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Analógica I
Indaial – 2021
1a Edição
Elaboração:
Sagah Educação S.A.
D152e
ISBN 978-65-5663-526-2
ISBN Digital 978-65-5663-527-9
CDD 621.38154
Impresso por:
APRESENTAÇÃO
Prezado acadêmico, seja bem-vindo à disciplina de Eletrônica Analógica I, na
qual serão apresentados conceitos, leis e teorias para o auxiliar a identificar, compreender
e avaliar alguns componentes e circuitos eletrônicos importantes.
Como todo texto técnico, por vezes denso, você necessitará de papel, lápis,
borracha, calculadora e muita concentração. Lembre-se de que o estudo é algo
primoroso. Aproveite essa motivação para iniciar a leitura deste livro, que está dividido
em três unidades que contemplam temas importantes da Eletrônica que julgamos ser
imprescindíveis para qualquer curso de Engenharia, como os circuitos que funcionam
com diferentes princípios dos diodos, funcionamento e aplicação de transistores em
diferentes configurações e polarizações, princípios da amplificação de sinal e fontes de
tensão reguladas.
Apesar deste ser um material destinado à eletrônica, é importante que você tenha
estudado previamente alguma disciplina sobre eletricidade. Se determinado assunto
estiver gerando dúvidas, não deixe de consultar o livro da disciplina de Eletricidade Básica
ou Circuitos Elétricos I, ou mesmo outros títulos indicados na bibliografia deste livro.
Bons estudos!
QR CODE
Olá, acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a você – e
dinamizar, ainda mais, os seus estudos –, nós disponibilizamos uma diversidade de QR Codes
completamente gratuitos e que nunca expiram. O QR Code é um código que permite que você
acesse um conteúdo interativo relacionado ao tema que você está estudando. Para utilizar
essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só
aproveitar essa facilidade para aprimorar os seus estudos.
ENADE
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é um
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confira,
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma
disciplina e com ela um novo conhecimento.
TÓPICO 2 - DIODOS............................................................................................................... 17
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 17
2 DIODO SEMICONDUTOR.................................................................................................... 17
2.1 DIODO NÃO POLARIZADO................................................................................................................... 18
2.2 DIODO COM POLARIZAÇÃO REVERSA........................................................................................... 19
2.3 DIODO COM POLARIZAÇÃO DIRETA................................................................................................20
2.4 REGIÃO DE RUPTURA.........................................................................................................................22
2.5 CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES....................................................................................................23
2.6 RESISTÊNCIA DO DIODO....................................................................................................................25
2.6.1 Resistência CC ou estática......................................................................................................25
2.6.2 Resistência CA ou dinâmica...................................................................................................25
3 CIRCUITOS EQUIVALENTES DO DIODO............................................................................27
3.1 MODELO LINEAR POR PARTES......................................................................................................... 27
3.2 MODELO SIMPLIFICADO....................................................................................................................28
3.3 MODELO IDEAL....................................................................................................................................29
4 TESTE DO DIODO.............................................................................................................. 29
4.1 TESTE POR MULTÍMETRO DIGITAL ..................................................................................................30
5 FOLHA DE DADOS.............................................................................................................. 31
6 DIODO ZENER.................................................................................................................... 35
7 DIODO EMISSOR DE LUZ................................................................................................... 36
RESUMO DO TÓPICO 2.......................................................................................................... 41
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................. 42
REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 68
REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 172
REFERÊNCIAS.................................................................................................................... 248
UNIDADE 1 -
DIODOS E
SEMICONDUTORES
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
1
CONFIRA
A TRILHA DA
UNIDADE 1!
Acesse o
QR Code abaixo:
2
UNIDADE 1 TÓPICO 1 -
MATERIAIS SEMICONDUTORES
1 INTRODUÇÃO
A eletrônica é uma grande área que abrange sistemas de comunicação, sistemas
analógicos e digitais, instrumentação e controle, cada um com específicas aplicações.
Entretanto, uma parte do que se tem hoje na eletrônica é proveniente da descoberta e
da aplicação dos materiais semicondutores, notando-se a inserção contínua de novos
componentes no mercado visando a facilitar e simplificar o projeto e obtenção de novos
aparelhos (GALDINO, 2012).
3
2 DEFINIÇÕES
Sabemos que todos os materiais são constituídos por átomos. A Figura
1 mostra os átomos (de carbono), que são constituídos por um núcleo (formado por
partículas positivas – prótons – e partículas neutras – nêutrons) e partículas negativas,
denominadas elétrons, girando em torno de seu núcleo. Nesse caso, a camada mais
afastada do núcleo do átomo, que é o nosso foco, é denominada camada de valência.
4
O silício é o material semicondutor mais utilizado na eletrônica, para a
fabricação de diversos componentes como transistores, diodos e circuitos integrados.
Estudaremos um pouco o átomo de silício (Figura 4), que possui quatro elétrons na sua
camada de valência – a orbita mais importante quando se estuda o comportamento
elétrico do material. Uma característica importante é que não são estáveis e tendem
a se combinar quimicamente com outros materiais, de modo a obter oito elétrons na
camada de valência e se tornar estáveis. O silício, assim como o germânio, possui quatro
elétrons na camada de valência e tende a se agrupar, segundo uma função cristalina,
através de uma ligação covalente, em que cada átomo se combina com outros quatro
átomos, fazendo com que cada elétron pertença simultaneamente aos dois átomos
(Figura 5A) (GALDINO, 2012).
5
FIGURA 5 – ESTRUTURA CRISTALINA DOS ÁTOMOS DE SILÍCIO (A) E CRISTAL DE SILÍCIO NO ESTADO BRUTO (B)
6
A unidade de medida utilizada para avaliar o gap de energia é o eV (elétron-Volt),
que representa a energia de um elétron a uma diferença de potencial de 1 V, ou seja,
analisando a Equação 1 (equação da energia, em que W representa a energia e Q, a carga
e V a diferença de potencial), é possível determinar o valor de 1 eV (Equação 2).
(Eq. 1)
(Eq. 2)
2.2 DOPAGEM
Entende-se por dopagem o processo em que é adicionado impurezas (átomos
estranhos) na estrutura cristalina do átomo de silício ou germânio, por exemplo. É
realizado em laboratórios e consiste na introdução de uma quantidade controlada
de átomos de uma determinada impureza (tais impurezas, embora adicionadas na
proporção de uma parte em 10 milhões, podem modificar totalmente as características
elétricas do material). A forma com que o cristal conduzirá a corrente elétrica dependerá
do tipo e da quantidade de impureza adicionados, transformando cristal, dando origem
aos materiais denominados do tipo n e do tipo p (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013).
7
2.3 MATERIAIS DO TIPO N
Os materiais do tipo n são criados com a introdução de elementos de impureza
que possuem cinco elétrons na banda de valência, como o antimônio, arsênio ou fósforo
(coluna V da tabela periódica). As quatro ligações covalentes ainda são realizadas e ainda
existe um elétron adicional do elemento de impureza dissociado de qualquer ligação,
o qual é relativamente livre para se movimentar dentro do material, diminuindo a sua
resistência devido aos elétrons livres produzidos.
8
FIGURA 9 – FORMAÇÃO DO CRISTAL TIPO P
9
FIGURA 10 – MATERIAL DO TIPO N (A) E MATERIAL DO TIPO P (B)
(Eq. 3)
DICA
Exercícios resolvidos
10
Q = 16 x 10-6 C e
V=4V
Logo,
W = 64 x 10-6 J = 64 μJ
Pela Equação 2, temos que 1 eV =1,9 x 10-19 J; desse modo, fazendo uma regra de três simples:
1 eV = 1,9 x 10-19 J
Y eV = 64 x 10-6 J
Y (1,9 x 10-19) = 1 x 64 x 10-6
Logo:
R.: Através do enunciado, temos que: ni = 1015 cm-3, o número de elétrons livres no
semicondutor intrínseco em temperatura ambiente; e NA =1020 cm-3, concentração de
impurezas aceitadoras do elemento dopador.
Como serão adicionadas impurezas com número de lacunas, aproximadamente,
igual a p ≅ NA = 1020 cm-3, o silício intrínseco terá como portadores majoritários
lacunas e será um material do tipo p. Portanto, o número de lacunas do
semicondutor é igual a 1020 cm-3.
Através da Equação 3, temos que:
n . p = ni 2
Logo,
11
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• Todos os materiais são constituídos por átomos, que são constituídos por um núcleo
(formado por partículas positivas – prótons – e partículas neutras – nêutrons) e
partículas negativas, denominadas elétrons, girando em torno de seu núcleo. A
camada mais afastada do núcleo do átomo é denominada camada de valência.
• Qualquer elétron que tenha deixado seu átomo de origem possui um estado de
energia mais alto do que qualquer elétron que continue na estrutura atômica.
12
AUTOATIVIDADE
1 Analise as sentenças e associe os itens, utilizando o código a seguir:
I- Silício.
II- +1.
III- Igual.
IV- 29.
a) ( ) As impurezas doadoras são compostas por elementos que possuem três elétrons
de valência e as impurezas aceitadoras são compostas por elementos que
possuem quatro elementos de valência.
b) ( ) As impurezas doadoras são compostas por elementos que possuem quatro
elétrons de valência e as impurezas aceitadoras são compostas por elementos
que possuem cinco elementos de valência.
c) ( ) As impurezas doadoras são compostas por elementos que possuem cinco
elétrons de valência e as impurezas aceitadoras são compostas por elementos
que possuem três elementos de valência.
d) ( ) As impurezas doadoras são compostas por elementos que possuem três elétrons
de valência e as impurezas aceitadoras são compostas por elementos que
possuem cinco elementos de valência.
e) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.
13
3 Analise as afirmativas e classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
5 Sabendo-se que são necessários 80 eV de energia para mover uma carga com uma
diferença de potencial de 4 mV, determine o valor da carga.
a) ( )
O átomo de cobre possui um elétron em sua camada de valência
b) ( )
O átomo de silício possui 14 elétrons em seu núcleo.
c) ( )
O átomo de silício possui quatro elétrons em sua camada de valência.
d) ( )
Se, em um cristal de silício puro existir 1010 elétrons livres, então existirão também
1010 lacunas.
e) ( ) Se o silício for dopado com um elemento pentavalente, ele será chamado de
semicondutor do tipo p.
I- Material do tipo p.
II- Elementos trivalentes.
III- Semicondutor extrínseco.
IV- Material do tipo n.
V- Elementos pentavalentes.
14
( ) O número de lacunas excede o número de elétrons livres.
( ) O número de elétrons livres excede o número de lacunas.
( ) São átomos com cinco elétrons em sua camada de valência.
( ) São átomos com três elétrons em sua camada de valência.
( ) Um semicondutor dopado.
a) ( ) Semicondutores do tipo p.
b) ( ) Semicondutores do tipo n.
c) ( ) Semicondutores Intrínsecos.
d) ( ) Semicondutores extrínsecos.
e) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.
15
16
UNIDADE 1 TÓPICO 2 -
DIODOS
1 INTRODUÇÃO
Um semicondutor do tipo p sozinho, assim como um semicondutor do tipo n,
pode ser utilizado como um resistor de carbono. Entretanto, quando um cristal é dopado,
de modo que contenha as duas características (metade do tipo p e metade do tipo n),
ele toma características específicas e extremamente importantes (MALVINO, 2007).
