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16468
íOBRASIUFSM
TEORIA DAS
IINHÂS DE
TRANSMISSÁOII
RELAÇÃO DE VOLUMES E TRADUTORES
TEORIA DAS
UNHAS DE
TRANSMISSÃO N
D. E. HEDMAN
lUiSEli;. 5|
CURSO DÉ ENGENHARIA EM
SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA
SÉRIE P. T. I.
1978
F I C H A CA T A L O G R Â F I C A
Hedman, D.E.
H455t Teoria das linhas de transmissão I I |por| D.E.
Hedman.|de| F elix A. Farret. Santa Maria, Uni
versidade Federal de Santa Maria, 1978.
182p. ilu s t . 23cm (Curso de Engenharia em
Sistemas E létricos de Potência - Série PTI, 3
D e r b la y G alvão
R e ito r
S U M Á R I O
I. INTRODUÇÃO
O c ir c u it o e q u iv a le n te , usado p a ra o c á l c u l o do
fenômeno da onda v i a j a n t e , ê o mesmo usado no C a p í t u l o 1
p ara d e s e n v o l v e r as s o lu ç õ e s em f r e q ü ê n c i a c o n s t a n t e da e -
quação da l i n h a de t r a n s m is s ã o . O c ir c u it o e q u iv a le n te e
a equação da te n s ã o in c r e m e n t a i p a ra e s t e c i r c u i t o estão r e
p e t i d a s a s e g u i r , p ara uma f ã c i l re fe rê n c ia .
As equ ações da c o r r e n t e e da te n s ã o s ã o , e n t ã o :
X, *2
onde:
L = Henrys/metro
C = Farads/metro
R = Ohms/metro
Ax = - x^
Fig. 6.01
A corrente e a primeira derivada p a rc ia l da cor
rente podem ser expandidas numa série de Taylor, como:
(6 .0 4 )
(6 .0 5 )
A s o lu ç ã o d e s ta s equações d i f e r e n c i a i s fo rn ecerá
uma função que d e s c r e v e r a o comportamento de " v " e " i " , ao
lo n g o da l i n h a de tra n s m is s ã o . O f a t o de que ambas " v " e
"i" devam s a t i s f a z e r a mesma equação d i f e r e n c i a l , não qu er
d i z e r que c o r r e n t e e te n s ã o são a mesma função de x e t em
um problem a p r a t i c o . A d i f e r e n ç a r e s u l t a r á das c o n d iç õ e s de
c o n to rn o .
As equações (6 .0 4 ) e (6 .0 5 ) podem s e r re s o lv id a s
de uma forma compacta, mas as s o lu ç õ e s são muito complexas
e e l a s são raram ente usadas na a n á l i s e de problem as de s i s
temas de p o t ê n c i a . Uma s o lu ç ã o bem mais s im p le s , que c la
ramente dem onstra os c o n c e i t o s , ê o b t i d a para o caso " sem
p erd as". E s ta s o lu ç ã o s im p le s s e r á usada n e s ta s n o ta s por
que a a v a l i a ç ã o de t r a n s i t ó r i o s de duração muito pequenas,
ta is como c o n d iç õ e s de im p u ls o , s ã o , g e r a lm e n t e , represen
tadas muito adequadamente, p e l o caso "sem p e r d a " .
P a ra R = G = 0, as equações d i f e r e n c i a i s da ten
são e da c o r r e n t e to rn a m -s e :
(6 .0 6 )
A. Solução para as equações da linha de transmissão
Matemáticos reconheceriam estas equações como e-
quações da onda v ia ja n te , mas este aspecto pode ser f a c i l
mente deduzido, tomando-se a transformada de Laplace das e -
quações. Por enquanto, somente a solução da tensão será l e
vada em conta.
- A c V(s ,x ) (6 .08)
m ^ s ) e*"1
* - LCs2 M(s) e*"* (6.10)
2 2
m = sLC
ou (6.11)
m = ± s/LC
^ £u(t-z)*f(t-z)J = e ZS F(s)
(6.13)
■ F( s)
(6.14)
Este resultado pode ser interpretado como duas on
das v ia ja n te s, uma d ire ta , ou na direção +x e a outra na
direção -x . Ambas as ondas estão viajando com a velocidade;
1
(6.15)
(6 . 20)
y t\/ \ \/lC x ♦. sL*E(s
- x +s v^C x
sL*D(s) •e ) *e v
Os termos de mesmos exponenciais podem ser colo
cados juntos como:
ã .
D(s ) - A( s )
ou (6.23)
E (s) = - -à : B(s )
Impedância I u 2^
de Surto: = Z » ~ = /—------ —
c JC / 2ne
* r
onda
via jante
positiva
onda
viajante
negativa
O s i n a l n e g a t i v o na c o r r e n t e não é misterioso quando
nos damos c o n ta que a c o r r e n t e tem uma d i r e ç ã o a s s o c ia d a ã
sua magnitude e matematicamente usamos a d i r e ç ã o p o s i t i v a de
x, como a d i r e ç ã o p o s i t i v a da c o r r e n t e . A te n s ã o em uma l i
nha de tr a n s m is s ã o ê medida, como m agnitude, a p a r t i r da l i
nha p a ra a t e r r a , enquanto a c o r r e n t e ê medida como magni
tu d e , de um p on to a o u t r o , lo n g itu d in a lm en te. Um f l u x o de
corren te p o s it iv o , na d i r e ç ã o p o s i t i v a , é a q u e le que produz
uma d e f l e x ã o p o s i t i v a no am perím etro
■■ m X
F ig . 6.03
Assim , quando a onda de te n s ã o p o s i t i v a passa p e
l o a m p erím etro , na d i r e ç ã o p o s i t i v a de x, a corren te e n tra
ra p e l o t e r m in a l p o s i t i v o , p ro d u zin d o uma d e f l e x ã o p o s i t i v a .
A n alogam en te, se uma onda de te n s ã o , movendo-se na d ire ç ã o
-x, p a ssa p e l o am p erím etro, a onda da c o r r e n t e e n t r a r a p e l o
t e r m in a l n e g a t i v o e , com i s s o , p r o d u z ir a uma d e f l e x ã o n eg a
t i v a no am perím etro. Em problem as p r á t i c o s , em g e r a l , não é
d ifíc il manter os s i n a i s c o r r e t o s da c o r r e n t e , p o r um c r i
t é r i o mais ou menos de bom s e n s o . O diagram a acima seria pro
v e i t o s o em algumas s i t u a ç õ e s que poderiam t e n d e r a se tom ar
c o n fu sa s.
onde
f = d ire ta
r = in v e rs a
Em cada p o n to da l i n h a , a s e g u in t e r e l a ç ã o também
deve s e r v e r d a d e i r a :
v^ = Z ^ i^ (c o r r e s p o n d e à equação (6 .2 2 )) (6 .2 9 )
v r = Zc i r (c o r r e s p o n d e à equação (6 .2 3 )) (6 .3 0 )
A. T e rm in a l da l i n h a - E xtrem idade a b e r t a
fit)
| Vy s tensão terminal
F ig . 6.04
*T " ° = *■£ * (6 .3 2 )
vT ■ 2vf (6 .3 5 )
e, a p a r t i r da equaçao (6 .3 2 )
*r = ~ (6 .3 6 )
■vtl
vfl
'fi —
I i '
— rl |
F ig . 6.05 *--------1
N ote-se, na F i g . 6 .0 5 , que e s s e e f e i t o de te n s ã o
dupla p r o p a g a - s e de v o l t a ao lo n g o da l i n h a de t r a n s m i s s ã o e ,
para o caso de um degrau u n i t á r i o , e v e n t u a lm e n t e , c a r r e g a r i a
com pletam ente a l i n h a numa te n s ã o de 2 p o r u n idade. A n a lo
g a m en te, a c o r r e n t e chegando, com a onda d i r e t a , ê "e lim i
nada" p e l a c o r r e n t e n e g a t i v a r e f l e t i d a , d e ix a n d o a linha com
corren te zero, e n t r e o t e r m in a l a b e r t o e a onda re fle tid a .
I s t o pode s e r r e l a c i o n a d o com a f í s i c a fundam ental do pro
blema.
Desde que^ a onda de te n s ã o o r i g i n a l se propaga p e
la lin h a , p a ra a e x tr e m id a d e a b e r t a , a e n e r g i a d e s t a onda ê
armazenada nos campos m a gn ético e e l é t r i c o em t o r n o da li
nha de tra n s m is s ã o . Metade da e n e r g i a ê armazenada no campo
- 2
e le tric o (1/2 Cv ) e a o u t r a metade e armazenada no campo
2 ~
m a g n é tic o (1/2 L i ). A e n e r g i a armazenada na r e g i ã o , apos a
onda r e f l e t i d a p a s s a r , ê de n a tu r e z a d i f e r e n t e d a q u ela da
onda v i a j a n t e d i r e t a o r i g i n a l . D evido à c o r r e n t e s e r zero,
não e x i s t e e n e r g i a m a g n é tic a armazenada na l i n h a , enquanto
a t e n s ã o dupla i n d i c a uma m aior magnitude da e n e r g i a e lé
tric a armazenada.
B. T e rm in a l da l i n h a - R e s i s t ê n c i a
O t e r m in a l r e s i s t i v o ê c a lc u la d o de m aneira muito
s i m i l a r a q u e la da l i n h a de c i r c u i t o aberto. A q u i, a r e s t r iç ã o
a d i c i o n a l é que a te n s ã o e a c o r r e n t e t e r m in a l são r e l a c i o
nadas p e l a l e i de Ohm. O c i r c u i t o usado no c a l c u l o d e s t a con
d iç ã o é m ostrado na F i g . 6 .0 6 .
F ig . 6.06
As c in c o equ ações s e g u in t e s d e fin e m , completamen
te, a in fo rm a ç ã o c o n h e c id a no t e r m in a l da l i n h a de tra n s
m issão .
VT “ Vf * Vr (6 .3 8 )
ÍT “ + *-r (6.39)
i T R = vT (6.40)
Vf = Zci f (6.41)
v =-Z 1 (6.42)
r cr
Conhecidos v f , R, Z
£ C
Desconhecidos vT , i T , vr , i f , i r
vf + \ m
ou R
R
Vf + Vr = Zc Vf “ Z c Vr
R e s o lv e n d o p a ra v
r - (1 + z ) “ vf (z - 1)
c c
ou R - Zc (6.43)
vr " R ♦ Zc Vf
(6.46)
Essa equação p a ra a te n s ã o t e r m in a l pode s e r in
t e r p r e t a d a como r e s u l t a d o do c i r c u i t o mostrado na F i g . 6.07.
Zc
Assim , v ê - s e que a r e p r e s e n t a ç ã o do c i r c u i t o da
equação (6 .4 6 ) ê, r e a lm e n t e , a r e p r e s e n t a ç ã o do e q u i v a l e n t e
T h êven in do c i r c u i t o . Isto ê, a im pedância do s is te m a Z^, ê
a q u e la v i s t a , o lh a n d o -s e p a ra o i n t e r i o r da l i n h a de t r a n s
m issão com a f o n t e de te n s ã o c u r t o - c i r c u i t a d a e a te n s ã o in
tern a, 2 v ^ , ê i g u a l a te n s ã o de c i r c u i t o a b e r t o , sem c a r g a
t e r m i n a l no s is t e m a . Usando e s t e c i r c u i t o e q u i v a l e n t e Thê
v e n in , a c a r g a t e r m in a l R pode s e r l o c a l i z a d a no c i r c u i t o e
a te n s ã o t e r m i n a l v T , pod e, e n t ã o , s e r c a lc u la d a .
E s te ê um c i r c u i t o p a r t i c u l a r m e n t e ú t i l em m uitos
problem as do t i p o im pulso de s o b r e t e n s ã o . O b s e r v e - s e que se
uma onda chegando de uma l i n h a de tra n s m is s ã o pode p r o d u z i r
uma te n s ã o de 2 p o r unidade no c i r c u i t o a b e r t o , a te n s ã o do
te rm in a l, sob q u a lq u e r c a r g a r e s i s t i v a , p o d e , e n t ã o , ser cal
c u la d a im e d ia ta m e n te , u sando-se o c o n c e i t o d i v i s o r de ten
s ã o , e s p e c i f i c a m e n t e m ostrado na equação (6 .4 6 ) e m ostra d o,
es q u e m a tic a m e n te , na F i g . 6 .0 7 .
Se v T é c a l c u l a d a usando e s t e c i r c u i t o e q u i v a l e n
te, a te n s ã o r e f l e t i d a pode s e r c a lc u la d a a p a r t i r da equa
ção (6 .3 8 ) .
ou v r = VT ~ v f (6 .4 7 )
E s te método de c a l c u l a r a te n s ã o r e f l e t i d a é ú til
em a lgu n s c i r c u i t o s , onde o método do c i r c u i t o e q u iv a le n te
ê usado p a r a c a l c u l a r , d ireta m en te, a te n s ã o t e r m i n a l .
D. No m en cla tu ra da onda v i a j a n t e
O c o n c e i t o de uma te n s ã o r e f l e t i d a é b a s t a n t e cla
ro e ú t i l em uma l i n h a s im p le s de d o i s t e r m i n a i s . M uitas ve
zes, em s is te m a s com mais de d o is t e r m i n a i s , é c o n v e n ie n t e
i n t r o d u z i r o c o n c e i t o de onda de te n s ã o r e t r a t a d a . A onda
de t e n s ã o r e f r a t a d a no c i r c u i t o e q u i v a l e n t e é , ju s t a m e n t e ,a
te n s ã o t e r m i n a l . Is to se t o r n a mais c l a r o a p a r t i r de um
exem plo s im p le s da ju n çã o de duas l i n h a s .
Vi
Linho 1 Unho 2
Z = 300 Z -3 0
F ig . 6. 08
A onda de te n s ã o r e f l e t i d a é -9/11 se v^ = 1 e
te n s ã o no t e r m i n a l , v T , é i g u a l a 2/11.
2_
v + v - « 1.0
a i 11 11
A t e n s ã o , p ro p a g a n d o -s e p a ra a d i r e i t a , na lin h a
2,.é i g u a l a 2/11 e é fre q u e n te m e n te chamada de te n s ã o re-
fra ta d a .
O c o n c e i t o de onda de te n s ã o r e f r a t a d a é b a s t a n t e
ú t i l em problem as s im p le s . Mas, para p r o p ó s i t o s de d is c u s s ã o
de p roblem as de s is te m a s m u l t i t e r m i n a i s , t o r n a - s e c o n fu s o ,
quando v á r i a s ondas de te n s ã o chegando, re fle tid a s e re fra
ta d a s são d i s c u t i d a s no mesmo p roblem a. P ortan to, o c o n c e i
t o de te n s ã o r e f r a t a d a não s e r á usado n e s t a s n o t a s . A d is
cussão v a i , somente, se r e f e r i r à ondas de te n s ã o chegando
e r e fle tid a s , que s e r ã o d e f i n i d a s como:
1) Onda ch ega n d o: Qualquer onda de te n s ã o chegando da
l i n h a de tr a n s m is s ã o p a ra o t e r m in a l.
2) Onda r e f l e t i d a : Qualquer onda de tensão deixando uma barra
e propagando-se em uma linha de transmissão
Usando-se e s t a con ven çã o, a te n s ã o na lin h a 2, a -
cim a, p o d e r ia s e r t r a t a d a como uma onda de te n s ã o r e f l e t i d a .
Pode p a r e c e r que as r e g r a s acima com plicam o c a l
c u lo da c o r r e n t e no c i r c u i t o , porque e x i s t e uma diferença de
s in a l nas ondas de c o r r e n t e chegando e r e f l e t i d a , a q u a l in
f l u e n c ia r a a r e s p o s t a ; is to é , devemos s a b e r q u a l é a onda
d ir e t a , p a ra d e te rm in a r a con ven ção de s in a l apropriada,quando
c a lc u la n d o a c o r r e n t e .
