Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A
Obra publicada
com a colaboração da
COMISSÃO EDITORIAL:
CAPfTULO 1
CAPfTULO 2
CAPfTULO 3
CAPfTULO 4
Semicondutores e diodos 82
CAPfTULO 5
CAPfTULO 6
CAPfTULO 7
CAPfTULO 8
CAPfTULO 9
CAPfTULO 10
CAPfTULO 11
CAPfTULO 12
CAPfTULO 13
Capítulo 13.
AP.J!:NDICE 1
APJ!:NDICE 2
1 . 1 - Introdução:
quodr1polo
bipolos.
poderá fàcilmente verificar a razão dos
nomes utilizados.
Como já dissemos, a marcação dos terminais e a escolha do sentido
de referência da corrente são arbitrárias. Uma vez feita uma escolha, no
entanto, esta deve ser relacionada com a maneira de ligar amperômetros
ou voltômetros ao bipolo.
Suponhamos então que dispomos de amperômetros e voltômetros con
venientes, com zero ao centro ( isto é, capazes de fornecer indicações posi·
tivas ou negativas ) . l!:stes aparelhos terão seus terminais marcados, de
maneira não arbitrária, com os sinais + ou - . A ligação dêstes aparelhos
ao bipolo deve ser feita de maneira coerente com as convenções adotadas.
Assim, o + do voltômetro deve ser ligado ao + do bipolo ao passo que
o amperômetro deve ser intercalado de maneira que o sentido de referên·
eia positiva de corrente o percorra do terminal + ao terminal -. O fato
de escolhermos uma. dada convenção de sinais na representação do bipolo
corresponde, portanto. a fixar uma regra para introduzir os aparelhos de
medida no sistema. Relembremos que a indicação positiva do amperô·
metro mostra que as cargas positivas se deslocam, através do aparelho,
do terminal + ao terminal - . Uma indicação positiva do voltômetro, num
dado instante, significa que seu terminal + está a um potencial mais
elevado que seu terminal - .
dv d"V di d"'i
0.1) f ( V, --, --, i, --, --, ª" e,, . . . ek> = o,
dt dt• dt dtm
salvo menção expressa em contrário. 0i. e,, . . . ek representam variaveis
paramétricas ( fôrça-eletromotriz, pressão, temperatura, tensão de polari·
zação, etc. ) .
Passemos a examinar os tipos d e bipolos mais importantes.
( 1.2 ) V = R i ou i = G V,
0 .3) R = 1/G
:J
b) Suponhamos agora que 0 . l ) é do tipo
com L constante. l!:ste bipolo pode ser representado por uma indutância
pura de L henrys.
:f
c) Se a função 0 .1 ) se reduzir a
dv
( 1.5 ) V = idt OU i e
dt
i.. +
�hc
u
V
1 .3 - Curvas características:
(1.6)
Nos casos que nos interessam, estas funções podem ser representadas
por uma curva no plano i, v, a chamada curva característica do bipolo.
As grandezas 0., 0, . . . 0, são parâmetros físicos, tais como tensões de
polarização, temperatura, etc. Na fig. 1.4 apresentamos alguns exemplos
de curvas características, correspondentes a bipolos conhecidos.
TEORIA DOS BIPOLOS ELÉTRICOS 5
:>C, V:;;O
i::01v<O
A maioria dos bipolos até agora examinados não pode fornecer energia
continuamente, pelo que são chamados passivos. Evidentemente, uma rêde
elétrica constituida exclusivamente por bipolos passivos será uma rêde
"morta", em que não haverá correntes ou tensões ( a menos de eventuais
transitórios, de curta duração, excitados pela introdução na rêde de ca
pacitares ou de indutores com corrente não nula ) .
Passaremos agora a examinar alguns bipolos geradores, chamados ativos,
em contraposição aos anteriores. Os bipolos geradores, por sua capacidade
de fornecer energia, excitam as rêdes elétricas, causando o aparecimento
de correntes ou tensões. Iniciaremos êste estudo introduzindo os gerado
res ideais.
6 ELETRÔNICA L. Q. ÜRSINI
•
-
lE
Um gerador de tensão ideal é um bi
polo que tem a propriedade, de manter a
tensão entre seus terminais constante·
+ mente igual a uma função dada do tem
po, qualquer que seja a corrente que o
r
Vs(t)
atravessa. O gerador de tensão ideal re
presenta-se pelos símbolos indicados na
fig. 1 . 5. O símbolo a é de uso geral, ao
passo que b representa geradores de ten
são contínua, isto é, independente do tem
po. Em ambos os casos deve ser feita
(a) (b} uma indicação de polaridade, de acôrdo
FIG. 1.5 - Símbolos dos geradores
ideais de tensão. com as convenções estabelecidas para a
medida de tensões.
Como caso particular interessante, podemos ter um gerador que man
tenha constantemente nula a tensão entre seus terminais; é claro que êste
gerador corresponde a um curto-circuito.
Inversamente, um gerador de tensão ideal pode ser considerado como
um curto-circuito generalizado, pois êste bipolo mantém fixa a tensão
entre seus terminais, embora com um valor não nulo.
Num gerador de tensão haverá sempre uma transformação de ener
gia de um tipo qualquer em energia elétrica. Se desligarmos a fonte de
energia que aciona o gerador, êste passa a comportar-se como um curto
circuito.
c) Geradores reais:
Os dispositivos físicos utilizados pràticamente como geradores têm pro·
priedades que os aproximam, se considerados como bipolos, dos geradores
TEORIA DOS BIPOLOS ELÉTRICOS 7
L
tivos eletrônicos ( válvulas ou transístores ) será
conveniente introduzir geradores ideais cujas
correntes ou tensões dependam de uma corrente
ou de uma tensão num ponto adequado da rêde
jl-VtI
em que o dispositivo foi introduzido. Tais ge
o� + radores serão chamados geradores vinculados,
v,�
evidenciando a dependência acima apontada.
No símbolo gráfico dos geradores vincula
dos ( fig. 1 . 7 ) deve ser incluído o ponto ou ter
FIG. 1.7 - Gerador vinculado. minal em que é injetada a variável ( corrente
ou tensão de contrôle ) .
" A soma algébrica das correntes que concorrem e m qualquer dos nós
de uma rêde é igual a zero, num dado instante".
Assim, indicando por i. ( t ) a corrente num dos ramos que vão ter
ao nó considerado,
o. 7) ( num nó )
_L:n:, -�E[JJ.
...
-1-
J....
'i=E+Ri i:-l0+Gv
(b) (cJ
0 .9) R 1/G,
lú ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
i = kv 3/2
V
I;
ri i •
E
Ib rb=
1 1
I 1
I
1
V I
1 1
I
I
a:=arctg7
1
I b
I 1
I
1
, "ô(.
V
o Eb
b) Aproximar;:Õo por dois .segmen
ros, inferoepfo no origem.
V
o "'
"'
'C
O V
Ez Eb
poderemos assim sintetizar uma curva característica dada, com uma aproxi
mação prefixada.
Antes de examinar os problemas de síntese de características, estu
daremos algumas associações simples, bem como a análise de circuitos a
diodos ideais.
,,,
� 2
;""'
,,, "' /"
,,
-p! -. /
,,, ./
./
- - - --- - - - - - - -
/ /
/'
/
-�-�-
/ .
/
/_/
, .
o V
1 8
. - Associações simples de diodos ideais:
i {
R
l)
D
R o
R
o
(a)
·i
-E
o E
(e) (d)
i i
t I .,...___ e
�1
D
-:Ir----
o
(e) trJ
FIG. 1 .14 - Características de associações série·paralela de diodos ideais e resistências ou
geradores ideais.
i ". G
-ºl"
(
:Gl}
/R
/
1 /
1 /
J
R. R
ir
/ 1 li'
+ /
/ 1 /
-=- E /
o / 1
" / 7)-
(ó)
E
/
(a )
FIG. 1.15 - Características de associações de R ( ou G ) , gerador e diodo ideais.
D1
E s t. 1 e
E s t. II B
.
.(, <'ti t {
--. -- - 0----0----<>
(!"
R1 �\ o
Rz zr RJ
RJ
1
. Rr
E -se assim a determinação da caracte
R1 + R.z
rística de entrada do bipolo.
Est.n
FfG. 1.17 - Característica de entrada do2.º exemplo: - Determinemos a ca
circuito da figura 1 .16.
racterística de transferência v, = f ( v, )
do circuito da fig. 1 . 18 ( a ) . Das 4 combinações de estados dos díodos
a primeira, isto é, os dois díodos bloqueados, é obviamente impossível.
Restam assim somente 3 estados possíveis, cujas características v, = f ( v1 )
estão indicadas na fig. 1 . 18 b, e e d. Nêste caso particular coincidem
as características dos estados II e IV, o que simplifica o problema.
- 1 1 t-+--<:1�-0 O-,JVVll'--�--1111-+_..,___,,.
D1 R1 E E
Est. D1 D2 R1
�-Ol--.,f\/\/\-<>--1
I B B
II B e
UI e B
IV e e
<>----VVV\/'----9-----1 1 ( 1-+--0----o
R, E
c) E st . III: v2 = � ( 1'1
R1 + R,
+ E)
d) Est . IV: "' = E
FIG. 1 .18 - 2.0 Exemplo de análise pelo método dos estaaos aos aioaos .
TEORIA DOS BIPOLOS ELÉTRICOS 17
vzl
II , IV E
o
m
FIG. 1.19 - Característica de transferência do
circuito da figura l .18a.
transição :
{
V E
i v/R1 = E/R1
A característica compõe-se de duas semi-retas, com inclinações corres
pondentes a R1 ( diodo bloqueado ) e R1 R,/ ( R1 + R, ), com o diodo condu
zindo. Chegamos assim novamente às características da fig. 1 . 17.
Como 2.º exemplo, determinemos a característica da entrada do cir
cuito da fig. 1 . 20 ( a ).
t7fl_
D, R1 R2
-{ V, = 0 Rt
<
- -- c>---0 o-.NV'--0-vVV'-1
<i=o
Oz E =
7J'
+
L•--
a) Circuito b ) 1 .0 ponto de transição c) 2.0 ponto de transição
V E E/Rz
R,
!!f E
1 . 12- Aplicação à síntese de R2
características não lineares: FIG. 1 . 21 - Característica de entrada do circui
to da fig. 1 . 20.
A síntese de características de
entrada não lineares, isto é, a obtenção de um circuito a díodos ideais, cuja
característica de entrada se aproxime suficientemente da característica dada,
pode ser feita : a ) aproximando a curva dada por degraus; b ) aproximando
a curva dada por segmentos inclinados. Vejamos os fundamentos dêstes
métodos.
I --- - ----
I
---o-+----E.._���� lf'
º· -r
(a) (J; J
FIG. 1 . 22 - Obtenção da característica em degrau.
TEORIA DOS BIPOLOS ELÉTRICOS 19
i
i
--
t
IJ
l3 - l2 I2
I2- lj
V-
I1
o
E1 E2
h) �)
FIG. 1 . 23 Aproximação por degraus de uma característica
o E1 Ez
(a } (h)
série.
FIG. 1 . 24 - Característica obtida por associação paralelo de elementos
1,
t'
i
--
I2
R,
'/;� Rz I2 lt
fh )
{aJ
paralelos.
FIG. 1 . 25 - Característica obtida pela associação série de elementos
20 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
't
I11-------
l3 -------
(JJ)
FIG. 1 . 26 - Exemplo de síntese de característica.
Bibliografia do capítulo 1 :
PROBLEMAS DO CAPtTULO 1
{t)I
Problema 1 . 1 - Um gerador de tensão ideal aplica a um indutor perfeito ' de. indu
tância 1 H, a tensão indicada no gráfico abaixo ( fig. P l . 1 ) . Construir a curva da
corrente na indutância, em função do tempo.
es
volts
2r - - - - - - - - - - - - - - - - - - �����
!
!�-- - - - - - - - - - - - -
'
FIG. Pl . 1
o 2 .3 t (ms)
TEORIA DOS BIPOLOS ELÉTRICOS 21
']
v(t}
1
'1
1
1
1
1
1
1
21
1
1
1
1
1
1
31
1
1
1
1
1
• t
FIG. Pl . 2
1 1
1
1
2 • e
FIG. Pl . 3
-1
.
Problema 1 . 4 -Num dado nó de uma rêde entram três correntes, duas das quais,
medidas de acôrdo com as indicações do esquema, variam com o tempo segundo as
curvas indicadas na fig. Pl . 4 . Determinar a terceira corrente.
i,(tJ4
(A} 1
J---
i,(t)
(A)
1
-- J • t
��---------------- FIG. Pl . 4
22 ELETRÔNICA - L. Q. tRSINI
Problema J .5 - Supondo conhecidas as tensões v. e vB, determinar vc, ii, i2 e Íi,
usando as leis de Kirchhoff (ver fig. P l . 5 ) .
f fl_
i,
TPIP O L O
FIG. Pl . 5
FIG. Pl . 6
25 70 1 26 mA
20 40 60 volts
V = 0 5 10 15 20 25 30 volts
JB
r
-
o o ''e (V)
!'· "l-- -- - :
- -
O tO V
126 mA - - - - - - - - - - - - 1
1
1
1
70mA 1
1
1
25mA 1
1
o 20 40 60
FIG. Pl . 9
k v312 (v > O)
= O (v < O )
�
-- <>---<>---�
5kn.
1kn. t
t.
--
IOl<n. Sk11
1111A
l>1 l>2
zJ-
flo2 fkn.
(a ) (b)
FIG. Pl . 11 FIG. l . I:l
fira ll<n.
JJ1
+ 12V
FIG. Pl . 14 FIG. Pl . 15
20
10 'll'{v} �(v)
FIG. Pl . 16 FIG. Pl . 17
2 . 1 - Generalidades:
2 . 2 - Emissão foto-elétrica:
(2.1) K = ( E, + h v) - ( E, + W)
(2.2) Km = h V - W
L uz
�+ 111----------'
E
.____
1
( 2 . 3) m v'
;i{min
= EF + W
2
(2.4)
Lx
/:::,, p, L, h
/:::,, p, L, h
/:::,, p, L, h
O volume h' /V é uma célula elementar no espaço de fases p,, p,, p,.
Pelo princípio de exclusão de Pauli, cada uma destas células pode "conter",
no máximo, dois eletrons com "spins" opostos.
EMISSÃO ELETRÔNICA E DIODOS TERMOIÔNICOS 29
=
A probabilidade de ocupação de cada estado é dada pela função de
( ).
distribuição de Fermi-Dirac : para os eletrons de energia E
1
(2.8) f (E)
E - EF
1 + exp T
k
2Vm' 1
(2.9) dN = . dv, . dv, . dv,
h'
2Am3
( )
• V, dt 1
( 2 . 10 ) dN =
. dv, . dv, . dv,
h' E E,
1 + exp T
k
}.
obteremos o número de eletrons que escapam da superfície metálica por
//"
J
unidade de área e por unidade de tempo :
---- --
( E_-_E_, )
+ 00 + 00 + 00 2m3 1.
( 2 . 1 1 ) N1 = . dv, . dv, . dv,
Vxm.io - eo ... - co h' ,
1 + exp
kT ,
No denominador desta expressão poderemos desprezar a unidade em
face da exponencial, pois E - E, » kT para os eletrons que podem esca
par. Para fixar ordens de grandeza, notemos que a energia kT vale 0,026
eV à temperatura ambiente. Considerando ainda que
E = -- 2
1
m ( v,' + v,' + v,' >
--J·+ooj·'+ oo j
1 -- 1
fica
N1
Vxmi•
-
00 ,
'4 + 00 2m'
- 00 h
. exp --
E,
kT
· exp
2kT
m
( v,' + v,' + v,') · dv, dv, dv,
( - --
W)
Efetuando a integração resulta
4 7t m k'T'
( 2 . 12 ) N1 = · exp ( eletrons/m'/s )
h' kT
A densidade de corrente termoiônica obtem-se multiplicando este valor
( -- )
pela carga do eletron, e :
4 7t e m k'T' W
( 2 , 13 ) J,k = · exp - ( A / m' >
h' kT
onde e = 1,602 x 10-1• coulombs e m = 9,107 x 10-31 kg.
A expressão ( 2 . 13 ) é conhecida por equação de Richardson-Dushmam.
É costume escrevê-la também na forma
1
1
1 1
Função de
Temperatuca A0 1
1
trabalho Constante
Material de operação J,. (A/cm'>
( ºK)
( eletron- (A/m2/°K2)
volts )
Oxitlos a'e
fiq e .sr
1
+ +
! 111
lp
( 2 . 16 ) s =
·�
-�
!, � Ag
�
§ w
�
'� /,O
")
t
dária.
� as
�
-�
� Be
� ener�h incidente (e VJ
o
5 00 1000 /500 zooo
o
Energia
b) campos elétricos muito fortes, além de reduzirem a altura da barreira
de potencial, diminuem sua espessura, de modo que aparece a possibilidade
- -
jSem __ _ _
cam;:'o
_
dislancia
_ _ _ .,..
· -...... �
. ......._ � energia t°olencia/ denda
-� · :::-<. . ao campo a,c!lcado
X=O
anodo
�
l
Com êste circuito podemos obter ex
perimentalmente as curvas caracterís
ticas do diodo, f ( ib, eb ) = O, para vá
rios valores da temperatura T do cato
do. Estas características vêm esque
matizadas na fig. 2 1 0
. .
" anodo
� A
(ai (b)
De ( 2 . 20 ) e ( 2 . 19 ) obtemos então
( 2 . 21 ) V = V '2
m e ( q> + Cjlo )
38 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
d'cp p
( 2 . 22 ) =
dx' Eo
( 2 . 2,3 ) h = - p V
ou, tendo em vista ( 2 . 21 ),
m
Jb l/
Y 2e ( cp
( 2 . 24 ) p = -
+ cp. )
Jb
V
d'cp m
---Z t
( 2 . 25 ) =
{ q>q>
dx' ' 2e ( cp + cp. )
cuja integração, sujeita à s condições d e contôrno
Eb
o
= dx para x = d,
fornece, para x
(Eb +
·= d,
cp. ) ' I'
-
( 2 . 26 ) A
(d x. >'
:
onde
V
Eo e
49
( 2 . 27 ) A = = 2,34 x 10' ( MKS Giorgi )
{Jo
métricas de cargas que seguem para o anodo e retornam ao catodo, respec·
J.
tivamente, temos as seguintes relações :
= - p+ V
- Jb - - Jb -
( 2 . 28 )
= p- v, donde 2J. = ( p+ + p- ) v
J. - J�
qualquer que sej a o seu sentido.
Em consequência,
2
( 2 . 29 ) - (p + + p -) = - p
V
EMISSÃO ELETRÔNICA E DIODOS l'ERMOIÔNICOS 39
t
( q> = o para x = O
( 2 . 31 ) d.cp
q> = CJ>o o para X = Xo
dx
resulta, ainda para x = Xo,
cp.'12
( 2 . 32 ) A --
x.'
( 2 . 33 )
por sua vez, varia linearmente com o potencial, ao passo que v varia com
sua raiz quadrada. Portanto,
( 2 . 34 )
Veremos mais tarde que uma lei análoga se aplica também aos trio
dos ou demais válvulas multi-eletródicas.
As curvas características reais dos díodos se afastam um pouco da
quelas correspondentes às leis de Richardson-Dushmann e de Child-Langmuir.
Estas divergências se devem às aproximações introduzidas na dedução das
equações :
- suposição da mesma velocidade inicial para os eletrons enquanto
que, na realidade, as velocidades iniciais se distribuem segundo a esta
tística de Maxwell;
- superfície do catodo perfeitamente homogênea do ponto de vista
da einissão termo-iônica, o que não ocorre na realidade;
- só foi considerada a emissão termo-iônica, desprezando-se as emissões
de campo, foto-elétrica, etc.;
- potencial do catodo constante, o que não será em geral verdadeiro
para os díodos com aquecimento direto.
Normalmente os díodos são operados na região de carga espacial; a
região de saturação por temperatura só pode ser atingida, sem danificá
los, reduzindo a temperatura de aquecimento ( ou a tensão de filamento ) .
Excetuam-se os diodos de ruido e certos díodos utilizados e m reguladores
de tensão, que são proj etados para trabalhar na região de saturação por
temperatura.
A operação dos díodos deve obedecer a um certo número de restrições :
a ) O anodo dos díodos é aquecido não só pela radiação do catodo
como, sobretudo, pela energia dos eletrons incidentes. :tl:ste aquecimento
provoca um aumento de temperatura do anodo, que deve sempre perma
necer inferior a um certo máximo. Como a contribuição da radiação é
pràticamente constante, segue-se que o produto eb ib, que fornece a ener
gia trazida pelos eletrons, deve ser mantido inferior a um máximo acon
selhado pelos fabricantes de válvula. Essa restrição se encontra nos ca
tálogos sob a designação de máxima dissipação de placa ( em watts ).
b) A máxima diferença de potencial permissível entre placa e catodo
é fixada para evitar arcos entre eletrodos ou fios de ligação, bem como
para evitar fenômenos que deteriorariam o vidro ou isolante da válvula.
Por isso as válvulas que trabalham em tensão elevada ( por ex., díodos
retificadores em aparelhos de televisão ) têm a saída de placa no topo da
válvula e a do catodo na sua base. Como a diferença de potencial geral
mente é máxima quando o diodo não conduz, isto é, a placa está negativa
cm relação ao catodo, o máximo de potencial a que pode ser submetido
EM ISSÃO ELETRÔNICA E DIODOS TERMOIÔNICOS 41
-r1�' ri�'-
lb
Eb 2 E,,
rb=
rp = 3
lb 7;
tg a: = +p
l_'
Eb eL o Eb eb
la! (b}
rb
a = ore tg -Jr
5
••
dos eletrodos.
As válvulas acima descritas são designadas por válvulas reguladoras de
tensão. Não mantêm com precisão a tensão entre seus terminais, quando
a corrente varia; além disso, esta tensão pode também sofrer variações
erráticas durante a vida da válvula.
Mais recentemente foram desenvolvidos díodos a catodo frio nos quais
a tensão se mantém com grande precisão durante a vida da válvula. Tais
44 ELETRÓNICA - L. Q. ÜRSINI
Bibliografia do capítulo 2:
a) Exposições detalhadas sôbre a construção, propriedades e física das válvulas
e semicondutores :
1 - K. R. SPANGENBERG - "Fundamentais of Electron Devices", McGraw,
New York, 1 957.
2 - J. MILLMAN - "Vacuum Tube and Semiconductor Electronics", McGraw,
New York, 1 958.
b) Detalhes sôbre descrição física dos metais e emissão eletrônica :
3 - R. M. ROSE, L. A. SHEPARD e J. WULFF - "The Structure and Proper
ties of Materiais, Vol. IV - Electronic Propertie.s", Wiley, New York, 1 966.
c) Modêlos linearizados de diodos e análise de circuitos que incluem êsses mo
dêlos :
4 - H. J. ZIMMERMAN e S. J. MASON - "Electronic Circuit Theory'', Wiley,
New York, 1 959.
PROBLEMAS DO CAPlTUW 2
o
Problema 2 . 1 O catodo de uma fotocélula é iluminado por luz de 6000A de
-
N 16 7t y2
= (m & ) �
V 3h'
onde m é a massa do eletron e h é a constante de Planck. Esta relação é correta a
OºK mas, como o nível de Fermi varia muito pouco com a temperatura, pode ser
utilizada às temperaturas ambientes.
Sabe.ndo agora que o pêso atômico do tungstênio é igual a 1 83,85, sua densi
dade é de 1 9 . 3 g/ cm3 e. sua função de trabalho é igual a 4,5 e V, determine a pro
fundidade do poço de potencial ( fig. 2 . 1 ) , em que se movem os eletrons do tungs
tênio. Suponha ainda que êste metal te.m um eletron livre por átomo.
Problema 2 . 4 - Um catodo a óxidos com área emissora de 0, 1 cm', opera à tem
peratura de l OOOºK.
Supondo que a função de trabalho do emissor é igual a 1 eV, determir.e :
a ) a corrente te.rmoiônica dêsse catodo ;
b ) qual o aumento percentual dessa corrente, por efeito Schottky, s e o campo
elétrico nas vizinhanças da superfície metálica for igual a 100 volts/cm?
EMISSÃO ELETRÔNICA E DIODOS TERMOIÔNICOS 45
't = l/ m
2 e Eb
- . 3 d,
Problema 2 . 12 - Uma válvula reguladora de tensão ( tipo 1 5 0 B2) tem uma curva
característica que, na região de operação, pode ser representada pela reta
v = 147 + 0,3 . i (v em volts, i em rnA ) .
Esta válvula é ligada e m série com uma resistência d e �O kohrns e à , as�ocia.çã�
aplica-se uma tensão de 300 V. Determinar a corrente na valvula e, a potencia d1ss1-
pada no resistor.
CAPfTULO 3
3 . 1 - Introdução:
(o}
FIG. 3 . l·a - Tipos d e triodos: triodos d e eletrodos planos.
TRIDOOS, TETRanos E PENTaoos TERMaIÕNICOS 47
.P
(b )
/(
(3.1)
representa, com boa aproximação, a corrente de placa ib em função das
diferenças de potencial entre placa e catodo, eb, e entre grade e catodo, e,.
A constante µ, chamada coeficiente de amplificação, é bastante maior que
1, mostrando que o potencial de grade é µ vêzes mais eficiente que o po
tencial de placa, quanto ao contrôle da corrente.
( Para a demonstração de 3 . 1 , ver Spangenberg, "Vacuum Tubes" 1 .'
ed., MacGraw, 1948 ou Dow, "Fundamentals of Engineering Electronics".
Wiley, 1937 ) .
(3.3)
TRIODOS, TETRODOS E PENTODOS TERMOIÔNICOS 49
ei
riáveis acima, ficando a
terceira como parâmetro.
Assim temos :
a ) Característica de pla
___ - - -
K
ca, relacionando ib e eb,
com e, como parâmetro
( fig. 3 . 4, a ) ;
b ) C a ra c t e rí s t i c a d e
transferência grade-placa,
relacionando ib a e, com eb FIG. 3.3 - Circuito para o levantamento das
como p a r â m et r o ( fig. características de um trlodo.
3 . 4, b ) ;
c ) Característica de corrente de grade, relacionando i, a e, com e.
como parâmetro ( fig. 3 . 4, e ).
(3.4)
'• '·
'•
(3.5)
I
I
I
I
I
I
,'
••
----i
1
}"'o 1
+ 1
*º·
1
1
1
1
1
- - - -·
K
- - - - - - - - - - - - - - - -
. fl'• ----
----
- ;
:1
�D•
}'-ec
+
r,
1
+ 1
E0_
:
eó
-G �--�
.. _ _ _ _ I
�
(O) (b)
FIG. 3.'7 - Novo modêlo de triodos com dois ideais e respectivas características.
i·l
p
(b)
FIG. 3.8 - Modêlos de triodos na região de amplificação.
X /(
fo i (b)
FIG. 3.9 - Modêlos de trlo do s na região de amplificação,
com geradores de corrente.
(3.6)
Mas
(3.7)
(3.8)
a ib A ib
(3.9) - tga.
a eb A eb
e, = cte.
a eb r.
onde r. é a resistência de placa ( ou resistência interna ) da válvula.
Aib 1 Aib µ
= tg � = . .
µAe. r. Ae. r.
onde µ aeb/ae,.
54 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
Mas
µ
( 3 . 11 ) Ym = µ / r,
( 3 . 13 )
As equações ( 3 . 12 ) e ( 3 . 1 3 ) , que relacionam incrementos ( ou variações )
das variáveis dos triodos, sugerem sua representação pelos modelos incre
mentais ( ou circuitos diferenciais equivalentes ) indicados na fig. 3 . 1 1 . O
leitor poderá verificar sem dificuldade que êstes modêlos satisfazem às
relações ( 3 . 12 ) e ( 3 . 13 ) .
( O} (b )
FIG. 3 .11 - Modêlos incrementais dos triodos.
( 3 . 14 )
Se a tensão e, fôr não nula, i& e e& se modificam, pois o ponto de ope
ração se desloca sôbre a reta de carga, de acôrdo com o valor de ec em
cada instante.
Transpondo-se para o plano i&, ec os pontos correspondentes à reta de
carga, obtem-se a característica dinâmica ou de transferência do triodo,
com a resistência de carga RL ( fig. 3 . 1 4 ) .
Com o auxílio d a característica di-
. nâmica pode-se determinar, ponto por
ponto, a corrente de placa correspon
dente a uma certa tensão de sinal
aplicada. Na fig. 3 . 15 ilustramos êsse
processo, para uma tensão de entrada
senoidal. Nesta figura verifica-se que
a variação da corrente de placa repro
duz aproximadamente a forma de ten
são de sinal desde que a excursão do
ponto de operação se restrinja à re
gião em que a característica de trans
ferência é aproximadamente linear. o
8'
p
J_ li,_
1
__ _ _ _ _ _____ _ _ _ A'
1
1 1
_ _ J_ _ _J - - - - - - - - - - - - --
1 1 D'
o
( 3 . 15 )
( 3 . 16 )
( 3 . 16' ) A,m � µ
'"''
(O) ( lo }
FIG. 3.18 - Características de transferência linearizadas por segmentos.
( 3 . 17 )
Ea
P - - - - - - - Re-a>
'
'
', Rc
'
' ;;>c= O
o e,
(b)
l· l•t l·
,,,
R,
e, e,
e,
Rx
(bl (ÔJ
f=I
- '• p
·+
� ��,...
..
eó
<o> r bJ
µe.
( 3 . 18 ) i,
R. + r,
A tensão de saída é pois
µe.
e, = i, R. ---- R.
R. + r,
{ 3 . 19 ) e. = e, - i. R . = e, - e,
( 3 . 20 ) A. = e,fe,
R. (1 + µ) + r,
mos para isso que e, = O, isto é, o gerador de entrada foi substituído por
um curto-circuito; aplicando agora um gerador de tensão e0 aos terminais
de saída, verifica-se que êsse gerador fornece ao circuito uma corrente
io = [1/Rt + ( 1 + µ )/rp] eº
.( 3 . 21 )
( 3 . 22 )
Esta equação representa, no plano eb, ib, uma reta de carga como indi
cado na fig. 3 . 22.
eó
O E0
{
e, ( para e, < 0 )
( 3 . 23 )
e, ( para e, � 0).
-----------
p -
.<: - - - - R -=
e
1
/ 1
/ 1
/ 1
/
1
/
/ 1
/ 1
/ 1
/
/ 1
/ . 1
11-5 1
e.,
( 3 . 24 ) ei ( para e, � 0).
TRIODOS, TETRODOS E PENTODOS TERMOIÔNICOS 63
.. e,
'º' (e; /
e,
P•Q
- - - - - - 1 ec: - O
1
:!.11.!L e,
.,
L-_ ----4---< 1 1 1 1 1 +
E••
101 (bl
FIG. 3.30 - Circuito do amplificador d e grade e m terra e s e u modêlo
incremental.
TRIODOS, TETRODOS E PENTODOS TERMOIÔNIOOS 65
( 3 . 28 ) Ebb e. + Íb RL
RL
;.
�
+
eb = Eb b
(O) {b)
-
FIG. 3.31 - Limitação de potência ;,os amplificadores a triodos.
( 3 . 30 )
onde Wm representa a máxima dissipação de placa. A igualdade ( 3 . 30 )
representa uma hipérbole no plano e b , ib como indicado na fig. 3 . 31, b. O
ponto quiescente da válvula deve sempre situar-se abaixo dessa hipérbole.
Em condições não estacionárias, é possível fazer com que o produto
eb ib ultrapasse o valor Wm, mas duas novas limitações aparecem aqui.
Assim, a corrente não poderá ultrapassar, mesmo instantâneamente, o va
lor da corrente de saturação correspondente à temperatura de operação do
catado. Pràticamente, os fabricantes especificam um valor máximo de cor
rente instantânea, geralmente inferior à corrente de saturação.
Também a tensão eh não deve superar o valor máximo estabelecido pelo
fabricante, sob pena de eventual danificação dos isolantes ou eletrodos da
válvula.
Finalmente, outras limitações da operação dos triodas decorrem das ca
pacitâncias parasitas ou residuais entre os eletrodos, e do tempo de trân
sito dos eletrons no espaço inter-eletródico. Tais limitações são importan
tes na operação dos triodas em frequências elevadas, e serão estudadas
oportunamente. K �! <t• p
3 . 12 - Os tetrodos: ��
O maior inconveniente dos triodas :,-;
decorre da capacitância relativamente
elevada ( vários pico-farads ) existente
entre a placa e a grade. Como vere
mos mais tarde, esta capacitância dá
lugar a efeitos indesej ados.
A interposição de uma segunda gra
de, a grade de blindagem, entre a gra
de de contrôle e a placa, reduz notà
-
velmente aquela capacitância, pela
blindagem eletrostática resultante.
Pelo efeito da grade de blindagem
o potencial de placa do tetrado influi
pouco na distribuição de potenciais en
tre as grades e o catado, justamente
na região em que se efetua o contrôle
da corrente total ( corrente de catado )
da válvula. Em conseqüência, esta
Fio . 3 .32 Distribuição de potenciais
corrente varia lentamente com o po num tetrodo.
tencial de placa.
A grade de blindagem mantem-se normalmente a um potencial posi
tivo e fixo em relação ao catado, de modo a acelerar os eletrons que ui-
TRIODOS, TETRODOS E PENTODOS TERMOIÔNIOOS 67
trapassam o catodo virtual. Uma fração dêsses eletrons será captada pela
grade de blindagem, constituindo a corrente de grade de blindagem ; os
demais ultrapassam-na, indo ter à placa e constituindo a corrente anódica
da válvula.
O catodo, grade de contrôle e grade de blindagem comportam-se, em
primeira aproximação, como um triodo com a placa vazada. Na fig. 3 . 32
indicamos a distribuição de potenciais num tetrodo de eletrodos planos,
para diversos potenciais de placa.
Nos tetrodos temos as seguintes variáveis :
ib corrente de placa;
i,, corrente de grade de blindagem;
eb tensão placa-catodo ;
e" tensão grade de contrôle-catodo ;
e" tensão grade de blindagem-catodo,
na hipótese de grade de contrôle negativa e, portanto, sem corrente nes·
ta grade.
As características de placa dos tetrodos relacionam ib a eb, com e" como
parâmetro, e para um determinado valor de e".
Na fig. 3 . 33 indicamos as características de placa de um tetrodo típi
co. A corrente de grade de blindagem, para e,, = O, está indicada em
pontilhado, bem como a corrente total ou corrente de catodo, dada por
i,, + ib.
Na região da característica
em que eb > e,,, pelo efeito de
blindagem já mencionado a
�orrente de placa depende
pouco do potencial de placa,
de modo que as curvas são
quase horizontais, aproximan
do-se de retas paralelas.
( 3 . 31 )
Por uma extensão da lei de Child-Langmuir, a função acima p ode ser
aproximada ( para os eb > ea ) por
( 3 . 32 )
1
= -- , com r, = resistência de placa ou interna;
r,
( 3 . 35 )
TRIDOOS, TETRODOS E PENTODOS TERMOIÔNICOS 69
3 . 13 - Os pen todos:
, . .,, · "" :
.� eba a distribuição de poten
.... . ciais num pentodo de
eletrodos planos, para
dois valores de poten
FIG . 3 . 34 - Distribuição de potenciais num pentodo. ciais de placa. A pre
·
__11..---------�� -J
tes eletrons de baixa velocidade
--- -4
-J..----------
constituem uma carga espacial,
que deprime o potencial nas vi
zinhanças da grade, supressora,
chegando a anulá-lo. O sistema ebc
FIG . 3 . 35 - Características de placa de um
grade supressora-placa pode ser pentodo.
considerado como um díodo,
com um catodo virtual na região da supressora. O ramo ascendente da
.característica dos pentodos, que parte da origem, corresponde pois à carac
terística de um diodo, saturado por carga espacial.
Geralmente os manuais de válvulas fornecem as características de pla
ca dos pentados para um ou dois valores de tensão de grade de blindagem.
Vejamos como obter dessas curvas aquelas correspondentes a outros va
l ó res de e,,.
70 ELETRÔNICA - L. Q. ORSINI
Como nos tetrodos, a corrente de placa dos pentodos pode ser expres
sa em função dos potenciais dos vários eletrodos, pela lei de Child-Langmuir :
( 3 . 36 )
lei esta válida para o s e h > ebc. O potencial d e grade supressora não foi
incluído nesta relação pois habitualmente é nulo, ou sej a, a supressora
está ao potencial do catodo.
Da relação ( 3 . 36 ) obtemos
( 3 . 37 )
( 3 . 38 )
------- ec1= 0
pondentes a um potencial de
grade de blindagem ea a outro,
e vêzes maior, basta multiplicar
por e as escalas de tensão do
gráfico e multiplicar por C3/2 a
escala de correntes ( fig. 3 . 36 ) .
Note-se que a convenção acima
só é válida na região quase-li
near das características. o Ce,,
Outro problema que pode ap a
FIG . 3 . 36 - Modificação das caracte
recer na utilização dos pentodos rísticas de placa para uma tensão C.Ec2
diz respeito à determinação da de grade de blindagem.
contrôle é enrolada com passo não uniforme, de modo que certas partes
TRIODOS, TETRODOS E PENTODOS TERMOIÔNICOS 71
(C::O (bi .
FIG . 3 . 37 - Características de trªnsferência dos pen todos de córte agudo
( a ) e córte remoto ( b ) .
11------ + 10
,________ +5
�----- - 5.
J----- - 10
cafodo eb
FIG . 3 . 38 - Construção das válvulas FIG . 3 . 39 - Características de pla
de feixe dirigido. ca das válvulas de feixe dirigido.
L----- - 2E
o
ou, em geral,
FIG . 3 . 40 - Linearização das ca·
racterísticas de placa de um pentodo.
g,,-gp DP ib
Dp
..!.!!.
Ds ip = fgp eb
eb
.{.+g,, ecf rP
ou seja,
g,
g, - gp
Para as correntes menores que i" ( fixado e" ) o diodo D, passa a
conduzir.
Finalmente, o modêlo se completa introduzindo D. e a resistência r,,
para representarem a eventual operação do pentado com a grade positiva
( fig. 3 . 43 ) .
ic 1 G
----,
G
o �---
p--<>-----O �
eyJ
1
1
K
ticularmente sensível ( efeito Miller), que se faz sentir para variações relati·
vamente lentas do potencial de grade, até mesmo em áudio freqüências.
1
Nos pentados o número de capacitâncias parasitas é muito maior; na
fig. 3 . 47 indicamos as principais, sempre na hipótese do catado em "terra".
A capacitância grade-placa é mui P
c
r - - - - J �- - -
to pequena nos pentados, pelo que
- --- -- --- ,
habitualmente pode ser desprezada. 1 1
:
1 1
A grade de blindagem normalmente l----- ,
1
----
=!= CP•
é ligada ao catodo através de um t 1 � CpJ
1 1 G,_ _ _ _ _ _ , 1
capacitar de desacoplamento, cd, _ _ _
�
1 1 1
: p T
várias ordens de grandeza maior r C, �
-
r G
a, z
que as capacitâncias parasitas. As
1 : Tc9. l
- - - - .
-
sim sendo, devemos considerar nos
;:= :_
' ' - - - - '_
-_- _
pentados a capacitância de entra·
Tª
c9 k e
�-----���±
da, C11 entre os terminais de grade
de contrôle e catado.
FIG . 3 . 47 - Capacitãncias pa·
( 3 . 41 ) rasitas num pentodo.
( 3 . 42 )
Bibliografia do capítulo 3:
6 - E. J. ANG E LO Jr., "Electronic Circuits", McGraw, New York, 2.ª ed., 1 964.
TRIODOS, TETRODOS E PENTODOS TERMOIÔNICOS 77
PROBLEMAS DO CAPfTUW 3
FIG . P.3.1
3 UmSl!!J)
;. = 7,5 mA. A transcondutância d a válvula nessa região é de 2,3 mA/V, e seu coe
ficiente de ampl ificação é igual a 1 7 . Determinar :
78 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
t ECC 83
�=2Mfl
FIG . P.3.2
Problema 3 . 6: Para medir a corrente d e grade num dos triodos d e uma ECC
8 3 / 1 2AX7 ( características no Apêndice 2 ) monta-se o circuito da fig. P3 . 2. Com a
chave S aberta, a corrente anódica é de 1 , 1 mA; o fechamento dessa chave faz com
1
que a corrente anódica passe a 1 ,7 mA. Qual o valôr da corrente de grade?
101 lbJ
FIG . P.3.3
1
..
P(._ _.. e:J
1
1
1
1
1
1
1
1
-�--�
e,
(h) (CI
{O)
FIG . P.3.5
IOO Ul
C2
e,
______, --1---�
FIG . P.3.6
80 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
+ .5 0 V
Problema 3 . 1 2 : Para o aciona
mento foto-elétrico de um relé
utiliza-se o circuito da fig. P3 . 7.
Conhecem-se as características
da foto-célula 90CV e da válvula
ECC82 ( ver Apêndice 2 ) . Sabe
-se ainda que a bobina do relé
tem uma resistência de 5 k ohms
e que uma corrente de 1 0 mA
é necessária para fechá-lo. De
terminar E.,, e R, de modo que
êsse fechamento ocorra quando Ec c
Problema 3 . 14: A partir das características de placa do pentodo EF86, para E,, =
= 1 40V (ver Apêndice 2 ) , de.terminar as mesmas características correspondentes a
Ea = 100 e 1 80 V. Comparar os resultados com aquêles que se podem obter das
características de transferência grade de contrôle-placa, publicadas no Apêndice 2.
Problema 3 . 15: Dado o circuito da fig. P3 . 1 5, a, determinar :
e,(V)�
1
2 +---
. EF86
.,1
o 2 .! trms)
-1
---'---i -2
fb l
FIG . P . 3 15
Eb = 2 5 0 V; E" = 1 4 0 V ; Ec1 = - 2V
Sabe-se ainda que a corrente d e grade de blindagem é i gual a 0,6 mA. Determi
nar as !resistências Rk e R,. e o potencial Ebb de modo a obter o ponto quiescente
acima.
4.1 - Introdução:
Os materiais semicondutores são utilizados em Eletrônica há muito
tempo; assim, o cristal de galena, empregado como detetor nos radiore
ceptores primitivos, é um material semicondutor. No entanto, somente
nos últimos quinze anos generalizou-se a utilização dêstes materiais para
a construção de novos e melhores dispositivos eletrônicos, ocasionando
uma verdadeira revolução na Eletrônica.
É'.:ste grande progresso só foi possível depois que aperfeiçoamentos tec
nológicos permitiram a obtenção de materiais extremamente puros, sob a
forma de monocristais, e que desenvolvimentos teóricos levaram a uma
compreensão mais completa dos fenômenos de condução elétrica nos se
micondutores.
Atualmente a grande maioria dos
dispositivos a semicondutores é feita
com monocristais de germânio e silício.
É'.:stes elementos pertencem ao 4.º grupo
da classificação periódica de Mende
leieff e têm, portanto, quatro eletrons de
valência. Ambos cristalizam-se no sis
tema cúbico, com a mesma estrutura
do diamante ( fig. 4 . U. Cada átomo do
cristal possui 4 átomos vizinhos, que
com êle permutam 4 eletrons de valên
FIG . 4 . 1 - Estrutura de um cristal
cia; com os seus 4 eletrons de valência de germânio.
completa-se assim uma corôa estável de
oito eletrons em tôrno de cada átomo. Desta partilha de eletrons resultam
forças de ligação covalente, que determinam a estrutura cristalina ( as bar
ras cilíndricas da fig. 4 . 1, representam um par de eletrons ) ; êstes cristais são
chamados cristais covalentes. Para maior facilidade, costuma-se represen
tar esta estrutura proj etada num plano, como indicado na fig. 4 . 2,a. É'.:ste
modêlo é válido à temperatura do zero absoluto; a temperaturas diferen
tes de OºK, eletrons e átomos oscilarão em tôrno de sua posição média.
Aumentando a temperatura do monocristal, alguns dos eletrons que par
ticipam da ligação covalente poderão romper sua ligação com os átomos ,
SEMICONDUTORES E Drooos 83
rr1:-<' J;f;\
>:.;[
' ,e 0' �
�
/ i
\.-.. \ I /
,0
'�-"
\:;/.._ \ '
- / V"'
ff / \ B_
'�
1 e 0 '
,,. '
Ge .
/
o/ OºK
FIG . 4 . 2 - Representação bi-dimensional da estrutura do cristal
de germânio.
� dv,
(4.3) F. = m: --
dt
onde m, * é a massa efetiva do eletron livre.
Anàlogamente, para o caso de uma lacuna teremos
(4.4)
Relação m*/m
2 2
SEMICONDUTORES E DIODOS 85
-
encontrarem em cincunstâncias favoráveis, o eletron pode ocupar a vaga
correspondente à lacuna, desaparecendo ambos os portadores. Diremos
então que houve recombinação das partículas. É razoável admitir que a
taxa de recombinação R ( cm 3 s- 1 ), sej a proporcional à concentração de
•
(
( que, aliás, é feito em têrmos quânticos ) , fornece a seguinte expressão
E. )
para as concentrações de quilíbrio de portadores intrínsecos :
-,;:;:-
q
(4.9) n,' = p, ' = Ao T' exp -
-
Destas expressões obtemos as concentrações de portadores intrínsecos
à temperatura ambiente :
n, p, = 2,4 x 10 1 3 cm 3, para o Ge
a) Impurezas doadoras:
Por processos especiais de fabricação é possível substituir uma peque
na fração dos átomos de Ge ou Si de um monocristal por átomos penta
valentes ( arsênico, fósforo ou antimônio ), pertencentes ao grupo V da
classificação periódica. Como êstes átomos têm cinco eletrons de valência,
apenas quatro dêstes eletrons participarão das ligações covalentes. O quinto
eletron ( cuj a energia de ligação é da ordem de apenas 0,01 eV ) fica livre,
às temperaturas habituais, podendo migrar pelo cristal; com esta migração,
a região em que foi introduzido um átomo de impureza adquire uma car
ga positiva, prêsa à rêde cristalina ( fig. 4 . 3 ) . É claro que o cristal per
manece neutro.
Esta impureza é chamada doadora e o
cristal com estas impurezas é designado por
tipo N.
Pràticamente, os doadores são introdu
zidos em concentrações Nd da ordem de 10"
a 10" átomos por cm' . Cada átomo de im
pureza contribui com um eletron livre, nas
vizinhanças da temperatura ambiente; uma
vez que a concentração dêstes eletrons será
algumas ordens de grandeza maior que a
l!Oncentração n, de eletrons intrínsecos, a
concentração n" de eletrons livres no mate
FIG . 4.3 Cristal com impureza
rial tipo N fica -
pentavalente
( 4 . 12 )
( 4 . 13 ) PP ""' N. ( » n. >
No material tipo P extrínseco as la
FIG . 4.4 - cunas serão os portadores majoritários ao
Cristal com impure.ta
trivalente.
passo que os eletrons serão minoritários.
Também aqui teremos condutividade extrínseca do material, devido à
presença das lacunas livres.
c) Compensação de impurezas:
Introduzindo-se num monocristal de Ge ou Si pequenas concentrações
de impurezas doadoras e aceitadoras ao mesmo tempo, os eletrons suple
mentares irão preencher parte das ligações vagas das impurezas aceitado
ras; haverá uma recombinação de eletrons e lacunas suplementares, pre
dominando as partículas introduzidas pela impureza de maior concentração.
Se a s impurezas forem de igual concentração desaparecem os portadores
extrínsecos e o cristal fica com propriedades semelhantes a do cristal in
trínseco. Sendo N. e N. as concentrações de doadores e aceitadores, res
pectivamente, os portadores maj oritários terão uma concentração pràtica
mente igual a
( 4 . 14 ) N = J N. - N. J
G = G CT)
( 4 . 15 ) R = r, C T ) n.p.
No equilíbrio, G = R e, portanto,
( 4 . 16 ) p.n. = G ( T )/r,( T )
( 4 . 17 )
Num cristal tipo N , n. = n. Nd ; em consequência. da equação ante
=
n,2 ( T )
( 4 . 18 ) p. = p. = ----
Nd
n,
(4. 19) p. = - · n, (T)
Nd
n, ' ( T )
( 4 . 20 ) n, =
N,
( 4 . 21 )
Po + NdPo - n, ' = O
r
Resolvendo estas equações e considerando sàmente as raízes positivas
vêm :
nº :d [ v 1 + ( 4n, '/Nl> + 1 ]
1
( 4 . 22 )
P0 � :· [ V 1 + C 4n!/N1 l - 1 J
É fácil de ver que no caso n;' « Nl obtemos, como anteriormente,
e
Cálculos análogos poderiam ser feitos para um cristal tipo P.
a) Corrente de deriva:
A corrente de deriva resulta da aplicação de um campo elétrico ao
semicondutor. Por um processo semelhante ao da condução ôhmica nos
metais, verifica-se que os portadores ( eletrons livres ou lacunas ) , adqui
rem uma velocidade de deriva, proporcional ao campo aplicado :
( 4 . 23 ) vd = ± µ E
onde o sinal + se refere as lacunas e o sinal - aos eletrons.
O coeficiente µ é a mobilidade do portador considerado. �ste coefi
ciente depende do tipo de portador, do material e da temperatura, como
indicado no quadro abaixo :
Mobilidade
Material a 300ºK Dependência de T
(cm'/volt. seg.)
( 4 . 24 ) J = q < !J:• n + µh p) E
onde n e p são as concentrações de eletrons livres e lacunas.
Em consequência, a condutividade do material fica
J 1
-+ -+
( 4 . 25 ) O" = 1 / 1 E 1 = ( µ. n + µh p) q
Esta condutividade caracteriza o processo de condução ôhmica.
título de exemplo, determinemos a condutividade de um monocris
A
tal de Si intrínseco, perfeitamente puro. Teremos, à temperatura ambi
ente, n = p = n, = 1,4 x 10'º ( cm-' ) ; introduzindo em ( 4 . 25 ) os valores
de µ, e µh obtidos do quadro acima resulta
O" 1 ,6 X 1 0 - •• X 1 ,4 X 10'º ( 1 3 50 + 4 80 )
donde
r; = 4,1 x 10-• mhos/cm
SEMICONDUTORES E DIODOS 91
Suponhamos agora que êste cristal é dopado com uma impureza P, com
concentração N. 10" cm-• ( ou seja, cêrca de um átomo de impureza em
=
mina-se por
O" = Q µh · p
ou, introduzindo os valores numéricos,
cr = 1 ,6 x 10- " x 480 x 10" = 7,7 x 10- 2 mhos/cm
( 4 . 26 ) Jc = + q D, grad n
onde D, é o coeficiente de difusão de eletrons.
Havendo um gradiente não nulo de concentração de lacunas, surge uma
densidade de corrente de difusão de lacunas
( 4 . 27 ) h = - q Dh grad p
1
q µh p E - q Dh grad p
( 4 28 )
.
-+ ->
L J, q µ, n E + q D, grad n
A mobilidade e o coeficiente de difusão, para um dado portador, es
tão ligados pela relação de Einstein
( 4 29 )
. µ /D = q/kT
onde k é a constante de Boltzmann e q é o valor ( em módulo ) da carga
do eletron.
92 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
{
-+ -+
J& = µh ( q p E - kT grad p )
( 4 . 30 )
-+ -+
J. = µ. ( q n E + kT grad n )
4 . 7 - A junção P-N:
e 0+ 0+ 0+ � � � �
cristais semicondutores,
+
5endo um tipo P e ou
o) 0+ 0+ 0+ 0+ � � � 8_ tro de círculos na fig.
4 . 5 ) . Nêstes monocris
e+ e+ e+ e+ 8 � 8 �
+ - + - + - +
tais temos as cargas li
- + - + - + -
gadas à estrutura cris
© , e cargos lig adas à r é de c r isfaltno talina ( indicadas den
+ ' - c argo s livres
tro de círculos na fig.
4 . 5 ) e as cargas livres,
1 1 constituídas pelos por
0+ 0+ 0+ 11 e © 11 e±?. e±?. � tadores maj oritários e
e+ 0+ 0 : 0
1 pelos portadores mino
b) © 1 8 � 8
. , 1 ritários, êstes últimos
e+ 8+ 0+ 11 0 8 1 � 8 8
1 gerados termicamente.
1 1 estes portadores estão
1
1 .. • 1 distribuídos ao acaso,
c am a da de mas de maneira unifor
e arg a e s pa c ial
me, em média, dentro
FIG . 4 . 5 - Formação de uma junção PN do cristal.
SEMICONDUTORES E DIODOS 93
Suponhamos agora que êstes dois monocristais são reunidos num só,
criando uma junção metalúrgica, mas de modo a preservar a estrutura
cristalina ( fig. 4 . 5, b ). Ao fazer idealmente essa junção, temos, em sua
vizinhança, fortes gradientes de concentração de eletrons livres e lacunas.
l!:stes gradientes fazem aparecer correntes de difusão, que levam lacunas
para a região N e eletrons
f
livres para a região P. Em
conseqüência aumenta a
recombinação de ambos
os lados da junção, redu
zindo a concentração de
� ilensiclocle eletrons livres e lacunas
de coq·a nessa região e fazendo
aparecer as cargas espa
ciais de ambos os lados
da junção.
, 1 f'O/enciO'/ Estas cargas espaciais
1Jf ty
To criam entre as duas re-
giões do cristal uma bar-
.., 1 x reira de potencial que se
FIG . 4 . 6
- Distribuição de carga e potenciais opõe à difusão dos porta'
ao longo da junção PN.
dores maj oritários.
Na fig. 4 . 6 indicamos esquemàticamente a densidade de cargas espa
ciais ao longo do cristal e a correspondente diferença de potenciais .
Num monocristal isolado e em equilíbrio térmico a altura da barreira
de potencial ( ou a diferença de potencial de contato ) deve ajustar-se de
modo a anular a corrente através do cristal. Para examinar qualitativa
mente êste processo, indiquemos os portadores sôbre o diagrama de po
tenciais ( fig. 4 . 7 ) . Relembremos que as cargas positivas tendem a descer
a barreira de potencial, ao passo que as cargas negativas tendem a subi-la.
Assim, enquanto os portadores maj oritários do cristal P têm sua passagem
ao cristal N dificultada pela barreira, os portadores minoritários do mes
mo cristal ( eletrons ), que por ventura atinjam as vizinhanças da barreira,
são acelerados pelo campo elé
trico. A corrente I.,, ( fig. 4 . 7 ) re Região P Regiêfo N
Igp
dependerá essencialmente da al rninorilórios
tura \jlº da barreira de potencial. FIG . 4 . 7- Corrente através de uma junção PN.
94 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
-'-l
L--tNWV'---+ q ,_- _
ll
- l 1�
u
___ _
'-------l +-
· __,
_
t
de borda e de superfície, fica
P N
mos essencialmente com uma
geometria unidimensional, isto
é, tôdas as condições são idênti
cas nos planos x = constante.
Apesar desta simplificação, os re
sultados obtidos serão aplicáveis
1''IG . 4 . 9
- Cristal com junção PN. a outras geometrias, mais fre
qüentemente usadas na prática.
Suporemos ainda uma distribuição uniforme de impurezas nas regiões
P e N, com No > N., isto é, a região N mais "dopada" que a região P. Estas
SEMICONDUTORES E DIODOS 95
1\ / 1
1 \/ 1
-·w:-·-
po
- -. L1 //' .l1 . _ .
..
\
_ _
nt _ _
\ 1 P-io
(a )
-Xp 1� •.+ x n X
Camada de corgd espacial
J
X
(b)
(e)
X
-
Portanto, através da junção, aplicando as equações ( 4 . 30 ) temos :
-- dn
O
1
Jn = µn ( qnEx + kT ) =
dx
l
( 4 . 31 )
Jb = µb ( qpE - kT , -- dp
dx
) = O
-
{
�,
dn q
dlji
n kT
( 4 . 32 )
dp
p
-- q
kT
dlji
espacial, isto é, de -
Integrando estas duas equações entre os limites da camada de carga
x. a + Xn, tomando a região P como referência de
potenciais, ou sej a, fazendo lji ( - x. ) O e tendo em vista as distribuições de
=
( �)
f o q lji.
nn n •• exp
1
( 4 . 33 )
( lji. )
�
q
ppo = p exp
••
( lji. )
q
( 4 . 35 ) n •• · p•• = n;' exp · -- = N, No
kT
pois as concentrações de portadores maj oritários são pràticamente iguais
nêste caso, às concentrações de impurezas em cada região.
Da equação ( 4 . 35 ) obtemos a altura da barreira de potencial :
( 4 . 36 ) lji. = - ---
kT
q
ln
n00 p••
n.'
ou
( 4 . 37 ) lji. = -- kT
q
ln ---
n.'
N. No
r [ J
P. < O - ) q
exp ( \jlº - V )
[ � (\jl, J
p. ( 0+ ) kT
l
( 4 . 38 ) �
n. ( 0+ )
exp - V)
n, (0- ) kT
98 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
=
Mas, das relações ( 4 . 33 ),
q lji. q lji. P..
exp -- e exp --
kT kT Poo
r
Portanto,
(- :; )
P. (0- ) P..
( :; )
exp
1
p. ( 0+ ) Pno
( 4 . 39 )
l
� n=
n. < 0+ )
= exp - ,.___
n. (O- ) npo
( 4 . 40 ) Il P.
nn
=
:::::
p
••
nno
1
--
( 4 . 41 )
kT
qV
n. (0- ) ef n•• exp --
' kT
Estas relações mostram que, satisfeita a condição de injeção de baixo
nível, "as concentrações de portadores minoritários nas bordas da camada
de carga espacial variam exponencialmente com a tensão de polarização
aplicada à junção".
ª'p.
dx'
/:::,,X ) '
SEMICONDUTORES E DIODOS 99
( 4 . 42 ) P'n = Pn - Pnn
Dh ---
3' Pn
!:::,. X
Pn - Pno
• !:::,. X
a x'
onde a constante "th corresponde ao tempo de vida média dos portadores.
Introduzindo nesta equação o excesso de concentração ( 4 . 42 ) e sim
plificando, vem
P'n
a x'
Fazendo ainda Dh "th = L2b, vem finalmente
( 4 . 44 )
determinam-se as constantes e, e e, :
e, = o ; e, = p'n ( 0 ) Pn ( O ) - Pno
[ ]
das relações ( 4 . 39 ) obtemos finalmente
( 4 . 46 )
o p '. 1
difusão na borda N da camada de carga espacial :
( 4 . 47 ) Jh ( 0 ) = - Q Db -- ox X = O
= q · --
Dh
Lh
Pno
:: [ J
Anàlogamente, a densidade de corrente de difusão de eletrons na borda
P da camada da carga espacial será
( 4 . 48 ) J, ( 0 ) = q n� exp ( :; ) - 1
I = Ib + l, = A [ Jh ( 0 ) + J, ( 0 ) ]
ou
( 4 . 49 )
p
de correntes; note-se que a corren
N te de portadores minoritários vai
diminuindo à medida que nos afas
tamos das bordas da camada de
carga espacial. A corrente de por
tadores majoritários, ao contrário,
que provê às recombinações, vai
aumentando à medida que nos afas
tamos da junção. A soma das duas
kT
bém se aplica. Supondo ainda 1 V 1 » ou sej a, bem maior que 26 mV
q
[-
I
J
à temperatura ambiente, vemos que tende para a corrente de saturação
.p. -
inversa:
Db D,
I,
Lh L,
( 4 . 50 ) = qA + �
SEMICONDUTORES E DIODOS 101
[
ou ainda, considerando as relações entre concentrações no equilíbrio e na
J
hipótese de impurezas diluídas,
Dh D.
( 4 . 51 ) J, = A + n,'
q ---
Lh No L. N.
Esta equação mostra que a corrente de saturação inversa depende
fortemente da temperatura. Pode-se verificar que, às temperaturas habi
tuais, Is dobra quando a temperatura aumenta de lOºC, no caso do ger
mânio, ou cada 6°C, no caso do silício.
Na fig. 4 . 14 esquematizamos as distribuições de portadores minoritá
rios e as densidades de correntes de portadores minoritários e majoritá
rios no caso da polarização inversa. Os resultados aí indicados obtém-se
com facilidade.
[ J
Finalmente, introduzindo a expressão ( 4 . 51 ) em ( 4 . 49 ) obtemos a equa-
ção do diodo de junção ideal:
I,
\7a )
q
( 4 . 52) I = exp ' V - 1
p N
Pno
l J: iJft. +Je
FIG . 4 . 14 -Distribuição de concentrações
densidades de correntes com
e
-
polarização inversa.
c) Ruptura da junção:
Aumentando-se o valor da tensão inversa aplicada à junção chega-se
a um valor limite em que a corrente passa a aumentar muito ràpidamente;
êste valor é a tensão de ruptura V, da junção. Em consequência as ca
racterísticas dos díodos de junção, na região inversa serão do tipo indicado
na fig. 4 . 15.
i
A curva indicada na ( fig. 4 . 15, a),
i.
corresponde a u m díodo mal res
friado, em que o fenômeno de rup
tura se complica com o aquecimento
da junção, que aumenta a corrente
inversa. As curvas ( b ) e ( c ) cor
respondem a díodos com adequada St Ge
dissipação de calor; a tensão per
manece pràticamente constante
(e)
desde que a potência dissipada no (b )
dispositivo não supere um certo má· FIG . 4 . 15 - Características de um díodo
com polarização inversa.
ximo.
J!:ste fenômeno é aproveitado nos diodos de Zener, que são utilizados
como referência de tensão. Conforme a construção do dispositivo a ten
são de ruptura poderá ocorrer de cêrca de 2 até várias dezenas de volts.
A ruptura das junções submetidas a tensões inversas pode resultar
de dois fenômenos diferentes :
SEMICONDUTORES E DIODOS 103
mentarmos a polariza-
ção direta aumentam as 1 (b )
\
'
concentrações de porta ' o X
dores em tôda a região
'
neutra e, portanto, au
menta a carga nela ar FIG . 4 . 16 - Junção abrupta com polarização inversa.
mazenada. l!:ste efeito
pode então ser representado por uma capacitância de armazenamento. Tam-
bém esta capacitância é uma função da tensão de polarização.
104 ELETRÔNICA ......;. L. Q. ÜRSINI
( 4 . 53 ) b. q> = - p/E
ou, no caso unidimensional,
d'cp
( 4 . 54 ) - p/E
dr
Mas
= - Ex
dcp
dx
e então
=
dE,
( 4 . 55 ) p/E
dx
( 4 . 56 ) E, = ( p/E ) x + cte.
Para :t < O, p = qNA e E, = O para x = - z•.
Portanto,
qNA
( 4 . 57 ) X < o
{ Ex = - -- ( X + z. >
E
Portanto,
qNo
( 4 . 58 ) X > 0 fl Ex = -- E (X - l.)
C..C:._.<.-c :::-:-. '_ _:;-::::>
Para = O obtemos
r
x
qNA
E. 1 = - --
z.
E
1
( 4 . 59 )
qN.
E. = - -- l.
E
A continuidade do campo elétrico na origem implica em
( 4 . 60 )
- l. =
J
A barreira de potencial será
1 1
( 4 . 61 ) lj'J. V = - E, dx = - E. < Z. + l. ) -
2 2
_ z.
Na fig. 4 . 17 indicamos a variação do campo elétrico e do potencial ao
longo da junção.
Da relação ( 4 . 61 ) e das anteriores seguem-se :
- largura da camada de depleção :
E
(O )
'f
(b )
-
[ - )] ' /'
----�=-���+-��..J_�--'--t� x
(
FIG . 4 . 17 Campo elétrico e potencial
com polarização inversa.
]'/2
2E 1 1
l ( ljl. - V ) - +
-[
( 4 . 62 ) = -
q NA No
- valor máximo de campo:
2q NA No
( 4 . 63 ) E0 = -- ( ljl. - V )
E NA + No
A capacitância se calcula sem dificuldade para ! V I » cp ••
( 4 . 67 ) Q
NA No
= qA ---
[.!:.._ . ( lj.i. - V ) '/2
[.::!..__ ]'!'
NA + No q
d ( - V) 2 NA + No
( lj.i. - V )'/2
Sendo 1 V 1 » lj.i., concluimos que a capacitância da junção abrupta varia
pràticamente com o inverso de V'/2, como já afirmamos.
Bibliografia do capítulo 4:
PROBLEMAS DO CAPtTULO 4
Problema 4 . 8: Dada uma junção abrupta de Si, com Nn = 1 017 cm·' e NA = 1 015
cm·', determinar :
a ) a concentração de equilíbrio de portadores minoritários, na região N, à
temperatura ambiente;
b ) a polarização que se deve aplicar à junção para que a concentração de por
tadores na borda da camada de carga espacial seja dez vezes maior que a concen
tração de equilíbrio.
Determine :
Determine :
O S T R ANSI ST O RE S DE JUNÇÃO
e) Transistores "mesa":
Para a construção de um transistor "mesa" típico parte-se de uma
fina lâmina de semicondutor levemente dopado com impurezas P ou N.
Sôbre esta lâmina serão formadas algumas centenas de transistores.
Após uma limpeza e polimento, difunde-se sôbre uma das faces da
lâmina uma impureza de tipo oposto ao j á existente ( N ou P ) . A lâmina
fica assim com uma junção PN, com uma região de base bastante fina e
um coletor relativamente grosso ( cêrca de 0,1 mm ) . Em seguida cobre-se
a outra superfície da base com uma máscara metálica conveniente, con
tendo algumas centenas de pequenas aberturas. Através dessas aberturas
faz-se nova difusão de impurezas, do mesmo tipo usado para o coletor.
Obtém-se assim a junção do emissor, com forma conveniente e área bem
controlada. Resulta uma base extremamente fina, sem diminuir a solidez
do dispositivo. Em seguida, a lâmina é submetida a um tratamento ele
troquímico para erodir parte da área ativa da junção do coletor, reduzindo-a
a um pequeno retângulo. Finalmente, os vários transistores são recorta
dos da lâmina e soldam-se os terminais.
Uma das desvantagens do transistor mesa resulta do seu coletor re
lativamente espêsso e de alta resistividade. Esta desvantagem se elimina
com a chamada técnica epitaxial, que permite a deposição por evaporação
de uma fina camada monocristalina e extremamente pura de um semicon-
Os TRANSISTORES DE JUNÇÃO 1 13
f) Transístores planares:
Na fabricação do transistor planar de silício usam-se, bàsicamente as
mesmas técnicas - difusão e crescimento epitaxial - que nos transistores
mesa. Os bórdos das várias junções, no entanto, terminam num mesmo
plano, correspondente à superfície do monocristal. Esta superfície pode
então ser submetida à passivação, isto é, é recoberta com uma camada inerte
de silíca, sob a qual se formam as junções, por difusões alternadas. Para
ilustrar a técnica, descrevemos a seguir o método de fabricação de um
transístor planar epitaxial passivado de silício.
As principais etapas da fabricação estão ilustradas na fig. 5 . 5. Parte-se
de uma lâmina de monocristal fortemente dopado (P+ ou N+ ). Sôbre a
superfície dessa lâmina, exposta em temperatura adequada a uma atmos
fera contendo vapor de tetracloreto de Si, cresce epitaxialmente uma ca
mada de Si de alta resistividade, com espessura da ordem da dezena de
micra. Em seguida, a superfície da lâmina é oxidada, ficando inteiramen
te recoberta por uma fina camada de óxido de silício ( fig. 5 . 5, a ) . Por
meio de um mascaramento adequado da superfície e de subsequente ataque
químico, a película de óxido é retirada da região central da lâmina.
O conjunto é então exposto a um vapor da impureza adequada ( boro
para os transístores NPN; Sb, As ou P para os PNP ) .
A impureza difunde-se através d a superfície não protegida d a camada
epitaxial, formando assim a base.
As impurezas difundidas penetram também sob as bordas da camada
protetora de óxido, de modo que a interseção da junção coletor-base com
114 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
cie.
b) difusão da base.
e) difusão do emissor.
i) vísta superior
1 o X
base fôr muito menor que o com
primento de difusão das lacunas,
a maior parte dos portadores mi
noritários injetados chega à região
da barreira de potencial entre base
e coletor. O campo elétrico aí exis
w
1 • 1• tente faz com que estas lacunas
FIG . 5. 7 Distribuição de potenciais ao longo
-
passem ao coletor, constituindo a
de um translstor.
corrente de coletor.
Assim, indicando por iB a corrente no emissor, uma fração a. is dessa
corrente passa ao coletor. Além disso, como a junção coletor-base está
polarizada inversamente, ela será atravessada também por uma corrente
inversa Iro ( função da temperatura, em polarização inversa suficiente ), cons
tituída de eletrons minoritários do coletor. Em consequência tendo em
vista os sentidos de referência de correntes indicados na fig. 5 . 6, teremos
(5.1) ic = - a. is - Iro
a equação ( 5 . 3 ) escreve-se
(5.6) io = f3 is - Iro
ÜS ThANSISTORES DE JUNÇÃO 117
(5.9) ic = � ia + ICEo
{b )
FIG . 5. 8 - a) tensões e correntes num transistor PNP; b) distribuição de portadores
minoritários ao longo do transistor.
( )
Assim, i., é a corrente de eletrons através de uma junção polarizada
diretamente :
D. q VEB
( 5 . 10 ) iut = q A n.,, exp 1
L. kT
onde A = área ativa da junção e n.,., é a concentração de equilibrio de por
tadores minoritários no emissor.
--
Para maior simplicidade vamos introduzir a notação
D.
qA n.,,
- )
L.
de modo que ( 5,8 ) fica
kT
- 1
--
A corrente i. , é devida à difusão de lacunas na base. Portanto,
dpb
( 5 . 13 ) i. , = - q A Db
dx
-
sendo Db o coeficiente de difusão de portadores minoritários na base. Da
hipótese de distribuição linear de concentrações de lacunas na base segue-se
que dpb/dx = Pb ( 0 ) /W. Mas, como já sabemos,
Db q VEB
( 5 . 14 ) ip, = qA Pbo exp
w kT
ou ainda
q VEB
-
( 5 . 15 ) ipt lpt exp
kT
com
Db
( 5 . 16 ) lpt = qA • Pbo
w
( 5 . 18 ) in, = ( 1 - B ) Íp1
--
junção coletor-base sendo, portanto, dada por
De
( 5 . 19 ) qA nco = In2
Lc
onde nco representa a concentração de equilíbrio de eletrons no coletor.
Ao escrever tôdas as equações acima os sinais foram tomados de modo
coerente com os sentidos de referência de correntes indicados na fig. 5,8,b.
Podemos agora calcular as correntes nos terminais do transistor, isto
( )
é, ÍE, Íc e Íe.
Assim, a corrente de emissor será
= e - 1)
- Íc = i.,2 + in2 = B lp1 exp + In2
ou kT
q VEB
( 5 . 21 ) - i, B lp 1 exp + In2 + B J,,
kT
120 ElETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
- -
Substituindo nesta expressão iE pela primeira das equações ( 5 . 20 ) e ic
pela primeira das equações ( 5 . 21 ) vem
- -
Esta expressão nos mostra que a corrente de base é constituída de 3
parcelas:
a) a parcela i,,, = ( i., i., ) = ( 1 B) ip., corresponde aos eletrons
que provêm à recombinação na região da base;
b) a corrente de eletrons injetada pela base no emissor in,;
c) a corrente inversa na junção do coletor, i"', constituída por eletrons
( --- )
extraídos do coletor pela polarização inversa.
---
Substituindo os valores das várias parcelas, obtemos
q VEs q VEa
is = - ( 1 - B ) Ip1 exp - In1 exp - 1 + I"'
kT kT
is = - f ]f -]
ou, após algumas transformações simples,
( 5 . 23 ) 1., + ( 1 - B ) IP • exp q
k
;E
R 1 + I"' - ( 1
---
Podemos agora eliminar destas relações a tensão VEB, obtendo assim
relações entre as correntes terminais. Para isso, da relação ( 5 . 20 ) obtemos
q VEs
( 5 . 24 ) ---- = exp - 1
kT
-
ou introduzindo na equação de ic, ( 5 . 21 ),
. '
ic = B Ip1 ----
I., + lp l
ou ainda,
B lp1 B IP ,
( 5 . 25 ) ic iE + Ini + I,,
I., + lp 1 In1 + lp 1
Definindo agora a eficiência do emissor por
( 5 . 26 ) y =
lp 1 + I.1
que é uma grandeza muíto próxima de 1, pois nos transístores habituais
a dopagem do emissor é muito maior que a da base, a equação ( 5 . 25 ) se
escreve
( 5 . 27 ) ic
Os ThANSISTORES DE JUNÇÃO 121
( 5 . 28 ) a = B. y
1
( 5 . 31 ) y
D, W
1 +
DbL, Poo
( 5 . 32 ) B
( 5 . 35 ) B
dp'b/dx j
X = 0
( 5 . 37 )
{
seguintes condições de contorno :
p/ ( 0 ) = Pb ( O ) - Poo ( para x = 0 )
Pb1 ( W ) = - Poo ( para x = W )
Introduzindo estas condições n a equação anterior vem, após algumas
transformações,
p/ ( 0 ) e-w1r,, + Poo
2 sinh ( W/Lb )
( 5 . 38 )
�1 ( 0 ) e-w1i,, + Poo
2 sinh ( W/Lb )
Tomando a s derivadas d a equação ( 5 . 36 ) nos pontos convenientes,
obtemos
1
dp/ 1
-- = -- ( C, - C2 )
dx X = O 4
Introduzindo estes dois valores na expressão ( 5 . 35 ) resulta
C, eW/Lb - C2 e-Wfl;,
( 5 . 39 ) B =
C, - C2
Finalmente, substituindo aqui os valores das constantes e, e C2 , após
algumas passagens algébricas, obtemos o valor do fator de transporte:
Pb' ( 0 ) + Poo cosh ( W/Lb )
( 5 . 40 ) B =
�' ( 0 ) cosh ( W/4 ) + Poo
ÜS TRANSISTORES DE JUNÇÃO · 123
..,
Nos transistores práticos esta expressão pode ser aproximada por ou
tra mais simples; de fato, como a base é muito menor que os comprimen
tos de difusão de lacunas na base, teremos W « Lb. Por outro lado, se
a junção emissor-base está polarizada diretamente, vale p/ ( 0 ) » Pbo·
Nessas condições, a expressão 5 . 40 reduz-se a
( 5 . 41 )
!_ e� )z
ou, desenvolvendo a secante hiperbólica em série e restringindo-nos aos
termos lineares,
( 5 . 42 ) B :;;; 1 -
2 Lb
Portanto, se a base é muito estreita o fator de transporte é ligeira
mente inferior à unidade, como j á afirmamos. A título de exemplo, veri
fica-se que num transistor com largura de base W = 10 - 2mm e compri
mento de difusão L. = 0,25 mm o fator de transporte resulta B = 0,9992.
(5.1)
(5.6)
' ic = a. is + Ico
-
ic = � iB - lcEo
} Transistores PNP
e
o-���-Q--ó-�� ��.o--o -.
te
ic
= - a. is + lco
� iB + lcEo
} Transistores NPN
124 ELETRÕNICA - L. Q. ÜRSINI
..
<E e (8 8 e
;:: /.::'
....
E De te {ç
B E
fa) (b)
FIG . 5 . 10 - Modêlos a diodos ideais para transistores NPN.
L----
°1J <o i------ � >o
4
---- --<·a :80f<A
100
60flA
2
.---- 40JAA
20fA
o
a2 <% (V)
-z.- 0.2 0,4 46
FIG . 5 . 12 - Características de entrada e de coletor,
cm emissor comum, de um transístor PNP.
�11f' ·Ii���{fl�,����t���1J-
CONTATOS
c
FIG . 5 . 13 - Corrente transversal de base.
l
suficiente introduzir no modêlo um
�t---
l -<>---o
.J'
t
germânio ou 0,6 V para transístores �
de silício.
Introduzindo em nossos modêlos
a díodo a resistência intrínseca de i:Eo
base e a tensão entre emissor e base,
obtemos o modêlo da fig. 5 . 14 ( para FIG . 5 . 14 - Modêlo de transistor PNP incluindo
transístores PNP. a resistência transversal de base e a queda de
tensão do emissor-base.
(u)
FIG . 5 . 16 - Amplificador de emissor comum.
128 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
( 5 . 43 ) VeE = E1 - R , ( ie - i, )
ou
( 5 . 44 )
Como j á sabemos, VeE é d a ordem de 0,2V nos transistores d e Ge ou
0,6 nos de silício.
Se fõr E, » VeE , a corrente de polarização obtém-se pela fórmula simples
( 5 . 45 )
A tensão VcE obtém-se fàcilmente aplicando a 2.ª lei de Kirchhoff à
malha de saída:
( 5 . 46 )
(o } (JJ)
FIG . 5 . 18 - Modêlo a diodos ideais de amplificador de emissor comum
e respectiva característica linearizada.
Ez OU (i, + la ) R c = Ez
donde
( 5 . 49 ) ( E,/� Rc ) - Ia
!_Jº T
onde i/ é a componente alternativa de ic.
A potência média fornecida pela bateria de coletor é pois
( 5 . 54 ) Pc = R c ic' = R c ( lc + i/ )2
!:_JT
A potência média na carga obtém-se integrando a expressão acima:
( 5 . 55 ) Pc = Pc dt
T o
Substituindo Pc por seu valor, efetuando a integração e considerando
que a integral de i/ num período é nula, pois a função é alternativa,
resulta
( 5 . 56 ) Pc = R c lc' + Rc l.l'
!:_f T
onde a corrente eficaz l.l é definida de
T
( 5 . 57 ) 1.12 = i/2 dt
o
( 5 . 59 )
( 5 . 60 )
1.• ordem.
Usaremos consistentemente as seguintes regras para a notação de cor
rentes ou tensões :
a) letras maiúsculas representam grandezas independentes do tempo;
l 5 . 61 )
kT
obtemos, por diferenciação,
q q
( 5 . 63 ) • Veb
kT kT
Anàlogamente, a variação da componente ip, da corrente através dessa
junção calcula-se de ( 5 . 15 ) :
q
( 5 . 64 )
kT
Mas, de acôrdo com nossas hipóteses,
( 5 . 65 ) ip , = + l lc j
Portanto, de ( 5 . 64 ) obtemos
q
( 5 . 66 ) - ic = I Ic l • Vob
kT
Definindo agora a transcondutância do transistor por
/'::,. ic
( 5 . 67 ) Ym � -
Í::,. VEB
resulta de ( 5 . 66 ) :
q
( 5 . 68 ) Ym = I Ic l
kT
kT
A temperatura ambiente = 0,025 V, de modo que
q
( 5 . 68' ) Ym � 40 I Ic l ( Ic em A, Ym em mhos ).
ÜS TRANSISTORES DE JUNÇÃO 133
na forma
( 5 . 69 )
( 5 . 70 )
-
Definindo a condutância g por
"
A iB1
( 5 . 71 ) g = =
1t
A VEB
resulta, da equação anterior,
!_
Db q
Lb
g = n.,, + · qA Pbo exp
-[ e )
" L. 2 W kT kT
Esta expressão pode ser ainda escrita na forma
J
1
e qA -- )
g D, W n.,, W '
( 5 . 72 ) ·
Lb
-- - + - -
" L. Db Pbo 2
Db q VEB q
pbo exp -- -
W kT kT
O colchete na expressão acima é um parâmetro adimensional que de·
e )
pende sàmente da construção do transistor, e será designado por ô :
D, W n,,., 1 W '
( 5 . 73 ) ô - -- - + - -
L, Db pbo 2 Lb
e representa dois "defeitos" do transistor que causam a corrente da base :
recombinação na base e injeção de portadores minoritários no emissor.
134 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
1 Ic j
q
( 5 . 74 )
kT
ou, à vista de ( 5 . 68 ) ,
( 5 . 75 )
( 5 . 76 )
dt
onde Cb tem as dimensões de uma capacitância, que pode ser calculada a
partir de
( 5 . 77 )
/::,. VEB
Considerando que
w
( 5 . 79 ) Pb ( 0 ) = J Ic J ·
obtemos
W' q
( 5 . 80 ) · -- I Ic l
6 VEB 2 Db kT
ou, finalmente, considerando ( 5 . 68 ) ,
W'
( 5 . 81 ) cb = 9m --
2 Db
c ) a terceira componente da corrente incremental de base é também
uma componente transitória, que carrega a capacitância C;, da junção emis
sor-base :
dt
ÜS TRANSISTORES DE JUNÇÃO 135
��O:+-���-r���-+-�---��• X
base, para manter a neutra
IW 1 lidade, fornece uma com
__.,'3 w 14---- ponente t r a n s i t ó r i a de
FIG . 5 . 22 - Variação da largura de base.
corrente;
136 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
( 5 . 86 )
=
onde TJ , fator d e modulação d e largura d e base, é dado por
kT 1 dW
( 5 . 87 )
= � C : )·
'lJ
q w dVcs
( 5 . 88 ) õb
( 5 . 89 ) C = Cd + C;c
µ
, - - - H·:-· - - - - - - ç- - 1
1 �e � •
rtJ
h1 [Joc. ó ' e
!,.,,
?t1 <7mWe 7o
e = cb'c 10,5 pf 6 pf
µ
1
r rb" 1320 n 150 n
g 1t
1t
1
-- = ro r..
67 Kohms 17 Kohms
Yo
e = Cb '• 1000 pF 200 pF
1t
1
r = rb'c > 2 Mohms 1 Mohm
g µ
µ
1
r, rbb' 75 ohms 100 ohms
g,
e e
e
e e
{
função destas :
V1 = hu i , + h12 V2
( 5 . 90 )
i, = h21 i, + h22 v,
É facil verificar que estas equações são satisfeitas pelo modêlo da fig.
5 . 26, a. Note-se que hu tem as dimensões de uma resistência, h12 e h" são
adimensionais e h22 tem as dimensões de uma condutância.
� �2 �.6 c.:Ç
fi11 li1e
(o ) (b )
FIG . 5 . 26 - Modêlo híbrido de transistor em emissor comnm.
{ �be
de um transistor em emissor comum. Temos assim as relações :
( 5 . 91 )
= h ,, �b + hn V00
Z, = h 1o Zb + hoo V00
PNP _ .{B
o
- ZBE (b )
(O)
FIG . 5 . 27 - Características de emissor comum de um
transístor PNP.
{� �
De fato estas curvas fornecem-nos as funções
BE = f 1 ( B , VCE )
( 5 . 92 )
lc = f, ( is , VcE )
r
a !1
6 VnE 6 'Ía + • !:!, VcE
1
a is a VcE
( 5 . 93 ) a f,
a f,
6 Íc · !:!, is + !:!, VcE
a is a VcE
1 1
metros híbridos :
a Va E a VaE
1
h ie = hrc
a is VcE cte VCE a VcE is cte 1.
( 5 . 94 ) a ic
a ic 1
h ro =
a is
11 VcE = cte = VcE
h o<
a VcE
is = cte = la
parâmetros
Estas expressões indicam-nos a maneira de obter os vários
caracter ísticas e j ustificam as designaç ões dos parâmet ros "h" :
das curvas
curto
h,, resistência de entrada em emissor comum, com saída em
-circuito; _
em
h" ganho de tensão inverso em emissor comum, com a entrada
circuito aberto;
h ee ganho de corrente direto em emissor comum, com a saída em
curto-circuito;
hoc condutância de saída de emissor comum, com a entrada em
aberto.
140 ELETRÔNICA - L. Q. Ül\SIN I
f"lÍ " � .. :
Do modêlo da fig. 5 . 28, obtemos fàcilmente as relações
'· + :
c Íb ( )
., •• ., v.
( 5 . 95 )
Ym - g Ym - g
µ + µ g +
=
Yo + g • Vcc
g + g g + g µ µ
1t µ 1t µ
1 Ym
h,. r hrc =
g1t 1t g
1t
( 5 . 96 )
g
µ
h,c hoc = g.
g
7t
( 5 . 97 ) �. = r . g.,.
1t
"e
{
los subsistem as relações
Td = (1 - a., ) Te
( 5 . 98 )
�. = a./( 1 - a. )
A s relações entre os parâmetros T e m emissor comum e os parâmetros
hlõridos são as seguintes :
( 5 . 99 )
f h,. = r b + ( 1 + �.)r. ; h,. = r./( r. + rd )
l hr. = �. ; h.. = 1/( r. + rd )
t6 b �le
�e +
·is • 1.e tt
e
FIG . 5 . 30 - Modêlo híbrido de amplificador a emissor comum.
142 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
{ �be
Dêste modêlo obtemos as relações :
{
Tipicamente, para um transistor de germânio de pequena potência, os
parâmetros híbridos têm os seguintes valores :
GL
e o ganho incremental de corrente G, resulta
( 5 . 101 )
( 5 . 102 )
ou
G, = - GJ( GL Rin )
Substituindo G, e Rin por seus valores, obtemos finalmente
1
( 5 . 105 ) G, = -
Os TRANSISTORES DE JUNÇÃO 143
�----<>--<> .._ íc
( 5 . 107 )
---- · Vce
h;c + Rs
Substituindo êste valor na equação anterior e rearranj ando a expressão
obtemos
V,c 1
( 5 . 108 ) R. =
Í, hoc - h1c h"/ C Rs + h;c )
Normalmente a resistência d e saída será pràticamente igual a 1 /h.,.
Em resumo, a configuração de emissor comum tem as seguintes pro-
priedades :
- ganho de corrente elevado ;
- ganho de tensão elevado;
- resistência de entrada média;
- resistência de saída alta.
144 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
{
transistores de germânio e pequena potência teremos
e -'e
�e 1.b�b 11.ob
b 6
FIG . 5 . 32 - Modêlo híbrido de amplificador a base comum.
v.b
- resistência de saída:
1
( 5 . 1 12 )
ÜS TRANSISTORES DE JUNÇÃO 145
{
grandeza, sempre para transistores de germânio de pequena potência :
rb = 500 ohms �. = 50
r, = 25 ohms rd = 50 Kohms
J� A�
com o aspecto indicado na fig. 5 . 33, a.
r.,
b <i, e �
RL is Rs 2'éc RL
e e
(a) (b }
FIG . 5 . 33 - Modêlo de amplificador de coletor comum.
ib
-
e, portanto,
i,
( 5 . 113 ) G, = - = - ( �. + 1 ) = - �.
R in
Dividindo ambos os membros por vbc e substituindo R,. por seu valor
( 5 . 1 14 ), resulta para o ganho de tensão :
V.,.
( 5 . 1 15 ) Gv = -- = ------ "" 1
vbc rb + ( r. + RL ) ( 1 + a. )
Para calcular a resistência d e saída inativamos o gerador d e sinal e
aplicamos uma tensão v"' à saída do amplificador. Em conseqüência
V.,. = r. i. - ( rb + Rs ) ib = r. i. - ( Rs + rb )ie/G,
Substituindo G, por seu valor ( 5 . 1 1 3 ) e dividindo por i. vem
v.. rb + Rs
( 5 . 116) R. = -- = r. + ----
i. 1 + ªº
Resumindo, o circuito de coletor comum apresenta um ganho de ten
são pràticamente igual a um e um ganho de corrente pràticamente igual
a - a.. Sua utilidade decorre do fato de apresentar uma resistência de
entrada elevada e uma resistência de saída baixa.
.<:{; � Sa�<m::rt:aõ
I 1
t 1
I
- .ÍB - lc 25ºC
- az v
-tÉ=IOOfi A
o,imA 5mA
75
50
25
oµA
-7/éE
0, 2 V - t'flE .3 V
(a} (f; )
75°C
-1féo 0. 2 . -tÉJ=25f'A
EmA
Of!A
-25fA
-50f A
'
3V - -icE
{e ) (d}
FIG . 5 . 35 - Variação das características de um transístor de Ge.
148 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
25ºC
smA
tb=8?1A
0,6m4
60
40
20
o
o
0,6 11 �E
(a) (fJ)
1 05ºC
t8=40;«A
2 0f'A
o
o o
2'éE
(e) ( d)
FIG . 5 . 36 - Variação das características de um transístor de Si.
b ) o módulo de VEs cai cêrca de 2,5 mV para cada grau centígrado, quer
nos transistores de Ge, quer nos de Si.
A limitação da potência dissipada no coletor visa impedir que a tem
peratura da junção do coletor ultrapasse o valor máximo especificado pelo
fabricante ( habitualmente de 85 a 105ºC para o germânio e de 150 a 250ºC
para o silício ) . A diferença t:,.T entre a temperatura da junção, T1 e a
ÜS TRANSISTORES DE JUNÇÃO 149
radiador
"'
Yce
(a ) (b)
FIG . 5 . 38 - Possíveis relações entre a reta de carga e a
hipérbole de potência máxima.
R1
f-o
o--J
�
Rz Re Eb
{a)
FIG . 5 . 39 - Circuito de polarização de emissor e sua simplificação.
{
R,
Eb = ----
( 5 . 120 )
R1 + R,
Prosseguindo com a análise, substituiremos o transístor pelo modêlo
linearizado da fig. 5.10, b, substituindo os diodos por curto-circuitos ou
circuitos abertos, chegando assim ao modêlo da fig. 5 . 40, a. No caso de
transi.s · -es de potência poderá ser necessário incluir no modêlo a resis
tência de base, rb ( fig. 5 . 40, b ).
EbI�
e
Rc
���---<:>--��--'J-
.=.. Ecc
'--��---<>-��__,
(a) {b)
FIG . 5 . 40 - Modêlos para o estudo da polarização de �.nissor.
ÜS TRANSISTORES DE JUNÇÃO 151
( 5 . 121 )
Mas
Ic - IcEo
( 5 . 122 ) Ic = {3 Is + IcEo :. Is =
( 5 . 124 ) Ic =
Rb + ( 1 + {3 ) R,
A tensão quiescente entre coletor e emissor, VcE, calcula-se aplicando
a 2.ª lei de Kirchhoff à malha do coletor:
R, ( JB + Ic ) + Rc Ic + VcE Ecc
ou
( 5 . 126 )
-[ : )] :·
obtemos a expressão exata
( 5 . 128 ) · b. IcEo
152 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
Rb + Rc
( 5 . 129 ) 6 Ic = ------ (1 + �) · 6 Ico
Rb + ( 1 + � ) Rc
Para comparar os vários circuitos de polarização, costuma-se definir
o fator de estabilização de corrente, S, pela relação entre 6 Ic e 6 Ico.
Portanto, pela equação anterior,
6 Ic
( 5 . 130 ) s = --- ------- (1 + �)
6 Ico fü + ( 1 + � ) Rc
- �
( 5 . 132 )
6 Eo Rb + ( 1 + � ) R,
ou, introduzindo o fator de estabilização S e notando que � + 1 == �
6 Ic s
( 5 . 133 )
�2
( 5 . 135 ) Ic1 = ------- ( Eh - Eo ) ; [cz = ------- ( Eb - Eo )
Rb + ( 1 + �, ) Rc Rb + ( 1 + �, ) R,
Fazendo a relação destas correntes,
Rb + ( 1 + �1) R,
Rb + ( 1 + �, ) Rc
Os TRANSISTORES DE JUNÇÃO 153
/:::,. p p, - p ,
-<!:
=
Rb + R.
s, ---- (1 + p, )
Rb + ( 1 + p, ) R.
obtemos
/:::,. Ic s,
( 5 . 136 )
1 + p,
Finalmente, a variação de VcE com lc obtém-se diferenciando ( 5 . 127 )
ou sua aproximação ( 5 . 126 ) . Nêste último caso,
( 5 . 137 ) /:::,. VCE - ( Rc + R, ) • /:::,. 10 = - ( Rc + R, ) S • /:::,. lco
Bibliografia d o capítulo 5 :
PROBLEMAS DO CAP1TUW 5
Determine :
a) o fator de amplificação de corrente emissor-coletor;
b) a s concentrações d e portadores minoritários e m equilíbrio n o emissor e na
base.
pede-se :
a) determine suas características de entrada, ie = f( vnd e de saída, i,
= f(ie, VcE ) ;
b ) compare estas características com as correspondentes ao transístor OC 7 1
( ver Apêndice 2 ) ; para li,I < 5mA e l vcE I < 1 0 V há razoavel concordância?
c) após a eventual introdução de outros elementos no modêlo da figura 5 . 9 ,
determine os parâmetros adequados à representação do transístor OC 7 1 .
ÜS TRANSISTORES DE JUNÇÃO 155
lka
JJ;n
18 V
t
6 0 0.n.
(a) (Í> )
FIG. P . 5 . 7
j k .ll
z /00 /<.n
+1 _
.=.. ]::, V
E
!S V
L-���>--�����6----'-� lt +
FIG. P . 5 . 8
Se este transistor fôr ligado como amplificador de emissor comum, com uma
resistência de carga de 1 K ohm, qual seu ganho incremental de corrente?
156 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
r. 40 ohm rb = 1 K ohm
1 ,43 M ohm (1.., = 0,968
é utilizado num circuito amplificador de emissor comum. Pede-se :
a ) determinar a resistência d e carga d o coletor, R,, que fornece. o máximo ga
nho de potência;
b) determinar a resistência d e entrada e m função d e R;
c) determinar a resistência de saída do amplificador, supondo que a resistência
interna do gerador de sinais é igual à resistência de entrada calculada no item anterior .
•
Problema 5 . 12 No amplificador de emissor comum da fig. P. 5 . 12, determine o
-
1 .i/ B 'ie
FIG. P . 5 . 12
FIG. P . 5 . 13
Os TRANSISTORES DE JUNÇÃO 157
JS kil
l kJJ.
FIG. P . 5 . 14
4 7..fl
2,8K
0, 94 k
12 fl
FIG. P . 5 . 15
CAP1TULO 6
TE OR IA DA S R �DE S LINEA RE S
6. 2 - O circuito R , L série:
j
sistência interna de um gerador L
real ), como indicado na fig. 6 . 1 .
A a p l i c a ç ã o da 2.ª lei de
Kirchhoff a êste circuito fornece FIG. 6 . 1 - Circuito R,L série.
di
(6. 1) L - + R =: e (t) (t > 0)
dt
TEORIA DAS RÊDES LINEARES 159
E, ( s ) + L io
(6.2) J( s ) =
sL + R
A expressão
(6.3) Z( s ) = sL + R
é a impedância generalizada da associação e é igual à relação entre as
transformadas da tensão e da corrente, no caso de condições iniciais quies
centes, isto é, com iº = O.
Vamos agora determinar a corrente na rêde para certos tipos de exci
tação, e, ( t ), mediante a inversão de ( 6 . 2 ) :
a) Comportamento livre:
Se fôr e, ( t ) = O, o circuito se diz livre, pois não lhe é imposta nenhu
R ma excitação. A rêde fica então como se
indica na fig. 6 . 2; temos que anti-transfor
mar a equação
(6.4) J( s )
sL + R s
onde s, R /L é a raiz da equação
FIG. 6 . 2 Comportamento livre '.lo
-
( 6 . 6) i( t ) = io e - (R/L)t
É claro que a corrente na rêde só será não nula se a corrente inicial
fôr diferente de zero. Na fig. 6 . 3 indicamos a corrente na rêde em função
do tempo, bem como algumas propriedades que se deduzem facilmente.
Note-se que no intervalo de tempo
(6.7) T = L/R
chamado constante de tempo do circuito, a corrente cai a 1/e 0,368 do
seu valor inicial.
b) Excitação em degráu:
e,( t ) = E · H( t )
160 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
i (()
�
\
\
\
\
\
\
\
\
\
\
\ 1
\ 1
\ 1
\ 1
ºI
L/,q .3L/R t(seg)
E + sL iº E / L + s io
(6.8) [( s )
s ( sL + R )
_ __ __ _ _ _ "" _ _ _ _ _ _ _
/ 1
/ 1
- - - - - - - - ;r - - - - - - - ,,.�� /
I
/ ,,. ,,. 0,865 Ef,q / 1
"" / 1
/
1
I /, 1
/ ó 1 1
I 1
I 1
I � - - - - -- - - � - - - - - - - - 4
1 1
/ 1
I 1
I 1 1
/. 1 1
1 1
1 1
o L/ll o LfR 2 L/R t rseg)
c) Excitação senoidal:
{o
Finalmente, suponhamos uma excitação senoidal, dada por
( para os t < O )
e,( t ) =
Em sinw t ( para o s t � 0 )
w
E,( s ) = Em -----
82 + w2
e sua substituição em ( 6 . 2 ), com condições iniciais quiescentes, fornece
( 6 . 10 ) l( s )
L( s2 + w2 ) ( s + R/L )
Esta função poderá ser transformada pela fórmula de Heaviside. Mais
simples é, no entanto, recorrer a uma tabela de transformadas ( vêr, por
exemplo, Gardner e Barnes, pg. 343, transformada 1 .308 ) . Obtém-se então
w Em e -C R/L l t
(6. 11) i( t ) = + sin ( wt- ÇZ5 )
L [ ( R/L ) ' + w2 ] L [ ( R/L ) ' + w' ] 1 /2
( 6 . 12 ) com ÇZ5 = tg-• ( w L/R )
Esta corrente compõe-se de duas parcelas, a primeira das quais decres
ce exponencialmente com o tempo, ao passo que a segunda é oscilatória.
Esta última parcela des- WJ
creve o chamado regi-
me permanente e, decor-
rido um intervalo de
tempo correspondente a
algumas constantes de
tempo, será a única
apreciável. Na fig. 6 . 6
representamos as duas
parcelas da solução . .
( 6 . 1 1 ) e a corrente i(t),
supondo que o período
FIG. 6 . 6 - Corrente nwn circuito R,L com excitação
da senóide é maior que senoidal.
a constante de tempo L/R.
162 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
Íc + ic = i, ( t )
FIG. 6 . 7 - Circuito G,C paralelo.
a) comportamento livre:
Para carga inicial ªº' a tensão entre os nós do circuito será
ªº
( 6 . 17 ) v( t ) = __
e -<01ci t
e
TEORIA DAS RÊDES LINEARES 163
[,
( 6 . 19 ) v( t ) = -- (1 _ e- <G 1c > • )
G
com condições iniciais quiescentes.
c) Excitação senoidal:
Se a excitação fôr
f
i, Im sinw t ( t?;O ),
a resposta resulta
{
w Im e - <G tc> • sin ( w t - 0 )
v( t ) = -- + ------
( 6 . 20 ) e ( G/C ) 2 + w2 w ( G2/C2 + w' )'''
0 = arctg ( w C/G )
J
FIG. 6 . 8 - Circuito R,L,C série.
dt
di 1
C
L + Ri + i dt = e,( t )
1 f'
correta em seus terminais :
di qo
( 6 . 21 ) L -- + Ri + -- idt + = e,( t ) ( t>O).
dt e º e
Portanto,
E,( s ) - qo/sC + Liº
( 6 . 22 ) I( s ) =
sL + R + 1 /sC
A anti-transformação desta expressão fornece a solução do problema,
A função
( 6 . 23 ) Z( s ) = sL + R + 1 /sC
é a impedância generalizada da rêde, sendo dada, como anteriormente,
pela relação entre tensão e corrente transformadas, no caso de condições
iniciais quiescentes.
Vamos agora determinar a solução da rêde em alguns casos particu
lares, a fim de examinar os fenõmenos físicos que nela se passam.
1 ) Comportamento livre:
Impondo e, ( t ) = O obtemos o comportamento livre da rêde. Fazendo
ainda, para maior simplicidade, iº = O, a equação ( 6 . 22 ) se reduz a
qo/sC
I( s )
sL + R + 1/sC
ou ainda,
qo 1
( 6 . 24 ) I( s ) = -
LC s' + ( R/L ) s + 1 /LC
A inversão desta função exige a determinação das raízes de
R
( 6 . 25 ) s' + -- s + 1 /LC = O,
L
equação característica da rêde. Introduzindo a notação
( 6 . 26 ) CX. = R/2L 1 Wo2 = 1 /LC,
as raízes de ( 6 . 25 ) podem ser postas sob a forma
( 6 . 27 )
com
( 6 . 28 ) wi = wo' - a.2
1
( 6 . 29 ) I( s ) = - qoWo2
TEORIA DAS RÊDES LINEARES 165
y;
Para que s, e s, sej am reais devemos ter
t
r s, = - a - - Wo2 - a - 13
V a,2
( 6 . 31 )
s, = - a + - Wo2 - a + 13
onde
( 6 . 32 ) w a
}
- Wo2
13 ( s + a)' - W
Anti-transformando,
Wo2
( 6 . 33 ) i (t) = - qº -- e '" sen hl3t
-
13
i(t)
Teremos então um pulso unidire
cional de corrente como indicado
na fig. 6 . 9.
b) Amortecimento crítico:
A igualdade de s, e s, implica, de
FIG. 6 . 9 - Corrente no circuito R,L,C sédc
acôrdo com ( 6 . 31 ), em com amortecimento maior que o crítico.
L -
/-
( 6 . 34 ) a' = Wo2 ou R
(s + a )'
cuja anti-transformada é
( 6 . 35 ) i (t) =
166 ELETRÔN!CA - L. Q. ÜRSINI
V�
lhes. A condição de sub-amortecimento é
Wo2
[( s ) = qo -- -------
Wd (s + cx Y + w/
ou, anti-transformando,
Wo2
( 6 . 37 ) i (t) qº -- e - a.• sen wdt
Wd
iftJ
\
\
'\ Td
'\
'
'
'
/
/
( 6 . 38 ) ( seg. )
( 6 . 39 )
2r.
TEORIA DAS RÊDES LINEARES 167
( 6 . 40 ) Wd � W0
wº é a frequência angular não amortecida do circuito.
( ::n )
A relação das amplitudes de oscilações no início e no fim de um perío
do é dada por:
eaTd = exp
( 6 . 42 )
_
Definindo-se o índice de mérito do circuito oscilante por :
WaL L
V
1
( 6 . 43 ) Q
R R C
resulta
1t
( 6 . 44 ) b, �
Q
Nota-se que a forma da resposta depende essencialmente das raízes
da equação característica ( 6 . 25 ) . Estas recebem o nome de frequências
(angulares) complexas próprias da rêde; suas partes reais fornecem o fa
tor de amortecimento, ao passo que as partes imaginárias dão as frequên
cias (angulares) próprias da rêde.
-
As raízes de ( 6 . 25 ) são ainda os polos da função ( 6 . 24 ) ; êstes polos
determinam o caráter - oscilatório ou aperiódico - da resposta.
2 Excitação em degráu:
Examinado o comportamento livre do circuito R, L, C série, vejamos
como obter sua resposta a um degráu de amplitude E.
Como a transformada da excitação é E/s, a corrente transformada
obtém-se de ( 6 . 22 ) :
E/s - qo/sC + Lia
( 6 . 45 ) l( s )
sL + R + 1 /sC
Supondo iº O, fica
(E - Qo/C )/s
(6 . 46 ) l( s )
sL + R + 1/sC
Esta equação é análoga à que fornece o comportamento livre; apenas
qo/C fica substituido por E·qa/C.
168 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
a) circuito aperiódico:
w.'
i (t) = EC -- e - a.' sen h�t
�
ou, como w.' 1/LC,
E
( 6 . 47 ) i (t) = -- e-a.' sen h�t
L�
b) amortecimento crítico:
E
( 6 . 48 ) i( t ) -- t e - a.•
L
c) circuito oscilatório:
E
( 6 . 49 ) i( t ) -- e-a.• sen wdt
Lwd
v lt ) L e
dv
Í,( t ) = ÍG + Íc + Í1
1f
ou, substituindo pelas relações de corrente e tensão em cada bipolo,
( 6 . 50 ) e -- + Gv + -- vdt = i,( t )
dt L
Esta equação é formalmente análoga à correspondente equação para
o circuito RLC série; sua solução será análoga á do caso anterior, desde
que substituamos v por i, L por e e G por R ( e vice-versa ) . Não precisa
mos, portanto, refazer a solução mas, tão somente, fazer as substituições
acima indicadas nas deduções do parágrafo anterior.
TEORIA DAS RÊDES LINEARES 169
( 6 . 51 ) a ± j y w02 ---cJ!.
onde
a) rê de aperiódica:
( 6 . 53 )
b)
Wo2 < a' ou G < 2
amortecimento crítico:
v:
( 6 . 54 )
c)
Wo2 = a' ou G
rêde oscilatória:
2
v:
( 6 . 55 ) wo' > a' ou G > 2
v+
O índice de mérito do circuito RLC paralelo será dado por
( 6 . 56 ) Q =
G
R
( 6 . 57 ) Q =
i=f fv dt
e
Numa rêde elétrica podemos obter pelo menos uma ou, em geral, vá
rias malhas, isto é, circuitos fechados compostos de ramos de rêde. Na
fig. 6 . 12, por exemplo, indicamos várias malhas distintas que podem ser
extraídas de uma rêde em ponte.
Nesta figura representamos a rêde pelo seu gráfico, isto é, por arcos de
curvas indicando apenas as inter-ligações entre os vários nós da rêde.
Para cada malha escrevemos uma equação correspondente à segunda
lei de Kirchhoff; nestas equações as tensões podem ser eliminadas pelas
relações entre tensão e corrente em cada bipolo pertencente à malha.
Feita esta eliminação, resulta um sistema de equações integro-diferenciais
lineares, em que as várias correntes de ramos comparecem como incógnitas.
A resolução dêste sistema fornece as correntes do circuito.
+
E,
( 6 . 59 )
l E, VJ + v, = O
-
{v,
quedas de tensão no sentido de circulação da respectiva corrente de malha.
( 6 . 60 ) v, = R, i,
VJ = R, ( i, i, ) -
{
Entrando com êstes valores em ( 6 . 59 ),
R, i, + R, ( i, - i, ) = E,
- RJ ( i, - i, ) + R, i, - EJ
{
=
ou ainda,
( R, + RJ ) i, - R, i, = Ei
( 6 . 61 )
- R, i, + ( R, + R, ) i, = - E,
Obtemos assim um sistema de duas equações independentes, cuja
resolução fornece as correntes i, e i,; a corrente em R, será a diferença
entre i, e i,.
O exame do sistema ( 6 . 61 ) revela uma lei de formação simples : nas
equações correspondentes a cada malha, a respectiva corrente aparece mul
tiplicada pela soma das resistências em série na malha; as correntes nas
malhas contiguas vêem multiplicadas pelas resistências comuns às duas
malhas, afetadas de sinal negativo. Nos segundos membros, aparecem as
tensões dos geradores em série nas malhas, com sinal positivo se a corren
te de malha sai pelo pólo positivo do gerador, com sinal negativo em caso
contrário.
- -
--
- -
�
--- e_,
- -
-
- -
- -
-
1· f
Aplicando a esta malha a 2.ª lei de Kirchhoff e considerando as rela
ções entre corrente e tensão nos terminais de cada bipolo, obtemos
di; 1 di; 1
f f
l..1 -- + R1 i; + -- i; dt + Li -- + Ri i; + -- i; dt + ...
dt e, dt Ci
di 1 di , 1
. . . + Ln ; + Rn i; + -- i; dt - L, - R1 i1 - -- Í1 dt
dt � dt �
r
� 1 �
Li -- - R, i, - -- ii dt - . . . - Ln -- - Rn in -
dt e, dt
+
_i
_ r in d t = e; ( t )
e. ,
onde e i ( t ) corresponde à soma das tensões dos geradores inseridos na
malha < sinal + se a corrente sair pelo terminal positivo, sinal - em caso
contrário ) .
Para abreviar o trabalho, vamos introduzir as notações abaixo :
r
L;; L, + Li + + L. = soma das indutâncias
em série na malha
l
R ;; R, + Ri + + R. soma das resistências
l :,
em série na malha
( 6 . 62 ) 1 1 1
+ + .. + soma dos inversos das
e, e, Cn capacitãncias em série
na malha.
( 6 . 63 )
r
�
R; k
L; k
1
Rk
Lk
1
resistência comum às malhas j e k
indutância comum às malhas j e k
l� ck
inverso da capacitância comum às malhas
j e k.
f
A equação d a malha pode ser representada, simbàlicamente, por
L: 1
n
dik
( 6 . 64 ) ( L; < -- + R;< i. + -- i• dt ) = e; ( t )
• = 1 dt C;•
f
tes da rede ; a resoluçã o do sistema integro-diferencial de n equações
di. 1
( 6 . 65 ) ( L; • -- + R. i. + -- i. dt ) = ei ( t )
k = 1 dt C;•
(j = 1 ,2, . . . n>
TEORIA DAS RÊDES LINEARES 175
( 6 . 66 )
(j 1 ,2, n)
Introduzindo a notação
1
( 6 . 67 ) Z;k ( s )
sC;k
as equações transformadas da rêde ficam
l
, Z2 1 l,( s ) + z,,I,( s ) + . . . + Zz.ln( S ) = E,( s )
( 6 . 68 )
z.,l,( s ) + Zn2l2( S ) + . . . + Znnln( s ) = E.( s )
ou resumidamente,
( 6 . 69 ) E;( S )
(j = 1 ,2 . . . n)
A resolução de ( 6 . 68 ) ou ( 6 . 69 ) fornece
I:
n
1
( 6 . 70 ) l; ( S ) .ô. k; Ek
.ô. k - 1
onde
Z 1 1 Z 12 Z 1n
Z21 z,, Z2n
(6.71) ,ô. ( S )
JL,
.
d�
- 1
condições iniciais quiescentes,
( :. + � ) � J
[
!, (s) 12 ( s ) = E, ( s )
se
1
J1 ( s ) + sL, !, ( s ) O
se
TEORIA DAS RÊDES LINEARES 177
_)
1
sL,
+
R,
+ _:_ ( se
1
--
+ 1 = o
se s e e,
ou
1
s'L, + R,s +
(1
--
e
+ 1
--
)j = o
e _ e e,
º
isto é, uma equação do 4. completa.
-
O prosseguimento da solução só é cõmodo se forem dados os valores
numéricos dos parâmetros da rêde.
-
potenciais incógnitos; a resolução dêste
sistema completa a análise nodal da rêde.
Antes de estudarmos o processo geral,
FIG . 6 . 18 Análise nodal
vejamos um exemplo simples : rêde pura de rêde resistiva.
mente resistiva.
Sej a o circuito da fig. 6 . 18, com dois nós independentes, constituido
exclusivamente por resistências, de condutâncias G,, G, e Gi, atacado por
dois geradores de corrente.
178 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
{
li + i, i, · (nó 1 )
I, + i, i, = o ( nó 2 )
Mas
t
( ii - G iV1
i, G,v,
i, a, < vi - vi >
], G,v, - a, < vi - v, ) = o
J, + G3 ( V1 - v, ) - G,v, o
ou rearranjando-as,
{
( G1 + G, ) Vi - G,v, I,
G,vi + ( G, + G, ) v, = J,
A lei de formaç ã o destas equações é extremamente simples; na equa
ção correspondente a um certo nó, o coeficiente do respectivo potencial é
dado pela soma das condutâncias que convergem no referido nó; os coefi
cientes dos demais potenciais são dados pelas condutâncias que interligam
os nós correspondentes ao nó anterior, com sinal negativo. Nos segundos
membros comparecem as correntes de fontes, com sinal positivo quando
penetram no nó, e sinal negativo em caso contrário.
e,
e,
-- 1f
Eliminando as correntes e introduzindo as tensões v1 e v,
dV1 d ( Vi - V, )
( 6 . 73 ) ei + GiV1 + -- Vidt + e, + G, ( V1 - v, ) +
dt Li dt
-j
1 •
+ ( Vi - v, ) dt = i,i ( t )
(-1- -1- )- J J
L,
Rearranjando esta equação,
-1- 1· dt]
r !..___
[
L
< Ci + e, ) + ( Gi + G, ) + + dt · Vi -
dt Li L, L....
-( �)
L,
Vi ( s )
Li
( 6 . 74 ) + e, ) + Gi + G, + + -
se, + G, + V, ( s ) = I.i ( s )
s
Verifica-se que a lei de formação dos coeficientes, desta equação é
análoga à do caso simples j á estudado; basta que se substituam as "con
dutâncias", na regra j á formulada, por "admitâncias generalizadas". Por
tanto, o coeficiente do potencial do nó considerado é a soma das admitân
cias generalizadas dos ramos que convergem nesse nó; os coeficientes dos
demais potenciais se obtém somando as admitâncias generalizadas comuns
aos dois nós e mudando o sinal.
( -1- )
Yu = s ( ei + e, ) + Gi + G, + +
s L, L,
( 6 . 75 )
Y12 = - se, + G, +
sL,
a equação ( 6 . 74 ) fica
( 6 . 76 ) Y u Vi + Y12 V2 = I,1 ( s )
r
ríamos, genericamente, um sistema de equações transformadas do tipo
Yu Vi + Yi2 Vi + + Y1m Vm = I,1 { S )
l
Y21 Vi + Y22 v, + . . + Y2m Vm = 152 (S)
( 6 . 77 )
ou, sintetizando,
( 6 . 78 )
k - 1
(j = 1,2, .. . m)
A resolução d o sistema ( 6 . 77 ), seguida d a anti-transformação das fun
ções incógnitas, fornece os potenciais de todos os nós independentes da
rêde, completando assim a análise nodal.
Note-se que as considerações feitas a respeito da análise de malhas
transpõem-se, por dualidade, para a análise nodal.
Finalmente, notamos que um dado circuito pode, em princípio, ser
analisado por qualquer dos dois processos expostos. Antes de iniciar os
cálculos convém, no entanto, examinar qual dos processos conduz ao
resultado desejado com menos trabalho. Muitas vêzes será interessante
procurar qual dos dois processos fornece um sistema com menor número
de equações.
--ij�·11
No circuito da fig. 6 . 20, sej a
dada a corrente do gerador
pela função H ( t ) ( amperes )
r----"i'-
v,
J
e vamos determinar a tensão G-
1 __ G,
v, ( t ).
O circuito tem dois nós in-
dependentes; escolhendo-se o '-------+- __J
nó de referência indicado na ,
figura, as equações da anã- FIG . 6 . 20 - i>xemplo de análise nodal.
{
lise nodal transformadas se escrevem imediatamente :
1
( 6 . 79 )
C sC + G1 ) V, - sCV, =
s
- sCV1 + ( sC + G, ) V, = O
pois a transformada de H( t ) é 1 /s.
Dêste sistema obtém-se
1 1
V, ( s ) = -----
1
s + ----
[ J
e
Anti-transformando,
1 G1 G,
( 6 . 80 ) V2( t ) = ---- exp t ( t � 0)
G1 + G, ( G, + G, ) C
-L2---e\·
da fig. 6 . 21.
�,-+
M
�
Suponhamos agora que i 1 varia; o
fluxo concatenado com a bobina 2
também varia, introduzindo nela uma
tensão : -L,
dlj.i di1
( 6 . 83 ) V2 M --,
dt dt
FIG . 6 . 21 - Símbolo de indutância
se os circuitos forem indeformáveis. mútua.
dii
( 6 . 84 ) V1 = M --
dt
Estas quedas de tensão devem ser incluidas nas equações das rêdes;
para isso precisamos conhecer os sentidos respectivos. A determinação
dêsse sentido exige o conhecimento da relação dos dois enrolamentos com
o fluxo de indução. Para verificar essa
}
relação, na fig. 6 . 22 representamos duas
bobinas enroladas sôbre um núcleo
( com o mesmo sentido de enrolamento ) .
Suponhamos que num dado instan
+ te se aplica uma tensão continua aos
terminais da primeira bobina, como in
dicado na figura. A aplicação da lei de
Lenz mostra que aparece nos terminais
do segundo enrolamento uma tensão
com a polarização indicada. Convencio
FIG . 6 . 22 - Indícação de polaridade naremos marcar com o m.esmo sinal
numa indutância mútua.
( um ponto, por exemplo ) os dois ter-
minais positivos. Com esta marca de "polaridade", podemos escrever a
segunda lei de Kirchhoff para circuitos com indutância mútua.
182 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
di, di,
L, -- + Ri2 - M -- = O
dt dt
pois a comparação com a V L,
fig. 6 . 22 mostra que um
di,/dt > O causa uma subida
da tensão no sentido da cor
rente i,. Da mesma forma, na FIG . 6. 23 - Rêde simples com indutância
{
mútua.
primeira malha vale
di, di2
L1 -- + R, i 1 - M --- = V
dt dt
O circuito da fig. 6 . 23 obedece então às equações
d di,
( L1 -- + R, ) i, - M -- = V
( 6 . 85 )
dt dt
di, d
- M -- + ( L, -- + R, ) i, = O
dt dt
1'.!:ste exemplo ilustra a regra a ser adotada para o sinal de M nas
equações de malha : "Quando ambas as correntes entram ( ou saem ) pelo
terminal marcado, o têrmo em indutância mútua é positivo ; caso contrá
rio, isto é, quando uma das correntes entra e a outra sai pelo terminal
marcado, o têrmo correspondente à indutância mútua é negativo".
Conhecido o sentido da queda de tensão, esta se introduz sem dificul
dade nas equações de malhas das rêdes.
A inclusão nas equações de análise nodal é um pouco mais complicada,
pelo que não a discutiremos aqui ( Ver a respeito Gardner e Barnes, "Tran
sients in Linear Systems" pág. 30 ).
Diz-se que uma rêde está em regime permanente quando as suas cor
rentes e tensões podem ser descritas por funções periódicas do tempo.
Para o estudo do regime permanente, basta considerarmos o compor
tamento das rêdes lineares ( únicas consideradas aqui ) quando excitadas
por funções senoidais de freqüências w. O caso mais geral de funções
periódicas não senoidais será obtido decompondo-se a função periódica
pela série de Fourier, determinando o comportamento da rêde correspon
dente a cada uma das componentes da série e somando os resultados.
Ao aplicar essa excitação senoidal a uma rêde, sua resposta terá com
ponentes transitórios, que decaem exponencialmente com o tempo, e com
ponentes permanentes, cuj os valores eficazes permanecem inalterados.
Algum tempo depois da aplicação da excitação, as componentes tran
sitórias terão valor desprezível, restando apenas as demais componentes.
A rêde terá então alcançado o regime permanente.
TEORIA DAS RÊDES LINEARES 183
( 6 . 88 )
( 6 . 89 ) e( t ) = R e [ v2E eiw•]
onde
( 6 . 90 ) E i E i eiO
Evidentemente, considerações análogas valem para a representação de
correntes.
Mostraremos em seguida que a representação das grandezas · senoidais
por complexos conduz a processos de resolução das rêdes formalmente
análogos aos estabelecidos com a transformação de Laplace; devemos
apenas substituir a variável complexa s pela variável imaginária jw, subs
tituir a transformada da excitação por sua representação complexa e, em
vez de anti-transformar os resultados, tomar sua parte real, após a mul
tiplicação por eiw• e, eventualmente, y -2�
Para isso, mostraremos primeiramente que as leis de Kirchhoff man
tém a mesma forma em regime senoidal.
184 ELETRÔNICA .;,__ L. Q. ÜRSINI
Í1 + i2 + i1 + . . . . + in - 0
I
Empregando a representação complexa,
i Re [ -\12 l, eiw• ]
( 6 . 91 ) l, + 12 + . + ln O
.
. . =
( 6 . 92 ) v, + v, + . + VL o
..
=
j:,C Ujw)
s'c
(a! (b) (e )
( 6 . 93 ) R( s ) F( s ) - E ( s )
onde
( 6 . 94 ) F( s ) == R( s )/E( s )
é a função d a rêde. Conhecida esta função, que depende s ó dos parâme
tros da rêde, a transformada de Laplace da resposta pode ser determinada.
Estritamente, a relação ( 6 . 93 ) refere-se a uma rêde com condições
iniciais quiescentes. Se não fôr êsse o caso, as eventuais condições iniciais
não quiescentes, isto é, capacitores inicialmente carregados ou indutores
com correntes iniciais não nulas, devem ser consideradas como outras tantas
excitações.
A função de rêde acima introduzida, como relação entre duas trans
formadas de Laplace, é uma função de rêde generalizada.
Em regime senoidal, de acôrdo com as observações do parágrafo anterior,
podemos também obter funções de rêde complexas, fazendo s == jw na defi
nição anterior e substituindo E ( s ) e R( s ) pelas respectivas grandezas com
plexas. Assim, em regime senoidal permanente,
( 6 95 )
. F( jw ) == R(jw)/E( jw )
isto é, as funções das rêdes em regime senoidal serão definidas pela rela
ção entre resposta e excitação complexas.
186 ELETRÕNICA - L. Q. ORSINI
a) Resistência:
Temos
v( t ) = Ri( t ) i( t )
, = G v( t )
com G = 1/R
Das relações indicadas na fig. 6 . 24 ( a ), vem
V( s )
impedância generalizada : Z( s ) = R
l( S )
l( s )
admitância generalizada : Y( s ) = = G
V( s )
No caso de regime senoidal. adotando a representação complexa, ob
temos
l(jw )
Y( jw ) G
V(jw )
V(jw )
Z( jw ) R
l(jw )
b) Indutância:
Das relações da fig 6 . 24 ( b ) obtemos, considerando as transformadas
de Laplace
Z( s ) = sL
1
Y( s ) =
sL
Para o regime senoidal
Z(jw ) jwL
1 j
Y(jw )
jwL wL
TEORIA DAS RÊDES LINEARES 187
c) eapacitância:
Das relações da fig. 6 . 24 ( c ) vêm, sucessivamente, para as transfor
madas
Y( s ) == se
1
Z( s )
se
e para o regime senoidal
Z(jw ) 1 /jwe == - j/we
Y( jw ) jwe
As impedâncias e admitâncias de entrada combinam-se segundo as
mesmas regras que as condutâncias e resistências, respectivamente, pois
as leis de Kirchhoff conservam a mesma forma quer em regime estacioná
rio, quer transformadas segundo Laplace, quer sob a forma complexa em
regime senoidal.
Estas funções relacionam correntes e tensões num bipolo, ou sej a, num
dos ramos da rêde. De modo mais geral podemos relacionar tensões e
correntes em pontos diferentes de uma rêde, definindo assim as impe
dâncias ou admitâncias de transferência. Estas funções, quer generaliza
das, quer complexas, se calculam sem dificuldades a partir das equações
gerais das rêdes, excitadas por um único gerador.
Finalmente, poderá haver interêsse em relacionar duas tensões ou duas
correntes em pontos diferentes da rêde. Se êstes pontos corresponderem,
respectivamente à saída e entrada da rêde, teremos as funções de ganho
de tensão e corrente. Tais funções serão também generalizadas ( funções
de s ) ou complexas ( funções de jw ) :
r
V2 C s ) V, ( jw )
G. (s) == ou G. Cjw )
V, (s) V , ( jw )
l
i
12 ( s ) I, ( jw )
G, (s) = ou G , Cjw ) =
I, ( s ) I , ( jw )
Estas funções serão utilizadas mais tarde nos estudos dos circuitos
eletrónicos.
Exemplo:
[ti
Sej a o circuito da fig. 6 . 25, cuj os ter
minais 1 1' serão considerados de entrada
e 2 2' de saída.
Vt C Vz
A impedância de entrada dêste circuito
com os terminais 22' em aberto, será dada
pela associação série das impedâncias de
r r
R e e: FIG . 6 . 25 - Exemplo para o
Z (s) = R + 1/se cálculo de ganho.
188 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
w=O
Rc F
I; = !; Yit E k
k
b) O Teorema de Thévenin
O teorema de Thévenin nos permite substituir uma rêde, para efeito
de cálculo da corrente ou tensão numa de suas partes, por um bipolo cons
le{t)
tituído pela associação série
de um gerador de tensão ideal illL f
Exemplo:
O circuito da fig. 6 . 31 ( a ) admite o gerador equivalente da fig. 6 . 31
( b ), onde
R,
la) {bi
FIG . 6 . 31 - Exemplo de aplicação do teorema de Thévenin.
E
E. = -----
· R,
R, R,
R. =
c) O teorema de Norton
Consideremos ainda a mesma rêde acima, dividida nas partes A e B.
Por um raciocínio dual do anterior, podemos verificar que a tensão nos
terminais da rêde B ( ou a corrente que nela penetra ) pode ser calculada
supondo inativos todos os geradores não vinculados da rêde A ( rêde A) e
ligando-se em paralelo entre A e B uma fonte de corrente, cuj a corrente
interna sej a igual à corrente fornecida pela rêde A, quando em curto cir
cuito ( fig. 6 . 32 ).
