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1- OBJETIVO
Os reatores em derivação SMO-NN estão localizados no vão A bay Z e vão C bay Z. No vão A,
existem três unidades monofásicas de 72,6 MVAr compondo o banco trifásico. Já no vão C
existem quatro unidades monofásicas de 72,6 MVAr cada, sendo três unidades compondo o
banco trifásico e mais uma unidade reserva. Esta unidade reserva substitui, em caso de
necessidade, qualquer um dos reatores do próprio vão C, ou ainda, qualquer um dos reatores
do vão A (reatores Areva) e vão B (reatores ABB). Os diagramas unifilares simplificados dos
vãos A e C estão representados nas figuras 01 e 02 abaixo:
-1-
Os bancos de reatores AÇRE7-02 e AÇRE7-06 têm função de inserir reativos indutivos no
sistema e assim compensar o alto efeito capacitivo das linhas de transmissão. Este efeito
capacitivo provoca o aparecimento de tensões anormais quando é realizada a interrupção ou
inserção de carga e também, provoca o aumento do nível de tensão nos momentos de baixa
demanda. Desta forma, o controle de tensão é realizado com a inserção ou não destes bancos
de reatores.
As figuras 03, 04 e 05 a seguir mostram as vistas frontal, lateral direita, lateral esquerda,
traseira, superior e isométrica do reator e apresentam as principais partes constituintes do
equipamento, bem como suas dimensões externas.
Número Descrição
1 Bucha de linha – H1
2 Bucha de neutro – H0
3 Indicador de nível longitudinal
4 Radiador
5 Relé Buchholz ETI DN50 (2”)
6 Secador de ar – sílica gel KS 5kg
7 Placa Areva
8 Válvula de segurança Qualitrol
9 Cubículo individual
10 Olhais de ancoragem
11 Terminal de aterramento
12 Conector aterramento
13 Apoio para macacos
14 Aterramento núcleo
15 Alojamento indicador de temperatura do enrolamento
16 Alojamento reserva para termômetro de controle
17 Monitor de temperatura do óleo e imagem térmica
18 Alojamento do monitor de temperatura
19 Conservador
20 Caixa de terminais para TC linha
21 Caixa de terminais para TC neutro
22 Ganchos de içamento
23 Placa de identificação
24 Placa diagramática
25 Válvula borboleta aço 80 (WUP 80) radiador tanque
26 Válvula borboleta aço (RU-502) para relé Buchholz
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27 Válvula esf. Inox DN15 p/ vácuo
28 Válvula esf. Inox DN40 filtro prensa e conexão para o equip. de ar seco
29 Válvula esf. Inox DN 15 p/ mostra inferior de óleo
30 Válvula esf. Inox DN 50 p/ drenagem do óleo do tanque
31 Válvula esf. Inox DN 40 p/ by-pass entre conservador e bolsa
32 Abertura Ø450 para inspeção da parte ativa
33 Válvula inox DN 40 – drenagem óleo conservador
34 Abertura Ø300 para inspeção – neutro
35 Abertura Ø450 para inspeção da parte ativa
36 Abertura Ø630 para inspeção da parte ativa
37 Abertura de inspeção do conservador
Tabela 01 – Legenda das figuras 03, 04 e 05
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Figura 04 – Vistas traseira e lateral esquerda
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4- CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DO EQUIPAMENTO
Característica Valor
Fabricante AREVA
Tipo/Modelo SMO-NN
111.471
Número de Série Vão A: 5/4/3 ABV
Vão C: 6/7/2/1 ABVR
Ano de fabricação 2008
Método de resfriamento ONAN
Tipo de óleo Naftênico tipo “A”
Tensão nominal 550/√3 kV (eficaz)
Freqüência nominal 60 Hz
Potência nominal 72,6 MVAr
Impedância à 75°C, 60 Hz, em 550/√3 kV Aprox. 1390Ω
Limites de elevação de temperatura
Topo do óleo 55°C
Enrolamento médio 55°C
Ponto mais quente 65°C
Nível de ruído 83dB
Níveis de isolamento do enrolamento
Tensão nominal (linha) 550 kV
Tensão nominal (neutro) 72,5 kV
Impulso atmosférico (linha) 1550 kV (crista)
Impulso atmosférico (neutro) 350 kV (crista)
Impulso de manobra (linha) 1300 kV (crista)
Tensão aplicada à freqüência industrial (linha) 140 kV (eficaz)
Tensão aplicada à freqüência industrial (neutro) 140 kV (eficaz)