P e la convenção acim a, p o d e -s e d e f i n i r a onda ch e
gando e a r e f l e t i d a em cada te r m in a l de cada lin h a .P a ra ca l
c u la r a c o r r e n t e , com o s i n a l c o r r e t o , é n e c e s s á r io conhe
c e r - s e as ondas de te n s ã o , d i r e t a e r e v e r s a , e u s á - la s na
equação (6 .2 9 ) e equação (6 .3 0 ). A ssim , em cada te r m in a l de
uma lin h a ê n e c e s s á r io in d i c a r p o r " d i r e t a " a te n s ã o "c h e
gando" e " i n v e r s a " a "r e fle tid a ". O problem a t o r n a - s e a r b i
t r a r um s e n t id o "p o s itiv o de x " p a ra a lin h a e e s t e , e n t ã o ,
d e fin e a in d ic a ç ã o c o r r e s p o n d e n te .
va 2
v r2
/ --------------------- \ /---------------------^Vl" - — V
v chegando = vQj r onda inversa v chegando - v q2 = onda direta
F ig . 6.09
Zc
Z(s) Vr
F ig . 6.10
P a ra e s t e caso, a te n s ã o te r m in a l pode s e r c a l
cu la d a como:
vr = vT - vf ou VT( s ) « VT (s ) - Vf (s )
OU
' V s>
Z (s) - Z
(6 .4 9 ]
V s ) = Z ~ T 'z ( s ) Vf (s )
Z(s) = sc
e a te n s ã o te r m in a l ê e n c o n tra d a
JL^
sc
VT (s ) - 2 Vf (s )
Z + —
C SC
ou
Z c
c
VT (s ) - 2Vf (s )
s ♦
V
o c a lc u lo d e s ta equaçao d i f e r e n c i a l é s im p le s e pode s e r en
c o n tra d o em m uitas ta b e la s de tra n s fo rm a d a . (V er problem a
6 .1 3 )
E s te c o n c e it o pode s e r usado p a ra uma grande va
r ie d a d e de p ro b lem a s. C o n s id e ra n d o -s e o caso da capacitância
c o lo c a d a no c e n tr o de uma lin h a de tra n s m is s ã o muito longa.
c
F ig . 6.11
écl
*c2
Circuito •quivalento do
terminal chaveaóo.
Se e s s e s is te m a e s t i v e s s e sendo im p u lsio n a d o por
uma fo n t e de te n s ã o de 60 c i c l o s , em v e z da c a rg a arm azena
da do exem plo acim a, a te n s ã o in t e r n a s e r i a ig u a l à te n s ã o
in t e r n a na lin h a , ou a onda de te n s ã o de 60 c i c l o s , a qual
s e r i a medida sob c o n d iç õ e s de c i r c u i t o a b e r t o . Qualquer tran
s itó r io g era d o p o r um e f e i t o te r m in a l de in t e r r u p ç ã o , ou da
s o b r e p o s iç ã o de uma te n s ã o nos te r m in a is / p r o d u z ir á uma t e n
são t e r m in a l, c a lc u la d a u san do-se e s s e c i r c u i t o e q u i v a l e n t e ,
do q u a l a onda r e f l e t i d a pode s e r c a lc u la d a . (V er equação
(6 .4 7 )
A te n s ã o in t e r n a e f i c a z do e q u iv a le n t e Ihevenin de
s e n v o lv id a d esse modo, a p a r t i r das c o n d iç õ e s i n i c i a i s , se
jam e l a s uma c a rg a arm azenada, ou uma fo n t e de te n s ã o senoi-
d a l , não s e r á m o d ific a d a p o r q u a lq u e r e f e i t o te r m in a l e p o
de s e r m o d ific a d a p o r ondas de ten sã o chegando a e s t e s t e r
m in a is . P o r t a n t o , o c i r c u i t o e q u iv a le n t e g e r a l , in c lu in d o as
c o n d iç õ e s i n i c i a i s e q u a is q u e r te n s õ e s m o d ific a d a s ocorridas
d e v id o a t r a n s i t ó r i o s chegando da lin h a de tra n s m is s ã o , são
m ostrados na F ig . 6 .1 4 .
ZC
Z(s)
Condição inicial
+
2 ^ Vf (s)
F ig . 6.14
Com e s t e c i r c u i t o p o d e -s e c a lc u la r v T e , p o r ta n to ,
a te n s ã o r e f l e t i d a .
APÊNDICE A
Pares Operadores
a f(t ) a F(s)
0-2
0-5 e ^ fd ) F(s+ã)
0-6 í£ ÍÜ
dt a F(s) - f +(0)
T-l impulso 1
—at 1
T-4 e s+a
1
T-5 i s(s+a)
a
-at -pt 1
e -e
T-6 (s+a)(s+p)
P*~a
u
T-? sen (ut)
2 2
8 +U
u
T-10 e~a^ sen ut
(s+a)^+u^
_ -at (s-»cc)
T -ll e cos ut
(s+a)*>u^
APÊNDICE B
SISTEMAS DINÂMICOS
I _____________
Fig. B -l
A equação d ife re n c ia l é
di
E iR ♦ L dt (B .01)
1 J é k - J dt (B.02)
(B .03)
C2 = - E/R
(B .05)
E a equ ação (B .0 4 ) pode s e r e s c r i t a como
1 - | [l-e - ^ *]
(B.06)
d e s c r i t a na F ig . B-2 como fu n ção do tempo
i = E/R
» (B.07)
o q u a l tem a mesma form a da te n s ã o a p lic a d a .
2 . O componente t r a n s i t ó r i o
E - ü/L t
H ~ R® (B .08)
o q u a l d e c r e s c e , e x p o n e n c ia lm e n te , a té z e r o .
Um método a l t e r n a t i v o p a ra a s o lu ç ã o da c o r r e n t e ,
no c i r c u i t o da F ig . B - l, ê r e s o lv e r , separadam en te, os com
p on en tes de e s ta d o perm anente e t r a n s i t ó r i o , como s eg u e:
1 - V 1» (B .0 9 )
S u b s titu in d o - s e a equação (B .0 9 ) na equação (B .0 1 )
di di
(B .1 0 )
E = V 4 L 5T 4 * L d
~t
Como E ê constante, d ig/dt = 0
' v pt (B.13)
Substituindo-se a equação (B.13) na equação (B.12)
P = - n/t (B .15)
o qu al, como se pode notar, é independente da tensão a p li
cada "E" mas é, meramente, uma função dos parâmetros do c i r
cuito.
Substituindo-se na equação (B.15) na equação (B.13)
obtém-se:
- Tt/L t
* t - V (B .16)
0 valo r de I T é determinado pelas condições in ic ia is , is to
é, o valo r de i em t=0. A corrente to ta l i = i + i. será:
s t
i = E/R + I Te“ t
em t=0
1 = E/R ♦ Iy = 0
onde I T = -E/R.
A expressão resultante para a corrente ê , naturalmente, a
mesma que a obtida pela solução c lá ssic a :
i = e/r-ç/r* “R//L 1
Esse exemplo fo i usado para um sistema descrito
por uma equação d ife re n c ia l de primeira ordem. Para um s i s
tema g e ra l de enésima ordem, o componente tra n sitó rio deve
ser escolhido na forma eP n t. os valores de p são calcula-
t
n d t n
dos, fazendo-se o coeficiente de I e^n ig u a l a zero. Esses
n
p rin cípios estão encobertos em outros métodos mais comuns de
solução de equações d ife re n c ia is , como aqueles que usam o
método da transformada de Laplace. Não se prosseguirá com o
método c lássico da solução de equações d ife re n c ia is , exceto
para in trodu zir a id é ia de "equação c a r a c t e r ís t ic a ", a qual
ê básica e também será obtida com o método da transformada
de Laplace.
EQUAÇÃO CARACTERÍSTICA
Se
i = I eP* (B .17)
então
(B .18)
e
4 - ip2* pt
dt2 (B .19)
também
J id t .í.* (B .20)
(B.21)
• . • & J i dtm = f (t )
n+m
com i Ie pt torna-se
n n -1 . „ . a (n + l) a (n+mK _
(a„P. +a^p ♦ . . . . an ♦ '■ +. ‘ ** m )~ 0
ou (B.23)
t n+ni n+m-1 m \ - n
(a©P +axP + . . . . anp ♦ . . . . an+m) - 0
Exemplo 1
A Fig. B-3 mostra uma rede KLC, série, conectada a
uma fonte E ( t ) , por uma chave S, em t=0.
A equação do c irc u ito , para o tempo após o fecha
mento de S, é
1 (B .24)
Ri + Jidt = E (t)
C
Fracionando a solução em duas componentes (estado permanen
te, com a mesma forma de E (t) e estado tra n sitó rio ) s e ê le
vado a examinar o caso em que E = constante. A solução do
estado permanente ê tirad a da equação (B .2 4 ), notando-se que
i s tem a mesma forma que E ( t ) , is to é:
0 (B .25)
l, - 0 e -è - 1 V * - E-
A solução tra n sitó ria ê achada escrevendo-se o lado esquer
do da equação (B.24) na forma operacional e igualando-se a
zero, is to é:
(Lp+R+ -) • i = 0 (B .27)
Visto
èJ i dt
que o componente do estado permanente i =0, a
(B. 31)
con
dição da equação (B.30) aplicada â equação (B .29), produz:
11 = - I 2 (B .32)
Aplicando-se, também,as equações (B.30) e (B.31) â equação
(B .24) em t=0+
d P l1
4- (I,e 1 ♦ I„e
*2\) = E
L St ( I 1
t**o
is to ê: _ _ E
I 1 PJ.+12P2 * I (B.33)
Resolvendo-se as equações (B.32) e (B.33)
T - E T _ E
h l (P;l-p2) ' x 2 l (p 2-p 1) (B .34)
i = L
fo
i
is to é, onde P1 = *” a +
6 P0 = - a - jp
S u b s titu in d o -s e e s t e s v a lo r e s na equação (B .3 5 )
2 JP (B .37)
Que pode s e r e x p r e s s a , a p a r t i r da d e f i n i ç ã o de sen B t ,c o
mo E e~a*'
A = “
1 - SV_ s
Qpn flt
en pt ( B . 38)
A F ig . B-4 m ostra a n a tu re z a da c o r r e n t e t r a n s i-
tó r ia
Exemplo 2
di
__s
Ri *L dt ♦
8
( B . 39)
onde e4jtt*+e"3wb
2
é a form a e x p o n e n c ia l de cos w t.
Uma v e z que i g , p o r d e f i n i ç ã o , s e r á da mesma f o r
ma da te n s ã o a p lic a d a , p o d e -s e d i v i d i r i em componentes que
correspon dem às da te n s ã o a p lic a d a .
ts = i y * * ( B . 40)
-ju t
oncte I + ê a m agnitude com plexa de i g+ e I _ é a m agnitude com
p le x a de i g _ . C o n s id e ra n d o -s e e s t e s com ponentes i n d i v i d u a l
mente , a p a r t i r da equ ação (B .3 9 )
[ V MK J V M<
ou ( B . 42)
BI+
C. « .** -. **L+
U , ^ ■^ Cjy ■I
D iv id in d o - s e ambos os la d o s p o r
E
M. * * c * ;= 2
OU ( B . 43)
r =
4 2 (R+j(wL - - ) )
i . e ^ -
- ' 2 (R-JíuL - S » ( B . 44)
I = ^JL.
2 Z
( B . 45)
An a
UIlUC
z = /r2 ♦ (■A - s >2
(B . 46)
A -1
e = tan
z R (B .4 7 )
da mesma form a
e
2 Z (B .4 8 )
 c o r r e n t e t o t a l do e s ta d o perm anente é i = i ,+ i . Usan-
s+ s-
dose a equação (B .4 2 ) e a equação (B .4 3 ) e s u b s t it u in d o - s e
as eq u ações (B .4 7 ) e (B .4 8 )
j (cot-e ) -j(u t - e )
E ,e 2 ♦ e 2
i8 = t cos (wt-ez)
Z ê a im p ed ân cia da red e e in d ic a a ta x a da te n s ã o na c o r
r e n te de e s ta d o perm anente, p a ra uma te n s ã o a p lic a d a s e n o i-
d alm en te. A equ ação (B .4 9 ) ê da mesma form a da te n s ã o a p l i
cada E *coso)t. Sua m agnitude é E/Z e o ân gu lo de f a s e , em r e
la ç ã o à te n s ã o a p lic a d a s e n o id a l, ê 0 .
z 1
O c o n c e it o da im p ed an cia o p e r a c io n a l Z(p )=R +Lp + p—
t o r n a - s e e v id e n t e na equação (B .2 7) . S u b s titu in d o - s e p=ja) ,
p o d e -s e o b t e r a im pedân cia p a ra uma te n s ã o a lte r n a d a fix a
de fr e q t iê n c ia o) ra d / s e g .
E sses c o n c e it o s são im p o rta n te s na a p lic a ç ã o das
t é c n ic a s de " r e s p o s t a em fr e q t iê n c ia " que c a r a c te r iz a m o s i s
tem a, em term os de seu com portam ento, como uma fu n ção d a fre -
q ü ê n c ia da fu n ção e x c i t a n t e , a).
Embora o exem plo f o i o de um c i r c u i t o e lé tr ic o p r o
du zin do a r e la ç ã o e n t r e c o r r e n t e e te n s ã o , o método é igual
mente a p l i c á v e l a q u a is q u e r v a r i á v e i s de um s is te m a , sejam
e la s m ecâ n ica s, e l é t r i c a s ou té r m ic a s , desde que sejam re
la c io n a d a s p o r equ ações d i f e r e n c i a i s lin e a r e s .
APgNDICE C
2 27
TRANSFORMADAS DE LAPLACE '
As s e ç õ e s a n t e r io r e s r e v is a ra m o método c lá s s ic o
de s o lu ç ã o de equ ações d i f e r e n c i a i s lin e a r e s . V e r ific o u - s e
como as s o lu ç õ e s t r a n s i t ó r i a e a de e s ta d o perm anente são
o b t id a s e d e s e n v o lv e u -s e o c o n c e it o de im p ed ân cia o p e r a c io
n a l e im pedân cia p a ra uma fu n ção de e x c it a ç ã o com fr e q ü ê n -
c i a c o n s ta n te a p lic a d a .
E s te s mesmos r e s u lt a d o s podem s e r o b t id o s de uma
m an eira m u ito mais s im p le s , a tr a v é s do uso da tra n sfo rm a d a
de L a p la c e d i r e t a e in v e r s a , que abrange t a n t o s o lu ç õ e s do
e s ta d o perm anente como do t r a n s i t ó r i o . O c á lc u lo o p e r a c io
n a l da tra n sfo rm a d a de L a p la c e é a p eça fundam ental na aná
lis e de s is te m a s de c o n t r o le .
O v a l o r da tra n sfo rm a d a de L a p la c e e s t á no f a t o de
que uma equação d i f e r e n c i a l ou e x p re s s ã o da v a r i á v e l "t",
tr a n s fo r m a -s e em uma equ ação a lg é b r i c a , ou e x p r e s s ã o ,d a v a
r iá v e l "s ". E sta e x p r e s s ã o a l g é b r i c a , em t r o c a , pode s e r o -
p era d a e c o n v e r t id a numa form a fa c ilm e n t e r e c o n h e c ív e l, em
term os de uma fu n ção do tempo. O p r o c e s s o de o b ten çã o da fun
ção do tem po, a p a r t i r da e x p re s s ã o tra n s fo rm a d a , é co n se
g u id a a p lic a n d o - s e a tra n s fo rm a ç ã o in v e r s a de L a p la c e . Ope
ra ç õ e s m a tem á tica s, que no dom ínio do tempo en volvem co n vo -
lu ç õ e s , c o n v e rte m -s e em s im p le s m u lt ip lic a ç õ e s a lg é b r ic a s no
dom ín io " s " . Um sum ário dos teorem as im p o r ta n te s , que go
vernam o uso da tra n s fo rm a d a de L a p la c e , s ã o :
f ( t ) e-st dt
o
2. A tra n s fo rm a d a de L a p la c e i n v e r s a X ^ é d e f i n i d a , im
p l i c i t a m e n t e , p e la r e la ç ã o :
. = f(t) 0 = t (C . 03)
£a f ( t ) J = a F(s) (C . 04)
( C . 05)
X [*1« - f 2 (t)] * 1 V ’>
também
£ 1 £a F(s)J = a f ( t ) Oi t (C .0 6 )
e
n
(t) = s M s ) - J
k-1
5. Se a fu nção f ( t ) tem tra n sfo rm a d a F(s) sua i n t e g r a l
^ [ J f(t)dt] = £ M , í ^ «e u ,
a n a lo g a m e n te ,
^ [ f (_2) ( t ) ] = + (C . 12)
M (C . 13)
X [ í ( ’ n) w ] - ' f * £
8 k**l 8
1
S ♦ O
1 (C . 14)
r sen pt
P 2 2
8 ♦
COS pt 8
2 2
8 ♦ P^
1 -a t 1
õ e sen ut
p
(s + a ) 2
t 2
s
] n-1 _1
(n - 1)! n
s
-at 1
t e
(s ♦ a)
1 , n-1 -at 1
(n - 1) ! 1 e (s ♦ a )n
1 -as
u (t - a) —e
s
1 / -as -bsx
u (t - aj - u (t - b) - (e - e )
Im pulso u n i t á r i o
/. \ ,. u(t) - u (t-a)
U-J^t) *= X1 C
T --------
a-^o
A p lic a r - s e - ã , a p a r t i r de a g o ra , os m étodos da
tra n sfo rm a d a de L a p la c e na s o lu ç ã o de equ ações d i f e r e n c i a i s .