A /,/ti
Temos agora
E
FIG . 6 . 33 - Equivalente de Norton à
rêde da fig. 6 . 31.
Bibliografia do capítulo 6:
Para maiores detalhes sobre a Teoria das Rêdes Elétricas consultar, além das
obras já citadas no texto :
1 - E. A. GUILLEMIN, "Introductory Circuit Theory" (Wiley, 1 9 5 3 ) .
2 - N. BALABANIAN, "Fundamentais of Circuit Theory" ( Allyn and Bacon, Bos
ton, 1 96 1 ) .
Estudos mais aprofundados dos circuitos elétricos encontram-se em :
3 - S. SESHU e N. BALABANIAN, "Linear Network Analysis" (Wiley, New
York, 1 959 ) .
4 - F . F . KUO, "Ne.twork Analysis and Synthesis", ( 2a. edição, Wiley, New York,
1 966 ) .
PROBLEMAS DO CAP1TULO 6
a) Transitórios:
b) e 1 000 pF
c) e 0,1 micro-farads.
+
<? ( :} IO kfl e
P. 6.2
+
elt!
C = fOO p F
P. 6.3
R, 5 ohms
R, 5 ohms
R, 10 ohms
R. 5 ohms
Rs 5 ohms
R, 1 0 ohms P. 6.4
P. 6.5
c ) Regime senoidal:
Problema 6 . 9: Um gerador de corrente fornece à associação da fig. P6 . 6 uma cor
rente representada pelo complexo 8 + j6 amperes, e de freqüência angular 1 000 rd/seg.
Determinar :
a ) as tensões complexas em R, L. C;
b) os valores instantâneos das mesmas tensões;
c) a tensão complexa e a tensão eficaz entre o s terminais d o gerador;
d) a potência dissipada n o circuito.
,:00.ÍL
--
, �
�f-----..-6
C = SJLF
P. 6.6
TEORIA DAS RÊDES LINEARES 195
200fl
tOOfl.
e, !tJ e,,!t)
200fl
P. 6.7
P. 6.8
10012·rv+ C= 50µ F
+
,.....,
200 12. ·
L
60 C/5 - _ 60 C/s
P. 6.9
s..
ct"'
.., 1 Q::
�-r-
�
.....
.{) ct' \J
'-
'-
Q::
ri
+ 1
L.(J�
o
'-
+. � I
TEORIA DAS RÊDES LINEARES 197
P. � - 11
• on
�---'W>f-INN'.;,---�
(QJ (bl
p 6 . 12
CAPfTULO 7
CI RCUITOS COM DI OD OS
7.1 - Circuitos ceifadores e limitadores:
Iniciaremos o estudo dos circuitos com diodos pelo exame dos circuitos
'
ceifadores, isto é, circuitos que suprimem porções de formas de ondas
abaixo ou acima de um potencial prefixado. Os circuitos mais simples
para tal fim são aquêles indicados na fig. 7 . 1, ( a ) e ( b ) . Aplicando os
métodos indicados no Cap. 1, na hipótese de díodos ideais, verifica-se que
tais circuitos têm as curvas de transferência indicadas na mesma figura,
( c ) e ( d ).
R
f tl e2
[>! '
r-
e, t e., e,
Er
1
E
r
1
(oJ (b )
"2 ez
, ,_;
E - - - - - - -
r
E,, e, -0;;-t----;.E,_r-- �
(CJ 1 c:i )
Er
I 1 I
I 1 I
I 1 I
I 1 I
-o , ,'-----'--
ni---�c-----! 1 "'t
1 I 1
1 I 1
1 I \
1 I 1
'-' ,_ /
( e) ( FJ
FIG . 7.1 - Circuitos cei!adores com diodo shunt ( a ) e diodo série ( b ) .
CIRCUITOS COM DIODOS 199
1
ez
e,
( e;, ) ( b)
FIG . 7 . 2 - Influência das resistências do diodo no circuito ceifador.
a) diodo bloqueado:
e, - E,
(7. 1) e, + E,
1 + R/r,
b) diodo conduzindo:
==
e, - E,
(7.2) e, + E,
1 + R/rr
Se tomarmos R » rr e R « r, ao fazer o projeto do circuito, veri
fica-se que a característica de transferência afastar-se-á muito pouco da
ideal.
Relembremos algumas ordens de grandeza :
r, - varia de 100 a 1000 ohms nos díodos a vácuo e de 1 a 500 ohms
nos díodos semicondutores;
r, - pode ser considerado infinito nos díodos a vácuo e varia de 100
K ohms a 1000 K ohms nos díodos semicondutores.
É possível, portanto, realizar simultâneamente as duas condições aci
ma indicadas, obtendo assim circuitos ceifadores cuj a operação se apro
xima muito da ideal. Note-se que desprezamos aqui a capacitância para
sita dos díodos, que deve ser considerada em circuitos com formas de ondas
muito rápidas.
Os circuitos limitadores, que mantém a tensão de saída no intervalo
fixado por duas tensões de referência, En e E,,, se obtém associando dois
circuitos ceifadores, como indicado na fig. 7 . 3.
200 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
e,
(c. J (b)
FIG . 7 .3 - Circuito limitador.
e,
1 I
1 I
1 I
1 I
o e, ,_,
e, ( t ) = Em sinwt
[
a tensão retificada terá a forma indicada na fig. 7 . 4 ( c ). A análise de
J
Fourier desta onda fornece.
sinw t - -- �
1 1 2 cos kwt
( 7 . 3 ) e,( t )
L.J
= Em · -- + --
7t 2 7t (k + 1 ) . (k - 1)
k: = 2 ,4,8 . . .
{7.5)
(7.7)
l/ E',r
Em conseqüência, o fator de ondulação da onda retificada é
(7.8) r =
t --- - 1 = 1,21
E2cc
O retificador de meia onda conduz então a um fator de ondulação
muito elevado.
Resultado melhor se obtém com o retificador de onda completa, repre
sentado na fig. 7 . 5.
Êste retificador exige o emprêgo de um transformador com tomada
central no secundário, como indicado na figura.
A análise de Fourier da onda completamente retificada, supondo uma
tensão de entrada senoidal e, = Em sinw t e com diodos ideais no circuito,
J
fornece
cos kwt .
(7.9)
(k 1) (k + 1) -
l, �'
�
]1 1 1 te,
E,.
( O ) (Q)
]1 1
o t
(a ) (ó )
FIG . 7 .6 '-- O retificador em ponte.
t'
A e;: e e
E"" - - -- ,
' B ' / l \ ,e, B/ Í ' ,
,
\ \ I 1 '( • 1 \
\ li 1 1 1 1 /1 1 \
1 1 1 1 1 1 1 I 1 1 \
1 I 1 1 1 1 1 I 1 1 \
1 I l 'd l 1 1 1 t 1 \
1 IT
1
1 I
\ I 1
\ I \
\ I
' /
rv'-
e,
- 2 E,..,. tb/
1 0 1
FIG . 7 . 8 - Form_as d e ondas n o retificador d e pico.
-
me permanente, é igual a Em; a sua tensão mínima, uma vez que R LC » T,
obtém-se considerando os têrmos lineares do desenvolvimento em série de
( 7 . 1 3 ) , com t � T :
( 7 . 14) ez m t o � Em [ 1 T/( R LC ) ]
)
O valor médio de e, num período é , portanto,
Em + e z min
( 7 . 15 ) é, =
2
\
204 ELETRÔNICA - L. Q. ORSINI
( 7 . 16 )
+
e , '"'-'
1
1
':1 -- ;--T------,
( CI )
(bl
( 7 . 17 )
+
e, .-..._,
��cll _1
+
Zr
e2
-�----------�
o
lJl t
7 . 5 - Os voltômetros a diodos:
A medida de tensões que variam ràpidamente com o tempo não pode
ser feita com voltômetros comuns, pois a inércia mecânica c:l.o aparelho ou
os parâmetros residuais do circuito associado impedem o seu funciona
mento. Existe, naturalmente, a possibilidade de retificar a tensão a medir
com um dos circuitos anteriores; se não fôr utilizado um filtro, a leitura
do aparelho será proporcional ao valor médio da tensão. Se fôr empregado
206 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
e, P,
grorn,oeador l'!ltro
t t
e,
-
t
t
Noto .- As áreas achur1adas sõo 1gvois.
"f -
- 1t i>I
1
2E�
4 €,.,
12<�
E�
�1Y.llllilffi'.�-o��.-<>-�--.
L
( 7 . 20 )
=
Para a freqüência de 60 c/s obtemos, com L e m henrys e C em micro
farads;
0,83
( 7 . 21 ) r
LC
Procuremos agora calcular a tensão de saída aproximadamente, le
vando em conta a resistência direta dos díodos e a resistência do indutor
( fig. 7 . 17 ) .
\E.r
JI� ' 1
/[ l
--- -
1t
=
Eoc/RL, da equação acima obtemos
2 Em ri' Rc
E" --- 1 + --- + ---
1t R 1. RL .
Introduzindo o valor eficaz da tensão no secundário do transformador,
/[
E.r = Em/ v2, chegamos à expressão final
Se r" e R, forem muito menores que R,, a tensão de saída fica pràti
camente constante e igual a 0,90 E or.
210 ELETRÓNICA - L. Q. - ÜRSINI
=
( 7 . 24 ) Regulação % X 100
=
onde E'° tensão contínua em vazio e Eoc tensão continua em plena
carga. Para o filtro obtemos
( 7 . 25 ) Reg. % ( rp + R ) x 100/RL ,
( 7 . 26 )
(b
1 L
"
ma
J.
r
E2 E20 /?L
l'im =
T 2 f' •
ib COS 2wt dt
;
( ver fig. 7 . 19 ) . Em conseqüência,
l'im = r
Esta integral não é senão
a carga fornecida num pe t
ríodo, ou sej a I" T, onde I"
é a corrente contínua que sai
do filtro . Portanto,
E" XL RL
Nas expressões acima as reatâncias são calculadas na freqüência 2w.
Para uma alimentação a 60 c/s, capacitâncias em micro-farads, resistência
em ohms e indutância em henrys, a última expressão fornece
3,3 X 10'
( 7 . 28 ) r =
c,c, L RL
Se o indutor fôr substituido por um resistor R,, o que se faz comu
mente em pequenos retificadores, uma análise análoga ao caso anterior
fornece
212 ELETRÕNICA - L. Q. ÜRSINI
Xo1 x'2
( 7 . 29 ) r = v -Z
=
Rr Rc
ou, a 60 c/s,
2,5 X 10'
( 7 . 30 ) r
C, C, Rr Rc
A tensão contínua de saída dêste filtro pode ser obtida sem dificuldade
se desprezarmos a resistência interna dos diodos e a impedância do trans
formador que alimenta o circuito, utilizando os resultados já obtidos
quando estudamos o retificador de pico. De fato, dentro das mesmas apro
ximações lá introduzidas, a tensão contínua nos terminais do primeiro
capacitor será
( 7 . 31 )
4 t e,
E": [1 ]=
Sendo Ro a resistência do indutor de filtragem, a tensão contínua de
saída será
Rc
( 7 . 32 ) Eo.1 = R - E cc1
Rc + R, R, + RL
Substituindo-se o valor de E"" obtido da expressão anterior, obtemos
a tensão de saída em função de !".
O cálculo exato da tensão de saída é complicado ; pràticamente efe
tua-se com a utilização de curvas que se encontram nos manuais de rádio
·
( ver, por ex., Landee e outros, "Electronic Designers Handbook", cap. XV,
McGraw, 1957 ).
válvulas reguladoras.
nos; estas variações se fazem, às vêzes,
em pequenos saltos. Quando se deseja uma tensão bem determinada, usa-se
uma válvula de referência ( por exemplo, a 85 A2 ), em cuja construção fo
ram tomados cuidados especiais para reduzir as flutuações de tensão. As
válvulas de referência devem trabalhar com uma corrente constante.
Para estabilizar a tensão de um retificador com válvulas reguladoras
utiliza-se uma resistência em série, como indicado na fig. 7 . 22.
=
FIG. 7 . 22 - Estabilização de tensão com válvula reguladora.
=
da válvula e i, é a corrente nominal de carga do retificador. A resistência
série calcula-se então de
( 7 . 33 ) R,
i, + i,
Para prosseguir com a análise, vamos aproximar a característica da
reguladora por uma reta :
( 7 . 34 ) E, a i1 + b
214 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
( 7 . 39 ) > v .•n
R s + RL
onde V,., representa a tensão de ignição.
Com as três relações acima podemos determinar as restrições superior e
inferior para a resistência R,. Se o intervalo de valores permissíveis resul
tar grande, R, deve ser tomada próximo ao extremo superior, para melhorar
CIRCUITOS COM DIODOS 215
Regvlador
Êrro
E, ornoslra
Refe rência ,_____---< Ez
Comparador
cados diodos para até 10 watts de dissipação máxima, a 25ºC. Para a opera
ção em temperaturas mais elevadas, esta dissipação máxima deve ser redu
zida de acõrdo com as recomendações do fabricante.
O circuito básico de regulação
com os diodos de Zener é seme
lhante ao utilizado com as vál
vulas reguladoras : uma resistên
cia série absorve as variações de E,
tensão ( fig. 7 . 25 ) .
Do circuito dessa figura obte-
mos imediatamente :
FIG. 7 . 25 - Estabilização de tensão com
díodo de Zener.
( 7 . 42 ) [, = - IL
R,
E, - Vz
( 7 . 43 ) pz = VZ IZ = vz - Ic vz
R,
E, + t::,. E , Vz
( 7 . 45 ) Pzmax = V, -
VzILmin
R,
Bibliografia d o capítulo 7 :
PROBLEMAS DO CAP1TUW 7
�
resi stências direta e inversa do diodo são, respectivamente, 1 00 ohms e 1 00 K ohms.
e,
tOfefl.1�
e1 e2
10 V
5V 1_ t (mBJ
FIG. P . 7 . 1
=
Problema 7 . 2 : Supondo ideal o diodo d o circuito d a figura P7 . 2 ,
a) determinar a expressão d a cor
rente através de R 5000 ohms, seu
D
valor eficaz e sua componente contínua,
sabendo que o gerador fornece uma ten
são de 1 1 0 V eficazes, 60 c / s ; R
I rn s 2
FIG. P . 7 . 3
218 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
e,
+ 50 V
.1
J_::
e,
0,2 0,3 0,4 t(rns}
1 25 V
FIG. P . 7 . 4
Problema 7 . 6: Um circuito típico para alta tensão de uma válvula de raios cató
dicos está indicado na fig. P7 . 5. Determinar a tensão contínua de saída, o fator
de ondulação e a máxima tensão de pico inversa da válvula. Desprezar a impe
dância do transformador e a resistência do díodo.
J T
FIG. P . 7 . 5
CIRCUITOS COM DIODOS 219
FIG. P . 7 . 6
tensão nominal : 1 50 V
tensão de ignição : 1 80 V
corrente mínima : 5 mA
corrente máxima : 30 mA
8. 1 - Generalidades:
. rr· 11 t
G
nJ_ 11
G p
1.
CT g,.c, t r
!
r n·p
1\ep
� '
"' -
T'
g..., f'9 e,
1
1_J__ . !
• <
1
i
i
Qualquer dos três eletrodos ( placa, grade ou catado ) pode ser comum
aos circuitos de entrada e saída ; supondo ainda um quadripolo ligado à
placa ( carga de placa ) , resultam os três modelos indicados na fig. 8 . 2.
Supuzemos aí serem nulas as impedâncias internas das fontes de polariza
ção e alimentação.
Os amplificadores classe A podem ser classificados pela sua caracterís
tica de freqüência:
a ) amplificadores de acoplamento direto, que respondem a sinais
continuos ( w = 0 ) aplicados na entrada;
=
b ) amplificadores de áudio-freqüência, que amplificam na região de
freqüências audíveis ( == 10 a 20 . 000 c/s ) ;
c ) amplificadores d e vídeo-freqüência, que amplificam desde freqüên
cias muito baixas ( eventualmente desde w 0 ) até freqüências da ordem
de vários megaciclos por segundo;
d ) amplificadores de rádio-freqüência, que amplificam uma certa
faixa de freqüências ( banda passante ) em tôrno de uma freqüência central,
esta da ordem de décimos até centenas de megaciclos por segundo ;
e ) amplificadores seletivos, que amplificam apenas uma estreita fai
xa de freqüências.
Os amplificadores de rádio-freqüência podem ainda ser de banda es
treita, quando a banda passante fôr muito menor que a sua freqüência
central, ou de banda larga, quando ambas forem comparáveis.
A classificação acima apresentada não é exaustiva, nem perfeita;
encontram-se amplificadores que dificilmente caberiam num dêstes grupos.
K
c:::l ) e a t o do em terra
p
b ) pl a c a em t e r ra
CP"
p
rP
!·
e, Cgk Cgp
g,., eg
eP
..
G
cJ g rade em t e rr-a
FIG. 8 . 2 - Modêlos incrementais das três configurações básicas dos amplificadores
a válvulas.
o ) arnpli licador de áudio , ocoplarnento RC .
�"'
..
:;;
"'
E
o
"
�
1 ·,
1;l
"'
..
<l
"'
"
....
o
"'
"
"
5
-a
E
..
bJ ornp l i { icado r video , c om cornpensoçêi.J "
"'
ern p a r a le l o .
"'
=
=
E
o
"
"'
·;
E
"'
·! ,
o
o
�
"'
o
"'
"
til
E
...
=
"'
"'
�
e;;
t:
?"--H·-->---+-
e,
O valor de R. calcula-se de
(8. 1 )
(8.2) Rk = ----
Ib + J,,
Habitualmente o capacitor e. é calculado de modo que sua reatância seja
muito menor que R,, na menor freqüência de operação do circuito:
1
(8.3) --- « Rk
WmCk
Assim sendo, a queda de tensão nos terminais de R, permanece essen
cialmente constante durante a operação da válvula. Se a capacitância
e. fôr insuficiente, aparece uma realimentação negativa, que será estu
dada em detalhe mais tarde.
A tensão de alimentação de placa Ebb é calculada depois de determi
nados o ponto quiescente e a resistência de carga da válvula, RL. Apli
cando a lei de Kirchhoff à malha de placa temos ( fig. 8 . 4 ) :
(8 4)
ÜS AMPLIFICADORES CLASSE A COM VÁLVULAS 225
no caso de triodos. Muitas vêzes será E,, « Eb, de modo que se pode
usar a expressão simplificada.
(8.5)
�R,
vessar uma resistência R,. ( fig. 8 . 5 ) .
�
r���������-o +Ebb
l---;b
Temos agora
(8.6) Ebb = E.,, + E,, + I,, R,0
donde
(8.7)
no caso de triodas. Muitas vêzes será E" « E", de modo que se pode
usar a expressão simplificada.
(8.5)
�R,
vessar uma resistência R,. ( fig. 8 . 5 ) .
í
r���������-o +Ebb
i---:b
_ _ _ J�g
Temos agora
(8.6) Ebb = E"' + E,, + I,, R,,
donde
(8.7)
mentais.
G
-
(8 . 11 ) Zm = - E,/I
decorrendo o sinal negativo das convenções indicadas na figura 8 . 7. Con
siderando ainda que
Considerando que
Z,
(8' 15) E, ---- E FIG, 8.9 - Circ,lito 7t equivalente
Z, + Z, a um quadripolo de acoplamento.
228 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
= - -- = -------
resulta para a impedância mútua, definida por (8 . 1 1 ),
E, z, z,
( 8 . 16 ) z.•
! z, + z, + ZJ
P,
A definição acima pode ser extendida, permítindo medir-se qualquer
potência em decibéis, com relação a uma potência de referência, escolhi
da arbitràriamente :
p
( 8 . 18 ) N( db ) = 10 log -
Pº
Se N fôr positivo, é P > Po, diremos então que P está N decibéis acima
da potência de referência. Inversamente, se P < Po, diremos que está N
decibéis abaixo da referência.
Se as impedâncias de entrada e de carga do amplificador forem resis
tivas e iguais,
P, = Pi'/R e P, = E,'/R,
Wz
(ol (b)
( 8 . 25 ) B = fz - f, ( c/seg )
Os AMPLIFICADORES CLASSE A COM VÁLVULAS 231
( 8 . 27 ) F. = G, X B'
( ;� -)
tinuidade de um degrau, se caracteriza por :
a ) Supertensão ( overshoot ) y , medido geralmente por
( 8 . 29 ) y% = 1 X 100
o 1000 t rµ s) t rµ s)
(b )
l-
FIG. 8 . 11
1000 t rµ s) 01
'ººº
t fµ s)
( 8 . 31 ) PO/o = ----- X 1 00
E,
Notemos desde j á que a resposta à borda, decorrendo de uma brusca
variação da tensão aplicada ao circuito, está associada com a resposta do
amplificador a freqüências altas. A resposta ao tôpo, ao contrário, resul
tante da habilidade do amplificador em reproduzir sinais lentos, está liga
da à resposta em freqüências baixas.
Q
]
dor por seu mo
Lz
-€2 dêlo com indu·
Q tâncias mútuas,
chegamos ao mo
dêlo incremental
FIG . 8 . 13 - Modêlo incremental do amplificador
de áudio a transformador.
da fig. 8 . 13.
234 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
{
Nêste modêlo adotamos uma carga resistiva R, e supuzemos despre
=
zível a resistência do secundário do transformador. Por análise de malhas
e notando que !, = E,/R, obtemos
( rp + R, + sL, ) I , - s � E, - µ. E,
R,
( 8 . 32 )
l
sL, + R,
- s M !, + E, = O
R,
Resolvendo em relação a E, e dividindo tudo por E, obtemos o ganho
de tensão do circuito :
E, s µ MR,
( 8 . 33 ) G, ( s ) = -
E,
Suponhamos agora que o coeficiente de acoplamento do transformador
é k = M/ v L, L, = 1. Dessas condições o ganho de potência fica
s µ. M R,
( 8 . 34 ) G,( s ) = - -------
s [L,R, + ( R, + rp )L,] + ( R, + rp )R,
Passemos agora ao regime senoidal, fazendo s = jw :
j w µ. M R,
G,(jw ) = - ------
jw [L, (R, + rp ) + L,R,] + ( R, + rv > R,
Esta expressão mostra que, para frequências tais que
( R1 + rp ) R,
w » ------
L,R, + L,(R, + rp )
o ganho tende a
µ. M R,
( 8 . 35 ) ªº
L,R, + L,(R, + rp )
Em consequência,
jw
( 8 . 36 ) G,( jw ) ªº
(R, + rp ) R,
jw + --------
L,R, + L,( R, + rp )
Desta expressão conclui-se que o ganho cai a G0/ v 2 na freqüência
( 8 . 37 ) w, = -----
L,R, + L,( R, + rp )
w, é, portanto, a frequência de corte inferior do amplificador. Note-se que
êste modêlo não fornece frequência de corte superior, pois não colocamos
nêle indutâncias de dispersão ou capacitâncias parasitas do transformador;
corresponde assim a um amplificador passa-alto.
ÜS AMPLIFICADORES CLASSE A COM VÁLVULAS 235
( ) =
lacionadas ao número de espiras do primário, N1, e do secundário N,, por
L1 N1 . ' M N1
k ' J:
( 8 . 38 ) =
N, N,
ou, introduzindo a relação de transformação r = N1 /N,,
L1 M
( 8 . 39 ) - '
- - r
�- r · �-
L, ' L,
Colocando a relação de transformação em ( 8 . 35 ), o ganho de referên-
eia fica :
1 µ r' R,
( 8 . 40 )
r r' R, + ( R 1 + rp )
Mas rGº é o ganho referido aos terminais da indutância L1; a equação
( 8 . 40 ) sugere assim o modêlo simplificado indicado na fig. 8 . 14, válido
para freqüências muito maiores que w1•
Nessa gama de frequências, tudo se
passa como se a carga do amplificador
fôsse uma resistência r' R,, isto é, dada
pelo produto do quadrado da relação de
transformação pela resistência de carga
do secundário. Diz-se que esta é a resis
tência "refletida" no primário do trans
formador.
Em consequência, a operação em FIG . 8 . 1 4 - Modêlo incremental
regime senoidal dêste amplificador, para simplificado do amplificador
de áudio.
frequências bem superiores à frequência
de corte inferior, é descrita pela reta de carga dinâmica AQ ( fig. 8 . 12 ) , de
inclinação correspondente a R, + r' R, ( em geral é R 1 « r' R, ) .
O valor d a relação d e transformação d o transformador é determinado
considerando que a resistência refletida r'R, deve ser igual à resistência
=
de carga ótima para a válvula, R., fornecida pelo fabricante :
R.
( 8 . 41 ) r'R, = R. :. r
l/ R,
I
Bibliografia do capítulo 8:
PROBLEMAS DO CAPtTUW 8
Problema 8 . 1 : Um dos triodos da ECCS2 ( 12AU7 ) (ver características no Apêndi
ce 2) é ligado como amplificador de catodo em terra, com RL 20 k ohms. De
seja-se obter um ponto quiescente dado por fü = l SOV e h = 7mA, utilizando
polarização catódica. Pede-se :
a ) determinar R k e Ebb para obter o ponto desejado;
b ) determinar Ck, sabendo que a menor frequência d e operação do circuito é
de 1 00 c/s;
c) realizado o circuito com os valores acima, a tensão de alimentação de placa
foi modificada para 300 V. Qual o nôvo ponto quiescente?
Problema 8 . 2: Um pentodo EFS6 (ver características no Apêndice 2) deve ser ligado
como amplificador de catodo em terra, com polarização catódica. A resistência de
carga sendo igual a 50 k ohms, e o ponto quiescente especificado por fü = 250 V,
E,, = 140 V, /b = 3 mA e /,1 = 0,6 mA, determinar : a tensão de alimentação Ebb ,;
e as resistências de grade de blindagem e de catodo. Especificar ainda os capacitores
de desacoplamento de blindagem e de catodo, para operação em frequências superio
res a 20 c/s.
R,
v, FIG. P 8 . 1
!Olrfl
FIG. P . 8 . 2
FIG. P . 8 . 3
J_
T
(5e,rt)
1
L_ 1 _____
FIG. P . 8 . 4
J_._
Problema 8 . 7: N o circuito d a fig. PS . 1 , determine :
a) a curva d o módulo d o ganho d e tensão e m função da frequência;
b) a curva de defasagem em função da frequência;
c) a curva d e ganho d e tensão, e m decibéis, e seu comportamento assintótico
para w = O e w = oo ;
d) represente o s resultados d o ítem anterior num gráfico com escala logarítmica
de frequências e examine as relações entre a curva do ganho de tensão em
db e suas assíntotas.
Problema 8 . 8: O circuito da fig.
PS . 5, com RL e R, variáveis, pode
ser utilizado para a medida do coe.
ficiente de amplificação do triodo, +
desde que se ajuste o valor das re
sistências de modo a anular a cor
rente alternativa através do miliam
perômetro. Determine a expressão de
µ, em função de RL e R,, supondo
que os capacitores têm reatâncias des
prezíveis na freqüência de operação.
Utilize modêlo incremental. FIG. P . 8 . 5
238 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
FIG. P . 8 . 6
FIG. P . 8 . 7
CAPfTULO 9
9. 1 - Introdução:
(e, = c. .. c, + c,
R= ll, . r0 e R9 em
cora/elo
p p
LI LE·
G
rp R, E,
K K
FIG. 9 . 4 - Modêlo incremental correspondente à região de freqüências
médias.
AMPLIFICADORES DE ACOPLAMENTO R, C A VÁLVULAS 241
- g� R
· Wz
-w
,
o r
l::i:j
TABELA I §
O>
z
Resposta à borda ou Ganho de referência ou resp. Resposta ao topo ou resp. �
resp. em freq. altas em freq. médias em freq. baixas
!:""
- s f)
�
- --
G (s) gmR
....
==
gm 1 S + W1 f/l
G (s) == -
z
CT
-
S + W2 ou
1 -
ou G (s) == gmR == G, 1
-
G (s) = gmR
1
1
1 + w, / s
G (s) gmR
(- - - )
=
com
1 + s / w, com
1 1 1 -!
com R == + + 1
1
rp Rt R. w,
W2 == 1 /RCT ( R, + R, ) C,
CT == Co + C1 + e, 1
R,
1 /r" + 1 /Rt
AMPLIFICADORES DE ACOPLAMENTO R, C A VÁLVULAS 243
1
(9.3)
( Ri + R, ) Cc
As curvas de 1 GH ( jw ) 1 e de \ GL ( jw ) \ , bem como das respectivas defa
sagens, em função respectivamente de w/w, e de w1/w encontram-se nos
manuais ( ver, por exemplo, Terman, "Radio Eng. Handbook", pg. 357 ) .
Passamos agora à resposta e m transitório. Para calcular o tempo de
subida, lembremos que G( s ) E,/Ei, onde E, e E, são, respectivamente, as
==
Cr s + w, s
ou, introduzindo o ganho de referência,
G, 1
E,( s )
RCr s ( s + w, )
Anti-transformando, vem
(9.4) e, ( t )
com w, 1 /RCr.
Examinando-se esta função ( fig. 9 . 7 ) ,
verifica-se que o tempo de subida de 10 a
90 % vale
TR = 2,2 RCr
s
244 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
T
P% w, T
( 9 . 6) F. = G, W2
( se fôr ainda w, « w, ) ;
Ganho de referência G, . . . . . . . . gm R
Freq. de corte superior W2 . . . . . . . . 1/RCT
Freq. de corte inferior W1 . . . . .. . . 1/ [ ( R, + R, ) CT]
Supertensão ( Overshoot ) y . . . . . . . . o
Tempo de subida 10-90% TR . . . . . . . . 2,25 RCT
Produto ganho-banda passante F. fJm /CT
Relação ganho-tempo de sub. f . . . . . . . . 'Jm/2,25 CT
1
•
(9.9) F,
TABELA III
= =
Demonstra-se que esta condutância de entrada é dada pela expressão
( 9 . 10 )
JLI
.�1
�
1- - - - -- - - - - - - -_,,, ,_.
FIG . 9.8 -
T
! \_
Resposta a pulso de duração t l/f,-
p 0,063 1
( 9 . 12) W1 = -- :. f, = -- -- '== 0,01/T
T 2� T
um valor menor.
3 Calcule RL a partir do tempo de subida ou da freqüência de cor
-
te superior especificados.
4 Determine o capacitor de acoplamento Cc pela flecha ou freqüên
-
(b )
foJ
IE9
6
fig. 9 . 9 pode ainda ser simplifi· o
e, E2
( 9 . 13 )
AMPLIFICADORES DE ACOPLAMENTO R, C A VÁLVULAS 24!)
( 9 . 17 ) S1 .2 = - [w,/ ( 2m ) ] [1 ± v 1 - 4m ]
Portanto, para os m menores que 0,25 teremos dois polos reais ( fig.
a ) ; o circuito é super-amortecido e não haverá supertensão. Para
9 . 11,
m = 0,25, temos um polo real duplo, correspondendo ao amortecimento
crítico. Finalmente, para os m maiores que 0,25 há dois polos complexos
conjugados e o amplificador tem supertensão ( fig. 9 . 1 1 , e ) .
JW JW JW
II'
(21
(j o (j
e, Jo
f=I fb i le i
m TR / TR ( comp. ) y%
o
0,250
1,0
1 ,4
oo
0,340 1,6 1,0
0,414 1 ,7 3,1
0,500 1 ,9 6,7
0,600 2,1 1 1 ,4
- servo-mecanismos 40 ou 50%
- amplif. televisão 5 ou 10%
- osciloscópios 1%
1 + jw/w, - mw'/wz'
( 9 . 19 ) Wn = 0,707 �
m
1/ . 2m + 2m' - 1 + vT2m + 2m' - 1 ) ' + 4m'
elevado ;
2 Avaliar C,;
-
( 9 . 20 ) L = m RL' Cr
6 Para completar o projeto, seguir as indicações dadas no caso do
-
amplificador RC.
Há vários outros tipos de circuitos compensadores, mais complicado:>
que a compensação em paralelo ( ver, a respeito, Millman e Taub, "Pulse
and Digital Circuits", cap. 3, McGraw, 1956 ) , inclusive com acoplamento
por quadripolos. A maior complicação no ajuste dêstes circuitos limita,
porém, o seu uso.
e,
l�
1
r·
:.: .Q"
L
.,9
e,
'º'
E,
s(s + WL + wr)
( 9 . 21 ) G( s ) = + G, ------
(s + w, ) (s + wr )
onde
Wr = 1 / ( R,,, C,) , WL = 1 / ( RL Cr )
G, = - (/m RL ' W1 = 1 / [ ( R, + R.) Cc] ' R, = rp Rc/( rp + Rc )
S + WL + Wf
E,( s ) = G, ------
( s + w, ) ( s + w, )
Anti-transformando esta expressão, resulta
( 9 . 22 )
( 9 . 23 ) W1 = Wc
=
Nêste caso, o ganho d o amplificador s e torna
s
G (s) G, ----
S + Wf
e a curva de resposta é análoga à do amplificador sem compensação, mas
com a freqüência de corte inferior igual a wf, em vez de w,.
O projeto dos amplificadores compensados em freqüências baixas pode
ser feito segundo as etapas abaixo, uma vez satisfeitos os requisitos para
a resposta em freqüências altas ( ou resposta à borda ) :
1 Os valores de R8 e C, serão o s mais elevados possível, dentro de
-
rp + RL
3 O tipo de compensação a ser usado é especificado, notando-se
-
R, + R,
RL
=
Em seguida, o valor de RE é escolhido para dar a compensação deseja
da; seu valor máximo é dado pela tensão de alimentação, pois
=
Ebb lb( RL + R E ) + Eb + E.
4No caso de ser escolhida a compensação convencional, faça Wf +
-
do que se seguem
-E. --
p
+ lnb
,
q,.. l9 r,
'p•
, E,
<. -
l, E,
E,
""•
IQJ te»
( 9 . 26 ) �
r lp
gm Zp
z, + Zp + ZL
E.
l Eg E1 - z, I"
AMPLIFICADORES DE ACOPLAMENTO R, C A VÁLVULAS 255
( 9 . 27 )
zk ( 1 + gm Zp ) + Zp + ZL
( 9 . 28 ) lp = g'm ---- E,
( 9 . 29 ) g'm
1 + gm Zp
z. ----- + 1
Zp + ZL
=-
. , e,
( 9 . 30 ) G, ( s ) = - 91rn Zm
1 + 9m Zp
1 + z. -----
Zp + ZL
( 9 . 31 )
( 9 . 32 ) G,( s )
=
= - ------
µ + 1
1 + zk -----
pois que µ 9m rP.
No caso de pentados, como as seguintes relações são satisfeitas ha
bitualmente
( 9 . 33 ) 1 Zp 1 » 1 ZL 1 , ! Zp 1 » 1 z. 1
o ganho se torna
( 9 . 34 ) G,.( s )
256 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
----- E ,
( 9 . 35 ) E,( s )
onde w.
[1
A anti-transformação desta expressão fornece a resposta ao tôpo do
J
degrau :
e - ( w<
G, + grn/ Cd t
R.
1 + gm Rt
( 9 . 36 ) e,( t ) = + gm
1
A resposta decai exponencialmente, a partir do valor G,. Considerando
agora tempos t « / ( w . + gm/C.), a exponencial pode ser desenvolvida
em série. Conservando apenas os têrmos lineares dêsse desenvolvimento
e após algumas simplificações obtemos
e, ( t ) � G, [1 - ( gm/C,) · t]
Calculando a flecha ao fim de um período T, dentro da aproximação
acima, vem
( 9 . 37 ) P O/o
100 gm T
( 9 . 38 ) _ 0,001 F 1000 micro-farads.
p
J!:ste exemplo mostra que os valores de Ck, para flechas pequenas, de
vem ser muito elevados. Daí a prática habitual de não se desacoplar o
catodo quando se desej am flechas pequenas para pulsos relativamente
longos. Nêste caso teremos uma realimentação negativa que reduz o ga
nho do amplificador em tôda a faixa de freqüências. Esta redução de
ganho, no entanto, é compensada por uma maior estabilidade e lineari
dade do circuito, decorrente da presença da realimentação negativa ( como
demonstraremos mais tarde ) .
AMPLIFICADORES DE ACOPLAMENTO R, C A VÁLVULAS 257
( 9 . 39 ) GJ S ) - - 91m Zm - gm -------
1 + Ym Zp
z, ----- + 1
1 1
CT s + W2
Zk 1/ [Ck ( s + wd ] , com wk
= 1/RkC, e ainda supondo que as seguin-
tes condições são válidas,
1 Zp 1 » 1 ZL 1 • j 1/ Zp 1 « Ym,
a equação ( 9 . 39 ) fornece, após algumas simplificações,
Ym 1
( 9 . 40 ) G,( s ) = - -
CT S + W2
( 9 . 41 )
Nessas condições o ganho se torna
Ym 1
( 9 . 42 ) G,( s ) = - -- ----
CT S + ( Wk + Ym/Ck)
e,( t ) =
CT Wk + Ym/ Ck
com a w, + Ym/Ck. Tendo em vista a condição de compensação, fica
ainda
( 9 . 44 )
( 9 . 45 ) e,( t )
258 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
Estas duas equações mostram que o tempo de subida fica dividido por
1 + gm Rk, ao passo que o ganho de referência se reduz na mesma propor
ção. Em conseqüência, a compensação catódica não melhora a relação
ganho-tempo de subida ( ou o produto ganho-banda passante ) . A intro
dução de realimentação negativa, no entanto, tem vantagens especiais,
como a melhoria da estabilidade do circuito, que tornam atrativo o seu
emprêgo.
Para efetuar esta compensação não é necessário satisfazer exatamen
te a relação ( 9 . 41 ) ; se fôr, por exemplo, wk 2w, diminui-se ainda mais =
lrr
e
E,
_ _
Introduzindo a notação
[
1 1 1 1
+ + sCº + sCº
Z, Tp RL R,
l
�
1 1
+ se,
z, R.
Z1 + Z2 + 1/( sCc )
e o ganho de tensão d o amplificador resulta, após simples transformações,
1
( 9 . 46 )
1 1 1 1
+ + -- --
AMPLIFICADORES DE ACOPLAMENTO R, C A VÁLVULAS 259
r � :p + � �g
Introduzindo nesta expressão os valores de z1 e z,, e fazendo ainda
l
L
( 9 . 47 )
� 1 1 1
+
R, rp
obtemos
( 9 . 48 ) Gv ( S )
1
X
1 +
( 9 . 49 )
s/ [ C C, + C. ) R ]
( 9 . 50 ) Gv ( S ) = - gmR -������
s 1
s' + +
{
+
-------
C C, C0 ) R C,R, · C C, + C. )R,
Finalmente, vamos introduzir as frequências de corte
W1 = 1 / ( R.Cc )
( 9 . 51 )
W2 = 1 / [R ( C.
+ C, ) ]
S2 + SW2 + W1 W2 = 0
As duas raíses ( reais ) desta equação são :
S 1,2 = - 2
W2
± 2
W2
1/' 1 - 4
W1
---;:
Como é w 1 « w, o radical pode ser desenvolvido pela fórmula do
binômio, restrita ao têrmo linear; em primeira aproximação obtemos
( 9 . 53 ) S2 = - W1
A expressão simplificada do ganho do amplificador se torna então
s w,
( 9 . 54 ) G, ( s ) = - YmR •
( s + w, ) ( s + w, )
Comparando esta expressão com aquelas que constam da Tabela I, ve
mos que o ganho do amplificador é aproximadamente igual ao produto
de seu ganho de referência ( frequências médias ) pelos fatores, dependentes
de s, que comparecem nas expressões do ganho em frequência alta e em
frequência baixa, respectivamente. Esta expressão é tanto mais aproxi
mada quanto maior for a relação entre as frequências de corte superior
e inferior do amplificador.
Dentro da aproximação considerada, a função ( 9 . 54 ) caracteriza com
pletamente o ganho do amplificador. Para passar ao regime senoidal
basta, como já vimos, substituir a variável complexa s pela variável ima
ginária jw. Em regime senoidal, portanto, o ganho de tensão do amplifi
cador será
jw W2
( 9 . 55 ) G, ( s ) - YmR -------
=
( jw + w, ) ( jw + w, )
Esta função pode ser caracterizada por duas curvas : o módulo do
ganho em função da frequência e o seu argumento, também em função
da frequência.
1) 1)
jw/w,
( 9 . 56 ) G. ( jw ) - Ym R -------
=
( jw/w, + ( jw/w, +
AMPLIFICADORES DE ACOPLAMENTO R, C A VÁLVULAS 261
Gr(dbJ
Odb -l-���--=:::&:__����-<i''--��--.,_.
iog w
- 6db/oitavo
w, 2 wz log w
1)
j w/w,
( 9 . 59 ) <f> ( W ) = Arg --------
( jw/w, + ( jw/w, + 1 )
Segue-se pois
1t/2
( 9 . 60 ) <f>(W ) =
Como a defasagem muda de sinal entre w, e w,, ela deve passar por
zero nesse intervalo. l!: fácil ver que q, = O para w = v w, w, ou seja,
numa freqüência igual à média geométrica das duas freqüências de corte.
De fato, nessa freqüência teremos
Designando por cp• e cp2 os dois arcos desta expressão podemos escrever
tg( q,, + cf>2 ) = t git / 2
Mas
w/w, + w/w,
tg ( cp 1 + cf>2) =
1 - ( w/w, ) (w/w2)
Para que esta expressão sej a igual a tg 7t/ 2, bbviamente
( 9 . 61 ) w' = W1 W2
Na fig. 9 . 18 representamos a variação da defasagem do amplificador
vídeo não compensado em função da freqüência.
Um tratamento análogo ao que fizemos poderia ser estendido ao caso
dos amplificadores compensados. Em grande parte, os têrmos que vão
aparecer na função ganho são análogos ao dêste caso. No entanto, além
dêstes aparecerão também os têrmos correspondentes aos polos complexos,
decorrentes da bobina de compensação. O tratamento dêstes têrmos é um
pouco mais complicado, pelo que não abordaremos aqui êste problema.
Para maiores detalhes a respeito dos diagramas de Bode e suas implica
ções na síntese de rêdes, as seguintes obras podem ser consultadas:
7C
2
2
FIG. 11 . 18 - Curva de defasagem do amplificador R, C, nio compensado,
com escala logarfimica de freqüência.
( 9 . 63 )
Ainda no caso de n amplificadores iguais, o ganho em baixa freqüência
será, à vista da Tabela I ( amplificadores não compensados em baixa
freqüência ),
1
( 9 . 64 )
[1 + w.fjw ] "
onde w , é a freqüência d e corte inferior d e cada estágio.
1 / 1
Tomando o módulo desta expressão,
( 9 . 65 ) GT ( jw ) = G: -----
[ 1 + w ,2 / w2 ] 0/2
( 6 . 67 ) WH = W2 V 211• - 1
AMPLIFICADORES DE ACOPLAMENTO R, C A VÁLVULAS 265
< 9 . 69 )
2.º S e a supertensão e m cada estágio fôr muito pequena ( da ordem
-
Bibliografia do capítulo 9 :
PROBLEMAS DO CAP1TUW 9
Problema 9 . 1 : No circuito da figura P9 . 1 gm = 2000 micromhos, r. = 30 Kn e E, =
0,01 ,µ. F
50/<íl
FIG. P . 9 . 1
IM.fl.
FIG. P . 9 . 2
FIG. P . 9 . 3
268 ELETRÕNICA - L. Q. ÜRSINI
e,
tMfl e2
FIG. P . 9 . 4
10 . 1 - Introdução:
a) com acoplamento R, C;
b) com acoplamento por transformador;
c) com acoplamento, direto.
R,
e,
� f-----<>--+-11
R B
Ce
fixada pelo transistor. O estudo dêsse amplificador será então feito suces
sivamente nas três regiões de freqüências médias, baixas e altas. Como no
caso das válvulas, os resultados obtidos serão adequados desde que as fre
qüências de corte estej am espaçadas de pelo menos algumas décadas.
Considerando inicialmente a região de freqüências médias, vamos subs
tituir o transistor por seu modêlo 1t - híbrido, desprezando tôdas as capaci
tâncias bem como as resistências r e rº dêsse modêlo. Supondo ainda que
µ
C, e têm reatâncias desprezíveis nessas freqüências obtemos o modêlo
e.
da fig. 10 . 3.
e
s
Rb r,7
)�. �m111ie RL
)�
-
E
( 10 . 1 ) Vz
Mas
r
1t
( 10 . 2 ) . e,
-
Em conseqüência, o ganho incremental de tensão em freqüências médias
)
resulta
- gm T RL
Vz 1t
( 10 . 3 ) G
(
••
e, r + r
X 1t
Rs 1 + + T
X
+ T
Rb 1t
1t
( 10 . 4 ) --
--- i,
de modo que
( 10 . 5 ) =
272 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
fs
�? v,, 1 rrr
E
9 rn vb'e
RL \'2
I?
Re Ce
( 1 )
A análise de malhas transformada, aplicada ao modêlo da fig. 10 . 4,
fornece as equações
e _1_ ) 1
R5 + r + r + R + _ !, - R, !, E,
X
" e
se,
: 10 . 7 )
- R, !, + Rc + I, + gm vb .• -- o
se, se,
AMPLIFICADORES COM ACOPLAMENTO R, C TRANSISTORIZADOS 273
( 10 . 8 ) Rr == R s + r. + r
1t
+ R,
Fazendo
( 10 . 1 0 ) R. == Rs + r. + r
1t
R.
Es
9m r1t R c s ( s + 1/R, C, )
==
R. g.. r
1
s' + ) + R.
1 Rr 1t
s { + +
R. Ci R, R. C, R C,
• . R, e, e,
a) e. ..... co :
R. s + 1 /R.Ci
O ganho fica assim com um só pólo; passando para o regime senoidal
e introduzindo o ganho em freqüências médias ( 10 . 3, com R b --> co ) , obtemos
jw
( 10 . 14 ) G, ( jw ) == G,.
jw + 1 /R.Ci
com a frequência de corte inferior
00 . 15 ) Wu == 1 /R.Ci == 1 / [ < Rs + r. + r 1t ) Ci]
274 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
b) C1 -+ oo :
( )
s + 1IR. C.
( 10 . 1 6 ) G, = G •• · -------
1
s + -- RT + ílm r
R, C. R. .
(
Passando ao regime senoidal
jw + 1IR. e.
)
( 10 . 17 ) a. < iw ) = a..
1 R
jw + -- T + Um r
R. C, R. "
( )
�]
A freqüência de corte inferior é agora
" [
1 RT 1
( 10 . 18 ) W 12 = -- -- + Um r =
R. C. R. R, + r, +
C. · R.11
1 + g. r
1t
As expressões ( 10 . 15 ) e (Gul
( 10 . 18 ) indicam a possibi-
lidade de dimensionar o 1000
circuito de modo que a
'ºº
freqüência de corte infe 1
rior seja essencialmente 1
'º 1
definida por C1 ou por e., l
conforme wu ou w12 pre 1
1
dominem.
º •' -fL---..--ir--+t-
1 -'
U:Je.
"'--t--------- w
Se nenhuma dessas al 10 'ºº 1 00
f
ternativas ocorrer, será FIG . 10 . 6 - Resposta em frequências baixas.
necessário determinar os
pólos de ( 10 . 12 ), para várias escolhas de C1 ou e. ( ver a respeito SEEC,
vol. 3, 195 ss. ) . Neste caso, a curva de resposta, em escalas logarítmicas,
terá o aspecto indicado na fig. 10 . 6.
[ ]
onde
-' Rs + r, + r
"
< Rs + r. ) 11 r.,,
=
( 10 . 19 ) ( R, + r. > r
"
AMPLIFICADORES COM ACOPLAMENTO R, C TRANSISTORIZADOS 275
r[ ]
as equações
Es
1
G, + ' C C, + e > vb .. - s e v,
, µ Rs + r,
- 'e · v, .. + c a, + s e > v, + g.. v� .. = o
, µ
ou rearranjando,
r e > l vb - s e v,
Es
[ G1 + s (e + .• =
Rs + r,
l
" µ µ
( 10 . 20 ) �
["g. - s e 1 vb .. + ( GL + s e > v, = o
µ µ
S2 e e + s [ e G1 + ( e + e ) GL + Um e
00 . 21 ) Gv
Es ] + G1 GL
" µ µ " µ µ
Esta função tem novamente dois polos; como sua análise é relativamente
longa ( ver SEEC, vol. 3, págs. 202 ss. ), vamos limitar-nos aqui apenas a uma
aproximação. Esta aproximação será feita nas equações ( 6 . 19 ) , notando que,
para a maioria dos transistores modernos, e é bastante pequeno, de modo
µ
que poderemos desprezar se em face de gm e eL. Obtemos assim as equações
µ
[ G1 + s (e + e ) ] Vb·. - s e v,
" µ µ Rs + r,
00 . 22 )
276 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
[G, + s ( C r. + e ) ] GL + se gm
( 10 . 23 ) G, =
Es
µ µ
(gm RL + 1 ) + e ] fG, +
( 10 . 24 ) Gv = G,. · -------
s [C 1
µ "
- Modêlo
E
FIG . 10 . 8 para o cálculo da frequência de córte de B·
Dêste circuito obtemos
l, = (9m - se ) vb '
µ
r�/ [s ( C.. + e ) ]
l
i µ
r"
r" + 1/ [s ( C7t s r7t (C7t + e > + 1
------ [,
+ Cu ) ]
v• ., 1.1
AMPLIFICADORES COM ACOPLAMENTO R, C TRANSISTORIZADOS 277
s r (C + e ) + 1
" 'I< µ
( 10 . 29 )
jw r ( C + C. ) + 1
" "
(C + C )
( 10 . 30 ) W,i ( rd/s )
r
" 1t µ
ou
1
( 10 . 31 ) t = ( Hz )
� 21t · r (C + C )
" " µ
f é a freqüência d e corte d e 13.
�
Em freqüências muito maiores que f � o ganho de corrente tende para
o valor assintótico
f/m r
" Ym
( 10 . 32 ) - j -------
jw r ( C + e ) w (C + C )
" " µ " µ
1 G,. I = ---- = 1
wT ( C + C )
" µ
donde
( 10 . 33 ) ( rd/s )
e" + e
µ
ou
( 10 . 34 ) Hz
2'1t (C + C )
" µ
278 ELETRÕNICA - L. Q. ÜRSINI
( 10 . 35 ) ,
[ C ( gm RL + 1 ) + e ] Rs + r.
µ 'li
à vista de ( 10 . 3 ) , com Rb -. oo e de 00 . 26 ) .
Esta expressão mostra ainda que a banda passante aumenta quando
diminui a resistência do gerador que ataca o circuito; neste caso a resis
tência transversal de base ( em freqüências altas ), r,, é um fator importante
na limitação da banda passante.
Os métodos mais simples de compensação em freqüências altas são os
indicados nos esquemas simplificados da fig. 10 . 9.
Rf Lf
(a ) (b)
(C)
FIG . 10 . 9 - a ) Compensação shunt, b ) Compensação por realimentação, e ) Compensação série.
AMPLIFICADORES COM ACOPLAMENTO R, C TRANSISTORIZADOS 279
�s "'11
vb 'e
.C
rr
E
'lrn vb'e
+-
(a )
v1 u.
e+. = Cµ (l+ <jm RL ) + Crr
Ls B "· B' e
r c RL
ll t )/"m Vb'e
(b)
E
( 10 . 37 )
Introduzindo a notação
( 10 . 39 ) W& 1/ ( r C, )
"
e rearranjando ( 10 . 38 ) obtemos
V& ·. 1/(Ls C, )
Es W&
s ' + s [w& + ( Rs + r.)/Ls] + -- ( Rs + r. + r )
Ls "
V2
( 10 . 40 ) G,( s ) = - = -
1/( Ls C, )
= - g,. RL ------· -----
<R.
<Ub
s2 + s [til\ + + r. >/Ls] + - ( Rs + r. + r )
Ls ,.
AMPLIFICADORES COM ACOPLAMENTO R, C TRANSISTORIZADOS 281
- 2 ( Wb rx ) ±
O caráter da resposta dêste circuito depende dos pólos da função acima,
ou seja, de
rx )
1
Rs
( 10 . 41 ) S1,2 =
+ rx + r )
__ + +
.Wb +
Ls
± 1 Wb
v/(
Rs +
2
'
-- - 4 -- ( Rs
Ls L� "
( Wb
+ rx 2 Wb + rx + r )
Para obter uma resposta sem super-tensão ( não oscilatória ) , as duas
raízes acima devem ser reais; a condição limite corresponde ao radical nulo,
)
isto é,
Rs
+ = 4 -- (Rs
� � 1t
r +
Daqui podemos tirar o valor da indutância de compensação, correspon
+ rx + 2 r ) r
dente à resposta não oscilatória :
2 Rs rx
+ rx
1
( 10 . 42 ) Ls = -- (Rs 1t
+ r. r
Devemos optar pelo sinal negativo, que dá Ls O quando fôr = Rs = O
e, portanto, não há necessidade de compensação.
+ + + + r.)'
A expressão acima simplifica-se bastante se fôr Rs « . De fato,
+
1t
nesse caso o radical de ( 10 . 42 ) pode ser aproximado por
rx 1 rx 1
V' ""' 1
Rs Rs ( Rs
r 2 r 8 r •
1t 1t 1t
+ r.)'
Substituindo em ( 1 0 . 42 ) resulta, após algumas simplificações,
1
( 10 . 43 ) Ls ""' -- ( Rs · C,
4
Vejamos agora qual a banda passante que se obtém com essa compen
( Wb + + r.
sação. Como L, foi dimensionado de modo a anular o radical dos pólos, a
função ganho ( 10 . 40 ) fica com um pólo duplo
) - Wc
Rs
2
S1 = - 1 =
Ls
O ganho fica então
Qm Rt 1
( 10 . 44 ) Gv( S )
Ls C, ( s + w,)'
Passando ao regime senoidal,
Qm Rt i
(1
G. ( jw ) = -
Ls C, w/ + jw/w, )'
282 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
( ) [
o ganho cai 3 db na freqüência de corte wu, tal que
: � ;�
1 + W2uc / w', = v2
J
Desta equação obtemos e · ência de corte superior
R 1
WHC - 0' 32 Wb + --- = 0,32 Wb + 4
( Rs + r, ) e,
=
Ls .
à vista de ( 10 . 43 ) .
[ ]
Pondo w b e m evidência e simplificando,
r
"
( 10 . 45 ) Wuc ""' 0,32 Wb • ) + 4
Rs + r.
vamos comparar esta freqüênc1a de corte com aquela obtida no cir
cuito nao compensado, mantenao a hipotese Rs + r. « r . u ganno ao
"
circuito não compensado obtém-se fazendo Ls = O em ( 10 . 4\J )
1
( 10 . 46 ) G... =
e, s ( Rs + r. ) + Wb ( Rs + r. + r )
"
Passando ao regime senoidal e impondo uma queda de 3 dB no ganho,
obtemos a freqüência de corte superior do circuito não compensado :
Rs + r. + r r
" "
( 10 . 47 ) Wu = Wb = Wb
Rs + r, Rs + r,
Dividindo ( 10 . 45 ) por ( 10 . 47 ) ,
Wuc 0,32 ( Rs + r. > + 1,28 r
"
( 10 . 48 )
WH r
"
- Ym r Ru - gm r Ru
v. v, v. " "
( 10 . 49 ) Gvo =
Es Es v, Rs + r. + r r. + r
" "
onde
R, ( r. + r )
{
" Rei Rb2
Ru , R,
R, + r. + r Rei + Rb2
00 . 50 ) "
RC2 · R.
Ru
Rc2 + R ,
Rs "'• ...
r
<}'...,Y, V3
1'11 ,R1 �mv3 RC2 Ro
Vi
� '--y--'
Ru R L2
FIG . 10 . 14 - Modêlo simplificado em frequências médias.
�s
Não entraremos aqui nos detalhes destas aproximações ( ver SEEC, vol.
5, págs. 22 ss. ) ; demonstra-se que a freqüência de corte superior pode ser
estimada por
1
( 10 . 53 ) ( rad/seg )
PROBLEMAS DO CAPtTULO 10
FIG . P . 10 . l
Determinar :
a) os ganho de corrente e tensão, em decibéis, na região de frequências mé
dias;
b) as frequências de corte inferior;
...._,,... Gerador
RF
FIG . P . 10 . 2
�5,2kfl
f k.íl.
21rn
FIG . P . 10 . 3
200 .Jl
FIG . P . 10 . 4
r 570 ohms e 1 , 5 pF
'7t '7t
gm = 200 mA/V
1 1 . 1 - Introdução:
Examinaremos neste capítulo os tipos mais comuns de amplificadores
de rádio-freqüência. t!.:stes amplificadores têm ganho numa faixa de fre
qüências que se estende de ambos os lados de uma freqüência central,
chamada /reqüência de sintonia do amplificador.
t!.:stes amplificadores constituem-se de um elemento ativo - válvula
ou transístor - com uma impedância de carga ràpidamente variável com
a freqüência. Examinaremos aqui os casos em que esta impedância é cons·
tituida por um circuito ressonante paralelo ou por um transformador resso
nante. Em seguida trataremos também de alguns problemas que decorrem
da associação em cascata dêstes amplificadores.
No caso de válvulas, os amplificadores sintonizados são realizados mais
comumente com pentodos; a entrada e saída do circuito podem ser consi
deradas isolados, com boa aproximação. Isto decorre do pequeno valor
da capacitância grade-placa nos pentodos.
Em circuitos com transístores esta aproximação nem sempre é válida.
Daí a necessidade de examinarmos o problema da estabilização do circuito.
As propriedades dos amplificadores sintonizados serão aqui estabele
cidas, sempre que possível, a partir do exame dos polos e zeros da respec
tiva função ganho. t!.:ste tratamento, além de simples, presta-se a impor
tantes generalizações.
la)
G L
fb)
FIG. 11 . 1 - Amplificador sintonizado com pentodo e seu
modêlo em rád.io·freqüência.
s
( 11 . 4) G,( s )
S2 jw
FIG. 11 . 2 - Diagrama de ( 11 . 5) G,( jw ) =
pólos e zeros do amplifi·
cador sintonizado. ( jw
ÜS AMPLIFICADORES SINTONIZADOS 291
Habitualmente os am
plificadores sintonizados jw
são construidos com cir
cuitos ressonantes de Q
/
elevado, ou de amorteci /
/
mento a. pequeno, isto é,
�Y�- ---- J·w.
/ .
a. « w .
º Vamos examinar 51 2oc
:
o
1
com mais detalhes o com
', '....G::-
.. .. -s;.
portamento dêstes circui 1 ,
1 '
' jw
tos nas vizinhanças da fre 1 ,
1 '
�
qüência Wo- Como jw - s2
é aproximadamente igual 1
g.. 1
(11.6) G. ( jw ) - - ---
2CT jw s,
gm 1
(11.7) [ G. [
onde
G,
G
- gm Qo
V �T
Wo CT 1
( 11 . 9 ) Q = =
G G Wo L
é o índice de mérito do circuito ressonante.
( 11 . 11 ) B = Wo/Qo ( rd/seg )
( 1 1 . 12 )
válvula e a entrada
do estágio seguinte. + Eoo
l!:stes amplificadores
FIG. 11 . 5 Esqueiii.ãd;;"' amplificador com dupla sintonia.
são extremamente
-
usados por suas qualidades : ganho elevado, quando as bandas passante são
estreitas, e excelente seletividade.
Para fazer a análise dos amplificadores de dupla sin�onia, vamos utilizar
o modêlo incremental da fig. 1 1 . 6, a, que, mediante uma transformação de
fontes, se reduz ao modêlo da fig. 1 1 . 6, b. Em ambos os modelos supu
zemos desprezível a condutância interna do pentodo. As capacitâncias
e, e C2 incluem, respectivamente a capacitância de saída do pentodo e a
capacitância de entrada da válvula seguinte, bem como as capacit âncias de
fiação. As condutâncias G, e G2 incluem as perdas nos circuitos ressonantes.
{
Aplicando as leis de Kirchhoff ao circuito da figura, obtemos as
equações:
( Z, + s L, ) l, - s M 12 = - Ym Z1 E,
( 1 1 . 13 ) - sM l, + (Z, + sL, ). l, = O
E, = Z, 12
( 1 1 . 15 ) G.( s ) = E,/E, = -
(Z, + sL, ) ( Z, + sL, ) - ( sM )'
i!. = - '
, G1+ s c,
.--A--.,
M
o ,...,.___ o
Lz Cz
E,
i!.,
Lz
.,.
foJ
FIG. 11 . 6 - Modêlo em freqüências a l tas do amplificador
com dupla sintonia.
{ 1 1 . 16 ) G.( s ) =
( s 2 + sGJC, + 1/L, C, ) ( s' + sG,fC, + 1 /L, C, )
- ( s k )' ( s + GJC, ) · ( s + G,/C, )
{ 1 1 . 17 ) 1/L, C,
294 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
( 1 1 . 18 )
- gm sM/ ( L1 L1 C1 C2 )
( 1 1 . 19 ) G.( s ) =
( s2 + sw./9. + w02 ) 2 - ( sk ) 2 ( s + w./9,) 2
O denominador desta expressão, sendo uma diferença de quadrado&,
pode ser fatorado imediatamente, chegando-se a
- gm sM wo'
( 1 1 . 20 ) G.( s )
( 1 - k ) 2 [s 2 + sw./9. + w.2/ ( 1 + k ) ]
r
Os p6los desta função são :
@ilil , _
- --
w. 1 1
S1, 2 ± jw.
V
1·· ·
29. 1 + k 49.2
( 1 1 . 21 )
- --
1
JI
w. 1
= ± jw.
29. 1 k 4 9.'
--Wo
± j -----
Wo
29. v�
( 1 1 . 22 )
--Wo
29.
± j ----- Wo
v1 - k
Como na maioria das vêzes o fator de acoplamento é muito menor que
a unidade,
·
( 1 - k ) - 1 12 = 1 + k/2 ' ( 1 + k ) - 1 12 = 1 - k/2
( - +)
w.
S1. 2 = - -- ± jw. 1
29.
7)
( 11 . 23 )
S3 " = -- Wo
29.
± jw. (
\
1 +
ÜS AMPLIFICADORES SINTONIZADOS 295
l
permite intuir fàcilmente a curva de
resposta. De fato, levantando sôbre
-Wo o
cada ponto do plano complexo uma cota 2 Qo II
proporcional ao módulo da função 1
( 1 1 . 20 ) nesse ponto obtemos uma su 1
1
perfície ondulada que descreve o anda 1
S4 ;k
mento da função. Em particular, às 1
posições dos pólos corresponderão picos 1
de altura infinita e na posição dos zeros Sz :Jc
ocorrem vales de cota zero. A interse- FIG. 11 . 7 Diagrama de pólos e zeros
-
JW
( 1 1 . 24 ) G. ( jw ) = (1
------ ----- ------
- k' )
- j gm wM Wo'
( jw - s, ) ( jw - s, ) ( jw - s, ) (jw - s, )
Vamos examinar o comportamento nas vizinhanças d e wo, d e modo que
podemos introduzir as simplificações
Ow - s, _ 2jw
� .
l Jw - s, _ 2jw
Introduzindo estas simplificações em ( 1 1 . 24 ) e normalizando a fre
qüência em relação a wo, obtemos a seguinte aproximação da função ganho :
j gm M Wo
( 1 1 . 25 ) G. ( jw/wo ) =
( 1 - k' ) . 4 ( w/wo ) ( jw/wo - s,/wo ) (jw/wo - s / w ) , o
Substituindo s, e s, pelos valores ( 1 1 . 23 ) e introduzindo o desvio de
freqüência
( 1 1 . 26 ) ô = w/wo - 1
+ _!:__ )]
o ganho fica
j gm Wo M
( jw/wo)
(.
( 1 1 . 27 ) G.
[-1-
= ------
[-.-/- )] �
4 (1 - k' ) + j ô X
2 90 2
X
2 Qº
+ j ( Ô - !_
2 Wo
Como última aproximação, na vizinhança de w0 podemos tomar w/w0 =
desprezando êste fator no denominador da função ganho. Tomando agora
1,
o módulo do ganho resulta
(1 vi[ � + ( + r i
( 1 1 . 28 )
4 k' ) ô + X
V[ ; + (s +rJ
_
x 4 º,
Vamos achar os máximos e minimos desta função; basta para isso,
[-.-1- ]
derivar em relação a ô o que está dentro do radical e igualar o resultado
a zero :
[-1- ]
(ô + k /2 ) ( o - lc/2 )'
+
( 1 1 . 29 ) + +
490'
( 1 1 . 30 ) k > 1 /Q.
o
então a um mínimo da curva de res
FIG . 11 . 9 - Banda passante do amplifica·
posta ( fig. 1 1 . 9 ) . dor com dupla sintonia.
( 1 1 . 31 )
fôr menor que o valor crítico, a curva de resposta continua com um só má
ximo, mas o ganho é menor que no caso anterior.
O ganho na freqüência central ( o = 0 ) , para qualquer valor de k, obtém-se
diretamente da equação ( 1 1 . 28 ) :
gm k vL: L,
I Gv l
w.
( 1 1 . 32 ) =
õ = o ( 1 - k' ) [ 1 /Qo' + k'] k' + 1 /Qo'
v L, L, Q.
1 Gv 1
gm w.
( 1 1 . 33 ) m., 2'
2
v L, L, Q. gm Wo v-i, L, Q.
1 Gv 1
gm w.
( 1 1 . 34 ) -
2( 1 - k' ) 2
Note-se que êste ganho é igual àquele em õ = o, para acoplamento
crítico.
298 ELETRÔNICA - L. Q. 0RSINI
( 1 1 . 35 ) Bc = v 2 Wo/Qo rd/seg
Para outros valores do acoplamento, as duas freqüências que limitam
a banda passante determinam-se impondo que o valor do ganho, calculado
V -
por ( 1 1 . 28 ) , sej a igual a 1 / -../2 do valor ( 1 1 . 34 ) . Após algum desenvolvi
mento de cálculo obtém-se
1
< 1 1 . 36 ) s' = ± -- < k' Q.' n + v2 v 1 + 1c< Q.4
2Q.
Os acoplamentos maiores que o valor crítico são utilizados quando se
-
desej a aumentar a banda passante do circuito, e a pequena redução de
ganho na freqüência central é tolerável.
( --)
Passando ao regime senoidal, nas vizinhanças da freqüência de resso
nância e com as aproximações já introduzidas para obtenção da expres
são ( 1 1 . 6 ),
Ym 0 1
( 1 1 . 38 ) G. ( jw ) = -
2Cr
ÜS AMPLIFICADORES SINTONIZADOS 299
Iº [ (
Tomando o módulo desta expressão e com as notações empregadas
) I'
em ( 1 1 . 7 ) e ( 1 1 . 8 ), segue-se
T
1
( 1 1 . 39 ) 1 G. 1 = 1 G, ----
w a w0 2
1 +
( 1 1 . 40 ) E. = 2 a v 2'1" - 1 = E , v 2'!• - 1
onde E, é a banda passante de um só estágio. Verifica-se que a banda
passante da associação se reduz à medida que aumenta o número de
estágios.
O ganho na freqüência de ressonância é, evidentemente, igual ao ganho
de referência de cada estágio elevado à n-ésima potência.
( 1 1 . 41 ) [ Gn J =
4n ( Q. 1 /Q. )" ( 1 /4Q.' + 0' )0/2
(_g_m_w_._v_L_,_L_, )
-
º 1
( 1 1 . 42 ) J Gn [ = -
( )º
O ganho máximo ocorre em o = O, isto é, na freqüência de ressonância
e resulta igual a
1 G. 1
gm -
( 1 1 . 43 ) mu = - - Wo V L, L, Q.
2
Verifica-se facilmente que êste ganho corresponde ao ganho máximo
de um só estágio, elevado à potência n.
300 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
f211•
em que o ganho cai a 1 / v2 do valor anterior. Impondo esta condição em
( 1 1 . 42 ), obtemos
1
B1,2 = ± - 1
( 1 1 . 44 ) Bº = v'1
2 1/D - 1
v2wo
ºº
= B1 V2'1·
4
_ 1
jw
A decalagem da sintonia se faz normal
mente em dois ou três estágios sucessivos.
kwi- :-�-
Constituem-se assim pares ou triplos que, por
sua vez, podem ser associados em cascata para
obtenção de um ganho pré-determinado.
Vej amos agora o caso de um par, consti
tuído por dois estágios de sintonia simples e
1
:1: .jw, -
1
- - -
( 1 1 . 45 ) I G2 I
r
�
w - w,
º· = õ + k/2
Wo
( 1 1 . 46 )
w - w,
l º'
= õ - k/2
Wo
( 1 1 . 47 )
( 1 1 . 48 )
( 1 1 . 49 ) IGI
õ = o G' 1 + Q.' k'
Em particular, para o valor crítico do coeficiente de decalagem o ganho
fica igual a Ym'/(2G' ).
302 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
1
( 1 1 . 51 ) ± -- ....; 9.2 k' - 1
2Q.
A banda passante, ainda para coeficiente de decala!jtem maior que o
crítico, resulta igual a
w.
{ 1 1 . 52 ) ....; k2 Q.2 - 1 + 2k 9. B, y k' 9.2 - 1 + 2k Q •
Q.
onde B1 é a banda passante de um só estágio.
No caso de acoplamento crítico, a banda passante do amplificador é
w.
( 1 1 . 53 ) B2c =
Q.
( I,
t
( 1 1 . 54 )
I,
-I1
Vi 1 �e
=
{
dutiva e susceptiva, isto é,
=
Trans. de Ge ( - Vc• = 6V; h = lmA ) 1 Trans. de Si ( VcE = lOV, = lmA )
(jw C )
( 1 1 . 55 ) G, ( jw ) -
1
y"' + + --- + G
. L
JW
304 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
- 1,
1
'f,.evz.
�ie 'toe L e G
-
V2
!ffeVr
V,
FIG . 11 . 13 Modêlo incremental do amplificador sintonizado.
[w
( 1 1 . 56 ) G. ( jw ) =
G + Y� + j (C + C°' )
L ..
minador se torna real, isto é,
1
( 1 1 . 57 )
v (C + C )
- Yr.
O ganho de referência é pois
0 1 . 58 ) Gvo = ----
G + g°'
[ . ) - �L J
sej a, o intervalo de freqüências em que portanto, nas fre-
qüências de corte teremos, de ( 1 1 . 56 ) ,
( � wo' )
(G + g.. ) ' = w (C + C.
-
Como se trata de amplificador de banda estreita, as freqüências de
corte 6i são próximas de wº e temos
�2 Wo2
--
Substituindo na equação anterior e resolvendo em relação a (;) resultam
as freqüências de corte
1 G + Y�
( 1 1 . 59 ) W2 .1 = Wo ±
-
2 e + e..
e a banda passante
G + g..
( 1 1 . 60 ) B W2 W1
e + e..
Os AMPLIFICADORES SINTONIZADOS 305
a) de ( 1 1 . 60 ) :
G + g.. + 4 X 1 0·'
- 1,4
1 0·3
e
56,4
- e.. = X 10·",
B X 103
donde
e =
17700 pF
b) de ( 1 1 . 57 ) :
1 1
L = = = 7,1 µH
w.
'
( C + C.. ) 2,82' X 10" X 1 7700 X 1 0·"
L'
( 1 1 . 61 ) L L' a'L
a'
306 ELETRÕNICA - L. Q. ÜRSINI
- l/
resultará
17700
ª - 1 --- � 4,2
1000
de modo que
L' = 1 7,7 X 7,1 :.; 126 µH
Ao calcular a condutância de carga dêste circuito devemos associar
a G'L ( fig. 1 1 . 14 ) , multiplicada pela relação de transformação apropriada,
a condutância decorrente das perdas do transformador. Esta condutância
total, referida ao coletor, será utilizada para o cálculo do ganho de refe
rência pela fórmula ( 1 1 . 58 ) .
r Ys r,
r Y,
r r
rie�
Is 6s f.1 't22 G L e
�21v,
( I, = Y11 V, + Y12 V,
1. v, = - Y21 Vif(y,, + YL )
( 1 1 . 63 ) Y, = Y11 - ----
Os AMPLIFICADORES SINTONIZADOS 307
( 1 1 . 64 ) Ys = Gs + Y 11 - ----
Y22 + YL
ou, como
r Y11 Yu + j bu Yu + jw Cu
( 1 1 . 65 ) Ys
( g,, + G) + i ( wC' - 1 /wL )
onde
( 1 1 . 66 ) C' = C + C22
1
( 1 1 . 67 )
yL ( C + C,, )
y,. Y 12
( 1 1 . 68 ) Ys = Gs + g" + f b 11 - -----
( g,, + G) + j 2 C' ( w - Wo )
A condição suficiente para que o circuito sej a estável é que a parte real
da admitância vista pelo gerador sej a positiva para qualquer w, isto é,
( 1 1 . 69 ) Re [ Y ] � O
,
Ora, de ( 1 1 . 68 ) obtemos
( 1 1 . 70 ) Re [ Y ] , =
�l
Nota : Se não admitirmos a simplificação ( 1 1 . 71 ), a condição de esta
bilidade será
a) Amplificadores a pentados :
O modêlo íncremental do pentodo é o índicado na fig. 11 , 16.
{
Em conseqüência, os parâmetros de
admitância resultam
Yu = jw ( C, + C8p )
Y12 -
- - J0W egp
( 1 1 . 76 )
Y21 = Ym - jw Cgp Ym
Yzz jw ( Cº + Cap ) + gp FIG . 11 . 16 - Modêlo incremental de pcntodo.
s
( 1 1 . 77 ) Gs ( gp + G) = -- Ym w. c.p
2
ou ainda
2 Gs gm
( 1 1 . 78 )
S ' W0 Cgp G + gp
Os AMPLIFICADORES SINTONIZADOS 309
b) Amplificadores a transistores :
Na gama de freqüências em que ( 1 1 . 71 ) é válida, os parâmetros de admi
tância dos transistores são dados por
J
Yu Yie g.. + jw e..
- jw e"
== ==
( 1 1 . 80 ) Y 12 = Y" =
1 Yt· I '�
l
Y21 Yr. =
Substituindo em ( 1 1 . 74 ) , vem
s
( 1 1 . 81 ) ( Gs + g,, ) ( G + g°' ) =
2
Em alguns transistores pode ocorrer que g., e g°' sej am tais que
1
( 1 1 . 82 ) g,, g°' > 1 Yr. Y" 1
2
A condição de estabilidade ficará assim automàticamente satisfeita para
quaisquer valores de condutâncias da fonte ou da carga; o transistor diz-se
então incondicionalmente estável.
A título de exemplo, consideremos um amplificador usando um tran
sistor planar de Si, com os parâmetros indicados na tabela I da seção
1 1 . 6, operando em 450 KHz, e alimentado por uma fonte com 50 Kohms de
resistência interna. Adotando s = 4 ( um estágio ), de ( 1 1 . 8 1 ) obtemos o
valor da condutância de saída :
2 J y ,, Y" J
( 1 1 . 83 ) ª =
( Gs + g,, )
ou, substituindo os parâmetros ( medidos em m mhos ) :
2 X 35 X 1,5 X 10·3
G = - 4 x W-3 = 0,33 m rnhos
2 X 10" + 0,3
PROBLEMAS DO CAP1TUW 11
tituído por quatro estágios idênticos a sintonia simples, com pentados 6AK5 (gm =
= 5 mA/V ) . A frequência central é de 45 MHz e a indutância sintoniza com a ca
pacitância total entre estágios de 12 pF. De.termine :
a) a resistência de carga de cada estágio;
b) a banda passante total do amplificador;
c) a indutância de sintonia.
esp. �f
�4
3j
esp.� 2. 1<.n.
FIG. P . II . l
GE R ADORE S DE F OR MA S DE ONDA S
12 . 1 - Introdução
12 . 2 - As resistências negativas:
A /irn�ntaçõo
A rnp/i/icodor
S1slerno
A lirnen Pesis ttfncto de orn?Oze
negativo non?enlo
toçÕo
de energ:o
A rrno� enornl!n!"o de
ene rgia
o) ( · - --dador�� com resistêncta negativo
então que êsse bipolo exibe uma característica com resistência negativa.
Esta característica pode ser de dois tipos :
a) resistência negativa controlada por tensão, ou estável em curto-cir
cuito ( figura 12 . 2 ) ;
\\_
1
1
1
1
1
V
1
O) Cur vo c o ro c t e r is t t c a 1
1
1
�:
b) Vor i o ç ão do r�sis têncio
FIG. 12 . 2 - Resistência negativa controlada por tensão.
{V _+1�
.__C _RJl
A integração das equações do circuito
fornece
02 . 1 ) Vº
_
r
(C>/ (Jo} Est I . fcil Est Ili
:O-�
rº"
v.��
�� +
(e ) é s t. II
---<> -1..
r--- -WWIMr-r,,
_L
2
( 12 . 2 ) estado 1: V ( R + r. ) i
( 12 . 3 ) estado I I : V
316 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
{
v ( R + r. > ( ib + i ) µe" -
( 12 . 4 )
R + rp
e" = R ib ; e" =
( i + ib ) R-
filme de A u
I
r
10 mlls
(a ) (C )
(b )
FIG . 12 . 10 - Características do transistor de semijunção: a) símbolo; b ) características da
emissão; c) características interbases.
rB l
( 12 . 6 ) Vp = TJ VBe , com TJ
rBl + rB2
I"
De
-{�
E "e 62
<e
- ª2
!! 1�e
1'é "e 1 VB B
('é
e, o Vp YJ VBB
(a ) (b)
FIG . 12 . 11 - Modêlo linearizado do transistor de semijunção.
C - + (1/RN + 1/R) + L1 f V V
A equação do circuito será
dv
02 . 1 0 ) - dt = i, ( t )
dt
Transformando segundo Laplace e resolvendo em relação a V (s),
02 . 1 1 ) V (s)
L (s) s
=
C s2 + (RN + R) s/(RN RC) + 1/(LC)
-- ------ ------
2 e RRN
L e 2 e
Para que a resposta sej a oscilatória, a quantidade sob o radical deve
( 2�
)'.·2
ser positiva, isto é,
02 . 13 ) <
1
----
• LC
--
02 . 14 )
02 . 1 5 )
02 . 16 )
02 . 18 ) Wa = v T/LC
sendo fixada apenas pelos parâmetros L e e.
Dêste estudo ressaltam as componentes essenciais de um gerador a
resistência negativa e as respectivas funções :
GERADORES DE FORMAS DE ÜNDAS 321
1 -
Resistência negativa : torna positiva ou nula a parte real dos
pólos da função resposta ( positiva ao iniciar a operação, para "escorvar"
o gerador ) ;
2 -
Elemento não linear ( R o u R N ), que controla o estabelecimento
das oscilações e limita o seu valor final;
3 -
Elementos controladores de freqüências
fixam a freqüência de operação;
(L e e no exemplo ) , que
R 1 RN 1
( )
( 12 . 19 ) <
1 > R 2+ RN '
LC L
( 12 . 20 )
n--
1
mente não senoidal. Tal gerador pode,
por exemplo, ser constituido ligando-se
um capacitor aos terminais da resis
tência negativa controlada por corren·
V C
te, indicada na figura 12 . 6-a. Supo
nhamos que o capacitor, de capacitân-
cia e e inicialmente descarregado, é
1
-
ligado à resistência negativa através
de uma chave, no instante t = O ( fig. FIG . 12 . 14 Modêlo de oscilador
de relaxação com resistência negativa.
12 . 14 ).
Uma vez que a carga do capacitor é contínua ( a menos que o circuito
possa fornecer correntes impulsivas ), esta ligação impõe v O nos termi
=
e e
-
5;- -
V
- - - - - - - - - - - - - - -
18
_ _ L _ _ _ _ _ _ _ _
.
_ _ _ _ _ _ _
1 1
7l 1 1
f - - - � - -�- - - - - - - - - - - - - - -
(
! 1
1 1
1 1
t
FIG . 12 . 15 - Traçado gráfico da corrente e da tensão no circuito
da figura 12 . 14.
onde
1
E •• E. µR
01 == -r1 ln -r1 ln
E•• E�
l
( 12 . 22 )
R + r.
E. µR
02 == "' ln -- == -r2 ln
E. R + r.
com as constantes de tempo
�Lr "1 == C ( R + r. )
02 . 23 )
'r2 e (R + r. >
pois, neste caso, R, Rn== R + rr. ==
modêlo incremental.
324 ELETRÓNICA - L. Q. ÜRSINI
E V V
(o) (lo)
FIG . 12 . 18 - Pontos de operação de bipolos com resistência negativa
controlada por tensão e por corrente.
o V o
Não sendo satisfeita uma das condições ( pág. 325 ), recaimos no caso dos
três pontos de interseção, indicados na fig. 12 . 18; o circuito tenderá a
ficar num dos dois pontos estáveis de operação. A instabilidade do ponto
2, dependente de elementos armazenadores de energia, não pode ser de·
monstrada a partir do modêlo da figura 12 . 17.
Dado um circuito com dois pontos
de operação estáveis, sua história an.
terior determinará em qual dos pon· '
'
tos o circuito está num dado instante . '
'
Para exemplificar êste ponto, conside·
remos novamente o circuito da figura
12 . 17, sendo a resistência negativa
controlada por tensão. Suponhamos
ainda que E aumenta a partir de zero,
com R constante. Para um valor E,
de E, bastante pequeno, o ponto de O E,
FIG . 12 . 20 - Disparo de circuito
operação do circuito situa.se em 1 com resistência negativa por varia·
( fig. 12 . 20 ), ponto estável. ção da tensão de alimentação .
Nota Bibliográfica:
12 . 9 - Multivibrador instável:
Estados v, V2
I bloqueada conduzindo
II conduzindo bloqueada
( 12 . 32 )
328 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINl
{- E!!>b + J
e,
�
1
1
e. ,
1
� .Qg,
�·
f'
(O)
fel
02 . 33 )
Se fôr R., muito maior que Rb2 ou r.,, como é habitual, pois que tais
circuitos são geralmente feitos com triodos, resulta
02 . 34 )
GERADORES DE FORMAS DE ÜNDAS 329
-r 6 1
e a corrente de descarga resulta
e - t
- [Ebb - ( E., - E, ) ] -- exp --
dt
'°' s 1 '°' s 1
- í
1
1
1
1
1
- - - - - - - - - , - - - - - - - - - --
!
1
1
1 "'s 1 C1 "' ;:;ól
1 Rd2
"' º
eb 2 1
1
1
Eb b
- -- - -- ---
1 ������.......
r
1 "'
r,cl
( b}
t:
Essa transição é brusca, de modo que a tensão e,, tende a zero muito
ràpidamente, permanecendo nula durante a duração 02 do estado II ( su
pondo nula a resistência do díodo constituído pela grade e catodo ) .
330 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
R ,1 C1 - Õ1
--- [Ebb - ( Ea2 - E, ) ] exp --
donde
( 12 . 36 )
-r81 [ J
Se a resistência de grade fôr muito maior que a de placa,
Ebb + E, - E,,
( 12 . 37 ) 01
_
= ln
E'º' + E, _
02 . 38 )
Durante o estado I I passam-se fenômenos análogos; para sua análise
õ, = -r82 [ i;8
basta trocarmos os índices 1 e 2 nas expressões anteriores. A duração
dêste estado é, portanto,
2 J
R., C, Ebb + E, - E,,
02 . 39 ) ln --- -------
E'º' + E,
õ,
A duração de um ciclo completo do multivibrador, ou seja, seu período,
é então
02 . 40 ) T = Õ1 +
12 . 10 - Multivibrador mono-estável
-
um pulso positivo à
placa de V,, com
amplitude suficiente,
faz com que V, passe FIG. 12 . 25 Circuito de multivibrador mono-estável.
n e
de da válvula V, não ultra
passa a tensão de corte. Na
ecl�
fig. 12 . 26 apresentamos as
formas de onda correspon
o dentes; sua obtenção é aná
loga ao caso já estudado do
j�º'V-E< , �
multivibrador instável.
Note-se que o circuito
pode também ser disparado
por um pulso negativo apli
cado à grade de V, ou à placa
e-
1 1
de V,. l!:ste pulso será am
:; '
plificado por V,, que está
conduzindo e recaimos assim
_ _ _ _ _ _ _ _ _ - -- - - - - -
no caso anterior. Por efeito
o 1 1 t da amplificação de V, êste
1
pulso pode ser de menor am
plitude que o pulso positivo.
o
A cada pulso de disparo
corresponde pois um ciclo
-
completo do circuito, resul
tando nas formas de ondas
indicadas na fig. 12 . 26. Como
Flli. 12 . 26 Fórmas de ondas no multivibrador
mono-estável.
estas formas independem da
332 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
forma do pulso de disparo, êste circuito pode ser utilizado como formador
de pulsos.
Os pulsos de disparo habitualmente são injetados por meio de diodos,
que só deixam passar pulsos de um sinal e desacoplam o gerador na
ausência de pulsos. Na fig. 12 . 27 apresentamos um tipo de circuito para
o disparo com pulsos negativos.
( Para maiores detalhes sôbre o multivibrador mono-estável, bem como
o instável, ver Millman e Taub, "Pulse and Digital Circuits", cap . 6, Mac
Graw, 1956 ).
� t--....-iÇ
... t--������
Tr
�
FIG. 12 . 27 - Disparo do multivibrador mono-estável.
12 . 11 - Multivibrador bi-estável:
V, --
---- R
1 ov
(b)
FIG. 12 . 29 -Modêlo dos circuitos d e placa do
multivibrador bi-estável.
( 12 . 43 ) X = R/R.
obtemos de (21 . 42 )
Eb, X
- Ec1 - E"
1 + X X + 1
Portanto,
Eb, + E,,
( 12 . 44 ) X =
--
--- > o
X + 1
ou, como x é positivo,
( 12 . 46 )
Sendo satisfeitos 02 . 44 ) e 02 . 46 ) o circuito funciona como multivi·
bradar bi-estável.
--l t-i>--!Q--t-_,,_-Nt-.'"J--ó�
)T
1 C "" 5 0pF,
-1 r-------Ç
e [__
(b)
FIG. 12 . 32 - Métodos de disparo dos
multivibradores bi·estáveis.
1 2 . 12 - Multivibradores transistorizados:
capacitores de comutm;:ão
( '\
---1
C 12 . 47 )
R + Rc
i
1 ;:;,: Rb Tz
1
R + Rb I + !" º
( 12 . 48 ) vb1 = -------
R + Rb
Finalmente, desta equação obtemos a condição
( 12 . 49 )
capacitares cornuta;;õo
f '\
de
02 . 52 )
<P + 1) R, + � R,
Como é � » 1, a corrente de coletor pode ser aproximada por
02 . 53 ) I, = ----
R, + R,
Substituindo êste valor em 02 . 50 ) obtemos o potencial de coletor do
transístor em condução :
( 1 + � ) R, R,
0 2 . 54 ) - V,2 = - V" ------- - - Vcc ____
( 1 + � ) R, + � R,
Para que êste circuito sej a efetivamente bi-estável, duas condições
devem ser satisfeitas: no transístor em condução o potencial de base, - Vb,,
deve ser um pouco inferior a - V,,, para assegurar a polarização direta
da junção coletor-base; no transístor bloqueado a base deve ser um pouco
menos negativa que o emissor, para
garantir o corte da correspondente
t---->--vlJINIJ'-�"'
-v,; 2
kós+.lc
j unção. Como o potencial de ruptura
da j unção emissor-base é da ordem
de um ou dois volts na maioria dos
transístores, deve-se cuidar, para não
danificar a j unção, de limitar essa di
ferença de potencial, ou impedir que
a eventual co rren te a t raves da JUnçao FIG.
· · - 12 . 37 - Modêlo para a determinação
:lo potencial de base no transistor em corte.
ultrapasse valores permissíveis.
A primeira das condições acima, correspondente ao transístor em con
dução, exprime-se por
02 . 55 ) - Vb2 :( - V,2
GERADORES DE FORMAS DE ONDAS 339
I =
( 12 . 56 ) ------- v<c
R + fü + Rc
02 . 57 ) R :( --------�
( 12 . 59 )
_L
f -1
Putso de
disparo
positivo
=J In; e ç ão p e t a b a se
_L
(----i
Puls o de
disparo
p o :o i t i v o
b ) Injeção p e lo cole t o r
" ·) e
cado na fig. 12 . 40, com as bobi
nas do transformador ligadas
com a polaridade indicada, e o
transístor NPN inicialmente blo •
queado pela tensão V••·- O
gerador indicado no circuito de
base fornece pulsos de disparo
positivos. Suporemos unitário o
coeficiente de acoplamento entre
as três bobinas.
FIG . 12 . 40 - Esquema do oscilador de blo ·
queio mono-estável.
342 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
(a ) (b }
FIG . 12 . 41 - a) Formas do oscilador de bloqueio; b) Pontos de operação do oscilador
de bloqueio.
( � )2 + � · t
indutância foi aplicado um degrau de tensão de amplitude Vcc, sua corrente
aumenta linearmente com o tempo, de modo que
i, = �
RB
( 12 . 61 )
n, L
Esta corrente, indicada na fig. 12 . 41-a, subsiste enquanto a corrente de
base 02 . 60 ) fôr suficiente para manter a saturação do transístor, isto é,
entre os pontos P e P' da característica de coletor ( fig. 12 . 41-b ) . Atingindo
êsse ponto, no instante t =
" a tensão de coletor começa a aumentar,
i�\
2
Vcc Vcc nb 1
1 + -r h FE Vcc --
Ru \ n, L n, Ru
donde
L L nb
( 12 . 62 ) -- -- hFE
Rs n,
nb
pois normalmente hFE » --
.
n,
Pelas simplificações introduzidas no cálculo, ( 12 . 62 ) fornece apenas uma
estimativa da duração de pulso.
Note-se ainda que o corte brusco do transístor e, por consequente, da
corrente na indutância, faz aparecer transitórios relativamente bruscos no
circuito, como indicado em pontilhado na fig. 12 . 41-a. Tais transitórios
podem danificar o transístor, pelo que habitualmente são suprimidos, por
meio de um díodo ligado entre os terminais do transformador.
Na exposição acima não levamos em conta possíveis não-linearidades
do núcleo do transformador. Tais não-linearidades modificarão a duração
do pulso.
Para facilitar o disparo do circuito convem também colocar uma pequena
capacitância de comutação C, em paralelo com a resistência Ra ( indicada
na fig. 12 . 40 ) .
opera como no caso monoestável, de modo que "°'' pode ser calculado por
( 12 . 62 ). Ao fim dêsse intervalo de tempo o transístor bloqueia-se, estado
344 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
•
êste que é instável, por causa da polarização + Vas; o transistor vai então
voltar à saturação após um intervalo de tempo "t'2, que depende essencial·
mente da constante de tempo do circuito RC da base.
nb
CB RB
�e
+ VB B
o t
(a ) (b )
FIG . 12 . 42 - Oscilador de bloqueio instável.
( 12 . 63 ) R a Ca l n ------
Vaa - E.
PROBLEMAS DO CAPfTULO 12
_ ---1--<--i 1 1 1-
L--- +-� ! !
Ebb
FIG. P . 12 . 1
to em fac� das correntes de placa dos triodas, e suponha nula a resistência do diodo
formado pela grade e catodo das válvulas.
+250 V
2201t.f2
-150 V
FIG. P . 12 . 2
346 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
1
1
�PN
r1
FIG. P . 12 . 3
ECC 82
Prob �ema 1 2 . 6-
1 2201ti7.
-f!50V
FIG. P . 12 . 4
220ki7.
-f50 V f
U m multivibrador instável, com o esquema d a fig. P l 2 . 5 , utiliza
trans1stores PNP com a. = 0,99. Supondo instantânea a transição entre estados de
termine, em prime.ira aproximação :
a ) a s tensões d e coletor e base, e m função d o tempo;
b) a frequência do multivibrador.
-sv
FIG. P . 12 . 5
GERADORES DE FORMAS DE ÜNDAS 347
500pF
FIG. P . 12 . 6
.CAPfTULO 13
13 . 1 - Introdução :
F.; +
1 - (3 ( s ) Gº ( s )
A função ganho de um amplificador é assim modificada por efeito da
função de transferência (3 do circuito de realimentação. Esta função é
designada por relação ( ou fator ) de realimentação.
350 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
se reduz a zero para freqüências muito altas e muito baixas, essa curva
se fecha na origem ( figura 13 . 2 ) .
A diferença de retôrno obtêm-se fa
cilmente do diagrama de Nyquist.
Basta, para uma freqüência préfixada,
fazer a diferença entre os vetores
1 + jO e Gl, como se indica na fig. 13 . 2 . 1
A realimentação é negativa quando �-t-���---if--; -�-=>,<'--_,��-
1
E,
+
Em conseqüência,
( 13 . 8 )
e a distorção é reduzida pela diferença de retôrno.
