Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TRANSFORMADORES
u:»
......
a:
e::,
c:::a I
CI:
:E l
l:IF
e::, 1
..._ r
e,,
=-=
11:Z
a=
.....
Copylighc © l 969 by A1for~o Ma"ignoni
EDITORA GLOBO S.A.
Rua do Cunurne, 66). O:P 0)06) . Slo Paulo.
TcL (011) 262-3100, Telex: (Ot t) )4071. SP. NOTA PRÉVIA
Brasil
Todo« os direitos tC$Crvados. Nenhunta pane dc,;ta edição pode $(t utili• O livro TRANSFORMADORES é <lestinado principalmente a auxi-
ta.d-a ou reproduzida - em qualquet meio ou íomu. seja med.nico ou liar os alunos da 3.• série do Curso Técnico <le Eletrotécn ica e do Curso
detrônico, fo<ocópia. gravaçilo etc. - nem apropri-ad2 ou escocada em sis-
tema de bfllco de dados, sein a 6cprt$$2 autorizaç,ão da cdiror:i. de Engenharia Operacional no que diz respeito à estrutura, princípio de
funcionamento, características, aplicações e cálculo para projeto.
Impressão e aca.bamcnto: Grã.fiC'I e Editora 8jjotdi Ll:da..
O livro trata <l<; n1ancira silnples e objetiva e.los vários tiJX>s de trans-
formadores monofásicos, trifásicos, reguladores de tensão, transformado.
res para circuitos eletrônicos, bobinas de choque e transfonn;Hlorcs
especiais, tais como os de corrente constante e os trif~slcos-monofásicos.
Para cada tipo há um ou mais exemplos de cálculo completos, que,
partindo dos dados gerais, fornecem todos o, detalhes técnicos <le cons·
trução, inclusive <) pe"° do ferro e do cobre a ser empregado na fabri-
cação. Com estas particularidades, o li,.,.o T RANSFORMADORES pre-
\ tende ser efetivo auxiliar no processo da aprcndi,agem, facilitando a
tarefa do professor e do aluno.
Os exemplos citados no livro referem•se a transformadores de pequena
e· média potência, pois estes são os q ue diariamente devem ser calculados
· e projetados por técnicos e engenheiros que operam na maioria das
indústrias do País, tanto no ramo elétrico como no ramo eletrônico.
Para n ão tornar desnecessariamente vol umoso o presente livro. não
!oram tratados nele os princípios básicos dos fenômenos elétricos e os
da indução eletromagnética. Encontram-se, porém, passo a passo, em
seu texto, referências ao livro ELET ROT:E.CNICA, do mesmo autor,
CIP-Bruil. C:iuLopçk~-M-foote - Câna:ua Bnsiki.ta do .LiYTO, SP cujo conteúdo constitui matéria estudada na primeira e segunda série,
tanU> do Curso Técnico como do Curso de Engenharia Operacional. ·
M.an.ignoni. !Jfooso, 1920·
M}llt Tnnsfonm.tioccs I Alfonso Mani.gnooi. - 8. <d. - Sió Paulo : O autor, que há 32 anos vem procurando emprestar sua colaboração
8.cd. Globo, IC)C)I. ao ensino técnico brasileiro, sentir-se-á feliz se este livro alcançar o seu
ISBN 8),2)0·022)...2
objetivo, que é o de ser útil aos alunos dos cursos acima referidos.
NOTA PRÉVIA vu
CAPÍTULO l
CAPÍTUI.O II
-0$ ...............................................
CAPITULO
75 - T ransformadores que operam a altitudes superiores a 1000
~
42 - Autotransformadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145
43 - Considerações e dados para o projeto dos· autotransforma-
dorcs de pequena potência monofásicos ... . .. . .. . .... . . : .
44 - Exemplos de cálculo dos autotransformadores monof:i.sicos
149
155
... CAPITULO VlII
'
45 - Considerações e dados para o projeto dos autotransformado- Considerações e dados para o projeto dos transformadores de gran-
res de pequena potência trifásicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157 de potênda . . . . . . . . . . .. .. . .. .. ... .. .. .. .. . . . . .. . . . . . .. 20!
46 - Exemplos de c:Uculo dos autotransformadores trifásie<» . . . 158 76 - Isolamento dos condutores . . . . . . . . . . . . . 20!
47 - Dispositivo para neutro artificial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161 77 - Subdivisão das perdas entre ferro e cobre . . . . . . . . . . . . . . . 205
48 - Exemplos de cálculo de dispositivos para neutro artificial 161
• 78 - Escolha da densidade de corrente e da indução . ..... .. .... 217
XII
I
79 - Tensão de curto-circuito e queda de tensão . . . . . . . • . . . . . 217
80 - Cálculo da seção do núcleo . . . . . . 218 CAP1TULO I
81 - Determinação d as dimensões da janela . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 220
82 - Peso do núcleo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . .. . . 224
8, - Peso do cobre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . 225 TRANSFORMADORES MONOFÃSICOS E T RIFASICOS
84 - Cálculo das perdas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . 225
1) N ECESSIDADE DA TRANSFORMA<,:AO DAS CORRENTES
CAPÍ'rULO IX ALTERNADAS
Aquecimento dos transformadores ....... ... ... ...... . . 227 As exigências lécnicas e econômicas impõem a construção de . gran-
85 - Produção e transmissão do calor ... . .. . .. . .. . .. . . . . .... . 227 des usinas elétri~as, em geral situadas muilo longe dos centros de apro-
227 veilamento, pois devem utilizar a energia hidráulica dos lagos e rios das
86 - Resfriamento natural de transformadores secoo com ar (SN)
montanhas. Surge assim a necessidade do transporte da energia elélrica
87 - Resfriamento de transformadores secos com ventilação
forçada (SVF) . : ... ........... .. . . . .. .. .. . ... .. ...... . 2!0 por meio de linhas de comprimento notável.
88 - Resfriamento de transformadores em óleo, com ventilação Po r motivos econômicos e de construção, as seções dos conduto res des-
natural (LN) ... . .. .. . •....... .. . ... . ... .. . . .. . .. . . .... . 2, 1 tas linhas devem ser mantidas dentro <le lleterminaclos limites, o qut tor-
89 - Resfriamento de transformadores em óleo com ventilação na necessária a limitação da intensidade das correntes nas mesmas. Assim
artificial (LN ·Vf) .. . . ... .. . ..... . . . . .... . . . ..... . .. .. . 235 sendo, as linhas deverão ser construídas para funcio nar ton1 uma tensão
90 - Resfriamento de transformadores em óleo com serpentina de elevada, que em certos casos alinge a centenas de milhares de volts.
água interna (LN-ACF) . ...... .. ... . ..... ... . ......... . 2,s Estas realizações são possíveis em virtude de a corrente alternada
91 - Resfriamento de transformadores em óleo com circulação poder ser transformada facilmente de baixa para alta tensão e vice-versa,
em água externa . ... . .. .... .. ... .. ....... .. ... . .. ..... · 2,6 por meio de uma máquina estálica, de construção simples e rendimento
92 - Aquecimento do material ativo ... ... . . . .. .... . . .. ..... . 2'6 elevado, que é o transformador.
Os geradores insta lados nas usinas geram a energia elétrica com a
tensão de aproximadamente 6000 volts. Para efetuar-se o transporte desta
CAPÍTULO X energi_a, eleva-se a tensão a um valor oportuno por meio de um trans-
formador-elevador.
Exercícios de aplicação . . . . ...... ... . . .. .... . 239 N'.í chegada da linha, outro transformador executa a função inversa,
93 - Projeto de transformador trifásico de 5000 kVA em óleo 239 isto é, red uz a tensão ao valor necessário para a utilização.
94 - Projeto de transformador trifásico de 30 kVA em óleo . . .. 251 Podem então ser escolhidas as três tensões, isto é, de geração, de
95 - Transformadores monofásicos de distribuição, com núcleo transporte e de distribuição, com plena liberdade, dando-se a cada uma
espiral . ... . ..... ...... .. .......... . ..... .... ..... . . . 263 o valor que se apr~senta rnais conveniente. ·
96 - Projeto de transformador de distribuição, monofásico, com Naturalmente, nestas transformações o valor da· intensidade· de cor·
núcleo espiral e enrolamento tubular duplo .. . . . .... . . .. . 267 rente sofrerá a transformação inversa à da tensão, pois o produto das
97 - Transformadores monofásicos de distribuição em óleo com mesmas, isto é, a pôt~ncia elétrica, <leve ficar inalterada.
núcleo convencional e lâminas de ferro-silício comum .. . . 275
98 - Projeto de transformador monofásico em óleo com núcleo
envolvente de lâminas comuns e enrolamento tubular duplo 276 2) PRINCIPIO DE CONSTRUÇÃO DO TRANSFORMADOR
99 - Proieto de transformador monofásico em óleo com núcleo
MONOFASI CO
envolvente de lâminas comuns e enrolamento tubular
simples ...... .. .. .......... . . . ... . ... .... .. .. .. .... . 283
Conforme consta no livro Eletrotérnica, parágrafo 133, o funciona•
100 - Projeto de transformador monofásico em óleo, com núcleo
mento do transformador baseia-se nos fenômenos de Mútua indução entre
envolvido de lâmi nas comuns e enrolamento tubular simples
dois circuitos elttricainente isolados tnas magnetica 1nente ligados. Para
distribuído nas duas colunas ... . . ... . .... ... . . . ..... . . 292
que a ligâção 1nagnética entre os dois circuil.o s mcnciona<los se ja a mais
101 - Comparação dos resultados dos projelos . .. . . .. . .
lndicc Alfabético Remissivo . . .. ..... ... . . . . 'ºº
30i .~
perfeita possível, é nect.ssário que estes estejam enrolados sobre um
2 ALFONSO MARTIGNONI TRANSFORMADORES
núcleo magnético de pequena relut:incia. Este núcleo deverá ter elevada O transformador funcionará como elevador de tensão quando se ali-
permeabilidade e por isso seus entreferros devem ser muito reduzidos. menta como primário o enrolamento B.T. e pelo contrário funciona
Por motivos.de construção este núcleo possui a forma indicada na fig. l, como redutor de tensão quando se aliment.;\ o enrolamento A.T.
e sendo destinado a canalizar um fluxo alternado deve ser realizado por
um pacote de lâminas de ferro oportunamente isoladas.
Aplicando-se nos extremos de qualquer destes enrolamentos a tensão !) PRINCIPIO 00 FUNCIONAMENTO DO TRANSFORMADOR
alternada que se quer transformar V1, gera-se nos extremos do outro
a tensão transformada Vi· A relação entre estas duas tensões chama.se Para poder-se facilmente entender o princJpio do funcionamento do
relação de transformação do transformador, a qual, como se verá, é transforJ!lador, é necessário analisar um transformador ideal, no qual
pouco diferente da relação entre o número das espiras N, e N2 dos dois sejam nulas as resistências elétricas dos enrolamentos, as perdas no
enrolamentos. ferro e as dispersões magnéticas.
Considera-se antes o funcionamento a vazio e depuis com carga: o
i
< primeiro caso verifica-se quando se aplica ao enrolamento primário
uma tensão V, deixando o enrolamento secundário aberto; o segundo
caso verifica-se quando o enrolamento secundário é eletivamente utili-
iado oara alimentar u1n determinado circuito.
a) Funcionamento a vazio
2.... f
tizante I,.; defasada de 900 em atraso sobre a tensão V1 •
Para se reduzir esta corrente ao . menor valor posslvel, é necessário
que a relutância do núcleo seja a menor passivei.
E2 = 10 4
- --. 4>,.. N2 = No transformador ideal, a f.e.m. primária E1 foi considerada igual à
tensão aplicada V1 • Substituindo-se a f.e.m. secundária E. pela tensão
y'2 que se manifesta nos extremos do circuito secundário V, (com circuito
= 10·•. 4,44 . f. 4> 11 • N• aberto) pode-se escrever
De onde dividindo·se membro a V, E, N ,,
membro obtém-se: - = -- = - -
E, N,
v.
--= - - Isto quer dizer que, aplicando ao circuito primário a tensão V,, nos
N2
t isto é, as duas f.e.m., primária e
=
bornes do secundário manifesta-se a tensão V 2 - - V 1. Construindo-
2 Sáundária, estão entre si na rela-
N,
Fig. 2 ção du-eta dos números das espiras se o enrolamento secundário com ele~ado nómero de espiras em relação
dos respectivos enrolamentos. ao primário, pode-se obter uma tensão secundária elevada, IDC$!DO que
a te'nsão primária seja muito pequena. Inversamente, alimentando-se o
O diagrama evidencia que as f.e.m. induzidas nos dois enrolamentos enrolamento possuidor de muitas espiras com uma tensão elevada, pode-
resultam cm oposição de fase com a tensão primária. Portanto, a f.e.m., se obter no outro enrolamento uma tensão reduzida.
primária, E, reage sobre a tensão aplicada V1 como uma força contra,
eletromotriz (f.c.e.m.). Existe', assim, a possibilidade de realizar qualquer relação de trans-
Tendo suposto nula a resistência ôhmica, e portanto nula a queda de formação unicamente fixando convenientemente a relação dat espiras
tensão correspondente, e nulas as dispersõ<s magnéticas, deverá resultar N, ~
V,= - E,. Esta condição determina o valor do fluxo que deve produz.ir-se - - · nos transformadores esta relação coincide com a relação --;
no núcleo, pois devendo resultar E1 =- V1 o fluxo no núcleo deverá N2' ~
adquirir o valor máximo 4>11 que fica determinado pela relação V,
enquanto a relação - - resulta, como será visto mais tarde, um pouco
8
E, v.
4>,. = 1O • ,
, ---- diferente em conseqüência das quedas de tensão nos enrolamenw..
4,44. f. N,
b) Funcionamento com carga
. Se é !ir.ada a tensão primária V,, o 11uxo no núcleo é completamente
independente da forma e da relutância do sistema, a qual intervirá so, Se os bornes do enrolamento secundário.são ligados a uma impedlncia
mente para determ.inar o valor da corrente magnetizante 1,. necessária (que se supõe de caráter indutivo), como indica a fig. 5, a f.e.m. ~ faz
a produzi,lo. circular nesta a corrente I,., que resultará defasada com respeito à f.c.m.
6 ALFONSO MAR.nGNONI
TRANSFORMAOORES 7
---------+------
___v_'---+--+---L_i_N_H
tamente chamada, além da prece-
_A__ ciente corrente magnetizante 1 Pode-se então dizer que o regime de funcionamento do transformador
14 é determinado pela necessidade da f.e.m. E, resultar constantemente
u1na nova corrente 11' cuja f.m.m.
igual e oposta à tensão aplicada V1 • Se esta última é mantida.constante,
N,1 1' se destina a equilibrar a
também a f.e.m. E1 deve ser constante, e por isso deve ficar inalterado
f.m .1n. secundária N 2 12. o valor do fluxo no núcleo, qualquer que seja a corrente 12 fornecida
Sobre o diagrama vetorial da fig.
E,- - v, 4 ao vetor N 212 contrapõe-se as.~im
pelo enrolamento secundário. Esta necessidade obriga o enrolamento
primário a absorver, da linha q ue o alimenta, além da corrente magne-
o vetor igual e oposto N,1 1 • e eonse· tizante 114, necessária à produção do fluxo, também outra corrente 11'
qüentemente a f.m.m. resuhante cuja f.m.m. resulta constantemente igual e oposta à f.m.m. produzida
será ainda a precedente N,114 e o pela corrente secundária. .Em cada condição da carga deve, portanto,
fl uxo no núcleo adquire, portanto, resultar N 1,11' = N 2 12•
o seu valor inicial <1>. Restabele· A corrente 11' absorvida pelo enrolamento primário, a fim de vencer
ce-se assim o equillbrio entre a a reação magnética provocada pela corrente fornecida pelo secundário,
tensão aplicada ao enrolamento chama-se corrente primária de reação, sendo representada· sobre o dia-
primário V1 e a f.e.m. que a con- grama por um valor 11' d iretamente oposto ao vetor da corrente secun-
trasta E1• dária 12 e o seu valor e[icaz é determinado pela relação N 1 11' = N 212
Fig. 3
N2 12 N1 .E1
de onde resulta: 11' =--N1
12 ou - -=--=--.
11' N, E2
de certo ângulo '1'•· conforme dia•
Resulta que a corrente secundária 12 e· a corrente primária de rea-
grama vetorial da fig. 4. Esta cor-
ção 11' estão entre si na relação inversa dos números das espiras dos
rente secundária, circulando nas
respectivos enrolamentos, portánto também n a relação inversa das duas
~piras do enrolamento correspon· f.e.m. correspondentes.
dente, prQ<iuz sobre o núcleo uma
Pode-se então dizer que no transformador com carga a transformação
força magneto-motriz expressa por:
que se verifica entre as f.e.m. primária e secundária é acompanhada
N 2 12 em fase com 12, a qual tende pela transformação inversa entre a corrente secundária 11 e a corr~
evidentemente a alterar o fluxo p<>ndente corrente primária de reação 11'.
produzido pela força magneto-mo-
.Qeste fato resulta a necessária igualdade que deve existir, despre-
triz N1 1,... Nestas condições, alte-
ram-se as f.e.m. induzidas nos dois • zando-se as perdas,entre a potência elétrica fornecida pelo enrolamento
secundário e a potência que é correspondentemente absorvida pelo
enrolamentos, o que produz no cir-
cuito primário um desequilibrio 1
, enrolamento primário.
Dos fatos expostos conclui-se q ue em um transformador com carga,
entre a tensão aplicada V1 e a quando o enrolamento secundário fornece determinada corrente 12, o
f.e.m. contrastante .E1 • enrolamento primário absorve, da linha que o alimenta, uma corrente
O enrolamento primário absor- total 11, que é a resultante da corrente magnetizante Ip. e da corrente
verá uma corrente mais elevada. N2
A nova corrente absorvida deverá de reação 11 ' =- 12 - -.
ser tal que possa restabelecer o N,
equilíbrio preexistente entre a ten- Esta corrente 11 constitui a corrente primária que corresponde à cor-
são apl icada V, e a correspondente rente secundária considerada. A corrente 11 resulta defasada com respeito
f.e.m. É fácil compreender, portan- =
à tensão V1 - .E, de um ângulo cp 1 ; o qual depende do valor e da
to. que começ.lndo a circular uma defasagem 'h da corrente secundária:
corrente 12 no circuito secundário, Variando a carga do transforntador. isto ~. variando a corrente for·
no enrolamento primário é imedia. Fig. 4 necida pelo enrolamento secundário, fica inalterada a corrente magne-
tizante Iµ., mas varia junto ;\ corrente 12 a corrente primária de rea-
•
\
TRANSFORMADORES 9
8 ALFONSO MARTIGNONI
H H H
ção l,'. Quando o transfonnador trabalha com carga reduzida, isto é, H H H
com uma pequena corrente secundária, também a corrente de reação é V, v,
pequena e, portanto, a corrente total primária 11 tende a aproximar-se
da corrente magnetizante lµ e o ângulo cp1 aproxima-se de 9()0. Quando, v,'
pelo .contrário, o transformador trabalha a plena carga, acontece que a v,' v,'
corrente magnetizante lµ resulta muito pequena com respeito à corrente
de reação 11' e portanto a corrente total primária 11 é quase igual à
corrente 11' e pode« escrever
I, V'l
- =- -
11 N1 v,
Assim sepdo, desprezando-se a influência da corrente magnetizante, é X X X X X X
possível expressar a corrente primária total a plena carga pela relação
(a) Y/Y .,v,
"' •./3'
Vi
N,
1, = - - 1,.
N,
Com éarga reduzida a corrente magnetilante não pode ser desprezada
H H H H .. H
Para a transformação dos sistemas trifásicos podem« empregar três v.' v'z Vz 'li
transformadon!S monofásicos distintos e iguais entre si. Os três <!nrola-
nientos primários destes transformadores serão alimentados pela linha
trifásica prímária através de agrupamento em estrela ou triângulo. Dos Vz Vz
~ enrolamentos secundários que são também agrupados cm estrela
X X X X X
ou triãngulo, sai a linha trifásica secundária. Podem-se realizar os quatro X
eoquemas de agrupamento da fig. 5. (d) b/A ; v1t•v,; v~·Va
(cl t,./Y ; v; • v. ; '4. •/,j
Em qualquer dos casos a relação de transformação é considerada como
a relação entre a tensão de linha primária V, e a tensão de linha secun-
dária V,- Conforme o agrupamento, as tensões primárias e secundárias Aorupomento '" e strelo - e,tre1o,. Y/Y ·, esquema ( o l
11
V,' e V,' relativas a cada transformador monofásico adquirem os valores AC)lupomento • 1strela-1riôngulo Y/6 ; HQUlfflO ( b)
indicados na fig. 5, em correspondência a cada esquema. Aorupomento ·tri8™)ulo- estrela" A/Y ; e•querriO ( e )
A9rupomtnto "triônoulo ... tri8ngulo" l,,/t:, ; esqutmo (d l
O emprego de transformadores monofásicos para sistemas trifásicos
é limitado a casos especiais. Comumertte, pela transformação dos siste-. Fig. 5
mas trifásicos, empttgam-sc transformadores trifásicos, os quais são obti-
dos da reunião sobre o mesmo núcleo trifásico dos três transformadores
monofásicos antes considerados.
Os tres núcleos monofásicos estão agrupados em estrela, isto é, cada
a
o prindpio sobre o qual são baseadas a possibilidade e conveniên- coluna externa abriga 1anto o enrolamento primário como o secund~,
cia de se executar esta reunião de circui tos magnéticos relativos à., três rio de uma fase. A coluna centr al é desprovida de enrolamentos. Se os
fases em um ún~co conjunto é ilustrado na fig. 6.
ALFONSO MARTICNONI TRANSFORMADORES li
10
111
91(( \1f)2 \
realizado resulta perfeitamente ,imétrico com relação às três colu-
nas e os circuitos magnéticos das três fases apresentam a mesma relu-
tância. As correntes magnetizantes relativas às três colunas resultarão,
\
\ portanto, iguais entre si, isto é, constituem um sistema trifásico simé·
1 trico e equilibrado. O núcleo assim construído. é porém de cons-
\ trução diflcil e é usado somente
\ em casos especiais.
Nos transformadores trifásicos
n?nnais, com intuito de simplifi-
:::!.t1113 car a construção, abandona-5e a
condição de simetria, que pratica-
~- mente não ttm importância, e dá·
fll
se ao nµcleo a forma indicada na
fig. 8. As três colunas são assim
colocadas no mesmo plano para
ligá-las entre si com uma simples
travessa inferior e urna .superior.
No conjunto assim constituldo os
fl11xos nas três colunas devem ain-
da resultar iguais entre si e defasa-
dos a 1200, pois cada um destes
fluxos deve necessariamente indu-
zir no respcc~ivo enrolamento pri-
da coluna central.
~te dese<Juilfbrio das correntes manifesta-se somente no funciona·
mento a vazio do transformador, pois no funcionamento com carga = -
as correntes magnetizantes 1,. relativas às três fases resultam desprezíveis ~ -
com respeito às correntes primárias de reação 11'.
Excluindo,se este desequilfbrio, pode-se afirmar que o funcionamento
do transformador trifásico em regime normal não difere substancial-
mente dos três transformadores monolásicos distintos, com idêntica liga- X X X X X
ção entre as Iases. Em cada coluna do transformador trifásico pode-se ' (a) ( b)
então traçar um diagrama idêntico ao já considerado para o transfor-
mador monofásico.
•
ALFONS-0 MARTJCNON !
(a)
(e) (e')
Fig. ll
r
Sendo os enrolamentos construidos com bobinas circulares, seria con·
veniente construir as colunas com este perfil. Porém, para não cortar
as liminas com larguras diferentes, constroem•se as colunas com seção
(b) (d) (d') em cruz, para transformadores de média potência, e com seção de dois
ou mais degraus para transformadores maiores. Para pequenos trani,.
formadores usa.se em ·geral a seção quadrada (fig. 11 a). Supondo-se
Fig. 10
16 /\U'ONSO MARTICNONI TRANSFORMADOllES 17
7) CONSTRUÇÃO DOS ENROLAMENTOS B.T. cessidade de se interpor entre as camadas uma boa sepan.ção iso-
lante, feita com papel, prespann ou tela de linha oleada cuja es,.
Na construção dos enrolamentos concbltricos, as bobinas B.T. são pessura varia entre 0.2 a 2 mm, conforme a temão.
feitas em geral com uma ou mais camadas. uniformes. Em geral as Em lugar do enrolamento de ca-
bobinas cobrem todo o comprimento da coluna, excluído o espaço mad45 uniformes sobrepostas pode-
necessário ao isolamento. se usar um enrolamento B.T. di- Coluna
A necessidade de dispor uma ou mais camadas sobrepostas, depen- vidido em bobinas parciais, sobre- Jsobmento
enh• os
de do número de espiras a serem enroladas. postas em colunas. Cada bobina é - -,,---1-,_ camodos.
feita por uma espiral de bllrra de Papel, prespa,n
A possibilidade de se realizar o enrolamento B.T. numa linica ca- OIJ tela.
mada apresenta-se no caso de tensões relativamente baixas e correntes cobre usada de pé com espiras
muito intensas. O enrolamento redut-se a uma simples hélice da barra con~ntricas, como é indicado na Borro isobda
de cobre que pode ser usada de pé como na fig. 14 a, ou de costas como fig. 16. com ol<)odão
OU PQl)el.
na fig. 14 b: as espiras podem ser isoladas uma da outra com cadarço O agrupamento em série entre
de papel ou algodão, ou por meio de diafragmas isolantes. estas bobinas é feito por meio de
Se uma camada é insuficiente para conter o número de ~piras dese, tiras de cobre enroladas e soldadas
jado, constrói-~ o enrolamento com duas camadas, executando-se uma alternativamente com os terminais
primeira hélice dirigida do alto para baixo e sobrepondo-se a esta uma internos e externos das bobinas
segunda dirigida de baixo para o alto, como indica a fig. 15. Analoga- sobrepostas.
mente pode-se construir o enrolamento com trts camadas. Este tipo de enrolamento é es- --t-._..,--.J
Entre a primeira espira de uma camada e a óltima da camada pedalmente usado nos transforma-
dores encouraçados e possui a van- Tubo isolante
sobreposta existe a diferença de potencial i""'1 à induzida nas espi-
ras que compõem as duas camadas. Pela razão exposta surge a ne- tagem de apresentar boa dispenão Fig. 15
'
20 ALFONSO MARTICNONI TRANSFORMAOORES 21
evidentemente um desenvolvimen~ prccnde o terço interno da c~nlada inf~rior. º.ex~erno rl~ ca~na<la 1nédia
to maior que as pertencentes à ca- e o médio da camada superior. Com este aruH~1~ as tres vias re~ulta?1
mada interna. Querendo-se realiz.ar eletricamente equivalentes e as conentes se subd1v1deJr1 en1 partes 1gua1s.
o agrupamento em paralelo.de dua.,
camadas enroladas como na fig.
17 a, é necessário construir duas 8) CONSTRUÇÃO DOS ENROLAMENT OS A.T.
vias idênticas, agrupando-se em ·sé-
rie entre si a metade inferior da., Os enrolamentos A.T. não são em geral constru ídos com cam.adas
espiras de uma câmada, com a me- contínuas, sobrepostas, mas são subdivid idos quase set~pre cm b:1b1nas,
tade superior da outra, como está pois de tal maneira fica simplificado o problema do isolamento.
indicado no esquema da figura Cada bobina compreende certo número de camadas, cada uma das
17 a. O mesmo critério deve ser quais possui determinado número
aplicado pela construção de um de espiras. As camadas se contam
enrolamento com três vias internas no sentido radial e as espiras des· ( 8 7
em paralelo, que t realizada como
,.-
tas no sentido axial: assim sendo. 9 6
indica a fig. 17 b: cada via rom- a fig. 18 representa a seção de uma 10 5
bobina com 5 camadas - cada 11 4
~
lllll
do calor. Entre uma bobina e ou- madas for ímpar, um terminal da
tra interpõc·se um diafragma iso- bobina é inferior e o outro supe-
lante, capaz de suportar o dobro rior, como indica a fig. 18. Se. o
do valor da tensão de cada bobina. nún1ero aas camadas for par, am·
bos os terminais são inferiores. A
Nos enrolamentos B.T. para (o) primeira solução é perfeita, pois J..J..ll
\
conentes muito intensas, que pre- simplifica a ligação das bobinas,
cisam de condutores com seção que é feita por meio ~e uma cha- Fig. 18
muito grande,para facilitar a cons- pinha de cobre como md1ca a fig.
trução d0$ enrolamentos, é preciso 18. O isolamento entre as camadas
subdividir a seção necessária em deve ser apropriado com a tensão 5
dois ou .três condutores distintos, h
induúda nas espiras que compõem 4
que serão agrupados em paralelo. as duas camadas adjacentes: entre
o 3 ~
t necessário neste caso que os a espira I e a 14 existe de fato 2
~
grupos de bobinas agrupadas em uma diferença de potencial corres· 1
;:,,
paralelo apresentem a mesma rea- pondente a 14 espiras. Se esta ten- ,. ,..
tãncia, a fim de que a corrente pos- são for inferior a 100 volts, é sufi.
sa subdividir-se em partes iguais. cienLe somente a cobertura isolan- t
Esta igualdade não seria reaJiz.a. te do fio, mas se, pelo contrário, b 4' ,.•
da agrupando-se em paralelo duas é maior que 100 volts, é preciso 1 5'
camadas concêntricas, pois as espi· (b) interpor entre as camadas diafrag-
ras da camada externa apresentam Fig. 17 mas de papel ou tela de linha. f;g. 19
3 Transformodotes
1
·1 RANSt'OR~IAD<>Rf:.S 2$
22 ALFONSO MART IGNONI
1ne.srno o va lor aOO-Olulo dessas perdas pocle se1· elevc1do nos transforma-
A bobina simples acima indicada apresenta o inconveniente de ~er dores de grande pott ncia. l'or exemplo, num transformador de 10 000
sempre um termina) interno, o qual deve ser trazido para o exterior kYA precisa-se dissipar uma potência de 100 k.W em forma de calor, sem
por meio de uma Iigação que cruza todas as camadas e deve portanto que ~ temperatura dos enrolamentos supere 75°C. É compreensível, por-
possuir isolamento proporcional à tensão total da bobma. Para evitar tanto, que as dificuldades de resfriamento aumentem com o aumentar da
este inconveniente, especialmente para bobinas com tensões ele_vadas, potência.
adota-se em geral a construção com bobina dupla, ilustrada na hg. 19. Nos transforma<lore" norn1ais, com pot.ência até 20 k VA e tensão até
Esta é composta de duas bobinas em _sentido contrário: isto é, ~ma 6 000 volts, o resfriamento é feito com ar. Estes transformadores são
para a direita procedendo-se pela pnmeira camada de baixo para cima chamados de transformadores secos.
(1 a 5) e a outra, esquerda, com a primeira camada enrolada do alto Constroe1n-se. pelo contrário, transíorma<lores . imersos em óleo para
para baixo (l' a 5'). As duas bobinas são _isoladas po~ meio de u'? potências e tensões maiores que os valores indicados. Em casos especiais
diafragma e os extremos internos 1 e l' são diretamente bgados entre"· constroem-se transformadores secos t.imbém para potências muito ele-
Com esta disposição ficam livres o terminal superior (a) de uma bobina vadas, aplicando-se neste caso a ventilação artificial.
e o inferior (b) da outra. Estes dois terminais podem facilmente ser
agrupados em série com as outras bobinas da fase. Dando-se ao óleo a tarefa do resfriamento do transformador, é neces-
sário evidentemente que o óleo possa resfriar'.se, dissipando o calor que
subtraiu ao transformador.
9) RESFRIAMENTO DOS TRANSFORMADORES Distinguem-se a este respeito os transformadores em óleo com resfria-
mento natural e com resfriamento artificial.
Nos transformadores. a imobilidade de suas partes componentes pre- O resfriamento natural do óleo obtém-se construindo-se a caixa que
judica a dispersão do calor, que resulta das perdas no cobre e no ferro. contém o transformador com uma extensão suficiente para transmitir ao
Esta imobilidade, porém, permite o emprego de um meio refrigerante ar a quantidade de calor correspondente às perdas do .transformado~,
Hquido, que é mais eficaz que o ar, o que é feito imergindo-se todo o sem que o óleo interno supere a temperatura de 75°C. A superflc1e
transformador em uma caixa cheia de liquido apropriado. necessária consegue-se construindo-se a caixa com lâminas de ferro pro-
O Hquido mais conveniente e universalmente empregado é o óleo ,·idas de amplas ondulações, ou construindo-se a caixa lisa para se adap-
mineral, o qual, além de apresentar uma elevada capacidade tér~ica tar sobre esta oportunos radiadores ou tubos.
e um excelente coeficiente de transmissão do calor, é também um óumo Em todos os casos a caixa possui dimensões muito maiores que as do
isolante, que apresenta uma rigidez dielétrica quase cinco vezes maior transformador nela contido: de maneira que ao redor do transformador
que o ar. se formam colunas ascendentes de óleo quente que, lambendo as pa-
Um transformador imerso no óleo requer, portanto, uma superfície redes da caixa, se resfria.
de resfriamento menor do que a que seria necessária, se o meio refri- o, espaços compreendidos entre os enrolamentos e o núcl~o dev~,
gerante fosse o ar. O poder isolante do óleo permite reduzir considera- portanto, ser proporcionados com o mtu1to de formar vários ~a:"a1s
velmente o volume do transformador. verticais, entre os quais a circulação ascendente de óleo possa ver,f,car-
Para que o óleo possa cumprir sua ta_rcfa de isolante, deve_ ser ise~to se livremente.
de umidade e deve poder penetrar facilmente entre as bobinas a fim Os transformadores com resfriamento artificial podem ser realizado•
de impregnar os separadores. de duas maneiras: 1.º) Deixandcl-se passar no óleo um tubo perc01Tido
Por esta razão, usam-se como separadores algodão, papel e prespann e por água fria - neste caso as junções devem ser perfeitas para se evita·
excluem-se, pelo contrário, borracha e derivados. rem, da maneira mais absoluta, infiltrações de água no óleo; 2.") Colo-
!
Nas Américas é em geral seguido o critério de se usar o óleo exclu- cando-se externamente à caixa do transformador uma bomba que retire
sivamente como meio, refrigerante sem se considerar o seu poder iso- o óleo quente do mesmo, lançando-o num tubo em forma de hélice
lante: 0 transformador deve ser em tal caso isolado como se tivesse que «nerso em água fria. A pressão do óleo neste tubo deve ser tal que lhe
funcionar livremente no ar,. e o óleo não precisa possuir especiais pro- i.c..
mita voltar ao transformador uma vez resfriado\ Neste caso. tendo
l
priedades isolantes. o 1,:to no tubo certa pressão, verificando-se uma infiltração, será o óleo
As perdas que devem ser dissipadas sob a forma ele calor são! uma ~- que penetra na água, o que não constitui perigo imediato para -O
centagem muito pequena da potência do transformador, pois o rendi- transformador. ·
mento dos transformadores pode alcançar e mesmo exceder 99%, Assim
24 ALFONSO MAR"rICNONI TRANSFORMADORES
10) PERDAS NO }"ERRO Perdas por histerese magnética - No livro Eletrotécnica, parágrafo
162, foi observado que qualquer núcleo magnético sujeito a magne-
As perdas no ferro são produzida, pelas correntes parasitas e pela tizar-se percorre um cido de histerese todas as vezes que o campo
histerese magnética. magnetizante varia de + B,. a - B,., e deste novamente para + B,.,
Perdas por correntes parasitas - Conforme o parágrafo 162 do livro sendo a potência perdida proporcional à superfície do ciclo. Esta perda
Eletrotécnica, numa massa metálica sujeita à variação de flu.xo, geram- foi interpretada como sendo necessária para vencer os at_ritos entre os
se f.e.m. que produzem, dentro da própria massa metilica condutora, magnetos elementares de que o núcleo se compõe, e foi chamada de
correntes muito intensas, chamadas corrente.s parasitas. perda por histerese magTlética. Sua compensação é leita por meio de
Estas correntes produzem uma força magneto-motriz que pela lei de uma energia equivalente, absorvida da linha de alimentação.
Lenz si, opõe à causa que a produz, isto é, ao fluxo. Assim s,,ndo, o A potência em watts perdida por efeito da histerese pode ser calcula-
efeito destas correntes constitui uma perda de potência. A fim de se da pela fórmula de Stcinmeu:
reduzir esta perda de potência é necessário construir-se o núcleo com
lâminas de ferro isoladas entre si (livro Eletrotécnica, parágrafo 120). W• = 10-' . I' B 1.G f. V
Com esta construção, o valor da f.e.m. produiida em cada lâmina é "
pequeno e atua sobre um circuito elétrico de pequena seção, o que
reduz consideravelmente o valor das correntes parasitas e a correspon· onde B,. representa o valor máximo da indução à qual o ?úcleo é
dente perda de potência. solicitado; f a freqüência de variaç.ão do fluxo, expressa em ciclos por
A perda de potência produzida pelas correntes parasitas é expressa
n.p
segundo (f = - ); V é o volume do material expresso em centlmetros
em watt.s pela seguinte equação:
60
,,.2
cúbicos; " é o coeficiente de Steinmetz que depende da natureza do
w, = 10-12 _ . :st,.. e,. a2. 1. s / material.
