,
esse termo tem o significado de uma ideia nova, ou de alguma coisa criada sem
necessariamente parecer com padrões anteriormente estabelecidos. No dicionário você
irá encontrar a definição do termo como “ato ou efeito de inovar” (INOVAÇÃO, 2022, s. p.).
Talentos individualistas e foco nos problemas não são e não fazem nenhuma
inovação, isso é fato. O que podemos perceber é que uma inovação leva a outra e esse
processo acaba por proporcionar várias melhorias contínuas.
Podemos então perceber que a inovação é uma habilidade que o indivíduo tem
de transformar algo que já existe em um recurso novo que visa a busca por riqueza.
Desse modo, qualquer que seja a mudança no potencial do produtor de riqueza em
relação aos recursos que já existem gera, por consequência, a inovação.
58
Vale ressaltar que, em uma dimensão ainda mais abrangente, podemos dizer
que as inovações, além de estarem associadas a desenvolvimento de novos produtos,
podem estar associadas a criação e melhoria de processos, relacionamentos com
clientes, serviços agregados, sistemas de crédito ou cobrança e relacionamentos com
a comunidade. Concluímos, dessa forma, que é sempre necessário ter um pensamento
inovador e um espírito empreendedor.
IMPORTANTE
Quando falamos em inovação de produtos, estamos nos referindo às suas
características tangíveis ou intangíveis. A inovação irá criar uma “diferença” notável
do produto em relação aos demais, de forma que seu valor mude, atingindo o
interesse do cliente. A inovação pode acontecer ao longo da vida de um produto
de forma progressiva ou complementar. As mudanças, no entanto, devem ser
significantes. Entenda que a simples troca de cor, textura ou estilo não pode ser
considerada inovação, pois são necessárias alterações de maior valor.
Como exemplo, imagine um aparelho de DVD que, no início, somente fazia leitura
de DVD e CD. Depois de passar pela inovação, adquiriu novas funcionalidades como ler
Blu-ray e Blu-ray 3D. Podemos notar que não foram apenas as características básicas
que mudaram, as novas funcionalidades trazem maior valor agregado ao produto.
59
IMPORTANTE
Quando falamos em inovação de processos, estamos nos referindo ao
processo que traz algum tipo de tecnologia inédita ou que sofreu modificações
consideráveis, tal ponto engloba também novos ou aprimorados métodos
para o processo logístico (como o produto vai acondicionado? E como garantir
a sua preservação?). Assim como na inovação de produtos, as mudanças
pequenas (ou alterações burocráticas simplesmente ligadas à organização)
não podem ser consideradas inovação.
60
Assim, o mercado precisa de pessoas que sonham e que se arriscam, que
são criativas e invistam em novas ideias. Há uma demanda crescente para gente que
impulsiona a economia e os hábitos de consumo cada vez mais.
61
Em oposição, há a tese de que o pensamento capitalista está apoiado na crença
errônea de que essa economia se sustenta no crescimento contínuo e não leva em
consideração que os recursos se tornarão escassos visto que existe a capacidade
destrutiva causada pelo consumo constante.
Qualquer que seja o processo utilizado, a bem da verdade, é que havia limitações
naturais relacionadas às questões de alto custo de investimento em publicidade, fator
impeditivo do crescimento das empresas em relação à existência de seus produtos, ou
relacionadas a distâncias territoriais e aos fretes que, em muitos casos, são proibitivos
para o acesso.
62
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
63
AUTOATIVIDADE
1 Sabemos que, em um empreendimento bem-sucedido, não existe uma receita pronta
e acabada que levou ao sucesso, porém, é possível sempre observar que a inovação
está presente nesses empreendimentos bem-sucedidos. Sobre o termo “inovação”,
assinale a alternativa CORRETA:
I- Uma pessoa inovadora é aquela que enxerga um bem ou um serviço com novas
características, ressaltando o que há de melhor e vestindo uma nova roupagem.
II- A inovação é um conceito muito abrangente que deve ter seu foco em todas as
áreas do conhecimento, principalmente para a criação de novos bens ou serviços.
III- A inovação está associada à criação de produtos ou serviços que já existem voltados
para a melhoria do processo.
3 Podemos perceber que existem dois tipos de inovação presentes nos produtos e
nos processos de uma empresa e existem diferença entre ambos que devem ser
consideradas. Nesse sentido, não se pode ignorar as diferenças. Diante desse
contexto, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
64
( ) Inovação de produtos refere-se às características de bens tangíveis e intangíveis,
nas quais há uma significativa diferença nos produtos ou no serviço para atingir o
interesse do cliente.
( ) Em relação ao produto, podemos simplesmente fazer a troca de cor, textura ou
estilo do produto que basta para que ele se torne um produto inovador.
( ) Inovação de processo está na perspectiva de fazer algum tipo de tecnologia
inédita ou com significativas modificações que englobam novos aprimoramentos
metodológicos.
a) ( ) V - F - F.
b) ( ) V - F - V.
c) ( ) F - V - F.
d) ( ) F - F - V.
4 Dentro de um empreendimento existem estruturas que visam focar suas atenções nos
produtos, mas também existem aqueles departamentos gerenciais que estão focados
no processo e são desenvolvidos operacionalmente. Em ambos os departamentos
está a importância de se inovar, e, para isso, há duas características singulares
de inovação, a de produto e a de processo. Disserte sobre essa característica de
inovação de produtos e de inovação de processos.
65
66
UNIDADE 2 TÓPICO 3 -
A EXPERIÊNCIA DO USUÁRIO E
A IMPLANTAÇÃO DA ECONOMIA
COLABORATIVA NO BRASIL
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, iremos discutir as experiências do usuário na implantação da
economia colaborativa dentro das empresas. Abordaremos como funciona a manutenção
da economia colaborativa organizacional e, para isso, iremos falar dos novos modelos de
empreendimento que estão surgindo, como utilizam-se da internet para manter-se no
mercado e como fazem para inovar seus bens e serviços.
67
Também evidenciaremos o surgimento da economia colaborativa no cenário
brasileiro, embora esse assunto nos pareça ser novo, meios colaborativos de trabalhos
já são explorados com certos períodos constantes. Mesmo que a economia colaborativa
esteja ganhando espaço considerável no Brasil, a ideia de se ter uma empresa tradicional
é muito forte e a sociedade ainda se mantém na cultura da posse de um bem ou de um
serviço, ao invés do compartilhamento.
Novos modelos de negócios estão surgindo a partir desse cenário que está
traçado, muitas vezes sendo suportados por ideias, propostas, produtos ou serviços
que estão fazendo uma ruptura proporcionada pelas tecnologias de comunicação
e informação e pelo acesso compartilhado oferecido pela internet. Os novos
empreendedores aproveitam-se da internet para oferecer produtos e serviços que serão
entregues por meio das plataformas virtuais, muitas vezes podendo ser acessados por
meio de dispositivos móveis. Esse acesso é um meio mais rápido e fácil para se utilizar
esses novos modelos de negócios relacionados a diferentes formas de manter as
relações econômicas e sociais, e isso faz com que se torne consequência de um novo
tipo de engajamento social e econômico, em que o ser humano está centralizado e
apoiando as demais redes de colaboração e compartilhamento.