Níveis de isolamento das buchas
Tensão nominal (linha) 550 kV
Tensão nominal (neutro) 123 kV
Impulso atmosférico (linha) 1800 kV (crista)
Impulso atmosférico (neutro) 450 kV (crista)
Impulso de manobra (linha) 1300 kV (crista)
Massa da parte ativa 27000 kg
Massa do tanque e acessórios 19400 kg
Massa do óleo 15500 kg
Voluma do óleo 17400 l
Massa para transporte sem óleo 33000 kg
Massa total do reator 61900 kg
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5- MANUTENÇÃO
Periodicidade Ações
1) Termovisão
SEMESTRAL
2) Coleta de óleo para análise gascromatográfica
1) Inspeção completa
1.1) Buchas
1.2) Relé detetor de gás
1.3) TCs de bucha
1.4) Termômetro de óleo e enrolamento
1.5) Inspeção final
2) Ensaios funcionais
QUINQUENAL 2.1) Relé de gás
2.2) Válvula de alívio de pressão
2.3) Indicador de nível de óleo
2.4) Termômetro do óleo
2.5) Termômetro do enrolamento – Imagem térmica
3) Ensaios elétricos
3.1) Fator de potência e capacitância das buchas
3.2) Fator de potência dos enrolamentos
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5.1 Manutenção Semestral
5.1.1 Termovisão
Semestralmente deve ser realizada por termovisão, a medição de temperatura do topo, meio
e base do tanque principal.
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Figura 06 – InfraREM – SC280 e temperatura do reator
5.1.2.1 Introdução
Efetuar coleta de óleo para análise gascromatográfica (1 seringa) e enviar para laboratório
competente para que profissionais especializados possam analisá-la. O resultado deve ser
atentamente observado pela equipe de manutenção da SE Açailândia e comparado com
resultados anteriores, para que se acompanhe a possível deterioração do óleo.
O óleo mineral isolante gera gases durante o processo de envelhecimento normal, sendo essa
geração acentuada quando ocorrem falhas no equipamento elétrico. A análise cromatográfica
tem como objetivo determinar a composição dessa mistura de gases que normalmente se
dissolve no óleo isolante. As falhas incipientes, ou seja, do início, usualmente levam a baixas
concentrações de gases e, portanto, o acompanhamento por meio de análises periódicas pode
evitar danos mais sérios ao equipamento elétrico. Os gases que devem ser analisados, de
acordo com a NBR 7070 são hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, metano, monóxido de carbono,
dióxido de carbono, etileno, etano e acetileno.
A análise da concentração destes gases permite correlacionar o gás “chave”, ou seja, o gás
com maior concentração, ao tipo de falha.
A tabela 04 apresenta de forma resumida a correlação dos gases chave com as falhas.
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A NBR 7070 não apresenta valores limites. Geralmente, a avaliação é feita com base nos dados
históricos do equipamento.
Item Material
01 Dispositivo para retirada de amostra de óleo
02 Seringa de 50 ml
03 Mangueira
04 Balde
05 Pano para limpeza
06 Caixa de ferramentas
Tabela 05 – Materiais
5.1.2.3 Procedimento
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3) Fechar a seringa.
8) Desconectar a mangueira.
9) Colocar a seringa na posição vertical por alguns minutos para que as bolhas de ar que
eventualmente tenham entrado subam para a parte superior da seringa.
11) Limpar a seringa e colocar na caixa juntamente com a etiqueta de identificação preenchida
com os dados do reator.
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5.2 Manutenção Anual
5.2.1.1 Introdução
Anualmente deve ser coletado óleo para, além da análise gascromatográfica (periodicidade
semestral), realizar a análise físico-química e teor de furfural.
As amostras de óleo (1 seringa para análise de cromatografia gasosa e 1 frasco para a análise
físico-química, para cada unidade monofásica) devem ser enviados para laboratório
competente para que profissionais especializados possam analisá-las.
A tabela 06 abaixo apresenta os principais ensaios realizados, seus significados e seus valores
de referência (adotados pelo laboratório LACTEC do Departamento de Tecnologia em
Materiais do Centro Politécnico da Universidade Federal do Paraná, para onde são enviadas as
amostras de óleo isolante dos reatores da SE Açailândia).
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É a razão entre massa específica do óleo e a
sua massa específica na água, medida a 20°C.
Densidade a 20°C A densidade não é um parâmetro para medir --------------------------
a qualidade do óleo, mas pode ser usado para
verificação de mudanças marcantes no óleo.
É a medida da perda dielétrica ou corrente de
fuga através do óleo e, conseqüentemente, a
medida da sua contaminação ou
Fator de potência Máx. 15% a 100°C
degeneração. Um alto valor indica a presença
de contaminantes ou produtos de
deterioração, tais como água, oxidação, etc.
Ensaio usado para avaliar a capacidade do
óleo isolante de suportar tensões elétricas
sem falhar. Quanto mais puro estiver o óleo,
Rigidez dielétrica Mín. 30 kV
maior será a sua rigidez dielétrica. Baixos
valores indicam a presença de agentes
contaminantes.
Este ensaio mede a força de atração
molecular entre o óleo e a água. A presença
Tensão interfacial Mín. 18 dina/cm
de certos contaminantes provoca uma
diminuição do valor da tensão interfacial.
O furfuraldeído é considerado o principal
composto da decomposição do papel
Teor de furfuraldeído isolante. Este ensaio permite estimar o grau --------------------------
de polimerização do papel, e prever o fim de
sua vida útil.
Tabela 06 – Ensaios físico-químicos
Item Material
01 Dispositivo para retirada de amostra de óleo
02 Seringa de 50 ml
03 Frasco de 1 litro
04 Mangueira
05 Balde
06 Pano para limpeza
07 Caixa de ferramentas
Tabela 07 – Materiais
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5.2.1.3 Procedimento
O procedimento para retirar amostra de óleo do reator (1 seringa) para realização da análise
gascromatográfica foi descrito anteriormente.
O procedimento para retirar amostra de óleo (1 frasco) para realização da análise físico-
química é apresentado a seguir.
4) Colocar a mangueira na boca do frasco, evitando que este toque nas bordas para evitar
contaminação.
6) Fechar o frasco.
8) Colocar o plástico por fora da tampa e amarrar a etiqueta de identificação com os dados do
equipamento no frasco.
IMPORTANTE:
A coleta deverá ser realizada quando a umidade relativa do ar estiver abaixo de 70%.
Os frascos devem estar limpos e secos, próprios para a coleta. Os mesmos não devem
ser enxaguados com nenhum solvente e nem com o óleo a ser coletado.
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5.2.2 Medição de vibração e ruído no tanque principal
Anualmente deve ser realizada a medição de vibração e ruído no tanque principal do reator. O
elevado nível de vibração pode comprometer a vida útil do equipamento ou integridade da
estrutura e ruídos anormais podem sugerir a iminência de uma falha mais grave visto que
podem ter origem na falta de estabilidade mecânica da parte ativa.
A vibração estrutural tem origem no núcleo, que é excitado principalmente por forças de
magnetoestricção e por forças de atração e repulsão magnética.
As perdas no núcleo (correntes parasitas, histerese e efeito joule) apresentam-se sob a forma
de calor, ruídos audíveis e vibrações mecânicas. Estas vibrações são agravadas pelo efeito da
magnetoestricção que deforma as estruturas cristalinas dos materiais que compõem o núcleo
magnético causando vibração com o dobro da freqüência da corrente.
As lâminas que constituem o núcleo magnético são susceptíveis aos efeitos das ondas
vibrantes, assim como as espiras que compõem os enrolamentos são susceptíveis a influência
das vibrações de origens magnéticas e mecânicas.
A vibração é transmitida ao resto da carcaça e aos subsistemas a ela fixados, já que estes
possuem uma elevada densidade modal devido a sua construção física e suas características
geométricas, o que os tornam fontes de ruídos altamente eficazes.
É possível concluir que os ruídos originados nos reatores podem ser classificados em dois
grupos interdependentes: os de origem eletromagnética oriundos da freqüência principal e
suas harmônicas pares, e os de origem mecânica, como conseqüência das vibrações
(provocadas pelo eletromagnetismo) dos componentes da parte ativa.
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5.3 Manutenção qüinqüenal
Deve ser realizado um planejamento prévio, onde será analisado o relatório da última
manutenção, resultados dos ensaios elétricos de comissionamento, além de relacionar
materiais, ferramentas e equipamentos e avaliar in loco as atividades a serem realizadas no
equipamento.
Após a execução da manutenção, deve ser realizada a análise dos ensaios e inspeções.
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5.3.1 Inspeção Completa
5.3.1.1 Buchas
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5.3.1.5 Inspeção final
Verificar a correta montagem das tampas das caixas de proteção das buchas.
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5.3.2 Ensaios funcionais
5.3.2.1.1 Introdução
Devem ser realizados ensaios de funcionamento e operação dos contatos, conforme ITM/042
(Eletronorte).
Os gases são coletados pela câmara do relé, que força uma bóia a deslocar-se e, ao atingir um
volume pré-ajustado, fecha os contatos de sinalização. Caso mais gases continuem a ser
coletados pela câmara, o nível de óleo abaixará até que estes escapem para o conservador.
Se ocorrer uma falha maior no equipamento e o fluxo de óleo para o conservador atingir
velocidades maiores que o valor pré-ajustado, a outra bóia desloca-se fechando os contatos de
desligamento.
O relé de gás também opera se por algum motivo o nível de óleo do conservador baixar além
do nível do relé de gás.
5.3.2.1.2 Procedimento
1) Manobrar manualmente o dispositivo de teste fazendo com que atue os contatos de alarme
c e d. Verificar, com o auxílio de um multímetro sobre os bornes X1.13 (Buchholz: alarme por
acumulação de gases) e X1.3 (comum), a devida atuação do relé.
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Figura 07 – Dispositivos de proteção e supervisão (relé de gás)
5.3.2.2.1 Introdução
Deve ser realizado teste funcional na válvula de alívio de pressão e verificado o estado geral da
fiação e do micro-switch.
Descargas ou curto-circuitos internos que ocorrem em reatores imersos em óleo isolante são
normalmente acompanhados por um rápido aumento de pressão no tanque, devido à
formação de gases pela decomposição e evaporação do óleo isolante. A válvula de alívio de
pressão é uma válvula de abertura rápida que permite o alívio da pressão interna através da
saída dos gases e parte do óleo e, desta forma, evita a danificação da estrutura do tanque do
reator.
5.3.2.2.2 Procedimento
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A figura 08 mostra esquematicamente a régua de bornes dos dispositivos de proteção e
supervisão do cubículo individual onde estão localizados os contatos de alarme (X1.15 e X1.5)
e desligamento (X1.34 e X1.24) da válvula de alívio de pressão.
Deve ser realizado ensaio de funcionamento e operação dos contatos, conforme ITM/051
(Eletronorte).
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Figura 09 – Dispositivos de proteção e supervisão (indicador de nível de óleo)
1) Aquecer certa quantidade de óleo (com o termômetro do óleo imerso) utilizando uma
resistência.
3) Verificar, com o auxílio de um multímetro sobre os bornes X1.11 e X1.1 da régua de bornes
X1 do cubículo individual do reator, a correta sinalização de alarme por temperatura do óleo a
85°C.
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Figura 10 – Dispositivos de proteção e supervisão (Temperatura do óleo)
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5.3.3 Ensaios elétricos
5.3.3.1.1 Introdução
A vida útil de um equipamento pode ser considerada como a vida útil de seu sistema isolante.
Quando ocorre a deterioração (por agentes químicos, térmicos e físicos) das substâncias que
compõem esse sistema isolante, ocorre o aumento da corrente de fuga, que por sua vez, eleva
o fator de potência e o fator de dissipação.
O ensaio de fator de potência e capacitância das buchas será realizado com a utilização do
sistema de teste multifuncional CPC 100 da OMICRON, com a adição do módulo CP TD1.
5.3.3.1.2 Teoria FP e FD
Figura 11 – Gráfico FD e FP
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Um sistema de isolação ideal, ligado a uma fonte de corrente alternada, será percorrido por
uma corrente Ic exatamente adiantada de 90° em relação à tensão aplicada. Para um
isolamento real com perdas dielétricas, este ângulo é de menos de 90° já que surge uma
corrente Ir em fase com a tensão aplicada.
A corrente total It (soma vetorial de Ir e Ic) forma, com a tensão aplicada U₀, o ângulo de fase
. Em condições ideais teríamos Ir nula e, portanto, =90°
Na prática, como Ir não é nula, o ângulo é menor que 90°. O coseno deste ângulo é definido
como o fator de potência do isolamento e é dada pela expressão (1):
Quanto maior o valor de Ir, menor será o ângulo e maior o valor do fator de potência. A
corrente It forma com Ic o ângulo δ. A tangente do ângulo δ é definida como fator de
dissipação ou fator de perdas do isolamento e é dado pela expressão (2):
Pode-se considerar que os valores dos fatores de potência e de dissipação são iguais para
ângulos pequenos do ponto de vista trigonométrico.
A medição de capacitância (C) e fator de dissipação (FD) foi publicada pela primeira vez por
Schering em 1919 e utilizada para este fim em 1924.
O ramo série C1 e R1 representam o objeto sob teste com perdas, C2 o capacitor de referência
sem perda. O diagrama de circuito paralelo que representa o isolamento pode ser transferido
como um equivalente direto no diagrama série em freqüências especificadas.
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Figura 12 – Ponte de Schering
Com a CPC 100 + CP TD1 é possível fazer medições de isolamento em uma ampla faixa de
freqüências. Além da possibilidade de fazer varreduras de freqüências, as medições podem ser
feitas em freqüências diferentes da freqüência de linha e suas harmônicas. Com este princípio,
as medições também são possíveis na presença de alta interferência eletromagnética.
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Figura 13 – Princípio de medição CP TD1
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5.3.3.1.4 Execução dos ensaios
O ensaio de medição de capacitância e fator de potência das buchas do reator será executado
em três etapas principais. A primeira consistirá na medição de C1 da bucha de alta tensão. A
segunda etapa, medição de C2 da bucha de alta tensão. E, a terceira etapa, será relativa ao
teste da bucha de neutro.
2) Conectar “ENTRADA DO CABO BOOSTER” do CP TD1 ao “CABO BOOSTER EXT” do CPC 100
com o cabo booster fornecido pela OMICRON. Através deste cabo, o CPC 100 controla a tensão
de saída do CP TD1.
3) Conectar a porta serial do CP TD1 à porta serial do CPC 100 com o cabo de dados fornecido
pela OMICRON. Através deste cabo, o software CPC 100 controla o CP TD1. E é através deste
cabo também, que a CP TD1 é alimentada.
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Figura 15 – Conexões medição de capacitância e FP (C1)
Após conectar o objeto sob teste, a próxima etapa é preparar o cartão de teste. Os passos a
seguir descrevem este procedimento.
PASSO 1: Selecionar o cartão de teste Tan Delta. Este cartão pode ser acessado de CT, VT,
Transformer e Others.
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Figura 16 – Passo 1
Figura 17 – Passo 2
Figura 18 – Passo 3
- 29 -
PASSO 4: Se desejado, selecionar “ASSESSMENT” para avaliação automática do teste. Para tal,
deve ser inserido o valor nominal da capacitância no campo de entrada “Cref” e o valor de
referência do fator de potência no campo de entrada “Pref”.
As faixas de tolerância para a capacitância e fator de potência podem ser definidas em
“Assessment Limits” na página “Settings” (Configurações), conforme mostra a figura 20.
Também deve ser selecionado o item “Compensations” para normalizar os valores reais de
fator de potência medidos de acordo com a temperatura ambiente de 20°C.
Figura 19 – Passo 4
PASSO 5: Definição da medição composta. Deve ser escolhida a medição Cp, PF (cos )
(Capacitância paralela e fator de potência).
- 30 -
Figura 21 – Passo 5
Figura 22 – Passo 6
- 31 -
Figura 23 – Passo 7
- 32 -
5.3.3.1.4.1.3 Conexões do objeto sob teste (Medição de C2)
- 33 -
5.3.3.1.4.1.4 Cartão de teste (Medição de C2)
Após conectar o objeto sob teste, a próxima etapa é preparar o cartão de teste. Os passos a
seguir descrevem este procedimento.