A fórmula acima simplifica-se quando referida· a 1 kg de làminas
Sp
pois transforma-se em:
onde:
B,. ) i.s
p é a resistividade do material das lâminas em micro-ohms-centl· ... = p. - f (
metro; 50 10 000
Bx t o valor máximo da indução nas lâminas;
f é a freqüência da variação do fluxo; para B,. < 10 000
8
(l.S)
é a espessura em mm das lâminas;
é o volume em cm• das lâminas. "• =p. - f- (
50
_B_
"-) •
, 10000
Esta expressão resulta simplificada quando a perda é referida a I kg
de lâminas, pois a mesma ~ transforma em: para ».. > 10 000
"• =P, (
f B11
P • 50 . 10 000
)t Esta fórmula fornece a perda específica de potfocia por histerese em
watts por quilo (W / kg) de lâminas.
A fórmula de Steinmetz é empírica e o expoente 1,6 reproduz o·
fenômeno com suficiente aproximação somente pelos valores de B,.
onde: inferiores a 10 000 gauss. Para valores de B., .uperiores a 10 000 gauss
p, é um coeficiente que depende do material, cujos valores estão indi- o valor do expoente aproxima-se de 2.
cados na tabela da fig. 20. A fórmula acima escrita fornece a perda O cooficiente P• depende do material e seu valor está indicado na
especifica em watts por quilo (W/ kg) das lâminas. tabela da fig. 20.
27
T RANSFORMADORES
ALFONSO MARTIGNONI
26 Do exposto resulta que para r,equência constan te f = 50 e indução
variável , a perda especUica, nas lâminas de ferro com espessura
é ; erda:s especificas totais no ferro - A perda especifica total no ferro
ad; _pela soma das perdas por correntes parasitas e as de histerese g == 0,5 mm, para os diferentes valores da indução, pode ser calculada
magn uca, podendo ser expressa pela fórmula seguinte: usando a seguinte fórmula:
. A tabe!a da fig. 20 indica os coeficient~• e p. e as perdas es {. Os valores de W / kg, 0 para os diferentes tipos de lâminas, com
tcas total$ (~/ kg!o} por vários tipos de lã minas para a freqüência f ~O 6 =0,5 mm, estão indicados na tabela da fig. 20.
i, para a mduçao B,. =
10 000 gauss e a espessura g 0,5 mm. = Conhecendo-se o peso do ferro em kg a perda no núcleo é forne-
Na equação antes escrita, pondo em evidência cida por:
Wr, == .,f• . kg
o fator
e B"
10000
)
f
t
obtém-se Para lâminas com espessura diferente de 0,5 mm. para valores da
freqüência diferentes de 50 Ht e para valores da indução diferentes
de 10 000, as perdas especificas são calculadas pela fórmula geral
+p.- B,.. ) •
50
(
10000
Se a frcqücncia for constante, por exemplo f == 50, substituindo os
valores de P, e P• da tabela da fig. 20, por exemplo das lâminas normais
com espessura 6 = 0,5 mm, obtém-se ' na q ual são empregados os valores da tabela da fig. 20.
· Nas lâminas dos pequenos transformadores que sofrem processo de
)2
~~ == [ 4,8 ( 0,5 : : ) z + 2,4 :: J e B,.
10000
==
usinagem apreciáveis, tais como os de corte e perfuração por meio de
prensas, as perdas específicas são maiores que as calculadas pela fórmula
acima mencionada. Assim sendo, o valor das perdas especificas deverá
pondo B.,
= (4,8. 0,25 + 2,4)
a:
e B11
10 000
)
~,.
CHAPA l'ARA T RANSFORMADOR~ ACtStTA: E>p = o.,srom: F=50Hz.
24 0,0250 0,635
n., B,oo
·r ipo
" 1~
ª•• 8300 26 0,0 185 0,470
29 0,0140 0,356
W/ kg W/ kg gauu gauss gau<S gau"
Acesita 17.0 · 35 1,51 a 1,70 4,0 a 4,2 14 300 15 500 16 500 18 500 Fig. 22
Acesita 160 • 35 1,46 a 1,60 3,6 a 4,0 14 300 15 500 16500 18500
Acesita 145 • 35 1,28 a 1,45 3,2 a 3,6 14 500 15 500 16 500 18 500
Acesita 127 · 35 1,16 a 1.27 2,8 a 3,2 14 300 15 500 16 500 18 500 TIPOS DE CHAPAS
Acesita 115 · 35 1,04 a 1, 15 2,5 a 2,8 14 300 15 500 16 500 18 500
Acesita 100 • 35 inf. a 1,03 inf. a 2,5 14300 15 500 16 500 18 500 Transformadores de distribuição l\l 14 e M 15
T ransformadores de audio A 6 e M 15
Para obter-se as perdas específicas relativas à freqüência de 60 Hz, é
Transformadores de televisão M 19; M 22 e M 27
su ficiente mu ltiplicar os valores da tat·•la por 1,25.
Trans!. para alimentação de rádio M 22; M 27 e M 36
Fig. 2t Réguladores de tensão M 22 e M 27
Bobinas de reatãncia M 22; M 36 e M 45
N a lig. 21 , .,, 0 e"'' • representam as perdas em W / kg por uma indução
de 10 000 gauss e 15 000 gauss respectivamente e uma freqüência de
50 Hz; B20, B,0 , B 100 e B300 representam a indução magnética cm gauss
para uma f.m.m. de 25, 50, J00 e 300 Ampêre-espiras por centímetro
respectivamente. Estes últimos valores são muito aproximados dos con·
tidos na tabela da fig. 156 e no gráfico da fig. 157 do livro Eletrotécnica. As aplicações dos vários tipos de chapas Armco estão indicadas na
Entre os fabricantes estrangeiros foi escolhida a firma ARMCO tabela da fig. 23. As perdas espedlicas em W / kg e Watts/pound estão
STEEL CORPORATION, cujas chapas são fabricadas atendendo às indicadas na tabela da fig. 24.
normas americanas. Assim sendo, as perdas csp~fficas das mesmas são Para se obterem as perdas específicas relativas à freqüência de 50 H z.
expressas em Watts/ pound, as espessuras em polegadas e a freqüência é suficiente mu ltiplicar os valores indicados na tabela da fig. 24 pelo
de referimento é 60 Hz. ABNT 05-35-0,55. fator 0,79.
As chapas de produção normal da Armco são as de bitola 24, 26 e 29, Assim, por exemplo, as lâminas M 27 - Bitola 29 com B,, = 10 000
cu jas espessuras estão indicadas em polegadas e milimetros na tabela gauss, com a freqüência de 50 Hz. apresenta a perda especifica de 1,78 X
da fig. 22. X !),79 = 1,41 W / kg.
E .: !:l,
TRANSFORMADORES
e ii' 1 1 ~ ... 8.... "'~ "'~ :ft "' 11) CORRENT E A VAZIO OU OE EXCITAÇÃO E SUA FORMA
... t.., ~.
~
~
"' o ~ ...
.!l li li
i .s- ,9-
'
ll 1 1 2
.,
oi : :i
"' ~ ., ..
"'"' ...~
Ilustrando o princípio de funcionamento do tr>nsformador ideal (pa•
rágrafo 5), além de considerar nulas as resistências ôhmicas dos enrola·
mentos e as dispersões magnéticas, foram supostas nulas também as perdas
ee ,!!
ll
1
...
:;; -.. '
o
"' ...~- S!"'
o
1 1
por histerese e correntes parasitas no núcleo.
Com esta hipótese no funcionamento a vazio, o transformador não
absorve ncnhun1a potência mas simplesmente uma determinada corrente
~
ôo o
2~~
-~-sr- • ...."'
magnetizante li,, totalmente "dewatada", destinada a produzir o fluxo
li -â ºº ...
... ..- .:l"' ... no núcleo.
li li o
::t
.:l
'
ll 1 ":. ;:i 1 1
No transformador, entretanto. devem-se considerar outros fatores, isto
:i: é, no funcionamento a vazio, o primário comporta-se identicamente a
.. ..
$
um circuito de corrente alternada enrolado sobre um núcleo magnético .
...li ee .:t :a ;;; .,~ .,~ ...S! ...,~ 1 1 (Livro Eletrotécnica, parágrafo 162) .
'
ll
gJ ~~
ôô
O fluxo alternado, no núcleo,
determina uma perda devida aos V,=-E,
-â li li
ili .s- .s- i 3 "'-"' 3 5 S!- "' ;:i 1 1
fenômenos de histerese, correntes
parasitas e saturação magnética do
ferro. A corrente necessária a pro·
e
..
... =i .. ..
pres,;ntada por meio de um vetor
li, em fase com o vetor ~ que re-
1 :a' oe
'2 õ. ~
i 1
-"' lq_ ~ :li 1 1
presenta o fluxo, como indica a
fig. 25.
li
::t
"'
,ã ºº
li u
ili !' ,a, -...
~
1 ~
o
"' o
~
., .,
... ~ ~ 1 1
Para compensar a perda no kr·
ro, o tnrolamento primário deverá
absorver da linha de alimentação,
•.. ..
.J que é totalmente "dewatada" tam- Fig. 25
- "'- -
~
~
~ ~
ã
:!: :!!
1 1 bém uma corrente elétrica 1. em
s: ~o "lo fase com a tensão.
A corrente a vazio 10 do transformador resulta da compo,,çao da
i 1111 -e: .,
:;} o~ ~ iil.
S[ corrente magnetizante li' e da corrente ativa 1. que deve compensar as
ili ,a, .s- Ili "'
o o o 1 1
perdas no ferro. Esta corrente 10 constitui a corrente a vazio do trans-
formador e resulta defasada em atraso sobre a tensão do ângulo 'I'• o
~
:: =: ~ gj !;j
,: ::t ::t ::t ::t :i: ::t :E
=i .. .."'
., qual é tanto maior quanto menor for a componente 10 , isto é, quanto
menores forem as perdas no ferro. .
A corrente 10 é chamada também ele corrente ele excitação.
TRANSFORMADOR E.~ 33
32 ALFONS0 ~,f ,\R"f l CNONI
as seções aparentes de 10% a 12%, para se considerar a seção ocupada
12) CALCULO DA CORRENTE A VAZIO DO pelo isolante.)
TRANSFORMADOR As perdas assim calculadas devem ser enfim aumentadas de 15% para
se ter em consideração as perdas adicionais.
Para calcular a corrente a vazio 1~ do transformador é necessário antes
c.alcular as duas comporentes. isto é, ativa Ii:i e reativa Iµ.
Considerando-se que no funcionamento do transformador a vazio
a corrente absorvida é muito pequena e a corresp,mdcnte perda por
efeito Joule é, portanto, desprezível, resulta que as perdas no ferro
a) Cálculo da corre>1te ativa 1., assim detenninadas representam a potência W. que o transformador
absorve no funcionamento a vaz.io. Esta é a potência indicada por um
Para se ~etern1inar a corrente ativa Ia, é necessário conl1ecer a perda
wattímetro inserido na Jinha de a lín1entação do transformador quando
de potência no ferro, o que se faz com base no esquema de cálculo
indicado no parágrafo 10. - o secundário está aberto; chama-se, portanto, perda a vazio do trans·
formador.
É preciso ob.se.rvar que ~,lguns fabricantes, a fin1 de ü iin inuir o perí·
Conseqüentemente, se o transformador funciona a vazio com uma
metro das bobinas, fazem a seção <las colunas <lo transformador menor
tensão de alimentação v,; deve absorver, para compensar as perdas,
que a seção <las !~avessas; assim sendo, a indução magnética B,. nas
w.
colunas resulta m:uor que nas travessas e, portanto. é necessário executar
um cálculo distinto para as colunas e para as travessas. uma corrente ativa I, definida por W 0 =V 1 I., de onde I, =--.
v,
O_valor d.a ind~ç~o máxima B" é calculado tomando-se por base a As considerações expostas referem-se a um transformador mono{ásico.
te~sao de alimentaçao V1 do enrolamento primário e o correspondente
nun1ero das espiras N 1.
b) Cálculo da corrente magnctiza11te
Como é sab!d.o, no enrolamento. primário deve gerar•se uma r.e.m. E1
que deve equilibrar a tensão aplicada V 1 ; sendo 4>).t o valor máximo O cálculo da corrente magnetizante consiste em determinar o número
do fl uxo no núcleo, o valor eficaz da f.e.m. E1 é dado por: das Ampere-espiras necessárias a produzir no núcleo o fluxo necessário.
O cálculo é feito com base no fluxo máximo <1>,, e, portanto, no valor
E1 =J0-8 4,44 f <1>., N1 máximo 1,.,.
da corrente magnetiiante.
Neste cálculo é necessário distinguir os di(e1·entes trechos que com-
Pondo então E1 =V1, obtém.se põem o núcleo e ter em consideração os entre[erros representados pelas
juntas. Cada junta bem acabada é equiva)ente a um entreferro com
8 espessura de 0,03 ou 0,05 cm quando se trata, respectivamente, de juntas
<1>11 = 10 - - -- encanadas ou frontais.
4,44 í N 1 Para um núcleo monofásico envolvido com duas colunas e duas tra·
ves.sa5 com quatro juntas, o número das Ampere.espiras máxi1nas AeM
. Na. realidade, em virtude das quedas de tensão a l'.e.m. E1 é um pouco resulta da soma:
1nfer1or a Vi, No funcionamento a vazio porém estas quedas são muito
pequenas e podem ser desprezadas. A.,1= 2(A,.) 1 . h + 2(A.,). . g + ,1 . o,s B"• ·r•• sendo:
Obtid~ o valor do fl uxo no núcleo, se este é constituído por colunas, (A~). = número de Amptre-espiras por centímetro relativo às colunas,
cuia seçao ~ S, e 'º"'.:
~ravessas cuja seção é Sv podem·se calcular os obtido por meio das tabelas em correspondência da indução
valores da indução max1ma corresponden te, pois nas colunas
Buc = - "'"
Byc =-"'" e nas tra vess.as B1u "'"s,
= --. ' = al tura de
S,
s, h uma coluna em centímetros.
(A«)2 =·número de Amptre-espiras por centímetro relativo às travessas,
Com os valores assim obtidos, calculam-se as perdas em W / kg relativas
às colunas e :ls travessas. Multiplícando,se estes valores pelos pesos das
colunas e das travessas obtêm,se as perdas totais. {É necessário lembrar 1
em correspondência da indução B," =-"'s,"
que no cálculo das seções das colunas e das travessas, é preciso d iminuir l
ALFONSO MARTICNONI TRANSFORMADORES 35
Para obter a com_p?~ente ati~a 1. necessária a compensar as perdas no 11) RESISTtNCJAS ôHMICAS E JNDUTANCIA DE DISPERSÃO
?
ferro.. segu~-se cr1ter10 aproxl.Olado de calcular a perda no ferro W 0 DOS ENROLAMENTOS
do nudeo inteiro (':"lunas e tr!vessas) pondo então W0 = J•• JIT V,
sendo V, o valor eficaz da tensao de linha primária. a) ReJistêncUJs úhmicas
. O câku(o preciso das correntes a vazio não tem praticamente grande Os enrolamentos prim:lrios e secundá.rios do transformador apresen-
1mportãn~1a, poi~ no fu~ciona.mcnto com carga do transformador as
correntes_ magneozantes sao desprezlveis com respeito às correntes úteis tam inevitavelmente uma determinada resistência elétrica.
que part1C1pam da transformação. Estas resistências são ch amadas brevemente de resistência prin1ária e
. No ensaio a vazio dos transformadores trifásicos a potência wO é me- secundária do transformador e são normalmente indicadas, em cada
d1d~ geralmente com o método dos dois wattfmetros e as correntes a fase, com R 1 e R,. Estas exen:em sobre o funcionamento do transfor-
vat10 com três amperímetros (pois os tr~ circu itos são desequilibrados). mador um duplo efeito. Em primeiro lugar, determinam uma queda de
tensão chamada queda ôhmica primária e secundária : em ~ndo lugar,
O fator de potência a vazio do transformador resulta: produzem uma perda de energia por efeito Joule, cuja potência con~
P. titui a perda no cobre primário e secundário do transformador. Para
COS 'Po =---- ------ conter esta perda cm limites convenientes é nece$Sário tomar suficiente·
mente pequenas as resist~ncias primárias e secundárias, escolhendo-se
. r.- 1;+1.· + 1....
V ~ . v, . - - ---- oportunamente a seção dos condutores do enrolamento.
3 O enrolamento A.T. que possui um número maior de espiras com
menor seção, apresenta sempre uma resistência maior que a do enrola-
sendo 10', 10 " e l 0"' as correntes indicadas nos amperímetros.
mento B.T. As resistências são, em geral, proporcionadas de maneira
o 2 3
que, no funcionamento com carga normal, as perdas nos dois enrola-
mentos resultam sensivelmente iguais entre si. isto é:
'li~ 1~ 1::. ,;
1
1
1
1
1
1
l verifica-se portanto
~=-(~)2
R, 1 1
1
L--
(a) Esta condição é realizada fixando-se nos dois enrolamentos A.T. e
B.T. a mesma densidade de corrente e construindo-se os enrohmentos
com condutores cuja seção é proporcional às respectivas correntes.
" Transformador«
1
3S ALFONSO MARTICNONI TRANSFORMADORES 39
Considerando-se o enrolamento secundário, observam-se os fatos
seguintes:
Enquanto o trans(ormador trabalha a vazio, o enrolamento secundário
não é percorrido por nenhuma corrente e, portanto, não gera nenhum
fluxo: em tais condições o enrolamento scc.undárjo é atravessado unica.
l'
mente pelo fluxo <I>, produzido pela corrente magnetizante do enrola-
1nento primário.
Quando, pelo contrário, o enrolamento secundário alimenta um cir-
cuito utilizador, este é atravessado por uma corrente 12. Esta corrente
faz agir sôbre o núcleo uma f.m.m. N 2 12 a qual é equilibrada por
uma f.m.m. igual e oposta N 111', devida à corrente primária de
reação l'. Nestas condições o fluxo principal no núcleo fica inalterado.
A corrente secundária produz também um [luxo <1>02, o qual se fecha
diretamente no ar ao redor do
Fig. 28 enrolamento s,,cundário sem inte-
ressar o primário: este fluxo cons-
r
titui o [luxo disperso secundário, 2
o transformador funciona a vaz.io, este fluxo é produzido pela corrente o qual é proporcional à corrente I 2
magnetizante 114 pela conhecida relação: (, que o produz. Indicando-se com
L • um coeCiciente de proporciona-
lidade pode-se escrever: b
Quando, pelo conirário, o transformador funciona com carga, o [luxo
é produ7.ido pela f.m.m. primária e secundária com base na equação
<I>
l
O coeficiente L• assim definido
constitui a indutância de dispersão
secundária, à qual corresponde,
Este [luxo é o verrladeiro fluxo útil do transformador, isto é, o que cl'mo no enrolamento primário, a
determina a 1ransferência da energia do primário ao secundário. reatância de dispersão
O circui to primário é, porém, contornado por um fluxo <1>41 repre-
sentado pelas linhas de força que saem do núcleo lateralmente e fecham-
se no ar sem concatenar-se com o enrolamento secundário. Este fluxo
constitui o [luxo disperso primário. Os valores das duas reatâncias
Como o fluxo d isperso se desenvolve no ar, não está sujeito aos de dispersão X' e x·. por uma
fenômenos de saturação, e mantém-se quase proporcional à corrente 11 dada freqüência, dependem dos
que o produz. Indicando,se, portanto, com L' um coeficiente de propor- fluxos de dispersão e, portanto, de-
Fig. 29
cionalidade pode.se escrever pendem do tipo e da posição recí-
proca dos enrolamentos.
<l>41 =: L' lt Evidentemente os fluxos dispenos resultarão tanto maiores quanto
' mais longe entre si estão os dois enrolamentos do tr:rnsformador: a dis-
O coeficiente L' assim definido cons1itui a indutância de dispersão posiç.ão sobre colunas distintas, como indica a fig. 28, é, portanto, a
primária, medida em hen.ry e a esta corresponde a reatància de · dis- que produz mais dispersões e por tal' razão é raramente utilizada.
persão primária, medida em ohm, fornecida por: Nos enrolamentos concêntricos ou tubulares, fig. 29, a bobina 1 (B.T.)
encontra-se ao redor do núcleo e a 2 (A.T.) encontra-se ao redor da
X ' = toL' primeira.
41
ALFONSO MARTIGNONI T RANSFORMADORES
10
l2
As indutâncias de dispersão destes enrolamentos são dada, par:
N,•
\ -·- ....,
L, =
0,4
b
( : 1..., + ª; . 1"'1 ) IQ-3 henri• (
.__ ___ .,,,,
'
L, =
0,4
b
N.2
( -+ 1~.,. + ª; . 1.,,2 ) 1o-e henry
onde:
a, = espessura da bobina B.T.
(cm)
Fig. 32
a2 = espessura da bobina A.T.
(cm)
d= espessura do isolante entre tências e sem dispersóes magnética~, em cuj~s circuitos foram inseridas
as bobinas (cm) as resistências R 1 e R2 e as d1,1as indutâncias L, e L,.
1,.,, 1 = comprimento médio da bo- Este esquema permite trayir facilmente os di~gramas vetoriais do
bina B.T. (cm) transformador industrial no funcionamento a vazio e com carga. Se o
1,.2 = comprimento médio da bo- transformador é trifásico, o esquema representa uma das fases.
bina A.T. (cm)
a} Funcionan1ento a va1.io
Fig. &O
l.,,.= - - - -(cm)
2 No funcionamento a vazio o circuito secundário do transformador
Pelos enrolamentos tubulares está aberto enquanto o primário é alimentado por uma tensão V1, com
duplos, fig. !!O, a indutància é freqüência f. No núcleo do transformador existe o fluxo 4> produzido
•· pela corrente magnetizante 1,... A corrente a _vazio do transformador é
apro,<imadamente a metade da an-
terior. o)>tida pela composição da corrente magnetuante f,. e a corrente I .
No enrolamento com bobinas destinada a compensar as perdas no ferro.
alternadas os fluxos dispersos ad- No transformador ideal, pelo fato de não possuir resistências e rea-
quirem a forma indicada na fig. tàocia no circuito primário, não há qued~s e por isso E, =: V, .. No
31. A dispersão é tanto menor núcleo existe o fluxo 410 que induz nos dois enrolamentos primário e
quanto mais finas e próximas es- secundário as f.c.m. respectivas E1º e E,0 , as quais constituem as f.e.m.
tão as bobinas A.T. e B.T.: a dis- a vazio do transformador. ·
persão é mínima se. as bobinas ter- Estas f.e.m. são definidas em valor pelas fórmulas seguintes:
minais do enrolamento B.T. têm a
metade das espiras possuídas pelas E,º= J0- 8.4,44.f.41,.N,
Fig. 31 bobinas intermediárias. =
E2º 10-•.4,44.f.4>0 .N,,
•
15) DIAGRAMAS VETORIAIS DO TRANSFORMADOR sendo defasadas de 9()<> em atraso com respeito ao fluxo 4>0 que as
A VAZIO E COM CARGA induz conforme fig. 33 a.
No transformador comum, provido de resistência e indutlncia, con-
Dos fatos expostos resulta que os circuitos do transformador podem forme (ig. 32, a corrente primária 10 produz uma queda de tensão
ser representados pelo esquema indicado na fig. 32. O transformador ôhmica R 1 I., em fase com 10 e uma queda X 1 10 defasada de 9()<> em
industrial é comparado, portanto, a um transformador ideal, sem resis- adiantamento com respeito a 10 •
42 ALFONSO MARTICNONI TRANSFORMADOR ts
N2
V2 =E, = -V, -
N,
No diagrama da fig. 33 b observa-se que a corrente 10 está defasada em
atraso do ângulo,. com respeito à tens~o v ,.
A fórmula: =
\·\ ' 0 V110 costp0 rcprc~enLa a poti:ncia a vazio do
transformador, isto é, as perdas no ferro 111ais as pcr<las no cobte R 1I0~.
As perdas no cobre R,1.2, devidas à corrente a vazio, são tão pequenas
' que podem ser praticamente deS'preiadas, e por consegu inte considerar
a potência
w. = v, 1. cos,.
como sendo constituída unicamente pelas perdas no ferro.
(a) (b) O fator de potência COS'f'o ch ama-se fator de potência do trans!or-
mador a vazio.
V1 =(- E,) + R 1 10 + X , 10
R, x, X2 ·
Rz Xz N2 1, 12
1, = 1, - = =-
N, Ni/N, m
E2
Z2 R
\ Substituindo-se este valor na fórmula da q ueda de tensão primária
transferida ao secundário, obtém-se:
21 • 1,/m 21
Nz X t;.Vi -:: - 12
m m2
Analogamente, desejando-se transferir a queda de tensão prim!ria Para todos os efeitos, o fator Z2 representa uma impedância que inse-
V1 = Z1 11 para o secundário, devc-<e dividi-la também por m, isto é : rida ao seC'llndário do transformador produz os mesmos efeitos que a
.i.v, z, 11 impedância z, produz no circuito primário. A impedância Z2 é repre-
sentada no circuito secundário, ligada em série à impedância Z. do
t;.Vi = - - = - -
m m próprio circuito, conforme fig. 37.
Com demonstração análoga à que foi feita para se obter a fórmula -E,=V,
z,
z,: =- obtêm-se também os valores dos seus fatores componerites,
m•
isto é:
X,
X,'=-
m•
Com a suposição feita, o transformador indicado na fig. 37 possui
o circuito primário sem resistência e reatância, e. por conseguinte, neste
circuito nenhuma queda de tensão se produt. Toda
V1 transforma-se, tanto a vazio como com carga, na
a tensão aplicada
f..e.m. secundária.
., 12
v,
E,º = -
m
Rzlz Z•" 12
Todas as quedas de tensão são atribuídas ao circuito secundário. o
qual possui a sua própria impedã.ncia Z. e em série a esta a impedância XzlzRz •2 ,...-r, .,_. q lz
z,
primária transferida ao secundário Z,' = - Xt 12
. Vi =Ez
m•
A este circuito corresponde o diagrama vetorial indicado na fig. 58 a, o
qual permite com facilidade observar a queda de tensão que se verifica (a) (b)
quando o transformador trabalha com carga, isto é: N," r:;6 - V;'. = Fig. .!8
Esta queda total compõe-se de wna queda ôhmica R 2 l, + R 2 12 (R2 + =
+R,') 12 em fase com 12 e de uma queda indutiva X 2 12 + X 2' l 2 =
= (X2 + X,') 12,.defasada de 900 em adiantamento com respeito a 12 17) CIRCUITO PRIMARIO EQUIVALENTE
=
pondo: (R2 + &..') R; e (X2 + X 2) x; =
Com raciocínio inverso ao feito precedentemente, supõe-se que todas
pode-se escrever: ti.V =R." 1 2 + x;
12 = z; 12 conforme indica o diagra· as quedas do transformador sejam produzidas pelo .circuito primário,
ma da fig. 58 b. Sendo z; a impedància equivalente secundária do trans- enquanto o secundário seja um circuito sem quedas. Neste caso deve-se
formador. A resis~ncia R; e a reatã.ncia x; são respectivamente a resis- considerar o circuito ficllcio indicado na fig. 39, o qual constitui o
tência e a rcatância equivalentes secundárias do transformador, defi- circuito primário equivalente do transformador. Este compreende a
nidas por: resistência e a reatância própria do · enrolamento primário R 1 e X1 ,
tendo em série a estes a resistência e a reatância secundárias transferidas
R, x, (. ao primário Ri" e X 1".
· R,;::R2 +- e X; : X 2 +- O enrolamento secundário não apresenta ·impedância alguma.
mt m•
A imped:l.ncia equivalente secundária Z-, é definida por: Pondo m =-N, e sendo R2 I, e X, 12 as duas quedas secundárias,
N,
para transferi-las ao circuito primário devem ser multiplicaclas por m,
z·. =y (R",)2 + (X"J• 1SlOé: m R,1 2 e m X,!,.
TRANSFORMADORES 51
ALFONSO MARTIGNONI
x·, = X + x·
1 1 = X1 + m• X 2 constitui a reatància primária equivalente
R, x, R1" x," do transformador. E por fim a impedância global definida por:
v
t
v,
z,
}, z·, = (R',>' + (X'.)'
constitui a impedância equivalente primári•.
' (a)
O diagrama do transformador adquire a forma indicada nas figuras
S9b e 39c.
A tensão aplicada V1 resulta diminulda das quedas R',11 e X'.11
obtendo-se a (.e.m. primária E'i que se transforma integralmente na
~
tensão secundária V2 =-.Sendo a tensão secundária a vatio V2° = -
m
~
m
.
t;.V : V2º - V,
"
R1l1 z.' 1, R~l1 a qual é expressa em função da corrente primária pela relação
E', E; V, - ~ z·, .11
t;.V ----- ---
m m
1, 1,
Fig. 39 x,
t,1P2cc=-
:· R2
1,
Desprezando-se a corrente a vazio e pondo-se 11 ; : - e, portanto . Querendo-se que a correnie secundária adquira uma intensidade pre-
m fixada 12 , a f.e.m. secundáraa deve ter o valor E200 = Z2 12•
I; = m 11 , as duas quedas resultam: m' R2 11 e m' X2 1, ou R·,11 e x·,11 • A f.e,m. assim definida é chamada f.e.m. secundária de curto-circuito
A resistência total R,' = R 1 + R 1• = R 1 + m• R2 constitui a resistência 1 relativa à prefixada corrente 12 • O fluxo ~.. que é necessário para
primária equi\•alente do transformador. Analogamen te a reatância total t.
'
r,2 ALfONSO MARTICNONI · T RANSFORMAOORES
~.. (b}
primária e secundária satisfazem quase exatamente a relação
12 N1
-- =--=m.
I, N2
12
Em segundo lugar verifica-se que, no funcionamento em curto-circuito,
Ezcc =Ziz as perdas no ferro se tornam completamente desprez.lvcis, pois fica
muito pequena a indução magnética no núcleo. A in\eira potência
absorvida pelo transformador (potência de curto-circuito) corresponde
simplesmente à potência dissipada pelo efeito Joule nos dois enrola-
Fig. 40
mentos, ou <-Omo se costuma diier às perdas no cobre do transformador.
Indicando-se. portanto, tal potência com W« obter-se-á
I
gerar esta f.e.m. constitui o fluxo de curto-circuito e correspondente-
mente tem-se a l.e.m. primária de curto-circuito definida por: W.,. = R, 1,2 + R 2 l,2
1.
N, e pondo-se I, =- pode-se escrever
E 1« = E2cc - =m E2<'( m
N2
t z· •
v.tt
fig. 42 J/Tm 1,
e a resistência equivalente sccun·
V1rit w.. i dária de uma fase é
z;,, = - - e R', = R 1 + m• R, = - ;
1, 1,1
w«
2
R'\, = - -
resulta então X',=/ (Z',)2 - (R',) 31,2
É fácil verificar que a resistência, a reatância e a impedância equi•
sendo W« a soma algébrica das po-
valentes primárias estão interligadas às grandezas correspondtntes se- tências indicadas pelos dois wattí-
cundárias pelas relações metros.
z·, = m' z·. Na conexão estrela-triângulo de-
verão ser divididas por iJ---r-
As resistências, reat/lncias e impedâncias relativas ao circuito secun• tanto a tensão Vice indicaJa pelo
dário podem ser transferidas ao circuito primário, multiplicando-se voltímetro como a corrente 12 i n·
N, clicada pelos amperímetros; ter-se-á,
pelo quadrado da relação das espiras portanto, Fig. 43
· W cc
v,..., e R".= - - - - -
19) O ENSAIO DE CU RTO-CIRCUITO NOS TRANSFORMADO· 1,•
= rn . 1
RES TRIFASICOS
Conu> j;í foi examinado no parágrafo 14, a indutância e, portanto, a b) Enrolamento tubular duplo,
reatância de dispers:1o de um transformador depende da forma, do fig. 45
tan1anho e da 1>0sição recíproca das bobinas. Alcança-se uma notável diminui- a,
Serão dadas agora as fc'>r1nulas para o cálculo da reatância equivalente
ção da reatância de dispersão, sub-
referida ao priin:irio dos "árjos tipos de trans(orn)adore.s.
dividindo-se um dos dois enrola- ª2
mentos (de preferência o B.T.).
a) E11roln111<:11t'1 tubr1/11r; fig. ·1.f Com esta disposição o enrolamen-
to torna o nome de enrolamento
Neste tipo .de t:nrola1nento a reata.ncia c.le dispersão referida ao pri-
tubular duplo. A reatância equiva-
1n:írio resulta expressa en1 ohms, pe1a fónnula lente primária é expressa em ohms
pela, seguinte equação Fig. 46
1
X', = 7,9-1.--"'~-·-N_',_• K (d+·ª-•-:-ª-' )
na qual
. JO-• 1
X',= S,95 _r_.-'-
"b-·N_,• K e d+ -ª•-:_ª_: ) IO-•
1
ALfONSO MARTIGNONI TRANSFORMADORES 61
00
21) DETERMINAÇÃO DA QUEDA DE TENSÃO INDUSTRIAL - Para a solução deste problema, usa-se cm geral construir o diagrama
DIAGRAMA DE KAPP - CARACTERISTICAS EXTERNAS do transformador numa forma diferente, conhecida pelo nome de
DO TRANSFORMADOR diagrama de Kapp.
Para a construção deste diagrama é n ecessário conhecer previamente
A q':'eda industrial de tensão de um tra nsformador é representada a resistência, a reatância e a impedância equivalente secundtrias R",.
pela d1{erenç.a aruméuca entre a tensão secundária a vazio E4º e a x•,. z·•. Com a ajuda da corrente secundária de plena carga, constrói-se
tensã.o _.secundária com carga V'.! , O valor desta queda nas difêrentes =
então o triângulo retângulo (OAB), que tem por cate«~ OA R·• 12 e
cond1çoes de carga do <rans!ormador pode ser determinado com base
nos diagran1as vetoriais já considerados prcccdenternente.
=
AB x·. 12 como indica a fig. 47. Este triângulo toma o nome de
triângulo fundamental do transformador.
Com centro em O, traça-se uma circunferência com o raio equiva-
lente à tensão a vazio E••; cada vetor, como por exemplo BC, repre-
senta, portanto, a tensão V2 que fica disponível no,1 bomes do trans-
formador quando este fornece a çorrente 12 defasada do ângulo ,, com
respeito a BC = V2 (o triângulo assim construido traduz de fato a
relação vetorial E•,= V2 + ~ + -~ que é a conhecida equação
relativa ao circuito equivalente secundário do transformador). Com
centro em B, traça-se urna segunda circunferência que tem ainda por
raio a tensão a vazio E•2 , é daro que o segmento CD' representa a
diferença aritmética entre E•2 e V2 : isto quer dizer que o segmento CD
fornece a queda de tensão industrial AV ;, E•2 - V, correspondente
ao funcionamento a plena carga do transformador sobre um circuito
que tem um fator de potência igual a coscp2 • Variando o fator de po-
tência, mantendo-se invariada a corrente fornecida, a queda de tensão
varia como os segmentos C1D1 e C,D, etc. os quais correspondem res-
pectivamente às delasagens secundárias 'P,, 'I'•' etc.
Do cargo O diagrama põe claramente em rele_vo que aumentando o ãngulo
de atraso da corrente sobre a tensão, isto é, diminuindo o fator de
Ôhmico potência, a queda de tensão aumenta. A queda de tensão adquire o
valdr máximo quando a defasagem ,, é igual à defasagem de curto-
circuito ""• do transformador, definida por
x•, R"t
tag. 'lte = - - ou cos,1tt =-- .
R"e Z"·•
Se o transformador funciona com carga puramente ôhmica, a queda
de tensão é representada pelo segmento t::D:: se pelo contrário fun-
cargo ciona com carga capacitiva, a tensão nos bornes passa em atraso com
capacitivo respeito à corrente e fka medida, portanto, pelos segmentos, como por
exemplo Bé-;: e a queda de tensão correspondente é C,D2 •
Evidencia-se que no funcionamento com carga capacitiva, a queda
de tensão diminui com o aumentar da defasagem em adiantamento da
corrente sobre a tensão.
Diagramo de Kopp poro A queda de tensão resulta nula, isto é, a tensão nos bornes secun-
12 constante e cos f variável dários do transformador fica a mesma tanto no funcionamento a vazio
f;g, ~, ' como no com carga, quando o ponto C passa por M.
ALfONSO MARTIGNONI TRANSFORMADORES
G2
Aumentando-se a deras.agem em adiantamento da corrente, a tensão inclinadas. Para cargas capacitivas, quando a defasagem em adianta-
nos bornes, com carga, fica maior que a tensão a vazio, isto é, aumen· mento da corrente supera determinado valor, obtêm•se caracteristic.as
tando a carga do transformador a crescentes.
tensão $CCundária aumenta em lu- T ransportando os valores das quedas de tensão .1.V 1 ; .i.V2; à V, etc.
gar de diminuir. O diagrama con- como ordenadas, no diagrama da fig. 48, obtém-se a curva .i.V := f (12)
siderado evidencia, portanto, clara- que é chamada caracteristica de regulação. Na linguagem prática a
Col mente como varia a queda de ten· queda de tensão industrial .i.V, relerida à corrente de plena carga. é
são do transformador ao variar do chamada de regulação sendo exl'ressa em percentagem da tensão se-
fator de pot~ncia secundário por cundária nominal.
uma corrente fornecida constante.
Se pelo contrário interessa deter- 22) FóRMULAS PRATICAS PARA O CALCU.LO DIRETO DA
lc.:::J~ - --- -.L---- t-~,. minar como varia a tensão secun- QUEDA DE TENSÃO INDUSTRIAL (REGULAÇÃO)
dária ao variar da corrente forne-
cida, ficando invariado o fator de Os diagramas considerados põem claramente em relevo como varia
potência, pode-se dar ao diagrama a tensão secundária do transformador ao variar da carga, mas não
permitem, praticamente, obter resultados aproximad~s, pois as dim~n-
• "• de Kapp a disposição indicada na sões do triângulo fundamental do transformador sao sempre muito
fig. 48 a.
pequenas com relação à tensão. (Observe-se que a hipotenusa do triân-
Isto é, constrói-se o triàngulo gulo fundamental corresponde à tensão de curto-circuito do transfor-
fundamental (OAB) pela corrente mador reduzida ao secundário e é igual a 5% ou 10% da tensão nor-
secundária de plena carga, é claro
que - se dividindo, a hipotenusa mal de exerclcio: isto quer dizer que sobre o diagrama _de Kapp a
impedãnda do triângulo fundamental pôde resultar praticamente de
OB, por exemplo, em quatro par- 5 ou 10 centésimos do raio da circunferência que representa a tensão
( b ) tes iguais, os vetores OB 1 , OB,, a vazio). .
OB 8 representam a queda corres- Pela determinação eletiva da tensão secundána com carga é. por-
pondente respectivamente a um tanto, necessário aplicar-se o cálculo anaUtico. Este pode ser deduzido
aV4 quarto de carga, a metade e aos diretamente do conhecido diagrama do circuito eqµiva lente secundário
três quartos da carg-d. Se a defasa- reproduzido na fig. 49.
gem externa fica constantemente
'• T
•
31i
'• igual a , 2 , a tensão secundária re- Do diagrama resulta:
o aritmeuca entre E2º e V 2 é repre- Querendo-se exprimir esta queda em percentagem da tensão a vazio
sentada pelo segmento AD: o cál- obtém-se;
culo da queda de tensão t,. V reduz.
se, portanto, ao cálculo do compri• E 2º-V, t,.V
mento deste segmento. , % =100 =100 -E,•
Como primeira aproximação po-
E,•
de-se desprezar o pequeno segmen- (X", 12 cos,p 2 - R·, 12 sen,p2) 2
to FD para considerar t,.V ~ AF.
Da fig. 50 obtém-se E,•
AF = R". 12 coscp, + x·, 12 sencp 2 , % = lOO-- - - - -- - - -- -- -- - - - - - - -
E2•
Para um cálculo rápido um tan· 1, 1 22
to aproximado da queda de tensão
industrial, pode-se então empregar
/
= 100 -
E,•
(R•, cos,p2 + x·. sen,p2) + 50 - - (X",
(E,•)t
cos, 2- R", sen,,)"
á simples fórmula
t,. V ili R", 12 ..,,,, + X", ...cp, A mesma queda em percentagem da tensão pode ser expressa também
em função da tensão e da corrente primária V, e 11 , empregando-se em
Para se ter o valor exato da quc- tal caso pelo cálculo a resistência e a reatánda equivalentes primúias
Fig. 50 da de tensão é preciso juntar ao R', e X', e se obterá
calculado o valor correspondente
ao pequeno segmento FD: com I, I,t
ótima aproximação este pode ser considerado igual à metade do segmento , % = 100 - (R', cos,p, + X', sen,,) + 50 - {X', cos,p2 - R', sen,,)•
FH, o qual é definido pela prop<1rção FH: CF = C F: OF pode-se v, vi2
l'Onsiderar então
Observando-se que os termos R·. 11 e X'., 11 representam respectiva-
1 1 CF2 mente as componentes ativas e reativas da tensão de curto-circuito
FD=- - FH::-----
2 2 OF
=
V 1ee f Z'e 11, pode-se escrever também R'., 1 1 V1c,c.cos,1 tt t X'., 11 =
= Vice SCDCfltcc·
Da figura resulta que; A queda de tensão pode ser expressa, assim, diretamente em função
dos elementos deduzidos no ensaio de curto-circuito do transformador,
CF = CK- FK, isto é CF =x·. 1 coscp 2 2- R", sen,p 2• por meio da equação
De outro lado, dado o significado corretivo deste cálculo, o segmento
V,« ( V,., ) t
OF pode ser substituído pelo segmento OD = E,º e assim sendo pode-se , %= 100 - - · (cos,p,.. cos,p2 +sen,,,. sen,p,) -t- 50 - -
escr~er: V1 V1
1 (X", 1, coscp, - R", 12 sencp 2)2 (sencp 1., cos,p 2 + cos1., senf 2) 2
FD = - - - - - --------
2 E2•
Nesta fórmula pode-se ainda observar que o termo ( 100
v,.. )
~ repre-
O valor da queda de tensão é fornecido pela expressão:
senta o valor percentual da tensão de curto-circuito com respeito à
1 (X", 12 coscp,- R", I 2 sencp2)' Vi«
t,. V = R", 12 cos,p2 + X", 1, sen,p, + - tensão de exercício: pondo-se então 100 - - = v..% e desprezando-
2 E2° •. V,
66 ALt"ONSO MARTIGNONI TllANSFOIUCAOOIUS
se os índices numéricos que não são mais necessários, a queda percen· Os valora % I.R e % I.X slo calculadoo por meio doo dadoo fome.
tua! de ten~o pode ser ·expressa pela fórmula cidoo pcw. tabelas, iJto é, por meio dos valores. respectivamente, d»
perdas no cobre e das perdas no ferro, iJto é:
na qual coscp representa o fator de potência do circuito alimentado pelo %1.X = .; (% 1: Z)'- (%1. R)'
transformador e coscp" é o fator de potência de curto-circuito.
A título de exemplo, se um transformador tem uma tensão de curto· % I. Z é a tcruão de curto-circuito, chamada também de tendo de
circuito de 8% da tensão de exerdcio, isto é, V.,%= 8, com um fator impedància.
=
de potência de curto-circuito coscp" 0,2 (sencp.., la 0,98), quando este A tltulo de exemplo oert calculada a replllçtlo de um tramformador
=
funciona com um fator de potência secundária coscp 0,8, (sen<p 0,6), = de 150 lr.VA, que poeaui perdas no cobre iguaiJ a 2200 watts e a lffllio
a queda de tensão na passagem do funcionamento a vazio para o de de imptd4ncia 5,5%
plena carga resulta
=
a) para coo, 1 e carga normal
si b) para coo, = 0,8 e 75% da carga.
, % = 8(0,2.0,8 + Q,98.06) +- (0,98 .0,8 - 0.2.06)2 = 5,984 + 0,141 = 6,125%
200 No primeiro caso coo, = 1 e por comeguinte ICD' =O, o fator de
· carga e= 1.
O exemplo evidencia claramente que o segundo termo da fórmula
é desprezível com respeito ao primeiro. 2200. 100
O valor percentual da tensão de curto-circuito relativo à corrente de %1.R- =l,46
plena carga é freqüentemente indicado pelo construtor sobre a placa 150000
do transformador. Para correntes menores que a de plena carga, a
tensão de curto-circuito reduz-se em proporção. O !ator de potência de
curto-circuito que está também indicado na placa é, pelo contrário,
% I.X = V5,5 1- l,W =5,8
independente da corren te e, portanto, fica constante. 5,81
A queda de tensão industrial, expressa em percentagem, denominada • % =1,46 +-- - = 1,55
regulação, pode também ser calculada com base na impedâncii. equi- 200
valente do transformador, conforme indicado a seguir:
No segundo caso: coo, = 0,8; ICD' : 0,6; e= 0,75
(% 1.X.coscp ::• I.R .sencp)']
• %=a [ %l. R .cos,p+%1. X. scn,p+ (5.8 . 0,8 + 1,46 . 0,6)1 ]
• % = 0,75 [ 1,46 . 0,8 + 5,8 . 0,6 + --------- = 2,64
200
nesta fórmula:
a =fator de carga 25) PERDAS NO COBRE
% I. R = componente resistiva da impedância em %
As perdas de potência que se verificam noo tramformadorCI se com-
% 1. X = componente reatíya da impedância em % põem como já (oi obocrvado prcoedcntemcnte pclu pcrdu p« deiro
cos,p =fator de potência da carga do transformador Joule e as perdas no ferro. As perdas por cfciro Joule alo clnida à
rcsís~ncia ôhmica doo enrolamentos e chamadas pcrdu no cobre. As
sen<p : y I ~ cos''P perdas no ferro slo dcvídu às pcrdu por bísteTCSC e ()()lffllles parasiW.
ALfONSO MARTIGNONI TRANSFORMAOORES 69
68
Para um transformador monofásico, as perdas no cobre são dadas, As perdas no cobre variam ao variar da carga do transformador e
como é sabido, pela relação: precisamente cm proporção ao quadrado da corrente fornecida: no
f~nc1onamento a vaz10, as perdas produzidas pela corrente a vazio veri-
W, =R 1 112 + R 2 1,2 ficam·~ somente na resistência primária, tomando-se, portanto des-
prezíveis. '
sendo R 1 e R2 as resistências primárias e secundárias e 11, 12 , as correntes O cákulo das perdas no cobre resulta muito simplificado quando
correspondentes: podendo-se considerar praticamente (despreiando,se a 1
for re!cndo ao peso do cobre e à perda específica, isto é, à perda cm watt
11 N, 1 por cada kg de material.
=-
~
corrente a vazio) - ::: ~ - As perdas por efeito Joule, num condutor com comprimento de J
12 N1 m metro e seção de S mm•, são expressas por:
isto é, indicando-se a potência absorvida como sendo a potência forne- for o fator de potência: para um determinado fator de potência, e
cida mais a potência perdida (efeito Joule e perdas no ferro). suposta a tensão constante, o rendimento varia com o variar da cor-
Para um transformador monolásico a potência fornecida pelo secun- rente fornec ida.
dário é expressa por W 2 = V 2 11 cos<p2, sendo V 2, 12 e co, , 2 respectiva- O rendimento em % pode ser também, calculado pela seguinte
mente a tensão, a corrente e o fator de potência da linha alimentada fórmula:
pelo secundário.
W re +a.W(:u
A potência primária é fornecida analogamente por W, = V 1 11 COS'!',,
sendo V1 , 11 e eo1<p 1 , a tensão, a corrente e o fator de potência medidos
"% = 100 - !00
a · W2 • cos,. + W,. + a . W,0
na linha de alimentação do primário. Correspondentemente, o rendi-
mento do transformador é expresso por: Nesta fórmula
V 2 12 coscp2 W, = Potência nominal em kVA
w,, =Perdas no ferro em kW
w.. =Perdas no cobre com carga normal
Pode-se também escrever que cos<p = Fator de potência
W 1 = W2 + W,+ W, = V2 12 cos'l' 2 + W0 + R"•I•' a = Fator de carga
"=----------
v. 1 coscp + w + R", 1,2
a - para plena carga com cos, = 1
2 2 0 b - para plena carga com COS'f' =0,8
Esta fórmula permite calcular o rendimento em todas as condições c - para 75% da carga com cos'P =0,8
da carga que se pretender considerar, uma vez que já foram determi•
nadas a potência aboorvida a vazio e a resistência secundária equiva• No primeiro caso: a = 1; cos,p = 1
lente R· .
Se o transformador ç trifásico, indicando-se com V2 , 12 e co,, 2 , a 1,7 + 6,4
tensão corrente e o fator de potência relativos a cada fase, obtendo-se 1'% = 100- . 100 =98,4%
500 + 1,7 + 6,4
,. = - -- - - - - -- - - No segundo caso: a= 1; COS<p =0,8
1,7 + 6,4
w. é a potência absorvida a vazio e R". é a resistência equivalente 1'% = 100 - . 100 =98,1%
secundária de uma fase. Esta expressão pode ser escrita também 500 . o.a + 1.1 + 6,4
No terceiro caso: a= 0,75; cos<p = 0,8
,. =- - -- - -- 2 - 1,7 + 0,75 . 6,1
W 0 + !R", 12
!+ - - - - - ,.% = 100 - . 100 = 97.88%
o,75 . 500 . o.a + 1,1 + o,75 . 6,4
j
Os condutores empregados nos
transformadores são de cobre, iso-
lados com esmalte ou algodão.
O esmal te ocupa menor espaço
que o algodão, mas é mais caro.
As caracterlsticas básicas do esmal·
te s.ão: resistência ao calor e elasti·
cidade, pois deve resistir a tempera· Fig. 51
turas de aproximadamente 8()0 C e
deve manter seu poder isolante mes- Camadas de fios
mo quando o condutor é dobrado
com raios de curvatura pequenos.
Para pequenos transformadores
usam-se fios redondos até o n.0 10 Corretei
(AWG), além do qual se prefere o
emprego de condutores quadrados
ou' retangulares. Em certos casos,
para tomar o enrolamento de mais Papel
fácil execução, substituem-se os isolante.
condutores de elevada seção par 2
(dois) CO!}dutores agrupados em
paralelo. 71g. 52
O carretel sobre o qual são enro-
ladas as bobinas é oonstituído por
cartolina isolante ou prespann. CO:
lado em várias camadas até alcan·
çar a espessura desejada. Sua foc.
ma, conforme fig. 51, é obtida por
meio de molde de madeira. A co-
lagem das várias camadas de car-
tolina ou prespann é feita rapida-
mente por meio de calor (ferro de
soldar), desde que uma d:u faces
da cartolina seja previamente re-
co~na com goma arábica. Fig. 55
TRANSFORMADORES 7$
74 ALFONSO MARTICNONI 3a
O emolamcnto das bobinas sobre o carreie! se processa conforme indi- nas e das travessas é de 15 mm,
.conforme indica a fig. 56.
cado na fig. 52, isto é, entre uma camada e outra sucessiva há uma folha
de papel isolante. A fim de garantir o isolamento das bobinas, os !ios Todas as dimensões das lâminas ~
não são enrolados até a extremidade do carretel, ficando entre esta e o E e I são em função da largura do
término da camada uma distância d que depende das dimensões do trans- tronco central, conforme fig. 57, e d d
sua montagem na bobina é feita "' "'- '"a º·'• o 0.5•
º"ª
formador.
A separação entre a bobina pri-
mária e a bobina secundária é lei-
conforme indica a -fig. 58, em po-
sições alternadas, o. que dá ao " ~
..... .ll
laterais existe a metade do fluxo A janela possui as dimensões
15 15 que age no núcleo central. Pela ra- indicadas na fig. 61, sendo sua área
zão exposta, tanto as colunas late· calculada pela seguinte fórmula:
rais como as travessas (superior e
inferior) possuem espessura corres- Sj = 0,5a . 1,5a = 0,75a
2
Sj- = 0,75a2 = 0,75 . 302 = fi75 mm2 As Jâminas normais para trans· L,4.mino.s Podroni.iadas
formadores são classificadas por s~r4o d.a P~so do
Outra gran<leza característica das número, sendo as mais comuns as N .º •·
cm
Janela nlU'leo
lâminas e que vale a pena regis• classificadas de O a 6. m,n2 kg /cm
trar é o peso de cada centímetro
de espe$$ura do núcleo por elas
conslituldo. Esta grandeza, quan-
Na tabela da fig. 63 estão indi-
cadas, para todos os tipos de lâ-
o
1
2
1,5
:2
,.
..., o.095
4118
168
...., 0 ,170
·-~
do registrada em ta~la, para os ! 3 675
diferentes tipos de lâminas, facili-
ca enormemente o cálculo do pe·
isto é, número de ordem; largura
da coluna central em mm; área da • 5
3.S
4
16
O _'i
0,674
janela em rum2 e peso por cend- 6 5 1880 1,053
so das lâminas po5,5ufdas por um
Fig. tlO metro de comprimento do núcleo. Fig. 63
transformador.
Para transformadores com potência
O cálculo do peso do núcleo é
feito da seguinte forma:
superior a 800 VA nlo é mais pos-
sível usar lâminas padroniz.adas,
ru=1 ~
<l) Cálculo da.s correntes pri,ndrias e secundárias espessura de material isolante que não toma parte na formação do
fluxo. Assim sendo, a seção magnética é obtida deduzindo-se 10% da
A corrente secundária é o btida diretamente pela relação: área deíini<la como seção g eométrica, isto é:
w. s.
12 =- expressa em amperes.
Sm= - ou s.= 1,1. S.,
v. 1,1
Para se calcular a corrente primária é preciso avaliar a potência pri-
mária, o que é feito acrescentando-se à potência secundária 10% de g) Cálculo da seção magnética
seu valor a fim de se terem em consideração as perdas,. isto é, do núcleo
s,
ser calculado como se sua potência
fosse 1,5 W 2 •
Como acima foi exposto, a se-
S~ = 6 V 1,5W,
f
o ção magnética dos transformado-
Fig. 70 res é calculada com as seguintes h) Escolha do mícleo
fórmulas:
Uma vez calculada a seção magnética do núcleo, calcula-se a seção
l) Transformador <k um primá- geomécrica s, = 1, 1.s .
rio e um secunddrio, -fig. 71.
' Construtivamen te é van tajoso que a forma do núcleo seja próxima
da forma quadrada, por isso a largura da coluna central do núcleo
a) Para lâminas padronizadas é obtida por:
Fig. 71
TRANSFORMADORES as
82 AI.F0NS0 MART!CNONI
Para o cálculo das espiras secundárias, empreg-.im-se as mesmas fórmulas,
Un1a vez e$COlhida a lâmina, determina-se definitivamente aumentando,se porém de 10% o resultado, a fim de compmsar a qµeda
s. da tensão.
S,=a.b e S.,, = -
1,1 j) Possibilidade de execução
i) Cálculo do ntímero das espiras Uma vez calculado o número das espiras primárias (N 1) e s«undárias
(N 2), a seção dos respectivos fios ((S 1) e (S,)J é possível calcular-.e a
Para o cálculo do número das espiras priO:.ârias emprega-se a fórmula seção do cobre enrolado.
V, . JO• Para um transformador com um primário e um .ecundário, esta .eção
N, resulta:
4,44 . B". Sm. f
'\ s•• =N 1S1 + N 2S2 em mm•
na qual:
Usando-se fio esmaltado para que a bobina possa entrar na janela e
N 1 = Número de espiras primárias a montagem do transformador ser posslvel é preciso que se verüique:
V 1 ;: T ensão do circuito primário
em volts Seção da janela SJ
Fig. 72
B)J = Indução máxima no ferro - - - -- - = - - lle, 3
(para lâminas de ferro silf-
1. 1,36
N 2 = 2,2 . V2 • 1.1 =
2,2 . 220 . 264esp.
fio nºl8
532esp.
fio nº20
. 1,1 =552
- Seção do condutor secundário: S. = - - = - - = 0,45 mmt
d 5 N.B.: ~ O esquema do transforma-
dor toma a forma indica·
o,----..J
0
usa-se fio n. 20 (AWG) cuja seção é S..= 0,518 mm• da· na fig. 75. Fig. 7S
7 Transformadcwes
ALFONSO MARTIGNONI TRANSFORMADORES 87
•F, = l,5S(
11500 )t = 1,72 Núcleo central 5 x 4;
20
s. =20 cm•; S., =-- =18,2 cm•
10 000 1,1
.. ALFONSO MARTIGNONI
TRANSFORMAD0Rf.S 89
40 40
Usando-se a lâmina n.º 6, o núcleo central deverá ter as medidas:
120~ Esp/ volt=--= - - = -2,2 5 au x8 an, de onde reoulta:,
264esp. 532esp. s. 18,2 40 40
fio n°l8 fio n•20 S, = 40 cm•; s. = 86,4 an•; Esp/ volt= - - = - - = 1,1
N1 = 2,2 · 120 = 264
. o s.. 86,4
N2 = 2,2 · 220 · 1,1 = 552
Fig. 76 = =
S.,. N1S, + N,S2 264 · 1.04 +
=
N1 1,1 · 220 242 esp.=
+ 552 · 0,518 = 274,56 + N,= 1,1 · 24 · 1,1 = 29esp.
+ 275,57 = 550 ant S,. = N ,S, + N,S, = 242 · 2,08 + 29 · 16,74 = 503,!16 + 485,46 = 988 mm2
s, 1880
- - = - - = 8,4. O transfonnador pode ser enrolado. s, 1880
s.. 550 --=-- =1,9. Execução imf>O$sível.
s.. 988
P,. = 1,058 · 4 = 4,21 kg N .B.: Como não convém executar o núcleo em comprimento maior
lm = 2a + 2b +0,5a... =2 · 5 + 2 · 4 +0,5 · 5 · 5,14 = -26an que 8 cm, tenta-se a solução com ldminas compridas.
s.. -~50
P.. = - · lm · 9= - · 26 · 9= 1287 g=-l.29kg S.,=6,5 ~ = 6 , 5 F 2 9 ; S, = 29 · 1,1 = - 82crn1
100 100 •
Usa-se lâmina comprida n.º 6 construindo o núcleo com 5 cm de
W,. = 1,15 · 1,72 · 4,21 = 8,55 watu largura e 6,5 cm de comprimento, isto é, 5 X 6,5.
W .. = 2,48 · d 2 • P.. = 2,48 · 2,652 · 1,29 = 21,7 watu
82.5
~ 800 S, = 5 · 6,5 = 82,5 cm•; S., = - - = 29,5 cm•
Rendimento - - - - - - = - - = -0,91 1,1
800 + 8,88 + 21,7 880
• 40 40
Esp/volt = - - = - - = 1,35
EXEMPLO N.º 2 s.. 29,5 297 HP. 36 IS!).
fio n• M fio(2•n•8J
Dados: Transfonnador IJlOnofásico: f = 50 Hz; W 1 = 1000 VA;
V1 = 220 V; V1 = 24 V
N1 =
1,35 · 220 297 =
N,= 1,85 · 24 · 1,1 =86
1000 41,7
"
=
S,. N, S1 + N.S. = 297 · 2,08 +
W0 = 1 V1 =24 11 = -. - = 41,7A S. = - - = 16,7; Fio 2 X n.º 8 (16,7 mm') +86 · 16,74=618+608 = . Fig. 77
24 2,5 = 1221
· 1100 5
Da tabela da fig. 65 resulta ser s, = 8750 mm2
V,=220 11 = - - =5A S. = - - = 2; Fio n.º 14 (2,08 mm') s, 8750
220 2,5 - - = - - = 8,07. Execução possível
s,.. 1221
N.B.: No circuito SttUndirio deveria ser usado o condutor n.0 5 (AWG);.
como este é muito grooso e, pmtanto, de difícil manejo, usam-te em
•
P 1• = 1,580 · 6,5 = 10,250 kg
s. = 7,5
V-1000 .
~ = 7,5 v-
sua substituição dois condutores n.º 8 (AWG) em paralelo.
w,. = 2,45. d• .. P.. = 2,45. 2,5•. 5,4 = 52 waus P,, = 1,055 . 4 = 4,212 kg
w,. = 1,15 · 1,72 · 10,25 = 20,5 watts lm = 2a + 2b + 0,5a,. = 2 · 5 + 2 · 4 + 0,5 · 5 · 5,14 = -26 cm
Perdas totaú = 20,5 + 52 = 72,5 watts
s,.· 572
w. 1000 , 1000 P.. = - - lm . 9 = - . 26 . 9 = 1558g= 1.558kg
Rendimento ,. = - - 0.95 100 100
w, 1000 + 72,5 1072,5
Dados: Transformador monofásico: f = 60 Hz; W • = 500 VA; Dados: Transformador monoUsico: 1 = 50 Hz; W, = 5 kVA:
V2 = 220/440 V; V1 = 120 V V,= 12 V; V 1 =220 V
300 1,56 r.
- - = 1,56A - - = 0,455; fio n.0 20 (O,Sl8) 5000 250
W, = 220
s, =
5 w, = 5000 v, = 12 12 = - - = 250A S, = - - = 125; 2 chapas 200 x 0.5 mm
12 2
500 0,68
--=0,68A
0
s• = 75
•
V 1•25 w. = 7,5 1
f
/1,25.50Õ
y ~ = 7.5 . V 6.25 = 18.8 cm!
•
aura, obtendo-se uma ~o.
Esp/volt = - - = - - = 1,84 Como não existe llmina deste tamanho, usa-te ferro nlo padronizado,
S. 18,18 executando-se o nócleo quadrado de 8 x 8 cm.
N1 = 1,84 · 220 · 1,1 = 445
64
N 1 = 1,84 · 120 = 220 S, = 8 · 8 = 64 cm•; S. = - - =
s.. = 220 · 1,04 + 445 · 0,518 + J,l 1!52 HP. 9Kp.
Jlg. 71 + 445 · 0,2552 = 572 mm• 40 ti• n•e 2 chopoa
= - 58; Esp/volt = - - = 200x0,3
s,
- -
1830
= - - = 5,5. O transformador pode. ser enrolado. .
58 ----o
s.. 572 c 0,69 Jlg. "
92 ALFONSO MARTICNONI TRANSFORMADORES
•
- - - mm de largura, executar-se-á a ja-
nela com altura de 220 mm, isto é,
H, = 22 cm. Largura da janela
'
27) CALCULO DAS BOBINAS DE REATANCIA
- lndutància (L) em Henry N.B.: E!te cálculo fornece uma boa orientação para a fixação aproxi-
mada da espessura do entreferro. Seu valor definitivo deverá,
- Corrente em am~rea ou mi- porém, ser obtido através da calibragem.
liam~es (l)
- Freqütncia (f) 28) EXEMPLOS DE CALCULO DAS BOBINAS DE REATANCIA
S~ = N .S . = 555 . 0,2552 =
=90,6 mml s. = 1.5· 1y/ -Wat- = 1,51V/172
50 = 1.5 V
1 r:::.
5,44 = 15,9 cm•
Si 500
- - = - - =5,5. s. = 1,1 · S. = 1,1 · 15,9 = 15,29 cm'
s.. 90,6
E,cecuçlo f,O#lwl. Uaa..e a limina n.0 5; ~ do núcleo 4 x 4
Peso do lerro: P,, = 0,170 . 1,5 = 16 40
= 0,255 kg. s. = 4 X 4 = 16 cmt; S. = - - = 14,5 cmt; .Eap/volt = - - = 2,75
Comprimento da <!Spira mo!dia da 1,1 14,5
. bobina: lm = 2a + 2b + 0,5a,, =
,I = 4 + 3 + 0,5. 2 ... = 10 cm
aprox.
Número de espiras= 2,75 . 1574 =- 5780
Peso do cobre: 0,25
100 90,6 S =- -=O, I mm•; usa-te fio n.º 27 (AWG) ruja oeçlo i 0,1 mm•
P,.= - - · lm · 9 = - - · 10· 2.5
s.. 100
·9=81,54g S,. = N · S = 5780 · 0,1 =578 mm•
Cilculo da espessura do entreferro:
Si 1200
Ir= 5,6a = 5,6 · 2 = 11.2 cm --=--=5,17. Execução pouiwl.
Nl 11 = N I y2= 555 · 0,6 · 1,41 = 500 s.. 578
=
A esp. por centímetro A,,. 5,6 Peoo do ferro: 0,6H · 4 = 2,7 kg
A.r = 5,6 ·Ir= 5,6 · 11.2 = 62,7
Comprimento da espira mo!dia da bobina
=
A,.,= NI,. - A.r 500 - 62,7 = 257,5 •
) lm = 2a + 2b + 0,5a.. = 8 + 8 + 6,5 = 22,5 cm
··=----
0,8B,. · 2
257,5
0,8 · 11500·2
0,015 cm= 0,15 mm
\
i s..
Peoo do cobre: -
100
578
· lm · 9 = - - · 22,5, 9= 760g
100
.EXEMPLO N.o 2
Cilculo da espeuura do entrcfeno:
Bobina de reatlncia: L = 17,5 Henry; f = 50 Hz; 1 = 250 mA
X=2..fL=2 ·,. · 50 · 17.5=5495ohma Ir = 5,6a =5,6 · 4 =22,4 cm
11V = X · 1 = 5495 · 0,25 = 1574 volts
NI,. = NI · V2 = 5780 · 0,25 · 1.41 = 1550
N .B.: - E.ata bobina deveri ta- ioo-
3780 HP. lamento proporcional à A/ espiras por centlmetro =A..= 5,6
lffllio de 1574 ..olts. A.,,= 5,6 · •• = 5,6 · 22,5 = 125
fio n•27
Wa = t.V · l = 1574 · 0.25= 544 VA; A,., = Nl>r -A.r = 1550- 125 = - 1205
Wa 54-4 1205
.Eap<!S. .Entref. = 0,66 mm - - -- - = 0,066 cm = 0,66 mm.
W 1 = -- = - - = 172 •• 0,8 B,. · 2 0,8· 11500·2 .
Fig. 15 2 2 ~.
TRANSFORMADORES 101
100 ALFONSO MARTICNONI
O núcleo destes transformadores deve ser montado conforme a fig. 90, Assim sendo:
isto é, com a mesma disposição do núcleo da bobina de readncia, de-
vendo a espessura do entttferro ser calibrada ou calculada com o pro-
cesso descrito pelas bobinas de reatància.
Os transformadores de acoplamento que trabalham com audio&e- As tensões existentes nos bomes dos circuitos primário e secundário
q~ncia, isto é, com a freqüência do som e da voz, estio sujeitos a
são obtidas p<>r:
freqüências variáveis entre 30 e 800 ciclos p<>r segundo. Ao se calcular
um destes transformadores é preciso fixar a &eqüência a ser usada no V,= Z,1 1 e V 1 Z_.1 2 =
ctlculo. Se a freqüência for baixa, o transformador resulta volumoso, de
Uma ve2 calculados 11 ; · 12 ; V 1 e V., o projeto do transformador é
boa qualidade mas de preço elevado. Se, pelo contrário, a freq~ncia fcito com as fórmulas wuais, ,em p<>rán se aaescentarem espiras no
escolhida for alta, o transformador resulta de custo reduzido mas de 1tt11ndário, conforme se faz para os transfonnadoces comuns, a fim de
qualidade inferior, isto é, apresenta distorções indesejávcis na corrente, compensar as quedas de tenslo.
as quais alteram a qualidade do som ou da voz a ser reproduzida.
A fim de se ter uma idéia da freqüência a ser escolhida, para efeito b) Cálculo afnoximJJdo do comprimento do entreferro
de ctlculo dos transformadores de acoplamento, oboervam-se os valores
indicados a seguir. O cálculo do comprimento do entreferro é !cito pelo processo já
indicado para as bobinas de readncia, tomando-se para iuo os valores
f = 150 Hz, para transformado- de qualquer dos circuitos do transformador.
res económicos de qualidade
inferior
30) EXEMPLOS DE CALCULO DOS TRANSiORMADORIS
1 = 70 Hz, para transformadores DE ACOPLAMENTO
comuns de rádio
Eu.KPLO N .0 1
f = 40 Hz, para lransformadores
de rádios e vitrolas de boa qua- Transformador de salda para vitrola de boa qualidade com as oe-
lidade guintes caracteristicas:
f = '.JOHz, para transformadoro
de aparelhos de alta fidelidade.
Z1 t: 7000 ohma; z.
= 5 ohms; 11 40 mA =
Fig. 90 Em vista da finalidade do transformadoc, escolhe-se como valor d.
&eqilência f = 50 Hz.
a) Valores necessário, ao fnojelo
v-
W, = Z,1 11 = 7000 · 0,042 = 11,2 VA; V, = Z111 = 7000 · O,<K = 280 volt1
V-
Em geral, para o cálculo de um transformador de acoplamento, os ·
valores fomecidos slo:
11 = w -
"z;""" -11,2- = 1,5 Amp.; V1 = z.I 1 = 5 . 1,5 =7,5 volt1
5
Potência nominal W em VA
lmpecünàa primária Z, em ohms Organizando-se os cálculos como para os transformadora comum,
lmpecüncia 1tt11ndária Z. em ohms obtém-se:
c.orrente primária ou secundária 11 ou 11 em Ampàu. 0,04
W = 11,2; V1 = 280; 11 = 0,04; S1 = - - = 0,0155; fio n.0 56 (0,0152)
1
O _cálculo da corrente primária e 1tt11ndária, em relação à p<>lfflda 5
nommal W e o valor da impedància do respectivo enrolamento, t feito 1,5
baseando-se na fórmula: w. = l 1,2; V2 =7,5; 11 = 1,5; S. = - - =0,5; fio n.0 20 (0,518)
W=V · l=Z·I• 5
1 TroN fonnadc.: w
10!
S,. "'7.5
V- T
w "' 7.5 v- ALFON SO MAR.TICNONI
11.2
~ = 7.5 · 0,48 = 5,6 cm•; S,"' 5,6 · 1,1 = 5,96 cm•
TRANSF0RMAD0Rl:S
ExE~tl"LO N,o 2
Usa...: 11mina padronizada n .º 1; seção do mkloo 2 x 2; exemplo n.º 1 para a freqüência de ( = 150 Hz.
4 40 W 1 = 11,2; V, = 280; 11 = 0,04; S1 = 0,0133, usa,se fio n .º 36 (S "'0,0132)
s,"' 2 x 2 = 4 an•; s. = - - = 5,6 an'; Esp/ volt = - - = 11,11
W2 "' 11,2; V,"' 7,5;12 = 1,5; S2 = 0,5, usa-se fio n.0 20 (S = 0,518)
J,I 5,6
=
85 esp. S, = 1,1 · Sm ',' 1,1 · 2,025 "'2,22 cm2
fio n-36 fio n°20 S,.= N 1 · S1 +N.S,=
= 5110.0,0152 + 85 .0,518 = Usa-se lâmina padronizada n.º O; seção do núcleo 1,5 x 1,5
=41 +45 =84mm•
s, = 1,5 · J,5 = 2,25 cm2 ;
Espessura Entreferro = 0,06 mm S1 500
- - = --=5,57. s, 2,25
Fi1. 91
s.. 84 Sm = - - ,: - - = 2 cm2 1865 HP. 50 HP,
l,I l ,I
f io nº 36 f io nº20
ExeCVflo . possiw:l.
50
Peso do feno = 0,170 X 2 = 0.54 kg 40 · - -
i. = 2a + 2b + o.sa.. = 4 + 4 + 5,14 = 11,14 an 150 13,33 Espessura Entreferro "' 0,03 mm
Esp/volt = - - = 6,66
s.;. 84 Sm 2 Fig. 93
Peso do cobre=-- - lm. 9,,, _ _ . 11,14 . 9=84g
100 100 N1 :4 6,66 · 280 = 1865 espiras
N 2 = 6,66 · 7,5 = 50 espiras
Cálculo da espessura do entre- S00 = N 1 · S1 + N 2 S2 "' 1865 · 0,0152 + 50 · 0,518 = 24,6 + 25,9 = 50,5 mm2
feno
Ir= 5,6a = 5,6.2 = 11,2 cm S1 168
- - = - - = 5,33. Execução po.ssível.
NI,. = N, ·1, · f2 = 5110. 0.04. s,. 50,5
.1,41 = 175,4
A., = 5,6 Peso do ferro: 0,095 · 1,5 = 0, 142 kg
A.r = 5,6 · t, = 5,6 . 11,2 = 62,7 lm "' 2a + 2b + 0,5a,r = 3 + 3 + 2,4 = 8,4 cm
A,E = NI,. - A,r = 175,4 - 62,7 = Seu 50,5
= 112,7 P,. = - · lm · 9 =- ·8,4 · 9 = 38 g
A.1: 112,7 100 100
IE = =
0,8- B11 -2 0,8 -11500-2 N .B.: - O peso do cobre e do ferro deste transformador é considei:avel·
fig. 92 = 0,006 cm 0,06 mm = mente menor que o do caso prêcedente.
104 ALFONSO MARTJCNONl
Q e
Xz X;s
Xo x, Xz X3
Va
O diagrama vetorial da fig. 96 (b) mostra também que o desequilíbrio carga monofásica em questão é alimentada por uma fase secundária e
interessa unicamente as tensões de fase, enquanto as tensões concate· o neutro, e não altera as tensões das demais fases. .
nadas continuam iguais e simétricas, como o são também as correspon·
dentes tens~ primárias. A corrente secundária 12 provoca a absorção da corrente primária 11 ,
Pelo exposto conclui-se que o agrupamento estrela-estrela não é con- a qual circula através dos fios H 1 e· H: sem interessar as outras duas
veniente para cargas s~cundárias desequilibradas coro fio neutro, a não fases primárias.
ser quando providas de fio neutro também as fases primárias. O diagrama vetorial das tensões e correntes primárias e secundárias
O sistema de ligação estrela-estrela é empregado exclusivamente em adquire a forma indi<-ada na fig. 97 (b).
sistemas de três fios com cargas praticamente equilibradas. Cada coluna do transformador funciona como um transformador mo-
O agrupamento das fases em estrela apresenta a vantagem de neces- no(ásico independente. Este tipo de conexão é porta'nto o indicado para
sitar de reduzido isolamento das bobinas com as colunas, pois tal isola- transformadores redutores que alimentam redes de distribuição de baixa
mento é proporcional à tensão de fase que é yf vezes menor que a tensão com quatro fios.
tensão concatenada. A Iigação triilngulo-estrela sem fio neutro encontra amplo emprego
Por esta razão o agrupamento estrela-estrela é empregado nos trans- nos transformadores elevadores das usinas geradoras. Nestes, a ligação
formadores de alta tensão. em estrela dos enrolamentos de alta tensão resulta mais conveniente
por necessitar menor isolamento.
b) Agrupame11to triángulo-tslrtla com ou sem fio ntod·ro A conexão em triângulo das fases primárias permite a circulação livre
<la terceira harmônica das correntes magnetizantes. .assegurando assim a
Observando-se o esquema da lig. 97, vê-se que a conexão triilngulo- forma senoidal dos nuxos e das tensões.
estrela presta-se otimamente para suportar uma carga monofásica. A
108 ALfONSC> ~1ART lCNONI TRANSFOR~!ADORES 109
c) Agrupamen to estrela- H1
Hz H1 Hz H3 H2
,6,, [ t j
tri<ingu.lo
H3
Quando as fases secundárias do
transformador estão ligadas em 1.r i·
ângulo, as respecri,•as tensões são
["'?('" ]
obrigadas a admitir resultante
igual a zero, isto é. os vetores re-
presentativos <levem formar
triângulo fechado.
Cada desequilíbrio que tende a
produzir-se en tre estas tensões é
compensado por uma corrente 10
que circula nas três fases.
um (O)
x, Xz X3
6
x,
(b)
X3
(e)
X3
Járias, enroladas na mesma coluna, as Lensões v1 e v 1'. Estas duas tensões Indicando com N 1 o número de espiras de cada fase primária e com
secundárias são iguais e em fase entre si, mas opostas a H 1 . N, o número de espiras de cada fas,, secundária, obtém·se:
1\nalogarnente, à te nsão H 2 corresponden1· as duas te nsões transfor,na-
N 2 /2 N2
das v 2 e v,z', e por fim à tensão primária 1-1 3 as duas tensões v3 e \':i'·
v1=v1' = Vn= - --VH
Em vista dos agrupamentos feitos entre as bobinas secundárias, as N1 2 N,
tensões de { 1 ::,e sec undária atua1n entre o centro X 0 e os borncs x 1; x 2 : X :i·
A tensão entre x 0 e X 2 , representa a di[crença vetorial entre a tensão v 1 Do .diagrama da fig. 101 (e) resulta que a tensão de fase secundária v,
(meia bobina da primeira coluna) e a 1ensão v,' (meia bobina da se· é fornecida em valor pela expressão:
gunda coluna), estando as duas bobinas agrupadas em série, uma em
sentido Contrário da outra.
Verifica-se então: Vx2 = ~- v2'
analogamente: resu ! ta então
Vx3 :: v2 - v'a e y., 3 = v3 ,, 1' - v,/
As três tensões de fase seCundárias resultam compostas con[ortne indica y-;- N2 N2
o diagrama da fig. 1O1 (e). Vx - - - - - Va=0,865 --V.,
2 N1 N1
Hz
Usando.se o mesmo número de espiras, o agrupamento ziguezague
H2 fornece uma tensão secundária igual a 86,5% da tensão que se obteria
com o agrupamento normal em estrela.
Inversamente, par.a se obter a mesma tensão secundária com o agru·
pamento iigue·zague. precisa-se aumentar o número das espiras secun-
dárias da quantidade correspondente à relação:
2 1
- - = 1,156
1., o,865
ou seja de 15,6%.
Xz
Para aplicaçôes especiais o maior custo do agrupamento úguezague
é compensado pela v.antagem da eliminação da terceira harmônica das
tensÕ«es secundárias e de ter.se um transformador capaz de suportar
cargas de.equilibradas.
x,
(e) 32) CONSIDERAÇôES PARA O PROJETO DOS TRANSFOR-
v.,
MADORES DE PEQUENA POTtNClA, TRIFASICOS,
v•2 COM REFRIGERAÇÃO NATURAL
Va3
X3
Xo x, X2 X3 Conforme foi visto anteriormente. o transformador trifásico é consti·
1ufdo por três transformadores monofásicos idênticos que constituem
(a) as fases. O cálculo do transformador trifásico se reduz, então, ao cálculo
Fig. ln l de um dos transformadores monofásicos que o compõem.
TRANSFORMADORES IU
112 ALFONSO M:\RTIGNONJ
A potência aparente <leste transformador monofásico é 1/ 3 da po· Para o cálculo do J>e$O do ferro é preciso avaliar a superfície frontal
tência aparente total do transíormador trifásico, isto é: do núcleo em centfmetros quadrados, que é dada por
\\'tot A,~•• = A · B - 2 · L, · HJ
W,= - -
3 O volume de núcleo é dado por (A B- 2LJ HJ) .b.0,9 e por fim' o
peso em quilos do núcleo é dado por
Para o cálculo do número das espiras e da seção dos condu tores é
preciso que seja o bservada a tensão das fase-s prirnárias e secundá.rias, (A · B - 2L, · HJ) · b · 0,9 · 7,8
como também o sistema de ligação das mesmas.
Convém lembrar que para ligações em triângulo
P,e = 1000
V, = V Para a avaliação do peso do co- Lj
e para ligações em estrela bre é preciso calcular o compri•
V mento da espira média da bobina, T
V,= - - - que é dado por:
y- 3- lm = 2a + 2b + 0,5LJ ...; no caso d e
s,
H 1= - - onde d corresponde à densidade de corrente em amperes por milímetro
Fig. 102 L; quadrado e P,.• é o peso do cobre cm quilos.
TRANSFORMADORES 11 5
IH ALfONSO MARTIGNON I
Estas d iferentes cores faci- Bronco
O rendimento do transformador é dado por:
litam a ligação das bobi· 380
\iV rorn. nas, con forme !ig. 104. 555 esp. 204 esp.
1-' = - - - - f io nº l8 fio nº 14'
,v,OJ'YI, + ,,v," + \V(II $, ,. = N S + N,S
1 1 2 = 555 .0,82 +
+ 204 . 2,087 = 455 + 426 =
= 881 mm•
33) EXEMPLOS OE CALCULO DOS TRANSFORMADORES Fig. 105
TR!f'ASICOS COM REFRIG ERAÇÃO NATURAL s, = 2 s,•.3.5 =2 .881 .3,5 =
ExE~f PLO N .o 1 =6167 mm' 25
1•
=
T ransfom1ador trifásico: f = 50 Hz; Pa 2 2kVA; V1 380V: V2 = = Fixando L1 = 5 cm =50 mm'
= 220/127V. Primário ligado em triângulo e secundário em estrela. li)
s, 6167
670 5,27 resulta Hi = - - =-- =
2000 v, = 127 12 = -- = 5,27 1
= - - = 2,1 l; fio 14 (2,087) L, 50
2,5
W2 = - - = 670VA 127
= 123 mm = 12,3 cm. !2 .,.
3 LI.. 5 5
-
V1 =380
v-
737
,, =--= 1,91
380
2
1,94
= - - = 0,78;
2,5
fio 18 (0,82) Executa-se a janela com
H 1 = 13 cm.
.EXE~1PLO N.o 2 Peso do ferro P,. == [20 · 18,5 - 2 · 10,5 · 4] 5 · 0,9 · 7,8 = IOOOOg =
= .10 kg aprox.
T ransformador tril:isico: { = 50 Hi; Wa2 = IOOOVA. y - º80 . lm = 2a + 2b + 0,5aw = 2.4 + 2.5 + 0,5 .4.3,14 = 24,28 cm
V2 -- 220/127
· voJts; p r1mc1r10
· , · 1·1gado em tr iângulo e secundário
• • - , volts
em estrela:
Peso total do cobre 20
1000 333 2,62 0,27. Sw lm
w.= - - = 333 , = 127 f, = - -= 2.62 , = - - = 0,87 lio 17 (1,04 mm2) P~... = -- - --=
3 127 3
1000
0,27 · 593 · 24,28 l--,~--r--...--1___.l
366 0,96 - - - - - = 3,88 kg
b= 5
W, = 333 · 1,1 = 366V1 =3801 1 = - - = 0,96 , =- 3 - = 0,32 fio 22 (O' 326 mm2) 1000
1 380 . Perdas no ferro lt> 4 i-,:::,. . ...:r..i,.;,.,..i
1
Wr, = 1,15 . 1,72 · 10 = - 20 watts !!!
s... - 75
, v w,
--=7,5
f
v "'"m""
- - = 194 cm•
50 ' =
Perdas no cobre
W,.=2,7 .d•. P.,.==2,43. 32.3,88 ==
85 watts.
s, = 1.1 · S., =
1,1 · 19,4 = 21,1 cm•
Perdas totais == 20 + 85 105 = f;g. 109 ·
watts
Seção do núcleo a = 4; b = 5
w, 1000
s. =5 · 4 =20 cm'
w, + w, + w,.
20
Sm = - - = 18,2 cm M) TRANSFORMADOR ESPECIAL COM ENTRADA TRIFASICA
1,1 E SAfDA MONOFASICA
10 Quando uma carga monofásica constitui um desequillbrio excessivo
Esp/ volt =-18,2- = 2,2 numa rede trifásica, é preciso recorrer a um dispositivo que permita
distribuir a carga pelas três fases do sistema. O sistema mais simples
que,realiza esta distribuição da carga é o sistema de transformação cons·
N, = 2,2 · 380 = 836 esp. tituído por dois transformadores mono(ásicos, idtnticos, alimentados .
=
N, = 2,2 · 127 · 1,1 307 esp. pela linha trifásica, conforme fig. 110.
Os bornes secundários A e B alimentam o circuito monolásico.
= =
S,0 N1S1 + N 2 S2 836 · 0,326 + A tensão secundária total 'V, é
+ 307 · 1,04 = 273 + 320 = obtida pela soma geométrica das
= 593 mm• tensões secundárias v,/ e v2" dos
=
S, = 2 · S..• · 3,5 2 · 593 . 3,5 = transformadores (1) e (2), confor.
Fig. 107
=·11511nrn2 me fig. 11l.
Fixando Li = 4 cm= 40 mm Como estas duas tensões estão
Bronco defasadas de 1200 entre si, resulta:
380 127 v, (1) (2)
836esp.
fio n° 22
30 7 esp.
fio nº 17 Li
S;
4151
H, = - = - - = 103,8 =
40
V, = /'í."v, ou v 2 = V
3 12
i
=- 104mm
o o N.B.: - Ao se conectarem os dois A B
Preto Amare lo Executa-se a janela com transformadores monofási·
cos, pode acontecer a in- f;g. 110
Fig. 108 H, = 10,5 cm
9 T,on,to,modorh
118 ALFONS0 MARTICl'ONI
TRANSFORMADORES 119
versão acidental de uma
das bobinas. I.ne fato (; A potência secundária de cada
transformador é:
acusado pela medição da
tensão v,, pois esta resul- W 2 = ,·,12 = 254 · 6,84 = 1710 VA
ta igual a v 2, coníorme in-
d ica a fig. 11 2. A correção Os dados ele cada tra nsformador
do inconveniente efetua-se monolásico são:
invertendo-se a ligação de
uma das bobinas. primária Vz= 254 Vz=254
W 2 = 1740 VA; V2 = 254 V e J,=
Fig. 111 Fig. 112 ou secundária, de um dos
transformadores.
=
6,84 A 1=6,Sf°A
Se Wa:n é. a potênc.ia do circuito monofásico, a corrente 12 que alimenta Com estes dados calcula-se um - - - 4 40V -
o mesmo é fornecida por dos transformadores necessários. r ;g. 11s
w.. w, = 1740; v, = 254; 1, = 6,84;
I,= -
V, 6,84
A corrente 12 • assim calculada, atravessa o circuito secundário dos dois
S, = - = 3,42;
transformadores agrupados. A potência de saída de cada um destes trans- 2
formadores é fornecida por: fio 12 (AWG) (3.31)
,v,=v,12 w, = 1740 · 1,1 = 1910; v, = 220;
Conhecendo-se a potência \\11 , a tensão de saída v2., a corrente secundária 1910 8,7
12 e a tensão primária V 1, cada transformador monofásico pode ser r, = - - = 8.7; s. = - - =
calculado pelas fórmulas relativas ao transformador monofásico. 220 2 Fig. 114
É preciso, entretanto, lembrar que o conjunto requer dois transfor-
madores idênticos oportunamente lig~dos entre si.
S,. = 7,5
, V-I740
- = 7,5
50
= 7,5.5,9 = 44,25 cm•;
v- 54,8 =
220
198 esp
fio nº li
250 esp
fio rf 12
254
o o
Exe11,trLO N.º I s, =44,25 · 1,1 =48,67 cm• Fig. 115
T ransformador trifásico-monofásico: f = 50 H z: potência do circuito Seção do núcleo a= 7; b = 7; 21
monofásico = 3000 VA; tensão do circuito monofásico = 440 volts; ten-
=
são da linha trifásica de alimentação 220 volts. A corrente no circuito 49
rnonofásico e nos circuitos secun<lârios dos transformadores é fornecida S, = 7 . 7 =49cm•; S.. = - - =
por ; 1,1
3000 =11,5 cm'
12 =- -=6,84 A
;/40f 40 'IV N
!!l 7 3 ,;
A tensão secundária de cada transform:idor re.;ulta
Esp/ volt =-- = - - = 0,9 N 3 ·"
Sm 44,5
v2
440•
=- -- 't= 254 V. N, = 0,9 . V, = 0,9 . 220 = 198 esp. -~ ..__
v';- \ N 2 = 0,9 .V, .l,I =0,9.251.1,J =
= 250 esp.
' Fig . 116
1
TRANSFORMADORES 121
120 ALFONSO MARTIÇNONI
11 0,5
s,. = N1S1 + N2S2 = 198.4,17 + 250.3,31 = 826 + 828 = 1654 mm• S, = - = - -= 0,167; fio 25 2 - t - - - -~ - - - -
S; = 1654.3,2 = 5293 mm• d 3
3~+-----11--------
(AWG) (0, 159 mm')
Fixando Li= 35 mm, resulta: V1 = 380 V1=380
5293 12 12,5
H, = -- = 151 mm S,= - = - -=4, 18; fio li
35 d 3
(AWG) (4,17 mm2) "2= 13,8 v.i= 13,8
Executa,se a janela com altura de 15 cm .
1=12$A
Peso do ferro P,, = (22·21 - 2 , 15 , 3,5)7·0,9·7,8 = 17542g=-17,5 kg
Sm = 7,5 v w , = 7,5 V l 73.75 = - - - 24v. - --
l m = 2a + 2b + 0,5a., = 2 . 7 + 2. 7 + 0,5. 7. 3, 14 = 39 cm f 50 Fig. 117
s.. 16.?4
P,. = - - . lm.9 = - -. 39.9 = 5805 g = 5,8 kg = 1,5 I 3,475 = 1.5. 1,86 =
100 100 = 13,95 cm•
N.B.: Devem ser fabricados dois transformadores com os valores obtidos S, = 1,1. Sm = 1,1. 13,95 =
do cálculo. = 15,34 cm•
EXEMPLO N.º 2 Seção do núcleo a = 4; b = 4,
us.a-se lâmina padron izada o.º 5.
Transformadores trifásico·monofásico: f = 50 Hz; potência do dr·
cuito monofásico = 300 VA; tensão do circui to monofásico = 24 volts;
s. Fig. 118
tensão da linha trifásica de alimentação= 380 volts.
Corrente no circuito monofásico e nos circuitos secundários dos
S, = 4.4 =16 cm'; Sm =--
1,1
=
380 13,8
transformadores: 16
12 =-.-
300
= 12,5 A
=- - = 14,5 cm• 1050esp. 42 esp.
l, I
24 fio n" 25 f io n" li
40
T ensão secundária de cada transformador:
Esp/ volt = - - = 2,76 o o
v, 24 11,5 Fig. 119
v, =- - = ~·-- = 13,9
13 1.7~ N , = 2,76. V,= 2,76.380 =1050 esp.
N 2 =2,76.V2 . l,1 =2,76 .1 3,9.1 ,1 = 42 esp.
A potência secundária de cada transformador é:
S,. = N,S 1 + N,S, = 1050.0,159 + 42.4,17 = 167 +175 = 342 mm•
W 2 = v2 • 12 = 13,9 · 12,5 =173,75 VA
Si 1200
Potência primária W, = 173,75,1,1 = 19·1 VA - s,,- =-342- = 3,..5 Execução possiuel.
191
11 = - - = 0,5 A
380 Peso do ferro P,, = 0,674 · 4 = 2,7 kg
ALfONSO MARTICNONI TRANStºORM,\OOR ES 12,
122
lm = 2a + 2b + 0,5a.- = 2 . 4+2 . 4 + 0,5 . 4 . ,,14 = 22,28 mm que os bornes de A.T. sejam mar-
s~ 342
o
H,
cados da esquerda para direita de
quem olha o transformador do la·
P,. = - - . lm .9 = -- · 22,28 · 9 =685g. do dos bornes B.T., conforme
100 100 fig. 122.
o o o A marcação dos bornes de B.T.
N .B.: Deven1 ser fabricados dois transformadores com os valore$ obli· será feita obedecendo a relação de
dos do cálculo. r ;g. 122 fase existente entre as tensões de
A.T. e as de B.T.
Esta defasagem depende das conexões internas do transformador.
36) NU MERAÇÃO DOS BORNES E RELAÇÃO DE FASE
Nos transformadores monofásicos esta defasagem é nula ou de 1800;
ENTRE AS TENSÕES PRIMAR IAS E SECUNDARIAS nos trifásicos é nula ou múltipla de 300.
DOS T RANSFORMADORES
b) Tramformadores trifásicos
Nos transformadores trifásicos podem ser aplicadas a cada fase as
observações feitas com respeito aos monofásicos.
Em cada coluna as f.e.m. nos dois enrolamentos A.T. e B.T. resultam
dirigidas no mesmo sentido (isto é, ambas dirigidas do extremo superior
ao inferior ou vice-versa). se os dois enrolamentos estão enrolados no
mesmo sentido. Terão sentidos contrários se os dois enrolamentos estão
enrolados em sentido oposto. Nos transformadores trifásicos a relação
de fase entre as tensões primárias e secundárias depende, além da pola-
ridade concorde ou contrária das fases, também do C$quema de agru-
pamento dC$tas.
Chama-se de deslocamento angular do transformador o ângulo que
define a posição recíproca entre o triângulo das tensões concatenadas
pri,ndrias e o triângulo das tensões concatenadas secundárias.
'Éi (e ) 1Êi (d) Na' construção destes triângulos usa-se indicar os vetores que repre-
sentam as f.e.m. das várias fases com as mesmas letras que indicam os
Fig. 125
bornes respectivos, isto é, H 1 , H 2, H 1 para a alta tensão e X 1 , X,, x,
para a baixa tensão. Se as fases estão agrupadas em estrela, os três vetores
Na prática, a polaridade de um relativos às três Iases são colocados também em estrela a 120º urn do
transformador é definida pelas ex- outro e, então, o triângulo das tensões concatenadas tem por vértice os
·pressões "subtrativa" Ou "aditiva". y extremos destes vetores. Se pelo contrário, as fases são agrupadas em
Para verificar-se o tipo de polari- triângulo, os três vetores correspondentes são traçados um em seguida
ao outro para compor diretamente o triângulo das tensões de linha, que
dade;-por exemplo, de um transfor- neste caso coincide com as tensões de fase. Em todos os casos, os dois
mador monofásico, conecta-se um Hz vetores relativos a duas fases enrolados sobre a mesma coluna deverão
terminal A.T. com o adjacente
B.T ., por exemplo H 1 com X 1,
conforme fig. 124.
\ ser paralelos entre si. Poderão ser dirigidos· no mesmo sentido ou em
sentido contrário, conforme os bornes (tendo-se em consideração o sen-
Yt tido do enrolamento das respectivas fases) possuírem polaridades con-
Aplica-se tensão num dos circui- cordes ou contrárias.
tos, por exemplo a tensão V no
circuito A.T . Se a tensão V,. exis-
o/ Para tornar os vários diagramas diretamente confrontáveis, estabelece-
se traçar primeiro o triângulo das tensões concatenadas A.T. com o
tente entre os outros terminais X1 X2 vértice H 2 , relativo à fase central, para cima, o vértice H 1 em adianta·
(H 2 e X2) dos circuitos, for maior Fig. 124 mento e o H 3 em atraso.
126 ALFONSO MARTICNONI TRANSFORMADORES
As Normas Brasileira, P-EB-91 e P-MB-128 estabelecem que a utili• Na fig. 126 estão representados Hz
,ação das fases dos transformadores trifásicos deve ser feita de forma dois exemplos de conexões que
que as f.e.m. atuantes nas fases de cada coluna possuam o mesmo sentido.
Com esta regra é fácil traçar os diagramas relativos aos diferentes
apresentam o deilocamento angu·
lar de 300.
t
:=:
"z
[
e:: J
"• ,
/
I
I \
H,. \
'
("·l~ s
~··
::::: Ho
O esquema da fig. 126 (a) é re-
.,..x,
~·
tipos de conexões. ~ ~
A fig. 125 representa dois exemplos de conexões, aos quais corresponde lativo à conexão estrela•triângulo.
X,
As l.e.m. das fases A.T. são repre-
--:::::
o deslocamento angular de 00. O esquema da fig. 125 (a) é relativo à
sentadas pelos vetores H 1 ; H 2 ; H 3• ;; -~
~
c.onexão estrcla-est.rela. com as f.e.m. no mesmo sentido, o que é com-
A f.e.m. na fase 2 do circuito B.T.
provado pelo fato de as fases estarem enroladas no mesmo sentido e
possuírem os centro-estrelas A.T. e B.T. colocados na parte inferior das
é representada pelo vetor X,, tra- s É
.~~
çado no mesmo sentido do H,. Os (o) /1'·
respectivas fases. demais vetores X 1 e X 3 são traça- ...
Os vetores da fa,e (1) são dirigi- dos respeitando as conexões das
dos no mesmo sentido (H 1) e bobinas B.T., obtendo-se o triân-
(X,). Os dois triângulos (H 1 H• e gulo (X 1 X 2 X3 ).
H 3) e (X, X 2 e X 1 ) estão igual- A orientação do referido triân-
mente orientados e, portanto, as gulo apresenta o deslocamento de
retas H 0 H;· e x,lf. estão em fase 30" com referência à estrela que
entre si. Correspondentemente, to- representa as f.e.m. A.T. pois entre
dás as tensões entre os bornes B.T.
Ex, ;;t as retas ·x., X, e H 0 H, existe o
estão em fase. com as corresponden-
tes tensões existentes entre os bor-
nes A.T. A transformação, pelo
, :::,
(o)
deslocamento de 300.
A tr.1nsformação, pelo exposto,
provoca o deslocamento de 300 en- ê
x,
·l
:::::
x,
exposto, não produz nenhum des- tre as tensões primárias e secun•
locamento angular. dárias. J
H
x. ~"·
No esquema da fig. 125 (b) está No esquema da fig. 126 (b) está (b)
indicado o agrupamento triàngulo- representado o agrupamento triãn, Fig. 126
triângulo. gula;estrela.
Os vetores H 1 H 2 e H 3 são tra- Os vetores H 1 ; H,; H, são traçados um em seguida ao outro a fim de
Çádos um em seguida ao outro a obter-se o triângulo (H, H,H,). Os vetores X 1 ; X 2 ; X3 são traçados
fim de formar o triângulo (H 1 H 2 paralelos e no mesmo sentido do das fases A.T. O triângulo (H 1 H 2 H 3 )
e H 3 ) com o vértice H 2 para cima, apresenta o deslocamento de 30º com relação à estrela X 1; X,; X3 pois
conforme o estabelecido. x, entre as relas ~ e ~ existe o deslocamento de 300.
Havendo concordância de pola- Tanto no agrupamento da fig. 126 (a) como no da fig. 126 (b) verifica-
:::;
.______r
ridade nas fases enroladas sobre a se o deslocamento de !ase 300 em atraso de todas as tensões medidas
mesma coluna, os vetores X,, X 2 e entre os bornes B.T. com respeito às tensões análogas entre os bornes A.T.
X 1 deverão ser traçados ordenada- ~
...-< ,. Como regra geral pode-se dizer que o deslocamento angular entre os
mente paralelos e no mesmo sen- bornes A.T. e B.T. é medido pelo ângulo compreendido entre as duas
tido que os correspondentes H., H 2 (b) "' retas H 0 H 1 e X.X, definidas pelos vértices correspondentes H 1 e X, e
e H 3, a fim de· formar um triân- Fig. 125 pelos centros H 0 e X 0 dos triângulos.
gulo. Desejando considerar todas as combinações passiveis, mesmo as que
Observa-se que o triângulo (X, X, X1) está em concordância de fase são obtidas enrolando as fases de cada coluna em sentido contrário,
com o (H1 H 2 H 3) , pois as retas Hõf(; e "X;X1 estão dirigidas no '!'CS· obter-se-ão deslocamentos angulares de: 00; 30º; 1800 e 2100. As Normas
mo sentido. Pelo exposto a transformação não produz nenhum deslo- Bra.sileiras, entretanto, estipulam que sejam utilizado~ unicamente os
camento angular entre as tensões concatenadas A.T. e as B.T . agrupamentos que proporcionam os deslocamentos angulares de 00 e
ALFONSO MARTICNON I TIV\NSFORMADOR ES 129
128
º[)"
angular nulo (00) constituem o "Grnpo I" e os esquemas de conexão
que possuem o deslocamento angular de 300 constituem o "Grupo 2".
Na fig. 127 estão representados os principais esquemas utilizados nos
transformadort-s trifásicos, compreendidos nos grupos I e 2.
"•[)º·~
Hz
H1
O
Ô
O Xt
O X1
De oco,do com os
especificoções
bro'l-tlei(os EB - 9 1
V
w
Ô
o
O V
o w
O. ocordo com os
es~iftcoções
ote-mõs VOE
o
ZiQ- ZOQ
z
o' 6 rL
u w u •
o,,
dizer que o agrupamento em paralelo é posslvel somente entre trans-
formadores pertencentes ao mesmo grnpo, sendo, pelo contrário, impos- V
E li relo '
sível entre ttansformadores . pertencentes a grupos diferentes.
Por isso os consttutores indicam na placa de cada transformador o
Tri4noulo
D y
,o•
u
6 w
Oyll
EM PARALELO
E1trela Zio - ZoO
Dois ou mais transformadores são agrupados em paralelo entre si
quando recebem a energia da mesma linha primária para transíeri-la y l
com a tensão transformada sobre a mesma linha secundária.
No caso de dois tran$lormadores o esquema das ligações dos bornes
adquire a forma indicada na fig. 128. O (uncionamento em paralelo de fig. 127
dois transformadores é perfeito quando a potência total fornecida à
linha secundária se divide espontaneamente entre os dob transforma-
dores em partes proporcionais à.s respectivas pottncias. Se os translor-
llO ALFONSO MARTICNONJ fll/,NSFORMADOR.ES 131
madores são de igual potência, a sicos ~. então, nttõ.Shio: que sejam construídos para a mesma tensão
carga se divide em partes igu1is primúia, que possuam a mesma relação de transformação e que as re..
entre os mesmos. pectivas ligações internas pertençam ao mesmo grupo. Se estas condições
Para real izar esta divisão é ne- são utisfeita.s entre os bornes secund:lrios correspondentes dos dois trans-
cessário que no funcionamento a formadores, não existe diferença alguma de potencial. Assim sendo,
vazio, isto é, quando a linha se- executãndo-se o agrupamento, nenhuma troca de corrente se verifica
cundária não possui carga alguma, e o paralelo a vazio é perfeito.
Borro, 9.T.
entre os transfor1nadores agrup'.l· A determi11ação dos bomes cor-
dos não se verifique nenhuma tro- respondentes pode ser leita tam-
Fig 128 ca de corrente. bém pelos traruformadores trilási-
.Esta condição é alcançada quan- cos, com lâmpadas ou com voltl-
do as tensões secundárias a vazio, metros. Procede-se, praticamente,
fornecidas separadamente pelos da seguinte man!ira: ligam-se pri-
H'1 dois Lransformadores, possuem o meiro as tomadas A.T. dos dois
"' mesmo valor e estejam exatamen·
te e1n concordância de [as.e entre
transformadores sobre a mesma Ji.
nha prim:lria (que pode ser tam-
x, si. Neste caso, entre os bornes se- bém com tensão reduzida), como
cundários correspondentes, que de- indica a lig. 1!O. Ligam-se direta-
vem ser agrupados, não existe ne- mente entre si dois bornes que,
nhu ma diferença de potencial e o Fig. llO supõe-se. devem corresponder-se,
Fig. 129 agrupamento não determina ne- como por exemplo x 1 e x 1'. (O
nhu1na troca de corrente. agrupamento dos dois bornes não pode provocar inconveniente algum,
Para os transformadores monofásicos, a concordância de fase enu·e a~ mesmo que tles não se correspondam, pois o circuito lica aberto.) Com
tensões secundárias depende somenie da escolha acenada dos bornes. um voltlmetro, mede-se então a tensão entre os oulr0$ dois pam de
O paralelo a vazio entre dois transformadores rr1onofásicos é sempre bornes como x2 x 2 ' e x1 x,·. Se o voltímetro indica zero, os bornes corres-
possível, desde que os dois transformadores sejam construidos pela mes. pondente, podem ser agrupados entre si, isto é, x 1 com x,', x 2 com x,'
ma tens.ão primária e possuan1 a mesma relação de transformação a e x 3 com x1'.
vazio, quer dizer, a mesma relação de espiras. · Se, pelo contr:lrio, o voltímetro nas duas medidas indica certa tensão
A determinação dos bornes correspondentes pode ser feita pratica- (que ' pode ser também o duplo da fornecida por cada transformador)
mente com duas lâmpadas ou eventualmente com dois voltlmetros deri- é preciso repctir a medida com as tomadas cruzadas, isto é, agrupando
vados entre os cransformadores, como indica a fig. 129. x2 com x'• e x3 com x'2• Se agora o voltímetro indicar zero, as tomadas
Se as lâmpadas ficam apagadas, os borncs sobre as quais estão deri- correspondentes são x 1 com x'1 , x 1 com x'3 ex., com x'2. Se também no
vados podem ser agrupados entre si. Se, pelo contrário, as lâmpadas se segundo m.saio o voltímetro não indicar zero, quer dizer que os doi,
acendem, quer dizer que os bornes considerados possuem polaridades borncs x 1 e x'1, entre os quais se estabelece a ligaç.io, não são corres-
contrárias. Neste caso é suficiente execu tar a inversão das ligações sobre pondentes. Dever-se-á então repetir o ensaio, estabelecendo-se outro agru-
um ou outro transforn1ador. pamento direto; por r:xcmplo, entre x 1 e x'2 até localizar os pares <le
Para os transforn1adores trifásicos, a relação de rase ent.re as tensões bornes entre os quais não exisce diferenç:·) alguma de potencial. Se,
secundárias fornecidas pelos dois transformadores depende, como já eíetuando-se todas as possíveis ordens de :1grupamento das tomad:1:-., a
foi visto, além da ordem em que se consideram os bornes, também do condição de agrupamento nunca se verificar, quer dizer que os dois
esquema das ligações internas. Se os dois transformadores são alimen ta· transformadores possuem deslocamento angular diferente um do outro.
dos pelas mesmas tensões primárias. as tensões secundárias fornecidas isto é, pertencem a dois grupos diferentes e o agrupamento em paralelo
pelos dois transformadores resultarão em (ase somente quando os dois é impossfvel.
transformadores possuírem o mesmo deslocamento angular entre a alta Uma vez executado o agrupamento em paralelo enrre os dois trans-
e a baixa tensão, isto é. per,encerem ao mesmo grupo. Para poder formadores, é necess.ário ainda controlar se a divisão da carga entre um
execu tar o agrupamento c:n1 paralelo entre dois transformadores trifã. e ourro se verifica de maneira apropriada.
1'2 ALfONSO MAR1'JCNONI 1 TRANSFORMADORES
Esta divisão não pode ser feita à vontade, como acontece no• alterna- 38) DETERMINAÇÃO DO REGIME DE FUNCIONAMENTO
dores, mas depende unicamente das características de construção dos EM PARALELO DE DOIS TRANSFORMADORES COM
CARACT ER fSTlCAS DI FERENTES
transformadore, agrupados.
Se estes possuem a mesma potência de placa, podem repartir a carga A determinação do regime ele funcionamento de dois transformadores
em partes iguais somente quando, fornecendo a mesma corrent:, apre- agrupados cm paralelo, tendo características diferentes, pode ser feita
sentam a mesma queda de tensão, isto é, quando as caract~rísll~ ex- facihncnte. considerando-se os respectivos circuitos equiva1 ~ntes secun•
ternas dos transformadores agrupados resultam exatamente 1gua1s. Isto d:lrios, agrupados entre si em paralelo como indica a fig. 131. Conside-
requer que sejam iguais a resistência e a reatância equivalente dos trans- re-se ·primeiro o caso de dois transfor1nadores com a mesma resistência
formadores e, portanto, os respectivos triângulos fundamentais. Esta e a mesma rcatância equivalente R4: e Xe que possuem uma d i(erente
condição é alcançada quando os transformadores possuem a mesma ten- relação de espiras.
são e o mesmo fator de potência de curtc>-circ:uito V1« e cos1>1ce· Seja por exemplo m'< m". ·Resulta então
Se um deles _possuir uma tensão de curto-circuito menor que o outro,
quer dizer que este possui também menor impedância_ equivalcnt~-
)
v, v,
Quando estes transformadores estiverem a~upados, a tensao se.'.'u?d:lna E'0 = - - > E"~::: - -
será necessariamente a mesma; se as rcspecuvas tensões a vazio sao 1gua1s, m' m"
cm cada um destes deve produzir-se a mesma queda de tensão. Na malha fechada pelos dois circuitos secundários agrupados, estabele-
A corrente total fornecida divide-se entre doí• transformadores em E'0 - E·0
razão inversa das respectivas impedâncias equivalentes. O transforma, ce-se então uma corrente de circulação le dada por lc - - - - sendo
dor que possuir a menor impedância, para ter a mesma queda interna
./ 2~
de tensão, é forçado a fornecer uma corrente maior do que o outro. z~ = V Re2 + X,?. Esta corrente é fornecida pelo pri1neiro transfor-
Quando, pelo contr:lrio, se agrupam em paralelo dois transformadores mador e absorvida pelo segundo. O enrolamento primário do primeiro
de potência diferente, o funcionamento do grupo é regular se a carga transfortnador absorve
se subdivide cm proporção às respectivas potências. Neste e.aso o trans- I,
formador de menor potência deve ter maior impedância que o outro e por reação uma corrente lc:' =- -. enquanto o enrolamento primário
precisamente os triângulos fundamentais dos dois transformadorts devem m'
estar entre si em razão inversa das potências de placa dos dois trans- 1,
formadores. Também neste caso devem ser iguais entre si a tensão e o do segundo fornece urna corrente 1/" =--: sendo m'< m" resu lta
fator de potência de curto-circuito dos transformadorts; (é oportuno
m·
lembrar que a tensão de curto-circuito se refere à corrente de plena carga
I; >lt. Assim sendo, a corrente 1;, que é fornecida pelo prim:lrio do
segundo transformador, é totalmente absorvida pelo primeiro, o qual
de cada transformador). além desta corrente absorve da linha de alimentação a diferença (l,'- 1,").
Resumindo os fatos expostos, pode-se dizer que o funcionamento cm Em .virtude destas correntes de circulação entre os dois transformadores
paralelo de dois transformadores é perfeito, seja a vazio ou com carga, (às quais se sobrepõem as correntes a vazio que são individualmente
quando possuem a mesma relação de transformaç-lo a vazio, a mesma absorvidas pelos próprios transforrnadorts), as tensões secund:lrias re-
tensão e o me,mo fator de potência de curto-circuito. Para os transfor- sultam iguais. Absorvendo-se dos bornes secundários certa corrente 12 ,
madores trifásicos é também indispen>ávcl que possuam o mesmo des- tendo os dois transformadores a mesma impedância, esta divide-se em
locamento angular entre a alta e a baixa tensão, isto é, pertençam ao d~as partes iguais, sobrepondo-se às correntes de circulação ante, men,
mesmo grupo. cionadas.
Praticamente estas condições nunca são exatamente satisfeitas a não Assim o primeiro transformador (isto é, o que possui a vazio uma
ser no caso em que se trata de transformadores_ perfeitamente igu~is, tensão secundária maior) fornece no total uma corrente 12 igual à soir.a
isto é, com idêntica construção elétrica e magnéuca. Se, porém, a dife- geométrica li= T.' + I2/ 2 enquanto o segundo fornece uma corrente 12
rença entre as características dos transformadores não é excessiva, o fun- igual à diferença geométrica i?"= fJ'E- T, rendo-se presente que a
cionamento cm paralelo é ainda possível, mas é preciso que o desequi- x.
llbrio de regime resultante seja tolerável e não provoque uma sobrecarga corrente de circulação é defasada do ângulo definido por ,.cp" = - - .
muito grande num dos transformadores em relação ao outro. R.
10 TroMformoõorc,
r
T RANSFORMAOORF,S 155
12
8,8
- - - =0,387 ohms
22,72
caso de curto-circui!<) acidental, pois cm tais condições a corrente a ser v. 220
interrompida é a máxima possível. No caso de curto-circuito, o único
Corrente de curto-circuito 1"cc::: - - == - - - 568A
obstáculo que se opõe à f.e.m. secundária é a impedância interna do z·, o.387
transformador, que, sendo pequena, determina a circulação de uma
corrente muito intensa.
A chave de proteção terá de interromper a corrente de 568 Amperes
Em geral os construtores não indicam na placa do transformador o sem que seus contatos fiquem estragados.
valor da impedância equivalente do mesmo. liste valor, entretanto, pode Os fabricantes das chaves automáticas, além das demais características,
ser facilmeme calculado com , auxilio do valor da tensão de cuno- indicam a "Capacidade de Interrupção" de cada chave, que se refere à
drcuito do transformador, que •m geral <'Stá indicado na placa do corrente! que a mesma pode interromper em caso de curto-circuito, sem
mesmo, sob forma de percentagem da tensão nominal. Esta percentagem ficar danificada.
varia entre 3 e 8%.
A impedância equivalente, por exemplo, secundária é fornecida pela Em se tratando de transformador trifásico. o processo de avaliação
relação da corrente de curto-circuito é análogo ao monofásico, pois deve ser
v· ..
Z.., - - -
aplicado a uma das Iases do mesmo.
A título de exemplo, calcula.se a corrente de curto-circuito do tran.
I, formador trifásico com as seguintes caracterlsticas:
W2 = 60 kVA; V,= 6000 volts; V2 = 220 volu
138 AlFONSO MARTl(;NONI
A transformação trihexafásica é
w, 20 000 muito importante para a alime_nta-
Corrente secundária 12 =-- = ---- 157 A. ção de conversores e comutatnzes.
V,, 127 Se a carga for constituída por
seis fases análogas, fechadas em
127 .3 hexágono, como nos casos das CO·
Tensão secundária de curto-circuito: V"ri ~ 3,81 vol!s. mui.atrizes, pode-se usar um trans-
100 formador trifásico ordinário, con-
forme a ligação da fig. 134.
v·., s,a1 .
Impedância equivalente secundária: Z". = - - =- - = .ó,024 ohms. Em substituição ao transforma-
dor trifásico podem ser usados três
12 157
transfonnadores monofásicos.
v. 127 A, fases primárias podem ser li-
Corrente de curto<ircuito secundária: l~cc =- - =-0,024
- ~ 5300 A. gadas em estrela ou triângulo.
As fases secundárias são ligadas
.z~'Í!
às fases utilizadoras, de forma que
A chave de proteç.ão do transformador deve possuir contatos · capazes os bornes de cada fase secundária
de interromper a corrente de 5300 Amperes sem ficarem danificados. sej~m ligados a vértices diametral-
mente opostos.
A tensão v que atua sobre cada
fase utilizadora é igual à metade
da lensão de cada fase secundária
do transformador.
Quando é necessário realizar o
agrupamento aberto como no caso
de transformadores que alimentam
re<ilicadores de vapor de mercúrio,
a ligação usada é a de dupla estrela,
., conforme fig. US .
Cada coluna deve possuir duas
Iases secundárias iguais e distintas,
com as quais se realizam duas es-
trelas d istintas. A união dos cen-
tros das duas estrelas lorma o neu-
tro do sistema. Fig. U~
110 ALFONSO MARTICNONI TRANSFORMADORES 141
Este tipo de ligação secundária lamentos. primário e secundário, representados por duas bobinas. A
requer que as fases primárias se- bobina primária apóia-se no fundo e a bobina secundária, pelo con-
jam ligadas em triângulo, a lim de trário, está livren1entc suspensa a um balanço provido de um oportuno
melhor se repartir a carga entre as contr-apeso. Este conlrapeso sozinho não é suficiente para equilibrar o
[ases da linha de alimentação. peso da bobina móvel. O equilíbrio· perfeito realiza-se quando o trans•
A fim de melhorar a divisão da formador está funcionando, pela intervenção da repulsão eletrodinâ·
carga na linha primária, especial- mica que se produi entre as duas bobinas. As duas bobinas são percor-
mente quando se trata da a limen- ridas por duas correntes opostas e, portanto, se re.pelem· mutuamente.
tação de retificadores hexafásicos, O funcionamento do tran síonnador verifica-se então da maneira ex-
empregam-se agrupamento zigue- posr.a a seguir.
X zague, conforme indica a fig. 136. Quando o secundário está aberto, sobre a bobina móvel não age ne-
As tensões estreladas do sistema nhuma ação repulsiva e, portanto, a bobina secundária apóia-se livre-
são ref resentadas por x0 x 1 ; i;i";; mente sobre a bobina primária. Nestas condições, nos bornes da bobi-
XoXi; xox4; x 0x 5; x 0x 6. Cada uma
na secundária ex.iste uma diferença de potencial igual à f.e.m. E2º
X4 x, x, X1 J<a: X3 x.
destas tensões é obtida com a par- que se gera em virl{1de do Uuxo produzido pela corrente magnetizante
Fig. U5 q ue circula na bobina primária. Se o circuito primário for alimenta·
ticipação de duas colunas, de for- <lo pela ter1são V1, resulta
ma que a carga de cada fase secun• V,. N,
dária interessa duas fases primárias, por esta ratão as fases primárias po·
dem ser, indiferentemente, ligadas em estrela ou triângu lo. E,º= - - -
N,
Praticamente os três enrolamentos secundários de cada coluna são con-
cêntricos e as respectivas ligações são feitas conforme ind[ca a fig. 136 (c).
,-6()---,..,...12 =const. o
(a) (b)
Fig. 136
ºº
completamente levantada e a rea·
curto-circuito do uansfomtador resulta pequeno. tância X2 é máxin1a. Nestas condi-
Inserindo no secundário uma detern,inada resistência: a corren1..e nas ções, no secundário circula uma
duas bobinas tende num prirneiro tempq a diminuir; 1nas a esta dimi• (a)
corrente 10 definida pela relação:
nuição instantânea das correntes corresponde unt enfraquecimento da
repulsão eletrodinâmica entre as duas bobinas. A bobina móvel abaixa-se; •' o - D •J
.., - "• o +
c·x ·
• + X ,) '·'
com o diminuir da distância entre as duas bobinas diminui a reatância esta corrente é defasada de um ân-
de dispersão. de maneira que a impedância resultante não varia. A gulo que é muito próximo a 900,
corrente readquire assim 9 valor inicial e a bobina ntóvel pára .. nesta sendo a rL:.Sistência R2.. muito pe· ,.
nova posição em que se vei''(.!_ca o equilíbrio entre os pesos e a rcpulsfto quena com respeito à reatância
eletrodinâmica. ·• (X·. + X,). A corrente secundária
Sendo os pesos e a repulsão constantes, as corrent~ resultam cons· 10 corresponde a corrente primária
lantes também. de reação
O fenômeno repete-se a cada variação ela re;;is1ência de carga, de
maneira que a cada aun1ento ou diminuição da resistência de carga
corresponde uma variação em sentido oposto ao da reatância de dis, Fig. 1~9
persão. Esta variação i conseqüência do deslocamento da bobina móvel, "
a qual troca espontaneamente de posição a cada variação da carga. A J~se~indo-se no secundário a máxima resistência con1pativel com a
impedância resultante fica assim constante e, portanto, fica constante pote~cia do translonnador, a bobina móvel desce sobre a outra e a rea-
também a corrente secundária, qualquer que seja o valor da resistência tãnc1a X2 resulta ~ulªa. yerjfican~o-~e ~ compensação quase exata entre
de carga. No limite imposto pela potência do transformador, a tensão o aum_ento d~ remtencia e a d1m10u1ção da reatância, a impedâ.ncia
nos born~s secundários varia correspondentemente em proporção à re- t?ta l. fica .~rat1came!1te a mesma e, portanto, o valor eficaz da corrente
sistência da carga. fica mvanavel. Varia porém o ângulo de defasagem do valor q,0 a op,
144 ALFONSO MARTIGNONI
,. P. V 1 - V2
1 e portanto também - - = - ----
V2 P, v,
lo
Vê-se com isto que a economia de cobre é tanto utaior quanto mtnor
b é a diferença (V 1 -V,); por exemplo, para uma transformação de 250
a 200 volts, o autotransformador emprega um peso de cobre de apenas
1/ 5 do peso necessário a um transformador normal de igual potência.
Além disso o autotransíormallor apresenta menor queda de tensão e
12
maior rendimento em virtude da parcial co1npensação das correntes no
(a) E2 enrolamento B.T.
A vantagem do autotransforma-
dor diminui e fica quase desprezí-
vel quando a relação de transfor- A- ---~
mação aumenta além de certo Ji.
V1 - E, mite. 1 Q
Praticamente se abandona o em- V,
prego do autotransformador quan-
o do a relação entre a alta e a baixa
1, tensão é maior que 3.
Este critério é também sugerido
Vz 1.
pelo fato de yue no autotransfor. B b
1 mador, tendo-se os dois cnrola1nen-
(~-(,)
1
tos em comunicação elétrica entre
b
si, a isolação com respeito à mas,. f;g. 141
( sa de\le ser a mesma tanto pelo
enrolamento A.T. quanto ao B.T.
Este fa to perde a importância somente se é Iicito conecta.r à terra o
E2 borne comun1 aos clo is circu itos A .T . e B.T. como ind ica a fig. 141.
(b) O autotransforrnador é reversível, jsto é, pOlle funcio nar tanto como
fig. 140
redutor quanto como elevador de tensão.
l
148 ALFONSO MARTICNONI
1 TRANSFORMAOORES 149
a) Polbicin transformada
( b)
Foi visto no parágrafo anterior
que o peso do cobre de um auto-
transformador é menor que o de
um transformador da mesma po-
tência. existindo entre os dois a
V1
1 ] (''
____ _ .__ _ __
Vz
l
X2
P, V1 - V2
- - =- - --
Fig. 142 P, V,
11 Tron.sformodorcs
150 Al.FONSO MAR.TIGNONI
TRANSfOR.MAUORl:.S lí, 1
Esta fórmula é relativa a um autotransfom1ador redutor, onde V1 > V 2
conforme fig. 144. Multiplicando o numerador e o denominador da No <:aso da fig. 147 valt'JH os n1esn1~ conc..ei1.o.s j,i. expostos par~ o apa·
fração do segundo membro da equação antes escrita ~elo valor da cor· relho da fig. 116. Deve-se salientar, porém, que, s.endo a d iferença
rente I,, obtém·se v, - v, maior que no caso anterior, o aparelho da fig. 1·17 transforma
w, l 1 (V, - V,) maior potência que o da fig. 146.
--- T anto o aparelho da fig. 116 como o da fig. 147 são autotransforma-
w. 11 v 1 do res redutores e para arnbos é válida a fórmula:
O denominador da !ração J,V,
V,•V,
representa a pot~ncia nominal do W, = ! ,(V, - V 2)
L
1
1 é P,. Para o autotransforrnatlor cl(~,·a<lor va lem os n1esmos conceitos ex-
v,
,j V, O produto 11 ( ' '1 -V,), relativo
ao autotransCormador, também é
postos p ara o redutor. A contribui~ão ,lo aparelho na transforma~o
processa.se nas espiras A , conforme fig. 148, nos b<lrnes dos qua15 exlSte
uma potência, que é chamada pô· a diferença de potencial (V2 - V,).
1 1
tência transformada. Esta potência Sendo as espirns A atravessadas pela corrente I,'. nos autotransforma-
representa a contribu ição do auto- dores ele,•adores a potência transformada é fo rnernla por:
Fíg. H5
trans(ormador na transformação.
Em se tratando de autotransfor-
mador elevador a fórmula da po-
W, = 1 (V
2 2 - V,)
V,•0,75\,\
tência transformada adquire a se•
A fim de melhor esclarecer a d iferença entre o conceito de potência
1l
guinte expressão: I,(V2- V,).
l<~·V,l A potência tra nsformada num nominal e de potência transf?mlada,. examina.se o aucotr~ns{or~1ad~r
1
\,\ autotransformador tem grande im- da fig. 149, que tem potência nom!nal d e 500 VA, t.ensao pr1mána
1 120 volts e tensão secu ndária 110 volts.
portância, pois o projeto dos mes-
"' mos baseia-se sobre esta potência Por comodidade consideram·se nulas as perdas, 1 esultando
1 1 e não sobre a nornin aJ. A fim de
n1Clhor escl.1recer o conceito, exa- W, 1 = V1 · 11 = 500 VA e \V, , =
1n ina-se o caso da fig. 145 em que : V2 . 12 =500 VA
Fig. 146
o aparelho não efetua nenhuma
transformação, isto é, ' W 01 500 ~{i:
(Vi-V1)
1
.
:
1
W, =(V - V2 ) 11 =O. l , = - - = - - = 4,16 Amperes ~ '
V,
l
1
1
v, 120
v,' >
Por outro lado, sendo 12 = I 1 , 1
>
além da corrente magnet izan te ne- 500
'\,\I llZ 1
nhuma corrente atravessa o enro- 12 = - - = - - = 4,55 Amperes
lamento. Nestas cond ições. sejam v, 110
quais forem os valc.,re:s de V1 ; V 1 ; Fig. t48
11 e I, o aparelho não transforma
O condutor das espiras A deve
nenhuma potência.
ser proporc iona l à corrente 1.1 =
Fig. 147 No caso da fig. 146 onde V2 é
menor que V r, processa-se uma
= 4, 16 A, enquanto o das espiras ·I•
B deve ser proporcional à corrente
transformação ~ a con tribuição do aparelho ser.\ tanto ~aior quanto 1
maior for a diferença V1 - V2• A diferença V1 - V2 é Justamente a 1, = I, - 11 = 4,55 - 4,16 = 0,39 11i ~120 i
Amperes. 1 "'"•110
di!erença de potencial que at ua sobre o grupo das espiras A. Estas espiras
são atravessadas pela corrente 11 , assim sendo, a contribuição do aparelho A potência transformada é 1 r·I· 1
na transformação, ou seja, a potc:ncia transformada é W, = W, =
= 11 (V, - V,). W, = 11 (\'. - V2) = 4,16 (1 20 -
- 110) = 41,6 VA Fig. H9
TRANSFORMADORES
152 ALFONSO MARTIGNONI
b) Esquema de Càlculo dos A utotransformadores mo,iofásicos
Exao1ine,sc agora o autotransfor·
-
A seção magnética do nócleo é calculada com base na potencia trans-
mador da fig. 150, que possui tam-
bém a potência nominal de 500 formada W,, a través da fórmu la:
)A
~-•io
1
j 1+ V2•80
1
1
VA e a tensão primária V1 = 120
\'Olts. Sua tensào secundária porém
éV,=80vohs.
Neste caso resulta:
.
Sm=7,5
V w,
- f-
Fig. 151
154 ALFO!l!SO MARTIC!l!ONI
TRAll!SfORMADOR.E.< 155
U$ll·se fio n.º 21 (AWG) cuja seção é 0,41 mm•. Nas espiras B oassa a
=
corrente I, = 11 - 12 2,75 - 1,36 = 1,39 A.
W 2 : 500; V,=230; 12 = -
500
- =2, 17 s, = -
2.17
- = 0.725
230 3
l, 1.39
Sua seção resuha: S, = - - = - - = 0,16 mm• usa-se f io 18 (0,82 mm')
d 3 550 2,63
Usa-se fio n.º 21 (AWC) cuja seção é 0,41 mm•.
W, =550; V = 115; 1 =-- = 4,8;
1 1 1, = 1,8 - 2,17 = 2,63; S, = - - = 0,88
115 3
v---- v-·-
P~1éncia transformada = I, (V2 - V1 ) = 1,36 (220- 120) = 136 VA usa-se fio 18 (0,82 mm')
Sm=7,5
V-- w.
-f-=7,,
r. 136
~ = 7.5 2,72 = 7,5 . l,65= 12,4 cm2
Sm = 7,5 v-·\;,- V
Potência transformada = J,(V, - V,)= 2,17 (230 - 115)
= 7,5
2
; ; = 7,5 V
= 2,17 . 11 5 =
230---- - Peso do ferro P,. = 0,674 ·6 = As espiras entre os bornes 110 e 380 são obtidas por d iferença entre as
222 espiro,
= 4,044 kg espiras tota is e as espiras existentes entre os bornes 0-110.
s•• = 323 · 1,31 + 141 · 2,62 = 423 + 3i0 = 793 mm2
lm = 2a + 2b + 0,5a,r = 2. 4 +
Execuçõo
fio n• 18 + 2 . 6 + 0,5 .1.3,14 = 26,28 cm S, = S'" · 3,2 = 793 · 3,2 = 2538 mm2
Fixando-se a largura da janela L, = 3 cm = 30 mm a altura da janela
possível resulta : 3ao,- -- -- - ~
212 espiros, sf\;I 356
f io n<t 18 P•• = - . 10 , . 9 = - . 26,28 . 9 = S1 2538 323 espiras
o----_, 100 100 H 1 = - - = - - = 84,6 mm= f io nº 16
Fig. 155 = 842 g. L1 30
= 8,5 cm.
Ext:!\1PLO N.º 3
Executa-se a janela com altura
Au101ransformador monofásico: f =50 H z; W = 1000 VA; V
2 1 = 380 V; V, = 110 V H 1 = 9 cm, conforme fig. 157.
Fig. 156
1000 6,21
W,= 1000; V2 = 110; 12 = -- = 9, J; 1. =9,1 - 2,89 = 6,21; s. = - - = 2,5 P,. = [ 15. 18 - 2 . 3.9)0,9.6. 7,8 = 18
110 2,5
fio 13 (2,62 mm•)
= 9098 g =- 9,1 kg
Sm =7,5 = 7,5
7
5~ =7,5 V 15,56 = 7,5.3,93 = 29,5
45) CONSIDERAÇÕES E DADOS PARA O PROJETO DOS AUTO-
TRANSFORMADORES DE PEQUENA POT tNCIA
. TRIFASICOS
= =
S, 1,1 . Sm = 1,1 . 29,5 32,45; Seção do núcleo a= 6; b = 6. Os autotransformadores lrifásicos são composlos por três au101rans-
Serão usadas lâminas não padronizadas. formadores monofásicos momados sobre o mesmo núcleo e agrupados
s, 36 em estrela.
A fim de se evitarem erros de ligação, as três bobinas iguais terão
S, = 6.6 = 36 cm'; S., = - - = - - = 32,8; as saídas homónimas com fio da mesma cor, conforme indica a fig. 158.
1,1 1,1
A potência de cada autolransfor-
40 40 mador monofásico é um 1erço da So:;:Íd:.:º:_- - -- - ~
Esp/volt = - - = -- = 1,22 potência total, isto é,
Sm 32,8 w --,
\tV 12 = --
Sendo o autotransformador redu1or, a tensão primária é aplicada entre 5
1
1
os bornes O e 380. Calculam-se, então, em primeiro lugar as espiras to1ais. 1
A 1ensão primária e secundária 1
O- 380) 1,22. 380 = 464 esp. de cada aucotransformador mono· 1
0 - 110) 1,22.110.1,05= 141 esp. fásico é obtida dividindo-se a ten- 1 p
L _..__:...,._;~
são de linha primária e secundária
110 - 380) = 323 esp. por yT Fig. 158
'
T R!,NSFORMAOORES 159
158 ALFONSO MART!CNONI
4,55
1, = 8,66 - 4,55 4, li A.
Fig. 16 1
-- 5 5
2,5
Peso do ferro P,, =(20,5 -25 - 2 , 10,5 -5) 5 -0,9 -7,8= 14,3 kg
4, 11 = =
100 2a + 2 b + 0,5a,. 2 , 5 + 0,5 -5 · 3.1-1 27,85 nn =
S, = -- = 1,65. Usa-se lin 11.º 15 (AWG) (1 ,65 mm'). 0,27 . s.,,. ,,. 0,27 . 727 . 27,85
2,5
P.:-u = - - -- - 5,47 kg
v-- v-
Pot. Transf./ fase = I, (V, - V1 ) = 4,55 (220 - 127) = 423 VA 1000 1000
V-
.EXEP..lPLO N.O 2
S.,=7,5
w,
- f - =7,5
425
: 7,5. 8,5 = 7,5.2,92 = 21,9cm2
50 Auto transformador trifásico: 1 = 50 Hz; W,, = 2000 VA; V, = 480 V;
V2 = 220/ 127 V.
S, = 1,1. 21 ,9 = 24 cmt
160 ALFONSO MARTIC NONl
TRANSFOR MAl>ORES 161
2000 666
W2 =-- =666;V,, =127; I, =- - =5,24; I• = 5,24 - 2,65 = 2,59 A 23 Executa.se a janela con1 a ltura
H 1 = 9 cm, conforme fig. 164.
3 127
P,, = (19.23 - 2. 4 .9) 5.0,9 .7,8=
480 733 = 12811 g= 12,8kg
W 1 = 666 · 1.1 :: 73~; V,. = - - = 277 ; 11 = - - = 2,65 A =2a + 2b + 0,5.-a =27,9 cm
V3 277
1,.
3
2.65
0,865. Usa-se fio n.0 17 (A WC} (1,04 mm2)
5
~~
4 5
- 4 5 P,.
1000
0,27 .521.27,9
- -- - - = 3,9 kg
S1 = - - = 0,885. Usa-se fio n.º 17 (AWG) (1 ,04 111111°) r;g. 1(;4 1000
3
Pot. Transf/ fasc = 11 (V, - V,} = 2,65 (277 - 127) = 47) DISPOSITIVO PARA NEUT RO ARTIFICIAL
= 2,65 · 150 397,5 VA = Nas jnsta_lações trifásicas com três fios ocorre às vezes a necessidade do
[io neutro. A única solução possivel é a utilização de um disposi ti\'O
S111
Saído
=7,5
V w, = 7,5 v
r ·
397 5
50
,• = 7,5 V7,95 :: 7,5 . 2,H2 = 2 1,2 cm2
V 220
V,=-- = - - = 127 V
P,, = (23 · 28 - 2 · 5 · 11) 6 · 0,9 . 7,8 = 22 492 g = 22,492 kg
1., = 2a + 2b + 0,5a.- = 33,4 cm
,.
v""i' v-:, 0,27 .S,•. Jm
P,.,1= - - - - - =
T
• -, • -> •
A corrente que atravessa cada bobina resulta : 1000 =
0,27 .815. 33,4
1670 = =7.35 kg
l= - - = 13,2 A 1000
- Fig. 168
127
Sm = 7,5
V - 1670
- - = 7,5
2. 50
V 16,7 = 7,5.4,1 = 30 7 cm•
'
N.B.: A fim de elimin:-tr os efeitos da terceira harrnônic.a, exec.uta·se o
agrupamento das fases em ziguezague.
___ __
,11 S, = 6 .6 = 36 cm'
s. 36
c c'
Sm = - - = - - = 32,7 o b
l, I 1, I
Fig. 166 40 40 A
1
N = 1,22 X 127 = 155
fio n! 10
S.,,, = ·N .S = 155 . 5,26 = 815 mm• Se a tensão concatenada é 220 volts a tensão· de fase resulta
S1 5379
1
v""i'
Como cada (ase é constituída por duas bobinas, cujas f.e.m. estão a
Hi = - - = - - = 107 mm = 10,7 cm l 200 entre si, a tensão relati, a a cada bobina resulta:
1
L, 50
1 165
IGI .\I .F(>NSO ?l.l t\RTIGNONI .
; T RANSfORMAl)ORES
v, 127
s, 11 590
Resulta H , = - -= = 165,5 mm = 16,55 cm
V8 = - - =- - = 73.33 volts L1 70 •
i/3 i/3 Executa,sc a janela com altura de 16,5 cm,' conforme fig. 17 1.
10 000 Peso do ferro = (30,5 . 35 - 2 . 16,5 . 7) · 7 . 0,9 · 7 ,8 = 41 082 g =4 1,082 kg
Potência ele cada fase W, = - --- = 3333 w
3 Im = 2a + 2b + 0,5a.- = 14 + 14 + 0,5 · 7 · 3, 14 = 39 cm
w, 3333 0,27 ·s... ,Jm 0,27 · 1756 · 39
11 = - -
v,
= - - = 26,3 A.
127
P,. = = =18,49 kg
1000 1000
1, 26,3
A seção elo condutor resulta S =- - = - - = 13, J
mm•. Deveria
d 2
ser usado fio n.0 6 (AWG), mas como este é muito grosso, resulta difícil
o enrolamento do mesmo; usam-se então 2 fios n.º 9 (AWG) em paralelo,
cuja seção total é 13,3 mm•.
Para efeito de cálculo considera-se pata cada fase a potência:
W, =2 · Ir · V 6 = 2 · 26,3 · 73,33 = 3857
Para o cálculo da seção magnética considera-se a metade desta po·
tência, resultando:
S., = 7,5
77,33
V- -
\V,
2.f
= 7,5 v- v- 3857
- -
2.50
-= 7,5 38,57 =7,5.6,23 = 46,7 cm•
S1 = J, I .Sm = 1, 1. 46,7 = 51,37
Seção do núcleo a= 7: b = 7; s, =
= 7 .7 = 49 cm•
66 espiras
f io 2 xnli9
s, 49
s.,=-- = - - =41,5 cm•
1, I l ,1
Fig. 170 40 40
>!
Esp/v<1lt = - - =- - = 0,9
s., 14,5
O número de espiras por bobina
resulta:
"Si ..• N = 0,9 · V6 = 0,9 · 73,33 = 66 esp.
7
-7 7
-
7 7 Em cada colunas,. = 2.N.S =
=
2 .66 .1 3.3 = 1756 mm2
S1= 2 . 1756. 3,3 = I 1 590 mm2
Fig. 171 Fixando-se L, = 70 mm = 7 cm
12 Tronsformodofes
1
CAPfTULO VI
19) REGULADOR DE TENSÃO COM COMANDO MANUAL
o 120
t--- - - -- ---{V>-- - - - -- - -4
Fig. 172
TRANSFORMAOORF.~ 169
168 ALt'ONSO t\l.\R'rl(; NONl
u4~
ce lentamente e esfria lentamen te. m
Em geral, são necessários pelo me-
"' "'
nos 50 segundos para o relé térmi-
co entrar em ação, o que não o
recomenda para reguladores de
tensão destinados a circuitos sen•
slveis, como, por exemplo, os que
o 50 60 70 80 90 100 110 115 120 130
alimentam rádios, televisões, vitro-
Fig. 17f las, etc. Fig. 175
170 ALFONSO MARTlCNONI TRANSFORMADORES 171
EXEMPLO N. 0 1
=
Regulador de tensão rnonofásico: f = 50 Hz; W 2 ll-00 VA; Tensão
de entrada V,=75/ ISO volts; T ensão de saída Vz= l l5 volts. Chave
Fig. 171 com 10 posições úteis. Haverá uma posição redutora.
TRANSFORMADORES lí~
172 ALFONSO MARTICNONI
=
Circuito O - 75) N 3,15. 75 = 236 esp.
Para intervalo de 5 volts) = 3,15.5 = 16 esp.
o 75 80 85 90 95 IOO 105 110 115 130
Para intervalo de 15 volts) N = 3,15.15 = 47 esp.
16 16 16 16 16 16 16 16 47 S,u = N,12 + N,12 = 236.0.65 + (16.8 + 47) 0,82 =
236 esp. fio n219 esp, esp, esp. esp. esp. esp. esp. e59. esp. =
153 + 143,5 = 297 mm•
S, 900
fio ~18
- - =-- = 3. Execução possivel. Peso do ferro P,. = 0,516·1 = 2,064 kg
s.. 297
Fig. 178
1.. = 2a + 2b + 0,5a,r = 7 + 8 + 0,5.3,5 . 3,14 = 20.5 cm
O esquema do enrolamento, completado com os dados construtivos, s,., 297
está indicado na fig. 178. Peso do cobre P~ =- - · 1.. · 9 =- - · 20,5 · 9 = 548 g
100 100
Para o cálculo das correntes e da seção dos condutores, considera-se
o aparelho como um autotransformador, com V,= 75 volts e V2 115 = EXEMPLO N.º 2
volts; assim sendo. resulta:
6 1 e5piros : fio nt IO
....
( ) 60 70 80 90 00 11:1
12 12 12 12 12 12 6
esp_ >!'P. esp. "'P.
6
""'· .....
HP. •59, •SP.
@
12
120
•'I>.
l30
Sm=
V~ - -
1
=7,5 VIMO
50
<
= 7,5.4,4o=34cm'
no fim da mesma, conforme fíg. 181.
s, 36
S, = 6 .6 = 36 cm2; Sm = - - = - - = 32,7 cm'; 1
1, 1 l, I Ten,õo de Tensão de
e ntrado / saido
40 40 Conden,odor
Esp/ volt = - -= - - = 1,22 1 vori6vel 1
s,. 32,7
F;g. 181
Circuito O - 50) N = 1,22.50 = 61 esp.
Para intervalo de 10 volts) N = 1,22. IO = 12,2 esp. = - 12 esp. Se através da indutância da li-
nha passa uma corrente I em fase
Para intervalo de 5 volts)· N = 6 esp. XI com a tensão V2 , produi-se uma
S,. = N, · S1 + N 2 • S, = 61 · 8,37 + (7 · 12 +2 · 6) 5,26 = 510,6 + queda de tensão XI, defasada t-m
+ 505 = 1015,6. mm2 adiantamento sobre I de 900, con-
s, = s,•. 3,2 = HJJ5,6 . 3,2 = 3250 mm• Vz v, forme fig. 182. Nestas condições
il, V2 é menor que V1.
Fixando-se a largura da j anela H 1 = 30 mm = 3 cm, (onforme fig. 180.
Se a corrente for defasada em
S; 3250 adiantamento sobre V-,, o que se
Resulta: H, = - - = - - = 108,3 mm = J0,83 cm verifica com carga capacitativa, a
L1 30 queda de tensão XI, que é defasa-
da cm adiantamento sobre a cor-
18 Executa,se a janela com H, = rente 1, fará com que V2 resulte
= li cm maior que V,, .conforme fig. 183.
P,, = (18 · 17 - 2 ·3· 11} 6·0,9 ·7,8 = I Nas condições expostas, o valor
f = 10 109 g = 10,109 kg XI em lugar de <er características
Fig. 182 Fig. 183 de quedas de tensão, tem caratte-
1., = 2a + 2b + 0,5a.. = 2 . 6 + ristlca de elevação de tensão. ·
!:: : + 2.6 + 0,5.6.3,14 = 33,5 cm
A corrente absorvida pelo condensador, atravessando a indutância
3 5 6 5 3 discribulda ao longo da linha, provoca um aument.o de tensão.
Seu 1015,6
- P"' = - - ·1,.·9 = - - ·33,5·9 =
100 100
Ajustando-se a capacidade do condensador sempre que a tensão de
entrada varia, o aumento de voltagem pode ser controlado ao ponto
Fig. 180 = 3062 g = 3,062 kg de ficar estabilir.ada a tensão de sa(da.
li6 ,\1,FONSO ~IAR.1 ' J(;NON I 1 R.l ;\'Sl'URMAUORES 177
Tensilo de
enrrodo
__,.. Tensão de
saído
Condens. [
/fixo
lndutcSncio
sobre ferro Tensão de
(nilo linear) saído
Fig. IIH
Tensão de _....,Primário
Urna forma equivalente cio estabi lizatlór ·a ntes descrilo está represen-
entrado
tada na fig. 184, pois possui os mesmos elementos indicados na fig. 181.
A fo nte tle corren te capacitiva variável é forneciJa auton1aticamenlt!
por uma combinação para lela de um condensador lixo e urna bobina
enrolada sobre um núcleo de ferro (indutância não linear). fig. 186
' Enrolamento de
compensoçffo
Com este dispositivo se obtém uma tensão de saída praticamente 53) NORMAS:
constante.
Em geral a indução no nucleo da indutância não linear deve ser da Os translormadores fabricados no Brasil obedecem às prev,soes da
EB-91 (Especificações Brasileira; 91) da ABNT (Associação Brasileira
ordem de 14 000 ou 15 000 gauss. 1 de Normas Técnicas).
54) DEFINIÇÕES:
a) Transformador seco (S)
Transformador cujo núcleo e enrolamentos estão envoltos e re·
frigerados pelo ar ambiente.
b) Transformador em líquido isolante ( L)
Translormador cujo núcleo e enrolamentos são imersos ~
Hquido isolante.
e) Transfonnador para interior
Translormador que, pela sua construção, não pode ser insta·
lado ao tempo.
d ) Transformador para exterior
Transformador que, pela sua construção, pode ser instalado a.o
tempo.
e) Transformador para poste
Transformador projetado de forma a ser ins.talado em poste ou
,uporte equiva lente.
1) Transformador pam plataforma
Transformador µrojetado de lorma a ser instalado em plata·
forma ou suporte equivalente.
g) T,.,ms/01 mador para estação
Transformador de construç.ão adequada a ser instalado em
estação.
h) Transformador subterrdneo
Translormador de construção resistente à umidade e à eventual
submersão em água em condições especificadas de tempo e
180 AU'ONSO MARTICNONI T RANSFORMADORES 181
pressão externa, projetado para instalação em câmaras subter· As classes de tensão de isolamento dos transfo,·mádores, fabricados
râncas. no Brasil, estão ind icadas na tabela da fig. 189.
i) Potê,icia nominal de um transformador
Potência indicada e garantida pelo fabricante do transforma,
dor, de acordo com a Norma Técnica correspondente ao trans, Classes de tensão de isolamento nominais.
formador em questão, para a qual este é projetado e construido. T ensões de linha. Espaçamentos mín imos no ar.
Cla$SC de
S5) POTtNCJAS NOM INAIS PADRONIZADAS Espa~arncntos
tensão de: len.são de linha
1n(nimos no ar
isolamento (valor eficaz)
Os fabricantes brasileiros produzem em suas linhas de montagem De fase para terra
padr onizadas, transformadores com as potências indicadas na tabela da
nomi nal v,
kV m ni
fig. 188.
0,6
1,2
até 660
até 1320
-
25
POT ENCIAS NOMINAIS PADRONIZADAS EM kVA
TIPO DE 5 1321 a 5500 65
T RANS-
FORMA· T RANSFORMADO RES
8,7 5501 a 9570 90 a 100
TRANSFORMADORES
DORES MONOFÃSICOS TRIFÁSICOS •• 15-B • 9571 a 16 500 130 a 140
15 150 a 170
SECOS 5; 7,5; 10; 15; 25; 37,5; 10; 15; 30; 45; 75 25 16 501 a 26 250 200 a 230
34,5 26 251 a 36 225 300 a 330
83 333; 50 000; 33 333; 100 000; 75 000 ; 60 000; 46 36 226 a 48 300 380 a 430
25 000; 16 667; 12 500; 50 000; 37 500; 30 000; 69 48 301 a 72 450 600 a 650
8 333; 5 000; 3 333; 25 000; 20 000; 15 000; 92
- 72 45 1 a 96 600 750 a 850
2500; 1 667; 1 250; 12 000; 10 000; 7 500;
·. 138-B 96 601 a 141 900 950 a 1050
Em liquido 833; 667; 100; 5 000; 3750; 2 500; 138 1100a 1250
isolante 75; 50; 37,5 ; 25; J5; 2000; 1 500; 1 000;
161 -B 1100 a 1250
10; 5 750; 500; 300 ; 144 901 a 169 050
. 161 1300 a 1-150
225; 150; 112,5; -
230-B2 1500 a 1650
75; 45; 30;
230-B1 169 051 a 2H 500 1600 a 1800
15 230 1950 ;o 2150
345-B,
Fig. 188 345,B1 241 501 a 362 250 ,\ in1.la não nonn :1li1,~1t.Ios
345
440-B,
56) CLASSE DE TENSÃO DE ISOLAM ENTO 440,B, 362 251 a 462 000 Ainda não nor1naiizados
440
A classe de tensão de isolamento é o valor eficaz da tensão que carac·
teriza a capacidade de um equipamento elétrico em suportar ensaios de • n - Nível de isohunéfllO "bai:<o" penni1.hlo pd :i.s !\:vnn:,u1..
tensão especificados nas Normas desse equipamcmo.
Fig. 189
182 ALFONSO MARTICNONI
TRANSFORMAOORES 183
57) CLASSE DE ISOLAMENTO
58 . 2- Da ág ua refrigerante
A classe de isolamento é definida pelo material isolante empregado Os transfor1nadores resfriados co1n · água operarão satisfatoria.
no ~ranslormador e determina a temperatura máxima que pode ser 1nente quando a 1emperatura do líquido refrigerante não
alcançada, conforme fig. 190. exceder:
CLASSE DE ISOLAMENTO
1) média, por 24 horas:
2) máxima:
Tcmpttatura Oesigna,;ão Alguns materiais rcprtstnlativos da cl~
màxima da dane e) Elroação de temperatura dos elementos
90<>C O Algodão, seda e papel não impregnados. Nos U ';i nsforn1adores. operando com suas características no1ni.
nais, em altitude até 1000 metros, a elevação de temperatura
Algodão, seda e papel impregnados ou de seus elementos não <leve ultrapassar o, limites indicados pela
revestidos o u quando imersos em !í- tabela da fig. 191.
IOSºC A quido isolante. Esmaltes e vernizes
imersos cm líquido isolante.
Elc\'a(t"'"-.s de tc1npe1';1tu ra pcrmissh•eis
M iéa, libra de vidro e asbesto, com
su bstâncias aglutinantes adequadas às Classe
130oC B elevações de temperatura correspon- T ipos de de l>os t'11rulamc11tos
Da.s parles
dentes. 1ran,iform:1::lor material met:\lie3s
ísolànlc rot va riaçáo Oo líquicto e1n contato
r(lr rnedida isolante
!\1ica, fibra de vidro e asbesto, com da no ponto com o
rc:;ist~ncia n1ai.s quenlc ii;olamento
substâncias aglutinantes adequadas às
155oC F elevações de temperatura correspon-
dentes. Sem oon-
105<>C 55oC 65oC 500C 65oC
Em li· serv-ador
Elastúmeros de sílica.tos, mica, fibra de quido
vidro e asbesto, com substâ ncias aglu- i$olante Com con-
H tinantes adequadas às ele\'ações de i scn·ador J05°C 55°C 65oC 55°C 65oC
temperatura correspondentes.