A tensão total à saída, por sua vez, é
( 13 . 9 )
Sem realimentação teríamos à saída
( 13 . 10 )
�.
l,_
Z;l2
( 13 . 1 1 ) Eo = Ko E, Z,/( Z, + Z, )
( 13 . 12 ) G0 = Ko Z,/(Z, + Z, )
354 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
z,
( 13 . 13 ) Eo = ---- ------
1 - p Ko Z;/ U - Ko p ) + Z,
Comparando esta expressão com ( 13 . 1 1 ) , verificamos que a impedância
interna com realimentação reduziu-se a
( 13 . 15 ) P = Zr/ ( ZL + Zr )
( 13 . 16 ) Go = Ko ( ZL + Zr )/( ZL + Zr + Z; )
( 13 . 17 )
Ko ( ZL + Zr )
E, = E, Go/U - p Go ) = --------
ZL + Z1 + ( 1 - Ko ) Zr
e portanto a tensão de saída resulta
( 13 . 18 ) Eo = ------- E,
elevado, deve ser negativo para que a realimentação também sej a negativa.
Notemos ainda que os dois tipos acima descritos podem coexistir num
mesmo amplificador.
Passemos agora a examinar alguns circuitos típicos de realimentação.
a) Circuito geral :
Como nem todos os tipos de circuitos que vamos examinar se enqua
dram diretamente no diagrama de bloco da fig. 13 . 1 , vamos introduzir
aqui o modêlo da fig. 13 . 6 e referí-lo ao diagrama de bloco.
A REALIMENTAÇÃO NOS AMPLIFICADORES 355
(a) (b )
FIG . 13 . 6 - Circuito com realimentação negativa de tensão e diagrama de
bloco básico.
R, Zr/ ( R, + Zr )
( 13 . 19 ) E, = ------- Es = Es = a. Es.
Rs + R, Zr/ ( R0 + Zr ) Rs ( R, + Zr) + R, Z1
E0 será a tensão à entrada, com Es O, isto é, com o respectivo gerador =
Z1 + Rs R./ < Rs + R, )
e do diagrama de bloco,
Eº ªº
=
E, 1 -
p ªº
Portanto,
( 13 . 22 )
Considerando ainda que
( 13 . 23 )
( 13 . 25 ) Y, = I;/Es
I, = ( Es - Eo )/Z1 + Es/R,
I, = Es ( 1 - Go ) Y1 + G, Es
e a admitância de entrada resulta
( 13 . 26 )
( 13 . 27 )
( 13 . 28 )
13 . 6 - Amplificador operacional:
lE0° - 2 G E 1
( fonte positiva e fonte negativa ) dêstes amplificadores.
- - - - - - - -- - -,
1 .
fit
1
Zo 1
1
+ 1
1 1
.... 1 E;0 1
1
l 1
1
1
1 + 1
1
L - - - - - - - - � __J1
z
. �.
/;) amplificador sem inversão (mul/iplicoçõo por ,. K)
e) seguidor de tensaõ .
e2
e, o-vvi,.....,=--�
o-""1."-=--�---�NV'---�
d) somador.
e) suhtrtrtor.
A REALIMENTAÇÃO NOS AMPLIFICADORES 359
,- - - - - - -· - - - - - - ....,
1 1
1
1
1
1
1
1
_j
R, �G
( 13 . 29 ) G,
1 + �G
360 ELETRÕNICA - L. Q. ÜRSINI
( )
onde
( 13 . 30 ) � =
Rf R,
-- + 1 + R,
.
R ,º
A relação ( 13 . 29 ) mostra que se a diferença de retõmo fôr muito maior
que 1 teremos
e0 Rf
e. R,
Ora, num amplificador operacional esta condição é fàcilmente verificada,
bastando que escolhamos R , e Rf menores que a impedância de entrada R,"
e o ganho sem realimentação sej a razoàvelmente elevado.
Completaremos êste exame sucinto dos amplificadores operacionais com ·
-
detalhes sôbre suas imperfeições, podem ser encontrados na bibliografia
indicada no fim do capitulo.
eh,
-rrj5� z-F-- +
__
FIG .
_,__ -
____
13 . 11
___,T-
Circuito com realimentação
pelo catodo.
A REALIMENTAÇÃO Nos. AMPLIFICADORES 361
0 3 . 31 ) Gc ( S ) = Eo/E ; = -----
ZL + Z; + Zr ( 1 - K0)
onde Kº é o ganho do amplificador em circuito aberto.
No caso de amplificadores com pentodo, de banda larga, o ganho em
aberto é gm Tp, incluindo as capacitâncias parasitas na carga. Portanto,
-
03 . 32 ) G (s) = ------
ZL + Tp + Z1 (1 + gm Tp )
- gm ZL
03 . 33 ) Gc ( s ) = -----
1 + gm Zr
= -- -----
sante do amplificador. Para isso, vamos substituir ZL por seu valor em
=
freqüências altas, isto é,
1 1
03 . 34 ) ZL com w, 1 / RL CT
CT s + w,
1 - gm ( s + wk )
03 . 36 ) G
03 . 37 )
Esta expressão mostra que a nova freqüência de corte superior do
amplificador é
03 . 38 ) = w, (1 + gm R. >
R. Ck
Nestas condições, a freqüência de corte superior vem multiplicada pelo
fator 1 + gm Rk. É claro que o ganho de referência vem dividido pelo
mesmo fator, de modo que a realimentação não aumenta o índice de mé
rito do amplificador. As outras vantagens decorrentes da realimentação,
362 ELETRÔNICA - L. Q. ORSINI
( 13 . 39 ) F (s) K -�����
ao S" + a1 Sº - 1 + + a0
Para que o circuito sej a estável, os pólos desta função devem ter
partes reais negativas; se assim não fôr a resposta conterá componentes
,
deve ter apenas raízes com parte real negativa. Uma condição necessária,
mas não suficiente, para que isso aconteça é que todos os coeficientes da
equação tenham o mesmo sinal.
Para obter uma condição necessária e suficiente, formam-se os seguintes
determinantes com os coeficientes da equação :
1 a1
( 13 . 41 ) 1 a,
1 ª'
ªº
a,
ª•
O
a1
ª'
/1 a.
ª'
o
a1 a. . . . . . o
o
13 11
. - Aplicação do critério de Routh-Hurwitz aos osciladores :
G
z,
(ca l (b)
1''IG . 13 . 13 - Esquema geral de um oscilador e correspondente modêlo
incremental.
r z, Ir + ( Z, + z, + Z3 ) I O =
( 13 . 42 ) � [rp + ( 1 + ) Z, + Z ] lp +
l µ 2 ( Z, - µZ, ) I O =
{
incremental.
13 . 12 - O critério de Nyquist:
jw
semi-plano direito.
rio; caso contrário será
preciso evitá-las, desviando ligeiramente do eixo imaginário ) .
J á sabemos que a função F ( s ) não têm pólos com parte real positiva;
em conseqüência, se o lugar geométrico dos afixos de F ( s ) no plano F
envolver a origem haverá pelo menos um zero de F ( s ) com parte real po
sitiva, e o amplificador é instável. Portanto, a condição de estabilidade
do amplificador pode ser enunciada do seguinte modo : "um amplificador
com realimentação será estável se o lugar geométrico dos afixos da dife
rença de retôrno F ( s ) no plano F, quando a variável s descreve o eixo ima
ginário do plano S, de - j oo a + j oo, não envolver a origem do plano F".
Efetivamente não é necessário fazer o lugar da função F; podemos
aproveitar o diagrama de Nyquist ( fig. 13 . 2 ). De fato, como
( 13 . 50 ) F (s) = 1 - GL ( s )
onde GL é o ganho da malha de realimentação, a origem do plano F cor
responde ao ponto crítico 1 + j O no diagrama de Nyquist e precisaremos
examinar se o lugar da função GL envolve ou não o ponto crítico.
Portanto, um amplificador com realimentação será estável se e apenas
se o diagrama de Nyquist da função GL não envolver o ponto crítico.
Na construção do diagrama de Nyquist de GL podem ser consideradas
as seguintes simplificações, que reduzem o trabalho :
a ) como GL (jw) = GL (- jw ), o que se verifica pela simetria do dia
grama de pólos e zeros em relação ao eixo real, basta construir o· lugar
de GL para w variando de o a oo . A parte correspondente aos w negativos
será simétrica em relação ao eixo real, no diagrama de Nyquist;
b ) pràticamente GL tende a zero quando w tende a infinito, por causa
das inevitáveis capacitâncias parasitas. Basta então construir o lugar de
A REALIMENTAÇÃO NOS AMPLIFICADORES 367
GL até que seu módulo fique inferior a 1; para freqüências mais altas, o
lugar não pode mais envolver o ponto crítico.
Se o lugar de GL passar pelo ponto crítico, o amplificador estará no
limiar da estabilidade; qualquer causa que lhe aumente ligeiramente o ganho
torna-o instável ( fig. 13 . 17-b ).
E m outra situação, podemos ter amplificadores e m que a redução do
ganho leve à instabilidade; tal situação ocorre quando o diagrama de
Nyquist tiver o aspecto indicado na fig. 13 . 17-c. É claro que uma redução
uniforme do ganho ( que pode ocorrer, por exemplo, pela saturação do
amplificador ) faz com que o lugar de GL envolva o ponto critico, causando
oscilações. Os amplificadores dêste tipo dizem-se condicionalmente estáveis.
A estabilidade condicional deve ser evitada.
e ) A mp lificador c on di c i onaL
rn e n te e s tá ve l
Bibliografia do Capítulo 13
PROBLEMAS DO CAPITULO 13
i' + 1
c) F(s) K
s' + 4i' + s + 6
...
A REALIMENTAÇÃO NOS AMPLIFICADORES 369
fOOfl.
0, 1 H
FIG . P . 13 . l
b) qual o valor de K?
c) qual a redução de distorção devida à realimentação?
fM.12
,.. - - - - - - - - - - - - -,
fkfl +
1 1
10.n.
1 1
L - - - - - - - - - - - -.J
FIG . P . 13 . 2
APl!:NDICE 1
A. 1 - Introdução:
uma forma geral, sem restrições quanto ao tipo de variação temporal das
correntes ou tensões.
Além disso, a transformação de Laplace é um poderoso instrumento
de análise matemática, cabendo-lhe pois um papel importante nos cursos
respectivos.
A . 2 - A transformação de Laplace:
/
,.
(A . 1 ) L [f ( O J F (s) e · " , ( t ) dt,
o
=
(A.2)
L U1 < t ) + li ( O + f, ( t ) + . . .J = L U1J + L [ f, J + L Ud +
(A.3) L [ e , f, ( t ) + e, f, ( t ) + . . . ] e, L [/,] + e, L [ f, ] + . . ·
{
Esta função é dada por ( fig. A 1 ) . .
O para t < O
(A.4) u_, ( t ) =
1 para t > 0
J
Sua transformada de Laplace será :
e.o f i------
L [ u_, ( t ) ]
1
(A.5) = e·" · 1 dt
s t
FIG . A. 1
372 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
b) e-a.t
J
Função exponencial, f ( t ) = '
--
e) =
Aplicando a identidade
1
sen wt = ( eiw' - e-Jw• ),
2j
[ ])
o resultado anterior, combinado com as propriedades lineares da transfor·
mação, fornece :
L e-iw• , donde
L
w
(A.7) [sen wt]
s ' + w2
-
ê) Função impulsiva ou impulso unitário, uº ( t ) :
Partamos de um impulso no instante t = t., i . é , de u0 ( t t0 ), e
J
apliquemos a definição de transformada de Laplace :
00
f f
�
temos
-
'º + ô
00 e-" u. < t - t. ) dt = e-stº Uo ( t - t0 ) dt = e-st0
'º ô
Portanto,
L [ Uo ( t - to ) ] = e - st.
A TRANSFORMAÇÃO DE LAPLACE E SUA APLICAÇÃO À TEORIA DAS RÊDES 373
L [ Uo ( t ) ] = 1
-
ex. Gardner e Barnes ou Ghizzetti ). Passemos agora a examinar alguns
teoremas básicos.
-
A.3 Teoremas úteis:
·at
I Translação no campo complexo
Se F ( s ) é a transformada de Laplace de uma função f ( t ), a trans
formada da função e f ( t ) é dada por F ( s + a ) , ou sej a, a multiplicação
da função original por uma exponencial corresponde a uma translação ( real
ou complexa ), a na transformada.
De fato,
j
co
, oo
_J e (• + a)t f ( t ) dt F ( s + a ), onde
-
o
F (s) = L [f ( t ) ]
II Teorema da translação real
=
Se F ( s ) é a transformada de Laplace de uma função f ( t ) e a é um
número real, vale
e·• ,
f ( t - a ) dt = F (s)
!· 00 e·•
Multiplicando ambos os membros da equação acima por vem
e·" f ( t - a ) dt = F (s)
•
374 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
f:
ser extendido a zero, ficando
< t - a ) dt e·" F ( s )
.. f
o
Portanto :
L [f ( t - a ) ] = e·"' L [f < t > J
III - Multiplicação do argumento por constante
: ( :)
constante positiva, a transformada de t ( wt ) será
( : ).
F , ou sej a, de
( A . 12 ) F (s) = L [f ( t ) ] segue-se L [ f ( wt ) ] = � F
f 00
Para demonstrar o teorema, vamos aplicar a definição a f ( wt ) :
L [ f ( wt ) ] = e·•' f ( wt ) dt
r
o
L [f ( wt ) ]
dt' 1
(-:- )
00
= e·•' "/w f ( t' ) - = - F
W W
•0
sf
formação de Laplace, definindo-a por
.
( A 13 ) L [f ( t ) ] = r;/) e ·" t ( t ) dt
o
f (t) = -1-JY
21t j y
+ i
-i
�
F ( s ) e" ds
�
A integral acima deve ser feita sôbre a reta paralela ao eixo imagi
nário, a uma distância y à direita; entre outras restrições, a função F ( s )
deve ser holomorfa no semi-plano à direita de y. Seu cálculo se pode
fazer pelo método dos resíduos.
Para a resolução de problemas de circuitos a constantes concentradas,
onde as transformadas serão sempre funções racionais próprias, utilizamos
a fórmula de inversão de Heaviside, abaixo exposta.
P < a, )
( A . 15 ) f (t) = --- eart
r = l
Q' ( a, )
onde Q' ( a, ) indica. a derivada primeira do polimônio Q ( s ) , tomada no
ponto s = a,.
376 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
I:
n
P (s) A,
( A . 16 )
Q (s) r = 1 s - a,
E
D
P (s) = A, ( s - s, ) . . . ( s - a, _ 1) ( s - a, + 1 ) • • • (s - ª" )
r - 1
Fazendo agora s = a,
P ( a, ) = A, ( a, - a, ) . . . ( a, - a, _ 1 ) ( a, - a, + 1 ) . . . ( a, - a" )
Portanto
P ( a, )
( a, - a, ) . . . ( a, - a, _ , ) ( a, - a, + , ) . . . ( a, - a. )
t
Substituindo êste valor e m ( A . 1 6 ) ,
P (s) P ( a, ) 1
=
Q (s ) r - l
Q' ( a, ) s - a,
[ 1
versão ( A . 1 5 ) . Portanto :
P (s) P ( a, )
L
t
-· 1
( A . 18) f (t) =
Q (s) =
r = 1
Q' ( a, )
1
F (s) = -------
s (s + 1 ) (s + 2) (s + 3)
1 (t) =
- - 1
6
-
1
2
e- ' +
1
-- e- , , -
2
-- 1
6
e- 3•
Q (s)
( A . 19 )
P (s)
Q (s)
A1
s - a
+
A,
( s - a )'
+ ..
. +
Âp
< s - a )P
+
+
B1
+
B,
+ .. . +
B•
+ .. .
..
(s b) ( s - b )' (s - b )•
. =
onde a, b, . . . são raízes de Q ( s ), de multiplicidades respectivas p, q, . ,
com p + q + n. . .
-
sabendo-se que
t' 1
L
1
( Ver Ghizzetti, pág. 19 ss. )
<r - 1)! S'
donde :
C( -
) -
1 t' 1
.
( A . 20 ) = e.
( s - a )' <r 1)!
Portanto, "a anti-transformada de uma fração racional própria se
obtém decompondo-a numa soma de frações parciais do tipo A/( s-a )' e
anti-transformando cada uma dessas frações pela fórmula acima".
Ainda no caso de raízes múltiplas, é possível estabelecer-se uma fórmula
correspondente a ( A . 1 8 ) . Pelo menor interêsse prático dêste caso, no en
tanto, tal fórmula não será apresentada aqui.
Exemplo : Determinar a anti-transformada de
L [f ( t ) ]
s + 1
= F (s) =
s' · (s + j) · (s - j)
D e acôrdo com ( A . 1 9 ) , esta fração pode ser decomposta n a soma de
frações parciais.
s + 1 A, B e
( A . 21 ) F (s) + + +
s' (s + j) (s - j) s s' s + j s - j
378 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
r
A, + B + C = O
l
A, - jB + jC = O
A, 1
A, = 1
donde
1 - j l + j
B = ; C
2j 2j
Substituindo as constantes por seus valores em ( A . 2 1 1, resulta
1 1 1 - j 1 + j
F (S) = - + - + +
s s' 2j ( s + j ) 2j ( s - j )
ou, ainda,
1 1 1 - .i 1 1 + j 1
F (s) = + - + ----
s s' 2j s + j 2j s - j
2j 2j
Para simplificar esta expressão, coloquemo-la sob a forma
f (t) = 1 + t + ----
2j 2
ou, introduzindo as funções hiperbólicas,
sinh ( - jt )
f (t) = 1 + t + - cosh ( - jt ) = 1 + t - sint - cost
j
NOTA : Esta anti-transformada foi calculada da maneira acima ape
nas com o fito de ilustrar a aplicação da fórmula ( A . 20 ) . Na realidade,
quando comparecem raízes conjugadas, caso muito freqüente em teoria dos
circuitos, os pares conjugados podem ser englobados numa só fração parcial,
por meio de uma decomposição do tipo
A, A, B + Cs
F (s) = + -- + ----
s s' s' + l
A TRANSFORMAÇÃO DE LAPLACE E SUA APLICAÇÃO À TEORIA DAS RÊDES 379
a) Transformada da derivada:
"Se a função f ( t ) e sua derivada primeira f' ( t ) são transformáveis se
gundo Laplace, e F ( s ) é a transformada de f ( t ), vale,
( A . 22 ) L [ f' ( t ) ] = sF ( s ) - f (O +)
L rr < 0 1 = r� e·" r m dt
1 : .r :"
o
Integrando por partes,
b) Transformada da integral:
J'
"Sej a f ( t ) uma função L-transformável e
L [cf> < 0 1
1
( A . 25 ) -- F ( s ) onde F ( s ) é a transformada de
s Laplace de t ( t )".
380 ELETRÔNICA - L. Q. ÜRSINI
cf/ ( t ) = f (t)
Tansformando segundo Laplace ambos o s têrmos desta expressão,
aplicando ao mesmo tempo o teorema anterior,
Portanto :
L [ cf> ( t ) ]
1
= - F ( s ).
s
Como vemos, a aplicação da transformação de Laplace transforma as
operações de diferenciação e integração no campo real em, respectivamen
te, multiplicação e divisão no campo complexo.
lim f ( t )
t+l\
Se F ( s ) é a transformada de Laplace de f ( t ) , vale
C A . 26 ) lim [ s F ( s ) ] = f ( 0+ )".
•+ -
;·
Vamos tomar o limite desta expressão para s -> oo :
O()
\,
A TRANSFORMAÇÃO DE LAPLACE E SUA APLICAÇÃO À TEORIA DAS RÊDES 381
.f
De fato, de
vem
I 00
!' ( t ) dt lim [sF ( s )
s-)--o
- f ( 0+ ) ]
f
·o
0011 ( t ) dt lim
'->--
( t ) dt = lim f ( t ) - f W + )
t+ =
onde cf> ( t ) é uma função dada, f ( t ) é uma incógnita e a., . . . a. são coefi
cientes constantes. Suponhamos que f ( t ) e cf> ( t ) são L-transformáveis.
Sej am ainda
( A . 29 ) t (0) = a., !' ( 0 ) = ª' . . . r -
l (0) = ª" - 1
( A . 30 ) = cf> ( s ) + a. a. s•
' + ( a. a, + a, a. ) s " ' + . .
- - .
. . . + ( a. a. - , + a, Ro 2 + a. 1 a. ) - -
Bibliografia do apêndice 1:
<:>
"'
�
'-
�
<:>
">
..
..
..,
--
<:> o
.., "'
N
r.l
..
'CI
..
<:> i5
"'
�
1
L
��
l-
�
....
r.l
..
ã
.... ""
lt)
-;o
2 - CARACTERtSTICAS DE DIODOS SEMI·CONDUTORES
o
Tamb 25°C Io
- -- Tamb 60°C �
!mA)
V0 (VJ t-t
- 1,0 -0,8 0,6 0,4 0,2
o 0, 5
Vo !VJ ,O
5
1-J. l
o
(µA)
10
Io
1000C �
-Io �
OA :l/l ta-tO·'Sa 1000 OA '11 10-10- O
r..,,,.,._uro tlt1 bon d• monlopm ; f2!S °C
{mA)
r.,,,,,.,.,,,,,. * "°" d• 111on1,,,.. 'l t00 °c
{pA)
I•
}'
.•
�·
l.1
1000 100
IJ
100 �
10
1o 1
-Vo V)
1,5 Vo {V) 2 1
o 0.5 o 200 400 600 800
b) Diodo de silício OA211
3 - CARACTERlSTICAS DE TRIODOS:
TRIODO ECC 82
��
25 ' Z0-6-'!i3
�·
�'
la i:l_J l�
t J 12 .
{mA) �o,
..,
�-
._,
20
15
10
o
o 50 100 150
la !
mA)
30 1JJ1 1-++-1-+-1-+-+-+-1-"1-+-+++-+-+-+++-1-+-l-+--!-++-'-+-+++-1-+-H 4
R; '-'-++--'-''-'-+++-l-'-'-
1 +++-l-+-+++-l-+-'-'-->---+-"-+-+++-1--ó-1 S
� -,.·"-'-+-+-+-<f-+-1-+-+-+-+-+-+-+-+->-��-'--'l-+-l-+-+->-+-+-+-++-+--t--t''mA/v
1'
Va 200 V '-'-_,__.___,_,__._. .._,_+-+_..._,.
= .
µ W-+++-l-+-1-1-1-+-+++-l.+-."-r-��+-+-HH-+-+-+++-+-H�
25
s !> "' 3
30
2o·W-.1-i.l++-i-1....u.-+-1�-1-�+-+-++++-+-++-+-H-+-1�µ-1-� 2
"
15
'º am,,
l±lttt=
___
1
R;
1.-.1--+-i-H1-1--1-+-+-1-1--1-1-+++-1-1--1-++-l-l-- 1-+++41-+-t-t--rr-Ho
ºo 5 70 15 I0(mA)
b) Característica de transferência grade-placa do ECC82. c) Variação dos parãmetros do ECC83.
TRIODO ECC83
<-,�
,,,.
2
JV
3, 5 V
- 1. V
o
o 50 700 150 200 250
�
/;'J
,,
�"'
3
-1,i
, "!.
��l 1
�
o
-1. �{V) - 3 -2 -1 o
b) Características de transferência grade placa
do ECC83/12AX7.
4 - CARACTERfSTICA DA FOTO-CELULA 90 CV:
Ia .,
�A)
90CV O-li·' 3
15
_!_
��
' 1
lJ
\�
'i.
+
->-
� �
\':'::::
>- >- li
>-
:;.., <::>
s
>-
'- ,, - L;
,, 0,5 1 .
10
"T "T
+
"' !
... \1 1
� '" -.
,, ' \
' r. '
1 "''
-, !'. [,. +
+P::>- 0, 25"T1
1 1 1
' "T
"
5 ;
. �- "' r�
� ·
' '" J --; ' o 15 1
---,- -
o 1 1 +t 1.J_ �l
' L.._,__
o 20 60 80 l',(\',1
wa
5 - CARACTERtSTICAS DE PENTOOOS:
PENTOOO EF 86
8
-:Z; �t=Ov F º·' :• r•
I.{mA) .
\\
-:Z;
�a = 140 V
�3 - 0 V
6
tV
f,5 V
4
-,i • V
3V
J.S V
o 4.sf
- .111
. . 1 '
�
•
1-H-++-++++++-++-1-H-++-++++++-++-:� • . f-j-�
t-+-+-H-++-++++++-++-+-H-++-++++
' ·H
. : 4
, ..., 1-t-
1-H-++++++++-++-H-<-++-++++++��f r�....-+ +· +--H
• 1
Ia 1-+-+-t-+-1-+-�+-+-1-+-++441-J-+-+--1 -H1-+"-+-Hl-+-H--Hl-++-+-H1-+-l-+-�iH--l-1'�LJ�4�J�-1çr-·�119
0-iA1n-+-H-l-H-H,�-t-t-t-H-+++-t+-IH-t-++-t-+-IH+++-lH-H-+++-lH-H-+++--+�
ttEEEEHn�nn:a;eE:a:Eil���a�v.8.t±S:8 �3=
300 � -1-t-
' t-+
- +++-1-t--+-+++--HH-H-+++--+--+-H--1-++--+-+-H--H-+--+�-+-t-l
1-+---14-+- 4-+-,_...�--H-+--rl·--H-+-+-+--H-l-+-�--H-+-+-+--H-+-+-l--'-'-L
0V
�2= 250 V H-+-+-+-+-H-1
I=
�
E.. 60 2·2· 49
-
;... 3.2. Va = 350 V1 LY2 = 375 V 1 Vg3=0V 1 ,+
Va = 400 V 1 LY2 = 425V1 �3 = 0 V
--I ,_
- - - -Iga
1
2
200
1
, ,_
1
1
1 1
i 1 1
-1
'
�.:b
1 1 1
150.
t+
1 ' 1
1
1 !-
' 1 1
1
J_ 2 - -
+++ !
1 1 1 1
1 '
1
±i�
1 1
�
' 1 1
1CO
1
1 1 1
1 1
1 1 ' 1 1 1
1 1 1 1 1 1 " - 1
1 1
1 '
f+! 1 50
1 , I
+
, 1 li
f+
!t
-- 1 1
,__; .)___
-f-bL - LL ./; 1
)- �2, + -,;-4 1 +-
- 1
1 , , ' 1 1 1 1
�±B--mR=l=H=
>--· " 3 ,l.-
1/1
1 /1
1 .;
y
- _..l�� , - t"T o
� V) -60 -40 -20 o
b) Característica de transrerência grade-placa
do EL34.
10 -Is = lôOµA
º"5 1-5-'57
1
'µ. leso
) [,
80µÁ
IcEo(1J)
100
1
rcEotrJ -25"C)
-i ==
60µA 1
Icao('J) I
Tj = J,SºC 4()j.J_A Icao(TJ -2s't) V
"
1
1 i
1 •r lLL �
1 l
y .
i?@
�
li
1
200-Ia(µA
TOµA V �
IJ li
Y-1
.O 5 ITOf-VcE{V)]T5 íO
' h- f!l
, ij±t
'
�
1
'll� .(_
l l , I 1
rz�--: ]]
l20µA
·I - lv
s �
1
yl 1 1 1
1
lí 1 1 1 1 1 1 1
40pAl
60µA � 1 1 .
n\J 'TI71"
1 1 1
�· .
._,,,,\Jrf.� /.1 jfl'jjí;- �E ·t20µA .
�r
! 140µA i i: �
(V) M�A · - 1
'200/JA 20 40 60 80 TJ {ºC} 100
a) Transistor OC45, emissor comum.
oç 1 o-5·'57 15
l:J o 20·5· 57
-J
c } 1 1 Ic
(mA) {mA) 11i= =
Tamb = 25l.
10
IOmA
1t '$
j f: =
--++
�l�J
10 1 'mA
r
l .J
m
- ·- J-!- L ' !
-l- I'
1
'*'- L ;!JJ. J.. ; 1/
1 -t ·
::p=f-i:
,. L l�t! -! 5
+1+ -n.gT
1
l
�ffi -5 ·-tTi 1
!
r:.::
\- -H-
�tj-H-
\· ' IJ
t Li_.,.L _, _ '-
T...1m b = 25 "C ·
1
•
�- tjz �
+W
1 -"b
1
�·
1 � 1-
rQ L JE {mA} 5 t -Vca (V)1--j íO 1 -j+ vce M-
'+
5 o 0,5 0,5 - Lt;8 1
f
\- '- i= =
1 mA
,1 j i= =
�·-
' 1
li
1 m/J 1
1 1
rrn
1
-- 4,SV 0,2
-VcB�
,
- ·- · = -
q4
· , 'VEa 1 VEB
--t- 1+ - 1
t--r-
-tt 1v J
1- �
'--:
'- �
(V}
ri+ 0.3 L 1
�� '20 140µA
""º"'�.
r{I'\.
.s-""
' 1'ºº 120
: 'º
54306000
' 'O 100
'"' 5 :'() H
90
!é:o 80
50
i'7õmb 25 °C !40 70
120
•
'O -l..l
.LJ _
'O � .rrrrr:H
'0
� -VcE {V}
1
-Ia (µA) :J..ool""'TT o ! i 1 1 LL F!Ti:LTJJ.
1(.
1
700 5
-�
r
, iJÍ:.�rL
1
J
.ttt
O, 2P::ili:J:l:O, 4
1
·I =
a 0,2 +VcEfV)O
1OpA 0,6 EI
1
.,_r, Ia �
\J"�
/ ·::x
� 0,1
10
20 li.��(
Op A
10
�:§
10 20
:..i.?\J
40
i+t+ �B
60
:gg fil
80
_,,\Jr,i 0,2 140
,,.
-l1°:E 140 Va E
(V/
1 0, 3
e) 'fransistor OC71, emissor comum.
20 !oc �1 2p-p? 1 1 1 1
- .f; -
1jJ he porom.
l/J { )
101 1 1 1 ! 1 1 1 ! 1 : 1 1 111 1
h� param. -VcE - 2 V
s H---
t1·---
:1�e- --1 - JltC
T -1 .
2
- l_[4
1 1 1
.fif_f&i�-_j
1h 2 1e
-1------
1 h�
�S�F :�
- !=
h21e
J_ _
_I
:::_ r·-
T �l -
- ·--[�
- [·-- r--1 Ll 1--j1 f
JJ Jt
�l· --,
_
, -1 1]
_ _
,
0, 2 1 - -t - 1 -- 1 - , - - · -
-- __ I
0, 1
o' 2 5
1 10 -vcE(v)
0, 1
0,5 1 2 5 10-Ic(mr-1)
d) Transistor OC71 : variação dos parâmetros híbri e) Transistor OC71: variação dos parâmetros hí bri·
dos com a tensão de coletor , na ligação de emissa.· dos com a corrente dê coletor, na ligação de emis·
comu1n. sor comum.
-18 - rt \'\' rn
Ic 1-12- '59
(mA) 150pA
� 1
!\�
m Tamb 25°C
< 125
'ºº
75
'4
L-
50
2
25
u
'
"";:!:j: - Vci: :: 3�
(Vv
H '
':4r�
f) Transístor OC171, emissor comum.
C o 1 1 1 1 11 1:. l ( I l� l rn • '''''" n n;;
FSCOL.\S P I W F I S S T 0 � .\ 1 -; ;: . \ T . l·::' í \ :J .\ ;;
Fon(' : :: a ; 4 :J � - P . .\ . n . x .
� ii O P,\ V L O -