Tom e-se, p o r exem p lo:
A
+ B 5t + Cy = y “ ^ (C. 15)
dtr
onde A, B e C são c o n s ta n te s c o n h e c id a s .
A in c ó g n it a y ( t ) s e r á chamada fu nção r e s p o s t a , e
f(t), c o n h e c id a , s e r á chamada fu n ção fo r ç a n t e . Os v a lo r e s i -
n ic ia is de y ( t ) e sua d e r iv a d a p r im e ir a são y ( 0 ) e y ' ( 0 ) .
A p lic a n d o - s e a tra n s fo rm a ç ã o ^ a ambos os membros da equa
ção (C.15), te m -s e :
Chama-se F ( s ) ã tra n s fo rm a d a de f ( t ) e Y ( s ) A |y ( t ) | â
tra n s fo rm a d a r e s p o s t a , u san do-se a Equação (C. 08) e equação
(C.09), o b tém -se:
I s t o r e v e l a o modo no q u a l as c o n d iç õ e s in ic ia is
y ( 0 ) e y * ( 0 ) são in c o r p o r a d a s na s o lu ç ã o du ran te o p r o c e s s o
de tra n s fo rm a ç ã o .
A equação (C .1 6 ) to rn a -se
& + BX
t *dt] + c X [ y ] = ^ >í‘(t )
dt2
ou
? ( C . 17)
(A s S B s + C) Y ( s ) = F (s ) ♦ y (0 )(A s+ B) ♦ y ' (0 ) A
Y (s ) - p ]F (s ) ♦ y (0 )(A s ♦ B) ♦ y f (0 ) a! ( c .1 8 )
As' + Bs + Cl J *
T ra n sform a ça o
C on sid eran d o a fr a ç ã o r a c io n a l g e r a l
A / \ A a S
.* ♦ a
+ a
.sP " 1 4
1 S . a2 - aQ
v(s\ - i i ú à _£_______E I Í - ( C . 20)
F( ' " B<s)
B(s) _q *. bv
sq
q- 1
.a*
_ q -i
onde p < q.
R e s o lv e n d o -s e p a ra as r a í z e s da equação B ( s ) = 0 e
chamando suas r a í z e s de s^ , s^.-.s^, a fr a ç ã o pode s e r ex
p r e s s a como:
v(s) = àíú = , ---------_ _______ A (s) _________ _____ t (C. 21)
' ' B(s) (s - s1) ( s “ s2)(s - s^) . . . (s - s^J
e, a fr a ç ã o acim a, p o r sua v e z , pode s e r e s c r i t a como uma
soma de fr a ç õ e s p a r c i a i s , cada uma ten d o p o r denom inador um
dos f a t o r e s de B(s).
E x is tir ã o " q " d e s ta s fr a ç õ e s p a r c i a i s .
- A(s) K1 K2 K3 a
is to e § t y - ( s _ S i) + s ) + * ■ 7---- 3— (c . 22)
(s - s j
(s - Sk)A(s) (s - 3k) (s - S ) (s - 5 )
— Bij y - - K1 * k2 w ^ t27 * - 4 V Kq s n r - s V 3- 23»
(s “ 5k) A(s)^
Kk =
s=s.
is to é (C .24)
A (Sk)
“ [ â B<=>] B’ (s k>
8=sk (C . 25)
A (s) _ v 1
m - 2 . F i y ( C . 26)
k=l
Skt
* ■ * & * ; ] ■
A(s)
A equação acim a v a l e somente p a ra quando B ^ , tem
p o lo s de p r im e ir a ordem ; i s t o é , as r a í z e s de B ( s ) sendo
(s + S l ) n ( s + s 2 ) m (s + S j ) ^ •••
onde n , m, £ = 1
e s^ s2 s ^. * *
Exem p lo :
Achar a
-i
x V + ao
(s + c^X s + a2) ( s + ° 3 )
na q u a l a ^ , a ^ e são números r e a i s , to d o s d i f e r e n t e s ,
al s + ao " al a2 + a0
K2 (s ♦ a1)(s ♦ cuj " (~a2 + + a3^
- ^ -i S“
s« -C
-aL^
( ^
al 8 + aQ a_ ♦ a.
~°1 ~3 ' °0
^8 4 a J < s * (-a? ♦ ax ) ( “ Q^ + a-2)
J s= -a.
Caso e s p e c i a l : um p ó lo e n c o n tr a -s e na o rig e m
A (s) ~
Em - j da equaçao ( C . 2 1 ) , fa ze n d o s^=0, e n tã o
A ( s ) __________________________________________________________________
A(s) A(s)
B(s) s ( s - s 2 ) ( s - s ^ ) ( s - s 4 ) . . . ( s - sq ) ,s B-^s)
onde B, (s ) = B-| S^
.L S
A fó rm u la acim a o c o r r e fr e q ü e n te m e n te . E la s u r g e ,
p o r e x e m p lo , quando a fu nção e x c it a ç ã o ê um d egrau c o n s ta n
t e e a fu n ção do s is te m a não tem um p ó lo , ou um z e r o e m s = 0 .
O r e s u lt a d o f i n a l pode s e r dem onstrado como sendo.
A(sk) sk^
y f. Als) = Aio) + y
^ Ls B ,(s)J B ,( 0 ) 2.
1 1 k=2
Exem plo: . -1
aTS * aQ
J C 1
s ^(s + a )2 ♦ p2J
B1 (s ) = [(s + a ) 2 + g2J
B ^ ís ) = 2 (s + a) e s2 f s 3 = -a±jB e s ^ O
-1 al s 4 a 0
X e [ ( . ♦ a )2+p2J
- ♦ K2 e ( *^+Jp )t ♦
onde
al s 4 aO
K2 = 2 s(s * a)
J 5= - a + j p
aQ ~ Sl a 4 JS1 P
2 j p ( - a ♦ jp )
= è ^ [ (a° - ai a ) 2 , a i v í /2>3(<f' ?)
onde 2 2 2
p0 - *
■i _ ! i - i ê_
<?= tg •na
a0 " ai a
V * a0
Analogam ente
*> - 2s (s*a)
J s = -trjp
= (co n ju g a d o de I ^ )
O r e s u lt a d o f i n a l pode s e r e s c r i t o
~1 ai s + a 0
X 8 £ (s + 0l)2 ♦ p2J
a
0 , 1 T, x2 A 202 l 1/2 -at
p
'0
2 ppQ L (a0 al a ) al P J
J
e sen (pt + <}>)
(C. 28)
Uma r e g r a p r á t i c a p a ra le m b ra r, na o b te n ç ã o da
^ 2 2
de uma fu n ção onde um p a r de r a í z e s é [(s + a ) + 8 ], é
a s e g u in t e :
2 2
A fu n ção do tempo c o rre s p o n d e n te às [(s + a ) +8 )em
A ís L
é Ke-0ít'sen (pt + <j>)
(C.29]
C (s) [ ( . + a ) 2 + p2J
onde
|A (-a ♦ jp)|
K= ( C . 30)
0 j C(-a + jp)|
= â n gu lo de A ( - a + j 8 ) menos o ân gu lo de C ( - a + j 8 ) (C .3 1 )
onde J A(jw)|
w |C(Jm)|
= ân gu lo de A( j oj ) menos o anulo de C(ja)) ( C . 35)
P õ lo s de m ú lt ip la ordem
A ÍS l
nu in
(s - (s ~ S2) . .(s - 3n) n ( C . 36)
A (s)
A fr a ç ã o ^ |---y pode s e r tra n s fo rm a d a em uma soma de fr a ç õ e s
p a r c ia is . P ara cada p ó lo s ^ , de m u lt ip lic id a d e m^, e x is te m
m^. fr a ç õ e s p a r c i a i s
kl k2 St
A ’ A - i’
(s - sk) * (s - sk) * 1 k
K 5 m,
A(s 11 12 ♦■• • •*
lj
B(s m1“j +l (s - S.^
, vS , vnil - l
(s - s1) (s - s1) (s -
^ •
K,
K. . Cmk
+ Kkl + ____*Sc2 -JLL
v“k vV l
V j +! s - s.
(s - S. ) * (s - s. ) *”A (s - s. ) K k
♦ . . .
d (s -s j^
ds | l l j - Kk2+2Kk3(s" Sk) +- * ' +K " 1)K km,(s~3k)
K
nm
K n
11
+ o . • +
* a ; <s ■ skj nu (s - s )
(s - s1)
d / Ms
ds ( s ~ sk> õ tl s=s. ( C . 37)
K = 1 . d L (g _ s A hísl~
Kk3 21 d82 ' V B(s)r s=s, ( C . 38)
1 d^ ^ , 10, A ( s )
K, • (j - 1) ! d s ( j - l ) (S Sk * B (s) ( C . 39)
kD s=s,
Exem plo:
Achar
♦ a^s ♦ a
V 0
(s + a )V
1
M
PS
!
-1 K1.3 , K21 , K22
i— <
X »22* V * aO
¥
H
II
, >3 2 (s+a) 2 s
(s+a) 3 _(s+a)3 (s+a)2
(C .41)
onde
&2S + ai 8 * ao « 0a - a^a + aQ
(C. 43)
Kl l =
-* s»-a
d_ a2 * al 3 4 s0 “ ai a + 2ao
(C, 44)
^12 ds 2
e a
d2 a2S- + &13 + aQ
K _ L. * V * 2* o (C. 45)
ft13 21 “ 2 2
ds s
s=-a
a2 S * al a + a0 (c. 46)
21
. (s ♦ a )3 -J s=0
JL V + al 3 + a0 al a “ 3a 0
(C. 47)
K22 ds (s + a)3
s=0
P o d e -s e c o m p le ta r e s t a s e ç ã o , tomando o mesmo
xem plo do A p ên d ice B.
C on sid eran d o o c i r c u i t o da F i g . C-l
F ig . C -l
A equação d i f e r e n c i a l p ara a c o n d iç ã o , d e p o is de
fech a d a a c h a v e , em t= 0 + , é :
E = iR + L (C. 48)
e i (s ) in d ic a i (t)
e ~
i(0 ) = c o n d içã o i n i c i a l de i em t = 0 .
Uma v e z que E é uma c o n s ta n te , a sua tra n sfo rm a d a
é E/s ( v é r equação (C .1 4 ) na t a b e la de tr a n s fo r m a d a s ).
Também p a ra e s t e caso, i(0 )= 0 .
P o rta n to , a equação (C .4 9 ) to rn a -se:
f = i (s ) [ r ♦ L s )]
(C . 50)
R e s o lv e n d o p a ra
i(s ) =
[■ * * • ] (C .51)
>-l ^ -1
is to ê: í ( t ) = X x(s)=X E (C . 52)
Ls(s ♦ |)
Usando as r e g r a s do d e s e n v o lv im e n to em fr a ç õ e s p a r c i a i s (e -
qu ações (C .2 2 ) a (C .2 4 ):
-1 K, K,
i(t)=X (C . 53)
(» + ! )
E
onde
R
Uo
K =L. E
K2 Ls R
S» - r
Usando a t a b e la da tra n s fo rm a d a de L a p la c e da e -
quação (C .1 4 ) p a ra o b t e r o in v e r s o da equação (C .5 3 )
- *t
i(t) = Ki + K2 e L
_ E _ E - gt
" R R e L (C . 54)
a q u a l é a form a f a m i l i a r do c re s c im e n to e x p o n e n c ia l da c o r
r e n t e no c i r c u i t o in d u t iv o da F ig . C - l. „
De p a r t i c u l a r i n t e r e s s e ê o term o e x p o n e n c ia l e
- Ir *
que m ostra a queda do componente t r a n s i t ó r i o .
O c o e f i c i e n t e L/R tem dim ensões de segundos e é
co n h e c id o como a "c o n s ta n te de tempo" do c i r c u i t o . Essa cons
t a n t e de tempo é d e f i n i d a como o tempo em s e g u n d o s ,p a ra que
o term o t r a n s i t ó r i o s e j a r e d u z id o a e ^=0,359 do seu v a l o r
in ic ia l. O u tra i n t e r p r e t a ç ã o ú t i l da c o n s ta n te de tempo é o
tempo que s e r i a n e c e s s á r io p a ra o t r a n s i t ó r i o d esap arecer
com p letam en te, se sua ta x a c o n tin u a s s e em seu v a l o r i n i c i a l .
do
Ri ♦ L ~ J*idt = E cos wt
Tomando a tra n s fo rm a d a « S f ., de ambos os la d o s da equação(C.55)
v
(R .U* i j ) i (s )- U (o , ♦ -|2 - (C .56)
S +0
onde i ( 0 ) = c o r r e n t e i n i c i a l em t=0
e v cq = te n s ã o i n i c i a l a t r a v é s do c a p a c it o r — id t
t=0
1 Es
i(s ) = (C .5 7 )
(R*Ls 4 i - ) (32 ♦ p2)
N o te -s e que a equação (C .5 7 ) e s t a na form a:
EC s
(C . 59)
i ¥ - y ^ k * i2 W - y i t W )
onde os p ó lo s do s is te m a são as r a í z e s de (1+RCs+LCs ) , as
_ 2
q u a is sao as mesmas da equaçao c a r a c t e r í s t i c a (1+RCp+LCp ) ,
(B .2 6 ), no A p ên d ice B.
A e x p r e s s ã o do tempo p a ra i ( t ) é o b t id a , tomando-
se a da equ ação ( C . 5 9 ) , u san do-se as r e g r a s das equa
çõ es (C .2 9 ) a (C .3 5 ) e e x p re s s a n d o -s e a equação (C .5 9 ) como
EC s
i (s ) =
L C [ ( s + a ) 2+$2] ( s 2+w2)
, R _ R „ a2 ,1 R2
onde ~L = 2 a ou a = ^ e 0 = (j^
4L2
-a t
EC s‘ (V e r (C .2 9 ) a (C .3 1 )
* 1 - LC p I s V
6= -a+jP
EcJ £a2-2jap-p2] |
LC 0 | £a2-2jap-p2*w2J |
EC £ (a 2-p 2 ) 2 + 4a2p2]
. -1 - 2ap . -1 -2ap
*1 = t g T72
oi —p
" tg 2 J "2
a -p +o)
IEC s
«2 = (V e r ( C . 32) a iC .3 5 )
wLC j((s+a)2-*p2)
S -JO )
EC b>
t - f, 2 „2 2»2a . 2 2l 1/2
wLC (a +P -w ) ♦ /»a «o I
2aa>
«p = tt - tg -1
2 ô2 2
a «p- -w
u(t ) = 0 t < 0
u (t) = 1 t > 0
Um e s b o ço do d egra u u n i t á r i o m ostra e s s a definição
g r a fic a m e n t e :
o t— - ~
-st
F(s) u (t ) e^ ^ d t e dt
- s t |00
1
0
-s 6
~ \ fo
E s ta c o rre s p o n d e ao p a r tra n s fo rm a d o T - 2 , na T a -
b e la do A p ên d ice A.
