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Jusgp.

JEDIffiblister
Professor Associado de Engenharia Elétrica
da Universidade de Akron

Tradutor: José Fabiano Rocha


Mestre em Ciências pela PUCRJ
E x-Professor Pesquisador do CETUC/PUCRJ
Professor de Transmissão e Propagação da Universidade Santa Úrsula
A u x i l i a r de Pesquisas da Escola Naval do Rio de Janeiro

Revisor Técnico: Rodrigo Araês Caldas Faria


M. Sc. pela COPPE — U F R J
Professor de Eletromagnetismo e L a b . d e Princípios de Comu-
nicação na Escola de Engenharia FA A P
Professor Assistente da Escola de Engenharia Mauá
Professor Assistente da Faculdade de Tecnologia CEETS-UNESP

111111111 O

N I J A N C EmcGraw_Hill
São Paulo
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CEP 04533
(011) 881-8605 e (011)881-8528

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Madrid M é x i c o • N e w Yo r k O Panamá O San Juan e Santiago
Do original
Schaum's Outline of Tbeory and Problems
of
ELECTROMAGNETICS

Copyright © 1979 by McGraw-Hill. Inc.


Copyright O 1980 da Editora McGraw-Hill do Brasil

Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, guardada pelo sistema
"retrieval" ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, seja este
eletrônico, mecânico, de fotocópia, de gravação, ou outros, sem prévia autorização
por escrito da Editora.

CIP-Brasil, Catalogação-na-Fonte
Câmara Brasileira d o L i v r o , SP

Edminister, Joseph A .
E26e E l e t r o m a g n e t i s m o / Joseph A . Edminister : t r a d u t o r José

ffi® Fabiano Rocha ; revisor técnico Rodrigo Araês Caldas Faria.


São Paulo : McGraw-I-1111 d o Brasil, 1980.

(Coleção Schaum)

NUANCE I. Eletromagnetismo 2 Eletromagnetismo P r o b l e m a s ,


exercidos etc. 1. Título. S é r i e .

CDD-537
80-0859 -537.076

índices para catálogo sistemático:


PREFÁCIO

Este livro destina-se a completar os textos introdutórios de teoria do campo eletro-


magnético para engenheiros; também poderá ser usado como livro-texto para um curso
rápido. Como é tradição da Coleção Schaum, é um livro voltado, enfaticamente, a ensinar
como resolver problemas. Cada Cap. consiste em um amplo conjunto de problemas com
soluções pormenorizadas, e um conjunto posterior de problemas com respostas, precedi-
das por um resumo simplificado acerca dos princípios e eventos necessários à assimilação
dos problemas e suas soluções. Embora os problemas eletromagnéticos do mundo físico
tendam a ser muito complicados, resolvemos, neste livro, apresentar os problemas de for-
ma sintética, com um único conceito envolvido. Sentimos que esta metodologia será pro-
veitosa aos estudantes que buscam auxílio em pontos específicos, bem como aos que pro-
curam este livro com o propósito de revisão geral.
A matemática empregada ao longo de todo o livro é a mais simples possível, e procura-
mos evitar um enfoque abstrato. Foram deliberadamente utilizados exemplos concretos e
fornecidos diversos gráficos e esboços. Descobri em muitos anos de magistério que a so-
lução da maior parte dos problemas começa com um cuidadoso esboço gráfico.
Este livro é dedicado aos meus alunos, que me mostraram onde estão as dificuldades
do assunto. Quero também expressar minha gratidão a todo o pessoal da McGraw-Hill,
pela assistência editorial. Um obrigado sincero a Thomas R. Connell, pelo cuidado com
que checou todos os problemas e pelas sugestões oferecidas. A Eillen Kerns os agradeci-
mentos pelo cuidado na datilografia do manuscrito. E, por fim, um muito obrigado a
toda a minha família, em particular à minha esposa Nina, pela atengo e encorajamento
constantes, sem o que teria sido impossível escrever este livro.

NUANCE JOSEPH A. EDMNISTER


gra®
NUANCE
SUMÁN110

Capítulo 1 A N Á L I S E VETO
1.1 Notacffo Vetorial 1.2 Álgebra Vetorial 1.3 Sistemas de Coordenadas 1.4 Elei
Diferenciais Relativos a Volumes, Superfícies e Linhas 1.5 Campos Vetoriais 1.6
formações

Capítulo 2 FORÇAS D..E COULOMB E CAMPO ELÉTRICO 1 5


2.1 Lei de Coulomb 2.2 Campo Elétrico 2.3 Distribuições de Carga 2.4 Configi
Padronizadas de Cargas

Capítulo 3 LEI DE GAUSS E FLUXO ELÉTRICO, 3 2


3.1 Carga Total de uma Região 3.2 Fluxo e Densidade de Fluxo Elétrico 3.3
Gauss 3.4 Relação entre Densidade de Fluxo Elétrico e Campo Elétrico 3.5 S
cies Gaussianas Especiais

Capítulo 4 D I V E R G Ê N C I A E TEOREMA DA DIVERGÊNCIA 4 6


4.1 Divergência 4.2 Divergência em Coordenadas Cartesianas 4.3 A Divergênci
4.4 O Operador Nabla 4.5 O Teorema da Divergência

Capítulo 5 E N E R G I A E POTENCIAL ELÉTRICO DE CONJUNTOS DE CARGAS 5 9


5.1 Trabalho Necessário para Movimentar uma Carga Pontual 5.2 Potencial
entre Dois Pontos 5.3 Potencial de uma Carga Pontual 5.4 Potencial de U M
buição de Cargas 5.5 O Gradiente 5.6 Relação entre E e V 5.7 Energia Assc
Campos Eletrostáticos

Capítulo 6 C O N T E , DENSIDADE DE CORRENTE E CONDUTO 7 6

J6.1 introdução 6.-2 Cargas em Movimento 6.3 Densidade de Corrente de Co

A N o / Corrente 6.10 Condições


6.7 A Resistência R 6.8dePelícula
Contornodeentre Meios
Corrente Dielétricos
com Densidadee Condutores
K 6.9 Continui
Em
N U A N c a p i t u l o 7 M AT E R I A I S DIELÉTRICOS E CAPACITÁNCIA 9 4
7.1 Vetor Polarização P e Permissividade Relativa er- 7.2 D e E sob Tensão C(
7.3 D e E sob Condições de Carga Fixa 7.4 Condições de Contorno para Interf2
Dois Dielérricos 7.5 Capacitancia 7.6 Capacitores com Dielétricos Múltiplos 7.
zenamento de Energia num Capacitor

Capítulo 8 A EQUAÇÃO DE LAPLACE / / /


8.1 Introdução 8.2 As Equações de Poisson e de Laplace 8.3 Formas Expl:
Equação de Laplace 8.4 Teorema da Unicidade 8.5 Teoremas do Valor Méc
Q Q n 1 1 ~ C2rtpQi2na f i r n n VArlAvel 8.7 Solucãb Cartestart
Capítulo 9 L E I DE • E R E E O C - 1'10 MAGNÉTICO 1 3 0
9.1 Introdução 9.2 Lei de B i o t -Savart 9 . 3 Lei de Ampère 9.4 Rotacional 9
sidade de Corrente J e '\7 X H 9.6 Densidade de Fluxo Magnético B 9.7 O Veto]
ciai Magnético A 9.8 O Teorema de Stokes

Capítulo 1 0 FORÇAS E TORQUES EM C P O S MAGNÉTICOS 1 4 7


10.1 Força Magnética sobre Partículas 10.2 Campos Elétrico e Magnético Comi
10.3 Força Magnética sobre u m Elemento de Corrente 10.4 Trabalho e P
10.5 Torque 10.6 Momento Magnético de Espira Plana

Capítulo 11 1NDUTÁNCIA E CIRCUITOS MAGNÉTICOS 1 6 0


11.1 Tensão de Auto-indução 11.2 indutores e Indutância 11.3 Formas Padro
11.4 Indutância Interna 11.5 Circuitos Magnéticos 11.6 Não-linearidade da
B - H 11.7 A Lei de Ampère Aplicada aos Circuitos Magnéticos 11.8 Núclec
Entreferro de A r 11.9 Enrolamentos Múltiplos 11.10 Circuitos Magnéticos Em I

• ik
Capítulo 1 2 C O N T E DE DESLOC E N T O E FEM INDUZ lIA 1 8 3
12.1 A Corrente de Deslocamento 12.2 Relação Entre .1", e JD 12.3 Lei de F
12.4 Condutores • em Movimento através de Campos Estacionários 12.5 Com
em Movimento através de Campos Variáveis no Tempo

Capítulo 1 3 EQUAÇÕES DE MAXWELL E CONDIÇÕES DE CONTORNO 1 9 6


13.1 Introdução 13.2 Relações de Contorno para os Campos Magnéticos 13.3 Co
com Película de Corrente 13.4 Condições de Contorno: Resumo 13.5 Equaç
Maxwell

Capítulo 1 4 ONDAS ELETROMAGNÉTICAS 2 0 6


14.1 Introdução 14.2 Equações de Onda 14.3 Soluções em Coordenadas Cart,
14.4 Soluções para Meios quase Condutores 14.5 Soluções para Dielétricos Pe
14.6 Soluções para bons Condutores 14.7 Profundidade Pelicular 14.8 Refle)
Ondas 14.9 Ondas Estacionárias 14. 10 Potências e Vetor de Poynting

APÊNDICE 2 2 5

rNDICE ANALrTICO 2 2 7

NUANCE
MALEEMEMELIAL

1.1 N O T A Ç Ã O VETORIAL
Usaremos, como nota9Eo, para os vetores (grandezas definidas por módulo, direçãO e sentido)
em negrito, maiúsculas, diferenciando-os assim das quantidades escalares (que possuem apenas móc
sinal). Para os vetores unitários (que têm módulo 1) empregaremos minúsculas, também em negrito
calcular o vetor unitário (ou versor) associado a A basta dividir A por seu valor absoluto:
A A
Ou —
IA1 A

onde I A I = A = \ I A • A (veja a Seção 1.2)


Usaremos os vetores unitários (ar, aT,, az) para o sistema de coordenadas retangulares. De mo(
o vetor A, escrito segundo suas componentes cartesianas, será do tipo:
A = Ax a, + Ayay+ a ,

1.2 Á L G E B R A VETORIAL
1. Os vetores podem ser somados ou subtraídos. Ou seja:

A + — (A + Ayay+ Az az) + (.13x ax + By ay + Bz az)


= (Ax ± Bz)az + (Ay + By)ay + (Az ± /3z)az

o 2. As leis associativa, distributiva e comutativa sffo válidas. Isto é:

N L J A N C E A k(A + B) = kA•-F-
+ ( •kB+ C)
( =k (A1 +B k) 2)A
+ C = klA + k 2 A
A+B=B+A

3. O produto escalar de dois vetores é, por definiçãó:

A . B A B cos O

(lê-se "A escalar B") onde O é o menor ângulo entre A e B. Usando os vetores expressos por suas1
nentes retangulares, pode-se demonstrar que:
2 E LETROMAGNETISMO

4. Define-se o produto vetorial de dois vetores como:

A x B = (AB Sen 0)a„

(lê-se " A vetorial B"), onde O é o menor ángulo entre A e B, e


a, o versor normal ao plano definido por A e B. Todo plano
possui duas direções orientadas normais, a partir de um deter-
minado ponto. Sendo assim, há que se especificar com maior de-
talhe a definição anterior. Escolhe-se a normal correspondente
à aplicação da "regra da má-o direita"; ou sentido de giro de
um parafuso universal, rodando-se A em direção a B (Fig. 1.1).
Devido a isto, não é válido aplicar a lei da comutatividade ao
produto vetorial. Ou seja:
Fig. 14
A = —B x A

Usando os vetores segundo suas componentes cartesianas:

A x B = (Axax + A. ar + A z a j x (Ikax + B). a, + 13,a,)


= (A,B, — AzBy)a,+ y + (A B , , — Ay13x)a,

Expressão esta que podemos tomar mais compacta através do emprego da nogo de determinante:

ax a r a z
A x B A„ Á y A ,
B, B y B z

1.3 SISTEMAS DE COORDENADAS


Se um dado problema apresentar simetria esférica ou cilíndrica, poder-se-á empregar o sistem:
siano. Há casos, entretanto, onde as soluçôes não mostram simetria no sistema cartesiano, assumia
clusive, características complicadas se o mesmo for empregado. Sendo assim, sempre que surgir u
blerna onde seja evidente a simetria esférica, usaremos ó sistema de coordenadas esféricas, o mesrm
rendoopara o caso de haver simetria cilíndrica. Examinemos, ent5ó, estas três formas de sistemas d,
denadas.
NUANCE
ANÁLISE VETORIAL

A Fig. 1-2 mostra um ponto genérico, P, representado nesses três sistemas: o retangular (.3c, y,
cilíndrico (r, çb, z) e o esférico (r, 0,0). É importante manter sempre esta ordem para as compone
O angulo O é o mesmo para os sistemas esférico e cilíndrico. Mas, em termos de ordem, para o sis
esférico, O corresponde à terceira coordenada, enquanto que para o sistema cilíndrico aparece com
gunda. Também r é comum a esses dois sistemas, inclusive no que tange à ordem. E isto devido a
razões fundamentais. Com relaca-o ao sistema cilíndrico, r corresponde à distância ao eixo z, tomad
plano normal a este, enquanto que, para o sistema esférico r é igual à distância relativa à origem; di
cias essas em relacffo ao ponto P. Nunca se deve esquecer tais evidências, quando da resolugo de probl
que necessitem de uni ou de outro sistema de coordenadas.

z4
= const

r = const.
çb = const.

(a) Cartesiano (b) Cilíndrico (c) Esférico


Fig. 1-3

Por outro lado, pode-se também definir um ponto como sendo o encontro de três superfícies o:
nais, como mostra a Fig. 1-3. No sistema cartesiano, essas superfícies sffo os planos infinitos: x = c
y = const. e z = const. No cilíndrico, z = const. (plano infinito idêntico ao anterior), O = const
plano que contém o eixo z) e r = const. (superfície cilíndrica circular). E no esférico: r = const. (
com centro na origem). O -= const. (cone circular reto, de eixo z com vértice na origem) e O =
(mesmo semiplano do caso cilíndrico). Note que: O O 7 r .

z
NUANCE
4 ELETROMAGNETISMO

A Fig. 1-4 mostra os três versores de cada sistema, aplicados em P. Os vetores unitários do
retangular apresentam direções fixas, independentemente do ponto P de interesse, o que não ocor
os dois outros (exceto quanto a ar). onde cada vetor unitário é normal à sua superfície coordenada, (
tido coerente com o crescimento da coordenada à qual se associa. Cumpre também notar que:

x ar = ar x = az a , x ao =

(ou seja, possuem "orientação dextrógira").


A decomposição de um vetor genérico, A, segundo as coordenadas desses três sistemas rest:
seguintes expressões:

A = A a + Ayay + .4, a, ( c a r t e s i a n o )
A = Arar + A a + a , ( c i l í n d r i c o )
A =4 r a r + A6a0 + a Q ( e s f é r i c o )

Nem sempre as componentes A , Ar, A(t) etc., sãO constantes, mas quase sempre sãO funções das co(
das do sistema correspondente.

1.4 E L E M E N TO S DIFERENCIAIS RELATIVOS A VOLUMES, SUPERFÍCIES E Lif


Analisemos, então, o que se usa chamar de volume incremental (ou diferencial). Incrementa
coordenadas rdos três sistemas para (v + dx, y + dy, + dz), ( r + dr, d + d , z + dz) e (
O + de , + 4 ) , os volumes assim gerados constituem, em primeira ordem, qualquer que seja o s
uma caixa retangular. A Fig. 1-5 apresenta esses três casos, indicando o dv correspondente a ca(
Nessa mesma figura também se pode ler as áreas superficiais incrementais, limitado os volume
cionados. Para, por exemplo, as coordenadas esféricas, o elemento de área normal a a, vale :
ciS = d e ) ( / : senO(45) = r2 senOde dó

, / d r /f \7 r sin O do
r„,--
-,-,---- ,
-,,T-dz r dO
rdç

du d x dy dz dv = r dr dO dv = r2Sen0 dr dO ck)

(a) Cartesiano (b) Cilíndrico (c) Esférico

Fig. 1-5

Quanto aos elementos incrementais de linha, d/, diagonal ligada a P. temos:


ANÁLISE VETORIAL

1.5 CAMPOS VETOMAIS


É comum aparecerem expressões, no Eletromagnetismo, onde os coeficientes dos vetores u
contém variáveis, de modo que tais expresses variam, de ponto a ponto, em módulo, direção e
nas regiees de nosso interesse.
Como exemplo, seja o vetor:

E= - + ya,

Ou seja, para obter o valor real de E, em


cada ponto, deve-se substituir as coorde-
nadas deste em x e y. Após calcular
para u m certo conjunto de pontos,
obtém-se uma configuração semelhante
à indicada na Fig. 1-6.
Além disso, um campo vetorial
pode, também, variar com o tempo.
Exprimindo, assim, o campo vetorial
bidimensional acima e m função d o
tempo, podemos obter, por exemplo,
uma expressão do tipo:
E = x a x + yay) sencot
ou,ainda:
E = x a x + ya)(-1'
Os campos elétricos e magnéticos dos
Últimos capítulos serão todos variáveis
no tempo, podendo, como era de se es-
perar, ser diferenciados e integrados em
relação ao tempo. Operações que apare-
cerão naturalmente e não ocasionarffo
grandes dificuldades.

1.6 TRANSFORMAÇÕES
O campo ou campos vetoriais que surgem nos diversos problemas existem na realidade físic
terna de coordenadas empregado para expressá-los é uma mera questão de referencial. Quanto n

N u A N eviriaddenacifoarráaaescosihsívaedlosimsistem.apcoordtenadas,rmbailsdire!a. serávezes,solruçffroeroa,erxop
' mrai
reassse5bneceaslsá iostrcs
um campo vetorial de um sistema a outro.

EXEMPLO 1 S e j a o campo:

A = 5ra, + 2 sencl) a, + 2 cosOao

expresso em coordenadas esféricas. Pode-se transformar as coordenadas r, O e qi nas cartesiana


usando a Fig. 1-2 e as noções elementares de Trigonometria. Assim,
6 ELETROMAGNETISMO

Podemos escrever, portanto, as componentes esféricas do campo vetorial A em termos de x, y e z:

A = 5 , 1 x 2 + y 2 + z 2 +
a
2 y
+
o 2 z
a
,./x2 + . , / x 2 + + z2
Por outro lado, os versores ar, ao e ao podem, também, ser transformados nos seus equivalentes corte!
usando a Fig. 14 e aplicando trigonometria básica. Portanto:

a , +
az
„ , / x 2 + y 2 + z 2 + „ I x 2 + y 2 + Z 2 „ I x 2 + y 2 + z 2

xz y z N / X 2 + y2
a,- 2 2a , 2 2x 2 + a a ,
+3, + y x 2 + y2 + z 2 . 1 x 2 + y2, N / x 2 + y2 + z2
—Y
— a x +
,Jx + y 2 + y 2

Combinando as componentes e os vetores unitários transformados acima, obtemos, por fim, a express
A em coordenadas retangulares. Ou seja:

2xyz 2 y z
A = (5x +
2 + y 2 + ( x 2 + y 2 ) v / x 2 + y 2 + z 2 „ I X 2 + y

2y2z 2 x y
+ (5y + (x2 + y2),/x2 + y2 + z2 N / x 2 + y2 + z2,/x2 + y2
2y
+ (5z ,1x2 + y2 + z2)az

PROBLEMAS RESOLVIDOS

1.1 M o s t r e que o vetor ligando /14(x1, y i , z 1) a N(x 2,


Y2 Z 2 ) , indicado n a Fig. 1-7, pode ser escrito
como: mx2, y:

(x2 - 1 )ax + (Y2 — M a y + (z 2 z 1)

Soluçã-o • Usando as coordenadas de Me N para es-


crever os vetores p o s i g o A e B . obtemos, de

'11111•1 a c o r d o com a Fig. 1-7:


fft~ A = xiax + ylay + zia,
Fig. 1-7

NUANCEr sehdo assim:


B = x2 ax + 3,2 a> + z2 az

= (x2 - + (Y2 - M a y + (22 — 21)az

1.2 E n c o n t r e , em coordenadas cartesianas, o vetor A que liga (2, —4, 1) a (O, —2, O), calculando, 1
bém, o vetor unitário associado a A.
So" luçffo,

A = (O 2 ) a , + ( - 2 — (-4))a7 + (O — 1)a,, — —2ax + 2ay — a,


1AP = (-2)2 + (2)2 + (-1)2 — 9
ANÁLISE VETORIA

1.3 C a l c u l e a distância entre (5,37r/2, O) e (5, 7r/2, 10),


em coordenadas cilíndricas.
Soluçãb • Obtêm-se, primeiramente, os vetores posi-
ção (em coordenadas cartesianos) A e B:

A= 5a, = 5a, + 10az

De onde: B — 1 = 10az + 105,. E, sendo assim,


a distância pedida entre os dois pontos será a seguin-
te:

Não é possível usar os pontos em coordenadas


cilíndricas para calcular a distância entre ambos, tal
como se fez para coordenadas cartesianos, no Pro-
blema 1.1 Fig. 1-8

1.4 M o s t r e que: A • B A x B , + Ay B y + AzBz•


Solução. Expressando o produto escalar em termos das componentes desses vetores, obtemos

A • B = (A x a, + A, + Arar) • (Bax + By a, + Br az)


—(A, k) • (Bxax) + (A x ax) • (Byay) + (A, k ) • (R, az)
+ (A,, ay) • (Bxax) + a , ) • (Byay) + (A y a)) • (13 r ar)
+ (Arar) • (B,ax) + (Azar) • (Bya,) + (Ar ar) • (B, ar)

Entretanto: a , • a , a , , . a y = a , a , = 1 , devido ao fato de o co-seno do ângulo eu


quer desses versores, agrupados em par, ser unitário, pois os mesmos sao paralelos (ou seja, (
entre ax e ax, ay e e a, e a, são nulos). Mas, quando = 9()°, seu co-seno vale O, de ir
são nulos todos os Produtos cruzados, ou seja, todos os demais produtos entre os vetores
Portanto:

A • B = B x + A, B3 + A, Br

1.5 D a d o s : A - 2a5 + áray — 3a5 e B a , — a y, calcule A • B e A x B.


Solução.

A • B ( 2 ) ( 1 ) + (4)(— 1) + (-3)(0) = —2

NUANCE Ax B
ar ay ar
2 4 3 = —3
3a — 6a,
1 —1 O

1.6 M o s t r e que A = 4a5 2 a y — a , e B = ax + 4ay — 4a5 são perpendiculares.


Solução: Como o produto escalar envolve o fator cos O, para que seja nulo, sendo os vetores
de zero, o ângulo entre os mesmos deverá ser de 900• Portanto, como verificação:

A • B = (4)(1) + (-2)(4) + ( - 1 ) ( - 4 ) — O
8 E LETROMAGNETISMO

Solu0b.
(a) Para o produto vetorial:

a, ay a,
Ax B = 2 4 O 16a, + 8ay + 12k
O 6 —

IA = ,/(2)2 + (4)2 + (0)2 = 4,47


B = \/(0)2 + (6)2 + (— 4)2 = 7,21
IA x B I = , / ( —16)2 + (8)2 + (12)2 = 21,54

Logo, como: A x B = A I I B s e n O:

21,54
senO = 0,668 o u O = 41,9'
(4,47)(7,21)

(b) Por outro lado, para o produto escalar:

A • B — (2)(0) + (4)(6) + (0)(-4) = 24


A• B 2 4
cosO = = 0,745 o u O = 41,9'
IA I l B I (4,47)(7,21)

1.8 Dados F = — 1)ax + 2xai,, calcule o valor desse vetor aplicado ao ponto (2,2,1), bem col
projeçãO sobre B, dado por: B 5 a x — ai, + 2az.
Soluçtio.

F(2,2, 1) = (2 — 1)a, + (2)(2)ay


—a, + 4a,
O 1
Como mostra a Fig. 1-9, pode-se obter a projeção de um 2 . —.
vetor sobre outro calculando o vetor unitário da d i r e g o
deste último e efetuando um produto escalar, entre o vetor
Proj. de A sobre B
unitário e o primeiro vetor. Ou seja :
• Fig. 1-9
Proj. de A sobre B = A aAr, — B
IB I
Desse modo, em (2, 2, 1):
fft~ o
• B (1)(5) + (4)(— 1) + (0)(2) 1
N U A N C E P r o j . de sobre B = 'B—I . 1 3 1 1

1.9 Dados: A = a + ay, B = ax + 2a2 e C = 2a y + za , calcule: ( A >c 13) >c C e compal


resultado com o de A x ( B x C).
Soluçá-o.

a, a y
Ax B 1 1 0 —2a, 2 a , . a ,
1 0 2
vANALISE VETORIAL

Usando o mesmo raciocínio, obtém-se: A x ( x C) = 2ax — 2a + 3a-z Portary


cluímos ser de suma importância observar a ordem indicada pelos parênteses que aparecem
produto vetorial triplo.

1.10 Use os vetores A, B e C do Problema 1.9 para calcular A • B x C, e compare esse resultad,
de A x B ,• C.
Soluçá-o. Usando o método e os resultados do problema anterior: B x C = —4ax — ay +
Sendo assim:
A • B x C = (1)(-4) + (1)(-•1) + (0)(2) — —5

Do mesmo modo, do Problema 1.9: A x B = 2ax — 2ay — az o que, portanto, fornece:


A x B • C = (2)(0) + (-2)(2) + (-1)(1) = —5

Dessa maneira, os parênteses nEo sã-o elementos essenciais em um produto escalar triplo,
tando importância apenas quando houver, antes, um produto vetorial. Generalizando, pode-se
que:

Ax Ay
A•B x C = E,, B Bz
Cx C, Cz

Desde que os vetores apareçam na mesma ordem cíclica, o resultado será idêntico a este. Mu
a ordem, a única alteração será quanto ao sinal.

1.11 Expresse o vetor que aponta de z = h, no eixo z, a (r, (/), O)


em coordenadas cilíndricas. Veja a Fig. 1-10.
Soluçá-o. O vetor R é a diferença entre dois vetores; ou
seja:
R
R — ra, — ha, •
R r a , — ha.
aR=
R / r 2 + 112

Nota-se que o ângulo n ã O aparece explícito nestas ex-


pressões obtidas. Entretanto, tanto R com aR dependem
de 4), através de ar.

NUANCE" Obtenha o vetor que parte de um ponto arbitrário do


plano z = —5 e vai até a origem, conforme indicado na
Fig. 1-11.
Solução. Usando coordenadas cartesianas, podemos apli-
car, com toda certeza, a fórmula obtida no Problema 1.1
Sendo assim:

R — —xax. — ya, + 5az


(x-Y- —
—xax — ya, + 5a„
an =
• x2 + v2 + 25 Fig. 1-11
10 E LETROMAGNETISMO

Soluçá-o. O elemento diferencial de área é o seguinte


[veja a Fig. 1-5 (c)]:

dS = r'sone dO

Desse modo:

A = d 2 s o n 0 da
o
= 27ra2(cos a — cos fi)

Quando a = O e = 7r, A = 47ra2 , ou seja, a área super- Fig. 1-12.


ficial de uma esfera de raio a.

1.14 Obtenha a equação correspondente ao volume de uma esfera de raio a, a partir do elemento d
cial de volume.
Sollgyro. Usando a Fig. 1-5 (c), obtemos que o elemento diferencial de volume vale:
dv = r2 sen O dr c/61 d0 Portanto,

2-11 , a

V=1.•o í. 0- I or2Sen0 dr3de d.0 = —4na3

1.15 Utilize o sistema cilíndrico de coordenadas para calcular a área la-


teral de u m cilindro circular reto com r = 2 m, h = 5 m e
30° Ø 1 2 0 a (veja a Fig. 1-13).
Solu0b. Usando o elemento diferencial de área d s = r dçb dz,
obtemos, pois:
5 .„27r13
A= 2 d O d z
•o a / 6

= 57t m2
1.16 Transforme o vetar:

= yax + xa, + a ,
.\,/x 2 + y2

do sistema cartesiano ao cilíndrico.


Solução. Usando a Fig. 1-2 (b), Fig. 1-13

= r cos y = rsen0 r . 7 c 2 + y2
N U A N C L O . . A = rsen0 + r cos Oay + r cos2

Calculando, agora, as proje9Ges dos versores cartesianos sobre ar, açbe az, obtemos:

•a = cos •ao— --sen0 ax • a, = O


a, • a, = sen0 a>• ao c o s a, • a, = O
a, • a,. = a, • a, = O a„ • ar = 1
ANÁLISE VETORIAL

e, portanto: A = 2rsent/) aos + (r cos2 — r ser? 014, + r cos' 4ar

1.17 U m vetor com módulo 10 vai do ponto (5,57r/4,0) até a origem de um sistema coordenado cil
(Fig. 1-14). Expresse-o em coordenadas cartesianas.
Soluçá-o. Em coordenadas cilíndricas pode-se representar esse vetor
por 10 ar, com çb = 7r/4. Sendo assim:
n 1 0 7r 1 0
Ax = O •
Ax = 10cos 4 = z = 10 sen 4 =

de tal maneira que:


10 1 0
A= a x + a ,

Note que o valor da componente radial, 5, pouca importância tem Fig. 1-14
sobre o resultado final, não influenciando o mesmo.

PROBLEMAS PROPOSTOS

1.18 Dados: A = 4a + 10a, e 2a, + 3ay, calcule a projeção de A sobre B.


Resposta. 12/ '

1.19 Dados A = ( 1 0 / / ) (a, + az) e B = 3(a, + az), expresse a projeção de B


sobre A, segundo a direção de A.
Resposta. 1,50 (a, + az)

1.20 Calcule o ângulo entre A = 10a y + z2a e B = —4ay + 0,5az, usando as definições de
escalar e de produto vetorial.
Resposta. 1 61,5°

1.21 Repita o problema anterior para:A = 5,8ay + 1,55az e B •—• —6,93ay + 4,0az.
Resposta. 135°

1.22 Ache o vetor unitário normal ao plano 4, + 3 , + 2z = 12 (para direção afastando-se da


Resposta. (4a, + 3ay + 2az)/-\/ 29
rm o
1.23 Mostre que, para que os campos vetoriais A e B sejam perpendiculares em qualquer ponto,
N U A N C E AYAY A z B z = 0 .
1.24 Obtenha as relações que devem ser satisfeitas entre as componentes cartesianas de dois
vetoriais A e B para que sejam paralelos em todos os pontos do espaço.

Resposta. Ax A y A r
B „ = B y = Br

1.25 Calcule o vetor unitário que vai de um ponto genérico da reta x = O, y = 3, até a origem.
12 E L E T R O M A N G E T I S M O

1.26 Calcule o vetor unitário que liga um ponto genérico do Plano y = —5 ao ponto (xl, Yi. zi).

()c — x)a, + (y + 5)a). + (z, — z)a


Resposta a =
N(xi x ) 2 + Cri + 5)2 + (zi z ) 2

1.27 Obtenha a expressão do vetor unitário que liga um ponto arbitrário do plano z = —2 a(
(O, O, h). Explique o resultado para quando h — 2 .

Resposta. a —xa
x — va 3 , + (h + -2)a,
.,/X2 + 3,2 + (h + 2)2

1.28 Dados A = 5ax e B = 4ax + By ay, calcule By de modo que o ângulo entre A e B
Se B contiver, ainda, um termo B, az, qual a relação que deve haver entre By e Bz?
R e s p o s t a . B y = ± 4 ; . N / B y 2 . + = 4

1.29 Mostre que o valor absoluto do produto triplo escalar A e B x C é igual ao volume do pai
pedo cujas arestas sâo A, B e C.
(Sugestão.•Mostre primeiramente que a área da base é igual a 1B x C 11.

130 Dados: A = 2a, — az, B = 3ax + ay e C = —2a, + 6ay —4az, mostre que C é perpen
mutuamente, aAea B.

1.31 Dados: A = a, — ay, B 2 a , e C = —ax + 3a3,, calcule A • B x C. Examine outras


do produto triplo escalar.
Resposta. —4

1.32 Usando os vetores do Problema 131, calcule o produto triplo: (A x B) x C.


Resposta. —8a,

1.33 Calcule o vetor unitário que liga (2, —5. 2 ) a (14, —5, 3).
Resposta. a = (12113) a x + (5/13)a,

1.34 Mostre ser impossível usar o método do Problema 1.1 para coordenadas cilíndricas, para os
(ri, (kl, zi) é (r2 (/)2, 22). Verifique o mesmo problema para coordenadas esféricas.

1.35 Verifique que a distância entre os dois pontos dados no Problema 1.34 vale:

N L J A N Ç .36
E Calcule (o vetor
1 que liga
2 (10,37r/4,
= + 7r/6)- a (5,
I r 44,
2cos7r),
((/)2pontos
— 01) expressos
+ (z 2 z i l 2
em coordenadas esféricai
Respostas. —9 ,66ax — 3,54av + 10,61a,

1.37 Ache a distância entre (2, 7r/6.0) e (1, 7r, 2), pontos expressos em coordenadas cilíndricas.
Resposta. 3,53

1.38 Calcule a distância entre (1, 7r/4,0) e (1,37r/4, 7r), pontos expressos em coordenadas esféricas.
Resposta. 2,0
ANÁLISE VETORIAL

1.40 Calcule a área da superfície curva de um cilindro circular reto de raio a e altura h usando co<
das cilíndricas.
Resposta. ltrah

1.41 Use coordenadas cilíndricas para obter o volume do


cilindro circular reto do Problema 1.40.
Resposta. 7ra2 h

1.42 Use coordenadas esféricas para obter as áreas diferen-


ciais, dsi e ds2, integrando-as depois para calcular as
áreas superficiais da Fig. 1-15, marcadas com / e 2,
respectivamente.
Resposta. 7r/4; 7r/6

1.43 Calcule o volume de uma casca hemisférica de raio in-


terno 2,00 m e raio externo 2,02 m, usando coorde-
nadas esféricas. Fig. 1-15
Respostas. 0.1627rm3

1.44 Calcule o elemento diferencial de volume inerente ao volume definido por 1 r 2 m, O O


O ( / ) z / 2 : use coordenadas esféricas, integrando depois o resultado anterior para calculai
me global.
77 3
Resposta. —
6

1.45 Expresse o campo vetorial: A = Axax. + A vay + Azaz em coordenadas cilíndricas.


Resposta. A = (A cos Ay s e n t M a r + Àxsen(19 + Ayeos ck)ao + A, a,

1.46 Escreva o campo vetorial: A = Ara, + A eao + A oao em coordenadas cartesianas.


Resposta.

z A 4 , v
a
+ y' + N / X 2 + + Z 2 • , / X 2 + 3'2 . \ • / X 2 + y 2 )

A,y A o z A d> X
y a
+ N / X 2 + y 2 + Z 2 + N / X 2 + 3'2 + N / X 2 + y2 N / x 2 + y2 / Y

a
111 A , z A o 2 + y2

NUANCE
+ 3,2 z 2 x 2 + y2 +

1.47 Transforme o campo vetorial F r - 1 ar em coordenadas esféricas para coordenadas cartesia


xa ,• +_ va + zaz
Resposta. F =
x2 + r2 z 2

1.48 Usando coordenadas cilíndricas, r = const., defina um cilindro circular reto. Suponho que
seja uma força noiliial a todos os pontos da superfície mencionada, expresse esta última e a
coordenadas cartesianas.
14 E L E T R O M A G N E T I S M O

149 Escreva o campo vetorial: F = 2 cos O a,. + sen O em coordenadas cartesiana&


Resposta.

F = 3xzax+ 3yza, + (2z2 — x2 y 2 ) a z


x 2 + y 2 + Z2

1.50 Esboce o campo vetorial F = y a , + xay.


Resposta. Veja a Fig. 1-16.

e
7r 8

Fig. 1-16

77r/8
0=H--

NUANC
ir/8
Fig. 1-17 Fig. 1-18

1.51 Esboce, em coordenadas cilíndricas, o campo 1F = 2 r cos r


Resposta. Veja a Fig. 1-17.

1.52 Esboce o campo vetorial do Problema 149 em coordenadas esféricas.


Resposta. Veia a Fie. 1-18.
,

F-D• S DE M A M E
E
nkflP0 ELÉ7N1C0

2.1 L E I DE COULOMB
"A força, mútua, que atua entre duas cargas é diretamente proporcional aos valores das carga
samente proporcional ao quadrado da distância que as separa." Este enunciado constitui a Lei de C
obtida experimentalmente a partir de um trabalho executado com dois pequenos corpos carrega&
delicada balança de torça-o. Em forma vetorial, esta Lei é expressa do seguinte modo:

F Q1s22 a
47t6d2

Em todo o livro usaremos as unidades do Sistema SI. Ou seja, a força em newtons (N), a distânci
tros (m) e a carga (unidade secundária) em Coulombs (C). A constante de proporcionalidade do
para haver coerência com as medidas, é 47r, introduzida nessa lei para que lig.() apareça nas eqt
Maxwell; e é a chamada permissividade do meio, com unidade de C2 /N • m2 , ou, de modo eqi

N U A N Carads por metro (F/m). Para o espaço livre, ou vácuo: 10- 9


E= co = 8,854 x 10- 12 F/mF 367r
/ m

Para outros meios, que n o o vácuo, e ---- ereo , onde e,. é chamada de permissividade relativa ou 4
dielétrica do meio em questa-o. Em todos os exemplos e problemas, suporemos o espaço livre, us2
pre um valor aproximado para eo , a menos que se diga o contrário, com clareza suficiente.
Usaremos, também, alguns sub-índices, para tomar mais claras as forças, suas direções e sent
do assim, se as cargas forem (21 e Q2 , ter-se-á que:

= (21(2,2,a,
16ELETROMAGNETISMO

EXELVLO 1 Ache a força que atua sob


carga Qi = 204C devido à presença de outl
= —300pC. A primeira carga está na posição-/ ,2) e a segunda em (2, O, O), todas as distâncias E
em metros.
Soluçffo. Devido ao fato de I C c o r r e s i d e r a um armazenamento excessivamente acent
unidades de cargas elétricas é comum expressar as cargas em #C, isto é, microcoulombs. Ou ain.
coulombs, nC, ou picocoulombs, pC. (Veja oApândice A, onde estão registradas as normas de 1
do SI.) Usando a Fig. 2-1:
R21 = —2k + ay + 2a:

azi = 3
- ( - 2 a : + ay + 2a.)

Logo:

F1 — (20 x 10- 6)(—300 x 10-6) 2 a x + ay + 2


4n(10-9/36n)(3)2 3

= 6(2a: a y3 2 a : )

O módulo da força é 6N e sua direção é tal que Qi é


atraído para Q2 • Fig. 2-1

Na região circunvizinha a uma carga pontual isolada, existe um campo de forças com simetria 1
Este fato fica evidenciado quando a carga Q é fixada na origem como na Fig. 2-2 e uma segunda ca.
é movimentada ao redor da região. Em cada posição uma força atua ao longo da reta que suporta
cargas, e afastando-se da origem se as cargas são de mesmo sinal. Em coordenadas esféricas, tudo istc
ponde a escrever que:

QQT

FT = 4 1 t € 0 r 2 •a ,

F2

Fig. 2-2
Fig. 2-3

m.Ressaltando-se
1 que, a menos que QT Q , o campo simétrico circunvizinho a Q será perturba
FORÇASDECOULOMBECAMPOELÉTRICO

Fato este que nKo deve apresentar qualquer surpresa, pois, se Q • lis ui um campo de força, QT
tem. Quando duas cargas situarem-se na mesma regiffo, o campo resultante necessariamente será u
soma ponto a ponto de dois campos. Este é o princípio da superposicáb para forças de Couloml
pode ser aplicado para qualquer número de cargas.

22 CAMP ELETRICO
Suponha que, na situacffo acima, a carga de prova QT seja suficientemente pequena, capaz de nãc
bar significativamente o campo da carga pontual fixa Q. O campo elétrico E, devido a Q, é definido
força por unidade de carga em QT:

E = —1 ' 2 a
Q , 4 7 t É 0 r2

E
(x2,Y2,z2)

R=(x2 – xl )a, + (y2 -y, )a), + (z2 --zi

Q(x1,v1,z1,)

(a) Esférico (b) Cartesiano


Fig. 2-4

A expressão apresentada, para E, acha-se em coordenadas esféricas, a origem coincidente com Q [Fig.
pode ser transformada em outro sistema de coordenadas pelo método da Seção 1.6. Para um
de coordenadas cartesiano arbitrário:

E= a
Q•
4 7 r É 0 R 2

onde o vetor separação R está indicado na Fig. 2-4 (b).


As unidades de E sEo newtons/coulomb (N/C), ou o equivalente, volts por metro (V/m).
®

N U A N C2.3 DISTRIBUIÇÕES DE CARGA

Volume Carregado

Quando uma carga se distribui por um volume especificado, cada elemento de carga contribui
campo elétrico num ponto extremo. Portanto, haverá necessidade de efetuar um somatório, ou
para calcular o campo elétrico total. Mesmo sabendo que a mais ínfima divisão de carga elétrica se
em prótons ou elétrons, será conveniente usarem-se distribuições contínuas (isto é, diferenciáveis)
e definir uma densidade volumétrica de cargas:
18 E L E T R O M A G N E T I S M O

Note as unidades entre parênteses. Ou seja, p está expresso em C/m3 , todas as variáveis envolvidas (
com o SI (C para a carga Q, e M3 para v). Esta convenço será isolada por toda a extenso deste livr
Reportemo-nos, entá'o, à Fig. 2-5. Cada diferencial de carga dQ produz um campo elétrico dii

dQ
dE = a R
4nco R2
dE
-P
o
tomando P como ponto de observago. Supondo que a única carga da
regia) considerada se acha dentro do volume, o campo elétrico total
em P poderá ser obtido por integraçãó em todo o volume:

E = r PaR d v
47tE0

Plano Carregado Fig. 2-5


Também é possível encontrar as cargas elétricas distribuídas por
um plano, superfície ou película. Cada carga diferencial dQ sobre a
película produz um campo elétrico diferencial:

dO
dE a
47U° R2 R

no ponto P (veja Fig. 2-6). Se a densidade superficial de cargas for


/3, (C/m2), e n o havendo nenhuma outra carga presente na regiffo de
interesse, o campo elétrico total em P será:

•E = P d S Fig. 2-6
•s 4nc0 R2

Distribuição Linear
Se a carga está distribuída sobre uma linha, cada carga diferencial dQ ao longo da linha pri
campo elétrico diferencial:

dE = dQ
47c£0R aR

N U A N ç m g (veja Fig. 2-7). Se a densidade linear de cargas for


Pi (C/m), n o havendo qualquer outra carga na regiáo, o
campo elétrico total em P será:

E = r P ? aR d t
47tco R2

Cumpre enfatizar que em todas as três distribui- Fig. 2-7


ções de carga apresentadas, bem. como nas integrais resul-
FORÇAS DE COULOMB E CAMPO ELÉTRICO

2.4 CONFIGURAÇÕES PADR sNIZAI3AS DE CARGAS


Em três casos especiais a integração discutida na seção 2.3 ou é desnecessária ou fácil de re
Quanto a estas configurações padronizadas (e para outras com as quais lidaremos neste Cap.) deve-se
var que a carga não se acha "sobre um condutor". Quando um problema estabelecer que a carga e!
tribuída na forma de um disco, isto não significa, necessariamente, um condutor na forma de disco
carga ocupando sua superfície. (No Cap. 6, serão examinadas distribuições superficiais em condu
Embora isso possa agora requerer suave toque de imaginação, suporemos as cargas suspensas no e
fixadas na configuração especificada.

Cargas Pontuais
Conforme se escreveu na Seção 2.3, o campo de
uma carga pontual isolada Q é dado por:
E= Q
4rcco r2
Observe a Fig. 2-4(a). Existe um campo com simetria
esférica que segue a lei do inverso do quadrado (como
gravitação).

Cargas em Linhas Infinitas


Se a carga está distribuída com densidade unifor-
me pt (C/m) ao longo de uma linha reta infinita — a qual
será escolhida como o eixo z — então o campo será dado
por:
P/
E - - - - a, ( c o o d e n a d a s cilíndricas)
2nco r Fig. 2-8

Veja a Fig. 2-8. O campo possui simetria cilíndrica e é in-


versamente proporcional à primeira potência da distância
em relação à linha carregada. Para obtenção de E, veja
Problema 2.9.

NUANCE
Plano Infinito Carregado
Se a carga está distribuída com densidade unifor-
me Ps (C/m2) sobre um plano infinito, então o campo
será dado por:
Ps
E =2 ---(0a,
Fig. 2-9
20 E L E T R O M A G N E T I S M O

PR OB L.MAS R ESC LW DOS

2.1 D u a s cargas pontuais, Q1 = 5 0 4 e Q2 = 10/2C,


estio localisadas respectivamente em (-1, 1, —3)m
e (3, 1, 0)m (Fig. 2-10). Encontre a força aplicada
em Ql.
Soluçrlo.

R21 = –4ax – 3 ;
–4az – 3az
a 2 1
5
Q1Q2
F, =
47rcoR221 a2l
(50 x 10-6)(10-5) – Q1 ( - 1
47i(10-9/36n)(5)2 5
Fig. 2-10
= (0,18)(-0,8az – 0,6a,) N

Sendo assim, a força possui módulo de 0,18 N, com direçio dada pelo vetor: –0,8ax – 0,6
pressando segundo suas componentes,

F/ = –0,144az – 0,108a,„ N

2.2 Ve j a a Fig. 2-11. Calcule a força que atua sobre uma carga de 100 ;IC localizada em (O, O, 3),
quatro cargas idênticas, de 2 0 4 , localizadas sobre
os eixos x e y nos pontos ± 4 m.
Soligyro. Para a força devida à carga localizada em
y = 4:

(10-4)(20 x 1 0 6 ) l/ –4a>
47t(10-9/36n)(5)2 5 + 3az)

Esta componente segundo y será cancelada pela


aço da carga localizada em y = —4m. De modo
análogo, as componentes segundo x devidas às
outras duas cargas também cancelar-se-ao. De modo

o u e a força resultante será:


Niellila q
Fig. 2-11

NUANCE 25 5 a.)
= 4(-18)(--3 - = 1,73a, N

2.3 V e j a a Fig. 2-12. A carga pontual Q1 = 3 0 0 4 , localizada em (1, –1, –3) m, sofre a aço
força

F1 = 8 x – + 4az N

devida a uma carga pontual Q2 situada em ( 3 , –3, –2) m. Calcule Q2•


Solução.
FORCAS DE COULOMB E CAMPO ELÉTRICO

Note que, devido a:


8 — 8 4
= =
—2 2 — 1

a força fornecida tem direção segundo R21


(veja o Problema 1.24), como era de se es-
perar. Desse modo:

Q1Q2
4nco R2 aR G
Q1 (,
8ax — 8a,, + 4a_- = (300 x 10-6)Q2 ( —2ax
47t(10-9/367c)(3)2 3 + 2ay — a ) ( 1 , - 1 , - 3 )
Fig. 2-12
Resolvendo esta última equago, Q2 = —404C.

2.4 C a l c u l e a força que atua sobre uma carga de 50pC situada em (O, O, 5) m, devido à presença
outra carga, de 500 7rpC, uniformemente distribuída sobre u m disco circular, r 5 m, z
(Observe a Fig. 2-13.)
Solução. A densidade de cargas é a seguinte:
Q 5 0 0 n x 10- "
Ps= = = 0,2 x 10-4 C/m2
A n ( 5 ) '
Em coordenadas cilíndricas:

R = —ra, + 5a,

Cada elemento diferencial de carga dá origem a uma força


elementar:

(50 x 10-6)(Ps rdrd0) + Fig. 2-13


dF =
4n(10-9/367c)(r2 + 25) + 25
Antes de integrar, note que os componentes radiais cancelar-se-ãO, e que a, é constante. Entffc

2 • ( 5 0 x 10-6)(0,2 x 10- 4)5r dr d4)


F
- o 4 1 t ( 1 0 - 9 / 3 6 7 c ) ( r 2 + 25)312
r dr — 1 5
= 90n S
•o (7.2 + 25)3/2 az = , / r 2 + 2510 az = 16,56az N

o'a2umme.nta a densidade de cargas, por un


N u A N • sRoelpuiçt iaooPArorebrileumo_ao2d.40sraiou
polnedvoaaagdouramuemondsiesqcoüe.dneeriaasi
P2 ( 5 ) 2
— = = 6,25
P1 ( 2 ) 2

enquanto a integral em r se torna:


.2 r drr 5 dr
•o (1..2 + 25)3 2 = 0'0143 a o invés de • 0 (r2 + =25)3/2 0,0586
De modo que a força resultante será:
22 E L E T R O M A G N E T I S M O

2.6 C l a c u l e a expressão do campo elétrico que atua em P devido a uma carga n t u a l Q presente no
ponto (xl, y i , zi). Repita o problema para a carga situada, agora, na origem.
SohTio. Como mostra a Fig. 2-14:

R= - x„)a, + (y — May + (z — z,)a,


Então:

E P(x,
47ico R2 aR
Q ( x — 1)ax + (y — May + (z — zi)a,
4.£0 [(x - x1)2 ( Y — Y1)2 + — zi)1312

Colocando a carga na origem:

E= Q x a , + yay + Fig. 2-14


47cE0 („z + y2 + z2)3i2

expressão esta que não mostra a simetria inerente ao campo. Usando coordenadas esféricas para (
origem, temos:

Q
E = 47E607-2 lir
onde aparece a simetria mencionada.

2.7 C a l c u l e o campo E que atua na origem devido a uma carga pontual de 64,4 nC, localizada em (—
2) m; use coordenadas cartesianas.
Soluçá-o. E m coordenadas esféricas, o campo elétrico devido a uma carga Q situada na origem
Q
E = 47i(0 r2 a'

Neste caso, a distância vale 2 9 m e o vetor diferença indo da carga à origem, onde E deve sei
culado, é R = 4a, — 3ay — 2az.

3 , _ ,
E = 4n(
6 4 10
, 4- x9/36n
10-)(29
9 i )4 a , — 3ay
. — 2a,)(„ 2=0 , 0 ) ( /4 2 ' a y29 2 a ) V i m

2.8 C a l c u l e o campo E em (O, O, 5) m devido às cargas Q, = 0 , 3 5 4 em (O. 4, O) m e Q2 = - 0 , 5 5

N U A N C s e o m l u % 0 0 . , O) m. (Veja Fig. 2-15.)


R, = + 5a,

R2 = —3a, + 5a,

0,35 x 10-6 — 4ay + 5a,


= 4it( 10 - 9/36n)(41) v / 4 1
= —48,0ay + 60,0a, V / m
—0,55 x 10-6 — 3 a „ + 5a,
I
FORÇAS DE COULOMB E CAMPO ELÉTRICO

2.9 U m filamento retilíneo infinito contém carga uniformemente distribuída com densidade p( •Des
va a expresso de E relativa a um ponto genérico P.
Soluçá-o. Usando coordenadas cilíndricas, tendo o filamento como eixo z (veja a Fig. 2-1 6) obb
no ponto P:

dQ ra, — zaz
dE =
41c£0 R2 ( r 2 + z2 dQ = p,

Como para cada dQ em z, há uma outra carga dQ em —z, as


componentes z se cancelam. Assim: 4101L
p, r dz
E=
f , 4nÉ0(r2 + z2)3/2 ar
p,r Pt
a = ar
[47cco r 2 r 2 + z2 . 2ne, r
Fig. 2-16

2.10 Sobre o filamento retilíneo descrito por x ---- 2 m,y = —4 m há uma distribuiçao uniforme
de densidade P- 20 nCim. Calcule o campo elétrico para o ponto (-2, —1, 4) m.
Soluçá-o. Afora ligeiras modificações para o sistema cartesiano, pode-se usar a expressa° obl
Problema 2.9 para esta densidade uniforme de cargas. Como o filamento é paralelo a az, o
resultante n o terá componente segundo z. De modo que, usando a Fig. 2-17:

R = — 4az + 3ay
e:

+ 43,2ay V i m
E = 2720:01(05;9 (— 4a5 x+ 3ay) = _ 5 7 , 6

Fig. 2-18
Fig. 2-17

2.11 Como mostra a Fig. 2-18, há duas distribuições lineares de carga, com densidade p( = 4
situadas no plano x O em y = -±4m. Ache o campo E no ponto (4,0, 10) m.
Soluçã-o. Ambos os filamentos são paralelos a az, sendo seus campos radiais e paralelos ao pl
Para cada um, o módulo do campo, em P, vale:
24 E L E T R O M A G N E T I S M O

Usando superposição, o campo devido aos dois filamentos será, is rt t o :

E = 2( 182 cos ) a x = 18a0 V/m

2.12 Calcule o campo elétrico E devido a uma carga uniformemente distribuída sobre urna pelícu
infmita com densidade p s.
Solução. Usando o sistema de coordenadas cilíndricas
com a película em z O , e observando a Fig. 2-19,
cada dQ fornecerá:
ps r dr dO I — ra,. + zaz
dE = 4itc0(r2 + z2) , / r 2

Como há simetria em relago ao eixo z, as compo-


nentes radiais cancelar-se-ão. De maneira que:

co p s rz dr dO
E = lo f o 4zr(o(r2 + z2)3 a ' 2
0
ps z — 1 Ps
a. = — az
2c0 L i r z + z2 o 2 E 0

Resultado este que vale para os pontos acima do plano xy. Para os situados abaixo, o versor
a ser, então, —as. Para uma forma mais geral, usemos o versor a , vetor unitário normal:
Ps
E= —
2E0

O campo elétrico é normal ao plano carregado, em guniquer ponto, e seu módulo é independ
distância do ponto ao plano.

2.13 Como mostra a Fig. 2-20. o plano y = 3 m contém uma distribuiçao uniforme de cargas, con
dade ps = (10-8 /67r) C/m2 Determine E em todos os pontos do espaço.
Solução. Para y > 3 m:

E— -Ps- a
2to

ffi® e, para y < 3 m:


= 30a, Vim

NUANCE E = 30ay V/m


Fig. 2-20
2.14 Duas películas infinitas, uniformemente carrega-
das, com densidade jos, estao situadas em x = ±1
(Fig. 2-21). Calcule o campo E em todas as regides.
Solwdb. A Fig. 2-21 mostra apenas uma das pelí-
culas infinitas Elas fornecem campos E dirigidos ao
longo de x independentemente da distância envol-
vida. Sendo assim:
/-±
FORÇAS DE COULOMB E CAMPO ELÉTRICO

2.15 Repita o Problema 2.14, supondo ps em x — 1 e —p, em x = 1.


Soluçá-o.

x<—
El + E2 = (p,/co)a, — 1 < x < 1
O x 1

2.16 Uma película uniformemente carregada com ps = (1/37r) nC/m2 está localizada em z = 5 m e l
lamento uniformemente carregado por p, = (-24/9) nCim em z = —3 m, y = 3 m. Calcule
(x, —1,0) m.
Soluçã-o. As duas configurações são paralelas ao
eixo x . Sendo assim, a visão fornecida pela
Fig. 2-22 refere-se a olhar, do semi-eixo positivo
dos x, para o plano xy. Para a película:
, P —
3 a,
2E0 t E,
EmP, a d e modo que:
E, = - 6az V/m E , Es
o
3
Para o filamento carregado, temos: P ( x , O
3 p ,
P/
E,
27ccor
Fig. 2-22

de modo que, em P:

E, 8 a y — 6az V i m

Somando as duas contribuições:


E = E, + E, = 8ay — 12a, V i m .

ração envolvendo três distribuições de carga: uma película, com


distribuição
1 2.17 Calcule uniforme
o campo deE()si
elétrico = (1
em..(2, O, /37r)
2) mnC/m2
relativo, a
localizada em
',Ima configu-
x = O; uma outra película, também com distribuição uniforme,
® , „ = ( - 1 /3tr) ne/m2 , situada em x = 4 m ; e um filamen-

N U A N C t o , =situado
—2 lie/Th
e m x = 6m, y = O, com densidade uniforme
Soluçã-o. Como as três distribuições são paralelas a az, não haverá
componente z para o campo resultante. O ponto (2, O, 2) terá o
mesmo campo que qualquer ponto (2, O, z ). Observando a
Fig. 2-23, P está situado entre as duas películas carregadas, onde
os campos inerentes às mesmas se somam, devido à diferença nos
sinais. Sendo assim:
Fig. 2-23

E = Psi
— aP +s z- a P+ f
a r
26 E L E T R O M A N G E T I S M O

2.18 Como mostra a Fig. 2-24, o eixo z contém uma distribui0O de


carga, entre z = - 5 m e z = 5 m, com densidade uniforme
Pe = 20 nC/m. Calcule E em (2, O, O) m, usando coordenadas
cartesianas. Repita, o problema para coordenadas cilíndricos.
Solução. Calculando o campo incremental:

dE = dO =
4n(10-9/36n)(4
20 x 10-9 dz
+ z2)
1 2 a „ — zaz) ( Vi m )

Devido a haver simetria em r e l a g o ao plano z = O, o campo


resultante n o terá componente segundo z. Assim, integrando
o resultado anterior:

2 dz
Fig. 2-24
E = 180 •1_, (4 + z2)3'2 a' = 167ax Vim

Para coordenadas cilíndricas:

E 1 6 7 2 , Vim.

