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!~edição: 2008
Ficha Catalográfica
.,
:_ l
-
Agradecimentos
HJ r:,.O
I
'Y ">
,
lndice Geral
Bibliografia........................................................................................•·-········· 273
,.
Capítulo 1
1.1 Introdução
í
..•
Bateria
_[ +
Reostato
Excitatriz
❖ Sistema elétrico;
A
v Da propna
• · maqmna
• • smcrona
. { Am13dum
Rotor
• Sobrecargas:
♦ Abertura de fase;
• Cargas fortemente desequilibradas;
♦ Descargas atmosféricas diretas e indiretas.
® Na armadura
• Falha na isolação entre espiras:
• Falha na isolação entre bobinas e carcaça:
• M ovimentação das espiras de,•ido às forças elétricas e
magnéticas. provocadas pelas correntes de curto-circuito:
• Aquecimento nas bobinas e materiais do estator,
• Não equ0lizaçâo de campos elétricos e magnéticos no
material do núcleo da armadura~
• Abenura de espiras.
® No rotor
❖ Falha na isolação entre espiras;
❖ Falha na isolação entre as bobinas e a carcaça:
4 Ca itulo 1
Percentual de
Equipamento
falhas
Gerado r 28,73%
Adução/Sucção 8,5 1%
Mancai 13,30%
-
Serviço Auxiliar
- 4,2.,:i:/o
a) Curto-circuito
~ Entre espiras;
~ Entre fases;
~ Fase e carcaça;
~ Trifásico.
b) Falha de funcionamento
® Perda de excitação:
® Carga de.sequílibrada;
® Sobrevelocidadc:
® Vibração;
® Sobrecarga:
® Sobretensão.
..,õ
ê
BTT !J.
.,
e
!
1-
~ ~~ l 3T( ■ I-:--
G
~ - ( 5z 1...,,.
Curto-
~-------
circuito
- ----t. \
; \
• 'I.
''
'
~
Tempo
Abertura ?
AberlJJra
do do
dis1untor 52 disjuntor 4 1
LT1 l ]"'
_________
t 1. t .,~ I
~onadora
Disjuntor
1
~ Gerador
~ Síncrono
LT 1
'T,
• -
t f I
1 Barra
f ~~ Disjuntor
~ Transformador
~ Gerador
SinCfo no
f X Transformadof
Barra
~-f~- Á Gerador
~ Slncrooo
Figura 1.5.3 - Gerador Síncrono Ac-0plado ao Tmnsfonnador
"•]
~tT t - X Transformador
ili=
Figura 1.5.4 - Geradores Síncronos Acoplados ao Transfonnador
12 C11pilulo 1
Transformador
de 3 enrolamentos
Transformador
auxiliar
C urto-circuito Trifásico
Bobinas da Annadura
e
N
B
Local do defeito
'--.......- - - 1 - ~ tenninal
pE (1 - p)E (1 - p)XG
Curto-drculto Bifásico
Bobinas da Annadura
N Local do defeito
a p% da bobina
..:::..-..Jlll<ll!n..----L--..:C" º , ~
pE
(1:--p)E (i - p)X,, 11 -Pl>S:
..,
. . pE
I a1 = - 1 ., =----'----
ª- pXG + pX2
r De acordo com [5} e apl;r;ir;do a matriz tr.;11sformação das componentes de
seqüências nas componentes de fases. otm~_II!-se:
. . ✓3·E
l a = - l c = - - --
Xo +X2
A intensidade da corrente de curto-circuito bifasica depende do tipo de
rotor da máquina síncrona, o qual pode ser:
~ Máquina síncrona de rotor liso
Neste caso X 0 = X 2 e, assim:
✓3 E
l cc2+ = - ·-
2 X0
~ Máquina síncrona de rotor saliente
Bobinas da Armadura
e
N
B
A
Curto-circuito
à carcaça
-=-
Figura 1.6.6 - Cuno-c-i.rmito Mon ofásico à Carcaça
Para este tipo de defe ito os circuitos de seqüência positiva, negativa e zero
são conectados em série, como mostrc1 a figura 1.6.7.
Seqüênci a posillva
(1 - p)X2
Seqüência negafiva
(1 - p)X 0
(1 .6.2)
· 3E
1cc 1.1.'!'- tem - -- -
- X X- -X- (1.6.3)
G + 2 + O
p%esplras
N
Terminal da Bobina
~ da~ura
~ Trecho desprotegido
pelo relé 87
.Figura 1.6.7 -Gráfico da Corrente de Curto-cirouito em Função do Ponto de Defeito
Bobina da Annadura
e
N
B
A
u
~% espiras em
curto
Figura 1.6.8- Curto-circuito entre Espiras
O trecho de espiras em curto-circuito pode ser interpretado como
correspondendo a um pequeno gerador, separado do gerador principal. Nesse caso,
o curto-circuito é do tipo monofásico para a carcaça e os circuitos de seqüência
estão conectados em série, tal que as correnres de seqüência são dadas por
r· ccenueesp1ras
. =Xa 3E
-- - - --
+X2 + Xo ( 1.6.5)
81
s, Curto-<:ircuito trif'asico;
+ Cano-circuito bifásico;
s, Curto-circuito monofásico para a carcaça, em gerador síncrono com
atenamento sólido do neutro;
+ Cuno-cm:uno monoras1co para cl ~.;rcaça ltei,~: r ••:n .Jguum ro...slrição,
uos geradores que Lenham alerrarncnlo com alta impedância ao neutro.
Conforme apresentado no item 1.6, a proteção diferencial pode também
atuar para defeitos monofásicos à carcaça, com restàção nos geradores que têm
uma impedância considerável conectada. no neutro dos seus enrolamentos.
Outro esquema de proteção diferencial do tipo autobalanço, utilizada em
máquinas de pequeno porte, é apresentado na fi gura 1.7.2.
<l
1o a
1
1 ...
o
e
.,eo
;;;
~
o
]
o
~· N
z
V
Como E = ~ - tem-se
✓3
Proteção de Geradores Slncronos 23
- ✓3·ZN
p- - - - -RTC - l,Jua,u ( 1.8.1)
V LL
l - S.,_
.,_ - ✓3 · V._ (
(
I _ 30M Z = (13,8k)2
but - ✓3 · 13,8k wc 30M (
l
1 T1,a.,., =1255A 1 1 zbasc = 6,348n 1 (
b) A corrente d e curto-circuito 34> 110s terminais do gerad or síncrono.
✓3-E ✓3· 1
- - - =- - - = 3.845pu = 3,845 x 1255 =4825,4A
x~ 1 +x 2 o,2+0,2s
24 Capítulo l
10 Z = 13,Sk 796,70.
H ./¼10
1) No gerador síncrono ut.iliza-se a proteção diferencial, que é alimentada
por conjuntos de TCs de 1200/5. Qual o percentual do enrol.a mento da
armadura protegido pela proteção 87, q ue tem l ajUMc 87 = 0,2A ?
p = 4.80pu = 480%
Conclusão: A proteção d iferencia l o.ão protege nenhum trecho do
enrolamento da bobina do estator para curto-circuito lei>- terra .
p = 0.3pu = 30%
Conclusão: Pa ra um curto-circuito ltj> - terra . a proteção diferencial cobre
70% do enrolamento. a partir do terminal do gerador síncrono. Os 30% restantes do
enrolamento, j unto ao neutro, estão desprotegidos.
h) A corrente de curto-circuito l<j> - terra nos termi11ais do gerador síncrono,
parn o caso de neutro solidamente aterrado.
Proteção de Geradores Síncronos 25
l cci+-1m11 =7 103,3A
i) A corrente de íalta no caso em que a bobina do estator está com defeito e
ocorre um curto-circuito lcj> - terra a 20¾ do enrolamento. O gerador
s íncrono tem neutro solidamente aterrado.
A B e
espíras
. •.
e
(•
•
(
r
•
•
(•
(•
Figura 1.9.3 - Proteção contra Curto-<:ircu1to entre Espiras
•
l
OulfO esquema baseado na utilização de um TC toroidal, que abraça de
mnneira transversa a me!>-ma fase dos enrolamentos da máquina síncrona, ê
apresentado na figura 1.9.4.
!•..
r''
,•..
l
\.
•
(
t ,.
lt
L ,.
,.
'~
Ili
Figura 1 9.4 - TC Toroida l para a Proteção contra Cuno-circuito entre r:.spiras da mesma
Fase 1~
~•I
li
.,
28 Ca Ltulo 1
Muitos geradores s íncronos não usam proteção para defeito entre espiras,
por ser rara essa ocorrência. Outra razão deve-se ao aspecto construtivo da
máquina sincrooa de grande porte, onde são colocadas. uma ou duas espiras por
ranhura. Desse modo, o níve l da tensão e létrica entre espiras é baixo, não forçando
a isolação. Entretanto, se o gerador Tião tiver proteção parn -Jcfeito entre espiras, e
_ na ocnrrêociJI &:!ssa fulha, estP ,:,.feito ~vo!1.1i ~,!!!!AC' 0rú-os danos:,_ que só ser:á
eliminado com atuação de alguma proteção existente. Geralmente. o defeito evolui
rapidamente para um curto-circuito à carcaça.
(l.l0. 1)
la2 =_!_(ia + ã
3
2
ib+ á i c + i c -iJ
Deve-se utilizar conexões com TCs principais e aux iltares para Sl:
conseguir obter a expressão 1.11 .2. tal que o re lé 46 seja sensibilizado pela
seqüência negativa. Um exemplo de esquema é apresem.ado na figura 1.1O. l.
T Proteção de Geradores Slncronos 29
A a e
,.
l
l,
i,
-
Íb
r.
.. .. • •
• 1
" TC aLrollar com
dois primários l. - ~'
J'X R' R
~
'------------,l._~ -- - - - -
Funçào 46
X=✓J_ R
2
Pelo esquema da figura 1. 10. 1 o relé 46 será sensível a
( 1. 11.J)
O nde: L
Correnle de
Gerador seqüênc ia negativ11
Característica
Síncrono
• - - ! 2 em % 1N • 1
Com enrolamento
10%
amortecedor
Pólos Salientes
Com enrolamento
5%
amortecedor desconectados
~ 960MVA com
8%
resfriamento direto
Rotor Cilíndrico
961 u l200MVA com
6%
res friamento direto
Máquina
Refrigeração Valores de K
Síncrona
Pólos Salientes 40
O,~ r,ensador_
• Síncrono
- - -
_j\}
012
i.,
1"'
g
o~ -r====-====;:::=::::::::_==~~=~==
j
ODl Regi.ão de Operaçã.o
Admissível
ow + --r----.,---,-- ~ -..----.---r---,----,,---.--~--l
Odll 0.50 0 6□ 0.70 080 o.ro iro
Ullf!lllTe oe caroo (DO)
(1. 1 LI)
36 Capítulo 1
jX
excitação
~ ------,-~11[,----aJí!ij.......11
l 1
li 1-
jX
.X
R
X
X X
Onde:
Xd ➔ realânc ia sincrona do eixo d ireto da máqu ina síncrona;
+ ------------- ----
Proteçaodo
86
I
"h J: 61X
86
62BF
T=:,oc
RAl í ~
521 lla 52a
.---------------~- -------- • a
e
A figura 1. 16.3 mostra uma máquina síncrona aterrada por uma resisténcia..
B
t
Reatância
A
•
Figura 1.16.4 - Máquina Síncrona Aterrada por uma Reatância
- B
T ransfonnador
de Distribuição
Figura 1. 16 .5 - Mãquina Síncrona Aterrada por um Transfonnador
O transformador utilizado é um transformador mooofásico de distribuição.
Este tipo de atcrramento é idêntico ao do item e, apenas que a resistência efetiva
vista pelo aterramente do gerador é a que está co locada no secundário do
46 Capítulo l
R Atm:......m
- -
= R prunário = ( N p
N.
y
J
R sec undário (1.16.J )
~ - -- - -- e
.___ _ _ _ _ __ _ __ A
.----------------◄ B
,,....-- - - - -.. e
1' I Te_,.,.
Figura 1.16. - Capacit.âncias da Máquina Síncrona
Nesta figura as capncitânc ias entre as bobinas do estator foram
representadas formando uma ligação em Ã. Mas, na modelagem utilizada para a
análise de defeito na máquina síncrona isolada, a representação das capacitã.ncias
entre as bobinas do estator. em Y. é mais adequada. Essa rcpresenwção esta
mostrada na figura 1.16.9.
e_ , T T T T e_.., .