Problem a 6 .2 - F a z e r um g r á f i c o e d i s c u t i r um d e g r a u u n i t ã -
r i o a tr a s a d o . M o s tra r como e s s a fu n ção pode
s e r usada como uma fu n ção de chaveam ento e de
s e n v o lv e r a tra n s fo rm a d a de L a p la c e p a ra
e s t a função.
u ( t-b ) _= /0 t <
- U t >
É in t e r e s s a n t e c o n s id e r a r os e f e i t o s da m u l t i p l i
ca çã o de um degrau u n i t á r i o em a t r a s o , por uma fu n ção do
tempo f ( t )
fu n ção f ^ ( t )
f^ t) = u ( t - b 1) • f ( t )
f 2 (t) = u ( t - b 2) - f ( t )
o r e s u lt a d o é d i f e r e n t e . Toda fu nção f ( t ) , a n te r io r a b2 é
m u lt ip lic a d a p o r z e r o e a ssim , a fu n ção f 2 ( t ) to rn a -s e :
A p a r t i r d e s te ex em p lo , p o d e -s e i n t e r p r e t a r a fu n ção d egrau
u ( t ) , ou a fu nção d egrau em a t r a s o u ( t - b ) como uma fu n ção de
chaveam ento, a qual " lig a " a fu n ção em b e suprim e o a rgu
mento p a ra to d o s os tempos a n t e r i o r e s .
Essa fu nção de chaveam ento também pode s e r usada
como uma fu n ção de mudança ou de d e s lo c a m e n to , se a fu nção
f(t) f o r m u lt ip lic a d a p o r u ( t - b 2) e se o argum ento de f(t)
f o r mudado de " t " p a ra ( t - b ^ ) , form ando, assim,uma nova fun
ção f 3 ( t )
f 3 (t) = u ( t - b 2 ) • f ( t - b 2)
-st
F(s) « u(t-b)e dt
Jo
Fazendo
p = t-b
Então
t = p+b
d t = dp
E n tã o, p o r s u b s t it u iç ã o
F(s) r 00 ( x -s(p+b) .
u(p) e ' dp
Mas d e v e -s e o b s e r v a r que u (p ) = 0 p a ra p<0; p o r t a n t o , o li
m ite i n f e r i o r pode s e r to rn a d o n u lo .
00
u (p )e sp dp
o
-s b
F (s ) = ^-i -
A p a r t i r d a í v ê - s e que um degrau u n i t á r i o em a t r a
so t o r n a - s e a tra n s fo rm a d a p a ra um degrau u n i t á r i o (1 / s )m u l
t ip lic a d o por e . Logo, e é r e fe r e n c ia d o como uma fu n ção
de d e s lo c a m e n to , ou uma fu n ção em a t r a s o . E sta fu n ção de d e s
loca m en to pode s e r usada p a ra d e s lo c a r q u a lq u e r fu n ção do
tem po. Com e s t e ex em p lo , v iu - s e que um p a r tra n s fo rm a d o pode
s e r e s t a b e le c id o como
-s b
u (t - b ) - —
O
VI
t t
O b s e rv e -s e que r ( t ) é d ire ta m e n te p r o p o r c io n a l a
t.
Se a função rampa f o r m u lt ip lic a d a p o r uma co n s
ta n te , a, a nova fu n ção não é mais p r o p o r c io n a l â t , mas i -
g u a l a at p a ra t> 0 . E s te c o e f i c i e n t e , a , com e f e i t o , muda a
d e c liv id a d e da função rampa, como m ostra o e s b o ç o :
P o r a d iç ã o , p o d e -s e e s c r e v e r a equação de r ^ ( t ) , s o b re cada
r e g i ã o de tempo como
r 5 (t) t < 0 = 0
A r e s p o s ta da c o r r e n t e p a ra uma fu n ção fo r ç a n t e é ,
e n tã o :
R (s )
I(s ) =
zm
m( s )
onde R (s ) = L * [r (t)J ; Zm(s ) = tra n sfo rm a d a de L a p la c e da im -
p e d â n c ia de e n tr a d a , a q u a l d e v e r ia t e r uma p lo ta g em da f o r
ma:
v (s ) = L [s I ( s ) - i ( 0 + )]
v (s ) = sL I ( s ) - L i (0+)
= R ^ I ( s ) + s L I ( s ) + R 2I ( s )
V(s)
= (R1+R2+ s L ) I ( s )
r2
OU
u(t-bi)
b< t— ►
b2 t—
P o d e -s e im a g in a r b^ como uma l o c a l i z a ç ã o no e s p a
ç o , que ê a l o c a l i z a ç ã o b ^ , a p a r t i r de um p o n to de r e f e r ê n
c ia . E p o d e -s e c o n s id e r a r , também, como üma lo c a liz a ç ã o
no e s p a ç o , a p a r t i r do mesmo p o n to . A g o r a , se b^ e b£ e s t ã o
na mesma lin h a , a o b s e rv a ç ã o c o r r e l a t a d e s ta s duas p o s iç õ e s
s u g e r i r i a uma onda v i a j a n t e ; is to ê , o degrau u n i t á r i o ch e
g a r i a em b ^ , a n tes de c h e g a r em b ^. A d if e r e n ç a de tempo
b ^ -b 2 s e r i a o tempo de via gem e n t r e e s s e s p o n to s , üma p lo -
tagem também p o d e r ia s e r f e i t a no e i x o b , tra ta n d o -s e b co
mo a v a r i á v e l em v e z de t . Dessa form a , o es p a ç o ou a fu n
ção b podem s e r p lo t a d o s p a ra v a lo r e s de tem po, como p o r e -
x e m p lo , t i e t2.
^u(ti-b)
b<=t< --------
__________________________ ^ ul<iZ~b)
b2=t2 b_ _
f (x ,t) = u (t - ^)
O b s e rv e -s e que
v = — jL=r- ou v = - — -L=-
✓ lc /l c
dependendo do s i n a l a p r o p r ia d o da fu n ção (na equação (6 .1 4 )).
Uma p lo ta g e m de f ( x , t ) é m ostrada a b a ix o , num diagram a de
tem po.
hsxi/v
*2 * x2/v
xi sV
x2=t2v
P o d e -s e c a l c u l a r a v e lo c id a d e da onda, a p a r tir
de Ax = e A t = t 2- t l = ^x 2- x l ^ —v- * A ssi m' a v e l o c i
dade é :
Ax x2 "xl
v e lo c id a d e V
At 1
(x2_xl) V
L o g o , v ê - s e que a v e lo c id a d e ê ig u a l a v que é
i g u a l a 1//LC, como e s t a b e le c id o nas n o ta s .
u ( t - x/v)
u ( v t - x)
u ( v - x / t)
u (t / x - 1/v)
N o te -s e , em to d o s os c a s o s , que as o p e ra ç õ e s de c h a vea -
mento ou f r e n t e de onda acontecem quando o argum ento ê igu al
a zero.
t - x/v = 0
vt - x =0
v - x/t = 0 .
t/ x - 1/v = 0
t - x/v
N e c e s s it a - s e a fu n ção p o s i t i v a p a ra chavear em t = t ^
a r g = t - t^ - x/v = 0
quando t = t ^ e x = 0 , e n tã o , a r g = 0 , o que s a t i s f a z a c o n d iç ã o .
P o rta n to , o d egrau u n it á r io p o s i t i v o ê
u ( t - t^ - x / v ) .
A equação p a ra o degrau u n i t á r i o n e g a t iv o p od e, e n tã o , ser
e s c r ita como
- u ( t - t 2 - x/ v)
A rg t - t 1~x2/v = 0
x=x2
t = t^+X 2/v
Plotada em
t1+x2/v
r 1 (t ) = a1t u ( t ) M = a^ 1,5 x 10
t = l ,5x10
Daí que a, = —------—— -?— = 0,666 x 10^ M
1 1 , 5 x l0 ~ 6
_6
A segunda rampa, r 2 ( t ) , começando t = l ,5x10 s ,
deve t e r uma d e c liv id a d e n e g a t iv a e a soma r , ( t ) + r » ( t ) deve
_& ± z
p a s s a r p o r 0,5M em t= 4 0 x l0 s.
r 2 (t) = a2 ( t - 1 ,5 x 1 o - 6 ) u ( t - l , 5 x l 0 - 6 )
e
Im pulso = r 1 ( t ) + r 2 (t)
0 , 5M = a x x 4 0 x l0 -6 + a2 (4 0 x l0 -6 - l , 5 x l 0 - 6 )
onde a^ = M / l,5 x l0 6
R eso lven d o p a ra a^
-M 40
(0 ,5
1,5 )
( 3 8 , 5 x l0 - 6 )
------------- 3 ^— x 26,6
38,5x10
- 0,6796 x 106 M
Dando a equação
= - 0,01298 M x 106
S o lu ç ã o : O método do c i r c u i t o e q u iv a le n t e s e r ã usado n e s te
p rob lem a.
A d m ita -se que o degrau de te n s ã o tem a m agnitude v ,
a ssim , tem -se o s e g u in te c i r c u i t o e q u iv a le n t e do te r m in a l
r e c e p t o r da lin h a
A te n s ã o te r m in a l v T é , e n tã o .
2R
ZV
o 1
II
<
VT X R + Z
N
R +
c
If R = Z e n tã o = V
c VT
If R > Z e n tã o > V
c VT
If R < Z e n tã o < V
c VT
So lu ç ã o : O c i r c u i t o e q u iv a le n t e é o mesmo do Problem a 6 .1 1 .
A te n s ã o e x c it a d o r a V ê a g o ra uma rampa V-^t.
r (t) = V ^t u ( t )
2R
D e c liv id a d e = V
1 R + Z
N ota :
V
V
d e c l iv id a d e de
tsi
d e c liv id a d e de r ( t )
<
Se R
o
Se R = Z d e c liv id a d e de d e c l iv id a d e de r ( t )
c VT
d e c liv id a d e de
Se R <Z
c VT < d e c liv id a d e de r ( t )
C o m e n tá rio ; O b s e rv e -s e que a ta x a de su b id a da te n s ã o te r
m in al ê duas v e z e s a da onda que c h e g a , se a l i
nha e s t á a b e r ta no t e r m in a l. Na ta b u la ç ã o acima,
v ê - s e que um te r m in a l r e s i s t i v o r e d u z ir á a ta x a
de subida da tensão terminal. Daí, pode-se ver que, se uma
linha é terminada por outra linha de transmissão, a r e s is
tência terminal e fe tiv a é R=Zc e a tensão terminal é igu al
a tensão que chega.
diagrama do sistema
V ê -s e que a ta x a de su b id a e a m agnitude da te n
são t e r m in a l são 0 ,5 v e z e s a te n s ã o que ch ega . O b s e rv a -s e
que as lin h a s p a r a l e l a s , em uma b a r r a , tendem a r e d u z ir a
g ra v id a d e dos s u r to s que entram em uma e s ta ç ã o
So lu ç ã o : O c i r c u i t o e q u iv a le n t e p a ra o s is te m a com uma t e n -
são que c h e g a , v ( t ), ê
2 V (s ) = (Z c + I(s ))
A c o rre n te ê :
Ks> »^ í£ )_ = v (s ) _ 2 ------ü _
c s +
Zc + sC Z C
c
A te n s ã o te r m in a l ê, e n tã o :
VT (s ) = I ( s ) x ^ « V (s)
c s ♦
ZcC
V (t ) = u (t ) en tã o V (s ) - J
e a te n s ã o te r m in a l é
2
VT (s ) z C
C 3 (S . ^ õ )
2
~ a s (s ♦ a)
onde
a
Usando o p a r tra n s fo rm a d o T - 5 , o b té m -s e :
VT( t ) = 2a (1 - e * ^ ) ] * 2 (1 - e”^ )
P a ra um degrau u n i t á r i o de te n s ã o chegando, a te n s ã o t e r m i
n a l ê uma fu nção e x p o n e n c ia l a scen d en te como m ostrado no e s
b oço a b a ix o :
zo
1.0
C o m e n tá rio : O b s e rv e -s e que a i n f l u ê n c i a do te r m in a l c a p a c i-
t i v o ê i n c l i n a r a f r e n t e da onda no te r m in a l da
lin h a . Se o c a p a c it o r fo s s e re m o v id o , o d egrau
u n itá r io t e r i a r e s u lt a d o em o u tr o degrau u n it á
r io com m agnitude d obrada. O c a p a c it o r mantém a
te n s ã o t e r m in a l, sem d u p lic a r im e d ia ta m e n te . Se
a m agnitude da onda que chega ê m an tid a, a t e n
são d u p lic a r á consequentem ente#
O r e s u lt a d o acima pode s e r usado p a ra se o b te r
a te n s ã o te r m in a l quando ê a p lic a d a uma fu n ção
rampa. O b s e rv e -s e que uma fu n ção rampa ê a in
t e g r a l do degrau u n it á r io e , p o r t a n t o , a res
p o s ta de te n s ã o te r m in a l p a ra e l a s e r á ig u a l à
-■ •»
i n t e g r a l da r e s p o s ta p a ra um d egrau u n i t á r i o .
I. INTRODUÇÃO
Em m uitas s it u a ç õ e s de e n g e n h a r ia , a r e p r e s e n ta ç ã o
g r a f i c a de um problem a não conduz somente a um esb o ço bem
mais e v id e n t e dos c o n c e it o s de um p on to de v i s t a in s tr u
t iv o mas, o que ê mais im p o r ta n te , m uitas v e z e s dã uma pe
n e tr a ç ã o a d ic io n a l no fenômeno f í s i c o e, com i s t o , c h e g a -s e
a uma s o lu ç ã o s im p le s de um problem a com plexo. Is to ê ver
d a d e ir o , porque uma r e p r e s e n ta ç ã o desenhada pode l e v a r â s i m
p lific a ç õ e s que não são e v id e n t e s nas equ ações p o r s i mes
mas. Exemplos de p ro b le m a s , onde e s ta fo rm u la çã o g r a f i c a da
s itu a ç ã o ê s i g n i f i c a t i v a , in clu em : 1) a r e p r e s e n ta ç ã o da s e
ção 7T de uma lin h a de tr a n s m is s ã o , comparada com duas equ a
ç õ e s s im u ltâ n e a s que d escrevem a mesma seçã o da lin h a ; 2) a
r e p r e s e n ta ç ã o do diagram a c i r c u l a r de p o t ê n c ia do problem a
do flu x o de c a r g a . A t é c n ic a g r á f i c a , que é de ig u a l im p or
t â n c ia na a n á lis e de problem as de ondas v i a j a n t e s em lin h a s
de tra n s m is s ã o , ê chamada diagram a em t r e l i ç a s .
Os c o n c e it o s b á s ic o s do diagram a em t r e l i ç a s fo
ram, p r im e ir a m e n te , d is c u t id o s p o r L. V. B ew ly em 1930. A
fin a lid a d e d e s te diagram a ê d a r m eios g r á f i c o s s im p le s de se
f i c a r a p a r das r e la ç õ e s tem po-espaço de ondas de te n s ã o e/ou
re d e s de tra n sm issã o com d e s c o n tin u id a d e s m ú lt ip la s . P or
ex em p lo , no c á lc u lo de s u rto s de d e s c a rg a s a tm o s fé r ic a s em
lin h a s de tra n s m is s ã o com m u itos p on tos de a t e r r a m e n t o (is t o
é, c o n s id e ra n d o o a te rra m e n to dos cabos de t e r r a em cada
t o r r e ) , t o r n a - s e b a s ta n te d i f í c i l m a n ter-se a p a r de tod a s
as ondas r e f l e t i d a s e r e fr a t a d a s ao lo n g o da lin h a , espe
c ia lm e n te após um i n t e r v a l o de tempo r e la t iv a m e n t e lo n g o .