2.19 O eixo z (Fig. 2-25) contém distribuigo linear de cargas, de


—5 m até —00, e de 5 m até 00. Usando a mesma densidade uni-
forme d o problema anterior, isto é , 2 0 nC/m, calcule E em
(2, O, O) In.
Solução.

20 x 10-9 dz 1 2 a , — zo,
dE = 47r(10-9/367t)(4 + z2) , / 4 + z2 ( V i m )

Novamente, a componente em z se anula.

2dr.'
111111111111 a„
E = 180 1• ' 2 + d (4+
- ( 4z + Z2)312
)3
z2 '
= 13ax V / m

Em coordenadas cilíndricas:
N LJA
N E E 1 3 a , V/m.
- 0 0

Fig. 2-25
Quando as distribuiçOes de carga dos Problemas 2.18 e 2.19
sffo sobrepostas, o resultado é u m filamento uniformemente
carregado.

E= , a,. = 1,80a V i m
27rco r
FORCAS DE COULOMB E CAMPO ELÉTRICO

Solução. Supondo a densidade uniforme como ps:

dE = 47cc0(r2
p s r dr+dd,h2)( —
. \ / rra,
2 +h ah2z )

As componentes radiais cancelar-se-a). Assim: (0,0, h)

E p s h f ' rdrdd)
47rfo Jo -1, (r2 + 112)312 a*

psh - 1 + 1 az
k,/a2 + h2 h

Note que, quando a --> co, E = (ps/2e0) az, resultado


este que corresponde ao campo devido a um plano uni-
Fig. 2-26
formemente carregado com a mesma densidade ps.

2.21 U m disco definido como r a , z = O, contém uma distribuigo de cargas com izb
ps = po sen2 çb. Calcule o campo elétrico E em (O, h ) .
Solução.

dE = Po (sen20)r dr dq5 — + haz


42tc0(r2 + h2) / r 2 + h2

A distribuição, embora na) uniforme, ainda apresenta simetria, de modo que as componente
se cancelara).

E = Poh r . (sen2 ) r dr (10= Po h — 1 + 1 a


4Tuo • 0 J o ( r 2 a . z 4 ( 0 / a 2 + h2 h 1

2.22 Um disco, r -<„, 4 m, z = O, contém uma distribuição de cargas com densidade ps = (10-4Ii
Calcule E em r = O, z = 3 m.
Solução.

dE ( 1 0 - / r)r dr dck r a , + 3a') ( V / m )


42tE0(r2 + 9) , < / r 2 + 9

Da forma que nos problemas 2.20 e 2.21, o campo resultante não terá componente radia]


e I r E ( 2 , 7 x 106) ío • o4F d r d(1)(r2
+9r2 a. = 1,51 x 106a: V/m o u 1,51a, MV/m
2.23 O plano z = —3 m contém carga distribuída sob a forma de um quadrado defmido por —2
—2 í y <- 2 m, com densidade de ps2 ( x 2 + 3,2 + 9)3/2 nC/m2. Calcule na origem.

N U A N C E S o l u ç ã b . Usando a Fig. 2-27:


R= — ya, + 3a„ ( m )
dQ p s d x dy 2 ( x 2 + v2 + 9)312 x 10- d x dy ( C )

De modo que:

2(X 2 + y2 + 9)3:2 X 1 0 - 9 dX d y
dE
47cc0(x2 + y2 -E 9)

x — — YUY + 3ax ( V / m )
28 E L E T R O M A G N E T I S M O

Como há simetria, E possuirá apenas componente segundo z. Assim:

E= f2 6 x 1 0 9 d x d y a. = 864a, V/m
2• 2 4 7 1 ( 0

2.24 O plano 2x — 3y + z = 6 m contém uma distribuigo uniforme cuja densidade vale /3,,
nC/m2. Calcule E no semi-espaço do plano que contém a origem.
Solwiro. Como a configurago é uma película uniforme, E = p8/2e0. Ou seja, E = (17,0) a,
Os versores normais a um plano genérico Ax + By + Cz = D sãb:

an .4a, B a , + Ca,
•42 + B 2 +

Sendo assim, os s o r e s normais ao plano carregado do problema


serEo:
—3a +

Usando a Fig. 2-28, fica evidente que o vetor unitário relativo ao


semi-espaço contendo a origem tem sinal negativo. Logo, o campo
elétrico, na origem, vale:

E— 07,0 Fig. 2-28


2a, ,/14
+ 3a — az) V/m

PROBLEMAS PROPOSTOS

12.25 Duas cargas pontuais, 0 1 2 5 0 pC e Q2 = —300 pC, acham-se localizadas em ( 5 , 0 , C


(O, O, —5) m, respectivamente. Encontre a força que age sobre Q2.

Resposta. F 2 = (13,5)(a' t a z N

2.26 Duas cargas pontuais, Q1 = 30 pC e Q2 = —100 pC, acham-se localizadas em (2, O, 5


(-1, O, 2) m, respectivamente. Calcule a força que age sobre Ql.
TR)

NUANcL Resposta.
F, = (0,4654 — 7' 58a z ) N '

2.27 Repita o Problema 2.26, agora para a carga Q2.


Resposta. — F 1

2.28 H á quatro cargas pontuais iguais, de 20 pC, localizadas sobre os eixos x e y, em -±-4 m. Calcule
que atua sobre uma carga pontual de 100 pC, situada em (O, O, 3) m.
Resposta. 1,73az N

2.29 Há dez cargas iguais, de 500 ue_ colocatins sobrp nmn r i n - 4 , - " - I n o •-•11.1.1
FORÇAS DE C O U L O M B E CAMPO E L É T R I C O

230 Calcule a força que age sobre uma carga pontual de 50 pC, localizada em (O, O, 5) m, devi&
carga pontual de 500 ir pC, situada na origem. Compare este resultado com os obtidos nos Pra
2.4 e 2.5 , onde havia a mesma carga total, distribuída sobre discos circulares.
Respostas. 2 8 , 3 az N

' 2.31 'Calcule a força que atua sobre urna carga pontual de 30 pC, localizada em (O, O, 5) m, devido
ça de um quadrado de 4 m2 , no plano z = O, entre x = ±2 m e y = ±2 m, que contém uma cal
de 500 1-tC, uniformemente distribuída.
Resposta. 4,66az N

2.32 Mostre que a força que atua sobre uma carga pontual localizada em qualquer ponto interno a
uniformemente carregado é nula, desde que a carga pertença ao plano do anel.

2.33 Duas cargas pontuais idênticas de Q (C) estão separadas por uma distância d (m). Calcule o car
trico E para pontos pertencentes ao segmento que liga as duas cargas.
Resposta. Se as cargas estiverem em x = O e x = d, então, para O < x < d:

E= Q ax ( V / m )
47tc0 1x2 ( d — x)2

234 Sobre os vértices de um cubo de lado r (m) há oito cargas pontuais idênticas de Q (C). Most
força que age sobre cada carga vale (3,29 Q2 /41reo /2) N.

235 Mostre que o campo elétrico E externo a uma casca esférica, que possui densidade uniforme d
ps, é igual ao campo E total devido à carga localizada no ponto central da casca.

2.36 Calcule a expressão do campo elétrico, usando coordenadas cartesianas, devido a uma confl
linear, infinitamente longa, com densidade uniforme pe.
p, xax + ya,
Resposta. E =
27E(0 X 2 + V2

237 O eixo z -de um sistema coord'mado contém uma distribuição uniforme de cargas, com dl
p, = 20 nC/m. Calcule o campo elétrico E em (6, 8, 3) tu, expressando-o em coordenadas ca
e cilíndricas.
Resposta. 21,6a, + 28,8ay V i m ; 36a, Vim

2..fi Existem duas configuraç6es lineares, com densidades iguais, Pt = 4 nC/m, paralelas ao eixo

N U A N C E a d a s em.x±=80,y ± 4 m. Determine o campo elétrico E em (-4, O, z) m.

2.39 Duas configuraç5es lineares, com densidades iguais, Pi = 5 nC/m, são paralelas ao eixo x,
z = O, y = —2 m, e outra em z = O, y = 4 m. Calcule o campo elétrico E em (4, 1, 3)m.
Resposta. 3 0 a z Vi m

2.40 Calcule o campo elétrico, na origem, devido a uma distribuição uniforme de cargas com d
pe = 3,30 nC/m, localizada em x = 3 m, y = 4 m.
Resposta. —7,13a„ — 9,50a, (Vim)
30 E L E T R O M A G N E T I S M O

2.42 A dois metros do eixo z, o campo elétrico E, devido a uma distribuigo linear uniforme de carg
lizada sobre esse eixo, vale 1,80 x 104 Vim. Calcule a densidade linear de cargas Pé, da configl
Resposta. 2 , 0 átiC/m

2.43 O plano —x + 3 y — 6z = 6 m contém uma distribuição uniforme de cargas com der


ps = 0,53 nC/m2. Calcule o campo elétrico E relativo ao semi-espaço que contém a origem.

Resposta. 30tax— 3a, + 6a, v i m


,/16

2.44 Duas películas infinitas com densidades uniformes iguais a ps = (10-9 /670 C/m2 esto localiza
z = —5 m e z = 5 m. Calcule a densidade linear uniforme, )0( , necessária a produzir o mesm
de E em (4, 2, 2) m, supondo que esta última se localize em z O , y = O.
Resposta. 0,667 nC/m

2.45 Uma certa configuração engloba as duas seguintes distribuições uniformes. Uma películ
ps — 5 0 nC/m2 , uniforme, em y = 2 m, e uma reta uniformemente carregada, com pé = O,
situada em z = 2 m,y = —1 m. Em que pontos o campo E será nulo?
- _Resposta. ( x ; —2,273; 2,0) m

,2.46 /Unia película uniformemente carregada com ps ( - 1 / 3 7 r ) nC/m2 está localizada em z =


e uma reta, também uniformemente carregada, com pé = —25/9 nChn está situada em z =
y = 3 In. Calcule E em (O, —1, O) m.
Resposta. 8ay Vim

2.47 Um filamento retilíneo uniformemente carregado, com densidade Pé = ( / 2T x 10-8 /6)


acha-se localizado ao longo do eixo x, e uma película unifolinemente carregada, com deu
ps, está localizada em y = 5 m. Na reta y 3 m, z = 3 m, o campo elétrico E possui apena
ponente z. Quanto vale a densidade da película?
Resposta. 1 2 5 pC/m2

2.48 Um filamento retilíneo uniformemente carregado acha-se localizado em x = 3 m, y --- 4 n


densidade Pé = 3,30 nCirri. Há, também, uma carga pontual de Q (C) a 2 m da origem. C
a carga O e sua localizaçãb, de tal maneira que o campo elétrico seja nulo na origem.
Resposta. 5,28 nC; (-1, 2; —1,6; O) m

2.49 Um anel circular eletricamente, com raio 2 m, está no plano z = O, com centro localizado na o
cSe sua densidade uniforme for p( = 10 nC/m, calcule o valor de uma carga pontual Q, na o
capaz de produzir o mesmo campo elétrico E, em (O, O, 5) m.
N L J A N C Resposta. 100,5 nC

2.50 O disco circular, r 2 m, localizado sobre o plano z O , possui densidade de cargas ps 1


(C/m2).,Determine o campo elétrico E em (O, 0, h).

1,13 x 10'
Resposta. a _ (V/m)
//,./4 +
FORCAS DE COULOMB E CAMPO E LÉTR ICO

2.52 Uma película finita, carregada com densidade: p s= 2x(x2 + y2 + 4)312 (c/in2).
pertence ao plano z = O, onde O x < 2 m e 0 y < 2 m. Calcule E em (O, O, 2) m.

(6
Resposta. ( 1 8 x 1 0 1 — a x — 4a, + 8az) V/m = 18( ——3
16ax— 4 ; + 8az GV/m

2.53 Calcule o campo elétrico E em (8, O, O) m, devido a uma carga de 10 nC distribuída uniforme
sobre o eixo x, entre x = —5 m e x = 5 m. Repita o problema para a mesma carga total
x = —1 m e x = 1 m.
Resposta. 2,31a, Vim; 1 ,43a, Vim

2.54 O disco circular definido por r / m,z = O possui densidade de cargas ps = 2 (r2 +25)312
(C/m2). Calcule E em (O, O, 5) m.
Resposta. 5,66ax GV/m

2.55 Mostre que o campo elétrico em qualquer ponto interno a urna casca esférica unifo memente
da é sempre nulo.

2.56 Um volume esférico, de raio a, apresenta uma densidade uniforme p. Usando os resultados dos 1
mas 2.35 e 2.55, mostre que:

ra
r < a
3('-0 ar
E= 3
r > a
a Pr-,
3(0

sendo r a distância relativa ao centro do volume esférico.

ffi®
NUANCE
LB E GAUSSFEFLUXO ELÉTHEO

3.1 CARGA TOTAL DE UMA REGIÃO


Usando a definição de densidade de carg5a apresentada na Seção 2.3, pode-se calcular a caq
presente em um determinado volume por integração. Assim, de :

dQ p dv ( C )
obtém-se:

Q p- dr ( C )

Naturalmente, p não precisa ser constante em todo o volume v.

3.2 F L U X O E DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO


1
® O fluxo elétrico, ‘P, por definição, começa numa carga positiva e termina numa carga ni

NUAN dZearga
êuando não elétrica
houver cria um
carga fluxo elétrico
negativa, o fluxodeNP
1 termina
C. Sendono
assim:
infinito. Por outro lado, também por de

= O (C)

A Fig. 3-1 (a) mostra linhas de fluxo


partindo de + Q e teiminando em —Q.
Supomos, a priori, que ambas as cargas Qo - — O

sejam iguais em módulo. A Fig. 2-1 (b)


ilustra u m a configuração c o m carga
positiva e sem carga negativa. As linhas de
LEI D E GAUSS E F L U X O E L É T R I C O

Embora o fluxo elétrico ‘If seja uma grandeza escalar, a densidade de fluxo elétrico, D, é um
vetorial que tem direção e sentido determinados pelas linhas de fluxo. Veja a Fig. 3-2, como exemplo
vizinhança do ponto P, as linhas de fluxo apresentam a direção e o sentido do versor a e se uma certa
tidade de fluxo atravessar a área diferencial dS, normal a a, a densidade de fluxo elétrico em P se

d'•11
D - d S a (C/m2)

an

a
go:1
ds

Fig. 3-2 Fig. 3 - 3

A Fig. 3-3 mostra uma distribuição volumétrica de cargas de densidade p (C/m3), limitada pela
fície S. Como, por definição, cada 1 C de carga gera 1 C de fluxo NI/, o fluxo total relativo à sul
fechada S será uma medida exata de carga total contida nesse volume. Por outro lado, D pode var
módulo e direção, de um ponto á outro de S; geralmente, D não estará orientado segundo a nom
Caso, sobre o elemento de área dS. D fizer um ângulo O com a normal, o fluxo diferencial que atra
dS será escrito como:

= D dS cosO
D • dS a,
= D • dS

sendo dS o elemento vetorial diferencial de área, de módulo dS e direção a . É comum se tomar (


an dirigido para fora de S, de modo que d,Ir corresponda ao fluxo elementar passando do interior
exterior de S através de dS.

11 ~

N LJA N,,„3b.3r LEI DE GAUSS


Integrando-se a expressão anterior, relativa a dqf , sobre uma superfície fechada S. obtém-s
resultado, uma vez que xlf Q :

D • dS Q i n t .
34 E L E T R O M A G N E T I S M O

3.4 ruELAÇÂO ENTRE DENSIDADE [DE F L U X O


I_ÉTRICO E CAMPO ELÉTRICO

Seja a carga pontual Q (suposta positiva por questão de


simplicidade) localizada na origem (Fig. 3-4). Se houver uma
superfície esférica de raio r, envolvendo Q, pode-se concluir
que, devido à simetria existente, o D devido a Q será constante,
em módulo, ao longo da superfície, e normal à mesma qualquer
que o ponto tomado. Usando a lei de Gauss:

Q D • ciS D a S = D(41tr2)

de onde:D = Q/4irr2. Logo:

D = Q , a, O —a ,
47ir- 4 i T r -

Mas, utilizando as noções apresentadas na Seção 2.2, pode-se


escrever que o campo elétrico E devido à carga Q vale :

Fig. 3-4

de onde :D = eo E.
De maneira mais geral:
D EE

para meio linear isotrópico de permissividade c. Portanto, D e E terão exatamente a mesma forma, dif
apenas por um fator que é uma constante inerente ao meio. Enquanto o campo elétrico E associado a
minada configuração de cargas é função da permissividade e, o campo densidade de fluxo elétrico D
é. Nos problemas que envolvem dielétricos múltiplos há vantagens em se obter primeiramente D. conv
do-o para E, dentro de cada um dos dielétricos envolvidos.

3.5 SUPERFÍCIES GAUSSIANAS ESPECIAIS

A superfície esférica empregada na Seção 3.4 é uma superffcie gaussiana especial, pois satisfa2
guinêés condições:

N I L J A N C umcaadsauppoernftíociedaesfemchamda D é normal (ou tangencial) à superfície.


3. D é constante, para todos os pontos da superfície onde D for normal.

EXEMPLO 1. Calcule o campo D devido a uma distribuição linear uniforme de cargas com den
p, (C/m), usando superfície gaussiana especial.
Solu0b. Considere a distribuição linear como eixo z em coordenadas cilíndricas (Fig. 3-5
simetria em coordenadas cilíndricas, D terá somente componente segundo r, e este componente depe
somente de r. Sendo assim, a superfície gaussiana especial mais apropriada a este caso é um cilindro ci
reto fechado, com eixo coincidente com o eixo z (Fig. 3-6). Aplicando, então, a lei de Gauss:
LEI DE GAUSS E FLUXO ELÉTRICO

Sobre as superfícies / e 3, D e dS são ortogonais, de modo que as integrais se anulam. Sobre 2, por o
lado, D e dS são paralelos (ou antiparalelos, se P, for ne i v a ) , D sendo constante devido a r tamb
ser. Portanto:
Q = D d S = D(2nrL)
•2

onde L é o comprimento do cilindro. Entretanto, a carga envolvida vale Q = p(1- Sendo assim:

D = — e P eD — a,
27tr 2 n r

Observe a simplicidade destes cálculos acima em comparação aos requeridos pelo Problema 2.9.

00

00

- 0 0

Fig. 3-5 Fig. 3-6

A única limitação séria, relativa ao método de gaussianas especiais, é quanto à sua utilização,
apeng para configurações de carga com forte simetria. Outrossim, para outras configurações o m
pode fornecer aproximações ligeiras para os campos muito próximos ou bem afastados das carg;
N U A N triirpos.%rregados). Veja, por exemplo, o Problema 3.40.

PROBLEMAS RESOLVIDOS

3.1 Calcule a carga contida no volume definido por: O x 1 m, O y 1 m e O z •-••


supondo p = 30 x2y (j./C/m). Que variação ocorre para os limites: —1 y O m?
Solução. Como dQ p
•I
36 E LETROMAGNETISMO

Mudando-se os limites relativos a y:

Q= I 30x2y dx dr dr.
o - 1'o
= —5 C

Fig. 3-7

3.2 Calcule a carga contida em um volume definido por 1 r ••••<-. 2 m em coordenadas esféricas se
5 cos2 cfi
P 4 ( C / m 3 )

Soluçãó.

(.2' • •
Q 1 1 r2sen0 dr dOdcp = 5n
'o ••o 21 /5cos2
r 4

3.3 A superfície S engloba as cargas pontuais Q1 = 30 nC, Q2 = 150 nC e Q3 = —70 nC


é o fluxo total através de S?
Solução. Segundo a defmi95o apresentada, o fluxo elétrico tem como origem as cargas pc
terminando nas negativas. Sendo assim, parte do fluxo originado por Qi e Q2 certamente t
em Q3 ; e, portanto:

Qtot.= 30 + 150 — 70 --- 110 ne

3.4 Q u a l é o fluxo total que atravessa a superfície fechada S (indicada na Fig. 3-8), que contérr
distribuição de cargas sob a forma de um disco de raio 4 m, com densidade ps = (sen2 0)/2r (C
Solução.

r sen
'1) Q = -oI - o (r
— 2) rr d2 &I) = '2n C

grin®
NUANCE

Fig. 3-8 Fig. 3-9

3.5 U m a superfície fechada S contém duas cargas, iguais em módulo, mas de sinais contrários. 1-k
LEI DE GAUSS E FLUXO ELÉTRICO

3.6 A superfície fechada S encerra um disco de raio 4 m, carregado com uma densidade ps = x
btC/m2 Calcule o fluxo total que atravessa S.
Solup-o.
2./c 4

P = Q = of o (12sen(k)rdr dol) = O pC

Como o disco contém igual quantidade de cargas negativas e positivas [sen (çb + 7r) =
o fluxo total através de S é nulo.

3.7 U m a película plana carregada com densida-


de ps = 40 pC/m2 está localizada em z =
= —0,5 m. O eixo y contém uma distribui-
go linear uniforme )9, = —6 liC/m. Cal-
cule o fluxo total que atravessa a superfí-
de de um cubo de 2 m de aresta, centrado
na origem, como indica a Fig. 3-10.
Solução.
Qint.

A carga encerrada para o plano é:

Q ( 4 m2)(40 pC/m2) = 160 pC •

e, para a linha:

Q = (2 m)( —6 pC/m) = — 12 //C Fig. 3-10

Portanto, Qint. = 4/ = 160 — 12 = 148 1.LC.

3.8 N a origem de um sistema de coordenadas


esféricas há uma carga pontual Q. Calcule o
fluxo que atravessa a porção da casca
esférica descrita p o r a < O < 0. (Fig.
3-11.) Qual será o fluxo para a = O e
= 7r I2?•
Soluçffo. O fluxo total 41 = Q atravessa

libellb ®
umA área da casca
a calota é dadatotal
esférica por:de área 47r 7.2.

NUANCE A= I
•o •
2n p

r 2 Serie (10 d(1)

= 27u-2( c o s fi + cosa)

Sendo assim, o fluxo inerente à mesma


será:

A o
'PU) t = ( — cos fi cosa)
Fig. 3-11

Para a = O eO = 7r/2 (um hemisfério),


38 E LETROMAGNETISMO

\s.
3.9 O eixo x contém uma distribuição linear uniforme de carga pe = 5 0 pC/m. Qual é o fluxo
de de comprimento, 41/L, que atravessa a porção do plano z = —3 m, limitada por y = ±2 m
Solução. O f l u x o apresenta distribuição uniforme ao redor da linha carregada. Portantc
que atravessa a fita (Fig. 3-12) é obtido a partir do ângulo subentendido comparado com 27r
Ou seja:
2
= 2 arctg (-3) = 1, 76 rad

De modo que:

L —250(1'176)
i t = 9,36 pC/m

Fig. 3-12 Fig. 3-13

3.10 Generalize o Problema 2.9 para o caso de uma fita plana, com lados paralelos à linha carreg
que não está simetricamente localizada em relação à linha.
Solução. A Fig. 3-13 mostra uma fita do tipo mencionado, mareada com 2, e uma outra,
com 1, que possui a simetria do Problema 3.9. Usando o Problema 3.9, determinamos o f
atravessa a fita / pelo ângulo a. Mas, como não há carga na região abcd, a lei de Gauss mos
fluxo que entra em / é igual ao que sai de 2. Portanto, o fluxo que cruza 2 também é detc
pelo ângulo a subtendido.

3.11 Uma carga pontual Q 3 0 n C está localizada na origem de

-® um sistema de coordenadas cartesianas. Calcule a densidade


de fluxo elétrico D em (1, 3, —4) m.

NUANCE Solução. Usando a Fig. 3-14:

n Q
——aR
47tR2
, 3 0 x 10-9 + 3a, — 4az
4n(26) k

—(9,18 x 10-11)( + C/m2


,/26
Fig. 3-14
ou, de modo mais conveniente:D = 91,8 p C/m2
LEI DE GAUSS E FLUXO ELÉTRICO

Soluçffo. A distância de qualquer unia das linhas carregadas ao ponto de observação vale
Considerando, primeiro, a linha ao longo do eixo x.

Pé 2 0 pC/m I a y + a,
D, =
27tr1 2 7 r ( 3 , r 2 m)

Para a linha segundo y:

D2 = , P‘a , 22 = 0 pC/rn t a , + a,
zitr2 2 , c ( 3 1 2 m) , J 2 j

a densidade de fluxo total é o vetor soma:

D = (1,30) _ - pCjrn2
20 f a x + ay + 2a,) ( a , + ay +
21r(3,/2)

3.13 Dado que D = 10xa, (C/m2), calcule o fluxo que atravessa uma área de 1 m2, norma
x para x = 3 m.
Soluç 'db. Como D é constante sobre a área e perpendicular à mesma:

tP = DA =-- (30 C/m2)(1 m2) = 30 C

3.14 Calcule o fluxo elétrico que atravessa uma área de 1 mm2, localizada sobre uma superfíc
cilíndrica, em r = 10 m, z 2 m e 0 = 53,2°, se:

D = 2 + 2(1 — y)ay + 4za„ ( C 1 m 2 )

Solução. No ponto P (Veja Fig. 3-1 5):


x = 10 cos 53,2' = 6

y = lOsen53,2" = 8

Então, para P:

NUANCE D = 12a„ — 14a> + 8à, C / m 2

Pode-se aproximar a área de 1 mm2 = 10-6 m2, que


é muito pequena se comparada à ordem de grandeza
de D, para:

dS = 10- 6(0,6k, + 0.8 ay) m 2 Fig. 3-15

Então:

= D • dS ( 1 2 a , I 4 a , + 8a,) • I V b(0,6 a., + 0,8 ay) = —4,0 pC


40 E L E T R O M A N G E T I S M O

3.15 Dada uma densidade de fluxo elétrico D = 2xa, + 3a), (C/m2), calcule o fluxo total que a
um cubo de 2 m de aresta, centrado na origem (as arestas do volume cúbico sab paralelas a(
das-lcoordenadas).
Soluç-o.

q' 1 d S = • x1(2ax
= + 3a>)•• (dS ax) + x=
( - 2 a z + 3a,) • ( --dS

+ (p =21 x a , + 3a,) y• (dS ay)• ( -2 I x a , + 3a,) • (—dS ay)

+ I ( 2 x a , + 3a,) • (dS az) + ( 2 x a , + 3a,) • (—dS az)


•z= 1 z =

=2 d S + 2 I d S + 3d S —3 I d S + O +. O
•.= • .= - • y=1
= (2 + 2 + 3 — 3)(22) — 16 C

3.16 A o longo do eixo z existe uma distribuiçá-o linear uniforme de cargas P1( = 3 pC/m, e um cil:
cular reto, concêntrico com essa linha, com raio de 2 m, sobre o qual há uma distribui9ao cor
dade p8 = —1,5/47r pC/m2. Ambas sAb infinitas e se estendem segundo z. Use a lei de Gal
obter D para todas as regiões.
Soluçã-o. Usando a superfície gaussiana especial A, Fig. 3-16, e procedendo como no Exemplo
3.5:
Pt
D a27tr, O< r < 2

Usando a superfície gaussiana especial B:

Qint.= D • dS

(p, + 47-cps)1, = .1)(27crL) -


de onde:
pt + 47to,
D,= a , r 2
2nr

Usando os dados numéricos:


0,477
: r a , (pC;m2) O < r < 2 m Fig. 3-16

D = <i0,239 (pC m2) r m


r

NUANC: Use a lei de Gauss para mostrar que D e E sã.° nulos em todos
os pontos de um plano que contém um anel circular com dis-
tribuigo uniforme de cargas e que estejam internos ao anel.
Solu0b. Considere, ao invés do anel mencionado, a configu-
rag0 indicada na Fig. 3-17, onde o cilindro circular reto
infinito é constituído por incontáveis anéis. Usando agora a
superfície gaussiana / :

Qint. = O D dS
LEI DE GAUSS E FLUXO ELÉTRICO

3.18 Em coordenadas cilíndricas, uma distribuiçãõ de cargas é dada por p = 5re'r(C/m3). Use a
Gauss para obter D.
Soluçá-o. como p n o depende de ó ou z, o fluxo qf será completamente radial. Por outro lado
r cõnstante, a densidade de fluxo D terá módulo constante. De maneira que a superfície gau
especial mais apropriada será um cilindro circular reto. As integrais sobre as bases saõ nulas, de
que a Lei de Gauss se toma:

Qint. = D • dS
sup.
lateral
•L. 2 n r

•o o1 fo 5 r e ' r dr (10 dz = D(27trL)


57r1_,[e- - - r 2 — r — 4) + = D(2rtrL)

Logo:

2,5
D = — [4 — 2 ' . ( r 2 + r + 4)]a, ( C / m 2 )

3.19 Em coordenadas cilíndricas, o volume entre r 2 e r = 4 m contém uma densidade unifo:


cargas p(C/m3). Use a lei de Gauss para calcular D em todas as regiõés.
So/u0-o. Pela Fig. 3-18, para O < r < 2 m:

Qat. = .1)(21trL)
D O

E, para 2 r :-<„ 4 m:

rcp.L(r2 - 4) = D(27crL)

D = ( r 2 — 4)a,. ( C / m 2 )
2r

Para r > 4 m:
12rtpL, D ( 2 7 t r
top
D a r (C/m2) Fig. 3-18

N u A N c o Em coordenadas
p. Use esféricas,
a lei de Gauss o volume descrito
para determinar por r seus
D e compare a resultados
contém umacomdensidade
os obtidosuniforme
para O coé
dente campo E, encontrado no Problema 2.56. Que carga pontual Q colocada na origem fom,
mesmo campo D, para r > a?
Solução. Se usarmos uma superfície gaussiana como Z, Fig. 3-19:

Qint.= D • dS
4
- nr3p = D(4nr2)
3
42 E L E T R O M A G N E T I S M O

Para os pontos externos à distribuição de cargas:

4
-3 na3 p = D(4nr2) d e onde: D p 3r
a ' a, r > a

Se uma carga pontual Q = (4/3)na2 p é colocada na origem, o campo D para r > a seria (
que o acima calculado. Esta carga pontual Q é idêntica à carga total contida no volume.

3.21 U m capacitor de placas paralelas contém uma carga superficial de + ps C/m2, na parte in
placa de cima. A superfície superior da placa inferior contém --ps C/m2. Despreze efeito (
euse a Lei de Gauss para obter D e E, para a regiãb entre as placas.
Soluça-o. Todas as linhas de fluxo que partem da carga
positiva na placa superior terminam numa carga negativa
igual na placa inferior.- A observago despreze efeito de
borda assegura que o fluxo é normal às placas. Pela super-
fície gaussiana especial indicada na Fig. 3-20:

Qint. = I D • dS + D • dS +, I D • dS
' em cima - em baixo ' lateral

r0+j D • dS + O
• em baixo

ou ainda:
Fig. 3-20
psA=D dS D A

onde A é a área. Por conseguinte:

D = p a „ (C/m2) e P
E = a , (V/ )
60

Ambos dirigidos da placa positiva à placa negativa.

PROBLEMAS PROPOSTOS

NUAN ê BCalcule
.22 e cargas
a vale:
carga contida num cubo de aresta 2 m, paralela ao eixos centrados na origem, se a d(

p = 50x2 cos ( y ) ( p C / m 3 )

Resposta. 8 4 , 9 pC

3.23 Calcule a carga contida n o volume definido p o r 1 r < 3 m , O < 4 < 7r/3, O z
dada a densidade de cargas:
LEI DE GAUSS E FLUXO ELÉTRICO

3.24 Dada a densidade de cargas em coordenadas esféricas:


Po
p = (piro), e o cos2

calcule as quantidades de carga contidas nos volumes esféricos envolvidos por r = ro, r =
r= .
Resposta. 3,97 p0r30 ; 6,24 por; 6,28 p0r30

3.25 Uma superfície fechada 5 envolve uma distribuição linear finita de carga, definida por O /
com densidade de cargas:

p, = — posen—2 ( C / m )

Qual é o fluxo total que atravessa a superfície S?


Resposta. —2p0 (C)

3.26 Uma região esférica r 2 m contém uma distribuição de cargas cuja densidade vale:
—200
P= ( p C / m 3 )
r 2

Qual o fluxo total que atravessa as superfícies esféricas: r = 1 m,r = 4 m, r 5 0 0 m?


Resposta. —8007r ; —16007Ti.LC; —16007r I.LC

3.27 Na origem de um sistema de coordenadas esféricas existe uma carga pontual Q. havendo ain
casca esférica com distribuição caracterizada pela carga total (Q' — Q), uniformemente disi
sobre a mesma. Casca com raio de a. Qual é o fluxo elétrico que atravessa a superfície r =
k<aek>a?
Resposta. Q ; Q '

3.2g O eixo x possui um filamento uniformemente carregado com ,(3. = 3 1.LC/m. Calcule u fluxo
que atravessa a superfície esférica que tem centro na origem e raio r = 3 m.
Resposta. 1 8 AC

3.29 Se uma carga pontual O está na origem de um sistema de coordenadas esféricas, calcule o flu

11111 . 1111 c oResposta. 1 3 a—parte


xlt que cruza 27E
a Q de uma superfície esférica, centrada na origem e descrita p o r a

N U A N
3.30
A " EME
'Uma carga de Q (C) está sobre a origem de um certo sistema de coordenadas esféricas. Calculc
elétrico klf que atravessa uma área de 47r m2 de uma casca esférica concêntrica de raio 3 m.
Resposta. Q I 9 (C)

3.31 Uma área de 40,2 m2 sobre a superfície de uma casca esférica de raio 4 m é atravessada por
10 jiC, de fora para dentro. Quanto vale a carga pontual localizada na origem do sistema rei:
a tal configuração esférica?
Resposta. —50
ELETROMAGNETISMO
t-\.•
3.35 Uma carga pontual Q = 3 nC está localizada na origem de um sistema de coordenadas cari
Quanto vale o fluxo ‘It que atravessa a porção do plano z = 2 limitada por —4 < y
—4 < x < 4 m?
Resposta. 0,5 nC

3.34 A o longo do eixo x existe uma distribuição linear uniforme de cargas com P = 5 pC/m. C
campo D no ponto (3, 2, 1) m.
,
Resposta. ( 0 , 3 5 6 ) + ) - 11 C / m 2

3.35 Sobre a origem de um sistema de coordenadas esféricas há uma carga pontual +Q, em redor
existe uma casca esférica de raio a, carregada com carga total —Q. Calcule o fluxo NP que a
as superfícies esféricas, r < a er > a. Calcule também D, para ambas as regiões.
r<a
Resposta. = 47v2D = I + C2
r>a

3.36 Dado que D 5 0 0 e X a , (pC/m2 ), calcule o fluxo q u e atravessa superfícies de 1


área e normais ao eixo x, localizadas em x = 1 m, x = 5 m e x = 10 m.
Resposta. 452 pC ; 303 pC ; 184 pC

3.37 Dado que D = 5x2a, + 10 zaz (C/m2), calcule o fluxo total que sai da superfície de um c
aresta 2 m, centrado na origem. As arestas desse cubo são paralelas aos eixos.
Resposta. 8 0 C

3.38 Dado que:


D 3 0 e - b ba, — 2 ( C / m 2 )

em coordenadas cilíndricas, calcule o fluxo total que sai da superfície de um cilindro circa
descrito por r = 2b, z O e: S b (m).
Resposta. 1 2 9 b2 (C)

3.39 Dado que:


fftmfi o

NUANCE
sencb
D 2rco o — a z
3r

em, coordenadas cilíndricas, calcule o fluxo total que cruza a porção do plano z O defin
r < a , 0 < g 5 < 7t 12. Repita o problema para 37r/2 < çb 2 . 7 r. Suponha que o fluxo
tem a direção e o sentido de az.
Resposta. —a13;a 13

3.40 Em coordenadas cilíndricas, o disco r < a, z O está carregado com densidade não uniforme
Utilize superfícies gaussianas especiais apropriadas, para calcular os valores aproximados de /
o eixo z para regiões (a) bem próximas ao disco (O < z a ) , (b) bem afastadas do disco (z
LEI DE GAUSS E FLUXO ELÉTRICO

, 3.41 Sobre a origem de um sistema de coordenadas esféricas existe uma carga pontual Q = 200
' U m a distribuição esférica concêntrica de cargas de raio r = 1 m tem uma densidade ps
pC/m2. Quanto deve valer a densidade de cargas de uma outra superfície esférica, r 2 m
cêntrica com o sistema, para resultar D O em r > 2 m?
Resposta. —71,2 pC/m2

3.42 Dada em coordenadas esféricas uma distribuição de cargas com densidade p = 5r (C/m3)
lei de Gauss para obter D.
Resposta. (5r2 /4) a, (C/m2)

3.43 O volume 2 x 4 m (coordenadas cartesianas) possui uma densidade uniforme de car


2 C/m3. Use a lei de Gauss para calcular o campo D para todo o espaço.
Resposta. —2a,, C/m2 ; 2(x — 3)ax (C/m2); 2ax C/m2

3.44 Use a lei de Gauss para obter os campos D e E para a região entre os condutores concêntrio
constituem um capacitor cilíndrico. O cilindro interno possui raio a. Despreze efeito de •
(espraiamento).
Resposta. p sa(a Ir); p sa(aleo r)«

3.45 Um condutor, suficientemente espesso, possui uma carga superficial de densidade ps. Se
que - - - O para pontos internos ao condutor, mostre que D = ±ps para pontos bem pr(
ao condutor, construindo uma pequena superfície gaussiana especial.

ffi®
NUANCE
D'VEP? kiMu, E TE9

4.1 DIVERGÊNCIA

Existem duas formas de se caracterizar o modo pelo qual um campo vetorial varia de ponto a
através do espaço. A primeira dessas é a divergência (ou divergente), que examinaremos neste Cap. É

NUAN ecarrega uma similaridade à derivada de uma função. A segunda é o rotacionai, um vetor que estuch
após discutir os campos magnéticos, Cap. 9.
Quando a divergência de um campo vetorial for diferente de zero, diz-se que esta região conté
tes ou sorvedouros; fontes quando a divergência é positiva, sorvedouros quando é negativa. E m camr
trostáticos, existe uma correspondência entre divergência positiva, fontes e carga elétrica posith
definição, o fluxo elétrico xlf tem como origem as cargas positivas. Sendo assim, se uma dada região c
cargas positivas, conterá também as fontes de * . E a divergência do vetor densidade de fluxo elétrico
positiva nessa região. Por outro lado, existe uma correspondência similar entre a divergência negat
sorvedouros e as cargas elétricas, negativas.
Define-se a divergência de um campo vetorial A no ponto P por:
,• 4 : A • dS
DIVERGÊNCIA E TEOREMA DA DIVERGÊNCIA

4.2 DR/ERG2NCIA EM COORDENADAS CARTESIANAS


Pode-se expressar a divergência de um campo vetorial usan-
do um sistema de coordenadas. Para desenvolver em coordenadas
cartesianas usaremos um cubo com arestas Ax, Ay e Az paralelas
aos eixos x, y e z como mostra a Fig. 4-1. Define-se então o cam-
po vetorial A no ponto P, vértice de menores valores de coordena-
das x, y e z do cubo, por:

A = ,-1, a, + •43• ay + A, az

Para obter 95A • dS para o cubo, devemos analisar todas as seis


faces. Em cada face, dS tem sentido saindo do cubo. Como todas
as faces são perpendiculares aos eixos coordenados, apenas u m
componente de A atravessará qualquer par de faces paralelas. Fig. 4-1
A Fig. 4-2 mostra, frontalmente, a face / do cubo; indicam-
se os componentes de A segundo x para as faces à esquerda e
à direita de / • Como todas as faces são infinitesimais:

I A • dS
face A., (x) Ax(x
esquerda
dS dS
A • dS + Ax)Ay Az Ax
• face
direita Fig. 4-2
Ay Az

de modo que o fluxo total, correspondente a essas chm faces, será:

ê4
A x A v Az
êx

Aplicando o mesmo tipo de raciocínio aos demais pares de faces e combinando os resultados:

• 2 A a A • 8A
,A • dS Hax Aa yx A y A z

Dividindo-se por Ax A A z A v , e fazendo Av —> O, chega-se a:


N LJA N C E div A = 2Ax +2,4Y + 2.42 ( c a r t e s i a n o )
2x 2 3 , 8 . :

Para obter expressão correspondente às coordenadas cilíndricas (Problema 4.1) e esféricas,


proceder de maneira semelhante:

(cilíndrico)
div A = —r1 + ta":54'
48 E L E T R O M A G N E T I S M O

4.3 A DIVERGENCIA DE D
Usando a lei de Gauss (Seção 3.3):

D • dS Q i n t .
Av = A v

E, no limite:

hm D . • dS = div D l i m Qint• = p
át,—•0 A v

Resultado muito importante e que constitui uma das equaç.,5es de Maxwell para campos estáticos:
div =p e d i v E =—
E
supondo-se e constante na região de interesse (em caso contrário, div cE = p). Portanto, tanto E c
terão divergência nula em região desprovida de cargas elétricas.

EXEMPLO 1. A região r < a, em coordenadas esféricas, contém uma densidade uniforme de


enquanto que para r > a a densidade de cargas é nula. Usando o Problema 2.56, E = Era,
Er = (prI3e0) parar < a e Er = (pa3 13e or2) para r > a. Então, para r a :

div E = —
r21—3
2 ( E—0p r = —
31 (3r2
0 = ( ,

E, para r > a:

div E_ r 2 =-- O
= 1r2 ar( 3 p( a0 3r2

4.4 O OPERADOR NABLA


A análise vetorial possui uma linguagem própria, para a qual o estudante deve atentar com su:
cuidado. Define-se o operador vetorial nabla, simbolizado por V, em coordenadas cartesianas, pela s
expressão:

V = ê( ) + a ( )a, ) a.
ox a y ê z

Em cálculo, é comum representar dIdx pelo operador diferencial D. Os sírnbolosN/ e f também sffo ol

NUAN res. Sozinhos, sem qualquer indicago acerca do elemento sobre o qual operam, parecem estranhos,
mo se dando com V, que, sozinho, sugere apenas a obtenção de certas derivadas parciais, cada uma
Ipor um vetor unitário. Entretanto, quando V multiplica escalarmente um vetor A, o resultado é a di
cia de A:

V • A = ( — a, + — a , + — a.. • ( A , ax + A y ay A z a, ) = ------ R- - — div


(--;,x- - c'",,I.• } i ' : - - c ' ' . x c'y c :
Daqui para a frente escrevemos a divergência de um campo vetorial A como V • A .

Cuidado! O operador nabla é definido apenas em coordenadas cartesianas. Quando se escreve V. A


divergência de A em outro sistema de coordenadas, isto não implica poder definir o Or
DIVERGÊNCIA E TEOREMA DA DIVERGÊNCIA

(Veja a Seção 4.2). Isto n'ab implica que:


ia
V = –r—ôr (r - - r 1r 2(
ccP) + ê(
- ) a_
em coordenadas cilíndricas. Mais ainda, a expressão pode dar resultados falsos quando usa,
V V (Cap. 5, o gradiente) ou V x A (Cap. 9,0 rotacional).

4.5 O TEOREMA DA DIVERGeNCIA


A lei de Gauss diz que a integral de superfície fechada D • dS é igual à carga interna à mem
nhecida a função densidade de cargas, p, para o volume interno à superfície, a carga interna ao mesm(
rá ser calculada obtendo-se a integração de p através do volume. Ou seja:

• D • dS = p d =

Mas, p = V • D e, portanto:

• D • dS = ( V D ) d t -

Resultado este conhecido como teorema da divergência de Gauss, ou teorema da divergência. É uma
são tridimensional análoga à do teorema de Green, para o plano. Embora tendo sido obtido a partir
ções conhecidas entre D, Q e p, este teorema é aplicável a qualquer campo vetorial. Assim:

teorema da divergência 1 : A • dS = ( V • A)dl.


•s

O volume v é o limitado, obviamente, pela superfície S.

EXEMPLO 2. A regiffo r a , em coordenadas esféricas, tem uma intensidade de campo elétrico:


Pr
E = —3( a,

Pede-se examinar ambos os lados da expresso do teorema da divergência para este campo vetorial.

Por S. seja a superfície esférica r a . EntEo:

E • dS (V • E) dr

NUANCF • (1c: a r ) • (b2sen0 d ( l )


1 p r
V• E = —— —
ôr 3 c
=
p
(

e .2n . f r p
1 I – r2sent9 d t 9 d(/)
=• ' pb3 sene (10 d(I) •0 • 0 . 0 (
•o • o •3
4npl-r3 47rpb3
3c

O teorema da divergência é também aplicável a campos variáveis no tempo, ta-o bem como os
estáticos, em qualquer sistema de coordenadas. O teorema é quase sempre utilizado em derivações
50 E LETROMAGNETISMO

PROBLEMAS RESOLVIDOS

4.1 Desenvolva a expresso da divergência em coordenadas cilíndricas.


Soluçã-o. A Fig. 4-3 mostra um volume hTmitesimal, com arestas Ar, rA0 e Az. Defme-se o
vetorial A em P (vértice que possui as menores coordenadas r, O e z) como:

A = Ara,. + A4, + A , az

Mas, por dellnigo:


div A -= # A • dS
AV•

Para obter #A • dS deve-se considerar todas as seis faces do volu-


me. Para a componente radial de A, Fig. 4.4, sobre a face es-
querda:

.1. A • dS A , r AcpAz Fig. 4-3

esobre a face direita:

A • dS A , I r + Ar)(r + Ar)A4i Az

i 8 A
.4, + A
8r r ) ( r + Ar)AdkAz

Fig. 4-4
A, r A z + (A,. + r cgrr ) Ar AO Az

onde se desprezou o termo (Ar)2. Juntamente a contribuicãO de ambas as faces:

r ) Ar Ad)Az - 1 81-
6 (rA,) Ar AO
r Az = -1 —c'
c'r (r Ar) Av
(1 )

uma vez que Av = r á f ‘,c5 Az.


De maneira similar, para as faces normais a ao:
aA
4, Ar Az
+ A
34)4 ) ) A r

teremos uma contribuicSo total de:

(2)

N u A N C L , para as faces normais a az :

4z r Ar AO e ( è +, 4êzz Az r Ar Act)
4-,

teremos uma contribuicEo total de:

(3)

Quando (1), (2) e (3) sEo combinados para se obter fik. • dS, a definigo de divergência
DIVERGÊNCIA E TEOREMA DA DIVERGÊNCIA

4.2 M o s t r e que V • E é zero para o campo de uma linha uniformemente carregada.


Solução. Em coordenadas cilíndricas, para uma carga linear:

E- P' a
27t(0 r
Portanto:
=o
V • E = 1r ar( r2 n Ep0, r

A divergência de E para esta configurago de carga é nula em qualquer ponto, exceto para
onde esta expressão é indeterminada.

4.3 M o s t r e que o campo D devido a uma carga pontual tem uma divergência nula.
Solução. Em coordenadas esféricas, para uma carga pontual:
o
D - ,a
4nr' r

Portanto, para r 0 :
1êQ
V • D = r-—»èr r427 t-r -2 ) =

4.4 D a d o A = e ( c o s xa - sen xa ) , calcule V 0 À


Solução.

V • A = — (e- c o s x ) + —
-èv ( – s e n x ) = e ( — s e n x ) + e-}(senx) = O

4.5 D a d o A = x2ax + y z a + x y a z ' calcule • A.


Solução.

V A = — ( x - ) + ( v z ) + ?(Jzx. y ) = 2x + :

4.6 D a d o A = 5x2 (sen 7rx/2)ax, calcule V • A em x = 1.


Solução.

V • A = ax
- - 5 x 2 S e n —2
Ta )
x 5 I C X

= 5x2 ( I C X C
S
O
-,)-2n n+ 10xsen-2 = -' nx2
I cos —2
t + 10xsen-2
X

= 10.
N L J A N c E l e modo que V • A l x = 1
4.7 D a d o A = (x2 + y2)-1/2 , calcule V • A em (2, 2, O).
Soluçãó.
1
V • A = - 7-2 (x2 + y2)-312(2x) e V • A (2.2,o) = -8(84 x 10-2

4.8 D a d o A = r sei-14ar + 2 r cosao + 2z2a2, calcule V • A .


Solução.
52 E L E T R O M A G N E T I S M O

4.9 D a d o A = r sen0ar + r 2 cos0a + 2 r e ' z a , calcule V • A no ponto (1/2, zr/2,0).


Soluçá-o.

V • A - -1 - èr sen0) + -1- - - (r2 cos 4)) + - (2re- 5z) = 2sencl) - rsen0 - lOre- 5'
r êr r ô0 ê :

e: 7t 1 I r
e' = - -
V • A 1(1,2,12,0)
= 2sen2- - -2 -> - 7)
sen-2- 10(-1)

4.10 Dado A = 10 sen2 (par + raç5 + (2-2 Ir) cos2 Øa, calcule V • A , no ponto (2, q5, 5).
Soluçá-o.
lOsen2 + 2z cos2
V• A— e V •A = 5'
1(2)&5)

4.11 Dado A = (5/r2) sei-1hr + r cotgeae + r sen0 c o s a , calcule V • A .


Solução.

I r. - ' • •
V • A - r'- êr
5sen0) r serie -(20 (rsene cot )) rsen0 30(r sem) cos g)) = — 1— sen

4.12 Dado A = (5/r2)ar + (10/sen0)a0 - r2 o seneao, calcule V • A .


Soluçá-o.

1( ' 1 1
r- e'r (10) + ( - r2q5sen0) - r
V • A = , ( 5 ) + rsene DO r s e n a 249

4.13 Dado A = 5 seneao + 5 serKba calcule o valor de V • A n o ponto (0,5, n/4, u/4).
Soluçãro.

cose c o s ( / )
(5 sin2 O) ( 5 s e n 0 ) = 10 + 5
rsen000 r senO (I) r r s e n

e: V• A = 24,14
4

4.14 Dado D = pozax, para a regia° definida por - 1 z 1 , usando-se coordenadas cartesi
NuANc D = (poz/iz I) az para os demais pontos do espaço, encontre a densidade de cargas.

z
V• D p

1
Para a regulo -1 z 1 :

P«="--21çPoz)= Po

epara z < —1 ou z 1 :
DIVERGÊNCIA E TEOREMA DA DIVERGÊNCIA

4.15 Dado:
D = b(r2 + z2)-32(ra,. + za,)

em coordenadas cilíndricas, determine a densidade de cargas.


Solução.

p = -1 --a [b(r2 + z2)-312r21 + [ b ( r 2 + z2)- 3/2z]


r ar ê z
3 3
(r2 z 2 ) - 5 ; 2 ( 2 r 2 ) + (r2 z2)-312(2r) + + z2)-5,2(2z2)± (r2 + z2)-
= -r 3/21

= b(r2 + z2)-5,2[_3r2 + (1.2 z 2 ) ( 2 ) _ 3z2 + (r2 + z2)]=

exceto para r z O . (O campo D corresponde à distribu4o inerente a uma carga pontual sil
na origem.)

4.16 Dado D ( 1 0 r 3 / 4 ) ar, (C/m2), para a regiffo definida por O < r 3 m, em coordenadas cil
cas, e D = (810/4r) ar (C/m2), para os demais pontos, pede-se obter a densidade de cargas.
Solução. Para a região O < r 3 m:

p - 1 —a (10r414)= 10r2 ( C / m 3 )
r ar

epara r 3 m :
ia
p = -r—ar (810/4)=0

4.17 Dado:
o
D=
irr-2 (1 - cos3r)ar

em coordenadas esféricas, encontre a densidade de cargas.


Solução.
ia 3Q
P - r'a r r2 iri2 (1 c o s 3 r ) nr 2sen3r

4.18 Dado D 7 r 2 a + 2 8 seneaOem coordenadas esféricas, encontre a densidade de cargas.


Solução.
fft~ o
56 cos
NUANCE p = r(1a7
ê r 4 ) 1+ ( 2 a. 8 s eOn 2)
r r s e n e ao
= 28r +

4.19 Em coordenadas esféricas, na regiãO definida por O < r 1 m, D vale ( - 2 x 10-4/r)ar (C/i
para r > l m , D = ( - 4 x 10-4/r2)a (C/m2). Calcular a densidade de cargas para ambas as r(
Solução. Para a regiãO O < r 1 m:

1é-
p= ( - 2 x 10-40 - 2 x 10-4=(C1m3)
r- cr r 2

e para r > 1 m:
54 E L E T R O M A N G E T I S M O
o
4.20 Para a regiffo r < 2, = (5r2 /4)ar, e para r > 2 , D ( 2 0 / r )a (coordenadas esféricas).
a densidade de cargas.
Soluçá-o. Para r 2 :

1a
p= 5 r

e, para r > 2:


p = --a7, (20) = O

4.21 Dado D = (10x3 /3)a (C/m2 ), calcule ambos os lados do teorema da divergência, para o vc
um cubo, de 2 m de aresta, centrado na origem e com os lados paralelos aos eixos.
Solução.

D • dS = ( V • D)dr
voi

Como D possui apenas componentes segundo x,


D • d S é nula, em todas as faces, exceto e m
x = I m , e x = - 1 m (veja a Fig. 4-6). Sendo
assim:

-1 - 1 10(1)
D • dS = 1• - - •dldzk
a
-1 • -1 3 •
Fig. 4-6
• - 1 0 ( - 1)
+ k • dydz(-ax)
• -1 - 3
40 4 0 8 0
- —3 + —3 = —3 C

Vamos agora ao lado direito do teorema da divergência. Como: V • D 10.x2,


1
(V • D)dt• = I (10x2)dxdydz = 10 -X3 dydz —80C
•vol - 1 • .1
-1 •- •1 1 •I- ,t 3 -1 3

NUAN .22'Dado A = 30e-rar 2 zaz' em coordenadas cilíndricas,


C • • •
calcule ambos os lados do teorema da divergência para o
volume limitado por r = 2,z = Oez = 5 (Fig. 4-7).
Soluçáb.

A • dS ( V • A)dr

Como Az = O para z = O, A d S será nula para essa par-


te da superfície. De modo que:
DIVERGÊNCIA E TEOREMA D A DIVERGÊNCIA

Para o lado direito do teorema da divergência:

I ê—
V• ( 3 0 r e - ' ) + ( '2z) = 30c 30e— -- 2
r ê z

í (V • Mcir = i5 •i.2111 1 ' 30e-' — 2 )rdrdOdz = 129,4


• • o o (•03 0 e

4.23 Dado D = (10r3/4)a, (C/m2) em coordenadas cilíndricas, calcule ambos os lados do teorema
vergência para o volume limitado por r I n . r = 2 = O e z = 10 m (Veja Fig. 4-8).
Solu0-0 •

D • dS = ( V • D)di•

Como D não possui componentes segundo z, D • dS será


nulo para as faces superior e inferior. Sobre a superfície
cilíndrica interna dS está orientado segundo —a • Logo:

.10 . 2 . n 1 0
D • dS i . ( 1 ) 3 a • (1)«,dz ( —ar) d S
•o • o
.2n 1 0
-r — 4 (2)3a, • (2)(4 dz a,
•, • o
—'2007:
- , - 1 6 ' " n = 1750nC Fig. 4-8
4

Para o membro da direita do teorema da divergência:

I V =Or4 4) =
•D
r êr
Sendo assim: .10 . 2 n ,2

i (V' D)cir = I 1 (10r2)rdrd4ciz = 750z C


-o o 1

cia, para o volume limitado por r = 4 m e e = Tr/4. (Veja Fig.4_9)o.


4.24 Dado D = (5r2/4)ar(C/M2) em coordenadas
Solo çffo. s esféricas, calcule ambos os lados do teorema da dt

o D • dS = D ) d r

N UA N Cr Desde que D possui apenas componente radial, D • d S


será diferente d e zero apenas n a superfície definida p o r
r = 4 m. De modo que:
.2n , n 4 5 ( 4 ) 2
e) D • dS = I•o • oa 4, . • (4)2sen0d0d0 a, = 589,1 C

Para o lado direito do teorema da divergência:

V• D ( 5 r 4 4) 5 r
r.•i r Fig. 4-9
56 E L E T R O M A G N E T I S M O

PROBLEMAS PROPOSTOS

4.25 Obtenha a divergência em coordenadas esféricas. Use um volume infinitesimal com arestas Ar,
r sen O Ø .

4.26 Mostre que V • E é zero para o campo de uma distribuiçaõ superficial e uniforme de cargas.

4.27 O campo de um dipolo elétrico com as cargas em -±£112 sobre o eixo z é

Od
E - ( 2 cosOa, + senOa,)
47t(oT3

Mostre que a divergência deste campo é nula.

4.28 Dado A = e5Xa + 2cos ya + 2 sen za calcule V • A na origem.


Resposta. 7,0

4.29 Dado A = (3x + y2)ax. + y2)a,, calcule 7 • A


Resposta. 3 - 2y

4.30 Dado A = 2xyax + zay + yz2 az, calcule 7 • A no ponto (2, - 1 , 3).
Resposta. - 8 , 0

4.31 Dado A = 4xyax - xy2a1, + 5 sen zaz, calcule V • A para o ponto (2, 2, 0).
Resposta. 5,0

4.32 Dado A ----- 2r cos2 + 3r2 sen za + 4 z sen2 (I)a , calcule V • A .


Resposta. 4,0

4.33 Dado A = (10/r2)a, + 5e-2zaz, obtenha 7 • A em (2, 0, 1).


Resposta. - 2 , 6 0

4.34 Dado A = 5 cos ra + (3ze-27r)az, calcule V A para (7r, ç), z).


Resposta. - 1 , 5 9

4.35 Dado A = lOar + 5 sen0ae, calcule V • A


TResposta. ( 2 + cos O) (10/r)

NUAN<36 Dado A = rar - r2 cotgOaO'


Resposta. ( 3 r )
calcule 7• A

4.37 Dado A = [(10 sen20)/dar, obtenha 7 • A , em (2, Tr/4, O).


Respos2.a. 1,25

4.38 Dado A = r2 sen Oar + 1 3 00 + 2ra(p, calcule V • A .

Resposta. 4 r s e n 0 + (130 ) cotg o


DIVERGÊNCIA E TEOREMA DA DIVERGÊNCIA

4.40 Para a região a < r b (coordenadas cilíndricas),

D = po
r2 ,T a 2 )

enquanto que, para r b :

D = po( bz2r
— aza ),

Para r < a, D = O. Encontre p em todas as três regiões.


Resposta. O , po, O

4.41 Para a região O < r 2 (coordenadas cilíndricas), D = (4r-1 + + 4 r - e l -0,5T'a?


\„
r > 2, D = (2,057/r)ar. Pede-se obter p para ambas as regiões.
Resposta. - e-13'5r ; O

4.42 Para a região r 2 (coordenadas cilíndricas), D = [10r + (r2/3)la7,e para r 2 , D = [3/(1:


Encontre p nas duas regiões.
Resposta. 20 + r ; 0

4.43 Dado D 1 0 sen ear + 2 cos Oao, calcule a densidade de cargas.


Resposta. (sen O Ir) (18 + 2 cote O)

4.44 Dado

D 3 r a,
+

em coordenadas esféricas, calcule a densidade de cargas.


Resposta. 3(r2 + 3)/(r2 + 1)2

4.45 Dado
10
D --=---,
r-
[1 — + 2r + 2r2)]a,

em cooídenadas esféricas, pede-se a densidade de cargas.


Resposta. 4 0 e-2r

4.40 Para a regiãO r 1 (coordenadas esféricas),

NUANCE D = 14r
3 5 I '

epara r > 1,D = [5/(63r2)]ar. Calcule a densidade de cargas em cada uma dessas regiões.
Resposta. 4 — r 2 ; O

4.47 A reffio r 2 m (coordenadas esféricas) possui um campo E = (5r x 10-5 leo)ar (V/m)
acarga total englobada pela casca definida por r = 2 m.
Resposta. 5,03 x 10-3 C
58 E L E T R O M A G N E T I S M O

4.49 Dado D = (10r3 /4)ar em coordenadas cilíndricas, calcule cada um dos lados do teorema d
gência, para o voalume limitado por r 2 . z = O e z = 10.
Resposta. 8 0 0 7r

4.50 Dado D 1 0 sen Oar + 2 cos Oao, pede-se calcular ambos os lados do teorema da clive]
para o volume limitado pela casca r 2 .
Resposta. 4 0 7r2

ffi®
NUANCE
E- ib A L ELÉTH-CO \f.7--(Farm JM.:19,5103 íat Frin
i

5.1 TRABALHO NECESSÁRIO PARA MOVIMENTAR UMA CARGA PONTUAL


Uma carga pontual Q. sujeita a um campo elétrico E, sofre
aação de uma força dada por:

F = OE

Força essa desequilibrante e que dará origem a uma aceleração da


partícula carregada, movendo-a segundo a direção do campo apli-
cado E caso Q seja positiva. Veja a Fig. 5-1.
Para colocar, então, essa carga em situação de equilíbrio,
faz-se necessária uma força aplicada que tenha módulo idêntico / ) 1 / »
/
ao da força anterior, mas sentido oposto, agindo sobre a mesma
direção. Ou seja:
Fig. 5-1
—OE

Define-se trabalho como uma força em ação sobre determinada distância. Sendo assim, a força
realiza certo trabalho diferencial diV quando movimenta a partícula carregada (sob velocidade cem
ao longo de certa distância infinitesimal dl.. Outrossim, o trabalho pode ser positivo ou negativ
dependendo da direção e do sentido do vetor deslocamento dl relativamente à força aplicada F.
dl e Faapresentarem direcões distintas, dever-se-á usar a componente,da força segundo c1(. Ou seja:

•dW = P" adt cos 9 = Fo • dl


11.1111EI

N U A N C S e n d o assim, o trabalho gs diferencial executado por um agente externo, em um campo elétrico, é:


dW Q E • dl

Usando esta última expressão como definição para o trabalho necessário para movimentar uma
carregada num campo elétrico, pode-se concluir que, se o trabalho for positivo, este significará o
executado por uma força externa aplicada, enquanto que o sinal negativo indicará trabalho realiz:
campo interno.
As expressões de dl para os três sistemas de coordenadas são as seguintes:

dl = dx a, + dy a, + dz a, ( c a r t e s i a n o )
60 E LETROMAGNETISMO

EXEMPLO 1. Calcule o trabalho necessário para mover uma carga de + 2 C de (2, O, O) m a (O, 2
segundo a reta que liga estes dois pontos, se o campo elétrico for:

E = 2xa, — 4ya,, ( V / m )

O trabalho diferencial vale:

dW = — 2(2xa, — 43,a) • (dx a„ + dy ay + dz az) (O, 2, O)


4x dx + 8y dy

Trajeto
A equaçãO da reta que liga os pontos é x + y = 2 , de onde se Trajeto 2
obtém dy = — dx ao longo da reta E assim:

dW — 4 x dx + 8(2 — x)( — dx) ( 4 x — 16)dx (2, O. O)


e
Fig. 5-2
W ( 4x — dx= 24 j
2

(Lembrar que 1 Vim = 1 N/C = 1 J/C • m . )


O trabalho necessário para movimentar uma carga pontual Q do ponto E para o ponto A, num
eletrostático, é sempre o mesmo, qualquer que seja o percurso utilizado. Ou, de modo equivalente, o
lho necessário para mover uma carga ao longo de qualquer percurso fechado é zero:

E • dl = O ( c a m p o s eletrostáticos)

Campo vetorial que apresenta esta propriedade é denominada campo conservativo.

EXEMPLO 2. Calcule o trabalho necessário para mover a carga de 2 C do EXEMPLO 1 supondo, ago
tal se dê ao longo do trajeto 2 indicado na Fiz. 5.2; isto é, sobre o eixo x. de (2, O, O) a (O, O, 0,), e
sobre o eixo y, de (O, 0,0) m a (O, 2.0) m.
Para o primeiro segmento do trajeto 2, indicado na Fig. 5.2: v d y = dz = O, de modo que:

—2(2xa„ — 0a,.) ( ( I x + Oa„ + Oaz) = —4x dx

Para o segundo segmento desde trajeto : 3: = d x = dz = 0 , de modo que:

dW = - 2 ( 0 a , - 4ya)) • (0a„ + d y a, Csa„) = Sy dy


o

NUANCE
Por conseguinte:

——41 x d x + 8 y d 2 4 . 1
•2

Ou seja, o mesmo valor obtido no EXEMPLO 1.

5.2 POTENCIAL ELÉTRICO ENTRE DOIS PONTOS


O potencial elétrico de um ponto A em relago ao ponto B pode ser definido como o trabalho
sário para movimentar uma carga pontual unitária Qu de B para A.
ENERGIA E POTENCIAL ELÉTRICO DE CONJUNTOS DE CARGAS

Deve-se notar que o ponto usado como referência corresponde ao limite inferior da integral de lin
modo que não se pode omitir o sinal negativo da equação acima. Ele surge proveniente da exp
Fa = - QE, já discutida, força que deve ser aplicada à carga para levá-la a um estado de equilíbrio.
Como E é um campo conservativo:
VAB = VAC —VBC

então, pode-se considerar VAB como a diferença de potencial entre os pontos A e B. Se TI AE for p<
o trabalho deverá ser feito para mover uma carga unitária de B para A; diz-se, então, que o potencial
maior que o de B. No EXEMPLO 1, se B = (2, O, O) m e A = (O, 2, O) In. então:
24 J
I/AB = 2 C
= 12 V

O ponto A possui potencial elétrico 12 V maior que o de B. Do mesmo modo, o potencial ITBA vale -
uma vez que VAB difere de VBA apenas pela troca dos limites superior e inferior na integral definida
implica mudar o sinal do resultado.
P

EXEMPLO 3. Calcule o potencial de A, (1, çb, z), em relação a B.


(3, 01, 1:), usando coordenadas cilíndricas. O campo elétrico
devido a uma distribuição linear de cargas ao longo do eixo z vale
E = (50/r)ar (V/m).
Em primeiro lugar, cumpre notar que dl possui componen-
tes segundo ar, ag5 e a_ enquanto que E é completamente radial.
De modo que E • d l .= Erdr. E, assim:

4 . 1 5 0
5 n4,9 V
0
l-I5
•d
E
•E 3
Fig. 5-3

O ponto A apresenta potencial mais elevado do que o ponto B.


Como nenhum trabalho é produzido para movimentos segundo a o u a.„ todos os pontos do
r = constante apresentam o mesmo potencial. Ou, em outras palavras, para uma linha uniforme ca
cilindros circulares retos concêntricos com a linha sãO superfícies eqüipotenciais.

I N 5 . 3 POTENCU-s-I DE UMA CARGA PONTUAL


Como o campo elétrico devido a uma carga pontual Q é totalmente radial:
fft~ o , A • r, Q i r rAdr Q ( 1
1,,„ = - I E • dl = - 1 E , dr =
N LJA N C e @for uma
'
4 carga positiva,
7 c
o ponto c
A estará
rar,B
a umopotencial Jmaior
,B r 2 do
= 47[E0 ‘ r,quando
que B, r , rA for In
rB. As superfícies eqüipotenciais serão cascas esféricas concêntricas.
-Movendo o ponto de referência B ao infinito:

vA„ = Q (1 1
47cc0 r A c o
O
OU V= -
471Éor
62 E LETROMAGNETISMO

5.4 POTENCIAL DE UMA DISTRIBUIÇÂO DE CARGAS


Se cargas estão distribuídas dentro de um volume determinado finito, com uma densidade de (
conhecida p (C/m3), então, é possível calcular o potencial elétrico em um determinado ponto exl
Para calcular, vamos assinalar a carga diferencial de um ponto qualquer do volume, como indica(
Fig. 5.4. Então, em P:
d
dV Q
42z60 R
Integrando sobre o volume obtemos o potencial total em P:

V= p dv
• „ I 4rc6o R Fig. 5-4

onde dQ foi substituído por p dr. Não se deve confundir R com r, relativo a sistemas de coordenadas
ricas. R nffo é um vetar, mas a distância de dQ a um ponto fixo P. Por fim, R quase sempre varia de ele
to a elemento ao longo do volume, e não pode ser removido do integrando.
Se a distribuição de cargas for sobre uma superfície ou uma linha, ainda assim será válido empre
expressão acima, lembrando que a integração deverá ser feita sobre a superfície ou linha e que se deve
ps ou pl em lugar de p. Cumpre enfatizar que essas expressões de potencial elétrico num ponto exterr
mam por suposicab referência zero no infinito.

5.5 O GRADIENTE

Será introduzida, agora, outra operação da análise vetorial. A Fig. 5-5 (a) mostra dois pontos vizi]
M e N, pertencentes a uma reOão sobre a qual se define uma função escalar V. O vetor separac,To entre
dois pontos é:

dr = dxa„ + dy a,. + dz

111(x , y , z)

(a) (b)
Fig. 5-5

Usando as noções básicas de cálculo, a variacão une sofre V_ de Mn Aí vnip •


ENERGIA E POTENCIAL ELÉTRICO DE CONJUNTOS DE CARGAS

Usando, agora, o operador nabla (Seção 44), e operando-o sobre V, temos:


2V 2 1 / 2 1 /
VV = —
2); a ( +3 ya ) , + —êz a,

Ou seja:
dV = V V • dr

O campo vetorial V V (também notado por grad V) é denominado gradiente da função es(
De sua expressão pode-se observar que, se 1 dri for fixo, a variação em V numa dada direção dr s
porcional à projeção de V V sobre dr. Sendo assim, pode-se concluir que V V tem como direção a de
crescimento da função
Uma outra visualização do gradiente é a seguinte. Sejam M e N localizados sobre a mesma su
eqüipotencial (se V é um potencial elétrico), V(x, y, z) c i [veja a Fig. 5-5 (b)]. Então: d1/ = O, o
plica V V ser perpendicular a dr. Entretanto, dr é tangente à superfície eqüipotencial. de modo ql
certo posicionamento adequado de N, representará qualquer tangente relativa a M. E. sendo assim,
verá estar orientado ao longo da superfície normal em M Como V V fornece a direção do cres1
máximo de V, apontará de 1/(x, y, z) = c 1para V(x, y, z) = c2. onde c2 > c1. O gradiente de u
go (escalar) potencial é um campo vetorial sempre normal às superfícies eqüipotenciaL.
O gradiente, expresso em coordenadas cilíndricas ou esféricas, segue diretamente a partir do
ao sistema cartesiano. Deve-se notar que cada um dos seus termos contém a derivada parcial de V
ção à distância, na direção do versor particular.
2V a V
V V — a , + — a + — az ( c a r t e s i a n o )
-èx a v a z
2V a V a V
V12 = ---- a + a d , + — a. ( c i l í n d r i c o )
2r r 24) a z
2V 2 V 2 V
V; — a + a o + a (esférico)
crr 20 r s e n Oacp

Conquanto V V seja escrito no lugar de grad V em qualquer sistema de coordenadas, deve-se


que o operador nabla somente é definido em coordenadas cartesianas.

5.6 RELAÇÃO ENTRE E E V


Usando-se a expressão integral do potencial elétrico de A em relação B, o diferencial de V
eserito:

NUANCE dV = —E • dl

Ou, por outro lado:


dl/ = V V • dr

Desde que dl — d r é um deslocamento infinitesimal arbitrário, segue-se que:


E= V V

A intensidade de campo elétrico E pode ser obtida, quando a função potencial V é conhec
64 E LETROMAGNETISMO

5.7 ENERGIA ASSOCIADA A CAMPOS E LETROSTATICOS


Considere o trabalho necessário para juntar, carga por carga, uma distribuiçro de n = 3 carg
tuals. Supõe-se que, inicialnente, a região se ache sem cargas, e com E = O.
Usando como referência a Fig. 5-6, o trabalho
necessário para fixar a carga Q1 na posição 1 é nulo.
Entro, quando Q2 é movimentada para essa regiro,
tomar-se-á necessário u m trabalho igual ao produto
desta carga pelo potencial devido a Q1 O trabalho total
necessário para fixar essas três cargas vale:

WE = W 1 + W2 + W3

= + (Q2 V2,1) + (Q 1 + Q3 V3,2) Fig. 5-6

O potencial V2.1 deve ser lido como o "potencial no ponto 2 devido à carga Q1 na posição 1". (Não
remos a usar esta notação incomum, neste livro.)0 trabalho W E é a energia acumulada no campo e
da distribuição de cargas. (Veja o Problema 5.20 para uma comentário sobre esta identificação.)
Entretanto, se as três cargas fossem fixadas nas mesmas posições em ordem inversa, o trabalh,
seria:

= W3 + W2 +

- + (Q2 V2,3) + (Q1 V1,3 + Q 11 / 1 )

Somando estas duas últimas expressões, o resultado será o dobro da energia acumulada. Ou seja:

= 01( )1,2 + + Q2(1/2,1. + V2.3) + Q3(1/34 + V3,2)

O termo Q1 (V1,2 + V1,3) representa o trabalho executado contra os campos de 02 e Q3, as únicas
também presentes na região. Logo, r i : + V 1 3 = V1, potencial elétrico na posição 1. Então:

2WE = Q1 + Q2 V2 + Q3 V3

e:
WE

para uma regiro contendo n cargas pontuais. Para urna região com densidade de cargas p (C1m3 ), o
tório toma-se uma integrago:

1
WE= 2r• pV du
NUAN cçrgor. de expressões para a energia acumulada nos campos elétricos sáb (veja o Problema
1 1 1 r D2
WE = —2.f D - E du W E = 2 f ÉE2 dr W E =-r - E
dr

Para um circuito elétrico, a energia armazenada no campo de um capacitor é dada por:

WE — Q = CV2
2
ENERGIA E POTENCIAL ELÉTRICO DE CONJUNTOS DE CARGAS

EXEMPLO 4. Um capacitor de placas paralelas, com C = eAld, apresenta uma tensZo constante VI'
da entre as placas. (Veja a Fig. 5-7.) Pede-se calcular a energia armazenada no campo elétrico.
Desprezando efeito de borda (espraimento), o campo é E = (11/d)an entre as placas e E = O
os demais pontos Assim:

1
WE = 2c E 2 dv

= £ ( _ 11 2 d v
2 ‘d
cAll2
2d

= -1 CV2
Fig. 5-7

Uma outra maneira de abordar este problema é calcular a carga total de uma placa a partir de D na
fície usando a Lei de Gauss (SeçãO 3.3).
fV
D = —d a„

Q A = "

EntãO:
w = _1 Qv = 1 1E,41/2 = c v 2
2 2 k d ) 2

PROBLEMAS RESOLVIDOS

5.1 C a l c u l e o trabalho feito ao movimentar uma carga pontual Q = 2 0 11C da origem ao ponto (4,0
no campo:

E=
-2 + 2y )a, + 2xa, ( V / m )

1 Solução. Para um percurso ao longo do eixo x, dl = dxax


(4,
dW - Q E d l

N , L J A N — C c ' E = (20 x 10-6)( + 2y)clx (O, O, O) ( 4 , O, '


4 y
e w - (20 x 1 0 - 1 o +
2 2y)dx
Fig. 5-8
= 80 pi

5.2 N o campo do Problema 5.1, movimente a carga de (4, O, O) m a (4, 2, O) m e determine o ti


resultante.
Solução. Observando a Fig. 5-8, dl = dyay, de modo que:
66 ELETROMAGNETISMO

5.3 Usando o campo E do Problema 5-1, calcule o trabalho feito ao movimentar uma carga da o:
(4, 2, O) m, ao longo da linha reta que liga esses dois pontos.
Solução. A equago da reta é x = 2y, de onde: dx = 2dy e dz = O. Assim:

W = (20 x 10-6) [ ( - + 2y)ax + 2 x a y l • (dx a, + dy a ) = (20 x 1 0 - 6 ) (-x2 + 2 y ) dx + 2x d y

Para efetuar as integrais em relacâo a x, substituem-se y e dy por x/2 e dx12.


45
141 ( 2 0 x 1 0 - 6 ) lo x d x = 4 O O p J

que é a soma dos 80 pi e 320 12.1achados nos Problemas 5.1 e 5.2.

5.4 Calcule o trabalho necessário para movimentar uma carga pontual Q = 5 I.LC entre a origem
04, ir/2), coordenadas esféricas, no campo:
10
E = 5e-r/4a, + r sen O a'6 ( V / m )

Solução. Usando coordenadas esféricas,

dl = dr a, + r dO a, + 1 sen0 dcp

Escolhido o percurso indicado na Fig. 5-9, ao longo do seg-


mento I, dO = dçb = O, e:

dIV= — 0 E • d l = ( - 5 x 10-6)(5e-r/4dr)

Ao longo do segmento H, dr = dO = O, e:

(KV — QE • dl = (— 5 x 10-6)(104)

Ao longo do segmento IH, dr = dçt = O, e:


Fig. 5-9
dW — Q E • dl = O
Portanto:
2 • ,t/ 2

W • )2e - ' / 4 d r + ( - 5 0 x 1 0 - 6 ) d d > = —117,9 i d


-6
0
x1
5
, • o ' o

Para este caso, o trabalho é de 117,9 pJ para locomover a carga, partícula pontual.

N U A N C 5 rDado o campo E = (k/r)ar, em coordenadas cilíndricas, ,ynostre que o trabalho necessário par
mentar uma carga pontual Q de qualquer distância radial r para um ponto cuja distância r ú
2r independe da coordenada r.
Solução. Como o campo possui apenas componente radial:

dIV = — QE • dl = — QE, dr I c Q dr

Usando como limites de integracâb ri e 2r1 :


ENERGIA E POTENCIAL ELÉTRICO DE CONJUNTOS DE CARGAS

5.6 Encontre V AB entre A = (2 m, ir/2, O) e B ( 4 m, ir, 5 m), dado pela distribuição linear de
ao longo do eixo z com pe = (10-9 12) Clm

•A Pé
A B = — E • dl
•B onde E = 27c6.0r a,

Como o campo devido à distribuição linear de cargas é completamente radial, o produto


com dl vale E rdr.
A

2(21t60 r) dr = 9 [ I n r]2, = 6,24 V


vAB = _ I 1 0 - 9

5.7 Encontre VBc no campo do Problema 5.6, onde rB -= 4 m e rc 1 0 m. Depois obtenha


ecompare com a sorna de V AB e VB
Soluçio.

V„ = = —9(In 4 — In 10) = 8,25 V

VAc = —9[In rrr: = —9(1n 2 — In 10) = 14,49 V


V „ + rBC = 6,24 V + 8,25 V = 14,49 V = VAc

5.8 D a d o o campo E = ( - 1 6/r2)ar (V/m) em coordenadas esféricas, calcule o potencial do pontl


7r, 7r/2), com relação ao de (4 m. 0,70.
Solução. A s superfícies egilipotenciais sffo cascas esféricas concêntricas. Seja, A c o m r =
B com r = 4 m. Logo:

2 — 1

1i„ = — 4( 6 2) dr = —4 V

5.9, Uma distribuição linear de carga: pe = 400 pC/m está ao


longo do eixo x e a superfície de potencial nulo passa através
do ponto (O, 5, 12) m em coordenadas cartesianas (Veja Fig.
5-10). Pede-se o potencial em (2. 3, —4) m.
Solwdo. Com a distribuição de cargas ao longo do eixo x,
ascoordenadas x dos dois pontos podem ser ignoradas.

TA = 1 6 =5m
NUANCE
rB = . \ / 25 + 144 = 13 m Distribuicffe
linear
de cargas
Então :

— A p ( P," r A Fig. 5-10


21r£0 r dr --- 2 7 t o In r B = 6,88 V

5.10 Calcule o potencial de r A = 5 m em relação ao de rB = 15 m devido a uma carga pontual Q =


localizada na origem e com referência zero no infinito.
Solução. A fonte sendo uma carga pontual:
es E L E T R O M A G N E T I S M O

Para encontrar a diferença de potencial, a referência zero n o é necessária.

500 x 10-12 ( 1 1 =0
'AB = 4n(10-9/36n) 5 1 ) ) • 60 V

Para obter V5 e V15, a referência zero no infinito pode ser usada.

= = 0,30 V
Vs = 4mo
( 15) = 0 , 9 0 V 4mo
Q (115

Logo: V A B V s — 115 = 0,60 V

5.11 Uma carga total de (40/3) nC é uniformemente distribuída em volta de um anel circular de
raio. Encontre o potencial de um ponto pertencente ao eixo 5 m distante do plano do anel
pare com o resultado obtido se toda a carga estivesse concentrada na origem, como um
pontual.
Soluçclo. Com as cargas numa linha:

v = prel/
47r£0 R

(40/3) x 10-9 1 0 - 9
Logo: Pe =
27t(2) C /37c m

e (Veja Fig. 5-11): R . \ / 2 4 m, (1( = (2 m)dcp.

V = V
.f 2 ' ( 1 0 — 8 / 3 / t ) ( 2 ) 4 )
o 47t(10-9/36n),/29

Se a carga está concentrada na origem:


(40/3) x 10-9 Fig. 5-11
= = 24,0 V
4mo(3)

5.12 Repita o Problema 5.11 com a carga total uniformemente distribuída sobre um disco circ
2 m de raio (Fig. 5-1 2).
Solução. Considerando o fato de a distribuigo ser superficial,

1 1 . v - p47r£0
s (ISR

N L J A N C Em p s =, (40/3) x 10-9
7i(2)2 — 1 0C
- 8/ t r i 2
37t
R = , / 25 + 7-2 ( m )

V= 10-9/37r l • 2 r dr c/0 = 23,1 V


4n(10- 9/367r) - o - o 1 2 5 + 7-2
Fig. 5-12
5.13 Cinco cargas pontuais iguais. Q = 20 nC, esto localizadas em x = 2, 3, 4, 5 e 6 m. Calcule o
ciai na origem.
Soluçá-o.
ENERGIA E POTENCIAL ELÉTRICO DE CONJUNTOS DE CARGAS

5.14 Uma linha reta de comprimento finito 2L. (Fig. 5-13) contém uma distribuigo uniforme de ca
Mostre que para dois pontos externos bem próximos do ponto médio, tais que ri e r2 sejam ber
quenas se comparadas ao comprimento 2L, o potencial 1712 é igual ao que se obteria se a distribi
fosse linear infinita.
Solução. Colocada a referência zero no infinito, o potencial do ponto 1 é:
p,d:
4nc0(z2 + r n "

=
47cLo
2p, ['In , / z 2 + o

=2±971L•eo[In - + - In ri]

Analogamente, o potencial no ponto 2 é:

V2 = /2-( [ I n (L + I n r,
2rcto

Entretanto, como L > > r i e L > > r2 :

---- (In 2L - In r,)


2rue

P/
V2 ( I n 2L - In r2)
27u,

Logo: o —L
Pi r 2
VI 2 = — I n —
- 27u0 r i F i g . 5-13

o que concorda com a expresso obtida no problema 5.9 para a linha infinita.

5.15 A total distribuição de cargas em um volume v, com densidade p, dá origem a um campo


capaz de acumular a energia:
1 '
WE = d v

Mostre que uma expressão eqüivalente para a energia armazenada é:


1•
WE = c E 2

NUANC Solução. A Fig. 5-14 mostra o volume v, que contém a carga distribuída, encerrada dentro cb
grande esfera de raio R. Como p é nulo fora de v:
Es
1 1 1 r
14/, = -2 p l / 2dv p- volume
V d vv o =J ( v
l u m e
• D)1/
esférico e s f é r i c o

A identidade vetorial • V A = A • V 1 / + V ( V • A ) ,
aplicada ao integrando, fornece:

1,-
-) ( l á • V V) dr
,---- -,) volume(V • V D ) dr —1- I-
volume
70 E L E T R O M A N G E T I S M O

A primeira integral à direita é igual, pelo teorema da divergência, a:


1
VD • dS
z superfície
esférica

Outrossim, conforme a esfera externa se toma cada vez maior, o volume interno a esta pode
siderado uma carga pontual. De modo que, na superfície, D aparece como kl /R2 e V apare
k2M. Sendo assim, o integrando decresce em 1/R3 Como a área superficial cresce somente
segue-se que:

hm 4 V D • dS = O
a - ' superfície
esférica

A integral que sobra fornece, no limite:


1- 1
—( D • J (13 • E) dv

E, como D = eE, a energia acumulada é também dada por:

= c E 2 dv o u - - E 21—D ' dr

5.16 Dada a funçá-o potencial no espaço livre V = 2x + 4 y (V), calcule a energia acumulada num
de 1 M3 centrado na origem. Examine, também, outros volumes de 1 m3.
Solução.
êV a V
E = — V V = — ( - - a, + ay
a , a + z— a
• . ) = —2a, — 4ay ( V i m )

O campo tem módulo (E = .N/ 20 Vim), direçEo e sentido constantes, para todo o espaço livre
a energia total acumulada é infinita. (Pode-se referir a tal campo como aquele interno a um c;
de placas paralelas e infinitas. Seria necessária uma quantidade de trabalho infinita para cure
capacitor.)
Outrossim, é possível empregar o conceito de uma densidade de energia para este e outl

e i N p o s . A expresso: 1

o W E = . 1 cE2 dv

N u A N c
Ë
u g e r e que, para cada pequeno volume dv, pode
1 ser associado um conteúdo de energia iik
w =—2cE2
Usando o campo obtido, a densidade de energia é constante:

w =—1co(20) = 1 0 ' 3/m3


2 3 6 7 r

de maneira que cada 1 m3 contém (10-8 /367r)J de energia.


ENERGIA E POTENCIAL ELÉTRICO DE CONJUNTOS DE CARGAS

Solução. Para obter a energia W1E, armazenada na regiffo limitada do espaço, é suficiente int(
densidade de energia (veja o problema 5.16) ao longo dessa região. Entre os semiplanos:

E= — = t 600
r1êci)
2 a ) g , 6= 0a g , ( V i m )
de modo que

I,v= — r dr d(1) dz = l n 6 = 1,51 nJ


2 o I fo
n / 6Jo.1
0.6 r ) 2 i 3 0 r0 e 0

5.18 O campo elétrico entre dois cilindros condutores concêntricos com r = 0,01 m e r = 0,05 m
por E = (105 /r)ar, desprezando espraimento. Calcule a energia acumulada em 0,5 m de c
mento. Suponha espaço livre.
Soluçffo.

WE• = C o E- dt• = 1 — r dr ckb = 0,224


-1• • e2 o .ih
1:4 O
0,5 - .2n ' . 00,, 0
0 15 ( 1r 0 5 ) 2

5.19 Calcule a energia armazenada num sistema de quatro cargas pontuais idênticas, Q 4 nC, s.
nos vértices de um quadrado de 1 m de lado. Qual é a energia armazenada no sistema quando
cargas esto colocadas e em vértices opostos?

214:, = Q,V, + Q, + Q 3V.3 + Q4 1/4 = 4Q, V,

Onde a última igualdade resulta da configuração simétrica do sistema.

=O . + Q3 + Q4 4 x 10- 9 1_ + 19 17 , 5
= v
42T( o R i p 4 7 t E o R13 4 7 C ( 0 R14 4 n o
( )

Logo:
1VE 2 Q 1 V = 2(4 x 10- 9)(97.5) = 780 nJ

Havendo só duas cargas:

111® 2 W , = Q 11 / 1 + Q 2 V2 = 2 Q 1 V 1

NUANCËu. WE = Q11/1 = (4 x 10- (4 x 10


9 )47r60\
- 9 /_.2) = 102 nJ

5.20 Quanto vale a energia armazenada em um sistema de duas cargas pontuais, Qi = 3 nC e Q2 =


separadas por uma distância d = 0,2 m?
Soluçá-o.

Q2
211, Q
+ Q2V2 $2, ( 4 7 u , dQ 2 \ Q47U0
1 dI
e. assim:
72 E LETROMAGNETISMO

Por mais paradoxal que pareça, a energia armazenada apresenta sinal negativo, enquanto que
portanto

WE = - c E 2 dr
2 /toda regia-o

são, necessariamente, positivas. A razão, dessa discrepância é que, ao se igualar o trabalho r


rio para se montar o sistema de cargas pontuais com a energia armazenada devido ao cam
sente, desprezou-se a energia infinita presente no campo, quando as cargas estavam (condi(
dal) no infmito. (Precisa-se de uma quantidade infinita de trabalho para "criar" cargas se
no infinito.) Sendo assim, o resultado acima, 14/F = —405 nJ, pode ser usado para indica
energia é de 405 J abaixo do nível de referência (infmito) do infinito. Uma vez que som
ças de energia têm significado físico, o nível de referência pode não ser levado em conta.

5.21 Uma casca esférica condutora, de raio a, com centro na origem, apresenta um potencial e
r < a
= IVO
ki/c, r > a

com a referência zero infinito. Calcule a energia armazenada que este potencial representa.
Solução.

10 ✓< a
E = V I
a/r2)a,. ✓> a

o ' 1 1 / 0
r2sene dr dOd(t) 27rc0 V a
WE = -1 • Éo E2 du = O + 2 2• o j . o• " ° kr 2

Observe que a carga total na casca vale, pela lei de Gauss:

Q = DA = (Ecl a2 ) V
°a(4na2) = 41ro Vo a

enquanto que o potencial da casca é V = Vo. Portanto, WE = 4QV, resultado familiar para aE
armazenada em um capacitor (neste caso, um capacitor esférico com a outra placa de raio inf

PROBLEMAS PROPOSTOS

N u A N C 2 , " > , talcule o trabalho necessário para movimentar uma carga pontual Q = —20 1./C no campo

E = 2(x + 4y)k + 8x2,, ( V / m )

da origem ao ponto (4. 2, O) m ao longo do curso X2 = 8y.


Resposta. 1 , 6 0 inJ

5.23 Repita o Problema 5.4 usando um trajeto radial direto.


Resposta. — 117,9 if.J.
E N E R G I A E P O T E N C I A L E L É T R I C O DE CONJUNTOS DE CARGAS

5.25 Calcule o trabalho necessário para movimentar uma carga pontual, Q = 3 12C, de (4 m, 7r, O) a (2
7r/2, 2 m), coordenadas cilíndricas, no campo E = (105/r)ar + 105 zaz (V/m).
Resposta. —0,392 J

5.26 Calcule a diferença entre as quantidades de trabalho necessário para trazer uma carga pon
Q 2 pC do infinito a r = 2 m, e do infinito ar = 4 m, no campo E = (105/r)ar (V/m).
Resposta. 1 , 3 9 x 10-4 J

5.27 Um disco circular de raio 2 m contém uma carga total de (40/3) nC distribuída uniformeme
Calcule o potencial devido a esta carga para um ponto sobre um eixo a 2 m desse disco. Com
este potencial com o que resultaria se todas as cargas estivessem concentradas no centro do di
Resposta. 49,7 V: 60 V

5.28 Uma distribuição linear de cargas com densidade Pt -= 1 nCim


ocupa o perímetro de um quadrado de 6 m de lado como mos-
trado na Fig. 5-16. Calcule o potencial em (O, O, 5) m.
Resposta. 35,6 V

5.29 Desenvolva uma expressão para o potencial num ponto distan-


te radialmente d metros do ponto médio de uma distribuição
linear de cargas finita, de comprimento L e de densidade uni-
forme Pe (C/m). Aplique o resultado no Problema 5.28 como
prova.

pt L / 2 + •Id2 + L2/4 Fig. 5-16


Resposta. I n ( V )
27t€c

5.30 Mostre que o potencial elétrico na origem devido a uma superfície uniformemente carregada com
sidade ps, sobre o anel z = 0,R i r R + 1 é independente de R.

5.31 Uma carga total de 160 nC é inicialmente dividida em quatro cargas pontuais iguais, espaçadas e
tervalos de 90° ao redor de uma circunferência de 3 m de raio. Calcule o potencial em um ponto s
o eixo, a 5 m de distância do plano da circunferência. Separe a carga total em oito partes idén
com intervalos de 45- e repita a questão. No limite com Pi = (160/67r) nC/m, que resposta se obt
Resposta: 247 V

5.32 Em coordenadas esféricas, o ponto A está a r = 2 m, enquanto B está a r = 4 m. Dado o c2


F;_t- (-16/r2)a, (Vim), calcule o potencial d o ponto A, referência zero no infinito. Repita p:
N U A N C ponto B. Agora calcule a diferença de potencial VA V B e compare o resultado com o do
blema 5.8.
Resposta. V A = 2VB = —8 V

5.33 Se a referência n c i a l nula • está em r 1 0 m e uma carga pontual Q 0 , 5 nC ocupa a ori


encontre os potenciais em r = 5 m e r = 15 m. Em que raio o potencial é o mesmo em módul(
em r 5 m, mas de sinais opostos?
Resposta. 0,45 V: —0,15 V;0<,

5.34 Uma carga pontual, O = 0.4 nC, acha-se em (2, 3, 3) m, coorden2d9s cartesianas. Calcule a dife:
74 E L E T R O M A G N E T I S M O

5.35 Encontre o potenoial em coordenadas esféricas devido a duns cargas pontuais iguais, mas
opostos situadas sobre o eixo y, em y ± d / 2 . Suponha que r > > d.
Resposta. (Qd senO)/(47reo r2)

5.36 Repita o Problema 535 com as cargas sobre o eixo z.


Resposta. ( Q d cos 0)/(47re0r2)

5.37 Encontre as densidades de carga sobre os condutores no Problema 5.17.

Resposta. +6060 — 6 0 É o
RT (C/m2)
7 emc,c1;, = O,r ( C / m 2 ) em,q5 = it/6

5.38 Uma distribuição linear uniforme de cargas p, = 2 nC/m situa-se no plano z = O, paralelan
eixo x, e situada em y = 3 m. Encontre a diferença de pontencial VAB para os pontos A
O, 4 m) eB ( 0 , 0 , 0 ) .
Resposta. —18,4 V

5.39 Uma película plana uniformemente carregada, com p = (1/67r) (nC/m2) está localizada en
e uma segunda película plana, com ps (-1/61T)(nCm2), está em x 1 0 m. Calcule i,14 B
VAC para /1(10 m, O, O), B(4 m, O, O) e C(0, O, O).
Resposta. — 3 6 V; —24 V; —60 V

5.40 Dados os campos elétricos a coordenadas cilíndricas E = (51r)ar (V/m) para O < r
E = 2,5ar (V/m) para r > 2 m, encontre a diferença de potencial VAB para A ( 1 m,
B (4 m, 0, 0).
Resposta. 8,47 V

5.41 U m capacitor plano de placas paralelas 0,5 m por 1,0 m apresenta distância de 2 cm entre os
tores e uma diferença de potencial de 10 V. Calcule a energia armazenada supondo que
Resposta. 11,1 n.1

5.42 O capacitor descrito no Problema 5.41 tem uma tensa-o aplicada


de 200 V.
(a) Calcule a energia armazenada entre suas placas.
(b) Ponha dl (Fig. 5-17) em 2 cm e a diferença de tensEo em
200 V, enquanto se aumenta d2 para 2,2 em. Encontre a
0,5 m
energia final armazenada. (Sugestffo: AE,VE= ( A C ) V')
N UA NCL Resposta. (a) 4,4 bú; (b) p _ 1 Fig. 5-17

5.43 Calcule a energia acumulada em um sistema com trás cargas pontuais iguais, Q = 2 nC, toda
uma mesma reta, separadas entre si por 0,5 m.
Resposta. 180 nJ

5.44 Repita o Problema 5.43 considerando que a carga no centro é —2 nC.


Resposta. —108 nJ
ENERGIA E POTENCIAL ELÉTRICO DE CONJUNTOS DE CARGAS

5.46 Dado o campo elétrico E = — 5 e a r em coordenadas cilíndricas, calcule a energia arma,


no volume descrito por r 2 a , O z 5 e .
Resposta. 7,89 x 10-10 a3

5.47 Dado um potencial V = 3x2 + 4v2 (V), calcule a energia armazenada no volume defini'
O l m e 0 1 m.
Resposta. 1 4 7 pJ

ffi®
NUANCE
c tRzEKTEDEKSIIDADEDECOBINFITE J[OUTUV

6.1 INTRODUÇÃO
Denomina-se corrente elétrica o fluxo de cargas elétricas por determinado ponto ou ãtn
minada superfície. É comum usar o símbolo / para designar correntes contínuas, e i para
variáveis no tempo. A unidade de corrente é o ampère (1 A = 1 C/s; no sistema 'SI o ampère é
básica, e o coulomb unidade derivada).
A lei de Ohm relaciona correntes com tensão e resistência. Para os circuitos dc simples, /
tretanto, quando cargas estão em suspensão num líquido ou num gás, ou onde estão presentes a
de portadores de cargas positivas e negativas com características diferentes, a forma simples da
insuficiente. Conseqüentemente, a densidade de corrente .1 (A/m2) recebe mais atenção no
fismo do que a corrente /.

6.2 CARGAS EM MOVIMENTO


Seja a força atuando sobre uma partícula positivamente carregada em um campo elétri,
N u A N c r m o indica a Fig. 6-1 (a). Essa força, F + Q E , não tem oposição e provoca uma aceleraç
de modo que a carga se move na direção e sentido de E com uma velocidade U que cresce cor
tícula permanece sob a ação do campo E. Entretanto, quando a carga está num meio líquid
como indica a Fig. 6-1 (I)), ocorrerão sucessivas colisões com outras partículas no meio, d
resultará um movimento de direção e sentido aleatórios. Outrossim, se E for constante e o m
neo, as componentes aleatórias de velocidade cancelar-se-E°, produzindo uma velocidade méd
denominada velocidade de deriva U, coerente com a orientação de E. Nos metais, o processo
surge pelo movimento dos elétrons das órbitas mais externas dos átomo que compõem a estrutt
De acordo com a teoria elétron-gás, esses elétrons atingem uma velocidade média de deriva se
que ocorre com uma partícula carregada em movimento num meio líquido ou gasoso. A veloci,
CORRENTE, DENSIDADE DE CORRENTE E CONDUTORES

onde p, a mobilidade das partículas, tem por unidade m2 /V.s. Cada metro cúbico de um material condt
contém cerca de 1028 átomos. Bons condutores apresentam um ou dois elétrons, para cada átomo li
para se moverem sob a ação do campo. A mobilidade p varia com a temperatura e com a estrutura cri
lima do sólido. As partículas no sólido têm um movimento vibratório que aumenta com a temperatura. I
fator torna mais difícil o movimento das cargas. Portanto, em temperaturas mais elevadas a mobilidade
minui, resultando numa velocidade de deriva (ou corrente) muito menor para um determinado campc
Na teoria de circuitos, este fenômeno é descrito pela criação de um fator denominado resist-ividade do m
rial, especificando que a resistividade aumenta conforme cresce a temperatura.

o
o

o o

(a) Vácuo ( b ) Líquido ou gás


Fig. 6-1

6.3 DENSIDADE DE CORRENTE DE CONVECÇÃO


A Fig. 6-2 mostra um conjunto de partículas carregadas, o que dá origem a uma densidade de
p no volume r indicado, com velocidade U para a direita. Supõe-se que as partículas mantenham fixas
posições relativas dentro do volume. Conforme essa configuração passa através da superfície S, ela cons
uma corrente de convec0ó, com densidade:

= pU (A/m2)

É claro que, se a seção reta de u variar, ou se a densidade p não for


constante ao longo de u. J não será constante com o tempo. Além disso,

ea J será nula quando a última porção de volume atravessar S. Entretanto,


o conceito de densidade de correncausada por nuvem de partículas
carregadas em movimento é muitas vezes de grande utilidade ao estudo
da teoria de campos eletromagnéticos.
Fig. 6-2
11 ~ ®

N U A N:-.•
.4 DENSIDADE DE CORRENTE DE CONDUÇÃO J
De maior interesse ainda é a corrente de condução que ocorre devido à presença de um campo elé
internamente a um condutor de seção reta constante. A densidade de corrente é novamente dada por:

= aU (A/m2)

que, em vista da relação U = pE. pode ser escrita:


= aE
78 E L E T R O M A G N E T I S M O

elétrico aplicado (Fig. 6-3). Para os elétrons, tanto p como p sffo nega-
tivas, o que resulta erA condutividade a positiva, da mesma forma que
no caso de portadores de carga positiva. Com isto, J e E apresentam
orientações iguais, independentemente do sinal da carga dos portadores.
Entretanto, é convenço supor os elétrons em movimento para a esquer-
da, as cargas positivas rumando para a direita, e sempre fazer p e p po-
sitivas. ec).\
e
A relago J = crE é quase sempre denominada forma pontual da
uo )
lei de Ohm. O fator o leva em conta a densidade de elétrons livres (p)
e a facilidade relativa com a qual se movem pela estrutura cristalina
(s1). Como era de se esperar, a é funçã-o da temperatura.

Fig. 6-3

6.5 A CONDUTIVIDADE

Em líquidos o u gases, tanto os íons positivos como os negativos geralmente estio present
ou duplamente carregados, e c o m massas possivelmente diferentes. U m a expressio d a condut
deve incluir todos esses fatores. Entretanto, sempre se supõe que todos os íons negativos sio
o mesmo se dando com os positivos; entio, a condutividade apresentará dois termos, como mostr
Fig. 6-4 (a). Num condutór metálico; somente os elétrons de valência são livres para se mover. Na I
(1)), eles estffo indicados em movimento para a esquerda. A condutividade contém entio apenas um te
produto da densidade de cargas dos elétrons livres, pe, pela sua mobilidade, pe.

--o o )( e —o
E
_o_ - - 0 -/ 0 j' ç E -----;',0,
o e o

CD
P_P_
=
Pelic + Ph

(a) Líquido ou gás (b) Condutor (c) Semicondutor

NUANCE
Fig. 6-4

Nos semicondutores, tais como o silício e o genrianio, a condugo ocorre de uma forma mais cor
Na estrutura cristalina cada átomo apresenta quatro ligações covalentes com os átomos adjacentes.
tanto, na temperatura ambiente, e influxo próximo da energia devido a alguma fonte externa tal c
luz, os elétrons podem mover-se fora da posição fixada pela ligago covalente. Isto cria um par elétron
disponível para conduçffo. Tais materiais sffo denominados semicondutores intrínsecos. Os pares elél
cima têm vida breve, desparecendo por recombinago. Entretanto, outros estio sendo gerados con
mente e em todos os instantes alguns estio disponíveis para condução. Como mostra a Fig. 6-4
condutividade a é composta por dois termos, um para os elétrons e outro para as lacunas. Na prática
C O R R E N T E , D E N S I D A D E D E C O R R E N T E E CONDUTORES

6.6 A CO RENTE I
A corrente total / (em A ) que atravessa a superfície S é dada por:

I = I J • dS
's
(veja a Fig. 6-5). Deve-se associar um versor normal ao elemento diferencial
de superfície dS, de modo que um resultado positivo para / indicará uma
corrente atravessando S de acordo com a orientação desse verscir normal.
É claro que J não necessita ser uniforme ao longo de S, nem S precisa ser Fig. 6-5
uma superfície plana.

EXEMPLO 1. Calcule a corrente no fio circular mostrado na Fig. 6.6, se a den-


sidade de corrente é J = 15 (1 —e-l000r)az (Alm2 )• O raio do fio vale 2 mm.
Seja S a seção reta desse fio. Então:
dl — J • dS
= 15(1 1 0 0 0 , - ) az r d r d a r
dS
e: . 2 , , .0,002
I = 1 5 ( 1 - d r do
-o • G
= 1,33 x 10-4 A = 0,133 mA

Qualquer superfície S cujo perímetro contenha a superfície externa des-


se condutor em toda a volta terá, passando por ela mesma, a corrente total
/ = 0,133 mA.

6.7 A RESISTÊNCIA R
Se um condutor de seção reta uniforme de área A e comprimento /, como indica a Fig. 6-7, apre:
uma diferença de potencial 1/ entre seus terminais, entffo:

E ='
(

supondo-se que a corrente está uniformemente distri-


buída pela área A. A corrente total é, entãO:
-

11111 / = A -=
Como a Lei de Ohm diz que V = RI, a resistência é:
N LJA N C E R= ( Q )
o-,1

(Note que 1 S = 1 2 ; é comum chamar o siemens de


mho.) Esta expressa-o de resistência é comumente apli-
Fig. 6-7
cada a todo condutor que apresente a mesma seção reta
ao longo de seu comprimento /. Entretanto, se a densi-
dade de corrente for maior na superfície que na região central do condutor, esta expressão não será
Para distribuições não uniformes de corrente, a resistência é dada por:
80 E L E T R O M A G N E T I S M O

Conhecendo-se E, ao invés da diferença de potencial entre as faces, a resistência é dada por:


R— E • dl
crE • dS
O numerador fornece a queda de tenso, enquanto o denominador fornece a corrente total /.

EXEMPLO 2. Calcule a resistência entre as superfícies curvas, interna e externa do bloco (inch
Fig. 6-8) que é de prata, para a qual a = x 107 S/m.
Se a mesma corrente / atravessa ambas as superfícies curvas interna e externa:

e E= a ,
crr

De modo que (5° = 0,0873 rad):


k
a, • Lir a,
ur
R=
.0,05 . 0 , 0 8 7 3 k
- a, • r ciçio dz a,
•o o
In 15 =

u(0,05)(0,0873) = 1'01 x 1 0 - 5 Q = 10,1 lií?. Fig. 6-8

6.8 PELÍCULA DE CORRENTE COM DENSIDADE K


Às vezes, a corrente fica confmada à superfície de um condutor, do mesmo modo que aconte
as paredes internas de um guia de ondas. Com respeito a tal película de corrente é útil defmtr um vet
sidade K (em A/m), que fornece a taxa de transporte de cargas por unidade de comprimento transve:
guns autores usam a notacâb 1f0). A Fig. 6-9 mostra uma corrente total /, sob a forma de uma películ
drica de raio r, que flui segundo a direcffo positiva do eixo z. Para tal situaça-o,

K - 2nra z

em cada ponto da película. Para outras películas, K pode variar de ponto a ponto (veja o Problema
Em geral, a corrente, fluindo através de uma curva C interna a uma película, é calculada integram
componente normal de K ao longo dessa curva (veja a Fig. 6-10). Portanto:

qmfi I K n d l
c

NUANCE
CORRENTE, DENSIDADE DE CORRENTE E CONDUTORES

6.9 C O N T I N U I D A D E DE CORRENTE
Uma corrente / atravessando uma superfície genérica S foi examinada quando se conhecia J na sul
fície. Agora, se a superfície for fechada, deve haNier um decréscimo da carga positiva interna à mesma,
que a corrente total seja de dentro para fora. Ou seja:

J • dS = = - —dQ a •
dt = _ _ j p d u
onde o versor normal a dS é dirigido para fora de superfície. Dividindo esta expressão por Av:

• dS 2 j. d v
Av o t

Conforme Av -> O, o lado esquerdo, por definição, tende a V • J, divergência da densidade de corre
•enquanto que o membro à direita tende a - ap/at. De maneira que:
CO
V• J = — - -
êt

Esta expressão é a chamada equação da Continuidade de Corrente. Nela p representa a densidade t


de cargas, e não apenas a densidade de cargas móveis. Como mostraremos a seguir, ap/at pode ser c
rente de zero dentro de um condutor apenas transitoriamente, de modo que a Equação da Continuid
V • J = O, toma-se o equivalente em campo vetorial à lei de Kirchhoff para a corrente ("Lei dos NO
que estabelece ser nula a corrente total que atravessa uma junção de vários condutores.
No processo da condução, os elétrons de valência são livres para se mover sob a aplicação de um c
po elétrico. Desse modo, para a região onde esses elétrons estão em movimento, rompem-se as condi(
estáticas. Entretanto, não devemos fazer confusão entre esses elétrons e a carga resultante, pois a cada
tron de condução corresponde um próton no núcleo, de modo que a carga resultante é nula para qualc
Av do material. Suponhamos. outrossim, que sob instabilidade temporária uma região interna a um cot
tor sólido apresente carga resultante com densidade po no instante t O . Então, como .1 = uE
o.
V• D= —- -
c ê t

A operação divergência consiste em derivadas parciais com relação às coordenadas espaciais. Se u e e fc


constantes - como ocorre em meios homogêneos - podem ser retirados das derivadas parciais:

(V • D ) = — e9P
at

ffi® êp
P = - êt
NUANCE o.
p - O
êt -

A solução desta última equação é P = Po e- (c'''"

Note-se que p e, também: p o -


- - - p
ôt (

decaem exponencialmente com uma constante de tempo e/o, também conhecida como tempo de rela.)
82 E L E T R O M A G N E T I S M O

remanescente seria 36,8% de po. Após cinco constantes de tempo, ou 7,20 x 10-19 s, somente 1
0,67% de Po Sendo assim, para os campos estáticos, pode-se dizer que a carga resultante interna a u
dutor é nula. Se houver qualquer carga resultante presente, ela ocupará a camada superficial.

6.10 CONDIÇÕES DE CONTORNO ENTRE MEIOS DIELÉTRICOS E CONDIU(


Sob condições estáticas, a carga total de um condutor ocupará sua superfície externa e tanto IJ
E serão nulos dentro do condutor. Devido ao fato de o campo eletrostático ser um campo conserva
integral fechada de linha E • d l é nula para qualquer percurso. A Fig. 6-11 mostra um percurso reta
com vértices 1, 2, 3 e 4.

r2 . 3 4 r

I E • dl + j 2E • dl' + I 3 E • dl + I E • dl = O
1
Supondo agora que os trajetos 2->-3 e 4->1 tendam a zero, mantendo-se a Die

interface fixa, a segunda e a quarta integrais serão nulas. E o percurso 3-->4 Con
é interno ao condutor, onde E deve ser nulo. Assim:
Fig. 6- I

E • dl = I E , d/ = O
•'i

onde Et é a componente tangencial de E na superfície do dielétrico. Como se pode escolher o


1-4.2 arbitrariamente:

E, = Dt = O

em cada ponto da superfície do dielétrico.


Para descobrir as condições de contorno das componentes normais, um pequeno cilindro, fe(
circular reto, é colocado cruzando a interface, como indica a Fig. 6-12. Aplicando-se a lei de Gaus
estas superfícies, temos:

D • dS = Qint.

ou
®

NUANCE D
sup. • dS• + I inferior
D •l dS
a t Je r D
a l • dS• = I ApsdS

A terceira integral é nula porque, como já foi determinado,


Dt O em cada lado da interface. A segunda integral também
é nula, pois a face inferior do cilindro é interna ao condutor,
onde D e E são nulos. Então:

D • dS = I D , dS d S Condut
inf.
dS
C O R R E N T E , D E N S I D A D E DE C O R R E N T E E C O N D U TO R E S

Em suma, sob condições eletrostáticas o campo bem próximo, mas' externo a um condutor, é
(tanto a componente normal como a tangencial), a menos que exista uma distribuição superficial de
Uma carga superficial não implica, entretanto, carga resultante para o condutor. Para ilustrar isto, com
uma carga positiva na origem de um sistema de coordenadas esféricas. Agora, se esta carga pontual for e
vida por uma casca esférica condutora descarregada, de espessura finita, confoinie indicado na Fig. 6-1
o campo é tranqüilamente dado por:

+42
E=
4nEr2 ar

exceto para pontos internos ao condutor, onde E deve ser nulo. As forças de Coulomb originadas pc
atraem os elétrons de condução para a superfície interna, onde elas criam p , de sinal negativo. Dest
neira, a deficiência de elétrons na superfície externa constitui uma densidade superficial de cargas pos
p,2 • As linhas de fluxo elétrico 4), que saem da carga 4-Q, terminam nos elétrons da superfície inter
condutor, como indica a Fig. 6-13 (b). Então, linhas de fluxo elétrico s e originam uma vez mais nas
positivas, localizadas na superfície externa do condutor. Cumpre ressaltar que o fluxo não passa a
do condutor e a carga resultante no condutor é nula.

Ps1

(b)

Fig. 6-13

PROBLEMAS RESOLVIDOS

6.1 o Um condutor de cobre AWG # 12(1) possui diámetro de 80,5 mil(' ). Um segmento de 50 pés d
_Lrimento conduz uma corrente de 20 A. Calcule a intensidade do campo elétrico E, a velocid
N u A N C deriva U, a queda de tensão e a resistência para os 50 pés de comprimento.
Soluçá-o. Uma vez que 1 mil vale 1/1000 de polegada, a área da seção reta é:

= TC = 3,31 x 10-6 m2
0,0808pol)(2,54 x1pol.
10-2 m ) 2

De modo que:
2
= = 2 0 = 6,04 x 106 A i
A 3 , 3 1 x 10-6
84 E L E T R O M A N G E T I S M O

Para o cobre, o = 5,8 x 107 Sim. Então:

6,04 x 10'
E=
a 5,8 x = 1,04 x 10-1 Vim

V = E( = (1,04 x 10-1)(50)(12)(0,02.54) = 1,59 V


I' 1
R= 5 9 = 7 95 x 10-2
/ 2 0

A mobilidade de um elétron no cobre vale 12 = 0,0032 m2 iV.s, e como a = pp, a dei


de cargas é:

a 5,8 x
P = = 1,81 x 1 0 " C/m3
0,0032

A partir de J = p U, calculamos a velocidade de deriva:

J 6 05 x 10'
U = p= ' 1,81 x 1 0 " 3 34 x 1 0 ' mis

Com esta velocidade de deriva um elétron é capaz de mover-se 1 cm em aproximadamente


para condutores de cobre #12.

6.2 Q u a l é a densidade de corrente e a intensidade de campo elétrico que correspondem a uma ve


de de deriva de 5,3 x 10-4 mis no alumínio?
Solu0b. Para o alumínio a condutividade é a = 3.82 x 107 Sim, e a mobilidade é bi =
M2 /V • s . Assim:

= p u = L i = 3,82 x 107 (s. I n - m 2


0,0014 x — — 1,45 x 11.1-

E = = - = 3,79 x 10- V i m
a

6.3 U m comprido condutor de cobre tem sego reta circular de 3,0mm de diâmetro e suporta uma cc

do substituídos por outros) em 100 mm.de cabo?


e l l . _ 1 d e 10 A. Qual é a percentagem de elétrons de conducá-o que deixa o condutor em cada segund(
~ I S o l u p - o . O número de Avogadro é N = 6,02 x 1026 átomosikmol. O peso específico do c
®8,96 e seu lues) 2tómico é 63,54. Supondo um elétron de conducâb por átomo, o número de el

NUANCE
por unidade de volume é:

Ne = (6,02 x 102' átomos( 1 kmol


kmol n63,54 kg M 3 kg)( 1 elétron
0
x1
6
,9
)(8 átomo )

= 8,49 x 1028 elétronsim3


O número de elétrons em 100 mm de cabo é:

N—n(3 x 10-3)2(0,100)(8,49 x 102s) 6 , 0 0 x 1022

Uma corrente de 10A requer que:


CORRENTE, D E N S I D A D E D E C O R R E N T E E C O N D U TO R E S

atravessem um ponto fixo. Então, a percentagem que deixa um comprimento de 100 mm em (


segundo é:

(100) = 0,104% por segundo


66,00x x 10--
9 ,20
1
5

6.4 Q u e corrente irá resultar se todos os elétrons em um centímetro cúbico de alumínio passair
ponto especificado em 2 s? Suponha 1 elétron de condução por átomo.
Soluçá-o. A densidade do alumínio é 2,70 x 103 kg/m3 e seu peso atômico vale 26,98 kg/mol.
Então:

N, = (6,02 x 102ó)(,--619)(2,70 x 10') — 6,02 x 1 0 " elétrons/m3

Ao (6,02 X 1028 elétrons/m3 )(10 2 M)3(1,6 X 10- '9 C/elétron ) = 4,82 kA


— 2 s

6.5 Q u a l é a densidade de elétrons livres em um metal para uma mobilidade de 0,0046 m2 /V


uma condutividade de 29,1 MS/m?
Solução. Como o =
a 2 9 , 1 x 10'
P= = — 6,33 x 109 C.m3
p 0,0046
e 6,33 x 109
9
1,6 x 10-1 = 3 9 6 x 1028 elétrons/m

6.6 D e t e r m i n e a condutividade do semicondutor intrínseco de germànio na temperatura ambiente.


Solução. E m 300 K existem 2,5 x 1019 pares elétron-lacuna por metro cúbico. A mobilidac
elétrons é pe = 0,38 rn2 !V • s e a mobilidade das lacunas valeg e -='• 0.18 m2/V s . Como
terial não apresenta dopagem, a quantidade de elétrons é igual à de lacunas. De modo que, para
dutividade :

a = = (2,5 x 101)(1,6 x 1 0 - 9)(0,38 + 0,18) = 2;24 Sim

.7 Calcule a condutividade do germânio extrínseco tipo n, na temperatura ambiente, supondo um


doador em cada 108 átomos. A densidade do germânio é 5,32 x 103 kg/m3 e seu peso atôi
®72,6 kg/kmol.

N u A N c i L u ç f f o . Existem: 1
N = (6,02 x 1028)(7,),6)(5,32 x 103)= 4,41 x 1028 átürnos/m3

de modo que:

= 10-8(4,41 x 1028) = 4,41 x 1020 elétrons/m3

A concentração intrínseca ni do germánio a 300 K é de 2,5 x 1019 por In3 • A lei da aça-o das
Ne NI = n , impõe então que a densidade das lacunas valha:
86 E L E T R O M A G N E T I S M O

Entffo, usando as mobilidades do Problema 6.6:

N,ep„ + e u /
—(4,41 x 1021(1,6 1 0 - 1 9 ) ( 0 , 3 8 ) + (1,42 x 1018)(1,6 x 10-19)(0,18)
= 26,8 + 0,041 — 26,8 Sim

Neste germânio tipo n, a quantidade de elétrons por metro cúbico é 4,41 x 1 0 " , contra 1,4:
lacunas. A condutividade é então controlada pelos elétrons provenientes do agente de do
valência 5.

6.8 U m condutor de sego reta unifolloe e 150 m de extensão acha-se sujeito a uma variação
de 1,3 V e uma densidade de corrente de 4,65 x 105 A / m . Qual é a condutividade
no condutor?
Solução. Desde que E = ' / e J = GE:

150
4,65 x 105 = cr( 1'3 o u a = 5,37 x 107 Sim

6.9 U m a tabela de resistividade fornece 10,4 ohm c i r c u l a r mils por pé de cobre. Quanto vale
vidade equivalente em siemens por metro?
Soluclio. Um circular mil é a área de um círculo com o diâmetro de um mil (10-3 pol).


1 cir mil 0 0 2 5 ,4 — = 5,07 x 1 0 - 1 ° m2
= ( [1 0 - - : p o l . ) ( pol)

A condutividade é o inverso da resisitividade.

.
a = 1 = 5.78 x 107 Sim
( 104 • cP: mil )( 1217j )0 (, 0m 4 p: 01)(
2 5— . 5,07
x 1 1ci
0r mil '

6.10 U m fio de alumínio AWG # 20 tem uma resistência de 16, 7 oluns por 1000 pés. Que conc
resultará para o alumínio?
Solução. Da tabela de fios, um # 20 tem diâmetro de 32 mils.

NUANCE
32 x 1 0 - 3
A= ( 0 ,•-)0 ' 2 5 4 ) = 5,19 x 1 0 - 7 m2

( = (1000 pés)(12 pol./pé)(0,0254 m/pé = 3,05 x 102 m

E, como R = é laA,

3,05 x 102
— 3 5 , 2 MSim
(16,7)(5,19 x 10 7 )

6.11 E m um condutor cilíndrico de 2 mm de raio, a densidade de corrente varia com a distânc


CORRENTE, D E N S I D A D E DE C O R R E N T E E C O N D U TO R E S

Calcule a corrente total /.


Soluçá-o.
,27r . 0 , 0 0 2
= J • dS = J d S =r dr dO
-o • o
4"' 0,002
= 7,51 mA
= 27t(103)t(_ 400)2 ( 4 0 0 r - 1)

6.12 Encontre a corrente que cruza a porção d o plano y = O definida p o r —0.1 x 6 O,


—0.002 z -<„ 0,002 m, se:

102 Ixlay ( A 1 m 2 )
Soluçdb.
• 0,002 , 0,1
= J • dS 1 0 2 tx lay • dx dz a,. = 4 mA
• — 0 , 0 0 2 - —O, i

6.13 Encontre a corrente que atravessa a porção do plano x = O definida por —7T/4 y 11 . /
—0.01 Z 0 , 0 1 m, se:

= 100 cos 2y a, ( A ! m 2 )
Soluçã-o. • • 0 , 0 1 •rci4

1 = I J• dS = 1 0 0 cos 2y ax • dy dz ax = 2,0 A
•• -0,01 •—Tr'4

6.14 Dado 1 = 103 sen O a r (A/m2) em, coordenadas esféricas, calcule a corrente que atravessa
esférica r = 0,02 m.
Soluç ffo. Como J e

dS = r'sen OdO d4) a,

são radiais, então:

/ = 11 0 3 ( 0 , 0 2 ) 2 seri' OdO dd) = 3,95 A


-o • o

6.1, Mostre que a resistência de qualquer condutor de seção reta com área constante A e comi)]
/ vale R = 0o71, supondo distribuição uniforme de corrente.

U A N C I N So/uçã-o. Uma seção reta constante ao longo do comprimento ( resulta em E constante, cl


que a queda de tensão é:
= E • dl =

Em caso de haver distribuição uniforme de corrente na área A:

I = J • dS = = o-EA

onde a é a condutividade. E. como R = V I I :


88 E L E T R O M A G N E T I S M O

6.16 Calcule a resistência de isolação de um cabo coaxial de eomprhnento ( , segundo o esqu


Fig. 6-14.
Solução. Suponha uma corrente total / do condutor interno
para o externo. Então, a uma distância radial r:
I
A 27crl

de modo que:

E —
27car( Fig. 6-14

A diferença de potencial entre os condutores é, portanto:

I
d r = —I b-- In
= b 27turt 2 7 c o l a

e sua resistência é:

V 1 b
R= I n
/ 27ta(

6.17 Uma película de corrente de 4 m de largura está no plano z O e contém uma corrente total d
com direção da origem para (1, 3,0) m. Encontre uma expressão para K,
Solução. Em cada ponto da película, a direção de K é o versor:
a, + 3a,
/10
e o módulo de K vale (10/4) A/m. Então:

K = 10 a , + 3a, A /In
4 k, /

6.18 Como mostra a Fig. 6-15, uma corrente /T desce por um


filamento no eixo z e penetra numa película condutora fina
em z = O. Expresse K para esta película.

l i b e l l i l l Solução.
® II, sobre Considere umespalha
a película se círculouniformemente
no plano z = sobre
O. A a
corrente
circun-

NUANCL ferência 27r7. A orientação de K é ar. Desse modo:


I 7-
K = --- a
2nr
Fig. 6-15

6.19 Usando a película de corrente do Problema 6.18, calcule a corrente em uma seção de 30° d
(Fig. 6-16).
Solução.

I = K d ( =I T I T
27cr r 1(1)--"'" 12
CORRENTE, DENSIDADE DE CORRENTE E CONDUTORES

6.20 U m a corrente / (A) entra em um cilindro circular reto bastante fino, pela base superior, con
trado na Fig. 6-17. Expresse K supondo que o raio do cilindro valha 2 em.
Solução. A corrente distribui-se uniformemente pela base
superior em qualquer circunferência 27rr, de maneira que:

K 1 - a, ( A / m )
2nr

Na superfície lateral, a corrente acha-se uniformemente dis-


tribuída sobre a circunferência 210,02 m), de modo que:

K ( az) (A/m)
0,0471 Fig.

6.21 E m um ponto da superfície condutora, E = 0,70ar — 0,35a,, — ( V i m ) . Qual é a de


superficial de cargas no ponto?
Soluçãb. Sob condições estaticas na superfície de qualquer condutor, a componente tangem
nula. Sendo assim, o vetor fornecido no enunciado deve ser normal ao condutor. Supondc
livre na superfície:
10'
p , = D, ( c , E, — 1 E 1 + —— - ,/(0,70)2 + (0,35)2 + (1,00): 1 1 , 2 pelm2
367:

O sinal positivo deve ser escolhido em caso de E estar orientado saindo da superfície.

6.22 U m condutor cilíndrico, de raio 0,05 m com eixo ao longo de z possui uma densidade supe]
cargas p s = l z ) (C1m2 ). Escreva uma expressão para E sobre a superfície.
Soluçá-o. Como D n -= p s, E n = psleo. Para (0,05, 5, z):

P,
E = E,.a r — a r
t :

6.23 U m condutor ocupa a re.gião x 5 e apresenta densidade superficial de cargas:


Po
l's ,
\ I y- + : -

7--
Escreva expressões para E e D bem próximos. mas fora do condutor.

Solução. A normal externa é —ar. Sendo assim, imediatamente fora do condutor:

D = Dn(--ax) = — a . , )

N UANC®E, f t o E—
'
+2

6.24 Dois condutores cilíndricos concêntricos, ra = 0,01 m e rb = 0,08 m, possuem densidades


psa --- 40 pC/m e p . tal que os campos D e E existem entre os dois cilindros_ sendo nul
demais regiões. (veja Fig. 6-18). Calcule 'psb e obtenha expressões para D e E entre os cilindre
Soluçãb. Usando a simetria existente, o campo entre os cilindros deve ser radial. e função
r. Então, para •,, < r < :
90 E L E T R O M A G N E T I S M O

Para calcular a constante c, basta usar o fato de queDn = D r = Pso em


r = r a + O.

= (0,01)(40 x 10- '2) = 4 x 10-'3 C/m

de modo que:

4 x 10-13 D 4 , 5 2 x 10-2-
D— a , (C/m2) e E =—= - a , ( V, m )
co
Fig. 6-18
A densidade psb é agora encontrada a partir de:

4x o s
Psb = 5 pC
--- — 0,0x

PROBLEMAS PROPOSTOS

6.25 Calcule a mobilidade dos elétrons de condução no alumínio, dada uma condutividade de 38,2 1'v
densidade dos elétrons de condução de 1,70 x 1029 m-
Resposta, 1 , 4 0 x 10-3 m2 /V • s

6.26 Repita o Problema 6.25 para: (a) cobre, onde a = 58.0 MS/m e iV = 1,13 x 1029 ( b )
onde a = 61,7 MS/m e Ne = 7.44 x 1028 M-3.
Resposta. ( a ) 3,21 x 1 0 - 3 rn21V • 5 :
(7)15,18 x 1 0 - 3 m 2 / V • s

6.27 Calcule a concentração de lacunas. , e m um germânio tipo p. onde o = 104 S i m e a mobi


das lacunas é pe = 0.18 m2 lIN; • s. '
Resposta. 3 . 4 7 x 1023 m - '

e " 6 . 2 8 Usando
seca é n.1os
= dados
2,5 x do Problema
101 m - s . 6.27. calcule a concentração de elétrons. •• e, se a concentração

~c, Resposta. 1 . 8 0 x 1013 M-3

N U A Nt:
C a l c u l e 0.ass concentraço-es
2iv l de elétrons le6 de 3lacunas n o silício t i p o n para o qual a = 10,C
Resposta. 4 , 8 1 x 102' 111-3 :4.68 x 1012 M-3

6.30 Determine o número de elétrons de condução em um metro cúbico de tungsténio, cuja densidac
18,8 x 103 kg/m3 e o peso atômico é 184,0. Suponha que haja dois elétrons de conduçã
átomo.
Resposta. 1 , 2 3 x 1029

6.31 Calcule o número de elétrons de condução em 1 M3 de cobre, se a = 5 8 MS/m e p = 3.2 N


CORRENTE, DENSIDADE DE CORRENTE E CONDUTORES

6.32 Uma barra de cobre de seção reta retangular de 0,02 por 0,08 mm e 2,0 m de comprimento tem
queda de tensão de 50 niV". Calcule resistência, corrente, densidade de corrente, módulo do ca
elétrico e velocidade de deriva dos elétrons de condução.
Resposta. 2 1 , 6 /22; 2,32 kA; 1,45 MA/triz.; 25 mVim; 0,08 mrnis.

6.33 Um barramento de alumínio com seção reta de 0,01 por 0,07 m e 3 m de comprimento suporta
corrente de 300 A. Calcule o módulo do campo elétrico, a densidade de corrente e a veloci
de deriva dos elétrons de condução.
Resposta. 1 . 1 2 x 10-2 Vim; 4,28 x 105 A/m2 ; 1,57 x 10-5 m/s

6.34 Uma tabela fornece para um fio de cobre AWG# 20 a 20° C uma resistência de 33.31 2/km. Q1
condutividade (em Sim) resultante para o cobre? O diâmetro do AWG 2 0 é 32 mils.
Resposta. 5 , 8 x 101 Sim

6.35 Uma tabela de fios fornece para o fio de platina AWG # 18 a resistência de 1,21 x 10-3
Que condutividade (em Sim) irá resultar para a platina? O diâmetro do AWG # 18 é 40 mils.
Resposta. 1 , 0 0 x 10' Sim

6.36 Qual é a condutividade d o f i o d e tungstênio AWG # 32 com uma resistência de 0,0172


O diâmetro do AWG # 3 2 é 8,0 mils.
Resposta. 1 7 9 MS/m

6.37 Calcule a resistência por metro de u m condutor cilíndrico oco de alumínio com diâmetro ex
de 32 mm e espessura das paredes de 6 mm.
Resposta. 53,41.15.2im

6.38 Calcule a resistência de uma chapa de alumínio de 1,0 mil de espessura e 5,0 cm de lado (a)
os lados opostos sobre uma face quadrada e (b) entre as duas faces quadradas.
Resposta. ( a ) 1,03 m5-2; (b) 266 p 2

6.39 Calcule a resistência de 100 pés do condutor AWG 4 / 0 para o cobre e o alumínio. Um AWG
tem um diâmetro de 460 mils.
Resposta. 4 , 9 1 m5-2; 7,46 m,Q,

.11111 6 . 4 0 e, raio de 1amresistência


Determine m em uma deextremidade
um condutore aumentando linearmente
de cobre de 2 para u m raio
m de comprimento comde 5 mm
seção retanaci

\ - I R e s p o s t a . 2,20 m5.2,
6.41 Calcule a resistência de um condutor de cobre com extensão de 1 m , seção reta quadrada

N t J e x t r e m o Respostao
C
N
A . ta.pos5suJi5lamdo2de1 mm, aumentando linearmente para 3 mm no outro extremo.

6.42 Desenvolva uma expressão para a resistência de um condutor de comprimento / se a sego ret:
têm a mesma forma e a área aumenta linearmente de A a kA, ao longo de /-•

In k
Resposta. o-A kk —
92 E LETROMAGNETISMO

6.44 Encontre a corrente total num condutor circular de raio 2 mm se a densidade de corrente v:
r, de acordo com J = 103/r (A/m2),
Reposta. 4 /rA

6.45 Em coordenadas cilíndricas, para a regiffo 0,01 r < 0,02 m, O < z < 1 m, J = 10,
(A/m2). Encontre a corrente total que atravessa a intersego desta regiffo com o plano o = co
Resposta. 2 , 3 3 x 10-2A

6.46 Dada uma densidade de corrente

= (--M23cos 0)a, ( A / m 2)

em coordenadas esféricas, calcule a corrente que atravessa a tira cónicaO = 7r/4,0,001 r O


Resposta. 1 , 3 8 x 104- A

6.47 Calcule a corrente total que sai de um cubo de 1 M3 com um vértice na origem e lados parai
eixos coordenados se J = 2x2 ax + 2xy3 a + 2.xya, (A/m2).
Resposta. 3 , 0 A

6.48 Como mostra a Fig. 6-19, uma corrente de 50 A, descendo


através do eixo z, entra numa casca esférica fina de raio
0,03 m, e O = 7r/2 passa para uma película plana. Escreva
express6es para as densidades peliculares de corrente K na
casca esférica e no plano.
265 7 , 9 6
Resposta. - -se-n a, (Atm); a , . (A/m) Fig. 6-19

6.49 Uma corrente filamentar / (A) desce pelo eixo z até z = 5 x 10 -2 m , onde atinge a
O--<, O--•-. 7r/4 de uma casca esférica de raio, 5 x 10-2 m. Calcule K para esta película de c(
80/
Resposta. nsent9 — (A/m)

6.50 Uma película de corrente com densidade K =,20az A/m ocupa o plano x = O, e uma densic
corrente J = 10az Am2 também existe através do espaço. (a) Encontre a corrente que atn
área envolvida por um círculo de raio 0,5 m centrado.na origem no plano z = O, (b) calcule a
®te que atravessa o quadrado i x i 0 2 5 m, I y I 0,< 0,25 m, z = O.

NUA c
N r
Resposta. ( a ) 27,9 A; (b) 12.5 A

6.51Um condutor retangular oco, de paredes finas, de área'0,01 por 0,02 m suporta uma corrente
na dirego de x positivo. Calcule K.
Resposta. 167ax (A/m)

6.52 Um condutor sólido tem uma superfície descrita por x + y = 3 m, estendendo-se até a orig
superfície a intensidade do campo elétrico é 0,35 V/m. Expresse E e D na superfície e encontre
Resposta. ±-0,247 (ax + a,,)(V/m);±2,19 x 10-12(ax + a )(C/m2);± 3,10 x 10-12 (C/1

6.53 Um condutor que se estende pela regiffo z < O tem um lado no plano z = O, sobre o qua
C O R R E N T E , D E N S I D A D E DE C O R R E N T E E CONDUTORES

6.54 Um condutor esférico centrado na origem e com raio 3 apresenta uma densidade superficial ch
ps = p ocos2 O Encontre E na superfície.
P
Resposta. o cos2Oa,
(0

6.55 A intensidade do campo elétrico em um ponto sobre a superfície de um condutor é ds


E = O,2ax — 0,3a, 0 , 2 a z Vi m . Quanto vale a densidade superficial de cargas nesse
Resposta. ±3,65 pe/m2

6.56 Um condutor esférico com centro na origem tem uma intensidade de campo elétrico E = 0,53 (se
(V/m) na superfície, em coordenadas esféricas. Qual é a densidade de cargas para o ponto on
fera encontra o eixo y.
Resposta. 4,69 pC/m2

«É o

NUANCE

1
MATERAiS ITIELÉTRICOS CAPmcrimew,

7.1 V E T O R POLARIZAÇÃO P E PERMISSIVIDADE R E L AT I VA er


Os materiais dielétricos, sujeitos à ação de campos elétricos, tomam-se polarizados, resultam
que a densidade de fluxo elétrico D seja maior do que sob as condições de espaço livre, com a mes
sidade de campo. Uma teoria de polarização simplificada, mas satisfatória, pode ser obtida, com
um átomo de um dielétrico como composto de duas regiões sobrepostas com carga positiva e
como indica a Fig. 7.1 (a). Aplicando um campo E, a região de carga positiva move-se no sentido c
aplicado e a região de carga negativa move-se em sentido oposto [Fig. 7-1 (b)l• Este deslocamento
representado por um momento dipolar elétrico, p = Qd, conforme ilustra a Fig. 7-1 (c).
Para a maior parte dos materiais,
quando o campo aplicado é removido, as
regiões de cargas retomarão para a posi- //
ção original sobreposta. Ta l como uma ± 1 )
mola q u e obedece à l e i d e Hooke, o
trabalho feito na distorção é recuperado E

N uANquandoso
erigpienramil:teAqueeneorgsiasteamrmaa
v
o
ze
lta
d
o
a
aparece nesta distorção da mesma manei- F
(a)

i g
(

.
b )

7-1
( c )

ra que na mola.
Uma região Au de um dielétrico polarizado conterá N momentos dipolar P. Define-se vetor
0.0 P como o momento dipolar por unidade de volume:
Np
P ( C / m 2 )
à,v—o

O que sugere uma distribuição de momentos dipolar elétrico bem comportada e contínua, ao long(
o volume. Fato que, obviamente, não é o caso. Numa visão macroscópica, outrossim, a polarizacâ
MATERIAIS DIELÉTRICOS E CAPACITANCIA

Esta equação permite que E e P possuam direçGes diferentes, como ocorre em certos dielétricos corr
tura cristalina. Num dielétrico isotrópico homogéneo, E e P são paralelos em todos os pontos, o qu
ser expresso por

P = xeco E ( m a t e r i a l isotrópico)

onde a suscetibilidade elétrica Xe é uma constante adimensional. Entáo:

D = co(1 + Xe)E € o Er E ( m a t e r i a l isotrópico)

onde Er 1 + Xe é também um número puro. Uma vez que D = eE (Seção 3.4):


E
= --
Co

Denomina-se Er permissividade relativa. (Veja Seção 2.1.)

7.2 D E E SOB TENSÃO CONSTANTE


Um capacitor de placas planas e paralelas com espaço livre (vácuo), entre as placas e uma ten
cada constante V, como indica a Fig. 7-2, possui intensidade de campo elétrico constante E. Desp
espraiamento:
O
E a D = co E = = ps =
d " cl

Entretanto, quando um dielétrico de permissividade relativa er preencher o espaço entre as placas:

coE + P ( 0 E + cox,,E

eas equaçGes são :


V
(como no espaço livre)
E = —da"
D = coEr E

NÚANÇE orno Dn = ps = Q/A, a carga e a densidade de cargas aumentará° pelo fator er, relativamente e s
res para espaço livre. Esse aumento de carga é suprido pela fonte de tensão V.

V=7.-
96 E LETROMAGNETISMO

7.3 D e E SOB CONDIÇÕES DE CARGA FIXA

O capacitor de placas paralelas e planas da Fig. 7.3 possui cargas +Q na placa superior e —Q
inferior. Essa carga pode ter surgido devido à conexão de uma fonte de tensão V, subsequentemen
vida. Com espaço livre entre as placas e desprezando espraiamento:

Q
D, = ps

D ps
E = - — a,
Lo C o

Nesta disposição não existe maneira para a carga au-


mentar ou diminuir, uma vez que não existe nenhuma liga-
ção condutora para as placas.-Entretanto, quando o espaço
entre as placas é preenchido com um material dielétrico,
asequaçôes são como seguem:

(como no espaço livre)

Com Q e ps constantes, D deve apresentar o mesmo valor que sob condição de espaço livre, enquant
módulo de E decresce pelo fator lier• O decréscimo em eo E é ocasionado pela polarização P na
D = eoE + P. Generalizando, a força coulombiana entre as cargas num dilélétrico homogêneo de p,
vidade relativa er é reduzida a 1 ier do seu valor de espaço livre:

F Q1Q2 a Q 1 Q 2
—47tcd2 — c, (47cco d2 a,

7.4 CONDIÇÕES DE CONTORNO PARA INTERFACE ENTRE DOIS DIEL5TIR


• Substituindo, nas Figs. 6-11 e 6-12, o condutor por um material dielétrico, e usando os 1T
argumentos apresentados na Seção 6.10, pode-se chegar às seguintes condiçaes de contorno:
(I) A componente tangencial de E é contínua através da interface entre dois dielétricos. Si

N U A N C E c2Lmente:
Eti = Et2 e Dri D t 2
_
Cr 1 • 1 - 2

(1) A componente normal de D possui uma descontinuidade de módulo ps através da int


entre dois dielém'ccs. Escolhendo o versor normal dirigido para dentro do dielétrico
condição pode ser escrita:

D . — D . = —Ps e Ps

r j E n i — 6r2 E , 2 — —Co
MATERIAIS DIELÉTRICOS E CAPACITANCIA

EXEMPLO 1. Dado que El = 2a, — 3ay + 5a, (Vim) para a interface


dielétrica sem cargas livres da Fig. 74, encôntre Dz e os ângulos 01 e 02.
A interface é um piano: constante. As componentes x e y sãO
tangenciais e as componentes z são normais. Usando a continuidade da
componente de E e da componente normal de D:

E, — 2 a , — 3ay + 5 a z
2= 2 a x — 3 a y + Ez2 az
Dl € o cri El = 4c0 a, —6E0 ay + 10(0 a,
Dx2itx + /302 ay + 10(.0 az
Fig. 7-4

As componentes desconhecidas são obtidas pela relacao D2 = ecier2 E2 •

Dx2 a, D 0 2 a, + 10Éo a = 2É0 L„ a, —3€.0 ç2 a, + Loer2 E2 a,

a partir das quais:

D z, = 2c0 = 10(2 Dy2 — 3 ( ) (-r2 = — 1 5 ( 0

Os ângulos feitos com o plano da interface sãO facilmente encontrados a partir de:

E, • a, = 1E, cos (90' — 01) E 2 • a , = 1 E 2 1 COS ( 9 0 ' — 6 2 )

5= 2 = -vii:7Sen02
01 --- 54,2' 02 = 29,0'

Uma relacffo útil pode ser obtida de:

Erl
tg O, = , - DzilLo Cri
+ gi , / E;-1 + E..1

E.,.,2 D :21 E-0 (-1-2


tg0 2 = =
Ex22 + Ey22 N / E x 2 2 + Ey22

Em vista da relação de continuidade, a divisão destas duas últimas equações fornece:


N ANCE tg B I 6 , 2
tg 02 — £ri

7.5 CAPACITÂNCIA
Dois corpos condutores quaisquer, separados pelo espaço livre ou por um material dielétrico,
tam uma capacitáncia entre eles. Aplicada uma diferença de potencial surge uma carga +Q em um c
e—Q no outro. A razão entre os módulos da carga e da diferença de potencial é definida com a cap2
do sistema:
98 E L E T R O M A N G E T I S M O

onde 1 farad (F) = 1 C/V.


A capacitância depende apenas da geometria do
sistema e das características do(s) dielétrico(s) envolvi-
do(s). Na Fig. 7-5, as cargas +Q colocada no condutor
1 e —Q no condutor 2 criam linhas de campo indi- - ‘1/
cadas; ou seja, geram os campos D e E. Dobrar as car-
s resulta dobrar D e E e, portanto, dobrar a diferen- +++ +,+
ça de potencial. Logo, a relacâo QIV. se mantém r t
inalterada. 2
- -
N

Fig. 7-5

EXEMPLO 2. Calcule a capacitância das placas paralelas da Fig.7-6. Despreze espraiamento. Com -1-(
ca superior e —Q na inferior:
O
P' A D , = ps = —
AQ

Como o campo D é uniforme entre as placas:


O
D E - - Q (—az)
A - ( 0 c, A

A tensEo da placa em z -= d em relago à placa inferior é:


Qd
V = —1 ( a z ) • dz a., —
.'o c , A L O£r A

portanto: Fig. 7-6


Q £ A
= —= d '

Como se pode notar, o resultado independe do formato das placas.

7.6 CAPACITORES COM DIELÉTRICOS MÚLTIPLOS


Quando dois dielétricos esto presentes com a interface paralela a D e E, como na Fig. 7-7 (a',
citância pode ser encontrada tratando a configuraçffo como dois capacitores em paralelo:
fft~ o

NUANCE Ceq = Cl + C2

(a) (b)
Fig. 7-7
M AT E R I A I S D I E L É T R I C O S E C A PA C I T Â N C I A

Quando a interface dielétrica for normal a D e E, como na Fig. 7-7 (b), a capacitância pode ser
Irada tratando a configuraçâo como dois capacitores em série:

I I I
= — + —
Ceci C l C 2

[veja o Problema 7.8 (b)]. O resultado pode ser estendido para qualquer número de dielétricos empi
O inverso de capaeltáncia equivalente é a soma dos inversos das capacitâncias individuais.

7.7 O ARMAZENAMENTO DE ENERGIA NUM CAPACITOR


A soluço do Problema 5.15 indica a energia armazenada num capacitor:
1
WE = • D • E dv

onde a integraçâo deve efetuar-se sobre o espaço entre os condutores, desprezando espraiamento. Se
paço for ocupado por um dielétrico, com pennissividade,relativa er, entâo :
D = €0 E + E = L , . E
e, portanto :
1 1
WE = ( C o E2 + P • E) dr = 26 0 ç E 2 dv

As duas últimas expressões mostram como a presença de um dielétrico resulta num aumento da
armazenada sobre o valor de espaço livre (P = o, er = 1), tanto através do termo P • E comc
do fator er > 1.
Em termos da capacitância:

w,

e aqui o efeito do dielétrico está colocado em C, que é diretamente proporcional a el..

PROBLEMAS RESOLVIDOS

7.1 Encontre a polarizaçâo P num material dielétrico com er = 2,8 se D = 3,0 x 10-7a C/m2.

N N c ESoluçãb. Supondo o material isotrópico e homogêneo:


P = Xe60 E

Como D = eoer E e xe = — 1:

(c'—
c, 1 ) D = 1,93 x 10-7a C/m2

7.2 Determine o valor de E num material que tem suscetibilidade elétrica 3,5 e P = 2,3 x 10-72
Soluçá-o. Supondo que P e E estai na mesma direçâo:
100 E L E T R O M A G N E T I S M O

7.3 D u a s cargas pontuais, localizadas em um meio dielétrico onde er = 5,2, interagem com um f
8,6 x 10-3 N. Se as cargas estivessem no espaço livre, qual força se poderia esperar?
Soluçffo. A lei de Coulomb: E = Q1Q2/(411e0 erd2) mostra que a força é inversamente propo
a e • No espaço livre a força terá seu máximo valor.

F= x 10-3) = 4,47 x 10-2 N

7.4 A regiffo 1, definida por x < O, é espaço livre, enquanto que


regia.° 2, x O , é um material dielétrico para o qual er = 2,4.
Veja a Fig. 74. Dado:

Di = 3ax — 4ay + 6 ; C / m 2

pede-se E2 e os ângulos 01 e 0,,


Solução. As componentes segundo x sffo normais à interface ;Dn e
E t sãO contínuos.

D, — 3ax — 4 a , + 6 a , E , = —3 ax ——4 a, + —6 a.
e0 e 0 ( 0 • Fig. 7-8

D 2 = 3 a x + D y 2 Ely + D z 2 a , E 2 = E x 2 a x — —4 a , + —6 a ,
c, c o

Logo, D2 = eo Er2 E2 fornece:

3az + D,,,ay + Dz2 az = ( 0 er2 E 2 a x — 4er211), + 1 5 ( , 2 k ,

donde:

3 1,25
E 2 = Dy, = 4 L r 2 = —9,6 D „ = = 14,4
e0 er2

Para obter os ângulos:


131 • ax = ID, I cos(90" — 01)
3=
01 = 22,6'

l i b i l l Usando
o raciocínio análogo, 02 = 9,83°

N U A N e 7 . 5 - LNregiffo x >deOespaço
a reglãO é um dielétrico
livre x < para o qual er2 =do3,6.
O a intensidade Encontre
campo elétricoo éângulo
El = 02,
3axque
+ oSacampo no d
- - 3az1
co faz com o plano x = O.
Soluçcio. O ângulo feito por El é encontrado a partir de:

E, a x = lEilcos (90' — O, )
3 = ,,/43sen01
O, = 27,2'

Logo, pela fórmula desenvolvida na SeçãO 7.4, Exemplo 1:


MATERIAIS DIELÉTRICOS E CAPACITANCIA

7.6 U m a interface espaço livre—clielétrico tem a equação 3x + 2y + z = 12 m. O lado em que e


origem tem eri = 3,0 e E, = 2ax + 5az Vim. Pede-se E2.
Soluçã-o. A Fig. 7-9 indica a interface por suas intersecções com os eixos. O versor normal no Ia(
espaço livre é:
3ax + 2ay + a
a„ —

A projeçãO de El sobre an é a componente normal de E na


interface.
11
E, • a„ =
14

Logo:

E„, = a = 2,36a, + 1,57a> + 0,79k Fig. 7-9


,/14
E„ = — —0,36 ax—1,57 a1 + 4,21a, = E,,
D., = e crtE„, = (0(7,08 a + 4,71a, + 2,37 a„) = D„,
E,2 = D n 2 = 7,08 ax + 4,71 a), + 2,37 a,
Lo

e, por fim:

E, = E„, + Et, = 6,72 ax + 3,14 a), + 6,58 a, V i m

7.7 A Fig. 7-10 mostra uma chapa dielétrica plana com espaço
livre em ambos os lados. Supondo um campo E2 constante
dentro da chapa, mostre que E3 E l .
Soluçã-o. Impondo a continuidade de Et através das duas / E
interfaces:

Et3 = Er,

Pela continuidade de Dn através das duas interfaces (nenhu-


ma carga superficial): Fig. 7-10

DN3 = /)1 e , portanto, E . , = Eni

c, Conseqüentemente, E3 = E •

N U A N r7.; Fa) Mostre que o capacitor da Fig. 7.7 tem capacitância

ccq = co criA 1 + COCr2 A2 = 1 + c 2

(b) Mostre que o capacitor da Fig. 7-7 (b) tem capacitancia inversa:
1 1 1 1 1
= — + - -
Ccq c o cr Ald c o cr2 AI d2 C , C 2
Soluçã-o. (a) Como a diferenca de potencial V é comum aos dois dielétricos:
102 E L É T R O M A G N E T I S M O

onde an é o versor normal à placa superior e dirigido para baixo. Como Dn = ps, as densic
cargas nas duas se9Ces da placa superior sffo:
V V
= —do 9•1 P s 2 = £ 0 £r2

a carga total é:

d
Q= ps,A, + p2A2= v(Lo(-riAl d
+Eocr2A2)

Portanto, a capacitãncia do sistema, Ceci = W V, tem a forma proposta.

(b) Seja + Q a carga na placa superior. Então:

D = —Qa
A "

em qualquer lugar entre as placas, de modo que:


Q Q
E, — a „ E 2 = a „
coc,.1,4 o cr2 A

As diferenças de potencial através dos dois dielétricos sãO, portanto:

= = Qd,
V2 = E 2 d 2 = Q d 2
£0 £ r I A £0 £ r 2 A

e
V— + V, = Qikéoç,Ald,
1 I )

A partir do qual verifica-se que 1/Ceci = V I Q tem a forma proposta.

7.9 C a l c u l e a capacitância de um capacitor coaxial de comprimento L, onde o condutor interno tc


e o externo tem raio b. Veja a Fig. 7-11.
Solwdo. Desprezando espraiamento. a lei de Gauss implica que D a l i r entre os condutore
Problema 6.24). Em r a , D = ps., onde ps é a densidade de cargas (suposta positiva) no c
interno. De modo que:
a p s a
D = p, a E = -
crr

e a diferençai de potencial entre os condutores é:


psCl p a b
= —
b L o ç a ) •£ dr a, r I n a

N u A N C E A carga total sobre o condutor interno é Q = ps(27raL) e, portanto:


Q 21tE0ÇL Fig. 7-1
C
In (bla)

7.10 N o capacitor, mostrado na Fig. 7-12, a região entre as placas é ocupada por um dielétrico
Er = 4,5. Calcule a capacitãncia.
Solup-o. Desprezando espraiamento, o campo D entre as placas terá por forma, em coo
cilíndricas, D = D a o n d_e D depende somente de r. Assim, se a tensão da placa 0 = a. (
g o à da placa = O, for o
MATERIAIS DIELÉTRICOS E CAPACITANCIA

Então, Do = --eo V o ra e a densidade de cargas contida na placa (/) = a é:

ps = — Do = £° V °

A carga total dessa placa é. então, dada por;

hr'.2 V
Q = p s dS = 1 L O —O ur az
o - ri

(° ' V°hI nr ,
a r i

E, então:

Q E0L,.h r ,
C = — - - In
r,

Substituindo o s dados numéricos ( a


convertido para radianos), obtém-se
C = 7,76 pF.

7.11 Retomando o Problema 7.10, calcule a X


separação d que conduz à mesma capa-
citância quando as placas são coloca- Fig. 7-12
das numa posição paralela. com o mes-
mo dielétrico entre elas.
Solução. Com as placas paralelas:

c, É, A
C=

de modo que:

coE, A =É o E, h(r2 - ri) c x ( r 2 - ri )


d=
C ( £ . 0 c,.h/a)[In (r2/r1)1 I n (r2/r, )

Cumpre enfatizar que o numerador à direita é a diferença entre os comprimentos dos arcos de
bordas do capacitor, enquanto que o denominador é o logaritmo da razão destes compriment

N u A N c e o . Para os dados do Problema 7.10, ari = 0,087 mm, ar2 = 2,62 mm, e d = 0,74 um.

7.12 Calcule a capacitância de uma casca esférica isolada de raio a.


Solução. Supondo a referência zero no infinito, tal condutor terá um potencial (veja o Problema
de:

v— Q
47teoa
de modo que:
104 E LETROMAGNETISMO

7.13 Calcule a capacitância de duas cascas


esféricas de raios a, separadas pela
distância d > > a.
Solução. Como aproximação, usemos
o resultado do Problema 7.12, relati-
vo à capacità•ncia de uma casca esfé-
rica isolada 47re0a. A partir d a
Fig. 7-13, os dois capacitores idên-
I
ticos parecem estar em série. c,
I 1 I
Fig. 7-13
C = C l + C2

C1C2
—27c60,a
= C l + C2

7.14 Calcule a capacitància de um capacitor de placas paralelas contendo dois dielétricos, Cri
r2 = 3,5, cada qual ocupando metade do volume entre as placas, como indica a Fig. 7.
A = 2m2 e d = 10-3 m

Soluçffo.
éo (8,854 x 1 0 - 12)(1,5)1
=
10- —13,3 n F

De modo similar, C2 = 31,0 nE. E, então:


Fig. 7-14
C = C1 + C2 = 44,3 n F

7.15 Repita o Problema 7.14 com os dois dielétricos ocupando cada um a metade do volume ent
cas, mas com interface paralela às placas.
Soluçá-o.
co c, A t o t, 4( 8 , 8 5 4 x 10-12)(1,5)2
Cl = 2 1 0 - / 23 = 53,1 n F

De modo análogo, C2 = 124 nE. E, assim:

C1C2
C- = — 37,2 n F
+ C2
(F,)

7.16 A Fig. 7-15 mostra um capacitor de estrutura cilíndrica,


N U A N C . J o n d e cada dielétrico ocupa a metade do volume. Calcule
capacitância.
Soluçá-o. D e E são paralelos à interface, de modo que
a configuração pode ser tratada como dois capacitores
em paralelo. Uma vez que cada capacitor contém metade
da carga de todo o cilindro, o resultado do Problema
7.9 dá:
neo criL Tcco r2 L 27rc0 c, média L
C = C 1 + C2 =
In (bla) I n (bla) I n (bla)
M AT E R I A I S D I E L É T R I C O S E C A PA C I T Â N C I A

7.17 Calcule a tenso aplicada em cada dielétrico do capacitor mostrada na Fig. 7-16, quando a tenso
cada é 200 V.
Solução.
3r
£.05(1)
5 C 1 1 =00060 1r
10-3
C2 = 1000(,0/3

C C
e: C = 1 2= 312,5 co = 2,77 x i 0 ° F Fig. 7-16
ci + C2

O campo D interno ao capacitor pode ser calculado a partir de:


Q C V ( 2 , 7 7 x 10-9)(200)
= = = = = 5,54x 1 0 - 7 C/m2
D, p , A A

E, assim:

El = = 1,25 x 104 Vim E 2 = — = 6,25 x 104 Vim


(ri £ 0

a partir do qual:
= 12,5 V V . , E 2 d2 = 187,5 V

7.18 Calcule a queda de tensão em cada dielétrico da Fig. 7-17, onde


Cri = 2,0 er 2 5 , 0 . O condutor interno está em r i = 2,0
cm e o externo em r2 = 2,5 cm, com a interface dielétrica a
meio caminho entre ambos.
Solução. A divisão de tensão é a mesma que seria para o caso de
cilindros circulares retos completos. O segmento indicado, com
ângulo a, apresenta capacitância a/27r vezes maior que a de um
capacitor coaxial completo. Usando, então, os resultados d o
Problema 7.9:
\ 27u0L,,L
C, = - x 10- ( F )
2rt, (in2 , 2 5
2,0
Fig. 7-17
C, = L(4,2
c ( 1-0 '1") ( F )

Como Q V = C2 V2 e VI + V2 = s e g u e - s e que:
C, 4 2
— ( 1 0 0 ) = 74 V
C, + C, 1 , 5 + 4,2

NUANCE , i 2 = c, v= 1,5 C, + C 2 1 , 5 + 4,2 (100) = 26 V

7.19 Conecta-se um capacitor de placas paralelas. com espaço livre entre as placas, a um gerador de t
constante. Calcule as variações sofridas por It'E, D, E, C, Q, V e ps, com er = 2,0.
Solução.
Relação E x p l i c a ç ã o
—V, o gerador V pennanece conectado
E, = E, p o i s E = V l d
= 2147, 1 4 ' — c0(rE2
C, = 2C, C = co
106 ELETROMAGNETISMO

Em questdes deste gênero é sempre melhor identificar primeiro as grandezas que permanec
tantes.

7.20 Carrega-se um capacitor de placas planas e paralelas espaço—livre conectando-o momentane


uma fonte de tensão V , que é entffo removida. Determine como variam WE, D, E, C, Q
quando as placas são afastadas para uma distância de d2 2 d , sem variação de carga.
Soluçáb.
Relação E x p l i c a ç ã o
Q2 = Qi c a r g a total inalterada
Ps2 P s 1 P x = QI A
D, D , D „ ps
E2 = E , E = DI(o
W2,--- 211', W = c o E 2 dv, e o volume é dobrado
C2 C = E, A l d

1/2 = 21 Q I C

7.21 U m capacitor de placas paralelas com uma separação d = 1,0 cm tem 29 000 V aplicados 1
espaço livre é o único dielétrico. Adote para o ar uma rigidez dielétrica de 30 000 M
que o ar se rompe quando uma fina camada de vidro (er = 6,5) com rigidez dielétrica de
Vim e espessura d2 0 , 2 0 cm é inserida como indicado na Fig. 7-18.
Soluça-o. O problema se toma aquele de dois capacit ores em série:

coA
C , = 8 x 10-
= 3 125c0 A Ar. co

C2 = X 1 0 - 3 = 3250c0 A Vidro,

Fig. 7-18
Logo, como no Problema 7.18:
3250
=
125 + 3250 ( 2 9 " ) — 27 926 V

tal que :
27 933
E, = = 34 907 Wein
0,80 cm

o qual excede a rigidez dielétrica do ar.

7.22 Calcule a capacitância por unidade de comprimento entre um condutor cilíndrico, com raio
1 1 ~ (1,) cm, e um plano terra paralelo ao eixo do condutor a uma distância h = 6,0 m dele.

NUANC Soluçãb. Uma técnica útil em problemas deste tipo é o método das imagens.
Tome a imagem especular do condutor em relação
E . plano terra, supondo que esta imagem contenha o
negativo da carga distribuída sobre o condutor efetivo.
Em seguida, suponha que o plano terra seja removido.
É claro q u e o campo elétrico dos dois condutores
obedece às condiçdes de contorno corretas para o con-
dutor real e, por simetria, existe uma superfície eqüi- 1 1 1
potencial onde estava o plano terra ( S e g o 5.2). Por- / 1
tanto, este campo é o campo na região entre o condu- \ /
tor real e o plano terra. \, /
< //
/—
MATERIAIS DIELÉTRICOS E CAPACITÁNCIA

potencial para o raio a devido a + Pe =( + Plina


k2Itc,

potencial no ponto P devido a p , =( —2nco


l i n (2h— a)

o potencial devido a — p, nã-o é constante sobre r = a, a superfície do condutor real. Mas é In


próximo se a « h. Para esta aproximago, o potencial total do condutor real é:
Pe P e P t p é 2 h
= P 2 7éi e c ,In
2ne, +I n 2
a (2h ra )c •--..,-e oI n 2a7+t eIo n 2h = —27teoIn 7-1

De modo análogo, o potencial do condutor imagem é —170. Sendo assim, a diferença de pote
entre os condutores é 2 Va, de tal modo que a diferença de potencial entre o condutor real e o r
de terra é ( 2 Va) = Va. A capacitância desejada por unidade de comprimento é, então:

C =Q I L= p é= 2 7 u °

L 1 1 „ 1 1 , I n (2h1a)

Para os valores dados de a e h, CIL = 9,0 pF/m.


A expresso acima para CIL n o é exata, embora permita uma boa aproximaçãO para a h (o
prático). Uma soluço exata daria:

2nco

(-1-9exata= hl (h + a
— )

Observe que CIL para o sistema fonte-imagem (mais genericamente, para qualquer par de
dutores, cilíndricos paralelos com separago centro a centro de 2h) é metade do valor acima cá
do (cargas idênticas, tenso dobrada). Isto é, com cl 2 h :
C n c o 7 c £ 0

L = In
( d . , / ãI2a n
2 —4a2 (dla)

PROBLEMAS PROPOSTOS
-7
23 Calcule o módulo de D num material dielétrico com xe = 1,6 e P = 3,05 x
N L J A N r Resposta. 4,96 x 10-7 C/m2 1 0 C/m2.

7.24 Calcule os módulos de D, P e er para um material dielétrico no quqIE = 0,15 MV/m, com Xe =
Resposta. 6,97 11C/m2 ; 5,64 gC/m2 ; 5,25

7.25 Num material dielétrico com e,. = 3,6,D = 285 nC/m2 Calcule os módulos de E, P e Xe.
Resposta. 8,94 kVim; 206 nC/m2 ; 2,6

7.26 Dado E --- —3ax + 4ay — 2a, Vim na regiEo z < O, onde er = 2,0, encontre E na região z
108 E L E T R O M A G N E T I S M O

7.27 Dado que D = 2ax — 4a + 1,5az C/m2 para a região x > O, correspondente ao espa
encontre P na região x < OY, que é um dielétricÁ) com e, = 5,0.
Resposta. 1,6ax — 16ay + 6az C/m2

7.28 A região 1, z < O m, é espaço livre onde D = 5a,, + 7a, C/m2. A região 2,0 < z l n
er2 = 2,5 e a região 3, z > l m , tem er3 = 3,0. Calcule E2 P2 e 03.
Resposta. -2_
e0 (5ay + a » (Vim); 7,5ay — 4,2az C/m2 ; 25,02°

7.29 A interface plana entre dois dielétricos é dada por 3x + z 5 . No lado que engloba a
Di = (4,5ax + 3,2a2) x 10-7 C/m2 e eri = 4,3, enquanto que, no outro lado, e,.2 = 1
contre El, E2, D2 e 02.
Resposta. 1,45 x 104 V/m; 3,37 x 104 Vim; 5,37 x 10-7 C/m2 ; 83,06°

7.30 Uma interface dielétrica é dada por 4y + 3z = 12 m. O lado que engloba a origem é espa
onde Dl a x + 3ay + 2az pC/m2. No outro lado, er2 = 3,6. Encontre D2 e 02.
Resposta. 5,14 pC/m2 ; 44,4°

7.31 Calcule a capacitância de um capacitor de placas paralelas com um dielétrico de er = 3,(


0,92 m2 , com separação de 4,5 min.
Resposta. 5.43 riF

7.32 Um capacitor de placas planas paralelas de 8,0 nF tem uma área de 1,51 m2 e separação de
Que separação será necessária para obter a mesma capacitância com espaço livre entre as
Resposta. 1,67 mm

7.33 Encontre a capacitância entre as superfícies curvas con-


dutoras interna e externa indicadas na Fig. 7-20. Despreze
o espraiamento.
Resposta. 6,86 pF
30'
7.34 Calcule a capacitância por unidade de comprimento entre
um condutor cilíndrico de 2,75 polegadas de diâmetro
e um plano condutor, paralelo ao eixo desse cilindro e
,
distante 28 pés do mesmo. •— - 4 . - -
yri'Vo
Resposta. 8,99 pF/m (observe as unidades usadas) , 1-1-xl•\

7.35 Dobre o diâmetro d o condutor no Problema 7.34 e Fig. 7-20


encontre a capacitância por unidade de comprimento.
N UANCL Resposta. 10,1 pF/m

7.36 Calcule a capacitância por unidade de comprimento entre dois condutores cilíndricos paralelc
de raios 1,5 cm e com uma separação centro a centro de 85 cm.
Resposta. 6,92 pF/m

737 Um capacitor de placas paralelas, com área 0,30 m2 e separação 5,5 mm, contém três dielétri(
interfaces normais De E, como segue: er2 = 3,0, di = 1,0 mm;er2 = 4,0, d2 = 2,0 mm; er3
d3 = 2,5 mm. Encontre a capacitância.
Resposta. 2,12 nF
MATERIAIS DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

7.39 Encontre a capacitáncia por unidade de comprimento de um condutor coaxial com raio interr
0,5 mm e raio externo 4 mm, se o dielétrico tem er = 5,20.
Resposta. 139 pFtm

7.40 Encontre a capacitância por unidade de comprimento de um cabo com um condutor interno c1
0,75 cm e uma capa cilíndrica de raio 2,25 se o dielétrico tem Er = 2,70.
Resposta. 1 3 7 pF/m

e, = 5,5
7.41 A Fig. 7-21 mostra um cabo cowdal cujo condutor interno
possui raio de 0,5 mm e o condutor externo raio de 5 mm. mm
Calcule a capacitáncia por unidade de comprimento com 50 m m - - - - > J
espaçadores como indicado.
Resposta. 45,9 pF/m Fig. 7-21

7.42 Um capacitor de placas planas paralelas com espaço livre entre as placas é carregado por uma cor
momentânea de uma fonte de 200V. Depois de removida a fonte, insere-se um dielétrico com e, =
ocupando o espaço entre as placas. Compare os valores de WE, D, E, ps, Q, V e C, após a inserç
dielétrico, com os valores anteriores.
Resposta parcial. V 2 = 4- V I

7.43 Um capacitor de placas paralelas tem seu dielétrico modificado de cri = 2,0 para E,.2 = 6,0. N
que a energia acumulada n o sofre qualquer alteração: W2 = Wi. Examine as variações, se houv
V, C, D, Q e p s.
Resposta parcial. p S2 = 3 P „

7.44 Um capacitor de placas paralelas com espaço livre entre elas é mantido em conexão a uma foi
tensão constante, enquanto suas placas são apro)dmadns da separação d a 4- d. Examine as ver
em Q, p , C, D, E e WL
Resposta parcial. D 2 = 2D

7.45 Um capacitor de placas paralelas com espaço livre entre elas é mantido em conexão com uma fa
tensão constante; enquanto as placas são afastadas, a separação passa de d a 2d. Pede-se expre:
variações sofridas por D, E, Q, ps. C e We.
Resposta parcial. D 2 = D l

7.46 Um capacitor de placas paralelas tem como dielétrico o espaço livre e separação d. Sem pertu
carga Q, as placas são aproximadas para d/2, preenchendo-se o espaço entre ambas com um die
de er = 3,0. Expresse as variações em D, E, V, C e WE.
A N I l L , s p o s t a parcial. V 2 = -16- VI
7.47 Um capacitor de placas paralelas tem espaço livre entre as placas. Compare o gradiente de ten
espaço livre com aquele no espaço livre quando uma placa de mica e, = 5,4 preenche 20%
táncia entre as placas. Suponha que em ambos os casos a tenso aplicada entre as placas seja a n
Resposta. 0,84

7.48 Um cabo de potência blindado opera numa tensão de 12,5 kV no condutor interno em rei
capa cilíndrica. Existem duas isolaçôes: a primeira tem Er!. = 6,0, e é do condutor inter
r = 0,8 cm a r 1 . 0 cm, enquanto que o segundo tem er2 = 3,0 e vai de r 1 , 0 cm a r =
110 E L E T R O M A G N E T I S M O

7.49 Um certo cabo de potência blindado tem isolago de polietfieno para o qual er = 3,26 1
dielétrica de 18,1 MV/m. Qual é o limite superior de tensão sobre o condutor interno em
blindagem quando o condutor interno possui raio de 1 cm e o lado interno de blindagem mi
apresenta raio de r = 8,0 cm.
Resposta. 0,376 MV

7.50 Para o capacitor cowdal da Fig. 7-15, a = 3 cm, b = 12 cm, cri = 2,50, e,.2 = 4,0. Cal
E2 , D 1 e /52 se a diferença, de tensão é 50 V.
Resposta parcial. E2 = ±(36,1/r)ar (V/m)

7.51 Na Fig. 7-22, o condutor central, r i = 1 mm, está a 100 V, r•


com relação ao condutor externo, com T3 = 100 min. A região
1 < r < 50 mm é espaço livre, enquanto que em 50 < r < 1 0 0 mm
há um dielétrico com er = 2.0. Pede-se calcular a tensão aplicada em
cada região.
Resposta. 91,8 V; 8,2 V

7.52 Calcule a energia acumulada por unidade de comprimento nas duas


regiees do Problema 7.51.
Fig. 7-22
Resposta. ,59,9 num; 5,30 nJim

11®
NUANCE
EqUAÇÃO LAPLACE

8.1 INTRODUÇÃO
No Cap. 2 foi determinada a intensidade do campo elétrico E através de somatório ou integ
de cargas pontuais, distribuição linear de cargas e outras formas de configurações de cargas. No C;
a lei de Gauss foi utilizada para obter-se D, a partir do qual chegava-se a E. Embora estas duas forni
abordagem sejam valiosas para uma boa compreensão da teoria do campo eletromagnético, ambas te
à impraticabilidade devido a que as distribuições de cargas usualmente não são conhecidas. O m
do Cap. 5, de obter E pelo negativo do gradiente de V, requer que seja conhecida a função potencial a
da região. F,nção esta geralmente não conhecida. Ao invés disso, é ,costume especificar as forma
materiais condutores como planos, superfícies curvas ou linhas, e sabe-se a tensão sobre uma, com re
a alguma referência, quase sempre um dos outros condutores envolvidos. A equação de Laplace fc
um método pelo qual a função potencial V pode ser obtida sujeitando-a a condições de contorno da
dutores.

8.2 A S EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE


Na Seção 4.3 foi desenvolvida uma das equações de Maxwell, V • D = p. Substituindo eE
--VV = E:

V • e(--VV) = p
TR)
Se através da região de interesse o meio é homogêneo, pode-se retirar e das derivações parciais envc
N U A N eivergência, obtendo-se:

ou v2v = P

que é a equaçáb de Poisson


Quando a região de interesse 'contiver uma distribuição conhecida de cargas p, pode-se emp
equação de Poisson para obter a função potencial. Quase sempre a regiãO é sem cargas livres (bem
será de permissividade uniforme). A equaçffo de Poisson tomam-se, entáb:
112 E L E T R O M A N G E T I S M O

." FORMAS EXPLÍCITAS DA E • UAÇA0 DE LAPLACE

Como o lado esquerdo da equação de Laplace é a divergência do gradiente de V, podemos u


duas operações para obter a forma da equaçffo num sistema de coordenadas particular.
Coordenadas Cartesianas.

„ , 017 O V 3 1 /
vy = — a + — a + — a .
ax a y Y a Z -

e para um campo vetorial genérico A:


0,4 a A , 0 / 1
V•A + z
ax a y a z

De modo que a equago de Laplace será:

02 V 8 2 V a 2 V
V2 = + + = O
aX 2 a y 2 a Z 2

Coordenadas Cilíndricas.

èV a l / a l /
vv = a + a +—a
ar r a0 a z

e ali
V • A = -I —a (rA) + 1- , + OAz
r ar r 80 a z

tal que a equaczro de Laplace é:


1a O V 1 32V 2 1 1
V2 - r +
= r ar
( a r T 2 d02 az'
- - O

Coordenadas Esféricas.

11,„ V V - OV
ar
1
r
ai/ 1 a V
a0a o + rsen O a0 aq>

NUANCE V e A = —I- --a (1-2A +


r2 ar r
I a
s e
senO 30
n
r
I
O) +
oito
senO acl,

tal que a equacáb de Laplace e:

V2 = — — T 2 s e n 0 +
T12 ê
ar aa Vr ) r+ 2 1senOaao ( aO oV ) r 2 s 1e n 2 3O2 V o
34)2

8.4 TEOREMA DA UNICIDADE


A EQUAÇÃO DE LAPLACE

?ihecimento de apenas parte das condições de fronteira.


Como exemplo, seja o plano condutor z O indicado na
Fig. 8-1, com uma rensEo de 100 V. É claro que, tanto:

= 5z + 100

V2 = 100

satisfazem à equação de Laplace e à exigência de V = 100 V


para z O . A conclusão é que uma única superfície condu-
tora, com uma tensão especificada e nenhuma referência
dada, não forma uma caracterização completa das condi-
ções de contorno de uma região definida. Mesmo dois pla-
nos condutores finitos paralelos não formam uma frontei-
ra j á que não se pode determinar o espraiamento d o
campo nas proximidades dos lados (bordas). Outrossim,
introduzindo-se a suposição de desprezar o espraiamento,
poder-se-ão caracterizar por completo as condições de -
fronteira para dois planos condutores finitos e paralelos.
Outrossim, quando os planos paralelos são especificados e é também estabelecido que se despreze o eg
mento, então a região entre os planos tem fronteiras definidas.

8.5 TEOREMAS DO VALOR MÉDIO E DO VALOR MÁXIMO


A partir da equação de Laplace pode-se obter duas importantes propriedades da função pote
para regiões sem cargas:
(1) N o centro de uma esfera ou círculo, o potencial Vê igual à média dos valores assumidos so
círculo ou esfera. (Veja os Problemas 8.1 e 8.2.)
(2) O potencial V não pode ter máximo (ou mínimo) dentro da região. (Veja o Problema 8.3.)
Segue-se, a partir de (2), que qualquer máximo de V deverá ocorrer na fronteira da n
Sendo assim, como V obedece à equação de Laplace :
22v 22v 22v
ax2 2,,,2 2 , 2 = O
de modo que o mesmo ocorre com V/ax, a Vlby e a Vlaz. Então as componentes da intensidade do c
elétrico têm seus MáXiMOS valores sobre a fronteira.
o

N U A N 8.6 SOLUÇÃO CARTESIANA A UMA VARIÁVEL


Sejam os condutores paralelos da Fig. 8-2 onde V = O em z = O e V = 100 Vem z d . Sul
que a regiffo entre as placas não contenha cargas:

22v 02v 22v


v2v = , + + = o
-èy2 a z 2
Desprezando espraiamento, o potencial pode variar apenas com z.
De modo que:
114 E L E T R O M A G N E T I S M O

integrando:

V = Az + B

A condigo de contorne O em z = O imp5e que B = O. E V = 100 V em z = d impõe A =


Portanto:

V = 1.00(-az) ( V )

Pode-se calcular agora a intensidade do campo elétrico E a partir de

al/ ô 1 / 1 0 0
E = — VV — ( a- x- a„ + Y a +a Z az a= z ( 1 0 0d z )a, = a z (V/m)

6100
E, ainda: D az ( C / m 2 )

Nos condutores: p s = = + d(X) (C1m2)

onde o sinal positivo vale para z = d e o negativo para z = O.

8.7 SOLUÇÃO CARTESIANA A DUAS VARIÃVEIS


Quando, em coordenadas cartesianas, o potencial varia em mais de uma dirego. a eqw
Laplace irá conter mais de um termo. Suponhamos que V seja funçãkit de x e y, e tenha a forma (
V = X (x) Y(y). Isto permitirá a separacffo das variáveis.

8 2 ( x y ) 8 2 ( x - y )
ax2 + 2 =
a y

torna-se:
d2X d 2 Y 1 d2X 1 d2 Y
Y
dx2 + X dy2 = O O u d x 2 Y+ d y 2 = o
X

Uma vez que o primeiro termo independe de y e o segundo de x, cada um será igual a uma constante,
t a n , a constante para um deverá ser igual ao negativo da do outro. Seja a2 essa constante.
1 d2X 1 d2 Y
N U A N C E X dx2 = a2 Y dy2 = — a'
A soluço geral para X (para um dado a) é:

X = as + A 2 e a x

ou, de maneira equivalente:

X = A3 cosh ax + A4 senh ax
,
A E Q U A Ç Ã O DE L A P L A C E

ou, equivalentemente:

Y = B3 COS ay + B4sén ay

Ou seja, a funçá:o potencial nas variáveis x e y pode ser escrita:

= (Ale" + A2 e-")(Blei" + B2 e-i")

ou:
V = (A3 cosh ax + A, senb ax)(B3cos ay + B sen ay)
Como a equação de Laplace é uma equação linear, homogênea, a soma dos produtos da forr
ma c a d a produto associado a um valor diferente de a-também é uma solução. A solução mais gera
ser gerada desta maneira.
As soluções a três variáveis, V = X (x) Y (y)Z (z), pode ser obtida de forma similar, havendc
duas constantes de separação.

8.8 SOLUÇÃO A TRÊS VARIÁVEIS EM COORDENADAS CILÍNDRICAS


Supondo uma solução da equação de Laplace da forma V = R(r)(1)(0)Z(z), teremos:
(1)Z d d R \ R Z d2c1) , h d 2 Z n
r d r d r + r2d 4 + d z 2 —-
Dividindo por R(13.Z. e expandindo as derivadas em relação ar:
d2R 1 dR 1 d20:1) 1 d2Z
R dr2 + Rr dr + r2(1) d02 Z dz2 — ' 2

Os termos relativos a r e 0 não contêm z, enquanto que o termo em z não contém r nem O. Po(
igualados a uma constante —b2 , como acima. Logo:
d2Z
= b2
Z dz2
Esta equação foi encontrada na solução cartesiana a duas variáveis. A solução é:

= c o s h bz + C2 senhb:

Agora a equação em r e 4 pode ser separada como segue:


r2 d2R r dR1 d20 2
R dr — — 4 2 = a
N U A N C E R dr2 + h 2,2
A equação resultante em cp:
1d20 ,
o c102

tem solução = C3 COSact) + C4sena4

A equação em r:
116 E L E T R O M A G N E T I S M O

é uma forma da equaçffo diferencial de Bessel, cujas soluces envolvem séries de potências, é
funções de BesseL

R = Cs .1 a(br) + C 6AT a(br)


(-1r(br/2r1+2"1
onde: Ja(lir)=
i n ! p a + m + 1)

e No(br)=
sen

A série Ja(br) é denominada funça-o de Bessel de primeira espécie, ordem a; se a = n, inten


gama na série de potências poderá ser substituída por (ir + m)!. Ara(br) é uma fungo de Besse
espécie, ordem a; se a = n, inteiro, Nn(I,r) é definida como o limite do quociente acima, r
a—>n.
A funçãO No(br) comporta-se como ln r nas vizinhanças de r = O (veja a Fig. 8-3). S
não integrará a soluço (C6 = O), pois sabe-se que o potencial é finito em r = O.
Para ordem n inteiro e argumento x grande, as fung5es de Bessel comportam-se como
nuadas, da forma:

n(X) — COS X
( (— c—74C o— —
1 12s
7 C )an). a(br) . 1 a(br)7CX
N n(X) / — 2s e n

Observe a Fig. 8-3.

vo(v)

(a) Fig. 8-3


Cl))

8.9 SOLUÇÃO A DUAS VARIM/EIS EM COORDENADAS ESFÉRICAS


ImP ® E m coordenadas esféricas sKo de interesse os problemas nos quais V varia com r e 0,mas
Assim, supondo a solugo da forma V = R(r)0(0), a equago de Laplace torna-se:

N U A N C L r 2 d2R 2 r dl'Z+ ( 1 d20 1 d O


R dr2 --F• R d r V 3 $ d02 t g O dO)=
A constantes de separago é escolhida como n + 1), onde n é inteiro por razões que ficarEc
As duas equações separadas são:

2 d2R + 2r —dR
r dr
2 d —r n(n + 1)R = O
A E Q U A C A O DE L A P L A C E

A equação em r tem solução:

R = Cir" + C, r-("+1)

A equação emOpossui (como para a equação de Bessel) uma solução polinomial de grau n, na va
cos O, dada por:
, 1
n = 0,1,2,
P n ( ; ) = 2 " n!
d cW1(,2
" çi r

o polinômio pn() é denominado polinômio de Legendre de ordem ri. Há um segundo tipo, solução
pendente, Qn(), logaritmicamente infinita em ( i s t o é, O = O, ir).

PROBLEMAS RESOLVIDOS

8.1 C o m o mostrado na Fig. 8-4(a), o potencial vale VI em (1/n) do círculo e zero no resto do cí
Calcule o potencial no centro do círculo. Considere toda a região desprovida de cargas.

[.=

(a) (b)

Fig. 8-4

N LJA N C F Soluçá-o. Seja Vc o potencial no centro. A equação de Laplace permite superposição de so


Superpondo n problemas do tipo da Fig. 8-4(a), o resultado será a configuração da Fig.
Devido à simetria rotacional, cada subproblema na Fig. 8-4(b) fornecerá o mesmo potenc
no centro do círculo. O potencial total no centro será, assim, ni/c. Entretanto, a solução Un
a Fig. 8-4(b) é V = V I , para todos os pontos dentro do círctilo, em particular o central.
assim:

711/ = OU v =
118 E LETROMAGNETISMO

Considere inicialmente o caso especial apre-


sentado na Fig. 8-5, onde o potencial assume n valo-
res diferentes em n segmentos iguRis do círculo.
Uma superposição das soluçdes encontradas no Pro-
blema 8.1 fornece para o potencial no centro:

V = v+ V , + V _n V 1 2 +
V+ • •• + V„
n n

que é o teorema do valor médio neste caso especial.


Com AO = 27rin.
1
V, = ( V , AO + V, AO + • • • + V„ AO)

E, com n 0.0 : v= v =
1- Fig. 8-5
V= — V ( 0 ) d 0
27t• o

que é a expressão geral do teorema do valor médio aplicado a um círculo.


Para uma esfera basta usar a mesma linha de raciocínio. Só que, ao invés de usar ângulos planc
se ângulos sólidos.

8.3 Prove que o potencial não pode possuir um valor máximo dentro de uma região desprovida d
Soluçãb• Suponhamos que um máximo possa ser obtido num ponto interior P. Eritffo uma
esfera pode ser centrada em P, tal que o potencial Vc em P seja maior do que em qualquer p
esfera. Portanto, Vc será maior que o valor médio do potencial sobre a esfera. O que contrai
rema do valor médio.

8.4 Encontre a função potencial região entre os discos


circulares paralelos da Fig. 8-6. Despreze espraia-
mento.
Soluçãb. Como V não é função de r ou 0, a equação
de Laplace se reduz a:
(12V
=

e a solução é V = Az + B
Os discos circulares paralelos possuem função
Fig. 8-6
N U A N C Epoelotesnpciaralaiodêuntraicaescpoarlhaagduealegixuoser,paarfdeçapolanotsepnaciral-
linear pode ser Ay + B e Ax + B.

8.5 D o i s planos condutores paralelos no espaço livre estão em y = Oey = 0,02 m, e o potencial
rência zero está em y = 0,01 m. Se D = 253ay nC/m2 entre os condutores, calcule os p
condutores.
Solução. Usando o Problema 8.4, V = Ay + B.
E, então:
A EQUAÇÃO DE LAPLACE

de onde A = —2,86 x 104 Vim. Logo:

O = (-2,86 x 104)(0,01) + B o u B — 2,86 x 102 V

e V = —2,86 x 104y + 286 x 102 ( V )

Sendo assim, emy = O, V = 286 V e emy = 0,02 m, V = —286 V.

8.6 O s discos paralelos condutores na Fig. 8-7 estio separados por 5 rmn e contêm um dielétrico
qual er = 2,2. Calcule as densidades de cargas nos discos.
Solução.

Como V = A z + B :
AV 2 5 0 — 100
A= = — 3 x 10' Virn
Az 5 x 10-3

e:

E = —VV = —3 x 104a, Vim


D c o ErE = —5,84 x 10-7a. C/m2
V = 100 v
Como D é constante entre os discos, e Dn = ps na superfí- Fig. 8-7
cie do condutor:

ps= +5,84 x 10-7 C/m2

+ na placa superior e — na placa inferior.

8.7 C a l c u l e a fuiwio potencial e a intensidade de campo elétrico na regiffo entre dois cilindros conci
cos circulares retos, sendo que V = O em r = 1 mm e V = 150 V em r = 20 min.
Despreze espraiamento.
Soluçãb. O potencial é constante com e z. De maneira que
a equaçffo de Laplace se reduz a
1d d V
r —
dr

r Integrando
r uma vez: dr ) o
wimi o d V
r dr = A

N I J A N C F o v a m e n t e V = A l n r + B.
Usando as condiçdes de contorno:

O = A In 0,001 + B 1 5 0 = A In0,020 + B

que fornecem A = 50,1 e B = 345,9. De modo que:

—50,11n + 345,9 ( V ) Fig.


120 E LETROMAGNETISMO

8.8 E m coordenadas cilíndricas, dois planos 0 = const. estio


isolados ao longo do eixo z, como mostra a Fig. 8-9. Despreze
espraiamento e encontre a expresso para E entre os planos,
supondo um potencial de 100 V em 0 = a e referência zero
em 0 = O-
Soluçá-o. Este problema já foi resolvido no Problema 7.10;
aqui, a equaçãO de Laplace será usada para se obter o mesmo
resultado. f• = O
Uma vez que o potencial é constante com r e z, a equago
de Laplace é:
1d2 V
r d02

Integrando V = AO + B. Usando as condições de contorno:


o
O = A(0) + B 1 0 0 = + B //
çb =
1
donde: A = 00
B O F i g . 8-9

Portanto:
V = 100 -

e 100
E = - VV.= - 1r (14)
—d (100
a -0 4 '= r - a- - a ( V / m )

8.9 E m coordenadas esféricas, V = O em r = 0,10 m e V = 100 Vem r = 2,0 m. Supondo esix


entre essas cascas esféricas concêntricas, encontre D e E.
SoluOro. Como V nio é fungo de 0 e O, a equaçãO de Laplace se reduz a:
1d d l '
r2drl - d r =

Integrando, temos:

, dV _ 4
e i N r dr - '

l i b e l l o e uma segunda integraçãO fornece: A

N uANcr Das condiv5es de fronteira:


V + B

- A
O=0 ,10+ B 2 e , 1 00 0 0= + B

de modo que A = 10,53 V m e B = 105,3 V. Logo:


- 10,53
= + 105,3 ( V )

_ V71 0 d, 5 3 -
A EQUACAO DE LAPLACE

10 Em coordenadas esféricas, V = - 2 5 V em um condutor em r = 2 cm, e V = 150 V em ot


r 3 5 cm. O espaço entre os condutores é um dielétrico para o qual er = 3,12. Calcule as d(
dades superficiais de cargas nos condutores.
Soluçá-o. Do Problema 8.9:
, A
= — +B

Para determinar as constantes, basta usar as condições de contorno:


A — A
- 2 5 = 0,02 + B 150 = 0,35 + B
que fornecem:
= -3,71 + 160,61 ( V )

d I — 3,71
E - - VV = dr r+ 160,61)a, = -7.3;71 a, ( V i m )
- 0,103
D = Ec,E, E = r 2 a , (nC/m2)
Sobre a superfície de um condutor,Dn = ps.
-0,103
para r = 0,02 m: t o s =
(0 = ) 2 5 6 nC/m2
2

para r = 0,35 m: p s -
= +0,103 +0,837nC/m2

8.11 Resolva a equação de Laplace para a regiãO entre dois cones coaxiais, como mostrados na Fig.
EmOi o potencial vale V1 , e em 02 é zero. Os vértices dos cones sao isolados em r = O.
Solução. O potencial é constante com 0 e r. A equaçãO de Laplace se reduz a:

1 Odd e( S e l d
r2sen V = O
l i d —de

Integrando,V
senOGTO = A
e
= A In t g -O + B

1 A s constantes sffo encontradas a partir de: 2

rim' c)= A In t g 2 + B O = A in t g •2* ) + B

NUANCE 2 ) —, In t g2
in t g -e
Donde v= Fig. 8-10
2 - In2t g
In t g (-91

8.12 No Problema 8.11, seja O1 = 100, 02 = 30° e VI = 100 V. Calcule o potencial para O = 20'
que ángulo O a tensáb é 50 V?
Soluçdo. Substituindo esses valores na expresso geral do potencial temos:

I
122 E LETROMAGNETISMO

Entffo, paraO = 200 ,


V = -89,34 In k
0,268 Itg103') 7 , 4 0 V

Para V = 50 V, 50 - 89,341n ( tg e/2\


0,268

cuja solugo é O = 17,41°.


01 = 10'

8.13 Calcule a distribuigo de cargas no plano condutor em


82 = 90'). Veja Fig. 8-11.
Soluçá-o. Para obter o potencial, basta substituir
82 = 900, e Vi = 100 V na expresso do Problema
8.11. Portanto:

In t g
2
= 100
In ( tg 5')
Logo:

E = - -1dV— - 100 4 1 , 0 5
r dO a e ( r s e n 0 ) In ( tg 5') a' - r senO a' Fig. 8-11
3,63 x 10-1'
Dc o E - a
r sen0 o (C/m2)

No plano O = 90°, sen O = 1 , de modo que o sentido de D imp5e sinal negativo para di:
superficial de cargas. Então:
3,63 x
Ps= (C/m2)

8.14 Encontre a capacitancia entre os dois cones da Fig.


,
8-12. Suponha espaço livre.
Solução. Desprezando espraiamento, a função poten-
cial é dada pela expressão do Problema 8-11, com
01 = 75° e 02 = 105'. Portanto:
O

111®
In t g I n (tg 52,5')

In ( tg 37,5') - In ( tg 52,5')

NUANCE = (-1,89 V,)In t g c o n s t Fig. 8-12

do qual:

D = coE = (0( - r1d1/


de
- a e) =r1s, 8e9n( 00 V,

Portanto, a densidade de cargas na placa superior é:


D, 1= , 8 9 ( 0 V,
r sen75'
de tal modo que a carga total na placa superior é:
A EQUAÇÃO DE LAPLACE

8.15 A região entre dois cilindros circulares, retos, coaxiais, contém uma densidade uniforme de carffl
Use a equação de Poisson para encontrar V.
Soluçffo. Desprezando espraiamento, a equação de Poisson reduz-se a:

r1—
ddr( -r d Vr ) - c

d I r dV = _ pr
dr d r (

dV p r 2
Integrando: —— + A
r dr.= 2 (
dV p r A
= + _
dr 2 ( r
pr2
V = — — + A In r + B
t1c

Note que os problemas estáticos, envolvendo distribuições de cargas no espaço, são exerc
teóricos, pois não há como prender as cargas na posição contra as forças de Coulomb.

8.16 A região..
It Z T E
— — < — < -
2 zo 2

contém uma densidade de cargas p = 1 0 8 cos (Z/Z ( C / M 3 ). Em qualquer outro lugar a dens
de cargas é zero. Encontre V e E pela equação de Poisson, e compare com os resultados ot
pela lei de Gauss.
Soluçá-o. Como V não é função de x e de y, a equação de Poisson é:
d2 V 1 0 - cos(z1z0)
dz2

10-84 cos (z/ zo)


Integrando duas vezes, V= + Az + B ( V )

e E = _ v v = (10- 8zosen(z/zo) A)ar ( V Im)

= O. Desse]
1
~ir M aA s =
, O e: à simetria da distribuição de cargas, o campo deve anular-se no plano z
devido
rt~ o

NUANCE E=
10- szosên(z/zo)
a z ( Vi m )

A Fig. 8-13 mostra uma superfície gaussiana especial,


centrada em z = O. D corta apenas as superfícies inferior e
superior, ambas com áreas A A l é m disso, como a distribuição
de cargas é simétrica em relação a z = O, D deve ser anti-simé- irzo12
trico e m relação a z = O, de maneira que Dsup = Oaz'
Dalt— = a z ) .

D d S +D d S = 1 0 - 8 cos (z; z0)dx dy d: —7rzol2
124 E L E T R O M A G N E T I S M O

Entffo, para --lcz0/2 < z < nz0/2,

D = zo 10-8sen(z/zo)az (C/m2)

e E = D/e concorda com o resultado obtido pela equago de Poisson.

8.17 Um potencial em coordenadas cilíndricas é fungo de r e 0, mas não dez. Obtenha as equaç
renciais separadas para R e ,13, onde V R(r)(1)(0), e resolva-as. A regiffo é sem cargas.
Solução. A equago de Laplace toma-se:

d'R d R R (PO
(1) — + — — + — — O
dr2 r d r r 2
d2R r dR I d2(I)
OU
R dr2 + R dr ( 1 ) c/02

O lado esquerdo depende só de r, enquanto o lado direito é fungo apenas de 0; portanto, an


iguais a uma constante. a2•

r2 d2R
+ r dR = a-,
R dr2 R dr
d2R I dR a 2 R
+ = O
dr2 r dr r 2

com solugo R = Cl r" + C2 r-a Também:


1d2c1) 2
— (T) d 0 2 =

Com soluça.° c1 = C3 ws a0 + C4 sen

8.18 Dada a fungo potencial = Vo (senh ax) (sen az) (veja a sego 8.7) calcule a forma e a loc
das superfícies nas quais 1- = O e V = Vo. Suponha a > O.
Solução. Já que o potencial n o é fungo de y, as superfícies eqüipotenciais estendem-se
dirego v. Corno sen = O para z = nnla, onde n = O, 1, 2, o s planos de potencial
z = O e : ; . Devido a senh ax = O, para x = 0 , 0 plano x = O também terá potencial
Fig. 8.14 mostra a eqüiporencial V = O, com linha cheia.
o A superfície na qual V = Vo, tem coordenadas x e z que satisfazem à equago:

NuANcr = J-0 (senh ax)(sen az) o u s e n h ax =senlaz


Substituindo valores de z entre O e ir/a, obtém-se facilmente as coordenadas x correspon
Por exemplo:

1,57 1,02 0,67 0,49 0,28 0,10


!'7--- 1 , 5 7 2,12 2,47 2,65 2,86 3,04

0,88 1,0 1,25 1,50 2,00 3,00


A EQUAÇÃO DE LAPLACE

8.19 Calcule a funçãó potencial na região interna da calha retangular indicada na Fig. 8-15.
Solupro. O potencial é uma função de x e de z, sob a forma (veja seção 8.7):

= (Cl cosh az + C2 senh az)(C3 cos ax + Cd; sen ax)

l'= O

=O

a a

Fig. 8-14 Fig. 8-15

As condições V = O em x = 0 e z = O, requerem que as constantes Cl e C3 sejam nulas.


modo, como V = O em x = c, a = 'mie, onde n é inteiro. Substituindo C2C4 por C, a exp
torna-se:
117t: n 7 t
=Csenh--sen---
Ir Ir

ou, com mais generalidade, por superposição:


nnx
C, senh—sen
Ir - - - -C-
n=

As condições finais de contorno implicam que:


nnd n n x
= n( C „ s eC n h s e nC - - ( O <x<

Portanto, as constantes bn s e n h (nirclic) sffo determinadas como os coeficientes da série a


Fourier para f(x) V o na faixa O < x < c. A bem conhecida fórmula para os coeficier
Fourier,
,, r 1 7 1 . X
14= -7- I f ( x ) s e n d x n = 1,2,3,
•o
ro
2F0n 7 E X 1 0 n par
N U A N C E mece b„= — 1 sen---dx =
c•o " ímpar

A ftmcãó potencial é então:


41;,senh (nn.:/c)
: s e nn n x
ímpar tur senh (nndrc) . c

para O < x < c, O < z < d.

8.20 Identifique a solução esférica a duas variáveis:


126 E L E T R O M A G N E T I S M O

(Sego 8.9, com Cl = O, n = 1) com um dipolo


pontual na origem.
Solução. A Fig. 8.16 mostra um dipolo fmito sobre
o eixo z, consistindo em uma carga pontual +Q em ,
+ =
z = d/2 e uma carga pontual —Q, em z = —d12.
A grandeza p = Qd é denominada momento dipo-
lar (veja a Sego 7.1). O potencial no ponto P é:
=

Q r, 4Qn c 0 r, 4P7 r f d r rzi r , )


chuo

Fig. 8-16
Um dipolo pontual na origem é obtido no limite d O . Para d pequeno:

r, d cosO2 d cosO e r , r , r 2

Portanto, no limite:

= p cos O
47u0 r 2

que é a solução a duas variáveis em coordenadas esféricas com C2 =.• p/47re0 •


De maneira análoga, os polinômios de Legendre de ordens superiores correspondem a q
poios pontuais, octapolos pontuais etc.

PROBLEMAS PROPOSTOS

8.21 E m coordenadas cartesianas. um potencial é fungo apenas de x. Em x = —2,0 cm, V = 2


e E = 1,5 x 103 (—ar) Vim para toda a região. Calcule Vem x = 3,0 cm.
Resposta. 1 0 0 V

8.22 Em coordenadas cartesianas, um plano em z = 3,0 cm serve de referência para a tensão. C


a tensão e a densidade de cargas de um condutor em z = O, se E = 6,67 x 103az V/m para z
nA região contém um dielétrico para o qual e„ = 4,5.

NAN
U • R e s p o s t a . 2 0 0 V; 266 nC/m2
ç 8 . r n coordenadas cilíndricas, V = 75,0 V em r = 5 n u m e V = O em r = 60 mm. Calcule a .
em r = 130 mm se o pontencial depende apenas de r.
Resposta. —23,24 V

8.24 Dois cilindros condutores, circulares retos, coaxiais, acham-se em r = 5 mm e r 2 5 mn


tens5es zero e Vo , respectivamente. Se D = —8,28 x 103a, Vim em r = 15 mm, calcule
densidade de cargas do condutor externo.
Resposta. 2 0 0 V; +44nC/m2
A EQUACAO DE LAPLACE

8.26 Planos condutores em 0 = 100 e 0 = O° em coordenadas cilíndricas possuem tensôes de 75


zero, respectivamente. Obtenha D na regiãO entre os planos que contém um material para o c
= 1,65.
Resposta. (-6,28/r)ar(nC/m2)

8.27 A Fig. 8-17 mostra dois planos quadrados condutores


de 50 cm de lado, separados por 2,0 cm de um lado e
por 2,5 c m do outro. Suponha uma diferença de
potencial e compare a densidade de cargas no centro de
um desses planos com a que se obteria se a separago
entre ambas fosse uniforme com 2 cm. 2,0 cm
Resposta. 0,89

8.28 Em coordenadas esféricas, a referência para tensões


acha-se em r = 15 mm, enquanto que r 2 0 0 mm Fig. 8-17
apresenta V = Vo. Dado E = —334,7ar Vim, pede-se
Vo O potencial é fungo apenas de r.
Reposta. 2 5 0 V

8.29 Em coordenadas esféricas, V = 865 V em r 5 0 cm e E = 748,2ar Vim em r = .85 em. Deterr


a localização da referência de tenso, se a funçá-o potencial depende somente de r.
Resposta. r 2 5 0 cm

8.30 Com a referência zero no infinito e V = 45,0 V em


r 0 . 2 2 m , em coordenadas esféricas, um dielé-
trico de Cr = 1,72 ocupa a regia) 0,22 < r < 1,00
m e o espaço livre ocupa r 1 , 0 0 m. Determine D em
r 1 ,00-±0 m.
Resposta. 8,55 Vim; 14,7 Vim

8.31 N a Fig. 8-18, o cone em O = 45° tem tenso V com re-


lago à referência em O = 30°. Em r = 0,25 me O = 30°,
E = —2,30 x 103 ao Vim. Determine a diferença de
pontencial V.
Fi 8 - 1 8
Resposta. 125,5 V

.32 No Problema 8.31 calcule as densidades superficiais O=


de carga sobre os cones condutores em 30°e 45°
C = 2,45 entre os cones.

NUANk0 L
" Resposta. —12,5/r (nC/m2); 8,84fr (nC/m2)

8.33 Encontre E na regiffo entre os dois cones indicados


= v1 > O

na Fig. 8-19.
0,288 111
Resposta. (V/m)
r sene
=O
8.34 Em coordenadas cilíndricas, p = 111Ir (pC/m3). Sa-
bendo que V = O em r = 1,0 m e V = 50 V em
r = 3,0 m, devido a esta configurago de cargas,
128 E L E T R O M A N G E T I S M O

835 Calcule E em coordenadas esféricas pela equago de Poisson su n d o uma densidade unif(
cargas p.
pr A
Resposta. ( - 3(
- —r --,)a,
-

8.36 Especifique a soluço encontrada no Problema 8.35 para o caso de uma esfera com distribui
forme de cargas.
Resposta. Veja o Problema 2.56.

8.37 Suponha que um potencial em coordenadas cilíndricas é uma funçgó de r e z , ruas nà


V = R(r)Z(z). Escreva a equaçffo de Laplace e obtenha as equações diferenciais separadas
z. Mostre que as soluções da equaço em r sãó funções de Bessel, enquanto as soluções en
a forma de funções exponenciais ou hiperbólicas.

8.38 Verifique que os cinco prirneirol polinômios de Legendre sffo:

Po(cos O) —
),(cos O) c o s
P 2 (COS O ) = c o s 2 O — 1)

P3(cos O) = 3-(5 cos3 O— 3 cos O)


P4(cos O) = -435 cos4 O— 30 cos2O + 3)

edesenhe-os em funçá-o de = cos O.


Resposta. Ve j a a Fig. 8-20.

1O

Fig. 8-20
A EQUAÇÃO DE LAPLACE

8.40 Dado V = Vo(cosh ax)(sen ay), onde a > O, determine a forma e a localizago das superfícies
as quais V = O e V = Vo. Faça um esboço similar ao da Fig. 8-14.
Resposta. Veja a Fig. 8-21

3
a

! , d, = 77
i /
1 /
8.41 Usando a funçáo potencial do Problema 8.40, 1
i

calcule E e desenhe alguns valores sobre o


esboço das superfícies eqüipotenciais,Fig. 8-21. V -= O
\
Resposta. E = —1/0a[(senh ax)(sen ay)ax +
+ (cosh axXcos ay)a.y1 \ a .i'/-:
N

8.42 Use uma superposiçffo da solução de duas va-


riáveis do Problema 8.17 para obter a funçao
potencial numa fita semicircular indicada na
Fig. 8-22.
4t — (a2lrr v =
Resposta. 3 : — o s e n n(1) g 5 =
n71 b ' — (a2lbr
ímpar Fig. 8-22

11®
UANCE
LE DEAMPÈRE E G C o MAG

9.1 INTRODUÇÃO
Um campo magnético estático pode ter como origem tanto uma corrente constante como 1
permanente. Este Cap. tratará dos campos magnéticos de correntes estacionárias. Campos ma
variáveis no tempo, que coexistem com os campos elétricos também variáveis no tempo, serab an
nos Caps. 12 e 13.

9.2 L E I DE BIOT-SAVART
Um elemento diferencial de corrente I dl gera uma intensidade incremental de campo magnét,
O campo varia inversamente com o quadrado da distància, é independente do meio circunvizinho
direçãO e sentido fornecido pelo produto vetorial de / dl por aR Esta relaçãO é conhecida como
Biot-Savart:
I dl a R
NUANCE dH = ( A / m )
47rR

O sentido de R é do elemento de corrente para o ponto onde


dH deve ser calculado, como mostra a Fig. 9-1.
Elementos de corrente n o têm existência isolada.
Todos os elementos que formam o filamento de corrente 1 R
final contribuem para H e devem ser levados em conta. A soma I
leva à forma integral da lei de Biot-Savart:

H = / dl x a,
47tR2
LEI D E A M P È R E E O CAMPO MAC

EXEMPLO 'L A Fig. 9-2 mostra uma corrente filamentar reti-


línea, infmita, ao longo do eixo z em coordenadas cilíndricas.
Escolhe-se sem perda de generalidade um ponto sobre o plano
z O Na forma diferencial:
I dz a x (rar — za
diHi = z
47.1(r2 + z2)3/2
1dz ra,
4 7 t ( r 2 + z2)37-2

ã ' A a 9 va•o varia com z, pode


m
z.C
é
çfo
tg
n
ld
e
riá
ser retirado do integrando antes da integração.
I di
H=
r . 47c(r2
I r +d:z2') 3/2 = 2nr

Este importante resultado mostra que H é inversamente


proporcional à distância radial. Sua direção está em concor-
dância com a "regra da mão direita": o polegar da mão direita
aponta na direção da corrente enquanto que os demais dedos
dessa mão indicam a direção do campo quando o condutor
é girado.
Os campos magnéticos devidos a distribuições de correntes em películas ou volumc
ser calculados através da forma integral da lei de Biot-Savart, substituindo-sei dl por K ds
vamente, e estendendo a integração sobre toda a superfície ou volume. Um caso de partici
a de uma película plana infinita com densidade constante K. Como indica o Problema 9
caso é constante:

H = > c a”

9.3 L E A DE AMPERE
A integral de linha da componente tangencial de H sobre um percurso fechado é
laçada por esse percurso.

Esta é a lei de Ampère,


lel ® À primeira vista, pode-se pensar que a lei é usada para determinar a corrente / pc
Entretanto, é usual conhecer a corrente e utilizar esta lei como meio de calcular H. Isto

N U A N C pmprepgoarada,310eided_eiGitaibuzsasrpaarlaciodbeteArm,oècroenhcoecidoara_ridoisdtreibeaullcçuãloardeHvecdaergashaver um ccmside
tria no problema. Duas condições devem ser atendidas:

I. E m cada ponto do percurso fechado, H deve ser tangencial ou normal ao percurs


2. H tem o mesmo valor em todos os pontos do percurso onde H é tangencial.

A lei de Biot-Savart pode ser usada para ajudar na seleção de um percurso que pl
acima. Na maioria dos casos, um percurso apropriado será evidente.
132 E L E T R O M A G N E T I S M O

A lei de Biot-Savart mostra que, em cada ponto do círculo na Fig. 9-2, H é tangencial e de
módulo. Então:

f H • dl = 1/(27tr) = /

de modo que:

H= — a
1

9.4 ROTACIONAL
O rotacional de um campo vetorial A é um outro campo vetorial. O ponto P na Fig. 9-3 es
área plana AS limitada por uma curva fechada C. Na integração que defme o rotacional, C é percc
tal modo que mantém à esquerda a área limitada. O versor normal an, determinado por uma regra
direita, é como indicado na fig. Logo, o componente do rotacional de A na direção de a, é defmid

(rot A) • = A • di
—,s_ o A S
a,:

Nos sistemas coordenados, é possível especificar completamente rot A


por seus componentes ao longo dos três versores. Por exemplo, para o sistema
cartesiano, o componente segundo x é definido tomando-se como contorno C
um quadrado no plano x = constante através de P, como indicado na Fig.
9-4.

A • dl F i g . 9-3
(rot A) • a, = u m ' A
Az-•0

Se A = A x a , + A Y aY + A
z az ,p a r a o vértice de AS mais próximo
da origem (ponto /), então:

I
+i 1
2 3 • 4
2A,

NUANCE = AyAy + (Az + 0Y


, Ay)Az

+ (Ay + ,ozY-Az )(—Ay) + Az(-- Az)

(aay
Az a° Iz1 Y ) Av Az

3A.. D A ,
e (rot A) a , = —

Para obter os componentes segundo y e z basta agir de modo análogo. Combinando os três comp
LEI D E A M P È R E E O CAMPO M A G N

• rotacional de A pode ser escrito por um determinante de terceira ordem, cuja e,


rotacional cartesiano de A.

fix a y
a a a
rot A =
09x a y a z
Ax A yA .

Os elementos da segunda linha correspondem aos componentes do operador nabla. Isto suge
1.2) que V x A pode ser escrito para rot A . Embora o operador V só seja definido p2
cartesianas, é comum usar " V x " para indicar "rotacional de" em qualquer sistema de coorde
Expressões para rot A em coordenadas cilíndricas e esféricas podem ser obtidas da
que acima, embora com mais dificuldade.

rot A = — --±' — - - -
( r1(3A
30 • a2 A
z ,) k(aA,
az a Ar , )a , 1+-r
a ta(rA,)
a r a a( -l Ao , - _ ( cl i

rot A =
r sen
1 rO( A2d ,9 sen 9)
- 2a A1
0 ar 1+ 1r sen0 aq) (ar Ar4 , ) 1
1 DA..a a ' +
r 1a(rAo 2 0 )&A,

Há duas propriedades do operador rotacional comumente empregadas:


(1) A divergência de um rotacional é nula; isto é:

V • (V x A ) = O

para qualquer campo vetorial A.

(2) O rotacional de um gradiente é nulo; isto é:

x (Vf ) = O

para qualquer função escalar de posigabf (veja Problema 9.22).

Sob condições estáticas, E = — V V. de modo que, usando (2):


V x E=0

NuANcl9. 1 , ) E H S D A Í D E D E C O R R E N T E J E V ; c H
o componente x de V x H é determinado por gs H d l , onde o percurso pertence
mal ao eixo x. A lei de Ampère estabelece que esta integral é igual à corrente entaçada
tal que a corrente deve ser indicada I . Sendo:
.1„
(rot - a, = l i m , = i x
As-0 LA3

o componente x da densidade de corrente J. Da mesma maneira para as direçõesy e z. Co

V xH=J
134 E L E T R O M A G N E T I S M O

9.6 D E N S I D A D E DE FLUXO MAGNÉTICO B


O campo de intensidade magnética H, assim com D, depende apenas das cargas (móveis) e é
dente do meio. O campo de forças associado a H é a densidade de fluxo magnético B, que é dado pc

B = //H

onde 1-1 = é ' a permeabilidade do meio. A unidade de B é o tesla:

N
1 T -= 1
A• m

A permeabilidade d o espaço livre po t e m o valor númérico 47r X 10-7 e a unidade henries po


pr, a permeabilidade relativa do meio, é u m número puro, quase sempre bem próximo à
exceto para o pequeno grupo de materiais ferromagnéticos, como veremos no Cap. 11.
O fluxo magnético (I., atra<ies de uma superfície, é definido como:

= B • dS

O sinal de GD pode ser positivo ou negativo, dependendo da escolha da normal à superfície em


dade do fluxo magnético é o weber. Wb. As várias unidades magnéticas esto relacionadas por:

T = Wh/m2 I H — 1 Wh/A

EXEMPLO 3 . Calcule o f l u x o que atravessa a porção d o plano


= 7r14 definida por 0,01 < r < 0,05 m e 0 < z < 2 m (veja a
Fig. 9-5). Uma corrente filamentar de 2,5 A ao longo do eixo z está
na direção a,.

po
B = po H = 27rr
a ,

dS — dr dz ao
.2 . 0 , 0 5 p o
•cD =• dr dz ao
ffi® ;11: 71 0,207 a
In

NUANCE 27r 0 , 0 1
= 1,61 x 10-6 Wb o r 1,61 pWb
Fig. 9-5

Deve ser observado que as linhas do fluxo magnético •D


sãO percursos fechados, sem ponto inicial ou final. Isto con-
trasta com o fluxo elétrico qf que se origina nas cargas positi-
vas e termina nas negativas. Na Fig. 9-6, todo o fluxo magné-
tico (D• que entra na superfície fechada deve deixar a super-
fície. Portanto, os campos B n o possuem fontes ou sorvedou-
ros, o que é matematicamente expresso por:
LEI D E A M P È R E E O CAMPO M A N G

9.7 o VETOR P O T E N M L MAGNETW


O campo elétrico E foi inicialmente obtido a partir de configurações de cargas conhe
mente, foi desenvolvido o potencial elétrico V e mostrou-se que E poderia ser obtido cc
negativo de V, i.e. E = —V V. A equação de Laplace providenciou um método de obtenção
potenciais conhecidos nos condutores de contorno. De modo análogo, um vetor potencial m
nido de tal forma que:
V x A = B

serve corno uma quantidade intelmediária, a partir do qual B (e daí H) pode ser calculado.
nição de A é consistente com V • B = O. As unidades de A são Wb/m ou L m .
Impondo a condição adicional:

V-A = O

pode-se calcular A a partir de correntes conhecidas, nas regiões de interesse. Para as três c
dronizadas de corrente as expressões são como seguem:

pl
Corrente filamentar:

Película de corrente:
A =-1 11417t(RdS

Corrente volumétrica: A =- -p J d t
• „ LlírR

Onde R é a distancia de cada elemento de corrente ao ponto para o qual está sendo calcula
cial magnético. Do mesmo modo que a integral análoga para o potencial elétrico (veja
expressões acima para A pressupõem que haja nível zero no infinito: elas nãO podem
distribuição de corrente se estende ao infmito.

EXEMPLO 4. Investigue o vetor potencial magnético para uma


corrente filamentar de extensão infmita, retilínea, no espaço
livre.
Na Fig. 9-7 o filamento de corrente está ao longo do
eixo z e o ponto de observação é ()c, y, z). O elemento par-
ticular de corrente:

til ,-- 1 (11 a,

N u A N C F m , , = O está indicado, onde / é a variável de integração ao


longo do eixo z. E claro que a integral:

A 1 , _g4 o7 r IRdl
Fig.
não e x i s t e , j á que, quando / é grande, R ---, 1. Este é um
caso que corresponde a uma distribuição de corrente esten-
dendo-se até o infinito.
Entretanto, é possível considerar o diferencial do vetor potencial:
136 E L E T R O M A G N E T I S M O

partindo deste para obter o diferencial de B. Ou seja, para o elemento particular de corrente, em

dA— p o I dt
4 1 t ( x 2 + y 2 + z 2 ) 1 / 2 a - ,

= V x dA = po I ti( —
e
47t ( x 2 + y 2 + z 2 ) 3 1 2 a x + ( x 2 + y 2 + z2)312 a

Este resultado concorda com aquele de dH = I p)dB dado pela lei de Biot-Savart.
Veja o Problema 9.19 para uma maneira de definir A em um corrente filamentar com
infinita.

9.8 O TEOREMA DE STOKES


Considere uma superfície aberta S limitada pela curva fechada C. O teorema de Stokes estab
a integral da componente tangencial de um campo vetorial F sobre C é igual à integral da cor
normal de rot F sobre S:

F • dl = ( V x IF) • dS

Tomando como F o vetor potencial magnético A. o teorema de Stokes estabelece:

fA•dl=f13•dS=c1)

PROBLEMAS RESOLVIDOS

9.1 Calcule H no centro de uma espira quadrada de corrente de lado L.


Soluçffo. Escolha um sistema de coordenadas cartesianas tal que a espira fique localizada
Fig. 9-8. Por simetria, cada meio lado contribui igualmente para H no centro. Para o n
O s x L 12, y = —.132, a lei de Biot-Savart fornece para o campo na origem:

dH = (/ dx ax) x [—xax + (L/2)a,]


4n[x2 + (L/2)2]312
/dx(L/2)az
47c[x2 + (L/2)213/2

N U A N C ESendo assim, o campo total na origem é:

H=8
11-12 1 dx(L/2)a,
o 47t[x2 + (L/2)2]312
2,/2 / a = 2,12 / a"

onde an é o versor normal ao plano da espira segundo a usual regra da m o direita.


LEI D E A M P È R E E O CAMPO M A G N

Soluçã-c). A expressão para H devido a um fila-


mento de corrente retilíneo leva a:

1E1 —
2nr

onde r = 2 ,1-2--e usando a regra da Mão direita:


2, +

OPe
Portanto:

Fig. 9-9
H - 2,7E(2.12
" ( a) _r 1 +2 = (0.281)(ax
+ •\/. -a
z A/m

9.3 D e t e r m i n e uma expressão para H devido a uma película plana infinita de correntes c
uniforme.
Solo “To. A lei de Biot-Savart e considerações de simetria mostram que H tem some
nente em x, a qual é independente de x e y se K = Kav (veja Fig. 9-10). Aplicando
ao contorno quadrado 12341, e usando o fato de que H deve ser anti-simétrico em

H • ( H ) ( 2 a ) + O + (H)(2a) + O ( K ) ( 2 a ) o u H = -2

Sendo assim, H = (1C/2)ax, para todo z > O. Mais genericamente, para uma orienta
película de corrente:

H - J,Kx a„

NUANCE Fig. 94,0

9.4\ U m a película de corrente, K = 10az A / m , está situada sobre o plano x 5 m, e


cuia, K - 1 0 a , Atm, está em x - 5 m. Calcule H para todos os pontos.
Soltwdo. A Fig. 9-1 1 mostra que, para todos os pontos entre as películas, K x a „
para cada película. De modo que, para - 5 < x < 5 , H = 1 0 ( - a y ) A/m. Para
H = O.

finn d r 2 i o a e! extensão infinita conduz uma corrente


138 E L E T R O M A G N E T I S M O

1
4

K = 10 a,

Fig. 9-11
Fig. 9-12

Soluçã-o. A lei de Biot-Savart mostra que H possui apenas componente O. Mais ainda, que He5 é
apenas de r. Os percursos mais adequados à aplicação da lei de Ampère são círculos concéntrict
o trajeto / mostrado na Fig. 9-12:

H • dl = 21trild, = I int.= O

e, para o percurso 2:

H • dl 2 7 t r H 0 = I

Ou seja, para os pontos internos à casca condutora cilíndrica, H = O, e para os pontos ex


H = (//27tr)a0, o mesmo campo que resultaria caso houvesse uma corrente filamentar / ao
do eixo.

9.6 'Calcule H para um cilindro condutor sólido de raio a, onde uma corrente / é uniformemente
tribuída por sua seção reta.
Soluçá-o. Aplicando-se a lei de Ampère ao contorno / na Fig. 9-13:
11 ~ ®

NUANCE
H • dl =
int.

H(27tr)=

Ir
H = 27ta-
a ,

Para os pontos externos, H = (1127tr)acb. F i g . 9-'

9.7 N a região O < r < 0,5 m, em coordenadas cilíndricas, há uma densidade de corrente.
LEI D E A M P È R E E O CAMPO MAC

Soluçãb. Devido à densidade de corrente ser simétrica ao redor da origem, pode-se


circular na lei de Ampère, com a corrente enlaçada dada por 56 J • dS. Sendo assim,

• 2/t r

H,(2..nr) = I 4 , 5 e 2rr dr dd)


'o o
1,125
H= ( 1 e - 2 r e -2r)oo ( A / m )

Para qualquer r 0 , 5 m, a corrente interna ao percurso é a mesma 0,594 7r A. Send

Ho(2nr) = 0,594n o u H - 0,297 ( A / m ) n


e

9.8 E n c o n t r e H n o eixo de uma espira circular de


corrente com raio a. Particularize o resultado para
o centro da espira.
Soluçã-o. Para o ponto mostrado na Fig. 9-14:
—ao, + ha,
(Ia clq5 ao) ( — ao, + hoz) ( I a d0)(aa, + !lar)
dfrl! =
4n(a2 + h2)312 4 n ( a 2 + h2)212
A inspeça-o mostra que elementos de corrente dia-
metralmente o p o s t o s p r o d u z e m componentes
radiais que se cancelam. Assim:
1a2610 I a '
H J o 47t(a2 + h2)31' - 2(a2 + h2)312

Em 11 = O, H = (1/2a)az.

9.9 U m a película de correntes, K = 6,0a, A / m , está no plano z O e uma correi


localizada em y = O, e = 4 In como indica a Fig. 9-15. Determine/ e sua direçãO. !
1,5) m.
Soluçãb. Devido a uma película de corrente:
6,
H= x 0 2 (—a) A/m

Para que o campo se anule em (O, O, 1,5) m, o


UI devido ao filamento deve valer 3,0 A/m.

I H 1 1= 2 r

3,0 =
2n(2,5)
1 = 47,1 A
K 6 , 0 ax
Para poder cancelar o u H devido à película. esta
Fig. 9-1.
corrente deve estar orientada segundo ax, como
indica a Fig. 9.15.

9.10 Dado o campo vetorial genérico:


140 E L E T R O M A G N E T I S M O

Calcule V x A na origem.
Solu0b.

ax a y a z
ê
Vx A
ax a y --,- a, - exay - cos ax
y cos ax O y

Em (O, O, O), V x A = a, - ay - az.

9.11 Utilizando coordenadas cartesianas, calcule o rotacional de H devido a uma distribuiça-o filar
corrente ao longo do eixo z com corrente/ na direçãO az.
Soluçá-o Pelo Exemplo / :

H = — a = I y a , + x
2nr 2 i r X 2 + 3,2

de modo que:
ax a y
a a
xH - êx , a y
-
O
X2 + y2 X 2 + y2

í a ( X — y
a,
[ a X k X2 + Y2 a y x 2 + y2

=o
exceto em x = y = O. Resultado consistente com V x H = J.

9.12 Dado o campo vetorial genérico A = 5r sen 0 az em coordenadas cilíndricas, encontre o rotac
A em (2, ir, O).

Solução. Dado que A possui apenas a componente Az, somente duas derivadas parciais sffo
1a
5 Vr 00 (rsen0)
=
xA r a,- (5rsen0)a„, = 5 cos a , 5 senci5

xA = -5a,
2 , 7,, O )
N U A N C n t a o

9.13 Dado o campo vetorial genérico A = 5e-r cos char - 5 coscbaz em coordenadas cilíndricas,
rot A em (2, 37r/2,0).
Solzgylo.

Vx A -
r (30 5 cos
5 0)a,z+ - (5e- cos- r r( - 5 cos 0) a,, - 1 —a
8(/) (5e-' cos 0)a,
(séricb + (-5 c-rsen0
LEI DE AMPÈRE E O CAMPO MAG

9.14 Dado o campo vetorial genérico A = 1 0 sen O ao em coordenadas esféricas, cala


(2, Ir/2,0).
Solução.

1 1O 1 3 l O s e n e
V ';,z A = sene t ( 1 0 s e n 0 ) 1 a + (r l ar
OrsenO)nd, = a d ,

Entáb V x A = 5nd,
2, n / 2 , O)

9,15 N o Problema 9.6 obteve-se a intensidade do campo magnético devido a um condt


distribuiçãb uniforme de corrente. Calcule, inversamente, 1 a partir de H.
Soluçá-a. Dado: H = (1r12.7ra2)a0 dentro do condutor,

= v ull _ a I r + 1 a /7•2,\
az k 2 7 t a 2 /rk2- - Tca 2
a
n

resultado que corresponde a um condutor com sego reta circular ira 2 e corrente
Fora do condutor, H = (//2117)ao, de modo que:
a i / \
azk22-ET1 r ar k271

como era de se esperar.

9.16 U m condutor circular de raio ro = 1 cm possui um campo interno:

H - - 104
-r (a1---,sen ar - a cos ar no, ( A / m )

onde e 7r121- o. Encontre a corrente total no condutor.


Soluçá-a_ Há duas maneiras de resolver este problema: (1) calcular J = V x H e
usar a lei de Ampère. Esta última é mais simples.

• 7 2 ' 10' 4r,, 7 t 2 r 8 I t


/Ints= H e • «, n I - , c o s -
• r.re • o r o 7t- — i r 2
8 x 104r(3, 8 A
Ir i r

1111111 o 9 . 1 7 U m campo radial


2'39 x 106

N L J Á N C E c o s a, A/m
propaga-se n o espaço livre. Encontre o fluxo magnético'cl)" que atra-
vessa a superfície definida por - - 4 4 4 4 , 0 z 1 m. Veja
a Fig. 9-16.
Soluçdo.
3,00
B p o H = - r cos ( T ) -7r/
•1 • ni4 3 , 0 0
=I c o s (/) ) a, • r ctcPdz ar
142 E L E T R O M A G N E T I S M O

Como B é inversamente proporcional a r (como requerido por


V • B = O), nâo faz qualquer diferença qual a distância radial
escolhida, pois o fluxo será sempre o mesmo.

9.18 Em coordenadas cilíndricas, B = (2,0/r)a0 (T). Determine o fluxo


magnético 1 que atravessa a superfície plana defmida p o r
0,5 r m e O s z ••-•.. 2,0 m.
Veja a Fig. 9-17 •
Soluuio.

41)' B • dS


o2,0• 2 05
,5 o
r 1a , • d r d z
•=

= 0(111 0,5
2 ) = 6 44 WID

Fig. 9-17
9.19 Calcule o vetor potencial magnético A na regiâo vizinha a um fila-
mento retilíneo infinitamente longo, com corrente
Soluçá-o. Como se mostrou no Exemplo 4, n o é possível usar uma expresso integral dire
obter A. Entretanto, a relaçâo:

V x A r B » a
2nr

pode ser tratada como uma equação diferencial vetorial para A. Como B só possui comp
segundo O, só é necessária a componente O do rotacional cilíndrico:
aA,. & I _ p o /
----ôz—--2-..ôr = —27tr

É evidente que A n o pode ser uma funçâo de z, pois o filamento é uniforme com z. Desse J
dA, 11 0 1 lio I
—---"dr
= 2 -- n r o u , A = — -27t
-In r + C

É possível localizar a referência zero por meio da constante de integrago. Com A. = O em r


e i N e s s a expresso passa a ser:

J I I I I op o - -/ (I nrr o) a r
A --• -27t

N LJAN 9.20 talcule o vetor potencial magnético A para a película de corrente do Problema 9.3.
Soluçá-o. Para z > O:

po K
V x A = B=

de modo que ê)lz a , 4 } ,


ai., a z 2

Como A deve ser independente de x e y:


LEI D E A M P È R E E O CAMPO MAGP

Sendo assim, para z > O:


K
A— — zo)ay = — —2 (z — zo)K

Para z < O muda-se apenas o sinal da expresso acima.

9.21 Use o vetor pontencial magnético obtido no Problema 9.20 para calcular o flux(
atravessa a área retangular indicada na Fig. 9-18.
Solução. Tomando a referência zero em zo = 2, tal que:

A - ( 2 : - 2)1K
2

Na integral de linha:

41
:1)— 4 A • dl

A é perpendicular ao contorno e m dois lados e


anula-se no terceiro (z = 2). De modo que:
2
Fig. 9-18
= A • dl = — ( 1 — 2) ' oK dy K

Note como a escolha da referência zero simplifica os cálculos. Usando o te


é V x A , e n o simplesmente A, que determina el); de modo que a referência zero
da maneira mais adequada.

9.22 Mostre que o rotacional do gradiente é nulo.


Soluçffo. Pela defmieão de r u i A dada na Seção 4.9, viu-se que rot A é zero em
rega-o, case:

4 A • dl = O

qualquer que seja o percurso fechado tomado nessa reffio. Mas, se A =


unívoca:

A - di = f • dl = d f O

(veja a Seçao 5.5).


NUANCE
PR LEMAS PR STOS

9.23 Mostre que o campo magnético devido a u m elemento de corrente fmito most
dado por:
144 E L E T R O M A G N E T I S M O

9.24 Calcule dH em um ponto genérico (r, O, O) em coordenadas esfé-


ricas, devido a um elemento diferencial de corrente / dl na origem
ao longo da direçãO positiva de a.
I desen0
Resposta.
4nr2 a °

9.25 As correntes nos condutores interno e externo da Fig. 9-20 sãO


uniformemente distribuídas. Use a lei de Ampère para mostrar
que, para b r c :

H 1 c 2 —T2 )
2 7 t T ke2 — b 2

9.26 Duas ,spiras circulares de corrente, idênticas, de r = 3 m e


/ = 20 A acham-se em planos paralelos, separadas no seu eixo
comum por 10 m. Encontre H no ponto médio entre as duas
espiras.
Resposta: 0,908a, A/m

9.27 Use a lei de Biot-Savart para mostrar que H = K x an para


uma película plana de correntes com densidade constante K.

Fig. 9-20

9.28 Um filamento de corrente de 10 A na dirego + y distribui-se ao longo do eixo y, e uma pel


corrente, K = 2,0 a, A/m, está localizada em z = 4 m. Determine H no ponto (2, 2, 2) m.
Resposta. 0,398a, + 1,0ay — 0,398a5 A/m

9.29 Mostre que o rotacional de (xa, + yay + aa5)(x2 + y2 + z3Y12 é zero. [Sugestaó: V x

9.30 Dado o vetor genérico A = (-- cos x)(cos y)az, calcule o rotacional de A na origem.
Resposta. O

9.31 Dado o vetor genérico A = (cos xXsen y)az + (sen x)(cos y)a,,, calcule o rotacional de A E
o quer ponto do espaço.

N LJA N C EResposta.
9.32 Dado o vetor genérico A = (sen 20)aq) em coordenadas cilíndricas, encontre o rotaciom
(2, rr/4,0).
Resposta. 0 , 5 az

9.33 Dado o vetor genérico A = e-2 Z (sen (b)ao em coordenadas cilíndricas, calcule o rotacior
em (0,8000, u13, 0,500).
Resposta. 0,368ar + 0,230az
LEI D E A M P È R E E O CAMPO M A G

9.35 Dado o vetor genérico A = 2,50a0 + 5 , 0 0 % em coordenadas esféricas, encontre c


em (2, 7r/6,0).
Resposta. 4,33ar — 3,50a0 + 1,25açb

9.36 Dado o vetor genérico:


2 cos O s e n O
A= a , + a ,
r3 T 3

mostrar que o rotacional de A é nulo para todo o espaço.

9.37 U m condutor cilíndrico de raio 10-2 m possui um campo magnético interno:


r2
—(4,77 x 104)(2 3 x 10 2 )a, ( A / m )

Qual é a corrente total no condutor?


Resposta. 5 , 0 A

Em coordenadas cilíndricas, numa certa região J = 105 (cos2 2r)az. Calcule o com
dade de corrente e então obtenha o rotacional de H e compare-o a J.

r S e n 4 r c o s 4r 1 a
Resposta. H = 10' -4 + 8 3 2 r 3 2 r

9.39 E m coordenadas cartesianos, a região —a z a


suporta uma densidade d e corrente constante
= Joav. Veja a Fig. 9-21. Use a lei de Ampère
para obier E para todo o espaço. Obtenha o rota-
cional de H e compare com J.

J oaax z >a
Resposta. H = J o za, — a < z < a —a
( z < —a
Fig. 9-2/

rot

9.40 Calcule o f l u x o magnético t o t a l (I) que cruza o plano z O em coordenada

N U A N C E r 5 x 10-2 m, se
B = --(sen2
r çb)az ( T )

Resposta. 3 , 1 4 >c 1 0 - 2 Wb

9.41 Dado que:

B 2 , 5 0 ( s e n 7 )e- ( T )
146 E L E T R O M A G N E T I S M O

9.42 Um condutor cowdal cilíndrico conduz pelo condutor interno urna corrente /.; o condr
tem raio a e o condutor externo tem raio interno b e externo c. Calcule o fluxo magnéticc
de de comprimento que atravessa um plano 0 = constante entre os condutores.
po I b
Resposta. —In -
27r a

9.43 Uma película uniforme de corrente, K = Koay , está em z = b > 2, e outra, K = Ko


em z = — b. Calcule o fluxo magnético que atravessa a área definida por x = constante, —2
O-‘• y L . Suponha espaço livre.
Resposta. 4120K 01,

9.44 Use o vetor potencial magnético do Problema 9.19 para calcular o fluxo que atravess
= constante, para r i r r o , O ' z L , devido a um filamento de corrente /
eixo z.

ao I r o
Resposta. I n
27r r i

9.45 Dado que o vetor potencial magnético interno a um condutor cilíndrico de raio a é:
/r2
A= — a z
47ta-

encontre o correspondente H.
Resposta. Veja o Problema 9.6.

9.46 Uma película uniforme de corrente, K = Ko (—ay), está localizada em x = O e uma outra,
está em x = a. Encontre o vetor potencial magnético entre as películas.
Resposta. (po Ko + C)a>

9.47 Entre as películas carregadas do Problema 9.46, uma por9ãO do plano z = constante é é
O a . Calcule o fluxo (I) que atravessa essa porção, tanto a partir d
como de A • d l .
Resposta. abbioK o

11®
NUANCE
u ;'•.-1VJCAD S•

10.1 F O R Ç A M A G N E n C A SOBRE PARTICULAS


Uma partícula carregada em movimento num campo magnético sofre a ação de un
cular à sua velocidade, com módulo proporcional à sua carga, à velocidade e à densidad
tico. A expressão completa é dada pelo produto vetorial:

F = OU x B

N L J A N C FlPortanto,
O móduloéda possível mudar0 a' e,
velocidade direção de uma partícula
conseqüentemente, em movimento
a energia pela
cinética não ação dequal
sofrerão um
contrasta com a aplicação de campo elétrico, onde a força F = OE executa trabalho
de modo que varia sua energia cinética.
Se o campo B é uniforme numa região e a partícula tem velocidade inicial perpen
a trajetoria desta partícula será uma circunferência com certo raio r A força magné
F 1 0 1 UB e é dirigida para o centro dessa circunferência. A aceleração centrípeta
Usando a segunda lei de Newton:
mU
mu2 ou r =
1Q1B
148 E LETROMAGNETISMO

EXEMPLO 1. Calcule a força sobre uma partícula, de massa 1,70 x 10-2 7 kg e carga 1,60 x
se ela penetra um campo B = 5 mT com uma velocidade inicial de 83,5 km/s.
Sem conhecer as orientações de B e da velocidade inicial da partícula Uo, não se pode c2
força. Admitindo que Uo e B são perpendiculares, como mostrado na Fig. 10-1:

F = IQIUB
X X X
= (1,60 x 10- 19)(83,5 x 103)(5 x 10-3)
= 6,68 x 10-17 N
X X Â.F X

EXEMPLO 2. Calcule o raio da trajetória circular e o período de revolução,


para a partícula do Exemplo 1.

r = mti ( 1 , 7 0 x 10-27)(83,5 x 103)


X X X
IQ¡13 --- (1,60 x 10-19)(5 x 10-3) 0 ' 1 7 7 m 03 entrando nc
27cr
Fig. 10-
T = — u = 13,3 lis

10.2 CAMPOS ELÉTRICO E MAGNÉTICO COMBINADOS


Quando numa região ambos os campos estão presentes ao mesmo tempo, a força sobre un
cuia é dada por:
F = Q(E + U

Esta força junto, com as condições iniciais, determina a trajetória da partícula.

EXEMPLO 3. Uma região contém uma densidade de fluxo magnético B = 5,0 x 10-4a.. T e un
elétrico E = 5,0az Vim. Um próton (Qp = 1,602 x 10-19 C, mp = 1,673 x 10-'27 Ic') entra
gião, na origem, com uma velocidade inicial Uo = 2,5 x 105a, m/s. Descreva o movimento do I
ache sua posição ao cabo de três revoluções completas.
A força inicial sobre a partícula é:

Fo = Q(E + Uo x B) = Qp(E a, U o B a,)

O componente z (componente elétrico) da força é constante, e produz uma aceleração constante na


z, de
o modo que a equação do movimento na direção z é:
NUANCE z = at-2 = (Qp E
2 mp

O outro componente (magnético), que varia segundo — QpUBar,


produz um movimento circular perpendicular ao eixo z, com
período:
T = 2nr2
= 7tmp
Q p B

O movimento resultante é helicoidal, como indicado na Fig. 10-2.


ADós três revolucões. x = v O e :
FORÇAS E TO R Q U E S EM CAMPOS M A G N É T I C O S A E Q U A Ç Ã O DE L i

10.3 F O R Ç A M A G N E T 1 C A S O B R E U M E L E M E T S D E C O R R E N T E
Uma situação freqüentemente encontrada é a de um condutor conduzindo corrente
magnético externo. Como / = dOldt, a equação diferencial da força pode ser escrita:

dIF = dO(U x B ) d t ) ( U x B ) --= 1(dli x B)

onde dl = Uh- é o comprimento elementar na direção da corrente. convencional /. Se o


neo e o campo é constante ao longo dele, a força diferencial pode ser integrada para dar:

F = ILBsen0

A força magnética atua sobre os elétrons livres que constituem a corrente /. Entreta
trons se acham confinados ao condutor, a força é efetivamente transferida ao reticulado
transferida é capaz de executar trabalho sobre o condutor como um todo. Embora este
razoável introdução ao comportamento de condutores portadores de corrente em máquin2
considerações essenciais foram omitidas. Nenhuma menção foi feita. nem será feita, na S
fonte de corrente e a energia necessárias para manter uma corrente constante /. A lei da im
(Seção 12.3) não foi aplicada. Na teoria de máquinas eletncas, o resultado será modifica,
considerações. Condutores em movimento em campos magnéticos serão analisados novan
veja particularmente os Problemas 12.13 e 12.16.

EXEMPLO 4. Calcule a força sobre um condutor retilíneo de compri-


mento 0,30 m, imerso em campo B = 3,50 x 1 0 - 3 (ax — ay) T por-
tando uma corrente de 5,0 A na direção —a2.

F I ( L ).( E)
(5,0)[(0,30)(—a,)x 3,50 x 10- 3(ar — ar)]
—— F
= 7,42 x 10-3( a x a ' N .
x / /

A força com módulo 7,42 mN, é perpendicular tanto a B como com a


direção da corrente, como indicado na Fig. 10-3.

1111111111 ® 10.4 TRABALHO E POTENC1A

NUANC As forças magnéticas, examinadas acima, sobre partículas carregadas e condutores c(


Iffites resultam do campo. Para contrapor estas forças e estabelecer o equilíbrio, deve-se
iguais e opostas. Havendo movimento, o trabalho executado sobre o sistema pelo agente (
a força é dado pela integral:

,•• 1 f i n a l
= I • d!
• I inicial

Se o resultado da integração f o r positivo, isto indicará que o trabalho foi executado tx


sistema para mover as partículas ou o condutor de sua posição inicial para a final, contn
150 E L E T R O M A G N E T I S M O

EXEMPLO 5. Calcule trabalho e potência necessários para mover


o condutor mostrado na Fig. 10-4 de uma volta completa na dite-
go mostrada em 0,02 s, se B = 2,50 x 10-3a, T e a corrente é
de 45,0 A.

F 1 ( 1 x B) — 1,13 x 10- 3a„ N

e sendo assim F „ = —1,13 x 10-3a, N.

14= F „ • dl
.2,

= ( - 1 , 1 3 x 10-2)a,„ rc/(1)a0
•o
——2,13 x 10-3 J r = 0,03 m
Fig. 10-4
e P =1,1 — 0 , 1 ()".,'

O sinal negativo indica que o trabalho foi executado pelo campo magnético, para movimentar
dutor na dirego mostrada. Se o movimento fosse em sentido oposto, a inverso dos limites iriam pr
mudança de sinal, e ri-ao se faria nenhuma troca de sinal em rdq5a0.

10.5 TORQUE
À
O momento de uma força ou wrque em relaçffo a um deter-
minado ponto é o produto vetorial do braço potente pela força.
Braço potente, r, é dirigido do ponto onde o torque é obtido ao o
ponto de aplicaçro da força. Na Fig. 10-5 a força em P tem um
torque relativo a O dado por:

T=rxF
Fig. 10-5
onde T tem a unidade N • m (tem sido sugerido usar N • m/rad,
para evitar confuso entre torque e energia).
Na Fig. 10-5, T está ao longo de um eixo que pertence ao plano xx, aplicado em O. Se junt:
a O por uma roda rígida apoiada livremente em O, entro a força aplicada irá tender a rodar P em r
ao eixo
T de T. Pode-se dizer, entro, que o torque T atua em relaçá-o a um eixo, ao invés de em r d
um ponto.

N LJA N C E
10.6 MOMENTO MAGNÉTICO DE UMA ESPIRA PLANA
Considere a espira de uma volta no plano z = O mostrada na Fig. 10-6, com largura w ao loi
x e comprimento t ao longo de ,y. O campo B é uniforme e orientado na dirego +x. A s únicas
aparecem devido aos lados / da espira. Para o lado à
esquerda:

1F— 1((a), x Bar) = — Bita,


152 E L E T R O M A G N E T I S M O

10.3 Uma fita de corrente de 2 cm de largura conduz uma corrente de 15,0 A na direção ax, co
cado na Fig. 10.8. Calcule a força sobre a fita por unidade de comprimento, se o campo t
é B = 0,20ay T.
Soluçãb. N a expressão para d F deve-se
substituir / • d l por K ds.
dF = (JUS) x B

= (15'sD)dx
0,02 dy (0,20)a,
0,01

F= I 150,0 dx dy a,.
-0,01 • o
= 3,0a,, N/m Fig. 10-8

10.4 C)alcule as forças por unidade de comprimento sobre dois condutores retilíneos, longos e p
se cada qual conduz uma corrente de 10,0 A na mesma direção, estando separados por 0,20 m
Solução. Considere a configuração e m
coordenadas cartesianas mostrada na Fig.
10-9. O condutor à esquerda cria u m
campo cujo módulo, sobre o condutor da
direita, é:

B = go I = (47t x 10- 7)(10,0) = 10-5 T


27rr 2 7 0 , 2 0 )

e cuja direção é —ar, de maneira que a for-


ça sobre o condutor à direita é: Fig. 10-9

F = iLa3. x I LB(-
e F 7 1 , = 10-4(—ax)N:m

Sobre o condutor à esquerda age uma força igual. mas oposta. A força é do tipo atrativo. Doi
tores paralelos conduzindo correntes na mesma direção criarão forças que tenderão a juntá-los

10.5 U m condutor conduz uma corrente / para-


eol1 lelamente a uma fita de corrente de densi-
dade Ko e largura w, como mostrado na

NNewilill F
o iforça
g . 10-10. Encontre
por unidade deuma expressão para
comprimento sobrea
o condutor. Quando a largura w -> co,
N U A N C r q u a l será o resultado?
Soluçá-o. Usando o Problema 10.4, o fila-
mento K o dx, indicado na Fig. 10-10,
exerce uma força de atração:
Fig. 10-10
dF/L= IBa,. = 1 1.40(K0 dx) a
27tr

sobre o condutor. Adicionando a esta a força devida ao filamento similar em —x os compon


direção x se cancelam, dando uma resultante:
F O R Ç A S E T O R Q U E S EM CAMPOS M A G N É T I C O S A E Q U A Ç Ã O DE L A

Integrando sobre a meia largura da fita:


IK, h d x P o /K o
arctg
Fit, ( • Io /1- + =X 2( 7 t - ' w 2 h

Força atrativa, como esperado.


Em caso de w -> F / / - IKo/2)( -

10.6/ Encontre o torque em relação ao eixo y para dois condutores


de extensão /, separados por uma distância fixa w, no campo
uniforme B mostrado na Fig. 10-11.
Solução. O condutor da esquerda sofre a ação da força:

= May x Bax = 1317(-- az)

cujo torque é:
14,
T, = „T( a x ) x BI ( (- = B I / 2- (3- a' )

A força sobre o condutor à direita resultará no mesmo torque. A soma é, portanto:

T B I (w(- ay)

.7 U m medidor de movimento de D'Arsonval tem um campo radial uniforme B = 0,1


de torção com um torque T = 5,87 x 1 0 - 5 0 (\1 o m ) , onde o ângulo de rotação t
A bobina tem 35 espiras e dimensões 23 mm por 17 mm. Qual o ângulo de rotaç
uma corrente de bobina de 15 mA?
Solução. A Fig. 10-12 mostra duas peças de forma polar que
produzem u m campo radial uniforme sobre uma limitada
faixa de deflexão. Supondo que toda a bobina esteja imersa
no campo, o torque produzido é:
7 = n131/14, = 35(0,10)(15 x 10-3)(23 x 10-3)(17 x 10-3)
= 2,05 x 10-5 N • m Fig.
A bobina gira até que este Iorque se iguale ao torque da mola.
2,05 * 10-5 = 5,87 x 10-50
O=-- 0,349 rad o u 2 0 '

10.8 A espira retangular da Fig. 10-13 acha-se em um campo

B 0 O 5 4 x y T

N UANCEE N / 2
ncontre o torque em relação ao eixo z quando a espira esti-
ver na posição indicada e conduzir uma corrente de 5,0 A.
Solução.

m I Aa„ = 1,60 x 10 2ax


-0,04 m
ax a y
T = i n x B - 1,60 x 10-2-ax x 0,05

5,66 x 10-4a, N • m
Fi
154 E LETROMAGNETISMO

10.9 Encontre o torque máximo de uma bobina retangular com 85 espiras, 0,2 m por 0,3 m, ca
2,0 A de corrente num campo B =- 6,5 T.
Soluçffo.

Trn6, = nBl/ w = 85(6,5)(2,0)(0.2)(0.3)= 66.3 N • m

10.10Encontre o máximo torque sobre uma partícula carregada em órbita circular de raio 0,5 x
com carga de 1,602 x 10-19 C, velocidade angular de 4,0 x 1016 radis e B = 0,4 x 10-3 'I
Solução. A carga orbital tem um momento magnético:
4 x 10"
m= QAa =
27E • " 27t ( 11 6 0 2 x 10-19)7r(0,5 x 10-1')2a„ = 8,01 x 10-24a,, A • m2

De modo que o torque máximo aparece quando a, é normal a B.


= mB = 3,20 x 10-2' N • m

10.11Um condutor com 4 m de comprimento conduz 10 A na direçãO a , ao longo do eixoy entre)


Se o campo B = 0,05a, T, encontre o trabalho necessário para mover o condutor paralelan
mesmo com velocidade constante, até x z = 2 m.
Solução. Para o movimento global:
F = IL x B = — 2,0a,
A força aplicada é oposta e com módulo igual:
= 2,0a,

Devido a esta força ser constante,e portanto eonservativa, o


condutor deve ser movimentedô. primeiramente ao longo de
z, e depois na direção x &)mo indicado na Fig. 10-14. Posto
que Fa acha-se orienta:da completamente segundo z, nenhum
trabalho é feito no movimento ao longo de x. E, assim:
2 Fig. 10-14
W = . (2,0ar.) • dz = 4,0 J
•o

10.12Um condutor está localizado ao longo do eixo z em —1,5 z 1 , 5 m e conduz uma corr
eir de 10,0 A na direção —az. Para um campo

B 3 , 0 x 1 0 - e4 -0,2)..ay ( r ' )
o
encontre o trabalho e a potência necessários para mover o condutor com velocidade const:
N IJANCex = 2,0 mey = O em 5 x 10-3 s. Suponha movimento paralelo ao longo do eixo x.
Soluçá-o.

F x B = 9,0 x
Então F • = — 9,0 x 10- e3 -0,2xa., e
,2
W = I•o( - 9 , 0 x 10 -1e-'1•1'arj • dx
1,48 x 10-2 J

O campo move o condutor, de modo que o trabalho é


FORÇAS E T O R Q U E S EM CAMPOS M A G N É T I C O S A E Q U A Ç A 0 DE L A

A.13Encontre o trabalho e a potência necessários para fazer o condutor indicado na Fig.


volta inteira na direçãO positiva com uma freqüência de rotaçáo de /V revoluções
B = Boa,. (80 uma constante positiva).
Soluçdó. A força sobre o cordutor é:

F / L x - ( o = 13, 11,n4,

de modo que a força aplicada é:

= Bo //--(—30)

O condutor deve girar na direçáo acp. Portanto, o trabalho necessá-


rio para cada volta inteira será:
.2,
W = B o I a , ) • r chi) a„ = — 27u-130 I L
•o

Já que N voltas por minuto é N/60 por segundo, a potência


, é:

P= 27trB0 I LN
60

Os sinais negativos no trabalho e potência indicam que é o campo


que executa o trabalho. O fato de que o trabalho é feito ao redor de
uma trajetória fechada mostra-nos que neste caso a força é Fig.
nao-conservativa.

110.14A Fig. 10-16 mostra uma configuraçáo onde o condutor tem 100 mm de compri
uma corrente constante de 5,0 A na direçáo az. Se o campo é:

B = —3,5 sen (par m I

e r = 25 rrun, encontre o trabalho necessário para movimentar o condutor, sob velo(


de .çb. = O a ,1) = i r na direçáo indicada. Se a direçáo da corrente for invertida pai
quanto valerá o trabalho total para uma volta completa?
Solução.

E = JL x B = —1,75 x 10-3sen0 N
1F„ = 1,75 x 10-3sen0a, N

Logo

NUANCE = 1 , 7 5 x 10 s e n 0
•o
r — 87,5

Se a direçáo da corrente mudar quando o condutor estiver entre 7r e 27r, o traball


O trabalho total é 175 btJ.

10.15 Calcule a força centrípeta necessária para manter um elétron (me = 9,107 x 10-3
circular de raio 0,35 x 10-1° m com uma velocidade angular de 2 x 1016 rad/S.
Soluçã-o.
156 E L E T R O M A G N E T I S M O

10.16Na região x.•>•- O existe um campo magnético uniforme B = 85,3 az /IT. Se um elétron entri
gem com uma velocidade U0 = 450 ax kints, encontre a posição onde ele abandona a regiã
um próton com a mesma velocidade e posição inicial abandonaria a região?
Soluça-o.

r - m QP3 = 3,00 x 10-2 m

O elétron sofre a ação de uma força inicial na direção ay e abandona


o campo em x = z O , y = 6 em.
Um próton iria girar para o outro lado, e uma parte da tra-
jetória circular está indicada como P na Fig. 10-17. Com mp
= 1840 me, B t
r = = 55 m
P m e e
Fig. 10-17
O próton abandona essa região em x z 0 , y = —110 m.

10.17Fixado um próton numa posição, um elétron gira ao seu redor numa órbita circular cujc
0,35 x 10-1° m. Qual é o campo magnético no próton?
Solução. O próton e o elétron são atraídos pela força de Coulomb:

F
4neor2

que fornece a força centrípeta para o movimento circular. Portanto:


Q2
= mew2r ou oy-
47u-or- 47C(.0 M e P3

Entretanto, o elétron equivale a uma espira com corrente / = (w127r)Q. Usando o Problerm
campo que atua no centro de tal espira vale:
I u (DO
B = 110 H = - • -
2r 4 7 - r r

Substituindo o valor de w encontrado acima:

B (P0/47E)Q2 ( 1 0 - 7 ) ( 1 , 6 x 10-19)2
T
r 2 / z i l t c o m , r ( 0 , 3 5 x 1 0 - 11 2 , / ( 4 x 10-9)(9,1 x 10-31)(0,35 x 10-1ü) = 35

ffi®
NUANCE
PROBLEMAS PROPOSTOS

10.18Um elemento de corrente de 2 m de extensão acha-se ao longo do eixo y centrado na °ri


corrente vale 5,0 A na direção ay. Se o elemento experimenta uma força de 1,50 (ax + az)
devido a um campo uniforme B. calcule B.
Resposta. 0 , 1 0 6 (—ax + az) T

10.19 Um campo magnético B = 3,5 x 10-2 a, T exerce uma força sobre um condutor de 0.3
FORÇAS E TO R Q U E S EM CAMPOS M A G N É T I C O S A E Q U A Ç Ã O DE L

110.201Ima película de correntes, K = 30,0ay A / m , está


localizada no plano z — 5 m , e um condutor fila-
mentar está sobre o eixo y, conduzindo 5,0 A na
direção ay. Calcule a força por unidade de compri-
mento.
Resposta. 94,2 p..N/m (atração)

110.21 Como mostra a Fig. 10-18, um condutor com corren-


te / f u r a ortogonalmente u m a película plana d e
corrente K . Calcule a força por unidade de com-
primento sobre o condutor, acima e abaixo da pelí-
cula. Fig. 10-fi
Resposta. - 4 4 K 17'2

.0.22Encontre a força sobre um condutor de 2 m ao longo do eixo z, carregando 5,0 A

B = 2,0a, + 6,0ay T

Resposta. — 6 0 a „ + 1 0 a , N

10.23Duas películas de corrente infinitas possuem a mesma densidade constante Ko, sã


suas correntes com direçOes opostas. Calcule a força por unidade de área sobre as p
de atração ou repulsão?
Resposta. 1.1.0IC,2) /2; (repulsão)

10.24A espira circular de corrente indicada na Fig. 10-19 está no plano z h , paralela a
forme de corrente K = Koay, localizada em z = O. Expresse a força sobre um co
tesimal da espira. Integre este- resultado e mostre que a força total é nula.

Resposta. d F = 4.1apo K0 cos 4)(14)(— ar)

Fig. 10-

10.25Dois condutores de comprimento (normais a B são mostrados na Fig. 10-20; a se


ambos é w. Mostre que o torque relativo a qualquer eixo paralelo aos condutore
cos O.

10.261.3-ma espira circular de corrente de raio r e corrente / está localizada sobre o


cule o torque q u e resulta se a corrente está n a direção açb e existe u m
158 E LETROMAGNETISMO

10.271.1ma espira circular de raio r = 0,35 m está centrada no eixo x, no plano x O e em (O, O, O
a corrente t e m módulo 5,0 A , dirigida segundo —ar. Encontre o torque se o campo uni()
B = 88,4 (ax + az) pT.
Resposta. 1.70 x 10-4 (—a .) N • m

10.28Uma corrente de 2,5 A está dirigida genericamente na direção ao à volta de uma espira con
quadrada, céntrada na origem no plano z O com lados centrados na origem no plano z =
lados de 0,60 m paralelos aos eixos x e y.
Encontre as forças e o torque sobre a espira, se B = 15a), mT. Se a espira for rodada cerca de
plano de z = O, modificaria o torque?
Resposta. 1 , 3 5 x • 10-2 (—ax)N • m ; T = m x B

10.29Uma bobina retangular, com 200 espiras de 0,30 m por 0,15 m com uma corrente de 5,0 A est
campo B = 0,2 T. Encontre o momento magnético m e o torque máximo.
Resposta. 45,0 A • m 2 ; 9 . 0 N • m

10.30Dois condutores de 4,0 m de comprimento acham-se sobre uma casca cilíndrica de 2,0 m de ra]
Centro no eixo z, como indicado na Fig. 10-21. As correntes de 10,0 A estão orientadas como
do e existe um campo externo B = 0,5ax T em 4 = O e B = —0,5ax T em çt) = 7r. Calcule
total e o torque em relação ao eixo.
Resposta. —40,0ar N; O

10.31Um cilindro circular reto possui 550 fios sobre a superfície curva lateral e cada um conduz un
rente 7,5 A. O campo magnético é B = 38 sen çb ar mT. A direção da corrente é az para O < çb
e —az para 7r < çb < 2n. Calcule a potência mecânica necessária para o cilindro fazer 1600 ro
por minuto na direção —ao.
Resposta. 60,2 W

11E1 , N T-

NUANCE Fig. 10-21 Fig. 10-22

10.32Obtenha uma expressão para a potência necessária para girar um cilindro com n condutores (
Fig. 10-22) contra o campo N revoluções por minuto, se B = Bo sen 20a7. e as correntes troc
sentido em cada quadrante, onde muda o sinal de B.

Bonl(rN
Resposta. 6 0 ( W )

10.33Um condutor de extensão t acha-se ao longo do eixo x com corrente / segundo ax. Calcule o t n
FORÇAS E "FORQUES EM CAMPOS M A G N É T I C O S A E Q U A Ç Ã O DE L.

Fig. 10-23 Fig. 10-24

11034 Uma espira de corrente retangular, de extensão a o longo do eixo y, acha-se num c
B = B o a , como indica a Fig. 10-24. Mostre que o trabalho necessário para movi
ao longo do eixo x com velocidade constante é nulo.

10.35Para a configuração mostrada na Fig. 10-24, o campo magnético é:


7tX

w a•_
B = Bo(sen H

Calcule o trabalho necessário para movimentar a espira ao longo do eixo x numa


velocidade constante, partindo da localização indicada.
Resposta. — 4B0 //W/7t

211.36Um condutor de 0,25 m de comprimento acha-se localizado sobre o eixo y e cond


de 25,0 A na direção ay. Pede-se a potência necessária para a translação paralela
x = 5.0 m. com velocidãde constante em 3,0 s, se o campo uniforme é B = 0,06 a,
• Resposta. —0,625 W

10.37Calcule a velocidade tangencial segundo a qual um próton, em campo B = 3 0 ul


ria circular de 1 cm de diámetro•
Resposta. 14,4 m/s

10.38Uma partícula alia e um pfóton (Qa = 2Qp) entram num campo magnético B
velocidade inicial tio = 8_5 mis. Dado que suas massas são, respectivamente, 6,6
, 1,673 x 1 0 2 7 kg, encontre os raios das órbitas circulares.
Resposta. 1 7 7 mm; 88,8 mm

10.39 Se u m próton num campo magnético efetua uma volta circular em 2,35 ps, qual

NuANcl de B?
Resposta. 2,79 x 1 0 : 2 T

10.40Um elétron num campo B = 4,0 x 1 0 2 T descreve uma órbita circular de raio
com torque máximo de 7,85 x 1 0 2 6 N • m . Determine a velocidade angular.
Resposta. 2 , 0 x 1016 rad/s

10.41Uma região contém campos B e E uniformes na mesma direção com B = 650 ui'. Ui
uma trajetória helicoidal, onde o círculo tem um raio de 35 min. Se o elétron tinha
nula na direção axial e avançou 431 m m ao longo do eixo, no tempo requerido ix
cular completa, encontre o módulo de E
AEC TOSMAG-ÉTECO2

11.1 TENSÃO DE AUTO-INDUÇÃO


A Fig. 11-1 mostra uma tenso que aparece nos terminais de uma bobina com N espiras, ,
fluxo 0 variável no tempo e comum a todas as espiras. A tenso induzida é dada pela lei de

v — N dq

dt
Veja Cap. 12 para uma discussffo da polaridade. Definindo auto-indu-
rância da bobina por:

L = N dcl)

a lei de Faraday pode ser reescrita na foinia:


di
v — d—t Fig. 11-1
L é dado em henries, onde 1 H = 1 Wb/A.
A presença de materiais ferromagnéticos deve ser levada em conta no cálculo de auto-indt
Supondo condições de espaço livre, o fluxo e, por conseguinte, as auto-indutâncias diferirâo
11 d o s valores obtidos quando a regiá-o contém materiais ferromagnéticos.

11.2 INDUTORES E INDUTÃNCIA
, U m indutor (também chamado uma indutdncia) é composto por dois condutores separa
N U A N cspaço livre, onde a configuraçâo do conjunto é tal que o fluxo magnético de um enlaça o out
corrente / nos condutores for contínua (ou, no máximo, de baixa freqüência), o fluxo total en
os condutores será:

= 1) p a r a bobinas
para outras configurações
Entffo se define a indutância do indutor por:
=
1
I N D U T Ã N C I A E C I R C U I TO S MAGI\

EXEMPLO 1. Calcule a indutância por unidade de comprimento de um condutor coaxial


trado na Fig. 1 1-2.
Entre os condutores:

H = —/- a
2nr

B =O ri a,

As correntes nos dois condutores sãO enlaçadas pelo f l u x o


através da superfície = const. Para um comprimento /:
con st
, ( , b 1.4 1
= 1 — 9 d r dz = p-0—/(In b
o2nr 2 7 r a
e
L b
(1-I/m)
( 2n a

As expressões referentes ao armazenamento de energia


no campo magnético a partir da análise de circuitos e teoria
de campo fornecem uma outra expressa) de definição para
a indutancia L •
Fig.
1 1 -
W = /..12 e V I / = - I (15 • H) du
2 2 •,
• ( B . H ) dv
fornecem L = I
12

EXEMPLO 2. Pode-se usar ambas as formas de abordagem para o condutor coaxial do Ex


do os campos B e H do Exemplo 1 :
•( b 2
_Po
L = I t 2 r I2a )r dr cid) dzn 1-Á-L(-1
• 4(7 — 2n b-

L po b
— In - (11/m)
/ 27t a

11 2 FORMAS PADRONIZADAS
As Figs. 11-3 a 11-9 apresentam algumas das configurações mais comuns de indut

N U A N C = d u t o rdeecada uma, exceto


s coaxiais. para
Pode-se as as
usar queequações
apresentam núcleo deacima
de definições ar; para estas, torna-se
fornecidas necess
para obter ae
empíricos. Todas as dimensões acham-se em metros.

N 2a r ,
L= l n - (F1')
277-

2\ espiras
162 E L E T R O M A G N E T I S M O

- = cosh-I L (Film
7t 2 a

raio Para d › > a,


a
- —41) ln ( 1 - 1 / m )
( 7 T a

Fig. 11-5. Condutores paralelos de raios a

raio

osir - í
-17r n a

- / 1111 )
275 a

Fig. 11-6. Condutores cilíndricos paralelos a um plano de terra

39,5 v2,2
-,- 10(

Fig. 11-7. Solenóide longo de seção reta


pequena de área 5' Fig. 11-8. Camada única; bobina d
de ar

3i,6 r ; - ,
1ou, r 41-1

ffi®
NUANCE Fig. 11-9. Bobina de núcleo de ar com diversas camadas

11.4 INDUTÂNCIA INTERNA


O fluxo magnético ocorre tanto no interior da seção reta de um condutor quanto exteriorrn
condutor. Este fluxo interno fornece uma indutáncia interna, quase sempre pequena comparada à (
e freqüentemente ignorada. A Fig. 11-10 (a) mostra um condutor de sec.ffo reta circular com uma c
/ uniformemente distribuída p o r sua área. (Esta suposigo só vale para freqüências baixas; nas
efeito pelicular faz com que a corrente se concentre pela superfície externa.) Dentro do condutor cl(
aplicando-se a lei de Ampère:
I N D U TA N C I A E C I R C U I TO S M A G N I

Deve-se imaginar a porção linear do condutor mostrado na Fig. 1 1-10 (a) como uma pequ
toróide infinito, como indica a Fig. 11 4 0 (h). Os filamentos de corrente tomam-se círcu
fitos. As linhas de fluxo (14) na fita ( dr enlaçam apenas os filamentos cujas distancias ao e
forem inferiores a r. Sendo assim, uma superfície aberta limitada por um desses filamentos
apenas uma vez (ou um número ímpar de vezes) pelas linhas de d<D, enquanto que para
como / o u 2 a superfície na-o será atravessada nenhuma vez ( o u um número par de veze
dc1) enlaça apenas a parcela 7rr2 /rra2 da corrente total, de maneira que o fluxo total enlaçad
seguinte "soma":

- nr2
-1I n a) - , t iJ a ai 2 )2110r
0 (n71r2 n a - o/ 8d r =1 r 17

L 2.// p o 1
e 10H/m
/ — = —871- = —2 x -

Fig. 11-10

Este resultado é independente do raio do condutor. A indutância total é a soma das ir


e externa. Se a indutância externa ford a ordem de (1/2) x 1 0 - 7 H/m, nao se poderá igi
interna.

N ( J 6 N C 1 1 1 ,5CIRCUITOS MAGNE11COS
Examinamos, no Cap. 9 , os campos H, B e o fluxo (1)
(p, bem como resolvemos diversos problemas usando como
meio o espaço livre. Por exemplo, aplicando a lei de Am-
père ao percurso fechado C da Fig. 1 1-1 1, bobina com nú-
cleo de ar, obtém-se o seguinte resultado
H, B
• di = N I
164 E L E T R O M A G N E T I S M O

O fluxo acha-se efetivamente restrito à regia-o interna do solenóide, de modo que:

H N I

Os materiais ferromagnéticos costumam apresentar


permeabilidades relativas da ordem de milhares. Por conse-
guinte, a densidade de fluxo B = po pr H é para um dado
H, bem superior do que resultaria no espaço livre. Na
Fig. 11-12 o enrolamento não é distribuído sobre todo o
núcleo de ferro. Mesmo assim, a corrente NI gera um fluxo
4 que percorre toda a extensão do núcleo. Cumpre ressal-
Fig. 11-12
tar que o fluxo prefere passar pelo ferro, em detrimento
do espaço livre, numa relação de- muitos milhares contra um.
Isto é tão diferente do magnetismo do espaço livre anali-
sado no Cap. 9 que foi desenvolvida toda uma teoria dedicada a este assunto, conhecida como
magnéticos. Esta breve introdução ao tema supõe que todo o fluxo segue pelo núcleo de ferro. 1
mente será adotado que o fluxo se distribuirá unifolmemente pela seção reta do núcleo. Comprin
núcleo necessários para o cálculo da variação NI são comprimentos médios.

11.6 NÃO-LINEARIDADE DA CURVA B-H


Pode-se testar uma amostra de um material ferromagnético aplicando valores crescentes de
dindo os valores correspondentes da densidade de fluxo B. As Figs. 11-13 e 11-14 mostram c
magnetizaçdó, ou simplesmente curvas B-H, relativas a certos materiais ferromagnéticos mais
A partir dessas curvas pode-se obter a permeabilidade relativa usando a reigffo p7. x B1110 H. A 1
mostra a extrema não-linearidade de ur versus H para o aço-silício. Tal não-linearidade requer (lu
blemas sejam resolvidos graficamente.

ffi®
NUANCE
INDUTÂNCIA E CIRCUITOS MAGNÉ

•S• 4

-4- '7217

-4
...•
A F e r r o fundido
B A ç o fundido
C Aço-Silício
D Liga Ferro-Níct

r-
i 000 2 0 0 0 3 0 0 0 4 0 0 0 5 0

/1(4'm)

Fig. 1 e t l i v a s B - H , H > .40() A m

2000

6000

5000

1«I® 4000

NUANCE 3000

2000

1000

100 2 0 0 3 0 0 400
166 E L E T R O M A G N E T I S M O

11.7 A LEI DE AMPÈRE APLICADA AOS CIRCUITOS MAGNÉTICOS


Uma bobina com N espiras e com corrente /, enrolada num núcleo ferromagnético, produ
magnetomotriz (fmm) dada por NI. O símbolo F é algumas vezes o utilizado para esta fmrn. A un
ampère. Aplicando-se, então, a lei de Ampère ao percurso no centro do núcleo mostrado na Fig.]
temos:

F N I =f1-1• dl

= I 1 • c / 12 4 - f H • d i3+ J . H • d !

= 111(1 -1- H 2 (2 + H3 (3

, IR

I R

(a) (b)

Fig. 11-16

Uma comparação com a lei de Kirchhoff aplicada a uma única malha envolvendo três resistores e
V:

= V1 + V2 + V3

sugere que F pode ser encarada como uma elevação de N I e os termos H / uma queda de NI, em
a uma elevação de tensão V e quedas de tensão Vi , 1/2 e 1/3 A s Figs. 11-16 (b) e (c) ilustram as
O fluxo cD na Fig. 11-16 (b) é análogo à corrente /, e relutância ,W é análoga à resistência R. Pode
1111 u m a expressão para a relutância da seguinte maneira:

queda NI = H / = BA(—pA) =

N A NI—C®4cio: ( /IA
(H- I)

Conhecidas as relutâncias, pode-se escrever a equação:

= N I = cD(,W1 g e 2 + ‹ 3 )

para o circuito magnético da Fig. 11-16 (b). Entretanto, deve-se conhecer ur para cada material an
cular sua relutância. E somente após conhecer as características B x H é que se pode obter ur. Ist
ta com a relação:
I N D U TA N C I A E C I R C U I TO S M A G I

G NOCLEOS COM E N T R E F E R R I DE A
Sã-o bastante comuns circuitos magnéticos com pequenos entreferros de ar. Estes s
pequenos quanto possível, posto que a queda N/ através do entreferro a ar é quase sempre
queda ao longo do núcleo. É tendência do fluxo espraiar na saída para o entreferro, de moei(
de fluxo no entreferro é maior do que a área do núcleo adjacente. Pressupondo que o o
entreferro seja inferior a 1/10 da menor dimensão do núcleo, pode-se calcular uma área ap
ao entreferro. Para um núcleo de seção reta retangular, com dimensões a e b:

Se = (a + + (e)

Se o fluxo total no entreferro é conhecido, pode-se obter He e H ete diretamente:


(eq)
H 1 He( e—
He g o S e ) Po Se

Impondo núcleo de ferro uniforme, com extensão In, com apenas um entreferrc
fornece:

/ e(15
N I = Hn + H e ( e = Hnt p o Se

Se o fluxo (I) é conhecido, calcula-se a queda NI no entreferro sem maiores dificuldade


tomando-se H . usando-se a curva B-H mais adequada, pode-se obter a queda NI no núc
A soma fornece o N I necessário para estabelecer o fluxo (1). Entretanto, quando N/
chega a B „ e (12, através do método tentativa e erro, como se verá nos problemas a segu
ficos são também utilizados.

11.9 E \ ! R O L A M E T O S MULTIPLOS

E possível usar, em um único núcleo, dois ou mais


enrolamentos. de tal modo que suas fmm individuais
poderão ser somadas ou subtraídas. A Fig. 11-17 ilus-
tra uma maneira de se indicar a 1.:-,laridade correta de
cada enrolamento. Pressupor uma direção para o fluxo
(I) resultante pode redundar em erro; semelhantemente
à suposição de um sentido de circulação de corrente
num circuito de corrente contínua, havendo duas ou
® mais fontes de tensão presentes. Um resultado negativo
simplesmente significa que o fluxo está na direção
N LJANCEPwta. (a)
Fig. 11

CF1CUITOS MAGNÉT1C S EM PARALELO


O método de resoluc-ao de u m circuito magnético em paralelo é sugerido pelo c
de duas malhas mostrado na Fig. 11-18 (b). O ramo à esquerda contém uma eleiracãõ d(
bina) e uma queda NI. A queda NI, entre as junções a e b, pode ser escrita, para cada
maneira:
168 E L E T R O M A G N E T I S M O

e o fluxo satisfaz ( D l = cD2 + (1)3

(a) (b)

Fig. 11-18

Havendo materiais distintos para partes do núcleo, tornar-se-á preciso trabalhar com diferente
B-H. Havendo um entreferro em um dos ramos dever-se-á usar 1 4 ( e , para a fmm entre as
daquele ramo.
Em todos os problemas onde surgirem circuitos magnéticos em paralelo, o melhor procedime
o de traçar o diagrama do circuito equivalente. É boa prática marcar cada tipo de material, as á
seções retas e comprimentos médios diretamente sobre o diagrama. Um esquema como a Tabela 1:
ser útil em problemas mais complexos. Colocam-se os dados diretamente na tabela e as quantidr
faltarem sffo entffo calculadas, ou obtidas da curva B-H apropriada.

Tabela 11-1

Parte Material Área B H

o PROBLEMAS RESOLVIDOS

do cabo c o a l da Fig. 11-2, se a =


N U A N b C a l cCalcule
u l 3 Sa uindutáncia
p o n h a porl unidadedec.odmpt
omita a t re
im
n
to w d
Solução.

L i b - 4 7 r x 10- =
In 3 = 0,22p H / m

/ 2 7 E a 2 7 Ir n

11.2 Calcule a indutância por unidade de comprimento dos condutores cilíndricos paralelos mc
na Fig. 11-5, onde d = 25 pés e a = 0,893 pol.
Soluçã-o.
I N D U T Â N C I A E C I R C U I TO S M A W

A fórmula aproximada dá:


L po d
= — In - = 2,37 pH/m
( Tc a

Quando (dia).•>-- 10, a fórmula aproximada pode ser usada com erro inferior a 0,5%.

1.13 U m condutor circular, com raio idêntico ao do Problema 11.2, está 12,5 pés afast
condutor infinito. Calcule a indutancia.
Solução. •
L lio d 2 5 ( 1 2 )
= l n = (2 x 10- 7)1n = 1,18 pHim
( 27t a 0 , 8 0 3

Este resultado é a metade do obtido no Problema 11.2. Um plano condutor po


meio caminho entre os dois condutores da Fig. 11-5. A indutáncia entre cada cc
vale 1,18 E , como estão em série, a indutância total é a soma 2,37 1i-1/m.

114 U m solenóide com núcleo de ar, de 300 espiras e comprimento de 0,50 m, tem un
de condutores de raio 0,02 m. Calcule a indutáncia
Solução. Usando a fórmula empírica:
39,5N2a'
— = 275 pH
9a + 10/

A equacao para um solenóide longo de seçao reta pequena resulta em:


gol V2.5 ( 4 7 i x 10- 7)(300)270,02)2
L - - 284 pH
0,50

Esta última equaçao consiste numa aproximação baseada na suposicao de que a int(
mapético H é constante através do interior da bobina.

11.5 Calcule a indutância da espira configurada na Fig. 11-9, onde N 3 0 0 , ri = 9 Ir


= 20 mm.
Solução.
31,6(300)2(9 x 10- 3)2
= - 585 pH 5
6
8
+
-3
0
x1
4

11.6 Suponha que o toroide com o núcleo de ar mostrado na Fig. 11 4 apresente uma se
raio 4 mm. Calcular a indutáncia, supondo existirem 2500 espiras e o raio médi
Solução.

NUANCE L=
pN2S ( 4 7 c x 10-7)(2500)2/0,004)2
=
27tr 2 . 7 0 , 0 2 0 )
3,14 mH

11.7 A Fig. 11-3 mostra um tor'oide de núcleo ar com 700 espiras, com raio interno de
2 cm e altura 1,5 cm. Calcular L usando (a) a fórmula para toróides de secao
fórmula aproximada para um toroide genérico que supfSe H uniforme num raio méc
Solução.

10N2a r 2 ( 4 7 T X 1 0 - 7)(700)2(0,015)
(a) =
27E I n r I - I 27r n 2 = 1,02 mH
170 E L E T R O M A G N E T I S M O

As fórmulas acima fornecem os mesmos resultados caso os raios envolvidos sejam gran
parados à seçâo reta. Veja o Problema 11.29

11.8 Use a energia total para calcular a indutância interna por unidade de comprimento de um (
cilíndrico de raio a.
Solu0b. Para uma distância r a do eixo do condutor:
Ir p o
H = B •27ta2 a4'
ta
7
2

de tal modo que


B • H = po I ',
47r2a4

A indutância correspondente à energia armazenada numa extensâo (do condutor é, portanto:

L = f (13 • 12
H)dt'
4 7 _r 2 Po r1'/-2 2irrt
a 4 Jo 8 i t
dr = 14 (

Ou /,,/,/ = go/87r. Isto concorda com o resultado da Seçâo 11.4.

11.9 O núcleo de ferro fundido mostrado na Fig. 11.9 tem


um raio interno de 7 cm e um raio externo de 9 cm.
Encontre o fluxo 4) se a fmm da bobina é 500 A.
Solução.

/' = : 7t(0,08) = 0,503 m


F 500
Fig. 11-19
H - /.= 0,503 - 995 A/m

Usando a curva B-H para ferro fundido na Fig. 11-14,


B = 0,40 T.

= BS (0,40)(0,02)2 = 0,16 mWb

11.100 circuito magnético mostrado na Fig. 11-20 tem urna parte, 1, na forma de um Cem aço fu
uma parte,2 , em ferro fundido. Encontre a corrente necessária no enrolamento com 150

N u A N c L o c i l u e n s i a _ o d a d e dáereflauxsoncoulfeárraso fu;dsido éB42x=100,445 T. e


S2 = 3,6 x 10-4 m2. Os comprimentos médios sâo:
(1 =0,11 + 0,11 + 0,12 = 0,34 M
(2 = 0,12 + 0,009 + 0,009 = 0,138 m

A partir da curva B-H para ferro fundido na Fig. 11-14,


obtém-se H2 = 1270 A/m.
H 1 2 cm
I N D U TA N C I A E C I R C U I TO S MAGNI

Logo, da curta de aço fundido na Fig. 11.13,1/1 = 233


Atm. O circuito equivalente, Fig. 11-21, sugere a equa-
çâo :

= N I = H1(1 + H2 / 2
1501 = 233(0,34) + 1270(0,138)
/ = 1,70 A

NI

11.110 circuito mapético mostrado n a Fig. 11-12 é constituí-


do de ferro fundido com comprimento médio = 0,44 m
e seçâo r e t a quadrada d e 0 , 0 2 x 0,02 m . O entreferro Fig.
tem comprimento e , = 2 m m e o enrolamento contém
400 espiras. Calcule a corrente / necessária para gerar um
fluxo de 0,141 m Wb no entreferro.
Soluçá-o. O f l u x o g) no entreferro é o mesmo que no mó-
dulo.

N =-- 400
610,141 x 10-3
13n= = = 0,35 T
Sn 4 x 10-4

Pela Fig. 11-14, H = 850 A/m. Logo:

Hn(n= 850(0,44) = 374 A

Para o entreferro, S e = (0,02 + 0,002)2 = 4,84 x 10-4


m2 e. ainda:
0,141 x 10-3
(2 x 10-3) = 4,64 A
He(e= 1,0se(e= (47c x 10-7)(4,84 x 10-4)

Portanto, = Hntn+ I l e ( e— 838 A e

F 838
/ =—= = 2,09 A
N 400

11 .i2Detenuine a relutância de um entreferro numa máquina de corrente contínua onde


q l 11 . 9 o S e = 4,26 x 10-2 m2 e o comprimento do entreferro (e = 5,6 rani.

NUANCE Solução.

= (e = 5 , 6 x 10' = 105 x 10' H-1


120Se ( 4 7 t x 10-7)(4,26 x 1 0 ' )

11.130 núcleo mapético de ferro fundido mostrado na Fig. 11-23


tem área Sn = 4 cm2 e um comprimento médio 0,438 m. O
entreferro d e 2 m m t e m área aparente Se = 4.84 cm2.
Determine o fluxo g) no entreferro .
Soluçá-o. O núcleo é muito longo comparado ao comprimen-
172 E L E T R - O M A G N E T I S M O

tanto, supondo que 600 dos ampère espiras totais estejam nó entreferro de tal modo que flete

Hee, =
Po

600(4n x 10-7X4,84
2 x 10-3 x 10-1— 1,82 x 10-4

Entro B, = (1)1Sn = 0,46 T, e, usando a Fig. 11-14, Hn = 1340 A/m. A queda no nÚc
tanto:

111,4= 1340(0,438) = 587 A

e, assim:

Hnen H e t e = 1187 A

Esta soma excede os 1000 A de fmm da bobina. Por conseguinte, valores de Bn, inferiores
devem ser tentados até que a soma de Hntn e Hetes* 11 I • A. Os valores de B, = 0,41 T (
Wb fornecem resultado bem próximo a 1 0 0 0 A.

11.14Resolva o Problema 11,13 d o as relutâncias e o circuito


tico equivalente, Fig. 11-24.
Soiuçdo. Usando os valores de Bn e H„ obtidos no Problema 11-13:
11-13:

E
po p, —13= 3,83 x 10-4 H/m
Hn

Entro, para o núcleo: Fig. 11-24

0,438
gitn= = =
PoP,Sn (3,83 x 10-4)(4 x 10-4)
• Oentreferro;

9? ie 2 2 x, 10-3 8 6 x 106 H-1


dei e P o Se x 0-7)(4,84 x 10-4) = 3,29 x 106 H-1

N U A N C E A equago do circuito:
F ()Men+ Jee)
fornece 1I
(2,86 x 106 + 3,29 x 106) = 1,63 x 10-4 Wb

A densidade de fluxo : 2 ético no ferro vale 0,41 T, coerente com os resultados do


11-13. Embora se pudesse calcular a relutância do entreferro a partir das dimensees e 40
não se dá quanto à relutância do ferro. A raz.ro disto é que 12r depende dos valores de B, e H,
INDUTANCIÉ2k e CIRCUITOS MAGNI

Hnen esta:o ciJ.culados, o Hee, sifo obtidos a partir de 4)/e/p.0 Se de modo que F coo
de HA, com H, te .Como o entreferro é linear, há necessidade de apenas dois pontos.
Tabelo 11-2
F
I-1, (A/m) Bi, (T) cio (W10) Hn4z (A)
307 3 8 8 6
700 0,295 1,18 x 10-4
350 4 4 1 7
800 0,335 1,34 x 10-4

900 0,365 1,46 x 10-4 395 4 8 0

438 5 2 6 9
1000 0,400 1,60 x 10-4
482 5 5 2 1(
1100 0,420 1,68 x 10-4

O fluxo 4) para F 1 0 0 0 A, como se observa na Fig. 11-25, é aproximadamente E


Este método é simplesmente um gráfico dos dados 4 tentativas e erros usados no 1
Entretanto, é útil caso haja a examinar diferentes ennálamentos ou correntes em bobb

1,60

1,50
Ferro fundido Composicifo
X 1,40
.C)
Entreferro
1,30

1,20

1,10

-r 200 400 6 0 0 B O O 1 0 0 6

F (A)
Fig. 11-25
Er
.1(;Calcule o fluxo n o núcleo do Problema 11.13, supondo mim de 800 a 1200)
® g maçã.°
r áfica e a reta de entreferro negativo.

de ferro fundido. O gráfico do 4) do entreferro versus F é linear. Um dos extrem


N N C E S o l u ç ã o . A Fig. 11-26 mostra o gráfico dos dados do Problema 11.15 de 4) versm
ferro de inclinaçãO negativa para uma fmm da bobina de 800 A é em (;=0 = O, J
extremo assume He = 800 A, pelo qual:
Q o - =Se(11 er e) = 2,43 x 10-4 Wb
e

o que localiza o extremo em 4) = 2,43 x 10-4 Wb,F = O.

A intersegab de F 8 0 0 A da linha de carga do entreferro com a curva


para o ferro fundido fornece 4)= 1,34 x 10-4 Wb. As demais retas de carg
E LETROMAGNETISMO

1,8

1,6

1,0

0,8
—Ferro fundido,
0,6 —
i
0,4— R e t a do entreferro
(inclinação ne tiva)
0,2 — l
Hnen t -4 I - 1 , 6 e
o i r r r r I
O 2 0 0 4 0 0 6 0 0 800 100e 1 2 0 0

F (A)
Fig. 11-26

11.17Repita o Problema 11.13 para uma bobina de fmm de 1000 A, usando a curva B-H do ferro
Soluçãb. Este método naes implica construir nova curva, tais como as curvas de cl? versus F
blemas 11.15 e 11.16. Para se desenhar a reta do entreferro sobre a curva B-H do ferro deve-s
der a certos ajustes, para diferentes áreas de seções retas e diferentes comprimentos médios.
11-3 indica os cálculos necessários.

F 1000
— 0 ,38
4 = 2283 A/m

111, Tabela 11-3

NUANCI Be(T) He (A/m) Be (-Se) ( T )


Sn —)
(n ( A / m )
He((e Fn ( t ne ) ( A / m )
0,10 0,80 x 0,12 363 1920

0,30 2,39 x 0,36 1091 1192

0,50 3,98 x 10' 0,61 1817 466

Os dados das terceira e quinta colunas podem ser diretamente dispostos sobre a curva
INDUTANCIA E CIRCUITOS IVIAGI\

0,80

0,70

0,60

,—, 0 , 5 0

ccl 0 , 4 0

0,30 Reta do entreferro ajust


0,20

0,10

1000

H (Alm)
Fig. 11-27

.110 circuito magnético da Fig. 11-28 é constituído de liga ferro-níquel


na parte7londe ()i- 10 cm e SI = 2,25 cm2, e aço fundido na parte
2, f 2 = 8 cm e S2 = 3 cm2. Calcule as densidades de fillX0 BI e B2.
F = 40 A
Soluçá-o. Os dados referentes ao meio 2 de aço fundido devem ser
convertidos sobre a curva B-H da parte / da liga de ferro-níquel
= 400 A/m). A Tabela 11-4 indica os cálculos necessários.

•Tabela 11-4

S2 (2
B2 (T) H2 (A/m) H2(T, ) ( A / m )
B2G- ( T ) —F - ( 2; )
H2(T

200 0,44 160 240


0,33

250 0,59 200 200


0,44

300 0,73 240 160


0,55

350 0,87 280 120


0,65
NUANCE 0,73 400 0,97 320 80

450 1,04 360 40


0,78

500 1,11 400 O


0,83

A partir do gráfico da Fig. 11-29, BI = 1,01 T. E, como BIS1 = B2S2:


176 E LETROMAGNETISMO

1,20

1,00

0,60

Aço fundido;
curva ajustada
0,40

0,20

! ! 1 L ! J
100 2 0 0

Hl (A/m)

Fig. 11-29

Estes valores podem ser comprovados obtendo-se os correspondentes Hl e H2 a partir das aprc
curvas B-H, e substituindo em:
F = H i l l + H2 e2

11.19A Fig. 11-30 (a) mostra um circuito magnético composto por braços paralelos de aço fundi(
possui uma bobina com 500 espiras. Os comprimentos médios são t2 = 13 = 10 CM, el =
Calcule a corrente da bobina (1)2 = 0,173 mW13.
Soluçá-o.

= +

111111 C o m o a área de seção reta do braço central é o dobro das laterais, a densidade de fluxo é a
l i b e l l através
o do núcleo, isto é:

NUANCE
ern
I N D U T Â N C I A E CIRCUITOS M A G N É

A Fig. 11-14 fornece, para B = 1,15 T, H = 1030 Atm. A queda N I entre os pont(
utilizada para escrever a seguinte equagffo [veja a Fig. 11-30 (b)id

F — 1-1(1 = Ht2 1 1 ( 3 o u F = 151(( + ( 2) = 1030(0,14) = 144,2 A

144 2
Logo / F = 0 29 A
N 500

H(3

(a) (b)

11.200 mesmo núcleo de aço fundido do Problema 11.19 contém duas bobinas idêntic;
nos braços exteriores, com o sentido de enrolamento indicado na Fig. 11-31 (
= 0,173 mWb, encontre as correntes dos enrolamentos.
So1140-o. As densidades de fluxo sa-o as mesmas através do núcleo, de modo que H
mo. O circuito equivalente mostrado na Fig. 11.31 (b) sugere que o problemapode sc
uma única malha.

B — s,1 ' 1 5 T e H — 1030 A/m ( d a Fig. 11-14)


F3 = + (3) = 1030(0,14) = 144,2 A / = 0,29 A

Cada bobina possui uma corrente de 0,29 A.

11.210 circuito magnético em paralelo da Fig. 11-32 (a) tem núcleo de aço-silício com
(i) s e ç ã o reta em todo o núcleo, S = 1.30 cm2. Os comprimentos médios valem ‘ r

NUANCI (2 = 5 m i . As bobinas têm 50 espiras cada. Dado que '1)1 = 9 0 Wb e 4)3 = 121
correntes das bobinas.
(P2 = el33 — = 0,30 x 10 W b
90 x 10-6
B, — =6 9 T
1,30 x 1 0 ' 0 '

Usando a curva B-H do aço-silício ,1/1 = 87 Atm. Logo, H 1(1 = 21,8 A. Analogamer
112 = 49 Atm, H2(2 = 2,5 A ; B3 = 0,92 T, 113 = 140 A t m , H3 t3 = 35,0 A. (
lente mostrado na Fig. 11-32 (b) sugere as equaçõ'es que se seguem para a queda/
a e b:
111 ( 1 — F 1 = H 2 ( 2 = F3 — H 3 ( 3
Soluçdb.
178 E L E T R O M A G N E T I S M O

(a) (b)
Fig. 11-32

11.22Obtenha o circuito magnético equivalente para o Problema 11.21 usando relutâncias dos três
obtenha o fluxo no núcleo usando E1 = 19,3 A e F3 = 37,5 A.
Soluçá-o.
.0 =

A partir dos valores de B e H encontrados no Problema 11.21:

po ,u„ = 7,93 x 10-3 H/m


Poi1r2 = 4,69 x 10-3 H/m / 1 0 pr3 = 6,57 x 10-3 H/m

Agora as relutâncias sffo calculados

, = 2 43 x 105 H-1
Po 1-ç 1

,!2 = 8,20 x 104 H-1 e = 2,93 x 105 H-1. Da Fig. 11-33:

F 3 ( I ) 3 393 + . 0 , ( I )

F1 =11)1j/1 —02 '-92 ( 2 )


(1), + (D2— ( 3 )

= 19,3 A = 37,5 A

NUANCE Fig. 11-33

Substituindo (D2 de (3) em (1)e (2), resulta no seguinte conjunto de equações simultaneas em eD

= C 11 ( / + .W2) — g 9 2 19,3 = (D1(3,25 x 10') —(133(0,82 x 10')


OU
F3 — 0 1 g P 2 + (1)3(2 + 37,5 = —01(0,82 x 105) + (D3(3,75 x 10')

Resolvendo, (Dl = 89,7 pWb, C132 = 30,3 pWb, 4)3 = 120 pWb.
Embora as equações simultâneas acima e a similaridade para um problema de circuitos
I N D U T Á N C I A E C I R C U I TO S M A G I

PROBLEMAS PROP S T S

11.23Calcule a indutancia p o r unidade de comprimento d e u m condutor coaxial


a = 2 mm e um condutor externo em b = 9 mm. Suponha 12,. = 1.
Resposta. 0 . 3 0 1 pH/m

11.24Calcule a indutância por unidade de comprimento de dois condutores cilíndricos j


raios dos condutores são de 1 mrn e a separação centro-a-centro é de 12 mm.
Resposta. 0,992 pH/m

11.25Dois condutores idênticos, cilíndricos, paralelos, separados por 1 m, têm uma indut
de comprimento de 2,12 pH/m. Quanto vale o raio de cada condutor?
Resposta. 5 min

11.26Um solenóide com núcleo de ar, com 2500 espiras de espaçamento uniforme, temi
de 1,5 m e raio de 2 x 1 0 - 2 rm Calcule a indutância L.
Resposta. 6 , 5 8 mH

11.27Calcule a indutância do enrolamento da Fig. 11-9, se r i = 1 cm, r2 = 2 cm, / --


Resposta. 4 , 7 0 inH

11.281.1m toroide de seção reta quadrada, núcleo em ar (veja a Fig.11-3), apresenta raic
raio externo de 7 cm e altura de 1,5 em. Se a indutância é de 495 pH, quantas es
toroide? Use a fórmula aproximada e compare os resultados.
Resposta. 7 0 0 ; 704

11.29 Um certo toroide de seção reta quadrada. idêntico ao da Fig. 11-3, apresenta ri = 80
a = 1,5 cra e 700 espiras. Calcule L usando as duas fórmulas e compare tais result
blema 11.7.)
Resposta. 3 6 , 3 1.11-1 (para ambas as fórmulas)

11 30Calcule as permeabilidades relativas do ferro fundido, aço fundido, aço-silício e


uma densidade de fluxo de 0,4 T. Use as Figs. 11-13 e 11-14.
Resposta. 3 1 8 1 3 8 4 ; 5305 e 42440

3 1 U m entreferro de comprimento /e = 2 m m tem uma densidade de fluxo 0,4 T.


mento d o núcleo magnético que apresenta mesma queda N I se o núcleo é de (a)

NUANCE aço fundido e (c) aço-silício.


Resposta. ( a ) 0,64 m; (b) 2,77 m; (c) 10,6 m

11.32 Um circuito magnético compõe-se de duas partes de mesmo material ferromagr


A parte / tem = 50 mm, Si = 104 nam2 ; e a 2, 2 = 30 mm,S2 = 120 mm2. O r
te da curva onde a permeabilidade relativa é proporcional à densidade de fluxo.
P. supondo fmm de 40 A.
Resposta. 26,3 PWb

11.33Um toróicle com uma seção reta circular de raio 20 mm tem um comprimento m
180 E L E T R O M A G N E T I S M O

1134A Fig. 11-34 mostra um circuito magnético cujos braços sffo de aço fundido.
A parte / tem t i = 34 cm e SI = 6 cm2 ; a parte 2 tem (2 = 16 cm e
S2 = 4 cm2. Calcule a corrente de enrolamento /1, supondo 12 = 0,5 A,
NI = 200 espiras, N2 = 100 espiras eC13 = 120 pWb.
Resposta. 0 , 6 5 A

1135A Fig. 11-35 mostra um núcleo em aço-silício, sego reta retangular de


10 mm por 8 mm e comprimento médio 150 min. O comprimento do
entreferro é de 0,8 mm e o fluxo do entreferro é de 80 pWb. Calcule Fig. 11-2
a fmm.
Resposta. 561.2 A

1136 Resolva o Problema 11-35 de modo inverso. Sendo conhecida a fmm


do enrolamento como 561,2 A, determine o fluxo do entreferro. Use um
método de tentativa e erro supondo inicialmente que 90% da queda NI Fig. 11-2
seacha retida no entreferro.

11370 circuito magnético de aço-silício do Problema 11.35 tem uma fmm de 600 A. Determine o f
entreferro.
Respostc. 85,2 /./Wb

1138Para o circuito magnético do Problema 11.35, calcule a relutância do a ç o „ e a do entr


Suponha o fluxo (13 = 80 /./Wb e calcule F. Veja a Fig. 11-26.
Resposta. . " = 0,313 pFI-1; = 6,70 i/11-1.• F = 561 A.

11390 núcleo de aço-silício como mostrado na Fig. 11-35


tem uma seçffo reta retangular de área S 8 0 mm2 e
um comprhnento de entreferro (e = 0,8 mm com uma
área Se = 95 mm2 O comprimento médio do núcleo
é 150 mm e a fmm é de 600 A. Resolva este problema
graficamente, obtendo curvas de cl) versus F. da mesma
maneira que no Problema 11-15.
Resposta. 8 5 pWb Fig. 11-36

11.40Resolva graficamente o Problema 11.39, usando reta de carga do entreferro para uma fmm de
Resposta. 8 5 //Wb

NUAN 11.41Resolva o Problema 11.39 graficamente usando método de resolugo do Problema 11.17, o
%e Nb densidade de fluxo no núcleo.
Resposta. 1 , 0 6 T

11.42Um núcleo ferromagnético retangular de 40 x 60 mm, apresenta um fluxo el) = 1,44 rriM
entreferro no núcleo tem comprimento te = 2,5 mm. Calcule a queda NI através do entreferro
Resposta. 1 0 7 9 A

11.43Um toráide com sego reta circular do raio de 2 cm apresenta núcleo em aço-silício com (
mento médio de 28 cm e um entreferro de comprimento 1,0 mm. Suponha que a área dc
I N D U T Ã N C I A E CIRCUITOS M A G N

11.44A Fig. 11-37 mostra um circuito magnético com uma


fmm de 5 0 0 A . A parte / é d e aço fundido c o m
= 340 mrn e SI = 400 mm2 ; a parte 2 é de ferro
fundido e apresenta /2 -= 138 m m e S2 = 360 mm2
Calcule (-1).
Resposta. 229 ,ItVib

11.45Resolva o Problema 11.44 graficamente como no Problema


11.18.
Resposta. 2 2 9 pV,/b

1.1.461.1M toróide de seção reta quadrada, com r i = 2 cm r2 — 3 cm e altura a = 1


composto por duas partes. A parte / é de aço-silício d e comprimento médio 7,9 c
ferro-níquel d e comprimento médio 7,9 m i . Calcule o fluxo que resulta de uma
Resposta. 10-4 Wb

11.47 Resolva o Problema 11 4 6 usando o método gráfico do Problema 11-17. Por que
curva B-H reversa sobre a primeira é mais fácil do qué se esperava?
Resposta. 1 0 - 4 Wb. Os comprimentos médios e as áreas das seções retas são idéntic(

11.480 circuito magnético paralelo de aço fundido da Fig.


11-38 tem bobina de 500 espiras no braço central, onde
a área da seção reta é duas vezes maior que nas laterais.
As dimensões são: te — 1 m m , S2 = S3 = 150 mm2,
Si = 300 m m 2 , / 1 = 4 0 m m , = 11 0 m m e
(3 =- 109 mm. Calcule a corrente da bobina necessária
a gerar fluxo n o entreferro de 125 " b . Suponha que
Se é 17% maior que S 3 é Fig. 11-
Resposta. 1 , 3 4 A

Fig.. 11-39

11.490 núcleo do circuito paralelo de ferro fundido na Fig. 11-39 tem uma bobina com
seção reta uniforme de 1,5 cm2 O s comprimentos médios são 11 = (3 = 10 cm e (
a corrente da bobina necessária para produzir uma densidade de fluxo de 0,25 T no

N U A N C E R e s p o s t a . 1,05 A

0,06

F2
0,01

0 , 1 4 m
182 E LETROMAGNETISMO

11.50Duas bobinas idênticas de 500 espiras possuem correntes iguais e estEo enroladas como most
11-40. O núcleo de aço fundido tem um fluxo no braço 3 de 120 1.1Wb• Calcule as correntes do
mentos e o fluxo no braço 1.
Resposta. 0,41 A; OWb

11.51Duas bobinas idênticas acham-se enroladas, como indicado na Fig. 11-41. O núcleo de aço-sill
sego reta uniforme de 6 cm2 Os comprimentos médios sáb (1 = (3 '--- 14 cm e (2 = 4 cm.
as fmm que atuam nas bobinas, supondo o fluxo no braço / ser 0,7 mW13.
Resposta. 38,5 A

ffi®
NUANCE
.1?(I-1.'

DUZJA

12.1 A CORRENTE DE DESLOCAMENTO


Para campos estáticos, o rotacional de H é idêntico a J, densidade de corrente porr
9.5). Esta densidade de corrente, devido ao movimento das cargas tais corno elétrons,
agora denominada densidade de corrente de conducãeo e galadaJ , . É claro que, se V
também ocorre para campos variantes no tempo, logo V • = V • ( V x H ) = O. ('Y
Fato incompatível com a equação da continuidade:
?)p
V- = — —êt

obtida na Se0b 6.9. Foi por isto que James Clerk Maxwell postulou que:

V x H = J, +

onde a densidade de corrente de deslocamento, JD, é definida por:


?D
•1O = ----
ct

111111111111111 So oCorre-Lu-mente:
m a n d o a corrente de deslocamento com a corrente de condução, "salva-se" a equação

NUANCE a• ê 0
V • J, = V • (V x H ) — V • ã , = O V • ct= — (c V • D ) t = - : - : - -

onde se usou que 7 • D p (Seção 4.3).


Para se obter a corrente de deslocamento (em ampères) que atravessa uma deter
aberta, basta integrar da mesma maneira que para a corrente de condução. Então:
•èD
• dS D J D • dS = I • tt,3
• •s s 'èr

Pode-se interpretar a expressão para iD em termos de movimento de cargas. Se a carga O


cidade U, o campo elétrico circunvizinho à O também avança com velocidade U. Ou s(
184 E LETROMAGNETISMO

EXEMPLO 1. Uma tenso variável no tempo, aplicada


a um capacitor de placas paralelas (Fig. 12-1), cria uma
corrente te (variável no tempo) nos eletrodos de co-
nexáb. E s t o indicadas duas superfícies abertas com
um contorno C comum. Como V • ( V x H) = O,
o teorema da divergência (Seção 4,5) fornece:

J. ( V H ) • dS í -s2( V x H) • dS

• F s g . 12-1
OU 1 -st ) Êt • • dS = 152 + --aD ) • dS

Não existindo efeito de borda (espraiamento), D será variável apenas dentro do capacitor; em su
há cargas móveis dentro do dielétrico = O). Assim:

jc d s = 2 1 3 • dS
51 5 3 at
onde S3 é parte de S2 que está interna ao dielétrico. A integral à esquerda é simplesmente i , cor
condução, composta por cargas móveis ao longo dos fios (eletrodos). Por seu turno, a integral da di
corrente de deslocamento iD no dielétrico.
O Problema 12.1 verifica a igualdade entre ic e iD, para este caso.

12.2 RELAÇÃO ENTRE Jc E JD


Alguns materiais n o se comportam nem como bons condutores nem como dielétric,os perf.(
forma que coexistem as correntes de deslocamento e de condução. A Fig. 12-2 mostra um model
mau condutor ou dielétrico com perdas. Supondo que a dependência temporal de E seja da forma e)
adensidade total de corrente é:

= J, + JD= aE + ( c E ) = o-E + jwcE

pelo qual

a)c

Como era de se esperar, a corrente de deslocamento Fig. U.-2


N U A N (passa a tomar-se
aumenta sumamente importante conforme
a freqüência.

12.3 LEI DE FARADAY


Quando um condutor se move através de um campo magnético, contando linhas de fluxo,
indução de uma tensão sobre o condutor. De modo análogo, quando o fluxo incide cruzando um c
estacionário, ocorrerá uma tensão induzida. Em um ou outro caso, a relação entre a tensão e a taxa
ção de fluxo que atravessa o condutor é dada pela lei de Faraday:
CORRENTE DE D E S L O C A M E N TO E FEM INDL

Pode-se usar um campo de fluxo distorcido, ilustrado


na Fig. 12.3, para representar a polaridade da tensão
induzida. A s linhas parecem adiantar-se em relação
ao condutor em movimento. O que se mostra ao re-
dor d o condutor é um fluxo anti-horário, capaz de
criar o mesmo campo de fluxo distorcido. Usando a re-
ga da mão direita, a corrente, havendo um percurso
fechado, estará "saindo" d o condutor. A Fig. 12-4
(e) indica o sentido de orientação da corrente atra-
vés de um circuito externo. A Fig. 1 2 4 (b) mostra
urna fonte de tensão equivalente e o mesmo sentido Fig. 12-3
de corrente que flui pelo circuito externo.
O sinal negativo na lei de Faraday pode ser
explicado reescrevendo a equação na forma integral.

d(b
v = — --.---
at

#cE odP (a)


d =—t — - ds
Fig. 12-(,:,

E c l ;

(a) (b) ( c )

Fig. 12-5

O contorno C, ao redor do qual a integral da esquerda é calculada, engloba a área plana S,


de superfície à direita. É comum associar a C um sentido positivo de circulação e a di
613, é então determinada pela regr,tisla mão direita. Veja Fig. 12-5 (a). Dentro do contorno
variável, B (t), densidade-de fluxo magnético. Se E crescer com o tempo, a sua derivada te
e, portanto, o lado direito da equação será negativo. A f i m de tomar negativa a integn
deve apresentar sentido oposto ao do contorno, Fig. 12-5 (b). Se o contorno for um fio
circulará uma corrente í., coerente com o sentido de E. Como mostra a Fig. 12-5 (c), circu
dá origem a um fluxo 0, que se opõe ao crescimento de E. A lei de Lenz sumariza esta

N
complicada discussão: a tensão induzida por um fluxo magnético variável no tempo possl

u A N C I E miclal.
ta, que a corrente estabelecida num percurso fechado origina um fluxo que se opõe à 1
No caso especial de um condutOr em movimento através de u m campo magléti(
polaridade prevista pela lei de Lenz será tal que o condutor experimenta uma força nu
ao seu movimento.

'2;.?A CONDUTORES E M MOVIIMENT • ATRAVÉS D E CAMPOS E S T

A força F que age sobre uma carga O, num campo magnético B, onde a carga se rmnd
V1, foi examinada no Cap. 10.
E LETROMAGNETISMO

Uma intensidade de campo elétrico mocional, Em, pode ser definido como sendo a força por uni
carga:

Em = — F = U x B
Q
Quando o condutor, atravessando linhas de um campo B, contiver grande quantidade de cargas
campo impresso Em obrigatoriamente cria uma diferença de potencial entre os dois terminais do c(
cujo valor depende de como Em se acha orientado em relaçâo ao condutor. Se os pontos terminais
dutor forem a e b, a tensâo de a em relago a b será:

vab E a , • dl = x B) • ci!
•b • b

Se a velocidade U e o campo B formarem ângulo reto, e o condutor for normal a ambos, entâo un
tor de comprimento terá uma -tensâo :

v = 131V

Supondo circuito fechado, a integral de linha deverá ser tomada ao redor de todo o percurso.

v ( U x B) • dl

É claro que, se apenas parte do circuito fechado estiver em movimento, tomar-se-á necessário e
integrago apenas em relago a tal parcela, pois Em será nulo em qualquer outro ponto considerado.

EXEMPLO 2. Na Fig. 12.6, duas barras condutoras


movem-se para fora com velocidade Ul + 1 2 , 5
(-ay)(mis) ) e U 2 = 8,0 a y (mis) n o c a m p o
B = 0,35 az T. Calcule a tenso de b em relago
a c.
Para os dois condutores:
ci
0,50 m
E„,, U , x B = 4,38(—ax) V/M x.
Em2 = U2 x B = 2,80 ax V/m F i g . 12-6

de modo que:
0,50 , 0 , 5 0
vab= 4 , 3 8 ( — a x ) • cbcax — —2,19 V
o v d , = •'0
2 , 8 0 ax • dx ax = 1,40 V
fft~ o v b , = vbb + v " + ud, = 2,19 + O + 1,40 = 3,59 V

N U A N C o m o b é positivo em relago a c, a corrente que fluirá pelo medidor seguirá segundo a r Esta
e oráría no circuito origina um fluxo segundo —ar, o qual, de acordo com a lei de Lenz, contra
mento do fluxo, segundo a, devido à expansffo do circuito. Além disso, forças que B exerce sobre
em movimento têm sentidos opostos aos de suas velocidades.

12.5 CONDUTORES EM MOVIMENTO ATRAVÉS DE CAMPOS VARIAVEIS NO 1


Quando um circuito condutor fechado está em movimento (isto inclui variações na forma) e
o campo B é uma fungo do tempo (bem como da posigo), ent&:, a tenso induzida total incluirá cc
cdes de cada uma das duas fontes de variacões de fluxo. A lei de P. 2ra.d2v 1-nr--çp •
CORRENTE DE DESLOCAMENTO E FEM INL

O primeiro termo à direita é a tensão correspondente à variação de B, com o circuito fecha,


do termo corresponde à tensão devida ao movimento do circuito com 13 fixo. A polaridade
encontrada a partir da forma apropriada da lei de Lenz, e os dois termos são então adic
em conta estas polaridades. Veja o Problema 12-17

PROBLEMAS RESOLVIDOS

112.11 Mostre que a corrente de deslocamento num dielétrico de um capacitor de placas pl


igual à corrente de condução que flui pelos seus telminais.
Sold0b. Observe a Fig. 12.1 A capacitância do capacitor é:

onde A é a área de cada placa e d a separação entre ambas. A corrente de condução w


dv c A d r
=C—=
dt d d t

Por outro lado, o campo elétrico no interior do dielétrico é, desprezando espralame


tanto:

aD c dr
D ÉE = v — ê t - d —dt

e a corrente de deslocamento é (I) é normal às placas):

• í aD
'D =
•Aet - s 1•A-d —
dt d (- A
" —
st
•d

d dr
—dt=

112.2 N u m material, com a = 5,0 Sim e C,.= 1 a intensidade do campo elétrico é E


(V/m). Calcular as densidades de correntes de condução e deslocamento, bem c(
na qual têm a mesma amplitude máxima.
111111111 Solup-o.

N L J A N C E o E = 1250 es plolot ( A / m 2 )
Supondo que a direção do campo elétrico não varie no tempo:

OD e
D = —at = ( c o ( r 250 sen101c't) — 22,1 cos 10"t ( A / m 2 )

Para que J, = JD:


5.0
= (0( o u = 5 , =,65 x 1011 rad/s
8,854 x 1O '
188 E L E T R O M A G N E T I S M O

123 Um capacitor coaxial com raio interno de 5 mm, externo de 6 mm e comprimento de 500mm
dielétrico no qual e,. = 6,7 e uma tenso aplicada de 250 sen 377 t (V). Determine a corrent(
locamento iD e compare-a com a corrente de condugo
Soluçá-o. Suponha que, sobre o condutor interno, r = O. Entro, pelo Problema 8.7, o pote
0,005 r s 0,006 mm é :

250
v = I n (6/5)sen377t ( l n 0,005
) (V)
E daí:
E= = 1,37 x 103sen377t a, ( V i m )

8,13 x 10
D = co(rE = 7 8 s e n 377t a, (C/m2)

JD = êt= 3 , 0 7 x 1075 cos377t ( A / m 2 )

.1,(27crL)= 9,63 x 1075 cos 377t ( A )

O método de análise de circuitos para o cálculo de ic requer o valor da capacitáncia:

C= = 1,02 x 10-9 F
271c0
In (6/5
,)L
dr
Logo i = C —dt = (1,02 x 10 - 9)(250)(377)(cos 377t) = 9,63 x 10 - cos 377t ( A )

Ve.-se, entro, que ic = iD.

12.4 O solo úmido possui condutividade de 10-3 S/m e e,. = 2,5. Encontre J.c.e JD , onde:

E = 6,0 x 10-6sen 9,0 x 109t ( V / m )

Solução. Em primeiro lugar, J , = uE = 6,0 x 1079sen9,0 x 109/ (A/m2).

Entro. posto que D = eoerE:

al) a E
JD = = Cr = 1'20 x 10- cos 9,0 x 109t ( A / m 2 )

N L J A N Ç g l a Fig. 12-7. um condutor de 3 m de comprimento


move-se paralelamente ao eixo x , com velocidade
U 2 , 5 0 a y (m/s) num campo uniforme B = 0,50a,
T. Calcule .a tenso induzida.
Soluçã-o. Já que o campo uniforme forma sempre
ângulo reto com o vetor velocidade, e o condutor é
normal a ambos:

v = B/U = 3,75 V
CORRENTE DE D E S L O C A M E N TO E F E M I N

12.6 C o m o mesmo campo e a mesma velocidade do Problema 12.5 encontre a tensEo ir


condutor de 3 m orientado paralelamente ao eixo y.
Solução. O campo mocional E é U z B 1 , 2 5 a , (Vim), como antes. Logo, se os t(
(0, O, O) e (O, 3, O) m:
•3
V = 1 , 2 5 ax • dy ay O
•o

Ou, mais genericamente, todo condutor movimentando-se ao longo de seu próprio


corta nenhum fluxo magnético.

12.7 Calcule a tensão induzida sobre o condutor da Fig.


12-8 onde B = 0,04ay T e:
Solução.
U = 2,5 sen103t ( m / s )

x B = 0,10 sen103t n x ) ( V i m )
0,20 X

= 1 0 , 1 0 s e n 1 0 3 / ( - - a x ) • d x ax 1
-o
= – 0,02 sen 10' t ( V )
Fig. 12-
O condutor move-se, primeiramente, segundo az. O
terminal x 0 , 2 0 é negativo com relação ao termi-
nal localizado sobre o eixo z, para este meio ciclo.

12.8 U m a área de 0,65 m2 , sobre o plano z O , possui


como contorno u m condutor filamentar. Calcule a
tensãé induzida, sabendo-se que:

J3 = 0,05 cos 1031- (a). + az)/v/ ( T )

Solução. Veja a Fig. 12-9,

v – 1 —dSa.
s 2/
Fig. 1
= 50sen103t(Q'12a
•s dSa.
= 23,0 sen103t ( V )

Para a primeira metade do ciclo da função co-seno, o campo decresce. A corrente,


do, deve possuir circulação t a l que se oponha a esse decréscimo, de modo que a cor
deve possuir o sentido indicado na Fig. 12-9.

N U A N C E , , , O condutor de malha circular indicado na Fig. 12-10


acha-se sobre o plano z = O, t e m u m r a i o d e
0,10 m e uma resistência de 5,0 2 . Dado B = 0,20 sen
103 ta, (T), calcule a corrente.
Solução.

4)= B • S = 2 x 1 0 3 n sen103r ( W b )

v= – = – 2ncos 103t ( V )
dt
F
190 E L E T R O M A G N E T I S M O

Em t = O +, o fluxo está crescendo. A fim de opor-se a esse aumento, a corrente no circui


ter instantaneamente, orientação —ay, onde o circuito cruzar o eixo x.

12.10A espira retangular da Fig. 12.11 move-se em


direção à origem com velocidade U = 250ay
(m/s) num campo:

B 0 , 8 0 e - c l ' " Yaz ( T )

Calcule a corrente no instante em que os lados


da espira estiverem em y = 0,5 m e 0,6 m se
R = 2,5 a
Soluçã-o.
Apenas os lados de 1,0 m possuem tensões Fig. 12-11
induzidas. Chamemos o lado em y = 0,50
de /.

v, = B i ( U =0,80e-(425(1)(250)= 155,8 V V2 = B 2 ( U = 1 4 8 , 2 V

As tensGes possuem as polaridades indicadas. A corrente instantânea é:

155,8 — 148,2
= = 3,04 A
2,5

12.11Um condutor de 1 c m de comprimento é


paralelo ao eixo z, e gira sob um raio de 25 cm,
a 1200 rev/min (veja a Fig. 12-12). Calcule a
tensão induzida se o campo radial é dado por
B -= 0,5a„ T.
Soluçá-o. A velocidade angular é:

(1200 min
rev ) 160 min
s r e v= ,Eu)(2
,c — rad
d
r.a
Fig. 12-12
De onde:

111® U = rw = (0,25)(401t) m/s


E„, = Mimo x 0,5 ar = 5,07r(— as) Vim

NUANCE 0,01
v = 5 , 0 r c ( —az) • dz az = —5,0 x 10-27r V
o

O sinal negativo indica que o terminal inferior do condutor é positivo em relação ao superior.

12.12Um cilindro condutor com raio de 7 cm e altura de 15 cm gira a uma velocidade de 600 rev/mi
campo radial B = 0,20a, T. Contatos deslizantes conectam as partes superior e inferior a un
metro como indicado na Fig. 12-13. Encontre a tensão induzida.
Soluçá-o.
CORRENTE DE D E S L O C A M E N TO E F E M I N D

Cada elemento vertical da superfície curva corta o mesmo fluxo


e apresenta a mesma tensão induzida. Esses elementos acham-se
efetivamente em ligação paralela e a tensão induzida em cada um h
é a mesma que no total.

0,15
= f. 0 , 8 8 (— az) • clzaz= —0,13 V
•o

12.13Na Fig. 12-14 uma malha condutora retangular com resistência


R = 0,20 2 gira a 500 rev/min. O condutor vertical em ri = 0,03 m
acha-se sujeito a u m campo 1 = 0,25a, T e o condutor e m
r2 = 0,05 m está num campo B2 = 0,80a, T. Pede-se a corrente
da malha.
Soluçõo.
Ui = (500)()(2n)(0,03)a, = 0,507•cao m/s
.0,50
= I ( 0 , 5 0 Itad, x 0,25 a, ) • dza,, = —0,20 V
•o

Analogamente, U2 = 0,83 itztó m/s e e2 = 1,04 V. Logo :

= 1,04 — 0,20
0,20 = 4,20 A

na direção indicada no diagrama.

12.140 disco circular mostrado na Fig. 12-15 gira a w (rad/s) numa den-
sidade de fluxo uniforme B = Baz. Um voltímetro é conectado ao
disco por contatos deslizardes. Qual a tensão indicada no medidor
neste gerador de Faraday?
Soluçã-o. O elemento a analisar é radial. U m ponto genérico sobre
este elemento radial apresenta velocidade U = wrao, de maneira
que:
Ux B =
coaB
e e =f corBar • dr a, —
•o 2
onde a é o raio do disco. O resultado positivo indica que os pontos
externos são positivos em relação ao centro para as direcões e sen-
tidos de B e co indicados.

12.15 Uma espira quadrada, com lado de 0,60 m, gira em tomo do eixo x sob w = 60 ir
B = 0,80az T, como indica a Fig. 12-16 (a). Calcule a tensão induzida.
SoluçãO. Supondo que a espira esteja inicialmente sobre o plano xy :

= cot = 607ít (rad)

A área projetada sobre xy toma-se [veja a Fig. 12-16 (b)1:


192 E LETR °MAGNETISMO

3'

(a) (b)
Fig. 12-16

Logo 0 = BA --- 0,288 cos 60irt (W13) e

'v— — 54 3sen6Ont (v)


cit

A lei de Lenz mostra que esta é a tensao de a em relação a b.

Método alternativo

Cada lado paralelo ao eixo x possui componente de velocidade segundo y cujo módulo é:

I Uy! = Ircosena1 118,0nsen60m-1 ( m / s )

Somando-se as tensões Btl U.,1 para os dois lados, obtém-se:

IL' = 2(B/ I y I = 54,3sen6Ont ( V )

A lei de Lenz novamente indica o sinal correto.

12.16Calcule a potência elétrica gerada pela espira do Problema 12.13. Comprova, o resultado calca
taxa sob a qual o trabalho mecânico é feito sobre essa espira.

ANo Solução. A potência elétrica é a potência dissipada no resistor.

• P , = i2R = (4,20)2(0,20) = 3,53 W

N u A N C E s forças exercidas pelo campo sobre os dois condutores verticais sãO :

F1 = i(11 x Bi) = (4,20)(0,50)(0,25)(a, x ar) = 0,525 ao N


F2 = i(I2 X 82) = (4,20)(0,50)(0,80)(-- a, x ar) — —1,68

Para girar a espira devem ser aplicadas as forças —F1 e —F2 ; executando um trabalho sob taxa

P ( — F , ) • + ( - - - F 2 ) • U2 = —0,525)(0,50n) + (1,68)(0,83n) = 3,55 W

Dentro dos erros de arredondamento, P P e .


CORRENTE DE D E S L O C A M E N TO E F E M INDI

tempo B = B (t)az. Determine a tensão induzida na aspira (a) usando v = c l O c i t ;(1):

— — D E• dS + B ) • dl
-s ót
Soluc:ffo. (a). A Fig. 12.-17 (b) mostra a aspira num instante t. Se a área dessa espi:
projetada normalmente ao campo será A cos cot de maneira que:

= B(t)(A cos cot)

(a) (b)

Fig. 12-r/
dcl) d B
e A cos cot + B Acosencot
dt d t

(1)) A contribuiçãO para /.; devido à variação de B é:

1 = — I• ÔE:A a
- - • dS 1 , dB • dS
d a„ =B
cos wt
•s at • s dt - d t

pois a : • a„ c o s cot.

necessária a velocidade U de u m ponto da aspira, para calcular a contribuição a


Usando a Fig. 12-17 (b) vê-se que:

U = rcoa„ = o i a „
cos oit

de modo que:

NUANCE Ux B o i n „
cos cot
x Ba, = w B s e n a d (— ax)
- coswt

pois a , x = sen wt (—ar). Por conseguinte:


toBsencot r
(U x B) • dl y cosacot •x • dl

O teorema d e Stokes (Seção 9 . 8 ) pode ser usado para avaliar a última


(yar) = :
194 E L E T R O M A G N E T I S M O

Portanto:
coBserkot
v2 = (
cos A cos wt) = BAcosernot

Nota-se que vi e v2 sãO precisamente os dois termos obtidos no item (a).

PROBLEMAS PROPOSTOS

12.1.8Conhecida a densidade de corrente de condugo num dielétrico dissipativo / = 0,02 sen 109 t(
encontre a densidade de corrente de deslocamento se a = 103 Sim e e,. = 6.5.
Resposta. 1,15 x 10-6 cos 109 t (A/m2)

1.2.19 Urii condutor de seçãO reta circular de 1,5 mm de raio suporta uma corrente ic = 5,5 sen 4 x
(p.A). Quanto vale a amplitude da densidade de corrente de deslocamento, se a = 35 MS/m e e,
Resposta. 7,87 x 10-3 pAim2

12.20Descubra a freqüência para a qual as densidades de corrente de condugo e deslocamento sff(


ticas em (a) água destilada, onde a = 2,0 x 10-4 Sim, er = 81; (b) água salgada, onde a = 4
e e, = 1.
Resposta. (a) 444 x 104 Hz; (b) 7,19 x 101° Hz

12.21.Duas cascas esféricas condutoras concêntricas com raios r i = 0,5 mm e r2 = 1 mm, acham-se !
das por um dielétrico de er = 8,5. Encontre a capacitância e calcule ic dada uma tensão ai
v = 150 sen 5000 t (V). Calcule a corrente de deslocamento iD e compare-a com i c.
Resposta. i = iD = 7,09 x 10-7 cos 5000 t (A)

12.22Duas placas condutoras planas e paralelas de área 0,05 m2 acham-se separadas por 2 mm de ui
létrico com perdas com e, = 8,3 e a = 8,0 x 10-4 Sim. Aplicada uma tenso v = 10 sen
(V), calcule o valor mis da corrente total.
Resposta. 0,192 A

12.23Um capacitor de placas paralelas, separadas por 0,6 mm e com um dielétrico de e,. = 15,3 te]
tensâO aplicada de rms 25 V na freqüência de 15 GHz. Calcule o rms da densidade de corrente (
locamento. Despreze o espraiamento.
Resposta. 5,32 x 105 A/m2

12.24Um condutor no eixo x entre x = O e x = 0,2 m possui velocidade 1.1 = 6,0 a, (m/s) num'
B O 04aT•• • Calcule a voltagem induzida, usando:
(a) a intensidade de campo elétrico mocional; (b) dOldt; (e) MU.

N U A N C , I Calcule
fechado.a polaridade e discuta a lei de Lenz, supondo que o condutor se acha ligado a um d
Resposta. 0,048 V (terminal x = O é positivo)

12.25Repita o Problema 12.24 para B = 0,04 sen kza ( T ) . Discuta a lei de Lenz, se o condutor se
segundo a direção contrária à qual o fluxo é positivo.
Resposta. 0,048 sen kz (V)

12.26A Fig. 12-18 mostra uma barra condutora, paralela ao eixo y que completa uma malha por co
deslizantes com os condutores em y = Oey = 0,05 m.
CORRENTE D E D E S L O C A M E N TO E F E M I N D I

T'''''-
BI V I
2

0,05 50 5-?,

Fig. 12-18 Fig. 12-19

12.27A Fig. 12-19 mostra uma espira retangular que se move para a direita com velocidad
O lado esquerdo atravessa o fluxo sob ângulos retos, onde B i = 0,30 T, enquant,
corta fluxo idêntico, em sentido oposto. Calcule a corrente instantânea na espira e di&
usando a lei de Lenz.
Resposta. 1 5 mA (anti-horário)

12.280 plano z O contém uma espira condutora com lados paralelos aos eixos, com dilue
e x = 2 cm. Sua resistência vale 5,0 2 . No instante em que os lados da espira estãc
e x 2 2 cm. move-se em direção à origem com velocidade de 2,5 m/s, segundo o
a corrente se B = 5,0 e- lúxa, (T). Repita a para os lados da bobina em x = 5 cm e x
Resposta. 0 , 6 1 3 InA; 2,75 mi-N,

12.290 condutor de 2,0 m indicado na Fig. 12-20 gira a 120 rev/min no


campo radial B = 0,10 sen a r T. Calcule a corrente no circuito
fechado, com uma resistência de 100 2 . Discuta a polaridade e a
direção da corrente.
Resposta. 5 , 0 3 x 10-2 sen 407rt (A)

12.30Num campo radial B = 0,50 ar T, dois condutores em r = 0.23 m


e r = 0,25 m estão paralelos ao eixo z, e possuem comprimentos OIn
de 0,01 m. Se ambos os condutores acham-se no plano = 401rt,
quando vale a tensão capaz de fazer circular uma corrente quando
os dois condutores estão conectados por condutores radiais?
Resposta. 12,6 mV
TF
12.31Na Fig. 12-21 é mostrado u m condutor radial. 3 r 6 chi,
inserido num disco de vidro rotativo. Dois resistores de 11,2 m 2
completam as duas malhas. O disco gira a 12 rev/min. Se o campo
que atua sobre o disco é B = 0,30an T, quanto valerá a potência
elétrica gerada? Qual será o efeito desta sobre a rotação? Discuta
a lei de Lenz, aplicando-a ao problema.

N UANCE Resposta. 4 6 , 3 1i)1V

12.32Qual é a tensão desenvOlvida por um disco gerador de Faraday


(Problema 12.14), c o m conexões d o medidor em r i =- 1 m m
e r2 = 100 mm, quando o disco gira a 500 rev/min. numa densi-
dade de fluxo de 0,80 T?
Resposta. 0,209 V

I2.33A espira da Fig. 12-16 (a) tem largura de 75 mm (dimensão y) e comprimento de le


x). Calcule sua velocidade rotacional se uma tensão com lins de 0,25 V é gerada em 1
EQUAÇÕES IE MAX ELL
E
COKNOES DECONd v f n
13.1 INTRODUÇÃO
Foi examinado no Cap. 7 o comportamento do campo elétrico E. e da densidade de fluxo elét
atravessando a interface de dois materiais diferentes, quando ambos os campos eram estáticos. Urr
mento análogo, também para campos estáticos, será agora feito para o campo magnético H e a densid
fluxo magnético B. Isto completará o estudo das condições de contorno dos quatro principais c
vetoriais.
No Cap. 12, onde foram tratados os campos variáveis no tempo, introduziu-se a densidade de cc
de deslocamento JD e examinamos a lei de Faraday. Neste cap. estas mesmas equações e outras dese
das anteriormente serão agrupadas para formar o conjunto conhecido como equações de Maxwell
equações formam a base de toda a teoria do campo eletromagnético; elas devem ser memorizadas.

13.2 RELAÇÕES DE CONTORNO PARA OS CAMPOS MAGNÉTICOS


Pode-se esperar variação abrupta, quando H e B são examinados na interface entre dois materia
rentes, do mesmo modo que foi observado em E e D na interface entre dois dielétricos diferente
Sego 7.4).
A Fig. 13-1 mostra uma interface separando o meio 1, com pro-
priedades ui e i-tr , de 2, com 1-c/-2 e 0.2 • Para determinar o comporta-
mento de B, faz-se uso de um pequeno cilindro circular reto posicio-
nado através da interface, como mostrado. Como as linhas do fluxo
magnético são contínuas:

N U A N C I T B • dS = r B , • dS1 + B • dS + r B 2 • dS2 O
• base 1 • sup. lat. • base 2
Fazendo-se a altura do cilindro tender a zero, as bases tendem à in-
terface, e a área da superfície lateral tende a zero, levando a:

B, • dS1,+ B 2 , • dS2 = O
• base 1 ' base 2
ou:

—R 1 dÇ =
EQUAÇÕES DE MAXVVELL E CONDIÇÕES DE CON-I

Em palavras, o componente normal de B é contínuo através da inter-


face. Pode-se usar, indiferentemente, qualquer normal à interface,
para se obter B 1 e .8,2
A variação de H através da interface é obtida mediante aplica-
ção da lei de Ampère ao redor de um contorno retangular fechado,
conforme mostra a Fig. 13-2. Supondo que não haja corrente na in-
terface, e fazendo o retângulo tender a zero da maneira usual:

O = H - dil --> A ( — 1-1(2 â ( 2

de modo que:
Fig. 13-2
Hel = Ht2

Portanto, a componente tangencial de H tem a mesma projeção ao longo dos dois lados do 1
que o retângulo pode ser girado de 90 e o argumento repetido, segue-se que:

= H t2

Em palavras, a componente tangencial de H é contínuo através de uma interface livre de con


Em analogia ao Exemplo 1, Seção 7.4, a relação:
tg 01 / 1 , 2
tg 02 11 , 1

entre os ângulos feitos por H1 e E2 com uma superfície sem correntes , pode ser obtida

113.3 CONTORNO COM PELÍCULA DE CORRENTE


Se u m material da interface possuir condutividade não nula,
pode aparecer uma corrente. Embora esta possa ser uma corrente
qualquer atravessando o material, é de maior interesse o caso de uma
película de corrente na interface.
A película de corrente da Fig. 13-3 é uniforme, com densidade
K = yO ,,K ano sistema de coordenadas indicado e está localizada na
interface x = O entre os meios 1 e 2 O campo magnético H', produ-
zido por essa película é dado pelo Problema 9.3 como:

x n.1 = 41(0 2:: H ' 2 = a n 2 =

Ou seja, H ' tem uma descontinuidade tangencial de módulo

N L J A N C 0 1guma outra fonte,


na interface. sua componente
Havendo tangencial
u m segundo campo, será
H " , contínua na de
proveniente in-
terface. O campo magnético resultante:
H = H' + H"

terá u m a descontinuidade d e módulo 1 K ° ' n a sua componente


Fia
tangencial. isto é expresso pela fórmula vetorial:

(Hl H 2 ) x 2.n12 =

onde an12 é o vetor unitário normal dirigido da região / para a região 2. A relação vetorial,
198 E LETROMAGNETISMO

13.4 CONDIÇÕES DE CONTORNO: RESUMO


Para propósitos de referência, as relações para E e D atravessando uma interface de dois dielétrio
corno as relações entre H e B, são mostradas a seguir.

Campos Magnéticos C a m p o s Elétricos

B„, = B„, D , — D , ( s e m ca s
{(13/ — D2) • a”12 = —Ps (com cargas supe
M i = Ht2 ( s e m correntes)
E„ = E,„
{(Hi — H2) x ;12 — K ( c o m película de correntes)
tan 01 p r 2 t g o, , , ,
— tan-02= grl (sem correntes)
( s e tg O, =mcr, cargas)

Estas relações foram obtidas admitindo-se condições estáticas. Entretanto, no Cap. 14 verific
que elas se aplicam igualmente aos campos variáveis no tempo.

13.5 EQUAÇÕES DE MAXWELL


Pode haver campo elétrico estacionário E na ausência de um campo magnético H; um capacit
carga estática Q serve como exemplo. Do mesmo modo, um condutor com corrente constante I t
campo magnético H sem um campo E. Entretanto, quando os campos sffo variáveis no tempo, nem
existir sem um campo E, nem E pode existir sem um correspondente campo H. Embora muitas infor
úteis possam ser retiradas da teoria eletrostática, apenas os campos variáveis no tempo sEo capazes c
tanciar o enorme valor da teoria do campo eletromagnético. As experiências de Faraday e Hertz, e a
ses teóricas de Maxwell, envolvem, todas, campos variáveis no tempo.
As equações agrupadas abaixo, denominadas equações de Maxwell, foram desenvolvidas se
mente. A Tabela 13-1 apresenta a forma mais genérica, onde se pode ter a presença de cargas e o
de condugo no meio ao qual se aplicam tais expressões.

Tabela 13-1 Conjunto Geral das Equações de Maxwell

Forma Diferencial Forma Integral

ffi® x H J , + —ar H • dl = 1•s(.1,e+ „-aD


t ) • dS ( l e i de Ampère)

NUANCE óB
x E = — at f• E • dl = 1•s( —
a ..--13)
t • dS ( l e i de Faraday; S fixa)

V• D = p f D • dS = 1 p dr ( l e i de Gauss)
.5

V• B =O
-sB • dS O ( N ã o existem monopolos magnéticos)

Note que as formas diferencial e integral das duas primeiras equações são equivalentes segundo o tc
de Stokes, enquanto as formas diferencial e integral das duas últimas equações sffo equivalentes seg
EQUAÇÕES DE M A X W E L L E CONDIÇÕES DE COK

As duas primeiras equações diferenciais no conjunto espaço livre podem ser usadas
que os campos E e H variáveis no tempo não podem existir independentemente. Por exem
gãO do tempo, então D = eoE também será função do tempo, de modo que aD/at será (
Por outro lado, V x H também será diferente de zero. existindo, portanto, um campo H i
mente, pode-se usar a segunda equação para mostrar que, se H depende do tempo, entãc
E presente.
É mais comum solucionar os problemas de eletromagnetismo usando as formas dife
ções de Maxwell. Entretanto, a forma integral é importante para evidenciar as leis físicas h

Tabela 13-2 Equaçfies M a x w e l l Aplicadas Ao Espaço Livre

Forma Diferencial Forma Integral

(-D
Vx H = —(, 1• . H - dl • = r , r-D-)
(./' • dS
é--5 • • c B
E ç x E = êt- - - - •t • d 1 = 1s( -c- -r ) • dS

V. • D = O r D • dS = O

V• B O B • dS = O

PROBLEMAS RESOLVIDOS

13.11 N a região / da Fig. 13-4, B , 2 a x + 0,8a. + 0,4az (T). Calcule H, (ou seja.
ângulos entre os campos vetoriais e um plano tan- gente à interface.
Solução.

B, - 1 , 2 a , 0 , 4 a , T
1
Hl - (8,0a, -+• 5,33a, - 2,67a,)10-2 ( A m)
Po
/»,-</••:
H-- = ( 8 , 0 a , + 5,33 a - 102,U0 H,2a,)10- 2 ( A / m )
(249
B, B x 2 a, + 13,2 a., + 0,4a,, ( T )

Os termos restantes seguem diretamente:

NUANCE
B.2
H
Bx2 = 10u,2H,2 = 8,0 x 10-1 T B , = 5,33 x 1 0 ' T Po Ptr:

o ângulo 01 vale 900 - a i • onde al é o ângulo entre B, e a normal, a,.

cos = = 0,27
BI •1' a,

Logo ai = 74,5' e 01 - 1.5.50. De maneira análoga, 02 7 6 , 5 ° .

Comprove:
200 E L E T R O M A G N E T I S M O

13.2 A região / , onde gr, = 3, é definida por x < O e uma região 2, O , tem pr, = 5. Sa
que:

H, =- 4,0a, + 3,0a,\ - 6,0az A / m

mostre que 02 = 19,7') e H2 = 7,12 A/m.


Solução. Procedendo como no Problema 13.1:

H, = 4,0a, + 3,0a, 6,0a, Aim


B, /40(12,0a,, + 9 , 0 a), 18,0 ar) (T)
B2 = /10(12,0a„ + 15,0a, 30,0 ar) (T)
Hz = 2,40a, + 3 , 0 ay 6,0 ar Airn

Logo: H 2 = / ( 2 , 4 0 ) 2 ( 3 , 0 ) 2 4 ( — 6,0)2 = 7,12 A / m

o ângulo a2 entre I-12 e a normal é dado por:


Hx2
cosa,=-=Ø,34 O U
H,
Portanto, 82 = 90° - a2 = 19,7°

133 O plano y + z 1 divide o espaço em duas partes. A região /, contendo a origem do sistem
denado, possui 4,1 = 4 (Fig. 13-5). Na região 2, 142 = 6. Dado BI = 2,0a, + 1,0ay T,
tre B2 e H2

Solução. Escolhendo o vetor unitário normal-an = (ay + az)h/ 2.


B „ ( 2 , 0 a , + 1,0 ay) • (a, + =
B „ = (1/V2)a,, = 0,5 ay + 0,5a, = B„2
B„ = B, - B,, 2 , 0 a , + 0,5 ay - 0,5a,
1
141 = — (0,5a, + 0,125a, - 0,125a,) H t 2
Po
Bt2 = i-i0 / 4 2 1 1 2 = 3 , 0 + 0 , 7 5 ay — 0 , 7 5 a ,

Combinando os componentes normal e tangencial de B2


--
B2 = 3,0 a„ + 1,25a0 - 0,25 a, T
Fig. 13-5
H2 = —1 (0,50a, + 0,21a, 0 , 0 4 a,) ( A l t n )
Po

N U A N C 1 Na região / definida por z < 0,141 = 3 e


1
H l ( 0 , 2 a , + 0,5a) + 1,0az) ( A / m )
Po
Calcule 112 sabendo que 02 = 45°.
Soluçã-o.
H, • a_
cos = - = 0,88 o u - 28,3°
IHII

Portanto, 01 = 61,7° e
EQUAÇÕES DE M A X I N E L L E CONDIÇÕES DE CON

Usando a condição de continuidade para a componente normal de B, • , H Z 1 1 4 2

Prl 1
——1 (0,2a, + 0,5ay + — 1,0a, = ( 0 , 2 a , + 0,5ay + 0,54a,) ( A i r n )
lio •

1 . 5 U m a película plana de corrente, K = 6,5az (A/m), em x O separando as regiões


1-11 1 0 a v (A/m), e a regiãb 2, O . Calcule 1-12 em x = +O.
Soluçffo. Nada foi dito acerca das permeabilidades das duas regiões; entretanto, como
tangencial, uma variação na permeabilidade nalb causa efeito. Desde que B,1
to , Hn2 = ° :

—H2) x a , , K
(10ay — Hy, ay) x a„ = 6,5a,„
(10 — ) ( — a,) = 6,5 a:
Hy, = 16,5 A;m

Logo, 112 1 6 , 5 a , , A/m.

13.6 Uma película de correntes, K = 9,0av A t m , está localizada no plano z = O, a


regiffo /, z < 0,temuz, = 4 , e a reffi-o 2, z > O, 142 = 3. Dado que 112 = 14,5a
encontre H, •
Solução. Vamos examinar inicialmente a película de corrente mostrada na Fig. 13-6.

H', =1(9,0)a, = 4,5 (— ax)


= 3-(9,0)ay x a, = 4,5 a,

a componente H cresce de 9,0 A t m , de / a 2, devido à


distribuican plana de corrente.
Examinaremos agora os campos totais H e B.

112 1 4 , 5 ax + 8,0a, k m
B2 = ,40(4.3,5a, + 24,0 a,) ( T )
B, p0(22,0a, + 24,0a,) ( 1 . ) Fig. I
= 5,5a., + 6,0a, A / r n

Note que rix, deve ser 9.0 A t m menor que 11,2, devido à película de correntes. Pau
usar P-o 1'1711/x1 -
Uma outra forma de solucionar esta questffo é usar (H, — 112) x a , , , = K :

(Hx1a, + H1a + x = K + (14,5a, + 8 , 0 ) z az

NUANCE
+ Hyia, = —5,5ay

de onde se °ti:temi-4 = 5,5 Atm e = O. Este método joga apenas com as cor
ciais; qualquer componente normal deve ser determinada pelo método anterior.

13.7 A regulo /, z < O, possui gr, = 1,5, enquanto a regulo 2, z > O, apresenta 14, =
(0,0, O):

B1 2 , 4 0 a „ , + 10,0a, T B 2 = 25,75 — 17,7 ,?.y + 10,0a,


202 E L E T R O M A G N E T I S M O

Solução. Junto à origem:

H, — 1B 1 = —1 (1,60k + 6,67a,) ( A / m )
Po P,1 P o
1
H2 = — (5,15 ax — 3,54 a, + 2„0 az) ( A / m )
Po

Entro, o valor de K é dado por:


1 5 ,
K = (H, — H2) X an12 = — (-3,55ax + 3,54a, + 4,67az) x — 0 ( a : + a, )( A / m )

13.8 Dado E = Em sen (wt — (3z)ay no espaço livre, encontre D, B e H. Esboce os campos E e H em
Solução.

D = e0E = eoEm sen (cot P z ) a y

A equação de Maxwell V x E = - - a B i a t fornece:

ax a ) , a _
2 ? 2 I a B
7,—
0x - a - ; a z = —at
OEmsen(cot — fiz) O

OU —--êB
êt = fiE,„ cos (wt — Ma.:

Integrando:

B f i E m s e n ( w t — fiz)a, •

onde se desprezou a constante de integração, que é um


campo estático. Sendo assim:

fiE
H — ---L-"sen(wt — f i z ) ;
wPo

Note que E e H são mutuamente perpendiculares.


c1Em t = O, sen ( w t — 13z) -= sen fiz. A Fig. 13.7 mostra

NUANC esboços dos campos E e H em função de z, supondo-se


Em e positivas.
Fig. 13-7

13.9 Mostre que os campos E e H do Problema 13.8 formam uma onda que se propaga segundo z. 1
que que a velocidade dessa onda e E l l f só dependem das propriedades do espaço livre.
Solução. E e H variam mutuamente com sen (wt — i3z). Um determinado estado de E e H é
tanto, caracterizado por:

o t — fiz = const. = coto t — to)


EQUAÇÕES DE M A X W E L L E CONDIÇÕES DE C O N T

segundo o sentido de sua normal az. (Supõe-se O e w positivos; para O negativo, a di


mento será —az.) Portanto, toda a configuração ilustrada pela Fig. 13-7 move-se ao 1(
com velocidade e. A equação de 1Viaxwell v x = a ) l a t fornece:

ax

= at
[ ( „ , serMot —
ex

/3E' sen (o)t — fiz)


wpo
132Em
c o s (wt—fiz)ay= t o Emw cos(a)t- fiz)ar
Mio
1 ( o '
( () P 2
Conseqüentemente:

r - 1 = 1 x 108 ms
£040 \ / (10-9/36n)(47r x 1 0 ' ) -

Além disso:
L42)zz 12Ort *VA 1 2 O r t
co

13.10Dado no espaço livre: H = Hm ei("+ fiz)ax d e t e r m i n e E.

Soluçffo.

al)
V >c H =
ot

lin eJ' fi•)a) _ —2D


t

fiHrn f i - ) a =

D_ e f i o n + d1)
a)

e E = Dieo.

N U A N C E 3 . 11 D a d o no espaço livre:

E = 3 0 g r e i ( " s t a x (V/n-1) e H =- Hm e - l u " ' P'ay ( A / m )

encontre Hm e O (O > O).


Solução. Esta onda é plana, essencialmente idêntica às dos Problemas 13.8 e 13.9
estes, E estava na direção y e H na direção x). Uma vez que os resultados obtidos
valem para qualquer onda no espaço livre:
E ()
204 E LETROMAGNETISMO

Portanto, para a onda dada:


108 1 3 0 n 1
-3 x 108
= = 3 rad/mA / m
—12Ort — 4

Para determinar o sinal de Hm, basta usar 7 x E = --8B/ar:

fi 307cefi108t+ fiz)ay = i 1 0 8 o H „, efilc)sr

o que demonstra que Hm é negativo.

13.12Numa regiãO homogênea n o condutora onde pr = 1, calcule e,. e (J.), se:

E = 307re3l' (4 3)Ylaz ( V i m ) e H = 1.0e1l" a b l a , ( A / m )

Soluçá-o. Analogamente ao Problema 13.9,

co 1 3 x 108
—E
= \l/ Er P (mis)-r H =\ i = 1207t
( L-i-r (Q)

Portanto.

co 3 x 108
3Orc = 1207r
4/3 '--

Oque fornece er. = 16 e co = 10a rad/s. Para este meio, a velocidade da luz é c14.

PROBLEMAS PROPOSTOS

13.13A regiãO / . onde Ari = 5, está no lado do plano 6x + 4y + = 12, que inclui a orig,
regi5o 2,pr, = 3. Dado
1
Hl = —
Po (3,0a, — 0,5 ay) ( A 'm)
encontre B2 e e2.
N UANCL Resposta. 12,15ax + 0,60a = l,58a T;

13.14A interface entre dois meios diferentes é normal a um dos três eixos cartesianos. Se

BI = /1o(43,5k + 24,0 az) e B 2 = P0(22,0 + 24,0 az)

qual é a relacáb tg 01 / tgO2?


Resposta. 0.506
EQUAÇÕES DE M A X W E L L E C O N D I Ç Õ E S DE C O

13.16Em coordenadas esféricas, a re0.ão / está em r < a; a região 2 em a < r < b e


r > b. As regiões 1 e 3 são espaço livre, enquanto que p r, = 500. Dado BI =
H para todas as regiões.
O 4 x 10-4 0 2 0
Resposta. ( A , m ). ( A / m ) : ' (A/m)
Po

13.17Uma película de corrente, K = (8,0g0)ay ( A / m ) em x = O, separa a região / ,


da reffio 2, O e gr, = 1 .
Dado Hl = (10,0/40)(av + az) (A/m), encontre H2 •

Resposta. 1 —(10,0a0 2 , 0 k ) ( A / m )
/to

13.180 plano x O contém uma película de corrente com densidade K, separando a


= 2 , da região 2, O e 142 = 7 .
Dados Bi 6 , 0 a „ + 4,0ay + 10,0az T e B2 = 6,0a, — 50,96ay + 8,96az T
encontre K,
Resposta. — 1 (3,72k — 9,28k) ( A / m )
Po

13.19No espaço livre, D = D m sen + (3z)a„.


Use as equações de Maxwell para mostrar
que:
—wi20 D„,
- s e n ( w t [ 3 z ) ay
fi

Esboce gráficos dos campos para t = O,


ao longo de z, supondo que Dm O ,
> O.
Resposta. Veja a Fig. 13-8.

13.20Para o espaço livre:

E —13,„ e'1( s ' ' a , .

Mostre que:

Fig. 13-8
E = (-L)B e .wor+(J.)a,

NUANCE 13.21Numa região homogênea onde 1.4 = 1 e E r = 50,

E— 2 0 1 e i 0 a x ( V / m ) e E = bto H „, a t , (T)

Encontre eu e Hm, se o comprimento de onda é 1,78 m.


Resposta. 1 , 5 x 108 radis; 1,18 Aim
NOMELEROPILW,ÉTICAO

14.1 INTRODUÇÃO
Nos Problemas Resolvidos do Cap. 13 foram encontradas algumas soluç(ões de ondas para as e(
de Maxwell. O presente cap. irá fazer um tratamento completo das ondas eletromagnéticas. Post(
maioria das regiões que nos interessa n o possui cargas, iremos assumir que p = O. A l é m disso, sup
os meios como lineares isotrópicos, de forma que D = eE, B = b/H e Jc =

14.2 EQUAÇÕES DE ONDA


Levando em conta as suposições acima mencionadas e tomando a dependéncia temporal d,
como sendo da forma e i " , as equaçCes de Maxwell (Tabela 13-1) serã-o:

V x H — (o- + lax)E (I)


xE =
(2)
V• E = O
(3)
V• H = O
(4)
Aplicando-se a identidade vetorial:
1 1 ~ C)

N LJA r
N
V x (V x A) E:- V(V • A) V 2 A

onde, somente em coordenadas cartesianas:

V2A -= (V2A,)ax + (V2Ay)a), -4- (V2,4z)a,

Tomando o rotacional de (/) e (2), e usando (3) e (4):

—V2H =( o + icoe)(V x E)
—V2E = —ftop(V x H)
ONDAS E LETROMA(

onde 'y2 = jeop (a + :me). A constante de propagação, -y, é a raiz quadrada de 'y2 ct.tj
Orlaria são positivas:

=cx+.1fi

com
= r 11 - 11 - (o( — 1)

w\l'u,c(\11 , ) 2 +1)
( a ) o-
A constante a é chamada fator (ou constante) de atenuação; é denominada constante
fase (constante de defasagem). A razão destas nomenclaturas ficará mais clara na Seção
das equações de onda, que -y tem unidade m-1. Entretanto, é costume expressar a em 1
onde o neper é um adimensional do mesmo tipo que o radiano.

14.3 SOLUÇÕES EM COORDENADAS CARTESU-V1AS


A conhecida equação de onda escalar unidimensional:
22F 1

ê z - U 2 p +Ut), onde f e g sifo funções arbit


t)g
U
(z—
=
F
a
frm
d
e
ilçõ
su
o
sões representam ondas "caminhantes" com velocidade Unas direções +z e —z, respect
Fig. 14-1. Supondo variação temporal harmônica para as ondas eiwt, a equação de onda

d2F = /321-,-
_ w \
dz2 U /
cujas soluções são (incluindo o fator tempo) da forma:

F = Ce F = Defi'l+Pz>

t = ti
••••=,.
/

f(z1

NUANCF z,

Fig. 114-1

Ou as partes real ou imaginária destas últimas. A Fig. 14-2


mostra u m a destas soluções, F --- C sen(wt - az), e m
t O e para t = 7r/2co; durante este intervalo de tempo
n ( i i S t à n e l a d = U(irI2wl i r / 2 8 -para a
208 E L E T R O M A G N E T I S M O

si mesma quando z varia de 27r/13. Denomina-se comprimento de onda à distância:


,=
2 7- r-
13
Sendo assim, a onda da Fig. 14-2 caminhou um quarto de comprimento onda para a direita. O compr
de onda e a freqüência, f = 427r, têm a relação bem conhecida:

Ou ainda, X = TU, onde T = 27r1co é o penbdo.


As equações vetoriais de onda da Seção 14.2 possuem soluções totalmente similares às aqui a
tadas, escalares. Como os vetores unitários ax, a3, e az em coordenadas cartesianas possuem direçõe:
a equa0b de onda para H pode ser reescrita na forma:

a2H + õ2H a ,2 H2 H
8x2 a + r3z2 =
As soluções que dependem apenas de uma coordenada espacial, digamos z, são de particular interesse
planas). Então a equação anterior passa a ser:
d 2 H

trivialmente:

H = Ho e n „ O U H ( z , t) = Ho e±)zei"a,

As soluções correspondentes para o campo elétrico são

E = Eoe ou E ( z , ) =- E0 rze-l'aE

Os vetores unitários aH e aE possuem direçÁ5es fixas; y é a quantidade complexa mencionada na


14.2. No Problema 14.2 mostra-se que:

a, • — O

e " o u seja, nenhum campo possui componente segundo a direção de propagação. Em caso de isto oc
sempre será possível rodar os eixos de coordenadas, de modo a dirigir um dos campos, digamos E, seg
\ o eixo x. Portanto, de acordo com (2) da Seção 14.2, H ficará orientado segundo y.
cAs soluções das ondas planas anteriormente obtidas dependem, via -y, das propriedades do
NUAN ( e o . Examinaremos esta dependência nas três Seçoes a seguir.
et

14.4 SOLUÇÕES PARA MEIOS QUASE CONDUTORES


Em uma região na qual existe alguma condutividade, mas não muita (por exemplo, terra úmida
salgada), a solução para a equação de onda em E será da forma:

E E 0 e-

Então, usando (2) da Seção 14.2:


ONDAS E LETROMAG

A razão E I H é característica do meio (e é também função da freqüência). Mais espec


ondas E = E XaXe El = H Ya Y q u e se propagam segundo +z, a impedância intrínseca,
nida por:

Portanto 1 1 =

onde a raiz quadrada exata pode ser escrita na forma polar, 1 ri I LO, com:

N/ P/( o-
= tg 20 = - - e O ' < < 45'
(o(
+ (-c1)

(se a onda propaga-se segundo - z , ExIH3, = -17. Com efeito; y é substituído por —y,
outra raiz.)
Juntando fator tempo etwt, e escrevendo y = a + ff3, obter-se-ao os seguintes ca
equações de onda para regiões quase condutoras:

E ( z , t ) = E0 6,-.ze../(wr-fiz)ax
E0
//(z, t
) I I z

O fator e z atenua a amplitude de E e H conforme a onda se propaga segundo +z. /


(S) da Seção 14-2, mostra que sempre haverá atenuação a menos que a condutividade
o que ocorrerá para dielétricos perfeitos ou espaço livre. Da mesma maneira, O, diferenç
entre E e H, só se anulará quando a for zero.
A velocidade de propagação e o comprimento de onda são dados por:

\ ( O .
)2+1)
2n 2n

fi
Pc(jii+ (12 +1) WE •

N L J A N C E Conhecida a velocidade de propagação, poder-se-á usar X f = U para obter o comprirr


termo (cr/we)2 reduz tanto a velocidade de propagação como o comprimento de on
seus valores para espaço livre ou dielétricos puros, onde a = O. Observe que os meio
sab dispersivos, ou seja, as ondas de frequências diferentes 6,) apresentam velocidades U d

14.5 SOLUÇÕES PARA DIELETRIC• S PERFEITOS


Para um dielétrico perfeito, a = O e, portanto:
210 E L E T R O M A G N E T I S M O

Como a = O, E e H n o sofrem atenuago. Como TI tem fase nula, E e H acham-se em fase, qual(
seja o ponto tomado. Supondo E segundo a, e a propagago segundo az, as equações de campos
ser obtidas a partir dos limites daquelas apresentadas na Sego 14.4:

E(z, t) = Eoe-"" fiz)ax


E()
11(z, t) =-
A velocidade e o comprimento de onda sâó:

— o) 1 , =2 n = 2 n
fi • \ / p c f3 c o « , / pc

Solução no Espaço Livre

O espaço livre nada mais é que um dielétrico perfeito, para o qual:

,u = po = 4n x 10- 7 H/m = (o = 8,854 x 10-12 F/m l o - 9 F/m


36n
Para o espaço livre n = no 12O7r2 e U = c 3 x 108 m/s.

14.6 SOLUÇÕES PARA BONS CONDUTORES


Para os materiais ordinariamente tidos como condutores, a >-> coe, para o espectro útil de freq
Por exemplo, no cobre, que tem a = 5,80 x 107 S/m e e e o = 8,854 x 10-12 Fim, serâo nec
freqüências da ordem de 1016 Hz para poder desprezar olcoe, nas expressões da constante de propa
impedância intrínseca. Portanto, tomando coe/a -> O:
copa c o p
a = /3 = -N/ 7t1"1-10- n = / 45'
2 o - 1
Mostra-se que em todos os condutores as ondas E e H sofrem atenuago. Os exemplos numéricos n
que a atenuago é muito rápida. a é sempre igual a (3. Em cada ponto, E e H apresentam defasagerr
ou seja, n/4 rad. Supondo, outra vez mais, que E esteja orientado segundo a, e a propagago se dê s
az, as equações dos campos serão, pela Sego 14.4:

E(z., t) = E0 a z e i m --fiz)ax 1-1(z,t) E o e - a zej(cot — fiz — nI4)a

N UANCso
1/71

2co 2n
= a)(5 = 27Ct5
/ler 7/t/Tla

A velocidade e o comprimento de onda num meio condutor esto expressos aqui em termos
fundidade de penetraçffo o u profundidade pelicular:
ONDAS ELETROMA1

7 PROFUNDWADE PEUCULAR
EM meios condutores, as ondas caminhantes E e H sofrem atenuação por fator
propaguem ao longo de z. Essa atenuação é tão rápida que quase sempre as ondas pode
nulas com poucos milímetros de propagação.
Considere que a região z O é um condutor, e
logo dentro dele, em z = +O, E possui amplitude de lEi
1,0 V/m. A profundidade pelicular (ou profundidade
de penetração do meio) é definida como a distância
para a qual 1E1 cai para e-1 = 0,368 Vim. Portanto:

õ=

Por questão de conveniência, é comum tomar z = 55


como o ponto onde a onda se torna nula, desde que Fig. 14-2
seu valor seja 0,0067 o u 0,67% do valor inicial. Na
freqüência de 100 MHz para o cobre, a profundidade
pelicular vale 6,61 //m. As ondas são atenuadas para 0,67% em 55 ou 33,0 p.m. Por co
mo propagacffo para descrever o comportamento de ondas dentro dos condutores pare,
pois E e H praticamente não se propagam nesses meios. Como veremos logo mais, a
onda que incide sobre a superfície de um condutor é refletida. Outrossim, a parte que p,
e é rapidamente atenuada, não se pode ignorar por completo, pois ela ocasiona uma cc
Ic e, por conseguinte, perdas ôhmicas de potência.

1403 RE FLEXÃO DE N D A S
Quando uma onda propagante incide sobre a o
interface d e duas regiões diferentes, parte sofre re-
flexão e parte é transmitida para o outro meio, sendo a l , P I , e l
as amplitudes das duas partes determinadas em função
dos parâmetros das duas regiões. N a Fig. 14-4 uma
onda caminhante E. incide sobre a interface em z = O
vinda da região 1, z < O. Em z = —O há, portanto, Ei
e E r, enquanto que E t está em z = + 0 (região 2).
Aqui i significa "incidente", r "refletida" e t "trans-

,,,ule mitida". Ë pressuposta incidência normal. As equações


para E e h podem ser escritas:
Fig. 14,-,

N U A N C E E , , , , „ , , Er(z,t)
_ = Ero
Eio e''
e "'' 1' elwtax
ei"a,
Et(z,t) = E° e- 72eicatax
Hi(z, t) = Hio e- 7 '' eiwta,
H ' (z , t) = Hro é' lz ei" a,
I l l ( z, t) = 116 e- Y2z e-1"a,

Com incidência nolinal, E e H serão totalmente tangentes à interface e, portant


da mesma. Em z = O. isto implica que :
212 E LETROMAGNETISMO

Além disto, as impedâncias intrínsecas para ambas as regiões serão iguais a -L-E,IHy (veja a Sego
.E6 E r o . E ' o
H10 f r o — T o l l = '12

Pode-se combinar as cinco equações anteriores para chegar às seguintes relações em termos de impe
intrínsecas:

Ero ' 1 2 —711 Hr0 _ 111 — P12


—711 + 712 • — • + /12

Eto 2 1 1 2 • 2111
Eio—771 + 712 Hio -•---771 + 712

As impedâncias intrínsecas para os vários meios foram examinadas anteriormente. SerEo rer
aqui para referência.

meio quase condutor:

meio bom condutor:

dielétrico perfeito:

espaço livre: //o = 1 2 0 7 t Çl


to

EXEMPLO 1. As ondas caminhantes E e H no espaço livre (regiffo ./) incidem normalmente sobre a
ce com um dielétrico perfeito (regiáo 2) para o qual e,. = 3.0. Compare as amplitudes das ondas
incidentes, refletidas e transmitidas, na interface.
Soluçãb.

lu 1 2 0 2 c
ril = 77c, = 120n r / 2= , - - - = 217,7

11® E.0 r 7 2 1 1
= = 0,268
H r 0
=
7 1 1 —712
= 0,268

NUANCE E(0 7 7 1 + 712


Elo 2 r 1 2
= =
Eio 7 7 1 + 712
1
H

0,732
H
i
1
b
6
,
o 7/1 +

=
111 +
2771
112

17 2
= 1,268

14.9 ONDAS ESTACIONARIAS


Quando ondas caminhantes em um dielétrico perfeito (ol a l = O) incidem normalmente se
interface com um condutor perfeito (u2 = 00, 772 = O), a combinaçâo das ondas refletida e inci
produz uma onda estacionária. Para tal onda, o que é facilmente demonstrado numa corda, as oscilaçõ
todos os pontos espaçados com intervalo de meio comprimento de onda acham-se em fase, no te
ONDAS E L E T R O M A G

Como r/2 = —1 e:

E(z, t) e E i o — Eío = — 2jEb senfiz

ou, tomando a parte real:

E(z, = 2E6 sen fiz senwt ax

A Fig. 14-5 mostra a onda estacionária, para intervalos de tempo de T/8, onde T
odo. Em t O , para qualquer ponto, E = O; em t --- 1 (T/8), as "pontas" dos vetores
curva senoidal ; em t 2 ( T / 8 ) , acham-se sobre a curva senoidal 2; e assim por diante.
2 e 6 formam uma envoltoria para as oscilaçÓes; a amplitude desta envoltória é o dob]
onda incidente. Note que segmentos adjacentes de meio comprimento de onda acham-se
por 180°.

O, 4. 8

Fig. 14-5

14o10 P O T Ê N C I A E V E T O R D E P O Y N T 1 N G
Escrevendo a primeira equação de ivlaxwell para um meio de condutividade a, e ri
mente cada termo por E:

111
aE
V >c H = uE +

2E

NUANCE E o (V >c H ) = o-E2 + E • —277

onde, como é usual, E' = E E . A identidade vetorial V o (A x B) = B ( V x A) —


gada para alterar o lado esquerdo da equação.
OE
Ei - (V x E) — V • (E x H ) = uE2 + E • E at

Pela segunda equação de Maxwell:

1 a l i t t N-12
214 E L E T R O M A G N E T I S M O

De modo similar:

, • (0—
E 8—E 2
ôt 2 è t

Substituindo e rearranjando os telmos:

(7E2 V • (E x H)
2 2 t (_
2E2 / I aH2

Se esta igualdade é válida, a integraçâo de seus termos através de um volume genérico v também (

E2dv f(C 0E2 R ê H 2 d v — (E x H) • dS


i,cr 2 t 2 at •s

onde o último termo foi transformado em uma integral sobre a superfície S, de e, através do teore
divergência.
A integral à esquerda possui como unidade o watt, e é usual termo resistivo representado a e
dissipada (perdas ôlunicas) por unidade de tempo em calor. As fontes dessa dissipaçâo acham-se i
das nas integrais da direita. Como EE2 /2 e p1/2 /2 representam as densidades de energia, respectiva
armazenadas nos campos elétrico e magnético, as derivadas negativas em relaçâo ao tempo podei
feitamente ser encaradas como decréscimos dessa energia acumulada. Por conseguinte, a derradein
gral (incluindo o sinal negativo) representará a taxa de energia que entra no volume considerado. Mui
o sinal, obtém-se a taxa instantânea de energia que sai do volume:

P(t) --- t (E x H ) • dS = , 5 ° • dS

onde ã'' = E x I l é o vetor de Poynting, taxa instantânea do fluxo de energia por unidade de áre
determinado ponto.
Supõe-se estarem os campos na forma real para o produto vetorial que define o vetor de Poy
Se, entretanto, E e H estiverem expressos na forma complexa, e tiverem uma comum dependênc
tempo eic'-'t , o Y'médio no tempo será dado por:

.Y'rn -= 1Re (E x H*)

onde H* é o complexo conjugado de R Isto segue a potência complexa da análise de circuitos, S = (÷


e " d a qual a potência
Para as ondasé aplanas
parte real, P = (do
a direçâo ' ) fluxo
Re VI*.
energético é a direção de propagaçâo. Portanto, o vet
Pq P o y n t i n g permite identificar o sentido de propagago, possibilitando, também, a especificaçâo das dir
dos campos em caso de se conhecer o sentido de propagaçâo. Isto pode ser muito útil quando se

N LJA N an .so ondas incidentes, refletidas e transmitidas.

PROBLEMAS RESOLVIDOS

14.1 Uma onda propagante é descrita por y = 10 sen (f3z — wt). Esboce a onda em t = O e em t .
quando ela avançou X/8, considerando sua velocidade como 3,0 x 108 m/s e a freqüência an
w = 106 rad/s. Repita para w 2 x 106 rad/s e o mesmo instante ti.
Solução. Toda onda avança X em um período T = 27r/w, de modo que:
T 7 r
ONDAS E LETROMAGI

(a) (b)
Fig. 14-6

A Fig. 14-6 (a) mostra a onda em t = O e t = t i • Dobrando a freqüência, o com


cai à metade, e a constante de defasagem i3 dobra. Veja a Fig. 14-6 (b). Em t = t i
236 m, distância que agora corresponde a X/4.

14.2 Mostre que, para a onda plana (omitindo a dependência temporal):

H = Ho e± H

onde aH é um vetor unitário fixo, tal que aH a = O.


Solução. Usando vetores unitários cartesianos:

all = (ali • a.)21 + (an • ay

de modo que:

—H o e'"(aH • a,z)ax + H, e±"(a, • ay)a, + Ho e' ,z(ii„ • az)a

A equacffo de IVIaxwell V • H = O conduz-nos a:

—E'[H o e ' ( n , ,, • az)] = O o u ± 7 1 - 1 0 e t " ( a „ • az) = O


az

só válidas caso aH • a , = O.

14.3 N o espaço livre, E(z, t) 1 0 3 sen «cot - (Vim). Obtenha H (z, t).
Solução. Examinando a fase, c a f i z , nota-se que a direcâb de propagacffo é
deve apontar nesse sentido, H está segundo —ax, de modo que:

NUANCE Hx
O= l'2Ort o u H = —12—Onsen (wt — fiz) (A/r1
103
e z)x (Alm)
11(z' t) = 1 2 0 n sen(wt — f i 2

114.4 Determine a constante de propagaçãO y, para onda do Problema 14.3, sabendo-s1


f 9 5 , 5 MHz.
Solução. Na forma mais geral:
216 E L E T R O M A G N E T I S M O

No espaço livre, a = O, de forma que:

= itE)Ntilo Eo = ./(27Efic) — 2 7 ° 53, x5 108


x 106) — j(2,0) m-

Oberve que este resultado evidencia que a constante de atenuaçâo é nula, e a constante de de
vale 2,0 rad/m•

14.5 Estude o campo:

E(z, = 10 Sen (COt + fiz)a, + 10 cos (cot + fiz)ay

sobre o plano z = O, para wt = O, rt/4, rt/2, 37r/4 e 7r.


Solução. A Tabela 14-1 mostra os resultados obtidos. Como indica a Fig. 14.7, a onda possui r
g o circular. Em acréscimo, o sentido de propagaçâo é —ar.

Tabela 14-1

cot , = lOsencot „ 1 0 cos o3t E= + Eyay


o o 10 10a,

n/4 10/, 10 ax + a,
2

7t/2 10 o 10a,

37c/4 ax +
—10/,/2 10
Fig. 14-7
ir O —10 10(—ay)

14.6 Uma onda H se propaga segundo —a, no espaço livre, com constante de defasagem 30,0 r
amplitude de (1/37r) A/m. Escreva as equações adequadas de E e H, sabendo-se que o campo
na direçâo —ay para t = O e z O . Calcule também a freqtiència e o comprimento de onda.
®Soluçã-o. Em meio de condutividade a, a impedância intrínseca n, que relaciona E e H, é compl
modo que as fases de E e de H devem ser escritas sob a forma complexa. Para o espaço liv]

N u A N C ¡ E s t r i g o é desnecessária. Usando a funçâo co-seno, temos:

11(z, — 3-1
COS ((út + fiz)ay
n

Como a propagaçâo é segundo —z:


E,
—rio = — 1207r OU E , — + 4 0 cos (cot + fiz) ( V / m )

Logo: E ( z , t) 4 0 c o s (cot + j i z ) k ( V i m )
ONDAS E L E T R O M A G

14.7 Calcule a constante de propagação 'y de um material que tem ,u, = 1 , e, = 8 e a


freqüência da onda é 1,6 MHz.
Soluçá-o. Neste caso:
o 0 , 2 5 x 10-12
0- 9
27t(1,6 x 101(8)(10-9/36n)

de modo que:

o f i c o , 5 - t = 274. \cr £ r = 9,48 x 1 0 ' rad/m

e y = a + / 9 , 4 8 x 1 0 ' m-1. E s t e material comporta-se como u m dt


para a freqüência fornecida. A condutividade de 1 pSim indica que o material m
um isolante do que um condutor.

14.8 Calcule o fator de conversão entre o nper e o decibel.


Soluçdo. Seja urna onda propagando-se segundo +z, cuja amplitude decai de acordo

E = Eoe-"

Pela Seção 14.10, a potência transportada pela onda é proporcional a E2, de modo e

P = P o e - 2'z

Logo, pela definição d e decibel, a queda e m potência, após percorrida m i


10 loglo (190/P) dB. Mas:
Po 1 0 P o 2 0
10 log,0 P - , 23026-1
P - -2,3026 (az) = ,S,686 (az)

Sendo assim, az neper é equivalente 8,686 (az) decibel ; isto é:


1 Np = 8,686 dB

14.9 E m que freqüências pode a terra ser considerada u m dielétrico perfeito. se E


a = 5 x 10-3 Sim? Pode-se supor a = O para tais freqüências?
Solução. Supondo arbitrariamente que:
o- 1
— < —
toc - 100

marque o "ponto" de corte. Então:


O) 1 0 0 0
NUANCE =— >
'27c - 27u.
- 1,13 G.Hz

Para a/we pequeno:

= a) (2 \ 1\ 1 C
+ oV (- ) 2 - 1 )

pic 111 o- = P - =c r- - (120n) = 0,333 Npfm


\I 2 12 \ we)

Assim, independentemente de quã'o elevada possa ser a freqüência, a será semr


218 E LETROMAGNETISMO

14.10Determine a profundidade de penetração (5 para o alumínio, que tem a = 38,2 MS/m e


supondo f = 1,6 MHz. Calcule também 7 e a velocidade da onda U.
Soluçtio.
= 1
= 6,44 x 10- 5 = 64,4 pm

Como a 6

= 1,55 x 104 + fl,55 x 104 = 2,20 x 10 / 45' m - I

e U = - = ak5 = 647 m/s


fi

14.11 Calcule a impedância intrínseca 77, a constante de propagação y e a velocidade de onda para u
condutor no qual a = 5 8 MS/m, p7. = 1 , para a freqüência!' = 1 0 MHz.
Soluçffo.

y = ,/wpo- / 45' = 2,14 x / 45' r n -

- CI / / 45' = 3,69 x 10-3 / 45' f )

1
a = f i = 1,51 x 105 - = 6,61 Jim = wô = 4,15 x 103 mi's

14.12Uma onda plana, propagando-se segundo +z no espaço livre (z < O), incide normalmente en-
sobre um condutor (z > O) para o qual a = 61,7 MS/m e /./, = 1 . A onda E no espaço livre
qüência f = 1,5 MHz e amplitude de 1,0 Vim; na interface isto é dado por:

E(0, t) = 1,0 sen brita, ( V / m )

Ache H (z, t) para z > O:


Soluçá-o. Para z O e na forma complexa:

E(z, t) = 1,0e-"e-1(2"ft-fi0)a, ( V / m )

l i b i e l l deve-se
o então tomar sua parte imaginária. No condutor:

NUANCE = /3 = ,briclau = ,br(1,5 x 106)(4rt x 10-7)(61,7 x 106) = 1,91 x

=
/ 45' = 4,38 x

ComoEiy/(--Hx) n , entffo:
11(z, t) = —2,28 x 103 e-"ej(2'lt-/3'-'/4)ax ( A / m )

ou, tomando sua parte imaginária:


ONDAS E LETROMAG

M.1.3110 espaço livre E(z, = 50 cos (cot — 13z)(V/m). Calcule a potência média que
circular de raio 2,5 m pertencente a um plano z = const.
Solução. Usando a folina complexa:

E = 50e-1('- " 1 ( V Im)

e, como 7-1 = 1207r2 e a propagação é em +z:

5
El = 127r eii'm Pr)n 1 A / m )

Assim
5\
= R e (E x IPP) = 1(5°) 1 2 4 2 ' w1m2

O fluxo é normal à área e, portanto:

5
P
rn 1(50)(127z)7c(2.5)2 = 65,1 W

14.14A Fig. 14-8 (a) mostra uma fonte de tensão V


conectada a u m resistor R através de u m
pedaço de cabo coaxial. Mostre que o uso do
vetor de Poynting no dielétrico leva à mesma
potência instantânea no resistor que se obteria
empregando o s métodos d a análise d e ci r-
cuitos.
Soloçãb. Usando a lei de Ampère e os resulta- (a)
dos do Problema 7.9:

E= a , e H =
r In (b1 a) 2 7 c r

onde a e b são os raios dos condutores interno


e externo, c o m o mostra a F i g . 14-8 ( b ) .
Sendo assim:

vi

NUANCE ?)" = E H = a _
27tr2 In (b1 a) -

Esta é a densidade instantânea de potência.


A potência instantânea t o t a l sobre a seção
reta do dielétrico é:

P(t) = 1 1 a, • r dr dO = vi
.0 ) „ 2nr I n (1)1 a)

que corresponde a o resultado d a teoria de Fig.


220 E LETROMAGNETISMO

14.15Usando a Fig. 14-9, calcule as amplitudes de E e H refletida e transmitida na interface indi


Eo = 1,5 x 10-3 V i m , para a região / , para a qual cri = 8,5, /41 = 1 e ai = O. A regi
espaço livre. Suponha incidência normal.
Soluçã-o.

= = 129 L..1 t12 = 120n Q = 377


,ii\ i k t o E
k0tcri
ri
0,110

E' — 112—711Eio = 7,35 x 10-4 3,//rn


t12 +
772 • E10
E', 2 E ° = 2,24 x 10- 3 V/M
7/2 + 7/1

Hio = J)E.
7/1 = 1,16 x 1 0 - 5 A / m

H' =111 — '12 H'0 = —5,69 x 10-6 A/m


+ /12 -

I-E0 = ' + //2


11 6 5 , 9 1 x 10-6 A/m Fig. 14-9

14.16A amplitude de El no espaço livre (região / ) na interface com a região 2 é 1,0 V/m. Se Hor =
x 10-3 A/m, e7.2 = 18,5 e 02 = O, calcule
Soluçrzo. Como

Er, —377
= — 1207t — 3 7 7 f2 e
E6= 377 + ;72
1,0 — 3 7 7 ( 3 7 7 +
011 77, = 1234
1,41 x 10- 3 = — 377

Então:
o Plr2
1234 = o u / / , 2 = 1984
\4P0(18,5)

14.17 Um campo E incidindo normalmente tem amplitude Eol = 1,0 Vim no espaço livre numa interf
água salgada, na qual Cr = 80, p,. = 1 e a = 2,5 Sim. Para uma freqüência de 30 MHz, en
Profundidade esse campo atingirá amplitude de 1,0 mV/m?
olupTo. Tomando o espaço livre como região / e a água salgada como região 2:

N U A N C E , i = 377 = 9,73 / 43,5' 1-?


A amplitude de E logo dentro da água salgada será EÇ.
Ero2 p 1 2
ou E r o = 5,07 x 10-2 V/M
— 711 + 7/2

De: Y Nti(01-1(0- f o x . ) 2 4 , 3 6 / 46,53' m - 1 .

---- 24,36 cos 46,53' = 16,76 Np/m


ON D A S E LETROMAGP

14.18Um campo E de amplitude 1 0 0 Vi m , propagando-se no espaço


livre, incide sobre uma folha de prata de 5 pm de espessura, como
indica a Fig. 14-10. Supondo o = 61,7 MS/m e uma freqüência
de 200 MHz, calcule as amplitudes E2,, E3 e E4-
Solução. Para a prata em -200 MHz, n = 5,06 x 10-3 L4,5_°_2.

E2 2 ( 5 , 0 6 x 1 0 - 3 / 45') ou E , = 2,68 x 10-3 V/rn E1 =


E, 3 7 7 + 5,06 x 1 0 - 3 / 45'

Dentro do condutor:

= fi = • n f t z u = 2,21 x 105

Portanto, em acréscimo à atenuação há também uma defasagem,


conforme a onda penetra no material condutor. Como E3 e E4 re- Fi
presentam valores máximos de uma onda que varia senoidahnente,
não há envolvimento de defasagem.

E3 E 2 e - " — (2,68 x 10 -3)e- (2,21 105)(5 10-.) = 8,88 x 10-4 V/m

e
E4 2 ( 3 7 7 ) ou E 4 = 1,78 x 10-3 Vim
E3 3 7 7 + 5,06 x 10-3 / 45'

BLEMAS PR POSTOS

14.-11.9Dado:

E(z,t)= 103sen(6 x 108t — fiz)a), ( V i m )

no espaço livre, esboce a onda em t = O e t = / , quando já "andou" X/4 ao loa


também ti , j3e X.
Resposta. t i = 2,62 ms = 2 rad/m e X = UM. Veja a Fig. 14-11.

1 .,,ONo espaço livre:

111 Pl(z, t) ( A / m )

NUANCE Obtenha uma expressão para E (z, t ) e determine


a direção de propagação
Resposta. E o 3 7 7 Vim; -az

I I /
14.21 No espaço livre: x 4, / , r X / 2 / / 3
/
H(z, t) = 1,33 x 03
x cos (4 x 10 — 13z)a, ( A / m ) t=0 t - t ,
Obtenha uma expresso para E (z, t). Encontre 3 e X.
222 E L E T R O M A G N E T I S M O

14.2211ma onda caminhante com velocidade de 106 mis é descrita por:


y = 10 cos (2,5 z + cot)

Esboce a onda em funçá-o de z para t = O e t = t i


= 0,838 ias. Que fração do comprhr
onda ela caminha entre esses dois instantes de tempo?
Resposta. 1/3. Veja-Fig. 14.12.

X/3
X = 2,51 m

Fig. 14-12

14.23Calcule a amplitude e direção de:

E(..:, o — 10 seMcot—13z)a,— 15 seri (o)/— fiz)ar (V/m)


em t = 0,.: = 3X/4.
Resposta. 18,03 V/m; 0,555a, — 0,832ay

14.24Determine y em 500 kHz para um meio que tem 4, -= 1, e,. = 15 e a = O. Sob qual velocidade
rerá a propagaçãO de uma onda eletromagnética nesse meio?
Resposta. f4,06 x 10-2 m-1; 7,74 x 107 m/s

14.25Uma onda eletromagnética propaga-se no espaço livre com comprimento de onda de 0,20 m. Qth
a
domesma
que/4onda
= 1,penetra
calculeem
e,. eum dielétrico da
a velocidade perfeito,
onda noseudielétrico.
comprimento de onda varia para 0,09 m. Si&
Resposta. 4,94; 1,35 x 108 mis

N u A
14.261Tma onda eletromagnética propaga-se no espaço livre, com constante de defasagem de 0,524 rad
N c i n8tiranddo/ emsumSupondo ondadpassa a ter uma constante de defasagerr
p e r f e i t o , essa mesmloa.dond
Resposta. 11,9; 8,69 x 107 m/s

14.27Ache a constante de propagaçá-o num meio que tem e,. -= 16, pr -= 4,5 e a = 0,6 sim, para a freqüêr
de 400 MHz.
Resposta. Calcule também
99.58LAQ,2LI-9; a raza-o entre a velocidade Ue a velocidade de espaço livre c.
0,097

14.28Num
uma freqüência
meio quasedecondutor,
109 Hz Calcule
g_ = 800,
14(7 er
t \ =..i-,,„A.,,_
18,5 e a _= 1 S/m. Calcule a, 1(3, e a velocidade UD
ONDAS E LETROMAGN1

Resposta. 1130 Np/m; 2790 rad/m; 2100 L22,122; 2,25 x 106 m/s;
2,38 x 1 0 ' e-c'z cos (wt — 0,386 — 13z) (—ax) (A/m)

14.29 Para a prata, a = 3,0 MS/m. Em que freqüência sua profundidade pelicular v a l e 1 r
Resposta. 8 4 . 4 kHz

14.30Para uma determinada freqüência no cobre (a = 58,0 MS/m) a constante de defasa


rad/m. Calcule essa freqüência.
Resposta. 601 MHz

14.31A amplitude de E é 10,0 Vi m , logo que penetra num líquido cujos parãmetros são
e a = 0,50 Sim. Calcule a amplitude de E a uma distância de 10 cm, dentro do mei(
cias de (a) 5 MHz, (b) 50 MHz, e (c) 500 MHz.
Resposta. ( a ) 7,32 V/m; (b) 3,91 V i m ; (c) 1,42 Vim

14.32No espaço livre, E(z, t ) = 1.0 sen (cot — 15z)ax (V/m). Mostre que a potência
um disco circular de raio 15,5 m, num plano z = constante, é 1 W.

14.33Em coordenadas esféricas, a onda esférica..

100 0 , 2 6 5
E = s e n Ocos (03t — fir)no ( V / m ) H = s e n Ocos (wt — M ã o ( /

representa o campo eletromagnético para enormes distâncias r de uma determinada


espaço livre. Calcule a potência média que atravessa uma casca hemisférica r
Resposta. 55,5 W

14.34No espaço livre E(z, t ) = 150 sen (wt — 13z)a, (Vim). Calcule a potência total (
área retangular de lados 30 mm e 15 mm, situada no plano z = O.
Resposta. 13,4 mW

143511ma interface entre o espaço livre e prata tem Eol = 10 V i m no lado do espaço 1
é de 15 MHz e os parãmetros da prata são er = ja,. = 1 . o x 61,7 MS/m. Determ
terface.
Resposta. - 1 0 0 V im; 7,35 x 10-4 / 45' V/m

14.361.1ma interface condutor-espaço livre tem H = 1,0 A / m no lado do espaço livre.


31,8 MHz e os parãmetros do condutor sffo E, - au,. = 1 , o = 1,26 MS/m. Dete

NUANCE profundidade de penetração de Hf.


Resposta. 1 , 0 Aim; 2,0 A/m; 80 fim

14.3711m campo H, de amplitude 1,0 A / m e freqüência 200 MHz, propagando-se pelo (


sobre uma película de prata de espessura 5 grn, com a = 61,7 MS/m, como indü
termine Hto dentro da película.
Resposta. 1 , 7 8 x 10-5 A / m

143811m campo E. de amplitude 100 Vim, propagando-se pelo espaço livre, incide sobre
224 E L E T R O M A G N E T I S M O

14.3911m campo E propagando-se no espaço livre incide sobre um material quase condutor, como n
Fig. 14-15. Dada uma freqüência de 500 MHz e Eoi = Vim, calcule Ero eHt.
o
Resposta. 19,0 V/m; 0,0504 A/m

co, eo•

co • 1-to-r=4::•,-,-,:•::•-•-•--Te•o,lio 60 ,

-- •••••
MITI

14-13
Fig. 14-1 Fig. 14-15

11®
NUANCE
ARânc

PREFIXOS DAS UNI -DES SI


__—
Fator Prefixo 1S í m b o l o Fator Prefixo Símbolc

1018 exa E (101 deci d)


101 pet 1 P (10- 2 centi c)
1012 tera T 10- 3 mill m
109 giga G 10- Ó micro p
• M 10- 9 nano n
109 mega
103 quilo k 10-12 pico p
hectc h) 10- " fento f
(102
deca da) 1 0 - 18 ato a
(10 ,

Divergente, Rifteconal Gradiente e Imapiaciano

Coordenadas Cartesianas
(9/43 A , 2 , 4 _
V • À = ---i' + ----- + ----,--'
2x ê y c :

V A a . + x a
-;-,L'
cv• -aA--2)a,,
(2,4_,2 z. a+ AH 2 c/ 4x. .-,- ) ) c: rê x 42. _êa•A
y z

V V - — a + — a + •-- e,
e i l l a l ' âsx ' a al yl ' a al zi -

1111111. ® z v AA z v A 2 v
v 2 v ..., ' 2 . 1 _ ' _ _ _ _ . : - L .
' e x 2 ' E)),2 ' a z , _

N U A N C rCoordenadss Cifflidriees
ia 1 aA,, aA.
V • A «-=-- - — (rAlr) + - —''- + --- '•
r E'r ' r a(l) 0 z

v x A = ( 1 .‘0r Aail) ) , a( a :A , 2a, 4r z ) oa 1+[ r2,o r ( r /a1i ) -l --ã,r-1-1az


L , 0a , z4 \ n
êV 1 2 V a i '
VV= - - a + - - - a + — a,
ar ' r êcl) (1' a z
226 E LETROMAGNETISMO

Coordenadas esféricas
1 ê
V • A = -1 --a (r2A ) +
r2 ar r sen O a0 (A, sen O) + rsen
1 A o
O acl,

I( A 0 sen O) a l 4 ' a, + 1 1
1 a Ar - a ( r A ) a, + — ?A,
V x A = r s e n 0 ô0 a c p senO a0 a r r — -(A0) — -- a,p
ar a o
av 1 1 è1/
VV= a , + 7,. ,
u r senO 2,0 a'/'

v 2 v _ 1 a r 2 av + 1 i s e n o l l 1 2 1 /
- r 2 ar a r 1 r 2 sen O a o r 2 sen2 o (302

11®
NUANCE
LAPACiL

A forma diferencial, 17 — 18
Ampère (unidade), 76 total, 17 — 18
Ampère (veja lei de Ampère) Campos magnéticos:
Análise Vetorial, 1 — 14 condições de contorno, 196 —
Atenuaça-o, fator de, 207 devido à película de correntes,
Avogadro, número de, 84 e campos elétricos combinados
estático, 130
externo, 149
força e torque no, 147 — 159
Campos vetoriais, 5
condições de contorno, 196 —
B (veja Densidade de fluxo magnético) divergência dos, 49
B - H, curvas, 166 rotacional dos, 132 — 133
Bessel, equações diferenciais de, 116 Capacitância, 65,94 — 110
Bessel, funções de, 116 defmiçâo, 97
Biot-Savart, Lei de, 153 — 166 equivalente, 99
Bobinas: Capacitores:
indutância, núcleo de ar, 161 de dielétricos múltiplos, 98 —
múltiplas, 167 de placas paralelas, 42
planas, momentos magnéticos de, 150 — 151 em série, 99
energia armazenada em, 65 —
Carga elétrica:
diferencial, 17 — 62
em disco circular, 21
Campo em movimento, 76 — 77
com simetria cilíndrica, 19 força sobre, no campo elétricc
conservativo, 60 total, de uma região, 32
de dipolo elétrico, 56 Carga pontual, 19 — 33
dependente do tempo, condutores em movimento campo elétrico devido a, 22
isolado, 16
estacionário, condutores em movimento através, potencial da, 61
1111111111 a t r a v 186
é s —, 187
186 — 187 trabalho necessário para mov

6 v_epd
NUANCcam t:tiaeforçaç
,a,16
estático: Equações de Maxwell associadas, 48 — 133 Carga volumétrica, 17 — 18
e campo magnético de uma, 1
potencial vetor magnético, 13
Campo magnético (H), 130 — 146 Cargas, configurações:
campo elétrico e, 198 em coordenadas cilíndricas, 4
componente tangencial, 197 padronizadas, 19
continuidade do, 200 — 201 Cilindro circular reto, 13
devido à película de correntes, 197 como superfície equipotencia
diferencial, 130 Circuitos magnéticos, 160 — 182
equação de onda para, 207 — 208 com pequenos entreferros de
ondas propagantes, 211 definição de, 163 — 164
Campos Elétricos: em paralelo, 167 — 168
e campos magnéticos combinados, 148 lei de Ampère para, 166
228 E L E T R O M A G N E T I S M O

Condições de contorno:
entre dielétricos e condutores, 82 — 83 em película (veja p;ilícula de correntes)
na interface de dois dielétricos, 96 filamentar, 135
para campos elétricos. 96 Coulomb, forças de, 15 3 1
para campos magnéticos, 196 - 197 princípio da superposição para, 16 — 17
para campos vetoriais, 196 — 197 Coulomb (unidade), 15 — 31
resumo, 198 Coulomb (veja Lei de Coulomb)
Curvas B — H, 166
Condutividade de materiais, 77 — 78, 166
Condutores, 76 — 93
bons condutores, soluções de equação d e onda
para, 210
cilíndricos, indutância de, 161 — 162 D (veja Densidade de fluxo elétrico)
e a condução de corrente, 149 D'Arsonval, medidor de, 153
em movimento: através de campos dependentes do Decibel (d B. unidade). 217
tempo, 186 — 187 Densidade de cargas, 17
total, 81
através de campos independentes
do tempo, 185 — 186 Densidade de corrente. 76 — 77, 133
em paralelo, indutância de, 161 — 162 de condução (4), 77. 183 — 184
de convecção. 77
Configurações de cargas (veja Cargas, configurações)
Configurações de condutores, 161 — 162 de deslocamento, 183 — 184
Constante: divergência de, 81
de atenuação (a), 207 em película, 80
de defasagem (G), 207 Densidade de energia elétrica, 70
de propagação (7), 207 Densidade de fluxo elétrico (D), 32
dielétrica (e) , 15 componente normal da, 96
Contorno (veja Condições de contorno) de cargas fixas, 96
Coordenadas Cartesianas, 2 — 4 de d d p fixa, 95 — 96
divergência em, 46 — 48 divergência, 46 — 48
Equação de Laplace em, 111 na interfarce entre dois dielétricos, 196 — 19'
solução a uma variável, 113 Densidade de fluxo magnético (B), 134
solução em produto, 114 — 115 Densidade vetorial, 80
Equações de Maxwell em, 206 — 208 Deslocamento elétrico, 60
gradiente em, 62 d d p (vela Diferença de potencial)
operador nabla em, 48 — 49 d d p entre dois condutores, 65
rotacional em, 132 Dielétrico
vetor deslocamento elétrico em, 59 condições de contorno, 82 — 83
Coordenadas Cilíndricas, 2 — 4 múltiplos, capacitores com, 97 — 99
divergente, 47 perfeitos: impedância intrínseca, 212
Equação de Laplace, 111 polarização de, 94
solução em produto, 115 — 116 soluções d e Equação d e Onda
gradiente, 62 208 — 209
rotacional. 132 — 133 relacionamento entre os campos, 197 — 198
vetor deslocamento elétrico, 59 Diferença de potencial (d d p), 9
Coordenadas esféricas, 2 — 4 (veja também Potencial)
Diferencial:
divergente, 47
Equgção de Laplace, 111 campo elétrico, 17
carga, 17 — 18,62
solução em produto, 114 — 116
N LJANL graadcieio:lne
a,1,61232 1 3 3
equação de força, 149
fluxo, 33
intensidade de campo magnético, 130
vetor deslocamento elétrico, 59 superfície, 79
Corrente:
trabalho, 59
de condução, densidade (J), 77, 183 — 184
de convecção, 77 (veja Elemento diferencial de :)
de deslocamento, 183 — 195 vetor potencial magnético, 136
definição, 183 — 184 Difusão, velocidade de, 76 — 77
densidade de, 183 — 184 Dipolo :
elétrico, momento do, 94
densidade de (veja Densidade de Corrente)
elétrica, 76 e o campo elétrico, 56
pontual, 126
atravessando uma interface, 78 — 79
ÍNDICE ANAL

Escalar, 1
Distribuições de correntes não uniformes, 79
equação de onda, 207
Divergência (veja Divergente)
triplo produto, 9
Divergente, 49
da densidade de corrente. Si Espaço livre:
da densidade de fluxo elétrico, 46 - 47 impedância intrínseca. 212
solução de equação de onda para
definição, 46
Estado estacionário senoidal, 207
do gradiente do potencial elétrico, 112
do rotacional, 133
em coordenadas: cartesianas, 46 - 48 F
cilíndricas, 47 Farad (unidade), 97 - 98
esféricas. 47 Faraday (veja Lei de Faraday)
Fanday, gerador homopolar de, 19
Fator de atenuação, 207
Filamento de corrente, vetor poteni
E Fluxo:
componente normal, 197
E (veja Campo elétrico)
Elemento de corrente, força magnética sobre, 149 c o n t i n u i d a d e , 200 - 201
Elemento de superfície. 33 definição de fluxo elétrico, 32 -
Elemento diferencial de: densidade de fluxo e campo elé
densidade de fluxo magnético (I
linha, 149
diferencial, 32 - 33
superfície, 79
elétrico (vaia D), 32 - 45
(veia Diferencial)
fontes e sorvedouros, 46
volume, 4
Energia: magnético, 134
armazenada em caoacitores, 65 - 99 total, 36
associada aos campos eletrostáticos, 64 - 65 Força:
de um sistema de cargas. 59 - 75 aplicada, 59
densidade de energia eletrica, 70 coulombiana, 15 - 42
taxa instantânea d e . deixando o volume, 214 p r i n c í p i o da superposição, 1
Entreferro a ar. núcleo com. 167 eletromotriz (fem), 183 - 195
Equação de Laplace, 111 - 129 em campos:
a uma variável, 113 - 114 elétricos. 76 - 77
definição de, 111 magnéticos. 147 - 159
em coordenadas: equação diferencial de, 149
cartesianas, 111 magnética:
cilíndricas, 111 sobre elementos de corrent(
esféricas, 111 sobre partículas carregadas,
formas explícitas de. 112 magrietomotriz (fmm), 166
solução em produto, 114 - 115 momentos de, 150
Equação de Onda: Fourier, séries de, 125
na forma: escalar. 207 Freqüência, 208
vetorial, 206 Fugas em capacitores, 42
para o campo elétrico. 207 - 208 Funções de Bessel, 116
para o campo magnético, 207 - 208
soluções:
no espaço livre. 209 G
pata bons condutores, 210 Gauss (veja Lei de Gauss; Teorem

NUANCE para dielétricos perfeitos, 209 - 210


para quase condutores. 208 - 209
Equação de Poisson. 111 - 123
Gaussianas especiais, superfícies,
Gerador homopolar de Faraday,
Gradiente:
Equação diferencial para torças, 149 divergente do, 112
Equação de Maxwell, 183. 196 - 205, 213 do potencial elétrico. 62 - 63
definição de, 196, 198 - 199 em coordenadas:
forma geral das, 198 cartesianas, 62 - 63
no espaço livre, 198 cilíndricas, 62 - 63
para campos estáticos. 48, 133 esféricas, 62 - 63
soluções de ondas para as, 206 - 211 rotacional do, 133
soluções e m coordenadas cartesianas para as,
206 -208
H
Equações diferenciais de Bessel, 116
230 E L E T R O M A G N E T I S M O

Mobilidade elétrica, 76 — 77
Imagens, método das, 106
de um elétron, 76 — 77
Impedância intrínseca de um meio, 209, 212, 216 de uma lacuna, 76 — 77
Incidência de ondas, 211 — 212 Momento:
Indutância, 160
de uma força, 150
entre condutores cilíndricos, 161 — 162
de dipolo elétrico, 94
entre condutores paralelos, 161 — 162
externa, 162 — 163 magnético: de uma bobina plana. 150 — 1
interna, 162 — 163 de uma espira de corrente. 15(
Indutor, 160
Infmita, linha carregada, 19
Infinito, plano carregado, 19
Infinito, referência zero no, 62 n, tipo de semicondutor, 78
Integral tripla a partir de integração de superfície, Nabla (veja Operador Nabla)
Intensidade de campo elétrico (veja E) 49 N e p e r (unidade), 207
relacionamento com decibel, 217
Newton (unidade), 15
Notação vetorial, 1
J (veja Corrente etc) Núcleo de ar, bobinas, 162 — 163
Núcleo de ferro, 163 — 164
Núcleo com entreferro a ar, 167
Número de Avogadro, 84
Kirchhoff (veja Lei de Kirchhoff)

o
Ohm (veja Lei de Ohm)
Lacunas, 78 Ohm (unidade), 79
Laplace (veja Equação de Laplace) Ondas:
Legendre, polinômios de: esféricas, 223
de ordem n, 117 estacionárias, 212 — 213
os cinco primeiros, 128 incidentes, 211 — 212
Lei: propagantes, 2.11
de ação das massas, 85 refletidas, 211 — 212
de Ampère, 130 — 146, 198 transmitidas, 211 — 212
definição, 131 Operador Nabla, 48 — 49
para circuitos magnéticos, 166 e o rotacional, 133
para indutância interna, 162 — 163 em coordenadas cartesianas, 48
de Biot—Savart, 130 — 131 Órbita circular, 151
de Coulomb, 15 — 16, 81
de Faraday, 160, 184 — 185, 198
de Gauss, 33, 198
de Kirchhoff (Lei de Nós), 81, 166 P, tipo de semicondutor, 78
de Lenz, 185 — 186
Par elétron / lacuna, 78 — 79
de Ohm, 76
Partículas carregadas, força magnética, 147
na forma pontual, 78 Películas de corrente:
T • inversa nversaentre cargas pontuais, 19
Lenz (veja Lei de Lenz) intensidade de campo magnético para, 197
na interface, 197
inha de cargas, 19 Período, 208
densidade associada, 19 Permeabilidade, 134
elemento diferencial, 4 relativa, 134, 164 — 165
infinita, 19
Permissividade, 15
de uni meio isotrópico, 34
relativa, 15, 95
Plano carregado infinito, 19
Magnetização, curvas B—H, 164 — 165
Poisson (veja Equação de Poisson)
Maxwell (veia Equações de Maxwell)
Medidor de D'Arsonval, 153 Polarização em dieletricos perfeitos, 94
Potência, 149
Meio dispersivo, 219
complexa, 214
ÍNDICE ANAL

devido a distribuição de cargas, 62 Soma vetorial, 1


divergência do, 111 — 112 Stokes (veja Teorema de Stokes)
e c campo elétrico, 64 Subtração vetorial. 1
entre dois pontos. 60 Suscetibilidade elétrica. 95
gradiente do, 62 Superfície:
Potencial (vetor) magnético (A), 135 — 136 corrente cruzando, 79
devido a um filamento l e corrente, 135 diferencial, 79
Poynting, vetor de, 213 — 214 elemento de superfície, 33
Produto escalar, 1 — 2 equipotenciais, 61
Produto vetorial, 1 — 2, 46 integração, 49
de campos vetoriais, 132 — 133 superposição de forças coulombi
divergências, 133
e o operador Nabla, 133
gradiente, 133 -r
triplo. 9 Tempo de relaxação. 81
Profundidade pelicular (de penetração), 211 Tempo, variação harmônica no, 201
Projeção de um vetor sobre outro. S Tensão, auto-indução, 160
Propagação: Teorema:
constante de, 207
da unicidade, 112 -- 113
em bons condutores, 210
de Gauss, 49 — 50, 196
em dielétricos perfeitos, 209 — 210 de Stokes, 136, 198
em ouase condutores, 208 — 209 do valor Máximo, 113
no espaço livre, 209 do valor Médio, 113
velocidade de, 209 Teoria do fluxo eletrônico, 76 —
Tesla (unidade), 134
Toróides (indutância de), 161
Torques. 150 — 151
cl
de campos magnéticos, 147 — 1
Queda de tensão, 80 Trabalho. 149 — 150
de carga pontual em movimente
definição, 59
R diferencial, 59
Transformação de coordenadas, 5 -
Referência zero no infinito, 62
Transmissão de ondas, 211 — 212
Reflexão de ondas eletromagnéticas, 211 — 212
Triplo produto:
Regime senoidal permanente, 207 escalar. 9
Regra da mão direita, 131, 185 vetorial, 9
Relaxação, tempo de, 81
Relutância, 166
Resistência (R), 70 — 71
Resistividade, 77
Rotacional, 132 — 133 Unicidade (veja teorema da Unicid
Uniforme, densidade de cargas, 19
Unitário, vetor, 1
em sistema de coordenadas. 4
S Unitário, vetor normal, 24
i l l i l l e o onclutores7, 878
Semicondutores,
tipo n, 78

N U A N C 6 S e p t a i s P a Z 7o18evariáveis (veja Equação de Laplace) V (veja Potencial elétrico)


Séries de Fourier, 125 Velocidade:
SI (Sistema Internacional de Unidades), 225 de difusão, 76
Siemens (unidade), 79 de propagação, 209
Sistema Cartesiano (veja Coordenadas Cartesianas) Versor (veja Unitário, vetor)
Sistema cilíndrico (veja Coordenadas Cilíndricas) Vetor:
Sistema esférico (veja Coordenadas Esféricas) análise vetorial, 1 — 14
Sistema de coordenadas, 2 — 3 componentes, 1
transformações. 5 — 6 de Poynting, 213 — 214
vetores unitários, 3 — 4 densidade, 80
Sistemas d e cargas: energias e potencial elétrico, deslocamento elétrico, 59
232 E L E T R O M A G N E T I S M O

potencial magnético, 135 — 136


devido a um filamento de corrente, 135
diferencial, 135 — 136
produto escalar, 1
produto triplo, 9
produto vetorial, 1 — 2
projeções, 8
soma, 1
subtração, 1
unitário normal, 1

Watt (unidade), 214


Weber (unidade), 134

Zero (referência) no infinito, 62

11®
NUANCE

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