PASSO 1: Selecionar o cartão de teste Tan Delta. Este cartão pode ser acessado de CT, VT,
Transformer e Others.
Figura 25 – Passo 1
Figura 26 – Passo 2
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Figura 27 – Passo 3
PASSO 4: Se desejado, selecionar “ASSESSMENT” para avaliação automática do teste. Para tal,
deve ser inserido o valor nominal da capacitância no campo de entrada “Cref” e o valor de
referência do fator de potência no campo de entrada “Pref”.
As faixas de tolerância para a capacitância e fator de potência podem ser definidas em
“Assessment Limits” na página “Settings” (Configurações), conforme mostra a figura 29.
Também deve ser selecionado o item “Compensations” para normalizar os valores reais de
fator de potência medidos de acordo com a temperatura ambiente de 20°C.
Para o ensaio realizado utilizando o test tap, C2 = 1235 pF e o FP = 0,28%. Para o ensaio
utilizando o voltage tap, C2 = 15.042 pF e FP = 0,45%. Estas são informações fornecidas pelo
fabricante.
Figura 28 – Passo 4
- 35 -
Figura 29 – Limites da avaliação e compensação
PASSO 5: Definição da medição composta. Deve ser escolhida a medição Cp, PF (cos )
(Capacitância paralela e fator de potência).
Figura 30 – Passo 5
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Figura 31 – Passo 6
Figura 32 – Passo 7
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5.3.3.1.4.2 Teste da bucha de neutro
2) Conectar “ENTRADA DO CABO BOOSTER” do CP TD1 ao “CABO BOOSTER EXT” do CPC 100
com o cabo booster fornecido pela OMICRON. Através deste cabo, o CPC 100 controla a tensão
de saída do CP TD1.
3) Conectar a porta serial do CP TD1 à porta serial do CPC 100 com o cabo de dados fornecido
pela OMICRON. Através deste cabo, o software CPC 100 controla o CP TD1. E é através deste
cabo também, que a CP TD1 é alimentada.
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5.3.3.1.4.2.2 Cartão de teste
Após conectar o objeto sob teste, a próxima etapa é preparar o cartão de teste. Os passos a
seguir descrevem este procedimento.
PASSO 1: Selecionar o cartão de teste Tan Delta. Este cartão pode ser acessado de CT, VT,
Transformer e Others.
Figura 34 – Passo 1
Figura 35 – Passo 2
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Figura 36 – Passo 3
PASSO 4: Se desejado, selecionar “ASSESSMENT” para avaliação automática do teste. Para tal,
deve ser inserido o valor nominal da capacitância no campo de entrada “Cref” e o valor de
referência do fator de potência no campo de entrada “Pref”.
As faixas de tolerância para a capacitância e fator de potência podem ser definidas em
“Assessment Limits” na página “Settings” (Configurações), conforme mostra a figura 38.
Também deve ser selecionado o item “Compensations” para normalizar os valores reais de
fator de potência medidos de acordo com a temperatura ambiente de 20°C.
Para o ensaio, C1 = 198 pF e o FP = 0,34%. Estas são informações fornecidas pelo fabricante.
Figura 37 – Passo 4
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Figura 38 – Limites da avaliação e compensação
PASSO 5: Definição da medição composta. Deve ser escolhida a medição Cp, PF (cos )
(Capacitância paralela e fator de potência).
Figura 39 – Passo 5
- 41 -
Figura 40 – Passo 6
Figura 41 – Passo 7
- 42 -
5.3.3.1.5 Valores de referência
C2
1235 pF 0,28% 475 pF 0,38%
(test tap)
C2
15.042 pF 0,45%
(voltage tap)
Tabela 10 – Valores de placa
O ensaio de fator de potência realizado com a CPC 100 + CP TD1 pode ter seu valor corrigido
automaticamente em função da temperatura. Para isto, conforme já mencionado no passo 4
do cartão de teste, é necessário escolher na página de configurações, o fator de correção
relacionado com a temperatura ambiente.
Esta correção pode ser feita manualmente calculando o fator de potência referenciado a 20°C,
através da equação 3:
Onde:
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Temp. de teste Fator de correção Temp. de teste Fator de correção
T (°C) K T (°C) K
10 0,80 45 1,75
15 0,90 50 1,95
20 1,00 55 2,18
25 1,12 60 2,42
30 1,25 65 2,70
35 1,40 70 3,00
40 1,55
Tabela 11 – Fator de correção K
Essas diretrizes para a avaliação dos resultados são apresentados no artigo “Medições em
campo de capacitância e fator de dissipação em buchas de transformador com variação de
freqüência – análise e resultados” apresentado no 13° encontro regional ibero-americano da
CIGRE, ocorrido em Puerto Iguazú – Argentina entre os dias 24 e 28 de maio de 2009. Os
autores são: Antonio Nunes (Engenheiro Eletricista Eletronorte), Vanesse Beltrão (Engenheira
Eletricista Eletronorte) e Marcelo Paulino (Gerente Técnico da Adimarco).
Avaliação
FPmed < 2 X FPref Aceitável
FPmed < 3 X FPref Deve ser investigada
FPmed > 3 X FPref Crítica
FPref é o valor de placa ou de bucha nova
Tabela 13 – Avaliação fator de potência
- 44 -
5.3.3.2 Ensaio de fator de potência dos enrolamentos
2) Conectar “ENTRADA DO CABO BOOSTER” do CP TD1 ao “CABO BOOSTER EXT” do CPC 100
com o cabo booster fornecido pela OMICRON. Através deste cabo, o CPC 100 controla a tensão
de saída do CP TD1.
3) Conectar a porta serial do CP TD1 à porta serial do CPC 100 com o cabo de dados fornecido
pela OMICRON. Através deste cabo, o software CPC 100 controla o CP TD1. E é através deste
cabo também, que a CP TD1 é alimentada.
5) Curto-circuitar os terminais de conexão das buchas de alta tensão e neutro (H1 e H0).
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Figura 42 – Conexões medição FP dos enrolamentos
Após conectar o objeto sob teste, a próxima etapa é preparar o cartão de teste. Os passos a
seguir descrevem este procedimento.
PASSO 1: Selecionar o cartão de teste Tan Delta. Este cartão pode ser acessado de CT, VT,
Transformer e Others.
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Figura 43 – Passo 1
Figura 44 – Passo 2
Figura 45 – Passo 3
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PASSO 4: Se desejado, selecionar “ASSESSMENT” para avaliação automática do teste. Para tal,
deve ser inserido o valor de referência do fator de potência no campo de entrada “Pref”.
As faixas de tolerância para o fator de potência e os coeficientes de compensação podem ser
definidas em “Assessment Limits” na página “Settings” (Configurações).
Segundo o fabricante, o valor da capacitância é de 3719pF e o fator de potência é 0,23%.
Figura 46 – Passo 4
PASSO 5: Definição da medição composta. Deve ser escolhida a medição Cp, PF (cos )
(Capacitância paralela e fator de potência).
Figura 47 – Passo 5
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independentemente do valor definido. Isso também se aplica se a opção “use default
frequency of xx.xx Hz” (usar freqüência padrão xx.xx Hz) não estiver selecionada
especificamente.
± 5 Hz significa que as interferências nas freqüências com um deslocamento de ≥ ± 5 Hz a
partir da freqüência de medição não afetarão os resultados.
Quanto menor a largura de banda do filtro, maior o tempo de medição.
Figura 48 – Passo 6
Figura 49 – Passo 7
- 49 -
5.3.3.2.3 Correção do fator de potência
O ensaio de fator de potência realizado com a CPC 100 + CP TD1 pode ter seu valor corrigido
automaticamente em função da temperatura. Para isto, é necessário escolher na página de
configurações, o fator de correção relacionado com a temperatura ambiente.
Esta correção pode ser feita manualmente calculando o fator de potência referenciado a 20°C,
através da equação 3:
Onde:
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6- BIBLIOGRAFIA
[4] A.P. Nunes, V.C.V.M. Beltrão, M.E.C. Paulino. Medições em campo da capacitância e
fator de dissipação em buchas de transformador com variação de freqüência – Análise e
resultados, 13° Encontro regional ibero-americano da CIGRÉ, Puerto Iguazú – Argentina, 24
a 28 de maio de 2009.
[9] Procedimentos para coleta de amostras para análise físico-química e gases dissolvidos
em óleo mineral isolante – LACTEC.
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