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DISJUNTOR
Versão 2 - 2012
CLIENTE
PROJETO DETALHE
SOBRE O AUTOR
Formação
Graduado em engenharia elétrica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo em 1969. Mestre
em Engenharia em 1978, pela Escola Federal de Engenharia de Itajubá, com os créditos obtidos em 1974
através do Power Technology Course do P.T.I – em Schenectady, USA. Estágio em Sistemas Digitais de
Supervisão, Controle e Proteção em 1997, na Toshiba Co. e EPDC – Electric Power Development Co. de
Tokyo – Japão.
Engenharia Elétrica
Foi empregado da CESP – Companhia Energética de São Paulo no período de 1970 a 1997, com
atividades de operação e manutenção nas áreas de Proteção de Sistemas Elétricos, Supervisão e
Automação de Subestações, Supervisão e Controle de Centros de Operação e Medição de Controle e
Faturamento. Participou de atividades de grupos de trabalho do ex GCOI, na área de proteção, com ênfase
em análise de perturbações e metodologias estatísticas de avaliação de desempenho.
Atualmente é consultor e sócio administrador da Virtus Consultoria e Serviços Ltda. em São Paulo – SP. A
Virtus tem como clientes empresas concessionárias, empresas projetistas na área de Transmissão de
Energia, fabricantes e fornecedores de sistemas de proteção, controle e supervisão.
Área Acadêmica
Introdução e Índice 2 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
BARRAMENTO E FALHA DE DISUNTOR
INDICE
Introdução e Índice 3 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
1. PROTEÇÃO DE BARRAMENTOS
1.1 OBJETIVO
A proteção de barras pode ser feita através de dois modos distintos, quanto à filosofia:
Proteção Remota
Proteção Local
2a. Zona
Sobrecorrente 0,5 s
0,8 s
Curto-circuito
A proteção local de barras é feita através da proteção diferencial (87B). Neste caso, para
qualquer curto-circuito na barra, a mesma é desconectada do sistema sem temporização
intencional.
Barra
Zona
Única
Observa-se que há apenas uma zona de proteção delimitada por disjuntores. Neste caso,
utiliza-se uma proteção diferencial trifásica ou três monofásicas (uma por fase). É a
configuração mais simples possível numa subestação que exige proteção diferencial de
barras.
Nota-se que há um espaço, entre os TC’s dos circuitos e os respectivos disjuntores que é
chamada de zona morta. Para detecção de curto-circuito nesse ponto, apesar da baixa
probabilidade de sua ocorrência, há necessidade de esquemas ou lógicas específicas.
Trata-se de um problema comum na área de proteção.
Barra A Barra B
Para essa situação, tem-se uma única zona de proteção com a seccionadora fechada, e
duas zonas de proteção com a seccionadora aberta.
Uma proteção diferencial aplicada para proteção dessa barra simples (seccionada) deve-
se adequar (automaticamente) a essa possibilidade de operação com seccionadora aberta.
Barra 1 Barra 2
Zona A Zona B
Neste caso, pode-se utilizar uma única proteção diferencial para o sistema, ou
alternativamente uma proteção para cada trecho (zona), cada proteção com os respectivos
TC’s delimitando a zona.
A figura a seguir mostra um esquema denominado “barra dupla”. Esse esquema possui,
sempre, um disjuntor de acoplamento de barras (que alguns denominam “paralelo de
barras”).
Barra 1
Barra 2
Disjuntor de
Acoplamento
ZONA A ZONA B
Nota-se que há, sempre, duas zonas distintas delimitadas por disjuntores.
Uma proteção diferencial (constituída de 01 ou mais relés) aplicada para proteção desse
barramento duplo deve adequar-se à configuração e ser seletiva para faltas em cada uma
das zonas.
Barra 1
Barra 2
Bay de
Transferência
Disjuntor de
Acoplamento
Barra de
Transferência
Zona A Zona B
Barra 2 +
Transferência Barra 1
Observa-se que esta situação é bastante semelhante à anterior, sendo que a Barra de
Transferência pode ser incluída na Zona A ou na Zona B, dependendo da barra à qual está
conectada na ocasião.
Uma proteção diferencial (constituída de 01 ou mais relés) aplicada para proteção desse
barramento duplo deve adequar-se automaticamente à configuração, dependendo da
posição das chaves seccionadoras. E deve ser seletiva para faltas em cada uma das
zonas.
Barra 1A Barra 1B
Barra 2A Barra 2B
Disjuntores de
Seccionamento
Disjuntor de Disjuntor de
Acoplamento Acoplamento
Zona A Zona B
Zona D Zona C
Uma proteção diferencial (constituída de 01 ou mais relés) aplicada para proteção desse
esquema de barras deve adequar-se automaticamente à configuração, dependendo da
posição das chaves seccionadoras. E deve ser seletiva para faltas em cada uma das
zonas.
Pode-se afirmar que é um esquema que EXIGE proteção diferencial para o pleno
aproveitamento de suas vantagens e do investimento adicional.
Barra 1
Zona A
Zona B
Barra 2
Pode-se aplicar uma proteção para cada zona, com os respectivos TC’s.
A figura a seguir mostra um esquema com dois disjuntores por circuito. É raramente
utilizado mas é possível encontrar esse esquema em sistemas de Extra Alta Tensão. No
Brasil existe na subestação de 500 kV da UHE Água Vermelha, nas interligações com
Furnas e Cemig.
Barra 2
Barra 1
ZONA A ZONA B
Pode-se aplicar uma proteção para cada zona, com os respectivos TC’s.
1.4.1 Descrição
Ip Ip' TC Is
Ideal
Rs / n 2 Rc / n 2
Xm Imag
N1:N2
Ip
N2 / N1 = n
Ip = Corrente primária.
Xm = Reatância de magnetização.
Imag = Corrente de magnetização (em condições normais desprezíveis).
Rs = Resistência da cablagem secundária
Rc = Resistência da carga ligada no TC (burden).
n = relação de espiras.
Saturação de TC 13 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
Como mencionado, pode haver deslocamento do eixo na corrente primária, que na sua
condição máxima pode ser expresso por:
Ip = Ip (sen t + e- t / )
O fluxo no núcleo (circuito magnético) pode ser expresso aproximadamente por:
A constante de tempo do sistema no ponto de curto circuito pode ser expressa por:
= L/R = X / (2..f).R
Onde X e R são os valores equivalentes de impedância de curto-circuito.
0.05 18,8 x
0.04 15 x
0.01 3,8 x
Saturação de TC 14 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
Ainda sem saturação, analisando somente as componentes DC, tem-se a figura seguinte:
Ip Imag
Is'
Ainda sem considerar a saturação, haveria fluxo DC somado ao fluxo AC, conforme
figura a seguir:
Fluxo
Saturação de TC 15 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
Imag
Mas, se o núcleo pode não desenvolver o fluxo (no caso de ocorrer DC_Máx / AC_Máx,
superior ao limite superior do TC), o mesmo pode saturar.
4
2
Iprim / 400 A
-2
-4
0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.14 0.16 0.18 0.2
Satura com 10 p.u.)
1
P.U. de Fluxo (TC
0.8
0.4
-0.4
0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.14 0.16 0.18 0.2
Saturação de TC 16 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
Ainda para fins de ilustração, mostra-se na figura a seguir um TC com característica 10x
com corrente primária deslocada de modo que se teria DC_Máx / AC_Máx, superior a
10x. Neste caso, há saturação e a corrente secundária não corresponde à corrente
primária. Lembrar também que, caso haja fluxo remanente no núcleo (“imantação”), o
problema da saturação pode ser agravado.
Saturação de TC - Corrente Primária x Secundária
6
Iprim / 400 A
-2
0 0.05 0.1 0.15 0.2
Tempo (s)
15
P.U. de Fluxo no TC
10
-5
0 0.05 0.1 0.15 0.2
Tempo (s)
Importante notar que existe um tempo desde o início da corrente de curto-circuito, até que
o TC sature (por exemplo, 5 a 10 ms).
Iprim e Isec
nível de saturação
fluxo real
fluxo em regime
Saturação de TC 17 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
Pode ser causa também por qualquer ensaio que exija circulação de corrente contínua pelo
enrolamento do TC (por exemplo, medida da resistência secundária por ponte resistiva ou
multímetro, ou ensaio de continuidade).
Uma vez estabelecida, essa remanência permanece até a próxima ocorrência de falta de
intensidade através do TC.
A figura a seguir mostra TC tipo toroidal de janela, barra ou bucha, com alto grau de
remanência, caso construído com núcleo sem entreferro:
A figura a seguir mostra o gráfico B-H de histerese de um TC. Os pontos que cruzam o eixo
vertical mostram a máxima remanência possível:
Kr = 100 x (Br/Bmax)
Bmax é o máximo fluxo desenvolvido no TC.
Saturação de TC 18 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
NORMA IEC
Estabelece TC’s do tipo TPZ ou TPY como aqueles com ENTREFERRO, com Kr < 10%
Estabelece TC do tipo TPX como aquele sem entreferro, com Kr chegando a 80%.
NORMA ANSI
Não possui classificação como na IEC. Mas menciona “GAPPED CORE CT”, como aquele
com entreferro.
REMANÊNCIA
Saturação de TC 19 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
A figura a seguir mostra como um TC de alta remanência pode saturar com mais facilidade:
Saturação de TC 20 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
Para sistemas com alto X/R de curto-circuito, deve-se usar TC’s de PROTEÇÃO com núcleos
com entreferro (tipo TPY ou TPZ na norma IEC ou “Gapped Core” na norma ANSI). Para
sistemas de subtransmissão ou distribuição a exigência é menor.
Sistemas com alto X/R: sistemas AT e EAT (tensão igual ou superior a 230 kV), usinas
geradoras.
Mesmo para TC’s de bucha, caso sistema de EAT (TC’s de bucha de ATRs, TRs, Reatores) é
altamente desejável núcleos TPY. Para TC’s de bucha de geradores também é altamente
desejável em qualquer nível de kV.
Saturação de TC 21 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
1.5PROTEÇÃO DIFERENCIAL
1.5.1 Conceito
Função
DIFERENCIAL
Falha de Disjuntor 22 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
Deve considerar os efeitos de erros de precisão nos TC’s utilizados para conexão da
proteção.
Deve manter a estabilidade (não atuar) para curto-circuito externo à área protegida,
mesmo com saturação de TC.
Deve ter rápida atuação para curto-circuito interno (zona de proteção), mesmo para
aquelas faltas de baixa corrente.
Deve ter concepção adequada para minimizar o risco de atuações acidentais (muito
importante).
Para a maior parte das proteções convencionais, a preferência é que todos os TC’s
tenham a mesma relação de transformação. Para relés numéricos de tecnologia digital
pode-se fazer o condicionamento dos dados de cada TC e há muita flexibilidade quanto a
este aspecto.
Falha de Disjuntor 23 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
Uma proteção que utilizasse um simples relé de sobrecorrente para medir a corrente
diferencial seria chamada de “simples balanço de corrente”. A corrente diferencial seria
a soma de todas as correntes medidas com base numa referência única (polaridades
coerentes):
Equipamento ou
Área Protegida
Carga ou
Curto Externo
Em condição normal de carga, o erro pode não ser muito grande, mas numa condição
de curto circuito, esse erro seria amplificado.
Assim, esse relé de sobrecorrente que mediria ID teria que ser ajustado com um valor
relativamente alto, o que impediria que a proteção tivesse sensibilidade para curtos
internos de baixa corrente.
Esse esquema de simples balanço de corrente foi tentado apenas nos primórdios da
tecnologia de Proteção (primeira metade do século 20), ou adotado apenas em
esquemas improvisados na falta de outros melhores.
No Brasil existem, ainda, subestações muito antigas que utilizam esse tipo de esquema
(Média Tensão / Tensão de Distribuição).
Falha de Disjuntor 24 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
Equipamento ou
Área Protegida
Carga ou
Curto Externo
IA IB
Re strição I A I B
r r
o
ID
Operação I A IB
Para um curto externo, com grande corrente diferencial, a restrição também seria
grande, com o valor percentual da corrente diferencial não atingindo o valor de atuação.
Para um curto interno, a restrição continuaria grande, mas percentualmente a corrente
diferencial seria grande, e a proteção atuaria.
O esquema acima foi desenhado para uma “barra” com dois circuitos e com uma
representação eletromecânica, apenas para mostrar o princípio. As modernas
proteções numéricas também utilizam, amplamente, o princípio diferencial de
“Operação vs. Restrição”, sobre um valor percentual ajustado.
Falha de Disjuntor 25 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
ID
Operação Zona de
Operação
Zona de
Restrição
ID_Mínima
Restrição
ID_Minima
Esse ajuste varia (na prática) entre 0,45 e 1,00 I/Inominal do TC, dependendo do valor
total de curto circuito na barra.
ID_Alarme TC
Mínima corrente diferencial que pode ocorrer em condição de carga, com secundário do
TC aberto. Quando um secundário do TC abre, a corrente diferencial teórica será a
corrente de carga que existia no secundário aberto.
Falha de Disjuntor 26 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
CURTO
EXTERNO
Divisor de
corrente
ID
V R
Ajustável
Secundário de
TC totalmente
Saturado
R do
secundário do
TC
Se a proteção for ajustada para operar com valor de I para que a tensão através do
circuito diferencial seja > V, então ela será estável para curto externo, mesmo com
Falha de Disjuntor 27 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
Valor das resistências dos cabos secundários dos TC’s até a proteção (adota-se a
maior resistência).
Esse tipo de proteção é muito utilizado para proteção de barras que não exija
adequação para várias configurações de seccionadoras e barras. Isto é, é utilizado para
barramentos dos tipos “disjuntor e meio” , “Dois Disjuntores” e “Barra Simples com
Disjuntor de Seccionamento (com TC’s)”, sendo uma proteção (trifásica ou três
monofásicos) para cada zona de proteção.
Falha de Disjuntor 28 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
Falha de Disjuntor 29 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
Casa de Relés
Painel de Proteção
Diferencial de Barras.
Relés de Proteção de
Barras
Cablagem de
Cobre
Nota-se que há ampla utilização de cabos de cobre, seja para TC’s e TP’s como
também para comando e controle de disjuntores e seccionadoras, o que pode ser
bastante oneroso para instalações amplas e complexas, com grandes distâncias
envolvidas.
Entretanto, para proteção não complexa (tipo barra simples ou barras de esquema
disjuntor e meio), esses aspectos relacionados à instalação centralizada podem não ser
considerados como desvantagens, pelos custos envolvidos em outros itens.
Falha de Disjuntor 30 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
UNIDADE
CENTRALIZADA
Sala de Controle
FIBRA ÓPTICA
Painel de Proteção
Diferencial de Barras.
CABLAGEM
COBRE
A digitalização é feita localmente através das chamadas “Unidades de Bays”, com toda
“inteligência” local já incorporada. Isto e, todo processamento possível de ser feito
apenas com os dados locais, é feito nessa unidade de bay. Assim sendo, não apenas a
instalação é distribuída como também o processamento é distribuído, o que contribui
para a rapidez da proteção.
Falha de Disjuntor 31 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
Função de sobrecorrente.
Outras.
Falha de Disjuntor 32 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
Numa proteção diferencial, denomina-se zona de proteção (“Bus Zone”) toda região do
barramento delimitada por medição de corrente (TC’s). cuja soma de correntes é zero em
condições normais de carga ou curto-circuito externo.
Dependendo do modelo do relé, essa delimitação de zonas é feita por fase, considerando
entradas monofásicas de todas as correntes envolvidas:
Falha de Disjuntor 33 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
Ela existe para garantir seguranção à proteção de barra como um todo. Para o curto na
barra 1 por exemplo, deve atuar função daquela zona e também o check zone. Caso atue
apenas zona expecífica sem o check zone, é sinal de problema:
Há situação que não há necessidade de ativar “check zone”, uma vez que a zona de
proteção coincide com o check zone. Caso de barra simples sem “tie”:
Falha de Disjuntor 34 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
Falha de Disjuntor 35 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
Falha de Disjuntor 36 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
Desde que sejam utilizadas as imagens das seccionadoras, a situação seria a seguinte:
Barra P
Falta: “EXTERNA”
Barra T
Com o fechamento da seccionadora BP, a proteção deve entender que o bay do TFA
estará conectado na Barra T.
Falha de Disjuntor 37 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
A situação seria semelhante, com falta “EXTERNA” para a Barra P e interna para a Barra
T.
Com o fechamento da seccionadora BP, a proteção deve entender que o bay M1 estará
conectado na Barra T.
Falha de Disjuntor 38 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
Figura 1.36 – Falta Externa (LT M1), com o disjuntor de transferência substituindo disjuntor do
ATR.
Desde que sejam utilizadas as imagens das seccionadoras, a situação seria a seguinte:
Falha de Disjuntor 39 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
Barra P
Falta: “EXTERNA”
Barra T
Com o fechamento da seccionadora BP, a proteção deve entender que o bay do TFA
estará conectado na Barra T.
Falha de Disjuntor 40 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
Desde que sejam utilizadas as imagens das seccionadoras, a situação seria a seguinte:
Falha de Disjuntor 41 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
Barra P
Falta: “INTERNA”
Barra T
1.5.10.4 Conclusão
- As duas barras P (1) e T (2) devem ser configuradas como zonas de proteção distintas.
- A proteção da barra T (2) estará ativa quando uma das seccionadoras BP estiver
fechada (configurando a sua unidade de posição na “Barra 2”, e quando Y do disjuntor
de transferência estiver fechada.
NOTA: Caracterizando a barra T como uma zona de proteção, haverá seletividade quando
de curto na barra T. Deverá haver abertura do disjuntor de transferência e também
transferência de disparo para a outra extremidade (no caso de LT) ou para o lado do ATR,
quando o disjuntor de transferência estiver sendo usado para substituir disjuntor titular.
Falha de Disjuntor 42 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
2.1 CONCEITO
Trata-se de uma função que tem a finalidade de detectar falha de abertura de disjuntor
quando de um comando automático de desligar. O disjuntor é parte integrante do sistema de
proteção, sendo que sua função é, através do seu desligamento, isolar o componente ou
trecho sob falha ou sob anormalidade.
No caso de ocorrência de não desligamento quando de um comando dado por uma proteção,
haverá necessidade imediata de desconectar outros disjuntores cujos circuitos alimentam
diretamente o disjuntor defeituoso. Estes outros disjuntores podem estar na mesma
subestação ou em uma subestação remota.
D A
X
Via Teleproteção
Transferência de
Disparo
B
A X
Falha de Disjuntor 43 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
Falha de
Disjuntor
BF
Falha de
Disjuntor
BF
Falha de Disjuntor 44 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
Esquema Lógico
Proteção de
Linha ou de Abertura do
Equipamento Disjuntor
OU
Timer (62)
Diagrama Funcional
Proteção 50BF
50BF 62BF
62
BF 86
BF
Após a atuação da proteção, desde que o sensor de corrente 50BF ainda detecte a existência
de corrente (disjuntor não abriu), conta-se um tempo através do temporizador 62BF
(geralmente 0,3 s) e se aciona o esquema de desligamentos na subestação e a transferência
direta de sinal para o disjuntor da outra extremidade (ser for o caso).
Falha de Disjuntor 45 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
O mesmo esquema pode ser representado de modo lógico, como mostra a figura a seguir:
Esquema Lógico
Proteção de LT
ou do Abertura do
REATOR
Disjuntor
OU
50BF
Timer (62)
E Abertura de Todos
os Disjuntores que
OU
Contato NA (tipo a) OU Alimentam a Falta
do Disjuntor
supervisionado E
Falha de Disjuntor 46 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
Transformador Linha
Proteção
de Trafo Proteção
de Linha
Falha de Disjuntor 47 de 48
CURSO DE PROTEÇÃO
É sempre desejável que o sensor de corrente 50BF detecte correntes de fase e também de
terra, para que o mesmo tenha sensibilidade suficiente para curtos a terra com baixa
corrente.
A unidade 50BF necessita ser ajustado de tal modo que detecte a EXISTÊNCIA DE
CORRENTE no disjuntor respectivo. Em algumas instalações, essas correntes podem ser
inferiores à corrente de carga (para sensores de fase). Neste caso, pode-se manter esses
ajustes inferiores à carga (funções digitais), portanto com o elemento 50BF constantemente
atuado em condição de carga.
Falha de Disjuntor 48 de 48