2 DIODO SEMICONDUTOR
Ao dopar o material de modo que contenha as duas características (ou seja,
realizar a “união” do material semicondutor do tipo p com o material semicondutor
do tipo n), aparecerá uma região de junção (Figura 11) na borda em que os materiais
semicondutores do tipo p e n se encontram – outro nome dado a junção pn é diodo de
junção, uma vez que diodo é tido como a concentração de dois eletrodos (di = dois).
Ao ocorrer a união dos dois materiais, existe uma combinação entre os elétrons
livres e as lacunas da região de junção, ou seja, alguns elétrons livres, pertencentes
ao semicondutor do tipo n, atravessam a região de junção e preenchem algumas das
lacunas pertencentes ao semicondutor do tipo p. Como resultado dessa transição de
cargas, há o surgimento de uma região chamada de camada de depleção (Figura 11),
onde é possível notar os círculos cinzas que representam as lacunas preenchidas com
os elétrons livres, que deixam de estar disponíveis para serem portadores de corrente.
A região em torno da junção dos materiais n e p (camada de depleção) é escassa de
portadores livres.
17
FIGURA 11 – CAMADA DE DEPLEÇÃO DO DIODO
18
2.2 DIODO COM POLARIZAÇÃO REVERSA
Ao aplicarmos um potencial de V (volts) à junção pn, de modo que o terminal
negativo seja ligado ao material do tipo p e o terminal positivo, ao material do tipo n
(conforme Figura 13B), ocorrerá um aumento na região de depleção, pois o número
de elétrons livres no material tipo n irá aumentar devido à atração pelo polo positivo
conectado ao terminal do material do tipo n (como pode ser notado na Figura 13A);
de maneira análoga, ocorrerá um aumento de lacunas no material do tipo p, devido
à conexão do polo negativo ao terminal do material do tipo p. Em decorrência dessas
condições, a região de depleção irá aumentar, dificultando a movimentação de portadores
majoritários e, dessa forma, reduzindo o fluxo à praticamente zero – portanto, I ≅ 0 A.
19
FIGURA 14 – CURVA CARACTERÍSTICA DO DIODO SEMICONDUTOR DE SILÍCIO
20
resulta em um grande fluxo de portadores majoritários através da junção, de modo que
os elétrons do material semicondutor do tipo n recebem uma enorme atração com o
potencial positivo aplicado no material semicondutor do tipo p, cada vez maior à medida
que a camada de depleção diminui com o aumento da diferença de potencial aplicada
aos terminais – fenômeno que visto na Figura 14.
(Eq. 4)
(Eq. 5)
22
A região de avalanche, designada como região zener (Figura 16), possui potencial
de ruptura VBV. É possível aproximar a curva apresentada na região zener do eixo vertical
através do aumento da dopagem dos materiais semicondutores do tipo p e do tipo n.
Existe um outro mecanismo chamado de ruptura zener, que ocorre quando o potencial
de ruptura alcança níveis muito baixos e, assim, isso pode perturbar as forças de ligação
no interior do átomo, devido à grade do campo elétrico na região de junção dos materiais
semicondutores do tipo n e do tipo p, “gerando” portadores. Mesmo que o mecanismo de
ruptura zener tenha principal relevância em baixos níveis de VBV, a região com acentuada
mudança para quaisquer valores é conhecida como região zener e os diodos que são
embasados somente nessa região da curva são conhecidos como diodos zener.
(Eq. 6)
23
Quando o diodo está polarizado reversamente, haverá a corrente de portadores
minoritários, porém existe uma outra pequena corrente que circula pela superfície do
cristal conhecida como corrente de fuga da superfície, proveniente das impurezas da
superfície e das imperfeições na superfície do cristal. A corrente de fuga da superfície
(ISL) é diretamente proporcional à tensão inversa (VR) aplicada ao diodo, de modo que é
possível definir a resistência de fuga (RSL) como:
(Eq. 9)
24
2.6 RESISTÊNCIA DO DIODO
A seguir, veremos as resistências CC (Corrente Contínua) e CA (Corrente
Alternada) de um diodo ou, em outras palavras, a resistência estática e a resistência
dinâmica do diodo, respectivamente.
(Eq. 10)
(Eq. 11)
Logo, a resistência é:
26
Substituindo n = 1 e VT ≅ 26 mV (exemplo resolvido 1), obteremos:
(Eq. 12)
27
FIGURA 20 – DEFINIÇÃO DO CIRCUITO EQUIVALENTE LINEAR POR PARTES USANDO SEGMENTOS DE RETAS
PARA A APROXIMAÇÃO DA CURVA CARACTERÍSTICA (A) E COMPONENTES DO CIRCUITO EQUIVALENTE
LINEAR POR PARTES (B)
28
FIGURA 21 – CIRCUITO EQUIVALENTE SIMPLIFICADO PARA O DIODO CONDUTOR DE SILÍCIO (A) E
COMPONENTES DO CIRCUITO EQUIVALENTE SIMPLIFICADO (B)
FIGURA 22 – CIRCUITO EQUIVALENTE SIMPLIFICADO PARA O DIODO CONDUTOR DE SILÍCIO (A) E COMPONENTES
DO CIRCUITO EQUIVALENTE IDEAL (B)
4 TESTE DO DIODO
Podemos testar um diodo semicondutor de diversos modos, os mais comuns
são: por meio do uso de um multímetro digital (função testes de diodo ou na função de
ohmímetro) e de um equipamento traçador de curva.
29
4.1 TESTE POR MULTÍMETRO DIGITAL
Ao utilizar um multímetro digital, podemos abordar o teste de dois modos: pela
função teste de diodo e pela leitura de resistência.
FIGURA 23 – MULTÍMETRO DIGITAL (A), POSIÇÃO DOS TERMINAIS DE TESTE (B) E CURVA APROXIMADA
PARA O DIODO DE SILÍCIO (C)
30
5 FOLHA DE DADOS
Para podermos utilizar, de forma correta, os dispositivos semicondutores, é
necessário o conhecimento de algumas características específicas, disponibilizadas
pelo fabricante em um arquivo chamado datasheet ou folha de dados, no qual os dados
podem ser apresentados por uma breve descrição (normalmente, no máximo, uma
página) ou por uma análise completa (apresentando tabelas, gráficos etc.).
(Eq. 13)
(Eq. 14)
31
• C está relacionado ao valor da máxima dissipação de potência em temperatura
ambiente (25 °C), que também pode ser determinado pela Equação 4, e ao fator
de redução de potência, para temperaturas acima da de referência (temperatura
ambiente ou 25 °C – conforme Figura 25A).
• D refere-se ao valor da corrente direta contínua máxima, IF, sendo que a Figura 25B
apresenta um gráfico com a variação da corrente direta de acordo com a tensão direta,
podendo-se notar um aumento rápido da tensão em pequenos incrementos de tensão.
• E demonstra os valores de tensão direta, VF, em temperatura ambiente (25 °C), em
que, quanto maior é a corrente de polarização direta aplicada, maior será a tensão
de polarização;
• F mostra os valores da corrente de polarização reversa, IR, em que é possível verificar
que a mesma variação de tensão em 25 °C provoca uma menor variação da IR em
125 °C. Nas Figuras 25C e D, é possível notar a variação da tensão reversa em função
da corrente reversa e a variação da corrente reversa em função da temperatura,
respectivamente (é preciso cuidado nas análises do gráfico, devido a estar em escala
logarítmica, pode parecer que a variação é muito menor que a real.
• G apresenta o valor máximo da capacitância em condição específica de teste; o
gráfico da Figura 25 mostra a variação da capacitância em função da variação da
tensão reversa, podendo-se notar uma grande variação à medida que a tensão de
polarização aumenta;
• H corresponde ao tempo máximo de recuperação reversa em condições específicas
de teste, sendo um fator importante a ser analisado que pode comprometer o
desempenho do projeto.
32
FIGURA 24 – CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS DE UM DIODO SEMICONDUTOR DE BAIXA CORRENTE DE FUGA
E ALTA TENSÃO
33
FIGURA 25 – CARACTERÍSTICAS DE UM DIODO DE ALTA TENSÃO
34
6 DIODO ZENER
É um tipo de diodo amplamente utilizado em sistema de regulagem de tensão.
Sua curva característica e símbolo podem ser observados na Figura 26. É importante
salientar a similaridade dos símbolos dos diodos, sendo a única diferença pelo cátodo
ter duas linhas adicionais remetendo ao formato da letra Z. A fabricação dos diodos
zener ocorre de modo que regulem a tensão entre 3,3 a 200 V (um exemplo é o 1N4733,
que é um regulador de tensão de 5,1 V) (SCHULER, 2013).
35
FIGURA 27 – AMPLIAÇÃO DA CURVA DE OPERAÇÃO DO DIODO ZENER
Também conhecidos como LED (sigla do inglês Light Emitting Diode), os diodos
emissores de luz emitem luz visível ou invisível (infravermelho) quando energizados e são
compostos por diferentes camadas de semicondutores em estado sólido. Em qualquer
polarização direta de uma junção pn, existe uma recombinação de elétrons e lacunas
próximo à junção e dentro da estrutura, efeito que exige a mudança de estado da energia
do elétron livre não ligado, sendo que, na forma de calor ou fótons (Figura 28), será
dependente da banda de energia entre os materiais semicondutores e o comprimento
de onda da radiação emitida (MARTELETO, 2011). Em diodos de Si e Ge, a maior parte da
energia é convertida em calor, sendo a luz emitida insignificante, porém diodos de GaAs
emitem luz invisível na zona de infravermelho durante esse processo de recombinação.
36
FIGURA 28 – ESQUEMA DE FUNCIONAMENTO DE UM LED
37
DICA
Exercícios resolvidos
R.: Por meio do enunciado, a temperatura é de 27 °C, logo, para podermos aplicar a Equação
5, é necessário a transformar em Kelvin:
TK = T°C + 273
TK = 27 + 273 = 300 K
Aplicando a Equação 5:
Portanto, VT ≅ 26 mV.
38
R.: Inicialmente, determinaremos o valor das resistências CC. Analisando o gráfico, podemos
localizar os dois pontos quiescente, sendo eles:
ID = 2 mA e VD = 0,7 V
Cálculo da resistência CA – ID = 2 mA
Para determinarmos a resistência CA, é necessário utilizar dois pontos equidistantes do
ponto quiescente que pertencem à reta tangente que passa por Q.
Nesse caso, foi adotada uma amplitude de 2 mA em relação ao ponto Q, sendo possível
encontrar os valores ID1 = 0 mA e VD1 = 0,65 V e ID2 = 4 mA e VD = 0,76 V.
Portanto,
Foi multiplicado por dois, devido a estarmos na região do joelho, em que n = 2, e não n = 1
quando determinada a equação.
A diferença entre os valores encontrados pode ser tratada como uma contribuição de rB,
que é a resistência de corpo (resistência do material semicondutor) somada à resistência
de contato (conexão entre o material metálico externo com o material semicondutor).
ID=25 mA
Portanto,
ΔId = ID2 - ID1= (30 - 20) mA = 10 mA
ΔVd = VD2 -VD1 = (0,8 - 0,78) V = 0,02 V
39
Aplicando a Equação 11,
40
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• Quando o material é dopado de uma forma que contém ambas as características (ou
seja, o material semicondutor tipo p é "combinado" com o material semicondutor tipo
n), a região de junção aparecerá na borda da junção.