105oC 55°C 65oC - 65oC
Materiais formados inteirarnente por
Acima de Seco ISOOC 80°C 900Ç - 90oç
1800C
e mica, Porcelana. vidro, quartzo e ma·
teriais semelhantes. 155oC 105oC 1 !5°C - l 15oC
3) resi~tênc:ja de isola1nento;
T RANSl'ORM \l)ORF.~ EM UQUlílO ISO!. \:<TE -
4) polaridade; VAI.OKl!S l':\RA t::'.',j"S:\ IOS u11:.L1t· 1 RICOS
5) deslocamento angular;
En:.aio.s de in1pulso (v-alor de c-ri.sta)
6) seqüência das fases; Er,~aiM com
Com onda
7) perdas (em \'azio, ern curto-circuito e totais); Classe de Nivcl de freqtif ncia (:(l1n onda tonada plena
tens.ão de impubo industrial
8) corrente d e excitação; (NI) d urante ,-·e,n po
~olamcnto
9) tensão de curto-circuito; nominal kV l min 1n inilno
(valor eficaz) kV kV
10) tensão aplicada ao dielétrico; kV (crista) cJc (Orle
cm kV µ.s
11) tensão induzida;
12) estanqueidade e resistência à pressão (em· transformadores
subterrâneos e submergíveis).
0,6 - 1 - - -
1,2 30 10 36 1,0 30
b) E:nsaios de tipo, executados somente no protótipo de uma série, 60 19 69 1,5 60
5
que são: 1,6
8,7 75 26 88 75
1) ensaios dielétricas (tabelas das figs. 192 e 193);
15 B• 95 34 110 1,8 95
2) !ator de potência do isolamento; 110
15 110 34 130 2,0
3) elevação d a tempcr.itura;
4) impulso; 25 150 50 175 3,0 150
34,5 200 70 230 3,0 200
5) nível de ruído;
46 250 95 290 3,0 250
6) nível de tensão de rádio-ruído.
69 350 140 400 3,0 350
TRANSFORMADOR ES SECOS - VALORES PARA ENSAIOS DIELt.TRtCOS 92 450 185 520 3,0 450
138 B 550 230 630 3,0 550
J•:nilaios de impulso (valor da crista) 275 750 3,0 650
En.s.1i0$ con1 138 650
Classe d e N rw:I de freqüência Corn onda
Com onda cortada
plena 161 B 650 275 750 3.0 650
ttru.a'.o de impulso indu.urial
161 750 325 865 3,0 750
i$0lanu:nto (NI) durante ,.f em po
nominal kV 1 min mínimo 230B 2 825 360 950 3,0 825
kV (cri•ta) (valor clicai) kV kV
de corte 230 B 1 900 395 1035 3.0 900
em kV
l's 230 1050 460 1210 3.0 1050
68) DERIVAÇOES
w-p e
- ------1w P e V•ll420 v, 10900 v, 10380
1 w• ----=.• p
X
--'~
-•
5
..-,<>-~ - 1 E
6
e
\ ;
5, :.....
~ w,
1 -
7 e G
o ~i.:o ~
D
'-- '--
li Fig. 196
12
Conectando, por meio das pontes o borne C com o D e o G com o H,
12
conforme fig. 196 (c), em cada metade do enrolamento ficam excluldos
o o
os dois setores marcados com X. A tensão disponível nos bornes do
(a) (b) enrolamento é inferior à do caso anterior, isto é, V= 10 380.
,. Agrupando as duas metades do enrolamelllo em paralelo entre si,
Fig. 195 conlom1e fig. 195 (b), o processo de regulação é idêntico ao descrito
pelo agrupamento em série.
Para cada posição das pontes de ligação são excluídos, em cada metade
Ligando os pontos p e e entre si, o enrolamento fica ligado em série, do enrolamento um ou dois .setores e a tensão adquire os valores indi·
conforme fig. 195 (a). Ligando W com C e P com O as <luas merndes cados na tabela da fig. 197.
do enrolamento estão agrupadas cm paralelo, ·Conforme fig. 195 (b).
192 ALfONSO MARTJGNONJ
TR,<.N5f0RMAD0RES J9S
D .....
f ttoio
,.,...s....1,0
Fig. 201
Paredes laterais do tanque: chapa com espessura 3/ 16" 1) LN · - resfriamento por circulação natural do líquido
Fundo e tampa: chapa com espessura I /4" iso lante.
2) LCf - resfriamento por circulação forçada de óleo, que é
retirado do tanque e bombeado num cambiador de calor
71) TIPOS DE RESFRIAMENTO
úleo-ar externo.
<::Js tipos de resfri amento utilizados nos transformadores são 3) LCF/ ACF - resfriamento por circulação forçada do óleo do
guintes: os se- tanque para um cambiador de calor óleo-água, externo, em
•) Transform<1dores secos
que esta circula em regime forçado.
4) LN - Vf - Resfriamento por circulação natural do óleo e
1) SN - com resfriamento natura.! ventilação forçada sobre o tanque e radiadores.
2) SV F - com ventilação forçada
l "4 TtOt'lsformodOf'$S
TRANSFOlllllADORES ) 99
198 ALFONSO MARTICNONI
..
Perda,
f erro
Perda.,
T o1:aU
CMT~tc
d,
E.id1.aç1o
lmpe-
dJncia
Rt&u lt ção ..
El......
Tcmp,tratUTI
SECO
a) com resfriamento
1000
1200
1.00
0,98
natural (SN) 0,003
1500 0,95
Transformador b) com .ventilação
aumentam aumentam au1nen ta diminui diminui aumenta 0,92
de 60 Hz
operdndo a
50Hz
-18% - 5% - 250% -
14% - 11% - 5%
forçada (SVF)
EM LIQUIDO
0,005 1800
2100 0,89
ISOLANTE 2400 0,86
Transformador c) natural (LN) 0,004 2700 0,83
de 50 Hz din1inuein diininuem diminui aumenta aUDlenta diminui
opcmndo a - 13% -4% - 40% - 10% - 10% - 4%
d) forçado em cambiador
óleo-ar (LCF) 0,005
3000
3600
0,80
0,75
60 Hz e) forçado em cambiador
óleo-água (LCF-ACF) 0,000 4200 0,70
Fig. 206 f) natural com ventilação 4500 0,67
forçada (LN-SVF) 0,005
75) TRANSFORMADORES QUE OPERAM A ALTITUDES SUPE-
RIORES A 1000 METROS Fig. 207 Fig. 208
sendo:
Os transformadores projetados para altitudes até 1000 metros podem
w.,: potência nominal reduzida em kVA. ser instalados em altitudes maiores desde que a isolação assegure a
classe de tensão de isolamento nominal do transfôrmador, tendo em
W 0 : potência nominal em kVA. conta a redução da rigidez dielétrica do ar com o aumentar da altitude.
H: altitude em metros (arredondada sempre p~~ centena de metros A determinação da rigidez dielétrica do ar, nas diferentes altitudes,
é feita usando-se os fatores de correção indicados na tabela da fig. 208.
seguinte).
K: fator de reJução de acordo com a ta bela da fig. 207.
CAP1TULO Vlll
CONSIDERAÇÕES E DADOS PARA O PROJETO DOS TRANS.
FORMADORES DE GRANDE POTtNCIA
tensão B.T., com freqüência industrial, cujos valores estão indicado$ Nos transformadores resfriados com ól~, a distância_ mlnima 1,, que
na tabela da fig. J93. Assim sendo, referindo-se à fig. 209 deve separar os enrolamentos e o núcleo, na cabeça das bobinas, é obú-
da, expressa em milímetros, multiplicando-ae por 1,5 o valor da claslC
kV (Eruaios B.T.) de tensão do circui'to A.T .; assim sendo:
t, expressa em mil!metros.
10
11 == 1,5 kV expressa em milímetros.
A fim de obter-se boa resistência mecânica e eficiente refrigeração,
o enrolamento .B.T. é executado preferivelmente numa só camada. A distância entre o enrolamento A.T. e o B.T. é calculada pela
Quando o enrolamento B.T. for executado em várias camadas, o isola- fórmula:
mento entre uma camada e a outra é feito com prespann cuja espessura 11 == 0,6 k.V expressa em mil!metros.
varia entre 0,3 e 0,5 mm.
O enrolamento A.T. é subdividido em bobinas, conforme foi visto A distância entre o enrolamento B.T. e o nócleo varia entre 15 e
no parágrafo 8. A tensão em cada bobina não \feve superar os 1000 volu. 20 mm.
Nos transfonnadores res&iados com ar, até 50 kV,· a distlncia entre
o enrolamento A.T. e o B.T . é dada por:
PERDAS W
PERDAS W POTtNCJA JMPEDÃNCIA EXCITAÇÃO
PERDAS W
JMPE· EXCITAÇ.\O
POTtNCIA CIW< Tcrulo 15 kV Classe Tensão 5 kV kVA % %
D.\NCIA Ferro Cobre
k\lA %
Ferro Cobre Ferro Cobre %
Fig. 210
TRANSFORMADORES TRlfÁSICOS EM ôLEO COM CONSERVADOR DE TRANSrQRMAl>ORES TRIFASICOS EM ôLEO COM CONSERVADOR DE
LIQUIDO PAR A INSTALAÇÃO INTF.RIOR OU EXTERIOR - LIQUIDO PARA INSTALAÇÃO INTERIOR OU EXTERIOR -
CLASSES DE TENSÃO: 5: 8,7 ou 15 kV CLASSES DE TENSÃO: 5; 8,7 ou 15 kV.
PRl~URJO ATt 15 000 V EM ESTRlóLA; SECUNDARIO EM ZIGUEZAGUE PRJMARIO ATt 15 000 V EM t::STRtl.A OU TRIÃNGULO; SECUNDARJO
EM EnRtLA.
< RENDIMENTO REGULAÇÃO <
< oZu
..
õ
z º< TENSÃO
P ERDAS W
% %
..º"'~ -·z< < RENDl~fENTO Rf.GULAÇAO <
..g~
" z > -<. <.> J'EROAS W õ
;, :i: SECUNDARIA õ., TENS:10 % % zv
1i{
"...
V f·cno Cobrie ...., =1 •0t• = 0,8 100, =l ""' = 0,8 ...
~
~
"' ....o
"
;, :i: ~ ;,
~
SECUNDÁRIA
..s~
o( \t) ~
15 220 a 440 150 400 96,46 95,62 2,66 3,50 3,5 15 220 a 440 170 300 96,96 96,24 2,00 3,32 3,5
30 220 a 440 200 650 97,25 96,57 2,17 3,38 3,5 210
30 220 a 440 570 97,47 96,85 1,90 3,29 3,5
45 220 a 440 320 820 97,53 96,93 1,82 3,24 3,5
75 220 a 440 45 220 a 440 330 750 96,65 97,09 1,67 3,19 3,5
410 1400 97,65 97,06 1,87 3:27 3,5
112,5 220 a 440 620 1800 97,89 97,38 1,60 3,1 5 3,5 75 220 a 440 450 1200 97,85 97,32 1,60 3,15 3,5
60
150 220 a 440 800 2300 97,97 97,48 1,53 3,11 3,5 112,5 220 a 440 650 1650 98,00 97,51 1,47 3,09 3,5
220 3500 98,06 97,59 1,64 3,81 1,5
225 380 ou 440 950 3350 95;12 97,67 1,58 3,77 4,5 150 220 a 44-0 800 2050 98,13 97,68 1,37 3,02 3,5
220 1700 98,10 97,64 1,66 3,80 4,5 220 2950 98,29 97,88 1,40 3,67 4,5
300 380 ou 440 1100 4300 98,21 97,78 4,5
1,54 3,74 225 380 ou 140 950 2800 98,36 97,96 1,34 3,63 4,5
220 7800 98,13 97,68 1,65 3,80 4,5
500 380 ou 440 1700 7400 98,21 97,78 3,77 4,5 220 3900 98,36 97,96 1,39 3,66 1.5
1.57
300 380 ou 440 1100 3700 98,42 98,04 1,32 3,61 4,5
10 220 a 440 130 270 96,15 60
95,24 2,70 3,49 3,5 '
220 6400 98,41 98,02 1,37 3,65 4,5
15 220 a 440 140 460 96,15 95.24 3,07 3,46 3,5 500 1700 6000 98,48
380 ou 440 98,11 1,29 3,60 4,5
30 220 a 410 190 760 96,93 96,19 2,53 3,47 3,5
45 220 a 440 300 960 97,28 96,61 2,13 3,36 3,5 220 0000 98,42 98,04 1,47 4,32 5,5
75 220 a 140 380 1650 97,37 96,73 750 380 ou 440 2000 8500 98,62 98,28 1,28 4,20 5,5
2,20 3,39 3,5 7000 98,81 1,08
2200 a 6900 98,52 4,07 5,5
50 112,5 220 a 440 580 2100 97,67 97,11 J,87 3,26 3,5
150 220 a 440 750 2700 97,75 97,20 1,80 3,24 3,5 220 12 500 98,47 98,10 1,39 4,27 5,5
'
220 4000 97,84 97,32 1,87 3,92 4,5 1000 380 ou 440 3000 11 000 96,62 98,28 1,24 4,19 5,5
225 380 ou 440 950 3850 97,91 97,10 1,80 3,89 4,5 2200 a 6900 8800 98,82 98,55 1,03 4,03 5,5
220 5400 97,88 97,36 1,88 3,92 4,5 220 18 000 98,55 98,20 l,M 4,24 5,5
300 380 011 440 1100 5000 98,01 97,52 1,75 3,86 4,5 1500 380 ou 440 4000 16 000 98,68 98,36 1,21 4,16 5,5
220 9000 97,90 97,39 1.88 3,92 4,5 2200 a 6900 12 500 98,91 98,64 0,98 4,00 5,5
500 380 ou 110 1700 8500 .98,00 97,51 1,79 3,88 4,5
Fig. 214
Segue na P.lgina Seguinte
210 ALFONSO MARTIGNONI TRANSFORMADORES 211
TllANSFORMADORES TRIFI.SICOS EM ôLEO COM CONSERVADOR DE TRANSFORMADORES TRIFASICOS EM ôLEO COM CONSERVADOR DE
LIQUIDO PARA INSTALAÇÃO INTERIOR OU EXTEIUOR - LIQUIDO PARA INSTALAÇÃO INTERIOR OU EXTERIOR - CLASSE DE
CLASSES DE TENSÃO: 5; 8,7 ou IS kV. TENSÃO: 25 kV; PRIMARIO EM ESTRELA; SECUNDARIO: ATt 150 tVA
PRIMÁRIO ATt 15 000 V EM ESTll2LA OU TRIANGULO; SECUNDÁlllO EM ZIGUEZAGUE; ACIMA DE 225 kVA EM ESTRELA.
EM ESTRP.I..A.
< RENDIMENTO REGULAÇÃO :i
:i
u PERDAS W
RENDIMENTO REGULAÇÃO
~ ü
o<z< TENSÃO
PERDAS W
% % u )'
z ~< T ENSÃO % % ~~ ~
.. ...,~1. .,~o.a fl.. ...
N
.. ..
N • ~ot')~
z> SECUNDARIA
S:i: :i:
~~
SECUNDARIA a~~
..
Q
CI ~ V Ferro Cobre ..., =1 .... =0,8 .•.,=• ••ef = 0,.8 ~ S' o V Ferro Cobre t.,,=l ..... , =0.8 ~
...::i 2
~
e: ~
2,53 5,45 30 Z-220 a 440 230 680 97,06 96,35 2,32 3,81 4,0
15 220 a 440 160 350 96,71 95,92 5,5
200 670 97,18 96,49 2,23 3,40 3,5 45 Z-220 a 440 350 850 97,40 96,77 1.95 5,62 4,0
50 220 a 440
1,95 5,5 75 Z-220 a 440 •150 1400 97,59 97,00 1,93 3,61 4,0
45 220 a 440 300 880 97,45 96,83 5,50
112,5 Z-220 a 440 650 1900 97,79 97,26 1,76 3,52 4,0
75 220 a 440 420 1400 97,63 97,05 1,87 5.27 3.5
150 Z-220 a 440 850 2400 97,88 97,36 1,67 3,48 4,0
112,5 220 a 440 600 1950 97,78 97,24 1,73 3,21 5,5
3,5 Y-220 3000 98,28 97,85 1.42 3,68 4,5
150 220 a 440 750 2400 97,94 97,44 1,60 3,15 225 950
Y-3aO ou 440 2850 98,34 97,93 1,36 3,64 4,5
220 M50 98,08 97,61 1,62 5,80 4,5
225 380 ou~ 950 3250 98,17 97,72 1,53 3,75 4,5 Y-220 4000 98,33 97,92 1,42 3,68 4,5
300 1100
Y-380 ou 440 3800 98,39 98,00 1,36 3,64 4,5
220 4550 98,15 97,70 1.61 3,78 4,5
300 380 ou •HO 1100 4WO 98,23 97,80 1,52 3,73 4,5 Y-220 6400 98.41 98,02 U7 3,65 4,5
50
60 500 Y-380 ou 440 1700 6000 98,48 98,11 1,29 3,60 4,5
220 7500 98,19 97,75 1,59 3,79 4,5
500 1700 97,87 1,49 3,71 4,5
380 ou 440 7000 98,28 Y-220 10 000 98,42 98,04 1,47 4,32 5,5
220 11500 98,23 97,80 1,67 4,44 5,5 750 Y,380 ou 440 2000 8500 98,62 98,28 1,28 4,20 5,5
750 380 ou 440 2000 9800 98,45 98,07 1,45 3,54 5,5 Y,2200 a 6900 7000 98,81 98,52 1,08 4,07 5,5
2200 a 6900 8000 98,68 98,36 1,21 4,16 5,5
Y-220 12 50( 98,47 98,10 1,39 4,27 5,5
220 14 500 98,28 97,86 1.59 4,41 5,5 1000 Y-380 ou 440 3000 11 000 98,62 98,28 1.24 4,19 5,5
1000 380 ou 440 3000 12 50( 98,47 98,10 1,39 4,27 5,5 V-2200 a 6900 8800 98,62 98.55 1,03 4,03 5,5
2200 a 6900 10 000 98,72 98,40 1,15 4.11 5,5
Y-220 18000 98,55 98,20 1,34 4,24 5,5
220 !0500 98,39 98,00 1,51 4,55 5,5
1500 Y-380 ou 440 4000 16000 98,68 98,36 1,21
1500 580 ou 440
2200 a 6900
4000 18 500 98.52
14 50( 98,78
98,16
98,48
U8
1.11
4.26
4,09
5,5
5,5 Y-2200 a 6900 12 500 98,91 l 98,64 0,98
4,16~
4,00 5,5
o"'..,.
o SECUNDARIA fo(
e~
i ..
:i:
~~ V Ferro Cobre ,...,=1 ..., = 0,8 ,...,= l tof = 0,8 ~
~
.. Cf
..."'"' .. V FcrTo I
Cobre co,, =l «•t = 0.8
~
~
2.26
3,78
3.76
4,0
4,0 75 220 a 440 500 1250 97,72 97,16 1,72 3,20 ,,...
112.5 220 a 440 700 1750 97,87 97,35 1,61 3,14 3,5
112,5 Z-220 a 140 600 2200 97,58 96,98 2,01 3,65 4,0
150 220 a 440 900 2200 97,98 97,48 1,52 8,..,.,. 3,5
150 Z-220 a 44-0 800 2700 97,72 97,16 1,86 3,58 4,0
220 3000 98,25 97,83 1,42 3,68 1,5
Y-220 3550 98,04 97,56 1,67 3,82 4,5 225 1000
225 950 330 ou 440 2850 98,32 97,90 1,36 3,64 4,5
Y-380 ou 440 3350 98,12 97,67 1,58 3,76 4,5
220 4000 98,31 97,90 1,42 3,68 4,5
Y-220 4650 98,12 97,65 1,64 3,81 4,5 1150
300 1100 300 1,36 3,64 4,5
380 ou 440 3800 98,38 97,98
Y-380 ou 440 4400 98,20 97,76 1,56 3,77 4,5
220 6400 98,41 98,02 1,37 3,65 4,5
Y-220 7500 98,19 97,75 1,59 3,79 4,5
60 500 380 ou 410 1700 6000 98,48 98,11 1,29 3,60 4,5
50 500 Y-380 ou 440 1700 7000 98,28 97,87 1,49 3.71 4,5
220 10000 98,42 98,01 1,47 4,32 5,5
Y-220 11500 98,23 1 97,80 1,67 4,44 5,5
750 38v ou 440 2000 8500 98.62 98.28 1,28 4,20 5,5
750 Y-380 ou 440 2000 9800 98,45 98,07 1,45 3,54 5,5
2200 a 6900 7000 98,81 98,52 1.08 4,07 5,5
Y-2200 a 6900 8000 98.68 98,36 1,21 4. 16 5,5
220 2500 98,47 98,10 1,59 4,27 5,5
Y-220 14500 98,28 97,86 1,59 4,41 5,5
1000 380 ou 440 3000 li 000 98,62 98,28 1,24 4,19 5,5
1000 Y-380 ou 440 3000 12 500 98,47 98,10 1,39 4,27 5,5
2200 a 6900 8800 98,82 98,55 1,03 4,03 5,5
Y-2200 a 6900 10 000 98,72 98,40 1,15 4,11 5,5
Y-220 0
0 500 98,39 98,00 1,51 4,35 5,5
.1 220 18000 98,55 98,20 1,M 4,24 5,5
1500 380 ou 440 4000 16000 98,68 98.3fi 1,21 4,16 5,5
1500 Y-380 ou 140 4000 18 500 98,52 98,16 1,38 4,26 5,5
2200 a 6900 12500 98.91 98.64 0,98 1.00 5.5
Y-2200 a 6900 14 500 98.78 98,48 1,11 l,09 5,5
~
..~ ..o
1- ... V j
Ferro ·e obre
.... = ·I ""' = 0.8 ,.,, = [I H,, = 0,8
Q~
i.
1 15 220 ou 380 97,09 96,39
150 300 2,04 3,52 3,5
30 220 a 440 230 700 96,99 96,27 2,36 5,43 3,5 30 220 ou 380 200 630 97,31 95,66 2,16 3,73 4,0
45 220 a 440 350 900 97,30 96,64 2,04 3,35 3,5 60 45 220 ou 380 300 800 97,61 97,04 1,84 3,59 4,0
75 220 ou 580 100 1250 97,85 97,32 1,74 3,53 4,0
75 220 a 440 450 1450 97,53 96,93 1,97 3·,so 3,5 112,5 220 ou 380 550 1700 98,04 97,56 1,58 3,45 4,0
112,5 220 a 440 650 2050 97,67 97,08 1,87 3,26 3.5
15 220 ou 380 150 350 96,77 96,00 2,36 3,42 3,5
150 220 a 440 850 2550 97,78 97,24 1,75 3,20 3,5 30 220 ou 380 200 740 96,96 96,24 2,52 3,87 4,0
220 3550 98,02 97,53 1,67 3,82 4,5 50 45 220 ou 380 300 930 97,34 96,70 2,12 3,71 4,0
225 1000
380 ou 440 3350 98,10 97,58 1,58 3,76 4,5 75 220 ou 380 400 1450 97,59 97,00 1,99 8,66 4,0
112,5 220 ou 380 550 2000 97,78 97,25 1,84 3,59 4,0
220 4650 98,11 97,64 1,64 3,81 4,5
500 1150 ·- - ·
380 ou 440 4400 98,18 97,74 1,56 3,77 4,5 Fig. 218
220 7500 98,19 97,75 1.59 3,79 4.5
50 500 380 ou 440 1700 7000 98,28 97,87 1,49 5,71 4,5 TRANSFORMADORES TRIFÁSICOS MEOIOS. PARA INSTALAÇÃO INTE,
RIOR OU EXTERIO R; fRF.Q OENCL~: 60 Hz; CLAS~E DE TENSÃO: i5 kV
220 11500 98,23 97,80 1,67 4,44 5,5
750 380 ou 440 2000 9800 98,45 98,07 1,45 3,54 5,5 BAJXA TENSÃO: 220 a 660 V BAIXA TENSÃO: 2400 a 4800 V
2200 a 6900 8000 98,68 98,36 1,21 4,16 5,5
PERDAS kW PERDAS kW
220 14500 98,28 97,86 1,59 4,41 5,5 POTl!.NCIA
PESO
POTl!.NCIA PESO
1000 380 ou 440
2200 a 6900
3000 12500 98,47
10 000 98,72
98,10
98,40
1,39
1,15
4,27
4,11
5.5
5,5
kVA
I
Ferro Cobre
1.Z% Fc+Cu
kg
kVA
I
Ferro Cobre
1.Z%
1
Fc+Cu
kg
220 O 500 98,39 98,00 1,51 4,35 5,5 750 1,9 7,20 5,0 1000 2,52 8,64 5,0 2100
1850
1500 380 ou 440 4000 18 50( 98,52 98,16 1,38 4,26 5,5 1000 2,52 8,64 5,0 2100 1500 3,40 11,25 5,0 2700
2000 4,33 14,12 5,0 8500
2200 a 6900 14500 98,78 98,48 1.1 1 4,09 5,5 1500 3,51 11,61 5,0 2700 2500 5,20 14,60
1
5,0 8800
1 2500 5,31 17,10 5,0 3900 3750 7,65 23,51 5,0 5!00
'fig. 222
TRANSFORMADORES TRIFASICOS MtDIOS, PARA INSTALAÇAO INTE;.
RIOR OU EXTERIOR: fREQOENCIA : 60 H ,: CLASSE DE TENSÃO: 54,5 kV
Para transformadores com circulação de óleo e resfriamento externo
JIAIXA TENSAO: 2400; 4800 BAIXA TENSÃO: )2000 com água, os valores da tabela podem ser aumentados de 15%,
ou 7200 V
li a IHOOV Os valores da tabela servem unicamente para orientar o c~lculo. pois
os definitivos serão estabelecidos com base no aquecimento do trans,
POT ENCIA
PERDAS kW i1 PESO PERDAS kW PF.SO formador.
A indução no núcleo dos transformadores resfriados com óleo, varia
l
I.Z% f·c + Cu l.Z% Fc+Cu
kVA entre 11 000 gauss para os pequenos e 15 000 gauss para os grandes.
Ferro IC.Obu kg
li Ferr• Cobre
kg
• 1
1000 3.24 8,64 6,0 2100 3,30 8,40 6,0 2400 79) TENSÃO DE CURT O.CIRCUITO E QUEDA DE TENSÃO
1500 4,08 12,12 6.0 3000 4,15 12,05 6,0 1 3000
2000 4,95 14,85 6,0 3600 5,00 14,80 6,0 3600 A queda de tensão industrial, examinada no parágrafo 22, pode ser
6,00 17,10 6,0 4200 avaliada pela fórmula aproximada
2500 5,90 17,20 6,0 4200
3750 8,10 22,50 6,0
6,0
5500 8,20
10,00
22,40
27,90
6,0
6,0
5500
6900
àE 2 =R",. 1, .coscp + X", .l,.sen,,
2
10,00 27,90 6900
5000
7500 13,50 38,50 6,0 9000 13,50 38,50 6,0 9000
ou
àE 1 =R; .1 .coscp, + X,,' .1 .sen,p,
1 1
80) CALCULO DA SEÇÃO DO NúCLEO 10-9. 7,8. f. B"'. S,.,2. 1,, . P,•. d2
W 2 • Pr, =- - - - - - - - - -- --
A pot•ncia ele um transformador monofásico é expressa em kVA por 4.1,.
de onde
w. =v, . 12 . 10- •
4 1,. w. P,,
Indicando com s,., a seção do núcleo e com B,. o valor máximo da s,,2= 109. - - . - - . - -- - - - =
indução no núcleo, o valor máximo do fluxo resulta: o/>>1 B,. .S,., = 7,8 Ir, f. d 2 • B,. P,.
=
e o valor de V2 J0-• .4,44 . L,t,y . N 2• 1.. w. P,.,
O valor da corrente 12 pode ser expresso pelo produto da seção S. = 109.0,521. - - . - - -
do condutor do circuito secundário pela densidade de corrente d 2 exis- lr, f.d 2 .B,. P,.
tente neste mesmo circuito, isto é, 12 = S2 .d2 . Substituindo-st o valor
de V2 e o de 12 na fórmula da potência, esta será expressa por: Substituindo os pesos pelas r<$pectivas relações entre perdas e perda.
especificas, is10 é,
W2 = 10- 11 • 4,44 · f · N 2 · H., ·Sr,· S2 • d 2
Supondo que o peso do cobre empregado no circuito primário seja
igual ao peso do empregado no secundário, o peso tot.al do cobre em- w••
pregado no transformador, expresso em kg, é: -- = --= -
w, =
I0-11 .4,44.f.Bx.S,, .d,.JO,.P,.,
17.8. 1..
JO - • f-B"' ·SF, .d 2 P,.
= - - - - - - -- - -
4 .1.,.
=72,8
v= ~-
1•.• w ..
w,.
ll
f. - - . d, . B,.
w,,
Admitindo-se que a seção do circuito magnético seja constantemente
igual à do núcleo (Sr,) e indicando com 1,,, o comprimento total do
ferro, o peso deste é: A relação dos comprimentos l,u e 11. , sofre pequenas variações para
transformadores do mesmo tipo. A equação acima C$crita é válida tam-
P,., =7,8.S,, .1,, .10-s bém para os transformadores trifásicos.
220 ALFONSO MARTIGNONI TRANSFORMADORES 221
81) DETERMINAÇÃO DAS DIMENSÕES DA JANELA VALORES DE "A" PARA TRANSFOR~IADORES RESFRIADOS EM ôLEO
A relação entre a seção total do Para transformadores de núcleo envolvido, resfriados com óleo, os
cobre S~u existente na janela e a
valores dos fatores de enchimento, em função da potência estão indi·
i seção da janela S,, chama-se fator cados na tabela da fig. 229.
de enchimento, que é expresso par:
D[D c..• = - -
s,
s•• FATORES DF. ENCHIMENTO PARA TRANSFORMADORES lJF. NÚCLEO
kVA
ENVOLVIUO. RESFRt.,DOS COM <>LEO
50
~,~ -250-1--500 1-750- 1000 2500 5000
bn
o: 1
_g~
Para transformadores de núcleo
envolvido, resfriados com ar, os
valores dos fatores de enchimento,
em função da potência estão indi-
cados na tabela da fig. 228.
5000V
- -- -- - -
1
1,. 15 000 V
30 000 V
0,25
0,20
0,28 0,30
-0,22- --
0,35 0,39 0,40
-- -- -- -- -- --
0,41
-- ---
0,43
0,23 0.24
:X:
T 8 bn ----- - •-- ---M · - -·
1 .
Fig. 229
1 e
.... .
bn 8
fo- . ·-
bn Para transformadores de núcleo envolvente, resfriados com óleo, os
.. vaJores dos fatores de enchimento, em função dn potência estão indi-
cados na tabela da fig. 230.
.L
- --
kVA
50 ~ l~ l - --,- 250 500 750 1000 12500 5000
10 000 V 0,18 0,20 0,22 0,25 0,26 10,27 0,28 10,29 0,30
Fig. 226 Fig. 227 1,.
30 000 V ·- i---
0,11 0,125 0,14 0,16 0,18 10,19 0,20 10,21 0,23
82) PESO DO NúCLEO - Para núcleos envolvidos corn seção em cruz leu=
== r. ( b. + (B/ 2) . 0,8 )
Para o transformador de núcleo envolven te, monofásico e trifásico, o - Para núcleos envolvidos com seção retangular l('U =
peso do núcleo cm q uilos é calculado com as fórmulas indicadas nas = 2( b.+l,15.C+(•-/4) B .0,8)
figs. 231 e 232.
Para o, transformadores de - Para núcleos envolventes 1,., == 2 [ b. + 1,15. C + (.,f'l') B . 0,8 ]
núcleo envolvido, monofásicos e
trifásicos, o peso do núcleo em qui-
los é calculado com as fórmulas
indicadas nas fig,. 233 e 234. DO Expressando J'" em centímeu-os e considerando a seção do condutor
do circuito primário Sm expressa em milímetros quadrados, o peso
total do cobre, em quilos, por coluna resulta:
D
·
.ájN
O peso total do cobre do transformador é:
- .&ri
Transformador monofásico de núcleo envolvente P,n P..1 =
~ e bn
-
:e
~ n
B bn
:e
T ransformador monofásico de núcle<> envolvido P,. 2 Pcu1 =
T ransformador trifásico de núcleo envolvido ou núcleo envolvente
P,. = 3 P.,.1
Í,f"
"
.o 81) CALCULO DAS PERDAS
3 3
PFe =7,8·SF, ·2(H t Btbn)I0- PF, = 7,8· SF ·2 (3H + 2 8 +2 bn) 10- Escolhidos o tipo de lâmina e a induç-lo que se deseja obter nas
1
Fig. 251 Fig. 252
mesmas, calcula-se a perda específica no ferro, conforme parágrafo 1O.
)2
:e
w,•• := WF,·10
e By
JO 000
Se as perdas calculadas possuírem valores aproximados dos preestabe- AQUECIMENTO DOS TRANSFORMADORES
lecidos, poder-se-á prosseguir o cálculo do transformador. Obtendo-se
valores muito dilerentcs dos preestabelecidos é preciso mudar a altura
e a largura d a janela. Com a mudança das dimensões citadas, a relação: 85) PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DO CALOR
A rel,1ç;io entre ;-, potênc-i.:i perdida t>ffi ,v.1 tts e a superfície de contato A clevação de temperatura da superfície do núcleo resulta:
~ntre o ere,nc.:oto .1quecido e o ar :unbienlc, fornece a quantidade <le
,,,ratts perd idos que co1Te5ponde1n a uma unidade ele superfície de tr~ns- Wr,/m2
missão. Esta relação carac.:teriza o aquecirnen to <lo clcn1ento considerado AI - -- - -
e deve ser contida entre <leterminados limites, conforme se verá a seguir.
a) Aqucc-imento d() núcle.o Exemplo - Calcular a elevação da temperatura alcançada pelo nócleo
do transformador trifásico indic.ada na fig. 237 sabendo-se que as per-
J'\1os trans(om1adores resfriados corri ar, o espaço existente entre as das totais no ferro são: Wr, = - 22 watts.
bobinas e o núcleo. não é suficiente para que as superfícies externas
dos nócleos possam ser consideradas como superfícies de transmissão de 5 5
calor. Assim sendo, as calorias produzidas no ntícleo deverão ser trans-- S, =2 . 20 . - - + 4 .1 . -- =254 cm•
mitidas ao ar pelas superfícies do núcleo existentes externamente às 1.1 1,1
bobinas. s. = 2 . 20 . 4 = 160 cm•
Sa s,, =s,+s. =
22
20cm.
So W,-/ m2 = =·- 537
0,011 /
S" /
Wp./ m2 537 J
M = =-- - =450Ç "j_ I/
Kr 12
4 4 4 4 4
b) Aquecimento da bobina
A elevação de temperatura da bo- I/- i/ 1/~
s bina é diretamente proporcional às
perdas de potência W.. que se ve,
v[ ~ .,
Fig. 235 Fig. 236 rilicam por eleito Joule nos seus
con.dutores e inversamente propor- Fig. 237
cional à super fície de transmissão.
O fluxo térmico se propaga facilmente no sentido da laminação. Por
isso as superfícies s. elas figs. 235 e 236 devem ier consideradas inte- Nas bobinas não subdivididas considera-se como superflcie de trans,
missão unicamente a superfície lateral das mesmas.
gralmente, enquanto das duas superflcies s•. somente uma será conside-
rada (a frontal ou a posterior). Nas bobinas subdivididas, considera-se como superfície de transmissão
Se houver canal de ventilação, será considerada somente uma das a soma da superfície lateral e uma superfície lateral de cada canal de
ventilação.
superllcies do mesmo.
O coeficiente de adução para o núcleo de ferro pode ser considerado Conhecida a superfície total de transmissão S., calcula-se a relação
=
Kr 12 W / m2 oC, isto é, à irradiação de 12 watts por metro quadrado
w,.
de snperfície corresponde a elevação de temperatura de loC.
w..Jm•=--
Conhecendo-se as perdas no ferro w •• em watts e a superllcie total s,,
de transmissão S., em metros quadrados, as perdas correspondentes a
cada metro quadrado desta são obtidas por: A sobrelevação de temperatura da superfície da bobina é obtida por
Wre w,./m•
WF,/m•= - - ât -~-- --
S.,
l
16 Tronsfotmodort:i
ALFONSO MARTICNONI TRANSFORMADORES UI
K.. pode ser considerado 20 w /m• oC. Aparentemente este valor é na qual: Q é a quantidade de ar em metros cúbicos por minuto. que
elevado; entretanto, é preciso lembrar que é relerido unicamente à deve ser fornecida por um ventilador; W, as perdas totais em watt>.;
superflcie lateral da bobina. o produto 0,24. W,. 60 . 10-' representa o número de grandes calorias
produzidas em cada minuto; T é a elevação de temperatura do v,.
Exemplo - Calcular o aquecimento da bobina do transformador tri· expressa em graus centígrados; p é o peso especifico do ar (1.2); c é o
fásico indicado na lig. 238 sabendo-se que a perda total do cobre é calor especifico do ar em calorias por lr.g (0,237); e 0,5 representa o
=
w.., 96 watts. rendimento da refrigeração.
A potência total perdida · em cada bobina é Substituindo-se os valores mencionados e simplifica!)do-se a fórmula
resulta:
20cm.
w.,., 96
0,1. w.
W.,, =--= - - = ,2 watts Q
3 5 T
Sendo a bobina não subdividida,
plra efeito do resfriamento consi- Considerando-se por exemplo a sobrelevação do ar de 25 o C, a fórmu-
dera-se unicamente a superífcie ex- la transforma-se em:
= terna cujo valor é obtido por: w,
s.. = ( 2 . 5 + 2. 4 + 2 .... 2 )
Q=-
250
11 = 555,5 cm•
w..
01-R. .
52
w,./m' = - - = - - - -- 88) RESFRIAMENTO DE TRANSFORMADORES EM ôLEO, .
s.. 0,05555 COM VENTILAÇÃO NATURAL (LN)
0_2_.__._~ =954
W,./m' 954 A eficiência do resfriamento em óleo baseia-se sobre o fato de que
- - - = - - -= 47,7ºê o llquido, em contato com a parte ativa dos transformadores, aquece,
Fig. 258 K,., 20 tomando-se menos denso que o llquido menos aquecido.
O óleo menos denso, encontrando-se numa massa llquida com densi-
87) RESFRIAMENTO OE TRANSFORMADORES SECOS COM dade maior, desloca-se para cima. Este deslocamento força as camadas
superiores a se deslocarem para baixo.
VENTILAÇÃO FORÇADA (SVF)
Assim sendo, em pouco tempo
Com o resfriamento artificial que é obtido por meio de ventilação estabelece-se no tanque, conforme
forçada, pode-se considerar o valor do coeficiente de adução como sendo fig. 239, uma circulação de óleo ~ ~ -- .- ·. · · · - · - . : r-
o dobro do considerado pela refrigeração natural, isto é, K.. 40 para= que no centro é ascendente e na 1, .,-- -..
a bobina e K,. = 28 para o núcleo. periferia é descendente. "' '\
Para o cálculo da capacidade do ventilador devem ser computadas O óleo central, ascendente, reti-
as perdas no ferro Wr. e as perdas no cobre W,•• isto é ra calorias das partes ativas do
transformador enquanto o óleo pe-
W,=w•• +w.., rilérico transmite calorias para a,
Uma vez conhecidas as ~rdas totais Wt, que se verificam no trans- paredes do tanque e estas por sua
vez as transmitem para o ar.
9=5Êi~~~~~~i'.!:::f
---.
formador, a quantidade de ar cm metros cllbicos por minuto necessária
ao resfriamento do mesmo é fornecida por: Para que o calor seja retirado Fig. 259
das partes ativas do transformador
0,24 . w,. 60. 10-' é preciso que estas possuam uma temperatura superior à do óleo. O óleo,
Q= - - - - - - por sua vez, deve possuir uma temperatura superior àquela das paredes
0,5. T. p. c do tanque para poder fornecer calorias para estas e essas serem iffa-
ALFONSO MARTIGNONI
TRANSFORMADORES
diadas para o ar. A resistência térmica oferecida pela chapa do tanque é tampa e do fundo processa-se por irradiação, representando uma pe·
desprezível. qucna parte do calor transmitido, pelo que se costuma desprezá-la tot~l-
A transferência do calor das paredes do tanque para o ar ambiente mente.
processa-se em grande parte Por convecção e em menor parte por A relação entre o número que expressa a potência perdida cm watts
irradiação. e a superfície de transmissão medida em metros quadrados fornece a
O resfriamento é eficiente quando o calor é transmitido das paredes quantidade de watts que deve ser transmitida para o ar Por cada metro
do tanque para o ar sem que a temperatura dos enrolamentos, do quadrado de superHcie, isto é,
ferro e do óleo, supere os valores lixados pelas normas, que são os
indicados na tabela da fig. 191. w,
A transmissão do calor do tan- W/m• = -
que para o ar é eficiente se os ca- S,,
nais de ar Possuem 30 mm de lar-
15 30 gura e os do óleo 15 mm. Conhecendo-se o coeficiente de adução K, isto é, a quantidade de
watts cedida para o ar, por cada metro quadrado da superfície trans-
Através dos canais de ar com missora por cada grau centigrado de elevação da temperatur~, é possível
30 mm de largura estabelece-se
uma correnteza de ar enérgica, que calcular-se a elevação da temperatura da superflcie do tanque, pois:
consegue retirar o calor das pare-
des do tanque. W/ m• Wt
,l.t
A forma_ dos canais . de ar e ca- K S,, ·K
nais do óleo está representada na
~s i . :..j
fig. 240.
Para o cálculo da superfkie
O valor do coeficiente de adução K pode ser considerado:
r -·-·-·-·-·-·..
ção ao longo das paredes laterais. A transmissão de calor através da óleo não deve superar 55oC pard tanques sem conservador e 6()0C para
tanques com conservador de !Jquido.
-
í
Com os tanques de chapa ondulada, é possível construir transfor.
~
madores até 5000 kVA. Utilit ando-se tubos em substituição à chapa
ondulada podem ser construidos transformadores até 20 000 k VA. Para
transformadores com potência superior à mencionada usam-se câmaras
de refrigeração.
Hot Hói.o
Exemplo 1
Sendo o passo das ondulações A elevação de <emperatura calculada está dentro dos limites previstos
,,,~ ·- - - --. - ·--.:.1' igual a 45 mm,. é possfvel colocar pelas normas.
16 no sentido do comprimento e
6 no sentido da largura. Exemplo 3
~ Número total de ondulações
.."
:,:
=
2(16 + 6) 44 .
O perlmetro da caixa resulta:
Cakular a elevação de temperatura do óleo de um transformador
de distribuição de 10 kVA, cujas perdas totais são 385 watts. A forma
do tanque é a indicada na fig. 245; o tanque não possui conservador
""l=...,- ·- - · - · .... - · -7: t.,.. P = 2.870 + 2 . 370 + 44.90°= de óleo.
= 6440 mm
= 6.44 m. Considero-se como super!lcie de
A superfkie de transmiJSão é: transmissão a superlkie lateral cio
tanque.
S., =6,44. 0,85 =5,474 mt.
S., = ...0,355.0,71 = 0,79 m•
A elevação de temperatura da
superflcie do tanque é: A elevação de temperatura da
w, 3225 superflcie do tanque é:
- -- =-490C 385
S.,. K 5,474.12 .õ.t= =-4J°C
1
Sendo a diferença de temperatu·
ra entre óleo e chapa de 50 C, a
elevação de temperatura do óleo é:
0,79.12
A elevação de temperatura do
óleo é:
.i
.i.i. = 49 + 5 = 54"C
A elevação de temperatura, cal- .i.10 =.õ.t + 5 = 11 + 5 = 46ºC
culada, está dentro dos limites pre- A elevação de temperatura cal- 10 i 355 r!VTI. , 1
vistos pelas normas. culada est:i dentro dos limites pre·
vislOS pelas normas. Fig. 24S
Exemplo 2
Calcular a elevação de temperatura do óleo de um transformador de 89) RESFRIAMENTO DE TRANSFORMADORES EM óLEO
15 kVA com conservador de óleo, cujas perdas totais são 635 watts. COM VENTILAÇÃO ARTIFICIAL (LN - VF)
O tanque é liso e poaui as dimensões indicada, na fig. 244.
Superflcie de_ irradiação: A translerlncia do calor do tanque para o ar, por meio de chapa
~I ,;,::;/ ondulada, tubos ou câmaras, pode ser aumentada consideravelmente
por meio de ventilaç-lo forçada. No parágrafo 72, tabela da fig. 205,
S,. = 2 (0,60 + 0,27) .0,68 = 1,18 m• pode-se ver o acréscimo da pottncia de um transformador, conseguido
Elevação de temperatura do tan- por meio de refrigeração artificial.
que: A quantidade de ar a ser projetada contra as superlfcies de irradiação
do transformador varia entre 4 e 6 m' por minuto.
w, 655
.õ.t = -- - - - - = 45"C
s.,. X. 1,18 . 12 90) RESFRIAMENTO DE TRANSFOR~ADORES EM óLEO
. 1/ COM SERPENTINA DE AGUA INTERNA (LN - ACF)
Elevação de temperatura do óleo:
600mm 9 Um processo eficiente de resfriamento do óleo dos grandes transfor-
.i.i. = .õ.t -t 5 = 45 + 5 = 50oC madores consiste no uso de serpentina., percorrida., pela água refri-
·''•· 244
230 ALFONS0 MARTJGNONI 'fR A~SJ:(>R '.\I ,\ I)()R F.S
gerante. A colocação das serpentinas deve ser feita nos pontos em que Nos transformadores de construção comum. a temperatura das partes
a temperatura do óleo é mais elevada. mais quentes das bobinas e do núcleo é superior ao do meio refrige-
Considerando-se que ;,s perdas produzidas no transformador, sejam rante de um valor próximo dos 15oC.
irradiadas em parte pelo tanque (de 10 a 15% do total) e em parte Assim sendo, a temperatura da parte n1ais aquecida do núcJeo e elas
pelas serpentinas, o calor que deve ser retirado pelas serpentinas é 90');: bobinas do transformador de 150 kVA, cuja caixa está representada
do total. A quantidade de água necessária ao resfriamento é expressa pot na fig. 24!, é aproximadamente:
0,9. w,.1os
s•
(t. - t,). K
w,.. =w,, . 10
(
B11
10 000
) 2
= 1,14.
e
15400 )
10000
2
=2,06 W/ kg.
w,. 19
W2 · -- · 106 5000 - . IOS
w,, 2,06
Sr, = C. 38 - - - -- --· = 1050 cm2
w(~ . 27,9
f - -·d · B,. 60- - -·2,8 -15400
Wr._, 10
TRANSFORMADORES 241
24-0 ALFONSO MARTIGNONI
Com as lâminas u,;adas o coefi- Em correspondência à potência nominal o enrolamento de alta tensão
ciente de enchimento é K, = 0,87, fornece a corrente
pelo que a superfície geométrica
do núcleo é: 11 =-w.- ·-)03 = -5000. 'º'
-- - = 96,3 Ampêres.
s,., 1030 3.v,. 3 . 17311
s·,.• = - - = - - = 1185 cm2 Tendo sido escolhida a densidade média de corrente d = 2,8 A/ mm2,
K, 0,87 no circuito B.T., que é o mais curto, será utilizada a densidade
O núcleo será feito com formato
escalonado, conforme fig. 246, pos·
=
i.1 2 2,8 . I.05 = 2,91 A/ mm'. e no circuito A.T., a densidade
suindo dois canais de resfriamento
= =
d 1 2.8/1,05 2,67 A/mm•
com a largura de I cm. 1, 96,3
A seção geométrica do núcleo S1 = - - = - - = 56 mm•
com as dimensões indicadas na d, 2,67
Fig. 248 fig. 246 é:
Da tabela da fig. 225, à potência 5000 kVA corresponde A= 1000
Ampere-espiras por centímetro. O número das Ampere-espiras totais de
S'r, = 4 · 4 · 7+4 · 5 · 10,5+2 - 13 · 13+41 · 13= IJ93cm2
cada coluna é: 2 N,1,=2 .466.96,3=-89752
A magnética do núcleo é s,.•
li<?º = 1198 · 0,87 = 1038 cm•. 2N 1 11 89752
A ~ o das travessas é retangu- A altura da janela deve ser: H= - - = --- 89,7 = - 90 cm.
lar, conforme fig. 247. A altura da A 1000
travessa é:
Sendo o transformador ele núcleo envolvido, a seção aproximada do
fl95 =
cobre na janela é: s,. 2(2 N, · S,)= 2 (2 · 466 · 36) = 67 100 mm•.
h =- - = - 80,5 cm = 305 mm Da tabela da fig. 229 obtém-se o valor do fator de enchimento que
5.13 h=30,5cm. é f,. =0,24.
A largura da janela deve ser:
1
Sendo a ~o magnética do
157 100
núcleo Sr, = 1038 cm• e B,. =
= 13 400 gauss, o fluxo máximo
B - - -- - =- 51 cm.
100. f,. . H 100. 0,24 . 90
por coluna é:
Com as medidas calculadas o núcleo deve ter a forma indicada na
<1> 11 = Sr, , B,. = 1058. 18 400 = fig. 248.
= 1391 . JO• maxwell. Fig. 247 O peSQ do núcleo do ferro, 1;>ode
ser calculado cor., a fórmula indi-
Sendo o circuito A.T. conectado em estrela, a tensão de fase do cada na fig. 254, isto é:
mesmo é:
V, 30 000 Pg,=7,8-S,.(3-H+ 411+6b.) 10·3 =
V11= - - = - - - 17 841 volts = 7,8 -1038 (3 90 +
1,73V3 + 4-31 + 6-41) 10·3 =
= 5180 kg:
O número das espiras do enrolamento A.T. é:
O comprimento da espira média
V(, . 1()8 17 341 . tO• do cobre, conforme parágrafo 83,
N, = - - 166 espiras. pode ser obtido aproximadamente
por: Fig. 248
4,44. f . </>,i 4,44. 60 . 1391 . 104
Tll/\NSFOR.MADOR!S
242 /\LFONSO MAllT!CNONI
Tendo a corrente valor elevado, o enrolamento B.T. é executado com
1,. =.- 1b. + (B/2). 0,8 J= .- [ 11 +-=;-. 0,8 ] = 167,7 cm = 1.6~ m .
4 circuitos paralelos. Em cada circuito há:
v..
O número das espiras de cada
bobina B'.T . é:
4162
l
,\
bina, conforme fig. 250 é:
~
, ~
i i....::
~ h12 =(800 - 48 .U)/47= - t7mm. ~
1 1 -\ Entre o núcleo e os enrolamentos
1
B.T. está interposto um tubo iso- ,..._
:
lante cuja espessura, conforme pa· ..,
. - ·-·- ·- ·.J.·-· - ·- ·- - rágrafo 76 é:
•t0-, i ,..._
,,. !
1
- ;·
lV
t 1 = - - = 2,6 mm.
10
50 16 mm.
a,
·-·· -· ....._ - -· .. - -·-
~ :;::- 1
l
- ~ e) Enrolamento de alta tensão Fig. 252
)<•• =" (460 + 38) = 1564 mm= 1,564 m. 1 P,.i =3. 8,9. 1,. 1 . N1 • S1 • IO-• == 3 . 8,9. 1,97 .464 .36. 10-• =880 kg.
Enrolamento B.T.;
p · 1.,.2 • N2 0,0216. 1,564. 112
1 1 . . . 1! r2=-- -- == - 0,0279 ohms/fase.
.1 .1 i. 11
.1 s• 17. 2. 4
1 1 ·
1 11 ij
ií i 1 1 11 ·
Enrolamento A.T.;
p • l.,. 1 • N, 0,0216. 1,97.464
~
l,.!._~---i--+-..L..J r1 = - -- - ::e - 0,548 ohrm/!ase.
1 s,
310mm
Perda total no cobre:
f) Rendimento
w, 5000
I' == - - -- -- - 0,99
Fig. 253 5000 + 10,67 + 28.58
T RANSFORMADORES 249
248 ALFONSO MARTIGNONl
h) Regulação ou q1tcda de temão induslrial
g) T ensão dt cu.rtO·circ:uito ou tensão de i,nptdán.cia
Resistência ô hmica equivalente do circuito A.T. CalcuJa..sc a queda <le tensão industrial para os <lois casos seguintes:
=
N 1 número das espiras do circuito A.T. ·164 = No primeiro caso: e = 1; cosq, = 1; sen<p = O
=
b altura axial da bobi na = 80 cm
5,962
d= distância entre a bobina A.T. e a B.T. "' 2 cm % , = 0.571 + - - = 0,749
=
a 1 espessura da bobina A.T. = 5,06 cm 200
=
a, espessura da bobina B.T. = 3,8 cm
=
K fator de correção, sendo: No segundo caso: e= 1; cos<p =0,8; sen,p =0,6
2d +a,+ a2 2. 2 + 5.06 + 3,8 (5.96 . 0,8 - 0,571 . 0,6)2
K=I - 0,97 %, =0,571. 0,8+5,96 . 0,6+ = 1,12
2.. b 2.,,.80
200
Aplicando estes valores na fórmula da r eatância de disper1ião obtém-se:
i) Tanque
· 60 . 176.7. 4642 ( 5,06 + 3.8 )
x·, = 7.9 o.97 2 +---- 10·• = 10,8 ohms O transformador, conforme foi calculado, possui as dimensões indi-
80 3
cadas na fig. 254.
Impedância por fase, refer ida ao circuito A.T. Ao se projetar o tanque é preciso lembrar que a d istlncia enr.re os
z·, = V(R·,)2 + (X',)2 =/ 1,0 22 + 10.82 =- 10,8 ohms enroJamcntos e as paredes seja suíic:icntc para garantir o isola1nento.
O isolamento está garantido se as d istâncias que separam os enrola-
Tensão de curto-circuito ou de impedância mentos e ·as paredes são as mesmas que separam os dois enrolamentos
V.,, = z·,
.1 1 = 10,8. 96,3 = 1040 volts de alta tensão ex istentes na mesma janela.
No transformador em questão a m encionada distância é de aproxima-
1040. 100 damente 5 cm. Nestas condições um tanque retangular de 2300 x SOO
- - - - = 6% seria suficiente. Entretanto prefere-se fazer o tanque de 2350 x 1000,
17 341 pois é preciso ter em consideração que as ligações entre bobinas e isola-
Este va lor é igual ao imlicado na fig. 22 1. dores também devem ter espaço que lhes garanta a isolação.
250 ALFONSO MARTIGNONI T AANSFORMADOIU:S 251
1
1
1
§ Perímetro do tanque: r --- -
1
---- ,
1
1 i P = 2. 2350 + 2. 1000 + 1M. 350 =
= 53 600 mm = 53,6 m.
!
1 ! ~
1
:
1
;
ii Superffcie de transmissão:
1
í
.._rnQ- ! .. ·-
1 1 . 1 1 • 1 1
St, =53,5 . 1,6 = 85,76 m•. ii '
. 1
1 • 1
i Da tabela da fig. 215 obtêm-se: perdas no !erro WF, = 210 watts; per-
das no cobre W,. = 570 watts.
1
; A densidade média de corrente, para os dois enrolamentos, conforme
g
1
=
a fig. 222, pode ser considerada dm 2,3 A/ mm• e portanto a perda espe-
N
N cifica no cobre, conforme parágrafo 23, é: w,. = 2,43 . d2 = 2,43. 2,32 =
1
J
= 12,85 W / kg.
.-L.. Para o núcleo empregam-se chapas Armco, bitola n.º 29, isto é, com
1\
: 0,356 mm de espessnra, tipo M 14, que conforme a tabela da fig. 24
= =
'-t-'
- / ~revisão apresentam para B,. 10 000, a perda específica wF,.10 1,1 4 W / kg.
'-1-'
poro
1
~~~j
- '
r-""-,
1
~~~
a...-"" ~r\
' .
..... .A
4 "entilodores Escolhendo para a indução máxima no núcleo, conforme parágrafo 78,
o valor B,. = l i 000 gauss, a perda específica no ferro é:
~- e
: 1 :
'-~-t, ~ ; t ..{,;
1
2350 mm 1
•
WF, = Wr ..10
e B)(
10000
)º : ), )4 I I 000 ) '
10000
: J,38 \li / kg.
fil 1
'
.::b 3 0 - - 10,
1,38
=- 99 cm2
w,. 570
f- - d.B" 60 - - 2,3 · li 000
w •• 210
- ·- ·-
Com as lâminas usadas o coeficiente de enchimento t 0,87, resultando
a superfície geométrica do núcleo:
1 1 E;$ 99
s·,, =-- = 114 cmt
1 0,87
1 1
1
i 1 O núcleo é feito em forma ele cruz, conforme lig. 257. A seção geo·
i i
,; 1 métrica do núcleo, com as dimensões ind icadas na til{. 257, é:
'' .
Fóg. 256 S' ,·, = 2 · 2,5 · 7 + 7 · 12 =35 + 84 = 119 cm•.
ALFONSO MARTICNONI TRANSFORMADORES 257
Peso do cobre: P, ,. = 3 · 8,9 · 2 · N 1 • S, · lco · 10-3 = lado do outro, conforme lig. 261. O isolamento dos condutores tem a
= 3 ,8,9 ·2 ·2300 , 0,65,53,-1 , IO-• = 42,G kg. espessura de 0,2 mm e a folga entre os condutores adjacentes deve ser
=
Perdas no ferro: Wr, wr, · P,., = 1,38 · 158 = 218 watts. considerada O, I mm.
Perdas aproximadas no cobre: W,. = w,0 . P, 0 =
12,85 :42,6 = 547 w.itts. A altura da bobina é: b, = 42 (4,5 + 0,4 + 0,1) = 210 mm.
Os valores calculados são muito próximos dos fornc:cidos pela tabela A altura calculada corresponde ao espaço livre existente na janela.
da fig. 215, pelo que o cálculo do transformador pode continuar. A CSJ?C$5Ura da bobina B.T. é: =
h 2 = 2 (3,7 + 0,4 + 0,1) 8,4 mm,
conforme fig. 261.
b) Enrolamento de baixa tensão
A bobina B.T . deve ter altura igual à da bobina A.T . A distância c) Enrolamento de alta temão
mínima entre a cabeça das bobinas e as travessas, conforme parágrafo O enrolamento A.T. é executado com 7 bobinas, ligadas em série,
76, deve ser: enroladas com fio esmaltado tipo "•·ormex", com as espiras assim dis-
11 =1,3,kV = 1,3·15 = 19,5mm = - 20mm = 2cm tribuJdas:
5 bobinas com 360 espiras = 1800 espiras
A altura das bobinas será portanto de:
2 bobina~ com 250 espiras = 500 espiras
b = H - 2.l,=25 - 4=21 cm.
..' 1 1
O conjunto núcleo e bobinas
Tot.al = 2300 espiras.
terá a disposição indicada na fig. As duas bobinas com 250 espiras possuem isolamento reforçado e
! estão colocadas nas cabeças do enrolamento. As 5 bobinas internas são
.; 260. Sendo as bobinas B.T. liga-
o" das em estrela, a tensão de fase é: enroladas em duas seçôes, conforme fig. 263.
.. 1 1
220
V,, = - - = - 127 volts.
Cada camada tem 24 espiras (12
em cada ~ção). O isolamento das
,20mm ~
...=::t:=::::;::=t=tl~~hJ
duas seções é feito com dia!ragma
r;g. 260 13 de prespann cuja espessura é de
0,4 "}m.
1
S2
,.
=- - = -- = 32,8 mm'
d,
79
2,41
111
sr
~
-DD 1 1
1
i
i
Tendo a seção valor elevado, usam-se dois cond,,tore, paralelos. Estes
condutores, cada um com dimensões 4,5 x 3,7 mm, são dispostos um ao
DD
Fig. 261 Fig. 262
2.S8 ALFONSO MARTIGNONI TRANSFORMADORES 259
18 TronsfO<modor~
TP.ANSFORMADORES
ALFONSO MARTICNONI 1
Os valores calculados são muito próximos dos indicados pela ta~la
da fig. 215.
h) Tanque
il 95) TRANSFORMADORES MONOFASICOS DE DISTRJBUIÇXO
Fig. 265
janela.
1 A-....----------------..;.;.;c=;.c.c..c--,.-~ PRIMÁRIO
No transformador em questão a
referida distância é de 17,I mm. e-.l---~- -.~----- ----~---+---
Nas condições expostas, um tanque retangular de 755 x 260 mm c-.l-~- ~---l.---~--~----- ---+---
seria suficiente.
Prefere-se, entretanto, executar o tanque com 760 x 300 mm.
O valor da altura do tanque deve c.orresponder a J,5 veres a altura
do núcleo do transformador. No caso em questão a altura do tanque
=
deve ser de 450 X 1,5 670 mm.
O tanque terá conservador de óleo e as dimensões indicadas na fig. 266.
= =
Superfície de irradiação: S, 2 (0,76 + 0,30) 0,67 U2 mt.
Perdas totais:
w,.+ w.. = 218 + 566 == '
' 1
=784 watts. ! '
A elevação da temperatura da
superffcie do tanque, conforme pa· 1 1
rágrafo 88 é: 1 i?i
1 •'
w, 784 . •I
.6., = - - - - - - - 46°C 1 1
S,, . K 1,42 . 12
Sendo a diferença de tempera, i! o-------~--- -1--~----- -+----~-
b--~--~--~- ~~------t-~--~-
tura entre o óleo e a chapa do c--~-~-- --- -~--~~----+-----~-
!>
SECUND,RIO
tanque de aproximadamente 5oC.
a elevação de temperatura do
óleo é:
=
.i.t. =
46 + 5 51oC.
A oeslocomenlo onciulor: 0°
8.T. A.T.
7 7
120 '
240V
6930 2-6
e 910 11
F;g. 268
2290; 2210; 2180 volt.s Os tr~nsformadores de distribuição podem ser executados com núcleo
781 O; 7620; 7480 volt.s
envolvido, conforme fig. 269; com núcleo envolvente, conforme fig. 270
e com núcleo espiral, conforme figs. 271 e 272.
6900; 6600; 6300; 6000 volt.s
Na fig. 272 o enrolamento B.T. é dividido em duas partes, entre a.,
7980; 7630; 7280; 6930 volt.s quais está colocado o enrolamento A.T. Esta dispo,i~o tem a vantagem
li 950; 11 400; 10 900; 10 400 volts de apresentar considerável redução da reatância de dispersão, conforme
13 355; 12 700; 12 065 volts. foi visto no parágrafo 20.
O núcleo espiral constitui o circuito magnético ideal, pois dc,cnvol-
A tensão do circuito B.T. geralmente é 120/ 240 V. ve-sc no sentido das linhas de força do campo magnético, e utiliza
lâminas de ferro-sillcio com estrutura cristalina orientada, o que repre-
A fig. 268 mostra como efetuar as ligações dos bornes do circuito A.T. senta uma considerável redução das perdas no ferro. Neste tipo de Jã.
e do circuito B.T. a fim de obter-se a utilização do transformador com
as diferentes tensões. minas a perda específica possui o valor: w,.. =
,o 0,81 W /kg, para a
frequencia de 60 Hz.
1
1
TRANSFORMADORES 267
ALFONSO MARTICNONI
t
Para o proporcionamento <la altura "b" da bobina, usam,se os valores
• O_ tiJ><:> de _núcleo ~m espiral elimina_a presença dos entreferros, que
jao 1nev1táve1s nos nucleos convenc1ona1s, red11z1ntlo o valor da corrente de "A•" indicados na tabela da !ig. 274 . .E.stes valores correspon~lem aos
de excitação e por conseguinte melhorando o fator de potêrtcia dos cir- transformadores com circuito B.1.~. dividido em duas partes, entre as
cuitos de alimentação. quais está colocado o enrolamento A.T. conforme fig. 272.
Os transformadores de distribuição utilizam fios esmal tados tipo "For- Para transfor madores do tipo indicado nas figs. 270 e 271, os valores
mex", o q11e representa considerável \'antagem de isolamento, pois uma de A• indicados na tabela da fig. 274 devem ser divididos por 1,4.
camada de resina "Form,•ar" produz melhor isolamento que algumas Para transformadores do tipo indicado na fig. 269, os valores de A•
camadas de papel ou de algodão. Além disso, as bobinas executadas da fig. 274 devem ser divididos por 1,65.
com fio "Formex'' são rnccanicamente mais compactas do que as executa· Para o cálculo da seção do núcleo é v:Uida a fórmula indicada no
das com fio isolado com algodão.
parágrafo 80, sendo os valores de "C" fornecidos pela tabela da fig. 275.
O \'alor dá indução máxima no núcleo espira l pode ser escolhido
entre B" = 14 100 gauss para os transformadores de 75 e 100 kVA e
B,. = 14 500 gauss para os transfonnadores de 10 a 50 kVA.
Quanto à de~sidade de corrente no circu ito A.T. é preciso salientar VALORES DE ..C. PARA TRANSt'ORMADORES MONOFAS1COS EM OLEO
que esta é m!n1ma (dm) se o transformador é alimentado nos bomes COM N OCLEO ESPIRAL
corr~spondentes à ma ior tensão e máxima (d,.) quando o transformador
é ahmentado nos bornes corresponden tes à menor tensão. Os valores da 100
Potlnc.ia kVA 10 15 25 57,5 50 75
d_ensidade de corrente no cir~i~o A.T. e no B.T., em função da potên-
cia do transformador, estão 1nd1cados na tabela da fig. 27'.
Valores de "C" 66 67 68 69 70 70 70
VALORES üA DENSIDADE DE CORRENTE PARA TRANSFORMADORES
DE DIST RIBUIÇAO MONOFASICOS EM OLEO Fig. 275
POTtNCIA EM kVA
r
d %) PROJETO DE TRANSFORMADOR DE DISTRIBUIÇÃO,
A/mm2 MONOFASICO, COM NúCLEO ESPIRAL E ENROLAMEN-
10 IS 25 !7,S 60 75 100
1 1 TO TUBULAR DUPLO
1 1 1
Circuito A.T.; dm 2,H 2,45 2,47 2,41 2,40 2,50 2,20 Potência: 10 kVA; freqüência: 60 Hz; alta tensão: V1 = 6950; 7280;
1 1 7630; 7980 volts; baixa tensão: V, e= 120/210 volts; classe de tensão:
Circuito A.T .; dw 2,82 2,82 2,78 2,78 2,75 2,50 2,40 15 kV.
1 1 1 O circuito B.T. é constituído por duas bobinas que podem ser ligadas
série ou em paralelo. Para o cálculo, considera-se a ligação em série,
<!lll
Circuilo B.T. 2,52 1 2,50 1 2,49 1 2,48 1 2,47 1 2,45 1 2,40 =
sendo o valor da tensão B.T.: V2 240 volts.
O circuito A.T. deve ser calculado tomando por base sua tensão máxi•
Fig. 27' ma, isto é: V1 = 7980 volts. Correspondentemente, o \'alor da densidade
de corrente, conforme a tabela da fig. 273, deverá ser considerado como
VALORES DE .. A," PARA TRANSFORMADORES MONOFÃSICOS EM OLEO sendo: d.,= 2,45 A/ mm•.
COM NOCLEO ESPIRAL E ENROLÃMENTO TUBULAR DUPLO '
Com o valor da densidade de corrente escolhido, a perda espedfica
Pottncia lVA 10 15 25 57,5 50 75 100
= =
no cobre é: w,. = 2,43 -d2., 2,45 ·2,43 2 14,4 W / kg.
Para a construção do núcleo emprega-se a lâmina de ferro-sillcio
1
com estrutura cristalina orientada, que para a freqü~ncia de 60 H,
Valores de Ab 520 420 520
Fig. 274
580 62Q
l 620 620 e a indução máxima B" = 10 000 gauss, apresenta a perda esped!ica
wF, ·10 = 0,8 J W/ kg.
268 ALFONSO MARTIGNONI TRANSFORMADORES 269
1 2 ~ 4 5 6 7
As dimensões do núcleo estão
ind icadas na fig. 277.
cm
UGAÇOES A:r.
Valor máximo do fluxo:
AT l,,1111tlt...19t!QAIA91 l,Jeoootootot1att0Pt J l,.JNHA EM 1e 7
BT l""'"""""""'H. . . . . . . . . . 1 .
VOLTS
7980
-···-·-·
7630
CONECTAR
-------
4- 5
3 - 5
3 -6
4-,.. =s,.,. n,. = H,5. 14 500 =
=1 065 750 maxwell.
Distribuição da tensão entre os
8 9 10 11 7280
6930 2-6 oornes do circu ito A.T.
~ 9
42 t•R
li
f ig. 276
Distribuição das espiras entre os Fig. 278
bornes do circuito A.T.
Tendo a inclução máxima no núcleo o valor B,, = 14 500 gauss, a Número total das espiras:
perda específica no [erro é:
V. 10• 7980. )()8
10000 2800
Da tabela da fig. 210 obtêm-se: Perdas no ferro w,, = 70 waus; per·
Espiras por volt =- - = 0,351
=
das no cobre W", 225 watts; perdas totais 295 watts. O fator "C" ,= 7980
obtido pela tabela da fig. 275 é C = 66. A seção do núcleo é calculada =
Bornes 1-2; N 1.2 0,351. 3290 = 1155 espius
conforme parágrafo 80.
=
Bornes 6-7; N 6. 7 0,351 . 3640 = 1278 espiras
Borncs intermediários N' = 0,351 . 350 = 123 espira.
w,. 14,4
=
Espiras do circuito B.T.; N 2 = 0,351 · 240 84 espiras (42 espiras em
w2 - -100 J0--10"
cada bobina)
'"'t~ 1,7
10000
s,, = e - - -- - =66 - -- -- -'= 73,5 cm2
Corrente no circuito A.T.; 11 = -·-- = 1,25 Ampl!re,
w,. 225
7980
f -- d. B" 60 - - 2,13 · M 500
Wi-·e 70 Da tabela da fig. 273 obtérn-se o ,·alor da densidade de corrente
no circuito A.T. relativa à alimentação com tensão máxima, isto é,
Para o tipo de chapa utilizada, considera-se o coeficiente de enchi·
mento 0,87, resultando que a s~perlicie geométrica do núcleo possui =
dm 2,13 A/ mm•.
73,5 11 1,25
o valor S're = - - 85 cmt. = Seção do conduio1· A.T.; S1 =- - =- -
= 0,515 mm•
0,87 . d,., 2.43
270 ALFONSO MARTICNONI TllANSFOllMADOllES 271
Usa.se o condutor n.0 20 (AWG) cuja seção é 0.515 mm2 , e diâmetro b) Enrolcmenlo Â.T.
0,81 mm. O diâmetro do condutor i>alado é 0,81 + 0,15 = 0,96 mm.
Quando o transformador for alimentado nos bornes correspondentes O enrolamento A.T. possui o total de 2800 espiras distribufdas em
10000 8 bobinas da seguinte forma: r "''º"'°""'
a 6930 volu, a corrente absorvida será 11 =-- · - = - 1,45A, sendo a
6930 =
6 bobinas com 570 espiras 2220 espiras ... },2 ....
1,45
densidade de corrente d" = - - - 2,82 A/ mm•.
0,515
2 bobinas com 290 espiras = 580 espiras
..
N
o,
lll-==+,~ct}•2....
E.ste valor coincide com o indicado pela tabela d a fig. 273. Total =2800 espiras.
Com o transformador alimentado pela tensão máxima (7980 volts),
o número de Ampere·cspiras que atuam sobre o núcleo é 2N 1 11 = As duas bobinas com 290 espiras possuem .;: 1
= =
2 . 2800 · 1,25 -7000. isolamento reforçado e estão colocadas nas ca·
beças do enrolamento.
1
Da tabela da fig. 274 obtém·se o valor de A•= 320; pelo que a altura
da bobina resulta: As seis bobinas internas são enroladas em 17,5mm.
2800)'
R', = r 1 + r, . m• = 66 + 0.062
( M = 66 + 69= 1~5 ohms.
Fig. 282 Fig. 28~
ALFONS0 MARTIGNONI TRANSFOllMADOlll3 175
274
Reatância de dispersão, re fer1.d· a ao circuito A.T., conforme pará- O transformador é montado num tanque cilfndrico sem reservador
grafo 20: de óleo, cujas dimensões estão indicadas na fig. 245. No tanque em
ª• + ª•
questão, conforme foi calculado, o óleo sofre
a elevação de tempera-
tura de 46°C.
d+-- - ) · 10·•
( 6
97) TRANSFORMADORES MONOFÃSICOS DE DISTRIBUIÇAO
f = freqüência (60 Hz) 0,562 + 0,562
E.M ôLEO COM NOCLEO CONVENCIONAL E LAMINAS DE
FERRO-SIUCIO COMUM
1,. = comprimento médio das espiras =
2 2 A diferença básica entre o transformador com núcleo em espiral e o
= 0,562 m = 56,2 cm. com núcleo convenciona] consiste no fato de serem, nl!Ste último. as
perdas no ferro consideravelmente maiores que no primeiro.
=
N, Número das espiras da bobina A.T. 2800 = O elevado valor das perdas no ferro, nos transformadores com nódeo
b = Altura axial da bobina =
22 cm. convencional é devido ao fato de os mesmos usarem làmina de ferro-
silício comum.
d= distància entre as bobinas B.T: e A.T. = 1 cm.
a,= espessura da bobina A.T. = l,75 crn. Pelas razões expostas, ao se calcular um transformador monofásico
ª•=espessura da bobina B.T. 0,45 cm. = com núcleo convencional e lâminas de ferro-silfcio comum, é preciso
manter os valores de B 11 próximos de 12 500 gauss e aumenw o,i valores
=
K fator de correção sendo: das perdas no ferro, indicadas nas tabelas das íigs. 210, 211, 212 e 215,
conforme se verá a seguir.
2d +a,+ª• 2 + 1,75 + 0,45
K =1 2 .... b
=l - - - - - = - 0,97
2.,,.22 a) Transformadores com núcleo envolvente e enrolamento tubular
duplo
60 . 56,2 . 2800t 1,75 + 0,45
Podem ser usadas as mesmas fórmulas e os mesmos valores dos
x·. = 3,95 - -- - - - . 0,97 ) . 10·8 =
coeficientes utilizados para os transformadores de núcleo e,piral.
22 6
corrigindo entretanto o valor das perdas do ferro, o que é feito
= 47,5. 0,97. 1,37 =63 ohms. , multiplicando por 1,2 os valores fornecidos pelas tabelas du
figs. 210, 211, 212 e 213. Os valores de C são fornecidos pela
z·. = i/ (R'.)' +(X',)'= i/ 135• + 63• =- 148 ohms. tabela da fig. 275.
l
1
ALFONSO MARl'IGNvNI TRANSFORMADOR.ES 277
276
98) PROJETO DE TRANSFORMADOR MONOFASICO EM óLEO 80mm As dimensões do núcleo estão
COM NúCLEO ENVOLVENTE OE LAMINAS COMUNS E indicadas na fig. 285.
ENROLAMENTO TU.BULAR DUPLO Valor máximo do fluxo:
O transformador que será calculado neste exercício de aplicação é ~" = Sr, · B,. = 85 · 12 500
= 1062500
=
idêntico ao do exercício anterior, mudando unicamente o núcleo espiral
pelo núcleo convencional. A finalidade deste exercício é a comparação Distribuição da tensão entre os
dos resultados com os obtidos no transformador com núcleo espiral. O bornes do circuito A.T.:
O cálculo do cransformador será reafüado com base no valor máximo ~
da tensão do circuito A.T., isto é, V, = 7980 volts. O valor correspon· Bornes 1-2; V1 •2 = 3290 wlts
dente da densidade de corrente, conforme a tabela da fig. 27' é: Bornes 2-S; v,.,
= 350 volts
Bornes 3-4; V3 ., = 350 volts
llornes 5-6; V, .• = 350 volts
llornes 6-7; v•. , = 3640 volts
= =
Perdas especificas no cobre w,. 2,4S · d 2 2,43 · 2,4S2 = 14,4 W /kg.
Para a construção do núcleo emprega-se chapa Armco, bitola n. 29,
0 Fig. 285 Total = 7980 volts.
isto é, com espessura de 0,356 mm, tipo M 14, que conforme a tabela
Número total das espiras:
=
da fig. 24, apresenta, para f = 60 H i e B,.. 10 000 gauss, a perda espe· 2 3 4 5 6 1
=
dfica w,,.10 = 1,14 W/ kg. Para o valor B" 12 500 gauss, a perda espe- 11, ~ espiro, 123 123
•"l•S9. ''º·12.:s
1278 tSOif OS V. )()8
dfica no (erro é: N, = ·- - - --=
'º
1
Fig. 286
[ººººººººººººººººº
9
42 esp,i,oi l
li a
4.44 . f. <j,,i
7980. 10•
14,
Bornes6-7·N
. , a,, -0•·1•
- ,.:t!> . ., 640
· .
l 278 espiras. =
w.. Bornes
Es · mtermediários N' - o
- , 351 · 350 _
- 12 • .
., espiras.
w, - - · 10" 10 - - . IOS
1,78 piras no circuito B.T.; N, = 0,351 . 240 84 (42 espiras por bobina). =
Wr,
- -- - -=66 =85 crnt
s,, =C 225 10000
w('... Corrente no circuito A.T.; J1 = = J,25 A.
(.--.d. B,. 60 - - · 2,43 · 12 500
84 7980
w ••
Coeficiente de enchimento das lâminas usadas =0,87; superfície geo- cir~;it~~I~ da \ig._ 273 ob.tém-se o valor da densidade de corrente no
. ., re auva à alimentação com tensão máxima, isto é, d
métrica do núcleo: = 2,43 A/ mm•. · · ,. =
85 I, 1,25
s·•• =-=-- = -97 cm•. Seção do condutor do circuito A.T.; S,= - = --=0,515 mm•.
0,87 d,,, 2,43
19 Tronsformodor~s
1
ALFONSO MARTICNONI TRANSFORMADORES 279
278
Usa-se o condutor n.º 20 (AWG) cuja seção t S2 = 0,515 mm• e dil- A densidade de corrente no circuito B.T., confor-
metro 0,81 mm. me a 1abela da fig. 273 é: d= 2,52 A/mm'. Seção
O diâmetro do condu1or uolado é 0,81 + 0,15 = 0,96 mm. do conduior do circuito B.T.: S2 "' 12/ d = 4 l.7 / 2,52 =
Quando o circuito A.T . for alimentado pelos bomes correspondentes = 16,5 mm' .
à 1ensão de 6930 volts, a corrente ab$orvida será Esta seção é obtida pelo agrupamen10 em paralelo
10000 de dois condutores de ( 1,8 x 4,6). Cada bobina de
- 1,45 A, 42 condutores é executada numa única camada~ con-
l'i = - -- forme íig. 289.
6950
1,45 O isolamento do condutor tem a espessura de
sendo a densidade de corrente d,. = - - - 2,82 A/mm•. 0.2 mm e a (olga entre os condutores deve ser con-
0,515 siderada de O, I mm.
Este valor coincide com o indicado na tabela da fig. 27!. Tendo cada camada 42 condutores, a altura da
Com o transforrnador alimeniado pela tcmão máxima (7980 V), o bobina é:
número de Ampêre,espiras que atuam sobre o núcleo é:
H• =(42+1) (4,6+0,4+0,I) = 219,S mm = - 22 cm.
2 N 111 = 2. 2800. 1,25 = 7000.
1,8 Espessura da bobina
Da tabela da fig. 274 obtém-se o valor de A•= 320, pelo que a altura
da bobina resulta: fig. W,l 2 (1,8 + 0,4) + 0,1 = 4,5 mm.
2 N 1 11 7000 • b) Enrolamento A.T.
b = - - = - - =-22 cm.
320 O enrolamento A.T. possui o !Otal de 2800 espiras distribuídas em
8 bobinas da seguinte forma: ·
Dist!ncia entre as travessas e as •
cabeças das bobinas, conforme pa- =
6 bobinas com S70 e•piras 2220 espiras
rágrafo 76: 11 = 1,3.l<V = 1,5. 15= . -~ • 2 bobinas com 290 espiras = 580 espiras
=19,5mm=-20mm.
Altura da janela conforme fig. .1- L -•+--+ - ---' Total = 2800 espiras .
288: H = b+2 .11 =22+4 = Fig. 2â7 . As duas bobinas com 290 espiras possuem
= 26 cm. ' isolamento reforçado e estão colocadas nas
i ,--- cabeças do enrolamento.
a) Enrolamento B.T. 1 As seis bobinas internas são enroladas
1
em duas seções conforme fig. 290.
O número das espiras do enrola-
mento B.T., anteriorrnente calcula- 1
Cada bobina possui S70/ 24 =- 16 ca- Fig. 290
madas.
do é N2 = 84. Sendo eSle enrola-
mento conS1ituldo por duas bobi-
l O diámetro do condutor isolado é 0,96 mm.
1
nas, cada bobina possui 42 espiras. O isolamento entre as camadas tem espessura de O, I mm e o isola-
N
- '--' 1
L-
mento externo tem a espessura de 0,3 mm.
Com as duas bobinas agrupadas.
em série a corrente nas mesmas ' Altura da bobina h1 = 24 . 0,96 + 0,4 + 2 . 0,3 = - 24 mm.
será: Fig. 288 Largura <la bobin:i., 11 = 16 · 0,96 + 0,1·· 15 + 2 · O,S = 17,46 mm.
w. 10000 As dua! bobinas, colocadas nas cabeças dos enrolamentos, com 290
I, = - - = 41,7 Ampêres espiras e isolamento rdorçado, devem possuir as mesmas dimensões das
V, 10 000 bobinas internas.
l
AU'ONSO MARTICNONl
TRANSFORMADORIS 2111
As oito bobina, são colocadas uma sobre a outra, ficando entre elas
Comprimento da espira média
a distãncia axial = (220 -8. 24)/7 = 4 mm. da bobina B.T. interna:
291.
1·... = 2 · 80 + 2 · 120 + 2 r -1-
O enrolamento B.T. é colocado
(7 + 4.5 + 10 + 17,5 + 10 + 2,25] = ~~ i
sobre um carretel de material iso-
lante com a espessura de 2 mm. = 722 mm= 0,722 m
A distância entre a bobina A.T .
e a B.T .. conforme parágrafo 76 é: CompriJoento da espira média
do circuito B.T.
18 = 0,6 .1<.V = 0,6.15 = 9 mm= - 0,458 + 0,722
= - 10 mm. 1•., = =0,59 m
2 Fig. 295
Entre as bobinas A.T. e B.T.
está interposto um carretel isolan- 34 Comprimento da espira média do circuito A.T.
te cuja espessura, conforme pará-
grafo 76 é: fig. 291
1..1 = 2 . 80 + 2. 120 + 2,. ( 7 + 4,5 + 10 + 8,75 ] = 590 mm= 0,59 m.
kV (Ensaio) 54
=- = 3,4 mm. Peso do cobre do enrolamento A.T.:
10 10
P...1 =8,9 · 1.., 1 • N 1 ·S1 • J0·•=8,9 · 0,59 · 2800 · 0,515 · 10·•= 7,58kg.
A largura da janela executa-se com 61 mm.
Peso do cobre do enrolamento B.T.:
d) Cdlculo do peso do nticleo e das perdas no ferro
P,., = 8,9 · 1,,., · N, · S, · 10-• = 8,9 · 0,59 · 84 · 16,5 · JO-• = 7,25 kg.
O núcleo possui as dimensões indicadas na fig. 292. Seu peso é calcula-
do conforme a fórmula indicada na fig. 255. Cálculo da resistência ôbmica das bobinas a 75oC:
,.
.'
'" 1
P,.=7,8·Sr4 ·2 [H + b.+ B] 10·• = .Bobina A.T.; r 1
P .1,,., . N, 0,0216. 0,59. 2800
=69 ohms .
-• ~ i
- = 7,8. 85 . 2 [ 26 + 8 + 6, 1 ] JO-• = 55 1<.g.
s, 0,515
1
p.J ...2.N2 0,0216. 0,59. 84
J Perdas no ferro P,, = 1,78 · 53 = 94,5 watts. Bobina B.T.; r2 = - - - - = - - -- - - = 0,065 oht,ru.
•
~
::. 1 16,5
• u • e) Cálculo do puo do cobre, das p,,rdas e
Perdas no cobre:
1 do rendimento
J_ -• . 1 Lo.-
=(r 1, 2
+ r2 12") = (69 · 1,25 2 + 0,065 · 41,72) = 108 + 1U = 221 watts.
. A fig. 295 possui os dados nec<essários ao W,. 1
Fig. 292 cálculo dos pesos do cobre. As perdas no ferro já foram calculadas, sendo: W,, =94,5 watts.
j
TRANSFORMADORES
282 ALFONSO MARTIGNONI
T ensão de curto-cil'Cuito ou de impedância:
Perdas totais =W,. + w,. =221 + 94,5 =515,5 w.
Rendimênto: v.. = z·•. 1, = 156. l,25 = 195 volu
w. 10000 195. 100
p - = =0,97 % v .. = = 2,45
w 2 +w.,+w.. 10000+515,5 7980
Tens&> tk curto-circuito ou tens&> tk imped,lncia Valor próximo do indicado na tabela da fig. 210.
x·. =5,95
60. 59. 280()2
22
o,97
( . 1,75 +0,45 )
t +
6
..
i
S..=CV/ w. -~· JC)I 66
10--.105
l ,78
~--- -- - -=94 cmt
= 50. 0,97. 1,57 = 66,4 ohms w,.
f. - - .d . B,. 60
225
· 2,0 · 12 500
I' 1
z•, = y(R',)2 + (X',)2 = yl41,S2 + 66,42 = 156 ohms Wr, 105
l
284 ALFONSO MARTICNONI TRANS}'ORMADORES
10000
2.)456
112 112
7
11 =- - -= 1,45 A.
K>54 es,,..-os ••A. ffQ 6980
......
1,45
IO 9
~9 t-s::11ros
li
Sendo a densidade da corrente d,. = - - = 2,82 A /mm•.
0,515
.-- 1
! - w.
12 = - - =
10000
41,7 Amperes.
1 v, 240
1
A densidade de corrente no circuilo B.T. conforme a tabela da fig.
1
=
273 é : d 2,52 A/mm•.
E
Seção do condutor B.T.: s, = 1,/ d =41 ,7/ 2,52:: 16,5 mm'.
..
(:
o .,N 1
~ 8 ~ r" c amados
... ii
l ~
Fig. 296
1
'--
.....
!o
>16 E19iro1
1
Esta seção é obtida pelo agrupamento cm paralelo de dois condutores
1 de (1,5 X 6,5) mm.
1 Cada bobina de 39 espiras é executada com uma camada. O isola·
L,__J L.__ ;., mento entre as bobinas é feito com papel isolante de I mm de espes-
! sura conforme fig. 298.
1
1
O isolamento do condutor tem a espessura de 0,2 mm e a folga entre
Fig. 297 os condutores é de O, l mm.
TRANSFORMADOIU!S
288 ALFONSO MARTICNONI
A disdncia entre as bobinas
Tendo cada camada 39 condutores a altura da bobina é: B.T. e A.T., conforme parágrafo ~ - - - --"'="--- -- - --l
76 é: 197
b = (39 + 1). (6,5 + 0,4 + 0,1) = 280 mm= 28 cm.
la= 0,6, kV = 0,6·15 = 9mm =-
Espessura da bobina: =-10 mm.
4 (1,3 + 0,4 + 0,1) + J = 8,2 mm. Entre a bobina A.T. e a B.T. está
interposto um carretel de material
isolante cuja espessura, conforme
b) Enrolamento de alta tensão parágrafo 76 é:
O enrolamento de alta tensão possui o total de 2550 espiras distri- kV (Eruaio) 34
buídas em 8 bobinas da seguinte forma: t2 = - = 3,4 mm.
10 10
6 bobinas com 310 espiras = 2040 espiras
2 bobinas com 255 espiras= 510 espiras A distância entre as bobinas
A.T. e a parede da Janela deve ser
igual à que separa as cabeças das
Total= 2550 espiras. bobinas das travessas.
As duas bobinas com 255 espiras possuem isolamento reforçado e
estão colocadas nas cabeças do enrolamento. d) Cálculo do peso do núcleo e
das perdas no fe1ro
As seis bobinas internas são enroladas em duas seções conforme fig. 299.
O núcleo possui as dimensões
. 340 indicadas na fig. 301 e seu peso é
Cada bobina possui - - =11 camadas. calculado conforme está indicado Fig. !IOO
ll2 na fig. 233.
27.4
1 cm
O diâmetro do condutor isolado é de 0,96 mm. Pr.=7,8 ·S,. · 2[ H+b. +B]
1
1
O isolamento entre as camadas tem a espessura de 0,1 mm e o isola- I
e) Disposição dos elementos na janela e) Cálculo do peso do cobre, das '--'- ....__
perdas e do rendimento 1
A dÍ.Sp0$ição dos elementos na janela está representada na fig. 300.
Comprimento da espira média ·'-
• i
A largura da janela é de 57 mm. do enrolamento B.T., conforme 1
O enrolamento B.T. é colocado sobre um carretel de material iso- fig. 302 é: Fig. 301
lante com a espessura de 2 mm.
ALFONSO MARTlGNONl TRANSFORMADORES 291
i.., = 2.80 + 2.155 + 2 .. (7 + Reatincia de dispenão, referida ao circuito A .T., conforme puá-
+ 4,1) = 500 mm = 0,5 m. 1 Jl grafo 20:
:
'. O j
Comprimento da espira média
' ' f.J... N ,t ( a, +a, )
do enrolamento A.T.: '
i X',= 7,9 - - b-- . K d+ J . Jo-t
i.., = 2·80 + 2· 155 + 2 .. (7 + 8,2 +
+ 10 + 6,08) = 626 mm = 0,626 m. i
i 13
Peso do cobre do enrolamento
B.T .: ·-" ~--t t
00 1
.~ ..._
f = f1eqü~ncia (60 Hz).
I.. = comprimento médio da, espiras =
P,., =
8,9 . J..2 .N2 .S2 • JO-S =
t.., + i... 62,6 + 50
= 8,9.0,5. 78.16,5.10-' = 5,7 kg.
- - - - = 56,5 cm.
1 2 2
Peso do cobre do enrolamento
,
A.T .:
'' '
1 =
N, nómero das espiru da bobina A.T . = 2550
P..1 = 8,9 . l,.,.N1 .S1 • JO-S =
= 8,9.0,626.2550.0,5)5.JO-S = b = altura axial da bobina =
28 cm
= 7,5 kg. Fig. 502 d= distincia entre u bobinas B.T. e A.T. = J an
Cálculo da resistência ôhmica du bobinas a 75oC: =
a,= espessura da bobina A.T . 1,216 cm
0,0216 . 0,5 . 78
a, = espessura da bobina B.T. 0,82 cm=
P. I~• · N,. =
Bobina B.T.; r, =0,051 ohm,. K fator de correção, sendo:
16,5
ª• ª•
2d + + 2 + 1,216 + 0,82
Bobina A .T.; r 1
p .1..1 • N1 0,0216. 0,626. 2550
------- =67 ohm,.
K= 1 - ---= I
2 .... b
- -- - -=-o.97
2 . ... 28
s, 0,515
Perdas no cobre: 60. 56,5 . 2550• ( 1,216 + 0,82)
x·. =7,9 - -- -- - . o,97 1+ - - - - 10·• =
=(67. 1,251 + 0,051 . 41,72) = 105 + 89 = 194 watu.
W,. = (r111• + r 2122) 28 5
= 62.5 .o,97. J,678 = 102 ohms.
Perdas totais= W,, + w.. = 119 + 194 =515 watu.
Rendimento: Valor da terulo de Curt<><:ircuito ou de impedincia:
w, 10000
= y ( R'JI + (X',)I = y 121,52 + 1021 = 158,5 ohms.
I' =-------
W, + (W,. + W..)
=-----
10000+515
0,97 l',
1
ALFONSO MARTICNONI
TRANSFORMADOR L~ 293
100 PROJETO DE TRANSFORMADOR MONOFASICO EM As dimensões do núcleo estão
óLEO, COM NúCLEO ENVOLVIDO DE LÂMINAS COMUNS indicadas na fig. 303.
E ENROLAMENTO TUBULAR SIMPLES DISTRIBUtDO
Valor máximo do fluxo:
NAS DUAS COLUNAS
Neste exercício de aplicação será projetado um transformador com h =S,.. · Bw =70 · 12 500 =
os mesmos dados característicos dos projetados nos parágrafos 96, 98 =875 · 10• maxwell
e 99 a fim de comparar os resultados com os obtidos com os outros
três tipos de construção. Distribuição da tensão entre os
bornes do circuito A.T.: Fig. 505
O transformador será calculado tomando em consideração o valor
máximo da tensão do circuito A.T., isto é, V1 = 7980 volts. O valor 5 6 1
Bomes 1-2; V1 •2 = 3290 volts
correspondente da densidade de corrente, conforme a tabela da fig. 273 é:
d= 2,43 A/mm2. Bomes 2-3; V2 .s = 350 volts ~ e65•-· 1
Bomes 3-4; V,.,= 350 volts ttOOtlQP:QRDQIO
Perdas específicas no cobre:
!r.::::,
-- -~--- l li':'::'i
Bomcs S-6; v... = 350 volts
w,. = 2,43 · d'=· 2,H · 2.H' = 11,1 W / kg. Bomes 6-7; v,.1 =3640 volts -- --T -- ,1,
Para a construção do núcleo emprega-se chapa Armco, bitola 29, n.0
isto é, com espessura de 0,356 mm, tipo M 14 que, conforme a tabela To tal = 7980 volts. Fig. 504
da fig. 24, apresenta, para f = 60 Hz e B,. = 10 000 gauss, a perda espe- Disu-ibuiçilo das espiras mtre os bomes do circuito A.T.:
cífica w,. 10 = 1,14 w/ kg. Com o valor B,. = 12 500 gauss, a perda espe-
cifica no ferro é: Número das espiras:
w,, = w,••• ( - -
B.,
10 000
)2 = 1,14
( 12500)
--
_10 000
t
-= 1,78 W / kg.
V. IOI
N, = - - - -
7980 . 1()1
=- 5430 espiras
4,44. 1.~.. 4,44.60 . 875. IOI
A perda no cobre, fornecida pela tabela da fig. 210 é w.. 225 watts. = 3430
A perda no ferro obtém-se, conforme parágrafo 96, corrigindo o valor Espiras por volt =- - = 0,43
fornecido pela tabela da fig. 210, isto é, Wr. = 70. 1,2 = 84 watts. O 7980
=
valor "C", conforme parágrafo 96 é' C 55. A seção do núcleo é calcula-
da conforme parágrafo 80. =
Bomes 1-2; N 1 .1 0,43 . 3290 = 1415 espiras.
Bomes 6-7; Ne-r = 0,45. 5640 = 1565 espiras.
/ w,. 14,4 Bomes intermediários N', = 0,43. 350 150 espiras. =
w,--10>
w,,
JO-- JOS
1,78
Espiras no circuito B.T.; N 2 = 0,43 . 240 104 espiras. =
V
Corrente no circuito A.T. para a tensão máxima
s,.=C =55 =-1ocm 2
w.. 225 10000
f - - d .B,. 60--2,13 · 12500 11 = = 1,25 A.
w,. 81 7980
Sendo o coeficiente de enchimento das lâminas usadas 0,87, a Da tabela da fig. 27' obtffll-se o valor da densicbde de cor-
seção geométrica do núcleo é: rente no circuito A;T ., relativa à alimentação com tensão m:ixima,
isto é, d.= 2,43 A/mm•.
70
s·,. = - - = 80,5 cm•. 1, 1,25
0,87 Seção do condutor do circuito A.T.; S1 = - - = - - = 0,515 mmt.
d,. 2,45
20 Tf'Ol"llfol tt.c.doc w
AllONSO MAJlTICNONI
TJlANSFOlllADOJlES
Usa-se o condutor n.0 20 (AWG) cuja seção é de 0,515 mm2 e diâmetro
0,81 mm. O diâmetro do condutor isolado é 0,81 + 0,15 = 0,96 mm. Considerando as bobinas agrupadas cm séries a corrente nas mesmas /:
Q:iando o circuito A.T. lur alimentado pelos bornes correspondentes
à tensão de 6930 volts, o valor da corrente absorvida será:
w, 10 000
12= - - = - , - , - 41,7 A.
10000 v, 240
11 - = 1,45 A.
6930 A densidade de corrente no circuito B.T., conforme a tabela da
fig. 273 é: d = 2,52 A/ mm•.
1,45 Seção do condutor B.T.:
Sendo a densidade de corrente d,. = 2,82 A/mm•.
0,515 S2 = 12 / d = 41,7 / 2,52 = 16,5 mm•. 1· 5,5 1
Este valor coincide com o indicado na tabela da fig. 273. Esta ~ o é obtida pelo agrupamento cm para- LJu
Com o transformador alimentado pela ten~o máxima (7980 volts),
o número de Ampere-espiras atuando em cada coluna é:
lelo de dois condutores de (2,3 X 3,6) mm.
Cada bobina é executada numa única camada
conforme fig. 307.
DD
N 1 .11 = 3430. 1,25 = 4287.
O isolamento do condutor tem a espessura de
0,2 mm e a folga entre os condutores deve ser con- DD
O valor de "A,,", conforme parágrafo 96 é obtido dividindo por 1,65
o valor indicado na tabela da fig. 274, isto é, A•= 320/1,65 = 195.
r Altura da bobina:
siderada de 0, I mm.
Tendo a bobina 52 espiras a altura da mesma é:
li:
o
~
o
1 .--e- 4287
b = - -=22 cm.
b = (52 + 1) (3,6 + 0,4 + 0,1) = 218 mm = 21,8 cm.
...,tO
~ 11
Espessura da bobina: 2,3
195
! :
i 2(2,3 + 0,4) + 0,1 = 5,5 mm.
i-L
,
,---
Distância entre as travessas e as Fig. 507
cabeças dos enrolamentos, confor-
me parágrafo 76: b) Enrolamento A.T.
-
• O enrolamento A.T. também é constituJdo por duas partes, cada uma
11 = 1,3.t.V = 1,3 . 15 = 19,5 mm= das quais é colocada numa das colunas. Cada parte do enrolamento
Fig. 505 = -20 mm. =
possui 3430/2 1715 espiras distribuldas em 4 bobinas na seguinte
forma:
+
!
- .---,
Altura da janela, conforme fig.
305:
H = b + 2. 11 = 22 +4 = 26cm.
2 bobinas com 460 espiras
2 bobinas com 398 espiras
= 920 espiras
= 796 espiras
•• Total= 1716 espiras .
a) Enrolamento B .T. As duas bobinas de 398 espiras possu~m isolamento reforçado e estão
N colocadas nas cabeças dos enrolamentos.
O enrolamento B.T. é constituf, As duas bobinas internas são enroladas em duas seções conforme
do por duas bobinas, colocadas fig. 308.
cada uma numa coluna do trans~
formador. Cada camada tem 52 espiras (26 em cada .eção).
Cada bobina possui 104/2 = 52 espiras. A separação das duas seções é feita com diafragma de prespann com
a espe»ura de 0,4 mm.
TltANSFOlt.MADOIU!.S
Largura da bobina:
3,4 3,4
c) Disposiçlo dos tlemtntos na janela
O enrolamento B.T. é colocado sobre um carretel de material iso-
lante com espessura de 2 mm.
A distància entre a bobina B.T. e a A.T., conforme parágrafo 76 é
11 = 0,6 Ir.V= 0,6 . 15 = 9 mm= - 10 mm. Seu peso é calculado por meio da fórmula indi-
li • e•.
Entre a bobina A.T. e a B.T. é interposto um carretel de material cada na fig. 255.
--
isolante cuja espessura, conforme parágrafo 76 é: · P,.= 7,8 · S,. · 2(H + B + 2b.) li>' =
= 7.8 · 70 · 2(26+8,5+2 . 7) J0-•= -55 lr.g.
Ir.V (ensaio) H
t1 = =--=3.4mm. Perdas no ferro:
10 10
W,. = w,.- P,. = 1,78-55 = 94 w.
1
8 •
A distància que separa as duas bobinas A.T. deve ser o dobro da
e) Cdlculo do peso do cobre, das perdas e do ren·
' •• '
existente entre a bobina A.T. e a B.T. da mesma coluna. A disposição
-
~
Perdaa no cobre:
x·.= 2. 7,9 o,97 ) 10-1 =
22 5
w.. = r,11• + r,1,• =78 · 1,25' + 0,059 · 41,72 =122 + 105 = 225 watto. = 61,7. 0,97 · 1,52 = 91 ohml
211. 100
Resiat!ncia equivalente do circuito A.T.: '1foV.,= - - - 2,65
7980
5450 ) 1
R·. = r, + r, · m• = 78 + 0,059 ( ~ = 78 + 64,5 = 142,5 olum Este valor é levemente superior ao indicado pela tabela da fig. 210.
Desejando que o transformador apreiente o valor da tensão de curto-
AUONSO MARTIC,NONI
p~ F
Agrupamfflto estrcla-n,trt:la com ou tem 8obina dupla para enrolamenlOI de alta
fio neu,.ro em Lnnsformaôorca trifúl· tendo - 21
COI - · 105 Bobinas altemadas ou de dito0, Enrola·
w.. w, Agrupamento estrela· trilngulo cm tranl"
w,. P,. mento com - 17
TIPO
- 1
w
- 1
J.t.
1
kg
1
kg % Vtt (ormadorcs monofâ$iroe - 108, 127
Agrupamento esc:rela-zigueuguc - 109
Agrupamento 1rilngulo-cstrtla com ou
,an fio neu1ro em tn.nlformadom tri·
Bobinas de choque - 91
Bobinas de reatincia, U.lcuto das - 9)
Bobina, de reatància, Exemplos de dlculo
das - 9S
Monofásico, 10 kVA, lisie<>< - 107. 127 Bobin.u cm pequeno, uansformadom
núcleo espiral com Jà. Agrupamcnw trilngulo-trilngulo - 108, monoHsico. - 74
minas de aistais orien- 7' 211 )!84 0,97 43 14,12 2,32 126 &ornes oorrespondC"ntcs cm transforma-
Agrupamentot de drruitot m~liCOI - 8 dores em paralelo, Dctcrminaç:lo pri-
tados, enrolamento tu· Agua refrigcnnte, Tempmatun m:tixim* lica doo - ISO. 131
bular duplo da - 185 Bornes de um transformador, Numera.fio
Ajusce ~ tendo de um transformador - doo - 122
M onofásico, 10 ltVA, 188 Boma cm transformadores em panteio~
1 Aplicaç6el do 1ransform.ador com rorrmte Esquema de ligaçlo d01 - 128
núcleo envolvente, com coostante - l .f4
làminas de Fe.Si 00- 94,5 221 315,5 0,97 53 14,83 2.H Aqueczimeoto da bobina cm transforma·
muns, enrolamento tu· dor resfriado a ar - m e
bular duplo Aquecimento do nócleo em tnndonnado-
Cikulo da eorrcntc a vazio - 52
ree reúrudo. a ar - 228 Ctlc:ulo da ruitnciJI de dbpenlo - S8
Ar a.mbiente, Tempentun mhlma do - C4ku1o de um autotransformador, Consi·
Monofásico, 10 kVA, 182 dera~ • dadoo pan - 149
núcleo envolvente, com Alcarct Tnn.aformadora cm Uquido - C'.apacidadc de intenupçlo da chave pro·
làminas de Fe-Si 00- 13,00 192 tetora - 157
119 194 67 2,48 APOCiação de tramform.clora cm pan, Caractcri1lica1 que devem ter ot líquidos
muns, enrolamento tu- leio - 128
bular simples
3I J i,olanccs - 19S
AudiofreqO!ncia. Tranolormadores d< C.arga reduzida, Transformador a - 8
• acoplamento de - 100 Chapas pan transformadores Acesit.a
Autotnnafonnador com •uiu en.t.n.da, - 28
Monofásico, 10 kVA, 167, 169 Chapas para 1raru.fonnadores Annco - 29
núcleo envolvido, com Autotn.nslormador dlvitor de tendo - Cha\'e de prot~o. Poder de ruptura d:a
lâminas de Fe.Si 00- H9 - IS6
muns, enrolamento tu- 94 225 319 0,97 53 15,J 2,65 Automnsformador. Pottnda trandorma, Circuito et:1ulvalente do transformador
da de um - 149 com (Orttnle constante - 145
bular simples nas duas Autotransformador trifásico - 122, 148 Circuito prim.irio equivalente - 49
colunas Autotnnsformadorcs mooofúico. - 145 Circuito 1ea1ndário equivalente - .f6
Autotransformadons monofui.<:ol. Excm- Claue de itolante - 182
pl~ de cUculo ck - 155 Cla11e de tens.lo de isola.menco, - 180
Fig. S12 '
ALFONSO MAllTIGNONI TRANSFORMADORES
'Temperatura 1n~si1na d o 3r ambiente T ransformador para cstaç5o - 179 1 ·ransformadort!S rcdu tOf"cs para reda de Tnn.sf.;.rm.adores irlf.uicos. Polaridade
182 11·rani:formador para exterior - J 79 d istribuição - 106, 109 dos - 125
T en~ o c.le curto-circuito - 51, 18~ Transfonnador para interior - 179 T ransformadores. R endimento dm - 22.
lêruão d e i.solamcn10, Classes d e - 180 Transfotn,ador para pbtafo n na - 179 69 u
Ten~o do 1r.1rnformador, Dispositivo de í ran.sfonu ador p:i ra J><>Ste - 179 Transforrnadorn rufl'iaclot a ó lro - 192,
aju$lC da - 188, 190 T nnsformador s«o - 2,. 179 197, 205 0 .,. do transformador de ooncnte cons•
T ensão industrial. t-~ôrmulas pr.hie~s p::na Transfom1ad or subtenáneo - 179 Tian sfonnaclores, Red'ria.mcnto dos - 22 tante - 1-44
a - 6! Tra.nsfon nador tf'i Cásico d e pe<]ue.na po· Transforrnador trifjsico, Prindpio de
Ten~ão i ndulll ri:il, Queda de - GO, 63, 217 t~ncia, Cálculo cio n ún1c:r1> d e esp iras oonnru~ao d o _,. 8 V
'Tt."n sio m.:ixin1a nos bornes do transfor- de tini - 112 Traniforrnadorcs trifásicos, Correnta: a
mador com corrente constante - 14S Traruíormador td f:isü.o d e pequena po. v:uio nos - 55 Valor do fluxo n o núclm - f
Tensão primária - 2 · t~cia, Peso de ferr o d o - 113 Transformadortt tr if.\sicos de ~ucna Valor i:ficaz da f.e.m. - 4
Tensão sccund:iria - 2 Tra1uíor,nador trifásico de pequena JX>• potfficia com retrigeraçlo n.a1uraJ, C.on, Variaçlo da carga do tnns.formador - 7
Tensões de linha normaliiad/ls - 181 tblcia. Peso d o cobre d o - J 13 aider.i~ p,1ra o projeto - 111 Ventilação forçada, Aumento d a pot!nda
Jcns&s: primárias e s.ccundá1ias, Relação Transformador es com refrigeração natu • ·rrarutor m,1dorCJ trifásicos de pequena po- n 0minal por m eio da - 197
de fase entre as - 12-' r al, Exemplo de cálculo dos - 114 tl:ncia. De1erminação das lilminas d m - Ve-ntilaç.ão forçada, Transformadores res-
i r2nsfonnação do transformador - 2, 46 'fransforn,adores de aropla,net\lo, Cálculo 112 . hi ados a ar con1 - 230
lransforrnaç.lo trihcxafob ica com t ittema dos - 99 ''rransformaclores trifásicos em curto-cn- Ventilação forçad a, Transformadorn r t"S·
fechado, Tr.i:ndorm.adorcs com - 1,9 Tran\fonnadoreii d e acoplamento de c-.uito - 56 friados a. ó le-o com - 235
T ransformador a ca_rga redu zida e a au<.li1Jfrcq Ot"nda. - 100 ·tr;.1nsforn1adores trifásicos e,n parale lo, Vcnc.ila.ção natural, 1·ransfonnadorca cm
p lena carga - 8 Tf'.U\:,((Jnna,lt•res de ac.op l:unento , Ex.cm· Condições para a ligação de - 1., 1 ó leo C()rn - 231
T rans{onnad i:r ll \.·a zh1 e con1 carg.l, Di<l· plo de cálculo de - 101 í ra.nsformadores trirásicos em rc::gtntc dc- Ventilação natural, í ran.sfonnadotts res,
gr-amas vctoria.4 do - 40 Transíortnad :>rcs de a(Opl.:im('1'lt0, frc· s«i,uilibrado - 10~ friados a ar com - 227
T rans(ormador, Cin:uito equiv:1len1e do q Uê.ncias indicadas para - 100 1 ·randorm.a dorcs trif;hícos, &<1uemas usa- Viabilidade de exccu~o de um tra.nifor -
- 46 T ransformadorc:s de aoopJa,uento. Núme- dos em - 129 • mador mono(ásico pequeno - 83
-Y'ran sformadot com corrente ronstan1e - ro dos - 100
H-0 T rànsíormadores ele acop lamento . Valore:s
T ransrotmad or com corrc-nte con st:1nte, nt;(:(!ss.írios ao projeto d e - 100
Aplicações do - 144 T ráns(ormadores de aJta tensão - 107
Transformador com doias prituá.rios e uni Tranúormadore.s de dCltribuiç~o com nt, .
secundário, Seção magnétic.-a de um - cleo con ..·enciona.l - 275
81 T ransfo rrnadores d e d i.stribuição COln nl1·
Tn.nsfonnador con1 entr.i.da trifásica e deo en,·olvcntc - 265
saída m onofá.ska., Exemplo d e cálculo l ransfnrmad ores de di~tribuiçlo co m n (1 .
do - 118 clco e n, •o lvido - 265
'Transrorrnad or de dois primários e dois Trans(ormatfores de distribuiç.1o com nú-
sec;und.trios, 5c\.to magné1ica de u ni - cleo esp iral - 265
81 1·ran.!ifOr1nadores de grande potência, Pro-
T ransformador de um primário e tim se. je10 d e - 20S
c:undârio, Seção magnética de um - 80 ·rrandorn1adorcs de mesma potCnda t:nt
T r ansformador de vapor de mercú rio - paralelC> - 132
139 Transformadores de poténda d i\'tna t'nt
''transformador em lifJuido isolante - 179 paralelo - 132
T raruformador, funcionamento a vazio - Transfor1nadores elevadores de usinas
!, !I geradoras - 107
Transformador, Fun<'ionamen to com carg·:i
Transrorn,adorcs cm paralelo - 128
Trans(orrnadorcs em paralelo com carac:·
do - 5
Transformador ideal - 3 terfslicas difc:rc:ntC$. Determinação d o
regime de funcionamento dos - 133
T ransformador 1nono{:bic.o de ptquena ~rran~fonnadort".S em p aralelo coro dife.
potência, D~dos de projeto para - 73 ren te irnped~ncta in terna - 135
·rransformador monof:l.sko c m curto·cit· Transformadores ern paralelo com diíc •
cuiro - 51 rente relaç~o ele espins - 1!3
Tra.ndormador mono{.isic;o, Pr incipio de Trans-fonnadores mono í:b:i00$ de distrib u i·
rundonan1ento do - 3 ~ão - 26,
T r.lnsformador operando à mais de 1nil T ransformadores monof:\.si~ em paralelo,
ntetros - 200 Cond i~-s p ara a ligação de - 130
Trans.for,nador ôpcran<lo com frcqOtncfa. Jransformadores 1nonofáslc:os, Pola{:idade
diferente d a n ominal - 199 de - 12)