68
A força dessas razões e modelos está embarcada nas estratégias de
melhoria e inovação dessas empresas, negócios, produtos e serviços,
que se aprimoram, transformam e tornam modelos superados e/
ou estagnados mais acessíveis e transparentes. Esses negócios se
encontravam estagnados ou cristalizados, devido a fatores como
legislação superada pelo movimento do consumo ou mudanças das
gerações de consumo, pelas altas barreiras de entrada, nas quais,
geralmente, os serviços públicos e privados são falhos ou ineficientes
e de alto custo (SILVEIRA, 2017, p. 144).
Seja como for, algumas redes estão se tornando muito conhecidas e utilizadas,
como é o caso da Uber e da Airbnb. A revolução da Uber está nos meios de transportes
individuais que se utilizam da plataforma para obter um serviço de maior qualidade e
confiança, e nas redes de hotelaria e hospedagem, a nível mundial, que estão sendo
revolucionadas pela Airbnb. Outros serviços também podem ser citados aqui como Easy
taxi, 99 taxi, Truckpad e o Zipcar.
É possível observar que uma série de relações estão sendo levantadas a partir
da economia colaborativa, como a expressão que está em baseada nas estratégias
inovadoras das empresas, que estão alterando o mercado e criando um novo movimento.
Tais mudanças estão seguindo os agentes envolvidos com a criação e a escolha, a
adaptação e a consequência de se utilizar essas formas de compartilhamento em nosso
cotidiano.
É nesse sentido que os novos empreendimentos devem mudar sua cultura para
promover a venda do uso do produto e não propriamente o seu produto. Isso porque
essa forma de vender o uso pode trazer novas fontes de faturamento.
69
Além disso, é fundamental que esses empreendimentos consigam motivar e
apoiar os revendedores. Uma das formas pelas quais é possível fazer essa motivação
é oferecer a oportunidade de revender um produto comprado na loja, que não estiver
utilizando mais em uma plataforma virtual da própria loja. A princípio, parece uma
proposta desafiadora e de muito risco, pois, pode acontecer de a empresa parar de
vender seus produtos e os clientes começarem a adquirir apenas os produtos que estão
sendo revendidos por pessoas que não os utiliza mais.
70
3 OPERACIONALIZAÇÃO DA CULTURA COLABORATIVA
DENTRO DAS EMPRESAS
Sem dúvidas, a cultura de um modelo de empreendimento que leva a economia
colaborativa, deve valorizar a gestão de pessoas que objetivam, de forma coletiva, a
participação de todos os profissionais de forma conjunta, visando sempre a tomada
de decisões baseada na decisão em conjunto em prol de atingir bons resultados. Não
é fato que uma equipe profissional formada por pessoas confiantes pode alavancar o
crescimento e o desenvolvimento de uma empresa?
71
A gestão colaborativa é feita de forma horizontal e depende muito da forma
com que a liderança conduz as atividades, esta liderança deve ser democrática e os
líderes devem estimularem as equipes para participarem de ações, principalmente
quando incluem estratégias relevantes para a organização, por sua vez, é fundamental
que os colaboradores entendam que as cobranças venham com objetivo de melhorar
ou de alcançar os resultados que a empresa busca.
Qual colaborador que não gosta de ser valorizado, ou mesmo de ser ouvido?
Qualquer pessoa quer ser ouvida com atenção, principalmente no ambiente profissional.
Quando um colaborador sente que está fazendo parte da equipe, que está sendo ouvido
e está sendo valorizado, se sente muito melhor para trabalhar e, consequentemente, ele
se desenvolve melhor. Estratégias como são fundamentais para manter os talentos que
a empresa possui dentro da própria empresa.
72
cada vez mais. Vejamos que uma equipe colaborativa tem seu verdadeiro papel dentro
da empresa e sabe que o trabalho de cada um é fundamental para ele e para o outro
colaborador, é como se fosse uma peça-chave no grupo e que, se uma peça não
funcionar, comprometerá o sucesso de toda a equipe. Não somente nessa parte, o
espírito de colaboração mútua ajuda na agilidade e no desenvolvimento de atividades
de forma rápida e segura.
73
Então as empresas que surgem nesse novo tipo de mercado devem
se adaptar a nova forma de negócios e de consumo. A economia
colaborativa ganhou força em 2008 em meio à crise econômica
mundial, dessa forma, os consumidores buscavam manter certo
nível de consumo em meio à crise econômica aproveitando apenas
a capacidade já existente na economia. Como o termo sugere
é a economia colaborativa, ou seja, do compartilhamento, da
aproximação e da troca de experiências (SILVA, 2019, p. 14).
74
Essa parada comprometeu toda a estrutura e praticamente acabou com a
projeção que era estimada para todas as partes. Uma grande questão tomou conta da
nação brasileira, salvar vidas ou salvar a economia? Embora seja um questionamento um
pouco ousado, ambos estão relacionados, não há como viver em um país sem economia,
o caos é iminente, por outro lado, há necessidade constante de parar a circulação de um
vírus altamente mortal.
75
O setor da educação também teve que migrar para aulas remotas, utilizando
todas as alternativas possíveis para manter as aulas e o ensino durante todo o ano.
Voltando para a economia, houve um aumento significativo de operações on-line e
crescimento de alguns setores, como as empresas do ramo de games e locações de
filmes on-line.
76
LEITURA
COMPLEMENTAR
SOBRE O PAPEL DA CONFIANÇA E DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS DE
COMUNICAÇÃO NAS EXPERIÊNCIAS DE ECONOMIA COLABORATIVA
Vamos imaginar que você precisa viajar do Rio de Janeiro a São Paulo
para participar do lançamento do livro de um amigo que foi financiado através de
crowdfunding. Para se hospedar, ao invés de ficar em um hotel, você alugou um quarto
no apartamento da Natália. No jantar, ao invés de ir a um restaurante, você decidiu comer
na casa da Estela. Para se deslocar pela cidade, pegou carona com a Carol e alugou o
carro do Marcos. Antes de viajar, você contratou o Hugo para passear com seu cachorro
enquanto estiver fora, alugou seu apartamento para a Letícia e trocou seu disco de vinil
Abbey Road (1969) dos Beatles com o Mateus por um casaco de couro – porque está
frio em São Paulo. No entanto, você não conhecia nenhuma dessas pessoas. Essas
transações, que parecem estar em algum lugar entre as relações comerciais e pessoais,
foram realizadas por meio de sites com pessoas que lhe pareceram confiáveis.
De maneira geral, tais práticas são “mediadas” por empresas, que funcionam a
partir de sites e/ou aplicativos de celular e organizam as interações entre as pessoas,
de modo a construir confiança entre desconhecidos e facilitar os intercâmbios. Essas
empresas, ainda que ofereçam hospedagem como os hotéis, ou transporte como os
táxis, por exemplo, não possuem nenhum quarto ou carro e geralmente ganham uma
porcentagem sobre cada transação realizada entre os “pares desconhecidos”. Tal modo
de funcionamento, que está presente em parte significativa das experiências, configura
um modelo de negócios ainda não regulamentado na maioria dos países.