41
AUTOATIVIDADE
1 Supondo uma barreira de potência de 0,6 V com uma temperatura ambiente de
30 °C, determine o valor da barreira de potencial de um diodo de silício quando a
temperatura de junção for de:
a) 100 °C.
b) 50 °C.
c) 0 °C.
Diodo IF IR
1N914 10 mA com 1 V 25 nA com 20 V
1N4001 1 A com 1,1 V 10 μA com 50 V
1N1185 10 A com 0,95 V 4,6 mA com 100 V
FONTE: Malvino (2007, p. 117)
42
8 Classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
43
44
UNIDADE 1 TÓPICO 3 -
APLICAÇÕES DE DIODOS
1 INTRODUÇÃO
Após analisarmos a construção e funcionamento básico dos diodos, temos as
ferramentas necessárias para podermos expandir os estudos e analisar a sua função e
resposta em uma grande variedade de aplicações.
45
Ou:
(Eq. 15)
(Eq. 16)
E:
(Eq. 17)
46
Utilizando os valores das Equações 16 e 17, podemos traçar a curva de carga,
conforme Figura 30. O ponto de interseção entre as duas curvas é chamado de ponto
de operação ou ponto quiescente (Q). Desenhando uma linha horizontal (paralela ao eixo
da tensão VD), passando por Q, é possível determinar o valor de IDQ ), o valor da corrente
de operação do diodo, e traçando uma reta vertical (paralela ao eixo da corrente, ID) e
passando por Q, é possível determinar o valor de VDQ ) ou a tensão do diodo quiescente.
47
FIGURA 31 – MODELOS DE DIODO SEMICONDUTOR DE SILÍCIO APROXIMADO E REAL
FIGURA 32 – CONFIGURAÇÃO COM DIODO EM SÉRIE (A), DETERMINAÇÃO DO ESTADO DO DIODO (B) E
SUBSTITUIÇÃO DO MODELO EQUIVALENTE PARA O DIODO “LIGADO” (C)
(Eq. 18)
48
(Eq. 19)
(Eq. 20)
49
4 APLICAÇÕES PRÁTICAS
50
FIGURA 36 – ANÁLISE DA SAÍDA DE ACORDO COM A REGIÃO DE CONDUÇÃO
(Eq. 21)
(Eq. 21)
• Durante o intervalo de t = 0 até t = T/2, conforme pode ser notado na Figura 40,
estaremos no semiciclo positivo do sinal, fazendo com que os diodos D2 e D3
estejam diretamente polarizados (ligados) e os diodos D1 e D4 estejam inversamente
polarizados (aberto), como estamos analisando o circuito com um diodo ideal, não
há queda de tensão e a tensão na carga é exatamente igual à entrada (vo = vi ).
• Durante o intervalo de t = T/2 até t = T, conforme pode ser notado na Figura 40,
estaremos no semiciclo negativo do sinal, fazendo com que os diodos D1 e D4
estejam diretamente polarizados (ligados) e os diodos D2 e D3 estejam inversamente
polarizados (aberto), como estamos analisando o circuito com um diodo ideal, não
há queda de tensão e a tensão na carga é exatamente igual à entrada, porém com
polaridade oposta (vo = vi ), gerando um segundo pulso positivo.
(Eq. 23)
53
Existem dois tipos gerais de ceifadores: em série e em paralelo, em que o diodo
se encontra em um ramo em série ou em paralelo, respectivamente, a carga. Na Figura
41, é apresentado um exemplo de circuito ceifador em série com duas formas de onda na
entrada, considerando o diodo do circuito como ideal, podemos perceber que a saída é muito
semelhante a um circuito retificador de meia-onda, que também é um circuito ceifador.
DICA
Exercícios resolvidos
54
CIRCUITO PARA EXEMPLO 1 (A) E RETA DE CARGA DO DIODO DO EXEMPLO 1 (B)
a) Reta de carga
R.: O circuito é equivalente ao apresentado na Figura 29A, então podemos utilizar as equações
16 e 17 para determinar os pontos de interseção com os eixos coordenados. Logo:
CURVA DE CARGA
55
Traçando retas paralelas aos eixos que passam pelo ponto Q (interseção das curvas), podemos
obter o valor da corrente e da tensão no ponto quiescente, ou ponto de trabalho. Logo:
VDQ ≅ 0,78 V
IDQ ≅ 18,5 mA
São valores aproximados devido à resolução do gráfico – quanto menor for a escala, mais
preciso serão os valores.
O valor da tensão no resistor é dado por:
VR = E - VD = 10 V - 0,78 V = 9,22 V
VDQ = 0,7 V
IDQ ≅ 18,5 mA
VR = E - VD = 10 V - 0,7 V = 9,3 V
56
2 Para o circuito apresentado na figura a seguir, determine VD , VR e ID quando:
a) E = 10 V.
VD = VK = 0,7 V
VR = E - VK = 10 V - 0,7 V = 9,3 V
b) E = 0,6 V.
R.: Quando E = 0,6 V, a tensão é insuficiente para “ligar” o diodo, mesmo o diodo sendo
polarizado diretamente. Para facilitar o entendimento, o ponto de operação é apresentado
na figura a seguir, em que podemos perceber que o diodo não conduz, então o seu
comportamento será como circuito aberto. Desse modo, aplicando-se as Equações 17, 18
e 19, temos:
VD = E = 0,6 V
VR = E - VD = E - E = 0 V
57
PONTO DE OPERAÇÃO COM E = 0,6 V
FONTE: O Autor
3 Na figura, a seguir, existem dois LEDs que podem ser utilizados como detectores
de polaridades, de modo que a aplicação de uma tensão de polaridade positiva
resulta em luz verde e de polaridade negativa em luz vermelha. Determine o valor
de R, considerando uma corrente de 20 mA quando os diodos estiverem ligados.
Os diodos possuem uma tensão de ruptura reversa de 3 V e uma tensão média de
2 V, quando ligados.
CIRCUITO
R.: Ao aplicarmos uma tensão positiva, temos uma corrente convencional que coincide com
a seta do diodo verde, e como a tensão aplicada é superior à tensão necessária para ligar o
LED, teremos como resultado o apresentado na figura seguinte.
58
CONDIÇÕES OPERACIONAIS DO CIRCUITO
Logo,
59
LEITURA
COMPLEMENTAR
DIODO ZENER E SUAS APLICAÇÕES
O diodo zener recebe esse nome por causa do cientista físico americano
Clarence Melvin zener (1905-1993), que foi o primeiro que descreveu a propriedade
elétrica que faz esse componente funcionar.
60
Curva característica do diodo zener
A curva da figura é genérica para qualquer diodo, mas, para o zener, vamos focar
na parte à esquerda, em que o componente é inversamente polarizado.
Tipos e aplicações
Por conta de sua principal propriedade, isto é, manter a tensão constante após
a tensão em seus terminais atingir e ultrapassar a tensão de ruptura, o diodo zener
é amplamente utilizado como um regulador de tensão em circuitos eletrônicos. Com
ele, é possível garantir que a tensão esteja fixada em um determinado valor, garantindo
segurança ao projeto.
61
Para utilizar o componente como um regulador de tensão, conecta-se ele
em paralelo com os terminais de saída da fonte, de forma que ele fique inversamente
polarizado.
Para o circuito funcionar corretamente, a tensão de entrada Vin deve ser maior
que a tensão zener do diodo. Sem isso, o circuito não vai funcionar corretamente.
62
Além da tensão, é necessário levar em conta a corrente mínima e máxima de
operação do componente.
63
A partir da ligação em série, é possível obter tensões diferentes das que estão
tabeladas, possibilitando a criação de fontes de tensão com saídas estabilizadas em
diversos valores.
FONTE: Adaptado de ATHOS ELECTRONICS. Diodo zener e suas aplicações. Athos Electronics. Disponível em:
https://athoselectronics.com/diodo-zener-e-suas-aplicacoes/. Acesso em: 27 mar. 2021.
64
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• O diodo conduz em apenas uma direção, como se fosse uma rua de corrente
unidirecional. Quando polarizada na direção correta, ou seja, polarização direta, a
corrente flui normalmente, mas a queda de tensão é pequena.
• Para determinar a linha de carga, ou seja, a linha determinada pela tensão do circuito
e sua carga, podemos retornar à definição matemática, ou seja, para traçar uma linha,
basta ter dois pontos. O ponto mais fácil de determinar é o ponto de intersecção com
o eixo das coordenadas.
65
AUTOATIVIDADE
1 Determine o valor de Vo e ID para o circuito em série da figura a seguir.
66
4 Determine a forma de onda da saída para o circuito da figura a seguir.
67
REFERÊNCIAS
ATHOS ELECTRONICS. Diodo zener e suas aplicações. ATHOS ELECTRONICS.
Disponível em: https://athoselectronics.com/diodo-zener-e-suas-aplicacoes/.
Acesso em: 11 jan. 2021.
68
UNIDADE 2 —
TRANSISTORES I
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
69
CONFIRA
A TRILHA DA
UNIDADE 2!
Acesse o
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70
UNIDADE 2 TÓPICO 1 —
TRANSISTORES BIPOLARES DE JUNÇÃO (TBJ)
1 INTRODUÇÃO
O dispositivo eletrônico mais desenvolvido e de grande interesse, entre 1904 e
1947, foi a válvula (diodo criada por J. A. Fleming, em 1904), cujo impulsionamento por
rádio e televisão teve ampliou a sua produção de aproximadamente 1 milhão de válvulas,
em 1922, para cerca de 10 milhões de válvulas em 1937. Esse setor, ao passar dos anos,
apresentou grandes avanços em diversas áreas, sendo projeto, técnica de fabricação,
miniaturização, além de aplicações em alta potência e alta frequência (BOYLESTAD;
NASHELSKY, 2013).
71
FIGURA 1 – OS COINVENTORES DO PRIMEIRO TRANSISTOR NA BELL LABORATORIES
72
2 CONSTRUÇÃO DO TRANSISTOR
O transistor é um componente semicondutor composto por três camadas,
podendo ser constituídas de dois modos distintos: duas camadas de material
semicondutor do tipo n e uma camada de material semicondutor do tipo p (sendo
chamado de transistor npn) ou duas camadas de material semicondutor do tipo p e uma
camada de material semicondutor do tipo n (sendo chamado de transistor pnp). A Figura
3 apresenta os dois tipos de transistores contendo a polarização de corrente contínua
(CC) e apropriada (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013).
73
3 OPERAÇÃO DO TRANSISTOR
Para o estudo das operações básicas de um transistor bipolar de junção, será
utilizado um transistor pnp (Figura 3A). Com relação à operação de um transistor npn,
as características são equivalentes, sendo somente necessária a troca das funções das
lacunas e dos elétrons (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013, p. 117).
74
FIGURA 5 – FLUXO DE PORTADORES MAJORITÁRIOS E MINORITÁRIOS DE UM TRANSISTOR PNP
(Eq. 1)
(Eq. 2)
75
Para TBJ de uso geral, IC é medido em miliampères e ICO , em microampères
ou nanoampères. Em função de melhorias na técnica de construção, é possível obter
valores muito pequenos de ICO , de modo a poder ser ignorado frequentemente. Deve-
se tomar cuidado sempre com as características do transistor quando submetido a
grandes variações de temperatura (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013).