I s t o ê d e v id o ao f a t o de q u e, â medida que cada onda s o fr e
uma d e s c o n tin u id a d e , uma nova onda r e f l e t i d a ê gera d a na
q u e le p o n to de d e s c o n tin u id a d e . Também a onda que p assa a-
lém do p o n to de d e s c o n tin u id a d e ê uma onda r e fr a t a d a e d i
f e r e n t e d a q u ela o r i g i n a l que ch ega.
O c o n c e it o de um diagram a em t r e l i ç a s pode s e r me
lh o r a p re s e n ta d o , c o n s id e ra n d o -s e uma onda s im p le s p ro p a -
gan d o-se u niform em ente ao lo n g o de uma lin h a de tra n sm issã o
sem p e rd a s . P r im e ir o , d e v e -s e c o n s id e r a r um diagram a espaço-
tempo da p rop a ga çã o da p on ta ou da f r e n t e d essa onda de ten
sã o . Esse diagram a é m ostrado na f i g u r a 7 .0 1 .
O diagram a m ostra as coordenadas esp aço-tem p o de
um p o n to da onda, porém , não dã nenhuma in d ic a ç ã o de sua mag
n itu d e ou form a. P o r ex em p lo , p o d e -s e v e r que a f r e n t e da
onda e s t a r i a na l o c a l i z a ç ã o x , no tempo c o rre s p o n d e n te t
a a
na l o c a l i z a ç ã o x ^ , no tempo c o rre s p o n d e n te t ^ , que é a l o
c a liz a ç ã o p r e s e n te m ostrada no diagram a. P o d e -s e v e r , tam
bém, que a f r e n t e e s t a r ã em x no tempo fu tu r o t . A v a n ta -
gem d e v i d a ao uso d esse c o n c e it o de diagram a em tr e liç a s
v a i t o r n a r - s e mais c l a r a em uma s itu a ç ã o onde e x is ta m múl
t ip la s ondas. P rim e ira m e n te , s e r ã ú t i l o exame mais d e ta
lh ado da n a tu r e z a d e s te diagram a. V ê -s e que a v e lo c id a d e da
onda é ig u a l ao in v e r s o da d e c liv id a d e da lin h a .
At
(7 .0 1 )
âx
F ig . 7.02
Essa f i g u r a m ostra que ambas as on d as, d i r e t a e
in v e r s a , podem s e r desenhadas no mesmo diagram a e , a té ,c r u
za re m -s e . N a tu ra lm e n te , se as duas se cruzam, e la s não p o
dem s e r a mesma onda, mas são os diagram as em t r e l i ç a s de
duas ondas d i f e r e n t e s cruzando um mesmo p on to na lin h a de
tra n s m is s ã o . P o r ex em p lo , na f i g u r a 7 .0 2 , p o d e -s e i n t e r p r e
t a r duas ondas d i f e r e n t e s : uma d i r e t a e uma o u tr a in v e r s a ,
ambas chegando ao p o n to x no tempo t .
9 9
A. Diagram a em t r e l i ç a s p a ra uma lin h a s im p le s
= kj v (t) onde k^ = c o e f i c i e n t e de r e f l e x ã o na
e x tre m id a d e x^ da Linha
k v. (7 .0 2 )
s 2
k k. v (t) onde k c o e f i c i e n t e de re fle x a o v n a
s 1 s
fo n t e da lin h a
m
F ig . 7.05
B. Diagrama em t r e l i ç a s c o n v e n c io n a l
Na m a io r ia dos t e x t o s , o diagram a em t r e l i ç a s é
tra ç a d o de m an eira levemente d i f e r e n t e d a q u ela m ostrada acim a.
C o n ven cio n a lm en te, o e i x o dos tempos é tra ç a d o p o s i t i v o pa
ra b a ix o , em v e z de p a ra cim a, como na f i g u r a 7 .0 3 . Na p r ã -
tic a , is to ê mais c o n v e n ie n te p a ra r e s o l v e r o problem a p o r
que ê m elh or com eçar o diagram a no a l t o da p á g in a , do que
a b a ix o .
Um exem plo s im p le s do uso do diagram a em t x e l i ç a s
ê o c á lc u lo da i n f l u ê n c i a de um cabo c u r to na e x tre m id a d e de
uma lin h a de tra n s m is s ã o lo n g a . G era lm en te, um cabo tem uma
im p ed ân cia de s u r to de aproxim adam ente 1/10 da im p ed ân cia de
s u r to de uma lin h a a é r e a e a v e lo c id a d e de viagem é de a p ro
ximadamente 1/2 em r e la ç ã o a e s t a mesma lin h a . Se o cabo
c u r to tem um tempo de viagem t o t a l de A t, o diagram a em t r e
liç a s do problem a pode s e r tra ç a d o como m ostra a figu ra 7.06.
O b s e rv e -s e q u e, se a v e lo c id a d e menor do cabo fo s s e le v a d a
em c o n ta somente p a ra uma v a r ia ç ã o na d e c liv id a d e do ramo do
d ia gra m a , como o c o n c e it o o r i g i n a l s u g e r iu , a d e c liv id a d e na
lin h a a é re a e no cabo ir ia m d i f e r i r de 2 p a ra 1. P ara adap
t a r tudo em apenas um d ia gra m a , p o d e -s e aumentar a r t i f i c i a l
mente o com prim ento do cabo (no tr a ç a d o do diagram a em t r e -
l i ç a ) , re p r e s e n ta n d o -o com duas v e z e s o seu com prim ento r e a l.
Se i s s o é f e i t o , a d e c liv id a d e do ramo s e r á a mesma que a da
seçã o do cabo e a da lin h a .
O b s e rv e -s e q u e, â medida que a onda v i a j a p a ra a
fr e n te e p a ra t r á s , ao lo n g o da seçã o do ca b o , ondas s u c e s
s iv a s são gera d a s e v ia ja m ao lo n g o da lin h a . Supondo a on
da que chega como um d egrau u n i t á r i o , será p o s s ív e l c a l
c u la r a te n s ã o na e x tre m id a d e a b e r ta do cabo. Uma t a b e la p o
de s e r c o n s tr u íd a p a ra os v a lo r e s do ramo do diagram a em tr e
liç a s (v e r a T a b e la 1 ) . E s te s v a lo r e s e s t ã o p lo ta d o s na f i
gu ra 7 .0 7 .
Os r e s u lt a d o s na f i g u r a 7.07 mostram g r a fic a m e n te
a i n f l u ê n c i a do cabo c u r to na e x tre m id a d e de uma lin h a de
tra n s m is s ã o lo n g a . O b s e rv e -s e que somente uma onda que ch e
ga é m ostrada n e s te te r m in a l (v e r f i g u r a 7.06). Is s o é p o r
que a lin h a a é re a ê lo n g a e as ondas m ú lt ip la s r e s u lt a n t e s ,
a p a r t i r do cabo c u r t o , não v ia ja r a m p a ra a e x tre m id a d e mais
d is t a n t e que r e f l e t i u e r e to r n o u . A onda o r i g i n a l que chega
fo i um degrau u n i t á r i o e os r e s u lta d o s da f i g u r a 7. 07 mos
tram que a f r e n t e de onda é re ta r d a d a ou in c lin a d a c o n s id e -
r a v e lm e n t e . Se a onda o r i g i n a l c h e g a r em uma lin h a com e x
trem id ad e a b e r t a , em v e z de no cabo c u r t o , a onda d u p l i c a r á .
Quando o cabo c u r t o é i n c l u í d o no prob lem a, a onda de t e n
são ainda d u p l i c a r á , porém l e v a r á 28 ( t) tempos de viagem
do cabo c u r t o (v e r fig u ra 7 .0 7 ).
Soma
cu m u la tiva
t A 2A de 2A
1,8
J
1,6 J
1.4»
1. 2 »
M agnitude
1,0 »
0,8»
0 ,4 »
0,2 »
Tempo, em unidades A t
III. mEtodo do r e g i s t r o em t a b e l a
Lin h a ae d o is t e r m in a is
F ig . 7 . 0 8 (a )
C ir c u ito e q u iv a le n te da l i n h a de d o is t e r m in a is
F ig . 7.0 8 (b)
Av
re fle tid a ^Vt e r m in a l ^Vchegando
Ai
re fle tid a ^ t e rm in a l ^chegando
No c a p í t u l o a n t e r i o r , a te n s ã o r e f l e t i d a fo i de
f i n i d a em term os das te n s õ e s t e r m in a is e chegando, enquanto
que aqui a v a r i a ç ã o na te n s ã o r e f l e t i d a ê c a l c u l a d a como a
d i f e r e n ç a e n t r e a v a r i a ç ã o na te n s ã o t e r m in a l e a v a ria ç ã o
na que chega* I s s o é meramente um meio de d i z e r que a s u p e r
p o s i ç ã o se a p l i c a n e s t e c a s o . Isto é, se algumas ondas jã
e x is tia m a n tes, a s o lu ç ã o p a ra q u a is q u e r d e l a s , r e f l e t i d a ou
te rm in a l, r e s u l t a n t e s de uma nova onda que chega ou de co
mutação, pode s e r c a l c u l a d a in d e p e n d e n te das que chegaram
a n t e r io r m e n t e * E ste c o n c e i t o ê também ú t i l no c a l c u l o de pro
blemas de chaveam ento, e s p e c ia lm e n t é quando c o n d iç õ e s in i
c ia is d ife re n te s de z e r o e x is t e m na l i n h a de tra n s m is s ã o .
A . Um exemplo de c á l c u l o , usando o c i r c u i t o e q u i v a l e n t e
Terminal de linha 1
C i r c u i t o e q u i v a l e n t e da e x tre m id a d e tr a n s m is s o r a
F ig . 7.09
A T x 1,0 = 0, 5 (7 .0 4 )
T R + Z,
Av = Av - Av
r T a (7 .0 5 )
= 0, 5 - 0 = 0, 5
C i r c u i t o e q u i v a l e n t e da e x tre m id a d e r e c e p t o r a
F ig . 7.10
r l
““ 2 x 1^ 0 - 0,5 (7.06)
c L
A onda r e f l e t i d a é , e n tã o c a l c u l a d a como:
Av = Av - Av
r i a
(7 .0 7 )
= 0,5 - 0,5 = 0
R - Z
r - R + zc =■ ° ( 7 - o8 >
c
E p o s s í v e l f a z e r um e s b o ç o da onda v i a j a n t e em vá
rio s i n s t a n t e s de tempo. C onsiderando o tempo de viagem da
l i n h a como o tempo base T ( i s t o é , T = tempo p a ra a onda via
j a r de uma e x tre m id a d e da l i n h a a o u t r a ) , e n t ã o , pode-se plo-
t a r a te n s ã o ao lo n g o da l i n h a a cada i n s t a n t e .
t = T /2 Q5------------------------------------------
1
1
r ........................................... . "■ X m 2
T/2
-1
II
C+
0,5------------------------------------------
1 2
t = T+ T n as--------------------------------------------------------------1
t 2
Fig. 7.11
B. Método organizado
Ò 2 1 von
I^Nl
Tempo
CM
>
>
v Tn vm
o
c
o
T - 0 2A A
T + 2A A
Os i t e n s i n s e r i d o s são para um t e r m in a l a b e r t o em
"n ". Assim , v ê - s e que A é a te n s ã o que chega e produz a r e
s u l t a n t e te n s ã o i n t e r n a 2A. E n tão, d i v i d i n d o o problema, con-
c e i t u a l m e n t e , em tempos, v ê - s e que em T+ a te n s ã o t e r m in a l
v a i a 2A e a d i f e r e n ç a e n t r e a te n s ã o t e r m in a l em T- e T+ ê
a v a r i a ç ã o d e s ta e é usada p ara c a l c u l a r a te n s ã o r e f l e t i d a
A, mostrada na t a b e l a . A q u i, a d i v i s ã o do tempo nas partes
T - e T+ não tem im p o r tâ n c ia f í s i c a , mas ê uma c o n v e n iê n c ia
que p e r m ite a ta b u la ç ã o de ambas "v^ a n t i g a " e "v^ nova" pa
ra uso no c á l c u l o da te n s ã o r e f l e t i d a .
Se f o r usado o form ato t a b u l a r p ara r e s o l v e r opro-
blema do exem plo da " s e ç ã o A" acim a, s e r á n e c e s s á r i o t e r - s e
uma t a b e l a p a ra cada t e r m in a l de l i n h a . 0 passo de tempo pa
ra e s s e problem a pode s e r o tempo de viagem da li n h a (T ). A
t a b e l a p a ra e s s e exemplo é m ostrada, completamente p r e e n c h i
da, na f i g u r a 7 .13. Os r e s u l t a d o s d essa f i g u r a podem s e r com
parados com os da f i g u r a 7 .0 9 .
Tempo 2 ) v v v 1 2
| - T, Z_ ai at ri j VT 2 I Vo2 Va 2 Vr2
1
0 -
! 0 0 0 0 I 0 0 0 0
0 + | 0,5 0,5 j-
1
T - 1 1.0 0,5
1
1
T -1- 1 0 ,5 0
1
c _ K2 _ 0,0895 x 10"6
0,013 x 10-6 farad/inilha
^ n 2h (>,88
r
No Problem a 1 . 7 , a im pedância de s u r t o f o i dada como:
t = r = 60 x 6, 88 = Ul3 ohms
A v e lo c id a d e f o i dada como:
1 1 1
o o
* /n —
ou
V =
y K jK 2 V 0, 3218 x 10-^ x 0, 0895 x 10-6
1
= 186,000 m ilha/s
5,37 x IO”6
As mesmas c o n s t a n t e s podem s e r c a lc u la d a s p a ra um
cabo s u b t e r r â n e o . C a l c u l a r as c o n s ta n te s para um condu tor de
r a i o de l,2 5 cm (0 ,5 p o le g a d a s ) com o r a i o e x t e r i o r do c i
l i n d r o c o a x i a l de 3,75cm (1 ,5 p o l e g a d a s ) . Também suponha-se
a c o n s t a n t e d i e l é t r i c a r e l a t i v a de i s o l a ç ã o do cabo i g u a l a
5 (e r = 5 .0 ).
Assim , o termo l o g a r í t m i c o é
= / n 3 = 1,10
O, 5
c =
z2
C
2
z2
C
Z
v = ou c
L =
D V
L = C Z2
C
1
v = OU c = — ---
2 2 v Z
C Z c
c
A p a r t i r d e s t e s r e s u l t a d o s p o d e -s e f a z e r compara
ç õ es e n t r e as c a r a c t e r í s t i c a s de cabos e de. li n h a s aéreas.
Se a im p ed ãn cia de s u r t o de um cabo ê aproximadamente 0,1
v e z e s a im pedãn cia de s u r t o de uma l i n h a a é r e a e a v e lo c i
dade de via gem de um cabo é aproximadamente 0,5 v e z e s a v e
l o c i d a d e em uma l i n h a a é r e a , q u a l d eve s e r a r e l a ç ã o en tre
a in d u t â n c ia e a c a p a c i t â n c i a do cabo e da l i n h a a é r e a .
= 0,5 v . . ,
v cabo ' lin h a
z , o ,iz .. ,
cabo _ lin h a 1
L L
cabo 5 lin h a
cabo lin h a
= 20 C
"cabo v i_*Z , 0,5v, . u -OjlZ... , lin h a
cabo cabo ' linha linha
At = 1,015 nanossegundos/pé
A v e l o c i d a d e é aproximadamente 1 pé/nanossegundo ou 1.000
pés/ns.
Problem a 7.3 - D i s c u t i r as r e l a ç õ e s de e n e r g i a em uma l i n h a
de tra n s m is s ã o e r e l a c i o n á - l a s ao problem a da
onda v i a j a n t e e às c o n s t a n t e s da l i n h a .
S o lu ç ã o : A e n e r g i a pode s e r medida em w a tt-s e g u n d o s e pode
s e r c a lc u la d a i n t e g r a n d o - s e o p r o d u t o , e *i,e m r e
l a ç ã o ao tempo, t .