77
Essas práticas estão se tornando cada vez mais comuns para muitas
pessoas e ganhando uma visibilidade que lhes garante o estatuto de fenômeno não
negligenciável. Podemos perceber o alcance desse fenômeno nas cidades que alteraram
suas legislações para abarcar modelos de negócios como esses (BARIFOUSE, 2014),
nos protestos de taxistas contra aplicativos que colocam em contato motoristas e
passageiros (CARVALHO, 2015), no crescente número de iniciativas que oferecem esses
serviços e no valor de mercado de algumas dessas empresas, que está na casa dos
bilhões de dólares (RIFKIN, 2014). Além disso, diversos periódicos, de vários países, têm
noticiado esse fenômeno conhecido, principalmente, como “economia colaborativa”.
78
Existem plataformas também que permitem a troca e a doação de objetos,
que vão desde material escolar até móveis. Em alguns desses mesmos sites é possível
também alugar ou emprestar objetos como furadeiras ou horas de utilização da sua
máquina de lavar. Em alguns sites também é possível acessar serviços: se você tem um
tempo livre pode colocar-se à disposição para ajudar na mudança de alguém, trocar
uma lâmpada, passar roupa, fazer faxina. Importante lembrar que em alguns sites essas
atividades são remuneradas, mas em outros não, como nos chamados “bancos de
tempo”, nos quais você recebe créditos por cada ação realizada, que o permitirá acessar
outro serviço sem envolver dinheiro.
Para além da Uber, presente em notícias quase diárias nos últimos meses,
existem inúmeros sites que colocam em contato motoristas e passageiros, alguns
cobrando pela carona e outros não.
Esse é um breve panorama de algumas das experiências que têm sido chamadas
de economia colaborativa. Tal fenômeno existe e se desenvolve em um ambiente de
mudanças em diversas áreas, como as transformações socioeconômicas das últimas
décadas, que têm alterado os modos de produção, de construção de valor e a natureza
do trabalho. O economista norte-americano Jeremy Rifkin (2012) chega a defender
que estamos entrando na “Terceira Revolução Industrial”, caracterizada por mudanças
profundas nas relações de poder, no funcionamento das empresas, na geração de renda.
Outra mudança que parece ter relação com o fenômeno são as preocupações
ambientais. Ricardo Abramovay (2012), ao defender que o mundo requer outros
paradigmas econômicos, destaca problemas como: a destruição ou a séria ameaça a
16 dos 24 serviços prestados pelos ecossistemas à sociedade; as chances ínfimas de
conter a elevação da temperatura do planeta em dois graus durante o século 21 e os
bilhões de pessoas com acesso precário a necessidades básicas.
79
Há transformações expressivas para o cenário no qual funciona a economia
colaborativa também se olharmos a partir da criação e do uso de tecnologias. Com
o desenvolvimento da microinformática, a criação da internet e a digitalização dos
sistemas de comunicação, observamos a possibilidade de se ter acesso a músicas,
filmes e livros, por exemplo, sem passar pelo suporte físico, uma vez que é possível
acessar os conteúdos, seja alugando, comprando ou através de formas de acesso
gratuito – legais ou não. Essa tendência de priorização do acesso em detrimento da
propriedade, que estamos acostumados a ver no acesso a bens imateriais, tem sido
apontada por Rifkin (2001) desde o início dos anos 2000; porém, esse fenômeno está
atingindo o “mundo material”, estamos passando dos “bits aos átomos” devido a outros
paradigmas de produção e consumo que estão emergindo (RIFKIN, 2012). Assim como
já se construiu a percepção de que “preciso da música, não do CD”, “do conteúdo do
livro, não do objeto”, parece que estamos percebendo também que necessitamos do
transporte, não do carro, por exemplo.
Pelo que tenho observado até agora, parece possível considerar que quando
a confiança entre estranhos e as condições tecnológicas se “encontram” temos
um ambiente favorável à otimização dos recursos, em larga escala, por meio do
compartilhamento, assim como as transações entre pares e os modelos de negócios que
caracterizam a chamada economia colaborativa. Porém, é importante considerar que as
outras questões apontadas pelos autores que citei, como a existência de bens ociosos
em larga escala, a priorização do acesso em detrimento da propriedade, a dinâmica entre
pares e a preocupação ambiental, por exemplo, também são fatores que contribuem
para a existência do fenômeno e os encaro como “condições de possibilidade”, uma vez
que podem estar relacionados a mudanças de mentalidades, valores, modos de ser.
80
A questão da priorização do acesso em detrimento da propriedade, conforme
aparece no trabalho de Rifkin (2001), deve ser vista como outra condição que contribui
para a existência do fenômeno, mas não o determina. Por exemplo, o Netflix e outros
serviços semelhantes que oferecem acesso a conteúdos audiovisuais através da
internet e por meio de pagamento mensal, tornando desnecessária a propriedade do
DVD. Não me parece possível considerar esses serviços como experiências de economia
colaborativa, embora tenham como “base” as tecnologias digitais de comunicação, por
não requererem a construção da confiança entre estranhos. Toda a relação acontece
entre o consumidor que paga pelo serviço e a empresa. Pelo mesmo motivo, talvez
não seja possível também considerar empresas que possuem e alugam carros, como a
Zazcar e a Zipcar, como experiências de economia colaborativa.
81
Talvez possa parecer um pouco exagerado colocar a confiança em lugar de
destaque uma vez que ela sempre existiu, em algum grau, em todas as relações. E não
me refiro somente ao ato de dar carona a um desconhecido que estende o braço na
estrada, mas a função que a confiança tem na vida em sociedade devido ao seu papel nos
processos de coesão e organização social, no crescimento econômico, na estabilidade
democrática, na participação política e no desenvolvimento social e humano, o que tem
feito da confiança objeto de estudo em diversas áreas do saber, tal como Finuras (2013,
p. 39-40) defende em sua tese de doutorado na Ciência Política.
82
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• Os impactos negativos causados pela pandemia do novo coronavírus, foi uma das
principais motivações que levaram os empreendimentos a migrar para as redes
sociais.
83
AUTOATIVIDADE
1 Atualmente, há um desafio enfrentado pelas empresas que se mantêm no mercado
financeiro: oferecer produtos e serviços de forma cada vez mais inovadora. Isso é
necessário porque o mercado está cada vez mais complexo. Sobre a articulação que
existe entre parcerias de empreendimentos, assinale a alternativa CORRETA:
2 Existe uma ruptura que está sendo proposta pelas tecnologias da comunicação e da
informação em relação aos produtos e serviços entregues atualmente, porque, em
geral, essas empresas estão se aproveitando das plataformas virtuais para fazer tais
entregas. Com base nos modelos traçados pela economia colaborativa, analise as
afirmativas a seguir:
84
3 Algumas atividades de empresas que se utilizam do conceito de economia
colaborativa estão causando uma revolução no mercado financeiro, como é o caso
das plataformas Uber e Airbnb, que atuam nos ramos de transporte e de hotelaria.
De acordo com as características da economia colaborativa, classifique V para as
sentenças verdadeiras e F para as falsas:
a) ( ) V - F - F.
b) ( ) V - F - V.
c) ( ) F - V - F.
d) ( ) F - F - V.
85
REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, I. Administração de empresas: uma abordagem contingencial.
São Paulo: McGraw-Hill, 1982.