4 CONFIGURAÇÕES DO TRANSISTOR
A seguir, discutiremos as principais características do transistor nas configurações
base-comum, emissor-comum e coletor-comum.
76
É importante perceber como conectar a polarização do TBJ, de modo a obter a
corrente conforme indicado na Figura 6. Para uma correta descrição do TBJ, dispositivo
com três terminais, é necessário dois conjuntos de curvas características, um que
represente a saída e um que represente a entrada (ou o acionamento) (BOYLESTAD;
NASHELSKY, 2013).
(Eq. 3)
77
FIGURA 8 – CURVA CARACTERÍSTICA DE SAÍDA, OU DE COLETOR, PARA UM TRANSISTOR AMPLIFICADOR NA
CONFIGURAÇÃO BASE-COMUM
(Eq. 4)
(Eq. 5)
78
Como o valor de alfa é definido exclusivamente pelos portadores majoritários, é
possível reescrever a Equação 2 como:
(Eq. 6)
(Eq. 7)
4.1.2 Polarização
Ao utilizarmos a aproximação apresentada na Equação 3, IC ≅ IE, e inicialmente
presumindo que IB ≅ 0 μA, podemos obter a polarização para um TBJ pnp, conforme a Figura
9. É importante notar que a seta do TBJ apresenta a direção do fluxo convencional, no
caso, IC ≅ IE, e que as fontes são inseridas com polaridade correspondente à manutenção
do sentido da corrente. Para um transistor npn, a discussão será semelhante, mas com
as polaridades invertidas (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013). Uma dica para reconhecer o
tipo de transistor é observar a direção da seta, ou seja, em um transistor npn, a seta não
aponta para dentro e, em um transistor pnp, a seta aponta para dentro (BOYLESTAD;
NASHELSKY, 2013), conforme pode visto na Figura 6.
79
4.1.3 Região de ruptura
Analisando a Figura 8, é possível perceber uma região onde a curva assume uma
ascensão drástica: a partir de certo valor VCB, efeito avalanche semelhante ao estudado
para os diodos. Sabemos que a junção base-coletor é polarizada reversamente na
região ativa, mas existe um ponto em que uma tensão demasiada grande de polarização
reversa acarretará um efeito de avalanche, implicando um grande aumento de corrente
com pequenas variações da tensão base-coletor. A tensão máxima admissível para o
ramo base-coletor é VCBO, em que O (maiúsculo) representa o ramo do emissor aberto
(BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013).
FIGURA 10 – NOTAÇÃO E SÍMBOLOS UTILIZADOS PARA TRANSISTORES (A) NPN E (B) PNP NA CONFIGURAÇÃO
EMISSOR-COMUM
80
entrada (base-emissor), na qual é apresentado o gráfico da relação entre a corrente
de entrada, IB, e a tensão de entrada, VBE, para uma faixa de valores de tensão de saída
(Figura 11B); e outro para a saída (coletor-emissor), em que é apresentado o gráfico da
corrente de saída, IC, em relação à tensão de saída, VCE, para uma faixa de valores de
corrente de entrada, IB, conforme Figura 11A.
Por meio da análise da Figura 11A, é possível notar que a região de corte não é
tão bem definida; com a substituição da Equação 1 na Equação 6, utilizando a propriedade
da Equação 3, obtemos:
(Eq. 8)
Algo importante a ser mencionado é que, caso seja desejável um sinal de saída sem
distorção, a região abaixo de IB = 0 μA deve ser evitada (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013).
81
4.2.1 Beta (β)
A relação entre IC e IB (pontos específicos de operação da curva característica)
para a configuração emissor-comum no modo CC é chamada de beta e pode ser escrita
como (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013):
(Eq. 9)
(Eq. 10)
Para poder exemplificar a obtenção do valor de βCA pela Equação 10, utilizaremos
a Figura 12, na qual podemos traçar uma reta vertical em VCE = 7,5 V, e, dessa maneira,
em qualquer ponto sobre essa curva, o valor de VCE será constante e igual a 7,5 V. Para
determinar a variação da corrente, é necessário a escolha de dois pontos, um superior
e outro inferior ao ponto quiescente, preferencialmente com mesma distância do ponto
Q. Na Figura 12, temos IB1 = 20 μA e IB2 = 30 μA, que atendem às condições para um
ponto de operação de IB = 25 μA, os valores de IC são determinados traçando-se uma
reta horizontal que passa por IB1 e IB2. Vale ressaltar que o melhor beta CC é obtido com
as menores variações de IB.
82
FIGURA 12 – DETERMINAÇÃO DO βCA E βCC A PARTIR DAS CURVAS CARACTERÍSTICAS DO COLETOR
É possível notar que os valores de βCC e βCA são muito próximos, o que
normalmente ocorre e permite que possam ser intercambiáveis. Um ponto que sempre
devemos lembrar é que, mesmo em transistores do mesmo lote, o valor do beta pode ser
distinto, devendo sempre ser verificado (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013).
É possível relacionar os valores de α e β por meio das relações vistas até aqui,
utilizando a Equação 9, β = IC ⁄ IB → IB = IC ⁄ β, e pela Equação 5, α = IC ⁄ IE → IE = IC ⁄ α. Conforme
a Equação 1:
Logo,
83
Ou:
(Eq. 11)
Além disso,
Utilizando a relação:
(Eq. 12)
Temos:
(Eq. 13)
(Eq. 14)
(Eq. 15)
4.2.2 Polarização
Podemos determinar a polarização de modo semelhante ao utilizado na
configuração base-comum. Na Figura 13A, temos um transistor do tipo npn, ao qual
iremos aplicar a polarização adequada. Inicialmente, identificamos a corrente do emissor
conforme a indicação da seta (Figura 13B) e direcionamos as outras correntes de acordo
com IE, lembrando da Equação 1, que mostra que a corrente do emissor é igual à soma
das correntes de base com a do coletor (LKC; Figura 13C).
84
FIGURA 13 – DETERMINAÇÃO DA POLARIZAÇÃO APROPRIADA PARA UM TRANSISTOR NPN NA
CONFIGURAÇÃO EMISSOR-COMUM
85
FIGURA 14 – EXAME DA REGIÃO DE RUPTURA DE UM TRANSISTOR NA CONFIGURAÇÃO
EMISSOR-COMUM
86
FIGURA 15 – NOTAÇÃO E SÍMBOLO UTILIZADOS PARA A CONFIGURAÇÃO COLETOR-COMUM DE UM
TRANSISTOR DO TIPO PNP (A) E NPN (B)
Por meio da análise da Figura 16, é possível perceber que alguns limites de
operação são autoexplicativos, como a corrente máxima do coletor (corrente do coletor
contínua – folha de dados) e tensão máxima coletor-emissor (BVCEO ou V(BR)CEO). A linha
vertical, definida como VCEsat especifica o mínimo de tensão que pode ser aplicado sem
que caia na região de saturação (não linear) (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013).
(Eq. 16)
87
FIGURA 16 – DEFINIÇÃO DA REGIÃO LINEAR (SEM DISTORÇÃO) DE OPERAÇÃO DO TRANSISTOR
Caso não haja as características, é importante manter os valores de IC, VCE e VCE
IC dentro dos seguintes intervalos:
(Eq. 17)
(Eq. 18)
5 TESTE DO TRANSISTOR
Uma forma de fazer o teste de modo prático é utilizando um voltímetro, pois
sabemos que um transistor, em bom estado, apresenta duas junções pn, que podemos
verificar como um diodo com o auxílio do ohmímetro (Figura 17).
88
FIGURA 17 – POLARIDADE DAS JUNÇÕES DE UM TRANSISTOR PNP (A) E NPN (B)
89
Conectando o terminal negativo do ohmímetro à base e encostando uma das
pontas do medidor aos outros dois terminais, se for verificada uma baixa resistência,
o transistor analisado é do tipo pnp. Caso se conecte a base ao terminal positivo e se
verifique uma resistência baixa ao encostar a ponta de prova aos outros terminais, trata-
se de um transistor do tipo npn (SCHULER, 2013).
6 FOLHA DE DADOS
Na Figura 17, é apresentada uma folha de dados para um transistor da Fairchild
Semiconductor Corporation, o 2N4123, que é um transistor npn de uso geral. Analisando
essa folha de dados, é possível notar algumas linhas em azul que apresentam importantes
características do componente informado.
90
FIGURA 19 – FOLHA DE DADOS DE UM TRANSISTOR
91
92
93
FONTE: Boylestad; Nashelsky (2013, p. 131-133)
7 CIRCUITOS DE POLARIZAÇÃO
A seguir, veremos os circuitos de polarização fixa, configuração de polarização
do emissor, a configuração de polarização por divisor de tensão, a configuração com
realimentação de coletor, a configuração seguidora de emissor, a configuração base-
comum e configuração de polarizações combinadas.
94
• Operação na região linear:
o Junção base-emissor polarizada diretamente.
o Junção base-coletor polarizada reversamente.
Logo,
(Eq. 19)
95
FIGURA 20 – CIRCUITO DE POLARIZAÇÃO FIXA (A) E EQUIVALENTE CC DO CIRCUITO (B)
FIGURA 21 – (A) MALHA BASE-EMISSOR E (B) MALHA COLETOR-EMISSOR PARA UM TRANSISTOR COM
POLARIZAÇÃO FIXA
Logo,
96
Além disso, sabemos que:
(Eq. 21)
(Eq. 22)
97
Para a configuração com polarização fixa, o valor da corrente do coletor de
saturação (Figura 23B), é dada por:
(Eq. 23)
FIGURA 23 – (A) MÉTODO DE OBTENÇÃO DA ICsat E (B) DETERMINAÇÃO DE ICsat PARA UMA CONFIGURAÇÃO
DE POLARIZAÇÃO FIXA
(Eq. 24)
Para que possamos traçar a curva, visto que é uma equação de primeiro grau,
precisamos de dois pontos, os mais fáceis de determinar são as interseções com os
eixos, ou seja,
(Eq. 25)
(Eq. 26)
98
FIGURA 24 – ANÁLISE POR RETA DE CARGA PARA A CONFIGURAÇÃO DE POLARIZAÇÃO FIXA: CIRCUITO
(A) E CURVAS CARACTERÍSTICAS DO DISPOSITIVO (B)
99
7.2 CONFIGURAÇÃO DE POLARIZAÇÃO DO EMISSOR
Na Figura 26, apresenta-se o circuito do TBJ com polarização do emissor e seu
equivalente CC.
(Eq. 27)
FIGURA 26 – CIRCUITO DE POLARIZAÇÃO DO TBJ COM RESISTOR DE EMISSOR (A) E EQUIVALENTE CC (B)
100
FIGURA 27 – CIRCUITO DE POLARIZAÇÃO DO TBJ COM RESISTOR DE EMISSOR MALHA BASE-EMISSOR (A)
E MALHA COLETOR-EMISSOR (B)
(Eq. 28)
(Eq. 29)
E ainda por:
(Eq. 30)
Ou:
(Eq. 31)
E:
(Eq. 32)
Ou:
(Eq. 33)
101
A adição do resistor do emissor ao circuito de polarização CC acarreta uma
melhoria na estabilidade, isto é, as tensões e as correntes CC variam pouco em torno dos
valores estabelecidos, decorrente das modificações provenientes de variáveis externas,
como temperatura e valores de beta (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013).