E = e •i dt
aberto
E •
I
Im pedância de s u r t o da l i n h a = Z
Gonprimento da linha = í. em milhas
V e lo c id a d e da onda = v
Quando a chave é fe c h a d a , uma onda de te n s ã o v i a
j a r á ao lo n g o da l i n h a , chegando ã e x tr e m id a d e o p o s ta e a
onda r e f l e t i d a v i a j a r á de v o l t a em d i r e ç ã o à f o n t e . As on
das de t e n s ã o e c o r r e n t e r e s u l t a n t e s podem s e r osboçadas pa
r a d i f e r e n t e s i n s t a n t e s do tempo.
t
0
A t/2
At [— __ Jl E
2E
i - r -
2A t
O fluxo de energia na linha pode ser calculado u-
sando-se a in te gra l acima, onde
* •I
At = | = ^[milhas] x 5, 37 x IO-6
= y i x 5, 37 x 10 ^ s
Energia = Je.idt = e i • t
Tempo Energia to ta l
_ E A
0 E • —x 0 = 0
E A E2 /
At E *| xA t = %? ±
Z Z v
2At E- 2 *2 A t = 2 -J y
2At 2 I2Z ^
V
Qualquer destas duas formas representam correta
mente a energia to ta l na linha de transmissão, em cada in s
tante do tempo. A energia em uma linha também pode ser c a l
culada, com relação às fórmulas capacitivas e indutivas nor
mais .
onde L e C são a in d u t â n c ia e c a p a c i t â n c i a t o t a l .
Essa ê uma e x p r e s s ã o completamente g e r a l para a e -
n e r g i a armazenada em q u a lq u e r rede c o n s t i t u í d a de in d u t o r e s
e c a p a c ito re s e é , também, v a l i d a p ara uma li n h a de tran s
m issã o , onde a e n e r g i a m a gn ética é armazenada no campo mag
n é t i c o em to r n o da li n h a e a e n e r g i a do campo e l é t r i c o ê a r
mazenada no sSeu campo e l é t r i c o . Usando as formas (v ,Z ) de L
e C, a equação da e n e r g i a pode s e r e s c r i t a como:
E n e r g ia - J1L z /_ 2 JL J _
2 v 2 vZ
s 1 l
2 v
Energia =
Agora V = 2E
Energia - jc <2E)2 2CE2
mas ^ l
° vZ
Energia
v (t) = 2 (1 - e " a t )
onde — = c o n s t a n t e de tempo e , no ca s o de
^ = t, a função ê 2 *(1 -e
= 1.264
A magnitude da s o lu ç ã o ( F i g u r a 7 .0 7 ) é 1,26 e n t r e
8 e 10 A t . P ortan to, a c o n s ta n te de tempo é aproximadamente
9At e
1
a
9At
= 150m/^M s
60m
s = At
150m^ s = ° ' 4 /*
Esse aumento exponencial de tensão é, aproximada
mente, o que se esperaria de uma linha de transmissão te r
minada capacitivamente (ver Problema 6.13). Seria in teres
sante c alcu lar a constante de tempo acima, convertendo-se
estas constantes do problema em constantes capacitivas do
cabo.
t = 9At =
ca
Mas v pode ser e sc rita em termos de capacitância do cabo e
da impedância de surto do cabo (usando a aproximação do Pro-
blema 7.2) .
Assim sendo
t ca 9JLCZ
S o l u ç ã o : P ara e s t a s c o n d iç õ e s , os c o e f i c i e n t e s de r e f l e x ã o
são (c o r r e s p o n d e n t e s à q u e le s m ostrados na F ig u r a
7.06) :
1_
*i 3
k
! ± 1
2 3
- 1
k +1
3
A t a b e l a de v a l o r e s c o r r e s p o n d e n te s é :
Soma
t A cu m u la tiv a
de 2A
2 _
0 0, 66 1, 333
3 =
2
2At 0,222 1,776
7 =
4At 0,0741 1,926
6At 0,0247 1,931
8At 0,00825 1,947
10A t 0,00273 1,945
Magnitude
Tempo, em unidadesAt
C o m e n tá r io : Mesmo p a ra a c o n d iç ã o da im pedância de s u r t o i -
g u a l à metade da im pedância de s u r t o da lin h a ,
a p a rece uma forma e x p o n e n c ia l na s o lu ç ã o , como
m ostrado no e s b o ç o acima. A aproxim ação com uma
c a p a c i t â n c i a c o n c e n tra d a não produz um resultado
tão s a t i s f a t ó r i o , porque a m aior p a r t e da s o l u
ção o c o r r e nos t r ê s p r i m e i r o s degraus acima e
to d a e s t a c a r a c t e r í s t i c a se p e r d e r á na a p ro x i
mação da c a p a c i t â n c i a c o n c e n tra d a .
Se os e f e i t o s da f r e q ü ê n c i a r e l a t i v a m e n t e b a ix a
e s t ã o sendo e s tu d a d o s , a c a p a c itâ n c ia concen
t r a d a pode a in d a s e r adequada. Se a f r e n t e da
onda f o s s e s u f i c i e n t e m e n t e le n ta , comparada com
a c o n s ta n te de tempo do c i r c u i t o , a c h a r-s e -ia
pequena d i f e r e n ç a e n t r e o e q u i v a l e n t e com con s
t a n t e c o n c e n tra d a e a s o lu ç ã o c o m p le ta , c o n s i-
d e ra n d o -s e a s o lu ç ã o da onda v i a j a n t e . Os re
s u lt a d o s d e s e n v o l v i d o s n e s t e problem a são p a ra
um degrau u n i t á r i o chegando, o q u a l , p o r d e fi
n iç ã o , tem um tempo de e l e v a ç ã o r á p i d o .
Problema 7.6 - C a l c u l a r a c o r r e n t e a t r a v é s da c h a v e , quando
e s t a é fe c h a d a em uma l i n h a de tra n s m is s ã o
c u r t o - c i r c u i t a d a na e x tre m id a d e mais a f a s t a
da .
So l u ç ã o : O c i r c u i t o pode s e r desenhado como
A c o r r e n t e i n i c i a l a t r a v é s da chave é
onde 2Eva=0 d e v id o às c o n d iç õ e s i n i c i a i s n u la s .
e a p lo ta g e m da c o r r e n t e s e r á :
Slj •
3Ir .
h
-I----- ^------ \
------ *- +■
2 4 6 8 IO
Tempo em unidadesAt
C o m e n tá r io ; A p a r t i r da s o lu ç ã o , v ê - s e que a c o r r e n t e c r e s
ce continuam ente como uma função rampa e s c a lo
nada. E s ta e l e v a ç ã o não a m o r te c id a da c o r r e n t e ê
r a z o á v e l p a ra um s is te m a sem p e rd a com fonte DC.
Os r e s u l t a d o s podem s e r comparados com a s o lu
ção que s e r i a o b t i d a p a ra o c i r c u i t o e q u i v a l e n t e
c o n c e n tr a d o . Se a l i n h a c u r t o - c i r c u i t a d a fo s s e
s u b s t i t u í d a p e l a in d u t â n c ia e q u i v a l e n t e da lin h a ,
a s o lu ç ã o da c o r r e n t e , a t r a v é s da c h a ve, s e ria
uma função rampa.
Curto
A d e c liv id a d e da rampa da c o r r e n t e , c a lc u la d a p a
ra e s te c irc u ito , s e r i a i d ê n t i c a à d e c l i v i d a d e media da on
da de c o r r e n t e e s c a lo n a d a c a lc u la d a acim a, se f o r f i x a d o :
fcZ
L = — ( ver Problem a 7 .2 )
Problema 7.7 - C a lc u la r o s u r t o em uma li n h a de tra n sm issã o,
quando se fe c h a uma c h a ve, a t r a v é s de um r e -
s is to r. Suponha-se que a l i n h a é carregada
com -1 p . u . , enquanto que a f o n t e de te n s ã o
ê uma c o n s ta n te de +1 p .u .
So l u ç ã o : O diagrama do c i r c u i t o é m ostrado a b a ix o :
R T
1,0pu
I W W ------
E = - 1 ,0 + 2 Z v
a
Se f o r f e i t o
R = Z , o f l u x o de c o r r e n t e e a te n s ã o t e r m i -
c
n a l v T podem s e r c a l c u l a d o s .
1, 0 = i (R + Z) - 1, 0
R = Z
2
z
A te n s ã o v T é , e n t ã o , ig u a l a zero
vT = 0
A te n s ã o r e f l e t i d a pode s e r c a lc u la d a como
Avr = A vt - Ava
= [o - ( - 1 ,0 ) ] - 0
= 1,0
Isto é, a v a r i a ç ã o da te n s ã o é de - 1 , 0 a 0, dando
uma Av^ de +1,0 p .u . Assim , uma onda de +1,0 p .u . v ia ja ao
lo n g o da l i n h a . O c o e fic ie n te de r e f l e x ã o da e x tre m id a d e a -
b e r t a da l i n h a é +1,0 de modo que a onda r e f l e t i d a a p a rtir
d e l a é +1,0 p .u . Num tempo 2At após o fecham ento da c h a v e ,a
onda +1,0 p .u . chega à e x tre m id a d e comutada da l i n h a , de ma
n e i r a qu e, a g o ra E ê :
E = -1, 0 + 2 E v
3,
= - 1,0 + 2 (+ 1,0)
= - 1, 0 + 2, 0
= + 1 ,0
V ê - s e q u e, p a ra o c i r c u i t o e q u i v a l e n t e , a c o r r e n t e da chave
va i a zero.
A v a r i a ç ã o na te n s ã o t e r m i n a l é , a g o r a , de 0 a +1,0 p .u . e,
a ssim , a t e n s ã o r e f l e t i d a pode s e r c a l c u l a d a .
Avr = A vt - A v a
= + 1 ,0 - 1 ,0
= 0
P o r t a n t o , a te n s ã o r e f l e t i d a é z e r o . Is t o d e v e ria s er espe
rado p a ra R=Z, r e s u l t a n d o em um c o e f i c i e n t e de reflexão nulo.
C o m e n tá rio : A s o lu ç ã o pode s e r v i s t a mais c la r a m e n t e ,a p a r
tir de um esb o ço com v á r i o s i n s t a n t e s de tempo.
E
w w - Carregado com -1? 0 pu
0
-1,0
A t/2
- 1,0
At ‘ c
+1, 0 I r-
« , 0r
CAPÍTULO 8
I . INTRODUÇÃO
0 c á l c u l o de t r a n s i t ó r i o s ou s u r t o s em c irc u ito s
de tr a n s m is s ã o de p o t ê n c i a é g e ra lm e n te e x e c u ta d o na forma
m o n o fã s ic a . I s s o porque o c á l c u l o de t r a n s i t ó r i o s é um p r o
c e s s o t r a b a l h o s o e , p a ra r e d u z i r o e s f o r ç o n e c e s s á r i o , são
usados e q u i v a l e n t e s m o n o fã s ic o s . Mas, com o c r e s c e n t e uso
de computadores d i g i t a i s no c á l c u l o de t r a n s i t ó r i o s , o tra
b a lh o pode s e r r e d u z id o . D evido ao c o r r e n t e i n t e r e s s e no d e
s e n v o lv im e n t o de programas de t r a n s i t ó r i o s p o l i f ã s i c o s em
computadores d i g i t a i s , d e v e - s e d ar alguma a te n ç ã o a e s t e pro
blem a. Também é im p o r ta n te e s t a r c i e n t e das h i p ó t e s e s fe ita s
quando se e s tu d a um problem a p o l i f ã s i c o , numa forma monofá-
s i c a . A l g o sob e s t e a s p e c t o s e r á a p re s e n ta d o n e s t e C a p ítu lo .
As equ ações d i f e r e n c i a i s p a r c i a i s m o n o fá s ic a s f o
ram d e s e n v o l v i d a s no C a p í t u l o 6, usando-se os e q u iv a le n te s
d i s t r i b u í d o s L e C de comprimento Ax e , e n t ã o , tomando-se o
l i m i t e quando Ax -*• 0. E is as equações m o n o fá s ic a s da l i n h a
de t r a n s m is s ã o :
Al m Ri + L ai
dx àt (8 .0 1 a )
Jl av (8 .0 1 b )
Gv + C
à* àt
4 r^ - HH * H # 3
& - MU ♦
onde
[v ] ê o v e t o r colu n a das te n s õ e s de c o n d u to r.
[i] é o v e t o r colu n a das c o r r e n t e s de c o n d u to r.
[ r ] é a m a t r iz quadrada da r e s i s t ê n c i a lo n g itu d in a l.
[ l ] ê a m a t r iz quadrada da in d u t â n c ia l o n g i t u d i n a l .
[ g] ê a matriz quadrada de elementos condutores em derivação.
[c] é a m a t r iz quadrada da c a p a c i t â n c i a em d e r i v a ç ã o .
W 2 [ v3 (8*o4)
onde
[ v j = [ v ( s , x ) ] = Transformada de Laplace da tensão
[ * ] 2 - [ [ R] [ = ] * s { [ R] [ c] ♦ H [ o] } * . , W [ c ] ]
[L] [c ] = k xk2 [ l ]
onde [l] ê a m a t r iz i d e n t i d a d e
= 0,3218x10 ^ henrys/milha
= 0,0895x10 ® fa r a d s / m ilh a
[ü (s)J = [ Z] ~ 1 [ a ( s ) ] (8 .0 8 a )
[ e ( s )J = - f 2] ’ 1 (8 .0 8 b )
[z] = { [ L ] [ c ] _ 1 } 1/2 = 6 0 [ a ]
onde a m a t r iz [a ] fo i d e f i n i d a no C a p ít u lo 3.
A m a t r iz [a ] contém os l o g a r i t m o s n a t u r a is das d is
t â n c i a s e n t r e os c o n d u to res e as im agens, como d e f i n i d o nas
equ ações (8 .0 4 ) e (3 .1 1 ). E s ta e x p r e s s ã o da m a t r iz impedân-
c i a de s u r t o ê v á l i d a p a ra o s is te m a sem p e r d a s , mas s e ria
bem mais complexa se as perd as fossem m antidas ha s o l u ç ã o .
A tra n s fo rm a d a de L a p la c e das ondas v i a j a n t e s são
dadas na equação (8 .0 6 ) e (8 .0 7 ). E stas equ ações de t e n s ã o e
c o r r e n t e podem s e r i n t e r p r e t a d a s como ondas d i r e t a s e in
versas, da mesma m aneira que no caso m o n o fã s ic o . Se os v e -
t o r e s - c o l u n a t iv e s s e m s i d o e s c r i t o s termo a term o , s e ria e -
v i d e n t e que cada onda de f a s e , ou de c o n d u to r , v i a j a s s e com
a v e l o c i d a d e da l u z , no caso de lin h a s a é r e a s . P o r exem p lo,
c o n s i d e r e - s e o p r i m e i r o termo da equação (8 .0 6 ) ( a componente
da onda d i r e t a ) , p a ra uma l i n h a de d o is c o n d u to re s .
A g o r a , p a ra uma l i n h a de d o is c o n d u to r e s , e s t a equação t o r -
n a -s e
- 8./k, k" x
Vx(s,x) A l(s) e V 1 2 A1(s )
- s//k1k2 x
= e a
- f A x ., .
V2(s,x) a 2 ( s )^ e A2(s )
I s t o pode s e r e s c r i t o como duas equ ações s im u ltâ n e a s :
/ bV ^ 2 X
V ^ S jx ) Ax(s)
(8 . 11)
- *
V2(s,x) A ,(s)
VjCtjX) = A1 (t - £) u (t - £)
V2(t,x ) • Ag (t - í ) H (t - £)
( 8 . 12)
onde
1
v “ —ZZZZT
V -^tjX )
a
____1
(8 .1 3 )
[v] " M - M (8 .1 4 a )
(8 .1 4 b )
M - [* » ] * M
H - HM (8 .1 4 c )
onde
Kl - -MM ( 8 . 14d)
[v ] = é um v e t o r - c o lu n a das te n s õ e s
[i] = é um v e t o r - c o lu n a das c o r r e n t e s
= s u b s c r it o r e f e r e n t e a uma onda d i r e t a
r = subscrito referente a uma onda inversa
[z] = é uma matriz quadrada da impedância de surto
T 7-
impedância de surto da linha descrita Terminação resistiva descrita
por uma m a triz [z] por uma matriz [R]
Um exem plo s im p le s , que to rn a o diagram a acima um
pouco mais f ã c i l de com preen der, é m ostrado na F ig u ra 8 .0 2 .