Figura 1. 16 .9 - Capacitãncias da Máquina Síncrona
48 Capítulo 1
h) Atcrramcnto Ressonante
50 Capitulo 1
11
Terminal
1\ x,
1
Xco=-- = - - -
wC0 2rcfC0
Do circuito da figura l.18.3 tem-se
i
••
= i 12 =i 0 =
•
v. 1
A corrente verdadeira, que flui da fase "a" para a terra, é dada por:
1. 19 Sistema Aterrado
( l.1 9. ()
2(R~ + jX_g) +[Rll +3R N+ j (XR +3Xl'I)]
Pela ex-pressão 1.19.l pode-se considerar os sistemas aterrados de acordo
com sua classe (tabela 1.17 . 1), que s.ão:
O sistema fonemente isolado tem o seu aterramento efetuado por uma alta
impedância. Neste caso, ZN =R N + jXN tem um valor comparável ao valor da
realâncía capacitiva da seqüênc ia posiúva e zero. Portanto , o efeito capacitivo
natural dos componentes da ins talação do gerador síncrono não pode ser
desconsiderado. Mas, pode-se desprezar os parâmetros série, resistivo e indutivo,
da bobina do estator do gerador síncrono, que são m uito pequenos_ Assi~ a
expressão LI 8.1 se toma
Proteção de Geradores Sincroaos 53
.1 =.1 == .1 =
v ai ( 1.20. L}
11 10
a1 (3R N + j3X 111 ) //{- j Xc0 )
Este tipo de sistema isolado pode ser feito com:
t!? <\lerra111ento resistivo;
ái Atcrramcnto indutivo;
t!? Aterramenlo capacitivo;
t!? Aterramento por uma impedância z,., = R N + jXN.
Um dos problemas dos sistemas fortemente isolados é o transitório elevado
de tensão que surge devido a:
® abertura e fechamento de disjunlOl'es;
® d isrupção de arcos elétricos;
® atuação de pára-raios;
® defeitos no sistema;
® abertura de fases:
® ferro-ressonância;
® descargas parciais.
Esses transitórios produzem desgastes na isolação e. geralmente. fazem
surgir outros arcos elétricos que geram novos transitórios de tensão, com valores
ainda mais elevado!>. danilirnndo a isolação. A isolação fragilizada coloca em risco
o sistema de geração. porque um defeito de grande porte pode ocorrer. causando o
d~sligamento do sistema.
Pode-se. assim, fazer uma análise extremista, comparando-se o surgimento
dos transitórios de tensão nos sistemas fortemente aterrados e nos sistemas
fortemente isolados. No sistema aterrado os transitórios de tensão gerados s.1o
menores e mais referenciados à terra; e. por isso. diz-se que este sistema --segurc1-
(mantém) a tensão. Já nos sistemas fortemente isolados. qualquer arco elétrico
gerado cria transitórios elevados de te nsão. tiue provoca a re1gnição do próprio arco
ou geram novos arcos elétricos. Em conseqüência. s urgem, sucessivamente. novos
transi tórios de tensão, cada vez mais e levados, até danificar (romper) a isolação.
Ponanto, diz-se que o sistema fortemente isolado nào "segura·• a tensão.
54 Capítulo 1
- jX a,
Figura 1.21. I - Circuito Simplificado para o Sistemn Aterrado com uma Elevada
Resistência R N
Proteção de Gerndores Síncronos 55
(3R N)//(-jXc_0 )
A primeira parce la da expressão l.2 1.2 é a corrente que flui (sobe) através
do aterramenlo resistivo; e a segunda parcela é a corrente que passa no aterrameoto
fictício das capacitâncias do emator à terra (ver figura 1.21.2).
í••
)
í~
e.,,....•
1:TT 4 c_,. , .
o
( 1.213)
)
A corrente que sobe no aterramento das capacitâncias fictícias é dada pda
expressão 1.2 1.4.
. _ j 3Va1
Ico - ( 1.2 1.4)
,
)
X co )
)
56 Capitulo 1
N = terra
V, = terra
terra
v.
Figura 1.21.3 - Referência à Terra
Na ocorrência do defeito lq>-terra, na fase " a", o seu potencial lica idêntico
ao da terra (veT figura 1.2 1.3). Ponanto, pode-se observar que a tensão na
resistência R,-, e idêntica a iensão de fase do gerador síncrono. Verifica-se, também,
que há uma sobretensão aplicada rui isolação das fases sfis de ✓
3VraK· Essa é a
mesma tensão aplicada nas capacitâncias do estator à carcaça. que são
descquilibrad.as, gerando caminhos paro as correntes de seqüência zero. como
moSLTa a figura 1.2 1.2.
As tensões aplicadas nas fases capacitivas geram as correntes mostradas na
figura 1.21.4.
Ln
~
vK
'---
'·~'- N
v,
o•
temi
/
v.•
1,.
De acordo com esta figura pode-se observar que a corrente i., está
adiantada de 90° em relação a tensão V., . O mesmo ocorre para a corrente i11,, que
está adiantada de 90° em reJação a tensão V1b _ Ponanto, considerando a expressão
: ~.!.L5 ~ ;i l:igun> ~.21.4. c<•!lclui-se que
( 1.11 6)
I
•I • o
. _ lc0 L30
1 1ab - ✓ 3
( 1.21.7)
200
100
05 10 1 S 20
Vcri fica-se. na figura 1.2 l.5 que. para valores de R N que satisfaz.em a
inequação 1.1 1.8. os transitórios existentes na instalação ficam limitados a valores
de até 250º~ dos valores de pico da tensão nominal do gerador síncrono.
X <O ~( n 21 s,
3R"
Neste nível de transitórios de tensão não se consegue reacender e nem
gerar novos arcos elétricos no sistema, evitando-se danos na isolação.
58 Capilulo 1
Essa consideração aufere ao ::ict~ma e!i trico aterrado rom urna resistêrir:,-
R N elevada as seguintes vantagens:
@ D iminui o deslocamento do neutro;
© Limita as sobretensões transitórias a valores seguros;
© Reduz a excitação nos TPs;
@ Reduz a possibilidade de ferro-ressonância. que pode ocorrer entre as
capacitâncias naturais e as indutâncias dos equipamentos (T Cs. TPs,
transfonnadores e bobinas do gerador) da instalação:
@ Reduz a possibilidade de inversão do neutro;
@ Produz sensibfüdndc para a operação dos relés para defeitos 1~terra.
exceto para defeitos na bobina do estator, próximos ao n eutro do
gerador slncrooo. Os relés podem ser utilizados para alanne e/ou
abenura do disjuntor:
© Limita as correntes de defeito •~-terra no sistema para valores de até
20A.
A desvantagem desta prática é a utilização de uma resistência de valor
elevado, projetada para atuar no mesmo nível da tensão nominal do gerador
sí_ncrooo.
Para contornar o problema da ali.a resistência. diretamenre conectada no
neutro do gerador slncrono, pode-se utilizar um transformador de distribuição com
o enrolamento primário diretamente conectado nesse neutro e a terra, com uma
resistência de pequeno valor conectada no seu secundário. conforme apresentado
na figura l.21.6.
A resistencia R5 • a ser conectada no secundário do transformador de
distribuição, deve ser taJ que tenha o mesmo efei to da resistência de terra RN ligada
no neutro do gerador s íncrono. Seu valor é d ado por
( 1.21. 10)
Proteção de Geradores Síncronos 59
1 o 6 Y _;l
a
L _ ___ _
,- -. -4,-
!. ~-,---,$
l~,...,....__I §,
Transformador de
Otslribuição
Ís =( N:)1N =(~:}N
O transformador de distribuição deve ser dimensionado para suportar a
corrente de curto-circuito 14>-terra nos tcm1inais do gerador síncrono. durante o
tempo de abertura do disjuntor. A potência aparente do transformador é igual à
potência dissipada no resistor de aterrameoto: isto é
11.21.111
t>U Capitulo 1
1
l0s
li 10.5
60s 4,7
1 11
l0min 2,6
1 11
30min 1.9
1 11
2h 1,4
1 11
Tabela 1.21.1 - Fator de Sobrecarga Permissível por um Curto Período T empo do
Transformador de Distribuição Conectado no Neutro do Gcrador Sincrono
.' Se,undq•
••
Mi~
'
' 1. l ,. S
li
t J' t li IS XI - ~:!O«) IO IOal
Tempo
A T1
TTPl 11H
1Í.
TSA
T e
Figura 1.21.8 - Diagrama Unlíllar
Os parâmetros dos equipamentos da instalação são:
~ Gerador síncrono (G): IOOMVA.13,8kV, 60Hz. Xd = X1 = 0,16pu, Xo
= O, IOpu, 0,30µF/ fase-terra:
"t- Transformador principal {Tl): IOOMVA, 13,8/230kV. XT = O, IOpu.
0.08µ F/fasc-terra no lado .1.;
"t- Transformador de serviço auxiliar (TSA): 45kVA. l3,8kV/240V,
0.009µf/fase-te:rrn no lado de AT:
~ TP: 0.001 µF/ fasc-terra;
~ Pára-raios (cubículo de surto): 0,2µF/fasc-tcrrn;
~ Cabos da instalação no nível de l 3.8kV: O.O 1µF/fase--terra.
1s- = r.;
s8- IOOM
4L83,6A
v3Ve- ✓
3 -13,8k
IccJ• = "6,25x 4183.6 = 26,15kA
Curtos-circuitos 3~ têm correntes ekvac!as, porém a ocorrência de· e 1ipo
de defeito é rara.
b) Calcular • corrente para um corto-eircuito l q>-tcrra na barra A,
considerando ate rramento sóUdo no gerador 1,íncrono.
3
1
L'Cl♦-lfflll
=0,16 + 0,16 + 0,1Ü
=7,.143pu
Icci+~lfflll =29,9kA
A corrente de curto-circuito 1+-.terra é e levada. porque o neutro do gerador
síncrono es!ÍI solidamente aterrado e sua rearância interna é muito baixa.
c) Cakular a resistência ~ que se de,·e conectar no neutro, na ligação Y do
gerador síncrono, de modo que tenha o mesmo eCeito da reatância
capacith'a sí teru da imtalação.
A tabela 1.2 1.2 apresenta as capacitâncias fase à terra dos elementos da
instalação do gerador slncrono.
Capacitãncins
Compoaenles
µF/fase-terro
T ransfonnodor
0,009
auxiliar
TP 0,001
Póra-raios 0.20
Cabos O.OI
Total 0,60
l = - - - -= 4420,97_E__
2nf C0 2n x 60 x 0,6µ fase
Considerando 6.5.9, tem-se
R = X 00 = 4420,97
N ) 3
1 R N = 1473,656n 1
d) Para o caso do item e, calcuJar as correntes que Ouem da lnstalaçio para
um defeito t+-terra na barra A.
Transformando R N e Xco em pu, 1em-se
44 7
X = l0,9 = 2321 45 u
co 1,9044 ' p
1473,656
1,9044
R N = 773,82pu
Note-se qw: os valores anteriores. cm pu. são muiras vezes maiores que os
valores caracterislicos dos equipamentos. Desse modo, os valores caracterislicos
dos equipamentos são desconsiderados. Portanlo, para esse tipo de cuno-circuito
1$-terra, os 3 modelos de seqüência são conectados em série, mas o único que
limita a corrente de curto-circuito é o da seqüência zero, conforme apresentado na
figura 1.21.9.
As cocrenles de seqüência são
- IL0º
l =- - - 430,76µpu = l,8A
KO 2321,45
64 Capitulo 1
jR
ico
2321,45pu T -j2321 ,45pu
i,I = i11 = Í,o j
·
Íco = .l L 0º .
= J430,76µ o
pu = l,8L90 A
- J2321,45
• • • . o
1.0 = r., = r.2 =l,8 + Jl.8 = 2,5455L45 A
A corrente que sobe no alerramento do gerador síncrono é
i = 3 1 17L 60° A
K •
Proteção de Geradores Síncronos 65
,_
i.. =3,l l 7L60° A
5,4 A
a
TO
□ R~ = 0,445in O 7,636L4S' A
3 10,SA 0,6µF ~
,t..SAL90° A -
s _ s~"' _ 42,97
Nomiaal - 2,6 - 2,6
R
s
=( 240
1
13800)
1473 656
'
ll R 5 = 0,44570 li
Verifica-se que o pequeno valor da resistência no secundário produz o
mesmo efeito da a lta resistência colocada no primário, o que é uma das vantagens
dessa prática.
g) CaJcular o ,·aitor da tens ão ru1 resistência do secundário, para o defeito •~
terra na barr.a A.
Este valo r é
Proteção de Gemdores Síncronos 67
JS= 310,3A
V8 =0,4457 x3 I0.5
1V = 138,39Volts J
(
Portanto, para um defeito lt-terra em qualquer ponto da instalação na
saída do gerador síncrono. a tensão no secundário do resistor terá sempre o mesmo
valor. Assim. basta então utilizar uma proteção de sobretensão (59) com um aJusLe (
inferior a este valor. Por exemplo, ajuste de 60 Volts. Como esse defeito ocorre
com pequena corrente de curto-circuito, pode-se temporizar o relé de sobretensão (
59. (
b) Calcubr a corrente de fuga ao solo, pelas capacitâocias natunis da (
instalação do gerador slncrono operando em regime permanente.
lfuca =
✓
13,8k
3 x 4420,77
= 18 ~
' fase
'
(
e b a
ico = l,8L90° A
As correntes de seqílência nas capacitâncias estão apresentadas na figura
1.21.14.
e b a
m ··--····
G A T 2 _.--···- .•
31stema·.
1---~-......--~~----< . Elétrico \
m ~ Yi ••~guivalen~:
DR.
Figura 1.21.15 - Diagrama Uni filar
Gerador síncrono: 160MVA, 18kV, 60Hz, ){.i = X1 = 0.21pu, Xo = O, IOpu,
0,24µF/ fase-lerra;
Transformador principal: 160MVA. 18/345kV, X1 = O,l5pu, O,OJµF/fase-terra
no lado 6 e 0,012µFlfase en tre AT e BT;
Transformador au xiliar: 15 MVA, l 8kV/240V, 0,004µF/ fase-terra no lado
de AT;
T P: 0 ,0005µF/ fase-lerra~
Pár:1- raios: 0,25µF/ íase-terra;
Cabos : da instalação no nível de l8kV: 0,00-tµF lfase-Lerra;
Sistema elétrico equivalente: IOOMVA, 345kV. X 1 = x~- 4%. Xo = 12%:
Transformador de distribuiç:lo: 18kY/2'40V.
Observação: Nesse tipo de sistem a. aterrado com alta resistência. o defeito I ij>-terra
no lado de AT do transformador principal foi detec tado pe la proteção 59 (função
64S), conectada em paralelo com a resistência Rs. P ortanto. o ajuste de tensão da
Proteção de Geradores Síncronos 71
proteção 59 deve ser maior que a tensão obtida para o defeito I cf>-terra na barra de
a li.a tensão e menor que a tensão obtida para o defeito l cf>-terra na barra de baixa
tensão. No caso do esquema da figura 1.21.15, o ajuste da proteção 59, deve ser
(
Nas máquinas slncronas que operam isoladas ou são aterradas com uma
impedância elevada, os defeitos monofásicos à terra não provocam curto-circuito (
ou as correntes são muito baixas, prejudicando a sensibilidade das proteções de l
sob.recorrente. Um esquema de protcçãD adequado para este caso é apresentado na
figuro 1.22 . 1. (
Transformador t
(
0-~
l Y: ] 1
~ ô V,
G
TPs T J\-.. (
~
Figura 1.22.1 - Proteção de Gerador Sincrono Isolado
(
O diagrama trifilar deste esquema é apresentado na figura 1.22.2.
1 • ó. y ;1
a a
Ílc - "• v.
-+-+-+
Ligado em â
ou em Y não
•
aterrado
------1 59 1---~
Função 64 Figura
1.22.2 - Proteção de Tensão de Seqüência Zero no Gerador Síncrono Isolado
.> V, = terra
Figura 1.22.4 Diagrama Fasonal dns Tensões Submetidas aos TPs
Proteção de Geradores Siucronos 73
v• =O
vb=vba
- v =V < ca
Resistência Rs
Tensão nominal
1 1
Relação de
du s istema transformação
[] Potência cm Rs para
o defeito 1<j>-terrà no
sistema
R S(no primino) - X
- co
3
R S(nv primário) =3 x 4420,97 =13262,9 ln
R S(11<1primáno/ = 13262,910
Transferindo a resistência R S(.., prinuínoi para o secundário. n:i unidade
monoíãsic:i. t.em-se
2 2
R5 =(V
V
NS) R S<oo
NP
.
prmwioi
=(_E9__)
13800
13262.91
R5 = 1,0020.
b) Pai-a um defeito t +.terra na barra A, calcular a corrente elétrica que sobe
no a terramento do t ransfor ma.dor de aterr amento.
Todos as correntes, para esse tipo de defeito, foram calculadas no exemplo
1.21. 1. Portanto. a corrente que sobe ao aterramento do transformador é a mesma
que sobe pelo aterramcnto do gerador síncrono do exemplo 6.5. l. isto é
i = 13800 X l S
so 1io •
(
Í50 = 207A
d ) C alcular a tensão elétrica Imposta 11-a r esistência Rs, durante a ocorrência
(
do defeito l lj,-terra na barra A.
(
Ys =3V0 =R 5 iso =1,002 x 207
(
V5 = 207,4lV
Portanto, deve-se ajustar a proteção 59, qu e está fazendo a função 64. em
l
um valor bem abaixo do valor calculado. Geralmente, ajusta-se o a proteção 59
para o valor de 1/3 da tensão calculada. Assim, o ajuste é (
(
V
,\jusu,d<t !>'I
=V3 =207,41
3
= 69 14V
'
e) Dimensionar as unida des monofásicas do transformador de aterramento, de
modo a suporta.r, sem problemas, o de feito l lj,-terra por um tempo de 5min.
r
Durante o curto-circuito 1~-Lerrn, as 3 unidades monofásicas devem suprir
a potência dissipada na resistência R5 • Assim.
3S0011D = R 51~0
S
curto-- ur-eu11n
= l.002 xJ 2072 =14,JP- kVA (
l
Pela tabela l .2 1. 1, o fator de sobrecarga é 3. Assim,
l
S = Sounu--circ,uuo 14,312 l
'-omtn.al J 3
1,8A 1,8A
i. 1
-=-3,117 60 A
o
7,636L45• A
0,6µF ' 4 - J
5,4L90°A!
207 A 20 ,4 IV
Função 64
1.23 TP Único
Vttlé = V l..N(nomin;,J)
Prua uu1 defoi10 líji-iérra, uo .,.is tema, µode oev, .C.i ã se~i:n~ si:-..a~.:-
a) Defeito n.a fase "a"
Vre1t= O
Supondo defeito l~-terra na fase "b", esta tensão cai a zero e o diagrama
fasorial de tensões é o mostrado na figura 1.23.2.
v.
t
..---··~
·-ºReator (
chaves. ocasionando sempre correntes nos defeitos à terra. Essa pequena corrente
pode ser detectada por uma proteção de sobrecorrente que aciona um alarme. Se o
aJarme persistir, por exemplo, por 15 a 25s, procede-se o chaveamento, curto-
circuitando o reator parcialmente ou totalmente. Assim. a corrente de defeito torna-
se alta, ;:rovoca::!do a atuação da proteção especifica para esta situação.
50/51GS
50/51OS
50/51GS
: Equivalente·:
\õÕMv;···
de Curto-
6~
30MVA XR
circuito 138/13,8kV
X=- 10%
1 - ) OM 1255.lA
_, - ✓3 x 13.8k
(
lcrns = 6,666 x 1255,1 = 8367,JA
l
i• =3 x 2,5 = 7 ,5pu = 941 3,2A
e) Calcular o reator a ser conectado no a lerramento da conexão Y. para que o
cu rio-circuito Jcl>-terra, nu barra B. seja de JOOA.
O circuito e o mesmo da figuro 1.25.5. com o reator inserido na seqüênc ia
zero, como mostm a figura 1.25.6.
84 Capítulo 1
li ª1
jQ,IQ jal
SeqOênda Positiva
82
j0,05 j0,10 i,J
Seqüência Negallva
t ªo bo
1
' jXTO
SeqOéncia Zero
j0.1 0 ia.li
a, b,
j0.10 iaJ =1-
Seqüência Positiva 3
82 b2
j0.05 j 0.1 O ic
Seqüência Negabva
ªo bo
j XTu j0.10 iat1
Seqüência Zero j 3X
i. = 3Í11 = 300A
. · 100
1, 1 = 100A 111 = - - pu
I1>ac
3R + ·o4 = 1L 90º
J ' 0,07967 La
JR + j0,4 =12,55 17L (90° - a)
(3R): + (0,4f =(12,5517/
R = 4,l 8Jpu = 26,540
Observação: Como o valor do rcsistor R, no neutro. é muito superior ao da
impedância interna do gerador síncrono, pode-se obter, aproximadamente o seu
valor pelo emprego da expressão
R= Yu 13.8k.
26,550
-J3 X l cuno ✓3 x300
Para o cálculo c:,;ato deve-se usar componentes de seqüência ou co11s1derar
a queda de tensão na bobina do gerador síncrono.
86 Capitulo 1
l
Conforme definido no item 1.17 e na tabela 1.1 7. 1, as impedâncias de
seqílêocia do sistema aterrado devem satisfazer as relações
y - R
~D ..--2.s l
x, - - x,
Nesses casos o oeutrO está ligado diretamente à terra ou aterrado por meio
de uma impedância de valor reduzido. Nesse tipo de sistema, as correntes de curto-
circuito J~-lerra, dependendo do local de defeito, podem ser elevadas e inclusive
superiores as correntes de curto-circuito tri.Jãsica. O nível de curto-circuito pode
variar, dependendo do local do defeito, cuja corrente de defeito depende:
-5- Da configuração do sistema e létrico projetado;
-5- Dos parâmetros dos equipamen tos e componentes da instalação:
7 Do local do defeito:
7 Da resistência de contato no local do defeito.
E sse sis tema aterrado é utilizado no sistema de transmissão.
subtransmissão e distribuição.
a . (
...o
's,
"'
~
..s (
~
1- (
l..
{
(
l
(
o z
1- • -N
t
1
100% p¾ espiras
Bobina do
;
Tenninal da Bobina da
estator
Armadura
Plena Carga
'v
i Sem Carga
i
p% espiras
..
Bobina do
'7
Terminal da Bobina da
estator
Armadura
Bobinado
ostatory
4
p¾ espiras
Sem Carga
Terminal da Bobina da
Plena Carga Armadura
o
ü,
D
1---<-~=-
ª .1...---1c:::,
l---<'1RIJ\--'-+-~ Q
t _____ --- '
I 1 R1 1 1
59 1
+
",r_ -T
59GS
~
y R2
( R1 ·)
T I S:I
Figura 1.29.S - Esquema Fancional em DC d.a Proleção de Subtensão da 31 Harmônica no
Neutro
No esquema da figura 1.29.5 as prou:ções 59GS e 27 estão sintoniza.das oa
freqüência de l 80Hz e o relé 59 é no rmal.
(
Na operação normal do gerador síncrono, isto é, na ausência de defeito, a
tens.ão reversa de 31 hannônica no neutro mantém o relé de subtensão 27
desopcrado, isto é, o seu contato se mantém aberto.
(
A seguir. analisam-se os defeitos monofãsicos a te rra na bobina do estator.
59GS 1 59 1 R1 1 1 R2 +
@
14 @
Figura 1.29.7 - &quema Funcional em DC
Outra possibilidade de proteção do gerador é a denominada de " proteção
de falha à terra por comparação entre tensões de 3Y harmônica oa fase e no neutro".
que utiliza o mesmo esquema apresentado na figura 1.29.6. Com a diferença de que
se considera que a proteção 59GS está, também. sintonizada, na freqüência da 311
hannônica. Assim. é feita a comparação das tensões em l 80Hz. isto é
V 311 do relê ~9GS - V JH do relé 59 > VJll aJuste
Proteção, de Geradores Síncronos 93
j
Filtro
180Hz 1
V
a:::
<O
o
,ro
o-
1•
e
::,
u...
->'-'
.,
"O
õ ,g
~_Q-
EÊ
---...- ~t
..c:o
• i=
o
-:,
j
11 o a
1
1
• ..
+ -) i -
+
->- .~
. f~ r
~ L...L,
+
,->~ ~
- ~
"J
.I!
,;......E
I R2 +
•
l1
u
1
q
1
li
Figura 129.9 - Esquema Funcional em DC da Proteção por Injeção de Sinal em Freqüência
Sub-harmônica
!J
JI
A proteçào baseada na técnica da injeção de sinal sub-harm ônico lcm as
seguintes vantagens: ti
© Protege 100% do enrolamento do estator, li
© É menos sensível a influência das capacitâncias parasitas do circuito do
gerador, devido ao aumento da reatância capaciti va decorrente da baixa
freqüência do sinal injetado; li
t-i
© A umenta a corrente de defeito em freqüência de sub-harmônica,
devido a diminuição da reatância indutiva, decorrente da baixa
freqüência do sinal injetado;
© É independente das inf:luéocias da freqüência em 60Hz e. portanto. esta
proleçàu está sempre ativa durante o procedimento de partida e parada
do gerador sincrono.
A desvantagem é a necessidade da utilização e manutenção dos
equipamentos para gerar o sinal de injeção c m sub-harmônica.
96 Capítulo 1
~
1
--- ---
Figura 1.30.2 - Defeito a Terra em F
B.1a proteção não é sensível ao defeito à carcaça no meio do enrolamento
de campo.
7 □ FonteCA
Transformador (
)-,,,'-~....---------<I!~ l
❖ -,
Disjuntor
aberto
V:7i1JU>IC = 80%Vnumiul
Dependente do porte do gerador síncrono e do sistema. a energização
inadvertida poderá provocar uma corrente de até 4 Ioomm•I: portanto, o ajuste da
proteção de sobrecorrcnte 50, pode ser
j S0".)U>1<: =(0,8 a 1,3)1,.,01Jnl
Durante a operação nom1al do gerador s(ncrono a tensão nominal aplicada
no relé 27 bloqueia a atuação da proteção de sobrecorrente 50.
F.ste ripo de proteção é leito com a função de impedância (21), a qual visa
proteger o .::nrolamento do estator. Esta proteção é complemen1ar às proteções
principais do gerador síncrono.
Instala-se uma proteção 21. como uma proteção adicional do estator e
parte do transfonnador, como indicado no diagrama uni filar da figura 1.33. l.
! 1
!
!
1• zona
·- 1
R
1
1
l 1
i j
l'zon~._.. ......
1
(
Figura l.J3.2 - Diagrama JX versus R da proteção
Dependendo da filosofia da empresa é comum dolá-la de uma pequena
(
temporizarão, com o objetivo de discre1izar os tempos de atuação dos relés, para (
que a seqüência de evenlos li.que bem definida. facilitando a anólise da oscilografia
nos estudos pós-defeito_ Note-se que a temporização adotada de 0,05s não
possibilita a coordenação das proteções envolvidas: portando. ambas as pro teções
atuam no relé 86. mas com atuações discreta no tempo.
A 2• zona tem sua temporização em:
l
'l>- 0.4 ou 0.5s: coordenada com a proteção instantânea da linha de
transmissão. para defeitos em até 50°'o da menor linha coneclada à
barra do lado de alta tensão.
'l>- 1s: valor adotado porque cs1a zona só atua em caso de falha das
pro1eçõcs especificas existentes e a zona da impedfmcia coberta do
gerador síncrono enconrrn-se em local cm que os defeitos são mais
d ificeis de ocorrer e são de pequenas mtcnsidadcs. portanto de menores
danos à maquina.
(
Essa proteção. lambém, pode ser ensibilizada por: oscilação de potencia
no sistema. perda de excitação e partida indevida. \
. o
Zrn =84L79 n
• o
Z Ln =95L79 n
.. 1-ir,;.:J,-----~ - - --
Zrn = 4 Ll 8L8 1°n
Figuro l .33.3 - Digrama Unifilar
Dados:
(13,8k) 2
X T,Rl'J =0,1X-'--- - ' - - = 0,31740
60M
A impedância na menor LT, referida ao lado de BT do transformador é
1
z LTMTl
= ( l3,&k ) 4L.18L81r, = 0.1 482L81°n
230k
i- Ajuste da Jª zona:
3000 l 15
Z ,1~ 1
= 0,7x0,317 4 - - x - - = l,llln
5 13800
z lf%0111l = 1.111n
Temporização = 0,05s
Proteção de Geradores Síncronos 105
3000 115
Z2íronal =0,3907 x - - X - - = J,9535Q
5 13800
=l,953Q
Z2crooai
Temporização = 0,5s
Obseivação: Este ajuste cobre 68.38% do enrolamento do estator. no sentido dos
tenninais ao neutro. Neste trecho as tensões no material isolante são maiores e mais
sujeitas a defeitos.
1
~ Ajuste da l zona, com o disjuntor aben o:
O ajuste é
0,57l3Q }
z ,r.orui(UIIJLmlOfaberto) =120% máx { 0,3 l 74Q
3000 11 5
zlz.om(disjunoorobmoJ = l,2x 0,5713 x - - x - -
5 13800
=),4278Q
z lmna1di1Juoolor al)crtI>J
Temporização = 0,05s
Observação: Este ajuste cobre I 00% do enrolamento do estator.
A proteção apresentada anterionnente é a mais utilizada, mas [lOde-se usar
as alternativa!> mais sfo1plcs descritas a seguir.
Por exemplo. pode-se utilizar a proteção do enrolamento do gerador
síncrono, utilizando uma proteção de distância 2 1, do tipo admitância. direc ionada
re\-ersamente, isto é, dos terminais para dentro da máquina., como mostra a figura
1.33.4.
106 Capitulo 1
◄ E@If13
21 6"7 -,e-
~
◄ E @ J 1 3~ H-l__t---
6 'fi +-
Figura 1.33.5 - Proteção Rc , ersa do Gerador Síncrono e do Transfonnadur
O ajuste. nesse caso. é:
TP X X TP
·,1 ~ T " 2
Relés ~ RV
Fibrurn l.35.1 - Rei~ 60 entre dois T Ps
Se um TP falhar. haverj om dcsb alanço de tensão nos secundârios dos TPs
que será de tectado pela proteção 60.
108 Capílulo L
86PR ➔ é ocio nado pela proteção para defeito não severo nos elementos
{disposüivos) que compõem a unidade de geração. A aruação do relé de bloqueio
86PR deílagra a seguinte seqüência de acões:
'l>, Abertura do disjuntor principal (52), ou seja, toda a potência ativa do
gerador é cortada abruptamente: isto é, com a conseqüente rejeição de
carga.
'l>, Abertura do disjuntor da excitação (4 1):
--------
Distribuidor
._ _s-- deÁgua
l •--" Reguladorde
rl
1
Velocidade
86E ➔ é acionado para defeitos elétricos severos na unidade geradora, tais como os
curtos-circuitos. Nesse caso, deve-se parar a màquina. Geralmente a ativação do
relé de bloqueio 86E é feita pelas proteções 64S, 87G e 2 1backup.
E@'fp l 3
~ ~11
-
Figura 138. 1 - Proteção contra Motoriz.arao do Gerador Síncrono
ObseTVc que, na motorizarão do gerador sincrooo, a proteção de seqüência
negatíva (46) não opera. Isto porque, apesar de haver reversão nas correntes
elétricas, estas permanecem equílibrndas, não gerando correntes de seqüência
negativa. A proteção 46 só operaria se a motorização ocorresse de maneira
desequilibrada.
+ 1 381
1
jAlt 1
1
I Figura 1.39. I - Esquemático da ProLeção do Mancai pela ProLeção 38
Geralmente a temperatura é ajustada I0°C acima da referência da
rempcraturo normalizada
Prou:ção de Geradores Síncronos 115
a) Método elétrico
Defeito na Barra
Tipo e número de defeitos Número Totnl de
Causa do defeito
Desco- total de defeitos
na barra
l ~t 2~t 3~t 3~ nhecido defeitos em%
. Fla:,:,r·.-:::- l,1
1
., - - - 21 21
Defeito no
d isjuntor
16 2 2 - . 20 15,5
Defeito nn .
19 2 - 1 22 17
seccionadorn
Defeito na
isolação
4 1 L 3 - 9 7
.Defeito no T C 3 - - - - 3 2,3
Erro de manobra 8 1 5 1 - 15 11 ,6
Esquecimento do
aterramento
temporário usado
6 1 8 - - 15 11,6
na manutenção
2 .4 Proteção de Barras
Dependendo do porte da subestação, os seguintes esquemas podem ser
utilizados para a proteção de barra:
@ Proteção diferenciaJ de barras com relé de sobrecorrente;
~ Proteção d iferencial de barras com relé diferencial percentual:
@ Proteção diferencial de barras de alta impedância:
~ Proteção diferencial de barras com relé de sobrecorrente direcional;
~ Proteção diferencial de barras com acoplares lineares.
Esses métodos são descritos a seguir.
I 'i.at••mo = 0
Para defeito na barra, tem-se que
L (. * Obarro
Barra
i,
i, i,.,.,,
i, l, l, t•., i.
Curto-art:Uil<>
Bamt
TC, •• • TC~,
i, i, i, 1, l...
A proteção de barra não deve operar para qualquer defeito externo à barra.
A figura 2.5.3 mostra o caso de um deteito fora da barra, mas muito próximo do
T Ci...
LT,
Figura 2.5.3 -Defcito ao Ponto k fora da Barra
Note que a intensidade do curto-circuito na barra e na saída de qualquer
TC é a mesma. P ortanto, a corrente d.e curto-circuito em k será
132 Capitulo 2
n
4 + i 'k = }) 1 = i cuno na Iram
j=J
( rléSO = ±j j -
j=I
Ík - i~= ti] -Oi..+
j~I
iJ=±j j j=I
-i.unona bom
Onde:
j ➔ representa o TC1 que está com curto-circuito próximo mas externo à barra;
R J = -! curto
- na-b,--~
rr, - \
, sendo q ue 1J e' a corrente que 11u1· pe 1a conexao
- J· para o
Lprunano do TCj
curto-circuito na barra.
A seguir analisa-se o fu ncionamento do TC operando de modo normal e
saturado.
O modelo do circuito equivalente do TC operando normalmente.
apresentado no item 1.8 da referência [46], é novamente mostrodo na figuro 2.5.4.
Barra
i~
Terminal do
Transformador Secundário
l<Jeal
+
l
RTC
IX.
1
~-- ----------------------'
Figura 2.5.5 - C"lfCuito Equivalen le Simplificado do T C
Aplicando-se a 1' Lei de Kircbhoff no nó, obtém-se
i . .
_P_ = Is+ I r;
RTC
. i .
(2.5.6)
1s = R~C - lL
Onde
iE ➔ representa o erro do TC.
Os três casos seguinLeS de operação do TC são de ir1teresse prático:
a) Operação nor ma l
Na operação oonnal, isto é, de ntro de sua precisão, pode-se considerar
iE = O. Assim, a expressão 2.5.6 se toma
is ==i
RTC
(2,5.7)
{~E ➔
l5 ➔O
R~C
~
Terminal do
Seoundáno
Figura 2.5.7 - Cu-cuito Equivalente do TC Saturado
Apresenta-se, a scgufr, o caso cm que a saturação do TC pode prejudicar o
desempenho da proteção diferencial com relés de sobrecorrentc. Esse é o caso de
defeito externo à barra, mas pró,ümo ao TC.
Na figura 2.5.8 apresenta-se um curto-circuito na saida do TCt. Para
fac ilitar a análise, na figura 2.5.8, a linha k fo i colocada a direita.
TC,
i,
,_
LT, LT, LT, LT, LT~, LT.
LT,
Supondo que esta corrente i~seja muito elevada, de modo a saturar o TC1o
o circuito equ1.,.._!z:1te será o da ;i~rura 2.5.0.
TC, rc;
i, 1...."
LT2 LT,
LT1
J,deS7 (2.5.8)
l. rd éli7 -- -
Rs 1··
- k (2.5.9)
R R7
Portanto, verifica-se que, de\ ido à saturação. o relé 7 sera sensibi lizado
pela corrente da expressão 2.5.9, podendo fazer a proteção atuar para um defeito
fora da barra. Para e, itar que o relé 87 venha a atuar, para a pior falta externa ã
barra. o seu ajuste deve ser superior ao valor da expressão 2.5.Q_ isto é
(2.5. 10)
Região de
Operação
Região de
Restrição
1r.,atnçao
Figura 2.6. 1 - Proteção Diferencial Percentual com Dois Ajustes de Declividade
Proteçâo de Barras L39
Barra
1 I
~ ~ 11
11
,,
li
.
~
&
R,
Barra
) 1~ I
~ ~
Curto- R,
circuito
j3
i2
~ ½
l
i
1restnça~ do &7
i, - t~- i]J
l )
-'------'-
Resistor
não Ilnear
(Thyrlte)
L,
+ 1
52b(DJ2) 67L2
52b(DJ3) 67L3
52b(DJ4) 67L4
52b(DJS) 67L5
11
Anel
i
1
+ 1 67L1
I 67l2
Proteção de
Sobrecorrenle
(2.9.1 )
ou
\2.9.1)
Onde
V5 ➔ é a tensão no secundário do acoplador Linear;
+ "· -
Fi~ra 2.9.1 - Acoplador Linear
Baseado nesta característica do acoplador linear pode-se utilizar um
i
1
esquema apropriado para a proteção diferenciaJ de tensão de barra.
Por exemplo, a proteçào diferencial de tensão de barras, de um sistema
elétrico em anel, com a utilização do transdutor de acoplamento linear, é mostrada
na figura 2.9.2.
l Barra
1
1
l
1 i~
1 L,
l Figura 2.9.2 - Proteção Diferencial de Tensão de Barras com Acoplador Linear
A proteçào de sobreteOS<io 59, está fazendo a função de proteção
diferencial 87, e a tensão nesse dispositivo é dada por
(2.9.4)
Proleção de Barras 147
i,
i, + j l =i l + j 4 + ~
Í1 +i 2 - Í 3 - i4 - Í 5 = Ü
Substituindo a expressão anterior na ex.pressão 2.29.5. tem-se
v~u =º
Portanto a proteção 87 não atua.
Para um defeito na barra, como mostra a figura 2.9.5, Lodas as correntes de
linha se dirigem ã barra.
Curto-circuito
i, i2 iJ i. i,
L, ½ L:, L4 ½
Figura 2.9.6 - Defeito na Saída do Transdutor 1
Nesse caso a tensão na prOLeção &7 sení
v~1 =-V,+ \\ + VJ+ v4 + Vs: jX(- i, + il + i, + i. + is)
Pela 1ª Lei de Kirchhof'f. aplicada à barra, obtém-se
ti = i2 + Í3 + ( + t,
- i, + i2 + i}+ f. + i_; = Ü
Subs tituindo o equação anterior na expressão da proteção 87, tem-se
\f81 =0 H a proteção F.7 não opera.
As vantagens de se usar o transdutor linear, para a proteção diferenc1al de
tensão de barra, são:
© Ausê ncia de saturação:
© Fácil ajuste;
© Fácil manutenção;
© Em caso de abenura do secundário o transdULor não se danifica;
© Alta rapidez na resposta;
© Alta confiabilidade.
150 Caplrulo 2
DJ.
+
v,
i....3• =24,RL78,39" kA
li v__ P = Vv•7n'"" li
e) erificar a tensão na proteção 87 para um curto-circuito fora da barra. mas
próximo do acoplador linear da linha L3• A figura 2.9.9 mostra ~ correntes
para esse defeito.
A tensão na proteção 87 é
V87 = v1+ v2- vl+ v~
\/81 = 40L80° + 30L70° - 99,6386L75,491' + 30L75º
\181 = zero (a proteção não opera)
152 Capirulo 2
Dfa Dl,
1; =19927,72L75,49° A
v.
+
i,cl♦ = 24,8L78,39° kA
i, = 8L80°kA
L, i1 = 5 L90°kA L~
r~
uma única barra. A figura 2.11.1 mostra um arranjo de barra simples.
~1 Barra Simples
~ ~ ~
~l l~ l L,
Barra Simples
~ 1
L,
___._...._'-[]-/-·
1 ·" ____ _.1
I~ ~1
r+'
~
Seccionadora de
seccionamento
t
~
Ba~A ~)
'- 1 Ba~B
1 1 1 -~,----+--~1-
~ ~ ~ ~ ~ ~
l¼ l~ l½ l~ l½ ~!
Figuro 2. 12. 1 - Seccionamento Simples por Scccionadora
Nessa configuração o sistema pode operar com o seccionamento aberto ou
fechado. A chave de seccionamento, também é conhecida por chave interligadora
de barras.
Nesse esquema aumenta-se a confiabilidade, devido ã maior flexibi lidade
de manobras para eletuar o isolamento da barro com defeito. Quando do defeito em
ama barra, mantém-se a ouLrn barra operando e. portanto, perde-se somente uma
parte da subestação.
Dependendo da posição da chave de seccionamento e, se houver defeito.
por exemplo, na barra B, podem ocorrer os seguintes casos:
156 Capítulo 2
A BamlA
~ Seccionadora de
seccionamento
(tle)
Barra B
~ 8
~ ~ ~ ~ ~ ~
L,
L,
1.,,
~
A. Ba-ra"
r
\.
Bana B
~ B
~ ~ ~
L, L, i,.
52a
Figura 2.12.6 - Esquema em DC da Proteção de Barra da Figura 2. 12-5
Pela análise dos esquemas das fig uras 2.12.5 e 2.12.6, pode-se verificar as
várias possibil idades de manobras e atuação da proteção. Por exemplo, supondo
defeito na barra B a seqüência de atuação da proteção é a seguinte:
(i> A proteção 878 da barra B atua, fechando o contato 87B:
(i> Ativa-se o relé de bloqueio 86B, que fecha os contatos 868:
Com o fechamento dos contatos 868, ativam-se as bobinas de
(i>
aberturas (BA), que abrem os disjuntores 2, 6, 7, 8 e 11e.
Verifica-se, para esse defeito na barra B, que a barra A continua a operar
sem perda da continuidade de serviço.
Proteção de Barras 161
.•
e a proteção remota deve abrir o seu disjuntor para desligar a linha de transmissão
na outra subestaç.ão.
Se ocorrer um defeito em F2 as proteções P1 e P~ atuam abri.n do os
disjuntores 1, 2 e 4. E. após a verificação do defeito em F2., pode-se fechar o
disiu:::©r 4, recompondo a lioh;t 4.
- - -
Note-se que nesse esquema utilizam-se 8 TCs e, por razões econômicas, na
prática empregam-se, no esquema. TCs com 2 enrolamentos secundários, como
mostra a figura 2, 13.4.
+ l
I
94{DJ1 ) +
,.
1 T1
+
Relé de
Tempo
~---
T ~ BA{DJ4)
T 52a(DJ4)
Barra Principal
Ball3 de
L,
Disjunt<lf de
Transfeêuoa
lP
(til!)
Barra Principal
Barra de
Translêocla
L. L,. L, Lo
Figura 2.14.2 - Proteção de Barra do Arranjo Barra Principal e de Transferenc1a
168 Capitulo 2
Disjuntor de
Transferência
Barra A (tle)
Barra B
Proteção de Barras 17 1
'(
© Defeito em seccionadora.
(
Ocorrendo uma folha a proteção atua e o sistema será desligado. mos
sempre haverá a possibilidade de isolar o equipamento com defeito e restaurar a (
continuidade total de serviço. O sistema ficara desenergizado somente durante o
tem~ 6 asto para efet!!Il.T os orocedimentos de manobras na subestac;ilo. _
Por exemplo, supondo que toda a subeswção esteja operando somente com
a barra A e ocorre um defeito nesta barra. Devido a essa ocorrência a proteção da
barra A desliga toda a subestação, abrindo os disjuntores 1, 2, 3, 4 e 5. Após a
análise da ocorrência em que detectou-se o defe ito na barra A deve-se seguir uma (
seqüência de manobras pré-definidas, para passar toda a operação dn subestação
para a barra B. O procedimento da seqüência de manobras é:
+ Abrir todas as seccionadoras "b'"; (
+ Fechar todas as seccionadoras "c"; (
+ Fechar os disjuntores I e 4.
+ Fechar os disjuntores 2 e J. (
Se toda a subestação está operando somente com a barra A e caso haja
{
necessidade de intervenção no disjuntor 2. deve-se fazer as seguintes manobras:
(
✓ Fechar as seccionadoras do disjuntor de transferência;
✓ Fechar o disjuntor de transferência;
✓ Fechar a secc1onadora -2d"'; (
✓ Abrir o disjuntor 2; (
✓ Abrir as seccionadoras "2a'· e "2b".
(
Note que, no caso acima, a barra B foi usada como barra de transferência..
Por isso, esse esquema de barra dupla a 4 chaves, também, é conhecido por bami (
principal e principal de trans ferência (barra P-PT).
Nesse esquema de ananjo de barra dupla sempre haverá manobras para
tirar qualquer disjuntor de serviço. Portanto, devido aos graus de 0cxibilidadc e
confiabilidade apresentados. esse esquema de barra dupla é muito utilizado pelas
empresas de energia elétrica, sendo. porém mais caro. Por esta razão, e le é
empregado nas tensões de 138, 230 e 345kV.
Nesse esquema, existem várias possibilid::1des de operação. Porém. sempre
que se deseja tirar de operação um d isjuntor. deve-se passar roda a subestação a
opemr na barra A, para depois fazer a manobra desejada, usando-se sempre a barra
8 como barra de transfe-réocía. Isto evidencia um excesso de manobras. que é uma
característica desse esquema de arranjos de barras.
172 Capítulo 2
L.
Oi,;juntorde
Transferência TP
Barra A (lie)
~l
1
4b
.., é:
Se ocorrer um defeito na barra A, a seqüência de atuação da proteção
+ Atua a proteçio ~7:
+ Ativa-se o relé de b!0queio. que provoca a abertura de todos os
disjuntores, inclusive o de ·transferência.
b) Disjuntor 2 em manutenção.
Com o disjuntor 2 em manutenção o circuito da linha Li está sendo
protegido pelo disjuntor de transferência (lie) e a barra B está sendo utilizada. Note
que, nessa situação, as seccionadoras 2a. 2b e 2c estão abertas e a 2d fechada. As
seguintes ocorrências são posslveis:
• Curto-circuüo na barra A.
A proteção atua na seqüência:
✓ Atua a proteção 87;
✓ Ativa-se o relé de bloqueio. que abre todos os disjuntores.
• Cuno circuito na barra B.
A proteção atua na seqüência:
7 Atuam as proteções 87 e 67, isro é, fecham-se os contatos 87 e
67NA e abre-se o contato 67NF;
7 Abre o disjuntor de transferência e o restante do sistema continua a
ope rar nonnalmente.
Note que neste caso, o defeito na barra B continua a ser a limentado pela
linha de transmissão Li. Esse defeito pode ser e liminado pe la 2ª zona da proteção
do outro renninaJ da linha de transmissão~, ou pode-se. acionar a transmissão de
disparo direto para abrir o disjuntor do terminal remoto. Essa ação de transmitir o
sinal de disparo direto só é feita com a chave seccionadora tipo bJpass fochada.
que oo caso é a chave seccionadora ··2d" bypass do disjuntor 2.
Deve-se considerar que, quando o disjun1or 2 estiver em manutenção, a
chave de transferência 43, migrou toda a ação da proteção da linha de transmissão
L Ti para o disparo do disjuntor de transferência (1ie). A chave de transferência 43
pode, também. ativar a lógica de transferência de disparo direto.
e) Sistema opera ndo com as duas barras.
r
17-4 Capitulo 2
Oisjunlorde
Tran:sferênoa
Barra A (Jie) '
Barra B
- -- -- - --,
(
Barra A
~ ~ ~;~
(
(
1
Barra B
I (
L, L, DlsjwitDr de
TrB11$1eranda (
(fll,)
L,
Barra A
l½
..
i
"-1
lj- "-1~
~ f f
~ ~
~
BarraB
1 ~
L, BamlA
P1 P3
P6
L, Barra B
i...
Figura 2.17.2 - Proteção da Subestação com Arranjo de Otsjuntor e M eio
178 Capitulo 2
Note-se que, nesse esquema, os TCs das proteções de barras e das LTs
esüio entrelaçados nos disjuntores. de modo a superpor as zonas de proteção_ O
esquemático em DC está apresentado na figura 2_ 17.3.
l, BarraA
L,
.,.
{
(
(
Barra B
L,
Barra A
i Barra B
L, Barra A
P\ p
'--t P4
Barra B ½ L,
Figura 2 .18.2 - Proteção da Subcstaçiio com ATTllnjo de Barra Dupla e Disjuntor Duplll
..
Proteção de Barras 181
Barra A
~ ~ ~
~ ~
~
t ~
~ ~ ~
~ ~ ~
~ ~ ~
Barra B
A 87
P1
P◄ P8
8 87
L. Barra B lr
Figura 'l. l9.2 - Proteção de Barra do Arranjo Disjwuor e Um Terço
A proteção segue as mesmas considerações feitas para o arranjo de
subestações com d isjuntor e meio.
183
- (
(
Capítulo 3
(
Proteção de Reatores
l
(
t
(
3.1 Reator de Linha
l
O reator de linha, também deaomimado de reator sl11mt, é utilizado na linha (
de transmissão, para absorver reativo com o propósito de reguJar a tensão.
D ependendo do tipo construtivo o reator de linha pode ser: l
x Monofásico; (
x Trifásico. (.
Em função da característica. do cw,1:o e da necessidade do sistema elétrico,
o reator pode ser instaJado do seguinte m odo:
l
(
(? No início da linha;
(? No final da linha;
(? Em ambos tenninais da linha de transmissão.
Em relação ao grau de manobrabilidade do reator, este pode ser:
7 Reator com disjuntor na conexão com a linha de transmissão;
184 Capítulo 3
Disjuntor
Reator
Reator
Disjuntor
Reator
Efeito Ferranti- - - - - VN + ó V
f -t..----.-f--...-f--...-f--f.---0 ~
figura 3. 1.4 - Efeito Ferranti
Portanto. o reator (ou os reatores) pode ser conectado na linha de
trausmissão doraute os períodos de carga leve (madrugada), o nde a linha gera
muito reativo. Desse modo, o reator consome pane do reativo da linha de
transmissão de foITT1a a controlar a tensão próxima do valor nomiual. Em regime
norma] de operação do sistema e principalmente na hora de carga pesada (hora da
ponta) o reator deve ficar fora de serviço.
Construtivamente há 2 tipos de reatores. que são:
♦ Reator de núcleo de ar;
♦ Reator de núcleo de ferromagnético imerso em óleo.
¾t-----------+-----------+-
e
0
Alemunento
Função 64
51/50
TC
Reator
(
(
=
Figum 3.5. 1 - Proteção de Sobrecorrcnte do Reator
Considerando as correntes no secundário do TC, em geral. os ajustes do {
relé de sobrecorrcnle são:
l •Jus1eS 1 =1,51N do rculor
1•JllSldO =51N c1o l'CIIOr
b) Proteção Diferencial
A proteção diferencial. bem como a de sobrecorrente de terra. utilizada na
proteção do reator .<i/111111. está mostrada na figura 3.5.2.
Para a proteção de terra, pode-se urilizar a proteção diferencial de terra
como mostra n figura 3.5.3.
192 Capítulo 3
Reator
' i
Reator
,!__J ~
~ , i
.--·\ ,- - -- Unha de Transmissão
--------+--' 11
i
.- l
Capítulo 4
4.1 lntrodução
o sistema elétrico, envolvendo geração, transmissão. distribuição e cargas
elétricas, os elementos fisicos da instalação são compostos pelas impedãncias.
cujas conexões são fei tas de acordo com a configuração da rede e létrica. Af'>
impedãncias do sistema são formadas pelas resistências e indutâncias dos
elementos que compõem o sistema clérrico. Em relação às indutâncias. que podem
ser indmivas ou capacitivas, pode haver predominância de uma delas, dependendo
do local, da carga e do horário.
Os equipamentos e létricos existentes. que constiruem as cargas, são
predominantemente indutivos. Ponanto, durante a operação do sistema elétnco. as
cargas indutivas necessitam de energia reativo. Essas potências reativas são
supridas:
7 Pelos geradores síncronos das usinas hidrelétricas e termelétricas:
-!7 Pelos compensadores síncronos;
-!7 Pelas capacitãncias naturais da rede elétrica:
Proteção de Banco de CapaciLores 195
l
t
(
4.2 Capacitor
O capacitor é um dispositivo focmado, essenc ialmente. por duas placas
condutoras em paralelo, entre as quais é colocado um dielétrico. Construtivamente
as placas são constituídas de aluminio ou chumbo e os dielétricas ;;;.,:-. r:.1aleriais q_ue
sofreran~ tnvdificaç&s técnicas ao longo dos anos.
Os dielétricos mais usado.s são:
• Papel do tipo Kraft.; impregnado com óleo;
• Papel e plástico impregnado com óleo;
• Filme metalizado;
• Filme plástico.
Antigamente, ao capacitar, utilizava-se, o óleo Askarel, que dev ido ser
cancerígeno e não biodegradável, por segurança humana e da natureza. não é mais
usado.
Os capacitares à base de papel apresentam problemas na uniformidade do
dielétrico. Os pontos irregulares do papel apresentam menor rigidez dielétrica e,
em consequência, concentram campos elétricos, pro piciando enfraquecimento e
enveJhecimento do material. Nesses pontos afloram orais descargas elétricas
parciais, que evoluem para um curto-circuito entre as p lacas condutoms. O curto-
circuito ao papel e óleo libera calor e gases, com o e-stufamento e a possível
explosão da unidade capacitiva.
Atualmente os capac.itore-s utilizam dielétrica s p lásticos à base de
po lipropileno e apresentmn as seguintes cara.c teci.slicas:
✓ U nifomudade na rigidez dielétrica;
✓ Menor espe.ssu.ra do dielétrico ;
✓ Unidades mais compactas;
✓ Maior potência reativ~
✓ Menor perda por potência reativa liberada;
✓ Menor taxa de falha:
✓ Maior confiabilidadc;
✓ Menor possibilidade de explodfr.
U rna característica adicional. apresentada por esta unidade capacitiva, é
que quando ocorre um defeito, o curto-circuito no local prov oca um arco elétrico
que dissolve o filme plástico, colando as duas placas condutoras. Deste modo o
capac itar deixa de existir, evitando-se, assim. a sua explosão.
Prot:eçã.o de Banco de Capacitores 197
198 Capitulo 4
Dispositivo
Caooi r - - -"V'Vv-;:::::::~
~-~de.::..descarga
Capacitiva
~le
Potência
V\ J_
Capacitar-
<:--> Te_
Figura 4.4 . 1 - Cai~a Capacitiva sem Elos Fusíveis
Quando ocorre um defeito (curto-circuito) em um capacitor interno da
caixa. o filme de polipropileno queima colando as placas condutoras de alumínio,
eliminando esse elemento capacitivo com defeito. Assim, todo o grupo de
capacitores em paralelo com o capacitor em defeito ficam inativos. Os capacitores
restai1tes. em série, sofrerão um pequeno acréscimo de tensão. Esse acréscimo de
tensão nos capacttores remanescentes compensará parte da potência reativa
suprida. Assim. a caixa capacitiva continua a operar, mas com uma tensão aplicada
maior em cada elemento capacitivo interno. As caixas capacitivas são associndns
com ligação em paralelo e em série, de acordo com o esquema adotado na
instalação elétrica.. A resistência apresentada na figura 4.4.1 corresponde ao
dispositivo de descarga interna da caixa capacitiva. Isto é. quando a caixa
capacitiva é desatinida (desltgada) a energia annazcnada nos capacitores internos é
descarregada nessa resistcncia. Um tempo tipico de descarga, para reduzir a tensão
ao valor igual ou inferior a 50V, é fornecido na tabela 4.4. 1.
5 600V l rnin
I I I (
I I I {
1T 1T 1
~CaixaCapacitM
sem Fusí'lel lntemo
(
T I T l
(
Figura 4-4.2 - Banco de Capacilores Conectado em Estrela Aterrada
O banco de capacitores da figura 4.4.2 deve rá ter um esquema de proteção
apropriado .
Caixa
lN
_f.C
Bucha de
Passagem
V,.
________J -
Fusível
Dis.ooslti..VQ
V',"+==::1~;:--11-::ci:.:::e descarga
Capacitiva
de
Potência
Caixa
Capacitiva
de
Potência
Y\ j_
T
Figura 4 .6. 1- Caixa Capacitiva com Fusíveis internos
(
Proteção de Banco de Capacitores 203 (
1-,--l~I----,1 l 1 1 1l I I 1
l' l' r-•l l'f,?'-"l l'l' ?,___l
1'1 T 2T ~--Mj 1'1 T 2T J- -MT 1'' :r2 :c3- --Mj
1~
: Caixa Capacitiva con,
:
:
!i
j Fuslvet Interno l !
111 1111 __ 1111 . 1
1'1T 2:r3-Mj 1'1T 21'3 MT T 1T 2:r3-Mj
'1 =
~
Figura. 4.6..2 - Ligação em Estrela Aterrada
T
...l.-
1'
HH
'T' 'I T T
Figura 4. í .2- Ligação em estrela Isolada Tipo H
A conexão em estrela tipo H pode, também ser aterrada.
Nas figuras 4.7.1 e 4.7.2 o capacitor equivalente representa as várias
combinações série e paralelo das caixas capacitivas.
(4.8.J)
(4.8.2)
Onde:
f - rreqüênc ia, em [Hz), da rede elétrica;
Proteção de Banco de Capacitores 205
Exemplo 4.8..1: Uma caixa capacitiva tem a seguinte especificação, na sua placa;
L00kVAr e 7,96kV. Qual a potência reativa liberada pela unidade capacitiva na
tensão de 8,5kV?
Solução:
?~:!r
Aplicando-se a expressão 4.8.3, tem-se
Q s.,kv = LOOk(
Q8_,kv = 114kVAr
Na operação fora da normalidade [75] o capacitor pode:
7 operar com até 135% da potência nominal;
+ operar com 180% da corrente nominal;
7 operar com a tensão, na freqüência industrial, sujeita aos Limites da
tabela 4.8.1 .
Pode-se verificar que em regime permanente o capacilor pode operar
10% acima da tensão nominal.
$ A tensão de pico, em qualquer momento, não pode exceder a 20% da
tensão de pico da tensão fundamental em 601-lz. Isso porque,
dependendo da conexão utilizada no banco de capacitores, as
hannônicas existentes deformam a tensão o rig inal.
206 Capitulo 4
fator da sobretensão em
Duração permitida relação à tensão nomi'l2.! do
~ pacitv..
6 ciclos 2.20
15 c iclos 2,00
Is 1,70
15s 1,40
l min 1,30
30min 1.25
permanentemente 1, 10
Tabela 4.8 . 1 - Suportabilidade de Sobretensão no Capacitor [66]
Unha I,_
(
(
(
(
(
l
I II I IF
~~- l
T 2 T J T ◄ 1' 5 T e_, MT
(
Neutro I (
\
208 Capftulo 4
I Ecwa E. E
cauta= ~ = ] =2nfCC8Jll
. - s•
= S-----
2rtfC"'"'ª
• - "' - ,.. E,
ªcaixa - .:.. i• , ... c.h-11 S (4.9.4J
(4. 10. 1)
E S-M
L., = 2rrfC . -• - -
=•w, mu. S S-l
j
~
ou
-fBanco JBaa<:o S •-
- < f < -===-- M
l4. 10.4)
M c1o 10 S- 1
Pela expressão 4. 10.4, pant que o e lo íusivel possa se fuad.ir, quando da
ocorrência de um defeito cm uma caixa capacitiva. deve haver um número mínimo
210 Capítulo 4
r
de caixas capacitivas cm paralelo, em um grupo do banco de capacita res. A tabela
4. 10.1 apresenla essa comdição mínima.
1
li 1 Próprio cuno - 1
2
li 6 12,0 109%
1
3 8 12,0 109%
11 1
4
li 9 12.0 109%
1
5
li 9
1
11,2
. 109,8%
1
6
li 9
11
10,S
1
109%
1
7
li 10
li 11.7
1
109.4¾
1
8 10
li 11,4
1
109,5%
1
9 10
1
11.2
li < 11 0%
1
LO t,Q
1
1 LI
li < 110%
1
11
11 10
1
11 ,0
li < 110¾
1
12
li 11 12.0
li < 11 0%
1
13 11 11,9 < 110%
11 11 1
14
11
11 l l ,8
li < 110%
1
15
li li 11 ,8
li < 11 0%
1
16
li 11 11.7
li < 110%
1
Tabela 4. 10.1- Número Mínimo de Caixas Capacitivas em Paralelo, no Grupo, de acordo
com a Associação cm Serie da conexão do Banco em Estrela Aterrada
Proteção de Bonco de Capacitores 2 ll
Unha I 1_
!
!
ru~sl1'1llllb:~ l
l.
G Í;-
(
t
Figura 4. 10.2 - Elo Rompiuo
A t..ipacilància total dos grupos e sua associação em sé rie. para uma fase.
são novamente apresentadas na fi gura 4. 10.3.
(
(
212 Capillllo 4
Unhal
Grupo 1 I .
(M- 1) Ctaixa
1-,
:
Grupo 2 I MCa,ixa
j
!! ,.
Grupo 3 T MCca1xa E.
i
Grupo S
lT MCa,;xa
Neutro
Figura 4. 10.3 - Fase do Banco de Capacitares com o Primeiro Grupo sem uma Caixa
Capacitiva
Sem uma caixa capacitiva a tensão submetida no grupo correspondente
cresce e seu valor é dado por
M
E grnpo d C<IÍlf0110
fi ' = s(M-1) + I E • (4. 10.5)
E M E t4.10.6)
- grupo N rom•das ::; S(M _ N)+ N a
~
I Kcurro -s--,(-rv_1 _ _J',_~.,..)-+_l_..:/ l mse oannal (4 . 10.7)
-ºª
M -N
(4. 10.8J
S(M - N) + N Icriunnnna1
3MS
l defeuo = JS- 2 Tcai,a (4. 11.1 )
3M E (4. 11.2}
3S(M-N) +2N ª
Supondo que N caixas capacitivas são retiradas. no mesmo grupo, o neutro
da estrela isolada vai se deslocar em relação ao neutro de um sistema equilibrado
ou aterrado. A expressão 4. 11 .3 fornece o valor do deslocamento do neutro.
2 14 Capítulo 4
E - N E (4. 11 .3)
Dcsloeamcolo do NCtJrn> - 3S(M _ N) + 2 N ■
Para garantir ambos, a fusão do elo fusível e que a tensão não ultrapasse
l0% da tensão nominal. a tabela 4. 1.1 apresenta a quantic_tlc: mínima de caixas
êãpác-itivas- em paralelo, para a instalação desejada.
1 1
li 4 1
12.0
1 109%
1
1
2
11
8
1
12,0
l 109%
1
1
3
li ~ 1
11 ,6
1
109..5%
1
4 10 12.0 109%
1 11 1 1 1
5 10 11 ,5 l!0%
11 1 1 1
6
li 10
1
11 ,2
1
11 0%
7 10 11.0 110%
1 1 1
8 11 12,0 109,5%
1 11 1
9 11 11 ,9 < 110%
1 11
10
1
1.1
li 11,8 < 110%
11
1
li
li 11,7 < 110%
1
12 11 11 ,6 < 110¾
1 1 11 1
1
13
1
11
li 11.6
1
< 110%
1
1
14
1
11
li 11 ,5
1
< 11 0%
l
15 11 11 ,5 < 110%
1 1 11 1 1
Proteção de Banco de Capacitores 215
11
16
li 11
11 11,5
11 < 110%
11
Tabela 4.11.1 - Número Mfnimo de Caixas Capacitivas em Paralelo, no Grupo, d.e acordo
com a Associação em Série, para Banco de C apacitores Conectado em Estrela Isolada
t
(
.,
E
B
õ.,a.
..
~ ,:1 T~
" 1
3 i
~ Tl f2
1--i MT111~-1
1
T x
LI-~-- 1 11-i 11
MT r x~ MT T x MT T x
1 2 1 2 1
k- 1 L, ___ 1
"'T 1: x MT
1 f 1 1 f 1
Estrela A '--- - - - - - - - - - - - - - - ' Estrela B
figura 4.12.1 - Dupla Estrela Isolada
A tensão em cada cai.xa capacitiva é a mesma obtida pela expressão 4.9.3.
A corrente normal que passa por uma cajxa capacitiva é dada pela expressão 4.9.4.
Na ocorrência de um defeiLo a corrente de cuno-circuito que passa pela
caixa com defeito é dada pela expressão 4. 12. 1.
216 Capilll]o 4
l _ 6MS l
11er,,to - _ aw (4.12.1 )
68 5
Após a abertura do e lo fusível o grupo perderá a caixa capacitiva
defeituosa e havera uma e levação de pc:,;:ucial nos capacitores desse grupo. A
- expressão 4.12.:Z ôá o \-õ..lo!" 1a tensau :!C!::o~~apõ.:itores do grupo, par.. o caso .::e N
caixas retiradas.
6M E
(4.12 2)
6S(M -N)+5N •
Com as N caixas capacitivas retiradas de um mesmo grupo haverá um
deslocamento do ponto central dos bancos de capacitares conectados em dupla
estrela. P elo cabo condutor que conecta os centros da dupla estrela fluirá uma
corrente e létrica. cujo valor é dada pela expressão 4. 123.
3MN f
(4. 12.3)
6S(M - N)+ 5N caiu
A tabela 4. 12.1 apresenta o número mínimo de unidades que deve conter
cada grupo, para possibilitar a fusão do elo fusivel e manter a tensão abaixo de
10% de sobre1ensão nos capacitores do grupo.
Múltiplo da
Número Porcentagem da
Número (S) corrente de uma
mínimo de tensão nominal
Múltiplo da e.ai xa. para a
de grupos em nas caixas
caixas em corren te de ll.llla corrente que
série, por remanescentes
paralelo, por caixa, para passa pelo
fase. em cada do mesmo
gnrpo defeito na caixa neutro, dev ido à
estrela t,'Tl.lpo, após a
t-lm1111mn retlmda de uma
fusão do elu
unidade
3 8 1 LI 109,9¾ 0, l83
1 1
4 9 11 ,4 109,6% 0, 137
1 1
6
11
10
11
11,6
li 109,4%
li 0,091
1
7
11
10
11
11,4
11 109,7%
li 0,078
1
8
li 10 IL 11 ,2 J I_ 109,8% li 0,068
1
9
ll lO
11
11 ,0 1 1 1 10% ][ 0,061
JO
li 11
1 l2,0
1
109,1%
11
0,054
13 11 11,8
1
109,3%
li 0,042
14 11 11 ,7
1
109,3%
li 0,039
15 11 11 ,6
li .109,4%
li 0,036
16
1
11
11 11,6
11
109,4%
li 0,034
TT TT TT
}o{ }o{ }o{
T T T T T
Figura 4.13. 1 - Ligação Tipo Hem Cada Fase
T
218 Capítulo 4
v,_ ~
~~ c J_"c(l)
Vwh -Ldi(:t)
-
()
+ vc t (4.14.1)
dt
A tensão elétrica ao capacitor é
(
(
vc(t)=_!_ fi(l)·d(L) (4. 14.2) ,(
e
(
Substituindo a expressão 4.14.2 na 4.14.1. tem-se
{
VUI~ =L di(t) +_!_ Ji(t)·d(t) (4. 14.3)
dt C (
1 (
V""' = (Ls+-) 1(S)
s cs l
R
I(S) = V,n;~C ., v"''"·- - -
LCS·+1 L s1+-1-
LC
·cterando
Cons1
2
úl0 = l-. tem-se
LC
[(S) = V max . ., ] .,
L s- +wc
Aplicando-se a Transformada Inversa de Laplace, obtém-se
220 Capítulo4
(4.14.5)
f - 1
1 o - 21t-✓
LC
1
{4. 14.7)
·1 =V {e
11\U nw fC
O valor de crista da tensão e seu valor eficaz são relacionados por
V"""' = ✓2Y,.,.. ; e substituindo na expressão anterior. tem-se
{4. 1-t8)
'
~, t= ✓2v,_
Proteção de Banco de Capacitares 221
-
circuito de energização do capacilor, tem-se
(4.14.9)
L~17_Te e,
9
vll\D -
,_
_ _ _ __ _ _ _ __, ni
= ·C,
e,+ e~
rigum-1.15.3 - C ircuito Redu1.ido para a Energizaçào dos dois Oipacilores
Note que a fonte de tensão do circuito da figura 4. 15.3 representa o valor
da condição inicial no capacitor C 1 no instante do chaveamcnto.
O c ircuito da figura 4 . 15.3 tem a mesma rnnCigu raçiio do c ircu ito da fig ura
4 .14.1. portanto as soluções são idémicas, Assim. adaptando as soluções tem-se. n
partir da expressão 4. 14.6. a nova expressão 4. 15. l para a corrente máxima de
inrmh entre duas unidades capac11ivas.
Proteção de Banco de Capad1ores 223
(4. 15. 1)
z 11111'\0
;:::=f"'
e leq
-tf ..
il
(
..J
{
L, = 8,5m
..,
E
c-i
DÍSjU11tor 1,2 MVAr
n
...J
(
•
224 Capítulo 4
0,7021 µH . Devid9 ,;10 aspecto wnstrutivc o banco de capac itoc apresenta uma
m
indutância típica de 5 µH.
a) Calcular a indutincia equivalente do sistema clét.rico até a barra da
subestação.
Considerando Zsa =XSE = 0,429 pu, tem-se
3
X = 0429 -Z = 0429· V~
SE ' e- • sBut = 0.429- (lIOOM
, k)2 0,81690
I DOIDlllal = 50,2 A
e) Calcular a máxima corrente de inrus/1 para o cbaveamento do primeiro
ba nco de capacitores.
Para esse cáJculo. deve-:;,-_u::ilizar a exprP.s~ o 4. 14.~, apresentada a seguir
lmh = ✓2Vr-Íf
Onde:
C=C, = l 6,71µF
L = LSE + L 1 + L 2 + L,. + L llmco~Capocmm
L = 2 166,84+ 6,0 + 1,75 + 2.8+ 5,0 =2 182,39µ11
16 71
I = ✓2x 796743 1
• µ
mh 2 182'39µ
Jmu = 985,95 A
f0 = 1
2rc../Lc 21t,.j2182,39 µ x l 6,7 1µ
f 0 = 833,42Hz
í) Calcular a máxima corrente de i11rus/r para o cbavcamenlo do segundo
banco de capacitor.
Para esse cálculo deve-se utilizar a expressão 4. LS.2-. apresentada a seguir
e = e, · C1 s.35µF
cq c, +Ci
226 Capítulo 4
I = ✓2 x 7967 43 8
.3Sµ
mn
- ' 191 ' µ
1111b -1450A
fo = 1 1
211:.JLoqCoq 2n.J19,1µ x8,35µ
f 0 =12602,6 l:lz
Observação: Para diminuir o valor da corrente máxima de inmsh, bem como sua
freqüência natural do transitório, deve-se projelar, convenientemente, uma
indutância de amortecimento a ser instalada em série com o banco de capacitores.
A fotografia 4.1. L mostra as 3 bobinas que formam a indutância de amortecimento
do banco de capacitores {I OOMVAr, 230kV) tipo H, conectado em estrela aterrada,
da subestação Oravataf JI. Pode-se, também, utilizar outras técnicas., tais como a
pré-in.-.erção de uma resistência R, ou proceder o chaveamento na tensão zero.
Barra
TC
(
(
(
(
(
(
(
(
Filtro (
Figura -1. 16. 1 - Proteção Jo? Banco de C~cnores cm Estrela Awrrndo
(
O s defeiios no banco de capacitores são os que ocorrem por:
(
♦ Curto-circuito entre caixas capacilivas;
♦ Cuno-circuito entre uma caixa capacitirn e o suporte metálico do l
banco; (
• Defeitos em qualquer local do circuito de entrada da instalação do
banco:
• Curto-circuito interno à caixa capacitiva_
l
(
(
228 Capítulo 4
t ,aasfonnado<
SON/
/Sll'I
~
Disjuntor
.l .l
. ,__:___ _;
Secionadora
Barra
1
Chave a Óleo
........
··--.........
·:
~---e~ !
/
Alimentadores ..591...T
•
Alarme
=-
Figuro 4. 16.2 - Diagrama Uni filar com a Proteção de Sobrccorrente no Barramento
A proteção de sobrecorreme não cobre todos os Lipos de dcíeitos. O utras
proteções são necessárias. como a de seqüência negativa (46), de sobrecarga (49). e
de míaima corrente (37). também conhecida por subcorrente. Até o momento, e
nos livros de proteção (volume I e 2). apresentou-se vários Lipos de esquemas de
proteção, ponanto, não serão mais descritas as proteções exlcmas do banco de
capacitares. A seguir, apresenla-sc as proteções para defellos em caixas capacitavas
individuais, associadas aos efeitos com a sua retirada de operação.
Cada caixa capacitiva está protegida pelo seu próprio elo fusível. A retirada
da caixa, pelo rompimento do elo fusível, será detectada pela proteção de
sobretensão (59), que nessa situação está fazendo a função de proteção 64. Nesse
Proteção de Banco de Capacitores 229
onde:
a= {L,5 para relé e letromecânj co
1,1 para relé digital
P ara ajustar a proteção de sobretensão 59T (tempomada), deve-se
considerar o número N de caixas retiradas, que produza uma sobretensão acima de
10% nas caixas capacitivas remanescente do mesmo grupo. Portanto, o ajuste da
proteção 59T é obtido através da inequação
R · l Neall:ll para N caixas retinum (4. 16.2)
Vajustt 59T S - - ---'--- -- - -
a
Nessa expressão, l N,u1ro p•r• N "'".. reuradas é a corrente relativa às N cai-xas
retiradas, que produz sobretensão maior que 10% nas caixas capacitivas
remanescentes do mesmo grupo da caixa com defeito. As sobreteosões nas caixas
capacít.ivas são calculadas pela expressão 4 .10.6 . A proteção de sobretensão 59T
tem uma temporização de 0,5s e sua atuação abre a chave a óleo ou o disjuotor
local. O defeito em uma cruxa capacitiva ou em N caixas não corresponde a um
curto-circuito elevado no sistema e, portanto. não há necessidade de se ter um
dispositivo de abertura de elevada capacidade de ruptura como um disjunto r, o que
permite usar uma chave a óleo com abertura sob carga.
Outro esquema de proteção que também pode ser utílízado é o balanço de
tensão. função 60, que está apresentado nwna única fase, na figura 4.16.3.
230 Capítulo 4
TP
Ili
G)
!i
õ
Relé
a,
59
o_
a, Função
(.) 60
CD
"O TP
o
u
e
(ti
1D
Barra
f
.
1o.
u
3
!
"'
_...
: .............
s.• ..'. . . ,. . . . .
~
§
.:
80L120"A
80L - 12o'A
..
j!
~
a.
u•
..
-
!! ,__......,_~
1
......--.
~
0
u
e
~ ,--,,...._--,
80L12o"A
76A
40A
4A
.
.2
~ _....,._ _
2 - ......--.
.,
a.
o
~
e
.......,._...
.,;" _,....._..,
(
236 Capitulo 4
t.---.
.
(J
..,
.
.,i
.~
l
...
u
.,~
N E
E~ do Neutro (4.18. l )
3S(M - N)+ 2N •
Note que o TP forma um caminho de escoamento para as descargas
residuais dos capacitares do banco.
A fotografia 4.18.2 mostra 3 TPs. cujos secw1dários estão conecta.dos cm ó.
aberto, para a ligação do relé 59 do esquema apresentado na figura 4.18. 1.
Barra
(
(
r
(
(
(
l
t
(
CenteJhador
(
(
Filtro
l
Figura 4. 'I 83 - Proteção de A lta Impedância
Esse esquema utiliza um TP de alta impedância, para manter a (
caracter ística de isolamento à terra do banco. Qualquer retirada de caixa capat:itiva
resulta. no deslocamento do neutro, na qual a tensão que corresponde ao l:
des locamento será submetida ao terminal primário do TP. No secundário do TP o
relé de sobretensão 59 poderá acionar o alarme ou desligar o banco de capacitores.
1..
A tensão de deslocamento do neutro é dada pela expressão 4.18. l. (
De um modo geral. as características e vantagens da instalação de bancos (
de capacitares em estrela isolada são:
• Menor corrente de curto-circuito cm uma caixa capacitiva com defeito:
• Necessidade de elo fusível individual de menor capacidade de ruptura:
• Menor sensibilidade ao desequilíbrio de tensão no sistema e létrico;
240 Capítulo 4
• l nexistências de harmônicas;
• Menor sobretensão nos capacitores remanescentes, em relação aos
outros tipos de conexões;
• Ocupação <!;pouco espaço na subes8ção_
1:::~:::::=:::
s . '.. . . , . . . -
.;
.,i
~ -
........
Outro esquema de proteção, que pode ser utilizada para a conexão estrela
isolada, é o mesmo da configuração da figura 4. 16.7, com a chave seccionadora
"g" aberta.
Um relé rugital pode ser !!Sado na proteção por balanço de lensão (função
60). rio f;eutro da eswia do banco de capacitares em relação ao neutro da rede ·
eléuic.a. Esle esquema_ de proteção é apresenlaóo na figura 4. 18. 7.
.
a,
:,
8
..
"-
~
'0
•
!l.
õ
:
RoltOigltal
~ - - - - Ide Balanço
--------4 doNeutro - - - ~
e :=.-:.':.-:.-:.~
1
: (
i ,. . ., . . .--, (
(
(
Figura -t. 19. l Prorcção com Relê de Sobrecorrente para a Dupla Esrrcla Isolada
(
(
(
O relé de sobrecorrente de,·e ser ajustado de fomia o acionar o alam1e para
a pnmeira caixa defeituosa retirada e desligar o banco de capacitores para o caso de
cai~as defeituosas extras serem retiradas, com sobretensão maior que 10% nas
caixas remanescentes.
l
(
Outro esquema de proteção de banco de capacitares. que utiliza o princípio
de dcsbalanço de tensão dos neutros das estrelas. é apresentado na figura -t 19.2.
P ara N caixas retiradas o desvio de tensão entre os neutros das conexões
estrela é dado pela expressão 4.19. 1.
{
6M
E Oc,clocamcrio dn """"º = GSlM _ N) + SN E. (4. 19.1) (
1;=!:.::=::::
u
~
,~
O ....
"'
Q = 100k(2,655k)l
.,.... 2,77k
Q aiu =- 91,869kVAr
A potência supnda pelo banco é
Qsupndl =2 · 3 · S · M · Q QlU = 2 · 3 · 3 -14 · 91,869k
Q,.prida =23,15MVAr
d) Calcular a corrente real na caixa capncith·a.
1_ = Ocaiu = 9 1,869k
mm V 2 655k
c:llli '
1,.,.. =34,6A
e) Calcular a corrente na rase de uma estrela do banco.
Ir..., = M · lcalu =14 -34.6
Ir- = 484,4A
Proteçao de Banco de Capacitorcs 24 7
l = 3 . I4 . I x 34 6
:-.cu.roo aw, m,...i.i 6 · 3(14 - 1) + 5 · 1 '
1~UITO(l COLAI rcund>J = 6,08A
248 C~pltulo4
TC=~
5
1) Calcular as correntes que passam no r elé d e sobrecorrenle.
A corrente que passa através do relé é dada por
l = l Ncunu
rcu TC
As corrcnres no relé são mostradas na últimn coluoa da tabela -U9.2
Caixas retiradas Sobretensão no
( ?\euuo l ,..i.,_
N grupo
< 10.23
ó,43 < l llN _ --
ª
nl) Para relé eletromecãnico 5 IN
6,43A < I SI_N 5 6,82A
Os Taps disponíveis do rele 51 N estão na faixa de 4 a 16A e, portanto, o
ajuste é prejudicado. Entretanto, deve-se adotar o Tap superior mais próximo, o
º•
q.ual é o Tap = 7A. Neste caso; 1 23 =146, o que corresponde a 46% acima do
7
torque de ajuste do relé eletromecânico. A temporização do relé 51N é de Ss.
n2) Para relé digital 5 1N
6,43A < lm, 5 9,3A
Portanto. o ajuste do relé S IN digital pode ser
l ; JN(di_gig}I = 8A
4.20 Proteção de Banco de Capacitore.s Instalado em Dupla
Estrela Aterrada
Há vários esquemas de proteção para a conexão em dupla estrela aterrada.
Muitos desses es4uemas seguem filosofias de operação semelhantes aos dos ilens
anteriores.
A seguir. apresenta-se, concisamente, uma proteção semelhante aquela
aplicada à ligação da estrela aterrada., mas que utiliza dois TCs e um relê, cujo
esquema é mostrado na figura 4.20.1.
QuaJquer retirada de caixa capacitiva haverá um desequilíbrio entre as duas
estrelas. A corrente serà detectada pela proteção 61 , que dependendo do grau do
descquilibrio pode acionar o alarme ou abrir o disjuntor ou chave seccionadorn.
Este esquema evita a operação do relé para cuno-circuito extemo.
T
!
lll
{
(
(
Figura 4.20. 1 - Proteção p:ara a Dupla Estrela Aterrada
Um esquema alternativo, que utiliza um TC com dois primários é (
apresentado na figura 4.20.2. (
111 111 (
(
(.
(
(
Figura -1.20.2 - Proteção com T C de Duplo Primário
l
(
(
1.
l
252
Apêndice A
Nomenclatura da Proteção
♦ tubulação de vácuo;
♦ tubulação de ar comprimido;
• tubulação de gás:
♦ tubulação de óleo, etc..
,.,,,...
2L Relé de distância (distana relay)
máquina e com um deslocamento (off sei) de xd·n. Neste caso. o relé 21 com
este pos icionamento está fazendo a função 40, ou seja, proteção contra perda da
excitação.
46. R elé de inve rsão de (ases ou d esequilíbrio das correntes de [ase (reverse-
phase, or phase- balance, c11rren.t relaJI}
• ~ t..-:i rel~l'l" opera quar,J" as cor,er:t~; p<,illãsic~ esti....:rem err. M:qüencia de
fase inversa. ou quando as correntes i::-:,lifásicas forem desequ.ilibradns ou
contiverem componentes de seqüência negativas acima de um certo valor
ajustado. Por exemplo, no caso de sobrecorrentes instantãneas ou temporizadas
de seqüência negativa, pode ier rerresentado por 50/51Q (46). Pela lEC 60617
é representado pelo símbolo h >
pelo símbolo~;
❖ 5 1C - relé de sobrecorrente temporizado com controle de torque.
{
Pela I EC 6U6í7 é repmsentado pelo símbolo ~ -
É um relé que opera, quando urna dada diferença de corrente de entrada ou saída
de dois circuitos, ultrapassar um valor pré-ajustado. Esta função é muito
utilizada na proteção de banco de capacitares e em enrolamentos de mesma fase
de geradores síncronos.
arco elétrico a terra de uma máquina de CC. Estes relés podem ser por corrente
ou por tensão, para a sua identilicaç-ão. os diagramas unifilares devem indicar se
são alimentados por corrente via TC ou por tensão via TP.
Observação:
7 Se o relé for alimentado por TC, também pode ser utilizado como uma
unitl::.de ,; l uu 61 .
7 Se o relé for alimentado por TP, também pode ser utilizado como mua
unidade 59N ou 64G.
7 A função 64, também pode ser designada para. proteção de carcaça,
massa--cuba ou tanque, sendo utilizada em transformadores de força de
a1é5MVA.
7 A função 64R (ou 64F) designa proteção à terra do rotor, ou 64G (ou
64S) designa proteção à terra da bobim~ da armadura da máquina
síncrona.
Pela fEC 606 17 é representado pelo s-!mbolo m.
65. Regulador (go ,•em or)
Regulador é um conjunto de equipamentos com controle elétrico ou mecânico.
utilizado para a regulagem do flUJ<o de agua, vapor ou outro meio da máquina
motriz para finalidades de prover a partida, a manutenção da velocidade, à carga
constante ou a parada.
Por exemplo, o regulador de velocidade de Watts. tem esta função .
❖
temporizado), pela lEC 60617 é representado pelo slmbolo !'it t
67G - relé de sobrecorrente direcional de Lerra, (instantâneo ou
> f
tempo~:..ado); l
❖ 67Q - relé de scbrecorrente àücc1CJ11aJ de seqúéncio negali"va. (
P ela fEC 606 17 é representado pelo símbolo I' i\ 1. {
É um relé que opera por um dado valor do nível do liquido ou gás, ou opera por
uma dada taxa de variação deste vaJor.
A função 71 também é utilizada parn a indicação do nlvel do óleo ao
reservatório (tanque de expansão) do transfonnador de potência.
(auto reset) para a su a posição aonnal. Este relé é semelhante ao relé 86, com a
d iferença que o relé 94 se auto reanna e o relé 86 só sera reannado com a
intervenção humana.
98. Oscilograüa
Dispositivo oscilógrafo, para possibilitar o d iagnóstico pós-perturbação de
ocorrência de defeitos no sistema elétrico. Por exemplo, tem-se o Registrador
Digital de Penurbação (RDP).
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