(Eq. 34)
(Eq. 35)
(Eq. 36)
(Eq. 37)
Podemos analisar o circuito por dois métodos: o exato, que pode ser aplicado
a qualquer configuração com divisor de tensão, e o aproximado, que somente pode ser
aplicado mediante condições específicas.
102
7.3.1 Análise exata
Para a análise exata, utilizaremos o circuito presente na Figura 29B, determinando
o circuito equivalente de Thévenin para o circuito à esquerda do terminal da base (Figura
29 A) como:
FIGURA 28 – CONFIGURAÇÃO DE POLARIZAÇÃO POR DIVISOR DE TENSÃO (A) E CIRCUITO EQUIVALENTE CC (B)
(Eq. 38)
Logo,
(Eq. 39)
Além disso,
(Eq. 40)
103
FIGURA 29 – CIRCUITO PARA A DETERMINAÇÃO DO RTh (A) E CIRCUITO PARA A DETERMINAÇÃO DE ETh (B)
(Eq. 41)
(Eq. 42)
E:
(Eq. 43)
104
(Eq. 44)
E:
(Eq. 45)
(Eq. 46)
(Eq. 47)
(Eq. 48)
105
E:
(Eq. 49)
Em que: I'C = IC + IB. Os valores de IC e I'C são muito maiores que o valor de IB, logo,
utilizando as aproximações I'C ≅ IC = βIB e IE ≅ IC, a equação anterior fica:
Logo,
(Eq. 50)
106
7.4.2 Malha coletor-emissor
Aplicando a LKT no sentido indicado na Figura 33B,
Logo,
(Eq. 51)
(Eq. 52)
107
7.4.4 Análise por reta de carga
Como utilizamos a aproximação I'C = IC , tem-se a mesma reta de carga obtida
para a configuração em divisor de tensão e polarização do emissor (BOYLESTAD;
NASHELSKY, 2013).
Logo,
(Eq. 53)
108
De modo que:
(Eq. 54)
Logo,
(Eq. 55)
Portanto,
109
Como IE ≅ IC,
(Eq. 56)
110
FONTE: Boylestad; Nashelsky (2013, p. 171)
111
FIGURA 37 – AMPLIFICADORES TRANSISTORIZADOS COM ACOPLAMENTO RC (A) E EQUIVALENTE CC (B)
9 TRANSISTORES PNP
A análise dos transistores pnp segue o mesmo padrão estabelecido para o
transistor npn. Primeiramente, o valor de IB é determinado, em seguida, aplicamos as
relações apropriadas ao transistor e obtemos os restantes das incógnitas necessárias.
Ao observar as equações resultantes, é possível perceber que a diferença entre a
utilização de um transistor npn por um pnp será o sinal associado a algumas quantidades
específicas.
10 CIRCUITOS DE CHAVEAMENTO
A aplicação de transistores não se limita somente à amplificação de sinais; no
projeto apropriado, podem ser utilizados como chaves de computadores e aplicações
de controle (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013).
112
O valor da corrente de base, IB, pode ser aproximado por (BOYLESTAD;
NASHELSKY, 2013):
(Eq. 57)
Além disso,
(Eq. 58)
1 Dado o circuito e sua reta de carga, conforme mostra a figura a seguir, determine
o comportamento da reta de carga quando:
114
RETA DE CARGA
115
R.: Se manter o valor de VCC fixo e alterar os valores da resistência do coletor, de modo que
R3 > R2 > R1, teremos um deslocamento do ponto quiescente, conforme a figura a seguir:
116
2 Determine as tensões VC e VB no circuito da figura a seguir:
CIRCUITO
R.: Analisando o circuito, percebemos uma grande semelhança com a configuração por
divisor de tensão, porém R2 e RE não estão aterrados, e sim possuem uma tensão VEE.
Para resolução do exercício, utilizaremos os procedimentos apresentados para a
configuração de divisor de tensão. Dessa forma, o primeiro passo é a determinação da
resistência de Thévenin da entrada, como mostra a figura seguinte:
Logo,
Logo,
117
Substituindo os valores:
Logo, o circuito de entrada pode ser redesenhado, como mostra a figura seguinte:
Isolado IB,
Substituindo os valores:
118
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
119
AUTOATIVIDADE
1 Considerando a corrente de emissor de um TBJ igual a 6 mA e sabendo que a relação
entre IB e IC é de 0,0125, determine os valores de IB e IC.
2 Sabendo que:
3 Considere:
120
5 (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013) Dada a reta de carga apresentada na figura a seguir
e o ponto Q definido, determine os valores de VCC, RC e RB para a configuração de
polarização fixa.
a) IB.
b) IC.
c) VCE.
d) VC.
121
e) VE.
f) VB.
g) VBC.
h) Corrente de saturação.
b) Determine βCC na região central das curvas características, definindo esse ponto
como o ponto Q.
8 Determine os valores de ICQ e VCEQ para a configuração por divisor de tensão da figura,
a seguir, pelo método exato e aproximado. Comente os resultados encontrados.
122
FONTE: Adaptada de Boylestad; Nashelsky (2013, p. 162)
123
11 Determine o valor de I no circuito da figura a seguir.
124
UNIDADE 2 TÓPICO 2 -
TRANSISTORES DE EFEITO DE CAMPO
1 INTRODUÇÃO
Os transistores de efeito de campo (FET – sigla do inglês field-effect transistor)
é um dispositivo semelhante ao TBJ, sendo a principal diferença o TBJ um dispositivo
controlado por corrente, enquanto o JFET é um dispositivo controlado por tensão. Assim
como os TBJs podem ser npn e pnp, os JFETs podem ser de canal n e de canal p,
porém os transistores bipolares de junção, assim como o próprio nome diz, são bipolares
(condução por dois portadores de carga: elétrons ou lacunas) e os transistores de efeito
de campo são dispositivos unipolares (dependem unicamente da condução de elétrons
– canal n – ou de lacunas – canal p) (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013).
FIGURA 39 – AMPLIFICADORES CONTROLADOS POR CORRENTE TBJ (A) E CONTROLADOS POR TENSÃO
JFET (B)
125
principais motivos de seu uso em circuitos integrados (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013).
Veremos três tipos de FET: o transistor de efeito de campo de junção (JFET), o transistor
de efeito de campo metal-óxido-semicondutor (MOSFET) e o transistor de efeito de
campo metal-semicondutor (MESFET).
2 JFET
O JFET é um dispositivo de três terminais, de modo que um deles controla a
corrente entre os outros dois. A Figura 40 apresenta a construção do JFET de canal
n, em que é possível verificar que a maior parte do material constituinte é do tipo n,
que forma o canal entre as camadas imersas de material do tipo p. Na parte superior
do material do tipo n, por meio de um contato ôhmico, temos a conexão do dreno (D,
do inglês drain) e, na parte inferior através de outro contato ôhmico, temos a fonte (S,
do inglês source). Os dois materiais do tipo p estão conectados entre si e também ao
terminal porta (G, do inglês gate) (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013).
126
FIGURA 41 – ANALOGIA DO FLUXO DE ÁGUA PARA O MECANISMO DE CONTROLE DO JFET
IDSS é a corrente máxima de dreno para um JFET e é definida pela condição VGS
= 0 V e VDS > | VP | (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013).
127
FIGURA 42 – JFET COM VGS = 0 V e VDS > 0 V (A) E VARIAÇÃO DOS POTENCIAIS REVERSOS DE POLARIZAÇÃO (B)
ATRAVÉS DA JUNÇÃO PN DE UM JFET DE CANAL N
FIGURA 43 – CURVA DE ID VERSUS VDS PARA VGS = 0 V (A) E PINCH-OFF (VGS = 0 V, VDS = VP) (B)
128
2.2 RESISTOR CONTROLADO POR TENSÃO
A região à esquerda da linha de pinch-off é chamada de ôhmica (Figura 44), ou
região de resistência controlada por tensão, em que o JFET pode ser empregado como
um resistor variável, sendo uma boa aproximação a Equação 59,
(Eq. 59)
129
FIGURA 45 – JFET DE CANAL P (A) E CURVAS CARACTERÍSTICAS DO JFET DE CANAL P (B) COM IDSS = 6 mA
E VP = +6 V
130
FIGURA 46 – SIMBOLOGIA PARA UM JFET (A) DE CANAL N E (B) DE CANAL P
(Eq. 60)
Existe uma forma mais rápida para se obter a curva, utilizando a curva de
Schockley, com a qual podemos predeterminar quatro valores relacionados entre VGS e ID
(Tabela 2). O número de pontos não necessariamente deve ser quatro; é possível melhorar
a precisão da curva determinando mais pontos (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013).
VGS ID
0 IDSS
0,3 VP IDSS /2
0,5 VP IDSS /4
VP 0 mA
FONTE: Boylestad; Nashelsky (2013, p. 326)
131
2.5 FOLHA DE DADOS (JFETS)
Como qualquer outro componente eletrônico, a folha de dados (Figura
47) de um JFET é de grande importância na hora da escolha e da utilização de um
componente em um projeto. Muitas características como especificações máximas
(normalmente apresentados no início da folha de especificações e, para um bom projeto,
é recomendado não ultrapassar, podendo danificar de forma definitiva o componente),
características térmicas (apresenta variações das características do componente pela
variação da temperatura de uso), características elétricas (características de estado
“ligado”, “desligado” e pequenos sinais) e características usuais (variedade de curvas que
demonstram como parâmetros importantes se comportam, de acordo com a variação
de tensão, corrente, temperatura e frequência).
132
133
FONTE: Boylestad; Nashelsky (2013, p. 328-329)
3 MOSFET
O nome MOSFET significa transistor de efeito de campo metal-óxido-
semicondutor. De modo a facilitar a compreensão, esse tema será dividido em MOSFET
tipo depleção e MOSFET tipo intensificação.
A aplicação de uma tensão VDD (Figura 48B) é feita nos terminais dreno-fonte,
resultando em uma atração dos elétrons livres do canal n para o potencial positivo do
dreno, estabelecendo uma corrente semelhante a que atravessa o canal do JFET. O
potencial negativo aplicado em VGS tenderá a pressionar os elétrons em direção ao
substrato do tipo p e a atrair lacunas do substrato do tipo p (BOYLESTAD; NASHELSKY,
2013) – a curva de transferência para um MOSFET tipo depleção de canal n será discutida
no primeiro exemplo dos exercícios resolvidos mais adiante.
134
A construção de um MOSFET tipo depleção de canal p é exatamente oposta à
apresentada para a de canal n, ou seja, existe um substrato do tipo n e um canal do tipo p
permanecendo com os mesmos terminais, porém as polaridades e o sentido de tensão e
corrente são invertidos. A curva característica é semelhante, porém refletida em relação
ao eixo ID. A equação de Shockley ainda é aplicável e requer apenas a utilização do sinal
correto de VGS e VP (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013).
Na Figura 49, temos os símbolos gráficos de MOSFET dos tipos depleção de canal
n e p, que permitem analisar o símbolo para componentes de três e de quatro terminais.
FIGURA 48 – MOSFET TIPO DEPLEÇÃO DE CANAL N (A) E MOSFET TIPO DEPLEÇÃO DE CANAL N (B) COM
VGS = 0 V E VDD APLICADA
135
próxima à superfície do dióxido de silício até que ocorra um fluxo mensurável de elétrons
entre o dreno e a fonte. A tensão VGS que produz esse aumento significativo é denominada
de tensão limiar, VT (VGS(Th) nas folhas de dados) (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013).
FIGURA 49 – SÍMBOLO GRÁFICO PARA MOSFETS DO TIPO DEPLEÇÃO DE CANAL N (A) E DE CANAL P (B)
(Eq. 61)
Além disso,
(Eq. 62)
136
FIGURA 50 – MOSFET TIPO INTENSIFICAÇÃO DE CANAL N (A) E FORMAÇÃO DO CANAL NO MOSFET TIPO
INTENSIFICAÇÃO DE CANAL N (B)
137
FIGURA 51 – ALTERAÇÕES NO CANAL E NA REGIÃO DE DEPLEÇÃO COM O AUMENTO DE VDS PARA UM
VALOR FIXO DE VGS (A) E CURVAS CARACTERÍSTICAS DE DRENO DE UM MOSFET TIPO INTENSIFICAÇÃO
DE CANAL N COM VT = 2 V e k = 0,278 x 10-3 A / V2 (B)
138
A Figura 51B apresenta a curva característica de um dreno, que permite perceber
que, para um valor fixo de VT, quanto maior for o valor da tensão VGS, maior será o valor de
saturação para VDS, como mostra o lugar geométrico no gráfico da Figura 51B.
(Eq. 63)
(Eq. 64)
4 MESFETS
A presença de uma junção metal-semicondutor é a razão para o nome de
transistor de efeito de campo metal-semicondutor (MESFETs). Os MESFETs utilizam
uma barreira de Schottky (criada pelo depósito de um metal como tungstênio sobre um
canal do tipo n) na porta, sendo a principal diferença para os MOSFETs tipo n, resultando
em níveis menores de capacitância e sensibilidade reduzida para altas frequências que
suporta, ainda mais a grande mobilidade dos portadores no material de GaAs.
139
FIGURA 52 – SÍMBOLOS PARA O MOSFET TIPO INTENSIFICAÇÃO DE CANAL N (A) E DE CANAL P (B)
140
FIGURA 53 – ESTRUTURA BÁSICA (A) E CARACTERÍSTICAS DE UM MESFET DE CANAL N (B)
FIGURA 54 – SÍMBOLO E ARRANJO BÁSICO DE POLARIZAÇÃO PARA UM MESFET DE CANAL N (A), ESTRUTURA
DE UM MESFET TIPO INTENSIFICAÇÃO (B) E SÍMBOLO PARA UM MESFET TIPO INTENSIFICAÇÃO (C)
141
FONTE: Boylestad; Nashelsky (2013, p. 346)
142
FONTE: Boylestad; Nashelsky (2013, p. 347)
DICA
Exercícios resolvidos
143
CURVA CARACTERÍSTICA
144
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• O FET pode ser entendido como um componente no qual a corrente entra pela fonte
e sai pelo dreno, sendo o fluxo dessa corrente controlado pela tensão aplicada ao
terminal fonte.
• A curva característica de um FET relaciona sua corrente de dreno (ID) com a tensão
entra a porta e a fonte (VGS).
145
AUTOATIVIDADE
1 (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013) Esboce a curva de transferência definida por:
a) IDSS = 12 mA e VP = -6 V
b) IDSS = 4 mA e VP = 3 V
146
UNIDADE 2 TÓPICO 3 -
ANÁLISE DA CORRENTE ALTERNADA (CA) DO
TRANSISTOR BIPOLAR DE JUNÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, analisaremos a resposta do transistor no domínio da frequência,
CA senoidal. Existem três modelos que são comumente usados para a análise CA para
pequenos sinais: o modelo re, o modelo π híbrido e o modelo híbrido equivalente.
Até aqui, vimos que o TBJ pode ser empregado como um dispositivo amplificador,
uma vez que o sinal senoidal de saída é maior que o sinal senoidal de entrada em
amplitude. Como a amplitude do sinal de saída é maior, podemos dizer também que a
potência de saída é maior que a potência de entrada (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013).
2 MODELAGEM DO TBJ
Segundo Boylestad e Nashelsky (2013, p. 221), “Um modelo é a combinação
de elementos de circuito, apropriadamente selecionados, que se assemelham tanto
quanto possível ao funcionamento real de um dispositivo semicondutor sob condições
específicas de operação”.
Para não haver confusão, serão adotados parâmetros para a análise de qualquer
sistema, conforme mostra a Figura 55. Destaca-se que as correntes Ii, e Io têm o sentido
padrão considerado “entrando” no sistema.
147
FIGURA 55 – DEFINIÇÃO DOS PARÂMETROS IMPORTANTES PARA QUALQUER SISTEMA
3 MODELO re DO TRANSISTOR
Serão analisadas duas configurações para o modelo re : emissor-comum e base-
comum, conforme descrito a seguir.
148
Logo,
(Eq. 65)
150
Para determinar a impedância de saída, podemos utilizar a Equação 66:
(Eq. 66)
(Eq. 67)
Inclinação
Logo,
(Eq. 68)
151
3.2 CONFIGURAÇÃO BASE-COMUM
Os procedimentos para a determinação são semelhantes aos utilizados no
emissor-comum, sendo que, nesse momento, sabemos que a corrente do coletor está
relacionada com a corrente do emissor por α e a corrente do coletor, assim como a fonte
de corrente, possui direção oposta à corrente de saída definida. O diodo novamente
pode ser substituído por re = 26 mV/IE. O circuito equivalente utilizado para a maioria das
configurações base-comuns é apresentado na Figura 63.
FIGURA 62 – TRANSISTOR TBJ BASE-COMUM (A) E CIRCUITO EQUIVALENTE PARA A SUA CONFIGURAÇÃO (B)
(a) (b)
FONTE: Boylestad; Nashelsky (2013, p. 227)
152
3.3 NPN VERSUS PNP
De acordo com Boylestad e Nashelsky (2013, p. 228), as análises CC do TBJ nas
configurações npn e pnp são bem diferentes, uma vez que possuem correntes com
sentidos opostos, ocasionando tensões de polaridades opostas. Entretanto, quando se
trata de uma análise CA, na qual o sinal evolui entre valores positivos e negativos, o
circuito CA será o mesmo.
• Zi:
(Eq. 69)
o Caso ( ):
(Eq. 70)
153
• Zo:
(Eq. 71)
o Se ro ≥ 10 RC:
(Eq. 72)
o Se ro ≥ 10 RC:
(Eq. 73)
154
FIGURA 66 – CONFIGURAÇÃO COM POLARIZAÇÃO POR DIVISOR DE TENSÃO (A) E SUBSTITUIÇÃO DO
CIRCUITO re EQUIVALENTE NO CIRCUITO CA EQUIVALENTE (B)
(Eq. 74)
• Zi:
(Eq. 75)
• Zo:
(Eq. 76)
Se ro ≥ 10 RC:
o
(Eq. 77)
• Av:
(Eq. 78)
Se ro ≥ 10 RC:
o
(Eq. 79)
(Eq. 80)
(Eq. 81)
(Eq. 82)
• Zi:
(Eq. 83)
• Z o:
(Eq. 84)
156
• Av:
(Eq. 85)
Utilizando a aproximação
(Eq. 86)
157
• Zi:
(Eq. 87)
o Em que:
(Eq. 88)
o Como normalmente β ≫ 1:
(Eq. 89)
(Eq. 90)
• Zo:
(Eq. 91)
(Eq. 92)
• Av:
(Eq. 93)
o Uma vez que RE é geralmente muito maior que re,
(Eq. 94)
8 CONFIGURAÇÃO BASE-COMUM
Os circuitos na configuração base-comum são caracterizados pelo ganho de
corrente menor que 1, pela impedância de saída alta e pela impedância de entrada
relativamente baixa (Figura 69A). Por meio da substituição do modelo re equivalente
(Figura 69B), é possível determinar (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013):
158
FIGURA 69 – CONFIGURAÇÃO BASE-COMUM (A) E SUBSTITUIÇÃO DO CIRCUITO re EQUIVALENTE NO
CIRCUITO CA EQUIVALENTE (B)
• Zi:
(Eq. 95)
• Z o:
(Eq. 96)
• Av:
(Eq. 97)
• Ai:
(Eq. 98)
159
• Zi:
(Eq. 99)
• Zo:
(Eq. 100)
• Av:
(Eq. 101)
o Para RF ≫ RC:
(Eq. 102)
160
10 CONFIGURAÇÃO COM REALIMENTAÇÃO CC DO COLETOR
A Figura 71A mostra a configuração com realimentação CC do coletor, enquanto
a Figura 71B apresenta a substituição do circuito re equivalente no circuito CA equivalente
da Figura 71A, em que podemos obter (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013):
• Zi:
(Eq. 103)
• Zo:
(Eq. 104)
o Para ro ≥ 10RC,
(Eq. 105)
• Av:
(Eq. 106)
o Para ro ≥ 10RC,
(Eq. 107)
161
11 RESUMO
A Tabela 4 apresenta um resumo com as equações para os principais circuitos
discutidos ao longo deste tópico.
162
FONTE: Boylestad; Nashelsky (2013, p. 252)
163
DICA
Exercícios resolvidos
a) re.
Para CE conectado:
A análise CC é a mesma, logo re = 19,64 Ω
b) Zi.
164
CIRCUITO CA EQUIVALENTE
Para CE conectado:
c) Zo.
Para CE conectado:
d) Av.
Para CE conectado:
165
2 (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013) Para o circuito da figura a seguir, determine:
a) re.
R.:
b) Zi.
R.:
c) Zo.
R.:
d) Av.
R.:
166
LEITURA
COMPLEMENTAR
ESPELHO DE CORRENTE ELEMENTAR
P. R. Veronese
FIGURA 1: ESPELHOS DE CORRENTE COM RESISTÊNCIAS DE EMISSOR. A) TBJ NPN. B) TBJ PNP.
167
Em que:
168
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• Um TBJ, na configuração emissor comum, pode ser com desvio e sem desvio.
169
AUTOATIVIDADE
1 (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013) Para o circuito da figura a seguir, determine:
a) Zi e Zo.
b) Av.
a) O valor de re.
170
b) Zi e Zo.
c) Av.
a) re.
b) Zi e Zo.
c) Av.
171
REFERÊNCIAS
BOYLESTAD, R. L.; NASHELSKY, L. Dispositivos Eletrônicos e Teoria dos Circuitos.
11. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil; 2013. Disponível em: https://
www.academia.edu/44212475/Dispositivos_ElEtr%C3%B4nicos_E_TEORIA_DE_
CIRCUITOS_11a_Edi%C3%A7%C3%A3o. Acesso em: 27 mar. 2021.
172
UNIDADE 3 —
TRANSISTORES II
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
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173
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UNIDADE 3!