Terminal
O diagram a da F ig u r a 8 .0 2 , re d u z iu o problem a a.
um caso t r i f ã s i c o e i n c l u i uma term in a çã o r e s i s t i v a , so
m ente. Em g e r a l , a im p ed ân cia te r m in a l pode i n c l u i r o a co
plam en to e n t r e fa s e s , as q u a is c o n t r ib u ir ia m p a ra os term os
f o r a da d ia g o n a l, na m a tr iz [r] .
As equ ações m a t r i c i a i s que descrevem a l i n h a , e-
quação (8 .1 4 ), devem s e r combinadas com as equ ações que d e s
crevem as c o n d iç õ e s t e r m in a is . A q u i, as ondas chegando se
rã o r e f e r i d a s como ondas "a " e as ondas r e f l e t i d a s como on
das " r " .
[VT] -
M ’ M + [ Vr ]
Substituindo (8 .1 5 b ) e (8 .1 5 c ) na (8 .1 5 a ) o b té m -s e :
K H vr ] - [ * ] [ * ] * ( [ ’.] ‘ I S ]}
Is o la n d o [ v &] e [v ^ ] ob tém -se
(8 .1 7 )
Pré-multiplicando ambos os lados por [ r] ^ tem-se:
1 1
Caso monofásico Z “R ( 8 . 21 )
R -Z
R♦Z
Isso confere com a equação (6.44). A p a r t ir d aí,
vê-se a e s tre ita relação entre os problemas monofásico e po
lif ã s ic o . Mais especificamente, vê-se que o problema mono-
fãsico é somente um caso especial do problema p o lifã s ic o .
[vT] = ( v j + [vr ] (8 . 2 2 )
W■M+ÍH'1+H'1}"1{W1•f0]"1} M
M - { [ * ] M 2] T _ { [ 2] 1 « w
A g o ra , os term os [z] podem s e r c o lo c a d o s d e n tro da chave
in v e r s a ({ } tro c a n d o -s e a ordem da m u lt ip lic a ç ã o e in
v e r te n d o -s e os term os [z]
(8 .2 4 )
1
2 v
z ! + i
(8 .2 5 )
R
cs 2 v
Z -*• R
C ir c u it o e q u iv a le n t e onde
tod os os elem en tos são m a triz e s
F ig . 8.03
(8 .2 6 )
(8 .2 7 )
A ten são te r m in a l é , e n tã o , o b t id a :
(8 .2 8 )
(8 .2 9 )
F ig . 8.04
Se o c i r c u i t o e q u iv a le n te ê usado p ara c a lc u la r a
ten são te r m in a l, quando [v ^ ] é c o n h ecid a , s e rá necessário cal
c u la r a lg e b ric a m e n te a ten sã o r e f l e t i d a .
(8 .3 0 )
[ * r w - m
p o d e-se e s c r e v e r o c o e f i c i e n t e de r e f le x ã o como:
- 1 0 0
0 -1 o
0 0-1
para o caso 3 x 3 ,
Assim , o c o e f i c i e n t e de r e f le x ã o é [- l]•
Problem a 8.2 - C a lc u la r a m a triz im pedância de s u rto para uma
lin h a de tran sm issão de d o is c o n d u to re s . Usar
uma con stru ção h o r iz o n t a l com uma separação
de 20 pês e h = 30 p és. Usar um condutor de
r a io de 1/2 p o le g a d a .
S o lu ç ã o ; A m a triz de im pedância de s u rto é :
2h
Zn 'ía
r
[ z ] ® 6o £ aJ «6o *12
Zn Zn
2h
d12 r
Í 2
Zn V ó o 220+ 20
= la . 3,17 - 1,15
d12
Logo:
c u la d a s - [z ][i] - [v ]
V 1
V
H
Z12~
S3
_____ 1
Z21 Z22 V2
1
Z21 *1 + Z22 i 2 = V2
Se as ten sõ es são con h ecidas e d e s e ja - s e c a lc u la r as cor
r e n te s , o in v e r s o de [z ] deve s e r c a lc u la d o .
Z22 ~Z12
“11 Z12 hl
*12 11 “12
M- MM-
“1 1
áDo enunciado
do problema
*6 7 69 1 506
V1
fc37 1 506
_V 2_ „ 69
a ten são t e r i a s id o :
**37 69 1 ^37
V1
V2 69 ^37 0 69
'V ! = 437
*1 = 1
Condutor 1
V2 = 69
- ... — Condutor 2
E n ergia v id t v x 0 x dt = 0
i
2
0 _Z12 i i_
V2_ _Z21 Z22
vi = zn i i
h - è ■™\= 0,2285
C vl - M - h
= 0
v<| 2 10 0 v
ij 2 0,2285a
Condutor 1
I5 ,8 v
Condutor 2
3 Z11 ^12 V1
i2 Z21 Z22 V2
= 10 3 x
-0 ,3 7 1 2,34 15,8 -0,0371+ 0,0371 0
X2
_ -
E ste c a lc u lo c o n fe r e com a c o r r e n te c a lc u la d a a-
cim a, o que d e y e r ia a c o n te c e r , porque m u lt ip lic a r [ z] p or
[i] e [ z] ^ p or [v ] são duas m aneiras de fo rm u la r a mesma
in fo rm a çã o .
E ste problem a novamente e n f a t i z a o e f e i t o do aco
plam en to, o q u a l deve s e r co n sid era d o em problem as de m u lt i-
c o n d u to re s .
Problem a 8.6 - C a lc u la r a ten sã o e a c o r r e n te em uma lin h a
de d o is c o n d u to re s , quando uma chave ê fe
chada em um d e le s e o o u tro é a te r r a d o .
S o lu ç ã o ; O c i r c u i t o e q u iv a le n t e para o problem a ê :
v n = v ~ = 0
al a2
Para essa c o n d iç ã o , te m -s e :
V
<
“zi 2 Zn
co
—
i2
L J —
V» -- —>s
do Problema 8.2
1 (z22) V
“u
2 (-
Ti
ou
V
r z
e fe tiv o
va l ^37
=
o\
I-----
L .*
va2
e o c i r c u i t o e q u iv a le n t e ê
TI
Qlk
M= T2
138
A onda r e f l e t i d a , equação (8 .3 0 ), é :
vr l
Blk ^37 ^39
J—
vr 2 138 69 69
- M
M - - MM
OU
M - - O ] ’1 o ]
Mas o p rodu to de [v ] e [z] ^ f o i c a lc u la d o no Problem a 8 .5 e,
d e s te t r a b a lh o , p od e-se c o n c lu ir que a c o r r e n te a sso cia d a à
ten são é :
r*o - - r r N - -C l
Um esboço da solu çã o ê, e n tã o :
vr =437
Condutor 1
Condutor 2
Condutor 1
II
corrente = 0
Z _____ Condutor 2
CAPÍTULO
I. INTRODUÇÃO
S a b e-se que e x is te m v á r io s t i p o s de d e s c a rg a s a t
m o s fé r ic a s . B asicam en te s ã o : d e s c a rg a s de nuvem p a ra nuvem;
descargas de nuvem p a ra a t e r r a e d e s c a rg a s em e s f e r a s . E x i s
tem v á r ia s r e f e r ê n c i a s 6 ' 7 que d escrevem os mecanismos a t
m o s fé r ic o s que geram e s t e fenôm eno. S erã o estu d a d os os e f e i
t o s das d e s c a rg a s a t m o s fé r ic a s p a ra a t e r r a .
E le t r ic a m e n t e , uma d e s c a rg a a t m o s fé r ic a pode ser
c o n s id e ra d a como um p u ls o de c o r r e n t e . E s te p u ls o de c o r r e n
te f l u i da nuvem c a rre g a d a a t r a v é s de unia e x te n s ã o io n iz a d a
de a r (o relâm p ago r e c o r t a d o que se vê no céu) , a t in g e a l i
nha de tra n s m is s ã o (ou á r v o r e , ou q u a lq u e r o u tr a c o is a ) e
chega à t e r r a . A form a de onda da c o r r e n t e de d e s c a r g a e sua
m agnitude tem uma d i s t r i b u i ç ã o e s t a t í s t i c a ra z o a v e lm e n te bem
c o n h e c id a . Em um tr a b a lh o r e c e n te f o i dem onstrado que e s t a s
são fu n çõ es da a lt u r a do o b je t o a t in g id o .
O p r o c e s s o de d e s e n v o lv im e n to de uma d e s c a rg a a t
m o s fé r ic a é m u ito mais l e n t o do que e l a p r ó p r ia com a sua
tr o v o a d a . Na v e r d a d e , a d e s c a rg a se d e s e n v o lv e numa s é r i e de
e ta p a s , cada uma sendo uma t r a j e t ó r i a io n iz a d a de 15-30m de
com prim ento. Esse e sca lo n a m en to é de s i g n i f i c â n c i a em con
s id e r a ç õ e s de b lin d a g em e causa o a s p e c to r e c o r t a d o dos r e
lâm pagos .
A m a io r ia dos m étodos de p r e d iç ã o de d e s c a rg a s at
m o s fé r ic a s supõe que e l a s possam s e r re p r e s e n ta d a s p p r um im
p u ls o de c o r r e n t e de m agnitude e ‘ form a de onda p r ê - d e t e r m i-
n ad os, com im p ed ân cia in t e r n a i n f i n i t a . Esse modo de v e r o
a s s u n to , que e v i t a e s p e c u la ç õ e s mais p ro fu n d a s , s e r á usado
n e s te c a p í t u l o .
D escarga no to p o de uma t o r r e
7J7T7T7777J777
equivalente corrente suposta da descarga
( o ) (b ) (O
F ig . 9.02
Na F ig u ra 9 .0 2 , uma t o r r e ê a t in g id a p o r uma d e s
c a rg a a t m o s fé r ic a e d e s e ja - s e s a b e r a te n s ã o no to p o da t o r
re r e l a t i v a ao p o t e n c ia l de t e r r a . A c o r r e n t e de d esca rga ,
i n je t a d a na e s t r u t u r a produz uma e le v a ç ã o da tensão devi
do à im p ed ân cia da mesma. Um v a l o r t í p i c o da im p ed ân cia de
s u r to da t o r r e é 150 ohms.
A F ig u ra 9 .0 2 (c ) m ostra um fo rm a to comum d e * rampa
du pla usada em c á lc u lo s d esse t i p o .
P a ra uma im pedân cia de s u r t o , ZT , e uma corrente de
d esca rga , I, o p o t e n c ia l no to p o da t o r r e é , e n tã o , p r o p o r
c io n a l à:
V I Z
T T
D escarga em um co n d u to r fa s e
A te n s ã o de f a s e , em uma lin h a de tr a n s m is s ã o , é
r e la t iv a m e n t e p róxim a do p o t e n c ia l de t e r r a p a ra e s t a s con
d iç õ e s e uma d e s c a rg a no con d u tor fa s e pode o c o r r e r . A te n
são r e l a t i v a à t e r r a , que provém da c o r r e n te de d e s c a r g a ,é ,
e n tã o :
I x Z /2
cond c
onde é a im pedân cia de s u r to de um con d u tor h o r iz o n t a l a-
cima da t e r r a . Z^ ê , t ip ic a m e n t e , 360 ohms. Para uma des
c a rg a a tm o s fé r ic a r e la t iv a m e n t e pequena de lOkA, te m -s e ,e n
t ã o , v con 3 =l ' 8 MV, que é s u f i c i e n t e p a ra c e n t e lh a r facilmente
a m a io r ia dos is o la d o r e s .
P ara e v i t a r i s s o , grande p a r te das lin h a s de trans
m issão usam cabos de c o b e r tu r a que fazem d e s v ia r a c o r r e n te
de d e s c a rg a do con d u tor f a s e . S erã exam inado, a g o r a , como
is to reduz as te n s õ e s de d e s c a rg a s a tm o s fé ric a s , que causam o
c e n te lh a m e n to .
F ig . 9.03
VT = XT X ZG
Em m u itos c á lc u lo s de d e s c a rg a s a t m o s fé r ic a s (p o r
ex em p lo , os que con sid eram t o r r e s b a ix a s ou d e s c a rg a s com
tempos de su b id a l o n g o s ) , a im p ed ân cia de s u r to pode ser
d e s p re z a d a .
E f e i t o de t o r r e s a d ja c e n te s
Usando o c o n c e it o de ondas v i a j a n t e s , é e v id e n t e
que o p o t e n c ia l no to p o da t o r r e é in flu e n c ia d o p o r cndas re
fle tid a s , p rim e ira m e n te , de t o r r e s a d ja c e n te s e , d e p o is , a
p a r t i r das mais a fa s t a d a s .
F ig . 9 .0 5 (a )
Z6 = 20
v . e 20 x 200 »
0 20 + 2 0 0
» 18,2 I
O c o e fic ie n te de r e f l e x ã o em cada to p o de t o r r e s e r á :
« - 0,91
Tempo
O
2 AT
3 AT
4 At
F ig . 9 .0 5 (b )
A F ig u ra 9 .0 5 (b) m ostra o diagram a em tr e liç a s que
pode s e r d e s e n v o lv id o a p a r t i r d a í. D ois exem plos baseados
na F ig u ra 9.05 i l u s t r a r ã o o e f e i t o das r e f l e x õ e s e e s c l a r e
c e rã o a t é c n ic a . A F ig u ra 9 .0 5 (c ) m ostra uma form a de onda
s im p l i f i c a d a da d e s c a rg a a t m o s fé r ic a , usada n e s te p rob lem a.
2 x (1 + K)KV 0 = 2 (1 - 0 , 9 1 )(-0 ,9 1 ) x 18 ,2
= -149 kV/p s
As ondas r e f l e t i d a s da t o r r e do c e n tr o em 2JJLs
tem uma m agnitude de - (1 - 1 ,8 2 ) xO ,91x910kV/yU. s . E la s r e t o r
nam em 4/U.s com sua m agnitude r e d u z id a a (1-1,82)xO,9I 2x910kV/
y(X.s , e causam uma variação em VT de 2 (1 -0 ,9 1 )(1 -1 ,82)x0,912x910
= - lll,2 k V / ^ s . N e s te tempo de 4yUs h á , também, uma con
t r i b u i ç ã o p a ra V da p r im e ir a r e f l e x ã o das segundas
to rre s
1 31 _
em cada d ir e ç ã o ; a magnitude desta contribuição e 2x(l-0,91) (-0,91)
x910= - 1 ,2kV /JíLs . Com c o r r e n t e de d e s c a rg a atmosférica cons
ta n te e sem p erd a nos cabos t e r r a , Vip d e c r e s c e r ã a té zero na
na forma m ostrada na F ig u ra 9 .0 6 .
F = - = 500.000 Hz
2 ys
Tempo (AT)
R ep resen tação da t o r r e
F ig . 9.09
Para uma t o r r e c i l í n d r i c a de r a iô RT e a lt u r a H,
Wagner e H ilem an 8 propõem o uso da s e g u in te im pedância de
s u rto e q u iv a le n te para d escargas d ireta m en te no seu to p o .
Z 60 Z n /2 ( 9. 03)
T
à im pedância de s u rto de um con du tor h o r iz o n t a l acima do s o
lo , as d ife r e n ç a s são s u b s ta n c ia is . P or exem plo, a impedân
c ia de s u rto e q u iv a le n t e aumenta com o comprimento do "co n
d u to r ". A fr a s e "im p ed ân cia de s u rto e q u iv a le n t e " é usada
p o r que a im pedância de s u rto v e r d a d e ir a , d e fin id a p or /L/C,
não é a mesma em tod os os pontos da t o r r e , mas d e c re s c e do
to p o p ara a b a s e , assim como aumenta a c a p a c itâ n c ia p or u n i
dade de com prim ento, r e l a t i v a à b ase.