86
UNIDADE 3 —
ECONOMIA
DESCENTRALIZADA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer dela, você encontrará
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
87
CONFIRA
A TRILHA DA
UNIDADE 3!
Acesse o
QR Code abaixo:
88
UNIDADE 3 TÓPICO 1 —
DIFERENÇAS DA ECONOMIA TRADICIONAL
X ECONOMIA DESCENTRALIZADA
1 INTRODUÇÃO
O Tópico 1 nos possibilitará compreender a lógica do modelo tradicional de
economia e como este se diferencia do modelo de economia descentralizada, cada vez
mais presente no mundo contemporâneo.
A economia é uma ciência que estuda o uso de recursos escassos. Tais recursos,
como terra, trabalho e capital, são utilizados para a produção de bens e serviços voltados
ao atendimento das nossas necessidades e desejos, em todas as suas variações. A
partir da produção e das necessidades dos consumidores é que se dão as trocas entre
os agentes econômicos (MENDES, 2009).
89
Apesar de ser o modelo predominante, alternativas a esse sistema têm sido
desenvolvidas ao longo das últimas décadas, evidenciando que mercados podem
se desenvolver e operar de modos distintos. Empresas e consumidores podem ser
influenciados por inúmeros fatores além dos ganhos financeiros, como pelas tendências
de tecnologia e demandas de mercado mais orientadas ao compartilhamento e à
sustentabilidade, resultando em novas relações de produção e de consumo. Veja mais
sobre este tema a seguir.
90
Empresas tradicionais têm a tomada de decisão centralizada em um ou
poucos indivíduos, os quais estão no topo de uma estrutura hierárquica verticalizada e
burocrática. Há pouco espaço para compartilhamento de ideias, uma vez que a gestão
tende a ser focada na geração de ganhos econômicos e financeiros e não há valorização
de questões ambientais e sociais, dando-se pouca atenção às necessidades individuais
dos empregados. O modelo organizacional predominante divide tarefas entre os
funcionários para alcançar a maior eficiência possível na sua produção, seguido pela
maior geração de receita possível pelas trocas de bens e serviços.
NOTA
Um paradigma é um padrão, modelo ou exemplo a ser seguido, uma norma.
Por exemplo, as empresas podem seguir um padrão de comportamento
conforme o paradigma do mercado
91
2.2 EMPRESAS DESCENTRALIZADAS
Na metade do século XX, teóricos da economia comportamental, como Hebert
Simon (1916-2001), demonstraram que a tomada de decisão realizada tanto pelas
empresas, como pelos consumidores, estava limitada às informações disponíveis. Assim,
os empresários passaram a perceber que suas decisões não eram provenientes de uma
racionalidade perfeita e absoluta, pois não tinham controle sobre todas as informações,
e havia outros elementos a serem considerados para que continuassem a fazer crescer
seus negócios.
92
3 O PODER DAS STARTUPS NA ECONOMIA
CONTEMPORÂNEA
Entre os modelos de negócios mais populares nos últimos anos em todo o
mundo estão as startups. São empresas com estruturas enxutas, altamente conectadas
com as gerações nativas digitais, e que conseguem inserir-se no mercado de formas
alternativas às estratégias adotadas por empresas tradicionais.
93
• estar sujeita à utilização de regime especial Inova Simples ou ter declaração de modelo de
geração de negócio inovador para a geração de produtos e serviços, nos requisitos da lei.
INTERESSANTE
A Lei Complementar nº 167/2019 regulamenta o procedimento de abertura,
alteração e fechamento de empresas sob um tipo de regime tributário
específico, voltado às empresas inovadoras. Esse procedimento é o Inova
Simples, em que empresas fundamentadas em inovações incrementais
ou disruptivas, autodeclaradas empresas de inovação, podem receber
tratamento tributário específico, de forma a estimular as atividades de
negócios indutoras de avanços tecnológicos, além de emprego e renda. Você
pode consultar mais informações: https://bit.ly/3Cp4Wq0.
• ideação: dura entre três e seis meses, é o momento em que se cria a solução,
utilizando-se técnicas como o MVP, de Ries (2012). Há grande envolvimento
emocional da pessoa empreendedora, questões regulatórias determinantes para o
negócio e, ao final desta etapa, deve-se ter clareza de como a empresa irá entregar
o produto no mercado. É preciso que se saiba quanto de valor será entregue ao
cliente com aquela solução e o formato de venda, ou seja, como a empresa gerará
receitas;
94
• operação: de seis meses a um ano, têm-se estabelecidos os primeiros clientes,
como se dá a produção de bens ou serviços, a operacionalização das transações, o
controle do fluxo de caixa, a promoção por meio de ações de marketing, e a gestão
de todo o ciclo de vendas, até o recebimento. É preciso também que estejam
bem estabelecidas questões contábeis que, segundo o autor, assim como outras
atividades de apoio, podem ser terceirizadas;
• tração: o foco é o crescimento da base de clientes da empresa, pois, para crescer,
a empresa precisa aumentar o volume comercializado. É preciso criar valor a todo
tempo, otimizando os processos que não agregam valor e podem ser realizados por
parceiros. Nesta etapa, fica claro que a possibilidade de migração entre atividades é
um diferencial no caso de pessoas que atuam neste tipo de empresa.
• scale-up: é o que se chama de escalabilidade da empresa, ou seja, quando há
um aumento expressivo na base de clientes e uma redução no custo de aquisição
de cada cliente. Processos que mantenham o valor criado pela empresa para os
clientes são fundamentais, utilizando-se, para isso, de ações de marketing e alguns
processos mais burocráticos de controle, de forma que o crescimento ocorra em
escala maior, sem investir tanto volume de capital.
Nesse sentido, as startups podem contar com uma fase de bootstraping, que
ocorre quando “[…] o empreendedor, ou o grupo de empreendedores, tira dinheiro
do próprio bolso para investir na empresa. Praticamente todas as startups criadas
começam com o sistema bootstrapping até conseguirem investimentos maiores” (MAS
AFINAL [...], 2021, s. p.).
95
O ambiente empreendedor é importante para a geração e o crescimento de
startups. Por isso, viabilizar esse tipo de ambiente, seja por meio do estímulo e financiamento
de pesquisas tecnológicas, seja gerando espaços específicos para abrigar pesquisadores
e empresas, é fundamental. No Brasil e no mundo, o ecossistema empreendedor tem
sido ampliado com a criação de parques tecnológicos e incubadoras de empresas que
abrigam estes embriões empresariais.
IMPORTANTE
Segundo Santos (2017), ecossistema empreendedor é um conjunto de
elementos que influenciam o comportamento dos empreendedores ao
disponibilizarem condições para a criação e o desenvolvimento de negócios
inovadores, como o conhecido Vale do Silício, nos Estados Unidos. Esses
ecossistemas não podem ser replicados em lugares distintos, pois, embora
tenham elementos em comum, são combinações únicas em cada lugar
onde são desenvolvidos. Eles envolvem instituições formais, como as
universidades, instituições informais, como os aspectos culturais do local,
instituições de suporte, tais como as incubadoras e parques tecnológicos.
São importantes também os profissionais de apoio, tais como advogados
especializados; contabilistas e consultores; fornecedores; o sistema
financeiro, que poderá injetar recursos financeiros naquele ecossistema
e, ainda, questões mercadológicas que possibilitem o acesso dos novos
negócios ao mercado.
96
3.1.2 Exemplos de startups
Alguns setores foram criados na lógica das startups, demonstrando a diversidade
de soluções que elas podem oferecer. Vejamos alguns exemplos.
97
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
98
AUTOATIVIDADE
1 O capitalismo é o sistema econômico em que as empresas ofertam bens e serviços
mediante trocas monetárias visando maximização de lucros. Esse sistema econômico
surgiu após o feudalismo e se consolidou com eventos como a Revolução Francesa e
a Revolução Industrial, no final do século XVIII e início do século XIX. Sobre os sistemas
econômicos, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Ideação.
b) ( ) Tração.
c) ( ) Operação.
d) ( ) Scale-up.
99
a) ( ) Edtech.
b) ( ) Fintech.
c) ( ) Agtech.
d) ( ) Cleantech.
4 Uma startup é uma empresa com base em inovação, que passa por determinadas
fases até que alcance a escalabilidade do negócio. Na fase inicial de uma startup,
chamada de ideação, em que a empresa passa por um ciclo de “construir-medir-
aprender” (RIES, 2012). Descreva como se dá o ciclo de construir-medir-aprender e
sua relação com o Produto Mínimo Viável (MVP) e a produção em escala do produto
ou serviço.
FONTE: RIES, E. A startup enxuta: como os empreendedores atuais utilizam a inovação contínua
para criar empresas extremamente bem-sucedidas. São Paulo: Lua de Papel, 2012.
5 O empreendedorismo é influenciado por diversos fatores, entre eles, pelo ambiente onde é
desenvolvido. No Brasil, há uma série de iniciativas para promover ambientes de negócios
mais inovadores, unindo diferentes instituições formais e informais, profissionais e
empreendedoras, formando os chamados ecossistemas de empreendedorismo, os quais
têm sido fundamentais para a criação e o desenvolvimento de startups. Um exemplo
conhecido desse tipo de ecossistema é o Vale do Silício, nos Estados Unidos, onde foram
desenvolvidas grandes empresas de tecnologia como a Apple e a Google. Disserte sobre
a influência dos ecossistemas empreendedores sobre as startups.
100
UNIDADE 3 TÓPICO 2 -
CAPITALISMO CONSCIENTE
1 INTRODUÇÃO
O Tópico 2 nos possibilitará compreender a evolução do capitalismo em direção a
novos valores que orientam a conduta das empresas, os relacionamentos em sociedade
e o seu entorno, como o capitalismo consciente. Enquanto indivíduos que compõem a
sociedade, nós percebemos que não há recursos disponíveis para que sejam atendidas
todas as necessidades, de todas as pessoas, em todo o mundo, ao mesmo tempo.
Apesar disso, vivemos em uma sociedade de consumo em que ainda é predominante,
do lado das empresas produtoras de bens e serviços, a geração de ganhos econômicos
e financeiros, e do lado do consumo, o estímulo para consumir cada vez mais, com
tantos produtos novos e ações de marketing.
101
modos de gestão e inspira modelos de negócios mais sustentáveis, baseados no
compartilhamento de recursos e em um jogo de soma positiva, ou ganha-ganha,
em que todos os agentes econômicos envolvidos saem ganhando. Ainda se busca
eficiência no uso dos recursos e a maximização de benefícios, porém, guiados não
só pelo lucro dos acionistas, chamados de shareholders, mas também pela geração
de ganhos compartilhados entre os demais stakeholders. As empresas precisam
considerar negócios e sociedade em conjunto e a solução para isso é o princípio do valor
compartilhado, em que o valor econômico criado por uma empresa também cria valor
para a sociedade, ao atender suas necessidades e desafios (PORTER; KRAMER, 2011).
102
com a liderança, cultura e gestão conscientes, gerar valor e bem-estar, envolvendo
stakeholders e obtendo resultados financeiros e sociais. O ambiente de trabalho também
é relevante e deve ser desafiador e encorajador, para que as pessoas possam aprender
e crescer. E, por fim, é fundamental ter confiança e bom relacionamento com clientes e
fornecedores.
103
Algumas iniciativas relacionadas a esses conceitos de compartilhamento
de valor e capitalismo consciente podem ser encontradas em negócios criados por
empreendedores sociais, assim como empresas com filosofias e práticas orientadas à
Responsabilidade Social Corporativa, tais como orientação para a Base da Pirâmide
e modelos de comércio justo, por exemplo.
De acordo com Machado Filho (2020), na RSC, a ideia é que não se entenda os
negócios e a sociedade como entidades distintas, afinal, estão interligadas e possuem
expectativas, em especial a sociedade em relação ao comportamento e ao resultado
das empresas. Assim, a RSC estará baseada em valores éticos das empresas, incluindo
questões legais, respeito pelas pessoas, comunidades e pelo meio ambiente. Hunk
(2021) destaca que a RSC pode gerar uma forte cultura empresarial, capacitando os
funcionários a envolver-se com o bem social, a diversidade, a gentileza e se beneficiar
trabalhando em um ambiente inclusivo e orientado a um objetivo social valorizado.
De acordo com a Rede Brasil do Pacto Global da Organização das Nações Unidas
(ONU), criada em 2003, “[…] a sigla ESG faz alusão ao estímulo dado a empresas assumirem
e adotarem medidas que gerem impactos sociais, ambientais e de governança cada vez
mais positivos” (A EVOLUÇÃO [...], 2021, p. 6).
104
Nesse contexto, enquanto a RSC está aplicada ao contexto de empresas de
forma qualitativa, refletindo seu comprometimento social (e ambiental), a ESG se aplica
a empresas inerentes ao setor financeiro, ou que realizam investimentos nesse setor, de
modo que os relatórios quantificam esses esforços sociais e ambientais (HUNK, 2021).
Os relatórios de RSC e ESG são utilizados pelas empresas como meios de controle
e prestação de contas em relação às suas ações e, em geral, podem ser levantamentos
realizados pela própria empresa, orientando-se à comunicação com seus stakeholders,
ou por outros agentes certificadores. Assim, de um lado, a RSC é uma filosofia que
orienta as ações da empresa para a ética, pessoas e meio ambiente (MACHADO FILHO,
2020). E do outro lado, a ESG é uma prática que possibilita mensurar a aplicação dessa
filosofia, através das ações empresariais, como uma provocação a setores altamente
focados no mercado financeiro, como os fundos de investimentos, bancos e gestoras
financeiras (PEREIRA, 2020).
Como isso pode ser feito na prática? Um dos caminhos possíveis são ações
empresariais, como o desenvolvimento de produtos voltados a populações mais
carentes e, portanto, de custo e preço de venda mais acessíveis. Incluir as comunidades
na produção e consumo, estimulando as cadeias produtivas locais, com práticas de
105
comércio justo, como se verá a seguir. Apoiar e capacitar as comunidades para o
desenvolvimento de sistemas econômicos paralelos, como os empreendimentos
sociais, moedas sociais, bancos comunitários, entre outras iniciativas. Um exemplo
muito conhecido e que levou o professor indiano Mohammed Yunus a ganhar o Prêmio
Nobel da Paz, em 2006, foi a empresa Grameen Danone. Yunus foi o idealizador do
Banco Grameen de microcrédito, nos anos 1970 e 1980. Juntos, o Banco Grameen e a
Danone criaram uma joint venture, que é uma sociedade entre duas ou mais empresas,
em que alguns objetivos e recursos são compartilhados por um tempo determinado,
chamando-a de Grameen Danone. Conforme Costa e Guedes (2011, p. 2),
106
• criação de oportunidades para produtores em desvantagens econômicas, para que
possam sair da pobreza e insegurança econômica;
• transparência e responsabilidade na sua gestão e nas relações comerciais,
considerando os diferentes stakeholders em suas tomadas de decisões e na cadeia
de suprimentos;
• práticas comerciais justas, preocupando-se com o bem-estar social, econômico e
ambiental dos pequenos produtores, reconhecendo suas desvantagens financeiras
e levando-as em consideração em suas ações de gestão e comerciais;
• pagamento de preço justo, estabelecido em mútuo acordo junto aos produtores, em
uma remuneração socialmente aceitável no contexto local do produtor e orientada
por princípios de igualdade entre homens e mulheres;
• assegurar a ausência de trabalho infantil e forçado, aderindo à Convenção das
Nações Unidas sobre os direitos da criança e às leis locais;
• compromisso com a não discriminação, igualdade de gênero e liberdade de
associação (sindical, religiosa, política, entre outras). Leva em consideração a
necessidade das gestantes, mães e lactentes;
• assegurar boas condições de trabalho para todos, cumprindo as leis locais e
nacionais e orientações da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre saúde
e segurança;
• facilitar o desenvolvimento de capacidades e habilidades de pequenos produtores;
• promoção de comércio justo, por meio de maior justiça na realização das trocas
comerciais;
• respeito pelo meio ambiente, utilizando matérias-primas de fontes geridas de forma
sustentável, realizando compras no nível local quando possível, reduzindo consumo
de energia, adotando energias renováveis, materiais e embalagens biodegradáveis
e minimizando o impacto de resíduos no meio ambiente.
108
Outra certificação que você já deve ter visto é o Selo Procel de Economia de
Energia, que certifica equipamentos e eletrodomésticos em relação à economia de
energia, indicando ao fornecedor quais são os mais eficientes em relação ao gasto
energético. Instituído por Decreto Presidencial, em 1993, atua em parceria com o
Inmetro, centros de pesquisa e associações de fabricantes, para ampliar a oferta de
equipamentos mais eficientes no mercado. Somente os produtos que atendem aos
índices de consumo e desempenho estabelecidos pela Procel são contemplados pelo
selo (SELO [...], 2006).
O selo Cruelty Free tem origem no uso desse termo ainda nos anos 1950 por uma
ativista do direito dos animais, e popularizou-se na década de 1970. Em 1991, a União
Europeia criou um laboratório de alternativas aos testes em animais, e as certificações
trouxeram maior transparência aos consumidores, que podem decidir sobre consumir
os produtos, ou não. Empresas brasileiras de grande porte e presença internacional,
como a Natura e o Boticário, afirmam não realizar testes em animais (TESTES […], 2021).
Além dessas, outras empresas de cosméticos veganos do Brasil têm conquistado
consumidores conscientes com propostas de valor que incluem a redução no uso de
embalagens plásticas, sem testagem em animais e com matérias-primas sem origem
animal, como a Sallve e a Amokarité.
109
INTERESSANTE
Em novembro de todos os anos, é comum em muitos países um evento comercial chamado
Black Friday, marcado por liquidações e corrida pelas vendas por parte das empresas, e pela
busca de promoções por parte dos consumidores. Contudo, motivados pela compra baseada
na emoção ou por impulso, a Black Friday pode ser interpretada como um movimento
contrário ao que propõe o capitalismo consciente. Em 2021, a Black Friday ocorreu
entre às 0h de 25/11 (quinta-feira) até às 23h59 de 26/11 (sexta-feira), movimentando
mais de R$5,4 bilhões no comércio eletrônico (BLACK […], 2021). Por esse
motivo, o Instituto Akatu promoveu, em 2021, uma ação chamada Green
Friday (do inglês, sexta-feira verde, em alusão à sustentabilidade ambiental).
O objetivo do Instituto foi minimizar excessos e desperdícios, gerando
melhores impactos sobre a natureza e a sociedade (AGÊNCIA BRASIL, 2021). Essa
iniciativa teve início na Patagônia, em 2011, e vem sendo replicada em vários países
todos os anos, embora a Black Friday tenha continuado com números crescentes
de vendas anuais durante a maior parte desse período. Algumas das empresas
que aderiram ao Green Friday e promoveram estratégias alternativas, incluindo
ações sociais nos mesmos dias de Black Friday e estimulando outras formas de
consumo, foram as brasileiras do vestuário Animale e a Farm. Esta última é dona
de marcas como Hering e Dzarm (CAETANO, 2021).
110
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• Práticas de RSC e ESG estão voltadas à valorização da ética nos negócios, incluindo
questões e ações de cunho ambiental, social e de governança corporativa, como as
práticas de comércio justo e inovações voltadas para a Base da Pirâmide, como as
inovações e tecnologias sociais.
• No Brasil, o consumo consciente tem sido visto tanto em iniciativas dos consumidores,
quanto como movimento das empresas, sendo também estimulado por legislações
específicas, como o Selo Orgânico Brasil, o Selo Procel e as leis que proíbem o teste
de produtos cosméticos e de higiene em animais.
111
AUTOATIVIDADE
1 A sustentabilidade é um conceito que deu origem a diversas iniciativas de redução
de impactos negativos sociais, ambientais e econômicos do capitalismo tradicional,
entre elas o conceito de capitalismo consciente. Uma publicação que é considerada
um marco para o conceito de capitalismo consciente é o livro Capitalismo consciente,
de Mackey e Sisodia, publicado em 2013, após os autores terem vivido experiências
pouco satisfatórias em seus negócios baseados no capitalismo tradicional. Em
relação ao capitalismo consciente, analise as afirmativas a seguir:
a) ( ) V - F - F.
b) ( ) V - V - F.
112
c) ( ) F - V - F.
d) ( ) F - F - V.
5 Uma empresa gera valor ao desenvolver soluções para problemas específicos. Cada
agente envolvido ao longo da cadeia produtiva de um bem ou serviço contribui com
uma parcela daquela geração de valor que é percebida pelo cliente final. Pela lógica
capitalista tradicional, a empresa deve orientar-se para a maximização do lucro. Porém,
pela lógica do capitalismo consciente, outros fatores devem ser considerados. Disserte
sobre a mudança do capitalismo tradicional para o capitalismo consciente, apontando a
participação dos diferentes agentes nas relações de produção e consumo.
113
114
UNIDADE 3 TÓPICO 3 -
BLOCKCHAIN E CRIPTOMOEDAS COMO
ALTERNATIVA DENTRO DA ECONOMIA
COLABORATIVA
1 INTRODUÇÃO
No capitalismo, as trocas comerciais de bens e serviços ocorrem mediante
o pagamento em valor monetário. O dinheiro digital passou a fazer parte do nosso
cotidiano com o uso de cartões de crédito e de débito, mas a economia colaborativa e
o avanço tecnológico ampliaram as possibilidades de trocas em ambientes virtuais, ou
seja, pela internet.
Ao mesmo tempo em que são uma tendência por serem uma proposta mais
segura para as trocas realizadas pela internet, a adoção e a valorização exponencial
dessas criptomoedas geraram dúvidas sobre o seu uso ao longo do tempo, ou se seria
apenas mais uma “bolha” prestes a estourar, como a “bolha imobiliária” que culminou na
crise econômica mundial em 2008.
115
Para que realize essa função, a blockchain (block = bloco; chain = cadeia), ou
do inglês “cadeia de blocos”, atua como uma “espécie de livro-razão público, em que se
realizam, registram e validam anonimamente as transações criptografadas, com cada
transação possuindo um código único” (LOPES, 2018, p. 12).
116
Um bloco é um arquivo que registra as transações à espera de entrarem em
cadeia, sendo sempre adicionados em ordem cronológica, e sendo validados por
outros usuários ou protocolos de consenso que respondem corretamente a um desafio
criptográfico. Assim, o que se chama de mineração da rede significa determinar qual
bloco será inserido na cadeia, conforme os dados que contém (RIBEIRO; MENDIZABAL,
2019).
118
2.1 A ORIGEM DAS CRIPTOMOEDAS
Criptomoedas são um neologismo que une as palavras “criptografia” e “moeda”
e podem ser descritas como moedas utilizadas mediante a aplicação de tecnologia de
criptografia de dados. São moedas virtuais, não existindo em formato físico, e representam
a primeira aplicação conhecida de blockchain. A pioneira entre as criptomoedas foi a
Bitcoin, criada em 2008, por meio da divulgação on-line de um white paper, assinado
pelo pseudônimo Satoshi Nakamoto. Um white paper é um documento oficial que pode
ser emitido por um governo ou uma instituição, com a finalidade de informar ou servir
como guia para uma determinada situação ou problemática apresentada.
Com isso, será possível para qualquer “nó” daquela blockchain verificar a cadeia
de propriedades por onde passou aquela moeda e evitar que haja uso duplo da mesma
moeda, ou até mesmo falha ou ausência de alguma transação, como em uma cobrança
que já tenha sido paga. E é por isso que todas as transações devem ser públicas ou, em
outras palavras, devem estar disponíveis para consulta de todos os nós ou participantes
daquela blockchain (NAKAMOTO, 2008).
De acordo com Lopes (2018), embora a Bitcoin seja a mais conhecida, há inúmeras
criptomoedas em circulação. As criptomoedas geraram importantes questionamentos,
com opiniões favoráveis e opostas ao seu uso, uma vez que, por existirem somente no
ambiente virtual, não contam com regulamentação governamental.
119
Outro fator relacionado à adoção das criptomoedas é a sua capacidade de
valorização como ativo financeiro. Conforme Souza e Medeiros (2020), logo que foi
lançado no mercado, o Bitcoin era comercializado a 1.309,03 BTC (Bitcoin) por US$
1,00. Contudo, em 2017, 1 BTC equivalia a US$ 19.784,00, o que despertou interesse
nas pessoas, mas também o receio de uma grande bolha, como a que resultou na crise
econômica mundial, em decorrência da supervalorização do mercado imobiliário nos
Estados Unidos. No caso das bitcoins, primeiramente foi liberado um grande número
de moedas para comercialização e a alta disponibilidade gerou uma desvalorização
da moeda. Porém, com o tempo, a oferta foi limitada e, assim, a moeda passou a ter
valorização em relação ao dólar.
O nome deste código é NFT (Non Fungible Token, no português Token Não
Fungível), que tem a mesma lógica de funcionamento da hash, e pode ser utilizado
em qualquer tipo de arte (música, vídeo, imagem), ficando armazenado na blockchain
(CHARLEAUX, 2021).
Com o uso da blockchain e IOT, esse tipo de tecnologia pode gerar maior
segurança na transmissão dos dados, automatização de soluções e a possibilidade de
integração com outros sistemas de segurança, como os ligados ao acionamento de
bombeiros e polícia, por exemplo. Em outras aplicações, como nos sistemas industriais,
a blockchain pode ser utilizada juntamente com IOT para realização de controle de
estoques, sinalizando para os fornecedores quando é necessário disparar uma ordem
de produção para aquela empresa.
A blockchain tem sido aplicada também nas chamadas smart cities, ou cidades
inteligentes. A Estônia foi o primeiro local a adotar o uso de blockchain em nível nacional,
em 2012. Todo cidadão, independentemente de onde viva, tem uma identidade digital
emitida pelo Estado.
121
Contratos inteligentes feitos com tecnologia blockchain estão em uso em vários
países e são uma forma de reduzir a papelada e a burocracia, uma vez que são cumpridas
as obrigações entre as partes de forma confiável, em ambiente totalmente digital. São,
por isso, menos custos e mais rápidos do que os processos tradicionais de elaboração e
assinatura de contratos, por exemplo, que envolvem uma série de intermediários, como
cartórios e tabelionatos (SANTI, 2020).
Uma aplicação da blockchain que tem chamado a atenção por incluir pessoas
de todas as idades e ter se iniciado no ambiente de jogos (games), é o multiverso.
Conforme Nicoceli (2021), em reportagem publicada na Revista Forbes, o multiverso é
um conceito representado por
DICA
Para conhecer um pouco mais dos criptogames e a experiência dos usuários no
uso de criptoartes e criptomoedas, leia o artigo “Criptomoeadas, blockchain e
multiverso: jogos on-line abraçam tecnologias como mecanismo de incentivo”
no site da Forbes, disponível em: https://bit.ly/3tcaXTZ.
122
momentos, se tornar tridimensional. Esses ambientes em metaverso deverão modificar
as formas como são realizados o entretenimento, as conexões sociais, os exercícios
físicos, o trabalho, a educação, enfim, todas as esferas onde convivemos em sociedade
(INTRODUCING […], 2021).
123
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• As trocas com dinheiro digital evoluíram com o uso de cartões de crédito e débito,
chegando às criptomoedas a partir do avanço da economia colaborativa, das
tecnologias, levando à necessidade de condições mais seguras das transações.
• A blockchain é uma tecnologia de cadeia de blocos, em que cada bloco contém dados
únicos que possibilitam substituir documentos e intermediários em transações de
diversos tipos, como as trocas comerciais.
124
AUTOATIVIDADE
1 As tecnologias de blockchain e suas aplicações, como as criptomoedas, são exemplos
de tecnologias que compõem a chamada economia colaborativa. Junto com modelos
de gestão horizontais e outras tecnologias baseadas na cultura do compartilhamento,
novos modelos de negócios estão surgindo, revolucionando setores do mercado e
movimentando bilhões de dólares na economia em todo o mundo. Sobre blockchain,
analise as afirmativas a seguir:
a) ( ) Bitcoin.
b) ( ) Ethernet.
c) ( ) NFT.
d) ( ) Ethereum.
125
c) ( ) Músicas, vídeos e imagens podem ser registrados em uma blockchain.
d) ( ) A transação envolvendo obras de arte em uma blockchain é facilmente fraudável.
126
UNIDADE 3 TÓPICO 4 -
CULTURA DA COLABORAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
No contexto das relações de produção e consumo, a colaboração tem se
mostrado presente de diversas formas ao longo da história. Antigamente, nas sociedades
primitivas, a colaboração se dava em comunidade, com as trocas que ocorriam entre os
moradores.
127
A tecnologia de informação e sua cultura colaborativa também se inserem,
nesse contexto, com as plataformas do tipo wiki (Wikipedia, Wikihow etc.) que têm o
conteúdo elaborado por usuários, e softwares livres, de código fonte aberto, que são
totalmente disponíveis para serem modificados pelos usuários. Os fóruns de discussão
sobre temas de tecnologia, viagens, parentalidade, onde há construção coletiva de
conteúdo, também são exemplos importantes desse tipo de cultura colaborativa.
128
Em ambientes de gestão horizontal, há maior autonomia dos funcionários,
porém é preciso que suas atividades estejam conectadas com objetivos da empresa,
com os projetos em andamento, e que haja boa comunicação entre os envolvidos.
DICA
Durante a pandemia da covid-19, empresas da área de tecnologia
implementaram diferentes tecnologias e sistemas de trabalho para possibilitar
que seus negócios continuassem funcionando por meio do trabalho remoto.
Acesse a o site Computer World e veja as primeiras soluções adotadas por
empresas como Cielo, Claro, Facebook, IBM, LinkedIn, Nuvemshop, SAP, Tim,
Vivo e outras. Disponível em: https://bit.ly/3MKYjTE.
129
Além das empresas que estão passando por uma transição para modelos cada
vez mais horizontalizados de gestão, os consumidores estão cada vez mais presentes
na geração de valor dos produtos e serviços que consomem. Veja como a cultura da
colaboração se dá entre empresas e pessoas no próximo item.
Esse tipo de experiência pode ser realizado por meio de plataformas on-line,
utilizando-se de formas de produção colaborativa. No caso de tecnologias, por exemplo,
tem-se a participação de usuários em diversas possibilidades de cocriação com
empresas, em relações predominantemente horizontais, baseadas na criatividade.
130
É o caso também de plataformas de produção colaborativa, como a Wikipedia,
em que há a criação e a edição coletiva dos conteúdos pelos próprios usuários (LIMA;
SANTINI, 2008). A economia compartilhada é uma das possibilidades de repensar a
relação de produção e consumo. Nessa lógica, as iniciativas existentes
Isso é percebido na prática por empresas que se utilizam dessa lógica, pois
promovem o acesso ao produto ou serviço em lugar da posse daquele produto ou
serviço, transformam clientes em usuários, proprietários, provedores e tomadores de
decisão, tornando o cliente também um fornecedor, participando da criação do valor
compartilhado. Esse tipo de participação está mais presente em iniciativas realizadas
on-line, mas também pode ser encontrado em iniciativas que mesclam o on-line e o off-
line, como as plataformas de compartilhamento como Airbnb, Uber, entre outras. É uma
cultura de consumo frequentemente relacionada às startups e à geração Y, também
chamada de millenials (WAGNER et al., 2015), que são pessoas nascidas entre 1982 e
1994, considerados nativos digitais.
INTERESSANTE
Os aplicativos de economia compartilhada têm crescido em variedade e
número de usuários nos últimos anos. Alguns exemplos são o Couchsurfing,
um aplicativo em que os usuários disponibilizam um lugar para dormir,
seja um colchão, ou um sofá, sem custo para os usuários. Outra opção de
compartilhamento é a troca de trabalho por hospedagem, chamada de Work
Exchange e na qual é possível hospedar-se em um hostel, ONG ou pousada,
por exemplo, em troca de horas de trabalho naquele local. Além disso, os
House Carers são hóspedes que trocam a hospedagem pelo cuidado com a
casa e animais de estimação
131
Um dos maiores desafios que se implementa nas relações de economia
compartilhada e cultura de colaboração é a questão da construção da confiança.
Segundo estudo publicado em 2015 pelo Instituto Akatu (WAGNER et al., 2015), são
mecanismos de construção de confiança na economia compartilhada:
132
LEITURA
COMPLEMENTAR
IMPULSIONADO PELA PANDEMIA, CONSUMO CONSCIENTE GANHA ESPAÇO
Algumas marcas acabam fazendo uso desse engajamento de uma forma até
mesmo polêmica, como foi o caso da fabricante californiana de roupas Patagonia, que
anos atrás lançou uma campanha com o slogan “Não compre esta jaqueta”. Entre a
hipocrisia e o real posicionamento da empresa quanto a causas socioambientais, venceu
a crença dos clientes na marca: eles compraram do mesmo jeito e, ao que tudo indica,
bem cientes do que estavam fazendo. De todo modo, a Patagonia tornou-se referência
do consumo da nova era.
133
Na mesma medida, companhias que insistem em ir na contramão da história —
explorando funcionários, sendo conivente com discriminação e destruindo a natureza
— podem ser alvo de buycott, neologismo que mescla palavras em inglês e significa
“boicote de compra”. Essa ação bloqueadora acabou, por vezes, ingressando no território
de causas menos nobres, como vingança política por parte de grupos sectários em todo
o espectro ideológico, no Brasil e em e em diversos países.
FONTE: CASTRO, L. F. Impulsionado pela pandemia, consumo consciente ganha espaço. Veja, São Paulo, 8
jan. 2021. Disponível em: https://veja.abril.com.br/cultura/impulsionado-pela-pandemia-consumo-conscien-
te-ganha-espaco Acesso em: 27 jan. 2022.
134
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
135
AUTOATIVIDADE
1 Ao se adotar uma cultura colaborativa, a ação de colaborar implica em realizar apoio
e geração de benefício a indivíduos, projetos ou empresas, fundamentando-se pelo
princípio da dádiva. Na economia compartilhada, a cultura colaborativa pode ser
utilizada para gerar ganhos financeiros, sociais e ambientais para todos os envolvidos,
tais como os propostos no capitalismo consciente. Sobre cultura da colaboração,
assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Financiamento coletivo.
b) ( ) Assinatura digital.
c) ( ) Ambiente virtual de aprendizagem.
d) ( ) Investimento digital.
136
a) ( ) Boicote às empresas grandes.
b) ( ) Estímulo ao distanciamento pessoal entre os usuários.
c) ( ) Adoção de sistemas de reputação.
d) ( ) Responsabilização do usuário pelas falhas do sistema.
137
REFERÊNCIAS
A EVOLUÇÃO do ESG no Brasil. Rede Brasil do Pacto Global, [s. l.], abr. 2021.
Disponível em https://conteudos.stilingue.com.br/estudo-a-evolucao-do-esg-no-
brasil. Acesso em 26 jan. 2022.
AGÊNCIA BRASIL. Instituto orienta para consumo consciente durante a Black Friday.
Época Negócios, São Paulo, 24 nov. 2021. Disponível em: https://epocanegocios.
globo.com/Um-So-Planeta/noticia/2021/11/instituto-orienta-para-consumo-
consciente-durante-black-friday.html.
Acesso em: 27 jan. 2022.
Black Friday 2021: faturamento no comércio eletrônico foi de R$ 5,4 bilhões. G1,
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