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174
UNIDADE 3 TÓPICO 1 —
POLARIZAÇÃO DO TRANSISTORES DE
EFEITO DE CAMPO (FET)
1 INTRODUÇÃO
A relação entre os parâmetros de entrada e de saída em um transistor de
efeito de campo não é linear, obedecendo à equação de Shockley, que é uma função
quadrática, resultando em uma curva, em vez de uma reta, conforme foi analisado para
os transistores bipolares de junção. Quando pensamos na análise da corrente contínua
(CC), a não linearidade pode complicar o raciocínio, sendo o método gráfico o mais rápido
para a maioria dos amplificadores transistores de efeito de campo (FETs – sigla do inglês
field-effect transistor), porém pode limitar a precisão de décimos. Vale lembrar que, em
um FET, a variável de controle é uma tensão, enquanto em um transistor bipolar de
junção (TBJ – sigla do inglês bipolar junction transistor) era uma corrente (BOYLESTAD;
NASHELSKY, 2013).
(Eq. 1)
(Eq. 2)
(Eq. 3)
(Eq. 4)
Em que,
(Eq. 5)
175
2 POLARIZAÇÃO DO FET
Serão discutidos os principais tipos de polarização dos transistores de efeito de
campo.
(Eq. 6)
Como podemos perceber, VGG é uma fonte de tensão fixa, daí o nome
“configuração com polarização fixa”. O valor da corrente do dreno é controlado pela
equação de Shockley. Aplicando-se a lei Kirchhoff das tensões (LKT) no ramo dreno-
fonte no sentido anti-horário na Figura 1B:
Logo,
(Eq. 7)
(Eq. 8)
(Eq. 9)
176
FIGURA 1 – CONFIGURAÇÃO COM POLARIZAÇÃO FIXA (A) E CIRCUITO PARA ANÁLISE CC (B)
Logo,
(Eq. 10)
Simplificando:
177
FIGURA 2 – CONFIGURAÇÃO COM AUTOPOLARIZAÇÃO (A) E CIRCUITO PARA ANÁLISE CC DO CIRCUITO (B)
Como ,
(Eq. 11)
Além disso,
(Eq. 12)
(Eq. 13)
(Eq. 14)
178
FIGURA 3 – DEFINIÇÃO DE UM PONTO NA CURVA DE AUTOPOLARIZAÇÃO (A) E ESBOÇO DA RETA DE
AUTOPOLARIZAÇÃO (B)
(Eq. 15)
Além disso, aplicando a LKT no sentido horário na Figura 4B, conforme indicado:
Como ,
(Eq. 16)
179
FIGURA 4 – CONFIGURAÇÃO DA POLARIZAÇÃO POR DIVISOR DE TENSÃO (A) E CIRCUITO PARA ANÁLISE CC (B-C)
A Equação 16 é uma equação de reta que pode ser traçada com a determinação
de dois pontos sobre o gráfico da equação de Shockley, sendo eles,
(Eq. 17)
(Eq. 18)
(Eq. 19)
(Eq. 20)
(Eq. 21)
(Eq. 22)
180
FIGURA 5 – DUAS VERSÕES PARA A CONFIGURAÇÃO DE PORTA-COMUM
Como IS = ID,
(Eq. 23)
(Eq. 24)
(Eq. 25)
181
FIGURA 6 – CIRCUITO PARA DETERMINAÇÃO DA EQUAÇÃO (A) E DETERMINAÇÃO DO PONTO Q PARA A
CONFIGURAÇÃO APRESENTADA NA FIGURA ANTERIOR (B)
Como ID = IS,
(Eq. 26)
Além disso,
(Eq. 27)
(Eq. 28)
(Eq. 29)
(Eq. 30)
182
Além disso,
(Eq. 31)
(Eq. 32)
(Eq. 33)
Em que:
(Eq. 34)
183
Para traçar a curva, normalmente um ponto entre VGS(Th) e VGS(ligado) e outro um
pouco maior que VGS(ligado) são suficientes.
(Eq. 35)
Portanto,
(Eq. 36)
Portanto, obtemos uma equação de primeiro grau e, para traçarmos essa reta,
os dois pontos mais fáceis são:
(Eq. 37)
(Eq. 38)
184
FIGURA 8 – CONFIGURAÇÃO DE POLARIZAÇÃO COM REALIMENTAÇÃO (A) E EQUIVALENTE CC (B)
185
2.7.2 Circuito de polarização por divisor de tensão
A Figura 11 demonstra a configuração de polarização por divisor de tensão de
um MOSFET de intensificação de canal n. Como IG = o mA, a tensão da porta é dada por:
(Eq. 39)
(Eq. 40)
Portanto,
(Eq. 41)
CIRCUITO
a) IDQ e VGSQ.
R.: Para a resolução do exercício, inicialmente, precisamos determinar a curva de
transferência por meio dos métodos apresentados ao longo deste tópico.
Além disso, é necessária a adição de, pelo menos, mais um ponto, sendo este um valor
positivo de VGS. Portanto, para VGS = 1 V,
188
Determinando a equação de entrada, malha porta-fonte (gate-source), Equação 16,
Para traçar a reta de polarização são necessários dois pontos, logo, utilizando as equações
7.17 e 7.18,
DETERMINAÇÃO DO PONTO Q
b) VDS.
R.: Por meio da Equação 19, temos que:
189
c) Repita os itens (a) e (b) alterando do valor de RS para 150 Ω.
R.: A curva de transferência não será alterada, pois é a relação entre IDSS e VP.
A reta de polarização irá mudar, pois a resistência da fonte é uma das variáveis envolvida;
desse modo, considerando a Equação 16,
A tensão da porta continuará sendo VG = 1,5 V, pois somente foi alterada a resistência da
fonte, logo,
DETERMINAÇÃO DO PONTO Q
Nesse caso, o ponto quiescente produz uma corrente de dreno superior a IDSS e um valor
positivo de VGS, resultando no ponto de operação:
190
2 (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013) Para o circuito apresentado na figura a seguir,
determine, com base no método matemático e no método gráfico:
CIRCUITO
a) VGSQ.
R.: Método matemático: aplicando-se a LKT à malha porta-fonte, sentido horário, sabendo
que IG = o mA,
Logo,
SOLUÇÃO GRÁFICA
191
É possível perceber que ambos os métodos chegaram a resultados parecidos.
b) IDQ.
R.: Aplicando a equação de Shockley:
c) VDS.
R.: Aplicando a LKT à malha dreno-fonte do circuito deste exercício, no sentido horário:
Portanto,
d) VD.
R.: Sabemos que:
Sabemos que:
192
Método gráfico: com o mesmo raciocínio utilizado no método matemático para a
determinação das equações, temos:
e) VG.
R.: Sabemos que:
f) VS.
R.: Como citado anteriormente, a fonte está conectada ao terra, de modo que:
CIRCUITO
193
R.: Sabemos que IG = 0 mA, desse modo, aplicando o divisor de tensão no circuito de entrada:
Entretanto, ID = IS,
194
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• Os MOSFETs tipo depleção têm ponto de operação com valores positivos de VGS e
valores de ID maiores que IDSS.
195
AUTOATIVIDADE
1 (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013) Considerando o circuito da figura a seguir, determine:
a) IDQ e VGSQ.
b) VDS e VD.
196
FONTE: Boylestad; Nashelsky (2013, p. 394)
a) IDQ.
b) VGSQ.
197
c) IDSS.
d) VD.
e) VDS.
a) ID.
b) VS e VDS.
c) VG e VGS.
d) VP.
198
FONTE: Boylestad; Nashelsky (2013, p. 396)
a) ID.
b) VD e VS.
c) VGS.
199
FONTE: Boylestad; Nashelsky (2013, p. 397)
a) IDQ.
b) VGSQ e VDSQ.
c) VD e VS.
d) VDS.
200
a) VB e VG.
b) VE.
c) IE, IC e ID.
d) IB.
e) VC, VS e VD.
f) VCE.
g) VDS.
201
202
UNIDADE 3 TÓPICO 2 -
ANÁLISE DO FET PARA PEQUENOS SINAIS
1 INTRODUÇÃO
Segundo Boylestd e Nashelsky (2013), os amplificadores que utilizam transistores
de efeito de campo proporcionam um excelente ganho em tensão, além da alta impedância
de entrada que fornecem. São também dispositivos muito pequenos e leves que possuem
baixo consumo de potência, aplicáveis a uma extensa gama de frequências.
O FET possui uma ampla possibilidade de uso, desde amplificadores lineares até
como dispositivo digital em circuito analógico (sendo muito comum o uso do MOSFET tipo
intensificação).
(Eq. 42)
203
FIGURA 12 – DEFINIÇÃO DE gm A PARTIR DA CURVA CARACTERÍSTICA DE TRANSFERÊNCIA
Contudo, o método gráfico pode ser muito limitante, de modo que podemos
determinar uma formulação matemática para tal. Inicialmente, sabendo que a derivada
de uma função em um ponto é igual à inclinação da reta tangente nesse ponto, portanto,
para calcular a derivada de ID em relação a VGS, temos:
Logo,
(Eq. 43)
É utilizado o valor absoluto de VP, de modo a garantir um valor positivo para gm.
(Eq. 44)
(Eq. 45)
Nas folhas de dados, o valor de g_m é frequentemente informado como gfs ou yfs.
204
É possível determinar o gráfico de gm versus VGS utilizando a Equação 45, e,
com os pontos VGS = VP e VGS = 0 V, chegamos à curva de primeiro grau apresentada na
Figura 13, na qual é possível notar que o valor máximo de gm ocorre em VGS = 0 V e o valor
mínimo, em VGS = VP. Outro ponto a ser realçado é que, quando a tensão porta-fonte é a
metade da tensão de pinch-off, o valor de gm é metade de seu valor máximo.
(Eq. 46)
Por meio da Equação 46, podemos determinar alguns pontos para facilitar a
determinação da curva de ID versus gm (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013):
• Se ID = IDSS, temos .
• Se ID = IDSS ⁄ 2, temos .
• Se ID = IDSS ⁄ 4, temos .
205
A impedância de saída (gos ou yos nas folhas de dados) possui unidade μS. Na
forma de equação (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013),
(Eq. 48)
(Eq. 49)
Com base em tudo que foi discutido até aqui, é possível determinar o circuito
equivalente CA para o JFET (Figura 15).
206
3 CONFIGURAÇÃO COM POLARIZAÇÃO FIXA
Tendo determinado o circuito equivalente do JFET, é possível investigar
várias configurações fundamentais de pequenos sinais. Sendo uma análise similar a
desenvolvida ao TBJ, com a determinação de Zi, Zo e Av.
FIGURA 16 – CONFIGURAÇÃO JFET COM POLARIZAÇÃO FIXA (A) E SUBSTITUIÇÃO DO CIRCUITO EQUIVALENTE
CA DO JFET (B)
207
FIGURA 17 – CIRCUITO REDESENHADO
• Zi:
(Eq. 50)
• Zo: com a tensão de entrada igual a zero, teremos a fonte de corrente também igual
a zero, de modo que:
(Eq. 51)
(Eq. 52)
o Portanto,
(Eq. 53)
208
4 CONFIGURAÇÃO COM AUTOPOLARIZAÇÃO
A impedância de saída é
(Eq. 55)
Se rd ≥ 10 RD,
(Eq. 56)
Se rd ≥ 10 RD,
(Eq. 58)
209
4.2 Rs SEM DESVIO
Caso seja removido o capacitor Cs na Figura 18A, a resistor RS fará parte do
circuito equivalente CA, conforme Figura 19A.
Tanto para o circuito da Figura 19A quanto para o circuito da Figura 19B a
impedância de entrada é dada por:
(Eq. 59)
(Eq. 60)
Para rd ≥ RD, ou rd = ∞ Ω,
(Eq. 61)
(Eq. 62)
(Eq. 63)
210
Novamente, o ganho apresenta um sinal negativo, indicando que a saída possui
um deslocamento de fase de 180° em relação ao sinal de entrada.
(Eq. 64)
211
• A impedância de saída é dada por:
(Eq. 65)
o Para rd ≥ 10 RD:
(Eq. 66)
(Eq. 67)
o Para rd ≥ 10 RD:
(Eq. 68)
FIGURA 20 – CONFIGURAÇÃO JFET POR DIVISOR DE TENSÃO (A) E CIRCUITO PARA ANÁLISE CA (B)
6 CONFIGURAÇÃO PORTA-COMUM
A Figura 21A apresenta a configuração porta-comum para o JFET e o seu
circuito equivalente para análise CA é apresentado na Figura 21B.
Pela análise da Figura 21B, podemos concluir que (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013):
212
o Resolvendo o circuito, encontramos (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013):
(Eq. 69)
o Desse modo,
(Eq. 70)
o Se rd ≥ 10RD:
(Eq. 71)
(Eq. 72)
o Se rd ≥ 10RD:
(Eq. 73)
o Ganho:
(Eq. 74)
o Se rd ≥ 10RD
(Eq. 75)
213
FONTE: Boylestad; Nashelsky (2013, p. 413)
Sabemos que:
Portanto,
Logo,
(Eq. 76)
214
FIGURA 22 – MODELO CA DE PEQUENOS SINAIS PARA O MOSFET TIPO INTENSIFICAÇÃO
9 RESUMO
A Tabela 2 apresenta uma lista com algumas equações desejadas de Zi,Zo e Av
para várias configurações com FET.
215
FONTE: Boylestad; Nashelsky (2013, p. 424-425)
216
DICA
Exercícios resolvidos
b) rd.
R.: Pela Equação 48:
217
FONTE: Boylestad; Nashelsky (2013, p. 418)
Para os próximos itens, podemos perceber uma grande similaridade com o circuito JFET
divisor de tensão.
d) Zi.
R.: Pela Equação 64:
e) Zo.
R.: Pela Equação 65:
Podemos perceber que Zo ≅ RD, o que está de acordo com a Equação 66, visto que 10RD =
10(1,8 kΩ) = 18 kΩ<100 kΩ = rd.
f) Av
R.: Conforme verificado na resposta da alternativa e, rd ≥10RD, logo pela Equação 68,
218
R.: O ponto de operação é dado por:
E por:
Logo,
Portanto,
219
FONTE: Boylestad; Nashelsky (2013, p. 429)
Para o primeiro estágio, temos que 2,4 kΩ||3,3 MΩ ≅ 2,4 kΩ, de modo que teremos o
mesmo ganho do segundo estágio (Av1= Av2= -6,24).
O ganho total (ganho em cascata) é dado pelo produto dos ganhos:
É importante notar que temos dois estágios de ganho negativo, o que significa que a saída
está em fase com a entrada, ou seja, possui ganho positivo. Portanto,
220
A impedância de entrada do amplificador em cascata é igual à impedância do primeiro
estágio:
221
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
222
AUTOATIVIDADE
1 (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013) Para o circuito apresentado na figura a seguir,
determine:
a) Zi, Zo e Av.
223
4 (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013) Determine a tensão de saída para o circuito da
figura a seguir, considerando Vi = 0,8 mV e rd=40 kΩ.
224
UNIDADE 3 TÓPICO 3 -
RESPOSTA EM FREQUÊNCIA DO TRANSISTOR
BIPOLAR DE JUNÇÃO (TBJ) E JFET
1 INTRODUÇÃO
Todas as análises feitas anteriormente foram realizadas utilizando uma
frequência específica, nas quais os amplificadores permitiam ignorar os efeitos dos
elementos capacitivos, de modo geral, sendo análises limitadas aos elementos resistivos
e fontes (controladas ou independentes).
(Eq. 77)
225
A Tabela 3 apresenta os valores de reatância de 10 Hz a 100 MHz para um capacitor
de 1 μF. Analisando os resultados, podemos notar que, na faixa de 10 Hz a 10 kHz, a reatância
é grande o suficiente para ter impacto sobre a resposta do sistema. Para frequências
mais elevadas, as reatâncias são mais baixas e podem ser consideradas curtos-circuitos.
Desse modo, podemos concluir que capacitores maiores de um sistema exercerão um
impacto importante sobre a resposta de um sistema na faixa de baixa frequência e podem
ser ignorados para a região de alta frequência (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013).
226
2.3 FAIXA DE MÉDIA FREQUÊNCIA
Na faixa de média frequência, o efeito dos elementos capacitivos é amplamente
ignorado, de modo que o amplificador é considerado ideal e composto simplesmente
de elementos resistivos e fontes controladas, tornando possível obter parâmetros
importantes como impedância e ganho (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013).
227
Antes de comentar sobre a queda do ganho do transformador, é importante
relembrarmos da reatância indutiva, que é dada por:
(Eq. 78)
(Eq. 79)
(Eq. 80)
228
Uma equação importante que devemos lembrar é:
(Eq. 81)
DICA
Caro acadêmico, recomendamos que você realize uma revisão do
diagrama de Bode (estudado na disciplina de Circuitos Elétricos), pois
ele será utilizado no restante do tópico.
Para refrescar sua memória, assista a uma aula sobre esse assunto,
acessando: https://youtu.be/OIydX3TnBHg.
(Eq. 82)
o Portanto,
o Entretanto, , sendo .
o Temos que:
(Eq. 83)
229
o Na frequência fLs, a tensão Vb será 70,7% do valor de meio de faixa, supondo-
se que Cs seja o único elemento capacitivo que controla a resposta em baixas
frequências (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013).
FIGURA 24 – AMPLIFICADOR COM TBJ COM CARGA E CAPACITORES QUE AFETAM A RESPOSTA EM BAIXAS
FREQUÊNCIAS (A) E DETERMINAÇÃO DO EFEITO DE Cs NA RESPOSTA EM BAIXAS FREQUÊNCIAS (B)
(Eq. 84)
(Eq. 85)
230
FIGURA 25 – CIRCUITO PARA A DETERMINAÇÃO DO EFEITO CC NA RESPOSTA EM BAIXA FREQUÊNCIA (A)
E CIRCUITO EQUIVALENTE CA ENCONTRADO PARA CC COM Vi = 0 V (B)
o CE : para que seja possível determinar o circuito “visto” por CE e o valor de fLE ,
utilizaremos o circuito apresentado na Figura 26A. Portanto, uma vez tendo o
valor de Re (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013):
(Eq. 86)
(Eq. 87)
231
FONTE: Boylestad; Nashelsky (2013, p. 470)
(Eq. 88)
(Eq. 89)
232
FIGURA 27 – ELEMENTOS CAPACITIVOS QUE AFETAM A RESPOSTA EM BAIXA FREQUÊNCIA DE UM
AMPLIFICADOR COM JFET
(Eq. 90)
• CC: para o capacitor de acoplamento entre o dispositivo ativo e a carga (Figura 28B),
que corresponde exatamente a Figura 26A, a frequência de corte resultante é dada
por (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013):
(Eq. 91)
(Eq. 92)
o CS: para o capacitor de fonte CS, o circuito para análise de seu efeito em baixa
frequência é apresentado na Figura 28C, sua frequência de corte é dada por
(BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013):
(Eq. 93)
(Eq. 94)
233
o Para rd ≅ ∞ Ω (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013),
(Eq. 95)
234
FIGURA 29 –AMPLIFICADOR COM TBJ COM CARGA E CAPACITORES QUE AFETAM A RESPOSTA EM ALTA
FREQUÊNCIA (A) E MODELO CA EQUIVALENTE DO CIRCUITO (B)
(Eq. 96)
Com:
(Eq. 97)
(Eq. 98)
(Eq. 99)
Com:
(Eq. 100)
235
Para valores de ganho altos (1 ≫ 1 / Av),
(Eq. 101)
FIGURA 30 – CIRCUITOS DE THÉVENIN PARA AS MALHAS DE ENTRADA (A) E SAÍDA (B) DO CIRCUITO DA
FIGURA 29B
FIGURA 31 – AMPLIFICADOR COM JFET COM CARGA E CAPACITORES QUE AFETAM A RESPOSTA EM ALTA
FREQUÊNCIA (A) E MODELO CA EQUIVALENTE DO CIRCUITO (B)
236
FONTE: Boylestad; Nashelsky (2013, p. 484-485)
(Eq. 102)
(Eq. 103)
(Eq. 104)
Em que:
(Eq. 105)
(Eq. 106)
(Eq. 107)
(Eq. 108)
Em que:
(Eq. 109)
237
FIGURA 32 – CIRCUITOS DE THÉVENIN PARA AS MALHAS DE ENTRADA (A) E SAÍDA (B) DO CIRCUITO DA
FIGURA 31B
(Eq. 110)
E:
(Eq. 111)
238
FIGURA 33 – EFEITO DE UM NÚMERO CRESCENTE DE ESTÁGIOS SOBRE AS FREQUÊNCIAS DE CORTE E A
LARGURA DE BANDA
DICA
Exercícios resolvidos
Portanto, .
Frequência de corte superior:
239
Portanto,
240
LEITURA
COMPLEMENTAR
EFEITO MILLER
Albert Malvino
David Bates
FIGURA 1: (A) AMPLIFICADOR INVERSOR; (B) O EFEITO MILLER PRODUZ UM CAPACITOR DE ENTRADA MAIOR
Capacitor de realimentação
241
O teorema de Miller converte o capacitor de realimentação em dois capacitores
equivalentes, um na entrada e outro na saída. Isso cria dois problemas simples, em
vez de um grande problema. As equações 1 e 2 são válidas para qualquer amplificador
inversor, como um amplificador emissor comum, um amplificador emissor comum com
realimentação parcial ou um amplificador operacional inversor. Nessas equações, A_v é
o ganho de tensão em banda média.
242
FIGURA 2: O EFEITO MILLER PRODUZ UM CIRCUITO DE ATRASO DE ENTRADA
FONTE: Adaptado de MALVINO, A.; BATES, D. Eletrônica. 8. ed. Porto Alegre: AMGH, 2016. v. 2.
243
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• O parâmetro mais afetado pela frequência do sinal é o ganho de tensão, cuja análise
é feita, geralmente, considerando seu valor em decibéis.
• Existem dois fatores que definem o ponto de corte de -3 dB no lado das altas
frequências: a dependência do hfe (β), em função da frequência, e as capacitâncias
do circuito.
e , em que:
e , em que: e
244
AUTOATIVIDADE
1 (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013) Com base no circuito da figura a seguir:
a) Determine re.
c) Calcule Zi.
245
a) Determine VGSQ e IDQ.
d) Determine Zi.
b) Determine fβ e fT.
246
d) Qual é o produto ganho-largura de banda do amplificador?
247
REFERÊNCIAS
BOYLESTAD, R. L.; NASHELSKY, L. Dispositivos Eletrônicos e Teoria dos Circuitos.
11. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013. Disponível em: https://
www.academia.edu/44212475/Dispositivos_ElEtr%C3%B4nicos_E_TEORIA_DE_
CIRCUITOS_11a_Edi%C3%A7%C3%A3o. Acesso em: 27 mar. 2021.
248
ANOTAÇÕES
249