M uitas t e n t a t iv a s têm s id o f e i t a s para m edir e s t e
parâ m etro. R esu lta d os são dados na r e f e r ê n c ia 10, que su ge
rem a re p re s e n ta ç ã o de uma t o r r e p o r um cone in v e r t i d o , en
quanto J o rd a n 12, em 1937 s u g e riu uma fórm u la que ê v á lid a
a té h o je .
R e fe r in d o -s e à F ig u ra 9 .0 9 , uma d esca rg a a tm o sfé
r i c a r e s u lt a r á em uma ten sã o de s u rto I x ZT , v ia ja n d o na
t o r r e e a tin g in d o a r e s is t ê n c ia de a te rra m e n to , ZG, após um
tempo AT. Em 2AT, uma onda r e f l e t i d a v a i a t i n g i r o topo da
to rre (uma v e z que Z ^ < Z _ ), red u zin d o V_. O e f e i t o da t o r r e
u 1 i
é , e n tã o , r e t a r d a r o e f e i t o b e n é fic o de uma r e s is t ê n c ia bai
xa de a te rra m e n to , um r e ta r d o que é ta n to mais s é r i o quanto
mais in c lin a d a f o r a fr e n t e de onda (d l/ d t e le v a d o ) e quanto
mais a l t a a t o r r e . N esse a s p e c to , a e s tr u tu r a atua mais como
uma in d u tâ n c ia (nos métodos mais a n tig o s de p r e d iç ã o de d es
c a rg a s , a t o r r e é re p re s e n ta d a como uma in d u tâ n c ia concen
tra d a ) .
E n tão, q u a l ê o e f e i t o da t o r r e ? Como o p o te n
c i a l no to p o da t o r r e v a r ia com sua a lt u r a e o seu t ip o ?
Para exam inar o e f e i t o da a lt u r a , c o n s id e r e -s e a s itu a ç ã o da
F ig u ra 9 .1 0 . Da equação (9 .0 3 ):
ZT - 60 í n / T = 200 ohms
F ig . 9.10
( 2 0 , 2 ^0,8 e , enquanto a c o r r e n te c r e s c e permanentemente
(d l/ d t = c o n s t a n t e ), o e f e i t o da t o r r e é re p re s e n ta d o p o r u-
ma ten sã o c o n s ta n te .
F ig . 9.11
I___
1—
V
o
a
Vb 0
V 0 (9 .0 4 )
C
1_____
<
w
_<g_
i
r~ 2H
ln 0
tsT"
£n 0
a~
= 60
2H
V g I (9 .0 5 )
In ln
g
g J L 6J
V = 1/2 x 60 I n 2H /R
o o o (9 .0 6 )
cu tn
V0 ’ — O T - * Vg ' cVg
An
g
F ig . 9.12
F ig . 9.13
Em uma seção a n t e r io r , v iu - s e que as ten sõ es no
is o la d o r em p o r unidade da c o r r e n te de d e s c a rg a , são muito
m aiores quando houver d esca rga s na c o b e rtu ra .
Uma alta proporção de quedas de linha por descar
gas atmosféricas é devida, acredita-se hoje em dia, a de
feitos na cobertura e os resultados de um estudo muito ex
tenso são dados na referência 14.
Uma regra ú t il é que pode-se esperar que um obje
to mais alto vã proteger objetos mais baixos dentro de um
cone de proteção de 30 graus, a p a rtir do ponto mais alto.
Para cabos de cobertura, isto pode ser estendido para s ig
n ific a r que condutores fase, paralelos a um cabo de cober
tura e dentro deste cone de 30 graus, estarão protegidos.Na
prática, isto não é sempre verdadeiro e a referência 14 per
mite muitos refinamentos no projeto de cabos de cobertura.
+ (2 x 50)
Z12 = Z21 = ^ D
en tã o
v = [z - (Z12 " Zl l }
1 ril Z11
„ + Z22
„ -2 Z (I1 * W
12
2
(Z 12 " Zl i r _ „ Z12 " Z11
Z1 = Z
11 - 2(Z1X - Z12 11 2
& + 100'
^ ^11 Zi 2 50 8 + 60 £n D-
Z = ---- -------- = ------------------ :
S o lu ç ã o :
vT » 10 I
Vm . = 500 kV
T max
Z = — = 25^ ohms
x Z
y = -- ----- x 1
VT Zn + Z
(jr
V„ . = 1*81 kV
Tmax
Caso 3 _ Dois cabos de c o b e rtu ra
Z = — = 151-5 ohms
C om en tário: N este exem plo s im p lific a d o , os cabos de c o b e r
tu ra não afetam muito o p o t e n c ia l no topo da torre.
Quando a im pedância de s u rto é c o n s id e ra d a , p o-
d e-se n o ta r que o e f e i t o é muito mais s ig n ifi
c a t iv o e recom enda-se como e x e r c í c i o para o e s
tu d a n te. O e f e i t o mais in t e r e s s a n t e dos cabos de
c o b e rtu ra é seu acoplam ento com o condu tor f a s e ,
red u zin d o a d ife r e n ç a de p o t e n c ia l na c a d e ia de
is o la d o r e s . As r e f le x õ e s das e s tr u tu r a s a d ja
cen tes ajudam a r e d u z ir a ten são no top o da t o r
re mais rapidam ente e a im pedância re d u zid a t o
ta l r e la tiv a â te rra , a p a r t i r de tod as as t o r
re s em p a r a l e l o , reduz o p o t e n c ia l no to p o em
tempos m a io re s , após a o c o r r ê n c ia da d esca rga at
m o s fé r ic a .
CAPÍTULO
I. INTRODUÇÃO
■'Wnrv
■ mi
i +Ai
•K 'K + A ' k
— lí-
k k
dx A i-A i K dx
dx
Fig. 1Ü.2
3(1 + V . r av
3x L 3t (1 0 .0 1 )
3v _ t 3i (1 0 .0 2 )
35T ~ " L Tt
i = -K a2y (1 0 .0 3 )
*K * 3x3t
Onde:
L = in d u tâ n c ia p o r unidade de com prim ento.
C = c a p a c itâ n c ia à t e r r a p o r unidade de
com prim ento.
K = c a p a c itâ n c ia p o r unidade de comprimento
e n tr e e s p ir a s .
A n a tu re za da so lu çã o d e s ta equação d ife r e n c ia l,
(1 0 .0 4 ), pode s e r determ inada exam inando-se os v a lo r e s ca
r a c t e r í s t i c o s ou a so lu ç ã o t r a n s i t ó r i a . Is s o é f e i t o mais fa
c ilm e n te , supondo-se uma so lu ç ã o onde as v a r i á v e i s são se
p aradas. Q ualquer uma das duas form as pode s e r usada:
.. J u t 0j£x
v = V eJ e
ou
v = V coswt sen Bx (10.05b)
/ LCw2
(10.07b)
fi = +
l - u ZLK
Frequência de oscilação
determinado por w.
— |n*
Distribuição espacial da tensão ao
lo n g o de um en rolam en to em camadas
Para a onda e s p a c ia l m ostrada, as co n d içõ es de con
to rn o foram e s c o lh id a s para r e p r e s e n ta r uma ten são a p lic a d a
à esqu erda e um n eu tro a te rra d o â d i r e i t a . Uma s o lu çã o com
p le t a para a equação d i f e r e n c i a l re q u e r a a p lic a ç ã o das con
d iç õ e s de con torn o para c a lc u la r - s e a magnitude de cada com
ponente harm ônico, que e s ta r ã o na forma da equação (1 0 .0 5 ).
Não s erã o f e i t o s e s fo r ç o s p ara a p re s e n ta r uma so
lu ção d e ta lh a d a da equação d i f e r e n c i a l , mas, sim, alguns co
m en tários g e r a is a r e s p e it o da s o lu ç ã o .
É p o s s ív e l usar alguns c o n c e ito s g e r a is para c a l
c u la r a so lu çã o de q u a lq u er equação d i f e r e n c i a l . 0 p r im e ir o
p a sso, em m uitos ca so s, é e s t a b e le c e r os v a lo r e s i n i c i a l e
f i n a l e , e n tã o , reco n h ecer que a s o lu çã o t r a n s i t ó r i a deve
c o n e c ta r as duas r e g iõ e s . N este problem a é r a z o á v e l p r e d iz e r
o v a lo r f i n a l da s o lu ç ã o , como uma ten são l i n e a r e n tre os
d o is te r m in a is . Is s o é d e v id o ao flu x o de c o r r e n te de período
lon go ou b a ix a fr e q ü ê n c ia que p a ssará p e lo ramo da in d u tâ n -
c ia , com uma c o n tr ib u iç ã o d e s p r e z ív e l de c o r r e n te c a p a c i t i -
va. Analogam ente, p od e-se c o n s id e r a r o c i r c u i t o e q u iv a le n te
e d e d u z ir a n a tu re za da d is t r ib u iç ã o i n i c i a l ao lon go do en -
rola m en to. D evido ã c o r r e n te le v a r um c e r t o tempo para se pro
d u z ir em uma in d u tâ n c ia , p o d e-se a n te c ip a r que a d i s t r i b u i
ção da te n s ã o , no p r im e ir o momento, s e rá determ inada p e la
rede c a p a c it iv a da F ig u ra 10.01. Ê p o s s ív e l e s c r e v e r a equa
ção d i f e r e n c i a l d e s ta rede ou d e d u z í- la a p a r t i r da equação
(1 0 .0 4 ) fa z e n d o -s e L °°. Em qu au alqu er ca so , a equação d i
f e r e n c i a l que d e s c re v e a d is t r ib u iç ã o i n i c i a l da ten são é :
(1 0 .0 8 )
Í VC
on d e:
vq é a d is t r ib u iç ã o i n i c i a l da te n s ã o .
onde
C (capacitância to ta l do enrolamento para a terra)
/ K ( c a p a c ita n c ia t o t a l do en rolam en to )
Distribuição
inicial
Na equação (1 0 .1 0 ) os v a lo r e s de $n podem s e r :
0n n = 1,2,3. ( 10 . 11 )
P o r ta n to , a p orção t r a n s i t ó r i a da s o lu çã o é :
senh a (Jt-x)
sen (1 - = f(x ) (10.13)
sen~h a&
0 c á lc u lo d e s ta i n t e g r a l r e s u lt a em:
a2.2
í
n nir 77T
(n u ) +ct 1
Usando e s te s v a lo r e s de na equação (10.12) , a so lu çã o to
t a l pode s e r e s c r i t a como uma s é r ie i n f i n i t a . Os v a lo r e s de
b^ diminuem para um n grande e , assim , somente poucos ter
mos são n e c e s s á r io s para uma so lu çã o com p leta. Um exem plo de
um diagram a de harm ônicas e s p a c ia is aparece na F ig u ra 10.6.
F ig . 10.6
Se a ten sã o de a rc o e l é t r i c o do p ã r a - r a io s é d es
p r e z ív e l, a c o r r e n te n e le i r á a z e r o , sob , aproxim adam ente,
uma ten sã o z e r o . Quando a c o r r e n t e , que e s t a sendo conduzida
a tr a v é s da s e r ie de espaços de a r , p a ssa r p o r z e r o , o arco
e l é t r i c o pode s e r e x tin g u id o p e lo p ã r a - r a io s e e l e c e s s a ra
de c o n d u z ir. I s t o é chamado, algumas v e z e s , de la c r e .
Norm alm ente, nos tra n sfo rm a d o res de a l t a te n s ã o ,o s
p ã r a - r a io s são con ectad os d ire ta m e n te aos te r m in a is . E ste
método assegu ra desempenho e s s e n c ia lm e n te p e r f e i t o enquanto
a p ro te ç ã o perm anecer em co n d içõ es p r ó p r ia s de a tu ação. Em
alguns equipam entos de b a ix a te n s ã o , ou em caso de e q u ip a
mento de menor im p o rtâ n c ia que o tra n sfo rm a d o r de p o tê n c ia ,
t a i s como, o tra n sfo rm a d o r de p o t e n c ia l, um p ã r a - r a io s pode
s e r usado p ara p r o t e g e r mais de uma p a r te do equipam ento.
Quando i s t o é f e i t o , é im p orta n te s e r capaz de a v a l i a r a " ã -
rea de p r o te ç ã o " do p ã r a - r a io s .
P o d e-se r e v e r , sob um pon to de v i s t a g e r a l , o p r o
blema ao q u a l se r e f e r e a F igu ra. 1 0 .9 . Qualquer s u r to , en
tran d o na e s ta ç ã o m ostrada p e lo c i r c u i t o , e n c o n tra rã , p r i
m e iro , o p ã r a - r a io s . E ste darã uma d esca rga e puxarã cor
r e n te , a q u a l, com e f e i t o , con serva b a ix o o n í v e l do s u r to .
Pode p a r e c e r que e s t e n í v e l para o tra n sfo rm a d o r não s e ja
m aior do que a ten são a tr a v é s do p ã r a - r a io s , porém, sob o
ponto de v i s t a da onda v i a j a n t e , d e v e -s e e s p e r a r uma d u p li
cação de ten sã o no tra n sfo rm a d o r.
F ig . 10.9
A. H ip ó te s e s consideradas na análise
A i n f lu ê n c ia do p ã r a - r a io s pode s e r in c lu íd a usan
d o -se as h ip ó te s e s resum idas na seção A, acim a. P rim e iro ,p o -
d e -s e c a lc u la r a s o lu ç ã o para o caso em que o tempo de s u b i
da do im pulso é m uito m aior que 2A t. Para e s t e c a s o ,p o d e -s e
c o n s id e r a r a onda que chega como uma rampa. R e fe r in d o - s e à
F ig u ra 1 0 .1 0 / o b s e rv a -s e que a so lu çã o s e rá a mesma da seção C
acim a, a té que o p ã r a - r a io s d e s c a rre g u e . No momento da d es
c a r g a , a onda r e f l e t i d a de v o l t a da lin h a s e rã i g u a l e op os
t a à onda que chega e a ten sã o no p ã r a - r a io s permanecerá cons
ta n t e . De modo que, a ten sã o nos te rm in a is s e rã a que apa
re c e na F ig u ra 10.12
Para as co n d içõ es e s t a b e le c id a s , essa ten sã o não
s e rã d i f e r e n t e da m ostrada a q u i, porque o p ã r a - r a io s é su
p o s to e x i b i r a m agnitude IR ig u a l ao seu v a lo r de d e s c a rg a .
Usando os r e s u lta d o s da F ig u ra 10.12, é , a g o ra , possível cal
c u la r a ten sã o nos te rm in a is do tra n s fo rm a d o r. Quando a fren
te da onda chega ao te rm in a l a b e r to , a ta x a de e le v a ç ã o da
ten são d u p lic a e uma onda r e f l e t i d a , ig u a l em m agnitude à
ten sã o chegando, v o l t a em d ir e ç ã o ao p ã r a - r a io s . Quando e s
t a ten sã o r e f l e t i d a chega num in s ta n te At mais t a r d e , e la
s e rã r e f l e t i d a com um c o e f i c i e n t e de r e f le x ã o -1 (d e v id o â
n a tu re za co n sta n te da ten sã o do p ã r a - r a i o s ) . A ten sã o líq u i
da e seus r e s p e c t iv o s componentes são m ostrados na F ig u ra
10.13.
F ig . 10.13
O b serve-se que o v a lo r te rm in a l do tra n sfo rm a d o r
exced e a ten sã o de d esca rga do p ã r á - r a io s . V ã ria s con clu sões
podem s e r t ir a d a s d e s te c á lc u lo :
1) Se o tempo de su bida, que v a i desde z e ro a te a d es
c a rg a , é menor que duas v e z e s o tempo de viagem en
t r e o p ã r a - r a io s e o tra n s fo rm a d o r, a ten sã o no t e r
m inal d e s te s e rá duas v e z e s a sua ten sã o de d e s c a r
ga .
2) Â medida que o p ã r a - r a io s é c o lo c a d o mais próxim o do
tra n sfo rm a d o r (menos do que 2At a p a r t i r d e s t e ) , a
ten sã o n e s te dim in u i a te o ponto em que se ig u a la â
ten sã o no p ã r a - r a io s , no caso d e s te e s t a r lig a d o aos
seus te rm in a is .
D. F a to re s a d ic io n a is
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS