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PEARSON
Prefixos Freqüentemente Usados
giga (G) 109
mega (M) 106
quilo (k) 103
mili (m) 10-3
micro(µ) 10-6
nano (n) 10-9
pico (p) 10-12
Identidades Trigonométricas
F(w) = §[f(t)] =
1
f(t) = §-! [F(w)] = f"' F(m) e 10)' dro
2rc -ro
f f(t)e-
00
s
F(s) = $ [f(t)] = ' dt
ac Corrente alternada
A
c Coulomb
dB Decibel
de Corrente contínua
F Farad
H Henry
Hz Hertz
J Joule
m Metro
N Newton
N.m Newton-metro
Q Ohm
fp Fator de potência
rad radianos
R Resistência
L Indutância
e Capacitância
rms Valor eficaz
s Segundo
s Siemens
V Volt
VA Volt-Ampere
w Watt
, SOC!ESC
ANALISE DE ti1blloteca
CIRCUITOS
EM
ENGENHARIA
1
J. óavid lrwin
Professor e Chefe de Departamento de Engenharia Elétrica
da Auburn University, Alabama
Tradução
Luiz Antônio Aguirre, Ph.D.
Professor do Departamento de Engenharia Eletrônica da UFMG
Revisão Técnica
Antonio Pertence Júnior
Engenheiro Eletrônico e de Telecomunicações (PUC/MG)
Professor de Eletrônica e de Telecomunicações
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CT812104 621.3192 172an
Análise de circuitos em engenharia
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São Paulo
Brasil Argentina Colômbia Costa Rica Chile Espanha Guatemala México Peru Porto Rico Venezuela
© 2000 by Pearson Education do Brasil
Título original: Basic Engineering Circuit Analysis - 4 th. edition
© 1992 Macmillan Publishing. Original em inglês publicado pela Macmillan Publishing
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida
ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico,
incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento
e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da
Pearson Education do Brasil.
lrwin, J. David
Análise de Circuitos em Engenharia / J. David lrwin
tradução: Luis Antônio Aguirre, Janete Furtado Ribeiro Aguirre;
revisão técnica: Antonio Pertence Júnior
ISBN: 978-85-346-0693-6
j SOCIESC
CETT Curttiba
BIBLIOTE
REG N 2 s''
DEPTO. f01
;:-:.,/01 1 I
ORIGEM /J Ç ~J.,23 Setembro 201 O
DATA JJ /o.j i ctoil
.LIVRARIA~
I Direitos exclusivos para a língua portuguesa cedidos à
Pearson Education do Brasil,
uma empresa do grupo Pearson Education
RE ~ Rua Nelson Francisco, 26, Limão
Cap: 02712-100 - São Paulo - SP
Tel: (i 1) 2178-8686 Fax: (11) 2178-8688
e-mail: vendas@pearson.com
Edie
Geri Marie
John David,
~
MAKRON
Books
u ar10
Prefácio XV
Capítulo 1 Conceitos Básicos. 1
1. 1 Sistemas de Unidades. l
1.2 Quantidades Básicas . 2
1.3 Componentes de Circuitos . 8
Fontes Independentes . 8
Fontes Dependentes 10
1.4 Resumo . . . . . . . 12
Capítulo 2 Circuitos Resistivos . . 18
2.1 A Lei de Ohm . . . . 18
2.2 As Leis de Kirchhoff . 22
2.3 Circuitos de Laço Único 30
2.4 Circuitos corn Único Par de Nós . 37
2.5 Combinações de Resistores em Série e em Paralelo. 45
2.6 Circuitos com Combinações e Resistores em Série e em Paralelo . 47
2.7 Transformações Y (Estrela) +-+ 11 (Delta) 53
2.8 Circuitos com Fontes Dependentes . 56
2.9 Resumo . . . . . . . . . . . . . . . 60
Capítulo 3 Técnicas de Análises Nodal e de Laço 78
3 .1 Análise Nodal . . . . . . . . . . . . 78
Equações Nodais para Circuitos Contendo Fontes Independentes de Tensão 88
Equações Nodais para Circuitos Contendo Fontes Dependentes de Tensão . 94
IX
X Análise de Circuitos em Engenharia
Referências . 827
Respostas de Alguns Problemas . 829
Índice Analítico. . . , . . . . 841
Lista das Tabelas do livro
Tabela 9.1 Representação de fasores . . . . . 348
Tabela 9.2 Impedâncias de elementos passivos. 355
Tabela 15.1 Fórmulas de conversão para parâmetros de quadripolos 662
Tabela 16.1 Tabela resumida de pares de transformadas de Laplace. 687
Tabela 16.2 Algumas propriedades úteis da transformada de Laplace 692
Tabela 18.1 Séries de Fourier para algumas formas de onda comuns 779
refácio
Perspectiva
Este livro foi especificamente elaborado para cursos introdutórios sobre análise de circuitos lineares. O livro
pode servir como texto principal tanto para estudantes de engenharia elétrica como em cursos introdutórios
para não-eletricistas.
Durante a preparação deste livro, muito esforço foi despendido para apresentar o material da forma
mais simples possível. O método de exposição foi concebido com o objetivo de (1) auxiliar o professor a
apresentar o assunto de forma bem clara e (2) ajudar o aluno a entender os conceitos e técnicas de maneira
a dominá-las e usá-las. De fato, houve grande empenho em apresentar o material de tal maneira que os
alunos pudessem, com o auxílio de suplementos, aprender sem necessitar da constante presença do professor.
Com esse objetivo em vista, aplicações práticas foram incluídas para demonstrar o uso da teoria.
Pré-requisitos
O livro presume que o leitor tem conhecimentos gerais de cálculo diferencial e integral, especialmente das
técnicas envolvidas na resolução de equações diferenciais com coeficientes constantes. É também desejável
que o leitor tenha algum conhecimento sobre matrizes e programação de computadores.
Filosofia
Pedagogia. A base filosófica empregada no desenvolvimento desta obra pode ser apresentada da seguinte
maneira: "Para se aprender análise de circuitos, deve-se fazer análise de circuitos". Portanto, o livro contém
382 exemplos que ilustram todos os aspectos de cada técnica e um total de 1.366 problemas que permitem ao
leitor verificar a sua compreensão dos conceitos e princípios. Houve o cuidado de manter a "matemática" o
mais simples possível de modo a não esconder os conceitos e princípios no fundo de um labirinto de cálculos
e números. Além disso, quando apropriado, os mesmos problemas foram resolvidos de várias maneiras para
facilitar o entendimento e a comparação das diversas técnicas e de como elas se relacionam. Acredita-se que
dessa forma o presente livro será de grande ajuda tanto para o professor quanto para o aluno.
XVI Análise de Circuitos em Engenharia
Ilustrações. Uma breve folheada no livro revelará que foi feito intenso uso de ilustrações. O obje-
tivo disso é esclarecer todos os detalhes do procedimento utilizado na análise de circuitos.
PSPICE. O programa PSPICE, desenvolvido par,a a análise de circuitos assistida por computador, é
empregado no decorrer do livro. Ele é usado nos capítulos 4, 5, 7, 8, 10, 12, 13, 14 e 18 para determinar cor-
rentes e tensões em vários circuitos, traçar respostas no tempo e em freqüência e calcular séries de Fourier.
Esta é uma característica extremamente importante deste livro, uma vez que SPICE é extensivamente usado na
indústria para analisar projetos de circuitos antes de serem enviados à produção.
Esta edição emprega PSPICE em vez de SPICE 2G.5 pelas seguintes razões: PSPICE está disponível
para IBM PC e compatíveis, Macintoshes e vários minicomputadores e estações de trabalho; inclui uma
interface user-friendly para o uso do mouse; fornece uma saída gráfica excelente da tela para a impressora;
- aceita uma variedade de impressoras laser e de linha e tem características adicionais que permitem uma aná-
lise mais flexível e abrangente.
Os critérios empregados pela Accreditation Board for Engineering and Technology - ABET (Co-
missão de Credenciamento em Tecnologia e Engenharia) afirmou categoricamente que "estudantes devem
demonstrar conhecimento da aplicação e uso de técnicas de computação digital para especificar problemas
de engenharia". O uso de PSPICE nesse contexto, além de ajudar a satisfazer tal padrão, fornece a base para o
seu uso em eletrônica.
Flexibilidade. O assunto é apresentado de maneira a permitir o uso do texto de forma flexível. Por
exemplo, pode-s~ saltar determinadas seções, ou até mesmo capítulos inteiros, e mesmo assim conseguir uma
exposição coesa do assunto estudado.
Resumo. Ao final de cada capítulo, os conceitos mais importantes são resumidos de maneira
concisa. Tais resumos servem como lembretes ao leitor de todos os princípios significativos e técnicas conti-
das no capítulo.
Conjunto de problemas. O livro possui dois conjuntos de problemas. Primeiro, existem 289 exer-
cícios de fixação. Tais problemas e suas respostas objetivam reforçar a compreensão do leitor da seção pre-
cedente. Segundo, existem 1.077 problemas ao final dos capítulos. Esse último conjunto de problemas foi
organizado de forma a acompanhar a apresentação do assunto. De forma geral, tais problemas se encontram
organizados em grau crescente de dificuldade e foram cuidadosamente selecionados para verificar o entendi-
mento do leitor sobre todo o assunto.
Estou em débito com um grande número de colegas e amigos que ajudaram na preparação das edições ante-
riores deste livro. Eles ofereceram muito apoio e quero enfatizar meu apreço pela sua ajuda. São eles: os
professores E. R. Graf, L. L. Grigsby, C. A. Gross, M. A. Honnell, R. C. Jaeger, J. L. Lowry, M. S. Morse, e
C. L. Rogers; os alunos Dr. Travis Blalock, Kevin Driscoll, Keith Jones, George Lindsey, David Mack, John
Parr, Monty Rickles, James Trivitayakhun, Susan Williamson e Jacinda Woodward; e minha assistente admi-
nistrativa Betty Kelley.
Gostaria também de expressar meu apreço aos seguintes professores que fizeram inúmeras suges-
tões para melhorar o livro: David Anderson, da University of Iowa; Richard L. Baker, da University of Cali-
fornia, Los Angeles; James L. Dodd, professor emérito da Mississippi State University; Earl D. Eyman, da
University of Iowa; Arvin Grabel, da Northeastern University; Paul Gray, da University of Wisconsin, Plat-
teville; John Hadjilogiou, do Florida Institute of Technology; Ralph Kinney, da Louisiana State University;
K. S. P. Kumar, da University of Minnesota; James Luster, do Snow College; Ian McCausland, da University
of Toronto; Arthur C. Moeller, da Marquette University; M. Paul Murray, da Mississippi State University;
Burks Oaldey, II, da University of Illinois at Champaign-Urbana; John O'Malley, da University of Florida;
William R. Parkhurst, da The Wichita State University; James Rowland, da University of Kansas; Robert N.
Sackett, do Normandale Community College; Richard Sanford, da Clarkson University; Ronald Schultz, da
Cleveland State University; Janusz Starzyk, da Ohio University e Saad Tabet, da Florida State University.
Sou muito grato a Paula Revels e Les Simonton pela ajuda e apoio que me deram no preparo desta edição.
Finalmente, desejo expressar minha mais profunda gratidão à minha mulher, Edie, sem cuja ajuda
e apoio a conclusão deste livro não teria sido possível.
J. D. I.
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MAKRON
CAPÍTULO
Books
"'
onceitos 8SIC OS
É importante notar que o título deste livro não implica que ele será útil somente a engenheiros eletricistas.
Melhor, temos descoberto que todos os tipos de engenheiros necessitam se conscientiza r das implicações da
análise de circuitos porque eles virão a ter contato com circuitos de várias formas: como parte integral de sis-
temas, na instrumentação e assim por diante. E mais, muitos dos atuais problemas são tão complexos que são
manipulados por equipes de especialistas com embasament o em engenharia, matemática, física e química.
Em muitas situações, os componentes elétricos literalmente permeiam todo um sistema através de implica-
ções de potência, controle, instrumentação, monitoramento e similares. Portanto, é importante que o maior
número possível de pessoal técnico esteja pelo menos familiarizado com a análise de circuitos.
1 1 1 1 1 1 1 '
1 1
pico (p) nano (n) micro(µ) mili(m) quilo (K) mega(M) giga (G) tera (T)
Figura 1.1 Prefixos padrão SI.
Os prefixos padronizados que são empregados no SI são mostrados na Figura 1.1. Repare no rela-
cionamento decimal entre eles. Esses prefixos são empregados no decorrer do nosso estudo de circuitos elé-
tricos.
Há poucos anos, um milissegundo, 10-3 s, era considerado um período pequeno na análise de cir-
cuitos elétricos. Avanços de tecnologia, no entanto, têm nos conduzido a um estado em que já consideramos
1
r
1
coisas como executar cálculos em nanossegundos ou mesmo em picossegundos. Ao mesmo tempo, os circui-
tos têm experimentado uma fenomenal diminuição de tamanho. Por exemplo, considere o chip de circuito in-
tegrado mostrado na Figura 1.2. Tais circuitos miniaturizados são comuns em calculadoras, computadores e
equipamentos eletrônicos.
•
Figura 1.2 Exemplo de um chip de circuito integrado VLSI bipolar avançado com 30.000 transistores. Este
chip de alta velqcidade tem aproximadamente 0,25 polegadas de comprimento e usa um pacote
de 144-pinos-matriz (cortesia da Honeywell, lnc.).
pletas de muitas das variáveis porque tais definições não só são desnecessárias nesse
nível como também
confusas. Apesar de a maioria de nós ter um conceito intuitivo do que significa um circuito,
iremos nos refe-
rir a um circuito elétrico simplesmente como uma interconexão de componentes elétricos.
É muito importante que desde o início o leitor entenda a estratégia básica que será empregad
a em
nossa análise de circuitos elétricos. Essa estratégia está traçada na Figura 1.3, e
vamos nos concentra r
somente na porção do diagrama à direita da linha tràcejada. Em estudos subseqüe ntes
ou estudos comple-
mentares, o leitor aprenderá como modelar recursos físicos tais como compone ntes eletrônic
os. Nosso proce-
dimento aqui será empregar modelos lineares para os compone ntes de um circuito, definir
as variáveis que
aparecem nas equações do circuito visando resolvê-las e, finalmente, interpreta r a solução
a fim de deter-
minar o que está ocorrendo com o circuito físico. As variáveis podem ser variáveis no
tempo ou constantes,
dependendo da natureza dos parâmetros físicos que elas representam.
Modelo Procedimento
1Componente • linear do - solução
1
circuito
para o • Definir vaiiáveis
componente • Escrever equações
• Resolver equações
1
1
1
Interpretação
de
resultados
__J
.3 Estratégia básica empregada na análise de circuitos.
da direita para a esquerda, oposta à nossa direção de referência para 11; seu valor é de 3 A. 12 = -3 A na Fi-
gura 1.4b indica que, em qualquer ponto no condutor mostrado , 3 C de carga passa da direita para a esquerda
a cada segundo. Portanto, é importante especificar não somente a magnitude da variável representando cor-
rente, mas também sua direção. Depois que uma solução é encontrada para a variável corrente, a corrente fí-
sica real é conhecida.
/1 =2A 12 =-3A
~ ~
(a) (b)
Figura 1.4 Fluxo de corrente convencional: (a) fluxo positivo de corrente; (b) fluxo negativo de corrente .
Existem dois tipos de corrente que freqüentemente encontramos na nossa vida diária, corrente al-
ternada (ac - alternating current) e corrente contínua (de - direct current), as quais são mostradas em função
do tempo na Figura 1.5. Corrente alternada é a corrente comumente encontrada em toda casa, utilizada para
fazer funcionar uma geladeira, um fogão , uma máquina de lavar e outros aparelhos. Baterias usadas em auto-
móveis e flashes fotográficos são uma fonte de corrente contínua. A esses dois tipos de corrente, que têm
ampla variedade de uso, somam-se muitos outros tipos que podemos gerar. Examinaremos alguns desses
outros tipos mais adiante.
i(t ) i(I)
(a) (b)
Figura 1.5 Dois tipos comuns de corrente: (a) corrente alternada (ac); (b) corrente contínua (de).
Mencionamos que cargas em movimento produzem uma transferência de energia. Definimos agora
a tensão (também chamada de força eletromotriz oú potencia[) entre dois pontos em um circuito como a dife-
rença do nível de energia de uma unidade de carga positiva localizada em tais pontos. Trabalho ou energia,
w(t) o'u W, é medido em joules (J); 1 joule corresponde a 1 newton metro (N • m). Portanto a tensão [v(t) ou
V] é medida em volts (V) e 1 volt corresponde a 1 joule por coulomb; isto é, 1 volt= 1 joule por coulomb = 1
newton metro por coulomb.
Se uma unidade de carga positiva é movimentada entre dois pontos, a energia necessária para mo-
vê-la é a tensão, que é a diferença entre o nível de energia entre dois pontos. É extremamente importante que
as variáveis que são utilizadas para representar tensão entre dois pontos estejam definidas de maneira tal
que a solução nos permita interpretar qual é o ponto de maior potencial em relação ao outro.
Na Figura 1.6a, a variável que representa a tensão entre os pontos A e B foi definida como V 1, e as-
sumiu-se que o ponto A está em um potencial mais alto que o ponto B, como indicado pelos sinais + e - asso-
ciados com a variável e definidos na figura. Os sinais + e - definem a direção de referência para V1 . As
equações para o circuito foram escritas e o valor solução de 2 V foi obtido; isto é, V1 = 2 V, como mostrado
na figura. A interpretação física disso é que a diferença em potencial dos pontos A e B é 2 V e o ponto A está
em um potencial mais alto. Se a unidade de carga positiva é movimentada do ponto A através do circuito para
o ponto B, ela vai liberar energia para o circuito e terá 2 J a menos de energia quando atingir o ponto B. Se a
unidade de carga positiva é movimentada do ponto B para o ponto A, energia extra deverá ser acrescentada à
carga pelo circuito, e daí a carga acabará com 2 J a mais de energia no ponto A do que quando ela saiu do
ponto B.
O mesmo procedimento foi seguido para o circuito da Figura 1.6b, e a variável V2 foi definida da mes-
ma maneira. O conjunto de equações foi escrito, e o valor solução de -5 V foi encontrado; isto é, v2 = -5 V.
A interpretação física de V2 = -5 V é que o potencial entre os pontos A e B é 5 V e o ponto B está em um
Cap. 1 Conceitos básicos 5
potencial mais alto. Se o circuito na Figura 1.6b fosse recalculado com a variável para a tensão definida
como mostrada na Figura 1.6c, a solução teria sido V2 = 5 V. A interpretação física disso é que a diferença de
potencial dos pontos A e B é 5 V, com o ponto Bem um potencial mais alto.
A e A e A e
+u------1 +
r r
V2 = -5V c2 V2 =5V c2
u u
+
B o B o B o
(a) (b) (e)
Repare que é importante definir a variável com a direção de referência para que a resposta possa
ser interpretada para revelar a condição física do circuito. Descobriremos que em muitos casos não é possível
definir a variável para uma resposta positiva e também acharemos que não é necessário fazê-lo. O valor ne-
gativo para determinada variável dá exatamente a mesma informação que um valor positivo para uma nova
variável que é a mesma que a anterior, exceto que ela tem uma direção de referência oposta. Daí, quando de-
finimos corrente ou tensão, é absolutamente necessário que especifiquemos tanto a magnitude quanto a dire-
ção. Portanto, não é suficiente dizer que a tensão entre dois pontos é 10 V ou a corrente em um condutor é 2
A, pois nesses casos somente a magnitude, e não a direção para as variáveis, foi indicada.
Apresentamos até este momento as convenções que utilizamos em nossas discussões de corrente e
tensão. Energia é ainda um outro importante termo de significação básica. A Figura 1.7 ilustra a relação ten-
são-corrente para a transferência de energia. Nessa figura, o bloco representando um componente do circuito
foi extraído de um circuito maior para averiguação. Na Figura 1.7a, a energia está sendo suprida para o com-
ponente pelo que quer que seja que está ligado aos terminais. Note que 2 A, isto é, 2 C, de carga está se mo-
vendo do ponto A para o ponto B através do componente a cada segundo. Cada coulomb perde 3 J de energia
quando ele passa através do componente do ponto A para o ponto B. Portanto, o componente está absorvendo
6 J de energia por segundo. Note que quando o componente está absorvendo energia, uma corrente positiva
entra no terminal positivo. Na Figura 1.7b, a energia está sendo fornecida pelo componente para o que quer
que esteja conectado aos terminais A-B. Nesse caso, repare que quando o componente está fornecendo ener-
gia, uma corrente positiva entra no terminal negativo e o deixa via terminal positivo. Nessa convenção, uma
corrente negativa em uma direção é equivalente a uma corrente positiva na direção oposta, e vice-versa. De
forma semelhante, a tensão negativa em uma direção é equivalente a uma tensão positiva na direção oposta.
A l=2A A l=2A
3V 3V
B I =2A B I =2A
w ~
Figura 1.7 Relação tensão-corrente para a energia consumida (a) e energia fornecida (b).
Exemplo 1.1
Suponhamos que o seu carro não pega. Para determinar se o problema é com a bateria, você acende os faróis
e descobre que as luzes estão fracas, indicando uma bateria quase descarregada. Você toma emprestado o
carro de um amigo e um conjunto de cabos. Porém, como você vai conectar a bateria do carro dele à sua? O
que você quer que a bateria faça?
Essencialmente, a bateria do carro dele deve fornecer energia à do seu carro e, portanto, ela deveria
estar conectada da maneira mostrada na Figura 1.8. Note que a corrente positiva deixa o terminal positivo da
bateria carregada (fornecendo energia) e entra no terminal positivo da bateria descarregada (absorvendo
energia). Note que as mesmas conexões são usadas quando se carrega uma bateria.
p
/
I
.V
.•.dll··
I
+ +
Bateria Bateria
carregada descarregada
vi = !; (~~) = !; = p
(1.3)
que é a taxa de variação de energia no tempo ou a potência medida em joules por segundo, ou ainda, watts
(W). Então, em geral, v e i são função do tempo, p é também uma quantidade variante no tempo. Portanto, a
mudança em energia do tempo t 1 para o tempo t2 pode ser encontrada integrando-se a Equação 1.3; isto é,
w = f,, p dt =f'' vi dt
f1 11
(1.4)
Vamos agora resumir nossa convenção de sinal para potência. Para determinar o sinal de qualquer
uma das quantidades envolvidas, as variáveis para a corrente e tensão devem ser arrumadas como mostrado
na Figura 1.9. A variável v(t) é definida como a tensão sobre o elemento, sendo que a referência positiva de
tal tensão corresponde ao terminal do elemento pelo qual a corrente i(t) entra. Essa convenção é chamada de
convenção passiva de sinal e será referida dessa maneira no restante deste livro. O produto de v e i , com
seus respectivos sinais, determinarão a magnitude e sinal da potência. Se o sinal da potência é positivo, po-
tência está sendo absorvida pelo componente; se o sinal é negativo, potência está sendo fornecida pelo com-
ponente.
i(t)
+
v(t)
.2
Desejamos determinar a potência absorvida, ou fornecida, pelos componentes na Figura 1.7.
Na 1.7a, P =VI= (3 V)(2 A)= 6 W é absorvido pelo componente. Na Figura 1.7b, P = VI=
- (3 V)(2 A) = - 6 W é absorvido componente, ou +6 W é fornecido pelo componente. li
Cap. 1 Conceitos básicos 7
Exemplo 1.3
Dados os dois diagramas mostrados na Figura 1.1 O, determine se o componente está absorvendo ou forne-
cendo potência e quanto.
4A -2A
2V 2V
(a) (b)
lí = 12V lí =4V
(a) (b)
Figura E1 .1
Resp.: (a) P = -48 W; (b) P = 8 W.
Exemplo 1.4
Desejamos determinar a tensão desconhecida ou corrente na Figura 1.11.
~ l=?
A -A
P=-20W 5V P=40W
B +B
(a) (b)
Na Figura 1.1 la, a potência de -20 W indica que o componente está fornecendo potência. Portanto,
a corrente entra no terminal negativo (terminal A), e a partir da Equação (1.3), temos que a tensão é 4 V.
Na Figura 1.11 b, uma potência de +40 W indica que o componente está absorvendo potência e,
portanto, a corrente deveria entrar no terminal positivo B. A corrente tem um valor de - 8 A, como mostrado
na figura. •
8 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 1
Exercício
El.2 Determine as variáveis desconhecidas da Figura El.2.
l=2A
(a)
Figura E1.2
Resp.: (a) V 1 = -20 V; (b) I = -5 A.
Finalmente, é importante notar que essas redes elétricas satisfazem o princípio de conservação de
energia. Para nossos presentes propósitos, isto significa que a potência que a rede está suprindo é exatamente
igual à potência absorvida.
Fontes Independentes
Uma fonte de tensão independente é um componente de dois terminais que mantém uma tensão específica
entre seus terminais independentemente da corrente através dele. O símbolo geral para uma fonte indepen-
dente, um círculo, é mostrado na Figura 1.12a. Como indicado na figura, o terminal A é v( t) volts positivo em
relação ao terminal B. A palavra "positivo" pode ser um tanto quanto dúbia. Nesse caso, seu significado é
que v(t) é positiva com referência ao terminal A, e a tensão física sobre o componente deve ser entendida a
partir do valor numérico de v(t). Isto é, se v(t) em t = 2 sé - 10 V, o ponto B está em um potencial mais alto
que o ponto A quando t = 2 s. O símbolo v(t) é normalmente empregado em te,nsões variantes por tempo. No
entanto, se a tensão é não-variável no tempo (isto é, constante), o símbolo mostrado na Figura 1.12b é
Cap. 1 Conceitos básicos 9
algumas vezes utilizado. Esse símbolo, usado para represe ntar uma
bateria, ilustra que o termina l A é V volts
positivo em relação ao termina l B, onde a linha compri da no topo e
a curta embaix o indicam os terminais po-
sitivo e negativo, respectivamente, e ainda a polarid ade do compon
ente.
Afonte de_corrente independente, ao contrár io da fonte de tensão
indepen dente, é um compon ente
de dois terminais que mantém uma corrent e específ ica indepen dentem
ente da tensão sobre seus terminais. O
símbolo geral para uma fonte de corrent e indepen dente é mostrad
o na Figura 1.12c, onde i(t) é a corrent e
específ ica e a seta indica a direção positiv a do fluxo de corrente.
A A A
+
v(t)
V-=-
l i(t) t
(a)
I
B
(b)
B
(e)
1.12 Símbol os para (a) fonte de tensão indepe ndente ; (b) fonte
de tensão constan te; (c) fonte de cor-
rente indepen dente.
É importa nte que façamos uma pausa aqui para inserirm os um coment
ário a respeito de uma difi-
culdade dos modelos. Em geral, modelo s matemá ticos se aproxim
am dos sistemas físicos reais soment e sob
um conjunto específ ico de condições. Para ilustrar tal ponto, conside
remos o modelo para a fonte de tensão
da Figura 1.12a. Assum imos que a fonte de tensão fornece v volts
indepen dentem ente do que está conecta do
aos seus terminais. Teorica mente, podería mos ajustar o circuito externo
para que uma quantid ade infinita de
corrent e fluísse e, portanto, a fonte de tensão fornecesse uma infinita
quantid ade de potênci a. Isto é, de ma-
neira óbvia, fisicamente impossível. Um argume nto similar poderia
ser feito para a fonte de corrent e inde-
pendente. Daí o leitor deve se precaver, lembra ndo que modelo s
possue m limitaç ões e são represe ntações
válidas de sistemas físicos soment e sob certas circuns tâncias .
1.5
Determ ine a potênci a absorvi da ou forneci da pelos compon entes
na rede da Figura 1.13.
A corrent e flui do termina l positiv o de uma fonte de 24 V e, portant
o, esse compon ente está forne-
cendo (2)(24) = 48 W de potênci a. A corrent e está dentro dos termina
is positiv os dos compon entes 1 e 2 e,
portanto, os compon entes 1 e 2 estão absorve ndo (2)(6) = 12 W e
(2)(18) = 36 W, respect ivamen te. Note que
a forneci da é à potênci a absorvida.
•
6V
l=2A
+
24V
l=2A
1.13 Rede para o Exemp lo 1.5.
El.3 Calcule a potência que é consum ida ou fornecid a pelos três compon
entes da Figura El.3.
10 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 1
18V
+
3A 6V
Figura E1.3
Resp.: A fonte de corrente fornece 36 W, o componente 1 consome 54 W e o componente 2 fornece 18 W.
Fontes Dependentes
Diferindo das fontes independentes, que produzem uma tensão ou corrente em particular completamente
independente do que está acontecendo no resto do circuito, as fontes dependentes geram uma tensão ou cor-
rente que é determinada pela tensão ou corrente em uma localidade específica do circuito. Essas fontes são
importantes porque são uma parte integral dos modelos matemáticos usados para descrever o comportamento
de muitos componentes do circuito eletrônico. Consideremos, por exemplo, os dois dispositivos eletrônicos
freqüentemente usados, mostrados na Figura 1.14. O componente da Figura 1.14a é um transistor de efeito de
campo de canal-N feito de semicondutor metal-óxido (MOSFET - N-channel enhancement-mode metal-oxi-
de-semiconductor field-effect transistor). O dispositivo na Figura 1.14b é um transistor bipolar npn. A cor-
rente de escoamento / D no MOSFET é dependente da tensão fonte-porta V GS· Similarmente, o coletor de
corrente Ic no dispositivo bipolar é controlado pela tensão base-emissor VBE·
Dreno Coletor
lv Ic
Porta Base
•+
VGS
Fonte Emissor
(a) (b)
Exemplo 1.6
Dadas as duas redes mostradas na Figura 1.16, queremos determinar as saídas.
Na Figura 1.16a, a tensão de saída é V0 = µV5 ou V0 = 20V5 = (20)(2 V)= 40 V. Note que a tensão
de saída foi amplificada de 2 V nos terminais de entrada para 40 V nos terminais de saída; isto é, o circuito é
um amplificador com um fator de amplificação de 20.
Na Figura 1.16b, a corrente de saída é 10 = f31s = (50)(1 mA) = 50 mA; isto é, o circuito tem um
ganho de corrente de 50, significando que a corrente de &aída é 50 vezes maior que a corrente de entrada.
Cap. 1 Conceitos básicos 11
(a) (b)
(e) (d)
Is= lmA l,
+ +
Vs=2V 501, = I0
(a) (b)
Exercício
El.4 Determine a potência fornecida pelas fontes dependentes da Figura E 1.14.
l,=4A
+
(a) (b)
Figura E1.4
Resp.: (a) Potência fornecida= 80 W; (b) potência fornecida= 160 W.
Exemplo 1.7
Calculemos a potência que é absorvida ou fornecida pelos componentes na rede da Figura 1.17.
- - -- - - - - -- - - - ~"'-"" •·
12V ux
lx= 4A + 2A
1--------<.-- +>-----.
36 V
pi = (12)(4) = 48 W
P 2 = (24)(2) = 48 W
PDS = (lJx)(-2) = (4)(-2) = -8 W
P3 = (28)(2) = 56 W
Repare que a fonte de 36 V e a fonte dependente estão fornecendo potência para o circuito e os
componentes restantes estão consumindo potência. Além do mais, a energia está sendo conservada, uma vez
que a potência fornecida ao circuito é idêntica à potência consumida pelo circuito. •
Exercício
El.5 Calcule a potência que é consumida ou fornecida pelos componentes do circuito na rede da Figura El.5.
8V
+
4/x
24 V
IX =4A
Figura E1.5
Concluindo este capítulo, um certo número de comentários se faz necessário. O leitor deve enten-
der profundamente a nossa visão como mostrada na Figura 1.3 porque nos capítulos que se seguem esta-
remos simplesmente definindo e nos referindo a tensão e corrente em partes específicas dentro de um
circuito. Antes de escrever qualquer equação, os leitores devem analisar cuidadosamente que tipo de resposta
eles esperam obter. Por exemplo, se todas as fontes são constantes, todas as tensões e correntes no circuito
serão constantes e conseqüentemen te, letras maiúsculas deverão ser usadas para todas as variáveis represen-
tando as tensões e correntes. É também de ajuda para os leitores pensar de antemão a respeito de como as va-
riáveis estão relacionadas entre si e defini-las de modo a se ter um número de sinais em uso. Apesar de não
ser importante para a solução final, como indicado anteriormente, isso força os leitores ; pensar sobre o pro-
blema do começo ao fim antes de iniciar a sua resolução, de tal modo que a solução não seja uma surpresa.
1.4 Resumo
A estratégia básica para uma análise de circuitos elétricos foi introduzida. Essa estratégia envolve o uso de
modelos lineares para representar os vários componentes de um circuito, a definição de variáveis usadas nas
equaçê)es de um circuito e a interpretação de valores solução das variáveis para determinar os valores reais
das quantidades representadas na rede física.
Cap. 1 Conceitos básicos 13
o sistema de unidades que foi adotado é o sistema padrão SI. Carga, corrente, tensão, potência e
energia foram definidos e os inter-relacionamentos entre tais quantidades foram
examinados. Fontes de cor-
rente e tensão, dependentes e independentes, foram apresentadas e a convenç
ão passiva de sinal que será usa-
da no decorrer do texto foi estabelecida.
Deve ser óbvio, a esta altura, que existe certa ambigüidade em nossa notação
para variáveis e uni-
dades. "V" é usado duplamente como símbolo para tensão e como abreviat
ura da unidade "volt". Similar-
mente, "W" é usado como símbolo para energia e como abreviatura para
"watt", a unidade de potência.
Podemos ainda encontrar expressões como V= 12 V ou P = 4 W que, fora de
um contexto, podem ser dúbias;
entretanto, se acompanharmos as discussões associadas, seu significado ficará
claro.
Pontos-Chave
• p = 10-12 k = 10 3
n = 10-9 M = 106
6
µ = 10- G = 109
m = 10- 3 T = 1012
• Convenção passiva de sinal é definida na Figura 1.9.
• Potência está sendo consumida por um componente quando o sinal de potência
é positivo usan-
do-se a convenção passiva de sinal.
• Potência está sendo fornecida por um compon ente quando o sinal de potência
é negativo usan-
do-se a convenção passiva de sinal.
• As redes elétricas aqui consideradas satisfazem o princípi o de conserv ação
de energia.
• Uma fonte de tensão (corrente) indepen dente ideal é um compon ente
de dois terminais que
mantém uma tensão (corrente) específi ca entre seus dois terminais indepen
denteme nte da cor-
rente (tensão) através do componente.
• Fontes dependentes ou controladas geram a tensão ou corrente que é determi
nada pela tensão ou
corrente em uma localidade específi ca do circuito.
Problemas
1.1 A corrente em um condutor é conhecida como sendo 12 A. Quantos coulomb
s de carga passam em qualquer ponto
dado por um intervalo de 1,5 min?
1.2 Em um dado condutor, uma carga de 600 C passa em qualquer um dos pontos
em intervalos de 12 segundos. Deter-
mine a corrente no condutor.
1.3 Uma bateria para carro de 12 V fornece 6 J de energia em um intervalo de tempo
específico. Quanta carga foi movi-
mentada durante esse peóodo?
1.4 A carga entrando no terminal positivo de um componente é q(t) = -30e-4 1·mC.
Se a tensão através do componente é
de 120e- 21 V, determine a energia fornecida ao componente no intervalo de
tempo de O< t < 50 ms.
1.5 A carga entrando no terminal positivo de um componente é dada pela expressã
o q( t) = -12e- 21 mC. A potência for-
necida ao componente é p( t) = 2,4e- 3t W. Calcule a corrente no componente, a
tensão através dele e a energia forne-
cida a ele no intervalo de tempo de O < t < 100 ms.
1.6 A corrente que entra em um componente é mostrada na Figura P 1.6. Calcule a
carga que entra no componente no in-
tervalo de tempo O < t < 4 s.
i(t) mA
10 ............ ... .
---t--o------2L-------'-4-------1(s
)
Figura P1.6
1.7 A tensão sobre um componente é de 12e-21 V. A corrente que entra no terminal
positivo do componente é de 2e- 21
A. Calcule a energia consumida pelo componente em 1,5 s.
14 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 1
v,
1
Figura P1.8
1.9 Determine a magnitude e direção da corrente nos componentes da Figura Pl.9.
V1 =-12V V,=-6V
(a) (b)
Figura P1.9
1.10 Determine a magnitude e direção da tensão através dos componentes da Figura Pl.10.
(a) (b)
Figura P1 .1 O
1.11 Dois componentes estão conectados em série como mostrado na Figura P l. l l. O componente l fornece 24 W de po-
tência. O componente 2 está fornecendo ou consumindo potência? Quanto?
6V
8V
Figura P1 .11
Cap. 1 Conceitos básicos 15
1.12 Dois componentes estão conectados em série como mostrado na Figura Pl .12. O componente l fornece
36 W de po-
tência. O componente 2 está consumindo ou fornecendo potência? Quanto?
-12V
-4V
P1.12
1.13 A fonte Vs na rede da Figura Pl.13 está consumindo ou fornecendo potência? Quanto?
6V ~
3A + +
9A 6A
IOV 16V 8V
+ + +
3A
P1.13
1.14 Determine a potência que é consumida ou fornecida pelos componente s da Figura P 1.14.
6V
lx=2A + 2V
12 V 6V
IA+ 6A - +
2
4V
2V
+ +
P1.15
16 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 1
+
lA
lA
4V
+ + + +
12 V 12 V 12 V 2 /, t 4 12 V
+
2A 8V
Figura P1 .16
1.17 Calcule Vx na rede da Figura Pl.17.
2A 4A
+
6V 8V V,
+
2V 2 4V 4 6V
+ +
6A
Figura P1 .17
1.18 Calcule Vx na rede da Figura Pl.18.
2A 4A
+
2 18V 4 6V
+
V,
+ +
+ 12 V
12 V
8A
+
3 6V 18V
8A 6A
+
6A 4A
Figura P1 .18
1.19 Calcule 10 na rede da Figura Pl.19.
6V
+ l,=2A
6V 12 V
+ +
11 A
+
+
IOV 81,
Figura P1.19
Cap. 1 Conceitos básicos 17
1.20 Calcule 10 na rede da Figura Pl.20.
8V
6A +
24 V IX =2A
6V
+ lo +
3
4 16V
4/x
8V
+
6
3A
Figura P1 .20
CAPÍTULO
~
MAKRON
Books
ircuitos esistivos
Neste capítulo introduziremos alguns conceitos básicos e leis que são fundamentais à análise de circuitos.
Em geral, restringiremos nossas atividades à análise, isto é, à determinação de uma tensão específica, cor-
rente ou potência em alguma parte do circuito. As técnicas que serão introduzidas têm uma aplicação ampla
na análise de circuitos, ainda que as discutamos no contexto de circuitos simples.
v(t) R
18
Cap. 2 Circuitos resistivos 19
v(t)
i(t)
(a)
(b)
Figura 2.2 Representação gráfica da relaçã
o tensão-corrente para (a) um resistor linear
e (b) um diodo.
Desd e que um resistor é um elemento passivo, a relaçã
o correta tensã o-cor rente é ilustrada na Fi-
gura 2.1. A potên cia fornecida aos terminais é consu
mida pelo resistor. Note que a carga se move do poten
cial mais alto para o potencial mais baixo quando -
ela passa pelo resist or e a energ ia absorvida é dissip
pelo resistor em forma de calor. Como indicado no ada
Capítulo 1, a taxa de dissipação de energ ia é a potên
instantânea, e portanto cia
p(t) = v(t)i(t )
(2.2)
a qual, usando-se Equa ção 2.1, pode ser escrita corno
p(t) = Rz (t) = - -
.2 v2 (t)
R (2.3)
Essa equação ilustra que a potên cia é urna função
não-l inear ou da corrente ou da tensão e que tem
sempre um valor positivo.
Condutância, representada pelo símbolo G, é uma
outra quant idade com ampla aplicação em aná-
lise de circuitos. Por definição, condu tância é o inver
so da resistência, isto é,
G=_!_ (2.4)
R
A unidade de condutância é o siemens, e a relaçã
o entre unidades é
lS= lA/V
Usando-se a Equação 2.4, podemos escrever duas
expressões adicionais,
i(t) = Gv(t)
(2.5)
e
•2 (t)
p(t) = _z - = Gv 2 (t)
G (2.6)
A Equação 2.5 é uma outra expressão da lei de Ohm.
' 20
tantes: R
Análise de Circuitos em Engenharia
= O e R = oo.
Cap. 2
i(t) = v(t)
R
=0
Portanto, a corrente é zero independentemente do valor da tensão através dos terminais abertos.
Exemplo 2.1
No circuito mostrado na Figura 2.3a, determine a corrente e a potência consumida pelo resistor.
Utilizando-se a Equação 2.1, achamos que a corrente é
I=V=l0=5A
R 2
e da Equação 2.2 ou 2.3, a potência consumida pelo resistor é
P =VI= (10(5) = 50W
= R/ 2 = (2)(5) 2 = 50 w
~
2
= = (l0) = 50 w
R 2
•
Exemplo 2.2
A potência consumida pelo resistor de 4 O da Figura 2.3b é de 64 W. Determine a tensão e a corrente.
Utilizando-se a Equação 2.3, podemos determinar de imediato qualquer uma das variáveis.
64 w = (4)/ 2
l=4A
e
64 = V~
4
Vs = 16 V
Repare, porém, que uma vez que I é conhecida, V 5 pode ser obtida utilizando-se a lei de Ohm. Note
que I = -4 A e V5 = -16 V também satisfazem as equações matemáticas acima. •
Exemplo 2.3
Dado o circuito da Figura 2.3c, desejamos determinar a tensão sobre os terminais e a potência consumida
pelo resistor.
Da Equação 2.5, a tensão é
I
V,
G
= 2,5 = 10 V
0,25
A potência é determinada pela Equação 2.6 como
2 (2 5)2
P = !__ = _'_ = 25 W
G 0,25 •
Íi.
Cap. 2 Circuitos resistivos 21
l l
+ +
20 40
lOV Vs
P =64W
(a) (b)
I = 2,5 A i(t)
+ +
(e) (d)
Figura 2.3 Circuitos para os Exemplos 2.1 a 2.4.
Exemplo 2.4
Dado o circuito da Figura 2.3d com uma entrada senoidal, determine a corrente resultante e a potência consu-
mida pelo resistor.
Da lei de Ohm,
i(t) = v(t)
R
16 sen 377t
4
= 4 sen 377t A
Portanto, tanto a tensão como a corrente são senoidais. A potência é
p(t) = v(t)i(t)
= (16 sen 377t)( 4 sen 377t)A
2
= 64 sen 377t W
Note que apesar de a tensão e a corrente serem negativas durante os intervalos quando a função
seno é negativa, a potência tem sempre um valor positivo. •
Exercícios
E2.1 Dado o circuito da Figura E2. l, determine a tensão Vs sobre o resistor e a potência consumida por ele.
4A
20
Figura E2.1
Resp.: Vs = 8 V, P = 32 W.
22 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 2
8A
R
P=256 W
Figura E2.2
Resp.: R = 4 Q, Vs = 32 V.
(2.7)
onde i/ t) é a j-ésima corrente entrando no nó através do ramo j e N é o número de ramos conectados ao nó.
Para entender o uso dessa lei, consideremos o nó mostrado na Figura 2.5. Aplicando-se a lei de Kirchhoff
para corrente a esse nó, tem-se
ÍJ (t) + [-i (t)] + Í 3 (t)
2 + Í 4 (t) + [-i 5 (t)] = Ü
Assumimos que os sinais algébricos das correntes entrando no nó são positivos e, portanto, os si-
nais das correntes deixando o nó são negativos.
Cap. 2 Circuitos resistivos 23
R,
R2 R•
-
i(t)
+
v(t) R6
R, R,
(a)
Nó 1 R, Nó2
Nó3 Nó4
NóS
(b)
Figura 2.4 Circuitos usados para ilustrar os seguintes termos: (a) circuito exemplo; (b) circuito de (a) com os
nós ilustrados.
que afirma que a soma das correntes entrando em um nó é igual à soma das co rrentes deixando o nó . Ambas
as expressões em itálico são formas alternativas da lei de Kirchhoff para corrente.
Mais uma vez, deve ser lembrado que a última afirmação significa que a soma das variáveis que
estão definidas como entrando no nó é igual à soma das variáveis que estão definidas como deixando o nó,
não as correntes reais. Por exemplo, i.(t) pode ser definido como entrando no nó , mas se seu valor verdadeiro
é negativo, haverá uma carga positiJa deixando o nó.
Note com cuidado que a lei de Kirchhoff para corrente afirma que a soma algébrica das correntes
ou entrando ou deixando um nó deve ser zero. Começamos agora a ver o porquê de afirmarmos no Capítulo 1
que é fundamental especificar tanto a magnitude como a direção de uma corrente.
Exemplo 2.5
Utilizando a lei de Kirchhoff para corrente, queremos determinar o valor de 1 na Figura 2.6a.
1
, 24 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 2
Exemplo 2.6
Na Figura 2.6b, desejamos determinar as correntes 11 e 12 .
As equações da lei de Kirchhoff para corrente para os nós 1 e 2, são, respectivamente,
2 - 4 -2 -II = O
/1 -8+3-/2 =Ü
Da primeira equação, / 1 = - 4 A. Desde que foi assumido que 11 estava deixando o nó 1, o sinal ne-
gativo ilustra que uma corrente positiva está realmente entrando no nó 1. Usando esse valor de / 1 na segunda
equação, sabemos que 12 = - 9 A. •
Finalmente, é possível generalizar a lei de Kirchhoff para corrente para incluir uma superfície fe-
chada. Por uma superfície fechada podemos entender um conjunto de elementos inteJ"conectados que estão
completamente contidos dentro dessa superfície. Desde que a corrente entrando em cada elemento da super-
fície seja igual à corrente deixando o elemento (ou seja, o elemento não armazena carga), conseqüentemente
a corrente entrando em uma interconexão de elementos é igual àquela que deixa qualquer superfície que con-
tenha tal interconexão. Portanto, a lei de Kirchhoff para corrente pode ser enunciada da seguinte forma: A
soma algébrica das correntes entrando em qualquer supe,fície fechada é zero.
Exemplo 2.7
Para ilustrar essa generalização da lei de Kirchhoff para corrente enunciada acima, precisamos considerar
somente o arranjo de nós múltiplos discutidos no Exemplo 2.6 e ilustrado na Figura 2.6b.
Cap. 2 Circuitos resistivos 25
Vamos agora aplicar a lei de Kircbhof f para corrente a uma superfície. Assumindo que
as correntes
entrando na superfície são positivas e aquelas saindo são negativas, podemos escrever
-2 + 4 + 8 + / 2 - 3+2 =o
/ 2 = -9 A
que é, obviamente, o que obtivemo s para 1 no Exemplo 2.6. Repare, entretanto, que não
2 precisamos achar 11
para determinar 12 .
Exercícios
E2.3 Calcule 11 na rede da Figura E2.3 .
Figura E2.3
Resp.: 11 = 4 A .
E2.4 Determine as correntes 11, 12 e 1 na rede da Figura E2.4.
3
Figura E2.4
Resp.: 11 = -3 A, 12 =- 2 A, 13 = 3 A.
A segunda lei de Kircbhoff, chamada de lei de Kirchhof f para tensão, afirma que a soma
algébrica
das tensões ao longo de qualquer laço é zero. Como foi o caso da lei de Kircbhof f para
corrente, não levare-
mos em consideração a prova dessa lei e nos concentraremos em entender como aplicá-la.
Mais uma vez o
leitor deve lembrar-s e de que estamos lidando somente com circuitos de parâmetr os
concentrados. Tais cir-
cuitos são conservativos, significando que o trabalho necess ário para mover uma unidade
de carga ao longo
de qualquer laço é zero.
Lembre-s e que na lei de Kirchhof f para corrente, o sinal algébrico se fazia necessári o
para indicar
se as correntes estão entrando ou saindo de um nó. Na lei de Kircbhof f para tensão, o
sinal algébrico é usado
para indicar a polaridade da tensão. Em outras palavras, ao percorrer o circuito, é necessári
o cancelar os au-
mentos e as diminuiç ões nos níveis de energia. Portanto , é importan te indicar se
o nível de energia está
aumentando ou diminuindo à medida que passarmos por cada elemento .
Exemplo 2.8
Consideremos o circuito mostrado na Figura 2.7a. Aplicand o-se a lei de Kirchhof f para
tensão, devemos per-
correr o circuito e somarmos os aumentos e diminuições no nível de energia. Já que a
rede é um laço único,
podemos percorrer o caminho tanto no sentido horário como no anti-horário. Além do
mais, podemos consi-
derar um aumento no nível potencial de energia como positivo e uma diminuição no
nível de energia como
26 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 2
negativo, ou vice-versa. Baseados nesses argumentos, neste caso temos quatro opções para aplicar a lei de
Kirchhoff para tensão. Eles são ressaltados na tabela a seguir.
+ cw
2 + ccw
3 + cw
4 + ccw
Começando no ponto a, os resultados obtidos pelo uso dessas quatro convenções são os seguintes:
Convenção 1
Convenção 2
Convenção 3
Convenção 4
+30 - VR , + 15 - VR , + 5 - VR, = O
Desde que uma equação não seja modificada pela multiplicação de cada termo por -1 , um exame
das quatro equações acima ilustra que todas elas são idênticas. Sob tais condições, qual convenção devería-
mos usar? Já que todas elas são válidas, use a que mais lhe agrada. Por enquanto, faremos uso da convenção
1. Porém, desde que o primeiro passo para se resolver uma equação algébrica é colocar os valores conhecidos
de um lado e os desconhecidos de outro, começaremos a escrever as equações da seguinte forma:
+VR, + VR, + VR, = 5 + 15 + 30
= 50
Suponhamos agora que V R e V R são 18 V e 12 V, respectivamente. Então, qualquer uma das equa-
ções pode ser usada para encontra~os v/ = 20 V. O circuito com todas as tensões representadas é mostra-
do na Figura 2.7b. '
Finalmente, empregaremos a convenção Vab para indicar a tensão no ponto a com respeito ao
ponto b: isto é, a variável de tensão entre os pontos a e b, com o ponto a considerado positivo em relação
ao ponto b. Uma vez que o potencial é medido entre dois pontos, é conveniente usar uma seta entre os dois
pontos, com a ponta da seta indicando o nó positivo. Note que a notação de subíndices duplos, a notação + e - ,
e a notação que usa a seta são todas elas equivalentes se a seta estiver apontando na direção do terminal posi-
tivo e do primeiro índice na notação de subíndices duplos. Todas essas formas equivalentes para representa-
ção de tensão são mostradas na Figura 2.8. Se empregarmos os resultados da Figura 2.8 na rede da Figura 2.7,
acharemos, por exemplo, que Vaf = 30 V, Vfa = -30 V, Vab = 18 V, Vdc = -12 V, Ved = 15 V e Vef = 20 V.
Além disso, podemos aplicar a lei de Kirchhoff para tensão ao circuito para determinar a tensão entre quais-
quer dois pontos. Por exemplo, suponhamos que queremos determinar a tensão Vbe como mostrado na Figura
2.7c. Apesar de podermos empregar qualquer uma das quatro convenções mostradas anteriormente, usare-
mos a convenção 1 e começaremos no ponto b. Note que temos uma escolha de dois caminhos; um é bcdeb e
o outro é befab. Para o primeiro caminho, temos
+5 - 12 + 15 + Vbe = 0
v be = -8 V
Cap. 2 Circuitos resistivos 27
a R, b e
+vR1 - +
5V
+ +
30V R2 V Rl
R,
+ +
f VR
3
e d
15 V
(a)
a R, b e
+ 18V-
-5v+
+ +
30V R2 12V
R,
f 20V+ e +
d
15 V
(b)
a R, b e
+ 18 v - +
-5 V +
+
30V V be R2 12 V
f 20V+ e +
d
15V
(e)
Figura 2.7 Circuitos usados para ilustrar a lei de Kirchho
ff para tensão.
a
+ +
\
V, = vab Vx =Vo Vo
.....
b
(a) (b)
a
+ +
(e) b
(d )
Figura 2.8 Formas equivalentes para se identific
ar tensão.
28 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 2
·• ..
v., ...
·•
R,
f V + d
R5
(a)
24 V
b
a
R ....•··
2 ,......
+ ···...
,,•··· +
2V R,
V".
-6V
R,
.•·····
f + + d
-3 V 9V
(b)
Figura 2.9 Outro circuito usado para ilustrar a lei de Kirchhoff para tensão.
Cap. 2 Circuitos resistivos 29
Finalmente, com a informação obtida, Vec pode ser calculada de várias formas. Usando-se o cami-
nho cdec, temos
- ( -6) + 9 - V,c =O
V,c = 15 V
O uso do caminho cefabc nos dá
V,c - (-3) + 2 - 24 + 4 = O
V,c = 15 V
Utilizando-se o caminho ceabc, temos
V,, + Vae - 24 + 4 =O
vec + 5 - 24 + 4 = O
Vec = 15 V
Em geral, a representação matemática da lei de Kirchhoff para tensão é
(2.8)
onde v/ t) é a tensão sobre o }-ésimo ramo (com a devida referência ao sentido) em um laço contendo N ten-
sões. Essa expressão é análoga à Equação 2.7 para a lei de Kirchhoff para corrente.
Exercícios
E2.5 Na rede da Figura E2.5, VR, é conhecido como 4 V. Calcule VR, e Vbd·
R, +
12 V 6V
d
Figura E2.5
a _ 1 V+ b _ 4 V+ e
~
R, R,
12 V Vbf 24 V
R4
f +
e
VR4
Figura E2.6
Resp.: VR, = -5 V,
Antes de avançarmos com a análise de circuitos simples, é de suma importância enfatizar um ponto
crítico, mas sutil. A lei de Ohm, corno definida pela equação V = IR, refere-se à relação entre a tensão e cor-
rente corno definida na Figura 2.10a.
30 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 2
R
I A
V R V R ---v-
c D
+ I
B B
00 00 (e)
+
R1 VRI
+
v(t)
+
R2 VR2
VR1 = RAt)
vR, = R 2 i(t)
Portanto,
i(t) = v(t)
(2.9)
RI+ R2
Conhecendo a corrente, podemos agora aplicar a lei de Ohm para determinar a tensão em cada re-
sistor:
(2.10)
Similarmente,
v = R2 v(t) (2.11)
R, RI + R2
Note que as equações satisfazem a lei de Kirchhoff para tensão, já que
R1 R2
+ v(t) - v(t) - v(t) = O
RI + R2 RI + R2
Apesar de simples, as equações 2.10 e 2.11 são muito importantes porque descrevem a operação
chamada de divisor de tensão. Em outras palavras, a fonte v(t) está dividida entre os resistores R
1 e R 2 em
proporção direta às respectivas resistências.
Exemplo 2.10
Considere o circuito mostrado na Figura 2.12. O circuito é idêntico ao da Figura 2.11, com a diferença
que
R 1 é um resistor variável tal como os de controle de volume para rádio e televisão. Suponhamos que
Vs = 24 V,
R 1 = 10 Q e R2 = 2 n.
+
V,
+
V2 = R2 V
RI+ Rl 5
2
=--24
10 + 2
=4V
32 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 2
pi(t) + P2 (t) = ( Rl
RI+ R2
v
2
(t)
RI+ R2
v(t)
v(t)
RI+ R2
= v(t)i(t)
= p(t)
Essa análise ilustra a conservação de potência no circuito, já que a potência fornecida pela fonte de
tensão é completamente absorvida pelos dois resistores.
Exemplo 2.11
Determine a potência instantânea absorvida no resistor R2 do Exemplo 2.10 quando R 1 = 10 n e quando R 1 =
0,4 n.
Para R 1 = 10 n,
2 (24) 2
(10 + 2)2
= 8W
e para R 1 = 0,4 n,
2 (24) 2
(0,4+2)2 \
= 200W
Cap. 2 Circuitos resistivos 33
A esta altura desejamos estender nossa análise para incluir múltiplas fontes de tensão e resistores.
Por exemplo, consideremos o circuito da Figura 2.13a. Assumimos aqui que a corrente flui no sentido horá-
rio, e definimos a variável i(t) de acordo. Isto pode ou não ser o caso, dependendo do valor das fontes de ten-
são. A lei de Kirchhoff para tensão para esse circuito é
-vR, -v 2 (t) + vlt)-vR, -v 4 (t) -vs(t) + vi(t) = O
ou, usando a lei de Ohm,
onde
v(t) = V (t)
1 + V 3 (t) - [V (t) 2 + V 4 (t) + V 5 (t)]
de modo tal que sob as definições acima, a Figura 2.13a é equivalente à Figura 2.13b. Em outras palavras, a
soma de diversas fontes de tensão em série pode ser substituída por uma fonte cujo valor é a soma algébrica
das fontes individuais. Essa análise pode, com certeza, ser generalizada para um circuito com N fontes em
série.
V vi(t)
i(t) + R1 _ +
•
i(t) R1
v(,) R,
+
v.(t)
(a) (b)
Consideremos agora o circuito com N resistores em série como mostrado na Figura 2.14a. Aplican-
do a lei de Kirchhoff para tensão a esse circuito, obtemos
v(t) = V R
1
+ V R + ··· + V R
2 N
e, portanto,
v(t) = Rs i(t) (2.12)
onde
(2.13)
e então
vR, = ;i v(t)
s
(2.15)
i(t)
+
V(t)
Li
(a)
i(t)
(b)
Figura 2.14 Circuitos equivalentes.
p(t) = [
v(t)
Rs l 2
R1 +
[ l
v(t)
Rs 2
R 2 + ... +
[ v(t)
Rs l 2
RN
v 2 (t)
Rs
= v(t)i(t)
que é a potência fornecida pela fonte de tensão.
Exemplo 2.12
Dado o circuito da Figura 2.15, queremos determinar a corrente I, a potência dissipada pelo resistor R 2 e um
circuito equivalente.
12V
+
36 V R 2 =3Q
R,=70
Figura 2.15 Exemplo de circuito com múltiplas fontes e resistores.
ou
(7+3+ 2)/=12 -36
I = -2A
Portanto, a magnitude da corrente é de 2 A, porém ela flui no sentido horário. A potência
dissipada
pelo resistor R 2 é
p = 12R 2
= (2)2 (3)
= 12W
O circuito equivalente é mostrado na Figura 2.14b, onde
Exemplo 2.13
Dada a rede da Figura 2.16, determine a corrente / e as tensões Vfb e Vbe·
De início assumimos que a corrente flui no sentido horário. Se começarmos no ponto f
e percorrer-
mos o circuito no sentido horário, a lei de Kirchhof f para tensão determin a que
24 - 11 - 21 - 64 - 31 - 41 = o*
ou
1/ + 2/ + 3/ + 4/ = - 64 + 24
64 V
a lkQ b 2kQ e +
~-
3kQ
I
f 4kQ e
Figura 2.16 Circuito em série com múltiplos componentes.
Poderíamos ter escrito essa equação por inspeção. O procedim ento é simplesm ente colocar
as fon-
tes de tensão no lado direito da equação e darmos um sinal positivo a elas, caso contribua
m com o sentido do
fluxo da corrente, e um sinal negativo, caso se oponham ao sentido assumido para a corrente.
O lado esquer-
do da equação é simplesmente a tensão sobre os resistores. Resolvendo a equação acima
para /, obtemos
l=-4m A
. . Fazendo uso desse valor de/, a tensão Vfb pode ser obtida usando-se o caminho
fabf ou bcdefb. No
pnmeuo caso,
v/b + 24 - 11 = o
V fb = -28 V
No segundo caso,
- 21 - 64 - 31 - 41 - V Jb =O
Vfb = -28 V
De forma semelhante, Vbe pode ser obtido usando-se o caminho bcdeb ou befab ou o caminho
através da tensão Vfb, agora conhecida. No primeiro caso,
- 2/ - 64 - 3/ + Vb, =Ü
vb, = 44 v
Os outros caminhos produzirão o mesmo resultado.
Exemplo 2.14
A tensão VA sobre o resistor de 2 n da Figura 2.17 é 8 V. Vamos determinar as tensões V1 e V 0 •
Usando-se a lei de Ohm, a corrente no resistor de 2 Q será
VA = 1(2)
8 = 1(2)
1=4A
Desde que VA é positiva do lado esquerdo do resistor de 2 n, a corrente flui da esquerda para adi-
reita nesse resistor. A corrente I flui através do resistor de 3 n e então
Vº = /(3)
= 12 V
+ VA -
lQ 1 2Q +
v1 3 n Vo
Exercícios
E2.7 Determine V0 na rede da Figura E2.7 .
lkQ +
36V
2kQ 3 kQ
+
12 V
Figura E2.7
Resp.: V0 = - 24 V.
Cap. 2 Circuitos resistivos 37
E2.8 Dada a rede da Figura E2.8, determine a corrente J, a potência dissipada pelo resistor de 5-Q, Vbd e Vbe-
Jl
+
1n lOV
d------'l~Jlr------
4Q
Figura E2.8
3 kQ
2kQ
Figura E2.9
Resp.: V0 = 4 V.
E2.10 V 0 é 4 V na rede da Figura E2.10. Determine v2 .
4Q 4Q +
24 V 2Q
+
V2
Figura E2.10
Resp.: v2 = 4 V.
~ R2 v(t)
L--------~ 7
Figura 2.18 Circuito simples em paralelo.
E, empregando-se a lei de Ohm, temos
i(t) = v(t) + v(t)
RI R2
= (-1 + _1 )v(t)
RI R2
v(t)
onde
1 1 1
-= - +-
Rp RI R2 (2.16)
R = R1R2 (2.17)
p RI + R 2
Portanto, a resistência equivalente de dois resistores conectados em paralelo é igual ao produto das
respectivas resistências dividido pela soma. Note também que essa resistência equivalente RP é sempre
menor que ou R 1 ou R 2 . Vemos daí que se conectarmos resistores em paralelo, reduziremos a resistência total.
No caso especial de R 1 = R 2 , a resistência equivalente é igual à metade do valor dos resistores individuais.
A maneira como a corrente i(t) da fonte se divide entre os dois ramos é chamada divisão de cor-
rente e pode ser calculada a partir das expressões a seguir. Por exemplo,
v(t) = R r i(t)
R1R2 (2.18)
= i(t)
RI +R2
e
. v(t)
l 1(t) =-
RI
R2 (2.19)
= i(t)
RI+ R2
e
. () _ v(t)
12 t - - -
R2
RI (2.20)
= i(t)
RI +R2
As equações 2.19 e 2.20 descrevem matematicamente a regra de divisão de corrente.
Portanto, a corrente se divide na proporção inversa das resistências. Em outras palavras, para se
determinar a corrente no ramo contendo R 1, multiplicamos a corrente de entrada i(t) pela resistência oposta
R 2 e dividimos tal produto pela soma dos dois resistores. Repare que essa regra se aplica ao caso especial de
dois resistores em paralelo.
Cap. 2 Circuitos resistivos 39
Exemplo 2.15
Consideremos o circuito mostrado na Figura 2.19a. O circuito equivalente é mostrado na Figura 2.19b. Dada
a informação do circuito, desejamos determinar as correntes e a resistência equivalente.
A resistência equivalente para o circuito é
R1R2
Rp =
RI+ R2
(3)(6)
=
3+6
=2n
Agora V0 pode ser calculado como
V0 = RPI
= (2)(12)
= 24 V
V
(a) (b)
Uma vez que a tensão V0 é conhecida, a lei de Ohm pode ser usada para calcular as correntes / 1 e / 2 .
I = V,,
i R
1
24
3
=8A
e
V,,
R2
24
6
=4A
T
'
Observe como essas correntes satisfazem a lei de Kirchhoff para corrente tanto no nó inferior
como no superior.
I = 11 + 12
12 A= 8 A+ 4A
Também podemos aplicar a divisão de corrente para determinar / 1 e / 2 . Por exemplo,
R2 6
/1 - - - / = - - (12)
RI + R2 3+6 il
=8A 1
e
f
6
/ 2 = - - (12) = 4 A
3+6
Repare que a maior corrente flui através do menor resistor, e vice-versa. Além disso, deve ser nota-
do que se R 1 e R 2 são idênticos, a corrente se dividirá igualmente entre eles.
A potência fornecida pela fonte de corrente na Figura 2.18 é
p(t) = v(t)i(t)
A potência dissipada pelos dois resistores é
P1(t) + P 2Ct) = i~(t)RI + i;(t)R2
= [ Rl R2 i(t)]i(t)
R1 + R2
que é, sem dúvida, a potência fornecida pela fonte de corrente.
Exemplo 2.16
Determine a potência instantânea fornecida pela fonte e absorvida por cada resistor no circuito analisado no
Exemplo 2.15.
A potência fornecida é
P = V0 /
= (24)(12)
= 288W
A potência dissipada em, R 1 e R2 é, respectivamente,
Pi= li1R1
= (8) 2 (3)
= 192W
e
P2 = /;R 2
= (4) 2 (6)
= 96W
r
P = P1 + P2
= 192 + 96
== 288 W
Vamos estender agora nossa análise para incluir várias fontes de corrente e vários resistores em pa-
ralelo. Por exemplo, consideremos o circuito mostrado na Figura 2.20a. Assumimos que o nó superior é v(t)
volts positivo em relação ao nó inferior. Aplicando-se a lei de Kirchhoff para corrente ao nó superior temos
i 1 (t) - i 2 (t) - i 3 (t) + i 4 (t) - i 5 (t) - i 6 (t) == Ü
ou
que é equivalente a
1 1
i 0 (t) == ( - + - Jv(t)
RI R2
RI+ R2
== - - ~ v ( t )
R1R2
onde
i (t) == Í 1 (t) - i 3 (t) + i 4 (t) - i 6 (t)
0
de tal forma que, de acordo com as definições acima, o circuito na Figura 2.20b é equivalente àquele na Fi-
gura 2.20a. Obviamente, podemos estender essa análise a um circuito com N fontes de corrente.
Consideremos agora o circuito com N resistores em paralelo como mostrado na Figura 2.21a. Apli-
cando-se a lei de Kirchhoff para corrente aos nós superiores tem-se
i O (t) == Í 1 (t) + Í 2 (t) + · · º i N (t)
i, (t)
(a)
;. (t) R, v(t)
(b)
Figura 2.20 Circuitos equivalentes.
42 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 2
~---------------------
i, (t) i2 (t) (,jt)
v(t) R2
~------1------------
(a)
,,,,fJ··
(b)
Figura 2.21 Circuitos equivalentes.
i (t) = v(t)
o R (2.26)
p
= G p v(t) (2.27)
onde
(2.28)
(2.29)
de forma que do ponto de vista da fonte, o circuito da Figura 2.21a pode ser reduzido ao circuito equivalente
mostrado na Figura 2.21b.
A divisão de corrente para qualquer ramo pode ser calculada usando-se a lei de Ohm e as equações
acima. Por exemplo, para o }-ésimo ramo no circuito da Figura 2.21a,
i . (t) = v(t)
J R
J
(2.30)
Exemplo 2.17
Dado o circuito da Figura 2.22, desejamos determinar a tensão V0 , as correntes em cada resistor e um circuito
equivalente.
r
Cap. 2 Circuitos resistivos 43
=2A
e
_'Ili_
13 3
= 16A
6A
24Q 3Q
lOA 6Q 3Q
l,
então
logo
Portanto, a tensão Vo é
Vº = II (6) = ±12 V
44 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 2
A corrente 12 pode agora ser calculada usando-se a lei de Ohm como se segue
Vo
3
= + 12
- 3
= ±4A
Aplicando agora a lei de Kirchhoff para corrente no nó superior, tem-se
10-2-4+10 =Ü
10 = -4 A
ou
10+2+4+1 0 =0
10 = -16A
Exercícios
E2.11 Dada a rede da Figura E2. ll, determine a potência dissipada pelo resistor de 6 n.
+
8A 12 Q + 2A
Figura E2.11
Resp.: P 6o. = 24 W.
E2.12 Na rede da Figura E2.12, V0 = 12 V. Determine / 0 •
t 2rnA 6k0
Figura E2.12
Resp.: 10 = - 4 mA.
E2.13 Na rede da Figura E2.13, 12 = 4 mA. Determine 10 .
3kQ 8kQ
12 = 4 mA /3
Figura E2.13
Resp.: 10 = 7,5 mA.
Cap. 2 Circuitos resistivos 45
Exemplo 2.19
Vamos determinar a resistência nos terminais A-B da rede mostrada na Figura 2.24a.
Para determinar a resistência equivalente em A-B, começamos no lado oposto do circuito e combi-
namos resistores à medida que progredimos em direção aos terminais A-B. Os resistores de 1 Q, 2 Q e 3 Q
conectados em série entre os terminais E e F são equivalentes a um resistor de 6 Q , que por sua vez está em
paralelo com o resistor de 12 Q. Essa combinação paralela é equivalente a um resistor de 4 Q conectado
entre E e F como mostrado na Figura 2.24b. Os dois resistores de 1 Q e o resistor de 4 Q estão em série, e
essa combinação está em paralelo com o resistor de 3 Q. Combinando-se esses resistores, a rede reduz-se ao
que é mostrado na Figura 2.24c. Portanto, a resistência nos terminais A-B é de 14 Q, como mostrado na Fi-
gura 2.24d.
A
5!.1 e lQ E lQ
B
7Q D l l.1 F 3Q
(a)
A
5!.1 e l l.1 E
RAB-
3!.1 4!.1=6!.1
em paralelo com 12 Q
7 !.1
B
D l l.1 F
(b)
A
5!.1 e A
Exemplo 2.20
Queremos determinar a resistência nos terminais A-B na rede da Figura 2.25a. Novamente começando do
lado oposto aos terminais da rede e combinando os resistores como mostrado na seqüência de circuitos da Fi-
gura 2.25, achamos que a resistência equivalente nos terminais é de 5 kQ.
2 ld1 2 ill 10ld1
A
RAB- l ill
B
9ld1 2 ill
(a)
2 ill 2 ill
Ao---J\N\r----------<-----~
9 ill
(b)
2ld1
Au----'V'."r----e-------------,
Bo-----------'\1\/\,----<-------'
9 ill
(e)
2ld1
Au---'VVv-------,
B·o------1-------'
(d)
Figura 2.25 Simplificação de uma rede resistiva.
E,xercícios
E2.14 Determine a resistência equivalente nos terminais da rede da Figura E2.14.
Cap. 2 Circuitos resistivos 47
H2
R- sn
6Q
Figura E2.14
Resp.: R = 4,5 Q.
E2.15 Calcule a resistência nos terminais da rede da Figura E2.15.
2 k0
4 k0 12kQ
R-+
3 k0
6ill
Figura E2.15
Resp.: R = 6 ill.
Exemplo 2.21
Queremos determinar todas as coITentes e tensões no circuito em cascata mostrado na Figura 2.26a.
Para proceder a análise do circuito, começamos pelo lado direito e combinamos os resistores para
determinar a resistência total vista pela fonte de 64 V. Isto permitirá calcular a coITente / 1. Empregando
então as leis de Kirchhoff para co1Tente e tensão, a lei de Ohm e/ou divisão de coITente, pode-se calcular
todas as correntes e tensões no circuito.
Do lado direito do circuito, os resistores de 3 n e 9 n estão em série e assim podem ser substituí-
dos por um resistor equivalente de 12 n. Esse resistor está em paralelo com o resistor de 4 n, e a combina-
ção dos dois produz um resistor equivalente de 3 n , mostrado do lado direito do circuito na Figura 2.26b. Na
Figura 2.26b, os dois resistores de 3 n estão em série e sua combinação está em paralelo com o resistor de 6
n. Combinando-se todas as três resistências tem-se o circuito mostrado na Figura 2.26c.
Fazendo uso da lei de Kirchhoff para tensão no circuito da Figura 2.26c, temos
/1 (5 + 3) = 64
/ 1 =8A
V0 pode ser calculado a partir da lei de Ohm como
V(/ = II (3)
= 24 V
ou, usando-se a lei de Kirchhoff para tensão ,
m'
... '
V 0
= 64 - 51 1
=64-40
= 24 V
/3 30 90 15
+ I, + I, + +
64 V v. 60 v, 40 V, 30 64V v, 30
I, 1, (e)
(a)
3o r, +40V _
8A so 4A 3O 90 lA
+ + + + +
64 V V, 60 v, 30 64V 24V 60 12 40 3V 30
I, 4A 3A
(b) (d)
=4A
,\plicando-se a lei de Kirchhoff para tensão à malha do lado direito na Figura 2.26b, ternos
;/a - Vb = 3[3
24 - Vb = 12
vb = 12 v
ou, uma vez que Vb é igual à queda de tensão sobre o resistor de 3 Q, poderíamos usar a lei de Ohm como
Vb = 3[ 3
= 12 V
Estamos agora em condições de calcular as últimas co1Tentes e tensões desconhecidas na Figura
2.26a. Conhecendo-se Vb , podemos calcular / 4 usando a lei de Ohm como
vb = 4/4
=3A
Cap. 2 Circuitos resistivos 49
Poderíamos também ter calculado 15 usando a regra da divisão de corrente. Por exemplo,
4 I
3
4 + (9 + 3)
=lA
Finalmente, Vc pode ser calculado como
vc = /5(3)
=3V
Repare que a lei de Kirchhoff para corrente é satisfeita em todos os nós e a lei de Kirchhoff para
tensão é satisfeita em todas as malhas na Figura 2.26d. li
Exemplo 2.22
Dado o circuito da Figura 2.27 com V0 = 72 V, determine todas as correntes e tensões.
O circuito pode ser simplificado como mostrado na progressão da Figura 2.27a para a Figura 2.27b
para a Figura 2.27c. Então 11 pode ser computado a partir da lei de Ohm como
Vo
6+2+4
= 6mA
6kQ I, X 3kQ Is
+
Vª 2kQ
lz
+
y
1 kQ
+
3kQ 6kQ
Vb
l4
4kQ z
(a)
1, 6kQ X Is
+ 12
2kQ
+ Vª +
72V y
4kü 72V 2kQ
+
Vb 2kQ
z
4kQ
4kQ z (e)
(i:J)
Figura 2.27 Exemplo de circuito para análise.
50 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 2
Uma vez que Vb é conhecido, as correntes / 3 e 14 podem ser obtidas a partir da lei de Ohm como
Vb
3
= 2mA
e
= lmA
Qualquer uma das correntes poderia ter sido calculada a partir da divisão da corrente / 2 . Por exem-
plo, 13 pode ser obtida como
6
13 = --12
3+6
= 2mA •
Exemplo 2.23
Dado o circuito da Figura 2.27a e 14 = ½ mA, deseja-se determinar o valor da fonte de tensão V0 •
Se 14 = ½ mA, então, a partir da lei de Ohm, Vb = 3 V. Vb pode agora ser usado para calcular / 3 = 1
mA. A lei de Kirchhoff para corrente aplicada ao nó y produz
12 = 13 + /4
= 1,5 mA
Então, da lei de Ohm, tem-se
Vª = (1,5) (2)
=3V
Cap. 2 Circuitos resistivos 51
ou
V5 = 30 V
A lei de Kirchhoff para tensão ao redor do laço de cima à direita produz
V AC - V AD + 8 =O
ou
VAD = 20 V
O circuito com todas as tensões e correntes posicionadas é mostrado na Figura 2.28b. Observe que
a lei de Kirchhoff para corrente é satisfeita em todos os nós e a lei de Kirchhoff para tensão é satisfeita em
~m~. •
A
V, 2!.1 3A i
8V
B e+
Is _ _ _____,
- - - " A l v - -_ _ D
6!.1 +
1n 3n 2n V0 =4V
(a)
A 3A
9A +
6A
+
V,=30V 12V 2!.1 3A +
8V
18 V + 3A C + D
B ---'I/\Ar-----111----1
6 !.1 lA +
6A 4A 2A
+
6V 1 !.1 12 V 3 !.1 2n
+
=
(b)
Figura 2.28 Exemplo de circuito contendo uma fonte de corrente.
Exercícios
E2.16 Determine todas as correntes na rede da Figura E2. l 6.
Cap. 2 Circuitos resistivos 53
A B Is
I, 20
120 40
+ 12 • I.,
e
80
10
1.
E 30 D
Figura E2.16
Resp.: 11 = 3 A, 12 = f A, 13 = fA, 14 = 2 A, 15 = 1 A.
E2.17 Determine V0 na rede da Figura E2.16, caso 13 seja 6 A.
Resp.: V0 = 92 V.
R6
Figura 2.29 Rede usa.da para ilustrar a necessidade de uma transformação V +-+/1 delta.
Consideremos os circuitos mostrados na Figura 2.30. Repare que os resistores na Figura 2.30a for-
mam um 1'1 (delta) e os resistores na Figura 2.30b formam um Y. Se ambas as configurações estão conectadas
a somente três terminais a, b e e, seria extremamente vantajoso se uma equivalência pudesse ser estabelecida
entre elas. É, de fato, possível relacionar as resistências de um circuito às de outro de maneira tal que as ca-
racterísticas vistas dos terminais sejam as mesmas. Esse relacionamento entre as duas configurações do cir-
cuito é chamado de transformação Y-1'1.
. A transformação que relaciona as resistências R 1, R 2 e R 3 às resistências Ra, Rb e Rc é obtida a se-
gurr. Para que as duas redes sejam equivalentes a partir de terminais correspondentes, é necessário que a
resistência nos terminais correspondentes seja igual (por exemplo, a resistência nos terminais a e b com o
circuito aberto em e deve ser a mesma para ambos os circuitos). Portanto, se igualarmos as resistências para
cada conjunto correspondente de terminais, obtemos as seguintes equações:
R2 (RI + R3)
54 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 2
R 3 (R 1 + R 2 )
(2.32)
R 3 + R1 + R z
a
a
R,
e b
(a) (b)
Figura 2.30 Redes de resistência Delta e Y.
R aR b + R bR c + R aR c
R2 (2.34)
Rc
R aR b + RbR c + R aR c
R3
Rª
As equações 2.33 e 2.34 são expressões gerais e se aplicam a qualquer conjunto de resistências co-
nectadas em Y ou~- Para o caso equilibrado onde Rª = Rb = Rc e R 1 = R 2 = R 3, as equações acima podem
ser reduzidas a
(2.35)
e
(2.36)
É importante notar que não é necessário memorizar as fórmulas das equações 2.33 e 2.34. Uma ins-
peção detalhada dessas equações e da Figura 2.30 ilustra um padrão definido para os relacionamentos entre
as duas configurações. Por exemplo, a resistência conectada ao ponto a em Y (isto é, Rª) é igual ao produto
dos dois resistores em ~ que estão conectados ao ponto a, dividido pela soma de todas as resistências de del-
ta. Rb e Rc são determinados de maneira semelhante. Similarmente, existem padrões geométricos associados
com equações para cálculo dos resistores em delta como uma função daqueles em Y.
Vamos examinar agora o uso da transformação delta B Y na análise de um circuito.
Cap. 2 Circuitos resistivos 55
exemplo 2.25
Dado O circuito da Figura 2.31a, vamos determinar a corrente / •
0
Observe que o lado direito do circuito é essencial mente uma conexão de dois deltas
de costas um
para O outro. Já que se deseja det~rm.inar a corre~te no ramo que conecta o ponto b ao pont~ d ~o delta
mais
baixo, aplicaremos a transformaçao ao delta de cima conectado entre os pontos a, b e e. O clfcmto
resultante
6 mostrado na Figura 2.31b. Desde que os resistores de 2 kn e 4kn estão em série e sua combinaç
ão está em
paralelo com a combinação em série dos dois resistores de 6 kn produzin do um resistor
de 4 kn, a corrente
da fonte 11 é
/1 = - -36--
3+4+5
= 3mA
Usando-se a divisão de corrente, tem-se
(3)(6 + 6)
lo =
2+4+6 +6
= 2mA
6 ki1
+
36 V
4kQ 6kQ
5kQ d
(a)
3kQ
+ 2 ki1
36 V b e
4kQ 6 ki1
5kQ d
(b)
Figura 2.31 Exemplos de circuitos emprega ndo uma transformação delta-V.
12n
12A t +
12n
Figura E2.18
Resp.: V0 = 48 V.
Exemplo 2.26
Considere o circuito mostrado na Figura 2.32. Para determinarmos a tensão V0 sobre o resistor de 5 Q, em-
pregamos a lei de Kirchhoff para tensão:
V5 - 5/ 1 + 2/ 1 - 3/ 1 = O
24 =/1(5+3-2)
/ 1 = 4A
Portanto,
V0 = (5)(4)
= 20V •
+ Vo -
sn
V,=24V
30
Figura 2.32 Exemplo de circuito contendo uma fonte de tensão controlada por corrente.
Cap. 2 Circuitos resistivos 57
Exemplo 2.27
Dado O circuito da Figura 2.33 contendo uma fonte de tensão controlada por c01Tente, deseja-se determinar a
tensão V0 •
!
v, ! lOmA
3kQ
+ t 4/o 3 kD
\ 3 kQ Vo
Figura 2.33 Exemplo de circuito contendo urna fonte de tensão controlada por corrente.
lo
~ + Vs = 41 - 10
3+3 3 °
Porém
Portanto
Vs + Vs - 4Vs = -10
6 3 3
Resolvendo a equação para Vs, obtém-se
Vs = 12 V
A corrente nos dois resistores de 3 ld1 conectados em sé1ie é 12/(3 k + 3 k) = 2 mA. Daí V0 = (3
k)(2 m) = 6 V. Tal valor poderia também ter sido calculado diretamente, notando-se que a relação entre Vs e
V0 é um simples divisor da tensão através dos dois resistores idênticos de 3 kn. •
Exemplo 2.28
Deseja-se resolver o circuito da Figura 2.34 contendo uma fonte de tensão controlada por tensão para se
determinar V0 •
I,
------< 1 +
30V 2Q
3Q
Figura 2.34 Exemplo de circuito contendo uma fonte de tensão controlada por tensão.
Aplicando-se a lei de Kirchhoff para tensão a esse circuito de malha única, tem-se
30 - 2 VO = (1 + 2 + 3)1 1
onde
ou
Então
•
Exemplo 2.29
Dado o circuito da Figura 2.35 contendo uma fonte de corrente controlada por tensão, deseja-se determinar
Vº.
Aplicando a lei de Kirchhoff para corrente, tem-se
(:)+11-21+12=0
ou
Porém
V V0 ) = --
= 2(1 1 ) = 2( -- V0
' 6 3
Portanto
Vo Vo Vo
-- + -- + -- = 21
12 6 3
Resolvendo para V0 , obtém-se
V0 = 36 V •
+
lkQ
I, l2
(~' )10-
3
! 2kQ V,
t 21 mA 3 kQ Vu
3kQ
Figura 2.35 Exemplo de circuito contendo uma fonte de corrente controlada por tensão.
É conveniente ressaltar que, ao analisar circuitos com fontes dependentes, primeiro tratamos tais
fontes como se fossem fontes independentes, isto é, escrevemos as equações das leis de Kirchhoff para cor-
rente ou tensão. Uma vez escritas tais equações, escrevemos as equações que especificam o relacionamento
das fontes dependentes com o parâmetro desconhecido. Por exemplo, a primeira equação no Exemplo 2.28
trata a fonte dependente como uma fonte independente. A segunda equação no exemplo especifica o relacio-
namento da fonte dependente com a tensão, que é desconhecida na primeira equação.
Exercícios
E2.19 Determine V0 no circuito da Figura E2.19.
Cap. 2 Circuitos resistivos 59
+
V
V, 6Q..!.
2 t t 4A
Figura E2.19
Resp.: V0 = 4 V.
E2.20 Determine V0 no circuito da Figura E2.20.
+·>- ------ o+
2 Q +
24 V 3 Q
lQ
Figura E2.20
Resp.: V0 = 18 V.
Exemplo 2.30
A Figura 2.36a mostra o circuito equival ente para baixos sinais
de freqüências modera das de um amplifica-
dor em configuração de fonte comum usando transistor de efeito de
campo (FET) ou de uni amplificador em
configuração de emissor comum usando um transistor de junção bipolar
(BJT). Deseja -se desenvolver uma
expressão para o ganho do amplificador, que é a razão entre a tensão
de saída e a tensão de entrada.
ii(t) R,
~--------------u +
+
v;(t) R2 v, (t)
(a)
iJt) R,
+
+
v;(t) R, v, (t)
i g,,, v, (1) RL Vo(t)
(b)
Figura 2.36 Exemplo de circuito conten do uma fonte de corrent
e control ada por tensão .
Apesar de esse circuito , que contém uma fonte de corrent e control
ada por tensão, parecer compli-
cado, ele pode ser analisado com as técnicas estudadas até este ponto.
O laço da esquerda, ou seja, a entrada
do amplificador, é essencialmente desacoplada do estágio de saída
do amplificador, mostra do à direita. A
tensão sobre R 2 é v (t) e é quem controla a fonte de corrente depend
ente.
Para simp1ificar a análise, vamos trocar os resistores R , R e R por
RL, de modo que
3 4 5
1 1 1 1
- =- +- +-
RL R3 R4 R5
60 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 2
Portanto, o circuito reduz-se ao que é mostrado na Figura 2.36b. Aplicando-se a lei de Kirchhoff
para tensão à porção de entrada do amplificador, tem-se
V;(t) =i 1
(t)(R 1 + R2 )
e
V g(t) = il (t)R2
Resolvendo essas equações para v gCt), tem-se
R2
V 8 (t) = V;(t)
RI+ R2
Do circuito de saída, repare que a tensão v 0 (t) é dada pela expressão
vg(t) = -gmvg(t)RL
Combinando-se essa equação com a que está logo acima, tem-se
-g R R
Vo (t) = m L 2 V; (t)
R1 + Rz
Portanto, o ganho do amplificador, que é a razão entre a tensão de saída e a tensão de entrada, é
dado por
Valores razoáveis para os parâmetros do circuito da Figura 2.36a são R 1 = 100 Q, R 2 = 1 kQ,
gm = 0,04 S, R 3 = 50 kQ e R 4 = R 5 = 10 kQ. Portanto, o ganho do amplificador sob tais condições é
V0 (t) - (0,04)( 4,545)(10 3 )(1)(10 3 )
V; (t) (1,1)(10 3 )
= -165,29
Logo, o ganho é de 165,29.
2.9 Resumo
Este capítulo lidou primeiramente com as leis fundamentais usadas na análise de circuitos, a saber: a lei de
Ohm e as leis de Kirchhoff. O componente resistivo foi introduzido e mostrou-se como calcular a resistência
equivalente quando esses elementos são colocados em série ou em paralelo. Tanto as divisões de tensão
como as de corrente foram apresentadas. Também foi ilustrado o uso da transformação Y-delta para simplifi-
cação de circuitos. Mostrou-se que, com o emprego das leis fundamentais, podemos analisar alguns circuitos
razoavelmente complicados contendo fontes dependentes e independentes.
Pontos-Chave
• Em um curto-circuito, a resistência é zero, a tensão sobre o curto é zero e a corrente no curto é
determinada pelo resto do circuito.
• Em um circuito aberto, a resistência é infinita, a corrente é zero e a tensão sobre os terminais
abertos é determinada pelo resto do circuito.
• Um nó é um ponto de interconexão de dois ou mais componentes de um circuito.
• Um laço é qualquer caminho fechado através do circuito no qual nenhum nó é percorrido mais
do que uma vez.
• Um ramo é uma porção do circuito contendo somente um único componente e os nós no final de
cada elemento.
• A lei de Kirchhoff para corrente afirma que a soma algébrica das correntes entrando em um nó é zero.
• A lei de Kirchhoff para tensão afirma que a soma algébrica das tensões ao longo de um caminho
fechado é zero.
• A divisão de corrente mostra que a corrente se divide entre resistores em paralelo em proporção
inversa da resistência do ramo.
Cap. 2 Circuitos resistivos 61
7
• A divisão de tensão mostra que a tensão se divide entre resistor
es em série na proporç ão direta
de suas resistências.
• A transformação Y-delta nos permite construir uma troca equival
ente entre resistor es conectados
em configuração delta e resistores conectados em configuração Y.
Proble mas
2.1 Determine 10 , 11 e 12 no circuito da Figura. P2. l.
11
3A 4A 2A
Figura P2.1
2.2 Determ ine/ 1 , 12, 13 e 14 no circuito da Figura P2.2.
12A A 4A
B D
9A
=
Figura P2.2
2.3 Já que a lei de Kirchhoff para corrente deve ser satisfeita a cada
partição que corta o circuito em duas partes, use as
partições para encontrar as correntes desconhecidas no circuito da
Figura P2.3.
A
CD 1
0--- - ---0
=
CD
Figura P2.3
l"i
62 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 2
12 A 2n
Figura P2.4
2.5 Determine a potência dissipada no resistor de l n do circuito mostrado na Figura P2.5.
2n 3n
4 n 1n
Figura P2.5
2.6 Determine / 1 no circuito mostrado na Figura P2.6.
6n I,
12 V 6n 6n 12 V
Figura P2.6
2.7 Dado o circuito da Figura P2.7, determine V0 e / 0 .
6n 4 n 120
Figura P2.7
2.8 Determine a condutância equivalente no circuito da Figura P2.8.
12 S 6S
Geq- 2S 4!1
6S 7S
5S
Figura P2.8
Cap. 2 Circuitos resistivos 63
. Determine a resistência equivalente do circu
29 ito da Figura P2.9.
sn 3Q
10
R,. -
10
3Q
Figura P2.9
2.10 Determine / 0 no circuito da Figura P2.10.
IOQ 2n 2Q
2n 6Q
JQ
Figura P2.10
2.11 Detem üne V0 no circuito da Figura P2.ll .
6Q 60
6Q 6Q
+
28 V 6Q
60 6Q
Figura P2.11
2.12 Determine Vª, Vb e Vc no circuito da Figur
a P2.12.
4Q 6Q
4Q
6Q 3Q
Figura P2.12
64 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 2
+ +
12 V
9n 4n 1n Vo
Figura P2.13
2.14 Determine 11 e V0 no circuito da Figura P2.14.
sn
24 V 2n
4 n + +
+
v, 12n 4 n
Figura P2.14
2.15 Determine J1 e V0 no circuito da Figura P2.15.
sn
6 n 3n
12 n
+
1n
Figura P2.15
2.16 Determine 10 no circuito da Figura P2.16.
1n
4 n
2n 2n
3n
Figura P2.16
Cap. 2 Circuitos resistivos 65
10n sn +
2n
H2
6n 3n
Figura P2.1 7
2. 18 Determine 10 no circuito da Figura P2.18.
20 90 20
20
40 40 100
36 V
Figura P2.1 8
2.19 Determine 10 no circuito da Figura P2.1 9.
4 ill lOill 3 ill
3 ill
+
2ill l ill
Figura P2. 19
2.20 Determine V0 no circuito da Figura P2.20.
6n 6n
6n
13 A
i +
6n
Vo 6n
6n
Figura P2.20
66 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 2
4Q ]Q 1n +
sn
t 12A 6Q 2n Vo
3Q
Figura P2.21
2.22 Determine 10 no circuito da Figura P2.22.
30
sn 6Q
+
60
24 V 12n
120
Figura P2.22
2.23 Determine 10 no circuito da Figura 2.23.
4Q
2n 20
12n
Figura P2.23
2.24 O circuito da Figura P2.24 é utilizado em conversores digital-para-analógico. Determine expressões para 11, 13 e 15
em termos de / 0 •
R R R R
2R 2R 2R R
V
Figura P2.24
Cap. 2 Circuitos resistivos 67
+
12m A
1 kQ 2kQ 12kQ 4kQ
Figura P2.25
2.26 Determine 1 no circuito da Figura P2.2
0 6.
4Q 8Q
24V
12Q
6Q
Figura P2.26
2.27 Determine 10 no circuito da Figura P2.2
7.
4Q
12 Q
12!1
Figura P2.27
2.28 Determine 1 no circuito da Figu ra P2.2
0 8.
6Q
12Q
2Q 6Q
Figura P2.28
2.29 Determine 1 no circuito da Figu ra P2.2
0 9.
12Q
12 Q
12!1
Figura P2.29
68 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 2
120
12 0 12 0
12 0 12 A
Figura P2.30
2.31 Determine 10 no circuito da Figura P2.3 1.
120 60
4A
Figura P2.31
2.32 Dado V0 = 12 V no circuito da Figura P2.32, calcule v5 .
I 60
20
+
40 Vo
Figura P2.32
2.33 Determine V0 no circuito da Figura P2.33 .
10 40 +
A
20 12 A t 20 Vo
·;s
z,;
·:ã.,
·i·
: _~
Figura P2.33 ."J
:.1
2.34 No circuito da Figura P2. 34, se 1 = 6 A, calcule V .
1 0 ~·,i~
10 12 0 +
+
20
t v1 60 Vo
I,
Figura P2.34
Cap. 2 Circuitos resistivos 69
4Q 2Q
+
6 o.
Figura P2.35
4Q +
+
12 Q 2Q
Figura P2.36
2.37 A potência dissipada pelo resistor de 4 n no circuito da Figura P2. 37 é de 64 W. Determine Vs.
3Q 2Q
8Q 4Q
Figura P2.37
2.38 No circuito da Figura P2.38, 1 = 4 A, calcule v5.
+ l
2Q 8Q 4 o.
4Q
Figura P2.38
2.39 No circuito da Figura P2.39, se V0 = 12 V, calcule v5 .
9Q + 6Q +
9Q 9Q l5Q 4Q
figura P2.39
70 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 2
H2
120 t 80
12 V
+
Figura P2.40
2.41 No circuito da Figura P2.41 , se V0 = 4 V, calcule R.
100 40 40 +
R 9A t 30
Figura P2.41
2.42 No circuito da Figura P2.42, se V0 = 12 V, calcule R.
20 80 +
+
48 V R 40
Figura P2.42
2.43 No circuito da Figura P2.43, se V1 = 16 V, calcule R.
20 60
+
24 V R
Figura P2.43
2.44 Dado o circuito da Figura P2.44, se V0 = 12 V, calcule Is·
SQ 60 +
40 60 40
Figura P2.44
Cap. 2 Circuitos resistivos 71
4 !.1 2 !.1
8 !.1 12 V
Figura P2.45
2.46 No circuito da Figura P2.46, se V0 = 12 V, calcule 1 .
0
4!.1 +
6 !.1 4A
Figura P2.46
2.47 No circuito da Figura P2.47, se V = 12 V, calcule Vs.
0
1 !.1
4A t 80 4!.1
Figura P2.47
2.48 No circuito da Figura P2.48, se 1 = 2 A, calcule Is.
0
6n 4!.1 +
12 n
2n
Is
t 3 !.1 6n
lo
Figura P2.48
2.49 No circuito da Figura P2.49, se V = 12 V,
1
0
calcule Vs. 1
1 o. + 2 !.1 +
18 V
+
Vs 6!.1 9 !.1 4 !.1 Vo
Figura P2.49
72 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 2
2.50 Determine a potência fornecida ou dissipada pela fonte v5 no circuito da Figura P2.50.
2n 2n 4V
+
2A
+
V, 4V 6Q
Figura P2.50
2.51 No circuito da Figura P2.51, se V0 = 4 V, calcule R.
3Q + 4Q +
lOV
+
12 V R i 6A 2n
Figura P2.51
2.52 Calcule v5 no circuito na Figura P2.52.
6Q
3Q
2A
Figura P2.52
2.53 No circuito da Figura P2.53, a fonte de 4 A fornece 24 W de potência ao circuito. Calcule v5 .
IQ IQ
V, 3Q
4A
3Q
2D 2n 2n
Figura P2.53
Cap. 2 Circuitos resistivos 73
2kQ 4kD
+
4V
+
4 ill 4kQ 24 V
Figura P2.54
2.55 Dado 10 = 2 rnA no circuito da Figura P2.55, calcule V .
0
1 kQ
1 ill 1 ill
2mA 4 ill
Figura P2.55
2.56 Dado o circuito da Figura P2.56, se a potência gerada pela fonte de 4 A é de 48 W, determine V .
0
2n +
2V
+
lQ
12 n 6D Vo
4A
9D - 2A
+
ID
+
6V 4V 3V
+
Figura P2.56
74 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 2
.-------;--1-------- ----,
12kQ
Figura P2.57
2.58 Encontre a potência dissipada pelo circuito da Figura P2.58.
12Jcn
Figura P2.58
2.59 Calcule 10 no circuito da Figura P2.59 .
3n
36 V 12n 40
sn
1s n
Figura P2.59
2.60 Calcule 10 no circuito da Figura P2.60.
4!1 6n
4 n
3n
12 n
Figura P2.60
Cap. 2 Circuitos resistivos 75
,.
t
! 120
i 120
l
J
1 120 i 6A
!
l
20 so
lo }'
Figur a P2.61 r'
'
;
40
60
12 A
Figur a IP2.62
2.63 Determine 10 no circuito da Figura P2.63 .
60 so
120
60 40
Figa..m:1 ? 2.63
2.64 Calcule 10 no circuito da Figura P2.64.
40 12 o
40
120
40
1
76 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 2
~--------~---------, 12A
2n
2n
6!1 12 n
2n 12!1
Figura P2.65
2.66 Calcule 10 no circuito da Figura P2.66.
6Q 6Q
12 V
12!1 12 n
6Q 6 n
Figura P2.66
2.67 Qual deve ser o valor de R 0 no circuito da Figura P2. 67 se a corrente l O é de 4 A?
Ro
+
+
64 V
6Q
Figura P2.67
2.68 Calcule V0 no circuito da Figura P2.68.
12 V
+
+
2 Vª Vª 2kQ
Figura P2.68
Cap. 2 Circuitos resistivos 77
2/o 12 n 6Q 4Q 12 Q
=
Figura P2,69
2.70 Calcule a potência dissipada pelo resistor de 12 Q no circuito da Figura P2.7O.
V
4Q
12Q
3Q
4Q t 6A
6Q
Figura P2,70
2.71 Calcule a tensão V0 no circuito da Figura P2.71.
3Q
6A 41_,
I,
4D 12Q
12 D 4Q
!Figura P2,71
=
CAPÍTULO
!b
IH.
1
MAKRON
Books
3
}·1
li
li Técnicas de Análises
liJI Nodal e de Laca
,
1:1 [! ._______________ _____________ _____________ ___.
No Capítulo 2 foram analisados circuitos simples. Tais circuitos continham apenas um único par de nós ou
um único laço. Esses circuitos podem ser completamente analisados através de uma única equação algébrica.
No caso de circuitos com um único par de nós (ou seja, um circuito com dois nós, um dos quais é o nó de re-
ferência), uma vez que a tensão no nó é conhecida, podemos calcular todas as correntes. Em um circuito de
laço único, uma vez conhecida a corrente no laço, podemos calcular todas as tensões.
Neste capítulo será desenvolvida uma sistemática para calcular todas as correntes e tensões em cir-
cuitos com múltiplos nós e laços. Nossa análise está baseada primeiramente em duas leis com as quais já es-
tamos familiarizados: lei de Kirchhoff para corrente (LKC) e lei de Kirchhoff para tensão (LKT). Em uma
análise nodal empregamos a LKC para determinar as tensões nos nós, e em uma análise de laço usamos a
LKT para determinar as correntes nos laços. Introduziremos brevemente a topologia de redes e demonstrare-
mos seu uso na aplicação de equações LKC e LKT. Finalmente, discutiremos um circuito muito importante
conhecido como amplificador operacional.
i =vm - vn
---~ (3.1)
R
Cap. 3 Técnicas de análises nodal e de laço
79
i 1 +i 2 -i 3 =0
Usando-se a lei de Ohm e notando que o nó de
referência está em um potencial zero, obtém-se
v 1 - O + v1 - O _ v 2 - v1 =
0
RI R2 R3
ou
vi(G 1 + G 2 + G 3 ) -v 2 (GJ =O
No nó 2, a LKC para as correntes deixando o
nó é
+i 3 + i 4 - iA =Ü
80 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 3
Nól V1 R, Vz Nó2
R, R2 R4
ÍA
i1 Íz Í4
Nó3
=
(a)
Í3 R,
V1 Vz
=
(b)
(e)
(d)
Figura 3.2 Circuito de três nós.
Note que desde que iA entra no nó, - iA deixa o nó. Tal equação pode ser escrita
V -V V -Ü .
2
+- - -1 + -2- - - ! =Ü
R3 R. A
ou
Observe que a análise produziu duas equações simultâneas em função das incógnitas v 1 e v 2 . Elas
podem ser resolvidas usando-se qualquer técnica conveniente. No Apêndice A, dois métodos para se resolver
equações simultâneas são apresentados. O primeiro é chamado de eliminação gaussiana e o segundo envolve
0 uso de matrizes. Como mostrado no apêndice, a Equação 3.2 pode ser escrita em forma matricial como
Av=i (3.3)
onde
e
i = [~J
Logo
l R3
Em geral, a solução da Equação 3.3 é
(3.5)
onde A -l é a matriz inversa de A. Como regra geral, métodos matriciais usados em conjunto com um compu-
tador digital são extremamente úteis em análise de circuitos.
As equações LKC para os nós 1 e 2 produzem as seguintes equações simultâneas lineares indepen-
dentes:
Í1 + i2 - i3 = Ü
Í3+i4-iA=O
A equação LKC para o nó terra (o terceiro) é
i1+i2+i4-iA=O
Note que se somarmos as duas primeiras equações, obteremos a terceira. Além disso, qualquer
conjunto de duas equações pode ser usado para derivar a terceira equação. Portanto, nesse circuito em que
N = 3 nós, somente N - I = 2 das equações são linearmente independentes e necessárias para determinar as
N - l = 2 tensões nodais desconhecidas.
Note que uma análise nodal emprega a LKC em conjunto com a lei de Ohm. Uma vez que o senti-
do das correntes de ramo seja convencionado, então a lei de Ohm, como ilustrado pela Figura 3.1 e expresso
pela Equação 3 .1, é utilizada para expressar as correntes de ramo em termos das tensões desconhecidas nos
nós. Podemos assumir que as correntes estão em qualquer direção. Entretanto, uma vez que assumimos deter-
minado sentido, devemos ter o cuidado de escrever as correntes corretamente em termos das tensões nos nós
usando-se a lei de Ohm. Por exemplo, suponhamos que o sentido das correntes nos ramos está como o mos-
trado na Figura 3.2c. Nota-se então que quando empregamos a lei de Ohm, como ilustrado na Figura 3.1 e
expresso na Equação 3.1, a corrente em um resistor é igual à diferença de potencial entre os dois terminais do
resistor dividido pelo valor do resistor, e a corrente flui do terminal de maior potencial para o terminal de po-
tencial mais baixo. As correntes de ramo para o circuito da Figura 3.2c são
v 1 -O v1 - v2
i1 = i3
RI
82 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 3
i;+i~+iA=0
Quando combinamos essas equações para o circuito da Figura 3.2c, obtemos as mesmas equações
para a tensão no nó que derivamos para a rede da Figura 3.2a e b.
Exemplo 3.1
Suponhamos que a rede mostrada na Figura 3.2 tenha os seguintes parâmetros: R 1 = 0,5 Q, R 2 = l Q, R 3 = 1
Q, R4 = 0,5 Q e iA = IA = 11 A. Então, a Equação 3.2 toma-se
4V1 -v = o2
-V1 + 3V2 = 11
onde, como especificado no Capítulo 1, empregamos letras maiúsculas porque as tensões são constantes.
Usando-se eliminação gaussiana, resolvemos a primeira equação para V1 em termos de V2 ; isto é,
V - V2
1 - 4
ou
V2 =4V
Esse valor para V2 é agora substituído de volta na equação para V1 em termos de V2 , que produz
V2
V =-=lV
1 4
As equações do circuito podem também ser resolvidas usando-se análise matricial. Nesse caso,
tem-se
e, portanto,
2
]
3 -
º]
11
[
adj A=[: :]
e o determinante é
IAI = (3)(4) -(-1)(-1) = 11
Cap. 3 Técnicas de análises nodal e de laço 83
Logo,
Então V1 = l V e V2 = 4 V.
Conhecendo-se as tensões nos nós, podemos determinar todas as correntes pela lei de Ohm:
II = ~ = - - = 2 A
1
RI 0,5
12 =~=!=lA
R2 1
e
V2 -V1
R3
4 -1
1
=3A
Note que o valor positivo de 13 significa simplesmente que a corrente está na realidade fluindo no
circuito da direita para a esquerda como indicado pelos valores de J. A soma das correntes deixando o nó l é
II +12 -13 =2+1-3=0
A corrente
R, Í3
V1 iz R2 Vz Rs i,
V3
R, iA R• is
i1 Í4
-
(a)
R,
Í3
V1 V3
i1
/ is
-=
(b)
Figura 3.3 Circuito de quatro nós.
ou
No nó 2, a LKC produz
ou
No nó 3, a equação é
ou
(3.6)
Observe que a análise produziu três equações simultâneas em função das três tensões v 1, v 2 e v 3 •
A equações podem também ser escritas em forma matricial como
1 1 1 1 1 V1 iA
-+-+-
RI R2 R3 R2 R3
1 1 1 1 1 V2 o
-+-+- (3.7)
R2 R2 R4 Rs Rs
1 1 1 1 V3 -iB
-+-
R3 Rs R3 Rs
Exemplo 3.2
upondo que o circuito mostrado na Figura 3.3 possui os seguintes parâmetros, determine as tensões nos nós.
R1 = 0,5 Q R3 = 1Q R5 = 0,5 Q i8 = I 8 = 1A
R2 = 0,25 Q R4 = 1Q i A =IA =4A
Os dados indicam que
G1 =2 G3 =1 G5 =2 G2 =4 G4 =1
As equações nos nós são
7VI - 4 V2 - V3 = 4
-4V1 + 7V2 -2V3 = O
-VI -2V2 + 3V3 = -1
A matriz de equações para o circuito é
e, portanto,
Então
/4 = V2 = 0,79 =0,79A
R4 1
15
= V3 - V2 = 0,56 - 0,79 = -0,46 A
R2 0 ,5
Podemos agora conferir os resultados obtidos usando a LKC e a LKT. No nó 1, as correntes entran-
do no nó são
f -iente de v- é a soma de todas as condutâncias conectadas ao nój, e os coeficientes das outras tensões de nó
(~cor exemplb: v _1, v1+ 1) 3ã~ ~ neg~tivo da soma das condutâncias con~ctadas, diretamente entre esses nós e
1
• 0 lado direito da equaçao e igual a soma das correntes entrando no no atraves das fontes de corrente. Por-
·;;rnto. 0 lado esquerdo da equação representa a soma das correntes deixando o nó j e o lado direito da equa-
ção representa as correntes entrando no nó j.
Exemplo 3.3
Vamos aplicar o que acabamos de aprender e escrever por inspeção as equações para o circuito da Figura 3.4.
As equações são
V (-1 + _1 J- V _1 =i
1 R R 2 R A
1 2 1
V (-1 + _l J- _l = -i V
3 R R R 5 A
3 6 6
1,
11
'i
V2 t------~VIA,-- -v,
,1
•li':
88 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 3
Exercícios
E3.1 Use a análise nodal para determinar as tensões nos nós do circuito da Figura E3. l.
in
2Q 4A 6Q 2Q 3Q
Figura E3.1
Resp.: Vi = 4 V, V 2 = 2 V.
E3.2 Use a análise nodal para determinar todas as correntes nos ramos do circuito da Figura E3.2.
in
2Q 4A 8A 4Q
Figura E3.2
Resp.: lrn = 2f A t, 11n = fA •, 1 4 n = lfAl
E3.3 Determine todas as correntes de ramos no circuito da Figura E3.3 usando análise nodal.
6A
,--------1-1--------,
2A 2Q 6Q 30
Figura E3.3
Resp.: Irn = 8A t, Irn = 2A.l-, 13 n = 4A.l-.
e já que Vi e v 2 são valores conhecidos, todas as tensões de nó são conhecidas. As correntes podem ser ime-
diatamente calculadas como
Cap. 3 Técnicas de análises nodal e de laço 89
Vz
i 12
RI + R2
V1
i3
R3
V1
i4
R4
VB V1 - V2
is
Rs Rs
i12 R2
Ri
Vz
VA
+ Vn
i3 i4 is
+
V1
R3 R4 VRs Rs
= (a)
=
(b)
Figura 3.5 Rede contendo fontes de tensão entre nós.
Apesar de este ser um exemplo muito simples, está claro que a presença de fontes de tensão simpli-
fica a análise. Como regra geral, toda vez que existir fontes de tensão entre nós, as equações de tensão de nó
que descrevem a rede serão mais simples.
Consideremos agora a rede da Figura 3.6a. Suponhamos que desejamos determinar a corrente no
ramo 12 usando equações nodais. Uma vez que / 2 = VifR 2 , determinaremos a tensão nodal V2 . Lembrando de
desenvolvimentos anteriores, quando aplicou-se a LKC a circuitos contendo somente fontes de corrente e re-
sistores, as correntes de ramo eram os valores conhecidos das fontes ou poderiam ser expressos como a ten-
são no ramo dividido pela resistência no ramo. Entretanto, a corrente de ramo Is que passa através da fonte
de tensão Vs não pode ser expressa diretamente em nenhuma dessas formas. Portanto, as equações LKC para
a rede são
(3.8)
90 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 3
V1 + V2
,-----...----i --------~
R,
I,
(a)
------ --
/ ' \
1
1
- I
- - - -Vs- - -S- -
I,
= (b)
------ --
/,, Vs
1 V 2 +V5 + v, ' \
I,
= (e)
Figura 3.6 Circuitos usados para ilustrar análise nodal para um supernó.
Temos agora duas equações lineares independentes com três incógnitas V1, V2 e Is. Deve-se notar,
no entanto, que se V1 e V2 são conhecidos, então a outra tensão nodal, V2 ou V1, é também conhecida, já que
a diferença de potencial entre os dois nós é determinada pela fonte de tensão v5 . Essa restrição produz uma
outra equação linearmente independente,
(3.10)
As Equações 3.8, 3.9 e 3.10 formam um conjunto de três equações linearmente independentes nas
três incógnitas V1, V2 e Is. Porém, a rede da Figura 3.6a tem três nós e afirmamos anteriormente que, dado
um circuito com N nós, requerem-se N - l equações linearmente independentes para se determinar as N - l
tensões nodais. Eliminando Is nas Equações 3.8 e 3.9, tem-se a equação
(3.11)
Cap. 3 Técnicas de análises nodal e de laço 91
(3.13)
Essa equação é uma das duas equações linearmente independent es necessárias para determinar as
tensões nodais. A outra equação é obtida aplicando-se a LKC à superfície dentro da linha tracejada, a qual é
chamada de supernó. Foi mostrado no Capítulo 2 que a LKC deve ser satisfeita para tal superfície, e tal téc-
nica elimina o problema de lidarmos com uma corrente através de uma fonte de tensão. A LKC para o super-
nó é
v1
-+-=l -I
v2
R R A B
(3.14)
1 2
Note que as equações 3.13 e 3.14 são idênticas à Equação 3.12. Observe que se evitarmos considerar as
correntes em fontes de tensão, menos equações e menos variáveis serão necessárias para a análise.
Por causa da presença da fonte de tensão, uma simplificaçã o adicional pode ser feita baseada na
restrição que existe entre as tensões nodais. Consideremo s novamente o circuito como mostrado na Figura
3.6c. Note que a equação de restrição já foi utilizada naquele nó tal que a tensão nodal V foi escrita como V
1
+ Vs. Se aplicarmos agora a LKC ao supernó, obteremos diretamente uma equação na variável V , isto é, 2
2
V2 + V.5 V2
-I
A
+
R
+-
R
+I
B
=O (3.15)
1 2
(3.16)
As quatro equações em 3.16 e 3.17 podem ser usadas para determinar todas as tensões desconhecidas.
92 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 3
I
I
ª·
'
' , SN2
1 ' \
\ '' \
,c--,...-----'\,'Vlr---___;~-•
' , ~
D1
,
Exemplo 3.4
Vamos determinar a corrente / 0 no circuito da Figura 3.8a.
v,
2 ill 12 V 2 ill
Vz V3
V4
1 ill 1 ill
+
2kQ
6V 12 V
I,
(a)
1
\
+ 1
1 ill 1 ill
+
2ill
6V 12V
I,
(b)
Figura 3.8 Exemplo de circuito com supernós.
Cap. 3 Técnicas de análises nodal e de laço 93
Examinando-se o circuito, notamos que as tensões nodais V 2 e V4 são conhecidas e as tensões no-
dais V1 e V3 estão relacionadas pela equação
V 1 - V 3 = 12
O circuito foi redesenhado na Figura 3.8b. Apesar de podermos indicar um supernó para ambas as
tensões nodais V2 e V4 , elas foram omitidas para que o circuito não parecesse desnecessariamente complicado.
Uma vez que se deseja determinar a corrente / 0 , V1 no supernó contendo V1 e V foi escrita como
3
v3 + 12. A equação LKC no supernó é então
V 3 + 12 - (-6) + V 3 + 12 - 12 + V 3 - (-6) + V 3 - 12 + V 3 =O
2 2 1 1 2
Resolvendo-se essa equação para v3 , tem-se
V3 = 1V
/
0
pode então ser computada imediatamente como
-1
3
10 =~=--mA
2 7 Ili
Exercícios
E3.4 Utilize análise nodal para encontrar as correntes nos dois resistores do circuito da Figura E3.4.
12 V
+
30 60
Figura E3.4
Resp.: 13 0. = ~A.J,, Irn = ½A.J,.
E3.5 Utilize análise nodal para determinar 10 no circuito da Figura E3.5.
12 V
v1 V2 + V3 V4
2 ill 2kQ
6V I kO 2 ill 4V
lo
-=
Figura E3.5
Resp. 10 = 3,8 mA.
Como ponto final da discussão, considere a porção tracejada do circuito mostrado na Figura 3.9.
Note que R 5 e o nó A formam um supernó. Esse supernó existe porque a corrente em R é conhecida e a ten-
5
são sobre R 5 é também conhecida.
94 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 3
ircui1
-v 2 (G 2 ) + v 3 (G 2 + G 4 ) = i 8
Exemplo 3.5
Dados os seguintes parâmetros para o circuito da Figura 3.10, determine as tensões nodais.
R 1 =10 R 3 =20 iA=/A=4A V 8 =V 8 =10V
R2 = o,s n R4 = 1n i s = 1s = sA
- ÍA
RI V2
v.
VI V3
1,5 -1
[ o -2
-1 6 -5 º] [v 1
v2 ] -- [ -4 9]
3 V3 5
Os co-fatores da matriz de coeficientes (ou seja, a matriz A)
são
Ali =8 A12 =3 A13 =2
A21 =3 A22 = 4,5 A23 =3
A31 =5 A32 = 7,5 A33 =8
O determinante é IAI= 9, e portanto a solução da equação é
Portanto,
vil [9,4444]
v2 =
[V3
5,1666
5,1111
Recapitulando rapidamente, a LKC no nó 3 nos dá
- -- -Vz+ vi -
Vi V3
-
RI
l0v3
Vz = l0i4
V3 -vi V3 - Vz V3 .
+ +-- =-1
RI R3 R B
4
RI
V1
R2 Vz Ri
V3
Figura 3.11 =
Circuito conten do uma fonte de tensão controlada.
96 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 3
Novamente uma simples substituição muda o problema de três variáveis para duas, uma vez que v 3
sendo conhecida, v 2 pode ser calculada diretamente. Uma fonte de tensão dependente reduzirá a ordem das
equações da mesma maneira que uma fonte de tensão independente.
Exemplo 3.6
Suponhamos que os parâmetros no circuito mostrado na Figura 3.11 sejam
R1 = o,5 n R3 = 2n iA = 1A = 10 A
50,0000]
- [ 46 ,6666
V 2 =_!Q_V
R 3
4
então
V2 = V3
Isto significa, obviamente, que nenhuma corrente flui em R 3 . Vamos conferir tal resposta aplican-
do a LKC no nó 3.
V3 - V 2 + V3 - V1 + ~ + I = O + 46,6666 - 50,0000 + 46,6666 + 2
R3 R, R4 B 0,5 10
=0 •
Exercícios
E3.6 Determine as tensões nodais para o circuito da Figura E3.6.
Cap. 3 Técnicas de análises nodal e de laço
97
Vi
1n
1n 4A
1n
Figura E3.6
Resp.: Yi = f V, V2 = -f V.
E3. 7 Calcule as tensões nodais para o circuito da
Figur a E3. 7.
1n 1n
Figura E3.7
Resp.: V1 = 6 V, V = 8 V.
2
E3.8 Utilize a análise nodal para determinar a tensã
o sobre a fonte dependente de tensão para o circu
gura E3.8. ito na Fi-
V,
1n
-2/o
Y2
1n 1n
lo
Figura E3.8
-
Resp.: V 1 - V 2 = O V.
rente de ramo fluindo de B para E através de R 3 é i 1 - i2 . As direções das correntes têm de ser inicialmente
arbitradas. Como aconteceu no caso da análise nodal, se as correntes reais não estão na direção indicada, os
valores calculados serão negativos.
B +
G R4
F R, + E D
ou
i1(R1 +R2 +R3)-i2R3 =Vi
A LKT aplicada ao segundo laço produz
-v 2 - i 2 R4 - i 2 R 5 + (i 1 - ii)R 3 =O
ou
-i1R3 + i2(R3 + R4 + Rs) = -V2
Portanto as duas equações simultâneas necessárias para se resolver esse circuito de dois laços são
i1(R1 +R2 +R3)-i2(R3) =Vi (3.18)
-i1 (R3) + i2 (R3 + R4 + Rs) = -V2
ou, em forma matricial,
Neste ponto é importante definir o que é uma malha. Uma malha nada mais é do que um tipo espe-
cial de laço que não contém quaisquer outros laços dentro de si. Portanto, quando cruzamos o caminho de
uma malha, não envolvemos quaisquer elementos do circuito. Por exemplo, a rede da Figura 3.12 contém
duas malhas definidas pelos caminhos A-B-E-F-A e B-C-D-E-B. O caminho A-B-C-D-E-F-A é um laço, mas
não é uma malha. Já que a maioria de nossa análise nesta seção envolverá a escrita de equações LKT para
malhas, vamos nos referir às correntes como correntes de malha e à análise como análise de malha.
Exemplo 3.7
Se o circuito da Figura 3.12 possui os seguintes parâmetros, determine as correntes de malha.
Note que uma vez que 12 seja negativa, ela está, de fato, fluindo na direção oposta do que foi esti-
pulado.
Podemos conferir a validade das respostas através da LKT. Na malha 1, a LKT exige que
2 )R 3 - l 1R 2 + V,
-/ R -(/ - /
1 1 1
ou
i I (R 1 +R 2 +R 3 +R 4 )-i 2 (R 3 ) -i 3 (R 4 ) =v 1 +v 4
A LKT para a malha 2 ao longo do caminho C-D-G-F-C é
+R 3 (i 1 - iJ + v 3 + v 2 - i2 R 5 = O
ou
A + B
G
E
G H
ou
-i ,(R 4) + i 3(R4 + R6 + R7) = -V 3 - V4
Portanto, as três equações necessárias para resolver as três correntes de malha desconhecidas são
i,(R, +R 2 +R 3 +R 4 )-i 2 (R 3)
-i,(R 3) +i 2 (R 3 +R 5 ) = Vz + V3 (3.19)
-i,(R 4 ) +i 3(R 4 +R6 +R7)=-V 3 -V 4
ou, em forma matricial,
Exemplo 3.8
Dados os seguintes parâmetros para a rede mostrada na Figura 3.13, determine as correntes de malha.
R, = 20 R 3 = 3Q R 5 = 40 R 7 = lQ
R2 = 1n R4 = 1n R6 =2n v, = v, = 12 V
V2 = V2 = 6 V
V3 = V3 = 18 V
A matriz de equações acima se torna
[
; : ] = 1~3 [:;
13 7
~~ ;] [ ;:]
3 40 -42
=[ :;: ~1
-8,8627
Usando-se esses dados e somando-se as tensões ao redor da malha 1, temos
+V, -I,R 2 +V4 -R 4 (/ 1 -J 3 )-R 3 (/ 1 -1 2 )-I,R,
= 12 - (6 ,5490)(1) + 24 - 3(6,5490 - 6,2353) - 1(6,5490 + 8,8627)
- 2(6,5490) =O
Como vimos no Exemplo 3.7, uma vez que as correntes sejam conhecidas, podemos determinar
todas as correntes de ramo e tensões em quaisquer dois pontos. •
Mais uma vez somos compelidos a ressaltar a forma simétrica das equações de malha que descre-
vem os circuitos anteriormente mencionados. Note também que a matriz A para cada circuito é simétrica.
Uma vez que essa simetria é geralmente exibida por circuitos contendo resistores e fontes independentes de
tensão, podemos aprender a escrever as equações de malha por inspeção. Na primeira equação de 3.18, oco-
eficiente de i 1 é a soma das resistências através da qual a corrente de malha flui e o coeficiente de i2 é o ne-
gativo da soma das resistências em comum para correntes de malha 1 e 2. O lado direito da equação é a soma
das fontes de tensão na malha 1. O sinal da fonte de tensão é positivo se ela coopera com a direção assumida
do fluxo de corrente e negativo se ela se opõe ao fluxo originalmente arbitrado. A primeira equação é a LKT
para a malha 1. Na segunda equação de 3.18, o coeficiente de i2 é a soma de todas as resistências na malha 2,
o coeficiente de i 1 é o negativo da soma de todas as resistências comuns às malhas 1 e 2 e o lado direito da
equação é a soma das fontes de tensão na malha 2. As equações de 3.19 são obtidas de maneira semelhante.
Em geral, se assumirmos que todas as correntes de malha estão na mesma direção, então se a LKT é aplicada
SOCIESC
Biblioteca
e -f~11 2,,1cf..
Cap. 3 Técnicas de análises nodal e de laço
101
à malh a} com a corre nte de malh a i , o
coef icien te de i é a som a das resis tênc ias
das outras correntes de malh a (por1exem 1 na malh a} e os coef icien tes
plo, i1_1, iJ+I) são os valo res nega tivos
essas malhas e malh a}. O lado direito da das resis tênc ias com uns a
equa ção é igua l à som a das fontes de tensã
tes de tensão terão o sinal posi tivo, se favo o na malh a}. Essa s fon-
rece rem o fluxo de corre nte i , e um sinal
tas a ele. 1 nega tivo, se forem opos -
Exemplo 3.9 .
Vamos aplicar a técn ica de insp eção desc
rita acim a para o circu ito mos trado na
Por insp eção , a LKT prod uz Figu ra 3.14.
(R 1 +R 2 )i 1 -R 2 i 2 = v1 + v3
-R 2 i 1 + (R 2 + R 3 + R + R )i - R i
4 5 2 5 4 = -v 2
(R6 +R7 +Rg)Í3 -R8 i4 = -V 3 -V4
-R 5 i 2 - R8 i 3 + (R + R + R )i = V 4 -v 5
5 8 9 4
v,
R,
G
-R2 o o
R2 + R 3 + R 4 + R s o -R s
o R6 + R1 + Rs -Rs
-R s -Rs R 5 + R8 + R9
•
Exercícios
E3.9 Dete nnin e V no circuito da Figu ra E3.9
0 usando análise de malha.
102 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 3
3 ill 1 k.Q +
+
24 V • 3 ill
Figura E3.9
Resp.: V0 = 6 V.
E3.10 Use análise de malha para calcular V0 no circuito da Figura E3 .10.
2n 4.Q
+
+
sn 12 V
24V e;
Figura E3.10
Resp.: V0 = -6,35 V.
G G +
ou
e
VA = V B + i AR]
Claramente, a presença de uma fonte de corrente simplificou as equações de malha. Como regra
geral, equações LKT são mais simples sempre que existirem fontes de corrente presentes.
Consideremos agora o circuito mais complicado da Figura 3.16a. Suponhamos que desejamos cal-
cular v0 usando equações de malha. No desenvolvimento anterior em que as redes consistiam somente de
fontes de tensão e resistores, as tensões de ramo eram valores conhecidos de fonte ou podiam ser expressos
como o produto da corrente de ramo e a resistência ao ramo. Entretanto, a tensão de ramo, VA, não pode ser
expressa diretamente em nenhuma dessas formas. As equações de malha para o circuito são
vi - I1R 1 -(1 1 - IJR 2 = o (3.20)
vA -I3R4 + v2 =Ü (3.22)
+ Vo
R, R, R4
+
v, V2
11 ' R2
I2 ' IA
I3 '
(a)
+ Vo
R4
R, R,
v, ' v,
l 'f R2 l 'f IA; I 'f
1 2 / 3
(b)
+ Vo
R, R, R4
v, ' V2
11 ' R2
I, ' IA;
/ 12 +IA '
(e)
As equações 3.20 a 3.23 formam um conjunto de quatro equações linearmente independentes nas
quatro incógnitas. Eliminando VA nas equações 3.21 e 3.22, produz-se a equação
-{} 2 - / 1 )R 2 -Ri 2 -1 3 R 4 + V2 =0 (3.24)
As equações 3.20, 3.23 e 3.24 podem agora ser escritas como
/
1
=V
(R 1 +Ri)-I 2 R 2 1
-12 + l3 = IA (3.25)
-11R2 + I2(R2 + R3) + 13R4 = v2
que são três equações linearmente independentes nas três correntes de malha desconhecidas / 1, 12 e / 3 . Se re-
solvermos essas equações para 12 , podemos determinar V0 = Ri2 , Note que esse procedimento requer quatro
equações e quatro incógnitas. Uma das incógnitas foi imediatamente eliminada, produzindo três equações en-
volvendo as três correntes de malha desconhecidas / 1, / 2 e / 3 . Essas equações podem ser escritas diretamente,
no entanto, se tivermos cuidado ao escolher o caminho ao qual aplicaremos LKT. Para ilustrar esse fato, vamos
refazer o problema usando um laço no lugar de duas malhas. Com relação à Figura 3.16b, englobamos a fonte
de corrente dentro da superfície tracejada. Dentro da superfície, as correntes 12 e / 3 são limitadas pela equação
(3.26)
Esta é uma das três equações linearmente independentes necessárias para resolver problemas e
para as correntes. A equação LKT para a primeira malha é uma outra equação,
(3.27)
A terceira e última equação é obtida aplicando-se a LKT a outro laço que não contém a fonte de
corrente IA' Tal malha é a que contém os elementos R 2 , R 3 , R 4 e V2 . A equação para esse laço é
-(/ 2 - /1 )R 2 -1 2 R 3 - /3 R 4 +V2 =0 (3.28)
As equações 3.26, 3.27 e 3.28 podem ser escritas como
l1(R1 +R2)-/2R2 = V1
-/2 + 13 = IA (3.29)
- /1 R 2 + I 2 (R 2 + R 3 ) + 13 R 4 = V2
Tais equações são idênticas às da Equação 3.25.
Uma simplificação adicional pode ser feita, no entanto, baseando-se na restrição imposta sobre as
correntes de malha / 2 e / 3 pela presença da fonte de corrente. Mais uma vez, consideremos o circuito mostra-
do na Figura 3.16c. Note que a restrição já havia sido empregada, pois a corrente de malha / 3 é igual a / 2 +
IA' Se agora escrevermos equações LKT para a primeira malha e o laço contendo R 2 , R 3 , R 4 e V2 , podemos
obter diretamente as duas equações linearmente independentes
vi -I1R1 -(11 -I2)R2 = o (3.30)
-<J2 -I1)R2 -I2R3 -(12 +1A)R4 + v2 =o
que são, obviamente, equivalentes àquelas na Equação 3.29. Finalmente, V0 pode ser completada usando-se a
relação V0 = R 3I 2 .
Exemplo 3.1 O
V amos determinar todas as correntes de ramo na rede da Figura 3 .17 a.
A rede é redesenhada na Figura 3.17b com as correntes de malha marcadas. Dentro das seções tra-
cejadas, as correntes de malha são limitadas pelas equações
/2 =2mA
/3-/1 =4mA
Uma vez que a rede contenha três malhas, três equações linearmente independentes são necessárias
para determinar as correntes de malha. As equações acima são duas dessas equações. A equação final é a
equação LKT ao redor do laço que não passa por uma fonte de corrente. Tal malha está no caminho
A-C-D-B-A. A equação para esse laço é
Cap. 3 Técnicas de análises nodal e de laço 105
6V
1 kQ
+
--~,/\/\,------ ---
1 kQ
4mA
2kQ 2kQ
(a)
6V
lkQ
+
/ '
1 4mA'
B I 1
A ---v\fü--_,.._.........,_,_ ,_..... c
\ I
lkQ ' /
2kQ
(b)
Figura 3.17 Rede contendo múltiplas fontes independentes de corrente.
Exemplo 3.11
Desejamos determinar a corrente / 0 na rede da Figura 3.18a.
O circuito está redesenhado na Figura 3.18b com as correntes de malha devidamente mostradas.
Note que 12 está limitada a -2 e / 4 a 4 + / 3 . Por causa dessas restrições, somente duas equações LKT são
necessárias para determinar / 1 e / 3 e, portanto, / 0 = J3 - / 1. As duas equações podem ser derivadas da malha
A-B-D-C-A e o laço C-D-E-F-C. As equações são
+12-1/1 -2(/1 + 2)-1(/1 -/3) =o
-2/ 3 -1(/ 3 -/ 1) -1(4 + / 3 + 2) -2(4 + / 3 ) =O
106 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 3
10
12 V 20
20 t 4A 20
(a)
A 10 B
+
12V
10
D
c----'"v"v"v----e..c'---J.JV"v---~E
/
~ -' '
I \ •
20
· .. ]3
;r I
\'
t 4A _,; I
1 :·
·.
20
=
(b)
Figura 3.18 Rede de quatro malhas com duas fontes independentes de corrente.
4][_14]- 341
1 8 - 23
~8
r
Portanto,
•
Exercícios
E3.11 Use análise de malha para determinar VO na rede da Figura E3 .11.
Cap. 3 Técnicas de análises nodal e de laço 107
2Q 4Q
+
24 V
4A (? 2Q
Figura E3.11
Resp.: V0 = 8 V.
E3.12 Determine V0 na rede da Figura E3.12 usando análise de malha.
+ Vo
lkQ 2kQ 1 kQ
4V
11 • 12
. I, • 2V
Figura E3.12
Resp.: V0 = 4,5 V.
Exemplo 3.12
Queremos determinar a tensão de saída no circuito mostrado na Figura 3.19a. li
2Vª
Vª
+ - +
4Q
+
t 12A 4Q Vo
24 V
(a)
2Vª
VA
+ - +
4Q
+
- -- .... '
• •
;
I
t 12 A~ 4Q Vo
' .... - - -
;
12-12 12
24 V
(b)
Figura 3.19 Circuito contendo uma fonte dependente.
Í08 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 3
A rede está redesenhada na Figura 3.19b para ilustrar a restrição nas correntes de malha. A equa-
ção LKT para o laço mais externo é
+24-2(/ 2 -l2)-V0 +2V0 -4/ 2 =Ü
onde
V = 4(/ 2 -12)
0
Exemplo 3.13
Vamos determinar a tensão de saída na rede da Figura 3.20a.
A restrição nas correntes de malha é mostrada na Figura 3.20b. As equações LKT para a rede são
+12-21 1 -1(/ 1 +31 0 )-2(1 1 +3/ 0 - / 0 )-6=0
+ 6 - 2(1 0 - I 1 - 31 0 ) - 1J O - 1JO = O
As equações em forma matricial são
2n 1n 10 +
1n
." 310 :
·-1,
" ·-13
" Vo
6V
lo
(a)
1n 1n +
1n
12 V
6V
~ Vo
lo
(b)
+
2/x
2n
Figura E3.13
Resp.: V0 = 24 V .
Cap. 3 Técnicas de análises nodal e de laço 109
4Q 4Q +
24V
2n
Figura E3.14
Resp.: V0 = - 8 V.
Definições Básicas
Para embasar os conceitos que vamos discutir agora, consideremos a rede mostrada na
Figura 3.21. Suponha-
mos que necessitamos encontrar todas as correntes e tensões desse circuito. Esse circuito
parece ser muito
mais complicado do que os que vimos anteriormente. Ele é mais complicado porque
é o que chamamos de
um circuito não-plano. Um circuito plano é aquele que pode ser desenhado em uma superfíci
e plana sem ne-
nhum cruzamento de fios; isto é, nenhum ramo passa por cima de outro ramo. E, obviamen
te, um circuito
não-plano é aquele que não pode ser desenhado em uma superfície plana.
Vamos agora apresentar alguns conceitos topológicos que nos auxiliarão em nossa
discussão .
Desde que as propriedades geométricas de um circuito são independentes dos elemento
s do circuito que es-
tão contidos em cada ramo, representaremos cada ramo da rede por um segmento de
linha. Tal desenho do
circuito é chamado de grafo.
110 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 3
Exemplo 3.14
O grafo associado com o circuito mostrado na Figura 3.22a é dado na Figura 3.22b. •
Como pode ser visto do exemplo, o grafo consiste de um número de nós interconectados. Se existe
um caminho de qualquer um dos nós para qualquer outro nó, diz-se que o grafo está conectado.
RI
R1 2 R•
1 3 1 3
+
v,
... R_
, Rs
is
(a) (b)
Figura 3.22 Um circuito e seu grafo associado.
Uma árvore do grafo é definida como um conjunto de ramos que conecta todo nó a todo outro nó
via algum caminho sem formar um caminho fechado. Em geral, existem várias árvores diferentes para um
dado circuito.
Exemplo 3.15
Três possíveis árvores para o grafo mostrado na Figura 3.22b são mostradas na Figura 3.23. •
Se um grafo para uma rede é conhecido e uma árvore em particular é especificada, esses ramos do
grafo que não fazem parte da árvore formam o que chamamos de co-árvore. A co-árvore consiste do que cha-
mamos de elo ou conexão.
Exemplo 3.16
As conexões que pertencem às co-árvores que correspondem às árvores mostradas na Figura 3.23 são mostra-
das com linhas tracejadas na Figura 3.24.
,
.... ... - - - .... '
\
\
1
1 I
1 I 1
1
\ I \ I
\ I \ I
Figura 3.24 Co-árvores consistindo das conexões para as árvores da Figura 3.23.
Note que é impossível especificar categoricamente determinado ramo de um grafo como uma cone-
xão, uma vez que ele pode ser uma conexão para uma escolha de árvore e não para uma outra.
Cap. 3 Técnicas de análises nodal e de laço 111
Finalmente, desejamos definir o que é chamado de conjunto de corte. Um conjunto de corte é sim-
plesmente um conjunto mínimo de ramos que, quando cortados, dividirão o grafo em duas partes distintas.
Portanto é impossível ir de um nó em uma parte do grafo para um nó em outra parte sem passar através de
um ramo do conjunto de corte. •
3.17
Dois conjuntos de corte para o gra(o mostrado na Figura 3.22b são mostrados na Figura 3.25. Note que, em
um caso, o nó 4 está separado dos nós 1, 2 e 3; e no outro, os nós 1 e 2 estão separados dos nós 3 e 4. •
1
2 2 3
4 5 6 4 6
Conjunto de corte
consistindo dos
ramos 4, 5 e 6
Conjunto d~ corte
consistindo dos
ramosl,3,4e5
Figura 3.25 Dois conjuntos de corte para o grafo da Figura 3.22b.
V amos supor que temos um grafo que representa um circuito e tenhamos definido os seguintes
parâmetros:
L = número de elos
B = número de ramos no grafo
N = número de nós no grafo
Agora suponhamos que removemos todos os ramos do grafo para que somente os nós permaneçam.
Objetivando construir uma árvore, começamos colocando um ramo entre dois nós. Continuamos adicionando
ramos à árvore de maneira a não formar nenhum laço. Cada vez que adicionamos mais um ramo, adiciona-
mos um nó a mais. Note que a adição de todo ramo sucessivo conecta um nó, com a exceção do primeiro
ramo, que conecta dois nós. Logo, existe um nó a mais que ramos na árvore. Portanto, em geral, uma árvore
consiste de N - 1 ramos. Uma vez que o grafo inteiro contém B ramos, o número de elos é dado pela expressão
L = B - (N - 1) = B - N +1 (3 .31)
3.18 1
Uma árvore específica para a rede mostrada na Figura 3.21 é ilustrada na Figura 3.26. Note que o grafo da
rede satisfaz o relacionamento na Equação 3.31.
L=B-N+l
8=13-6+1
3.26 Árvore com seus elos correspondentes para a rede da Figura 3.21.
--
112 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 3
Exercícios
E3.15 Dado o grafo para a rede da Figura E 3.15a, especifique se as combinações de co-árvores da Figura
E3.15b a f formam um conjunto válido de ramos de árvore e elos.
(e)
-
(a) (b)
rn (d)
-
[B___
1
1
(e)
Figura E3.15
E
---
- - -
B
1
1
(f)
'
Resp.: (b) Não, (c) sim, (d) sim, (e) não, (f) sim.
E3.16 Calcule o número devido de elos para os grafos da Figura E3 . l5a.
Resp.: L = 4.
,.Conjunto
/,/ de corte
,,
(a) (b)
Figura 3.27 Exemplo de gráfico para ilustrar equações de corte.
que é a LKC no nó 4, onde ilt) representa o k-ésimo ramo. De forma semelhante, a equação de corte para a
Figura 3 .27b é
i 4 -i 5 +i 3 +i 1 ==0
que é a soma das equações LKC nos nós 3 e 4, ou equivalentemente nos nós 1 e 2:
Para o nó 3: i 1 + i 3 - i 6 == O
Para o nó 4: i 4 - i 5 + i 6 == O
Cap. 3 Técnicas de análises nodal e de laço 113
~ ,,Conjunto
/
\
___
,,
✓.:...::. ~ ':>. _.!3_
. ::_IP'
i\
\J
de corte 3
V amos agora demonstrar o uso de topologia para determinar as equações nodais para uma rede.
Exemplo 3.19
O circuito da Figura 3.22a está redesenhado na Figura 3.29a com as direções inicialmente estipuladas para as
correntes. Uma árvore correspondente com seus conjuntos de corte fundamentais é mostrada na Figura
3.29b. As equações de corte para os conjuntos de corte 1, 2 e 3 são
i 1 + i2 - is =0 (3.32)
i 1 + Í4 - i 5 =0 (3.33)
is -i 3 -i 5 =0 (3.34)
Subtraindo-se a segunda equação da primeira e somando à terceira, tem-se
i2-Í4-Í3=0 (3.35)
Escrevendo-se as correntes de ramo em termos de tensões nodais nas equações 3.32, 3.35 e 3.34,
tem-se
1.
114 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 3
Conjunto Conjunto
·.de corte l de corte 2
v, V1 Í4 v,
------~------
·-✓,,
------,' ✓
/
'
',:
;, / ·. i2 / / / Í4 .''
R, R•
(~ i5 : /
is
t R, R, /
,.: /
/;,
., ... ... ,,. Conjunto
/ · · ... _de corte 3
=
(a) (b)
Figura 3.29 Rede e grafo usados no Exemplo 3.19.
que reconhecemos ser as equações nodais para a rede.
•
Exemplo 3.20
Desejamos derivar as equações nodais para a rede da Figura 3.3. Um grafo para essa rede é mostrado na Fi-
gura 3.30.
As equações de corte para esse grafo são
i1 - Í A + i2 - i3 =o
Í 3 - i2 + Í4 + i S = o
Í 3 + Í 5 + is = o
Subtraindo-se a terceira equação da segunda e usando a equação resultante com a primeira e tercei-
ra equações, tem-se
i 1 + Í2 - Í3 ÍA
-iz + i4 - Í5 o
i3 + Í 5 = -is
que são idênticas às equações derivadas anteriormente.
i, Conjunto
✓--• · ---- de corte 3
. /
/
' '.: ,
;._
I • : \
/ ·: i, V2 i5 . \
Vi ' - ':" - .,_ - ----+---\--jt V,
' ...: :· / /
:' /
/.
.
.
'\,,/A /
. ,I' is
'' i4 ·· ..,,,,"
Conjunto
'' ,·
i1 /
/
de corte 1 /
Conjunto
de corte 2
Figura 3.30 Grafo e conjuntos de corte para a rede mostrada na Figura 3.3.
Por último, se existem fontes de tensão presentes na rede, então, em geral, o número de equações
independentes LKC é N - 1 - o número de fontes de tensão.
Ao utilizar equações nodais para resolver circuitos contendo fontes de tensão, as seguintes regras
regem a formulação das equações necessárias.
(1) número de equações LKC = número de nós topológicos - 1 (ou seja, nós restantes com
fontes de tensão e corrente recolocadas por circuitos abertos
e em curto, respectivamente - 1)
Cap. 3 Técnicas de análises noda l e de laço
115
(2) número de equações de restrição = número de fontes de tensão
(3) número de variáveis = número de nós físicos - 1
= soma do número de. equações (1) e (2)
•
Exercício
E3.17 Dada a rede da Figur a E3 .1 7a, use o
grafo especificado para a rede na Figur a E3
.17b para escrever um
-
conjunto próprio de equações nodais para a
rede.
v, -- --
i, t t f,.
(a)
(b)
Figura E3.17
reção e nenhuma fonte controlada está presente, as equações LKT para as janelas podem ser escritas por
inspeção, como demonstrado anteriormente.
r - - - - - - - - - - - -,
1 ' 1
' .····.
"'
'------ -----"
Figura 3.31 Grafo ilustrando janelas para o circuito da Figura 3.29.
Exemplo 3.21
Usando os métodos de topologia já descritos, desejamos derivar as equações de laço para a rede da Figura
3.12. Um grafo para essa rede é mostrado na Figura 3.32a. As tensões de ramo foram selecionadas e os elos,
juntamente com os ramos de árvore apropriados, formam os laços fundamentais.
As variáveis de corrente do laço fundamental são i 1 e i2 e as equações do laço fundamental são
V1 -vR, -vR , -vR, = Ü
vR , -v 2 -vR, -vR, = O
Utilizando o relacionamento v = iR, temos
i 1R 1 + (i 1 -i 2 )R 3 + i 1R 2 = v1
-{i 1 - i 2 )R 3 + i 2 R 4 + i 2 R 5 = -v 2
ou
i 1 (R 1 + R 2 + R 3 ) -i 2 R 3 = v,
-i1R3 + i2 (R3 + R4 + Rs) = -Vz
que são as mesmas equações de 3.18.
+ vR, - + v, -
+ + t+
v,
~ VR
' ~ :vR4
1-
---------- - VR
- VRz + +
(a)
'
+ vR, - + v, -
+ 1 +
1
v, 1 vR4
1
1
(b)
Figura 3.32 Grafo para a rede da Figura 3.12 ilustrando laços fundamentais.
Suponhamos, no entanto, que tivéssemos selecionado ramos de árvore e os elos correspondentes
para a rede como mostrado na Figura 3.32b. As correntes de laço fundamental são ia e ih, e as equações de
laçó fundamental resultam, nesse caso, em
v, -V R, =o
-v R.1 -V R,
v, -V R, - V2 -V R, -V R, -V R, = o
Cap. 3 Técnicas de análises nodal e de laço 117
R2 R3 R4
V2
+ ·e: <2
<2 <21
R,
+
R6 V.1 R1
(a) (b)
Figura E3.18
/ 1 (R 2 +R +R )-1 (RJ -I/ R
3 5 2 5 )-1 4(0) = \!;,
trada positiva no terminal de entrada não-inversor produz uma saída positiva, enquanto uma entrada positiva
no terminal inversor produz uma saída negativa.
Nosso interesse no amp-op está confinado às suas características de entrada-saída e, portanto,
nosso modelo ignora as tensões de alimentação. Funcionalmente, o amp-op opera como o circuito equivalen-
te mostrado na Figura 3.33b. Esse circuito equivalente implica um componente unilateral; isto é, a saída é
determinada pela diferença das tensões de entrada, mas a entrada não é afetada pelas tensões aplicadas à saí-
da. A resistência Ri é muito grande, o ganho de A é muito alto e a resistência de saída R 0 é muito baixa; valo-
res típicos para esses parâmetros são 105 a 10 12 Q, 105 a 107 V/V e 1 a 50 Q , respectivamente. Os valores
desses parâmetros nesse modelo sugerem um modelo ainda mais simples. Ri é muito grande e, portanto, pode
ser assumido ser um circuito aberto. R 0 é muito baixo em relação à conexão recomendada de saída carregada,
e portanto pode ser assumida ser zero. Finalmente, o ganho A é um fator amplificador extremamente grande e
pareceria representar essencialmente um ganho infinito (oo). A esta altura de nossa educação, entretanto, o
termo "ganho infinito" causa alguma preocupação. Isto significa que se a entrada é 1 µV, a saída é ilimitada?
Nosso bom senso nos leva a questionar tal condição. Se não existe nenhum sinal de retorno da saída para a
entrada invertida, a saída seria limitada somente pelo valor das tensões de alimentação. Obviamente, esta não
é uma situação muito útil. Por essa razão, em aplicações típicas, o amp-op é conectado a componentes exter-
nos com um caminho de sinal da saída para a entrada invertida. Com o amp-op conectado a um circuito dessa
maneira, veremos que o alto ganho serve para manter o relacionamento entrada-saída independente das mu-
danças das características carregadas. Contanto que o ganho do amplificador A seja muito grande, a funcio-
nalidade do circuito será especificada pelos componentes conectados externamente.
+V
Entrada não-inversora
Entrada inversora
Saída
-V
(Terminal de terra)
(a)
A(v+ - v_)
(b)
Figura 3.33 Representações de amplificadores operacionais.
Feitas as considerações acima, o modelo ideal para o amp-op é reduzido àquele mostrado na Figura
3.34. As características importantes do modelo são: (1) Desde que Ri seja extremamente grande, as correntes
de entrada para o amp-op são aproximadamente zero (ou seja, i+ ""i_ ""O); e (2) se a tensão de saída é para
permanecer limitada, então quando o ganho se torna muito grande e se aproxima do infinito, a tensão sobre
os terminais de entrada deve simultaneamente se tornar infinitesimalmente pequenas de modo que A • oo,
v+ - v _ • O (ou seja, V+ - v_ = O ou v+ = v_). A diferença entre essas tensões de entrada é freqüentemente
chamada de sinal de erro para o amp-op (ou seja, V+ - v_ = v e)·
Cap. 3 Técnicas de análises nodal e de laço 119
Exemplo 3.22
Considere o circuito amp-op mostrado na Figura 3.35a. O modelo
para o amp-op é mostrado genericamente
na Figura 3.35b e especif icamen te em termos dos parâmetros Ri, A
e R 0 na Figura 3.35c. Se o modelo for in-
serido na rede da Figura 3.35a, obtém-se o circuito mostrado na
Figura 3.35d, que pode ser redesenhado
como mostrado na Figura 3.35e.
As equações nodais para a rede são
v, -v 5 +~+ v, -v 0 =Ü
R, R; R2
v0 - v 1 + v 0 -Av, =
0
R2 Ro
onde v e == - v 1• As equações podem ser escritas em forma matrici
al como
1 1 1
-+-+ -
R, R; R2
1-(;2 -~)
Resolv endo-se para as tensões nodais, obtém-se
120 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 3
0
+
0
v,
=
(a)
V+
i. 0 0
i
v_
0
=
(b)
0 0 0 R2 0
+ + v_ +
+ Ro R, Ra
v, R; R;
A(v. - v_) A(v. - v_)
V+
0 ~A v,
Vo Vs
V+
·Vo
+
V_
0 0
= =
(e) (d)
v, Vo
R, R2 +
Ra
+
Vs R; v, Vo
+ Av,
(e)
Dessa forma,
Se empregarmos valores típicos para os parâmetros do circuito (por exemplo, A= 105 , Ri= 108 Q,
R = 10
0
n, R 1 =
1 kQ e R 2 = 5 kQ), o ganho de tensão da rede é
Entretanto, um amp-op ideal tem um ganho infinito e, portanto, tomando-se o limite da equação de
ganho quando A • oo, obtém-se
Note que o amp-op ideal produziu um resultado com precisão de quatro dígitos significativos em
relação àqueles obtidos a partir de uma solução exata de um modelo típico de amp-op. Esses resultados são
facilmente repetidos para a vasta combinação de circuitos úteis com amp-op's.
Vamos agora analisar a rede da Figura 3.35a usando o modelo ideal do amp-op. Nesse modelo,
i+ = i = o
V+ =V
Como mostrado na Figura 3.35a, v+ = O e, portanto, v_ =O.Se escrevermos agora uma equação no-
dal no terminal negativo do amp-op, tem-se
V 5 -0+V 0 -0=0
RI R2
ou
Vs R1
onde foi obtido o resultado derivado acima. Uma vez que é muito mais simples empregar o modelo ideal
amp-op do que o modelo não-ideal, a menos que especificado de outro modo, usaremos os pressupostos de
um amp-op ideal para analisar circuitos que contenham amplificadores operacionais. 111111
Exemplo 3.23
Consideremos o circuito amp-op mostrado na Figura 3.36. A equação nodal no terminal inversor é
vi - V_ Vo - V
---+ -=i
RI R2
No terminal não-inversor, a LKC produz
•
122 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 3
R3
Resolvendo-se essas equações para v 0 , tem-se a seguinte expressão
V0 =&
RI
(1 + _&_)
R2 R3 + R4
R4 V2 - &V
RI 1
Vo = :2 1
(v2 -v1)
R,
RI V_
+ R, i+
+ +
+ V+
v,
v, R•
= Vo
=
Figura 3.36 Circuito diferencial amplificador operacional.
Portanto, esse circuito amp-op pode ser empregado para subtrair duas tensões de entrada. •
Exemplo 3.24
O circuito mostrado na Figura 3.37a é um amplificador diferencial de tensão de precisão. Ele é usado para
fornecer uma entrada única para um conversor analógico-digital. Desejamos derivar uma expressão para a
saída desse circuito em termos das duas entradas.
Para se conseguir isso, desenhamos o circuito equivalente mostrado na Figura 3.37b. Vamos re-
lembrar que a tensão sobre os terminais de entrada do amp-op é aproximadamente zero e as correntes nos ter-
minais de entrada são aproximadamente zero. Note que podemos escrever equações nodais para as tensões
nodais Vi e v 2 em termos de v 0 e v 0. Já que estamos interessados em uma expressão para v 0 em termos das
tensões Vi e v 2 , simplesmente eliminamos os termos v 0 das duas equações nodais. As equações nodais são
v1 - v0 + v1 - V0 + V1 - V2 =0
R2 RI RG
Vz - v ª + Vz - V i + ~ = O
R1 RG Rz
Somando as duas equações eliminaremos v 0 e, dessa forma, se v 0 está escrito em termos de Vi e v2,
obtém-se
•
Cap. 3 Técnicas de análises nodal e de laço 123
v,
>--- ---- ---0 Vo
V2 0 . - - - -• +
R2
-
(a)
Vo
R2
v,
i, = o
R,
v. RG
R,
V1
Rz
(b)
Figura 3.37 Circuito amplificador de instrumentação.
Exemplo 3.25
Desejamos calcular a resistên cia de entrada do circuito amp-op mostrad
o na Figura 3.38 sem assumir
qualquer tamanho dos parâmet ros A, Ri e R •
0
A resistência de entrada é a resistência vista pela entrada da fonte de tensão
v 1 • Usando- se o mode-
lo amp-op mostrado na Figura 3.33b, obtém-se o circuito mostrado na Figura
3.38b. As equações de malha
para esse circuito são
v, = i 1 (R; + R,) -i 2 R 1
-Av; = -i 1R 1 + i 2 (R 1 + R 2 + R 0 )
V ; = R;i,
A resistência de entrada é
R = 2 = (R; + R 1 )(R 1 + R 2 + R 0 ) + R, (AR; - R 1)
m i1 R,+R 2 +R o
Ri(R + R + AR;)
+ - - 2-- -0 - - -
R, + R 2 + R 0
124 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 3
V1 - Vo
R2
R,
- (a)
+
v, R;
Ro
+
~
R2
V1
R,
~ Av,
- (b)
Exercícios
E3.19 Determine 10 na rede da Figura E3.19.
12kn
12V lOkn
2kn
Figura E3.19
Resp.: 10 = 8,4 mA.
E3.20 Determine o ganho do circuito amp-op da Figura 3.20.
Figura E3.20
R esp.: Vº=l+R2_
Vs Ri
Cap. 3 Técnicas de análises nodal e de laço 125
E3.21 Determine tanto o ganho como a tensão de saída da configuração amp-op mostrada na Figura E3
.21.
l mV
100 ld1
l ld1
Figura E3.21
Resp.: V0 = 0,101 V, ganho= 101.
~1
o
+ o
+
Vs Vo
o o
1
Figura 3.39 Configuração do amplificador operacional seguidor de tensão.
Uma questão óbvia a esta altura é: Se v 0 = Vs, por que simplesmente não conectamos Vs a v por
dois fios paralelos; por que colocar um amp-op entre eles? A resposta para essa questão é fundament0
al e
fornece subsídios que serão de auxílio na análise e projeto de circuitos.
Consideremos o circuito mostrado na Figura 3.40a. Nesse caso, v não é igual a v por causa da
0 8
queda de tensão sobre R8 :
_ Rede
'------- ----<~ resistiva
(a)
(b)
Figura 3.40 Ilustração da capacidade de isolamento do seguidor de tensão.
126 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 3
na en-
Entretanto, na Figura 3.40b, a corrente de entrada do amp-op é zero e, portanto, Vs aparece
3.40a, a interação da
trada do amp-op. Desde que o ganho da configuração amp-op seja 1, v0 = Vs. Na Figura
palavras, a rede resis-
rede resistiva com a fonte fez com que a tensão v0 fosse bem menor que Vs· Em outras
Entretant o, na Figura 3.40b o amp-op isola a fonte da rede resistiva e, portan-
tiva carrega a fonte de tensão.
usado para 'isolar' um
to, o seguidor de tensão é referido como um amplifica dor buffer porque ele pode ser
Vs, enquanto no se-
circuito de outro. A energia fornecida à rede resistiva no primeiro caso deve vir da fonte
energia é reti-
gundo caso ela vem do supr.imento de potência que supre o amplificador, e pouca ou nenhuma
rada de Vs.
3.5 Resumo
das. Tanto os méto-
Duas técnicas importantes e extremamente úteis para análise de circuitos foram introduzi
equações simultâneas que
dos de tensão nodal quanto o de corrente de laço produzem um conjunto de
na rede. Procedim entos para
quando resolvidas nos capacitam a determinar qualquer tensão ou corrente
foram ressaltada s. Foram
simplificação da análise foram apresentados e técnicas para resolução das equações
seu circuito equivalen te, dos
introduzidos conceitos de topologia bem como o amplificador operacion al e
quais faremos uso em uma variedade de circuitos no decorrer do livro.
Pontos-Chave
• Quando resolver um circuito de N nós utilizando análise nodal:
1. Marque todos os nós, selecionando um como o nó de referência.
inde-
2. Se o circuito contém somente fontes de corrente independentes, escreva N - I equações
nodais desconhe cidas.
pendentes simultâneas usando a LKC para determinar as N - I tensões
fonte é
3. Se o circuito contém uma fonte independ ente de tensão, um supemó englobando essa
das equações LKC
criado e uma equação de restrição para essa fonte pode ser escrita além
para o supernó e os nós restantes.
fosse inde-
4. Se o circuito contém uma fonte dependente, trate a fonte dependen te como se ela
pendente na escrita das N - l equações nodais independentes, e então escreva uma equação
adicional para o parâmetro de controle da fonte dependente.
5. Resolva as equações usando qualquer método conveniente.
• Quando resolver um circuito de N laços usando análise de laço:
1. Marque N correntes de laços para N caminhos distintos através da rede.
linear-
2. Se o circuito contém somente fontes independ entes de tensão, escreva N equações
de laço des-
mente independentes simultâneas usando a LKT para determin ar as N correntes
conhecidas.
é escrita
3. Se o circuito contém uma fonte independ ente de corrente, uma equação de restrição
circuito
para a corrente que flui através dela; a fonte de corrente é então substituída por um
aberto e outra equação é escrita para o laço criado recentemente.
indepen-
4. Se o circuito contém uma fonte dependente, trate-a como se ela fosse uma fonte
o parâ-
dente na escrita das N equações de laço e então escreva uma equação adicional para
metro de controle da fonte dependente.
matri-
5. Resolva as equações utilizando qualquer método conveniente, como regra de Cramer,
zes ou substituição.
• Para um amp-op ideal, i+ = i- = O e v + = v _.
Problemas
3.1 Determine V0 na rede da Figura P3.1.
Cap. 3 Técnic as de anális es nodal e de laço 127
,---- -J\;' Vv- ----- --1- +1-- -----
---'I N'-- ----- -<)
2n 2Q +
4A
+
12 V
t 2A 1n lQ
Figura P3.1
3.2 Determine V0 na rede da Figura P3 .2.
2Q 2Q 2Q +
+ +
12 V 4Q 12 V 40
Figura P3.2
3.3 Utilize análise nodal para determinar 1 na rede da
0 Figura P3 .3.
vl Vz
1n 6A 2n
=
Figura P3.3
3.4 Determine / 0 na rede da Figura P3 .4 utilizando anális
e nodal.
v,
2n
2Q 4A 1n 2Q
Figura P3.4
3.5 Determine 11 na rede da Figura P3.4 utilizando anális
e nodal.
3.6 Utilize análise nodal para determinar 1 na rede da
0 Figura P3.6.
2Q
V,
2Q 2n
2A
lQ
=Figura
P3.6
128 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 3
3.7 Utilize equações nodais para determinar V0 no circuito mostrado na Figura P3.7.
20 V0 1O
12 V 40 16V
-=
Figura P3.7
3.8 Utilize equações nodais para determinar v2 no circuito mostrado na Figura P3.8.
12V 40 20
Figura P3.8
3.9 Determine 10 e lx na rede da Figura P3.9 utilizando análise nodal.
1, 10 10
10 +
6A t 1n 12 V
Figura P3.9
2n 2n
+
12 V 6A t 10 12V
+
Figura P3.1 o
3.11 Utilize análise nodal para determinar VO na rede da Figura P3 .11.
4Q 2Q +
12 V 3A 2Q 2Q v.
Figura P3.11
Cap. 3 Técnicas de anális es nodal e de laço 129
3.1 2
Utilize análise nodal para determinar V no circuit
2 o mostrado na Figura P3.12.
12V
H2 ]Q 2Q
Figur a P3.12
3.13 Utilize análise nodal para determinar 1 na rede da
0 Figura P3.13.
]Q lQ ]Q
+
]Q 12 V t 4A ]Q
Figur a P3.13
3.14 Utilize análise nodal para determinar 1 na rede da
0 Figura P3.14.
]Q + 2Q
12 V
+
]Q
2A
t 2Q 6V
Figur a P3.14
3.15 Utilize análise nodal para determinar 1 na rede da
0 Figura P3. 15.
lo
lQ lQ ]Q
+
6V
4A
t 2A 12 V
Figur a IPJ.15
3.16 Utilize análise nodal para determinar 1 na rede da
0 Figura P3.16.
6Q 2Q +
12V
+
4Q 6V ]Q 2Q
Figur a P3.16
'1
1'
,,'I
,li
130 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 3
4Q 2n 4A
Figura P3.17
3.18 Utilize análise nodal para determinar 10 na rede da Figura P3.18.
2n lQ lQ
4A
4Q 3Q t 4A 6V t 2n
+
Figura P3.18
3.19 Utilize análise nodal para determinar V0 na rede da Figura P3.19.
lQ + 1n +
12 V
4V lQ t 1A lQ
+
Figura P3.19
3.20 Determine todas as tensões nodais do circuito mostrado na Figura P3.20 utilizando equações nodais.
sn
+
12 V 4Q 4Q
Figura P3.20
3.21 Determine 10 na rede da Figura P3.21 utilizando análise nodal.
Vi
6Q 4A 12 n lA 3Q
Figura P3.21
Cap. 3 Técnicas de análises nodal e de laço
131
J.Z2 Utilize análise nodal para determinar 1 na rede da
0 Figura P3.22.
+
6V
20 20
+
12 V 10 4A
Figura P3.22
3.23 Utilize análise nodal para determinar V na rede da
0 Figura P3.23.
10
1n
10 +
12V +
+
6V 10 10 10
Figura P3.23
3.24 Utilize análise nodal para determinar V na rede da
0 Figura P3.24.
Figura P3.24
3.25 Utilize análise nodal para determinar 1 na rede da
0 Figura P3.25.
8V 20 10
+
12 V
10
+
10 2n 6V
!',
1
1,
,i;
=
Figura P3.25 /ili
.111·
'li:
L
1
l!i
:1!!
'1 1
132 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 3
+
12V
1n 2n
2A t i 1A
-= lo
2n 1n
+
6V
Figura P3.26
3.27 Utilize análise nodal para determinar 10 na rede da Figura P3.27.
1n
+
2n 12 V
+ 4V
6V t 2A
1n 2n
lo
-
Figura P3.27
3.28 Utilize análise nodal para determinar 10 na rede da Figura P3.28.
1n
2n 1n
+ 2n
12 V 6V
+
1n 2n
-=
Figura P3.28
Cap. 3 Técnicas de análises nodal e de laço 133
6V 1Q
]Q
Figura P3.29
3.30 Determine / 0 na rede da Figura P3.30 utilizando equações nodais.
2Q 1Q
v,
2Q lQ
Figura P3.30
3.31 Utilize análise nodal para determinar V0 na rede da Figura P3.3 l.
.--~W\~----~- +-------'lf\l\r--------~
2Q 20 +
2/x
4V 1Q t 4A 4Q
+
IX
Figura P3.31
3.32 Utilize análise nodal para determinar V0 na rede da Figura P3.32.
+ 1Q +
12V
]Q 2Q 1Q
Figura P3.32
134 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 3
6V lQ
Figura P3.33
3.34 Calcule a tensão V2 na Figura P3 .34 utilizando equações nodais.
1n v1 20.
+
1Q V0 4A 1n
Figura P3.34
=
3.35 Determine V0 na Figura P3 .35, usando equações nodais.
4/o
1n
~--'V'Vv----~+ - . > - - > - - - - - ,
+
V0 1n 2Q 4Q 4A
=
Figura P3.35
3.36 Determine V0 na rede da Figura P3 .36 utilizando equações nodais.
]Q v,
,---'Y',"v----- - +:>----.>---'Vlrv------~
+ V,- 1n +
2V,
+ 1n
6V
I, ]Q
I,
Figura P3.36
3.37 Determine 10 no circuito mostrado na Figura P3.37.
/
0
2Q
12 V 2n
Figura P3.37
Cap. 3 Técnicas de análises nodal e de laço 135
20
12 V
2A 10
21,
I,
Figura P3.38
3.39 Utilize análise nodal para determinar 10 na rede da Figura, P3.39.
lo 12 V +
10
20
10 2A
i 2V, 6V
Figura P3.39
3.40 Utilize equações de malha para calcular a potência absorvida pelo resistor de 5 Q da Figura P3.40.
4Q 10
+
20V SQ
-=
Figura P3.40
3.41 Utilize equações de malha para determinar V0 no circuito da Figura P3.41.
+ Vo -
------1-1--------'\/I./I ,------,
+ IQ
4V 2A
+
10 lQ 10 4V
Figura P3.41
136 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 3
2n 1n
12 V 2A 1n
Figura P3.42
3.43 Utilize análise de laço para determinar 10 no circuito da Figura P3.43.
2n
2A 4A
+
12 V 2n 2n
Figura P3.43
3.44 Utilize equações de malha para determinar 10 na rede da Figura P3.44.
1n
2n
2n
12V
2A
t t 4A
lo
Figura P3.44
3.45 Utilize equações de malha para determinar 10 na rede da Figura P3.45.
4A
12V
2n
2A 1n 2n
lo
Figura P3.45
Cap. 3 Técnicas de análises nodal e de laço 137
2Q lQ +
+
12 V 2A 2Q
Figura PJ.46
3.47 Utilize equações de malha para determinar V no circuito da Figura P3.47 .
0
6Q 12 V
+
6Q
6Q
+
6A 6Q
Figura PJ.47
3.48 Utilize equações de malha para determinar V na rede da Figura P3.48.
0
2Q
4A t 12 V
+
Figura PJ.48
3.49 Utilize equações de malha para determinar V no circuito da Figura P3.49 .
0
6Q t 6A
6Q
12V
+
+
6Q 6Q
Figura PJ.49
140 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 3
lo
+
12V 2Q ]Q
H2 10
2A 2Q IA
Figura P3.57
3.58 Determinar V0 no circuito da Figura P3 .58 utilizando análise de laço.
4Q
+ +
12 V 12 o 64 V
60
+
6A
30 8A 2n
Figura P3.58
3.59 Utilize análise de laço para detenninar V0 no circuito da Figura P3.59.
4A t 20 t 2A
lQ ]Q
,o t IA 2n
Figura P3.59
Cap. 3 Técnicas de análises nodal e de laço 141
3.60
Utilize análise de laço para determinar 1 na rede da Figura P3.60.
0
+
4V
+
1 o. 10. 8V
2 o.
10.
2A
t ~ 4A
lo
P3.60
3.61 Utilize equações de malha para determinar V na rede da Figura P3.61.
0
20.
12 V 30.
Figura P3.61
3.62 Determine V0 no circuito da Figura P3.62.
2VA
+ VA -
+ -
20. +
~ ~
12V
40. 60. Vo
Figura P3.62
3.63 Determine a tensão sobre o resistor de 3 Q na rede da Figura P3.63
utilizando análise de malha.
6A
.--- --~ ---- ---- --.. ---- -,
40.
41,
Figura P3.63
L
142 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 3
1n 2Q +
2Q
1n
1n 1n
2 V,
Figura P3.64
3.65 Utilize análise de laço para determinar V0 na rede da Figura P3.65.
1n
+ Vo -
+ 21,
6V
2Q
1n IQ
I, 2A
t IQ
Figura P3.65
3.66 Desenhe uma rede definida pelas seguintes equações de malha.
(12 ill)l 1 - ( 4 ill)/3 = -28 V
(3ill)l 2 -(2ill)l3 = 16 V
I
3
=_4V
1ill
3.67 Desenhe um circuito definido pelas seguintes equações de malha.
I = _ 6V
1
lill
-{4ill)/ 1 +(12ill)/ 2 -(2ill)/ 4 =O
(4ill)/ 3 -(lkn)/ 4 = -12 V
I
4
=_ 4 V
lkn
3.68 Desenhe uma rede definida pelas seguintes equações nodais.
-v:( -1 )+v
' 2kn 2 (-1 +-1
2kn 4ill
)=,-~ lill
3.70 Desenhe uma rede definida 'pelas seguintes equações
nodais.
(a) (b)
Figura P3. 71
3.72 Para os grafos mostrados na Figura P3 .72, com uma
árvore especificada, encontre um conjunto independen
equações LKC utilizando os conjuntos de corte. te de
i4
---- .--- -
i1 i7
- - - --+- - - - - - - - .... - - -
(a)
--- --- --
i.
(b)
Figura P3. 72
144 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 3
3.73 Para o grafo mostrado na Figura P3.73 , com uma árvore especificada, determine um conjunto independente de
equações LKC usando os conjuntos de corte.
i, i1
.,.
' 1
''
''
•/ 3 i4
1 .
+ 15
i7 ''
''
'' i6
/
1 - - - _.,_ - - - 1
t
/ 1
/
/
/ 1
/
/
x8 1
+Í9 i10
/
/ 1
/ 1
/
J.
iu Í11
Figura P3. 73
3.74 Para os grafos mostrados na Figura P3.74, com uma árvore especificada, determine um conjunto de equações LKT
independentes utilizando os laços fundamentais.
+ V3 -
....
+I ....
.... +
1 ....
v. 1
1
v, ' ' ....v6
....
-1 + ....
....
....
+ v, - - Vg +
(a)
+ ~
- ~1 .,,.,,,..,. -
V2
+
+ V4 - Vs +
1
+1 1+
1 V8
1
+ l-
i
+ V9
(b)
Figura P3.74
Cap. 3 Técnicas de análises nodal e de laço 145
.75 par os grafos mostrados na Figura P3 .75, com uma árvore especificada, determine um conjunto de equações LKT
utilizando os laços fundamentais .
+ Vi -
------
+
V2 - 1
V3 1
1
' ✓ +'1
+ ,-
V4 \ IVs
V7 • Vg
+ I
- \
v6 I +
+ + '' - ✓
✓
'' /
(a) (b)
Figura P3.75
3.76 árvore para a rede daFiguraP3.76a é dadanaFiguraP3.76b. Escreva as equações LKC em termos das tensões no-
dais desconhecidas.
R1 R, R4 R,
1
1
''
'
I,
~]
l3
- --
IA
1.
--
\
/1 I, 1. Is I°},,
'' I
~ I' Is
'
(a) (b)
Figura P3.76
3.77 Dada a árvore da Figura P3 .77b para a rede da Figura P3 .77a, escreva as equações de laço necessárias para se resol-
ver todas as tensões desconhecidas.
R, Ri
- 18
J\Nv-
R,
- - - - ....
✓
VA IA VB R,
+
(a) (b)
Figura P3.77
3•78 Dada uma caixa de resistores de 10 kQ e um amp-op, projete um circuito que terá uma tensão de saída de
v0 = - 2v 1 - 4v,
3.79 Determine a expressão para a tensão de saída no circuito amp-op mostrado na Figura P3.79.
V1u-------1
+
V out
R,
=
Figura P3. 79
146 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 3
3.80 A rede da Figura P3 .80 é um conversor corrente-tensão ou amplificador de transcondutância. Determine vrJi s para
essa rede.
10
Figura P3.80
3.81 Usando o circuito equivalente da Figura 3.33, determine a resistência de entrada Ri= v /i 1 para o circuito amp-op
mostrado na Figura P3 .81. Mostre que, para um pequeno R 0 e grande A, Ri reduz-se à R 1.
R2
i, RI
+
v, -= Vo
-=
Figura P3.81
3.82 Utilizando equações nodais, determine o ganho vjv 1 do circuito mostrado na Figura P3.82.
R,
,------;+ +
-=
-=
Figura P3.82
3.83 Determine v O na rede da Figura P3. 83 e explique que efeito R 1 tem sobre a saída.
2V
Figura P3.83
3.84 Determine v 0 na rede da Figura P3.84.
Figura P3.84
~ CA PÍTULO '·.:
4
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MAKRON 1
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1
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1
1
1
1
ii
1
1
Análise DC com PSPICE
4.1 Introdução
O PICE foi desenvolvido no Departamento de Engenharia Elétrica e Ciência da Computação da Universida-
d da Califórnia em Berkeley. Esse programa aplica o potencial computacional dos computadores digitais na
análise de circuitos complexos.
Apesar de ilustrarmos o seu uso através de exemplos simples que o leitor pode facilmente utilizar
para verificar as técnicas apresentadas neste livro, o poder desse programa na realidade reside na facilidade
com que ele pode ser aplicado a circuitos complicados, cuja análise pareceria impossível sem o auxílio dessa
ferramenta. ·
No decorrer dos últimos anos, o SPICE tem-se tomado o padrão industrial e empresas usam rotinei-
ramente uma análise SPICE em seus projetos de circuitos antes de colocá-los na linha de produção.
Infelizmente, o SPICE não é remédio ou substituto para um entendimento profundo sobre análise de
ircuitos e, portanto, não se pode simplesmente repassar os problemas para o computador. Talvez seja esta fi-
lo ofia "deixe o computador descobrir" que tenha resultado no dito garbage in, garbage out (ou ''GIGO"). 2
·, O SPICE é capaz de proce~sar ac 3 , de e análise transiente. No caso da análise de, um conjunto de
equações simultâneas lineares ou não-lineares com coeficientes reais é resolvido; no caso da análise ac, um
conjunto de equações simultâneas lineares complexas é resolvido e, no caso da análise traÍisiente, a solução é
obtida através da resolução de um conjunto de equações simultâneas não-lineares integrodiferenciais.
· O PSPICE é uma versão do SPICE que pode ser executado em um computador PC oU compatível. A
ver ão 4.05 do PSPICE é empregada no texto deste livro, e o procedimento para a instalação no computador é
detalhado no Apêndice B. ·
1. N.T.: DC ou de representa direct current (corrente contínua). A representação de será mantida ao longo do livro devido
ao seu freqüente uso.
2. N.T.: Lixo na entrada resulta em lixo na saída.
N.T. : AC ou ac denota altemating current (corrente alternada). Essa nomenclatura também será mantida ao longo do
livro.
147
148 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 4
Comandos de Dados
Descrever um circuito verbalmente para alguém, sem recorrer a um diagrama, pareceria uma tarefa difícil e
intransponível se o circuito fosse muito complicado. Portanto, para se descrever o circuito para um compu-
tador, deve ser empregada uma metodologia sistemática que defina por itens a maneira exata pela qual os
elementos dos circuitos estão interconectados.
O bloco fundamental de montagem em uma análise PSPICE é um ramo do circuito, e o ramo padrão
em PSPICE é mostrado na Figura 4.1. Note que um subíndice duplo é empregado para descrever as tensões
nos ramos. Assume-se que o primeiro subíndice é do nó positivo para a tensão do ramo. As tensões nodais
são denotadas por V(n, O) ou, para simplificar, V(n). A corrente de ramo é referenciada de forma que uma
corrente positiva em um resistor produza uma tensão positiva no ramo e, portanto, a direção de referência
para a corrente é do primeiro subíndice listado na tensão de ramo para o segundo.
Cada ramo pode conter qualquer elemento de dois terminais, tal como um resistor, fonte de cor-
rente ou fonte de tensão. Os valores das fontes de tensão ou corrente podem ser zero, mas o valor do resistor
deve ser diferente de zero.
Os ramos são conectados aos nós e identificados por números. Os números dos nós devem ser não-
negativos, mas não necessariamente seqüenciais. O nó de referência deve ser o número zero. O circuito não
pode conter um laço de fontes de tensão ou um conjunto de corte (ver Capítulo 3) de fontes de corrente. Cada
nó do circuito deve ter um caminho de para o terra, e todo nó deve ter pelo menos dois ramos de conexão.
- - - - - - - - - - V(n, m) - - - - - - - - -
1 1
Um dos maiores problemas encontrados ao descrever um circuito e sua solução desejada é guardar
todas as direções de referência de todas as tensões e correntes. Todas as direções no PSPICE são fixadas pelo
programador e especificadas pela ordem em que as conexões dos nós são listadas nos comandos de dados.
Um formato livre é utilizado em todos os comandos de dados. Os campos devem ser separados por
um ou mais espaços em branco, um sinal igual ou um abre- ou fecha- parênteses. Um comando pode ser con-
tinuado colocando-se um sinal 'mais' como o primeiro caracter do comando de continuação e o PSPICE conti-
nuará a leitura a partir do segundo caracter.
Cada segmento de dado. é composto de três campos:
1. O nome do elemento.
2. Os nós do circuito aos quais o elemento está conectado.
3. O valor dos parâmetros que determinam a característica elétrica do elemento.
O campo do nome do elemento deve iniciar-se com uma letra do alfabeto e não pode conter
qualquer delimitador. A primeira letra do nome especifica o tipo do elemento:
R resistor
V fonte independente de tensão
I fonte independente de corrente
G fonte de corrente com tensão controlada
E fonte de tensão com tensão controlada
F fonte de corrente com corrente controlada
H fonte de tensão com corrente controlada
Um nome pode conter de um a oito caracteres. Por exemplo, um nome de resistor deve iniciar-se
com a letra R e pode ser seguido de um a sete caracteres adicionais. Dessa forma, R, R1348, RINPUT,
ROUT3 e RAIB66DG são nomes válidos de resistores. Na discussão a seguir, XXXXXXX, YYYYYYY e
ZZZZZZZ denotarão cadeias alfanuméricas.
O campo do número pode ser um campo inteiro tal como 12 ou -44, um campo com ponto flutuan-
te tal como 3.142 ou 1.41464, um inteiro ou ponto flutuante seguido de um expoente tal como lE-14 ou
2.65E3 ou um inteiro ou ponto flutuante seguido por um dos seguintes fatores de escala:
T = 1E12 G = lE 9 MEG = 1E 6
K = 1E3 M = lE- 3 U = lE- 6
N = lE- 9 P = lE- 12 F = lE- 15
Letras que seguem imediatamente um número que não sejam fatores de escala são ignoradas, e le-
tras seguindo imediatamente um fator de escala são ignoradas. Dessa forma,10, l0V, lOVOLTS e lOHZ re-
presentam todos o mesmo fator de escala. Observe também que 1000, 1000.0, lO00HZ, 1E3, l.0E3, lKHZ e
lK representam todos o mesmo número. Note, entretanto, que
1. Vírgulas não são permitidas.
2. Sinais faltando são assumidos ser + pelo computador.
3. Um ponto decimal faltando é colocado no final de uma série de números.
A seguir temos uma descrição detalhada do formato de comandos de dados que são utilizados para
descrever cada tipo de ramo em uma rede.
Comandos de Ramo para Elementos Resistivos. A forma geral para elementos resistivos é
RXXXXXXX Nl N2 VALUE
Aqui XXXXXXX denota uma cadeia alfanumérica que identifica unicamente o elemento em parti-
cular. Nl e N2 são os nós do circuito aos quais o elemento está conectado. V ALUE é o valor da resistência
em ohms. O valor de um resistor pode ser positivo ou negativo, mas não pode ser zero.
Exemplo 4.1
Os comandos de ramo para os dois resistores mostrados na Figura 4.2a são
Rl 4 6 2
R2 6 3 1 O Ili
4. N.T.: Note que em se tratando do PSPICE o ponto decimal deve ser usado no lugar da vírgula decimal.
150 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 4
Comandos de Ramo para Fontes Independentes. Comandos de ramo para fontes independentes
têm a forma
BXXXXXXX N+ N- DC (DC VALUE)
B é a letra V para as fontes de tensão ou I para as fontes de corrente. N + e N - são os nós positivos
e negativos , respectivamente. Corrente positiva, para fontes de tensão ou de corrente, é assumida fluir do nó
positivo para o negativo através da fonte. DC V ALUE é o valor de da corrente. Se o valor de é zero, esse va-
lor pode ser omitido. ·
(a)
\
t I, = 4A i
- --@ (
~ - , . , . L - - -~ ,•
(b)
Figura 4.2 Circuitos usados para explicar os comandos de ramo.
Exemplo 4.2
Os comandos de ramo para os elementos mostrados na Figura 4.2b são
Rl 4 3 2
Vl 3 O DC 12
Il O 4 DC 4 •
Comandos de Ramo para Fontes Lineares Dependentes. Uma fonte linear dependente no PSPI-
CE é definida como uma fonte de tensão ou fonte de corrente cuja tensão ou corrente seja igual a uma cons-
tante vezes uma tensão de ramo ou a corrente que flui através de uma fonte de tensão. Esse último ponto
mencionado introduz uma sutileza interessante do PSPICE. Para se empregar a corrente em um ramo em parti-
cular, devemos introduzir uma falsa fonte de tensão em série com esse ramo em particular para que o progra-
ma possa calcular a corrente nessa fonte de tensão.
Comandos de ramo para fontes lineares de tensão controlada têm a forma geral
BXXXXXXX N+ N- NC+ NC- VALUE
B é a letra G ou a letra E, onde Is = GV para fontes de corrente com tensão controlada e Vs = EV
para as fontes de tensão com tensão controlada. N 1- e N- são os nós negativos e positivos, respectivamente.
O fluxo de corrente vai do nó positivo, através da fonte, em direção ao nó negativo. NC+ e NC- são os nós
controladores positivo e negativo, respectivamente. VALUE é o valor do ganho de tensão E ou a transcondu-
tância G.
Cap. 4 Análise DC com PSPICE 151
exemplo 4.3
o comando de ramo para a fonte dependente na Figura 4.3 é
Gl 8 11 3 5 4
•
Cin:u11
·-
(
•
,
V,
(a)
(b)
Figura 4.3 Circuitos usados para explicar comandos de ramo para fontes dependentes .
Exemplo 4.4
O comando de ramo para a fonte dependente na Figura 4.3b é
El 4 6 2 10 3
•
Comandos de ramo para fontes lineares com corrente controlada têm a forma
BXXXXXXX N+ N- VNAME VALUE
B é a letra F ou H, onde Is= FI para fontes de corrente com corrente controlada e Vs = HI para fon-
te de tensão com corrente controlada. N+ e N- são os nós positivo e negativo, respectivamente. O fluxo de
corr nte é do nó positivo, através da fonte, para o nó negativo. VNAME é o nome da fonte de tensão através
da qual a corrente controlada flui . Uma corrente positiva controlada flui para o nó positivo, através da fonte
V AME, e sai do nó negativo. VALUE é o valor do ganho de corrente F ou da transresistência H.
Exemplo 4.5
O comando de ramo para a fonte dependente da Figura 4.4a é
Fl 5 12 VX 7
•
152 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 4
(a)
(b)
Figura 4.4 Circuitos usados para explicar os comandos de ramo para fontes dependentes.
Exemplo 4.6
O comando de ramo para a fonte dependente da Figura 4.4b é
Hl 1 5 1 VX 20 •
Nos exemplos 4.5 e 4.6, repare que Vx é a falsa fonte de tensão inserida na rede para se obter a cor-
rente de controle Ix.
Nesse caso, a primeira fonte será varrida em toda a sua faixa para cada valor da segunda fonte.
Alguns exemplos típicos do comando .DC são
.DC Vl 1.25 10.50 0.25
.DC VOO 50 1 Il lM 10M lM
A opção análise de pode ser também usada para avaliar as funções de transferência sinal pequeno
de, isto é, a razão de uma variável çle saída para uma variável de entrada. A resistência de entrada e a resis-
tência de saída serão também computadas automaticamente como parte da solução:
.TF OUTVAR INSRC
OUTV AR é a variável de saída do sinal pequeno. INSRC é a fonte de entrada do sinal pequeno.
Dois exemplos de comandos típicos são
.TF V(4, 1) VIN
.TF I(VOUT) VIN
Lembre-se que a tensão entre quaisquer dois nós nem é referida como V(n,m). Se o segundo nó é
zero, ele pode ser omitido. Para as equações acima, o PSPICE computaria o valor do sinal pequeno de da razão
de V(4, 1) para VIN, a resistência de entrada em VIN, e a resistência de saída em VOUT. Se nenhuma análise
é especificada, o PSPICE executará uma análise .OP como default.
O Probe é um recurso adicional do PSPICE que permite aos usuários exibir resultados gráficos em
um PC e numa impressora conectada. Incluindo-se o comando .PROBE em um arquivo PSPICE, o PSPICE
automaticamente executará o programa Probe logo após a análise.
A tela inicial do Probe mostra um gráfico em branco acima de uma linha de menu contendo várias
opções. A opção default é "Add_trace". Pressione a tecla 'Enter'. O gráfico em branco permanece na tela,
mas a linha de menu é substituída por um pedido de entrada das variáveis a serem traçadas em gráfico. O
usuário pode agora entrar em uma variável ou uma lista de variáveis separadas por espaços. Por exemplo,
"V(l) V(2) V(2,3) I(VS)" traçarão os gráficos das tensões nodais para os nós 1 e 2, a tensão nodal entre 2 e 3
e a corrente de ramo no ramo contendo VS. "V(l) * I(VS)" também traçarão os gráficos com o produto da
tensão no nó 1 e a corrente através do ramo contendo VS. Pressione a tecla 'Enter' após digitar as variáveis a
serem traçadas no gráfico. A opção "Hard-copy" traçará o gráfico na impressora em anexo. A opção "Exit"
deve ser escolhida para se sair do programa Probe. As setas são usadas para selecionar a opção desejada da
linha de menu.
L
154 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 4
Comando de Fim
O programador deve informar ao PSPICE a chegada do fim dos dados de entrada (o programa). Isto é feito co-
locando-se um comando no fim do programa com o formato .END.
Os exemplos a seguir servirão para ilustrar tais técnicas.
4.3 Aplicações
Exemplo 4.7
Vamos determinar as tensões nodais no circuito mostrado na Figura 4.6. Nesse primeiro exemplo PSPICE,
descreveremos em detalhes os passos empregados no uso do PSPICE para obter uma solução.
Para uso do PSPICE, digite 'PS' quando surgir o sinal 'C:\>'. A tela exibirá o "PSPICE Control
Shell" 5 com a linha de menu no alto e a linha de informação embaixo. A opção "Files" estará em realce.
Pressione a tecla 'Enter' . Essa operação ativa o submenu "Files". A opção "Current File" 6 estará em real-
ce. Pressione a tecla 'Enter'. Digite o nome do seu arquivo PSPICE. Se este é um novo arquivo , selecione um
nome para ele. O " PSPICE Control Shell" aparece mais uma vez. Pressione 'Enter' para mostrar o submenu
"Files". A opção "Edit" estará em realce. Pressione a tecla 'Enter'. Esse editor estará ativado após esse pro-
cedimento.
+
\1i = 36V
®
Figura 4.6 Circuito de do Exemplo 4.7.
o programa PSPICE é
FIRST PSPI CE EXAMPLE
Vl 1 O DC 36
Rl 1 2 3
R2 2 O 6
R3 2 3 8
R4 3 O 2
* NODE VOLTAGES Vl, V2 , AND V3 AS VOUT
.END
Ao término do programa, pressione a tecla 'Esc' . Então pressione a tecla ' S' para salvar o seu
arquivo. A tela "PSPICE Control Shell" é novamente exibida. Pressione a tecla de seta à direita para realçar a
opção "Analysis".7 Tecle 'Enter' para ativar o submenu "Analysis". A opção "Ruo PSPICE" estará em realce.
Pressione 'Enter' para executar o circuito PSPICE recém-criado. Ao término da análise PSPICE, a tela "PSPICE
Control Shell" é exibida. Pressione 'Enter' para exibir o submenu "Files". Use a seta para baixo para realçar
a opção "Browse Output". 8 Tecle 'Enter'. As primeiras 20 linhas do seu arquivo de saída serão mostradas.
Utilize as teclas de seta 'Page Up ' e 'Page Down' para exibir as demais porções do seu arquivo. Pressione
'Esc ' para retomar ao submenu "Files". Para sair do PSPICE, utilize as teclas de seta para realçar a opção
+
12V
+
2n
(a)
V,= 12V
@ (b )
Figura 4.7 Circuito usado no Exemplo 4.8.
Exemplo 4.9
Deseja-se determinar a corrente 10 na rede da Figura 4.8a. A rede está numerada para a análise PSPICE na Fi-
gura 4.8b e a falsa fonte de tensão foi inserida para obter 10 •
O programa PSPICE para o circuito é
THIRD PSPICE EXAMPLE
Vl 1 o DC 12
VT 5 o DC o ;DUMMY SOURCE USED TO CALCULATE Io.
I1 o 3 DC 4
I2 2 4 DC 2
Rl 1 2 2
R2 2 3 1
R3 3 4 2
R4 4 o 1
R5 2 5 2
* Io IS THE SAME AS I (VT)
.END
12V
(a)
CD
Exercício
E4.1 Dado o circu ito da Figu ra E4. l, use PSPIC
E para deter mina r todas as tensõ es
tor de 1 Q. noda is e a corre nte no resis -
G) 0
6Q 3Q
+ 2Q
72V G)
3Q 6D
4Q
0)
0
Figu ra E4.1
Resp .: V, = -24 V, ½ = 48 V, ½ = 12 V, V4 = 6 V, = 3 V,
V, l,n = 3A.
+ VA -
__l__Q lQ
2 +
lQ lQ
v.i
6V
(a)
0) + VA - 0 G)
1 R4 =lQ
R2= 2Q
R3=1 Q R5 =IQ
J1i =6V
(b)
@
Figura 4.9 Circuito usado no Exemplo
4.1 O.
o programa PSPICE é
FOURTH PSP ICE EXAMPLE
Vl 4 o DC 6
Gl o 1 1 2 2
Rl 1 4 1
R2 1 2 •5
•
158 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 4
R3 2 O 1
R4 2 3 1
R5 3 O 1
* Vo IS THE SAME AS NODE VOLT AGE V ( 3)
.END
A saída fornecida pelo computador inclui o seguinte:
Vl V(3)
6.000E+00 1.714E+00 •
Exemplo 4.11
Vamos determinar a tensão V0 na rede da Figura 4.10a. A rede, redesenhada na Figura 4.10b, ilustra que V0 =
V(4).
+ V, -
~-J\Nv----<-+-->----.M~-------0
10 10 +
2V,
+ m
6V t I,
I,
+ R2 =10
I,
'7i =6V t Fl
+
,. '
1 IV
' / X
(b)
Figura 4.1 O Circuito usado no Exemplo 4.11.
o programa PSPICE é
FIFTH PSPICE EXAMPLE
Vl 1 o DC 6
vx 5 o DC o ;DUMMY SOURCE USED TO CALCULATE Ix FOR Fl
El 3 2 1 2 2
Fl o 3 vx 1
Rl 1 2 1
R2 2 5 1
R3 3 4 1
R4 4 o 1
* Vo IS THE SAME AS NODE VOLTAGE V(4)
.END
Cap. 4 Análise DC com PSP/CE 159
Exemplo 4.12
Deseja-se determinar a tensão V0 na rede da Figura 4.lla. A rede numerada para PSPICE é mostrada na Fi-
gura 4.llb.
12V +
2Q
2Jx
+ 2Q IQ
V,,
IX
(a)
IX
(b)
Figura 4.11 Circuito usado no Exemplo 4.12.
o programa PSPICE é
SIXTH PSPICE EXAMPLE
Vl 2 3 DC 12
vx 5 o DC o ;DUMMY SOURCE USED TO CALCULATE Ix FOR Hl
H1 o 1 vx 2
Rl 1 2 1
R2 2 o 2
R3 3 5 2
R4 3 4 1
RS 4 o 1
* Vo IS THE SAME AS NODE VOLTAGE V ( 4)
.END
A saída fornecida pelo computador inclui
NODE VOLTAGE
(4) -2.5714
Exemplo 4.13
Vamos determinar a tensão V0 na rede da Figura 4.12a. A rede está redesenhada para análise PSPICE na Fi-
gura 4.12 b.
o programa PSPICE é
160 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 4
+
12V
+
6V 1f.l lQ v.
(a)
+' - ; -
V, V2 = 12V
+
V, = 6V i I,
R4 = 1º
Fl
© (b)
Exercícios
E4.2 Calcule as tensões nodais no circuito da Figura E4.2.
4A
V, VA
2 +
Vi
lQ .ln
2
3VA
!
lOV
Figura E4.2
Cap. 4 Análise DC com PSP/CE 161
Resp.: V 1 = 9,44 V, V = 5,17 V, V = 5,11
2 V.
E4.3 Calcule as tensões nodais no circuito3 da Figur
a E4.3 .
2Q V0
Figura E4.3
Resp.: V 1 = 30 V, V = 18 V.
0
E4.4 Calcule as tensões nodais no circuito da Figur
a E4.4.
Vi
2Q
2A lQ
4Q 2Q
Figura E4.4
Resp.: V1 = 0,8 V, V = 1,6 V.
2
E4.5 Dada a rede da Figura E4.5, calcule as
tensões nodais e a corrente Ix.
1/20.
Vi
V, ---' VV v-- --'V \fv l-'.,
---- ---,
100.
I,
Figura E4.5
=
Resp.: V1 = 50 V, V = 46,67 V, V = 46,67
2 3 V, Ix = 4,67 A.
R2 2 o lMEG
R3 2 3 50K
R4 3 4 50
* Vo IS THE SAME AS NODE VOLTAGE V(3)
. END
50kQ
•
!OkD
+
!OmV
v,
(a)
R, =50kQ
v.
(b)
Exemplo 4.15
Dada a rede amp-op do Exemplo 4.14, vamos trocar a fonte de tensão para 1 V e calcular a tensão de saída, o
ganho do circuito e a resistência de entrada e a de saída da rede.
O programa PSPICE e a saída exibida são os seguintes:
USE 0F .TF ON INVERTING OP-AMP
Vl 1 o DC 1
El 4 o O 2 1E5
Rl 1 2 l0K
R2 2 o lMEG
R3 2 3 50K
R4 3 4 50
* .TF GIVES THE GAIN, INPUT RESISTANCE, AND
*OUTPUT RESISTANCE
.TF V(3) Vl
* Vo IS THE SAME AS NODE VOLTAGE V ( 3)
.END
A saída do programa inclui:
Vl V(3)
1.000E+OO -5.000E+00
V(3)/Vl = -5.000E+00
INPUT RESISTANCE AT Vl = 1.000E+04
OUTPUT RESISTANCE AT V(3) = 3.025E-03 •
Cap. 4 Análi se DC com PSP/C E 163
exercício
E4.6 Calcule a tensão de saída, ganho e resistências
de entrada e saída da rede da Figur a E4.6.
SOkD
!Okr.!
v.
Figura E4.6
Resp.: Vº= 6 V, ganh o= 6, Ri= 1,67 x 10 11
n, Ro = 3 x 10 -4n.
4.4 Resumo
Neste capítulo foi introduzido o programa PSPIC
E para a análi se por comp utado r. Foram
explicados os vários comandos utilizados para apresentados e
entrar dados, descr ever o tipo de solução desej
car a saída. Finalmente, aplicamos o PSPICE a circu ada e especifi-
itos que contê m fontes indep ende ntes, fontes depen
e amp- op's. dentes
Pontos-Chave
• O progr ama PSPICE consiste das seguintes categ
orias de comandos:
1. Comandos de título e comentários.
2. Comandos de dados.
3. Comandos de controle da solução.
4. Comandos de especificação da saída.
5. Comando de fim.
• Dicas que auxil iam na programação com PSPJC
E:
l. A prim eira linha do progr ama é dedicada
ao título. Se você saltar uma linha antes de digita
título, o título será considerado um comando ro
de dado e o progr ama não será executado .
2. O núme ro "zero " e a letra "o" são caracteres
diferentes. Se você inadv ertida ment e digitou
"o" em vez de "zero ", seus programas não serão
executados e você terá grande dificuldade
em local izar o erro.
3. A falta de entendimento da convenção da
direção de refer ência da corrente e tensão causa 1,
mais erros na progr amaç ão e interpretação de
resultados do que qualq uer outro fator. Consi-
1 dere-se avisado!
í
í Problemas
4.1 Determine 1 no circuito da Figur a P4.l.
1
12V 6Q 6Q 12V
Figura P4.1 1.
1,
164 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 4
3Q + +
12V
9Q 4Q lQ Vº
Figura P4.2
4.3 Determine 10 no circuito da Figura P4.3.
6Q 6n
6Q 6Q 12A 6Q
1.
Figura P4.3
4.4 Determine 10 no circuito da Figura P4.4.
6kQ
lkQ 12kQ
24V 4kQ
1.
Figura P4.4
4.5 Determine V0 no circuito da Figura P4.5.
Figura P4.5
4.6 Determine 10 no circuito da Figura P4.6.
3Q 3Q
72V
lQ
6Q 4Q
I.
Figura P4.6
Cap. 4 Análise DC com PSP/CE 165
5ill
2ill / 0
18k.Q
+
24V I2kQ 6k.Q
Figura P4.7
4.8 Determine 10 na rede da Figura P4.8.
2Q
+
44V
Figura P4.8
4.9 Determine 10 na rede da Figura P4.9.
6V
+
2Q 2Q
v,---'VV'----<--~vv,,---½
+ lQ
12V t 4A
Figura P4.9
4.10 Determine V0 no circuito da Figura P4.10.
lQ
12V
V, -
4A lQ lQ
Vº
Figura P4.1 O
166 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 4
Vi 1-;
4V
JQ JQ 2A JQ
1.
Figura P4.11
4.12 Determine V0 no circuito da Figura P4.12.
6V lill
2ill
2ill +
Figura P4.12
4.13 Calcule V0 na rede da Figura P4.13.
]Q IQ +
20
+
12V 4Q V.
Figura P4.13
4.14 Determine 10 no circuito da Figura P4.14.
m v,
-=
Figura P4.14
Cap. 4 Análise DC com PSP/CE 167
6V IQ
1Q v,
Figura P4.15
4.16 Determine a corrente em cada ramo da rede da Figura P4.16.
JkQ lkO
+
6V 2k0 12V
- - - - J----<!11-----'Vl/\r----O
4k0
2mA
4V
Figura P4.16
4.17 Calcule V0 na rede da Figura P4.17.
1Q + +
12V
2Q
+
4V 20 v.
1Q
Figura P4.17
4.18 Calcule V0 na rede da Figura P4.18.
20 10
1Q 2A 20 ]Q
]Q 20
+
4A 20 t 3A V,
Figura P4.18
168 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 4
12V 2n 210' ln Vº
/º
-=
Figura P4.19
4.20 Calcule V0 na rede da Figura P4.20.
ln 2n +
IA
ln Vº
ln ln
2Vx 4A
Figura P4.20
4.21 Calcule todas as tensões nodais, a corrente lx e a corrente na fonte de 10 V na rede da Figura P4.21.
+ IOV
3VA
VA 6Q 3Q sn
IX
Figura P4.21
4.22 Calcule todas as tensões nodais, as correntes Ix e la e a corrente na fonte de 10 V na rede da Figura P4.22.
3A
IX
2n 2n
IOV
2n
-=
Figura P4.22
4.23 Calcule a tensão V0 na rede da Figura P4.23.
6V
Figura P4.23
Cap. 4 Análise DC com PSPICE 169
I,
2Q
2Q
lQ
-
21,
+
2A 2Q IQ V,,
Figura P4.24
4.25 Calcule V0 na rede da Figura P4.25 .
2V,
4A
2Q
+
+
V,
2Q V,
Figura P4.25
4.26 Calcule V0 na rede da Figura P4. 26.
t 2A
Figura P4.26
4.27 Calcule V0 na rede da Figura P4.27.
2Q +
21, IQ
6V
IQ
+
+
4V IQ 2Q
I,
Figura P4.27
170 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 4
2V,
Figura P4.28
4.29 Calcule 11, 12 e V 0 na rede mostrada na Figura P4.29.
60ill
5kQ
I,
+
lV
= = 1
Figura P4.29
4.30 Dada a rede da Figura P4.30, (a) calcule a tensão de saída V0 e (b) determine que resistor único R 2 poderia ser usado
para substituir a rede T no laço de retomo.
20kQ 20kn
5lill
5lill
=
+
lmV
=
= = 1
Figura P4.30
4.31 Dada a rede da Figura P4.3 l, calcule V0 e o ganho do circuito.
5V
1
Figura P4.31
Cap. 4 Análise DC com PSP/CE 171
lükQ
5kQ
lükO
7V +
20kO
V,,
1
Figura P4.32
4.33 Dada a rede da Figura P4.33, calcule v1, V0 , o ganho e as resistências de entrada e saída.
lükO
200kO
1
Figura P4.33
4.34 Dada a rede da Figura P4.34, calcule V1, v2, V0 , o ganho do circuito e a resistência de entrada e saída.
80kO lükO
+
V,,
1
Figura P4.34
4.35 Calcule V0 na rede da Figura P4.35.
IOkO
+
+
0,5V V,
Figura P4.35
172 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 4
20kQ
+
5mV
=
Figura P4.36
=
4.37 Calcule a tensão de saída V0 na rede da Figura P4.37 e use o resultado para calcular o ganho da rede.
20kQ
IOkO
+
20mV
= 1=
Figura P4.37
4.38 Calcule V0 na rede da Figura P4.38.
40kQ
20kQ
20kQ +
V,
=
1
Figura P4.38
4.39 Calcule V0 na rede da Figura P4.39.
20kQ 20k0
5V
=
V, +
Figura P4.39
Cap. 4 Análise DC com PSP/CE 173
4.40 Dada a seguinte listagem de um programa PSPICE, desenhe a rede nele definida.
VSI 3 2 DC 8
VS2 5 4 DC 4
IS o 1 DC 2
Rl 1 o 2
R2 1 2 1
R3 1 4 5
R4 2 o 4
RS 3 5 3
R6 5 o 1
.END
4.41 Dada a seguinte listagem de um programa PSPICE, desenhe a rede nele definida.
VSl 1 3 DC 4
VS2 2 O DC 12
IS 2 4 DC 6
VDUM 4 5 DC O
Rl 1 o 2
R2 1 2 3
R3 3 2 4
R4 3 4 2
RS 2 4 1
R6 5 o 3
R7 2 o 6
.END
4.42 Dada a seguinte listagem de um programa PSPICE, desenhe a rede nele definida.
vs 3 2 DC 15
VDUM 4 5 DC o
IS o 2 DC 5
HS 1 o VDUM 3
Rl 1 o 2
R2 1 2 5
R3 2 o 4
R4 3 o 3
RS 3 4 4
R6 5 o 1
.END
4.43 Dada a seguinte listagem de um programa PSPICE, desenhe a rede nele definida.
vs 2 1 DC 10
IS 3 o DC 3
GS 1 4 4 3 3
Rl 1 o 2
R2 2 o 1
R3 2 3 4
R4 3 4 1
RS 4 o 3
.END
174 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 4
4.44 Dada a seguinte listagem de um programa PSPICE, desenhe a rede nele definida.
VSl 5 2 DC 26
VS2 O 4 DC 6
VDUM 2 3 DC o
FS 5 6 VDUM 4
Rl 1 o 1
R2 1 2 2
R3 2 o 4
R4 3 4 2
RS 6 4 1
R6 4 o 1
.END
4.45 Dada a seguinte listagem de um programa PSPICE, desenhe a rede nele definida.
VSl 1 O DC 14
VS2 O 2 DC 7
IS 2 O DC 6
GS 1 3 5 O 5
ES 2 1 5 O 2
Rl 3 4 3
R2 4 1 1
R3 4 5 2
R4 1 o 4
R5 5 2 2
R6 5 o 1
.END
Books
áli
5, 1 Teoremas de Rede
175
176 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 5
Note que se fontes independentes forem multiplicadas por uma constante, as tensões nodais ou cor-
rentes de laço são também multiplicadas pela mesma constante. Também definimos um circuito linear como
aquele composto somente de fontes dependentes, fontes lineares dependentes e elementos lineares. Capacito-
res e indutores, que serão examinados no Capítulo 6, são também elementos de circuito que têm uma relação
linear de entrada-saída desde que sua energia inicial armazenada seja zero.
Exemplo 5.1
Desejamos ilustrar a propriedade de linearidade para o circuito dado na Figura 5.1.
Vamos supor que desejamos calcular 11 para as fontes de tensão dadas e também para o caso em
que elas tenham seus valores dobrados. As duas equações de laço são
611 - 312 = 30
-3/1 + 912 = -15
3 n 6 n
30V
e 15V
Vs + 2Vx = 61
onde
vx = 21
Portanto,
Vs =1
2
Se V5 = 6 V, então/ = 3 A e V = 30 V= (5)(6) V, então/ = (5)(3)
A= 15 A.
5
•
V,
4Q /
Figura 5.2 Circuito para o Exemplo 5.2.
Exemplo 5.3
Para o circuito mostrado na Figura 5.3 , desejamos determinar a tensão
de saída Vout· 1 Entretanto, em vez de
abordarmos o problem a de maneir a direta e calcular / , e então 1 , e
0 1 então 12 , e assim por diante, usaremos li-
nearidade e assumiremos que a tensão de saída seja Vout = 1 V. Essa
conside ração resultará em um valor para
a fonte de tensão. Usaremos então o valor real da fonte de tensão e
linearid ade para calcular o valor real de
vout·
Se assumirmos que Vout = V3 = 1 V, então
14 = V2 3
= O,5A
V2 pode então ser calculado como
V2 = 4/4 + V3
=3V
Dessa forma,
12 = / 3 + /4
= 1,5A
Então
1·
1
178 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 5
48V 40 30 20 vout
Exercícios
ES.1 Use linearidade e a suposição de que V0 =1 V para calcular a tensão V 0
na rede da Figura E5.1 se 10 =4
A.
+
20 10
Figura ES.1
Resp.: V0 = 8/7 V.
ES.2 Use linearidade e a suposição de que 10 = 1 A para calcular a corrente correta 10 na rede da Figura E5.2
se l = 12 A.
40 20
80 I 60 30
Figura ES.2
Resp.: 10 = 6 A.
ES.3 Use linearidade e a suposição de que 10 = IA para calcular o valor de 10 na rede da Figura E5.3 se V= 24
A.
V
30
30 12 o 12 o
Figura ES.3
Resp.: 10 = 3 A.
r
l
l
1
superposição
Cap. 5 Técnicas adicionais de análise
A fim de motivar este assunto, é didático reexaminar um problema que já consideramos anteriormente.
179
1
í Exemplo 5.4
t o circuito dado na Figura 5 .1
está redesenhado na Figura 5 .4, onde os valores das fontes de tensão não estão
especificados. O valor da corrente i 1(t) pode ser calculado usando-se a LKT, como mostrado no Exemplo 5.1
como
u~ ~:~J = :5 [: ;1:~:i)J
i1(t) = _!_ [9v1(t)- 3v2(t)]
45
= -V1 (t)-- -
V 2 (t)
-
5 15
3Q 6Q
v 1(t)
(a)
i~(t) 3 Q 6Q
+
v 1(t) 3Q
(b)
i;'(t) 3Q 6n i~'(t)
(e)
Figura 5.4 Ilustração de superposição através de um exemplo.
Em outras palavras, a corrente i 1(t) tem uma componente devida a v (t) e uma componente devida
1
a vi(t). Tendo em vista que i 1(t) tem duas componentes, uma devida a cada fonte independente, seria interes-
sante examinar que cada fonte agindo independentemente contribuiria com i (t). Para que v (t) atue sozinha,
1 1
Vi(t) deve ser zero. Como foi mencionado no Capítulo 2, vit) = O significa que a fonte vit) é substituída por
um curto-circuito. Portanto, para determinar o valor de ii(t) devido somente a vi(t), empregamos o circuito
da Figura 5.4b e nos referimos a esse valor de ii(t) como i;(t).
180 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 5
,, V1 (t)
l1 (t) = (3)(6)
3+~-
3+6
V1 (t)
= 5
Vamos determinar o valor de i 1(t) devido a vi(t) agindo sozinha e nos referir a esse valor como
i;· (t). Empregamos o circuito mostrado na Figura 5.4c e calculamos esse valor tal como
V2 (t) 2V2 (t)
----=----
6 + _(3_)(3_) 15
3+3
Então, usando a divisão de corrente, obtém-se
... 2v2(t)( 3 )
11 (t) = - }5 3 + 3
V2 (t)
---
15
Se agora somarmos os valores dei; (t) e ii (t), obtemos o valor calculado diretamente:
Í t (t) = Í; (t) + Í ;- (t)
V1 (t) V2 (t)
=- --- -
15 5
Note que sobrepomos o valor dei; (t) em i;· (t), ou vice-versa, para determinar o valor total da cor-
rente desconhecida. •
O que demonstramos no Exemplo 5.4 é verdade em geral para circuitos lineares e é um resultado
direto da propriedade de linearidade. O princípio da superposição, que nos fornece essa habilidade de reduzir
um problema complexo a vários problemas mais simples - cada um contendo uma única fonte independente -,
afirma que:
Em qualquer circuito linear contendo múltiplas fontes independentes, a corrente ou tensão em
qualquer ponto da rede pode ser calculada como a soma algébrica das contribuições individuais de cada fonte
atuando isoladamente.
Quando se determina a contribuição devido a uma fonte independente, quaisquer fontes de tensão
remanescentes são feitas iguais a zero, isto é, elas são substituídas por curtos-circuitos, e quaisquer fontes de
corrente remanescentes são feitas iguais a zero, isto é, elas são substituídas por circuitos abertos; no entanto,
fontes dependentes não são feitas iguais a zero e permanecem no circuito. Desse modo, a superposição nem
sempre nos conduzirá a uma solução mais simples. Os exemplos a seguir ilustram a técnica.
Exemplo 5.5
Desejamos determinar a tensão V0 mostrada na Figura 5.5a.
Resolveremos o problema utilizando superposição. Se permitirmos que V~ seja a componente de
V0 devida à fonte de 64 V, então as fontes de 12 V e 2 A são feitas iguais a zero, e a rede se reduz ao que é
mostrado na Figura 5.5b. Combinando resistores, a rede é reduzida ainda mais, como mostrado na Figura
5.5c. Portanto,
V'= ~ ( 1 2 )
12 5
4+-
5
= 24 V
Cap. 5 Técnicas adicionais de análise 181
•
30. +
64 V 12 6 o. 2A 1 o. v.
(a)
V'
40. 20. 30. +
64 V
120. 60. 1 O. v:
(b)
V'
4Q
+
64 V 12 Q
) 120. 6Q 1Q V~
(e)
- -
(d)
12 V
V"
1
4Q +
3Q 3Q ]2Q 6Q IQ V"'
o
(e)
(f)
20 30 +
20 2A ]Q V"'
o
(g)
Figura 5.5 Circuitos empregados no Exemplo 5.5.
v~··, a éomponente de V0 devida à fonte de corrente de 2 A, é calculada da Figura 5.5f. Mais uma
vez, combinando resistores, a rede é reduzida à mostrada na Figura 5.5g. Usando-se divisão de corrente,
achamos que v;·= l V.
Aplicando o princípio da superposição, obtém-se
Vo == V~ +V~' + V~"
== 4 V
É interessante notar q~e resolver esse problema por superposição nos permite ver realmente a con-
tribuição que cada fonte tem na tensão de saída. •
Exemplo 5.6
Vamos determinar a tensão V0 na rede da Figura 5.6a.
2V,
24 V V~ 4Q G'
+
2Q
(a)
2v;
v: 4QG'
G'
+
2Q
+ V.'o
(b)
2v;·
V~ 4Q
24 V
+
2Q
+ V"o -
(e)
Figura 5.6 Ilustração de superposição para um circuito contendo uma fonte dependente.
Empregando o princípio da superposição, resolvemos primeiramente o circuito da Figura 5.6b. As
equações para esse circuito são
2v: == 4(1; - 1;) + 21;
v: == -4(1; - 1;)
1; == -3A
Cap. 5 Técnicas adicionais de análise 183
Vo' =-V
72
14
Para o circuito da Figura 5.6c, as equações são
24 + 2v:' = 61;'
v:' = -41;'
Dessas equações obtemos 1;' = 24/14 A, desse modo
V"=
0
- 48 V
14
Portanto,
V0 V~ + V~'
24
=-V
14
Note que, apesar de termos obtido a resposta correta, o problema poderia ter sido resolvido mais
facilmente por equações de malha.
Exemplo 5.7
Considere o circuito do amplificador amp-op diferencial mostrado na Figura 5.7. Empregando superposição,
primeiramente fazemos v 2 =O.Notamos que uma vez que i+ = O, não pode existir corrente alguma em R ou
1
R2 e, portanto, v+ = O. O circuito é, portanto, um amplificador inversor e, desse modo,
vb = - -R2v i
R1
R,
+ + +
v, I+
-= Vo
Vz R2
1
}
i
:li
I
L .
184 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 5
Portanto,
Vo = vb + vb'
= -R2
Ri
(V?
-
- V1)
Exercícios
E5.4 Calcule V0 na rede da Figura E5.4 usando o princípio da superposição.
6n 4n
+
+
36 V sn
Figura E5.4
Resp.: V0 = - 8 V.
E5.5 Calcule V0 na rede da Figura E5.5 usando o princípio da superposição.
,----'V',ly-------;-r------------0
3n +
3A
36 V 6!1 12 n 60 v.
Figura E5.6
Resp.: V0 = 15 V.
Cap. 5 Técnicas adicionais de análise 185
Transformação de Fonte
Antes de começar a discutir transformação de fonte, é necessário ressaltar que as fontes reais diferem dos
modelos ideais que apresentamos até agora. Em geral, uma fonte de tensão prática não produz uma tensão
constante independente da carga ou da corrente que ela fornece, e uma fonte de corrente prática não fornece
uma corrente constante independente da carga ou da tensão sobre seus terminais. Fontes práticas possuem re-
sistências internas, e portanto os modelos mostrados na Figura 5.8a e b representam de forma mais adequada
as fon tes reais. Note que a potência fornecida pela fonte prática de tensão é dada pela expressão
PL = i i RL
- l i R
- ( R; R
+RL L
R,,
+ jL iL
V R1. R;
VL RL
(a) (b)
V ----------·
··· ·· ·· · i · ----------·
2' - - - - ·. j· ..
!v 1 .
2
(e) (d)
Figura 5.8 Efeito da resistência interna em fontes reais de tensão e corrente.
que pode ser escrita como
PL = i 2 RL
que é a potência fornecida pela fonte de corrente ideal.
Os gráficos mostrados na Figura 5.8c e d ilustram o efeito da resistência interna nas fontes de ten-
são e corrente, respectivamente. Os gráficos indicam que a tensão de saída se aproxima da tensão da fonte
ideal somente para valores grandes de carga de resistência e, portanto, pequenos valores de corrente. Da mes-
ma forma, a carga de corrente é aproximadamente igual à corrente da fonte ideal somente para valores da
carga de resistência RL que são pequenos em comparação à resistência interna Ri.
Com esse material de fontes práticas em mãos como informação básica, podemos agora perguntar
se é possível trocar uma fonte modelo por outra; isto é, trocar uma fonte de tensão modelo por uma fonte de
corrente modelo, ou vice-versa. Poderíamos trocar uma fonte por outra desde que elas sejam equivalentes;
isto é, cada fonte produz exatamente a mesma tensão e corrente para qualquer carga que esteja conectada
sobre seus terminais.
Vamos examinar os dois circuitos mostrados na Figura 5.9. Para determinar as condições exigidas
para que as duas fontes sejam equivalentes, vamos examinar as condições terminais de cada uma. Para a rede
da Figura 5.9a,
ou
iR; = R;i L + VL
Para a rede da Figura 5.9b,
V= i LRv +Vi
Para que as duas redes sejam equivalentes, suas características terminais 1evem ser idênticas; isto é,
v = iR; e R; = Rv (5.7)
As relações especificadas na Equação 5.7 e Figura 5.9 são extremamente importantes, e o leitor
não deve deixar de entender seu significado . O que essas relações nos dizem é que se colocamos dentro de
uma rede uma fonte de corrente i em paralelo com um resistor R, podemos trocar essa combinação por uma
fonte de tensão de valor v = iR em série com o resistor R. O inverso também é verdade; isto é, uma fonte de
tensão v em série com um resistor R pode ser trocado com uma fonte de corrente de valor i =v/R em paralelo
com o resistor R. Os parâmetros dentro do circuito (por exemplo, uma tensão de saída) ficam inalterados
após tais transformações.
Os exemplos a seguir demonstram a utilidade de uma troca de fontes.
Rv
+ +
iL iL
R; VL RL l)
VL RL
(a) (b)
Figura 5.9 Circuitos usados para determinar condições para uma troca de fontes.
Exemplo 5.8
Dada a fonte de tensão não-ideal da Figura 5.10a, determine a fonte de corrente não-ideal equivalente.
A fonte de corrente pode ser obtida usando-se as expressões da Equação 5.7 e está mostrada na Fi-
gura 5.10b. O leitor deve estar atento para manter a polaridade da fonte de tensão e a direção da fonte de cor-
rente em acordo, como mostrado na Figura 5.10. •
Cap. 5 Técnicas adicion ais de análise 187
20
r-------oA
lOV
SA 20
IJ
(a) (b)
Figura 5.1 O Duas fontes equivalentes.
Exemplo 5.9
Considere a rede da Figura 5.1 la. Desejamos calcula r a corren
te 10 • Note que já que as tensões nodais V e
V, são conhecidas, uma equação LKC no nó central produz
irá V2 e, portanto, 10 • No entanto, duas equaçõ1es
d; malha são necessárias para se determinar l e dois circuitos
O separados devem ser analisados para se deter-
minar / 0 usando-se superposição.
Para se resolv er o proble ma utilizando-se transformação de fontes,
transformamos primei ramen te a
fonte de 60 V e o resisto r de 6 Q em uma fonte de corrente de
10 A em parale lo com o resisto r de 6 Q, como
mostrado na Figura 5.llb. Depois disso, o resistor de 3 Q em
série com a fonte de 15 V são transformados
em uma fonte de 5 A em paralelo com o resisto r de 3 Q, como
mostra do na Figura 5.1 lc. Combi nando os re-
sistores e fontes de corrente, resulta a rede da Figura 5.1 ld.
Empre gando agora divisão de corrente, obtemos
10 = 2 A.
Ili
V1 60 Vz 30 v,
30
60V
G 30
lo
G 15V 60 30 15 V
- =
(a)
(b)
60 30 30 5A
20
(e)
(d)
Figura 5.11 Circuitos empre gados no Exemplo 5.9.
Exemplo 5.10
Vamos demon strar como achar V na rede da Figura 5.5a utiliza
0 ndo repetidas aplicações de transformação de
fontes.
Se começarmos do lado esquerdo da rede da Figura 5.5a, a combi
nação em série da fonte de 64 V e
o resistor de 4 Q é conver tida para uma fonte de 16 A em paralel
o com o resisto r de 4 Q. Se também combi-
narmos os resistores de 4 Q e 12 Q que estão agora em paralel
o, obtemos o circuito da Figura 5.12a. Conti-
nuando a redução do circuito, a combinação em paralelo da
fonte de corren te de 16 A e o resisto r de 3 Q é
convertida para uma fonte de 48 V em série com um resisto r
de 3 Q, e esses elementos são então combinados
com uma fonte de 12 V para produz ir a rede da Figura 5.12b.
1 A fonte de 36 V em série com o resisto r de 3 Q
é convertida para uma fonte de corren te de 12 A e o resisto
r de 3 Q em parale lo, que quando combinados
com o resistor de 6 Q produz em a rede da Figura 5.12c. Quand
o a fonte de corren te de 12 A é transfo rmada
1 em uma fonte de tensão e os dois resistores em série são adicion
ados, obtem os a rede da Figura 5.12d. Final-
t
1
1
b
188 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 5
-
(a)
3Q 2n 3Q +
36V 6Q lQ Vo
(b)
Hl 3Q +
2n ]Q
(e)
+ 3Q +
lQ 4Q JQ
= (d) (e)
Figura 5.12 Aplicação da transformação de fontes na rede da Figura 5.5a.
Note que nessa sistemática, às vezes cansativa, a transformação nos permite reduzir a rede metodi-
camente a uma forma equivalente mais simples em relação a algum outro elemento do circuito.
Exercícios
ES.7 Ache V0 no circuito da Figura E5.4 utilizando transformação de fontes.
Resp.: V0 = - 8 V.
ES.8 Ache V0 no circuito da Figura E5 .5 utilizando transformação de fontes.
Resp.: V0 = 4 V.
ES.9 Ache V0 no circuito da Figura E5.6 utilizando transformação de fontes.
Resp.: V0 = 15 V.
Circuito
original
(a)
A
+
Circuito
A Circuito
Vo
(linear) B
8
(b)
Circuito
A
(linear) Vo
B
(c)
Figura 5.13 Conceitos usados para desenvolve
r o teorema de Thévenin.
O circuito A fornece uma corrente i ao circuito B e
produ z uma tensão v sobre os terminai s de en-
trada do circuito B. Do ponto de vista das relações O
dos terminais do circui to A, podem os subst ituir o
B por uma fonte de tensão de v volts (com circuito
0 a devid a polaridade), como mostr ado na Figur a 5.13c
tensão no terminal não foi alterada e o circuito A . Já que a
está inalterado, a corrente no termi nal é a mesma.
Aplicando-se agora o princípio de superposição na
rede mostr ada na Figur a 5.13c, a corrente total i
mostrada na figura é a soma das correntes fornecidas
por todas as fontes do circuito A e a fonte v que acaba
mos de acrescentar. Portanto, via superposição, a O -
corrente i pode ser escrit a
i = io + Ísc (5.8)
190 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 5
onde i0 é a corrente devido a v O com todas as fontes independentes do circuito A feitas iguais a zero (ou seja,
fontes de tensão substituídas por curtos-circuitos e fontes de corrente substituídas por circuitos abertos) e isc
é a corrente curto-circuitada devido a todas as fontes do circuito A com v O substituída por um curto-circuito.
Os termos i0 e v 0 estão relacionados pela equação
. -Vo
lo=-- (5.9)
RTh
onde RTh é a resistência equivàlente referindo-se ao circuito A dos terminais A-B com todas as fontes inde-
pendentes do circuito A feitas iguais a zero.
Substituindo a Equação 5.9 na Equação 5.8 tem-se
. Vo .
z=---+z se (5.10)
R Th
Este é um relacionamento genérico e, portanto, deve manter-se para qualquer condição específica
nos terminais A-B. Como um caso específico, suponhamos que os terminais formam um circuito aberto. Para
tal condição, i = O e v 0 é igual à tensão do circuito aberto voe· Então a Equação 5.10 se toma
. -voe .
l =O= --+lsc (5.11)
Rrh
Desse modo,
(5.12)
Essa equação determina que a tensão em um circuito aberto é igual à corrente em um curto-circuito
multiplicada pela resistência equivalente referindo-se ao circuito A com todas as fontes independentes feitas
iguais a zero. Referimo-nos a RTh como a resistência equivalente de Thévenin.
Substituindo a Equação 5.12 na Equação 5.10 tem-se
. -V 0 Voe
l =--+--
RTh RTh
ou
(5.13)
Vamos agora examinar os circuitos que são descritos por essas equações. O circuito representado
pela Equação 5.13 é mostrado na Figura 5.14a. O fato de esse circuito ser equivalente nos terminais A-B ao
circuito A da Figura 5 .13 é uma afirmação do teorema de Thévenin. O circuito representado pela Equação
5 .10 é mostrado na Figura 5. l 4b. O fato de esse circuito ser equivalente nos terminais A-B ao circuito A na
Figura 5.13 é uma afirmação do teorema de Norton.
Deve-se ter o cuidado ao notar que os circuitos da Figura 5.14 juntamente com a relação da Equa-
ção 5.12 representam uma transformação de fonte.
A maneira como esses teoremas são aplicados depende da estrutura da rede original em questão.
Por exemplo, se somente fontes independentes estão presentes, podemos calcular a tensão do circuito aberto
ou a corrente do curto-circuito e a resistência equivalente de Thévenin. No entanto, se fontes dependentes
também compõem o circuito, o equivalente de Thévenin será determinado calculando-se v 0 e e ise' já que este
é o melhor método para se determinar RTh em uma rede contendo fontes dependentes. Finalmente, se o circuito
A não contém nenhuma fonte independente, então ambas, V 0 e e ise' necessariamente serão zero. (Por quê?) Já
que não podemos determinar RTh a partir de v 0 JiSC' pois a razão é indeterminada, devemos procurar um outro
meio. Note e se V 0 e = O, então o circuito equivalente é simplesmente a resistência desconhecida RTh· Se apli-
carmos uma fonte externa ao circuito A - uma fonte de teste vt - e determinarmos a corrente, it' que flui para
o circuito A de vi' então RTh pode ser determinado de RTh = vt /it. Apesar de o valor numérico de vt não pre-
cisar ser especificado, poderíamos deixar vt = 1 V e então RTh = 1/it . Alternativamente, poderíamos usar a
fonte de corrente como uma fonte de teste e deixar it = 1 A, então vt = (l)RTh·
Uma variedade de exemplos será apresentada para demonstrar a utilidade desses teoremas.
- A
Cap. 5 Técnicas adicionais de análise
A
191
Rn, + +
Circuito Circuito
Vcx, B B
v. v.
Ru,
i,,
B B
(a)
(b)
Figura 5.14 Circuitos equivalentes de Norton e Thévenin.
Exemplo 5.11
nsrd re a rede da Figura 5.15a. Desejamos encontrar V utilizando os teoremas de Thévenin
0 e de Norton.
e desconectamos a rede nos pontos A-B, então a tensão do circuito aberto
é mostrada na Figura
~- J5b. ando a divisão de tensão, tem-se
4
Voc =60( 4+8+4 )=15V
resistência equivalente de Thévenin, obtida na análise dos terminais A-B do circuito
aberto e
ub tituindo-se a fonte de tensão com um curto-circuito, como mostrado na Figura 5.15c,
é de 3 n. Se o cir-
1.urto equi alente de Thévenin que consiste de V c em série com RTh for conectado
0 ao restante do circuito
,lrigtnal no terminais A-B, a rede é reduzida à mostrada na Figura 5.15d. Dessa última
rede, achamos que
7
V =15(
º 3+5+7 )=7V
Poderíamos também determinar V usando o teorema de Norton. Mais uma vez, a rede
0 é desconec-
tada no t rminais A-B. A corrente do curto-circuito é mostrada na Figura 5.15e. Já que
nenhuma corrente
fluirá no rc istor de 4 n em paralelo com o curto-circuito,
60
I = - - =5A
se 4 +8 1 1
Vo=5( 3 +!+
7)(7)
= 7V
Vamos examinar brevemente algumas características salientes do Exemplo 5.11. Note
•
que, apli-
ndo- e o teorema de Thévenin, não há razão para desconectar da rede à esquerda do resistor
de 4 n ao cen-
tro. poi a fonte de 60 V e os resistores de 4 n e 8 n já são equivalentes de Thévenin
. Além disso,
poderiam ter desconectado a rede à direita do resistor de 5 n. Desconectar a rede nesse ponto
não mudaria
l n ão do circuito aberto, já que não há corrente alguma no resistor de 5 n.
5 n para n. Quando o novo Entretant o, a RTh aumentar ia de
circuito equivalente de Thévenin fosse conectado à carga de 7 n, a rede resul-
tante cri novamente aquela mostrada na Figura 5.15d. Argumentos similares poderiam
ser usados na aná-
lt e pelo t rema de Norton.
Finalmente, é extremamente importante notar que, uma vez que a rede tenha sido
simplificada
u ando- e uma equivalente de Thévenin ou Norton, temos simplesmente uma rede com
a qual podemos apli-
ar novamente os teoremas. O exemplo a seguir ilustra isso.
192 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 5
sn A sn +
4n 1 n Vº
60V
B
(a)
sn +A sn
4n voe 4n 4n +-Rn.
60V
-B
(b) (e) B
3 n A sn +
15 V 1n Vº
(d)
A
sn
4 n [,e
60V
B
(e)
A sn +
5A 3n 1n Vº
(f)
Exemplo 5.12
Vamos usar os teoremas de Thévenin e Norton para determinar V0 na rede da Figura 5.5a.
Aplicando-se o teorema de Thévenin, desconectamos primeiramente a rede nos pontos A-B como
mostrado na Figura 5.16a. A tensão sobre o resistor de 12 Q é de 48 V, e portanto Voc, = - 12 + 48 = 36 V. A
R™, determinada a partir da Figura 5.16b é de 3 Q. Se anexarmos esse equivalente de Thévenin (Voc, e RTh,)
ao restante da rede, obtemos a rede mostrada na Figura 5.16c. Se agora desconectarmos a rede nos terminais
C-D, a tensão do circuito aberto V 0 c 2 , como mostrado na Figura 5.16d, será
Cap. 5 Técni cas adicionais de análise 193
6
V c, :36 (--)
0
3+6
= 24 V
e RTh , é calcu lada a parti r da Figur a 5.16e como sendo R1n , = 4 Q . Cone ctand o esse
(Vº"' ~ Rr1i , ) ao resta nte da rede, produ z-se equiv alent e de Thév enin
a rede da Figur a 5.16f . Mais uma vez, desco
ter~n ais E-F, obtem os a rede da Figur a 5.16g necta ndo a rede nos
. Dess a rede calcu lamo s V0 c, = (2) (4) + 24 =
como most rado na Figur a 5. l 6h, é 7 Q. Final ment e, 32 V. A R1n , ,
anexa ndo o equiv alent e de Thév enin CVoc e R1n,)
tante da rede, que a esta altura e some nte a carga ao res-
de 1 Q, tem-s e a rede da Figur a 5.16i. V 1pode
computada e é V0 = 4 V. 0
agora ser
A
4!.1
64 V
12 n
~n,I
B B
(a) (b)
e
36 V
+ 3n 2 !.1 +
v. 36 V 6!.1 v.,1
B D
(e) D
(d)
rr
e
~ Jf ],n:
E
D D
(e) F
(t)
24V
F
(g)
(h)
:
E
32 V
~ Í'º F
V~
(i)
Figura 5.16 Circuitos usados
no Exemplo 5.12.
Aplic ando -se o Teor ema de Norto n, desco necta
mos mais uma vez a rede nos ponto s A-B, como
mostrado na Figur a 5.17a. Note que nessa rede
a tensã o sobre o resist or de 4 Q é 64 - 12 = 52
corrente nesse resist or fluindo da esque rda para V, e porta nto a
a direita é 13 A. Uma vez que a tensão sobre o
é 12 V, a corre nte fluin do atrav és dele é 1 A. resistor de 12 Q
Usan do-se a LKC , / ,e , = 13 - 1 = 12 A. A R1n,
partir Figur a 5.16b como 3 Q . O equiv alent e de foi comp utada a
Norto n (Voc , e R1n,) é cone ctado ao resta nte da
S.17b. Desc onect ando a rede nos ponto s C-D, rede na Figur a
obtém -se o circu ito da Figur a 5.17c. Aplic ando
corrente, tem-s e / ,e, = 6 A. A R1n, comp utada -se a divis ão de
a parti r da Figur a 5.17d é 4 Q. Cone ctand o esse
Norton (/,c, e R1n, ) ao resta nte da rede, obtem equiv alent e de
os o circu ito da Figur a 5.17e . Adic ionan do
as fontes de cor-
194 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 5
rente e aplicando divisão de corrente, achamos que 8 A de corrente se dividirão igualmente entre os dois
caminhos de 4 n e portanto V0 = 4 V. •
12V
+
4n
64 V 12 n
B
(a)
A e
2 n 3n +
3n 6 n 2A 1 f1
B D
(b)
D
(e)
D
(d)
D
(e)
Exercícios
ES.10 Utilize o teorema de Thévenin para determinar V0 no circuito da Figura E5.4.
Resp.: V0 = - 8 V.
ES.11 Utilize o teorema de Thévenin para determinar V0 no circuito da Figura E5.5.
Resp.: V0 = 4 V.
ES.12 Utilize o teorema de Thévenin para determinar V0 no circuito da Figura E5.6.
Resp.: V0 = 15 V.
ES.13 Utilize o teorema de Norton para determinar V0 no circuito da Figura E5.4.
Resp.: V0 = - 8 V.
ES.14 Utilize o teorema de Norton para determinar V0 no circuito da Figura E5.5.
Resp.: V0 = 4 V.
Cap. 5 Técnicas adicionais de análise 195
Exemp lo 5, 13
Desejamos determin ar o equivale nte de Théveni n na rede da Figura 5.18a
nos terminai s A-B. Nosso método
para resolver esse problem a será aplicar uma fonte de 1 V nos terminais, como
mostrad o na Figura 5. l 8b, e
então calcular a corrente / 0 e RTh = li / .
0
As equaçõe s para a rede da Figura 5.18b são as que se seguem. A LKT ao
longo do laço externo
resulta em
Vi+V ,=I
A equação LKC no nó V1 é
~ + Vi - 2V, + Vi - 1 = O
1 2 l
- vx +
lkQ
A
2kQ
lkQ
!i
B
(a)
- V,+
1 kQ
11
12
v,
lo
lkQ 2kQ
1V
I,
lJ
= (b)
Figurn 5,18 Redes empregadas no Exemplo 5.13.
Mais uma vez, como mencion ado no Capítulo 3, temos uma equação com
a tensão em volts e a
resistência em quiloohms; portanto a corrente estará em miliamperes.
Resolve ndo-se as equaçõe s para Vx, obtém-s e Vx = 317 V. Conhece ndo Vx,
podemo s computa r as
correntes / 1, 12 e / 3 • Seus respecti vos valores são
V, = ~mA
1 7
12 = 1- 2V, = !.. mA
l 7
l l
-=-m A
2 2
196 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 5
Portanto,
10 = 11 +12 +13
= ]2mA
14
e
RTh ==
lo
= 14 kQ
15
•
Exemplo 5.14
Vamos determinar RTh nos terminais A-B para a rede da Figura 5.19a. O método usado nesse problema será
aplicar uma fonte de corrente de 1 mA nos terminais A-B, calcular a tensão nos terminais V2 , como mostrado
na Figura 5.19b, e então RTh = V2 /0,00I.
A
2kn 3 kn
1 kn
+
20001, 2kn
I,
B
(a)
2kn 3kn
lkQ
2kn t lmA
I,
B
(b)
Figura 5.19 Redes utilizadas no Exemplo 5.14.
As equações nodais para a rede são
V - 2000/x Vi V1 - V2 O
-1- - - - + - - + - - - =
2000 1000 3000
V2 - Vi V2 I
---+--=--
3000 2000 1000
e
I = _!i_
X 1000
-l+-
Essas equações podem ser dispostas da seguinte forma:
Portanto,
Dessa forma,
RTh
li
Exemplo 5.15
Usando o modelo do amplifica dor operacional mostrado na Figura 3.33b, determin e a
resistênc ia de saída do
circuito mostrado na Figura 5.20a. A resistência de saída é a resistênc ia equivalen te de
Thévenin nos termi-
nais de saída. Usando o modelo, o circuito equivalente é mostrado na Figura 5.20b.
A resistência equivalente de Thévenin nos terminais de saída pode ser obtida assumind
o-se uma
fonte de tensão de 1 V conectad a aos terminais e determinando a corrente resultant e que
ela produz. O circui-
to da Figura 5.20b foi redesenh ado na Figura 5.20c com tal conexão.
+
+
-=-
v, V,,
R,
R,
-=- (a)
+
R, V;
R2
+
Ro
R, Vº
AV1
(b)
R,
R, v,
+
R,
e e 1V
-=- (e)
Figurai 5.20 Circuitos para determinar a resistência de saída de um circuito com
amplifica dor operacional.
b
198 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 5
Rout = - -Ro(R1
- - -+R2)
----
R1 +AR1 +R2 +Ro
Já que A é muito grande, AR 1 é normalmente muito maior que R 1 + R 2 + R 0 • Portanto, Rout pode ser
aproximado pela expressão
Ro(R1 +R2)
AR1
Ro(l +R2IR1)
A
Note que essa equação mostra que a resistência dessa configuração é muito mais baixa que o amp-
op básico do qual a resistência de saída é R 0 • •
Exercícios
ES.15 Considerando o circuito da Figura E5.15, determine o equivalente de Thévenin nos terminais A-B.
A
2 f.l l
B
Figura ES.15
Resp.: RTh = 8/3 Q.
ES.16 Para a rede da Figura E5.16, determine o equivalente de Thévenin nos terminais A-B.
A
2n 3n
+
V, 1 f.l 4V,
B
Figura ES.16
Resp.: RTh = 18/5 n.
Cap. 5 Técni cas adicionais de análise 199
Até agora examinamos os métodos com os
quais aplic ar os teoremas de Nort on e Thév
redes que contêm some nte fontes dependen enin em
tes ou independentes. Ilust ramo s agora a aplic
em circuitos que contêm ambos. ação dos teoremas
Exemplo 5.16
Vamos determinar a tensão V na rede da Figu
0 ra 5.21 a usando o teore ma de Thévenin.
Para começar, descone_ctamos a rede nos pont
os A-B. Lem bre-s e que quan do a rede origi
dida em circuito A e circuito B, a fonte depe nal é divi-
ndente e sua variável de contr ole deve m ser
rede. A tensão do circuito aberto é calculada conti das na mesma
da rede na Figu ra 5.21 b. Note que a fonte depe
marcada como 21;. já que a rede da Figu ra 5.21b nden te está agora
é diferente daqu ela da Figu ra 5.21a. A equa
supernó ao redor da fonte de 12 V é ção LKC para o
B
(a) ::- B
(b)
A
lQ +
+
12V 12V
21';
+ 2n 2Q f /" JQ 2n "tlsc
1;'
B B
(e) (d)
l
l3 11 A t'
A I,
IQ
ln ]Q +
3
2n 2Q IV 6V 1n v.
12 I';'
B
B
(e) Í -1
Figura s.21 (f) '1
Circuitos utilizados no Exemplo 5.16.
'1
1,1
,\\
200 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 5
Portanto,
-12
f sc = -1--
3
= -18A
Usando então a Equação 5.12, tem-se
R r,,
=½Q
A RTh pode também ser calculada empregando-se uma fonte externa, como mostrado na Figura
5.2le. As correntes de ramo nessa rede podem ser imediatamente determinadas como
!',"= fA
12 =fA
1 - (-21',")
l3 =
1
=2A
Logo,
11 = !'," +l +l32
= 3A
e, desse modo,
RTh = ½Q
Finalmente, conectando o circuito equivalente de Thévenin nos terminais A-B de volta ao restante
do circuito original e tendo o cuidado de não esquecer a polaridade, obtemos a rede da Figura 5.21f. A partir
dessa rede obtemos
-6
Vo -
2
+ 1. (1)
3
= 1f V
Note que essa resposta é a mesma que obtivemos no Exemplo 4.12. •
Exemplo 5.17
Desejamos determinar V0 na rede da Figura 5.22a.
Se desconectarmos a rede nos pontos A-B, a tensão do circuito aberto pode ser calculada do circui-
to da Figura 5.22b. A corrente de malha 10 pode ser determinada a partir da equação LKT
(/o -2V~)(l)+flo +llo =6
onde
lo
V~=
2
e, portanto,
Voe =4V
A RTh pode ser determinada a partir da Figura 5.22c. A equação LKC para o nó marcado V é
1
~ + Vi - 1 = 2 V,,
1 l. A
2
SOCIESC
Biblioteca
Cap. 5 Técnicas adicionais de análise 201
onde
V~'= V1 -1
Resolvendo-se as equações para VA , tem-se VA = - l V. Portanto, 1 = 2 A, e uma vez que
2 13 = 1 A,
l o = 12 + / 3
=3A
Dessa forma,
RTI, = ½º
Conectando o circuito equivalente de Thévenin de volta ao restante da rede original, como
mostra-
do na Figura 5.22d, achamos que V0 = 12/7 V. Note que este é o mesmo valor obtido
no Exemplo 4.10. •
A + V~_ A
1n + +
-=- B
(a) -=- (b) B
v, + V"
A - A
.!n 12 lo
2 13
1n ·+
2V~'
t 1n Q1v
B
(e)
4VL
A
B (d)
Figura 5.22 Circuitos usados no Exemplo 5.17.
Exercícios
ES.17 Ache o circuito equivalent e de Thévenin nos terminai s A -B para a rede da Figura
E5 . l 7.
~~VV
40
\,---- ------ --nA
~
2
24 V
ES.18 Ache o circuito equivalente de Tbévenin nos terminais A-B para a rede da Figura E5.18 .
,-----1----....----- ----u A
6n
t 4A
'----+------.------ ---o B
Figura E5.18
Resp.: V0 c = 48 V, RTh = 12 n.
É importante, a esta altura, que mais uma vez o leitor se lembre que todos os tipos de recursos ele-
trônicos são modelados com fontes dependentes, e portanto as análises aqui são similares àquelas envolvidas
tanto na análise como no projeto de circuitos eletrônicos. Além disso, é interessante notar que na medida em
que sistematicamente reduzimos uma rede usando transformações de fonte , na realidade estamos usando al-
ternadamente os equivalentes de Tbévenin e Norton.
Queremos determinar o valor de RL que maximize esse valor. Dessa forma, diferenciamos essa ex-
pressão em relação à RL e fazemos a derivada zero.
2 2 2
dPcarga (R +RL) V - 2v RL(R +Ri)
dR L (R +R L)4
que produz
RL = R
Em outras palavras, a transferência máxima de potência se dá quando a resistência da carga RL = R.
Apesar de este ser um resultado importante, ele foi obtido usando a rede simples da Figura 5.23. No entanto,
deveríamos lembrar que v e R na Figura 5.23 poderiam representar o circuito equivalente de Thévenin para
qualquer rede linear.
R
Exemp lo 5, 1 S
Vamos determinar o valor de RL para a transferência máxim a de potênci
a na rede da Figura 5.24a. Depois de
acharmos o valor de Rv acharemos a potência máxima que pode ser
transfe rida para essa carga.
-- - --
+
30
(a) (b)
30
V0 ,=24V
(e) (d)
Figura 5.24 Circuito exemplo para determinar transferência
máxima de potência.
Se desconectarmos a rede na carga, obtemos o circuito mostra do
na Figura 5.24b. A esta altura é
importante notar que temos uma outra rede, e portanto todas as técnica
s que aprend emos podem ser aplicadas
para resolvê-la. Note que podemos formar um supernó em volta da
fonte dependente. A tensão em relação ao
nó de referência no terminal positivo da fonte dependente é Voe• e portant
o a tensão em relação ao nó de refe-
rência no terminal negativ o da fonte dependente é V e - 21. A LKC
0 aplicad a ao supernó é
V e - 2/'
- - - - - 12 +Voe- -_
0 O
4 2
onde
J' = Voe
2
Resolvendo essas equações, tem-se
Voe = 24 V
A /se pode ser derivad a de modo semelhante usando-se a rede da
Figura 5.24c. A LKC para o su-
pernó é
V - 21" V
- - - - 12 + - + -V = O
4 2 4
onde
I" = -V
2
Portanto,
1
!
!
i V= 16V
e, desse modo,
1
V
=- = 4A
4
1
L
204 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 5
PL = ( -24-) (6) = 24 W
6+6
•
Exercícios
ES.19 Na rede da Figura E5 .19, determine R L para transferência máxima de potência e potência máxima dissi-
pada pela carga.
12 V
Figura ES.19
Resp.: RL = 6 !J, PL = 5013 W.
ES.20 Na rede da Figura ES.20, determine R L para trºansferência máxima de potência e potência máxima dissi-
pada pela carga.
20
12V
2A i 3Q 6Q
Figura ES.20
Resp.: RL = 4 !J, PL = 1 W.
À medida que avançarmos com o texto, introduziremos continuamente novos comandos PSPICE
apropriados que expandirão nossa capacidade. O primeiro comando desse tipo é o .MODEL.
O comando .MODEL define um conjunto de parâmetros que pode ser referenciado pelos elementos
passivos ou ativos do circuito. O formato geral do comando é o seguinte:
.MODEL <name > < type > (<par a meter name >=<value >)
<name> é o nome do modelo que o recurso usa para referenciar o modelo. <type> é o tipo do recurso. Alguns
tipos de recursos válidos são RES, CAP, IND, D, e NPN para resistor, capacitor, indutor, diodo e transistor
bipolar NPN, respectivamente. O <parameter name> e <value> são opcionais. Seu significado depende do
tipo do recurso especificado.
O comando .MODEL é usado em conjunto com o comando .DC, e uma declaração permite o cir-
cuito a ser analisado para valores específicos do recurso dentro de um intervalo específico. Por exemplo, os
seguintes comandos PSPICE
RL 3 O RMOD 5
. MODEL RMOD RES ( R= 1)
.DC RES RMOD (R) 4 10 2
Cap. 5 Técnicas adicionais de análise 205
executam um conjunto de análise de no circuito com um valor diferente de RL para cada análise. O primeiro
comando mostra que o resistor RL está conectado entre os nós 3 e O, possui um valor de 5 ohms e usa o mo-
delo RMOD para descrever ainda mais suas características. O segundo comando mostra que RMOD é um
modelo do tipo RES, ou resistor, e tem um fator de escala, R, de 1. O fator de escala é usado para ajustar o
valor declarado de qualquer resistor usando o modelo, RMOD . O terceiro comando usa 'RES RMOD(R)' no
lugar do nome da variável de fonte. Esse último comando provoca uma análise de varredura de para ser exe-
cutada no circuito variando todo~ os resistores empregando RMOD. A variável a ser varrida dentro da faixa
especificada é dada entre parênteses. Nesse caso, a variável de ajuste, R, deve ser varrida de 4 a 10 usando-se
um incremento de 2. A primeira análise de é executada com RL igual a 20 ohms; a segunda análise é execu-
tada com RL igual a 30 ohms; e assim por diante. A análise final é executada com RL igual a 50 ohms.
Veja Referência [2] para maiores informações sobre cada um desses comandos.
Iremos agora usar os comandos .MODEL e .PROBE para gerar um gráfico no contexto de um pro-
blema de transferência máxima de potência.
Exemplo 5.19
Aplicaremos PSPICE na rede da Figura 5.25 para determinar o valor de RL necessário para obter transferência
máxima de potência e potência máxima dissipada pela carga. O programa PSPICE para esse problema é
MAXIMUM POWER TRANSFER EXERCI SE 2
Vl 1 o DC 1 2
I1 2 o DC 2
Rl 1 2 2
R2 2 o 2
R3 2 3 2
RL 3 o RMOD 1
. MODEL RMOD RES (R= l )
.DC RES RMOD (R) 1 10 1
. PROBE
.END
Para determinar o valor de RL para o qual a transferência máxima de potência é alcançada, o valor
de RL será aumentado de 1 ohm até 10 ohms em incrementos de 1 ohm. Isto é realizado com os seguintes co-
mandos:
RL 3 O RMOD 1
. MODEL RMOD RES (R=l)
.DC RES RMOD (R) 1 10 1
O resistor, Rv é declarado para usar o modelo, RMOD, e ter um valor de 1 ohm. O comando
.MODEL declara o modelo, RMOD , ser do tipo RES com um fator de escala de 1 (R = 1). O comando .DC
executa uma série de análises de no circuito, aumentando o valor de escala, R, de 1 a 10 em incrementos de 1
para cada análise. Uma vez que a resistência efetiva de RL é o valor de RL (l ohm) multiplicado pelo fator de
escala, R, a resistência efetiva de RL muda de 1 ohm para 10 ohms em incrementos de 1 ohm para cada aná-
lise. •
20 20
12V 20 2A
Os resultados são representados traçando um gráfico do valor da potência dissipada por RL como
uma função do valor efetivo de RL. No PSPICE, o programa Probe é executado ao término de toda análise de .
~ tela apresenta um gráfico acima da linha de menu. A opção 'Add_trace' aparece em realce. Pressione
Enter' • Digite 'I(RL)*V(3) ' e pressione a tecla 'Enter' como resposta da 'Enter variables or expressions'
206 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 5
prompt. A curva da potência absorvida por Rv corrente através de RL multiplicada pela tensão sobre Rv
aparece na tela. O ponto de potência máxima pode então ser obtido a partir da curva. Ele acontece em R igual
a 3. Uma vez que o valor inicial de Ri é 1 ohm, o valor de RL para a transferência máxima de potência é 1
ohm multiplicado por um fator de escala de 3. Logo, transferência máxima de potência ocorre em RL igual a
3 ohms, como mostrado na Figura 5.26. Uma cópia impressa pode ser obtida usando-se as setas até que a
opção 'Hardcopy' apareça em realce. Pressione 'Enter'. O usuário pode então sair do programa, selecionan-
do a opção 'Exit' do menu do "?esmo modo descrito acima.
1,4 w + - - - - + - - - + - - - - + - - - - , 1 - - - - - + - - - - - + - - - - + - - - - + - - - +
..···· ··
1,3W
~ 1,2W
C",
;:;;:-
l 1,1 W
&
8
1,0W·
0,9 W + - - - - - + - - - - t - - - - + - - - - - ; i - - - - - t - - - - + - - - - + - - - - - + - - - +
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fator de escala R
Figura 5.26 Curva de transferência de potência para a rede do Exemplo 5.19.
A sensibilidade da tensão Vout em relação ao resistor R 2 é expressa como a seguinte função derivada:
dVout = ___!!:__[(Vw)(R2)] = (Vin)(R,)
dR 2 dR 2 R2 +R, (R 2 +R,)2
R,
+
v in
+
Ri V..,,
Exemplo 5.20
U e P PICE para calcular a sensibilidade da tensão de saída para cada um dos elementos do circuito para o
ci uito da Figura 5.28a. Use R 1 = 1 kQ, R 2 = 500 Q, R 3 = 500 Q, R4 = 10 kQ e Vin = 1 V.
O .circuito equivalente marcado para o PSPICE está mostrado na Figura 5.28b. Usando esse circuito
equivalente, foi feita a análise PSPICE, e os seguintes resultados são obtidos:
· 208 Análise de Circuitos em Engenha ria Cap. 5
Rz R,
R.
-=
R,
(a)
+ +
V- -A (v -) voul
-=
(b)
Figura 5.28 Circuitos usados no Exemplo 5.19.
Se for necessário fazer um ajuste fino da tensão de saída, note que R é o melhor
resistor a fim d
ajustar para se estabelecer a tensão de saída. Isto é verdade desde que a tensão 4
de saída seja o menos sensível
possível a tal componente.
•
5.4 Resumo
Apresentamos neste capítulo certo número de ferramentas poderos as que têm
ampla aplicação na análi se d
circuitos . Especificamente falando, introduzimos o princípio da superposição,
que está baseado na linearid a~
de e nos permite tratar cada fonte independentemente e então sornar algebric
amente a resposta devida a cad
uma delas para determinar a resposta total. Também mostramos que a transfor
mação de fonte e os teoremàS
de Thévenin e Norton nos permitem freqüentemente simplificar a análise de
circuito pela resolução de um
série de problemas simples em vez de um mais complicado. O conceito de transferê
ncia máxima de potência
de uma rede para uma carga resistiva foi apresentado.
Cap. 5 Técnicas adicionais de análise 209
pontos-Chave
• Em uma rede linear contendo múltiplas fontes
indep enden tes, o princ ípio da superposição nos
permite calcu lar qualq uer corrente ou tensão da rede
como a soma algébrica das contribuições
individuais de cada fonte agindo individualmente.
• Super posiç ão é uma propriedade linear e não se
aplica a funções não-lineares tais como a de po-
tência elétrica.
• A transformação de fonte nos permite trocar uma
fonte de tensão V em série com o resist or R por
uma fonte de corrente I = VIR em paralelo com o
resist or R. O inver so é també m verdade.
• Usando-se o teorem a de Thévenin, podem os subst
ituir parte de uma rede por uma fonte de ten-
são V0 e em série com um resist or RTh. V e é a tensão
do circuito aberto nos terminais e RTh é a
resistência equivalente de Théve nin obtid0a exam inand
o-se os terminais com todas as fontes in-
dependentes feitas zero.
• Usando-se o teorema de Norton, podemos subst
ituir parte de uma rede por uma fonte de corrente
I se em parale lo com um resist or RTh· Isc é a
corrente de curto-circuito nos terminais e RTh é a
resist ência equiv alente de Thévenin.
• Trans ferên cia máxim a de potência pode ser alcan
çada, seleci onand o-se a carga RL para ser igual
a RTh exam inand o-se os terminais da carga.
• A sensibilidade de X em relação a Y nos diz como
variações em Y afetam X.
Problemas
5.1 Determine 10 na rede da Figura P5 .1. Use linearidade
e assum a que lo= 1 A.
2Q 3Q SQ
lQ
4Q 4Q
Figura PS.1
5.2 Determine VO na rede da Figura P5.2. Use linearidade
e assuma que V = 1 V.
0
SQ 2Q 2Q +
4Q 6Q 2Q
Figura PS.2
5,3 Determine lo no circuito da Figura P5.3. Use linear
idade e assuma que lo = 1 A.
2Q 6Q 3Q
JOQ 4Q t 6A 6Q
1.
Figura PS.3
210 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 5
5.4 Assuma que 10 = 1 A e use linearidade para determinar o valor real de 10 na Figura P5.4.
sn 2n 6Q
12A
6Q
lo
·24n 3Q
Figura P5.4
5.5 Utilize o princípio da superposição para determinar V0 na Figura P5.5.
36V
2n 12A 6Q sn v.
Figura P5.5
5.6 Utilize o princípio da superposição para determinar 10 na rede da Figura P5.6.
+
6Q 30V
lOA
---{-1---... 6Q
6Q 6Q
Figura P5.6
5.7 Utilize o princípio da superposição para determinar V0 na rede da Figura P5.7.
6Q
t 6A
12V
+ 6Q
+
6Q 6Q
Figura P5.7
Cap. 5 Técnicas adicionais de análise 211
6!1 t 3A
6Q
6 n
6Q
12A
Figura PS.a
5.9 Utilize o princípio da superposição para determinar 1 na rede da Figura P5.9.
-
0
12 A
4 n 6Q
lo
12 Q 32 V 12 Q
+
Figura P5.9
5.10 Utilize o princípio da superposição para determinar V na rede da Figura P5
0 .10.
6Q 6!1
+ 6A
12 V
60
+
6Q 6 n
Figura PS.1 O
Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 5
212
40
6A
12 o
48 V
60 +
12n 40
Figura P5.11
io da superposição.
5.12 Determinar 10 e V 0 na rede da Figura P5 .12 utilizando o princíp
+
60 18V 60
6 o 12 o
+
+
6o 24 V 40 v.
Figura P5.12
da Figura P5.13 .
5.13 Utilize o princípio da superposição para determinar V0 na rede
+
60 12 A 2 o
12 o +
+
24 V
40 6 o Vº
Figura P5.13
Cap. 5 Técnicas adicionais de análise 213
60
+
Figura PS.14
5.15 Utilizando o princípio da superposição, ache uma expressão para a tensão de saída v 0 no circuito mostrado na Fi-
gura P5.15.
Figura PS.15
5.16 Efetue uma transformação de fonte para determinar 10 na rede da Figura P5.16.
+
40 40
14 V
2o 12 V
6A + 120
4V lo
+
Figura PS.16
5.17 Efetue uma transformação de fonte para determinar 10 na rede da Figura P5.17.
20 40
+
120 t 3A + 6A 12 V
Figura PS.17
214 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 5
5.18 Efetue uma transformação de fonte para determinar 10 na rede da Figura P5.18.
20V
lQ
6A 2Q
Figura P5.18
5.19 Efetue uma transformação de fonte para determinar 10 no circuito da Figura P5.19.
9Q 2n
Figura P5.19
5.20 Efetue uma transformação de fonte para determinar V0 na rede da Figura P5.20.
2Q
+ +
2Q Vo 3Q lOV
12 Q
4Q
Figura P5.20
5.21 Efetue uma transformação de fonte para determinar 10 na rede da Figura P5.21.
12 V
6Q +
lA
3Q 12 n 6Q
Figura P5.21
5.22 Efetue uma transformação de fonte para determinar 10 na rede da Figura P5.22.
+ lQ 2Q
4V
12Q
4A t 6Q lV i 2A lQ
Figura P5.22
Cap. 5 Técnicas adicionais de análise 215
.z
5 3
Efetue uma transformação de fonte para determinar / na rede da Figura P5.23.
0
4Q
4Q
+
12 V
JQ 2A 3Q 4A
Figura P5.23
5.24 Utilize o teorema de Thévenin para determinar V na rede da Figura P5.24.
0
+
12V
lQ 12n
3Q t 3A 4Q 4Q
Figura P5.24
5.ZS Utilize o teorema de Thévenin para determinar V na rede da Figura P5.25.
0
+
12 V
60
6Q 12 n 30 6Q
Figura P5.25
5.2 Determine V0 na rede da Figura P5.26 utilizando o teorema de Thévenin.
4Q 3Q 4Q
2n 6A 120 l2Q 48 V
Figura P5.26
216 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 5
1n
2n 2n
1n
4A
Figura P5.27
5.28 Utilize o teorema de Thévenin para determinar 10 no circuito da Figura P5.28.
12A 6n
12 n
4 n
12 n 4 n
Figura P5.28
5.29 Utilize o teorema de Thévenin para determinar 10 no circuito da Figura P5.29.
6 n 6 n
4 n
6n
+
12 V t 12A
Figura P5.29
5.30 Resolva o Problema 5.8 utilizando o teorema de Thévenin.
5.31 Resolva o Problema 5.6 utilizando o teorema de Thévenin.
Cap. 5 Técnicas adicionais de análise 2 17
12n
12n 12n
12 n
12n t 12A
Figura PS.32
S.33 Utilize o teorema de Thévenin para determinar 1 no circuito da Figura P5.33.
0
. 6Q
6A
t ..
3Q
yy
lo
12n
: 2n ~6n
Figura PS.33
5.34 Utilize o teorema de Thévenin para determinar / no circuito da Figura P5 .34 .
0
+
6n 15 V
12 n 4Q
6Q 3Q
Figura PS.34
218 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 5
120
12 n
120
Figura PS.35
5.36 Aplicando o teorema de Thévenin repetidas vezes, determine V0 na rede da Figura PS.36.
1n
Figura PS.36
5.37 Aplicando o teorema de Thévenin repetidas vezes, determine V0 na rede da Figura PS.37.
40 2n In v.
Figura PS.37
5.38 Aplique o teorema de Thévenin para determinar V0 no circuito da Figura PS.38.
12 V
+
+
1n VA 2!1 1 !1
Figura PS.38
5.39 Utilize o teorema de Thévenin para calcular a corrente em Ri na Figura PS.39.
12 V
40 4 n
-=
Figura PS.39
Cap. 5 Técnica s adicionais de análise 219
4 !1 Hl 4 !1
+
12 V V, 2 !1 24 V
Figura PS.40
5.41 Utilize o teorema de Thévenin para determinar V na rede da Figura
0 P5.41 .
Hl
3 !1 2 !1 +
+
l2Y 6 !1 t l A
+
Figura PS.41
5.42 Utilize o teorema de Thévenin para determinar V na rede da Figura
0 P5.42.
+ 2 !1 +
12 V
+
2 !1 2n
Figura PS.42
5.43 Utilize o teorema de Thévenin para determinar V na rede da Figura
0 P5.43.
'1
Figura PS.43
5.44 Utilize o teorema de Thévenin para determinar V na rede da Figura
0 P5.44.
Figura PS.44
: li
1 1
220 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 5
lQ 10. +
+
12 V v, 20. lQ
Figura PS.45
5.46 Utilize o teorema de Thévenin para determinar V0 na rede da Figura P5.46.
12 V
+
10. +
H1 2A u, lQ
Figura PS.46
5.47 Utilize o teorema de Norton para determinar 10 na rede da Figura P5.47.
40. 40
4Q i 12A t 4A 40
Figura PS.47
5.48 Utilize o teorema de Norton para determinar I na rede da Figura P5 .48.
40 20
Figura PS.48
5.49 Aplique o teorema de Norton para determinar 10 na rede da Figura P5.49.
12 0 60
24 V 4A 40 4Q 36 V
Figura PS.49
Cap. 5 Técnicas adicionais de análise 221
8Q 6Q 2Q t 4A 80
Figura P5.50
5.51 Utilize o teorema de Norton para determinar 10 na rede da Figura PS .5 1.
40 12 O
+
12 V 2A i 60 24 V
Figura P5.51
5.52 Utilize o teorema de Norton para determinar 10 na rede da Figura PS.52.
t 12 A 60
6Q •
6Q
:,_ 60 :,_ 60
Figura P5.52
5.53 Utilize o teorema de Norton para determinar 10 na rede da Figura PS.53.
4Q 8Q
+
12 O
24 V l2Q
6Q
Figura PS.53
222 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 5
+ V, -
1 n 2n A
1n
2n 4 n
2 V,
+
B
Figura PS.55
5.56 Encontre o equivalente de Thévenin na rede da Figura P5.56 nos terminais A-B utilizando uma fonte de corrente de 1
mA.
2 lffi
4Kn A B
+
V,
2000 t V,
Figura PS.56
5.57 Repita o Problema 5.56 utilizando uma fonte de tensão 1 V.
5.58 Determine o valor de Ri na Figura P5.58 para uma transferência máxima de potência.
3n 2n 3n
12 V 60
Figura PS.58
5.59 No circuito da Figura P5.59, determine Ri para obter uma transferência máxima de potência e transferir uma po-
tência máxima a Ri.
2 n + 2 n
12 V
1n 6 n
2A
Figura PS.59
...
--
s.60
Cap. 5 Técnicas adicionais de análise
Determine o valor de Ri na Figura P5 .60 de modo tal que haja uma transferência máxima de potência para a carga
223
de 6 Q .
2.n
24 V 6Q
Figura PS.60
.61 Determine o valor de RL no Problema 5.39 para obter uma transferência máxima de potência .
.62 Dado o circuito linear da Figura P5.62, é sabido que, quando uma carga de 2 Q é conectada aos terminais A-B, a cor-
rente da carga é 1OA. Se uma carga de 10 Q for conectada aos terminais, a corrente da carga é de 6 A. Determine a
corrente em uma carga de 20 Q.
Circuito
linear
B
Figura PS.62
5.63 Se uma carga de 8 Q for conectada aos terminais da rede da Figura P5.63, VAB = 16 V. Se uma carga de 2 Q forco-
nectada aos terminais, VAB = 8 V. Determine VAB caso uma carga de 20 Q seja conectada aos terminais.
A
Rede
linear
B
Figura PS.63
5.64 Dada a rede da Figura P5.64, utilize o comando MODEL e PSPICE para variar o resistor RL de 4 Q para 6 Q em
incrementos de O, 1 Q e mostrar graficamente a potência dissipada por R L como uma função do parâmetro modelo R.
Qual é o valor de RL para uma transferência máxima de potência?
4Q 2.n
6Q
1
Figura PS.64
5.65 Para a rede mostrada na Figura P5.65, calcule a sensibilidade da tensão de saída para todos os resistores da rede e
verifique os cálculos feitos com o PSPICE.
R2 = 3Q
R, = 2 Q V0
Figura PS.65
224 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 5
5.66 Utilize o PSPICE para calcular as sensibilidades de V0 em relação a todos os parâmetros da rede da Figura P5.66.
R,=20
+ +
R4 =20. Vx
2Vx
Figura P5.66
5.67 Calcule todas as sensibilidades de V0 para a rede da Figura P5.67 e verifique os resultados com o PSPICE. (Utilize
A = 10 5 para o modelo do amp-op.)
R2 =10kn
RI =5000
+
V;n = 1 V
=
_i _i
= = =
Figura P5.67
5.68 Utilize o PSPICE para calcular todas as sensibilidades de V0 na rede da Figura P5.68.
R 5 = lOkO _i
=Figura P5.68
= =
!!b
MAI(RON
CAPÍTULO
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Capacitância e Indutância
6.1 Capacitores
Um capac itar é um comp onen te que consiste de
duas superfícies condutoras separadas por um
condutor ou dielétrico. Um capac itor simplifica mate rial não-
do e seu símbolo elétrico são mostrados na Figur
Existem muitos tipos diferentes de capacitores, a 6.1.
e eles são classificados pelo tipo de material dielét
co que é usado entre suas placas condutoras. Apes ri-
ar de qualquer isolante de boa qualidade servir
létrico , cada tipo possui características que o como um die-
fazem mais recomendável para determinadas
aplicações em circuitos eletrônicos (por exemplo, aplicações. Para
acoplamento entre os estágios de amplificação),
dielétrico pode ser ar, vácuo , papel impregnado o material
com óleo ou cera, Mylar, isopor, mica, vidro ou
cerâmica .
. dq
I= dJ
r
v(t) q(t)
+
e
Dielétrico
1
(a) (b)
Figura 6.1 Capacitor e o seu símbolo elétrico.
225
226 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 6
Capacitores cerâmicos dielétricos feitos de titanatos de bário possuem uma ampla razão capacitân-
cia-por-volume por causa de sua alta constante dielétrica. Capacitores dielétricos de mica, vidro e cerârnic
operam satisfatoriamente a altas freqüências.
Capacitores de alumínio eletrolítico, que consistem de um par de placas de alumínio separadas p r
uma pasta eletrolítica besuntada de bórax, podem atingir altos valores de capacitância em volumes reduzido .
Esses capacitores servem tipicamente para filtragem, 'by-pass' e acoplamento para fornecimento de energia
e aplicações de ignição de motores. Capacitores eletrolíticos de tântalo têm poucas perdas e possuem caracte-
rísticas mais estáveis que os de alumínio eletrolítico.
Além desses capacitores, que deliberadamente inserimos em um circuito para aplicações especí-
ficas, a capacitância parasita está presente sempre que houver uma diferença de potencial entre dois materiais
condutores separados por um dielétrico. Pelo fato de a capacitância parasita poder causar acoplamento inde-
sejado entre circuitos, um extremo cuidado deve ser tomado na disposição dos sistemas eletrônicos em pla-
cas de circuitos impressos.
Se uma fonte for conectada ao capacitor, cargas positivas serão transferidas para uma placa e nega-
tivas para outra. A carga no capacitor é proporcional à tensão sobre ele tal que
q = Cv (6. 1
onde C é o fator de proporcionalidade conhecido como capacitância do elemento em coulombs por volt ou
farads (F). A unidade "farad" é assim chamada em homenagem a Michael Faraday, um famoso físico inglês.
A carga diferencial entre as placas cria um campo elétrico que armazena energia. Devido à presen-
ça do dielétrico, a corrente de condução que flui nos condutores que conectam o capacitor ao restante do cir-
cuito não pode fluir internamente entre as placas. No entanto, via teoria eletromagnética, pode ser mostrado
que essa corrente de condução é igual à corrente de deslocamento que flui entre as placas do capacitor e está
presente sempre que um campo elétrico ou tensão varia com o tempo.
Nosso interesse primário está nas características terminais corrente-tensão do capacitor. Já que a
corrente é
. dq
1=-
dt
então, para o capacitor,
. d
1 =-Cv
dt
que para uma capacitância constante é
dv
i = c-
dt
(6.2)
onde v(t) indica a dependência do tempo da tensão. A Equação 6.3 pode ser expressa como duas integrais, de
modo que
A energia armazenada em um capacitor pode ser derivada da potência que é fornecida a ele. Essa
potência é dada pela expressão
dv(t)
p(t) = v(t)i(t) = Cv(t) - - (6.5)
dt
e. dessa forma, a energia armazenada no campo elétrico é
wc(t) ·= f ' -
00
dv(x)
Cv(x)-d- dx
x
= C f'-oo
dv(x)
v(x)-- dx
dx
joules
uma vez que v(t = - oo) = O. A expressão para a energia também pode ser escrita usando-se a Equação 6.1
como
l q 2 (t)
Wc(t) = l C (6.7)
As equações 6.6 e 6.7 representam a energia armazenada pelo capacitor que, por sua vez, é igual ao
trabalho realizado pela fonte para carregar o capacitor.
A polaridade da tensão sobre um capacitor sendo carregado é mostrada na Figura 6.lb. No caso
ideal, o capacitor manterá a carga por um tempo indefinido de tempo se a fonte for removida. Se, algum tem-
po depois, um componente dissipador de energia (por exemplo, uma luz de flash) for conectada sobre o capa-
citar, uma descarga de corrente fluirá do capacitor, e o capacitor fornecerá a energia armazenada à carga.
Apesar de podermos modelar o capacitor como um componente ideal, na prática um capacitar se
descarrega via resistências em paralelo que fornecem um caminho de condução entre as placas. É através
dessa resistência paralela que o capacitor realístico se descarrega vagarosamente.
Capacitores podem ser fixos ou variáveis e tipicamente variam de milhares de microfarads (µF) até
alguns poucos picofarads (pF). Podemos empregá-los em variadas situações para obter características especí-
ficas de desempenho em um circuito. Infelizmente, eles também podem deteriorar o comportamento do cir-
cuito quando estão inerentemente presentes na forma de capacitância parasita, que pode ocorrer entre
quaisquer duas superfícies de um circuito.
Exemplo 6.1
Se a carga acumulada em dois condutores paralelos carregados de 12 V é de 600 pC, qual é a capacitância
dos condutores paralelos?
Usando-se a Equação 6.1, achamos que
Q (600)(10- 12 )
C = - = - - - - = 50 pF
V 12 l!l!II
Exemplo 6.2
Dado um capacitor que está inicialmente descarregado, determine a tensão sobre o capacitor como uma fun-
ção do tempo caso esteja sujeito ao pulso mostrado na Figura 6.2a.
Utilizando a Equação 6.4 e o fato de que v(t 0 ) = v(O) = O, temos
i(t)
v(r~
e --.. . . •· ····:· ·················
~.. .. . '
T
(b)
Figura 6.2 Forma de onda da tensão e corrente para um capacitar inicialmente descarregado.
Quando a corrente não está mais fluindo, a tensão não muda. Portanto, a forma de onda da tensão é
a mostrada na Figura 6.2b. •
Exemplo 6.3
A tensão sobre um capacitar de 5 µF tem a forma de onda mostrada na Figura 6.3a. Determine a forma de
onda da corrente.
Note que
24
v(t) = t O :S t :S 6 ms
6 x10- 3
= - 24 3 t + 96 6 :S t :S 8 ms
2 x10-
=O 8ms:St
v (t)
24 V - - - - - ..--::·r.
1 •.
(a)
i(t) = e dv(t)
dt
= 5 X 10- 6 (4 X 10 3 ) 0:St:S6ms
= 20mA O :S t :S 6 ms
Cap. 6 Capacitância e indutância 229
e
i(t) =o 8 ms :5 t
Portanto, a forma de onda da corrente é mostrada na Figura 6.3b e i(t) = O para t > 8 ms. •
Exemplo 6.4
Detennine a energia armazenada no campo elétrico do capacitor no Exemplo 6.3 no instante t = 6 ms.
Utilizando a Equação 6.6, tem-se
w(t) = ½Cv 2 (t)
No instante t = 6 ms,
w(6ms) = ½(5 X 10- 6
)(24) 2
= 1440 µJ
•
As equações e exemplos anteriores ilustram um número de características ressaltantes do capaci-
tor. m capacitor ideal somente armazena energia; ele não a dissipa como um resistor. Se a tensão sobre um
pacitor é constante (ou seja, não variando no tempo), a corrente sobre ele é zero e, portanto, para corrente
onlfnua, um capacitor se parece com um circuito aberto. Apesar de a corrente do capacitor ser zero, o capa-
citor pode ainda armazenar uma quantidade infinita de energia. Um salto instantâneo na tensão sobre o capa-
cit r não é fisicamente realizável, porque isso requer o movimento de uma quantidade finita de carga em
tempo zero, que é uma corrente infinita.
Exerclclos
E6.1 Um capacitar de 10 µF tem uma carga acumulada de 500 nC. Determine a tensão sobre o capacitar.
Resp.: 0,05 V.
E6.2 A tensão sobre um capacitar de 4 µFé mostrada na Figura E6.2. Determine a forma de onda para a cor-
rente do capacitar.
v(t) (V)
o 2 4 6 t(ms)
Figura E6.2
Resp.:
í(t)(µA)
16 ··:
o :2 4
t(ms)
-8 '••············
E6.3 Calcule a energia armazenada no campo elétrico do capacitar do Exercício E6.2 no instante t = 2 ms.
Resp.: W = 32 pJ.
230 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 6
6.2 Indutores
Indutor é um componente de circuito que consiste de um fio condutor normalmente em forma de uma bobi-
na. Dois indutores típicos e seus respectivos símbolos elétricos são mostrados na Figura 6.4. Indutores são
normalmente classificados pelo tipo de material contido em seu interior nos quais a bobina é enrolada. Por
exemplo, o material central pode ser ar ou qualquer material não-rnagnético, ferro ou ferrite. Indutores feitos
com ar ou material não-magnético são amplamente usados em rádios , televisores e circuitos de filtragem. In-
dutores com núcleo de ferro são utilizados em filtros e fornecimento de energia elétrica. Indutores com nú-
cleo de ferrite são amplamente usados em aplicações de alta freqüência. Note que, ao contrário do interior
magnético que restringe o fluxo, como mostrado na Figura 6.4b, as linhas do fluxo para indutores não-mag-
néticos vão além do próprio indutor, como ilustrado na Figura 6.4a. Tal como a capacitância parasita, a indu-
tância parasita pode resultar de qualquer elemento conduzindo corrente envolto por conexões de fluxo.
(a) (b)
i(t)
v(t) L
(e)
Figura 6.4 Dois indutores e seus respectivos símbolos elétricos.
De um ponto de vista histórico, desenvolvimentos que conduziram ao modelo matemático que usa-
mos para representar o indutor são como se segue. Foi primeiramente mostrado que um condutor conduzindo
corrente produziria um campo magnético. Mais tarde foi descoberto que o campo magnético e a corrente que
o produziu eram linearmente relacionados. Finalmente, foi mostrado que um campo magnético variante produ-
zia uma tensão que era proporcional à taxa de mudança da corrente que produzia o campo magnético; isto é,
di(t)
v(t) = Ldt- (6.8)
A potência fornecida ao indutor pode ser usada para derivar a energia armazenada nele. Tal po-
tência é igual a
p(t) = v(t)i(t)
= [L d:~)}(t) (6.11)
O indutor, tal como o resistor e o capacitor, é um elemento passivo. A polaridade da tensão sobre o
indutor é mostrada na Figura 6.4.
Como o capacitor, o indutor é um elemento que pode ser usado para se armazenar energia. No en-
tanto, um indutor prático não pode armazenar energia tão bem quanto um capacitor prático. O indutor sempre
tem alguma resistência no enrolamento da bobina, que dissipa energia rapidamente.
Indutores práticos variam tipicamente de uns poucos microhenrys até dezenas de henrys. De um
ponto de vista de projeto de circuito, é importante notar que indutores não podem ser facilmente fabricados
em uma placa de circuito integrado e, portanto, projetos de circuitos integrados empregam somente recursos
eletrônicos ativos, resistores e capacitores, que podem ser facilmente fabricados na forma de microcircuitos.
Exemplo 6.5
A corrente em um indutor de 10 mH tem a forma de onda mostrada na Figura 6.5a. Determine a forma de
onda da tensão.
Usando a Equação (6.8) e notando que
20xl0- 3 t
i(t) = 0:5t:52ms
2 x10- 3
-20 X 10- 3 t 3
i(t) = + 40 X 10- 2:5t:54ms
2 x10- 3
e
i(t) =o 4ms :s; t
i(t) (mA)
20 . , •·~ · -.
2 4 t(ms)
(a)
v(t) (mV)
100
-100
(b)
Exemplo 6.6
•
A corrente em um indutor de 2 mH é
i(t) = 2 sen 377t A
Determine a tensão sobre o indutor e a energia armazenada no indutor.
A partir da Equação 6.8, tem-se
di(t)
v(t) = L-
dt
= (2 x 10 - d 3
(2 sen 377t)) -
dt
= 1,508 cos 377t V
e da Equação 6.12,
wi(t) = ½Li 2
(t)
= ½(2 X 10- 3 )(2 sen 377t) 2
= O,004 sen 2
377t J
O material anterior ilustra um número de característica s importantes do indutor. Um indutor ideal •
somente armazena energia; ele não dissipa energia alguma. Como já mencionado, este não é o caso para in-
dutores fisicamente realizáveis. Uma bobina física possui uma resistência de enrolamento não-desprezí vel e
pode ser modelada como um resistor em série com um indutor ideal. Geralmente, quando falamos de um in-
dutor, estamos nos referindo ao elemento ideal, sem perdas.
Da Equação 6.8 notamos que, se a corrente for constante, a tensão sobre um indutor será zero.
Dessa forma, para corrente contínua, o indutor se parece com um curto-circuit o. A equação também indica
que uma mudança instantânea na corrente implicaria uma tensão infinita. Logo, não é possível mudar a cor-
rente em um indutor instantaneam ente.
Exercícios
E6.4 A corrente em um indutor de 5 mH tem a forma de onda mostrada na Figura E6.4. Calcule a forma de
onda da tensão no indutor.
i(t)(mA)
20 - - - - .•.
... 1
.-' 1
. .
10 - ;:_ - ~ - - - ...: .,. . . . ....... 1
Figura E6.4
--· Resp.:
Cap. 6 Capacitância e indutância 233
u(t) (mV)
100 · · ..... ••,
o :1 3
t(ms)
-50
E6.5 Calcule a energia armazenada no campo magnético do indutor do Exercício E6.4 no tempo t = 1,5 ms.
Resp.: W = 562,5 nJ.
Capacltores em Série
e um número de capacitores está conectado em série, sua capacitância equivalente pode ser calculada usan-
do- e a LKT. Considere o circuito mostrado na Figura 6.6a. Para esse circuito
(6.13)
porém
V(t) v(t)
ií
vJ_t)
- (+
1--0-------lt---------------
CN lil
Figura 6.6 Circuito equivalente para N capacitores conectados em série. IJ
1
Portanto, a Equação 6.13 pode ser escrita como se segue usando-se a Equação 6.14:
v(t) (
N 1)
= ~ C; Jto i(t) dt +~V; (t
1 N
0) (6.15)
onde
N
v(t 0 ) = ,LV;(t0 )
i=l
__!__ =
C,
f
i=l
__!__ = __!__ +-1- +··· +-1-
C; C1 C2 CN
(6.17)
Além disso, o circuito da Figura 6.6b é equivalente ao mostrado na Figura 6.6a sob as condições
d critas acima.
234 Andlise de Circuitos em Engenharia Cap. 6
É importante notar que, uma vez que a mesma corrente flui em cada um dos capacitores da série,
cada capacitor ganha a mesma carga no mesmo período. A tensão sobre cada capacitor dependerá da carga e
da capacitância do componente.
Exemplo 6.7
Determine a capacitância equivalente e a tensão inicial para o circuito mostrado na Figura 6.7. Note que
esses capacitores devem estar c&rregados antes de serem conectados em série ou a carga de cada um seria
igual e as tensões estariam na mesma direção.
V(I)
+
lV
Figura 6.7 Circuito contendo múltiplos capacitores com tensões iniciais.
A capacitância equivalente é
l 1 1 1
-=-+-+-
Cs 2 3 6
onde todos os valores das capacitâncias estão em microfarads.
Portanto, Cs = 1 µF e, como visto anteriormente na figura, v(t0 ) = - 3 V. Note que a energia total
armazenada no circuito é
w(t 0 ) = ½(2 xl0- 6 (2) 2 +3 xl0- 6 (-4) 2 +6 xl0- 6 (-1) 2 ]
= 31µ1
No entanto, a energia recuperável nos terminais é
wcCto) = ½C s v 2
(t)
= ½[l X 10 - 6 ( - 3) 2 ]
= 4,5 µJ •
Exemplo 6.8
Dois capacitores previamente descarregados estão conectados em sene e são posteriormente carregados
através de uma fonte de 12 V. Um capacitor é de 30 µF e o outro é desconhecido. Se a tensão sobre o capaci-
tor de 30 µF é de 8 V, encontre a capacitância do capacitor desconhecido.
A carga no capacitor de 30 µF é
Q = CV = (30 µF)(8 V) = 240 µC
Já que a mesma corrente flui em cada um dos capacitores em série, cada capacitor ganha a mesma
carga no mesmo período.
Q 240 µC
C = - = - - = 60 µF
V 4V
•
Capacitores em Paralelo
Para se determinar a capacitância equivalente de N capacitores conectados em paralelo, empregamos a LKC.
Como pode ser visto da Figura 6.8a,
Cap. 6 Capacitância e indutância 235
= (f c;)
i=I
dv
dt
dv(t)
= CPdt (6.19)
ond
(6.20)
i(t)
+
ii(t) i,(t)
S(<l - - - - - -1(,1
----110---c,_____c_,____e_, - - - - -
,r--vv(t-) J e,
(a)
i(t)
v(t)
(b)
Figura 6.8 Circuitos equivalentes para N capacitores conectados em paralelo.
Exemplo 6.9
Delennine a capacitância equivalente nos terminais A-B do circuito mostrado na Figura 6.9.
Cp = 4 µF + 6 µF + 2 µF + 3 µF
= I5µF •
Exercícios
E6.6 Dois capacitores foram conectados como mostrado na Figura E6.6. Determine o valor de C 1.
236 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 6
24 V
6 V+
Iº 12 µF
Figura E6.6
Resp.: C 1 = 4 µF.
E6.7 Calcule a capacitância equivalente da rede da Figura E6.7.
+1
3µF
~( 2µF+ 4pF
e," ~- T2µF
3 µF
~1--(_________,_ I
12µF
Figura E6.7
Resp.: Ceq = 1,5 µF.
E6.8 Calcule a capacitância equivalente da rede da Figura E6.8 caso todos os capacitores sejam de 4 µF.
º,_____.. .__1-1-1
~
Figura E6.8
- -'i _ __
Resp.: Ceq = 32/3 µF.
l,(_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _~ -- • - ; -- ,- , . . , . . . . . . _ _ _ _ _ _
Indutores em Série
Se N indutores estão conectados em série, a indutância equivalente da combinação pode ser determinada
como se segue. Referindo à Figura 6.10a e usando a LKT, vemos que
(6.21)
e, portanto,
&00 &00 &00 &00
v(t) = L1 - - +L2 - - +L 3 --+···+L N - - (6.22)
dt dt dt dt
= (± L;)
i=I
di(t)
dt
di(t)
=Ls-- (6.23)
dt
--
ond
Cap. 6 Capacitância e indutância 237
Ls = _LL; (6.24)
i=l
i(t) +V,(t) _
+
v(t)
LN
J---U-----~' ---A._AJ"_ _ _ - - - - - - - - - - - -
VJt) +
(a)
i(t)
V(t)
(b)
Figura 6.1 O Circuito equivalente para N indutores conectados em série.
Exemplo 6.1 O
indutância equivalente do circuito mostrado na Figura 6.11 é
Ls = 1H+2H+4 H
= 7H
•
1H 2H
+
v(t)
4H
Indutores em Paralelo
Con idere o circuito mostrado na Figura 6.12a, que contém N indutores em paralelo. Usando a LKC, pode-
mo escrever
(6.25)
No entanto,
(6.26)
238 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 6
i(t)
+
i,(t) i2Ul i,(t) iJt)
v(t)
L, L,
(a)
i(t)
v(t)
(b)
Figura 6.12 Circuitos equivalentes para N indutores conectados em paralelo.
Substituindo essa expressão na Equação 6.25, tem-se
(6.2i }
Exemplo 6.11
Determine a indutância equivalente e a corrente inicial para o circuito mostrado na Figura 6.13.
A indutância equivalente é
1 1 1 1
- = -+-+-
Lp 12 6 4
onde todos os valores das indutâncias estão em milihenrys.
LP = 2mH
e a corrente inicial é i(t0) = - 1 A.
i(t)
•
+
3A 2A
6A
v(t)
Os resultados anteriores indicam que capacitores se combinam como condutâncias, enquanto indu-
se combinam como resistências.
239
exercfclos
E6.9 Calcule a indutância equivalente na rede da Figura E6.9 caso todos os indutores sejam de 4 mH.
Leq
Figura E6.9
Resp.: 4,4 mH.
E6.10 Determine a indutância equivalente na rede da Figura E6.10 caso todos os indutores sejam de 6 mH.
Leq
Figura E6.1 O
Resp.: 9,429 mH.
6.4 Resumo
Mai s dois elementos de circuito foram introduzidos neste capítulo: o capacitor e o indutor. Mostramos que,
ao contrário do resistor, ambos são capazes de armazenar energia, e as relações de energia desses elementos
foram especificadas. Ilustramos como calcular a capacitância equivalente quando os capacitores estão conec-
tados em série ou em paralelo e como determinar a indutância equivalente quando esses elementos estão in-
Lerconectados.
Pontos-Chave
• Capacitores e indutores são capazes de armazenar energia.
• Um capacitor se parece com um circuito aberto para corrente contínua.
• Um indutor se parece com um curto-circuito para corrente contínua.
• Quando se determina a capacitância equivalente de um número de capacitores interconectados,
capacitores em série se combinam como resistores em paralelo e capacitores em paralelo se com-
binam como resistores em série.
• Quando se determina a indutância equivalente de um número de indutores interconectados, indu-
tores se combinam como resistores tanto em série quanto em paralelo.
240 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 6
Problemas
6.1 Um capacitor descarregado de 100 µFé carregado por uma corrente constante de 1 mA. Ache a tensão sobre o capa.
citor depois de 4 segundos.
6.2 Um capacitar de 25 µF inicialmente carregado de - 10 V é carregado por uma corrente constante de 2,5 µA. Deter-
mine a tensão sobre o capacitar depois de 2,5 minutos.
6.3 A tensão sobre um capacitor de 100 µFé dada pela expressão v(t) = 120 sen 377t V. Determine (a) a corrente no ca-
pacitor e (b) a expressão para a energia armazenada nesse componente.
2
6.4 A energia que está armazenada em um capacitor de 25 µFé de w(t) = 12 sen 377t J. Determine a corrente no ca-
pacitor.
6.5 Dois capacitares estão conectados em série como mostrado na Figura P6.5.
+
y0 12 µF
24VI 6µF
Figura P6.5
Se os capacitares são então carregados e a tensão sobre o capacitar de 6 µFé de 24 V, determine a tensão sobre oca-
pacitor de 12 µF.
6.6 A tensão sobre um capacitor de 0,1 Fé dada pela forma de onda da Figura P6.6 . Determine a forma de onda para
corrente no capacitor.
v/ t)
+12 V
o 2 3 t(s)
-12 V
Figura P6.6
6.7 Desenhe a forma de onda para a corrente em um capacitor de 3 µF quando a tensão sobre o capacitar é dada como na
Figura P6. 7.
v(t) (V)
4
2 4 7 ··.9_,.·'io t(µs)
-1
Figura P6.7
Cap. 6 Capaci tiincia e indutiincia 241
10 ,,
.. 1
1
8 10 12
o
2 4 6··.
t (m s)
-10
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ :i ..
,.
Figura P6.8
6.9 Desenh e a forma de onda para a corrent e em um capacitor de
12µF quando a tensão sobre o capacit or é como descri-
to na Figura P6.9.
v(t) (V )
12 - - - - -.,
1 •.
1
10 16
·o 6 t(µs)
-8 ____ ____ _·. ·,I.. .
Figura P6.9
6.10 A tensão sobre um capacit or de 6 µF é dada pela forma de onda
da Fi gura P6 .1O. Desenh e a forma de onda para a
corrente no capacit or.
v(t) (V)
10 - - - - - - - - - - - - -
-10 - - - - - - - - - - - · · . ..
Figura P6.1 O
6.11 A corrent e fluindo através de um indutor de 100 mH é i(t) =
2 sen 377t A. Determ ine (a) a tensão sobre o indutor e
(b) a express ão para a energia armazenada no compon ente.
6.12 A energia armaze nada em um indutor de 50 mH é dada pela
express ão w(t) = 1,2 sen 2 377t I. Determ ine a tensão
sobre o indutor.
6.13 A corrent e em um indutor é dada pelas expressões
i(t) = o t < o
i(t) = 10(1 - e-1) mA t >O
Determ ine (a) a tensão sobre o indutor e (b) a express ão para
a energia armazenada nele.
6.14 Dada a informação do exercício anterio r, determine a tensão
sobre o indutor e a energia armazenada nele depois de
1 s.
6.15 A corrente
i(t) =o t < o
i (t) = lOOe-t!I O A t >o
flui através de um indutor de 150 mH. Determine a tensão sobre
o indutor e a energia armazenada nele após 5 s.
6.16 A corrent e em um indutor de 50 mH é especificada como se
segue:
i(t) =o o
t <
i(t) = 2te-4t A t>o
Determine (a) a tensão sobre o indutor, (b) o tempo em que a
corrente atinge o seu máxim o, e (c) o instante em que a
tensão é rrúnima .
242 Análi se de Circu itos em Engen haria Cap. 6
+5
2 4 6 8 t(ms)
Figura P6.17
6.18 A corren te em um indut or de 50 mH é dada
na Figur a P6 .18. Esboc e a tensão sobre o induto
r.
i(t) (mA)
100 --- --- --- --- -_.·,
4
o ...... 2-. ..·6 8 10 t (m s)
i (t) (A)
12 - - - - - - - - ., . .. .. t.
2 :1 1• 1l 12
--+ ---r ----......,_4-5
~ - - -9~ ~.-._.,..1_-..- ~ ~ - - t(m s)
- l2 1
••• 1 .. •
- 24
Figura P6.19
6.20 Desen he a forma de onda para a tensão sobre
um indut or de 1O mH quand o a corren te no indut
de onda mostr ada na Figur a P6 .20 . or é dada pela forma
i(t ) (A)
3 .6 ll
-1 t (s)
Figura P6.20
Cap. 6 Capacitância e indutância 243
0,12 ,•· .
- - + - - - - - - - - - - - - -.........~~~~~- t (ms)
.···o,s 1,0
Figura P6.21
6_22 Determine a tensão sobre cada um dos capacitore s caso a tensão no circuito aberto da
Figura P6.22 seja 30 V.
º-- -~ ~l 12µF
2 µ F I· I
0-----------T~
Figura P6.22
4µF
o-l(l------4)-1-I(
18µF
24µF
-r-~l
6µF
I4µF
O>------I. . . l
I
_8_{_'F_____ ____ J_. 12 µF
Figura P6.23
6.24 Dados quatro capacitores de 2 µF , determine os valores máximo e mínimo que podem ser
obtidos conectando-se os
capacitores em combinações em série e/ou em paralelo.
6.25 Determine o valor de C para produzir a capacitância total desejada de CT = 2 µF no
circuito da Figura P6.25.
O>------------,
lc
0 > - - -2µ
-F _ J , . _ _ _ ~ J 4 µ F
Figura P6.25
244 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 6
6.26 Determine o valor de C para produzir a capacitância total desejada de Cr = 1 µF no circuito da Figura P6.26 .
O>-lµF_J___J_2_µF---~r µF
Figura P6.26
lµF
6.27 Determine a capacitância total da rede da Figura P6.27.
4µF
0
-l(~F
7
c - 4µFTX
O>-----tl~i----
12 µF 4 µF
Figura P6.27
6.28 Determine a capacitância total da rede da Figura P6.28.
fT'if
ZµF T
L
JµFI e,. 8
1T 'if1_T'"F
tµF
L_I (
4µF
I 1(--t-ff-_J
2µF 4µF
Figura P6.28
6.29 Determine a capacitância total Cr da rede da Figura P6.29 .
1 µF
3µF
Sµ F
Figura P6.29
Cap. 6 Capacitância e indutância 245
3 µF
t
CT
T 6µF 3 1F T 4µF
y~6µF
Figura P6.30
6.31 Deten nine a capacitância equivalente nos terminais
A-B na Figura P6.3 1.
5µF 3µF
AO 1(
II2µF 1( -i
I6µF
Bo 1(
T 2µF l(__J 6µF
7 µ' 12µF
Figura P6.31
6.32 Determine Cr na rede da Figura P6.32 caso (a) a
chave esteja aberta e (b) a chave esteja fechada.
j 3µFA 6,,F Íj
Figura P6.32 1 _
3µ'
_X X~
6~ T-µ'
4 µF 2,uF
l ,uF
Figura P6.33
246 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 6
6.34 Na rede da Figura P6 .34, determine a capacitância Cycaso (a) a chave esteja aberta ou (b) a chave esteja fechada.
6µF
12µF
3 µF 12µF
Figura P6.34
6.35 Determine Ceq caso todos os capacitores da Figura P6.35 sejam de 6 µF.
Figura P6.35
6.36 Dois capacitores C 1 e C2 estão conectados em série. Se a tensão sobre a combinação é v 0 (t), mostre que a divisão de
tensão entre os capacitores é
Figura P6.37
6.38 Caso a corrente fluindo no circuito da Figura P6.37 seja de 7 A, determine a corrente passando através de cada indutor.
6.39 Dada a rede mostrada na Figura P6.39, determine
(a) A indutância equivalente nos terminais A-B com os terminais C-D curto-circuitados.
(b) A indutância equivalente nos terminais C-D com os terminais A-Bem aberto.
Cap. 6 Capacitância e indutância 247
12 H
,-----'1---o D
2H
Figura PS.39
6.40 Determine a indutância total nos tenninais da rede da Figura P6.40.
Figura PS.40
6.41 Determine a indutância Lr para a rede da Figura P6.41.
6H
2H lH
3H
Figura PS.41
6. 2 Determine a indutância Lr para a rede da Figura P6.42 (a) com a chave aberta e (b) com a chave fechada . Todos os
indutores são de 12 mH.
Figura PS.42
248 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 6
Figura PG.43
6.44 Determine o valor de L na rede da Figura P6.44 de modo que a indutância total Lr seja de 2 mH.
4mH
2rnH
6 rnH
Figura PG.44
6.45 Determine o valor de L na rede da Figura P6.45 de modo que o valor de LT seja de 2 mH.
2mH
1 mH
6rnH
L 4mH
Figura PG.45
6.46 Dois indutores L 1 e L 2 estão conectados em paralelo. A corrente entrando na combinação é ioCt). Derive as expres-
sões para a divisão de corrente entre os indutores .
~ CAPÍTULO
MAKRON
Books
Circuitos RC e RL
,249
250 Análise de Circuitos em Eng enharia Cap. 7
No momento , apenas a seguinte situação será considerada: f(t) = A (ou seja,f(t) é uma constante).
A solução geral da equação diferencial nesse caso consiste de duas partes que são obtidas resolvendo-se
seguintes equações:
dx p (t)
~ + axp(t) = A (7.4)
·heªª rapidamente ao valor final em regime permanente. Por outro lado, se a constante de tempo é grande,
l e ,. . . . . . .
11
tempo maior é necessano para que o cucmto atrnJa um regime permanente. Em todo caso, note que para
;~dos os efeitos práticos a resposta do circuito atinge o valor de regime permanente em cinco constantes de
tt? !11Pº (ou seja, 5T).
x,.(t) = K,e-,fli·
K, '·\.
\· .
\ . ·.
0.368K2 - - -,- -·i ·
\ 1 . i i
\
\
1 t ··....... --=-.;_-., ..,...--:.-:-. _____ Q;6}2_G_ G
2Tc 3Tc 4Tc t
1 1
,+-r,. - ,
(a)
1,0 ·...... , .
0,8 .... ·~-,. ., ... ,r--Tc = 4 s
.... :..:·- ...
0,6 ......... · .
Note que a discussão anterior foi muito genérica, já que não foi assumida nenhuma forma especí-
fi ca de circuito - somente que ela resulta em uma equação diferencial de primeira ordem. A seguir, estuda-
remos dois circuitos específicos e então iremos delinear um método para manipular esses circuitos em geral.
Os casos mais específicos serão analisados utilizando o método geral.
Considere o circuito mostrado na Figura 7.2a. No instante t = O, a chave é fechada. A equação que
descreve o circuito para t > O é
1
C f i(x)dx + Ri(t) = Vs
Tomando-se a derivada dessa equação em relação a t tem-se
i(t) di(t)
- +R - =O
C dt
ou
di(t) 1
- + - i(t) = o
dt RC
Seguindo nosso desenvolviment o anterior, assumimos que a solução dessa equação diferencial de
primeira ordem é da forma
i(t) =K 2 e- 1I Tc
- __!_ +
( T e RC
_l_)K 2
e- 1/Tc =O
252 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 7
Nossa pressuposta solução é válida se K 2 e-,irc = O ou Te= RC. O primeiro caso implica i(t) = O
para todo te, portanto, é desconsiderado. Logo,
t =. o t=O
R
~e L
i(t) i(t)
(a) (b)
A constante K2 é escolhida para que a solução completa satisfaça as condições particulares do cir-
cuito.
O circuito da Figura 7 .2b pode ser examinado de maneira semelhante àquela empregada para o cir-
cuito da Figura 7.2a. A equação que descreve o circuito para t > O é
L di(t) + Ri(t) = V
dt s
ou
R .
di(t)
-+-z(t) = -V 5
dt L L
De nossas discussões anteriores assumimos uma solução da forma
i(t) = Kl + K2e-t!Tc
Substituindo essa expressão na equação diferencial, obtém-se
- _!_ K
T z
e-t!Tc + !!__ (K + K
L i 2
e-t!Tc) = VsL
e
(
- -1+ - K e
2
-t!Te =OR)
Te L
Nossa análise anterior indica que
Vs
K1 = R
e
L
Te =R
Portanto, a solução é
V
i(t) = _s
R
+ K eCRILJr
2
onde mais uma vez a constante K 2 é escolhida para que a solução completa satisfaça as condições iniciais do
circuito.
-- Cap. 7 Circuitos RC e RL
A importância dos dois circuitos da Figura 7.2 se baseia no fato de que descobriremos que, empre-
253
ando O teorema de Thévenin, pode-se reduzir circuitos complicados a essas formas. Tais circuitos possuem
g d f. d . .
coo tant s de tempo que e mem a resposta o cucmto.
Em geral, quando a entrada de um circuito RC ou RL, que contém um único elemento de armaze-
n gem, é uma tensão ou corrente contínua, a solução da equação diferencial que descreve uma corrente ou
ten ão desconhecida em qualquer lugar na rede pode ser descrita como
x(t) = K, + K 2
e-,tTc (7.11)
Note que este foi o caso do desenvolvimento acima e que o valor de K 1, a solução em regime per-
m nente, foi obtido diretamente da equação diferencial. Como veremos mais adiante, na análise de circuitos
16tri o é mais conveniente determinar as constantes e parâmetros de um circuito modificado.
Da Equação 7.11 podemos notar que como t • oo, e-at • O e x(t) = K 1• Portanto, se o circuito é re-
ol ido para a variável x(t) em estado estacionário (ou seja, t • oo) com o capacitor substituído por um cir-
cuito aberto [v é constante e portanto i = C(dvldt) = O] ou o indutor substituído por um curto-circuito [i é
00 tanle e portanto v = L(dildt) = O], então a variável x(t) = K 1. Note que uma vez que o capacitor
ou indutor
1 nha ido removido, o circuito é um circuito de com fontes e resistores constantes, e portanto somente aná-
li e de é necessária na solução do regime permanente.
· · A constante K2 na Equação 7 .11 pode também ser obtida via solução de um circuito de no qual um
capa itor é substituído por uma fonte de tensão ou um indutor é substituído por uma fonte de corrente. O va-
lor da fonte de tensão para o capacitor ou fonte de corrente para o indutor é um valor conhecido em um in -
1 nte de tempo. Em geral, usaremos o valor da condição inicial uma vez que este é normalmente conhecido,
m o valor a cada instante poderia ser usado. Esse valor pode ser obtido de várias maneiras e é freqüente-
mente specificado como dado de entrada no enunciado do problema. Entretanto, uma situação mais prová~
el aquela em que uma chave é colocada no circuito e o valor inicial da tensão do capacitor ou corrente no
indutor é determinado a partir do circuito anterior (ou seja, o circuito antes da chave comutar). Normalmente
as uroido que o circuito anterior tenha alcançado o regime permanente, portanto a tensão sobre o capacitor
ou a orrente através do indutor podem ser determinadas exatamente da mesma maneira que a .usada para
d t nninar K 1.
Finalmente, o valor da constante de tempo pode ser encontrado determinando-se a resistência
equivalente de Thévenin nos terminais do elemento de armazenagem. Então Te = RTh C para um circuito RC,
e T = URTh para um circuito RL.
Vamos agora recapitular esse procedimento passo a passo.
Passo 1. Assumimos uma solução para a variável x(t) da forma x(t) = K 1 + K 2 e-,tTc .
Passo 2. Assumindo que o circuito original tenha chegado ao regime permanente antes que uma
chav tenha sido inserida (conseqüentemente produzindo um novo circuito), desenhe esse circuito anterior
com o capacitor substituído por um circuito aberto ou o indutor substituído por um curto-circuito. Determine
a ten ão sobre o capacitor, vc(O -), ou a corrente através do indutor, iL(O -), antes da mudança da chave.
Passo 3. Assumindo que a energia do elemento de armazenagem não pode mudar em tempo zero,
de enhe o circuito, válido somente em t = O +. As chaves estão em suas novas posições e o capacitor é substi-
tuído por uma fonte de tensão com um valor de vc(O +) = vc(O -) ou o indutor é substituído por uma fonte de
corrente com o valor iL(O +) = iL(O -). Resolva para o valor inicial da variável x(O +).
Passo 4. Assumindo que o regime permanente tenha sido alcançado depois que as chaves tenham
ido colocadas, desenhe o circuito equivalente, válido para t > 5Te. Para isso, substitua o capacitor por um
cir uilo aberto ou o indutor por um curto-circuito. Determine o valor de regime permanente da variável
V(t)
i(t)
+
V0 C
R
(a)
v(t)
o
(b)
Figura 7.3 Circuito RC sem fontes e sua resposta a uma condição inicial.
Wc (O+) = 1 CV0 2
joules
2
À medid a que o tempo passa, a ten são diminui, como
mostrado na Figura 7.3b, e dessa forma a
energia armazenada no capaci tor também diminui. Essa energi
a diminui, pois é dissipada pelo resistor. A
energia total dissipada pelo resisto r é
= f o"' PR(x)dx
r
wR(co)
=J
00
0
(; e-x ! RC R dx
=_
v2O J,"' e-2x /RC dx
R o
= .!_ CV 2 J·oules
2 o
Isto é, naturalmente, igual à energia inicial armaz enada no
capacitor.
É interessante notar que se tivéssemos empregado a LKT para
determ inar a equação que descreve
o circuito, o resultado teria sido
1
C J,'i(x)dx -
0
V0 + i(t)R = O
Diferenciando a equação, tem-se
i(t) di(t)
- +R - =0
C dt
uma vez que
i(t) = v(t)
R
Então
v(t) dv(t)
- + -- =O
RC dt
que é, obviamente, a equação original na nossa análise.
Exemplo 7.1
Considere o circuito mostrado na Figura 7.4a. Assumindo
que a chave tenha estado na posição 1 por um
longo tempo, no instante t = O a chave é mudada para a posição
2. Desejamos calcular a corrente i(t) para t > O.
11
256 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 7
2
+
12 V V(t) lOOµF 3 ill
(a)
6kf2
2
+
12 V v,(0-) 3 k[2
(b) t =Ü-
6 ill i(O+)
12 V 4V 3 kf2
(e) t =0+
6 ill i( 00)
12 V 3kQ
(d)t=oo
= 1,33e-S/ mA •
Exercícios
E7.1 Determine vc(t) para t > O no circuito mostrado na Figura E7.1
3 kn
+
12 V vc(t) 100 /1f' 2 kfl vo(t)
Figura E7.1
Resp.: vc(t) = 8e-t!0, 6 V.
E7.2 Determine v 0 (t) para t > O na Figura E7 .l.
Resp.: v (t)
0
=f e-, to,6 V.
Vamos agora considerar o circuito RL sem fonte mostrado na Figura 7.5a. Foi assumido que o in-
= O. Aplicando-se a LKT ao longo, do laço tem-se
dutor tem uma corrente inicial de i(t) = 10 no instante t
d"(t)
L _i_ + Ri(t) = O
dt
ou
di(t) R .
-+-z(t) =O
dt L
Mais uma vez, empregamos o procedimento definido acima para analisar esse circuito:
Passo 1. i(t) é da forma K 1 + K 2 e - ,trc.
Passo 2. A corrente inicial através do indutor é iL(O - ) = 10 •
Passo 3. i(O + ) = iL(O +) = iL(O - ) = 10 •
Passo 4. Se o indutor for substituído por um curto-circuito, v(t) para t > 5 Te será zero e daí i( ao) = O.
Passo 5. A resistência equivalente de Thévenin, examinando-se o circuito dos terminais do indutor
é RTh = R; portanto, a constante de tempo do circuito é Te = LIR. ·
258 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 7
V( t) i(t)
(a)
i(t)
· ••.
e desse modo
i(t) = I 0 e -Rrn
No instante t = O, a energia armazenada no indutor é
w L (O+) =w L (O - ) = ½UJ joules
À medida que o tempo passa, a corrente diminui, como mostrado na Figura 7.5b, e dessa forma a
energia armazenada no indutor também diminuirá. Essa energia é dissipada pelo resistor e é dada pela ex-
pressão
wR(oo) J:
= pR(t)dt
= RJJ e- 2R11L J: dt
1 2
= -Uo joules
2
Esse valor coincide com aquele da energia inicial armazenada no indutor.
Exemplo 7.2
Vamos agora examinar o circuito mostrado na Figura 7.6a. No instante t = O, a chave é aberta e desejamos
calcular a corrente i(t) para t > O.
Passo 1. Assume-se que a corrente é da forma
i(t) = K1 + K 2e - 11rc
Passo 2. A corrente inicial do indutor em regime permanente pode ser determinada a partir da Fi-
gura 7.6b como se segue
Cap. 7 Circuitos RC e RL 259
36 (12)
i L (O - ) = (6)(12) 18
2+ - -
6 +12
=4A
Passo 3. O novo circuito, válido somente para t =O+, está mostrado na Figura 7.6c. O valor da
orr ale que substitui o indutor é iL~O -) = iL(O +) = 4 A. Portanto,
i(O +) = -4 A
Passo 4. O circuito equivalente, válido somente para t > STC' é dado na Figura 7.6d. Já que não há
nenhuma fonte, o valor de i(oo) = O.
i(t) 20 4Q
6Q 6n
36 8Q 36 V 8Q
2H
(a) (b)t=O-
20 4Q i(O+) 4Q i(oo)
•--~VYv- ---,
36 8Q 36 V 6n 8Q
(c)t=O+
(d)t=oo
i(t) (A)
············...i+2
O: ,. ,.
-4
(e)
Flgura 7.6 Análise de um circuito RL.
RTh = 6 +4 +8
= 18Q
260 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 7
- - - - - -- - - - - - -- - - -- - - -- - - -- - - -- -- - - -- - - - - -- -
Logo, a constante de tempo do circuito é
L
Te = RTh
2
= -18
1
= -s
9
Passo 6. Da análise anterior,
K 1 = i(oo) = O
Então
K2 = i(O +) - i(oo) = -4
e dessa forma
i(t) = -4e- 9
' A
Note que, apesar de a corrente no indutor ser contínua no instante t = O, a corrente i(t) nos resisto-
res de 4 Q e 8 Q saltou abruptamente no instante t = O, como mostrado na Figura 7 .6e. •
Exercícios
E7.3 No circuito mostrado na Figura E7 .3, a chave abre no instante t =O.Determine i 1(t) para t > O.
/ =O i,(t)
+
12 V
Figura E7.3
Resp.: i l (t) = le -9t A.
E7.4 Determine a expressão para i2(t), t > O, na Figura E7.3 .
Resp.: i2 (t) = -le- 91 A.
E7.5 Na Figura E7.3 , se a chave for aberta para t < Oe então fechada no instante t = O, determinei (t), para t> O.
1
Resp.: i 1(t) = 1 - e- 61 A.
Exemplo 7.3
Considere o circuito mostrado na Figura 7.7a. O circuito está em regime permanente antes de t = O, quando a
chave é fechada. Vamos calcular a corrente i(t) para t > O.
Passo 1. i(t) é da forma K 1 + K2 e- ,irc .
Cap. 7 Circuitos RC e RL 261
(a)
+
36V 'q(O--) 12V
(b)t=Ü-
36V 12 V
36 V 12 V
(d) t =oo
i(t) (mA)
316 ·· ..
..
·· · ·· · ··
36 - - - - - - - - - ·..:·.:::..:·.:......:·_ - - - -
8
2
(e)
Figura 7.7 Análise de um circuito transiente RC com uma função de entrada constante.
262 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 7
O valor da fonte de tensão que substitui o capacitor é vc(0 -) = vc(0 +) = 32 V. Dessa maneira,
32 16
i(O+) = = mA
6 3
Passo 4. O circuito equivalente, válido para t > 5Tc, é mostrado na Figura 7.7d. A corrente i(C1J
causada pela fonte de 36 V é
R = (2)(6) = ~ kQ
To 2+6 2
Portanto, a constante de tempo do circuito é
Te = RTbC
= G 3
}10 )(100)(10-
6
)
= 0,15 s
Passo 6.
36
K1 = i(oo) = S mA
K 2 = i(0+)- i(oo) = i(0+)- K 1
16 36
=---
3 8
5
= -mA
6
Portanto,
i L (0 - ) = ~:)(3) ( 6 : 3)
4+ - -
6+3
=~A
3
Passo 3. O novo circuito, válido somente para t =O+, é mostrado na Figura 7.8c, que é equivalen-
te ao circuito mostrado na Figura 7.8d. O valor da fonte de corrente que substitui o indutor é iL(0 -) = iL(0 +)
= 8/3 A. A tensão nodal vi(0 +) pode ser determinada do circuito da Figura 7,8d usando-se uma equação de
nó único, e v(0 +) é igual à diferença entre a tensão da fonte e v 1(0 +). A equação para v (0 +) é
1
V1(0+)-24 + V 1(0+) +~ + V1(0+) =O
4 6 3 12
Cap. 7 Circuitos RC e RL 263
()li
Então
v(O +) = 24 - v 1 (O+)
52
=-V
3
Passo 4. O circuito equivalente para a condição em estado estacionário depois do fechamento da
chave é dado na Figura 7.Se. Note que os resistores de 6 Q, 12 Q, 1 Q e 2 Q estão curto-circuitados, e por-
tanto v(oo) == 24 V.
12Q 12Q
10 4Q IQ
4Q
24 V 60 t=O 20 24 V 60 2Q
4Q
24 V 6Q 2Q 6Q 20
10 4Q IQ
4Q
60 2Q 2Q
(f)
v(t) (V)
24 - - - - -.::-.:-..--:-.,-,.~.~-~-- - - - - - - -
17,33 .
······· 16
O 1 2 3 4 t (s)
(g)
Figura 7.8 Análise transiente de um circuito RL com entrada constante.
. . Passo 5. A resistência equivalente de Thévenin é achada examinando-se o circuito a partir dos ter-
mmais do indutor. Esse circuito está mostrado na Figura 7 .8f. Deve ser notado que RTh é a combinação dos
resistores de 4 Q, 6 Q e 12 Q em paralelo. Logo, RTh == 2 Q, e a constante de tempo do circuito é
264 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 7
L 4
T = - =-=2s
e RTb 2
Passo 6. Da análise anterior, achamos que
K 1 = v(oo) = 24
K2 = v(O+)-v(oo) = - -20
3
e desse modo
20
e - ,,z V
v(t) = 24 -
3
Da Figura 7.8b vemos que o valor de v(t) antes do fechamento da chave é de 16 V. Portanto, ares-
posta do circuito v(t) , no tempo, é mostrada na Figura 7.8g. •
Exercícios
E7.6 Considere a rede da Figura E7 .6. A chave se abre no instante t =O.Determine vo<t) para t > O.
10 20 +
+
12 V 2F
Figura E7.6
H2 2H +
+
12 V 20
Figura E7.7
Resp.: v 0 (t) =6- f e- 2
, V.
Exemplo 7.5
O circuito mostrado na Figura 7.9a chegou ao estado estacionário com a chave na posição 1. No instante t = O,
a chave é mudada da posição 1 para a posição 2. Deseja-se calcular v 0 (t) para t > O.
Passo 1. v 0 (t) é da forma K 1 + K 2 e-,,rc .
Passo 2. Utilizando o circuito da Figura 7.9b, podemos calcular iL(O -).
12
iA= - =3A
4
Então
Cap. 7 Circuitos RC e RL 265
12 + 2i A 18
i L (O - ) = 6 =6 =3A
Passo 3. O novo circuito, válido somente para t = O +, é mostrado na Figura 7 .9c. O valor da fonte
de corrente que substitui o indutor é i L (O -) = i L (O +) = 3 A. Por causa da fonte de corrente
v 0 (0+) = (3)(6) = 18V
3H
+
4Q 6 Q vo(t)
36 V 12V
ÍA
2iA
(a)
iiO-)
+
4Q 6Q v.(0-)
12V
ÍA
2iA
+
(b) t=O-
--
3A
2Q
4Q
36 V
ÍA
2iA
(e) t=O+
2Q VB
+
6Q vo(oo)
40
36 V
J ÍA
i,
+
2iA
-=
(d) t=oo
2Q voc
+-
4Q
36 V
ÍA
2iA
(e)
2Q isc
6Q
36 V
J ÍA
Í.~c
+
2iA
(f)
Figura 7.9 Análise transiente de um circuito RL contendo uma fonte dependente.
D
266 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 7
36 = 2(i 1 + i 2) + 6i 2 - 2i 1
v 0 (oo) = 6i 2
Usando um desses métodos, chegamos a vaCoo) = 27 V.
Passo 5. A resistência equivalente de Thévenin pode ser obtida via v 0 c e isc• por causa da presença
da fonte dependente. Da Figura 7 .9e, note que
E, portanto,
voe = (4)(6) + 2(6)
= 36V
A partir da Figura 7.9f, podemos escrever as seguintes equações de laço:
36 = 2(i~'+ i,J + 4i~'
36 = 2(i~'+ i,J + 6i,c - 2i~'
Resolvendo-se tais equações para iSC' tem-se
i,c
= 36
8
A
Logo,
RTh =voe=~= 8Q
i,c 36/8
E, a partir daí, a constante de tempo do circuito é
T
e
= -RL = -s
3
8 Th
Passo 6. Utilizando a informação acima, podemos derivar a equação final para v0 (t):
K 1 = v 0 (oo) = 27
K 2 = v 0 (0 +) - V 0 (oo) = 18 - 27 = -9
Portanto,
v 0 (t) = 27 - 9e-'( 3IS) V
•
Exercício
E7.8 Caso a chave na rede da Figura E7.8 se feche no instante t= O, determine v/t) para t > O.
Cap. 7 Circuitos RC e RL 267
- --·•···
24 V
- +
+
2VA
t=O +
3A
t 40 VA 2F vo(t)
Figura E7.8
Resp.: v 0 (t) = 24 + 36e-(1 112
) V.
Neste ponto, é importante frisar que nem toda ação da chave ocorrerá no instante t = O. Ela pode
ocorrer a qualquer instante t0 . Nesse caso, os resultados da análise passo a passo produzirá as seguintes equações:
x(t 0 ) =K +K 1 2
x(oo) =K 1
e
x(t) = x(oo) + [x(t 0
) - x(oo)]e- (1 -ro )ITc t > t0
A função é deslocada no tempo de t0 segundos.
Finalmente, deveríamos notar que se houver mais de uma fonte independente, podemos simples-
ment empregar o princípio da superposição para obter a resposta total.
Até agora consideramos somente fontes que eram constantes. Apesar de isso representar um tipo
importante de problema, não é de modo algum o único nem necessariamente o mais importante.
Retomando à Equação 7.1, perguntamos: "Qual será a solução se f(t) não for uma constante e a
equação da rede for na verdade como se segue?"
e
dx (t)
_P_ + QX p (t) = f (t) (7.15)
dt
Assim x/t) deve ser da forma
(7.16)
1
Entretanto, uma vez que f(t) não é mais uma constante, xpCt) tampouco será. Apesar de haver inú-
mero métodos matemáticos para determinar a forma apropriada para x (t), empregaremos um método dedu-
tivo qui. Um método que é sistemático e freqüentemente mais eficierite será introduzido no Capítulo 17. 1
1
Uma inspeção cuidadosa da Equação 7.15 sugere que x (t) deve consistir de termos semelhantes a
ft t) e nas derivadas. P
!1.
i
\1
·--•~·
.1.-••
1
1
268 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 7
Exemplo 7.6
Considere o circuito da Figura 7 .10. O capacitor tem uma carga inicial e uma fonte decrescente exponencial-
mente é aplicada no instante t =O.Desejamos determinar tanto v 0 (t) e i(t) para t > O.
.~I'"
vft) t=O SkD i(t)
• V\/1,
+.
v5 (1) = 6e- 'V2 18 V 25 J.F
+
!:___(Ke- 21 )+8(Ke- 21 )
dt i i
= 48e- 21
(-2 + 8)(K 1e- 2 ' ) = 48e- 2 '
K1 =8
Portanto, a solução total é
v 0 (t) = 8e - + K 2 e- 81
2
'
No entanto, uma vez que v 0 (0) = -18, K 2 pode ser obtida da expressão para v 0 (t) como
v 0 (0) = -18 = 8e - 2 co) + K 2 e- 8 <0 l
ou
K2 =- 26
-
e: então
Cap. 7 Circuitos RC e RL 269
o
(a)
t=O
V,µ(t)
(b) (e)
t=O
.------• •----C>--,ff '
l,µ(t)
(d) (e)
u(t- t0 )
0 10
(t)
Figura 7.11 Gráficos e modelos de uma função degrau unitário.
v(J..
(a) ·············n:r··························· •t
1
1
v(t)t :
1 Au(t)
A ·············••I••··· · · ·· · ···· ····· ······ · ·
1
(b) ............ .
-A
-Au(t-T)
exemplo 7.7
Considere o circuito mostrado na Figura 7 .13a. A função de entrada é o pulso de tensão mostrado na
Figura
7 _13 b. Já que a fonte é zero para tempo negativo, as condições iniciais para a rede são zero [isto é, vc (0-) =
O]- A resposta vlt) para O< t < 0,3 é devida à aplicação da tensão da ~onte, que é ~onstante, no
instante t = O
e não é influenciada por nenhuma mudança de fonte que aconteça mais tarde. No mstante t = 0,3 s, a
função
Je entrada se toma zero e portanto v 0 (t) para t > 0,3 s é a resposta natural ou sem fontes da rede.
6 ill 4 kQ
(a)
v(t) (V)t
9 :""
4
----
2,11 - - - __:-7- -----
o 0,3 t (s)
(e)
Figura 7.13 Resposta ao pulso de uma rede.
Uma vez que o sinal de saída vaCt) é uma parcela da tensão do capacitar, e a tensão inicial sobre o
capacitor é zero, sabemos que v 0 (0 +) = O.
Se nenhuma mudança for feita na fonte depois de t = O, o valor em regime permanente de v (t) [ou
0
seja, v 0 ( oo )] devido à aplicação do degrau unitário no instante t = O seria
9
Vo ( oo) = 6 + 4 + 8 (8)
= 4V
A resistência equivalente de Thévenin é
(6)(12)
6 + 12
= 4kQ
Portanto, a constante de tempo do circuito Te é
Te = RThC
= (4)(10 3
)(100)(10- 6 )
= 0,4 s
Logo, a resposta v0 (t) para o período O < t < 0,3 s é
v 0 (t) =4- 4e-'1º·4 V O< t < 0,3 s
272 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 7
A tensão do capacitor pode ser calculada usando a divisão de tensão vaCt) = 2/3 vc(t). Daí,
Vc(t) =} (4-4e- 110 · 4 )V
Uma vez que a tensão do capacitor é contínua,
Vc (0,3-) = Vc (0,3+)
e portanto
v 0 (0,3+) =} Vc(0,3-)
= 4 (l-e-0,3/0,4)
= 2,11 V
Uma vez que a fonte é zero para t > 0,3 s o valor final para v 0 (t) como t • oo é zero. Conseqüente-
mente, a expressão para v 0 (t) para t > 0,3 sé
v 0 (t) = 2,lle-(t-0, 3)/0, 4 V t >0,3s
O termo e-(t - o, 3)/ 0,4 indica que a queda da exponencial se inicia no instante t = 0,3 s. A solução
completa pode ser escrita usando-se o princípio da superposição como
v 0 (t) = 4(1-e -r/o, 4)u(t)- 4(1- e -{t-0, 3JI0, 4 )u(t-0,3) V
ou, equivalentemente, a solução completa é
t<0
Vo(t) = I~(l-e-t!0,4)V 0<t<0,3s
12,1 le-cr-o,3Jiü,4 V 0,3 s < t
que em forma matemática é
v 0 (t) = 4(1-e -r/0, 4)[u(t)- u(t -0,3)] +2,lle -{r-o, 3)/ü, 4u(t-0,3) V
Note que o termo [u(t) - u(t - 0,3)] age como uma janela que captura somente a parte da resposta
ao degrau que existe no intervalo de tempo O < t < 0,3 s. A saída em função do tempo é mostrada na Figura
7.13c. •
Exercícios
E7.9 A fonte de tensão da rede da Figura E7.9a é mostrada na Figura E7.9b. A corrente inicial do indutor
deve ser zero. (Por quê?) Determine a tensão de saída v 0 (t) para t > O.
v(t) (V)
2Q 2H +
12 ............ .
v(t) 2Q
o t (s)
(a) (b)
Figura E7.9
Resp.: v/t) = O para t < O, 4(1 - e-( 3!2)t) V para O :5 t :5 1 e 3,lle-( 3/2)(t - !) V para 1 < t.
E7.10 A fonte de corrente na rede da FiguraE7.10a está definida na Figura E7.10b. A tensão inicial sobre oca-
pacitar deve ser zero. (Por quê?) Determine a corrente i/t) para t >0.
Cap. 7 Circuitos RC e RL 273
i(t)(A)
2F 16
i(t) 2n 2D.
i0 (t)
o 4,5 t (s)
(.i}
(b)
Figura E7.10
Resp.: i0 (t) = O para t < O, 6 - 3e- 118 A para O :5 t :5 4,5 e 1,29e-(l/S)(t - 4 •5 ) A para t > 4,5.
Temos examinado a resposta de uma rede a um número limitado de tipos de entrada. Uma outra
função de entrada importante - a senoidal - será vista em detalhes no Capítulo 9. No Capítulo 17, demons-
uaremos que uma variedade de fontes de entrada pode ser manipulada simultaneamente com facilidade, utili-
zando métodos de transformação.
v dv
- 1= - C 2 - 0
R1 dt
ou
(7.18)
= ---=.!._
R1C2
f o
V 1 (x) dx + v 0 (0)
Se o capacitor está inicialmente carregado, então v (0) = O e desse modo
0
=
(a)
C2
RI V
V+
+
V1(t)
= Vo
= (b)
Figura 7 .14 Circuitos diferenciadores e integradores amplificadores operacionais.
Exemplo 7.8
A forma de onda da Figura 7 .15a é aplicada na entrada do circuito diferenciador mostrado na Figura 7. l 4a.
Se R 2 = 1 kQ e C1 = 2 µF, determine a forma de onda de saída do amp-op.
V1(t)(V)
o 5 10 t(ms)
vo(t) (V)
+4 .. . . . . . . . . . . . . . . . .
~ ~
o 10 t(ms)
--4 ...........•......
v 0 (t)=4V 5:5t<10ms
Dessa maneira, a forma de onda de saída do diferenciador é mostrada na Figura 7.15b.
exemplo 7.9
Se O integrador mostrado na Figura 7. l 4b possui os parâmetros R 1 = 5 kQ e C2 = 0,2 µF, determine a forma
de onda na saída do amp-op, caso a forma de onda de entrada seja a dada na Figura 7.16a e o capacitor esteja
inicialmente descarregado.
A saída do integrador é dada pela expressão
20
0,4 t(s)
-20
(a)
v 0(t) (V)
20
o 0,1 0,2 0,3 0,4
t(s)
-2
(b)
Figura 7.16 Formas de onda de entrada e saída para um circuito integrador.
6
1 ••
o 2 3 4 t (s)
E7.11
276 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 7
Resp.:
v 0(t) (V )
24
2
3 4 t (s)
-24 . . .. ... .. .
Vi
v, 1
1 1
i.-TR+ --rw-i.-TF•1
1 1 1 1
o TD
Figura 7.17 Forma geral de um pulso.
-
Tabela 7 ,1
1
Cap. 7 Circuitos RC e RL 277
Valor
VI
TO VI
TO+TR V2
TO+TR + PW V2
- ·
TO + TR + PW + TF VI
Os valores e unidades default para os parâmetros da fonte do pulso estão resumidos na Tabela 7.2.
Tabela 7.2
- ----
L. ,T .: As iniciais TD de delay time, TR de rise time, TF defall time e PW de pulse width serão mantidas devido à sua
presença nessa forma no PSPICE.
278 Anál ise de Circ uitos em Enge nhar
ia Cap. 7
v(t)
TAU l
'\ TAU 2
TDl TD:i ·.
V···
1
····
Tabela 7.3
Parâmetro
Valor Default Unidades
VI- tens ão inicial
volts ou amperes
V2- valo r do pulso
volts ou amperes
TDI -atr aso de tempo na subida
0,0 segundos
TAUI- con stan te de tempo da subida
TSTEP segundos
TD2 -atr aso de tempo na descida
TDl + TST EP segundos
TAU 2-co nsta nte de tempo na desc
ida TSTEP segundos
O comando de dado para font es seno
idais da forma mostrada na Figura
7.I9 é
VXXXXXXX N+ N- SIN (VO VA
FREQ TD THETA)
A forma de onda é descrita pela equa
ção
Intervalo de O a TD:
VO
Intervalo de TD até TST OP VO + VA*EXP( -(T IME - TD) * THE
TA) *
SINE (2 PI*FREQ* (TIM E+T D))
VO é o offs et em volts ou amperes.
VA é a amplitude em volts ou amperes
TD é o atraso em segundos, e THE . FRE Q é a freqüência em hertz.
TA é o fator de amortecimento em
(seg und osr 1•
v(t)
1 '
/ T HETA
1:
:- - -
~
V o ...... .. ·, - - - - - -...- - - - - - _.- - - - .
·. - - - - - - - -
1
TD
... _ -
>r-:·-
-
1
1/ / __1_ _
FREQ
Figura 7 .19 Forma geral de uma
fonte senoidal.
Os valores e unidades defa ult para os
parâmetros da fonte senoidal estão resu
midos na Tab ela 7.4.
Cap . 7 Circuitos RC e RL
279
Tabela 1. 4
(T3, V3)
.•. (T6, V6)
(TI , Vl)
•
·•· ···· ······ ·· ····· ·· ···· ·•· ·
(T4, V4) (T5, VS)
·..
(T2 , V2)
Figura 7.20 Forma ger
al de um a fonte linear por
partes.
Comandos de Controle
de Solução
Análise transiente em PSPICE
é chamada usando-se o com
ando .TRAN no formato
.TRAN TSTEP TSTOP
TSTART TMAX
TSTEP é o incremento de imp
ressão para saídas em impres
de início e término par a a aná sora de linha. TS TA RT e TS
lise. Caso TS TA RT seja om TOP são os instantes
sempre começa no instante itido, ele é considerado zer
zero. No intervalo [O, TSTA o. A análise transiente
armazenada. No intervalo [TS RT], o circuito é analisado,
TART, TSTOP], a análise por ém nenhuma saída é
incremento de tempo máxim con tin ua e as saídas são arm
o que o PSPICE usará e os azenadas. TM AX é o
TSTEP, o que for menor. defaults para um val or de
(TSTOP-TSTART)/50 ou
Se as condições iniciais par
pregá-las na análise PSPICE a os elementos capacitivos
, pode-se usar o comand
e indutivos são conhecidas
o .TRAN que inclui a palavr e deseja-se em-
ditions - utilize as con diç ões a-chave UIC (use initial con
iniciais) como mostrado a -
seguir .
. TRAN TSTEP TSTOP
TSTART TMAX UIC
Se a palavra-chave for esp
dos aos comandos de dado ecificada, o PSPICE utilizará
da forma os valores iniciais que pod
em ser adiciona-
CXXXXXXX N+ N- VA LU
E IC= INC OND
LYYYYYYY N+ N- VA LU
E IC= IN COND
Para o capacitar, a condição
volts. Para o indutor, a con inicial é o valor inicial (in
dição inicial é o valor inic stante-zero) da tensão sobre
ial (instante-zero) da corren o cap aci tar em
te no indutor em amperes
'i
'i
'1
:,. _1':
,·
'1
280 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 7
que flui de N +, através do indutor, para N -. Na utilização do UIC, o PSPICE utiliza os valores iniciais nos
comandos de dados como a condição inicial transiente e continua com a análise.
Caso o UIC não seja incluído no comando .TRAN, o PSPICE executará uma t = O análise de para
determinar as condições iniciais.
Exemplo 7 .1 O
Desejamos traçar v/t) e i/t) para t > O na rede da Figura 7.21a.
2Q
t 2A
(a)
R, = lQ
(b) -=-
Q) R, =2Q @
+
V,= 12 V
C= IF
t !1 = 2 A
,, - i0 (t)
® _\ ....... +
®
V1
(e) -=-
Figura 7.21 Redes utilizadas no Exemplo 7.10.
- Cap. 7 Circuitos RC e RL 281
As condições iniciais são detenninadas do circuito da Figura 7.21b. O programa PSPICE utilizado
para computar a tensão inicial do capacitor é
CIRCUIT USED TO DETERMINE INITIAL CONDITIONS
*DC VOLTAGE SOURCE
Vl 1 3 DC 12
*DC CURRENT SOURCE
Il O 2 DC 2
*RESISTOR VALUES
Rl 1 2 2
R2 2 3 1
R3 3 O 1
*CAPACITOR VALUE
Cl 3 O 1
.END
Caso selecionemos 'Browse Output' do submenu 'Files' , podemos revisar o programa, que ilustra
que a tensão inicial do capacitor é 2 V.
Agora sabemos que a tensão inicial do capacitor é de 2 V. A rede para t > O é mostrada na Figura
7.21c. O programa PSPICE que traçará a saída de um intervalo de 20 segundos utilizando um incremento de
tamanho de 200 ms é listado a seguir.
CIRCUIT USED TO COMPUTE OUTPUT RESPONSE
*CIRCUIT CONDITION AT TIME T=Ü+
*DC VOLTAGE SOURCE
Vl 1 3 DC 12
*TEST SOURCE
VT O 5 DC O
*DC CURRENT SOURCE
Il O 2 DC 2
*RESISTOR VALUES
Rl 1 2 2
R2 2 4 1
R3 3 5 1
*CAPACITOR VALUE
Cl 4 O 1 IC=2. O
.TRAN 200MS 20S UIC
.PROBE
.END
Ao finalizar a análise transiente, a tela exibirá um gráfico em branco e uma linha de menu abaixo
do gráfico. Pressione a tecla 'Enter'. Isto seleciona a opção 'Add_trace' do menu. Digite 'l(VT) V(2,4)' e
pr ssione 'Enter' novamente. Um gráfico da corrente e tensão selecionadas aparece na tela. Uma cópia
impressa pode ser obtida utilizando as setas até colocar em realce a opção 'Hard_copy' do menu. Pressione
'Enter' uma vez que tal opção estiver em realce. O usuário pode então sair do programa Probe selecionando a
opção 'Exit' do menu da mesma maneira descrita acima.
Os gráficos para v 0 (t) e i/t) estão mostrados na Figura 7 .22a e b, respectivamente. •
282 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 7
Vo (t) (V)
4,9
4,2.
3,5
2,8
2,1
1,4
0,7
··· ···· ·
o
--0,7 ~ - ~ - - ~ - ~ - - ~ - ~ - - ~ - ~ ~ - - - - ~ - -
2 4 6 8 12 14 16 18 20
º 10
Tempo (s)
v0 (t) (V)
2,8
2,1
1,4
0,7
--0,7
-1,4
.... ·······
···•· • ····
-2,1 ··························
-2,8
o 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Tempo (s)
Figura 7.22 Gráficos de saída para o Exemplo 7.1 O.
Exemplo 7 .11
Dada a rede da Figura 7 .23a, produza o gráfico de v 0 (t) e i 0 (t) no intervalo O - t - 10 s utilizando incrementos
de 100 ms.
A rede da Figura 7.23b é usada para determinar a corrente inicial do indutor. O programa PSPICE
que produzirá a condição inicial é
Cap. 7 Circuitos RC e RL 283
COMPUT E INIT IAL CONDITION
*DC VOL TAGE SOURCE
Vl 1 O DC 1 2
*TEST SOURC E TO DETERMINE CUR
RENT THROUGH L
VT 3 O DC O
*RESISTOR VALUES
Rl 1 2 2
R2 2 O 2
R3 2 O 2
* INDUCTO VAL UE
Ll 2 3 2
.END
A saída do programa inclui o seguinte:
VOLTAG E SOURC E CURRENTS
NAME CURRENT
Vl - 6 . 000D+OO
VT 6 . 000D +OO
2H 2Q +
2n
2n
12 V
(a)
L=2H fj\'- ✓
~ Vr
®
-=
(b)
L=2 H
R, =2Q
CD --'V '.rv --,- ---- J\N v-- =-9
-~' \Nv ---©
® R, = 2Q
0 R4 =20
R2 =2Q
+
V,= 12 V ® R,=2 0
,,. +
\
1
\
, V7
✓
®
-
(e)
Figura 7.23 Redes usadas no Exem
plo 7.11 .
1 i
1 ..
•'
1
I'
1!
, 1
,I
11
1
1,
284 Anál ise de Circu itos em Engenhar
ia Cap. 7
v 0 (t) (V)
5,0
..... . ... ..... . 4,8
V0 (t) (V)
3
Cap. 7 Circuitos RC e RL 285
v 0 (t) (V)
2,0
1,8
1,6
1,4
1,2
1,0
0,8
....
0,6
0,4 o
2 3 4 s 6 7 8 9 10
i0 (t) (A) Temp o (s)
(a)
0,84
0,80
······· ······ ······ ····· ..... ..... .....
0,76
0,72
0,68
0,64
0,60
0,56
0,52 O
2 3 4 5 6 7 8 9 10
Temp o (s)
(b)
Figura 7 .24 Gráficos de saída para
o Exemplo 7 .11.
1
,,
Exemplo 7 .12 1:
Considere a rede da Figu ra 7 .25a . O sina
equação l de entrada para a rede está mostrado
na Figu ra 7.25b e é dado pela
V s (t) = 10(1 - e-
110 5
· ) V 0:S t:S 2s
V s (t) = 10(1 - e-,10 .s) + lOe -u -2)12 V 2 s :S t
,,
1:
, 1
: 1
1
: 1
'1
286 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 7
son +
5 kn
(a)
v 5 (t) (V)
Te = 0,5s
10 ) .. ··· ····· ...... .. /Tc= 2s
(b)
Q)
V-.\ \V-,
R, Ri
F' (e)
Desejamos produzir um gráfico para o sinal de saída v 0 (t) em um intervalo de 10 segundos utili-
zando um incremento de 50 ms.
A rede está redesenhada para uma análise PSPICE na Figura 7 .25c. O programa para essa rede é
EXAMPLE 7 .1 2
vs 1 o EXP(0 10 o . 5 2 2)
Rl 1 2 50
R2 2 3 5K
R3 3 o 5K
Cl 2 o l000U
*ANALYSIS
.TF V(3) vs
.TRAN .05 10
.PROBE
.END
Um gráfico, tanto para a entrada como para as tensões de saída, é mostrado na Figura 7.26. •
Exemplo 7.13
Dada a rede da Figura 7 .25a, vamos mostrar a resposta da saída em um intervalo de dois segundos com um
incremento de 10 ms caso a entrada seja dada pela expressão
v 5 (t) = lüe- 2
' sen[2.n:(4)t] V
O programa para a rede na Figura 7 .25c com o novo sinal de entrada é
EXAMPLE 7 . 13
VS 1 O SIN ( O 10 4 O 2 O)
Rl 1 2 50
R2 2 3 5K
Cap. 7 Circuitos RC e RL 287
R3 3 O SK
Cl 2 O l000U
*ANALYSIS
. TF V ( 3) VS
. TRAN . 01 2
.PROBE
.END
10
vout
o 2 4 6 8 10
Tempo (s)
Figura 7.26 Formas de onda de entrada e saída para o Exemplo 7.12.
As formas de onda, tanto para a entrada como para a saída, são mostradas na Figura 7.27. •
Exemplo 7 .14
Para a rede da Figura 7 .25a, vamos gerar o gráfico para a resposta da saída durante um intervalo de dois se-
gundos com um incremento de 10 ms caso a entrada para a rede seja a mostrada na Figura 7.28.
O programa para a rede na Figura 7.25c com o sinal de entrada mostrado na Figura 7.28 é
EXAMPLE 7.14
VS 1 o PULSE(0 10 o 1 o .lUS 1)
Rl 1 2 50
R2 2 3 SK
R3 3 o SK
Cl 2 o l000U
*ANALYSIS
.TF V(3) VS
. TRAN . 01 2
.PROBE
.END
288 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 7
10
~
o
1~
e
o
~
-5
-10 ~ - - - ~ - - - ~ - - - ~ - - - - - - - - ~
o 0,4 0,8 1,2 1,6 2,0
Tempo (s)
Figura 7.27 Formas de onda de entrada e saída para o Exemplo 7.13.
Vs (t) (V)
10
---f.-'o---~---~2- - - - - - - t(s)
As formas de onda, tanto da entrada como da saída, são mostradas na Figura 7.29. •
Exemplo 7.15
Para a rede da Figura 7 .25a, vamos gerar o gráfico para a resposta de saída em um intervalo de dois segundos
com um incremento de 10 ms caso a entrada da rede seja a mostrada na Figura 7.30.
O programa para a rede na Figura 7 .25c com a forma de onda de entrada na Figura 7 .30 é
E XAMPLE 7 . 15
VS 1 O PULSE ( -1 O 1 O O O O 1 2)
Rl 1 2 50
R2 2 3 5K
R3 3 O 5K
C l 2 O lOOO U
*ANALYSIS
.TF V( 3) VS
. TRAN . 01 2
.PROBE
.END
L
Cap. 7 Circuitos RC e RL 289
~ - -··
10
2
... v out
i'
1·
o 0,4 0,8 1,2 1,6 2,0
Tempo (s)
Figura 7.29 Formas de onda de entrada e saída para o Exemplo 7 .14.
v, (t) (V)
1
1
10 I'
1
--+-0--~:-1--:~2~ - - - - - -• t(s)
-!O
(a)
Vs(t)
10 ......... .
o 2 3 4 t (s)
(b)
Figura E7.14
Resp.:
10 ·········:vs(tl
(e)
10
vout
-5
E7.15 Para a rede da Figura E7.14a, trace o gráfico para a tensão de saída em um intervalo de 10
segundos
usando um incremento de 50 ms caso a tensão de entrada seja
Vs(t)=-5 V 0:St:Sls
= - 5 + 15(1 - e-CHJ/ 2
) V 1 :S t =5 3 s
=- 5 + 15(1 - e-Ct-JJ/ 2 ) - 15e -Ct- 3 11
l V 3 s ::5 t
Resp.:
v(t) (V)
12
4
6 8
-4 ------- v 0 (t)
-8
E7 .16 Para a rede da Figura E7. l 4a, trace o gráfico para a tensão de saída em um intervalo de quatro
segundos
usando um incremento de 20 ms caso a tensão de entrada seja
Resp.:
v(t) (V)
-4
E7.17 Para a rede da Figura E7.14a, trace o gráfico para a tensão de saída em um intervalo de 10
segundos
usando um incremento de 50 ms caso a tensão de entrada seja a mostrada na Figura E7.17.
vs(t) (V)
5 ·····
o 2 t(s)
3 4
Resp.: E1.11
v(t) (V)
5 . --..... ·: v,(t)
292 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 7
7.7 Resumo
Mostramos que a solução para circuitos RC e RL que têm somente um elemento único de armazenamento d
energia (ou seja, C ou L) envolve a resolução de uma equação diferencial de primeira ordem. Um método
geral de resolução foi desenvolvido e um procedimento passo a passo descrito para determinar a solução.
Tanto a resposta natural ou forçada dessas redes foram examinadàs. Descobriu-se que a resposta do circuito
na forma de uma exponencial decrescente era controlada por uma constante de tempo do circuito e que are _
posta cai essencialmente para seu valor final em cinco constantes de tempo. As constantes de tempo para cir-
cuitos RC e RL são RThC e LIRTh' respectivamente, onde RTh é a resistência equivalente de Thévenin vista
dos terminais do elemento de armazenagem.
Finalmente, a aplicação do PSPICE em problemas RC e RL foi apresentada.
Pontos-Chave
• Em qualquer lugar de um circuito RC ou RL, a tensão ou corrente é obtida resolvendo-se uma
equação diferencial de primeira ordem.
• Uma solução para a equação
dx(t)
--+ax(t) A
= Aéx(t) = -+k 2
e- ª'
dt a
onde Na é a solução em regime permanente e lia é chamada a constante de tempo.
• A função e-at cai para um valor que é menos que 1 % de seu valor inicial depois de um período de
5/a segundos.
• Caso uma rede tenha uma constante de tempo pequena, sua resposta a alguma entrada irá rapida-
mente chegar ao seu valor de regime permanente; no entanto, caso a constante de tempo seja
grande, um longo tempo será necessário para que a rede alcance tal estado.
• Um circuito RC tem uma constante de tempo de RThC segundos e um circuito RL tem uma cons-
tante de tempo de L/RTh segundos.
Problemas
7.1 Na rede da Figura P7.1, determine v/t) para t > O.
12V
+ 200µF
12kQ 12 kn 6kn Vc(f)
t= o
Figura P7.1
7.2 Na rede da Figura P7.2, determine v/t) para t > O.
Hill
t =o
Figura P7.2
Cap. 7 Circuitos RC e RL 293
6Q 3Q 12 Q 6Q
Figura P7.3
7.4 No circuito da Figura P7.4, determine v a<t) para t > O.
l00pF
12 V 6kQ
P7.4
7.5 Na rede da Figura P7.5, determine ir)t) para t > O.
3kQ 8kQ
Figura P7.5
7.6 Na rede da Figura P7.6, determine iaCt) para t > O.
l00pF
6kQ 6kQ
Figura P7.6
7.7 Na rede da Figura P7.7, determine iaCt) para t > O.
294 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 7
3kQ 4k:Q
Figura P7.7
7.8 No circuito da Figura P7.8, determine vaCt) para t > O.
100µF
12 V
t= o 12 kQ v 0 (t)
Figura P7.8
7.9 Na rede da Figura P7.9, determine i0 (t) para t > O.
4k:Q
4k:Q 4k:Q
12V
Figura P7.9
7.10 No circuito da Figura P7 .10, determine v aCt) para t > O.
t=O
50µF
3k:Q +
3k:Q 3kQ v 0 (f)
Figura P7.1 O
7.11 Na rede da Figura P7.11, determine iaCt) para t > O.
6V
Figura P7.11
-1. 12
a rede da Figura P7.12, determine iaCt) para t > O.
12 V
Cap. 7 Circuitos RC e RL 295
t=O
2kQ 41ill 2kQ
4kQ
io(t)
Figura P7.12
.13 No circuito da Figura P7.13, determine vaCt) para t > O.
4 lill 4 kQ 8 kQ
2kn
V0 (t) 36 V
12kQ
SOµF
Figura P7.13
7.14 Na rede da Figura P7.14, determine v (t) para t > O.
0
3 lill 2 kQ 4kn
+
t= o
3 lill
2 lill v 0 (t)
lOOµF
12 V 12 V
Figura P7 .14
7.1S Na rede da Figura P7.15, determine ioCt) para t > O.
6V
1 lill
3 kn 4 lill 3kn
Figura P7.15
296 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 7
2kD
t=O
2kD
4 kD V0 (t)
lOOµF
Figura P7.16
7.17 No circuito da Figura P7.17, determine v 0 (t) para t > O.
3 kf.l
v 0 (t)
Figura P7.17
7.18 Na rede da Figura P7.18, determine ioCt) para t > O.
6kn
12 V t=O
IOOµF
6kn 6kn
Figura P7.18
7.19 No circuito da Figura P7.19, determine v 0 (t) para t > O.
lkD
50µF 2kD
Figura P7.19
Cap. 7 Circuitos RC e RL 297
?.l O
ircuito da Figura P7.20, determine v 0 (t) para t > O.
6 ill
6k0
12 V
Figura P7.20
6k0 6 ill
+
6 ill
12 V
SOµF
t=o
Figura P7.21
8k0 +
SOµF
12V
t= o
Figura P7 .22
298 Análi se de Circu itos em Engen haria Cap. 7
=-= --- --- - -- -- --- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --- - - - --
7.23 Na rede da Figur a P7.23, determine iJt) para
t > O.
12 V
t =O
150µF
6 kQ
6k!:1
Figura P7.23
7.24 Na rede da Figur a P7.24, determine i (t) para
0 t > O.
6 kQ 200µF
12V
+
3kQ
t= o
4kQ
Figura P7 .24
7.25 No circuito da Figur a P7.25, determine v (t) para
0 t > O.
+ +
24 V 12V
lOOµF
lk!:1
3kn +
3 kQ 6 kf2 V0 (t)
t =o
Figura P7.25
Cap. 7 Circuitos RC e RL 299
t=O
+
12 V
6 kQ
Figura P7.26
6V
Figura P7 .27
4 ill 1 mA
I 600µF
200µF
io(t) 300µF
Figura P7.28
12 k!1 6 ill
Figura P7.29
300 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 7
r-LµF
3kQ 1 kn
2 kn
+
12 V
6V
50µF ISOµF +
1 kn
Figura P7.30
7.31 No circuito da Figura P7 .31 , determine v (t) para t > O.
0
60 2H 4 n
+ +
+
24 V Vo (t) 3 f2 t=O 6V
Figura P7.31
7.32 No circuito da Figura P7 .32, determine vo<t) para t > O.
4 n
20 +
·,~ p .,,_. •
t=O lH
2
3n 6 n v 0 (t)
+
12V
Figura P7 .32
7.33 Na rede da Figura P7 .3 3, determine iaCt) para t > O.
24 V
2n
12n
4 n 6n 3n 4Q
Figura P7.33
7.34 No circuito da Figura P7.34, determine v (t) para t > O.
0
60 60 2Q
+
+
12 V 40 V0 (t)
Figura P7.34
SOCIESC
Biblioteca
Cap. 7 Circuitos RC e RL 301
6Q sn
Figura P7.35
V 0 (t) 8Q 2Q 24 V
Figura P7 .36
12 Q
6Q
3H
t=O
Figura P7 .37
12V
6Q
12 Q
t=o +
2H v 0 (t)
4Q
2Q
Figura P7.38
302 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 7
4Q +
12 V 2Q V0 (t)
Figura P7.39
7.40 Na rede da Figura P7.40, determine iit) para t > O.
t=O
2H 40 30
Figura P7 .40
7.41 Na rede da Figura P7.4l, determine i0 (t) para t > O.
12 V
+
2Q
2H
+
20
24 V
4Q
t= o
Figura P7 .41
7.42 Na rede da Figura P7.42, determine iit) para t > O.
6Q
20
10
+
12V t=O
Figura P7.42
Cap. 7 Circuitos RC e RL 303
12V
t=O
4 n
2n 40
40
Figura P7.43
.-M rede da Figura P7 .44, determine i0 (t) para t > O.
-l
20
t =O
Figura P7 .44
7.4 o circuito da Figura P7.45, determine vo<t) para t > O.
so
24 V
2n
+
40 6n
Figura P7 .45
7.46 'o circuito da Figura P7.46, determine vo<t) para t > O.
12V 12 V
2H
t=O
+
4!1 6n
Figura P7 .46
304 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 7
4Q
12Q
12 V
+ 2H
t=O
2Q 60
Figura P7.47
7.48 No circuito da Figura P7.48, determine v 0 (t) para t > O.
3H
12 n vo(t)
4Q
Figura P7.48
7.49 No circuito da Figura P7.49, determine v 0 (t) para t > O.
6Q
12 V 12 Q
6Q +
+
6V
t=o
Figura P7.49
Cap. 7 Circuitos RC e RL 305
l H
2
+
12 V
20
20
+
+
24 V 2Q
t=o
Figura P7.50
7 J 'o circuito da Figura P7.51, determine va<t) para t > O.
40
60
30 +
+
24 V vo(t)
Figura P7.51
7.52 Determine a expressão para v 0 (t), t > O, na rede da Figura P7.52.
20 40 ~ 2HY"\._ _ _--0
+
12 V vo(t)
Figura P7.52
7.53 Determine i0 (t) para t > O na rede da Figura P7.53.
60
12Q
+ io(t)
12 V 40
3A 2H
Figura P7.53
306 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 7
7.54 Determine vaCt) para t > O na rede da Figura P7.54. A tensão inicial do capacitor é mostrada na figura.
+
+
IV IOOµF 20 vo(t)
v5(t)=l2 é'V +
Figura P7.54
7.55 Determine v 0 (t) para t > O na rede da Figura P7.55.
20
Figura P7.55
7.56 Determine vaCt) para t > O na rede da Figura P7.56.
t=O
Figura P7.56
7.57 Determine a equação para a tensão v 0 (t), t > O, na Figura P7 .57a quando sujeita ao pulso de entrada mostrado na Fi-
gura P.57b.
+
3k0 2kn
+ v(t) ~:t . . . . .:
v(t) 6k0 200µF ......,...._
•
t (s)
]º
(a) (b)
Figura P7.57
7.58 Determine o relacionamento entre as tensões de entrada e saída para os circuitos mostrados na Figura P7.58.
R
R
e
R
Figura P7.58
---
1.s rede da Figura P7 .26, trace o gráfico para v 0 (t) para O:S t :s 3 s utilizando um incremento de 30 ms e usando o
Cap. 7 Circuitos RC e RL 307
7, a rede da Figura P7 .27, trace o gráfico para v o<t) para O:S t :s 4 s utilizando um incremento de 40 ms e usando o
PSP!CF..
,61
Onda a rede da Figura P7.61a, trace o gráfico para i0 (t) para um intervalo de quatro segundos e utilizando um incre-
mento de 20 ms caso a fonte de entrada i5(t) seja a mostrada na Figurá P7.61b.
3kQ
1 k!1 +
500µF
vo(t)
1 kQ 1 kQ
(a)
i/J) (A)
+1
.....·······;,.·, ,!
,•··········
...•········
o ....... 2 3 t (s)
(b)
Figura P7.61
7.62 Para a rede da Figura P7.6la, trace o gráfico para a corrente i0 (t) em um intervalo de 10 segundos utilizando um
incremento de 50 ms caso a entrada is(!) seja dada pela expressão
i8 (t) = 10(1- e- 114 )A O :S t :S 2s
= 10(1- e- 114 ) - lOe- (l - 2 ) A 2s:S t
7.63 Para a rede da Figura 7.61a, trace o gráfico para a tensão v 0 (t) em um intervalo de dois segundos utilizando um
incremento de 10 ms caso a entrada i5(t) seja
i,(t) = 10 e~" sen 4 nt A
7.64 Para a rede da Figura P7.6la, trace o gráfico para a corrente i0 (t) em um intervalo de quatro segundos utilizando um
in rementa de 20 ms caso a entrada is(t) seja como a mostrada na Figura P7 .64.
i,(t) (A)
+10
--+---0--1.;.: ---2-:- - - - - t ( s )
-10
Figura P7.64
308 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 7
7.65 Determine a tensão de saída vaCt) na rede da Figura P7.65 caso a tensão de entrada seja
v;(t) = 5[u(t) - u(t - 0,05)] V
v 0(t)
Figura P7 .65
7.66 Dada a rede da Figura P7.66, trace o gráfico v(t) dentro de um intervalo de 10 segundos utilizando um
incremento
de 50 ms caso a fonte de entrada v (t) seja dada por
5
Vs(t) = 15(1- e- 112 ) V O ::5 t ::5 2 s
15(1- e-,n) - 15e-U- 2 l V 2 s ::5 t
Figura P7 .66
7.67 Para a rede da Figura P7.66, trace o gráfico da saída v(t) dentro de um intervalo de dois segundos utilizando
um
incremento de 10 ms caso a entrada seja v (t) = lOe- 21 sen 4 1tt V.
5
7.68 Para a rede da Figura P7.66, trace o gráfico da tensão v(t) em um intervalo de dois segundos utilizando
um incre-
mento de 10 ms caso a tensão de entrada v (t) seja a mostrada na Figura P7.68.
5
v 1(t) ( V)
15
o 2 3 t(s)
Figura P7.68
7.69 Para a rede da Figura P7.66, trace o gráfico da tensão v(t) durante um intervalo de seis segundos utilizando
um
incremento de 30 ms caso a tensão de entrada v (t) seja como a mostrada na Figura P7.69.
5
v.,(r)(V)
15
o 2 4 t (s)
Figura P7.69
7.70 Utilize o PSPICE para determinar o pulso de resposta da rede da Figura 7.70a caso a entrada seja a mostrada
na Fi-
gura P7 .70b. Modele o amp-op com A = 10 5, Ri = oo e R = O.
0
v,(t)(V)
+
v,(t)
v 0 (t) 10.
O t (s)
00 00
Figura P7.70
CAPÍTULO
!b
MAKRON
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Neste capítulo estenderemos nossa análise dos circuitos que contêm somente um elemento de armaze-
namento àqueles em que um indutor e um capacitor estão presentes simultaneamente. Apesar de os circuitos
RLC serem mais complicados que aqueles analisados no Capítulo 7, usaremos um desenvolvimento seme-
lhante ao descrito anteriormente para obter uma solução.
Nossa apresentação trata somente de circuitos simples, uma vez que a análise pode se tornar muito
complexa para redes que contenham mais de um laço ou mais de um nó além do nó de referência. Uma vez
que tenhamos apresentado o desenvolvimento matemático das equações de resposta, vamos analisar várias
redes em que os parâmetros tenham sido escolhidos para ilustrar os diferentes tipos de resposta. Além disso,
estenderemos a análise usando PSPICE a redes que contenham um indutor e um capacitor.
Um método eficiente para obter uma solução matemática geral para as redes RLC será apresentado
no Capítulo 17.
V 1
R+L f'10
dv
v(x)dx+iL(t 0 )+Cdt=i 5 (t)
309
310 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 8
d 2v 1 dv v di
c - + - - + - = -5
dt2 R dt L dt
e
d 2i 5 di i dv
L-+R-+-=-
dt2 dt C dt
Uma vez que ambos os •circuitos conduzem a uma equação diferencial de segunda ordem com coe-
ficientes constantes, iremos concentrar nossa análise nesse tipo de equação.
v(t)
R
L e
(a)
i(t)
e
L
vs(t)
(b)
Figura 8.1 Circuitos RLC em série e em paralelo.
Mais uma vez utilizamos o fato de que se x(t) = xpCt) é uma solução para a Equação 8.1, e se x(t) =
xpCt) é uma solução para a equação homogênea
d 2 x(t) dx(t)
--2- + ª1 -d- + ª2x(t) = o
dt t
então
x(t) = x P(t) + Xc (t)
é uma solução para a Equação original 8.1. Se novamente nos restringirmos a uma função de entrada cons-
tante [ou seja,f(t) = A], o desenvolvimento no início do Capítulo 7 mostra que a solução da Equação 8.1 será
da forma
(8.2)
Cap. 8 Circuitos RLC 311
Isto significa que x 1 (t) = K 1e si 1 é uma solução da Equação 8.3 e que x 2 (t) = K 2 e s2' é também uma
olução da Equação 8.3; isto é,
d2 d
- ( K 1e si ' )
dt2
+ 2a -(K
dt 1
e si ' ) + w o K 1e si '
2
=O
e
d2 d
- ( K e s2 1 )+2a-(K e s2')+w 2 K e sz t =O
dt z 2 dt z o 2
Note que a soma dessas duas soluções é também uma solução. Portanto, em geral, a solução com-
plementar da Equação 8.1 é da forma
(8.7)
K1 e K2 são constantes que podem ser avaliadas a partir das condições iniciais i (O) e dx(O)ldt. Por
ex mplo, uma vez que
312 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 8
então
x(O) = K 1 +K 2
e
s1 =-a+.J-(w6-a 2 ) =-a+jwn
S2 = -a -.J-c W ~- a
2
) = -a - jw n
onde j =H e w 11 =.Jw 6- a 2 . Nesse caso, s 1 e s2 são números complexos. A resposta natural é então
x c(t) = K,e-{ a- Jw,.)t +K2e-{a-Jwn)t
Essa equação pode ser simplificada da seguinte maneira. Em primeiro lugar, a equação pode serre-
escrita como
Xc(t) =e-ar(Kie jw,.r +Kze- jw,.t)
e - jO = cos 0 - j sen 0
obtemos então
x c(t) = e-ª [K 1 (cosw ,.t + j sen w nt) + K 2 (cos w nt- j sen w t)]
1
11
onde A 1 e A 2 , como K 1 e K2 , são constantes, as quais são avaliadas usando-se as condições iniciais x(O) e
dx(O)/dt. Caso xJt) seja real, K 1 e K2 serão complexos e K 2 = K1*. A 1 = Kl + K 2 é portanto duas vezes a
parte real de K 1 , e A 2 = jK 1 - jK2 é -2 vezes a parte imaginária de K 1 . A 1 e A 2 são números reais. Isto ilustn1
que a resposta natural é uma resposta oscilatória exponencialmente amortecida.
Caso 3, a = w 0 . Esse caso, chamado de criticamente amortecido, resulta em
s 1 =s 2 =-a
como mostrado na Equação 8.6. Portanto, a Equação 8.7 reduz-se à
Cap. 8 Circuitos RLC 313
Empregando-se a substituição,
x 2 (t) = x 1(t)y(t) = K 3e-ai y(t)
Equação 8.10 se toma
d2 . d
- [K 3e-ª ' y(t)] + 2a -[K 3e-w y(t)] + a 2 K 3e-ai y(t) = O
dt 2 dt
Avaliando-se as derivadas, temos
-
d [
K 3e-w y(t)
]
= K 3a 2 e-a, y(t) - dy(t)
2K 3 ae-ª' - - + K 3e - ai d y(t)
&2 & &2
Substituindo-se essas expressões na equação acima, tem-se
K 3e
-'-a, d 2 y(t) =O
2
dt
Logo,
d 2 y(t)
- - 2= O
dt
e de a forma
termos ±e-a, definem o que é chamado de envelope de resposta, e as oscilações amortecidas (ou seja, as o ci-
lações de amplitude decrescente) mostradas pela forma de onda da Figura 8.2b estão confinadas a esse enve.
lope.
... .·
·.·
(a)
Subamortecido
(b)
Figura 8.2 Comparação de respostas sobreamortecida, criticamente amortecida e subamortecida.
Exercícios
ES.1 Um circuito RLC em paralelo possui os seguintes parâmetros: R = 1 Q , L = 2 H e C = 2 F. Calcule o
quociente de amortecimento e a freqüência natural não-amortecida dessa rede.
Resp.: a = 0,25, w 0 = 0,5 rad/s .
ES.2 Um circuito RLC em série consiste de R = 2 Q , L = 1 H e um capacitor. Determine o tipo de resposta
apresentada pela rede caso (a) C = ½ F, (b) C = 1 F e (c) = 2 F.
Resp.: (a) Subamortecido, (b) criticamente amortecido, (c) sobreamortecido.
Exemplo 8.1
Consideremos o circuito em paralelo mostrado na Figura 8.3. A equação diferencial de segunda ordem que
descreve a tensão v(t) é
2
d v l dv v
-+
2
--+-=O
dt RC dt LC
Cap. 8 Circuitos RLC 315
v(t)
+
R L e
No entanto, a segunda condição inicial não é dv(O)/ dt. Se fosse esse o caso, avaliaríamos simples-
mente a equação acima no instante t = O. Isto produziria uma segunda equação nas variáveis K 1 e K2 . Po-
demos, entretanto, contornar esse problema notando que a equação nodal para o circuito pode ser escrita
como
ou
dv(t) -1 iL(t)
--+ - v(t)--
dt RC C
No instante t = O,
dv(O) -1 1 .
----:it = RC v(O) - e zL( O)
= -2,5(4) - 5(-1)
= -5
316 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 8
dº (O)
_l_L_ = -2K - O 5K
dt 3 ' 4
No entanto, mais uma vez não conhecemos diL(O)/dt. Sabemos apenas que
d. (O)
v(O) =L _ i_L_
dt
e portanto
di L (0) v(O) 4
dt L 5
Dessa forma,
=5 :t (-½ -1 e-
21
e-o.si )
que é, obviamente, igual à expressão derivada anteriormente. A curva de resposta para essa tensão v(t) é
mostrada na Figura 8.4.
Cap. 8 Circuitos RLC 317
v(I)
4,8
4,2
3,6
~ 3,0
o
"º"'
=
~
2,4
1,8
1,2
d 2i R di i
- 2
+ - -+-=O
dt L dt LC
Uma comparação dessa equação com as equações 8.3 e 8.4 ilustra q~ara um circuito RLC em sé-
rie o coeficiente de amortecimen to é RllL e a freqüência de ressonância é 1/ ✓ LC. Substituindo -se os valores
dos elementos do circuito na equação acima, tem-se
d2i di
- +6 - +25i =O
dt 2 dt
A equação característica é então
s
2
+ 6s + 25 =O
e as raízes são
SI = -3 + j4
S2 = -3 - j4
i
Uma vez que as raízes são complexas, o circuito é subamortecid o, e a expressão para i (t) é
i(t) = K 1e- 3' cos4t+K 2 e- 3' sen4t
Utilizando as condições iniciais, temos que
i(O) = 4 = KI
:o
318 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 8
e daí
d 1"(O)
- -
dt == -3K i + 4K
2
Apesar de não conhecermos di(O)/dt, podemos achá-la via LKT. Do circuito vemos que
d'(O)
1
Ri(O) + L - dt
- + v e (0) == O
ou
di(O) R . Vc (O)
- - == --z(O) - - -
dt L L
6 4
== -1( 4) + 1
== -20
Portanto,
-3KI + 4K2 == -20
e uma vez que K 1 = 4, K 2 = -2. A expressão então para i(t) é
i(t) == 4e- 3' cos 4t - 2e- 3' sen 4t A
Veja que essa expressão satisfaz a condição inicial i(O) = 4.
A tensão sobre o capacitor poderia ser determinada via LKT usando-se esta corrente:
di(O)
Ri(t) + L - - + Vc (t) == 0
dt
ou
di(t)
Vc(t) == -Ri(t) - L dt
Substituindo a expressão acima para i(t) nessa equação, chega-se a
Vc(t) == -4e- 3' cos 4t + 22e- 3' sen 4t V
Veja que essa equação satisfaz a condição inicial vc(O) = - 4 V.
Uma vez que a equação característica era conhecida, poderíamos simplesmente assumir que v c (t)
era da forma
Vc(t) == K 3e- 3' cos4t +K 4e- 3' sen4t
As constantes K 3 e K 4 podem ser obtidas a partir das condições iniciais
Vc (O) == -4 == K 3
e
Essa expressão pode ser relacionada às condições iniciais conhecidas utilizando-se a expressão
i(t) == C dv e (t)
dt
Cap. 8 Circuitos RLC 319
ou
dvc i(t)
dt C
Igualando as duas expressões acima e avaliando a equação resultante no instante t = O, tem-se
i(O)
- = -3K 3 +4K 4
e
100 = -3K + 4K 3 4
8,0
6,0
4,0
o
!~ 2,0
~ o ······················· •···················
-2,0
-4,0
-6,0
0,0 ~~~~~~~~~~~~~-~~~~~~~~
0,0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5 1,8 2, 1 2,4 2,7 3,0
Tempo (s)
Figura 8.6 Resposta subamortecida.
Exemplo 8.3
Vamos examinar o circuito da Figura 8.7, que é um pouco mais complicado do que os dois últimos conside-
rados. As duas equações que descrevem a rede são
di(t)
L- + R 1i(t) + v(t) = O
dt
. dv(t) v(t)
z(t) = c--+-
dt R2
Substituindo a segunda equação na primeira, tem-se
2
dv R1 + R2
--+
2
- - +R-1 ) -+---v=O
d v ( 1
dt R 2 C L dt R 2 LC
Se os parâmetros do circuito e as condições iniciais são
R 1 =10Q C=fF Vc(O)=lV
R2 = 8 Q L = 2H i L (O) = ½A
320 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 8
i(t)
RI
i l(O)
1 L
Vc(O) e v(t) Ri
Além disso,
Entretanto,
dv(t) i(t) v(t)
= - ---
dt C R2C
Igualando essas duas expressões e avaliando a equação resultante em t = O, obtém-se
1/ 2
- - -1 = -3K 1
+K 2
1/ 8 1
3 = -3KI + K 2
Uma vez que K 1 = 1, K 2 = 6 e a expressão para v(t) é
v(t) = e- 3 , + 6te - 3' V
Note que a expressão satisfaz a condição inicial v(O) = 1.
Como demonstrado nos exemplos anteriores, uma vez que as raízes da equação característica se-
jam conhecidas, a corrente i(t) poderia ser expressa como
i(t) = K 3e - 3 , + K 4 te- 3'
Cap. 8 Circuitos RLC 321
di(t) .
- - = -3K 3e- 3, + K 4 e- 3,
dt
- 3K te- 3'
4
di(t) R, . v(t)
- =--z(t)--
dt L L
Igualando as duas expressões e avaliando a equação resultante em t = O, tem-se
-3 = -3K 3 + K 4
Desse modo,
Portanto,
i(t) = ½e- 3, - f te- 3
' A
Se essa expressão para a corrente é empregada na equação do circuito,
di(t)
v(t) = -L dt - R 1i(t)
bt mo
v(t) = e - 3, + 6te - 3, V
que t idêntica à expressão derivada anteriormente. Essa função é mostrada na Figura 8.8.
•
v(t)
1,4
1,2
1,0
0,8
2o
"""' 0,6
~"'
0,4
0,2
....
0,0 ······· ·· ····· ·· ··········
- 0,2 ~~~~~~~~~~~-~~~~~~~~~~
0,0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5 1,8 2, 1 2,4 2, 7 3,0
Tempo (s)
Figura 8.8 Resposta criticamente amortecida.
Exercícios
ES.3 A chave da rede da Figura E8.3 se abre no instante t = O. Detennine i(t) para t > O.
322 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 8
2H
1F
i(t)
Figura ES.3
Resp.: i(t) = -2e-' + 4e-r A.
12
ES.4 A chave da rede da Figura E8.4 se move da posição 1 para a posição 2 no instante t = O. Detenrunc
para t > O.
2
Figura ES.4
Exemplo 8.4
Consideremos o circuito mostrado na Figura 8.9. Esse circuito é o mesmo analisado no Exemplo .2. com
exceção da função de entrada constante. Os parâmetros do circuito são os mesmos usados no Exemplo .2:
C = 0,04F iL (O)=4A
L =l H Vc (O) = -4 V
R = 6Q
Queremos determinar uma expressão para vc(t) para t > O.
Baseados em desenvolvimentos matemáticos anteriores, sabemos que a solução geral par
problema consiste de uma solução particular mais uma solução complementar. Do Exemplo 8.2 sab m
31 31
a solução complementar é da forma K 3e- cos 4t + K4e- sen 4t. A solução particular é uma constante, j
a entrada é uma constante e, portanto, a solução geral é
Vc(t) = K 3 e - 3' cos 4t + K 4 e- 3' sen 4t + K5
Examinando o circuito, vemos que no estado estacionário o valor final de Vc(t) é 12 , um ' z
que em regime permanente o indutor é um curto-circuito e o capacitar é um circuito aberto. Portanto K = 12.
O valor final poderia também ser calculado a partir da equação diferencial. A solução tem então a eguintt
forma geral
Vc(t) = K 3e- 3' cos 4t + K 4 e- 3' sen 4t + 12
As condições iniciais podem agora ser usadas para determinar as constantes K 3 e K4 .
Vc(O) = -4 = K 3 +12
-16 = K 3
Uma vez que a derivada de uma constante é zero, os resultados do Exemplo 8.2 mostram que
12u(t) (V) +
C vc(O)
Figura 8.9 Circuito RLC em série com uma função degrau de entrada.
Exemplo 8.5
Vamos examinar o circuito mostrado na Figura 8.10. Examinand o esse circuito em detalhes, vemos
que ele é
idêntico àquele mostrado no Exemplo 8.3, exceto pela presença de uma entrada constante. Assumimo
s que o
circuito está em um estado estacionári o em t = O -. As equações que descrevem o circuito para t
> O são
di(t)
L -
dt
+ R 1i(t) = v(t) = 24
. v(t) dv(t)
l(t) = C-~+ -
dt R2
Combinan do essas equações, obtemos
2
d v(t)
dt 2
+ (-1~ + !!J._)
R 2C L
dv(t)
dt
+ R1 +
R 2 LC
R 2 v t
()
=~
LC
Caso os parâmetro s do circuito sejam R = 10 Q , R = 2 Q, L = 2 H e C =¼ F, a equação diferen-
1 2
cial para a tensão de saída se reduz a
s
2
+ 7s + 12 = O
e daí as raízes são
S1 = -3
S2 = -4
A resposta do circuito está sobreamor tecida, e portanto a solução geral é da forma
v(t) = K1e_3, +K2e -4' +K3
O valor da tensão em regime permanent e, K , pode ser calculado da Figura 8. lla. Note que
3
v(oo) = 4 V = K 3
As condições iniciais podem ser calculadas da Figura 8.llb e c, que são válidas em t = O - e t =O
+, respectivamente. Note que v(O +) = 2 V e desse modo da equação de resposta
v(O+) = 2V = K 1 +K 2 +4
-2 = Kl +K2
A Figura 8. llc ilustra que i(O +) = 1. Da equação de resposta vemos que
dv(O) = -3K - 4K
dt l 2
324 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 8
+
+
24 V
+
e R, v(t)
Figura 8.10 Circuito RLC em série/paralelo com uma função de entrada constante.
e uma vez que
dv(O) i(O) v(O)
dt e
= 4- 4
=O
então
o= -3Kl - 4K2
Resolvendo-se as duas equações para K 1 e K 2 obtém-se K 1 =-8 e K 2 =6. Portanto, a solução geral
para a resposta da tensão é '
v(t) =4 - 8e- 3 ' + 6e- 4 ' V
Repare que essa equação satisfaz tanto os valores iniciais como os finais de v(t). •
i(oo)=2A lOQ
24 V 2Q v(oo) = 4V
t = 00
(a)
i(O-) = 1 A
lOQ +
12 V Vc(O-) = 2V 2Q v(0-) = 2V
t = 0--
i(O+) = 1 A (b)
i(0+)
24 V 20 v(0+) =2V
t= O+
(e)
Figura 8.11 Circuitos equivalentes em t = oo , t = O- e t = o+ para o circuito da Figura 8.10.
--
exercício
E8.5
Cap. 8 Circuitos RLC 325
A chave na rede da Figura E8.5 se move da posição 1 para a posição 2 no instante t =O.Calcule iaCt) para
t > O e utilize essa corrente para determinar v aCt) para t > O.
io(t)
6Q 2H +
24 V
Figura ES.5
Resp.: i0 (t) = - ½e- 31 + e -ó, A, v 0 (t) = 12 + 18i0 (t) V.
Esses exemplos indicam claramente que mesmo a solução geral de circuitos RLC simples pode ser
b Lante complicada. Apesar de podermos continuar com a nossa análise matemática atual e as técnicas pre-
eat para resolver redes mais genéricas, existem métodos melhores. Por exemplo, no Capítulo 17 a técnica
de transformada de Laplace será aplicada para analisar circuitos RLC com funções variadas de entrada, então
0 leitor descobrirá que a técnica da transformada não só é mais fácil de usar como também fornece uma visão
adicional na análise.
Exemplo 8.6
O ircuito RLC no Exemplo 8.2 foi redesenhado para uma análise com PSPICE na Figura 8.12. Vamos escre-
ver o programa PSPICE que vai traçar o gráfico da tensão no capacitor em intervalos de O, 1 s dentro de um in-
t rvalo de três segundos.
0
R=6Q
-
L=lH
4A
C= 0,04F
0
=0
Figura 8.12 Circuito da Figura 8.5 redesenhado para análise PSPICE.
0.5 A l L= 2 H
+
R2 = 80 v(t)
=0
Figura 8.13 Circuito do Exemplo 8.3 redesenhado para análise com PSPICE.
Exemplo 8.8
Dada a rede da Figura 8.14a, vamos traçar o gráfico de v 0 (t) e i 0 (t) para t > O em um intervalo de 10 segundo
utilizando um incremento de 100 ms.
As condições iniciais são derivadas da rede da Figura 8.14b. O programa PSPICE para tal circuito é
INITIAL NETWORK
Vl 1 o DC 12
vx 2 5 DC o
Rl 1 2 3
R2 3 o 6
R3 4 o 2
Ll 5 3 1
Cl 3 4 2
* USE DC ANALYSIS
.DC Vl 12 1
. PRINT DC I (VX) V(3) V(4)
.END
o PSPICE não fornece a tensão entre os nós 3 e 4. No entanto, V(3) e V(4) podem ser utilizados para
determinar V(3) - V(4) = 8 V. l(VX) = 1,33 A. A rede para t > O é mostrada na Figura 8.14c. O programa
para essa rede é
FINAL NETWORK
Rl 1 3 6
R2 2 o 2
Ll 1 o 1 IC=l.33A
Cap. 8 Circuitos RLC 327
Cl 2 1
2 I C=8V
vx 3 o
DC o
* USE TRANS IENT ANALYS I S
. TRAN .1 10 UI C
. PROBE
.END
Os gráficos para v 0 (t) e i 0 (t) estão mostrados na Figura 8.15a e b, respectivamente. •
2F
+
2n vo(t)
(a)
\ 1
+ - .... -
vx
®
G),,
I
-+>,
\
= o
(b) (e)
=
Figura 8.14 Redes utilizadas no Exemplo 8.8.
vº"' (t) (V)
8
o 2 4 6 8 10
Tempo (s)
Figura 8.1 Sa Curva de saída para o Exemplo 8.8.
328 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 8
i0 ,.(t) (A)
0,50
-0,5
-1,0
-1 ,5 ~ - - - ~ - - - - ~ - - - ~ - - - - - - - ~
o 2 4 6 8 10
Tempo (s)
Figura 8.15b Curva de saída para o Exemplo 8.8.
Exemplo 8.9
Considere a rede mostrada na Figura 8.16a. A rede está rotulada para uma análise PSPICE como mostrado na
Figura 8.16b. Desejamos traçar o gráfico de saída da tensão v 0 ut(t) para t > O em um intervalo de 10 segundos
utilizando um incremento de 100 ms.
As quatro entradas para a rede são as seguintes:
1. O pulso mostrado na Figura 8 .17 a.
2. A fun ção linear por partes mostrada na Figura 8.17b.
3. A função exponencial definida pela equação
V; 0 (t) = 10(1- e- 114 ) V O :5 t :5 3s
= 10(1 - e -, 14 ) - lOe - (t-3) V 3 s :5 t
4. A função senoidal é definida pela equação
V ;0 (t) = IOe- 0 •5' sen 2m V
O programa para a rede com a primeira entrada é
PULSE INPUT
VI N 1 o PWL ( o 10 1 10 1 . 001 o 10 o)
Rl 1 2 SK
R2 2 o l 0K
R3 3 o 10K
R4 4 o SK
Cl 3 4 250UF IC=Ü
Ll 2 3 2 5MH I C=0
* TRANSF ER FUNCTIONS AND TRANSIENT ANALYSIS
.TF V(4) VIN
.TRAN . 1 10 UIC
.PROBE
.END
Cap. 8 Circuitos RLC 329
250µF
5KQ +
+
V;n(t) lOkQ !OkQ 5 ill
V ont (f)
(a)
CD 0 0 ©
R, L,
e,
vin R2 R,
®
(b) -=-
Figura 8.16 Circuitos utilizados no Exemplo 8.9.
V;n (t) (V)
10 ............. .
..
o t (s)
(a)
10
o 2 4 t (s)
(b)
Figura 8.17 Entradas para o Exemplo 8.9.
Caso o comando da tensão de entrada no programa original seja substituído por esse comando, as
tensões de entrada e saída são as mostradas na Figura 8.19.
O comando PSPlCE para a terceira entrada é
VIN 1 0 EXP (O 1O O 4 3 1)
Caso o comando de entrada da tensão no programa original seja substituído por esse comando para
a fonte exponencial, as tensões de entrada e saída serão as mostradas na Figura 8.20.
o
330 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 8
10 .. .... . .
~
,.,o
"'e:
~
~
,.,o
"'e:
~
v out
o ...... . . .. . .. . . . . . .
, .
...... ... ...... . . .. . . . .
-s.______._____.._______._____..______,
O 2 4 6 8 10
Tempo (s)
Figura 8.19 Gráficos de entrada e saída para a segunda entrada no Exemplo 8.9.
Cap. 8 Circuitos RLC 331
V1n
~
o
•,;; 2
"
~
VGUI
-2 ' - - - - ~ - - - ~ - - - ~ - - - _ . _ - - - ~
o 2 4 6 8 10
Tempo (s)
Figura 8.20 Gráficos de entrada e saída para a terceira entrada no Exemplo 8.9.
~
o
'~ o
~
-5
Exercícios
ES.6 Para a rede da Figura E8.6, utilize o PSPICE para traçar o gráfico da resposta transiente de i(t) de O a 0,5
com um incremento de 10 ms.
100 V.
(''º~
+
IOQ IH
t(s)
-
IOOOµF
T
Figura ES.6
ES.7 Dada a rede da Figura E8.7a, utilize o PSPICE para traçar o gráfico de v aCt), O$ t $ 10 s, utilizando um
incremento de 100 ms caso a entrada seja a mesma da Figura E8 .7b.
Resp.:
i(t) (A)
1,5 - - - - - - .- r · ·
-2,5
0,15 t (s)
Figura ES.7
V 1(t) {V)
+ 10
lF
20 40 20 vo(t)
o t (s)
(a) (b)
Resp.:
vi(t) (V)
1,25
o: 2
····· ···· ··· t (s)
--0,25
8.5 Resumo
Mostramos que a análise de circuitos RLC nos conduz a uma equação diferencial de segunda ordem. As
raízes da equação característic a do circuito determinam o tipo de resposta. Tais raízes são uma função dara-
zão de amortecimento do circuito e da freqüência não-amortecida ressonante. Caso as raízes sejam reais e
diferentes, a resposta será sobreamortecida; caso as raízes sejam conjugados complexos, a resposta será su-
bamortecida; e caso as raízes sejam iguais e reais, a resposta será criticamente amortecida.
Finalmente, a análise PSPICE de circuitos RLC foi apresentada.
Cap. 8 Circuitos RLC 333
pontos-Chave
• A equação característica para um circuito RLC é s2 + 2as + w 2 = O, onde a é o quociente de
0
amortecimen to e w 0 é a freqüência de ressonância não-amortec ida.
• As duas raízes da equação característica para um circuito RLC são reais e diferentes se a > w ;
0
elas são números complexos se a <w 0 . e são reais e iguais se a =w .
0
• A resposta de ~m circuito RLC é dita sobreamorte cida se as raízes da equação característica da
rede são reais e diferentes, subamortecid a se elas são números complexos e criticamente amorte-
cida se elas são reais e iguais.
• A análise PSPICE de redes contendo tanto um indutor como um capacitor pode ser feita exata-
mente da mesma maneira como descrito no Capítulo 7.
Problemas
8.1 A tensão v 1(t) em uma rede é definida pela equação
2
d vi(t) + 2[dv 1(t)] + Sv 1(t) = 0
dt 2 dt
Determine:
(a) A equação característica da rede.
(b) As freqüências naturais do circuito.
(e) A expressão para v 1(t).
8.2 A tensão de saída de um circuito é descrita pela equação diferencial
dv2
0 (t)
- --+6
[dv
-
(t)] + 10v (t) = O
0
-
dt 2 dt 0
Determine:
(a) A equação característica da rede.
(b) As freqüências naturais do circuito.
(e) A expressão para v 0 (t).
8.3 A corrente terminal em uma rede é descrita pela equação
Determine:
(a) A equação característica da rede.
(b) As freqüências naturais do circuito.
(e) A expressão para vo<t).
8.5 A equação diferencial que descreve a corrente io<t) em uma rede é
2
d i0 (t) + 6[di 0 ( t)] + Si (t) =0
dt 2 dt 0
Determine:
(a) A equação característica da rede.
(b) As freqüências naturais do circuito.
(e) A expressão para iJt).
8.6 A equação diferencial para a tensão v (t) em uma rede é
1
-d 2v1(t)
- - +7 [dv1t]
- +1 2V 1()
t -- O
dt 2 dt
334 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 8
Determine:
(a) A equação característica da rede.
(b) As freqüências naturais do circuito.
(e) A expressão para v 1(t).
8.7 Os parâmetros para um circuito RLC em paralelo são R = 1 Q, L = 1/5 H e C = ¼ F . Determine o tipo de amorteci-
mento apresentado pelo circuito.
8.8 Um circuito RLC em série contém um resistor R = 2 Q e um capacitor C = 1/8 F. Selecione o valor do indutor para
que o circuito esteja criticamente amortecido.
8.9 A corrente em uma rede RLC é descrita pela equação
--
2
d v 0 (t)
2- + 8[dv
- 0-
(t)] + 16v 0 (t) =O
dt dt
Se as condições iniciais são vo<O) = 1 e v 0(0) = 2 V, determine vo<t) para t > O.
8.13 A tensão de saída de um circuito RLC é descrita pela equação
-
2
d v 0 (t)
- - + 7[dv
- 0-
(t)] + !Ov 0 (t) = 20e- 3'
dt 2 dt
Se v 0 (0) = 4 V e v0(0) = O, determine vo<t) para t > O.
8.17 A tensão v 1(t) em uma rede RLC é dada pela expressão
2
d v 1(t)
- -2 + 2[dvi(t)]
- - + V 1(t) = 4
dt dt
Se v 1(O) = O e v; (O) = 1V, determine v 1(t) para t > O.
-.18 A corrente i 1(t) é dada pela expressão
Cap. 8 Circuitos RLC 335
iL (O)
+ +
2H v(t) 5Q vc(0)
-=
Figura PS.21
.12 Dado o circuito e as condições iniciais do Problema 8.21, determine a corrente no indutor.
8.23 No circuito criticamente amortecido mostrado na Figura PS.23, as condições iniciais nos elementos de armaze-
nagem são iL(O) = 2 A e vc(O) = 5 V. Determine a tensão v(t).
iL (O)
+
+
vJ0) 0,01 F v(t) 10 Q 4H
Figura PS.23
.24 Dado o circuito e as condições iniciais do Problema 8.23, determine a corrente iL(t) que flui através do indutor.
8.15 Dado o circuito da Figura PS.25, ache a equação para i(t), t > O.
t= o i(t)
•
13
3Q
+
12 V
sF
½H
Figura PS.25
336 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 8
8.26 O circuito mostrado da Figura P8 .26 tem chave fechada no instante t = O. Determine a tensão para v (t), t > O.
0
8Q
12 V
Figura PS.26
8.27 No circuito mostrado na Figura P8.27, determine v(t), t > O.
t= o
+
2Q v(t)
Figura PS.27
8.28 Dada a rede da Figura P8 .28, utilize o PSPlCE para traçar o gráfico de v/t) em um intervalo de 10 segundos come-
çando em t =Ousando um incremento de 100 ms.
Figura PS.28
8.29 Dada a rede da Figura P8.29, utilize o PSPICE para traçar o gráfico de v /t), em um intervalo de 10 segundos come-
çando em t = O usando um incremento de 100 ms .
+
t=o k.O 12 V
20 lO kn
6V + SOµF
lOmH 5 k.O
Figura PS.29
8.30 Dada a rede da Figura P8 .30, utilize o PSPICE para traçar o gráfico de v 0 (t), em um intervalo de 1O segundos come-
çando em t = O usando um incremento de 100 ms.
12 V
2H 4Q
Figura PS.30
Cap. 8 Circuitos RLC 337
). Dada a rede da Figur a PS.31, utilize o PSPICE
para traçar o gráfico de v (t) , em um intervalo
çando em t = O usando um incremento de 100 0 de 1O segundos come-
ms.
I= 0
+
12 V 6 n 2A t l F
Figura PS.31
8.32 Dada a rede da Figur a P8.32a e a tensão de entra
da mostrada na Figura P8.32b, utiiize o PSPIC
de vr,(t) no intervalo O :s t s 4 s com um incre E para traçar o gráfico
mento de 20 ms .
10
o t(s)
(a)
(b)
Figura PS.32
8.33 Dada a rede da Figur a P8.33a e a tensão de entra
da mostrada na Figur a P8 .33b, trace o gráfic
PSPICE, no intervalo O :S t s 10 s com um increment o de v 0 (1), utilizando o
o de 100 ms.
+
V;,(1)
V;n(I) (V)
2n 2n 2n +
10
IF 2A IH 1n 4 n vo(t)
O t(s)
w ~
Figura PS.33
8.34 Dada a rede da Figura PS .34 e a entrada
JQ 1H +
2n
Figura PS.34
338 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 8
8.35 Dada a rede da Figura P8.35a e a entrada mostrada na Figura P8.35b, utilizando o PSPICE trace o gráfico de v 0 (1) no
intervalo O ::5 1 ::5 4 s usando um incremento de 20 rns.
v 5(1) (V)
l0kO I00µF
10
+
+
o t(s)
(a) (b)
Figura PS.35
8.36 Repita o Problema 8.35 caso a tensão de entrada seja
Vs(t) = 10(1- e- I12 )V
= 10(1- e- I12 ) - lOe-(,- 3)! 4 A 3s< t
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Senóides e Fasore s 1
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o capítulos anteriores, foram consideradas em detalhes as respostas forçada e não-forçada de circuitos. Foi
verificado que a resposta natural, ou seja, a resposta não-forçada era uma característica da rede em questão e
que era independente da função de excitação (ou entrada). A resposta forçada, entretanto, depende direta-
mente do tipo da função de excitação, que até este ponto tem sido uma constante. Neste capítulo, uma forma
dii r nte, porém extremamente importante, de função excitante será considerada, a saber: a função de excita-
ção noidal. A natureza está repleta de exemplos de fenômenos senoidais, e apesar de isso ser relevante
p ra nós na medida em que consideramos diversos sistemas físicos, uma razão pela qual tal tipo de função é
ignificativa é o fato de esta ser a forma de onda dominante no sistema de energia elétrica. O sinal encontra-
do nas tomadas residenciais, de escritórios, laboratórios etc. é senoidal. Além disso, no Capítulo 18 será
mo trado, através da análise de Fourier, que qualquer sinal periódico pode ser representado como a soma de
nóides.
Este capítulo se concentrará no estudo da resposta em regime permanente de redes excitadas por
funções senoidais. As condições iniciais e os transitórios .serão ignorados, pois tais fenômenos eventual-
mente desaparecerão por completo nos circuitos considerados. Esse procedimento é chamado de análise em
r gim e permanente (ou estado estacionário) de circuitos ac. Entretanto, antes de prosseguir com essa aná-
Li e, a natureza da função senoidal deve ser completamente entendida.
9.1 Senóides
A fi m de dar início à discussão sobre funções senoidais, considere a senóide
x(wt) = XM senwt (9.1)
onde x(t) pode representar tanto v(t) quanto i(t). XMé a amplitude ou o valor máximo, w é a freqüência angu-
lar wt é o argumento da função seno. O gráfico da função na Equação 9.1 em função de seu argumento é
mo trado na Figura 9.la. Evidentemente, a função se repete a cada 2Jr radianos e, portanto, o período da fun-
ção é 2Jr radianos. Essa condição é descrita matematicamente como x(wt+2Jr)=x(wt) ou, de forma mais
geral, para um período T
x[w(t + T)] = x(wt) (9.2)
339
340 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 9
3n
2
7[ ir·. _:2n úJT
2
-----------··
(a)
x(t)
T 3T
·.. 2 4
T _: T
4
-XM - - - - - - - - - - -
(b)
Uma vez que wT=m como mostrado na Figura 9.la, tem-se que
I
I
\ ··.. / / 211: wr
\ I :
\ ·. I :
\ •. I .'
\ ·. / .
',~·:,: ..... ~--·
Figura 9.2 Ilustração gráfica de XM sen (wt + 0) adiantado
em relação a XM sen wt de 0 radianos.
Apesar de essa discussão ter focalizado a função seno, poderia ter
sido usada a função cosseno uma
vez que essas funções diferem apenas por um ângulo de fase, ou
seja,
A= X M cos 0
B=X Msen0
ou
342 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 9
Exemplo 9.1
Duas tensões v/t) e vi(t) são dadas por
v 1 (t) = 12 sen (377t + 45º) V
v 2 (t) = 6sen(377t -15º)V
Deseja-se determinar a freqüência das tensões e o ângulo de fase entre v j(t) e v 2(t).
A freqüência! em hertz (Hz) é dada pela expressão
w
f = -2JT = -377
2JT
= 60Hz
O ângulo de fase entre as tensões é de 45º - (-15º) = 60º; isto é, vj(t) está adiantada em relação a
vi(t) de 60° ou vit) está atrasada em relação a v 1(t) de 60º. •
Exemplo 9.2
Desejamos traçar o gráfico das curvas das seguintes funções: (a) v(t) = 1 cos (wt + 45°), (b) v(t) = 1 cos (wt +
225º) e (c) v(t) = 1 cos (wt- 315º).
Na Figura 9.3a é mostrada a curva da função v(t) = 1 cos wt. A Figura 9.3b mostra a curva da fun-
ção v(t) = 1 cos (wt + 45º). A Figura 9.3c mostra a curva da função v(t) = 1 cos (wt + 225º). Veja ainda que
v(t) = 1 cos (wt + 225º) = 1 cos (wt + 45º + 180º) •
v(wr)
(a)
v(wr)
-. 1
. 45º 135º
-45º _: 225º 315º WT
(b)
v(wr)
1 - - - - ,.. ...
(e)
(wt + 225 º)
Senóides e fasores
=-
343
Exemp lo 9.3
Determine o ângulo de fase entre as duas tensões v (t) = 12 sen (wt +
1
Usando -se a Equaçã o 9.9, v (t) pode ser escrita como
60°) V e v/t) =- 6 cos (wt + 30º) V.
2
v 2 (t) = - 6 cos (wt + 30º) = 6 cos (wt + 210º) V
Empregando-se então a Equação 9.7, obtemos
Rede
elétrica
linear
~
+
v(t)
Figura 9.4 Resposta da corrente a uma tensão aplicada em uma rede elétrica.
Exemplo 9.4
Consideremos o circuito da Figura 9.5. A equação LKT para esse circuito é
di(t)
L ~~
dt
+ Ri(t) = V M cos OJt
R
+
V(f)=VM COSWT
L
i(t)
Figura 9.5 Circuito RL.
Uma vez que a função de entrada é VM cos wt, assumimos que a componente de excitação de res-
posta da corrente i(t) é da forma
i(t) = Acos(wt +q>)
que pode ser escrita usando-se a Equação 9.11 como
i(t) = A cos q> cos wt - A sen q> sen wt
= A1 cos wt + A2 sen wt
Note que, como observado no Capítulo 7, essa equação tem a mesma forma da função de excitação
cos wt e sua derivada sen wt. Substituindo-se essa equação para i(t) na equação diferencial acima, tem-se
d
L - (A 1 cos wt + A2 sen wt) + R(A cos wt + A2 sen wt) = V M cos OJt
1
dt
Determinando a derivada indicada, produz-se
-A 1wL sen OJt + A 2 wL cos wt + RA 1 cos OJt + RA 2 sen wt = VM cos wt
A partir dos coeficientes equacionais das funções seno e cosseno, obtemos
-AIOJL + RA2 = Ü
AIR + A20JL = VM
ou seja, duas equações simultâneas nas variáveis A, e A,. Resolvendo-se essas equações para A, e A 2 tem-se
RVM
AI = R2 + w2 L2
wLVM
A2 = R2 + w2 L2
Cap. 9 Senóides e fasores 345
Logo,
. RVM
z(t) = 2 2
R +w
que. utilizando a última identidade da Equação 9.11, pode ser escrita como
i(t) = A cos (wt + <fa)
onde A e <p são determinados como se segue:
Desse modo,
<p
= -sen
A wL
tan<p --
A cos <p R
e portanto
_
1 wL
rp=-ta n ~
R
uma vez que
(Acos<p)2 +(Asen< p) 2 = A 2 (cos 2 <p +sen 2 rp) = A 2
R
2
vi
- - - - - - + -(wL)2 vi~ v2
(R2 +w2L2) 2
----- M
(R2 +w2L2) 2
VM
A=
✓R2 +w2L2
Dessa maneira, a expressão final para i(t) é
i(t) = 1
VM cos ( wt - tan- 1 wRL)
'\/R2 + w2 L2
A análise acima indica que rp é zero se L = O e daí i(t) está em fase com v(t).
Se R = O, rp = 90° e a
corrente está atrasada da tensão de 90º. Se R e L estão ambas presentes, a
corrente tem um atraso com rela-
ção à tensão de um ângulo entre 0° e 90º.
Esse exemplo ilustra um ponto importante - resolver um circuito de um laço
mesmo que simples
contendo um resistor e um indutor é bastante complicado se compara do a um
circuito de laço único contendo
dois resistores. Imagine por um momento quão trabalhoso seria resolver um
circuito um pouco mais compli-
cado utilizando o procedim ento empregado no Exemplo 9.4. Para evitar tal
método, vamos estabele cer uma
correspondência entre funções senoidais no tempo e números complexos. Mostrar
emos então que tal relacio-
namento conduz a um conjunto de equações algébricas para correntes e tensões
em uma rede (por exemplo,
correntes de laço e tensões nodais) nas quais os coeficientes das variávei s
são números complexos. A partir
daí, mais uma vez descobriremos que correntes e tensões em um circuito podem
ser determinadas resolven-
do-se um conjunto de equações algébricas; no entanto, nesse caso, sua solução
é complic ada pelo fato de que
as variáveis das equações têm coeficientes complexos em vez de reais.
O meio usado aqui para estabelecer um relacionamento entre funções senoidai
s variantes no tempo
e números complexos é a equação de Euler, que é escrita deste modo para
nossos propósitos:
e 1cv, = cos wt + j sen wt
(9.12)
Essa função complex a tem uma parte real e outra imaginária:
Re ) = cos wt
(9 .13)
Im (e cv = sen wt
1 1
)
•
346 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 9
onde Re (•) e Im (•) representam a parte real e a imaginária, respectivamente, da função entre parênteses.
Suponhamos que a função forçante da Figura 9.4 seja a seguinte tensão não-realizável
v(t) = V Mejwt (9.14
que, devido à equação de Euler, pode ser escrita como
v(t) = V M cos wt + jVM sen wt (9.15)
As partes real e imaginária dessa função são cada uma delas reais . Pensamos nessa função com-
plexa de excitação como duas funções de entrada, uma real e uma imaginária. Em conseqüência da linearida-
de, o princípio da superposição se aplica e daí a resposta da corrente pode ser escrita como
i(t) = IM cos (wt + ,p) + jJM sen (wt + ,p) (9.16)
onde I Mcos (wt + ,p) é a resposta devido a VM cos wt e jlM sen (wt + ,p) é a resposta devido ajlM sen wt. Essa
expressão para a corrente contendo tanto um termo real como um imaginário pode ser escrita via equação de
Euler como
Í(f) = I Mej (wt+<f,) (9.17)
Por causa dos relacionamentos acima, concluímos que melhor do que aplicar a função de entrada
VM cos wt e calcular a resposta IM cos (wt + ,p ), podemos aplicar a função complexa de entrada VM Jwt e cal-
cular a resposta lmeJ(wt + <P l, a parte real da qual é a resposta desejada IM cos (wt + ,p). Apesar de esse proce-
dimento inicialmente parecer mais complicado, na verdade ele não é. É por meio dessa técnica que
converteremos a equação diferencial em uma equação algébrica muito mais fácil de se resolver.
Exemplo 9.5
Mais uma vez, vamos determinar a corrente no circuito RL examinado no Exemplo 9.4. Agora, porém, em
vez de aplicarmos VM cos wt, aplicaremos VM e 1w'.
A resposta forçada será da forma
i(t) = /Me j (w+if,J
onde somente I M e ,p são desconhecidas. Substituindo-se v(t) e i(t) na equação diferencial para o circuito, ob-
temos
qy= =-t an
_
1 wl
-
R
No entanto, desde que nossa
função de ent rad a rea l era V
vcrd d é a par te rea l da res pos M cos wt e não VM eL 1
, nos sa res pos ta na
ta complexa:
i(t) == IM cos (wt + efl)
== VM
cos ( wt - tan - 1 -OJL)
1 2 +w
-vR 2L2 R
Repare que est a é idê ntic a
à res pos ta obt ida no exe
re tvida par a a cor ren te i(t) . mp lo ant erio r qua ndo a equ
açã o dif ere nci al foi
•
9.3 Fasores
fai uma vez vam os ass um
ir que a função exc itan te par
a um a red e line ar é da forma
v(t) == VMe 1"''
Ent ão tod a tensão ou cor ren
te em estado est aci oná rio na
qüência w; por exe mp lo, a red e terá a me sm a forma e
cor ren te i(t) ser á da forma a me sm a fre-
À me did a que pro sse gui mo i(t) = IM J (wt + <P)_
s com a aná lise de circ uito
então elim ina rem os o fator e s, vam os sim ple sm ent e not
Jwt, um a vez que ele é
com um a todos os term os nas ar a fre qüê nci a e
nand o termo e Jwr, temos equ açõ es descritas. Eli mi-
a ind ica ção de que toda ten
uma magnitude e fase. Por exe são ou cor ren te pod e ser com
mplo, um a tensão v(t) pod e ple tam ent e des crit a por
ser esc rita de forma exp one
nci al com o
v(t) == VM cos (wt + 0)
== Re[VMeJ (wr+ ei 3
ou mo um número com ple (9.18)
xo
Exemplo 9.6
ova mente, con sid ere mo s o
circ uito RL do Exe mp lo 9.4
. A equ açã o dif ere nci al é
di(t )
L - - + Ri( t) == VM cos OJt
dt
. A função exc itan te pod e ser
substituída por um a função
eJw t com fasor V= VM f..!1°. Sim de exc itaç ão com ple xa que
ilar me nte , o com pon ent e da é esc rita com o
tituído por um a fun ção com ple res pos ta for çad a da cor ren te
xa que é esc rita com o Ie Jwt i(t) pod e ser subs-
rior s, lem bra mo s que a sol com fasor I = IM Li_ .Da s
ução da equ açã o dif ere nci al nossas discussões ante-
Uti liza ndo a função exc itan é a par te rea l des sa corrente.
te com ple xa, achamos que
a equ açã o dif ere nci al se tor
na
L !!_ (Ie 1"' + Rie 1"'
1
)
1
== Ve 1w 1
dt
jwL ie WI + Rie 1"' 1 == Ve 1
1
"''
Repare que e Jwt é um fato
i to é, r com um e, corno já indica
do, pod e ser elim ina do dei
xan do os fasores,
jwL I +R I== V
348 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 9
Portanto,
V
I == - --
R + jwL
,1,
== / M L!f!_ VM
.J R 2 + w 2L 2 _
I
---;===== - tan - I wL
R
Daí
Exemplo 9.7
Converta as funções no tempo v(t) = 24 cos (377t - 45º) e i(t) = 12 sen (377t + 120º) em fasores .
Utilizando a transformação de fasores mostrada acima, temos
V= 24 /--45º
V= 12 /120º - 90º = 12 /30º
•
Exemplo 9.8
Converta os fasores V= 16 [2fJº e I = 10 /-75º do domínio da freqüência para o domínio do tempo, caso a
freqüência seja 60 Hz.
Empregando a transformação inversa para fasores, temos que
v(t) == 16 cos (377t + 20 º )
v(t) = 10 cos (377t - 75º)
•
-
f)(ercfcios
Cap. 9 Senóides e fasores 349
que e reduz a
+ +
(a) (b)
v,i
1m
..· · · . . ,v
I .·· / ...... )/i
.~
Re
-1 - wt
(e) (d)
onde
A partir da Equação 9.21 vemos que 0v = 0i e, desse modo, a corrente e a tensão para esse circuito
estão emfase.
Historicamente, números complexos têm sido representados como pontos em um plano em que
0
eixo das abcissas representa o eixo real, e o eixo das ordenadas, o eixo imaginário. O segmento que conecta a
origem ao ponto fornece uma representação conveniente da magnitude e ângulo quando o número complex
é escrito na forma polar. A revisão no Apêndice C mostra como tais números complexos ou segmentos
podem ser somados, subtraídos e assim por diante. Uma vez que fasores são números complexos, é conve-
niente representar graficamente os fasores da tensão e corrente como segmentos. Um gráfico de segmentos
representando tais fasores é chamado de diagrama de fasores ou diagrama fasorial. Tal representação gráfi-
ca de fasores fornece informação imediata da magnitude relativa de um fasor em relação ao outro, o ângulo
entre dois fasores e a posição relativa de um fasor em relação ao outro (ou seja, se um fasor está adiantado ou
atrasado em relação a um outro fasor). Um diagrama fasorial e as formas de onda senoidais para o resistor
são mostradas na Figura 9.6c e d, respectivamente . Um diagrama fasorial será desenhado para cada um dos
elementos do circuito no restante da seção.
Exemplo 9.9
Caso a tensão v(t) = 24 cos (377t + 75º) V seja aplicada a um resistor de 6 Q, como mostrado na Figura 9.6a,
desejamos determinar a corrente resultante.
Uma vez que o fasor de tensão é
V= 24 /75º V
o fasor de corrente da Equação 9.22 será
24
I = 1..JS'._ = 4/75° A
6
que, no domínio do tempo, pode ser escrito como
v(t) =L di(t)
(9.23)
dt
Substituindo a tensão e corrente complexas nessa equação, temos
que se reduz a
VM ej0c = jwLJ M ej0;
(9.24)
A Equação 9.24 na notação de fasores é
V= jwLI (9.25)
Cap. 9 Senói des e fasor es 351
(a)
(b)
Im
v(t), i(t) v(t) i(t)
.•·· ..ff_.···· ..v'
V
I
.~
OJ[
Re
(e)
(d)
Figu ra 9.7 Relacionamentos tensão-cor
rente para um indutor.
V 12/2 0º
I =
jwL wL/9 0º
=---------
12/2 0º
(377)(20
3
X 10- )/90 º
= 1,59 /-70 º A
ou
Exercício
E9.7 A corrente em um indutor de 0,05 H é I = 4
/-30º A. Caso a freqü ência da corre nte seja
mine a tensã o sobre o indutor. de 60 Hz, deter-
VL(t) = 75,4 cos (377t + 60°) V.
352 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 9
O relacionam ento tensão-corrente para o último elemento passivo, o capacitor, como mostrado na
Figura 9.8a, é
que se reduz a
v (t) e V e
(a) (b)
~· lm
--~V
v(t), i(t) i(t)
.... . _..,,. .· .
v(t)
,_..,--
0; = 0u + 90°
ú)/
Re
(e) (d)
Figura 9.8 Relacionamentos tensão-corrente para um capacitar.
Exemplo 9.11
A tensão v(t) = 100 cos (377t + 15º) V é aplicada a um capacitor de 100 µF, como mostrado na Figura
9.8a.
O fasor de corrente resultante é
I = jwC (100/15 º )
= (377)(100 X 10- 6
/90 º )(100/15 °)
= 3,77 /105 º A
- Portanto, a corrente expressa como uma função do tempo é
i(t) = 3,77 cos (377t + 105 º) A
Cap. 9 Senóides e fasores 353
•
exercfclo
E9.8 A corrente em um capacitor de 150 µFé I = 3,6 /-145 º A. Caso
a freqüên cia da corrente seja de 60 Hz,
determine a tensão sobre o capacitor.
Resp.: V e = 63 ,67 /-235º V.
Re(-jeJw' ) =senw t
e. d a forma,
= D cos (wt + 0)
nde fasor A -JB é escrito de forma polar como
A -JB =D@ .
onde D = ✓A 2 + B 2 e 0 = -tan-1 (BIA).
Exemplo 9.12
D ejamos converter a função
v(t) = 10 cos (377t + 30º) + 5 sen (377t - 20º)
m uma única função senoidal, utilizando o conceito de fasor.
A partir da discussão acima, notamos que
DLfL= A- JB
= 10/30 º - j(5 -/20 º )
= 10/30 º - 5/70 º
= 6,96/2 ,47 º
e ponarito
(9.32)
Uma vez que Zé a razão de V por I, a unidade de Zé ohms. Assim o conceito de impedância em
um circuito ac é análogo ao de resistência em um circuito de. Em forma retangular, a impedância é expre
como
Z(jw) = R(w) + JX(w) (9.33)
onde R(w) é o componente real, ou resistivo, e X(w) é o componente imaginário, ou reativo. De modo geral,
nos referimos simplesmente a R como a resistência e X como a reatância. É importante notar que R e X ão
funções reais de w e, portanto, Z(jw) é a freqüência dependente. A Equação 9.33 indica claramente que Z
um número complexo; entretanto, não é um fasor.
circui to
Zf!i - ac
Portanto,
Z = -JR 2 + X 2
(9. )
0z = tan -X - 1
R
Cap. 9 Senóides e faso res
355
onde
R = Zc os0 _
X= Z sen 0_
Tabela 9.2 Impedâncias
de elementos passivos.
Elemento Passivo Im ped ânc ia
R Z= R
L
Z = jwL = JX = wL I 90º,
L
XL = wL
e
z= j~C = JXc = l L!JSf:_ X = __1_
wC ' e wC
Par a elementos passivos ind
do mesmo mo do como era ividuais, a imp edâ nci a é com
bom sab er como determina o a mo stra da na Tab ela 9.2
r a resistência equ iva len te . No entanto,
ou em paralelo de um circui de uma combinação em sér
to de, queremos agora des ie
um circuito ac quando eleme cobrir com o det erm ina r a
ntos passivos estão intercone imp edâ nci a equ iva len te em
valente está baseada na LK ctados. Co mo a determina
T e LKC, devemos ver se tais ção da imp edâ nci a equi-
mos, por exemplo, que um leis são válidas no domínio
circuito é excitado por fon da freqüência. Suponha-
corrente em estado estacioná tes de tensão da forma cos
rio na rede será da forma cos (wt + 0m). En tão tod a
crita no domínio do tempo, (wt + 0k). Em qua lqu er nó
é do circuito, a LKC, es-
ou
11 +1 2 + ... +I ,,= 0
No entanto, essa equação
é simplesmente a LK C no
lhante, podemos mo stra r que domínio da freqüência. De
a LK T se aplica no domínio ma nei ra seme-
e a LKT são válidas no dom da freqüência. Uti liza ndo -se
ínio da freqüência, podem do fato de que a LK C
para resistores, que impedâ os mostrar, com o feito ant
ncias pod em ser combinada eriormente no Capítulo 2
combinações de resistores, s usando-se as me sm as reg
isto é, se Z , Z , Z , ... , Z ras que estabelecemos par
zs é 1 2 3 11
estão conectados em série,
a impedância equivalente
a
zs = z +z +z
1 2 1 + ... +z
e caso Zl' Z 2 , Zl' ... , Z,, est 11
(9.36)
eja m conectados em parale
lo, a imp edâ nci a equ iva len
te z,, é
- 1 = -1+ 1 1 1
zp z1 -
z 2+ -
z 3+ ... +Z- 11
(9.37)
Ex em plo 9º 14
Determine a imp edâ nci a equ
ivalente da red e mo stra da
calcule a corrente i(t) , cas na Fig ura 9.10, caso a freqüê
o a fonte de tensão v(t ) = ncia sej af = 60 Hz. En tão
equivalente, caso a fre qüê 50 cos (wt + 30º) V. Finalment
nci a seja f = 400 Hz. e, calcule a imp edâ nci a
Rr
356 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 9
i(t)
+
v(t)
C= 50µF
-j -j
Zc = -------= -j53,05Q
wC (2Jt
X X
6
60)(50
) 10-
Uma vez que os elementos estão em série,
Z=ZR+ZL+Zc
= 25 - }45,51 Q
a corrente no circuito é dada por
il I =V= 50Llir 50/ 30º
!
,1
- - - - - = 0,96/91,22º A
,1 Z 25 - }45,51 51,92 -/61,22º
"
.,/
ou, no domínio do tempo, i(t) = 0,96 cos (377t + 91,22º) A.
Se a freqüência é 400 Hz, a impedância de cada elemento é
ZR = 25Q
ZL = jwL = j50,27Q
Zc = ~~ = -j7,96Q
A impedância total é então
Z = 25 + }42,31 = 49,14 /59,42º Q
É importante notar que na freqüência f = 60 Hz, a reatância do circuito é capacitiva, isto é, se a
impedância está escrita como R + JX, X< O; no entanto, emf = 400 Hz, a reatância é indutiva, uma vez que
X>O. •
Exemplo 9.15
Determine a impedância equivalente do circuito na Figura 9.11 em 60 Hz. Calcule a tensão V 5 caso a cor-
rente I seja I = 0,5 /-22,98º A.
V, 20Q 40mH
ZR = 20Q
ZL = jwL = )(2:rc x 60)(40 x 10- = )15,08 Q 3
)
A imp edâ ncia equ ival ente dos
elementos em para lelo é
z = ZRZL
ZR +ZL
Utilizando os valores para ZR e
Zv obt ém- se
z= (20)()15,08)
20 + )15,08
= 3º 1•6ºL.2.Q'.' = 7 25 + ·9 61 Q
25,0 5/37 ,02º ' J '
O leit or dev enot ar que o com pon ente resistiv
que Z(jw ) == R(w ) + jx(w ) e, o da imp edâ ncia não é o resi stor
portanto, em geral, o com pon ente de 20 Q. Lem bre -se
uma fu nção de w. resi stiv o de uma imp edâ ncia equ
ival ente é
Se a corr ente I = 0,5 /-22 ,98º A,
a tensão V s é
Vs = IZ
= (0 ,5/- 22, 98 º)(1 2,04 /52 ,98 º)
= 6,0 2/3 0 º V
•
Exercícios
E9.9 Calcule a tensão v(t) na rede da
Figu ra E9.9 .
+
i(t) = 4 cos( 377t + 20º) A
10!1
v(t)
20m H
Figura E9.9
Resp.: v(t) = 50,1 cos (377t + 57°)
V.
E9.10 Determine a corrente i(t)
na rede da Figura E9 .10.
i(t)
20Q
v(t) = 120 sen
(3771 + 60º) V 50µ F
40m H
Figura E9.1 O
Resp.: i(t) = 3,88 cos (377t - 39,2
º ) A.
Y=_!_=_!_
Z V (9.38)
358 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 9
G+JB = l (9.41)
R+JX
Racionalizando o lado direito dessa equação, tem-se
. R-JX
G+1B = R-, + X
e portanto
R -X
G=---- B= - -- - (9.42)
R2 + X2 , Ri + X2
De maneira semelhante, podemos mostrar que
R = G
+ B2G2 (9.43)
-B
X = -- - -
G2 + B2
É muito importante notar que, em geral, R e G não são recíprocos. O mesmo é verdade para X e B.
O caso puramente resistivo é uma exceção. No caso puramente reativo, as quantidades são recíprocos negati-
vos um do outro.
A admitância dos elementos passivos separadamente é
1
y = - =G
R R
Exemplo 9.16
Se a impedância equivalente de uma rede é Z = 10 / 30º Q , calcular a admitância equivalente e desenhar o
circuito equivalente.
Convertendo-se Z para a forma retangular, tem-se
Z = 10 / 30º
= 8,66 + }5 ,0 Q
Cap. 9 Senóides e fasore s 359
A admitância é então
y =.!_
z
= 0,1 /-30º
= 0,0866 - j0,05 S
Os circuitos equivalentes são mostrados na Figura 9 .12.
Pode- se confe rir rapida mente os cálculos,
onvertendo YR para ZR e YL para ZL , e então determ
inando a imped ância da combi nação paralela; por
e cmplo,
1
ZR = - = -1- = 11,55 Q
YR 0,0866
ZL = - 1 = -.1- = j20 Q
YL -10,05
e então
Z=
Z RZ L
ZR +Z L
(11,55)(j20)
= 11,55 +
j20
(a) (b)
Figura 9.12 Circuitos equivalentes para impedância
e admitância.
Exemplo 9.17
Calcule a admitância equiv alente Yp para a rede da Figura
9.13 e utilize -a para determ inar a corrente I se Vs
= 60 /45º V.
I
Yp- zL = j4 n
b
360 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 9
Portanto,
e, desse modo,
I=YpVS
= (½-1¼}60/45º)
= 33,6/18,43 º A
Esse resultado pode ser conferido rapidamente usando-se a impedância equivalente
(2)(14)
zp =
2 + j4
8}
= 2 + j4
8/90º
= 4,47 /63,43º
= 1,79/26,57º Q
Vs
l=-
Zp
60[4i'.'.
1,79/26,57°
= 33,6/18,43 º A
o que, é claro, confere com nosso resultado. •
Exemplo 9.18
Calcule a impedância equivalente para o circuito da Figura 9.14 e utilize-a para determinar a tensão V 5 , caso
a corrente seja I = 10 /30º A.
I
z.=4n
+
Zc = -}8 n
Então,
V3 = IZ 5
= (4 - }2)(10 /30º)
= (4,47/-26,57º)(10/30º.)
44,7/3,43º V
•
Exercícios
E9.11 Determine a corrente I na rede da Figura E9. l 1.
I
Figura E9.11
Resp.: l = 9 /53,7º A.
E9.12 Determine a tensão sobre a fonte de corrente na rede da Figura E9.12.
YR=0,5 S
Yc=J0,25 S
YR=0,2S
Figura E9.12
Resp.: V= 32,4 /59,7º V.
Como um prelúdio à análise de mais circuitos ac, vamos examinar as técnicas para cálculo de im-
pedância e admitância de circuitos em que vários elementos passivos estão interconectados. O seguinte
exemplo ilustra que nossa técnica está baseada simplesmente na sucessiva aplicação das equações 9.36, 9.37,
9.45 e 9.46. Esse procedimento é análogo aos cálculos de resistência equivalente desenvolvidos anterior-
mente.
Exemplo 9.19
Considere a rede mostrada na Figura 9.15a. A impedância de cada elemento é dada na figura. Desejamos cal-
cular a impedância equivalente da rede Z,q nos terminais A-B.
A impedância equivalente Zeq poderia ser calculada de variadas maneiras; poderíamos usar
somente impedâncias, ou somente admitâncias, ou uma combinação das duas. Usaremos dois métodos para
ilustrar as várias técnicas envolvidas. Começamos notando que o circuito da Figura 9.15a pode ser represen-
tado pelo circuito da Figura 9.15b. Utilizando estritamente o enfoque da impedância, notamos que
(j4)(-j2)
}4 - )2
= -j4Q
Uma vez que Z3 = 4 + }2 Q, então Z34 , que é a combinação da impedância de Z3 e Z4 , é
Z 34 = 4 + j2 - j4
=4- j2Q
362 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 9
IQ
40 j2Q
A
-j2Q
-j2 Q
z"'- j4Q
-j2Q
B
(a)
A z,
z,.-
B
(b)
Figura 9.15 Exemplo de circuitos para determinar a impedância equivalente.
Y4 = Y L + Yc
1 1
=-+ -
}4 -}2
1
= j- s
4
Logo,
Agora
Z34 = Z 3 +z4
= (4 + }2) +(-}4 )
=4- j2Q
e assim
Y34 =
= 4 - }2
= 0,20 + J0,10 S
Uma vez que
Z2 = 2 + }6 - J2
= 2 + j4Q
ntão
1
2 + }4
= 0,10 - J0,20 S
Y234 = Y2 + Y34
= 0,30 - J0,10 S
O leitor deve ter o cuidado de notar esse procedimento
- estamos somando impedâncias em série e
ornando admitâncias em paralelo.
A partir de Y 234 podemos calcular Z como
234
1
z234 =
y234
=-----
1
0,30 - J0,10
= 3 + Jl Q
Agora
Y, = YR +Yc
1 1
=-+ -
1 -}2
.1
=l+ J2S
364 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 9
e então
1
1
l+j-
2
= 0,8 - j0,4 Q
Portanto,
zeq = zl + z 234
= 0 ,8 - j0,4 + 3 + jl
= 3,8 + j0,6 Q
que é exatamente o mesmo resultado obtido usando-se o enfoque da impedância.
•
Exercício
E9.13 Calcule a impedância Zyna rede da Figura E9.13_
-j4Q
4n
J6n
Figura E9.13
Resp.: Zy = 3,38 + jl,08 Q.
As transformações Y-delta e delta-Y anteriormente apresentadas para resistências são também vá-
lidas para impedância no domínio da freqüência. Portanto, as impedâncias mostradas na Figura 9.16 estão
relacionadas pelas seguintes equações:
Z1Z2
za = zl + Z2 + Z3
z1z 3
Zb = (9.47)
z1 +z 2 +z 3
Z2Z3
zc = z1 +z 2 +z 3
e
Z Z b + Z bZ c + Z cZ a
zl = - - - - - - - - -
0
zc
Z Z b + Z bZc + ZcZ a
0
(9.48)
Zb
Z Z b + Z bZ c + ZcZ a
z 3 = - - - --
0
z - - -- a
Essas equações são relacionamentos gerais e se aplicam, portanto, a qualquer conjunto de impe-
dâncias conectadas em uma configuração Y ou delta.
Cap. 9 Senóides e fasores
365
a
b
a
b
e
Figura 9.16 Configu e
rações de rede Y e de
lta.
Exemplo 9.20
Vamos determinar a im
pe dâ nc ia Z,q nos terminai
s A- B da red e da Fig ura
9.17a.
A o- -- -- -- -- -'\ 1\
/\r -- -- -c
2Q
0,6 6Q
j0,6 6 Q
0,67 Q j 0,67 Q
D
E
B n - - - - - - --j)
--
Q
(a) ---
(b)
Ao -- -- -- -- -- .M r- -- e
2Q
--
j0,6 6 Q
2Q
B o -- -- -- -- -- -- T ., , -:f0
,4SQ
Figura 9.17 Circuito (e)
s usados no Exemplo
9.20.
Pa ra sim pli fic ar a rede,
mos o delta definido pel devemos co nv ert er um
os po nto s C, D e E, as dos deltas da Fig ura 9.1
9.47 como im pe dâ nc ias do Y co rre 7a em um Y. Se selecion
spo nd en te são calculada ar-
s da Eq ua ção
(2)(---JZ + i 4) = 2U2) = o 66 + ·o 66 Q
2 --- j2 + }4 + 1 + jl
3 + j3 1 ' '
_(2_)(_1_+_J_l) = 0,67 Q
3 + j3
(-} 2 + }4)(1 + jl)
------= .
J0 ,67 Q
3 + j3
366 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 9
z<([-
j4 D.
-j3 D.
Figura E9.14
Resp.: = 4 -}4 Q .
Exemplo 9.21
Desejamos calcular a tensão V na rede da Figura 9.18.
0
12~
3,47 + J0,18
= 3,45/- 2,97 º A
+
12LQº V
+
~ ------ ------ -
Cap . 9 Sen6ides e fa sore s
367
Portanto,
V
0
= (1,5 4/- 52,1°)(2)
= 3,08 /- 52,1 º V
Imp edâ ncia e admitância são fun
a freqüência muda. Tais mudanç
Esse impacto de mudanças em freq
as em Z e Y têm um efeito resu
e
ções da freqüência , por tant o esse
s valo res mud am à medida que
ltan te nas relações tensão-corre
•
üência nos parâmetros do circuito nte da rede.
grama de fasores. Os exemplos pod em ser facilmente vistos via
a seguir nos servirão par a ilustrar um dia-
tais pontos.
Exemplo 9.22
Considere o circuito mostrado na
Fig ura 9.19 . As variáveis pert inen
0 diagrama de fasores con ven ient
tes estã o marcadas na figura. Par
emente, selecionamos V com o um a mon tar
riamente a ele um ângulo de fase fasor de refe rênc ia e atribuímos
Oº. Iremos, portanto, med ir toda arbitra-
perdemos nenhuma informação s as corr ente s em relação a esse
atribuindo Oº ao ângulo de fase faso r. Não
por exemplo, 30º, irem os simples de V, uma vez que, se ele for na
mente rodar todo o diag ram a de real idade,
medidas em relação a tal fasor. fasores de 30º por que todas as corr
entes são
No nó superior no circuito , a LK
Cé
V
I s = IR +l i +l c =- V V
+- .-+ -/-.-
R JWL 1 JWC
Uma vez que V = VM /Sr_, entã o
=V 0º 1
V
I.5 M U!_ + M /-9 0 º + V wC/ 90º
R wL M
O diag ram a de fasores que ilus
tra a relação de fases entre V,
9.20a. Para valores pequenos de IR, IL e Ic é mo strado na Fig ura
w, tais como a magnitude de IL ser
sores para as correntes é mostrad mai or do que a de Ic, o diag ram
o na Fig ura 9.20b. No caso de valo a de fa-
Ic é maior que lv o diagrama de res grandes de w, isto é, aqueles
fasores par a as correntes é mos em que
que w cresce, o fasor de Is se mov trado na Fig ura 9.20c. Not e que
e de I s par a Is ao longo de um , à med ida
pontilh ada mos trad a na Fig ura 9 1 lug ar de pon tos especificados pela
.20d . "
linh a
Note que Is está em fase com V
quando Ic =IL ou, em outras pala
tensão nodal V estará em fase com vras , qua ndo wL = 1/ wC. Daí a
a fonte de corrente Is qua ndo
1
ú) =--
✓ LC
Isto pod e tam bém ser visto a part
ir da equação LK C
V •
R jwL _1_
jwC
r- -----:.:
IL - Ic
; ••
~ 1 I,
1
lIL
(a) (b)
Is
.· .. 1
1
. ·.·· I '
········· ········•~ ;'................. !.,_
IR V '.-.-_... 1 V
• •• ·•.. 1
··· ... ·· . .._, Is,
···-...' I
i . s1
(e) (d)
Figura 9.20 Diagramas de fasores para o circuito da Figura 9.19.
Exemplo 9.23
Vamos examinar o circuito em série mostrado na Figura 9.21a. A LKT para tal circuito é
Vs = VR + VL + Vc
I
IR + wLI /90 º + - /-90º
wC
I R=4Q
VL - VC ;... - - - - -~ Vs
• ..·'" 1
1
·" I
1 .· ·"·vR
: .· 'V=4l ~
.. ·°45º I R M
····· ·· ······•---
rvc= 2/M/-90º I
(e) (d)
Se selecionarmos I como um fasor de referência tal que I = IM f!t:..., então se wLIM > IA!wC, o dia-
grama de fasores será como o mostrado na Figura 9 .21 b. Especificamente, se w = 377 rad/s (ou seja,!= 60
Hz), então wL = 6 e 1/wC = 2. Sob tais condições, o diagrama de fasores é como mostrado na Figura 9.21c.
Se, no entanto, selecionarmos V s como referência com, por exemplo,
Cap. 9 Senóides e fa sores
369
Vs (t) = 12 ✓2 cos(377t +9 0 º )V
então
V
I-- - 12 ✓2/90 º
.
Z 4 + j6 - j2
12 ✓21.2SL.
= 4✓2 /45 º
= 3/4 5º A
eO diagrama de fasores co
mpleto, como mostrad
na Figura 9.21d. o na Fig ura 9 .21 b e c,
é rotacionado de 45
º como mostrado
Exercícios •
E9.15 Desen he um dia
grama de fasore s ilu strando tod
as as correntes e ten sõe
s para a rede da Fig ura
E9 .15.
2 D.
V= 10 /-90" V
}2 D.
Resp.:
V
Figura E9.15
Resp.:
1= 4A
- #'
- - _. -· 1 V= 7, 16 V
I2 = 1,79 A ,. 108° .· 1
. _.·· 45º
.· ... • · • '
· _.:.• .
11 = 3,58 A
Figura E9.16
370 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 9
Exemplo 9.24
Desejamos calcular todas as tensões e correntes no circuito mostrado na Figura 9.22. Nosso método será o
seguinte. Calcularemos a impedância total vista pela fonte Vs, e ela então será usada para determinar 1,. Co-
nhecendo-se 1,, podemos calcular V , utilizando a LKT. De posse de V, , podemos calcular l 2 e 1,, e assim por
diante.
80
+
Y2 -}40
z =
4
+ ()6)(8 - }4)
eq + 8 - }4
j6
= 4 + 24 + }48
8 + }2
= 4 + 4,24 + }4,94
=\j,9,61/30,94 º Q
Então
Vs 24/60 º
II= - =-----
z ,q 9,61/30,94 º
= 2,5 /29,06 º A
vl 16,25/78 ,43 º
12 = j6 = 6L!1Sl.º
= 2 ,71/-11,5 6 º A
e
1 =--
vl
3 8 - }4
= 1,82 / 105º A
Note que 12 e 13 poderiam também ter sido calculadas por divisão de corrente. Por exemplo,
12 po-
deria ter sido determin ada por
8 - j4 + j6
(2,5/ 29,06 º ) (8 ,94 /-26,57 º )
=
8 + }2
= 2 ,71/-11,5 6 º A
Finalmente, V 2 pode ser calculada como
V2 = 1 3 (-}4)
= 7,28 /15 º V
Esse valor poderia também ter sido calculado por tiivisão de tensão . O diagrama de fasores
para as
correntes 11, 12 e 13 é mostrado na Figura 9.23 e é uma ilustração da LKC.
•
- -1 I,
105º ··"" 1
Exemplo 9.25
e a corrente no resistor de 4 Q na Figura 9.24 for 1 = 3 /45º A, calcule o valor da fonte
4 de tensão V5 •
372 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 9
= 12/45 º V
Assim
I
5
= _ _ v2 ..e.,__
+ JS - J2
8
= 1,41/24,44 º = 1,28 + J0 ,58 A
Empregando a LKC, tem-se
l 3 =l 4 +l s
= 2,12 + J2 ,12 + 1,28 + J0 ,58
= 3,40 + J2,70 = 4,34 /38,45 º A
V 1 pode também ser calculada usando-se a LKT:
V1 = 1 3 (5 + J2) + V 2
= (4,34 / 38,45 º )(5,39/21,8º) +12 / 45 º
= 20,10 + J28,80 = 35,12 /55,09 º V
- j2Q
j2Q
I, 10n 13 50 Is
8Q
+ +
Vs v1 -J5 n V2 4Q
l2 l4
II = l2 +l3
= 7,02/145,09º + 4 ,34 /38,45 º
= -2,36 + J6,72 = 7,12/109,35 º A
V s é então calculada usando-se a LKT:
V8 = 101 1 +V 1
= 71,2/109,35º + 35,12/55,09º
=- 3,5 + J96 = 96,06/92,09 º V
Note que estes são exatamente o mesmo tipo de cálculos feitos anteriormente na análise de circui 0
Exercícios
•
E9.17 Deten nine as correntes 1 , 1 e 1 na rede
1 2 3 da Figura E9 .17 .
-}40.
I,
+
2D/ 12 n
12/Q" V
4D
2n
j6D
Figura E9.17
Resp.: 11 = 3,38 /-17 ,7° A, 1 = 2,1 /-24,7 º A, 1
2
E9.18 Na rede da Figura E9 .18, V é 8 /45º. 3 = 1,33 /-6,3º A.
O Calcule V s·
I,
2n +
- }20.
Vs
Figura E9.18
Resp.: Vs= 17,88 /-18,4 5º V.
Portanto,
374 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 9
>------<>+
9.8 Resumo
Foi mostrado neste capítulo que o método de solução para circuitos ac envolve uma análise no domínio da
freqüência. Um conjunto de equações diferenciais com funções de excitação senoidal no domínio do tempo
foi transformado em um conjunto de equações algébricas com coeficientes complexos no domínio da fre-
qüência. O método de fasores foi introduzido e relações fasoriais foram estabelecidas para os elementos de
circuito. Equações algébricas no domínio da freqüência envolvendo as variáveis desconhecidas do circuito
foram resolvidas usando-se a técnica de fasores.
Impedância e adrnitância foram introduzidas e usadas em conjunto com fasores para resolver cir-
cuitos ac contendo uma única fonte. A técnica da solução está baseada nos seguintes fatos : (1) leis de Kir-
chhoff se mantêm para fasores de correntes e de tensão, e (2) para uma impedância Z, sua tensão e corrente
estão relacionadas por V = IZ.
Pontos-Chave
• A função senoidal x(t) = XM sen (wt + 0) tem uma amplitude de XM, uma freqüência de w radia-
nos por segundo, um período de 2 TC/w e um ângulo de fase de 0.
• Se x 1(t) =XMl sen (w t + 0) e x2 (t) =XM2 sen (w t + 1> ), x 1(t) está adiantada em relação a x 2 (t) de
0 -1> radianos e x2 (t) está atrasada em relação a x 1(t) de 0 -1> radianos.
• Quando se compara uma função senoidal com outra da mesma freqüência para se determinar a
diferença de fase, é necessário expressar ambas as funções em senos ou cossenos com amplitu-
des positivas.
• A tensão senoidal v(t) = VM cos (wt + 0) pode ser escrita de forma exponencial como v(t) = Re
[ VM e 1 (wt + O)] e em forma de fasor como V = VM /.i..
• Se 0v e 0i representam os ângulos de fase da tensão sobre e a corrente através de um elemento do
circuito, então 0i = 0v se um elemento for um resistor, 0i estará atrasada em relação a 0v de 90°
se o elemento for um indutor, 0i estará adiantada em relação a 0v de 90° se o elemento for um ca-
pacitar.
Cap. 9 Senóides e fasores 375
• Impedância, Z, é definida como a razão entre o fasor de tensão, V, e o fasor de corrente, I, onde
Z = R para um resistor, Z = jwL para um indutor e Z = 1/jwC para um capacitor.
• Z e Y são funções da freqüência, e portanto seus valores mudam à medida que a freqüência
muda.
• A LKC e a LKT se aplicam ao domínio da freqüência.
Problemas
9.1 Determine a posição relativa das duas curvas seno abaixo.
v ,(t) = 12 sen (377t - 45º)
v,(t) = 6 sen (377t + 675 º)
9.2 Duas tensões são dadas pelas equações
v ,(t) = 100 sen (377t - 210º)V
v,(t) = -50 sen (377t - 285")V
Determine o ângulo de fase entre v 1(t) e vit) .
9.3 Dadas as seguintes correntes:
i,(t) = 4 sen (377t - 10º) A
i,(t) = -2 cos (377t - 195") A
i,(t) = -1 sen (377t - 250º) A
Determine o ângulo de fase entre cada par de correntes.
9.4 Determine os ângulos de fase com os quais v (t) está adiantada em relação à i (t) e v (t) adiantada em relação à
1 1 1
i2(t), onde
v ,(t) = 4 sen (377t + 25")
i,(t) = 0,05 cos (377t - 10º)
+ 75º)
i ,(t) = -0,1 sen (377t
9.5 Expresse os seguintes fasores em funções cosseno com uma freqüência de 60 Hz.
(a) V 1 = 24 /-45 º V.
(b) V2 = 10 / 120º V.
9.6 Converta as seguintes tensões em fasores no domínio da freqüência.
(a) v,(t) = 12 cos (2.n400t + 60º) V.
(b) v,(t) = 6 sen (2.n400t - 20º) V.
9.7 Calcule a corrente no resistor da Figura P9.7, caso a tensão de entrada seja
(a) v,(t) = 10 cos (377t + 180") V.
(b) v,(t) = 12 sen (377t + 45º) V.
Determine as respostas nos domínios do tempo e da freqüência.
i(t)
v(t) 2Q
Figura P9.7
9.8 Calcule a corrente no capacitar mostrado na Figura P9.8, caso a tensão de entrada seja
(a) v,(t) = 16 cos (377t - 22º) V.
(b) v ,(t) = 8 sen (377t + 64º) V.
Determine as respostas nos domínios do tempo e da freqüência .
376 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 9
i(t)
-
+
v(t) C = 1326µF
Figura P9.8
9.9 Calcule a corrente no indutor mostrado na Figura P9.9, caso a tensão de entrada seja
(a) v ,(t) = 24 cos (377t + 12º) V.
(b) v,(t) = 18 sen (377t - 48º) V.
Determine as respostas nos domínios do tempo e da freqüência .
i(t)
v(t) L = 10,61 mH
Figura P9.9
9.10 Calcule a impedância equivalente nos terminais A-B no circuito mostrado na Figura P9.10.
20
AD-----'VIA~------~
60
zeq-
-}20 }40.
Bu------------~
Figura P9.1 O
9.11 Calcule ZT na rede da Figura P9.ll.
10
Figura P9.11
Cap. 9 Senóides e fas ore s
377
9 .12 Na rede da Fig ura P9. 12,
det enn ine Z(Jw) na freqüê
ncia de 60 Hz.
2n 4Q
z- IOr nH
500 µF
Figura P9.12
9.13 Na Europa, a rede elétric
a opera a um a freqüênci
9.14 Calcule Z(j w) na rede da a de 50 Hz. De ten nin e Z(J
Figura P9. 14. w) no Problema 9.12 af
= 50 Hz.
Figura P9.14
9.15 Calcule Y(j w) na rede da
Figura P9.15 .
o vv...
1S
}1 S
-j2 S
y (jw)
2S
o
}2 S 2S - jl S
Figura P9.15
9.16 Calcule Yeq com o mostra
do na Fig ura P9.16.
~,s
Figura P9.16
9.17 De ten nin e Z(j w) na rede
da Figura P9 .17.
lQ jl Q
lQ
Z (jw )
-j l Q
1n
Figura P9.17
378 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 9
1n
1n -jl Q
Figura P9.18
9.19 Determine Zf.Jw) na rede da Figura P9.19.
2n 1n
}2 S
Figura P9.19
9.20 Determine Z(jw) na rede da Figura P9 .20.
Z(jw)
2 n
6n 4n
6n
Figura P9.20
9.21 Determine Z(jw) na rede da Figura P9.21.
-J2 n
2n
Z(jw)
-jl n
1n
12 n
Figura P9.21
9.22 Determine Z(jw) na rede da Figura P9.22.
2n
Z(jw)
J2 n J2 n
Figura P9.22
Cap. 9 Senóides e fasores 379
-j l Q
2Q IQ
Figura P9.23
9.24 No circuito mostrado na Figura P9.24, determine o valor da indutância tal que a corrente esteja em fase com a fonte
de tensão.
2Q
1326 , ,F
Figura P9.24
9.25 Determine 1 1 e V O na rede da Figura P9.25.
+
+
6/.!LV
-jl Q
2Q lQ
-jl Q
Figura P9.25
9.26 Determine V O no circuito da Figura P9 .26.
-jl Q
61.St....A 2Q
Figura P9.26
b
380 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 9
9.27 Usando V s como referência, trace o diagrama fasorial para todas as tensões e correntes da Figura P9.27.
+
4n
+ +
Ys= 12/!l.V - j2 n
Figura P9.27
9.28 Na rede da Figura P9 .28, determine VO e trace o diagrama fasorial para as correntes.
24f.S!._V -jl n 2n
l2
Figura P9.28
9.29 Dada a rede da Figura P9.29, trace os diagramas fasoriais para todas as tensões e correntes.
+ V2
+ 1n +
- jl n
t 4&._A jl n
Figura P9.29
9.30 Dada a rede da Figura P9.30, trace os diagramas fasoriais para (a) as correntes 1 , 1 e 1 e (b) as correntes 1 , 1 e
1 2 3 3 4
15,
2n
12f.S!._V 1n
Figura P9.30
9.31 Calcule todas as correntes no circuito mostrado na Figura P9.31.
2n 11 12 n 13
4n
36/..sr..._V -J4 n -j2Q
l2 1.
Figura P9.31
Cap . 9 Senóides e fasores
3 J
.32 Determine l 0 na rede da Figura P9.3
2.
-j l Q 12/..Jr V
]Q 2Q
-j2Q
lo
Figura P9.32
9J3 Determine 1 na rede da Figura P9
0 .33.
12[!Z.V
+
2Q -j2 o.
l1
2Q 2n
j2Q
Figura P9.33
9.34 Determine V na rede da Figura P9
O .34.
-12 n
20.
Figura P9.34
J Determine l na rede da Figura P9.3
0 5.
jl Q
-jl Q
1n
1n
Figura P9.35
9.36 Determine l na rede da Figura P9.3
0 6.
Figura P9.36
382 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 9
- j2Q
}20 20
+
12/..Sr.V 20
lo
20
Figura P9.37
9.38 Determine 10 na rede da Figura P9.38.
20 -j2 o
+
lo
12/..Sr.V
20
Figura P9.38
,
,,·
, (1
9.39 Determine 10 na rede da Figura P9 .39.
iO
J.'.
,
,,,:,
20
j20
:, ir +
-j20
12/..Sr.V 20
lo
20
Figura P9.39
9.40 Na rede da Figura P9.40, se Vx = 4 M_ V, determine 1 .
0
Figura P9.40
9.41 Determine 10 na rede da Figura P9.41.
30
30 3o
-jlO
Figura P9.41
-
9. 42 Det ermine VO na rede da Figura
P9.42.
Cap . 9 Senóides e fasores 383
12/J t.V
+
ln 1n
+
j2Q
2n -}40
Figura P9.42
9.43 Determine V O na rede da Figura
P9.43.
1n
1n
-jl n
Figura P9.43
9.44 Determine V na rede da Figura
O P9.44.
}30
-JH 1
+
6n
Figura P9.44
9.45 No circuito da Figura P9.45, se
VO = 4 ~ V, determine 1 .
1
2n Jl n +
-}2 n 2n V0
Figura P9.45
9.46 Determine Vx na rede da Figura
P9.46.
Figura P9.46
384 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 9
I, 2 !J jl O. +
-j2 o.
1 O. V O =/1.jSº V
Figura P9.47
9.48 Determine V s no circuito da Figura P9.48, 11 = 2 IS!._ A.
Vs
IQ 2n 2[2 2 n
Figura P9.48
9.49 Determine V s na rede da Figura P9.49, caso V 1 = 4 IS!._ V.
Vs
1n -jl Q 2n
Figura P9.49
9.50 Na rede da Figura P9.50, caso Ix = 5 M_ A, determine V 0 .
2n -jl Q
+
2n
Figura P9.50
9.51 No circuito da Figura P9.51, caso Vx = 6 /)!!__ V, determine V0 .
+ V,
-jl Q
j3 n 2n +
2 n t t 4&._V
Figura P9.51
Cap. 9 Senóides e fasores 385
Y. 2 D te t1I1Ílle Vs na rede da Fig
ura P9 .52, caso 1 = 2 IS!_ A.
0
Vs
+
6Q jl n
-JU 1
2n
Figura P9.52
e Ia = 4 Jl.. A, determine V
s na Figura P9.53.
- jl i1
2n
10 20
}20
-Jl n
Figura P9.53
9.54 Dado Vs = 12 /Sl._ V, determi
ne Is na Figura P9 .54.
2 n_ ~._ ___ _...__, jl n
2n
-jl n
Figura P9.55
9 6 Dado 1, determine V na Fig
5 ura P9.56.
20
j 2Q 2n
-jl Q
2n
1= 2{.<l.A
Figura P9.56
386 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 9
- jl Q
+
Vs j2Q 2Q jl Q
Figura P9.57
9.58 Se V 1 = 4 /S!... V, determine 10 na Figura P9 .58.
-j2Q
v, +
2Q
]Q
jl Q
lo
, .,
,1 ,, Figura P9.58
ili
9.59 Na rede da Figura P9.59, V 0 é 4 /45º V; determine Z.
t,
.,,
,11
2Q +
-Jl Q
12f..!l:. V l Q Vo
Figura P9.59
9.60 Se V O = 2 ~ V na rede da Figura P9.60, determine Z.
+
+
12f..!l:.V
-jl Q
Figura P9.60
9.61 Na rede da Figura P9.61, V 1 = 2 ~ V. Determine Z.
lQ
-j l Q
Figura P9.61
Cap. 9 Sen6ides e fasores 387
12/.Jr.V
z
j2 n +
2n IQ
Figura P9.62
9.6 Derive o relacionamento de entrada-saída V0 /V i no domínio da freqüência para o circuito com o amp-op da Figura
P9.63.
=
Figura P9.63
9.64 D etermine a expressão para a tensão de saída no domínio da freqüência para o circuito mostrado na Figura
P9.64.
=
Figura P9.64
9. S (a) Determine o relacionamento de entrada-saída no domínio da freqüência para o circuito com amp-op mos-
trado na Figura P9.65.
(b) Calcule a função de transferência V /V; caso Z; = R, + 1/jwC; e ZF = l/jwCF.
0
+
+ =
=
Figura P9.65
CAPÍTULO 1
~
MAKRON
Books
101 '
1
~
1
1
1
!
1
1
Análise Senoidal
1
em Regime Permanente
_________________________________,,!
,..._
10.1 Linearidade
Para ilustrar o princípio de linearidade e seu uso na solução de problemas com circuitos ac em regime perma-
nente, considere o seguinte exemplo.
388
--
exemplo 10.1
Cap. 10 Análise senoidal em regime pennanente
ão de entrada do circuito mostrado na Figura 10.1 é v/ t) = 12 cos (377t + 30º) V. Desejamos deter-
389
0
rnrn 8 corrente I 4 usando linearidade. Portanto, assumiremos que 14 = 1 ISf:___ A, calcularemos o valor necessá-
•lc:ur
•• •
. d ntão utilizaremos o valor real de V 5 para determmar o valor real de 14 •
IJll
11 4!1
-:i3 n 2 n -j2 n
= -2 + }4 V
1: é então
l2 = -2 + }4 = --4 - 2
j-A
-}3 3 3
Utilizando-se a LKC novamente, tem-se
11 = 12 + 13
-4
= - - - + 1 + Jl. = --1 + J. -1 A
}2
3 3 3 3
A LKT ao longo do laço da extrema esquerda do circuito resulta em
v 2 = 4(1 1 ) + v 1
= - -4 + j -4 - 2 + }4
3 3
10 16
=- -3 + 1· - = 6 '29 /122 º V
3
Uma vez que V s = 6,29 / 122º V produz um 14 = 1 ~ A, então V s = 12 /30º V produz um 14 de
1
4
= (l 2 ~ )(lffi_'.'.) = 191 /-92 º A
6,29/122 º '
Portanto,
Exercício
El0.1 Calcule V O na rede da Figura E10.1 usando linearidade, assumindo a princípio que V O = ILSt_ V.
l1 l3
2Q j2Q +
+ l2
12/Q'.'V v1 - j2 Q 2Q
Vo
Figura E10.1
Resp.: V O = 5,36 /-63,43 º V.
Exemplo 10.2
Desejamos calcular as tensões nodais no circuito da Figura 10.2.
Para começar, notamos que V 1 e V 2 formam um supernó (ou seja, V 1 = V 2 + 12 /30º ). Portanto,
somente uma equação, juntamente com essa equação de restrição, é necessária para determinar as tensões no-
dais.
12/Nº V
v1 +
v,
jl Q 2Q - )2 Q
1 1 1 ) 12/30º 12DQ.'.'
V ( -+-+-
1 jl 2 -j2
= 2/60 º + --
2 j2
Simplificando-se tal equação, obtém-se
V1 = 14,69/ 117,14 º V
Então utihzando-se a equação de restrição, tem-se
Cap . 10 Aná lise sen oidal em regime
permanente 391
v 2 = v 1 - 12 /30 º
= -6 ,70 + j13 ,07 - (10,4
+ j6)
= -1 7,1 + j7, 07 = 18, 50/
157 ,54 º V
Exercício
•
EI0 .2 Utilize análise nod
al para det enn ina r V na
O rede da Fig ura El0 .2.
2n 0 1n
+
12D.Q'.'V !Q 12 n
Figura E10.2
Res p.: V = 2,12 /75 º V.
0
Exemplo 10 .3
Vamos cal cul ar a corrente
1 na rede da Fig ura 10.3
0
.
JQ -jl Q
V1 =V3 +6 & V
V2 = lüill." V
V4 = -4 & V
Pre cis am os de uma equ açã
por sua vez pro duz irá 1 . o linear ind epe nde nte adi
A equação LKC no supern cional par a det erm ina r a
0
ó contendo a fonte de ten tensão nodal V , que
são de 6 ~ V é 3
v - v v1 - V4 v - v
-1- --2 + - - - + .1 2 V V - V4
jl 1 + -3+ - -3 - -=O
1 1 -j l
que se reduz a
(1 - j)VI - (1 - j)V2
- (1 + j)V4 + (2 + j)V3
Em pre gan do- se as equaçõ = o
es de restrição, obtemos
(1 - j)( V3 + 6&.'.') + (2
+ j)V3 = (1 - j)lO + (1
+ j)( -4& '.')
Re sol ven do- se ess a equaçã
o par a V 3 , tem-se
392 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 10
e portanto
•
Exemplo 10.4
Desejamos determinar V na rede da Figura 10.4.
0
v,
+
V,
v =6&
2
'"1/
V3 =V 4ltr_
,,,,
-
0
61.!L_ + 2V, - V, - V 0 =O
ou
Vx = V 0 - 6lsL_
Temos então três equações lineares independentes. A quarta equação é obtida empregando-se a
LKC no supernó que contém a fonte 4 /Sl._ V. Tal equação é
•
Exercício
El0.3 Utilize análise nodal para determinar as tensões nodais na rede da Figura El0.3.
12/Q_" V
v, + v,
2D
}20
Figura E10.3
Resp.: V 1 = 2,77 /-58,4º V, V 2 = -10,81 /12,6º V.
Cap. 10 Análise senoidal em regime permanen te 393
Exemplo 10.5
Calcule a tensão de saída para o circuito amp-op mostrado na Figura 10.5a. Utilize
o circuito equivalen te
para O amp-op na Figura 3.33b e assuma que R; = oo e = O.
A rede original contendo o circuito amp-op equivalen te é mostrada na Figura 10.5b.
A fonte de-
pendente cria um supernó e, portanto, somente duas equações são necessári as para calcular
a tensão de saída.
Essas equações são
ou
-VI(jwC 2) + v(1wc2 + ;J =o
Resolven do-se para a tensão V, obtém-se
v = . -w 2 ele 2v s
[l/R 1 +jw(C 1 +C 2 +C 3 )](}wC 2 +I/R 2 )-jwC (jwC -jwC A)
2 2 3
V= -w2C1C 2R1R2 Vs
I+Jw[R 2C 2 +R 1 (C 1 +C 2 +C 3 )]-w 2R R C (C +C +C A)
1 2 2 1 3 3
e,
-=
(a)
e,
e, e,
+
+
Ys
AV Vo
+
-=
(b)
Hl.5 Circuito amplificador operacional usado para ilustrar análise nodal.
b
394 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 10
É interessante comparar esse resultado com discussões anteriores. A maneira como esse circuito
foi configurado, um sinal de erro é desenvolvido entre os pontos a e b. Considerando o assunto discutido no
Capítulo 3, a realimentação opera no sentido de minimizar o sinal de erro e, como A • oo, o sinal de erro é
reduzido a zero. Uma vez que a esteja num potencial de zero, não há nenhuma tensão ac sobre os elemento
R 1, C2 e R 2 e desse modo eles não têm nenhum efeito. Portanto, a rede é basicamente a mostrada na Figura
3.35a, onde R 2 é substituído por 1/jwC 3 e R 1 é substituído por 1/ jwC 1• •
Exemplo 10.6
O circuito mostrado na Figura 10.6 representa uma porção de um circuito equivalente para um transist r
amplificador. Desejamos calcular a admitância de entrada assumindo que o circuito está energizado no lado
esquerdo por uma fonte que tem tensão V e corrente 1, . As duas equações nodais são
-l 1 + jwC 1V + jwC 2 (V - V0 ) =O
Vo
jwC 2 (V 0 - V)+ g V+-= O
"' RL
ou
(jwC 1 + JwC 2 )V- JwC 2 V 0 = l1
Y;- V
+
lc 1
1
gm V RL
+
Vº
Figura 10.6 Porção de um amplificador transistor usado para ilustrar análise nodal.
-
10•3 Análise de Malha
Cap. 10 Análise senoidal em regime permanente 395
. emplo a seguir ilustram o uso de análise de malha em circuitos ac em regime permanente. Nossa expe-
<>_ ~ .., prévia nos mostra que essa análise será mais viável quando a rede tiver certo número de fontes de cor-
ru:nc e caso, a análise pode ser simplificada definindo-se as correntes de malha ou laço para fluir em
lllll
e,cemplo 1o. 7
amo d terminar a tensão V no circuito da Figura 10.7.
0
3Q JJ n
+
2llil° A t 811,iº V
2 - jl ' '
Para resolver para V0 , precisamos da corrente através do resistor de 2 Q.
I I - 12 = 2/30 º - 3,18/-64,96 º
= 0,38 + }3,88 A
e d se modo
V 0 = 2(1 1 - 12 )
= 0,76 + }7,76 V •
O exemplo a seguir ilustra a facilidade com que uma rede consideravelmente complicada pode ser
analisada selecionando-se o método adequado.
Exemplo 1o.a
Considere a rede da Figura 10.8a. Desejamos calcular a tensão V 0
•
Por causa da presença de fontes de corrente, as correntes I 1, 12 , 13 e 14 são definidas para fluir
através de uma fonte de corrente, como mostrado na Figura 10.8b. Portanto, as equações de restrição são
II = 6liL
12 = -4/Jr
13 = 2/.Jr
14 = -4/.sr.
Finalmente, estipula-se que a corrente 15 flui através de um cantinho que não contém fontes de cor-
rente. Tal caminho é mostrado na Figura 10.8b. A equação LKT para o caminho em que 15 flui é
}1(1 5 -1 2 ) - }1(1 5 + 13 - 1 1) + 1(15 + 13 - 14 ) + 1(1 5 - 14 ) =O
396 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 10
ou
ló
+
t 41º'.'._A
(a)
_: l3 ··:
.. ,- l n :: 1• ··:
_.·'Í/Q'.'._À: _
----'V'vv -----i-i· - i - -·--<---u + : t 4/Q'.'._ A
1 O V0 '
(b)
Figura 10.8 Circuitos utilizados no Exemplo 10.8.
Exemplo 10.9
Vamos determinar a tensão V, na rede da Figura 10.9a.
Por causa das duas fontes de corrente presentes nessa rede, a análise de malha vai ser empregada
para se obter a solução. As correntes de malha estão definidas na Figura 10.9b. As equações de restrição
para
a rede são
12 = -4&_
I X =14 -1 2 =I . +4&
13 = 21 = 21 4 + 8 02._
X
1
0º
As equações LKT para a malha 1 e malha 4 são
4/.Q"._A
v.
(a)
4/.Q"._A
(b)
Figura 10.9 Circuitos utilizados no
Exemplo 10.9.
Note que se as equações de restrição são
equação é 14 . Tal substituição nos dá substituídas na segunda equação LKT,
a única variável na
14 = -4 /-36 ,87° A
e, dessa forma,
V = -4 /-36 ,87º V
•
0
Exercícios
El0. 4 Utilize equações de malha para
determinar V na rede da Figu ra El0.
O 4.
2n
- j2Q +
+
24/Q' V
~ 2/2!rA
(J; 2n
v.
Figura E10.4
Resp.: V 0 = 10,88 /36º V.
El0. 5 Determine V na rede da Figu ra
O El0. 5 usando equações de malha.
2v,
+
241.Q"V
J2 n 2n v.
Figura E10.5
398 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 10
10.4 Superposição
Vamos ilustrar agora o princípio da superposição em análise de circuitos ac em regime permanente. Usare-
mos o circuito analisado no Exemplo 10.7 e mostrado na Figura 10.7 para ilustrar tal princípio.
Exemplo 10.1 o
Vamos usar o princípio da superposição para determinar V no circuito da Figura 10.7.
0
Primeiramente, substituímos a fonte de tensão por um curto-circuito e calculamos v;, que é o com-
ponente de V O devido à fonte de corrente, como mostrado na Figura 10. lüa. Usando-se divisão de corrente,
obtemos
V' (2~)(}1)
º = 2 - }2 + jl (2)
= 1,79/146,57º V
Substituindo agora a fonte de corrente por um circuito aberto, podemos definir v;
V/, que é o
componente de V O devido à fonte de tensão, como mostrado na Figura 10. lüb. Usando-se divisão de tensão,
temos
8 /45 º
V" = -- - - - (2)
º 2 - j2 + jl
7,14/71,57º V
Finalmente,
= 1,79/146,57 º + 7,14/71,57°
= 0,76 + }7,76 V
•
30
+
2Q
v;
2llir A t jl O
- j20
(a)
30 j l!.1
- - - ' V \ / \ r - - -......- , .
+
+
81.i,iº V
(b)
Figura 10.1 O Circuitos utilizados para determinar V na Figura 10.6 via superposição.
O
Cap. 10 Análise senoidal em regime permanente 399
exercfctos
El0.6 Usando o princípio da superposição, determine VO na rede da Figura El0.6.
-j2 Q
+
24/Q'.' V 2n
Figura E10.6
Resp.: V O = 12 /90º V.
El0.7 Determine V O na rede da Figura El0.7 usando o princípio da superposição.
2n
4/Q'.'A 12/Q'.'V
+
+
Figura E10.7
Resp.: VO = 5,66 /-45º V.
Um importante caso especial de circuitos polifásicos é o sistema de três fios monofásico mostrado
na Figura 10.lla. Sua importância é devida ao fato de que é este o sistema encontrado nas residências. Note
que fontes de tensão são iguais ( ou seja, Van = V nb = V), para que as magnitudes sejam iguais e as fases
ejam iguais (monofásico), e portanto a tensão linha-a-linha V ab = 2Van = 2V nb = 2V. Tipicamente, lâmpa-
d pequenos aparelhos eletrodomésticos são conectados entre uma fase e o neutro n, e aparelhos de grande : l
1
porte (por exemplo, aquecedores de água) são conectados entre fases. Lâmpadas residenciais operam em cer- 1
ca d 120 V e o aquecedor opera em aproximadamente 240 V.
V V
/n N
11------- n-------N
+ +
V V
(a) (b)
Figura 10.11 Sistema de três fios monofásico.
Vamos agora conectar duas cargas idênticas ao sistema de tensão de três fios monofásico usando
condutores perfeitos, como mostrado na Figura 10.11 b. A partir da figura notamos que
400 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 10
V
l aA =
ZL
e
= -(z~ -z~)
=O
Repare que não há corrente no fio neutro, e portanto ele poderia ser removido sem afetar o restame
do sistema; isto é, todas as tensões e correntes permaneceriam inalteradas. Podemos nos perguntar até onde
vai a simplicidade de tal sistema. Por exemplo, o que aconteceria se cada fio tivesse uma certa impedância de
linha, se o condutor neutro tivesse uma impedância associada a ele e se existisse uma carga conectada entre
fases? Para responder tais questões, considere o circuito na Figura 10.12a. Apesar de podermos examinar
esse circuito usando uma das muitas técnicas já apresentadas nos capítulos anteriores, a simetria da rede su-
gere que talvez o princípio da superposição possa nos conduzir a algumas conclusões sem termos de recorrer
à força bruta. Empregando o princípio da superposição, consideramos os circuitos das Figuras 10.12b e c.
correntes na Figura 10.12b foram denotadas arbitrariamente. Por causa da relação simétrica entre as Figura
10.12b e c, as correntes na Figura 10.12c correspondem diretamente àquelas da Figura 10.12b. Se somarmo
duas correntes de fasores em cada ramo, descobrimos que a corrente neutra é mais uma vez zero. Uma cor-
rente neutra de zero é um resultado direto de natureza simétrica da rede. Se cada impedância de linha Zlinha
ou as impedâncias de carga Zi fossem diferentes, a corrente neutra seria diferente de zero. Faremos uso dire-
to de tais conceitos quando estudarmos redes trifásicas no Capítulo 12.
V V
Exemplo 10.11
Desejamos determinar 14 no circuito da Figura 10.1 usando transformação de fonte.
SOCIESC
Bibtioteca
Cap. 10 Anál ise senoidal em regime perm anen
te 401
j4Q
I,
(a)
2Q ---j2Q
(b)
(3/Nº )Z,
---A
z, 2Q -j2Q
(e)
!("
(3/Nº )Z 1 A
z, 2Q
(cl)
Figura 10.1 3 Circuitos usados para
a resolução do Exemplo 10.1 via
tran sform ação de fonte.
Convertemos prim eiram ente a fonte de
tensão e o resis tor de 4 Q em série em
rente e resis tor de 4 Q em paralelo, com uma fonte de cor-
o mostrado na Figu ra 10.13a. A fonte
lo e o capa cito r foram agora convertid de corrente e o resis tor parale-
os em um circuito equi vale nte consistin
série com uma impedância, com o mos do de uma fonte de tensão em
trado na Figu ra 10.13b, onde
z = (4)( -}3)
1
4 - }3
= -jl2 Q
4 - }3
Combinando-se Z com o indutor, tem-
1 se Z 2 , onde
+ }4 n
Z2 =Z1 +} 4=12--- M
4 - }3
Con vert endo -se o circuito da Figu ra 10.1
3b novamente em uma font e de corr ente
Z2, produz-se o circuito da Figu ra 10.1 em paralelo com
3c. Com bina ndo- se Z com o capa citor
da Figura onde 2 para lelo, obté m-se o circuito
b
402 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 10
(-j2)(Zz)
Z3 = -j2 + Z2
4 - jl2 Q
= 3 - j2
4 - j3
Exemplo 10.12
Vamos determinar a tensão V no circuito da Figura 10.7 utilizando o teorema de Thévenin.
0
A tensão em circuito aberto·V 0 c é obtida do circuito da Figura 10.14a. Uma vez que a corrente no
laço externo é 2 /30º A, então
V 0
c = (2/30º)(jl) + 8 /45 º
= 8,73/57,75 º V
A impedância equivalente de Thévenin é determinada desconectando as fontes independentes; isto
é, substituindo-se fontes de corrente por circuitos abertos e fontes de tensão por curto-circuitos, e calculan-
do-se a impedância nos terminais , onde V oc é determinada como mostrado na Figura 10.14b. Repare que
Z Th = - j2 + jl = - j 1 Q
Cap. 10 Anál ise senoidal em regime perm anen
te 403
3 f.l
jl f.l
+
voe
+
2/]Qº A
t 8filº V
I -Jrn
(a)
3 f.l
jl f.l
-zT h
l _,n
(b)
Voc=S,73/57.75° V
20
(e)
Figura 10.1 4 Circuitos utilizados
no cálculo de V na Figura 10.7 usan
0 do o teorema de Thévenin.
Poderíamos ter determinado a corrente
de curto-circuito e então calc ular ZTh
procedimento pode ria ter sido muito mais de V 0 / l sc' poré m tal
difícil nesse caso.
O circuito equivalente de Thévenin é
então mostrado na Figu ra 10.14c junt
2 Q. A tensão V é então calculada com ame nte com a carga de
O o
(8,7 3 ~ )(2)
2 - jl
= 0,76 + }7,76 V
•
Exemplo 1o. 13
Vamos determinar a tensão V no circu
ito do Exemplo 10.8 usando o teorema
0
1 3 =6/Sr__ +4 ~ =lOLQ_" A
e
404 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 10
+V 0
, + (1)(2)L.Q.'.') - (-jl)l 2 - }11 4 =O
Portanto,
V°' = -(2 + }8) V
ZTh é determinada a partir da rede da Figura 10.15b como ZTh = 1 Q. A rede equivalente de Thé-
venin conectada ao resistor de carga de saída é mostrada na Figura 10.15c e a tensão de saída é
V0 = ½(-2 - }8)
= -(1 + }4) V
que é o valor obtido no Exemplo 10.8.
II
•
6/fL_A ]Q
--jH1
lQ I,
t 4/fL_ A
4/fL_ A jl Q v.,
(a)
lQ
F7,n -zTh
jl Q
(b)
(e)
Figura 10.15 Circuitos usados no Exemplo 10.13.
Exemplo 10.14
Vamos usar o teorema de Thévenin para determinar a tensão V na rede do Exemplo 10.9. 0
A tensão em circuito aberto é determinada a partir da rede da Figura 10.16a. Note que I', = 4 /!l:._ A
e uma vez que 2 Ix<t flui através do indutor, a tensão do circuito aberto V oc é
jl( - 1( - V,este =O
Portanto,
- v,este
( =
1-j
Então
v teste
ZTh = -(
= 1 -jQ
Se a rede equi vale nte de Thé veni n é agor
a cone ctad a à carg a, com o mostrado
tensão de saída V O é tida com o na Figu ra 10.16c, a
-4 + JS
Vº = 2 - jl (1)
= -4 /-36 ,87 º V
que é idêntica à obtida no Exemplo 10.9
.
O exemplo seguinte ilustra o uso do Teo
rem a de Norton. Mai s uma vez, o mes •
solvido em um exemplo anterior e, port mo prob lema foi re-
anto, pode mos conf erir nossos resultado
s e com para r os métodos.
4/Q'.'A
(a)
-jl Q
10 1n I"X
21': t vteste
(b)
-4 + }8 V ]Q
(e)
Figura 10.16 Circuitos utilizados
no Exemplo 10.14.
t
f
L
406 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 10
Exemplo 10.15
Vamos empregar o teorema de Norton para achar a corrente no resistor de 2 Q da Figura 10.2, que flui do nó
chamado de V 2 para o terra.
12/N° V
+
-J2 n
(a)
jl D. -12 n
(b)
'•
·,;
,.,,.
13, 111112.42º A
Zn, =J2 n 2n
111
l zD.
(e)
Figura 10.17 Circuitos utilizados no cálculo da corrente no resistor de 2 Q da Figura 10.2 usando o teorema
de Norton.
I
L
= 12 á.Q.'.'
jl
= 12L.=fiíL A
A LKC aplicada ao nó 1 indica que
lsc = 2 /60 º - 12 /- 60 º
= 13,11/112,42 º A
A impedância equivalente de Thévenin é calculada da Figura 10.17b como
z = (jl)(-j2) = ·2 Q
Th
J'1 - J'2 }
j2__:_)
'=42=º::..:_)(::::..
l2Q = .:._(l_:_3,_11--'2=/1=1=2
+ j2
= 18,50 /157,54 º A
2
Cap. 10 Aná lise senoidal em regime perm
anente 407
Uma vez que a tensão V na Figu
2 ra 10.2 foi calc ulad a coroo V =
J0.2, 0 valor de I 2 Q con fere com os resu 2 18,50 /157 ,54º V no Exe mpl o
ltados anteriores .
Exercícios
El0 .9 Utilize o teorema de Thévenin para
calcular V na rede da Figu ra El0
Resp.: V O = 12 /90º V. 0 .6 .
El0 .10 Utilize o teorema de Norton para
calcular V na rede da Figu ra El0
Resp.: V O = 12 /90º V. O .6.
El0 .11 Utilize o teorema de Thévenin
para calcular V na rede da Figu ra
Resp.: V O = 5,66 /-45 º V. O El0. 7.
El0. 12 Dete nnin e V na rede da Figu
O ra El0 .4 utilizando o teor ema de
Resp.: V O = 10,86 /36, 53º V. Thévenin.
Exemplo 10. 16
Desejamos determinar a tensão de
saída V na rede mos trad a na Figu
A rede é con side rave lme nte complic 0 ra 10.1 8a.
ada e, portanto, pare ce que um ataq
lhoso. Uma vez que é necessária a ue direto seria mui to traba-
tensão de saíd a à direita da rede, pod
esquerda da rede. Not e que, se form emo s com eçar simplificando a porç
amos um equivalente de Thé ven in ão
pendente, podemos redu zir o circ para a porç ão à esqu erda da fonte
uito a um que tenha duas tensões de-
tensão de saída V . nodais desconhecidas, uma das qua
0 is é a
A porç ão da rede à esquerda da font
e de corrente é mos trad a na Fig ura
aberto é 10.18b. A tensão de circuito
V -V 1
0 V V
+ -º- + -º =o
jl -jl 1
IX = Vº
-jl
Resolvendo-se tais equações, tem
-se
•
408 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 10
lQ lQ v, jl Q
12/!r V -jl Q 10 Vo
IX
-=
(a)
10 IQ
12/Q'.'V - jl O
Voe
(b)
10 1o
-j l O +-Z,..
(e)
jl Q
,,1
·• +
8,49/-45ºV i 2Ix - jl O 1O Vo
Ix
(d)
Figura 10.18 Exemplo de rede .
XXX é DEC para variação de década, OCT para variação de oitava ou LIN para variação linear. NO é o nú-
mero de pontos por década, oitava ou número total de pontos. dependendo se a especificação foi DEC. OCT
Cap. 10 Análise senoidal em regime p ennanente 409
tm LI TART é a freqü ência inicial e FSTOP é a freqüência de término, ambas em hertz. Note que oco-
,nand C não é significativo, caso nenhuma fonte ac tenha sido especificada.
Para a análise ac, cinco variáveis de saída adicionai s podem ser usadas substituindo-se V por
VR parte real
I parte imaginária
VM magnitude
VP fase
VDB 20 log 10 (magnitude)
Note que neste capítulo usaremos somente variação linear. De fato, vamos computar as tensões
J conhecidas e correntes em somente uma freqüência; isto é, a freqüência de fonte não será variada. Varia-
m d cadas e oitavas serão explicadas no Capítulo 14.
Um comando de impressão típico utilizado na análise ac é
.PRINT AC VM( l ) VP {l ) IM ( l ) I P( l ) VM(3 ,4 ) VP (3 ,4 )
Note que, contrastando com a análise de, podemos calcular a tensão ou corrente entre dois nós
na -referenciado s.
Os exemplos seguintes nos servirão para ilustrar o uso do PSPICE na análise de um circuito ac.
Exemplo 10.17
amo utilizar o PSPICE para determinar a tensão V na rede da Figura 10.19.
0
4mH 1 KQ
330 µF
Note que a freqüência das fontes é de 400 Hz. O programa PSPICE que calcula a tensão de saída
e. 1 li tado abaixo.
EXAMPLE 10.17
Vl 1 2 AC 11. 3 45
Il o 1 AC 4 o
Rl 2 o lK
Cl 2 o 3 3 0U
Ll 1 o 4MH
*AC ANALYSI S
. AC LIN 1 4 00 40 0
. PRINT AC VM ( 2 ) VP ( 2 )
.END
Exemplo 10.18
amo utilizar o PSPICE para determinar a tensão de saída na rede da Figura 10.20a.
Note que a freqüência da fonte é 60 Hz. O programa PSPICE para calcular a tensão de saída V O é
410 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 10
EXAMPLE 10.18
vc 1 o AC 12 o
vx 1 5 AC o
HX 3 o vx 2
Rl 5 2 2K
R2 2 3 l0K
Cl 4 o 200UF
Ll 2 4 20MH
* ANALYSIS
.AC LIN 1 60 60
.PRINT AC VM(2,3) VP(2,3)
.END
A listagem de saída fornecida pelo computador inclui o seguinte:
FREQ VM(2,3) VP(2,3)
6.000E+0l 3.637E-02
2kD
-l.091E+02
•
lOkD
+
12 cos (377t) V
2ix
(a)
V,
CD + .. - \ - RI @
' - ,, ©
LI R2
+
Yc ®
cl
H,
®
(b) - .
Figura 10.20 Circuitos empregados no Exemplo 10.18.
Exemplo 10.19
Vamos considerar mais uma vez o problema do Exemplo 10.16. A Figura 10.21 mostra a rede da Figura
10.18a redesenhada para análise PSPICE. Note que no Exemplo 10.16 a rede é especificada no domínio da
freqüência, e a freqüência não foi explicitada. Para a análise PSPICE devemos especificar a freqüência e os
valores dos parâmetros. Temos a liberdade de escolher qualquer freqüência e parâmetros do circuito que se-
jam consistentes com os valores de impedância dados. Um valor conveniente é f = ½ :n: hertz, que produz OJ =
1 rad/s.
O programa PSPICE para calcular a tensão de saída é
EXAMPLE 10.16 AC ANALYSIS
Vl 1 o AC 12 o
Rl 1 2 1
Cl 2 o 1
R2 2 3 1
Cap. 10 Aná lise senoidal em regime perm
ane nte 411
Fl o 3 vx 2
Ll 3 1 4
C2 4 1 5
vx 5 o AC o o
R3 4 o 1
. AC LIN 1 0.1 591 55 0.1 5 9 155
. PRI NT AC VM (4) V P(4 )
. END
saída do computador para tal pro
grama é
FREQ VM (4) VP (4)
1. 592 E-0 1 6 .00 0E +00 2.0 4-0 5
•
e,= 1 F 21,
Agura 10.21
-=
Rede da Figura 10.18a redese
0
nhada para análise PSPICE.
Já que o enfoque de nossa análise
r neste capítulo ficou restrita a um
PJ mantiveram tal formato. No enta a freqüência única, os exemplos
nto, o uso de rotinas gráficas par
é apresentado no Capítulo 14. a aná lise de uma gama de freqüên-
Exercíc ios
El0 .13 Dad a a rede da Figu ra
El0 .13, calc ule V e 1 usando
O PSPICE se a freq üên cia for
0 f = 1/vr Hz.
+
IOIQ'.'V
- jl Q
Figura E10.13
Resp.: V 0 = 1,402 /-1 27, 4º V,
l 0 = 1,402 /-37 ,4º A.
El0 .14 Usando PSPICE , calc ule V na
0 rede da Figu ra El0 .14.
100 n 100 n +
120 cos 3771 V
1 rnH 1 KQ
IOµ F
10.8 Resumo
Este capítulo ilustrou que, por meio do uso de fasores, impedância e admitância, podemos determinar a res-
posta em regime permanente de um circuito ac a uma entrada senoidal utilizando técnicas como análise no-
dal, análise de laço, superposição, transformação de fonte e os teoremas de Thévenin e Norton.
Também demonstramos o uso do PSPICE na solução de problemas de circuitos ac em regime per-
manente. Finalmente, foi mostrado que a porção de análise ac do programa de análise de circuitos PSPICE é
uma técnica simples e eficiente para se resolver problemas de análise de circuitos ac.
Pontos-Chave
• O princípio de linearidade pode ser aplicado em problemas de circuitos ac em regime permanente.
• Todas as técnicas de solução aplicadas a circuitos de - análise nodal, análise de laço, superposi-
ção, transformação de fonte e os teoremas de Thévenin e Norton - são todas aplicáveis na so-
lução de problemas de circuitos ac em regime permanente.
• Com a adição de um comando de controle de solução e cinco variáveis de saída, as técnicas PSPI-
CE apresentadas nos capítulos anteriores podem ser aplicadas na solução de problemas de circui-
tos ac em regime permanente.
Problemas
10.1 Dada a rede da Figura PlO.l , use linearidade e assuma que V = l LQ: V para determinar o valor real de V , caso V s =
O 0
24f..g'_V.
H1 j2n +
2n
-jl D.
Figura P10.1
10.2 Dado o circuito da Figura Pl0.2, use linearidade e assuma que 1 = 1 f..g'_ V. A para determinar o valor real de 1 ,
0 0
caso Vs = 12 LQ: V.
2Q 2Q 2!1
- j2 n
Figura P10.2
10.3 Dado a rede da Figura Pl0.3 , use linearidade e assuma que 1
0
= 1 /J!.. A para determinar o valor real de 10 , caso Is=
12 f..!t.. A.
- j2 n 2Q
Is t 20
-j2Q
j 2Q
Figura P10.3
Cap. 10 Aná lise senoidal em regime
pem ian ente
413
10. 4 Determine V na rede da
O Figura Pl0 .4.
2Q
-jl Q +
jl Q
12/.!! V 4Q
+
Figura P10.4
10.5 Determine V no circuito
O da Fig ura Pl0 .5.
2Q
~Jl Q 2Q +
+
12/. !! V
}2 0.
+
Figura P10.5
10.6 Determine V na rede da
O Figura Pl0 .6.
jl 0.
+
12/. !! V 2 0.
2 0.
-jl 0.
16f.ír V
i 2/S!.A
Figura P1 0.6
10.7 Utilize análise nod al par a
determinar V no circuito
0 da Fig ura Pl0 .7.
+
6/S!.V +
12/ !l:V 1n +
lQ
-jl Q
j2Q
JQ
Figura P1 O. 7
,.p
11
•I
Í1\•. 1
P-
it
414 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 10
12/!r_ V 2n
-jl O
6/!r_ V
+
2n j20
Figura P10.8
10.9 Determine VO no circuito Figura Pl0.9 usando análise nodal.
12/Q'.'V jl n
4/Q'.'V
+
20
'
,,
20 -j20
Figura P10.9
10.10 Determine 10 na rede da Figura Pl0.10 utilizando análise nodal.
2n IQ 2n
12/_Q"V 61.Q"V
Figura P10.10
10.11 Determine VO na rede da Figura Pl0.11 usando análise nodal.
+ +
-jl n 12/Q'.'V
6/Q'.' V 2Q 2/JtA 2n
Figura P10.11
Cap. 10 Análise senoid al em regime permanente
415
l0.12 Utilize análise nodal para determinar 1 no
0 circuito da Figura Pl0.1 2.
20 -Jl O
12/Sf V
+ i }20 20
6/Qº V
lo
Figura P10.12
10.13 Usand o análise nodal, determine 1 no circui
0 to da Figura Pl0. 13.
20 10
Figura P10.13
10.14 Determine V na rede da Figura Pl0.14 usand
O o anális e nodal.
-jl O
+
+
12/Qº V
i 2/St A 4/Sf V
20
Figura P10.14
10.15 Determine 1 no circuito da Figura P l0.15
0 utilizando análise nodal.
lo
20 20 1n
-
-j20 2/_Qº A
+ +
12/Sf V jl n 6/Qº V
Figura P10.15
i
i,
416 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 10
12/Q'.'V
lfl
jl D
Figura P10.16
10.17 Determine 10 na rede da Figura Pl0.17 utilizando análise nodal.
v1
6/QºV -jl D
1n
V4
Iº
10/Q'.'V 2/Q'.'V 10
-=
Figura P10.17
10.18 Determine a tensão sobre o indutor no circuito mostrado na Figura Pl0.18 usando análise nodal.
-)40
v, V2
Figura P10.18
10.19 O circuito de baixa freqüência equivalente para um transistor amplificador emissor comum é mostrado na Figura
Pl0.19. Calcule o ganho de tensão V /V s·
e
Figura P10.19
Cap. 10 Análise senoidal em regime permanente 417
Figura P10.20
11)•• 1 uliz.e análise nodal para determinar V 0 na rede da Figura Pl0.21.
4/if V 8/if V
jl Q lQ
Figura P10.21
1 .22 Determine 10 na rede da Figura Pl0.22.
v.
p
Figura P10.22
10.23 Determine o ganho de tensão V0 N s para o filtro passa-baixas mostrado na Figura Pl 0.23 (e descrito no Capítu-
lo 14) utilizando análise nodal. Assuma que o amp-op é ideal para que o amp-op juntamente com os resistores
R3 e R4 possam ser representados por um ganho de A = (1 + R /R ), usando a representação da Figura 3.33b
4 3
com R; = oo e R 0 = O.
418 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 10
-=
Figura P10.23
10.24 Detennine o ganho de tensão V0 N s para o filtro passa-altas mostrado na Figura Pl0.24 (e descrito no Capítulo 14)
utilizando análise nodal. Assuma que o amp-op é ideal para que o amp-op juntamente com os resistores R 3 e R4 pos-
sam ser representados por um ganho de A= (1 + R4'R 3), usando a representação da Figura 3.33b com Ri= oo e R 0 ::: O.
R,
+
+
R•
R,
=
Figura P10.24
2n
i 2~A
+
JQ
12LQ"_ V
Figura P10.25
10.26 Utilize análise de malha para detenninar VO na rede da Figura Pl0.26.
-}2 n 611,iº V
12/Q". V 2n
Figura P10.26
Cap. 10 Análise senoidal em regime permanente 419
10,27 Utilize análise de malha para determinar V0 no circuito mostrado na Figura Pl0.27.
4Q }2Q
:' l2 ·..
+ . ,;.
12!)'.' V 412Q" A
+
Figura P10.27
10.28 Determine VO no circuito da .Figura Pl0.28 usando análise de malha.
2Q j2Q +
2/sr._A -Jl Q 2Q
4/sr._ A
'------1-1----~
Figura P10.28
10.29 Utilize análise de malha para determinar VO no circuito da Figura Pl0.29.
+
-Jl Q
2/sr._ A
Figura P10.29
10.30 Utilizando análise de malha, determine 10 na rede da Figura Pl0.30.
12/Q'.' V
Hl
+
2/Sr A
}2Q
- - -..... - + l - - - - - < - - - I
-j2Q 2Q 4/Q'.'. A
Figura P10.30
420 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 10
6/Sr. A 4/Sr. A
-j2Q lQ
2/Sr. A
Figura P10.31
10.32 Utilizando análise de laço, determine VO na rede da Figura Pl0.32.
--
4/Q'.' A
lQ
lQ
6/Q'.' A
--
-jl Q
4/Q'.' A }2 o. 2Q Vo
Figura P10.32
10.33 Utilizando análise de laço, determine VO no circuito da Figura Pl0.33.
12/Q" V
jl O.
+
+
Figura P10.33
10.34 Utilize análise de laço para determinar VO no circuito da Figura Pl0.34.
Figura P10.34
Cap. 10 Análise senoidal em regime permanente 421
2n jl Q
Figura P10.35
l .36 Determine VO na rede da Figura PI0.36 .
4/Q° A
.---------1- 1--------,
I,
21, 1n
Figura P10.36
10.37 Determine VO na rede da Figura PI0.37.
1n
2V, 1n
Figura P10.37
10.38 Usando o princípio da superposição, determine V no circuito da Figura PI0.38.
O
j2Q
+
12/ír V i 2/Q°_ A
4Q
Figura P10.38
422 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 10
+
-jl O
10
Figura P10.39
10.40 Utilize o princípio da superposição para determinar V no circuito da Figura Pl0.40.
O
10
-jl O
j2Q
+
+
12/Q'.'. V
t 4/SL A 2Q Vo
Figura P10.40
10.41 Determine V O na rede da Figura Pl0.41 usando o princípio da superposição.
20
21ft. A 12/Q'.'. V
_ _- - ; _ . . . . . __ _ _ _....J
+
+
-j20 j40 2Q
Figura P10.41
10.42 Determine VO na rede da Figura Pl0.42 usando o princípio da superposição.
lQ +
+
16/Q'.'. V 20
--j2 Q
20 Vo
41ft. A
i j30
Figura P10.42
Cap. 10 Aná lise senoidal em regime pe1
manente 423
Use transformação de fonte para
determinar V na rede da Fig ura
Usando transformação de fonte, O Pl0 .11.
determine l 0 na rede da Fig ura
Resolva o Problema 10.13 usan Pl0 .12.
do transformação de fonte.
Resolva o Problema 10.14 usan
do transformação de fonte.
Resolva o Problema 10.26 usan
do o teorema de Thévenin.
Resolva o Problema 10.27 usan
do o teorema de Thévenin.
Utilize o teorema de Thévenin
para determinar V na rede da
O Fig ura Pl0 .49 .
-jl !1 2 n +
+
12/Q'.'. V
2n
12 n 10.
2/fl A i lQ
Figura P10.49
1 .50 Aplique o teorema de Thé
venin duas vezes para determi
nar VO no circuito da Fig ura Pl0
.50.
1n 2n
1n +
12/Q." V
-:il D. jl D. 1n
Figura P10.50
10.51 Use o teorema de Thé
venin para determinar V na rede
O da Fig ura Pl0 .51.
2n
1n 2!1 l !1
+
12/Q'.'. V
-jl !1
12 n 4~ V
Figura P10.51
424 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 10
10.52 Dado o circuito da Figura Pl0.52, determine o circuito equivalente de Thévenin nos terminais A-B.
A
2n 1n
B
-
-j2Q 21ft A
+ +
12i!L V jl Q 61ft V
Figura P10.52
10.53 Dada a rede da Figura Pl0.53, determine o equivalente de Thévenin na rede entre os terminais A-B.
v,
Figura P10.53
10.54 Resolva o Problema 10.18 usando o teorema de Thévenin .
10.55 Resolva o Problema 10.20 usando o teorema de Thévenin.
10.56 Resolva o Problema 10.21 usando o teorema de Thévenin.
10.57 Resolva o Problema 10.22 usando o teorema de Thévenin.
10.58 Ache o equivalente de Thévenin para a rede da Figura Pl0.58 entre os terminais A-B.
- jl O V,
lQ
jl O
i 2Vx
Figura P10.58
Cap. 10 Aná lise sen oid al em regime
per ma nen te 425
10.s9 Determine a corrente no indutor do circuito mo
strado na Fig ura Pl0 .59 usa
ndo o teorema de Norton .
6/lP º V
12/í r V
J3 n
Figura P10.59
I0.60 Determine 1 na red
0 e da Fig ura Pl0 .60 usando
o teorema de Norton.
j4Q
j2Q 2n
2115 º A
4/Q'_ A
-=-
Figura P10.60
10.61 Det enn ine Vx no circ
uito da Fig ura Pl0 .61 usando
o teorema de Norton .
11,3 ~ º V
+
+
4/Q '.A -j3 Q
j4Q V,
100
Figura P10.61
10.62 Determine o equiva
lente de Thévenin para a red
e da Fig ura Pl0 .62 entre os
terminais A-B .
IQ I, A
-J2 n
21,
Figura P10.62
10.63 Determine o equiva
lente de Thévenin da rede
da Fig ura Pl0 .63 entre os
terminais A-B .
1n
- v, + 11 n
A
-11 n 2V,
Figura P10.63
1
I,'
1
1
:· J
1
426 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 10
10.64 Determine o equivalente de Thévenin da rede da Figura Pl0.64 entre os terminais A-B.
+ vx
1n A
3n
Figura P10.64
10.65 A rede da Figura Pl0.65 opera emf = 400 Hz. Use PSPICE para determinar a corrente 1 .
0
2n 12 n 4n
Figura P10.65
10.66 O circuito da Figura Pl0.66 opera emf = 60 Hz. Use PSPICE para achar a tensão V .
0
2n
4n 2n J3 n +
+
12/Sl V -12 n
Figura P10.66
10.67 A rede da Figura Pl0.67 opera emf = 400 Hz. Use PSPICE para determinar a corrente 1 .
0
2n 61.Q:' V 1n
+
2n jl n
-12 n 4/Sl A
t 2n
Io
Figura P10.67
Cap. 10 Análise senoida l em regime p ermanente 427
10.68 A rede da Figura Pl0.68 opera emf = 400 Hz. Use PSPICE
para determinar a corrente 1 .
0
+
12/Q'.' V -j2Q 2Q
2Q lQ
]Q jl Q 6/Sf V
Figura P10.68
10.69 A rede da Figura Pl0.69 opera emf = 60 Hz. Use PSPICE
para determinar a tensão V .
0
IQ 2Q -jl Q
2/Jl' A
2Q
----;-1-------<11-----'V\f'v------
-----<J
+
+
j2Q 12/Q" V lQ
Figura P10.69
10.70 Use PSPICE para determinar V na rede da Figura Pl0.70.
O
50µF +
4KQ
16 cos (377t + 45º) V 2 mH
Figura P10.70
10.71 Use PSPICE para calcular tanto a função de transferência
para pequenos sinais 1 /1s quanto a corrente de saída na
rede da Figura Pl0.71. 0
500Q
5mH
i,(I) = 5 cos 2000 rrt A t 500 Q +
v(t)
lKQ
200µF -
1 KQ
Figura P10.71
428 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 10
10.72 Use PSPICE para calcular tanto a função de transferência para pequenos sinais V N s quanto a tensão
. 0 de saída V ria
rede da Figura Pl0.72. o
1000 v(t) +
I KQ vo(t)
Figura P10.72
10.73 A rede da Figura Plü .73 opera emf = 60 Hz. Use PSPICE para determinar a corrente 1 .
0
-j l D 2D j2D
2/Sr A
1 [l
------- ...---'1 N1r-- -•
+
12/!r V 2 [l 6/fr V
+
Figura P10.73
10.74 A rede da Figura Pl0 .74 opera emf= 60 Hz. Use PSPICE para determinar a tensão V .
0
j4D
+
5D V, 2V_, -j3 (1
Figura P10.74
10.75 A rede da Figura Plü.75 opera em 60 Hz. Determine as correntes 1 e lx usando PSPICE.
0
10 KQ jl 8,85 n I,,
21, 12 1º'.'. V
T -j5,305 fl
Figura P10.75
10.76 O circuito da Figura Plü .76 opera emf = 60 Hz. Use PS PICE para calcular a tensão V .
0
2/Sl V
Hl
+
-j l Q v,
Figura P1 O. 76
~ CAPÍTULO
MAKRON
Books
11
Análise de Potência e m
Regime P e rm a n e n te
429
430 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 11
i(t)
v(t)
cos q> I cos qJ 2 = ½[ cos (q> 1 - q> z) + cos (q> 1 + q> 2 ) ] (11.4)
concluímos que a potência instantânea pode ser escrita como
V 1
p(f) = ~ [COS (0 V - 0 i) + COS (2(l)f + 0 + 0 i )]
V (11.5)
2
Note que a potência instantânea consiste de dois termos. O primeiro termo é uma constante (ou
seja, é independente do tempo), o segundo termo é uma função cosseno do dobro da freqüência de excitação.
Vamos examinar essa equação mais detalhadamente na Seção 11.2.
Exemplo 11.1
O circuito da Figura 11.1 possui os seguintes parâmetros: v(t) = 4 cos (wt + 60º) V e Z = 2 /30º Q. Dese-
jamos determinar equações para a corrente e a potência instantânea como uma função do tempo e traçar um
único gráfico dessas funções com a tensão para que possamos compará-las.
Já que
4 ÍfilL
l= - -
2 /30 º
= 2 /30 º A
então
6,0
4,0
2,0
0,0
- 2,0
--4,0
- 6,0
Da Equação 11.5,
11
O valor médio de qualquer forma de onda (por exemplo, uma função senoidal) pode ser calculado integran-
do-se a função sobre um período e dividindo-se tal resultado pelo período. Portanto, se a tensão e a corrente
são dadas pelas equações 11.1 e 11.2, respectivamente, a potência média é
P = -T1 ft,,+T
,,,
p(t) dt
(11.6)
= -T1 ft,,+T VmIM cos(wt+0v)cos(wt+0;)dt
,,,
onde t 0 é arbitrário, T = 2n lw é o período da tensão ou corrente e Pé medida em watts. Na verdade, podemos
tirar a média de qualquer forma de onda sobre qualquer número inteiro de períodos de modo que a Equação
11.6 possa ser escrita como
1 ft,,+nT
P = -nT ,,,
V MIM cos ( wt +0 0
) cos (wt + 0;) dt (11.7)
P = -Tl f'"+T
,,,
VMJ M
--[cos
2
(0v - 0;) + cos (2wt + 0v + 0;)] dt (11.8)
Poderíamos, é claro, manipular a integral indicada; porém, com um pouco de percepção podemos
determinar o resultado por inspeção. O primeiro termo é independente de t, e portanto uma constante na inte-
gração. Integrando-se a constante dentro do período e dividindo pelo período simplesmente resulta na cons-
tante original. O segundo termo é uma função cosseno. É bem sabido que a média de uma função cosseno
sobre um período completo ou um número inteiro de períodos é zero, e portanto o segundo termo na Equação
11.8 desaparece. Tendo em vista tal ocorrido, a Equação 11.8 se reduz a
(11.9)
Note que uma vez que cos (-0) = cos (0), o argumento da função cosseno pode ser 0v - 0i ou 0i -
0v. Além disso, note que 0v - 0i é o ângulo da impedância do circuito, como mostrado na Figura 11.1. Por-
tanto, para um circuito puramente resistivo,
(11.10)
e para um circuito puramente reativo,
p = J_
2 cos(90º)
=O
Porque impedâncias puramente reativas não absorvem potência média, elas são chamadas de ele-
mentos sem perda. As redes puramente reativas operam de forma a armazenar energia durante uma parte do
período e liberar energia na outra parte.
11.2
Desejamos determinar a potência média absorvida pela impedância mostrada na Figura 11.3.
432 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. li
2Q
+
IOL..§;Q'.'V
Portanto,
IM = 3,53A e 0; = 15º
Desse modo,
e portanto,
P = t (7,07)(3,53)
= 12,5W
Além disso, usando a lei de Ohm, poderíamos empregar as expressões
2
I V
P=-~
2 R
ou
P = ½I!R
onde mais uma vez deve ficar claro que VM e IM nessas equações se referem à tensão sobre o resistor e a cor-
rente através dele, respectivamente.
Exemplo 11.3
Para o circuito mostrado na Figura 11.4, desejamos determinar a potência média total absorvida e a potência
média total fornecida.
A partir da figura, notamos que
12
I =
1
112'.
4
= 3 /45º A
12 /45º 12 ~
I2 = -- = = 5,37/71,57º A
2 - jl 2,24 /-26,57º
Cap. 11 Análise de potência em regime permanente 433
I,
+
12filº V 4Q
e portanto,
I=I 1 +I 2
= 3 /45 º + 5,37 /71 ,57°
8,16 /62,08 º A
A potência média dissipada no resistor de 4 Q é
P4 = ½VM I M = ½(12)(3) = 18 w
A potência média dissipada no resistor de 2 Q é
P2 = f I! R = ½ (5,37) 2
(2) = 28,8 W
Portanto, a potência total média dissipada é
PA = 18 + 28,8 = 46 ,8 W
Note que poderíamo s ter calculado a potênci a dissipada no resistor de 2 Q usando ½ VM 2/R se ti-
véssemos primeiram ente calculado a tensão sobre o resistor.
A potência média total fornecida pela fonte é
P5 = +½VM I M cos(0 v - 0 ;)
= +½(12)(8,1 6) cos (45º - 62,08º)
= +46 ,8 W
Dessa forma, a potência total média fornecida é, obvi amente, igual à potência média dissipada. •
Exercícios
Ell.1 Determine a potência média dissipada por cada resistor da rede da Figura El 1. 1.
+ 20
12/QQ.º V
40 - j40
Figura E11.1
Resp.: P 2Q = 7,20 W, P 4 Q = 7,20 W.
Ell.2 Dada a rede da Figura El 1.2, detennine a potência média absorvida por cada elemento passivo
do cir-
cuito e a potência total média fornecida pela fonte de corrente.
434 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 11
40
30 10/.Nº A }20
Figura E11.2
Resp.: P 3Q = 56,55 W, P 4Q = 33,95 W, PL = O, P cs = - 90,50 W.
Quando determinarmos a potência média, se houver mais de uma fonte na rede, poderemos usar
qualquer uma das técnicas de análise úteis para se achar a tensão e/ou corrente. No entanto, devemos lembrar
que em geral não podemos aplicar o princípio da superposição à potência. Deveríamos, entretanto, mencio-
nar que existe um caso especial em que o princípio da superposição se aplica à potência. Se a corrente for da
forma
i(t) =1 1 cos(w 1t+0 1 )+I 2 cos(w 2 t+0 2 )
e se nw, =mw,, onde nem são dois números inteiros diferentes, então nw, =àr/(Tln) e mw 2 =àrl(Tlm), para
que cos w J tenha n períodos completos no tempo Te cos Wi tenha m períodos completos no tempo T. Tais
senóides estão relacionadas harmonicamente. Esse assunto será discutido em detalhes no Capítulo 18.
A potência média que é dissipada pelo resistor R, em um intervalo de tempo T, é dada por
P = -T1 lT [/
o 1 cos (w I t + 0 1 ) + I 2 cos (w 2 t + 0 2 ) ] 2 R dt
onde ambos, w, e w,, são periódicos em T. A equação acima pode ser escrita como
P = _!_ rT[/
T Jo 1
2
cos 2 (w 1t+0 1 )+I; cos 2 (w 2 t+0 2 )
Exemplo 11.4
Considere a rede mostrada na Figura 11.5. Desejamos determinar a potência média total absorvida e forneci-
da por cada elemento.
A partir da figura, notamos que
12/30º
- - = 6/30º A
2
e
12/.Nº V
6/SL V
De acordo com a direção de 1 a fonte de 6 /Jl. V está absorv endo potência. A potênc ia que ela
3
consome é dada por '
P@:... = ½V M IM cos ( 0 v - 0i )
= ½(6)(7 ,43) cos [O º - (-36,1 9º )]
= 18 W
Neste ponto, uma questão é levantada: como sabem os se a
fonte de 6 /Jl. V está fornec endo po-
tência ao restant e da rede ou consum indo potênc ia? A respos
ta a essa questã o é na verdad e bem simples. Se
empregarmos a conven ção que foi adotad a nos capítulos anterio
res, isto é, se a direção de referên cia da cor-
rente entrar no termin al positivo da fonte e o resulta do for positiv
o, a fonte estará absorv endo potênc ia. Se o
resultado for negativo, a fonte estará fornecendo potênc ia
ao restant e do circuito. Por outro lado, se a con-
venção oposta fosse usada, a interpr etação do sinal do resulta
do calcula do deve ser inverti da. Note que uma
vez que a conven ção de sinal é adotada e usada, o sinal para
a potênc ia média será negati vo somen te se a di-
ferença do ângulo for maior que 90º (ou seja, l 0v - 0i I>
90º) .
Para se obter a potênc ia fornecida à rede, calcula mos 1 como
1
l1 = l 2 +l 3
= 6/30 º + 7,43 /-36,1 9º
= 11;29 /-7,07 º A
Portan to, a potênc ia fornec ida pela fonte de 12 [}St_ V usando
-se a conven ção de gerado r de sinal é
Ps = +½ (12)(11;29) cos (30 º + 7,07º)
= +54W
e, dessa maneir a, a potênc ia absorvida é igual à potênc ia fornec
ida.
•
Exemplo 11.5
A corren te em um resisto r de 2 Q é da forma
o
436 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 11
-j20
!2LQ'.'_A 40 4/N'V
=
Figura E11.3
Resp.: P,s = -69,3W, Pys = 19,SW, p4Q = 49,5W, PC= O.
Ell.4 Dada a rede da Figura E11.4, determine a potência média total consumida ou fornecida por cada ele-
mento.
20
+
24LQ.º V 40
Figura E11.4
Resp.: P24 /st_ = -55,4 W, ~ 2 /st.._ = 5,5 W, P20 = 22,1 W, P40 = 27,8 W, PL = O.
Circuito ac
(11.12)
Cap. 11 Análise de potência em regime permanen
te 437
(11.13)
onde
(11. 14)
e
Z L = RL + JXL
(11. 15)
As mag nitu des da corr ente e tens ão
faso riais são dada s pela s expr essõ es
IL =
voe
[(Rn, + Rl,) 2 + (Xn, + XL)2]1/2 (11. 16)
V (R 2 + X 2 ) 1;2
VL = oc L L
[(RTh + R L ) 2 + ( X Th + X L ) 2 ] 1/2 (11. 17)
Os ângulos de fase para a corr ente
e tens ão faso riais estã o inclu ídos em
também que 0 vl - 0 ;L = 0 zl e além (0 vL - 0; ). Obs erve
disso L
COS
RL
0 zl = - - - - -
[R i + XlJl /2 (11. 18)
Subs titui ndo- se as equa ções 11.16 a
11.18 na Equ ação 11.11, tem- se
p = I. v o: RL
L 2(R n,+ R L) 2 +(X n,+ XL) 2 (11.19)
o que pode ria, é claro, ser obti do dire
tame nte da Equ ação (11 .16) usan do-s
da cons ider ação do prob lema vai nos e ½ 1/ RL. Mai s uma vez, uma rápi-
poup ar algu m trabalho. Do pont o de
uma cons tante . A quan tidad e (X " + XL) vista da max imiz ação de Pu V é
1 não cons ome potê ncia e, port anto , qual 0
,
dessa quan tidad e som ente serve para quer valo r dife rent e de zero
redu zir Pi- Des sa form a, pode mos elim
= - XTh" Nos so prob lema se redu z entã inar esse term o sele cion ando XL
o a max imiz ar
p 1 v
= - - -ic RL
---
L 2 (RL +Rn ,)2 (11.20)
No enta nto, esta é a mes ma quan tidad
e que max imiz amo s no caso pura men
do RL = RTh. Port anto , para uma tran te resis tivo sele cion an-
sferê ncia máx ima de potê ncia méd ia
11.6 , ZL pode ria ser esco lhid a tal que para a carg a mos trad a na Figu ra
(11.21)
Fina lmen te, se a imp edân cia da carg
a é pura men te resis tiva (ou seja, XL
transferência máx ima de potê ncia méd = O), a cond ição para a
ia pode ser deri vada a part ir da expr
essã o
dPL
-=O
dRL
onde P1_ é a expr essã o na Equ ação 11.1
9 com XL =O. O valo r de RL que max
imiz a PL na cond ição XL = O é
(11. 22)
Exemplo 11.6
Dado o circu ito da Figu ra 11.7a, dese
jamo s enco ntra r o valo r de ZL para uma
tência média. Além diss o, dese jamo s tran sferê ncia máx ima de po-
dete rmin ar o valo r de potê ncia méd ia
Para reso lver esse prob lema , form amo máx ima tran sferi da para a carg a.
s uma equi vale nte de Thé veni n para
Figura 11. 7b é usad o para calc ular a a carga. O circu ito da
tens ão de circu ito aber to
438 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 11
4/.Sr.. (2)
V
oc
= -6-+-jl( 4 ) = 5,28 -/-9 ,46º V
A impedância equivalente de Thévenin pode ser derivada do circuito da Figura 11.7c. Como mos-
trado na figura,
ZTh
= 4(62 ++jljl) = 1,40 + J·o ,43 Q
Portanto, ZL para uma transferência máxima de potência média é
jl Q
4LQ'.'_A 20 4n
(a)
jl !1
4LQ'.'_A 2n 4 n
(b)
jl Q
2n 4n
(e)
Figura 11.7 Circuitos usados para ilustrar transferência máxima de potência média.
ZL = 1,40 - j0,43Q
Para o valor de ZL acima, a corrente na carga é
•
Exemplo 11. 7
Para o circuito mostrado na Figura 11.8a, desejamos achar o valor de ZL para uma transferência máxima de
potência média. Além disso, vamos determinar o valor de potência média máxima fornecido à carga.
Cap. 11 Anális e de potênc ia em regime perma nente
439
V'X
+ 4 = (2 + j4)1,
V'X
= -21,
- j2Q
j4Q
vx 2n
+
+
V, ZL
4/Sl._V
(a)
- j2Q
I, j4Q
( o
+
v;
+
v; voc
(b)
-j2Q
j 4Q
+
V .,·"
(e)
Figura 11.8 Circuitos para ilustrar a transferência
máxima de potên cia média .
Resolvendo para 11, obtém-se
1 Í=.42'.'
✓2
A tensão de circuito aberto é então
V oc = 21, - 4/Jr
= ✓2/ -45 º - 4/_Q_º
= - 3 - jl
= - 3,16/18,43 º V
440 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 11
A corrente de curto-circuito pode ser derivada da Figura 11.8c. As equações para esse circuito são
v; + 4 = c2 + J4)1 - 21 "
-4 = -21 + (2 - j2)1"
v; = -2(1- l ,c )
Resolvendo essas equações para Isc, tem-se
l ,c = -(1 + )2) A
A impedância equivalente de Thévenin é então
ZTh = V = 3 + jl = 1 -
oc jl Q
l ,c 1 + j2
Portanto, para uma transferência máxima de potência média, a impedância da carga deveria ser
ZL = 1 + jl Q
A corrente nessa carga ZL é então
Voe
IL =- - - = --3-jl
ZTh + ZL
- - = -158/18 43º A
2 , ,
PL = ½(1 ,58) 2
(1)
= 1,25 W •
Exercícios
Ell.5 Dada a rede da Figura El 1.5, detennine ZL para uma transferência máxima de potência média total
transferida para a carga.
24/Sl'_V
+
-j2 D
12/Sl'_V
2D
Figura E11.5
Resp.: ZL = l + jlQ, PL = 44,94 W.
Ell.6 Detennine Z L para uma transferência máxima de potência média e a potência média máxima transferida
para a carga na rede da Figura El 1.6.
24/Sl'_V 2VA
-j2D
VA 2D j 2D
+
Figura E11.6
Resp.: ZL = 2 + }2 Q , PL = 180 W.
Cap. 11 Análise de potência em regime permanente 441
l
-
fto+T i 2 (t)dt (11.23)
T tn
Note que esse valor eficaz é achado determinando-se o quadrado da corrente, calculando-se então
a média ou valor médio, e finalmente tirando a raiz quadrada. Assim, ao "ler" a Equação matemática 11.23,
estamos determinando a raiz quadrada do valor quadrático médio, a qual abreviaremos como rms (root mean
square), e portanto lef é chamada de lrms·
Uma vez que o nível de é constante, ele é também seu valor eficaz (ou rms). Vamos agora deter-
minar o valor rms de outras formas de onda. A mais importante forma de onda é a senóide, portanto, vamos
analisar esse caso particular no próximo exemplo.
Exemplo 11.8
Desejamos calcular o valor rms da forma de onda i(t) = cos (wt- 0), a qual tem um período de T = 2:rr/w.
Substituindo essas expressões na Equação 11.23, tem-se
Já que sabemos que o valor médio ou média de uma curva cosseno é zero,
1 ) 1/2
= I M (!1Y__
2:Jt
- dt
2 (11.24)
442 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 11
Portanto, o valor nus de urna senóide é igual ao valor rnáxirno dividido por ✓2. Dessa forma, urna
corrente senoidal com um valor máximo de IM fornece a mesma potência média a um resistor R que uma cor-
rente de com um valor de JM / ✓ 2. •
Usando-se os valores rms para tensão e corrente, a potência média pode ser escrita de forma geral
v2
P = 1rms
1
R =~
R (11.26)
Manipulando-se tensões e correntes em numerosas aplicações elétricas, é importante que saibamos
se os valores referidos são máximos, médios, rms ou alguma outra coisa qualquer. Por exemplo, as tomadas
elétricas ac normais de 120 V têm um valor rms de 120 V, um valor médio de O V e um valor máximo de
120, ✓ 2 V.
Enfim, se a corrente em um resistor R é composta da soma de senóides harmonicament e relacio-
nadas, a potência consumida pelo resistor pode ser expressa como
(11.27)
onde o valor rrns da corrente total é
Exemplo 11.9
Desejamos calcular o valor rms da forma de onda de tensão mostrada na Figura 11.9.
v (t) (V)
4 --..7
,•······
...•
o x···... :3 4 s····•... _ t <s)
··...
··••.....
-4 - - - - - - - _··i.]
Figura 11,9 Forma de onda usada para ilustrar valores rms.
A forma de onda é periódica com o período T = 3 s. A equação para a tensão no intervalo de tempo
0StS3sé
4t V O< t s 1 s
v(t) = OV 1< t s 2s
{
-4t + 8 V 2 < t s 3s
O valor rms é
= 1,89V
•
Exemplo 11.10
Determine o valor rms da forma de onda de corrente da Figura 11.1 O e utilize tal valor para calcular a po-
tência média fornecida a um resistor de 2 Q através do qual essa corrente está fluindo .
Cap. 11 Análise de potênciâ em regime permanente 443
=4A
Corrente (A)
+4t i(t)
r- -1
-2 t(s)
•
11.11
Desejamos encontrar o valor rms da corrente
i(t) = 12 sen 377t + 6 sen (754t + 30º) A
Uma vez que as freqüências das duas formas de onda senoidais são diferentes,
2 2
= ( ✓2 12) (6)
+ ✓2
Portanto,
Irms = 9,49 A
•
Exercícios
Ell.7 Calcule o valor rms da forma de onda de tensão mostrada na Figura Ell.7.
v(t) (V)
4
..•·····•' ...-·1,,,, ,,••········1,,
........................ .•·· ..·····
o i'"""""'"'4 6 8 t (s)
Figura E11.7
Resp.: Vrms = 1,633 V.
Ell.8 A forma de onda de corrente na Figura El 1.8 está fluindo através de um resistor de 4 Q. Calcule a po-
tência média fornecida ao resistor.
444 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 11
i(t) (A)
4 :············.
i
2 ............ i ; ............................. ij 1 •• , •••••••••• ,,
1 1
O 2 4 6 8 1O 12 t (s)
Figura E11.8
Resp.: P = 32 W.
Ell.9 A forma de onda de corrente na Figura El 1.9 está fluindo através
de um resistor de 10 Q . Calcule a po-
tência média fornecida ao resistor.
i(t) (A)
4 6 12
o 2 8 10 t (s)
-4 ------ : .............. ;
Figura E11.9
Resp.: P = 80 W.
Ell.10 A corrente i(t) está fluindo através de um resistor de 4 Q. Determi
ne a potência dissipada pelo resistor,
caso
i(t) = 4 sen (377t - 30º) + 6 cos (754t - 45º) A
Resp.: P = 104 W.
p
fp = ~~~ = COS ( 0 V - 0;) (11.29)
V rms [ rms
onde
(11.30)
o ângulo 0 v - 0; = 0 zL é o ângulo de fase da impedâ ncia da carga
e é freqüen tement e referido como o ân-
gulo do fator de potência. Os dois limites extremos para tal ângulo
corresp ondem a uma carga purame nte re-
sistiva onde 0z = O, o fp é 1, e a puramente carga reativa onde 0z
L = ± 90º e o fp é O. É possíve l ter um fp
unitário para uma carga contendo elementos R, L e C, caso os valoresL
Existe, é claro, uma variedade de ângulos de fator de potência entre ±90º e Oº. Se a carga é uma
combinação equivalente a RC, então o ângulo fp reside entre os limites -90º < 0 zl < Oº. Por outro lado, se a
carga é uma combinação equivalente RL, então o ângulo de fp reside entre os limites Oº < 0 z < 90º. Obvia-
mente, a identificação do tipo de carga poderia resultar em confusão, devido ao fato de que cos 0 ~ = cos (-0 z ).
Para evitar tal problema, fp é dito estar em avanço ou em atraso, onde esses termos se referem il fase da c~r-
rente em relação à tensão. Uma vez que a corrente se adianta à tensão em uma carga RC, a carga tem um fp
em avanço. Do mesmo modo, uma carga RL tem um fp em atraso; portanto impedâncias de cargas de ZL = 1
- jl e ZL = 2 +jl têm fatores de potência de cos (- 45º) = 0,707 em avanço ecos (26,59º) = 0,894 em atraso ,
respectivamente.
Exemplo 11.12
Uma carga industrial consome 88 kW a um fp de 0,707 em atraso de uma linha rms de 480 V. A resistência
na linha de transmissão do transformador de potência da companhia para a planta é de 0,08 Q. Vamos deter-
minar a potência que deve ser fornecida pela companhia de energia (a) sob tais condições e (b) se o fp é de
algum modo mudado para 0,90 em atraso.
(a) O circuito equivalente para tais condições é mostrado na Figura 11.11. Usando-se a Equação
11.29, obtemos a magnitude da corrente rms na planta:
PL
/m,s = ----
(pf)(Vrms)
(88)(10 3 )
(0,707)( 480)
= 259,3 Arms
A potência que será fornecida pela companhia de energia é
Ps = PL + (0,08)/~ ,
= 88.000 + (0,08)(259,3) 2
93,38kW
o,osn
+ /i -'-
480 V rms P1. - 88 KW
~ • 0,707 sm ,<raso
(b) Suponhamos agora que o fp foi de algum modo mudado para 0 ,90 em atraso, porém a tensão
permanece constante a 480 V. A corrente rms da carga nessas condições é
pl
Irm, = ----
(pf)(V,m, )
(88)(10 3 )
= (O ,90)( 480)
= 203,7 Arms
Sob tais condições, a companhia de energia deve gerar
P5 = Pl + (0,08)/~ns
= 88.000 + (0,08)(203,7) 2
= 91,32kW
o
446 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 11
Deve-se notar a diferença entre esses dois casos. Uma simples mudança no fp da carga de 0,707
para 0,90 em atraso tem um efeito interessante. Note que no primeiro caso a companhia de energia deve
gerar 93 ,38 kW a fim de suprir a planta com 88 kW de potência porque o fator de potência mais baixo
significa que a perda da linha será alta - 5,38 kW. Todavia, no segundo caso a companhia de energia preci-
sa gerar somente 91,32 kW a fim de suprir a planta com a potência necessária e a perda na linha é de
somente 3,32 kW. •
O exemplo indica claramente o impacto econômico do fator de potência da carga. Um fator de po-
tência baixo na carga significa que os geradores e linhas devem ser capazes de conduzir mais corrente a uma
dada tensão (também para compensar perdas Irm/ R na linha) do que seria necessário se o fator de potência
da carga fosse mais alto. Uma vez que perdas de linha representam energia dissipada em forma de calor e não
beneficiam ninguém, a utilidade insistirá que a planta mantenha um alto fp, tipicamente 0,90 em atraso, e
ajuste sua taxa para penalizar as plantas que não cumprirem as normas. Na próxima seção, demonstraremos
uma técnica simples e econômica para corrigir o fator de potência.
Exercício
Ell.11 Uma carga industrial consome lOO kW com um fp de 0,707 em atraso. A tensão de linha de 60 Hz na
carga é de 480 ÍSL V rms . A resistência da linha de transmissão entre o transformador da companhia e a
carga é de O, 1 Q . Detennine a economia de potência que poderia ser obtida, caso o fp fosse mudado para
0,94 em atraso .
Resp.: A potência economizada seria de 3,771 kW.
v""' z/!{
(11.31)
onde I se refere ao complexo conJ· ugado de I rms ; isto é, se I rms
nn• ,
= I L...!,__
10. = IR+ 1"1
rms , então I nn
' s = I rms /-0. = IR-
1 1
jI1• A potência complexa é então
(11.32)
ou
(11.33 )
Cap. li Análise de potência em regime permanente 447
onde, é claro, 0" - 0; =0z. Da Equação 11.33 vê-se que a parte real da potência complexa é simplesmente a
potência média ou real. A parte imaginária de S chamamos de potência em quadratura ou reativa. Portanto,
potência complexa pode ser expressa na forma
s = p + jQ (11.34)
onde
P = Re (S) = VrmJ m,s COS ( 0 v - 0) (11.35)
e, como mostrado na Equação 11.33, a magnitude da potência complexa é o que chamamos de potência apa-
rente, e o ângulo de fase para a potência complexa é simplesmente o ângulo do fator de potência. Potência
complexa, tal como potência aparente, é medida em volt-amperes, potência real é medida em watts, e para se
distinguir Q das demais grandezas, que na realidade têm as mesmas dimensões, ela é medida em volt-ampe-
res reativo, ou var.
Além das relações apresentadas acima, notamos que uma vez que
Re(Z)
cos(0 v - 0) = 7ZI
1m (Z)
sen(0 v - 0) = lzJ
I = Vrrns
nns 1z1
as equações 11.35 e 11.36 podem ser escritas como
Im
Re
(a)
1m 1m
.....,,,.
s
(/::.::): _p_+Q_
······ ..... 0v-0, Re
·····........... -Q
s ··.. s
·-...:
(b) (e)
Exemplo 11.13
Uma carga opera a 20 kW, com um fp de 0,8 em atraso. A tensão da carga é 220 1st. V rms a 60 Hz. A impe-
dância da linha é de 0,09 + j0,3 Q. Desejamos determinar a tensão e o fator de potência na linha do lado da
fonte.
O diagrama de circuito para esse problema é mostrado na Figura 11.14. A magnitude da corrente
de carga rms é
(20)(10 3 )
(220)(0,8)
= 113,64 A rms
A corrente está atrasada em relação à tensão de 0 = cos- 1 0,8 = 36,87º. A potência reativa na carga
é
QL = PL tan e
= (20(10 3 )(0,75)
= 15.000 var
A perda de potência real na linha é
Q linha = (113,64)2(0,3)
= 3874,21 var
Cap. 11 Análise de potência em regime permanen te 449
0,09Q j0,3 Q
= 20.000 + 1162,26
= 21.162,26 W
e
Qs = QL + Qlinha
= 15.000 + 3874,21
= 18.874,21 var
Portanto, a potência complexa no gerador é
Ss = Ps + jQs
= 21.162,26 + jl8.874,21
= 28.356,25 /41,73º VA
Desse modo, a tensão do gerador é
js s 1 28.356,25
IL
= 113,64
= 249,53 V rms
e o fator de potência do gerador é
= 0,75 em atraso
cos(41,7 3º)
Poderíamos ter resolvido esse problema usando a LKT. Por exemplo, calculamos a
corrente da
carga como
h
450 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 11
Exemplo 11.14
Duas redes A e B estão interligadas por dois condutores com uma impedância total de Z = O + jl Q, como
mostrado na Figura 11.15. As tensões nos terminais das redes são VA= 120 /30º V rms e V8 = 120 /Si!_ V rms.
Desejamos determinar a potência média que flui entre as redes e identificar qual é a fonte e qual é a carga.
I
-
+ z +
Rede Rede
VA VB
A B
-
-
VA -VB
I = - - "' - - --C-
z
120 LlQ.'.' - 120 fil'.'.
jl
= 62,12/15º A rms
A potência fornecida pela rede A é
P8 = jV 8 1 I Icos (0v, - 0 1)
= (120)(62,12) cos (O º - 15 º )
= 7.200 ,4 W
Se o fluxo de potência estivesse realmente vindo da rede B para a rede A, os sinais resultantes em
PA e PB teriam sido negativos. •
Exercícios
Ell.12 Uma carga industrial exige 40 kW a 0,84 fp em atraso. A tensão da carga é 220 /sr'_ V rms a 60 Hz. A im-
pedância da linha de transmissão é 0,1 + j0,25 Q . Determine as perdas de potência real e reativa na linha
e as potências real e reativa necessárias na entrada da linha de transmissão.
Resp.: Plinha = 4,685 kW, Qlinha = 11,713 kvar, Ps = 44,685 kW, Q 5 = 37,55 kvar.
Ell.13 Uma carga exige 60 kW a 0,85 fp em atraso. A tensão de 60 Hz na carga é 220 /sr'_ V rms. Se a impedân-
cia da linha de transmissão é O, 12 + jO , 18 Q, determine a tensão de linha e o fator de potência na entrada.
Resp.: Vin = 284,6 ~ V rms , fpin = 0,792 em atraso.
Plantas industriais que necessitam de grandes quantidades de potência têm uma ampla variedade
de cargas. No entanto, por natureza as cargas normalmente têm um fator de potência em atraso. Em vista dos
resultados obtidos no Exemplo 11.12, somos naturalmente conduzidos a perguntar se existe alguma técnica
conveniente para se achar o fator de potência de uma carga. Uma vez que uma carga típica pode ser um ban-
co de motores de indução ou qualquer outro equipamento de alto valor, a técnica para se determinar o fp de-
ve ser econômica para que seja viável.
Para se responder à questão proposta, vamos examinar o circuito mostrado na Figura 11.16. O cir-
cuito ilustra uma carga industrial típica. Em paralelo com tal carga, colocamos um capacitor. A potência
complexa original para a carga Zv que denotaremos como S01 ct, é
Cap. 11 Análise de potência em regime permanente 451
onde 0,,,w é especificado pelo fator de potência exigido. A diferença entre as potências complexas velha (old)
e nova (new) é causada pela adição do capacitor. Dessa forma,
§ cap = § new - § o\d (11.41)
e uma vez que o capacitor é puramente reativo,
/ IL
/ : - - R: Carga industrial
Gerador V : 1 comfpem e
1 atraso
L1
A Equação 11.42 pode ser usada para determinar o valor exigido de C para se conseguir o novo fa-
tor de potência especificado. O procedimento que descrevemos está ilustrado na Figura 11.17, onde
0 01 a = 0 vL - 0;L e 0 oew = 0 vT - 0; 7 • Desse modo, podemos obter um fator de potência em particular para a
carga total simplesmente por uma seleção criteriosa de um capacitor e colocando-o em paralelo com a carga
original. Em geral, queremos que o fator de potência seja grande, portanto, o ângulo do fator de potência
deve ser pequeno (ou seja, quanto maior o fator de potência, menor será o ângulo 0 vT - 0 ;, ).
Im
Re
f Qc
Figura 11. H Ilustração da técnica para correção do fator de potência.
1íL15
Uma carga industrial consistindo de um banco de motores de indução consome 50 kW com um fp de 0,8 em
atraso de uma linha de 220 fSL V rms, 60 Hz. Desejamos aumentar o fp para 0,95 em atraso colocando um
banco de capacitores em paralelo com a carga.
O diagrama do circuito para tal problema é mostrado na Figura 11.18. PL = 50 kW e uma vez que
cos-l 0,8 = 36,87º, 001 d = 36,87º. Portanto,
Uma vez que o fator de potência exigido é 0,95, 0new = 18, 19º. Então
tt:
452 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 11
SOKW
220/St V rms fp = 0,8 e
em atraso
e portanto,
= -}21.070
Desse modo,
21.070
e=----~ 2
(377)(220)
= 1155 µF
Usando-se um capacitor dessa magnitude em paralelo com a carga industrial, criamos, do ponto do
sistema de energia, um fp de carga de 0,95 em atraso. Todavia, os parâmetros da carga real permanecem inal-
terados. •
Exercício
Ell.14 Calcule o valor do capacitar necessário para mudar o fator de potência no Exercício Ell.11 para 0,95
em atraso.
Resp.: C = 773 µF.
P = _!_ rT v(t)i(t) dt
T Jo
onde v(t) e i(t) são definidos na figura. Foi convencionado que i(t) entra no terminal ± da bobina de corrente
e v(t) é positiva no terminal ± da bobina de tensão. No domínio da freqüência, o circuito equivalente é
mostrado na Figura 11.19b, onde a corrente e a tensão são referidas como as mesmas no domínio do tempo e a
leitura do wattímetro será
:!::
:!::
1
v(t)
p
1
(a)
Bobina
de corrente
:!::
:!::
1
V
p
1
(b)
Figura 11 .19 Conexões do wattímetro para medição de potência.
Note que se uma das bobinas do wattímetro estiver invertida, as equações para a potência terão o
inaJ trocado em relação àquelas que eram antes da inversão da bobina devido à mudança na variável de refe-
rência relacionada ao terminal ±. Devido à construção física de wattímetros, o terminal ± da bobina de poten-
cial d veria sempre ser conectada à mesma linha que a bobina de corrente, como mostrado na Figura 11.20a.
for necessário inverter um enrolamento, uma das bobinas deverá ser invertida. Por exemplo, a inversão da
bin a de corrente resulta na rede mostrada na Figura 11.20b. Note que se o terminal ± da bobina de poten-
cial stiver conectado à linha contendo a bobina de corrente, a potência P estará fluindo através do wattíme-
tro do circuito A para o circuito B.
±
±
Circuito Circuito
A B
p
(a)
Circuito Circuito
A B
p
(b)
Figura 11.20 Conexões de wattímetros .
454 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 11
Exemplo 11.16
Dada a rede mostrada na Figura 11.21, desejamos detenninar a leitura do wattímetro.
-}2 Q
+
:t
1
V
2Q
p J4 .o
1
Usando qualquer uma das técnicas (por exemplo, teorema de Thévenin), podemos mostrar que
4Q
+
120LQ.º V rrns
}40.
Figura E11.15
Resp.: P = 1440,24 W.
depende de diversos fatores tais como a magnitude, a duração e o caminho percorrido pela corrente através
do corpo.
O efeito do choque elétrico varia muito de pessoa para pessoa. A Figura 11.22 mostra as reações
em geral que ocorrem como resultado de uma corrente ac 60 Hz que flui através do corpo de uma mão a
outra, com o coração no caminho percorrido. Observe que existe uma variação intermediária de corrente, de
cerca de O, 1 a 0,2 A, que é provavelmente fatal. Os níveis de corrente nesse intervalo são capazes de produzir
fibrilação muscular, o cessar de contrações normais dos músculos do coração. A recuperação dos batimentos
cardíacos geralmente não ocorre sem a intervenção médica imediata. Os níveis de corrente acima do interva-
lo fatal tendem a fazer com que o músculo cardíaco se contraia severamente, e se o choque for removido
imediatamente, o coração pode voltar a seu batimento por si só.
lOA
Queimaduras graves, uão fatais a menos
que órgãos vitais tenham sido atingidos
IA
Parada respiratória
Limiar de sensação
1 mA
Figura 11.22 Efeitos de um choque elétrico. (Extraído de C. F. Dalziel e W. R. Lee, Lethal electric currents,
IEEE Spectrum, fevereiro de 1969, pp. 44-50, e C. F. Dalziel, Electric shock hazard, IEEE Spec-
trum, fevereiro de 1972, pp. 41-50.)
A tensão necessária para produzir uma dada corrente depende da qualidade do contato do corpo e a
impedância deste entre os pontos de contato. A tensão eletrostática produzida deslizando no assento do carro
em um dia seco de inverno pode ser da ordem de 20.000 a 40.000 V, e a corrente que flui ao se tocar a maça-
neta da porta é da ordem de 40 A. No entanto, o percurso para o fluxo da corrente é na maior parte sobre a
superfície do corpo, e sua duração, de apenas alguns microssegundos. Apesar de tal choque poder ser desas-
troso para alguns componentes eletrônicos, ele não causa mais do que um pequeno desconforto e irritação a
um ser humano.
456 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 11
Eletrodomésticos exigem normalmente 120 ou 240 V rms para seu funcionamento. Apesar de o
nível de tensão ser pequeno se comparado ao choque eletrostático, o potencial para danificar o indivíduo e o
equipamento é muito maior. É mais provável que o contato acidental resulte em um fluxo de corrente entre
mãos ou entre uma mão e um pé - ambos sujeitando o coração ao choque. Além disso, por causa da variação
relativamente lenta (baixa freqüência) da corrente de 60 Hz, esta tende a penetrar mais profundamente no
corpo. Nesse caso também, a fonte de energia tem a capacidade de sustentar o fluxo de corrente sem perdas.
Por causa disso, a discussão a seguir se concentrará primeiramente nos danos associados ao sistema elétrico
ac de 60 Hz.
O sistema monofásico de três fios introduzido no Capítulo 10 é comum, mas não usado exclusiva-
mente para a distribuição de energia elétrica em residências. Dois aspectos importantes que não foram
mencionados anteriormente relacionados à segurança são: circuitos com fusíveis e aterramento.
Cada ramo de circuito, independente do tipo de carga que ele serve, é protegido contra o fluxo de
excessiva corrente por fusíveis ou disjuntores. Circuitos de tomadas são geralmente limitados a 20 A e cir-
cuitos de luz a 15 A. Claramente, isto não pode proteger pessoas de choques mortais. O propósito principal
desses recursos de limitação de corrente é proteger o equipamento.
O condutor neutro do sistema elétrico está conectado ao terra em vários pontos do sistema e em
particular na chegada do s condutores na residência. A conexão com o terra pode ser através de vara dirigida
ao solo ou por contato de um cano metálico de água que esteja enterrado. Os ramos de circuitos de 120 V
saindo do quadro de distribuição (ou caixa de fusíveis) consiste geralmente de três condutores, não de dois ,
como mostrado anteriormente no Capítulo 10, Figura 10.11. O terceiro condutor é o fio de terra, como mos-
trado na Figura 11.23.
+
I
-- - - - - - -' Demais
120 V rms I tomadas
ç>
----~--
Neutro
--------------
···•,,. --------
Condutor de terra
·· .......................................... ································-------
Figura 11.23 Uma tomada residencial com pino terra.
O condutor de terra pode parecer redundante, já que ele não participa da operação normal de uma
carga que poderia estar conectada ao receptáculo. Seu papel é ilustrado no exemplo a seguir.
Exemplo 11.17
Joe College tem uma bancada no seu porão onde ele usa uma variedade de ferramentas como furadeiras, ser-
ras e lixadeiras. O chão do porão é de concreto e, por estar abaixo do nível do chão, normalmente está úmido.
Concreto úmido é relativamente bom condutor. Joe não sabe que o isolamento do fio de sua furadeira elétrica
está partido e o fio em contato com (ou em curto com) a carcaça metálica da furadeira, como mostrado na Fi-
gura 11.24.
Piso de concreto
Sem o condutor de terra conectado à carcaça metálica da ferramenta, Joe receberia um choque
considerável, talvez fatal, quando tentasse usar a ferramenta. A tensão entre sua mão e seu pé seria de 120 V,
e a corrente através de seu corpo estaria limitada pela resistência de seu corpo e o chão de concreto. Tipica-
mente, os disjuntores do circuito não funcionariam. No entanto, se o condutor de terra estivesse presente e
devidamente conectado à carcaça da furadeira, a carcaça permaneceri a no potencial de terra, o condutor de
120 V entraria em curto com o solo, o disjuntor do circuito desarmaria e Joe continuaria vivo para furar
outros buracos.
Foi mencionado anteriormente que o disjuntor do circuito ou fusível não fornece proteção eficaz
•
contra choques elétricos. Existe, porém, um tipo especial de equipamento chamado de interruptor de falta de
terra (GFI - ground - fault interrupter) que oferece proteção pessoal. Esse dispositivo detecta o fluxo de cor-
rente fora do circuito normal. Considere o circuito da Figura 11.24. Na ausência de uma falta, a corrente no
condutor neutro deve ser a mesma que no fio de fase. Se uma falta ocorrer, as correntes do neutro e da fase
diferirão da corrente fluindo no fio de terra devido à falta. O GFI detecta o desequilíbrio de correntes entre o
neutro e a fase e em seguida abre o circuito. Seu princípio de operação é ilustrado no exemplo a seguir.
11.18
Considere a ação do circuito magnético da Figura 11.25. Sob condições normais de funcionamento, i, e i são
2
iguais, e se as bobinas nos condutores de neutro e de fase forem idênticas, como aprendemos em física
básica, o fluxo magnético na carcaça será zero. Conseqüente mente, tensão alguma será induzida na bobina
sensora.
Se ocorrer uma falta na carga, teremos corrente fluindo no condutor de terra e talvez até pelo terra;
desse modo, i 1 e i 2 não mais serão iguais, o fluxo magnético não será zero e certa tensão será induzida nabo-
bina sensora. Tal tensão pode ser usada para ativar um circuito disjuntor. Esta é a essência de um equipa-
mento GFI.
r------
i, Carga
Interruptores de falta de terra estão disponíveis em várias formas, entre as quais podemos citar os
disjuntores. Eles são necessários em ramos de circuitos que servem de escoamento em áreas como banheiros,
porões, garagens e construções externas. Os equipamento s operarão para correntes de falta de terra em torno
de alguns miliamperes. Infelizmente, o GFI é um dispositivo relativament e novo e as normas elétricas não
são retroativas. Desse modo, poucas residências possuem GFis. 1
Exigências para a instalação e manutenção de sistemas elétricos são meticulosam ente definidas por
várias normas estabelecida s para a proteção tanto da pessoa física quanto da sua propriedade. Instalação,
alteração ou reparo de equipamento s e sistemas elétricos devem ser realizados somente por pessoas devida-
mente qualificadas. O assunto que estamos estudando na análise de circuitos não fornece tal qualificação.
Os exemplos a seguir ilustram os potenciais danos que podem ser causados em situações do dia-a-
dia. Começamos revisando a situação descrita no exemplo anterior.
11.19
Suponhamos que um homem esteja trabalhando no telhado de um trailer com uma furadeira elétrica. É de
manhã, o homem está descalço e orvalho cobre o teto do trailer. A ponta do fio de terra foi removida da to-
mada da furadeira . Será que tal homem vai levar um choque caso a fase entre em curto com a carcaça da fu-
radeira?
Para analisar tal problema, devemos construir um modelo que represente adequadamente a situa-
ção descrita. John G. Webster, em seu livro Medical instrumentation (Houghton Mifflin Company, Boston,
1978), sugere os seguintes valores para a resistência de um corpo humano: Rpele(seca) == 15 kQ, Rpei/molha-
da) == 150 Q, Rextremidades(braço ou perna) == 100 Q e Rtronco == 200 Q.
O modelo de rede é mostrado na Figura 11 .26. Note que o fio de terra está em circuito aberto, um
caminho fechado existe entre o fio "quente" através do curto, o corpo humano , o trailer e o solo. Para tais
condições assumimos que as resistências da superfície de contato R ,c , e R,c, são 150 Q cada uma. A resis-
tência do corpo, Rcorpo• consistindo de braço, tronco e perna, é 400 Q. A resistência do trailer é supostamente
zero, e a resistência estimada do solo, R5 010 , do chão do trailer até o solo propriamente dito, é 1 Q. Portanto,
a magnitude da corrente através do corpo, da mão ao pé, seria
120
! corpo = R,c , + RCOJTKJ + R sc, + R ,olo
120
950
= 126mA
Disjuntor
Fase
Neutro
Uma corrente dessa magnitude pode facilmente causar uma parada cardíaca.
É importante notar que proteção adicional seria fornecida se o dispositivo de proteção fosse um in-
terruptor de falta de terra (GFI). •
Exemplo 11 .20
Dois meninos estão jogando bola no quintal. Para se refrescar, eles decidem pular na piscina, que tem um
forro de vinil, então a água está isolada eletricamente da terra. O que os dois não sabem é que há uma falta
no terra em uma das luzes da piscina. Um menino pula e, ainda de pé dentro da piscina com água até o peito,
puxa o outro menino, que está segurando a escada que está aterrada, como mostrado na Figura 11 .27 a. Qual é
o impacto de tal ação?
A ação na Figura 11.27a está modelada como mostrado na Figura 11.27b. Note que, por causa da
falta no terra, existe um caminho da corrente através dos dois garotos. Assumindo-se que as resistências da
falta, da piscina e da escada são aproximadamente zero, a magnitude da corrente através dos dois seria
120
I = - - -- - - - -- - - -
120
= 950
= 126mA
Cap. 11
- --- -- - - - -- - - - - - -- - - - - - - - - - -- - -- -~ ___.::_ _
Análise de potência em regime permanente
_
________459
o
Disjuntor
(a)
Disjuntor R conlll.to
úmido
-::-
(b)
(a)
,--------{ -- -------,
150mA
-::-
(b)
Figura 11.28 Diagramas usados no Exemplo 11.21.
460 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 11
(150)(10- 3 )(100)
I corpo = -100_+_ 10_0_+_2_0_0_+_10_0
= 30mA
Portanto, um nível perigosamente alto de corrente fluirá do estimulador através do corpo para o
terra do eletrocardiógrafo. •
Exemplo 11.22
Um paciente cardíaco com marcapasso ignorou as regras do hospital e está escutando música em um apa-
relho de som de baixa qualidade. O aparelho tem um zumbido amplificado de 60 Hz que é irritante. O pa-
ciente decide desmontar o aparelho parcialmente, em uma tentativa de eliminar o zumbido. No processo, ao
segurar um dos fios da caixa de som, o outro toca o marcapasso. Quais os riscos em tal situação?
Suponhamos que a pele do paciente esteja úmida e que a tensão de 60 Hz sobre os fios das caixas é
de somente 10 mV. Então, o modelo do circuito nesse caso seria o mostrado na Figura 11.29. A corrente
através do coração seria
(10)(10- 3 )
I= - -- - -- -
150 + 100 + 200
= 22,2 µA
+
lOmV
Condutor neutro
Linha de força
(a)
7.200 V
+
Resistência de terra
Guindaste
Poste
(b)
Figura 11.30 Ilustrações usadas no Exemplo 11.23.
EU.16 Uma mulher está dirigindo seu carro em uma tempestade violenta. Enquanto espera no cruzamento,
uma linha de distribuição cai sobre o seu carro e faz contato. A linha é de 7.200 V.
(a) Assumindo-se que a resistência do carro é irrelevante, qual é a corrente em potencial através de
seu corpo se ela, segurando a maçaneta da porta com a mão seca, descesse no chão molhado?
(b) Se ela permanecesse no carro, o que aconteceria?
Resp.: (a) I = 463 mA, extremamente perigoso; (b) ela estaria a salvo.
A segurança no trabalho com eletricidade deve ser uma consideração primordial. Sem considerar-
mos quão eficiente ou conveniente uma rede elétrica é para uma aplicação em particular, ela não tem valor
algum se for perigosa à vida humana.
h,
462 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 11
Além de numerosas mortes que ocorrem a cada ano devido a acidentes elétricos, danos causados
por incêndios por causa do uso inapropriado da fiação elétrica e equipamento de distribuição avultam mi-
lhões de dólares por ano.
Para evitar a perda de vidas e danos à propriedade, procedimentos detalhados e especificações têm
sido estabelecidos para a construção e operação de sistemas elétricos para assegurar uma operação segura
desses sistemas. O National Electrical Code ANSI Cl (American National Standards Institute - ANSI) é o
guia primordial. Existem outros códigos, no entanto: por exemplo, o código nacional de segurança elétrica,
ANSI C2, que lida com as exigências de segurança para utilidades públicas. O Underwriters' Laboratory
(UL) testa todos os tipos de equipamentos e sistemas para assegurar que eles sejam seguros para uso do pú-
blico em geral. Encontramos o selo UL em todos os tipos de equipamento elétrico que são usados em casa,
tais como eletrodomésticos e extensões. 2
A energia elétrica tem um papel importante em nossas vidas. Ela é extremamente importante à nos-
sa saúde e bem-estar em geral. No entanto, se não for usada apropriadamente, poderá ser fatal.
11.9 Resumo
Foram apresentados os relacionamentos básicos de potência que se aplicam a circuitos ac em regime perma-
nente. Potência instantânea e potência média foram definidas. Técnicas para conseguir a transferência máxi-
ma de potência média, que é análoga à transferência máxima em circuitos de, foram apresentadas para várias
condições de carga.
O valor eficaz, ou rms, de uma forma de onda periódica foi introduzido como uma maneira de se
medir a eficácia de uma fonte em fornecer potência a uma carga resistiva.
O ângulo do fator de potência foi introduzido, juntamente com um esquema para a sua correção, se
necessário. Potência complexa e seu relacionamento com potência real e reativa foram também apresentados.
Técnicas para se medir a potência foram apresentadas e, finalmente, considerações a respeito de
segurança foram introduzidas e discutidas mediante de vários exemplos.
Pontos-Chave
• Se a corrente e tensão são funções senoidais do tempo, a potência instantânea é igual a um valor
médio independente do tempo mais um termo senoidal que tem uma freqüência duas vezes
maior que a tensão ou a corrente.
• Capacitores e indutores são elementos sem perda e não absorvem potência média.
• Quando múltiplas fontes estão presentes em uma rede, a superposição não pode ser usada no cál-
culo da potência, a menos que cada fonte forneça energia a uma freqüência diferente.
• Para se obter uma transferência máxima de potência a uma carga, a impedância da carga deveria
ser escolhida igual ao conjugado da impedância equivalente de Thévenin representando o restan-
te da rede.
• O valor eficaz de uma onda periódica é encontrado determinando-se o valor da raiz quadrada
média da onda.
• O valor rms de uma função senoidal é igual ao valor máximo dividido por ✓ 2.
• A potência aparente é definida como o produto Vrmlrms·
• O fator de potência é definido como a razão de uma potência média pela potência aparente e é
dito estar em avanço quando a corrente precede a tensão e atrasada quando a corrente sucede a
tensão.
• O fator de potência em atraso de uma carga pode ser corrigido colocando-se um capacitor em pa-
ralelo com a carga.
• Potência complexa, S, é definida como o produto V rms(ms.
• A potência complexa S pode ser escrita como S = P + jQ, onde Pé a potência real ou média e Q
é a potência imaginária ou de quadratura.
problemas
11.1 Detenn ine a potênc ia média dissipada pela rede mostra
da na Figura Pl 1.1.
40.
Figura P11.1
11.2 Dada a rede mostra da na Figura Pl 1.2, determine a potênc
ia fornec ida e a potênc ia média dissipa da por cada ele-
mento.
+
20.
2Q
Yr
j2D
-jl Q
Figura P11.2
11.3 Dado o circuito da Figura Pl 1.3, detenn ine a potênc ia
média fornec ida e a potênc ia média dissipa da por cada
mento. ele-
4Q +
- j2 o. jl Q
t 4/!Z_A V
Figura P11.3
11.4 Dada a rede da Figura Pl 1.4, determine a potênc ia média
total fornec ida e a potênc ia média dissipada pelo resisto
de 4 Q. r
2Q
6/!l A t
4Q -jlQ
Figura P11.4
464 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 11
11.S Dada a rede da Figura Pll .5, determine a potência média fornecida e a potência média total dissipada.
)2 o.
Figura P11.5
11.6 Dada a rede da Figura Pl 1.6, quais elementos estão fornecendo potência, quais estão dissipando potência e quanta
potência está sendo fornecida e dissipada?
1Q 2Q jl Q
+ +
12/S[ V -12 n 6/J! V
Figura P11.6
11.7 Dado o circuito da Figura Pll.7, determine a potência média dissipada pela rede.
2!1 j2Q
+
12/J!V -jl O. t 6/J! A 4 n
Figura P11.7
11.8 Dada a rede da Figura Pl 1.8, determine a potência média fornecida ao circuito.
2!1 jl Q
+
12/J! A t 4/JlV
-12 n
Figura P11.8
Cap. li Análise de potência em regime permanente 465
à rede.
11,9 Dado o circuito da Figura Pl 1.9, determine a quantidade de potência média fornecida
+
12[S)"_V
4[S)"_ A 2Q jl Q 4Q
P11.9
na Figura Pl 1.10.
11.10 Determine a potência média dissipada pelo resistor de 4 Q na rede mostrada
2Q
4Q j2 Q 12L2QºV
,...-;-,,. -j4Q
Figura P11.10
na Figura Pl 1.11.
11.11 Determine a potência média dissipada pelo resistor de 2 Q no circuito mostrado
I, j2Q
Figura P11.11
quais estão dissipando po-
11.12 Dada a rede da Figura P 11.12, determine quais elementos estão fornecendo potência,
tência e quanta potência está sendo fornecida e dissipada.
1Q +
1Q
--:il Q jl Q JQ
24/Sr. V
P11.12
Pl 1.13.
11.13 Determine a potência média dissipada pelo resistor de saída de 2 kQ da Figura
2k.Q
+
vs(t) = 2cos wt/V vJt) 2k.Q
P11.13
466 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 11
Figura P11.14
11.15 Determine a impedância ZL para uma transferência máxima de potência média e o valor de máxima potência média
transferida a ZL no circuito mostrado na Figura Pl 1.15.
1n -1 1 n 4n
12QQ'.'.V
Figura P11.15
11.16 Detennine a impedância ZL para uma potência média máxima transferida e o valor máximo da potência média dissi-
pada pela carga na rede mostrada na Figura Pll.16.
2ill"_A 4n
Figura P11.16
11.17 Na rede da Figura P 11.17, detennine ZL para uma transferência máxima de potência média e a potência média má-
xima transferida.
1n
+
12QQ'.'. V -jl n
ZL
jl n
2LJ!. A t 1n
Figura P11.17
Cap. 11 Análise de potência em regime permanente 467
+
2o 121.sr_v Jl o
- jl O 10
Figura P11.18
U.19 Repita o Problema 11.17 para a rede da Figura Pl 1.19.
10
10 -jl O
- jl O
Figura P11.19
11.20 Determine a impedância ZL para uma transferência máxima de potência média e o valor de máxima
potência média
dissipada pela carga na rede mostrada na Figura PI 1.20 .
. - - - - - - - ZL 1 - - - - - - - - ,
20 10
+
2/St_ A - )20 6/St_V
Figura P11.20
11.21 Determine a impedância ZL para uma transferência máxima de potência média e o valor de potência
média máxima
dissipada pela carga na rede mostrada na Figura Pl 1.21.
20
20
+
4fS!.' A -)20 61.!1º V
Figura P11.21
468 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 11
11.22 Determine a impedância ZL para uma transferência máxima de potência média e o valor de potência média máxima
dissipada pela carga na rede mostrada na Figura Pll .22.
}2 0.
12/J!....Y 20. m
-jl O
2/..!LA ZL
20.
Figura P11.22
11.23 Determine a impedância ZL para uma transferência máxima de potência média e o valor de potência média máxima
dissipada pela carga na rede mostrada na Figura Pl 1.23 . '
+
12/..!LV
21,
1 0. 2 0. -jl O
Figura P11.23
11.24 Determine a impedância ZL para uma transferência máxima de potência média e o valor de potência média máxima
dissipada pela carga na rede mostrada na Figura Pl 1.24.
+ ]Q
12/..!LV
20
+
-jl O V,
Figura P11.24
11.25 Dada a rede da Figura Pl 1.25, determine ZL para uma transferência máxima de potência média e a potência média
máxima transferida.
vx
+
12/..!LV
Figura P11.25
Cap. 11 Análise de potência em regime p ermanente 469
J1.26 Determine a impedância Z L para uma transferência máxima de potência média e o valor de potência
média máxima
transferida à ZL no circuito mostrado na Figura Pll .26.
l, 2n Jl n
12L.sr_ V
Figura P11.27
11.28 Repita o Problema 11.26 para a rede da Figura Pl 1.28.
1n
12fS!._V 2V, jl !1
Figura P11.28
11.29 Determine o valor 'rms da forma de onda mostrada na Figura Pl 1.29.
~"~~.
•
t(s)
Figura P11.29
11.30 Calcule o valor rrns da forma de onda mostrada na Figura Pll .30.
i (t) A
2 _ _ _ __
o 3 4 6 7 t(s )
Figura P11.30
470 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 11
o 3 4 5 t(s)
Figura P11.31
11.32 Calcule o valor rms da forma de onda mostrada na Figura Pl 1.32.
i(t) A
5 t(s)
Figura P11.32
11.33 Calcule o valor nns da forma de onda mostrada na Figura Pl 1.33 .
i(t)A
o 2 3 4 5 6 7 t(s)
Figura P11.33
11.34 Calcule o valor nus da forma de onda mostrada na Figura PI 1.34.
i(t) A
5 t(s)
-2
Figura P11.34
11.35 Determine o valor rms da forma de onda mostrada na Figura Pll.35.
i(t) A
+2
t(s)
-2
Figura P11.35
r
1
Cap. 11 Análise de potência em regime permanente 471
+1
t(s)
-2
Figura ?11.36
v(t) (V)
+4
o 2 4 6 8 10 t(s)
-41---=-'
?11.37
11.38 Determine o valor rms da forma de onda exponencial mostrada na Figura Pl 1.38.
v(t) (V)
t(s)
Figura ?11.38
2
11.39 Calcule o valor rms da forma de onda seno retificada mostrada na Figura Pl 1.39. Utilize o fato de que sen 0 = ½ -
½ cos 20.
v(t)(V)p
_"_·······_········_········~········_········_········_········~·····u_~····_·····- ~ / - ~
O 1 2 3 4 t(s)
?11.39
11.46 A companhia de energia fornece 80 kW para uma carga industrial. A carga retira 220 A nns da linha de transmissão.
Se a tensão da carga é de 440 V rms e o fator de potência da carga é de 0,8 em atraso, determine as perdas na linha de
transmissão.
11.47 Uma carga industrial opera a 40 kW, 0,84 fp em atraso, e tensão de 220 /sr. V nns. As perdas na potência real e reati-
va na linha de transmissão são de 2 kW e 8 kvar, respectivamente. Determine a impedância da linha de transmissão e
potência complexa no gerador.
11.48 A tensão de entrada para uma carga industrial que consome 24 kW a um fp de 0,86 em atraso é de 220 /sr. V rms . Se
as perdas de potência real e reativa nos alimentadores da linha de transmissão são 1,6 kW e 2,4 kvar, respectivamen-
te, determine a tensão e o fator de potência na entrada da linha de transmissão .
11.49 Uma carga industrial opera a 30 kW, a 0,8 fp em atraso. A tensão da carga é 220 & V rms. As perdas de potência
real e reativa nos alimentadores da linha de transmissão são de 1,8 kW e 2,4 kvar, respectivamente. Determine a im-
pedância da linha de transmis são e a tensão de entrada da linha.
11.50 Determine a potência real, a potência reativa, a potência complexa e o fator de potência para uma carga tendo as se-
guintes características:
(a) = =
I 2 /40º A nns, V 450 /70º V rms.
(b) I = 1,5 /-20º A rms, Z = 5.000 /15º Q.
(e) V = 200 /+35º V rms, Z = 1.500 /.Js:.. Q.
11.51 Uma linha de transmissão com impedância 0,08 + j0,25 Q é usada para fornecer potência a uma carga. A carga é in-
dutiva e a tensão da carga é 220º /sr. V rms a 60 Hz. Se a carga requer 12 kW e a perda de potência real na linha é de
560 W, determine o ângulo do fator de potência da carga.
11.52 Determine a entrada de potência complexa na linha de transmissão do Problema 11.51, e a partir desse valor calcule
a tensão de entrada e o fator de potência.
11.53 Dada a rede da Figura Pll .53, determine a tensão de entrada V5 .
0,1 n j0,3 n +
+
24kW 36kW
0,82 fp em atraso 200/SLY rms
0,88 fp em atraso
Figura P11.53
11.54 Determine a tensão na fonte da rede mostrada na Figura Pl 1.54.
0,08!:1 j 0,2 n +
+
40kW 220 /SL_Y rms 30kW
0,8 fp em atraso O,707 fp em atraso
Figura P11.54
11.55 Utilize as leis de Kirchhoff para calcular a tensão da fonte da rede mostrada na Figura 11.55 .
Figura P11.55
Cap. 11 Análise de potência em regime permanente 473
11.56 Determine a tensão de entrada da fonte e o fator de potência da fonte na rede da Figura Pll.56.
0,1 Q j0,3 Q 0,03 Q jO,l Q
12kW 24kW
0,87 fp 0,9fp 220 /S!'__V rms
em atraso em atraso
P11.56
11.57 Dada a rede da Figura Pll.57, calcule a tensão de entrada da fonte e o fator de potência na entrada.
Figura P11.57
11.58 Que valor de capacitância deve ser colocado em paralelo com a carga de 18 kW no Problema 11.57 para se aumentar
o fator de potência dessa carga para 0,9 em atraso?
11.59 Uma carga industrial é alimentada através de uma linha de transmissão que tem uma impedância de linha de 0,1 + }0,2 Q.
A tensão da linha de 60 Hz na carga é de 480 /sr'_ V rms. A carga consome 124 kW a 0,75 fp em atraso. Qual o valor
de capacitância que, quando colocado em paralelo com a carga, mudará o fator de potência para 0,9 em atraso?
11.60 A tensão de uma linha de 60 Hz para uma carga industrial que opera a 60 kW, a 0,76 fp em atraso, é de 440 /sr'_ V rms.
Determine o valor da capacitância que, quando colocada em paralelo com a carga, aumentará o fator de potência
para 0,9 em atraso.
11.61 Uma carga industrial consome 44 kW a 0,82 fp em atraso de uma linha de 220 /sr'_ V rms, 60 Hz. Um banco de capa-
citares totalizando 900 µF está disponível. Se tais capacitares são colocados em paralelo com a carga, qual é o novo
fator de potência da carga total?
11.62 Um banco de indução de motores consome 36 kW a 0,78 fp em atraso de uma linha de 220 /sr'_ V rms, 60 Hz. Se 500 µF
de capacitares é colocado em paralelo com a carga, determine o novo fator de potência da carga combinada.
11.63 Dada a rede da Figura Pl 1.63, determine a leitura do wattímetro.
-j2Q
+ +
+
24filº V w
JOQ
Figura P11.63
474 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 11
w
+
+
16filº V 121º_0º V
2 o. +
j2 o.
Figura P11.64
11.65 Para se testar um bucal de luz, uma mulher, em pé sobre almofadas que a isolam do chão, coloca o seu dedo dentro
do bucal, como mostrado na Figura P 11.65. A ponta de seu dedo faz contato com um lado do fio e a lateral de seu
dedo com o outro fio . Assumindo-se que qualquer parte de uma extremidade do corpo tenha uma resistência de 100
Q, existe alguma corrente no corpo? Existe alguma corrente nas cercanias do coração?
Figura P11.65
11.66 Um mecânico novato está instalando uma bateria de 12 V em um carro. O terminal negativo já foi conectado. Ele
está agora apertando as roscas no terminal positivo. Com um pulso firme na chave de boca, ele a enrosca de modo
tal que o anel de ouro em seu dedo toca na lataria do carro. Tal situação está modelada na Figura Pl 1.66, onde assu-
mimos que a resistência da chave é irrelevante e a resistência do contato é como a seguir:
Ri = Rrosca para a chave = O,Ol Q
R2 = Rchave para o anel = 0,01 Q
R3 = Ranel para lataria = 0,01 Q
Que potência é rapidamente dissipada no anel, e qual é o impacto da tal dissipação de potência?
R, R,
12 V R,
Figura P11.66
11.67 Um homem e seu filho estão empinando uma pipa. A pipa fica embaraçada em uma linha de força de 7.200 V perto
de um poste de luz. Ao tentar remover a pipa, o homem acidentalmente encosta no fio de 7.200 V. Assumindo-se
que o poste de luz está devidamente aterrado, qual é a corrente potencial através do corpo do homem?
CAPÍTULO
~
MAKRON
Books
12
Circuitos Polifásicos
475
476 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 12
~--------------------~-- a
vcn= 120/-240º
Vnns
.___ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _..____ n
1
1
I ______________________ _ ___________ J
(a)
·,.-<
'·-·-·-·'.><.............··>:. · · - -
/
(b)
Figura 12.1 Tensões trifásicas em equilíbrio.
Note que a notação de subscrito duplo é exatamente a mesma empregada nos capítulos anteriores;
isto é, V 011 significa a tensão no ponto a em relação ao ponto n. Também iremos empregar a notação de subs-
crito duplo para correntes; isto é, 1ª 11 é usado para representar a corrente que flui de a para n. Entretanto, de-
vemos ter o cuidado nesse caso de descrever o caminho de forma precisa, uma vez que em um circuito existe
mais de um caminho entre dois pontos. Por exemplo, no caso de um laço único, as duas correntes possíveis
nos dois caminhos estarão 180º fora de fase uma da outra.
As tensões fasoriais acima podem ser expressas no domínio do tempo como
1
A mais importante de todas as fontes de tensão polifásica é a fonte trifásica em equilíbrio. Tal fonte, como
ilustrado na Figura 12.2, tem as seguintes propriedades. As tensões de fase, isto é, a tensão de cada linha a, b
e e para o neutro n, são dadas por
V(/// =V p &
= vp /-120° (12.11)
= vp /+120°
O diagrama de fasores para tais tensões é mostrado na Figura 12.3a. A seqüência de fase desse
conjunto é dita ser abc, significando que V 1m tem um atraso de 120º em relação a Van· A outra possibilidade
é para Vbn preceder Vc111 de 120º e Vcn preceder Vbn de 120º. Essa seqüência, que é descrita como acb, é
mostrada na Figura 12.3b e é dada por
=Vp liL
= vp /+120° (12.12)
= vi' /-120°
478 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 12
Fasea
a
Fase b
Fonte de b
potência
trifásica v.n
t
Vbn
em equiHbrio Fase e
e
t
v,n
1 n
vrn
120° 120º
120º >-- -.- - - Vª"
120 120º >-1-20-.- - - v.,,
vcn
Figura 12.3 Diagrama de fasores para uma fonte de tensão trifásica em equilíbrio: (a) seqüência abc; (b) se-
qüência acb .
Vamos padronizar nossa notação, de modo que sempre chamaremos as tensões Van' V bn e V cn e as
observemos na ordem abc. Além disso, assumiremos normalmente sem nenhuma perda de generalidade que
&=üº.
Uma propriedade importante do conjunto de tensão em equilíbrio é que
(12.13)
Tal propriedade pode facilmente ser vista decompondo os fasores de tensão nos seus componentes
ao longo dos eixos real e imaginário. Isto pode ser também demonstrado via Equação 12.9.
Do ponto de vista do usuário que conecta uma carga à fonte de tensão trifásica em equilíbrio, não
importa saber como as tensões são geradas. É importante notar, no entanto, que se as correntes da carga gera-
das pela conexão de uma carga à fonte mostrada na Figura 12.2 estão também em equilíbrio, existem duas
configurações possíveis equivalentes para a carga. A carga equivalente pode ser considerada como tendo
sido conectada em uma configuração Y ou delta (~). A configuração Y em equilíbrio é mostrada na Figura
12.4a e, de igual modo, na Figura 12.4b. A configuração delta é mostrada na Figura 12.Sa e, de igual modo,
na Figura 12.Sb. Note que, no caso da conexão delta, não existe o fio neutro. A função real do fio neutro na
conexão Y será examinada, e será mostrado que, em um sistema em equilíbrio, o fio neutro não conduz cor-
rente e, por motivo de análise, pode ser omitido.
n----,---------------"
Carga Carga
(b)
Figura 12.4 Cargas conectadas em Y.
a r---------------1
1 1
Zt:,.
c-----.----s--------'
Carga Carga 1
'-------- -------~
(a) (b)
Figura 12.5 Cargas conectadas em Ll.
A adição de fasores é mostrada na Figura 12.7a. De modo semelhante, obtemos o conjunto de ten-
sões fase a fase como
.
.
.
/
(a) (b)
Figura 12.7 Representação de fasores de tensões de linha e de fase em um sistema Y-Y em equilíbrio.
Todas as tensões de linha juntas com as tensões de fase são mostradas na Figura 12. 7b. Vamos de-
notar a magnitude das tensões de linha como VL e, portanto, para um sistema em equilíbrio,
(12.16)
Desse modo, em um sistema conectado em Y , a tensão de linha é igual a ✓3 vezes a tensão de fase.
Como mostrado na Figura 12.6, a corrente de linha para a fase a é
12.1
uma fonte de tensão trifásica de seqüência abc conectada em Y e em equilíbrio tem uma tensão de linha de
V11h == 208/-30º V rms. Desejamos determinar as tensões de fase.
A magnitude da tensão de fase é dada pela expressão
208
✓3
= 120V rms
As relações entre as tensões de linha e de fase são mostradas na Figura 12.7. Dessa figura notamos
que
Exemplo 12.2
Uma carga trifásica conectada em Y é alimentada por uma fonte de seqüência abc trifásica conectada em Y e
em equilíbrio com uma tensão de fase de 120 V rms. A impedância da linha e a impedância da carga por fase
são de 1 + jl Q e 20 + }10 Q, respectivamente. Desejamos determinar o valor das correntes de linha e as ten-
sões da carga.
As tensões de fase são
120 LQ'.'
IaA
21 + jll
5,06 /-27,65º A rms
Van
Figura 12.13 Diagrama de circuito por fase para o problema do Exemplo 12.2.
rO
48Z Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 12
Para enfatizar e esclarecer a terminologia, tensão de fase, VP, é a magnitude do fasor de tensão entre
o neutro e qualquer outra fase e tensão de linha, Vv é a magnitude do fasor de tensão entre quaisquer duas fa-
ses. Desse modo, os valores de VP e VL vão depender do ponto em que são calculados no sistema. •
Exercícios
E12.1 A tensão para a fase a de uma fonte de seqüência de fase abc conectada em Y e em equilíbrio é Van =
120 /90º V rms. Determine as tensões de linha para essa fonte.
Resp.: V ab = 208 /120º V rms, V bc = 208 & V rms, V ca = 208 /-120º V rms.
E12.2 Uma fonte de tensão trifásica com seqüência de fase abc conectada em Y e em equilíbrio tem uma ten-
são de linha de Vab = 208 & V rms. Determine as tensões de fase para a fonte.
Resp.: Van= 120 /-30º V rms, Vbn = 120 ~ V rms, Vcn = 120 /-270º V rms.
E12.3 Uma carga trifásica em Y é alimentada por uma fonte trifásica de seqüência abc conectada em Y e em
equilíbrio através de uma linha de transmissão com uma impedância de 1 + jl ohms por fase. A impe-
dância da carga é de 8 + j3 ohms por fase. Se a tensão da carga para a fase a é de 104,02 ~ V rms
(ou seja, VP = 104,02 V rms no final da carga), determine as tensões de fase para a fonte.
Resp.: Van = 120 fil V rms, V bn = 120 /-90º V rms, V cn = 120 /-210º V rms.
Van =Vp/.Jr.
vbn = vp L-120° (12.20)
vcn = vp L+120°
= ✓3 V /3Sr = VL /30º = V AB
p
(12.22)
I AB = Vz AB =I /30º - 0
Li '-'-' - ' - - - ' -
Li
onde IBc e IcA têm a mesma magnitude, porém estão atrasadas de 120º e 240º em relação a IAB' respectivamente.
A magnitude das correntes de fase em 11 é
(12.23)
Cap. 12 Circuitos pol(fásicos 483
+ a A
i
Vab vca IcA
+ 1 b IbB
Zt:,
l
Vbc
+ 1
I,c e
Figura 12.9 Sistema V-delta trifásico em equilíbrio.
A LKC pode agora ser empregada em conjunto com as correntes de fase para determinar as cor-
rentes de linha. Por exemplo,
Usando-se o mesmo método empregado anteriormente para determinar a relação entre as tensões
de linha e as tensões de fase em uma conexão Y-Y, podemos mostrar que desde que = Oº, /Vª"
(12.24)
onde I&s e I,c têm a mesma magnitude, porém estão atrasadas de 120º e 240º em relação a IªA' respectivamen-
te, e portanto a relação entre as magnitudes das correntes de linha e as correntes no delta é
(12.25)
O diagrama de fasores na Figura 12.10 ilustra todas as relações importantes entre as correntes e
tensões para uma carga conectada em delta.
I,c
VCA
""·········•.........
····•...
IcA
~-.
~\. ....•·····
..,rVAB
························:::·..
....··
...·······
Figurai 12.10 Relações entre tensão e corrente para uma carga conectada em delta.
h,,
484 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 12
Exemplo 12.3
Uma fonte de tensão trifásica em seqüência de fase abc conectada em Y e em equilíbrio alimenta uma carga
equilibrada conectada em delta. A corrente da carga IA a = 4 /20º A rms. Desejamos determinar as correntes
de linha.
Das relações entre~ e as correntes de linha, como especificado nas equações 12.22 e 12.24 e ilus-
trado na Figura 12.10, notamos que se
I As = 4 /20 º A rms
então
120 ✓3~
10 + j7,54
= 16,60 /+22,98 º A rms
Então, do relacionamento especificado nas equações 12.22 e 12.24, temos
I aA = 16,60 ✓3 J-7,02 º
= 28,75 /-7,02 º A rms
Logo, as correntes de fase e de linha restantes são
vbn = J;
V
/-15 0 º = Vp /-15 0 º
V (12.27)
vcn = fj /-270 º = vp /+90 º
a
vca
Iac Iba
Vb,
e lb
Ic
(a)
Van
VCJI - Vbn
+ +
e b
(b)
Figura 12.11 Fontes conectadas em delta e Y.
onde VPé a magnitude da ten são de fase de
uma fonte equivalente cone ctada em Y. Além
rentes de linha forem disso, se as cor-
Ja = [L /_ft__
Ib = IL /0 -120 º (12.28)
Jc =JL /0 +120 °
486 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 12
(12.29)
onde Icb e Ia, têm a mesma magnitude, I"· porém estão atrasadas em relação a Ib. de 120º e 240º, respectivamen-
te. Logo, se encontrarmos uma rede contendo uma fonte conectada em delta, podemos facilmente converter a
fonte de delta para Y para que todas as técnicas discutidas anteriormente sejam válidas para uma análise.
Exemplo 12.5
Considere a rede mostrada na Figura 12.12a. Desejamos determinar as correntes de linha, a magnitude da
tensão de linha na carga e a magnitude das correntes de fase na fonte delta.
O diagrama monofásico para a rede é mostrado na Figura 12.12b. A corrente de linha IaA é
(208/✓3)clir_
IaA
12,1 + j4,2
= 9,38 /-49,14 º A rms
e dessa forma IbB = 9,38 /-169.14º A rms e I,c = 9,38 /70,86º A rms. A tensão VA N é então
208IJL. V rms
+
208 30º V rms
,j'J ~
n N
(b)
Figura 12.12 Rede delta e Y e um diagrama equivalente monofásico (fase a).
Logo, a magnitude da tensão de linha na carga é
VL = ✓3 (118,66)
= 205,53 V rms
Cap. 12 Circuitos polifásicos 487
A corrente Jiba é
9 8
l[b" ~ /-49,14 ° + 30º
= 5,42/-19,14º A rms
Exercício
E12.6 Considere a rede mostrada na Figura El2.6. Calcule a magnitude das tensões de linha na carga e a mag-
nitude das correntes de fase na fonte conectada em delta.
208/-240º
Vrms N
+
e e
E12.6
Resp.: li';,.= 6,36 A rms, VL = 241 V rms.
Afirmamos anteriormente que para um sistema em equilíbrio, a configuração equivalente da carga pode ser
tanto Y como delta. As Equações 9.47 e 9.48 ilustram o relacionamento geral entre as impedâncias na confi-
guração Y e delta mostradas na Figura 9.16. No entanto, para o caso em equilíbrio onde Z" = Z 6 = Z, e Z, = Z 2
= Z, , as Equações 9 .47 e 9 .48 se reduzem a
(12.30)
e
(12.31)
12.6
A impedância de uma carga trifásica consiste de uma estrela (Y) em equilíbrio em paralelo com um delta (~)
em equilíbrio, como mostrado na Figura 12.13a. Desejamos determinar a carga equivalente delta.
O equivalente delta para o Y dado é
Zô 3Zy
12 + j3Q
488 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 12
(a)
(b)
Figura 12.13 Carga trifásica consistindo de um Y em equilíbrio em paralelo com um delta em equilíbrio con-
vertido em uma carga delta equivalente: (a) carga original; (b) carga equivalente.
Essa impedância conectada em delta está em paralelo com a original e, portanto, a impedância por
fase do delta combinado é
(12 + }3)(18 + j6)
Z't,
12 + j3 + 18 + j6
= 7,21 + }2,04 Q
que mostrada como a carga equivalente na Figura 12.13b. •
Exemplo 12. 7
Considere a rede mostrada na Figura 12.14a. Desejamos determinar todas as correntes da carga.
O diagrama do circuito para a fase a é mostrado na Figura 12.14b. Uma vez que a combinação
paralela de 30 Q e 20 Q é 12 Q ,
120!!J:.
16
= 7,5/St.. A rms
e dessa forma
90LQ:
I ,\N = - --
30
= 3 JSt.. A rms
Cap. 12 Circuitos polifásicos 489
V AB = 90 ✓3 /0 º + 30 º
= 155,88 /3 0 º V rms
e dess a maneira
= 155,88 L1Q_"
IA!! 60
= 2,60 /30 º A rms
Logo, 18 c = 2,60 /-90º A rms e IcA = 2,60 /+ 150º A rms.
a 40 A
120/Q'.' V rms
60 n
120/--120º V rms
60 n
+
+!20/+ 120° V rms b 4n B
e
60Q
4n e
30 n 30 n
(a)
a I aA 4n A
120/Q'.' V rms 30 n 30 n
n N
(b)
Figura 12.14 Redes utilizadas no Exemplo 12.7: (a) rede original; (b) rede equivalente da fase a.
Como mostrado na Figura 12.14a, a corrente de linha deve ser igu al à soma das correntes da carga.
Dessa forma
I aA = IA N + IAB + IAC
=I +I AN I CA
AB -
= 3~ + 2,6/30º - 2,6/150 º
= 7,5 f!r__ A rms
o que confirma nossos cálculos.
•
490 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 12
Exemplo 12.8
Um sistema trifásico em equilíbrio tem uma carga que consiste de um Y em equiHbrio em paralelo com um
delta em equihôrio. A impedância por fase para o Y é 10 + }6 Q e para o delta é 24 + j9 Q. A fonte é um Y
em equilíbrio com uma seqüência de fase abc, e a tensão de linha Vab = 208 /30º V rms. Se a impedância de
linha por fase é de 1 + J0,5 Q, queremos determinar as correntes de linha e as tensões de fase da carga,
quando a carga é convertida a um Y equivalente.
Convertendo-se a carga delta em uma carga equivalente Y, obtemos
z v1 = tzlll = 8 + J3 Q
O circuito equivalente por fase é mostrado na Figura 12.15. Já que a tensão de linha na fonte é V ab
= 208 /30º V rms, a tensão de fase na fonte é Van = 120 /Sl'_ V rrns.
lQ jo,s n A
a
10n
+
Tensão de
Tensão de
fase na fonte
fase na carga
j6 Q
no------ ---------
N
0
Figura 12.15 Circuito equivalente por fase para o Exemplo 12.8.
Lembre-se que uma vez que as cargas estão em equilíbrio, os pontos neutros podem ser conecta-
dos. A impedância da carga equivalente Y é
,, Zv = - Zv1Z
- - v2-
Zv1 + Zv2
(10 + º6)(8 + 1º3)
= J = 4 95/24 95°
1O + }6 + 8 + }3 ' - '
= 4,49 + }2 ,09 Q
A corrente de linha Ia é então
Iª = - - V-an -
zlinh a + Zy
120 /Q'.'
= - - - - -- - - -
1 + J0,5 + 4,49 + }2 ,09
= 19,77 /-25;26 º A rms
A tensão de fase na carga é então VP = IVANI, onde
V AN = I aZY
= (19,77 /-25,26 °)(4,95/24,95º)
= 97,86/-0,31 º V rms
Portanto, as correntes de linha e tensões de fase da carga são
Exercício
E12. 7 Em um sistema trifásico equilibrado, a carga equilibrada consiste de um Y em paralelo com um delta em
equilíbrio. A impedância por fase para o Y é 8 + j4 Q e para o delta é 18 + j6 Q. A fonte é um Y seqüên-
cia de fase abc em equilíbrio e Van= 120 /60 º V rms. Se a impedância de linha por fase for 1 + jl Q, de-
termine a magnitude das correntes de fase em cada carga.
Resp.: 16. = 1,68 A rms.
Relações de Potência
Se a carga estiver conectada em Y ou em delta, a potência real e reativa por fase será
PP = V pl l cos 0
(12.32)
QP = VJL sen 0
onde 0 é o ângulo entre a tensão de fase e a corrente de linha, ou
(12.33)
~ =0
Exemplo 12.9
Um sistema trifásico Y-delta em equilíbrio tem uma tensão de linha de 208 V rms. A potência real absorvida
pela carga é de 1.200 W. O ângulo do fator de potência da carga é 20º em atraso. Desejamos determinar a
magnitude da corrente de linha e o valor da impedância da carga por fase no delta.
A corrente de linha pode ser obtida da Equação 12.33. Uma vez que a potência real por fase é
400 w,
208/L
400 = ✓3 cos 20 º
IL = 3,5 A rms
A magnitude da corrente em cada perna da carga conectada em delta é
IL
II!.= ✓ 3
= 2 ,04 A rms
492 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 12
208
= 2,04
= 101,77Q
Uma vez que o ângulo do fator de potência é 20º em atraso, a impedância da carga é
Z ti = 101,77 /20 º
= 95,63 + }34,81 Q
•
Exemplo 12.10
Para o circuito do Exemplo 12.2, desejamos determinar a potência real e reativa por fase na carga e a po-
tência real, potência reativa e potência complexa totais na fonte.
A partir dos dados no Exemplo 12.2, a potência complexa por fase na carga é
s carga = vi*
= (113,15 /-1,08 º )(5,06;27,65º)
= 572,54 /26,57 º
= 512,07 + }256,1 VA
Portanto, as potências real e reativa por fase na carga são 512,07 W e 256,1 var, respectivamente.
A potência complexa por fase na fonte é
s fo nte = vi·
= (120 ~ )(5,06 /27,65 º )
= 607 ,2 (27 ,65 º
= 537,90 + }281,8 VA
e portanto, potência real, potência reativa e potência aparente total na carga são 1613,7 W, 845,4 var e
1821,6 VA, respectivamente. •
Exemplo 12.11
Uma fonte trifásica em equilíbrio serve a três cargas como se segue:
Carga 1: 24 kW a um fator de potência 0,6 em atraso
Carga 2: 10 kW a um fator de potência unitário
Carga 3: 12 kVA a um fator de potência 0,8 em avanço
A tensão de linha nas cargas é 208 V rms a 60 Hz. Desejamos determinar a corrente de linha e o fa-
tor de potência combinado das cargas.
A partir dos dados, descobrimos que
s 1 = 24.ooo + J32.ooo
S2 = 10.000 + }O
S3 = 12.000 ;-36,9º = 9.600 + }7.200
Logo,
Cap. 12 Circuitos polifásicos 493
Is ,a,ga 1
✓3VL
50.160
= 208 ✓3
1i = 139,23 A rms
SS = S +S carga linha
= 215,43 V rms
e o fator de potência na fonte é
fps = cos 29,15º
= 0,873 em atraso •
Exemplo 12.13
Dois sistemas trifásicos em equilíbrio, X e Y, estão interconectados com impedâncias de linha Z11 " "' = 1 + }2
Q. As tensões de linha são V b = 12 & kV rms e VAs = 12 ~ kV rms, como mostrado na Figura
12.16a.
0
Desejamos deternünar qual sistema é a fonte, qual é a carga e a potência média fornecida pela fonte e dissi-
pada pela carga.
Quando desenhamos o circuito por fase para o sistema, como mostrado na Figura 12.16b, a análise
será essencialmen te a mesma que a do Exemplo 11.14.
A rede da Figura 12.16b indica que
V ",, - V AN
I aA =
zlinha
a U1 j2. D. A
+ +
vab z !inl1a VAB
Sistema b - B
Sistema
X y
1 D. j2. D.
e e
1 D. }2.D.
n N
(a)
a IaA A
~+---1•-- V,A,-----' rvvv'l'---- +--
l D. j2.D.
Van=~f-31rK Vnns VAN=~
- n - N
(b)
Figura 12.16 Circuitos usados no Exemplo 12.13: (a) sistema trifásico original; (b) circuito por fase.
onde
Exercícios
E12.8 Um sistema trifásico Y-Y em equi]Jbrio tem uma tensão de linha de 208 V rms . A potência real total dis-
sipada pela carga é de 12 kW a 0,8 fp em atraso. Determine a impedância por fase da carga.
Resp.: Z = 2,88 /36.87° Q.
r
f Cap. 12 Circuitos polifásicos 495
Ell2.9 Para o sistema Y-Y em equilíbrio descrito no Exercício El2.3, determine a potência real e reativa e a
potência complexa na carga e na fonte.
Resp.: §carga = 1186,27 + }444,94 VA, §fonte = 1335,65 + }593,55 V A.
Ell2.10 Uma linha de 480 V rms alimenta duas cargas trifásicas em equilíbrio. Se as duas cargas são classifica-
das como a seguir,
Carga 1: 5 kV A a 0,8 fp em atraso
Carga 2: 10 kV A a 0,9 fp em atraso
determine a magnitude da corrente de linha da fonte de 480 V rms.
Resp.: IL = 17,97 A rms.
Exemplo 12.14
Um sistema trifásico Y-Y em equilíbrio que está marcado para análise PSPICE é mostrado na Figura 12.17. O
seguinte programa PSPICE vai calcular as correntes de linha, as tensões de carga de fase e as tensões linha a
linha de carga. f = l/2n Hz. O programa é
EXAMPLE 12.14
VAN 1 o AC 12 O o
VBN 5 o AC 12 O -120
VCN 6 o AC 12 O -240
RAN 1 2 10
RBN 5 4 10
RCN 6 7 10
LAN 2 3 2
LBN 4 3 2
LCN 7 3 2
.PRINT AC IM(VAN) IP (VAN) VM(l,3) VP(l,3)
.PRINT AC IM(VBN) IP(VBN) VM(5,3) VP(5,3)
.PRINT AC IM(VCN) IP(VCN) VM(6,3) VP(6,3)
.PRINT AC VM(l, 5) VP ( 1, 5) VM(5, 6) VP ( 5, 6)
+ VM(6,1) VP(6,1)
.AC LIN 1 .159155 .159155
.END
A saída do computador é
I (VAN) 11 . 7 7 /16 8 . 7 º A rms
V(l, 3) 120 fil..
V(l, 5) 2 O7 . 8 /3 Oº V rms
Lembrando que I(V AN) é a corrente do nó l para o nó O através da fonte Van• vemos que a cor-
rente de linha fluindo dos nós l para 2 é -I(VAN) = 11,77 /-11,3º A rms. •
496 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 12
0 10n
1-+'-----------'VV'v----t---,.
0 J2n
0 10n 0
0 +
0
vb,,= 120820º Vrms
0 10n 0
}-+'-----------'Vl/'',,----t--"lcA
j2Q
V 8 N = 120/-120º Vrms
+
0
VcN = 120 /-240º Vrms 60
+
0
Figura 12.18 Sistema trifásico Y-delta em equilíbrio marcado para análise PSPICE.
Exemplo 12.15
Um sistema trifásico Y-delta em equilíbrio pronto para análise PSPICE é mostrado na Figura 12.18. O se-
guinte programa PSPICE vai calcular as correntes de linha, correntes de carga e tensões de carga.f = 1/2.n Hz.
O programa é
EXAMPLE 12.15
VAN 1 o AC 12 O o
VBN 4 o AC 12 O -120
VCN 5 o AC 120 -240
RAB 1 2 6
LAB 2 3 9
VDAB 3 4 AC o
RBC 7 5 6
LBC 6 7 9
VDBC 4 6 AC o
Cap. 12 Circuitos polifásicos 497
RCA 1 8 6
LCA 8 9 9
VDCA 5 9 AC O
. PRINT AC IM (VAN) IP(VAN) IM(VBN) IP (VBN)
+ IM( VCN) IP( VCN)
. PRI NT AC IM( VDAB) IP (VDAB) VM(l ,4 ) VP(l ,4 )
. PRI NT AC IM( VDBC ) I P(VDBC) VM(4 ,5) VP(4 ,5 )
. PRINT AC IM( VDCA) IP (VDCA) VM(5 , 1) VP(5 ,1 )
.AC LIN 1 .1591 55 . 15915 5
.END
A saída do programa é
I( VAN) = 33 . 28 /123. 7° A r ms
V(VDA B) = 19.22 /- 26.31 º A rms
V(l , 4) = 2 O7 . 8 /3 Oº V rms
•
Exemplo 12.16
Um sistema trifásico conectado em delta em equilíbrio é
mostrado na Figura 12 .19a. Desejamos usar PSPICE
para calcular as correntes e tensões nessa rede. Do ponto de
vista PSPICE, tal circuito possui dois problemas:
Existe um laço de fontes de tensão e não existe nenhum nó
de aterram ento conveniente. Portanto, o circuito
foi modificado, como mostra a Figura 12.19b. Os resistores
de 1 pQ colocados em série ao redor das fontes
de tensão eliminam o problema de um laço de fonte de tensão
. Os resistores de 1 TQ nos permitem introdu zir
o nó terra necessário ao PSPICE. A posição e o valor de
tais resistores estão selecionados para manter um sis-
tema em equilíbrio e ter um impacto mínimo na operação
da rede original.
O programa PSPICE escrito para a rede da Figura 12.19b, que
calcula as correntes de fonte, as cor-
rentes de carga e tensões de carga, é mostrado a seguir. f =
112.n Hz.
EXAMPLE 12.16
VAB 2 3 AC 207 .8 o
RSABl 1 2 lP
RSAB2 3 4 lP
VBC 5 6 AC 207 . 8 -120
RSBCl 4 5 lP
RSBC2 6 7 lP
VCA 8 9 AC 207.8 - 2 40
RSCAl 7 8 lP
RSCA2 9 1 lP
RSHZA 1 o lT
RSHZB 4 o lT
RSHZC 7 o lT
RAB 10 11 6
CAB 1 10 .3 3333
VDAB 11 4 AC o
RBC 4 12 6
CCB 12 13 . 33333
VDBC 13 7 AC o
RCA 1 14 6
CCA 14 15 . 333 3 3
VDCA 7 1 5 AC o
. PRINT AC IM( VAB) IP( VAB) VM(l ,4) VP( l,4 )
.PRIN T AC IM(VBC) IP(VB C) VM(4 ,7) VP (4,7)
498 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 12
207,8!!._ V nns
1
3F
1
3F
207,8 '=1J!LV nns
1
3F
e (a)
(b)
0
Figura 12.19 Sistema trifásico conectado em delta analisado usando-se PSPICE .
•
Exercícios
E12.11 Dada a rede da Figura El2.l l, utilize PSPJCE para determinar a corrente de linha, a tensão de linha e a
tensão de carga. f = l/2Jr Hz.
Cap. 12 Circuitos polifásicos
499
120/ O" V rrns
+ 0 15 o 0
150 0
0
120/-240° V rms G) 15 o (j)
-
------
+
----vv v----- ----,.
Figura E12.11
Resp.: Ia= 7,249 ~ A rms, V(l, 3) = 120 /sr:. V rms, V(l, 5) = 207, 8 bJr:.. V nns.
El2.12 A rede da Figura El2.12 está marcada para uma análise PSPlCE. Escreva o programa
PSPlCE para cál-
culo das correntes de fonte, correntes de carga, tensão de carga e queda de tensão sobre a O
impedância da
linha. f = l/2.7r Hz.
0
120/ O" V rrns
60
0 }20
V VA B
120/-120" V rrns
6Q
@ VD(,
Y o,c
@ j2Q
.,--- ---- ---- ---- ~
120/-240" V rms
®
Figura E12.12
Resp.: Is= 20,58 ~ A rms, IL = 11,88 /-29.04º A rms, VL = 128,5 /.2.L2E. V rms,
V linha= 46,02 /4.4º V rms .
El2.13 A rede da Figura El2.13 está marcada para uma análise PSPICE. Escreva o programa
PSPJCE calculando
as correntes de linha, correntes de carga, tensões de carga e correntes de fonte. Qual o propósito
dos re-
sistores de 1 TQ na rede? f = l/2.7r Hz.
207,8 / -240º V rm
l TQ
207,8/-120º V rms
0
1 Tn
Figura E12.13
Resp.: Is= 5,162 /-153,4º A rms, !linha= 8,942 /-3,4º A rms, IL = 8,942 /-3,4º A rms,
VL= 120~Vrms.
l
PA = -
J,rv AN. i A dt (12.36)
T o
Pc = Tl J,r
o VcN• ic dt (12.38)
SOCIESC
B\blioteca
Cap. 12 Circuitos polifásicos 501
A iA
(12.39)
Como mostrado na Figur a 12.20, as tensões VAN*•
vBN* e VcN* pode m ser expressas como
VAN'' = VAN - VX
VSN'' = VHN - Vx (12.40)
VCN'' = VcN - Vx
Substituindo-se a Equação 12.40 na Equa ção
12.39, tem-se
P= T
l JTo (vANiA T
+vsN iB +vc Nic )dt-lTfº Vx(iA +is
+ic) dt (12.41)
No entanto,
iA + is + ic = O (12.42)
e, desse modo, a expressão para a potên cia se
reduz a
1
p =-
T
f T
O
V ANi Adt + -
T
1
(12.43)
que reconhecemos ser a potên cia total absorvida
pela carga trifás ica Y. Portanto, usando-se os
tros mostrados na Figur a 12.20, podemos medi três wattíme-
r a potên cia dissipada pela carga trifásica e,
método se aplica ao sistem a em equilíbrio ou além disso, tal
não e se a carga está cone ctada em Y ou em
Se conectarmos o neutro virtual à linha C, a bobin delta.
a de tensão no wattímetro C terá zero volts sobre
ela; a leitur a do wattímetro será de zero watts
e poderá, portanto, ser removido. Dess e modo
metros A e B medi rão então toda a potên cia na , os dois wattí-
carga trifásica. Tal configuração é most rada na
é conhecida como o méto do dos dois wattí metro Figur a 12.21 e
s para medi da de potência. O método dos dois
pode sempre ser usado quando a carga está em wattímetros
equilíbrio, mas, no caso não-equilibrado, é válid
para uma carga de três fios, isto é, uma carga o somente
sem cond utor neutro. De um modo geral, se exist
fonte para carga, são necessários n - l wattímetro em n fios da
s. Como mostrado na Figur a 12.21, a potên cia
pelo método dos dois wattímetros é total medi da
502 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 12
C \flI-'"'"-ª---~----~-~=.:::--------A
±
e e
Exemplo 12.17
Um sistema Y-delta em equilíbrio tem uma fonte com seqüência de fase abc com V = 120 & V rms. A 0
•
carga em equilíbrio tem uma impedância de 10 + }5 Q. Desejamos determinar a potência dissipada pela carga
usando o método dos dois wattímetros.
Se Van= 120 &_ V rms, então
VAB = 208 / 30º V rms
VBC = 208 /-90º V rms
V CA = 208 /-210º V rms
e, desse modo, VAc = 208 /-30º V rms. Uma vez que a impedância de fase é 10 + }5 = 11,18 /26,57º Q, a
magnitude da corrente delta é
208
I i',. = 11,18 = 18 '60 A rms
l
t!:
PA
As equações acima indicam que se PA = P , a carga é resistiva; se PA > P , a carga é indutiva; e se
8 8
< P8 , a carga é capacitiva. Finalmente, essa técnica é válida tanto para a carga conectada
a carga conectada em delta.
em Y como para
Exemplo 12.18
Em um sistema Y-delta em equilfürio, dois wattímetros estão conectados para medir a potência total. Desejamos
determinar o fator de potência da carga, caso as leituras dos wattímetros sejam PA = 1.200 W e P = 480
8 W.
Utilizando a Equação 12.45, temos
0
= tan _ = (1.200 -
1 480) ✓3
1.680
= 36,59°
Logo,
cos 0 = fp = O,80 em atraso
•
504 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 12
Exemplo 12.19
A fonte do Exemplo 12.18 tem uma tensão de linha de 208 V rms. Desejamos achar a impedância da carga delta.
A potência total PT = P A + PB = 1.680 W; portanto, a potência por fase é PP = 1.680/3 = 560 w.
Dessa forma, usando-se a expressão
VJ!, cos 0 = PP
560
Ít, = - -- -
(280)(0,8)
= 3,37 A rms
Portanto,
208
Z = 3,37 /36 59º = 6181/36 59º
' ' '
= + }36,84 Q
49,63
•
Exemplo 12.20
Em um sistema Y -delta em equilíbrio, dois wattímetros são usados para medir a potência total. O wattímelro
A indica 800 W e o wattímetro B indica 400 W depois que os terminais da bobina da corrente são invertido .
A tensão da linha é 208 V rms. Desejamos determinar a potência média total, o fator de potência e a impe-
dância da carga.
A partir dos dados, PA = 800 e P B = -400; portanto, a potência total PT é
Pr=PA+Ps
= 400W
O fator de potência é calculado de
= - - - -- --✓3
-1 [800 - (-400)]
0 = tan
400
0 = 79,ll º
e portanto
Exemplo 12.21
No sistema trifásico em equihô rio mostrado na Figura 12.22,
a tensão de linha é 34,5 kV rms a 60 Hz. Dese-
jamos achar os valores dos capacitores C de forma que a carga
total tenha um fator de potênc ia de 0,94 em
avanço.
Seguin do-se o desenvolvimento descrito na Seção 11.6 para
o fator de potênc ia monofásico, obte-
mos
= -19,95 º
Portanto,
C = 48,6 µF
•
a
Fonte
trifásica Carga
b em equilibri o
em equilíbrio 1-------------:,,------<J
~-----J de 24 MVA
com fP = 0,78
e em atraso
e e e
Neutro
Figura 12.22 Rede utilizada no Exemplo 12.21 .
506 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 12
Exercício
E12.17 Determine Cno Exemplo 12.21 de forma que a carga total tenha um fator de potência de 0,90 em atraso.
Resp.: C = 13,26 µF.
Finalmente, o leitor pode se lembrar que a discussão completa neste capítulo foi centrada em tomo
de sistemas equilibrados. É de suma importância, no entanto, lembrar que em um sistema trifásico não-equi-
librado, o problema é muito mais complicado por causa do acoplamento indutivo mútuo entre as fases em
equipamentos de potência.
12.6 Resumo
Mostramos que uma vantagem importante de sistemas trifásicos equilibrados é que eles fornecem potência
suave. Por causa da condição de equilíbrio, é possível analisar um circuito baseado 'por fase', daí provendo
um atalho computacional significativo para uma solução. As relações entre as várias tensões e correntes para
o sistema em equilíbrio, tanto na configuração Y como na delta, foram identificadas como muito simples. A
habilidade de se executar transformações Y-para-delta e delta-para-Y foi mostrada como um elemento
importante no nosso enfoque computacional.
Técnicas para medição de potência em um ambiente trifásico foram apresentadas. O método do
dois wattímetros para medição de potência trifásica foi derivado, e o uso desse método para medição do fator
de potência foi apresentado. Finalmente, discutiu-se a correção do fator de potência para sistemas trifásico
equilibrados.
Pontos-Chave
• Uma fonte de tensão trifásica em equilíbrio possui três tensões senoidais de mesma magnitude e
freqüência, e cada tensão está 120º fora de fase com as outras. ··
• Se as correntes de carga geradas pela conexão de uma carga a uma fonte de tensão trifásica em
equilíbrio estão também em equilíbrio, a carga é conectada em uma configuração Y em equilí-
brio ou uma configuração delta em equilJbrio.
• Uma fonte de tensão com seqüência positiva de fases em equilíbrio é aquela que possui um
atraso de 120º de Vbn em relação a Van e um atraso de 120º de V cn em relação a Vbn·
• Não existe corrente no condutor de neutro de um sistema Y-Y em equilíbrio.
• Circuitos ac trifásicos em equilíbrio podem ser analisados por fase.
• O método dos dois wattímetros é uma técnica para medição de potência real em um sistema tri-
fásico usando-se somente dois wattímetros.
• O ângulo do fator de potência de uma carga em um sistema trifásico em equiHbrio pode ser cal-
culado usando-se dois wattímetros.
• Correção do fator de potência em um ambiente trifásico em equilíbrio é realizada do mesmo
modo que no caso monofásico.
Problemas
12.1 Em um sistema trifásico Y~ Y em equilíbrio, a fonte é um conjunto de tensões seqüência abc com Van= 120 füJL_ V
rms. A impedância por fase da carga é 12 + }16 Q . A impedância de linha por fase é 0,8 + jl,4 Q. Determine as cor-
rentes de linha e as tensões de carga.
12.2 Um conjunto de seqüência abc de tensões alimenta um sistema trifásico Y-Y equilibrado. As impedâncias de linha e
de carga são 0,6 + jl Q e 18 + }14 Q, respectivamente. A tensão de carga na fase a é VAN= 114,47 ~ V rms.
Determine as tensões na linha de entrada.
12.3 Em um sistema trifásico Y-Y equilibrado, a fonte é um conjunto de tensões seqüência abc. A tensão de carga na fase
a é VAN= 108,58 /79,81 º V rms, Ztinha = l + jl,4 Q, Zcarga = 10 + }13 Q. Determine a seqüência de entrada das
tensões.
12.4 Uma seqüência de tensões abc em equilíbrio alimenta um sistema trifásico Y-Y equilibrado. As impedâncias de
linha e de carga são 0,6 + j0,9 Q e 8 + }12 Q , respectivamente. A tensão de carga na fase a é VAN= 116,63 /JJr. V
rms. Determine a tensão de linha Vab·
Cap. 12 Circuitos polifá sicos 507
o
508 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 12
208/-220°
Vrms 208W,_ºV nns
8!.1
j 6Q
+ e
208 / -100º V rms
0,4 n j0,s n
Figura P12.23
12.24 Em um sistema trifásico equilibrado, uma fonte conectada em delta alimenta
uma carga conectada em Y. Se a impe-
dância de linha é 0,2 + j0 ,4 Q, a impedância de carga é 6 + j4 Q e a tensão de fase
da fonte Vab = 208 /40º V rms, de-
termine a magnitude da tensão de linha na carga.
12.25 Em um sistema trifásico equilibrado, uma fonte conectada em delta alimenta
uma carga conectada em Y. Os valores
por fase da impedância de linha e impedância de carga são 0,5 + j0,5 Q e 9 +
j6 Q, respectivamente. Caso a tensão
de fase da fonte seja V ab = 208 ÍJjJJ:!_ V rms , determine a magnitude das correntes
nas fontes delta.
12.26 Em um sistema equilibrado trifásico conectado em delta-delta, a fonte possui
uma seqüência de fase abc. As impe-
dâncias de linha e carga são 0,3 + j0,2 Q e 9 + j6 Q, respectivamente. Caso a corrente
de fase em delta seja lAB = 15
/..1!L. A rms , determine as tensões de fase da fonte.
12.27 Em um sistema trifásico equilibrado delta-delta, a fonte tem uma seqüênci
1 a de fase abc. O ângulo de fase da tensão
da fonte é/Vª&= 40º e lba = 4 /15º A rms. Caso a potência total dissipada seja
!( 1.400 W, determine a impedância de
' ...... carga.
11,~
d•i,o, ....
.-,,),,., 12.28 A impedância de uma carga trifásica consiste de um Y em equilíbrio em
~ ........ paralelo com um delta em equilíbrio. Qual
são a carga Y equivalente e a carga delta equivalente se as impedâncias de fase
de Y e delta forem 6 + j3 Q e 15 + jl2
1/r Q, respectivamente?
12.29 Em um sistema trifásico em equilíbrio, a fonte de seqüência de fase
abc está conectada em Y e Van= 120 /20° V
rms. A carga consiste de dois Y em equilíbrio com impedâncias de fase de 8
+ j6 Q e 12 + j8 Q. Se a impedân cia de
linha for zero, determine as correntes de linha e corrente de fase em cada
carga.
12.30 Em um sistema trifásico em equilíbrio , a fonte é um Y equilibrado com
uma seqüência de fase abc e Vab = 208 /60 º
V rms. A carga consiste de um Y em equilíbrio com impedâncias de fase de
8 + j5 Q em paralelo com uma carga
equilibrada em delta com uma impedância de fase de 21 + jl2 Q . Se a impedân
cia de linha for de 1,2 + jl Q, deter-
mine a corrente de fase na carga equilibrada em Y.
12.31 Em um sistema trifásico em equilíbrio, a fonte é um Y equilibrado com
uma seqüência de fase abc e V an = 120 /sr:. V
rms. A carga consiste de um Y em equilíbrio com impedâncias de fase de 6 +
j4 Q em paralelo com uma carga equi-
librada em delta com uma impedância de fase de 12 + j6 Q. Se a impedân cia
de linha for de 1 + jl Q, determine a
magnitude da tensão de fase da carga em delta.
12.32 Em um sistema trifásico em equilíbrio, a fonte é um Y equilibrado com
uma seqüência de fase abc e V ab = 208 /50 º
V rms. A carga consiste de um Y em equilíbrio em paralelo com uma carga equilibra
da em delta. A impedân cia de
fase da carga em Y é 5 + j3 Q e a impedância de fase da carga em delta é 18 +
jl2 Q. Se a impedância de linha for de
1 + j0,8 Q, determine as correntes de linha e as correntes de fase nas cargas.
12.33 Em um sistema trifásico em equilíbrio, a fonte está conectada em delta
com seqüência de fase abc e Vab = 208 /55 °
V rms. Há duas cargas conectad as em paralelo. Uma delas está conectada em
Y e tem impedância de fase 4 + j3 Q, e
a outra carga também está conectada em Y com impedância de fase de 8 + j6
Q. Determin e as correntes de delta na
carga, caso a impedância de linha que conecta a fonte às cargas seja 0,2 +
jO , 1 Q.
12.34 Em um sistema trifásico em equilíbrio, a fonte está conectada em delta
com seqüência de fase abc. Há duas cargas
em paralelo conectadas em Y. As impedâncias de fase nas cargas l e 2 são 4
+ j4 Q e 10 + j4 Q, respectivamente. A
impedância de linha que conecta a fonte às cargas é 0,3 + j0,2 Q. Se a corrente
da fase a da carga 1 é I AN 1 =10 /1st:.
A rms, determine as correntes delta na fonte .
. 1--
Cap. 12 Circuitos polifásicos 509
12.35 Em um sistema trifásico em equilíbrio, a fonte tem seqüência de fase abc e está conectada em delta. Há duas cargas
conectadas em paralelo. A linha conectando a fonte às cargas tem impedância 0,2 + }O, 1 Q. A carga 1 está conectada
em Y e tem impedância de fase 4 + }2 Q. A carga 2 está conectada em delta e tem impedância de fase 12 + }9 Q. A
con-ente IAB na carga delta é 16 /45º A rms. Determine as tensões de fase na fonte.
12.36 Em um sistema trifásico em equilíbrio, a fonte tem uma seqüência de fase abc e está conectada em delta. Há duas
cargas conectadas em paralelo. A carga 1 está conectada em Y e tem uma impedância de fase 6 + }2 Q. A carga 2
está conectada em delta e tem uma impedância de fase 9 + }3 Q. A impedância de linha é 0,4 + J0,3 Q. Determine as
tensões de fase da fonte se a corrente da fase a da carga I é I AN =12 /30º A nns .
1
12.37 Uma fonte trifásica conectada em Y com seqüência de fase abc fornece 14 kVA com um fator de potência 0,75 em
atraso a uma combinação em paralelo de uma carga Y com uma carga delta. Se a carga Y consome 9 kV A a um fator
de potência 0,6 em atraso e tem uma corrente de fase a de 10 /-3 0° A rms, dete1mine a impedância de fase da carga
delta.
12.38 Uma fonte conectada em Y com seqüência de fase abc, que tem uma tensão na fase a de 120 /st!.. V nns, é ligada a
uma carga conectada em Y que tem uma impedância de 80 á.SL Q. A impedância de linha é 4 /20° Q. Determine a
potência complexa total produzida pelas fontes de tensão e as potências real e reativa dissipadas pela carga.
12.39 Uma fonte trifásica conectada em Y com seqüência de fase abc Van= 220 /st!_ V rms alimenta uma carga conectada
em Y que consome 50 kW de potência em cada fase a um fp de 0,8 ern atraso. Três capacitores têm uma impedância
de -}2,0 Q, e estão conectados em paralelo com a carga anterior em uma configuração. Determine o fator de po-
tência da carga combinada como vista pela fonte.
12.40 Caso os três capacitores da rede do Problema 12.39 sejam conectados em uma configuração delta, determine o fator
de potência da carga combinada como vista pela fonte.
12.41 Duas plantas industriais representam cargas trifásicas em equilíbrio. As plantas recebem potência de uma fonte tri-
fásica ern equilíbrio com uma tensão de linha de 4,6 kV rms. A planta 1 está cotada a 300 kV A, 0,8 fp em atraso, e a
especificação da planta 2 é 350 kVA, 0,84 fp em atraso. Determine a corrente de linha.
12.42 Um sistema trifásico em equilíbrio Y-Y tem uma tensão de linha de 208 V rms. A corrente de linha é 6 A rms e a po-
tência real total dissipada pela carga é 1.800 W. Determine a impedância da carga por fase .
12.43 A magnitude da potência complexa (potência aparente) fornecida por um sistema Y-Y trifásico em equilíbrio
é
3.600 V A. A tensão de linha é 208 V rms. Se a impedância de linha for desprezível e o ângulo do fator de potência
da carga for 25º, determine a impedância da carga.
12.44 Em um sistema trifásico em equilíbrio, a fonte tem uma seqüência de fase abc e está conectada em Y
, e Van= 120
/20º V nns. A fonte alimenta duas cargas, ambas conectadas em Y. A impedância da carga 1 é 8 + }6 Q. A potência
complexa para a fase a da carga 2 é 600 /3.fi!.. V A. Determine a corrente de linha para a fase a e a potência complexa
total da fonte.
12.45 Um grupo de cargas é alimentado por uma fonte trifásica em equilíbrio com uma tensão de linha de 4.160
V rms. A
carga 1 é 240 kV A a 0,8 fp ern atraso e a carga 2 é 160 kV A a 0,92 fp em atraso. Urna terceira carga é desconhecida,
mas sabe-se que ela possui um fator de potência unitário. Se a corrente de linha for 62 A rms, determine a potência
complexa da carga desconhecida.
12.46 As seguintes cargas são alimentadas por uma fonte trifásica em equilíbrio:
Carga 1: 18 kV A a 0,8 fp em atraso
Carga 2: 8 kV A a 0,8 fp ern avanço
Carga 3: 12 kVA a 0,75 fp em atraso
A tensão da carga é 208 V rms a 60 Hz. Se a impedância de linha for desprezível, determine o fator de potência da
fonte.
12.47 Um pequeno shopping center contém três lojas que representam três cargas trifásicas em equilíbrio. As linhas
de
distribuição do shopping center representam uma fonte trifásica com uma tensão de linha de 13,8 kV rms. As três
cargas são
Carga l: 500 kV A a 0,8 fp em atraso
Carga 2: 400 kVA a 0,85 fp em atraso
Carga 3: 300 kVA a 0,90 fp em atraso
Determine a corrente da linha de distribuição.
o
510 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 12
60
j9 o. 60
60.
120/-240" V rms j9 o.
+ e
Figura P12.52
12.53 Determine a corrente de fonte, corrente de carga e tensões sobre as impedâncias de linha na rede da Figura Pl2.5'.3
usando PSPfCE. f = 1/2.n Hz.
207,8&240" V rms
+
Figura P12.53
Cap. 12 Circuitos polifásicos 511
IZ.54 Use PSPICE para calcular a corrente de fonte, ambas as correntes de carga e ambas
as tensões de carga no circuito da
Figura Pl2.54. f = l/2.n Hz.
120~Vrm s
+ a
120/-120'' V rms
+ e
Figura P12.54
12.55 Dado o circuito da Figura P12.55, use PSPICE para calcular a corrente de fonte, tensão
de linha, perda de potência na
impedância de linha e ambas as tensões de carga. f = l/2.n Hz.
120.Q'..Vrms
Figura P12.55
12.56 Em um sistema trifásico em equilibrio, a fonte tem uma seqüência de fase abc, está
conectada em Y e Van= 120 ~
V rms . Há duas cargas paralelas ~onectadas em Y. A carga 1 tem uma impedância de fase
de 4 + j3 Q e a carga 2 tem
uma impedância de fase de 12 + j8 Q. Determine a potência total dissipada pelas cargas
usando o método dos dois
wattímetros.
U .57 Dois wattímetros foram usados para medir a potência total em um sistema trifásico em
equilíbrio Y-delta. A tensão de
fase da fonte é 120 V rms. Sem inverter os terminais dos medidores, as leituras deles são P
A= 1.600 W e PB = SOO W.
Determine a impedância por fase de delta.
12.58 Um sistema trifásico em equilíbrio possui uma fonte com seqüência de fase abc conectada
em Y e Van= 120 ÍfúL.V
rms. Duas cargas estão conectadas em paralelo. A carga 1 está conectada em Y, e a impedânc
ia de fase é 6 +j 2 Q . A
carga 2 está conectada em delta, e a impedância de fase é 8 + j3 Q. Determine a potência total
dissipada pel.as cargas
usando o método dos dois wattímetros.
U.59 Um sistema Y-Y trifásico em equilíbrio tem uma seqüência de fonte abc com Van
= 90 /JJr.. V rms. A carga em
equilíbrio tem uma impedância por fase de 24 + j16 Q . Calcule as leituras dos wattímetro
s, caso· o método dos dois
wattímetros seja usado para medir a potência total trifásica.
U.60 A fonte trifásica em equilíbrio da Figura Pl2.60 tem uma seqüência de fase abc. Determine
a leitura de cada wattí-
metro da rede.
512 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 12
..--------,a A
+
sn sn
Fonte
trifásica 208/-30º WA
em equihôrio vnn, )Hl J3 n
e e B
Figura P12.60
12.61 Em um sistema Y-delta equilibrado, são usados dois wattímetros para medir a potência total. A tensão de linha é
208 V rms . O wattímetro A indica 1.200 W e o wattímetro B indica 400 W quando os terminais de corrente são in-
vertidos. Determine o fator de potência e a impedância por fase.
12.62 Um sistema em equilíbrio Y-delta trifásico emprega dois wattímetros para medir a potência total. Se os wattímetros
indicam PA = SOO W e P B =400 W, sem inverter os terminais do wattímetro, e a tensão de linha é 208 V rms, deter-
mine o valor da impedância da carga.
12.63 Dada a rede do Exemplo 12.21 , se a carga trifásica em equilíbrio é 10 MVA a 0,8 fp em atraso e a tensão da linha é
4,6 kV rms, determine C tal que a carga total tenha um fp de 0,90 em avanço .
12.64 Determine C no Problema 12.63 tal que a carga total tenha um fator de potência de 0,95 em atraso.
12.65 Determine C na rede da Figura Pl2.65 tal que a carga total tenha um fator de potência de 0,92 em avanço.
+
Fonte 34,5 kV rms Carga trifásica
trifásica e e em equilíbrio
em equilfürio de20MVA
60Hz com fp = 0,707
e em atraso
Figura P12.65
12.66 Determine o valor de C no Problema 12.65 tal que a carga total tenha um fator de potência de 0,92 em atraso.
12.67 Determine C na rede da Figura Pl2.67 tal que a carga total tenha um fator de potência de 0,9 em atraso.
+
4,6 KYrms
Fonte e Carga trifásica
trifásica em equilíbrio
em equilíbrio de 6 MVAcom
60Hz fp=0,8 em
atraso
e
Figura P12.67
12.68 Determine C na rede da Figura Pl2.67 tal que a carga total tenha um fator de potência de 0,9 em avanço.
Books
da
1
1
Introduzimos agora um novo elemento de quatro terminais chamado transformador. Esse elemento de circui-
to consiste de dois indutores que são colocados com certa proximidade um do outro. Por causa de sua proxi-
midade, eles compartilham do mesmo fluxo magnético e, portanto, as bobinas indutoras estão acopladas
mutuamente.
Começaremos com a descrição geral de duas bobinas acopladas e então mostraremos como as
equações do circuito podem ser escritas para redes que contêm indutores acoplados. Vamos considerar bobi-
nas que estão acopladas com material magnético de boa qualidade e então derivar uma aproximação para o
acoplamento ideal, chamado de transformador ideal. O programa para análise de circuitos PSPICE será apli-
cado a redes acopladas magneticamente e circuitos contendo transformadores ideais. Finalmente, autotrans-
formadores e transformadores trifásicos serão apresentados.
Os transformadores são muito importantes porque são usados em uma variedade de aplicações. Por
exemplo, em sistemas de comunicação eles são usados para casamento de impedâncias entre fontes e cargas
ou linhas de transmissão. Transformadores fornecem isolamento de e isolamento para segurança. Eles
também são usados para fornecer casamento entre uma fonte aterrada e uma linha de transmissão.
Em sistemas de potência, transformadores são usados para elevar e abaixar a tensão. De fato, trans-
formadores são utilizados em eliminadores de pilha e recarregadores de bateria, que podem ser ligados
diretamente em tomadas residenciais.
513
514 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 13
O fluxo na bobina 1, que não está acoplado com a bobina 2, e é produzido pela
corrente na bobina 1
O fluxo na bobina 2, que não está acoplado com a bobina 1, e é produzido pela
corrente na bobina 2
A fim de se escrever as equações que descrevem as bobinas acopladas, definimos as tensões e cor-
rentes, usando a convenção passiva de sinal, em cada par de terminais, como mostrado na Figura 13.1.
Matematicamente, a lei de Faraday pode ser escrita como
v1
=N i
díp 1
dt
(13 .1)
O fluxo <Pi será igual a </) 11 , o fluxo na bobina 1 causado pela corrente na bobina 1, mais ou menos
o fluxo na bobina 1 causado pela corrente na bobina 2; isto é,
<P1=<P11+<P12 (13.2)
Se a corrente na bobina 2 é tal que os flu xos somam, então o sinal positivo é usado; se a corrente
na bobina é tal que os fluxos se oponham um ao outro, é usado o sinal negativo. A equação para a tensão
pode ser escrita
díp
V (t) = N _I
i i dt (13.3)
= N díp 11 + N díp 12
1 I
dt dt
Cap. 13 Redes magneticamente acopladas 515
Se o meio através do qual o fluxo magnético passa for linear, então f/J 7 = ~ 1 • Desse modo, L 12 =
L21 = M. Para conveniência, vamos definir L 1 = L 11 e L 2 = L 22 . L
Precisamos agora examinar os detalhes físicos das bobinas acopladas. Aprendemos em cursos de
física a regra da mão direita, que diz que se enrolarmos os dedos da mão direita ao redor da bobina na dire-
ção da corrente, o fluxo produzido pela corrente estará na mesma direção do polegar.
Para indicar a relação física das bobinas e, portanto, simplificar a convenção de sinal para termos
mútuos, empregaremos o que é normalmente chamado de convenção do ponto. Pontos são colocados ao lado
de um dos terminais de cada bobina de tal forma que se correntes entram em terminais marcados com pontos
ou deixam tais terminais, os fluxos produzidos pelas correntes se somarão. Para se colocar os pontos em um
par de bobinas acopladas, selecionamos aleatoriamente um terminal de cada bobina e colocamos um ponto
ali. Usando a regra da mão direita, determinamos a direção de fluxo produzido por essa bobina quando a cor-
rente está entrando no terminal com ponto. Examinamos então a outra bobina para determinar em qual ter-
minal a corrente teria de entrar para produzir um fluxo que se somaria ao fluxo produzido pela primeira
bobina. Coloque um ponto nesse terminal. Os pontos foram colocados nos dois circuitos acoplados da Figura
13.2; verifique se eles estão corretos.
13.1
Determine as expressões para v 1(t) e v2(t) nos circuitos mostrados na Figura 13.3.
516 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 13
Para o circuito da Figura 13.3, as equações de tensão para as variáveis, como indicadas na figura,
são
di di ?
v (t)
1
= L 1 -dtI + M - -
dt
di 2 dil
v (t)
2
=L 2
-+M-
dt dt
M
'Jt--0---jl •~-) ____~/ \.....-__i,.~_)_ _ _i~•;c•t)_-<.r-~
+ +
• vz(t)
L,
•
Figura 13.3 Dois circuitos indutores mutuamente induzidos.
Exemplo 13.2
Determine as equações para v1(t) e v2(t) nos circuitos mostrados na Figura 13.3 para o caso em que i 2(t) é
i;
substituído por (t) (ou seja, corrente secundária deixando o ponto).
As equações são
dil di ;
v (t)
1
=L
--M-
dt 1 dt
di ; di
V (t) = -L - +M - 1
2 2
dt dt •
Exercício
E13.1 Escreva as equações para v 1(t) e v 2(t) no circuito da Figura E13 . l.
M
i,(t)
+
L,
vi(t) v,(t)
Figura E13.1
di di2 di2 dil
Resp.: v 1 (t) = -L 1 --1. _ M - , v 2 (t) = L 2 - + M -.
dt dt dt dt
Assuma que o circuito acoplado da Figura 13.3 é excitado por uma fonte senoidal. As tensões se-
rão da forma V 1e jwt e V 2e jwt, e as correntes serão da forma 1 1e jwt e I 2 e jwt, onde V 1, V 2 , 11 e 12 são fasores.
Substituindo-se tais tensões e correntes nas equações 13.6 e 13.8, obtemos
vi = jwLIII + jwMI 2 (13.9)
Cap. 13 Redes magneticamente acopladas 517
13.3
As duas bobinas mutuamente acopladas da Figura 13.4a podem ser interconectadas de quatro maneiras pos-
síveis. Desejamos determinar a indutância equivalente de cada uma das quatro possíveis interconexões.
O Caso 1 é mostrado na Figura 13.4b. Nesse caso,
V= jwL 1 l 1 + jwMI + jwL 2 I + jwMI
= jwL eq I
O Caso 4 é mostrado na Figura 13.4f. As equações da tensão nesse caso serão as mesmas que as do
Caso 3, com a exceção dos sinais dos termos mútuos que serão negativos. Portanto
L L 2 -M 2
L eq = -1- - - - -
LI +L2 +2M
13,4
Desejamos determinar a tensão de saída V O no circuito da Figura 13.5.
As duas equações LKT para a rede são
jwL 1 jwL 2
~~(h (a)
I +
V
(b)
I,
2 3 4 2 3 4
12
V
V
(e)
(d)
3 4
jwL 1 jwL2
·--. '
j wL 1 j wM jwL2
''
II I2
""·
2 4 2 3
(e) (f)
Figura 13.4 Circuitos usados no Exemplo 13.3.
2Q -j2 Q
+
•
24í1!r V j6 Q ~ 2Q Vº
Vo = 21 2
= 5,37 /3,43 º V
•
Vamos agora considerar um exemplo mais complicado que envolve indutância mútua.
Exemplo 13.5
Considere o circuito da Figura 13.6. Desejamos escrever as equações de malha para essa rede. Por causa das
múltiplas correntes que estão presentes nos indutores acoplados, devemos ser cuidadosos ao escrever as
equações do circuito.
Cap. 13 Redes magneticamente acopladas 519
1
R, jwC2
+
V R4
-jwM(l 2 - 1 1 ) +R/1 2 - 13 ) = O
1
R (1 - 1 ) + jwL (1 - I ) + jwM (1
3 3 2 2 3 2 2
- I 1) + - ~ 13 + R 4 13
jwC = O
2
1
-[jwL
1
+ -.-- -
JOJC
jwM)l
1
1
j_l_ + jwL
\ jwC 1
+R + jwL +R - j2wM)l
_2 2 3 2
1
-(jwL 2 + R3 - jwM )1 = O
3
-jwMI - (R
1 3
+ jwL 2 - jwM)I
2 JwC
1
+ [R 3 + jwL 2 + -.-- + R4 )1 3
=O
2
JSQ~
e
E13.2
Resp.: 11 = - 4,29 /-42,8º A, 12 = 0,96 /-16,26º A, V 0 = 3,84 {-106,26º V.
E13.3 Escreva as equações de forma padrão para a rede da Figura El3.3.
520 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 13
R, ~+ R,
V,
Figura E13.3
(R1 + jwL 1 + R 2 )11 - (R + jwM)l 2 = -V,,
Resp.: 2
•
V, ~jwL,
Figura E13.4
(R 1 + jwL 1 )1 1 - (jwL + jwM)l 2 = V , - (jwL 1 + jwM)l 1 +
Resp.: 1 1
Dando prosseguimento à nossa experiência, iniciando no instante t 1, deixamos a corrente ii(t) au-
mentar de zero para algum valor / 2 no instante t 2 enquanto mantemos i 1(t) constante em I 1. A energia forne-
cida através dos terminais do lado direito é
12
f 1,
v 2 (t)i 2 (t)dt = JfO12 L 2 i 2 (t)di 2 (t) = ½L 2 / 2 2
Uma vez que i 1(t) é uma constante I 1, a energia fornecida através dos terminais do lado esquerdo é
di 2 (t) il
J v (t)i (t)dt = f
t2 t2
1 1
M - - I 1 dt = M/ 1 0
2
di 2 (t)
1
1
1
1 dt
= MIJ 2
ii(t) i,(t)
+ +
® ®
vi(t) L, L, v,(t)
Poderíamos, é claro, repetir o experimento inteiro com o ponto em L 1 ou L 2 , mas não ambos, inver-
tidos, e nesse caso o sinal do termo da indutância mútua seria negativo, produzindo
w = j_2 L l1i + j_2 L 22
1 2 - MI 12
2
I
É importante perceber que na derivação da equação acima, os valores / 1 e 12 poderiam ter sido
em
quaisquer em qualquer instante; portanto, a energia armazenad a nos indutores magnetica mente acoplados
qualquer instante de tempo é dada pela expressão
2
2
w(t) = ½LJi/t)] +½L 2 [iJt)] ±Mi 1 (t)i 2 (t) (13.11)
Os dois indutores acoplados representa m uma rede passiva e, portanto, a energia armazenad a nessa
ins-
rede deve ser não-negativa para quaisquer valores de indutâncias e correntes. A equação para a energia
tantânea armazenad a no circuito magnético pode ser escrita como
w(t) = j_ L lii + j_2 L 22
i 2 ± Mi 12
2
i
2
2 2
Somando- se e subtraindo-se o termo ½(M /L2 )i 1 e rearruman do a equação, tem-se
2
2
w(t) = -2l ( L 1 - -M ) i
2
1 L ( i + -M
+ -2 i )
L 1 22 L 1
2 2
Note que essa equação especifica um limite superior no valor da indutância mútua.
Definimos o coeficiente de acoplamento entre os dois indutores L 1 e L 2 como
k = M (13.13)
✓L1L2
e notamos da Equação 13.12 que sua variação de valores é
0::5k::51 (13.14)
Esse coeficiente é uma indicação de quanto fluxo de uma bobina está sendo enlaçado pela outra
-
bobina; isto é, se todo o fluxo enlaçado por uma bobina for também enlaçado pela outra, então o acoplamen
to seria de 100% e k = 1. Para valores muito grandes de k (ou seja, k > 0,5), os indutores estão fortemente
As equa-
acoplados, e para valores pequenos de k (ou seja, k :5 0,5), as bobinas estão fracamente acopladas.
ções anteriores indicam que o valor para indutância mútua está restrito ao intervalo
522 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 13
Ü $ M $ ,.jLIL2 (13.15)
e que o limite superior é a média geométrica das indutâncias L1 e L2.
Exemplo 13.6
O circuito acoplado da Figura 13.8a tem um coeficiente de acoplamento de 1 (ou seja, k = 1). Desejamos
determinar a energia armazenada nos indutores mutuamente acoplados no instante t = 5 ms. L = 2,653 mH e
1
L2 = 10,61 mH.
A partir dos dados, a indutância mútua é
M = ,jLl; = 5,31mH
O circuito equivalente no domínio da freqüência é mostrado na Figura 13.8b, onde os valores da
impedância para X , XL e XM são 1, 4 e 2, respectivamente. As equações de malha para a rede são então
½ 2 .
L, (li! 4!1
(a)
24/S!V
(b)
Figura 13.8 Exemplo de um circuito magneticamente acoplado desenhado nos domínios da freqüência e
tempo.
Resolvendo-se essas equações para as duas correntes de malha, tem-se
11 = 9,41 /-11,31º A e 12 = 3,33 /+33,69º A
e portanto
il (t) = 9,41 cos (377t - 11,31 º ) A
i 2 (t) = 3,33 cos (377t - 33,69º) A
No instante t = 5 ms, 377t = 1,885 rad ou 108º, e portanto
i/t = 5ms) = 9,4lcos(108º -11,31 º) = -1,l0A
i 2 (t = 5ms) = 3,33cos(108º +33,69 º) = -2,61A
Logo, a energia armazenada nos indutores acoplados no instante t = 5 ms é
Cap. 13 Redes magneticamente acopladas 523
12/]Qº V 2Q
Figura E13.6
~ ~ 1
1
1 ----------------------------
+
•
jwL,_
(a)
l1 l2
+ +
•
jwL,
v1 Vz
jwMI, jwMI,
(b)
•
jwL,_
(e)
1, l2
jw(L,-M) jw(L,_-M) +
v, jwM v,
(d)
Figura 13.1 O Circuitos transformadores equivalentes.
Uma técnica envolve o uso de fontes dependentes, como mostrado na Figura 13. lüb. As equações
do circuito para esse modelo são
V1 = jwL 1
l 1 + jwMI. 2
(13.17)
V2 = jwMI. 1 + jwL 2 1 2
Outra rede envolve a substituição do transformador com uma rede T equivalente. Esse circuito
equivalente é válido somente se a rede de quatro terminais puder ser substituída pela rede de três terminais
mostrada na Figura 13.lüc. Tais equações de circuito são também
V1 = jwL l1 + jwMI. 2
1
(13.18)
Cap. 13 Redes magneticamente acopladas 525
Essas equações parecem representar duas equações de malha em que o elemento comum entre as
a in-
duas malhas é um indutor de valor M. De forma que a indutância total da primeira malha seja L 1 e que
um indutor de valor L - M
dutância do elemento comum seja M, como indicado na primeira equação acima, 1
para a segunda ma-
deve ser colocado na primeira malha do circuito equivalente. Um argumento semelhante
equivalente . O circui-
lha indica que um indutor de valor L 2 - M deve ser colocado naquela malha do circuito
to equivalente resultante dessa análise é mostrado na Figura 13.lOd. Note que essa rede satisfaz as equações
de circuito 13 .18.
Se as relações entre as correntes e os pontos (que indicam a polaridade das bobinas) forem tais que
equi-
os termos mútuos na Equação 13.18 são negativos, podemos simplesme nte substituir M por -M na rede
de modelagem matemá-
valente da Figura 13.10. Tal situação é ilustrada no Exemplo 13.7. Do ponto de vista
físico
tica, uma indutância negativa não apresenta problemas; devemos, porém, nos lembrar que tal elemento
não existe na realidade.
13.7
deter-
O coeficiente de acoplamento para o transformador linear na rede da Figura 13.1 la é k = 0,1. Desejamos
dor e redesenhar o circuito usando esse modelo equivalente .
minar a rede T equivalente para o transforma
R,=20
+
lil
L,=2mH L 1 = 8 mH R2 = 4 O V 0 (t)
@ ®
@
(a)
20 2,4 mH 8,4mH
@ -0,4mH @ 40 v,,(t)
(b)
Figura 13.11 Exemplo de circuito transformador junto com seu circuito T equivalente.
Em relação à Figura 13.9, vamos calcular a impedância de entrada para os transformado res como
visto pela fonte. As equações são
Vs = 11 (R1 + jwL 1) - jwMI. 2
O= -jwMI. 1 +(R 2 + jwL 2 +Z)1 2
Resolvendo- se a segunda equação para 12 e substituindo -a na primeira equação, tem-se
2 2
Vs = (R 1
+ 1·wL +
1
w M
R + jwL + z L )1 1
2 2
Z=-=R
vs
; I 1 (13.19)
1
Se olharmos da fonte para a rede para determinar Zi, vemos a impedância do primário (ou seja, R
+ jwL 1) mais uma impedância que o secundário dos transformadores reflete, devido ao acoplamento mútuo,1
para o primário. Essa impedância refletida é
w2M 2
z = -- - -- - - (13.20)
R R2 + jOJL 2 +Z L
Note que tal impedância refletida é independente da alocação dos pontos.
Se ZL na Equação 13.20 for escrita como
ZL = RL + JXL (13.21)
então
w2M 2
z =- ---------
R R 2 +RL +j(OJL2+ XJ
que pode ser escrito como
2
w M 2 [(R +RL)-j(w L +XJ]
ZR= - - - - 2- - - - - - 2- - - (13.22)
(R2 +RJ 2 +(wL2 +XJ 2
Essa equação ilustra que se XL é uma reactância indutiva ou se XL é uma reactância capacitiva com
wL 2 > Xi, então a reactância refletida é capacitiva. Em geral, a reactância refletida é oposta em sinal àquele
da reactância total no secundário. Se wL2 + XL = O (ou seja, o secundário está em ressonância) , ZR é pura-
mente resistivo e
(13.23)
Exemplo 13.8
Para a rede mostrada na Figura 13.12 desejamos determinar a impedância de entrada.
Seguindo-se o desenvolvimento que leva à Equação 13.19, achamos que a impedância de entrada é
Z = 12 + ·10 + (l)2
; J 16 + }8 - }4 + 4 + }6
= 12,04 + }9,98
= 15,64 /39,65 º Q
Cap. 13 Redes magneticamente acopladas 527
•
-j4Q
12Q
jl Q
120LQ'.'V +
/\ ®'
4Q
~ j8Q
~
13.12 Exemplo de circuito transformador.
E13.7 Dada a rede da Figura E13.7, determine a impedância de entrada da rede e da corrente na fonte de ten-
são.
2Q )2 Q
--•\l\f\--~/ ~ , - - - - - ,
+
12LQ'.'V }4Q
Figura E13.7
Resp.: Zi = 3 + }3 Q, Is= 2 - }2 A.
Exemplo 13.9
V amos considerar mais uma vez a rede do Exemplo 13 .4, que está redesenhada na Figura 13 .13 para análise
PSPICE. Vamos assumir que a freqüência é f = 112n Hz. O coeficiente de acoplamento é então
K = ~ = 0,408248
(4)(6)
:b
528 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 13
0 R,. 2 o 0 )20 0 2
-j 0 0
./ ~. e, +
v.
20
Figura 13.13 Figura 13.5 preparada para análise PSPICE.
k = ~ = 0,408248
'1(2)(3)
R,=2!1
(a)
G) 0 j2!1 0 -jl!1 0
(b)
E13.8 Dada a rede da Figura El3.8, comf = 1/2.ir Hz e o coeficiente de acoplamento= 0,9, calcule V O usando o
programa PSPICE.
0 5Q 00 lQ 0
101.Q'.'V
Figura E13.8
0 0
5Q
11.Q'.' A -jl Q
=0
Figura E13.9
1
Considere a situação ilustrada na Figura 13.15, mostrando duas bobinas de fio enroladas em um único núcleo
magnético fechado. O núcleo magnético concentra o fluxo de modo tal que liga todas as voltas de ambas as
530 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 13
bobinas. No caso ideal, também desprezamos a resistência do fio. Vamos agora examinar as equações de
acoplamento sob a condição de que o mesmo fluxo passe através de cada volta e, portanto,
d<jJ i d</J
v 1(t) = N 1 - = N1 -
dt dt
e
d<jJ 2 d</J
v 2 (t) =N2 - =N2 -
dt dt
e desse modo
<kP
N1 dt N1
--= (13.24)
N2 d<jJ N2
dt
• •
vi(t)
+ ,.........,........_NI +
vz(t)
</>,=</>----'
(13.27)
e dessa forma a potência total que flui parn o equipamento é zero, o que significa que um transformador ideal
é isento de perdas.
Portanto, para resumirmos a convenção do ponto para um transformador ideal,
N1
V
1
= -N V
2
(13.28a)
2
onde ambas as tensões são positivas nos terminais indicados por pontos e
N 1i 1 + N 2 i2 = O (13.28b)
onde ambas as correntes entram nos terminais indicados por pontos.
Cap. 13 Redes magnetica mente acopladas 531
Considere agora o circuito mostrado na Figura 13.16, onde o símbolo usado para o transform
ador
indica que é um transform ador de núcleo de ferro. Por causa da convençã o de polaridad
e adotada, as tensões
de fasores V 1 e V 2 são relacionadas pela expressão
vi N1
=
N2
e as correntes de fasores, da Equação 13.28b, estão relacionadas por
II N2
12 NI
t r - - 0 - - - - - - - - - , N 1 :N2 ~ - - - - - - ~
+ +
N1
V1 =
N2
(13.29)
N
II
_2 I
N 2
l
si = f'l
= (;~ )(:: 1,)'
= = s2
A partir da figura, notamos que ZL = ViI e, portanto, a impedânc ia de entrada
2
2
Z=-1 _1
l I N
V(N ) Z L
(13.30)
l 2
n = N2 (13.31)
Nl
então as equações de definição para o transform ador ideal são
v2
(13.32)
si s2
z
zl = --+
n
As equações 13.32 são relações importantes para um transform ador ideal. Deve-se tomar
cuidado
no uso de tais relações, porque os sinais das tensões e correntes dependem das referênci
as designadas e como
estão relacionadas aos pontos.
532 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 13
Exemplo 13.11
Desejamos determinar a impedância de entrada vista pela fonte no circuito da Figura 13.17, caso ZL =
10 /30º Q.
N2 4
n = - = - =4
NI 1
e a impedância refletida é
10 mt.
(4) 2
= 0,54 + J0,313Q
Portanto, a impedância de entrada vista pela fonte é
zi = 4 - 12 + o,54 + J0,313
= 4 ,54 - jl,69 Q
•
V,
Exemplo 13.12
Dado o circuito mostrado na Figura 13.18, desejamos determinar todas as correntes e tensões indicadas.
-}4!1
l1 l2
+ + 2n
•
120LQ'.' V V,
li V,
•
jl n
V1
v2e I = -nl
= --
n 1 2
_0 °
= _ _120
1
I _ __
V!__ = 2,23/-13 5º A
1
18 - }4 + 32 + }16 '
A tensão sobre a entrada do transformador é então
V 1 = I 1Z 1
= (2,23 /- 13,5°)(32 + }16)
= 83,50 / 13,07° V
Cap. 13 Redes magneticamente acopladas 533
Dessa forma, V 2 é
v2 -nVI
- ¼(83,50/ 13,07º)
= 20,88/193,07º V
A corrente 12 é
n
= - 4(2,33 /- 13,5°)
= 9,32/166,50º A li
Exercícios
E13.10 Calcule a corrente 11 na rede da Figura E13.10.
120 LQ'.' V
I, I,
+ -j2 o.
+
li
+
li
Vs V,
li V, 20. V"
E13.12
Outra técnica para simplificação de análise de circuitos contendo um transformado r ideal envolve
o uso do teorema de Thévenin ou de Norton para obter um circuito equivalente que substitua o transformado r
e o circuito primário ou secundário. No entanto, tal técnica normalmente exige um esforço maior do que o
método apresentado até agora. Vamos demonstrar o método que usa o teorema de Thévenin para derivar um
circuito equivalente para o transformado r e o circuito primário da rede mostrada na Figura 13.19a. As equa-
ções para o transformado r em vista da direção das correntes, tensões e a posição dos pontos são
11 nl 2
n
Formando-se um equivalente de Thévenin nos terminais secundários 2 - 2', como mostrado na Fi-
gura 13.19b, notamos que 12 = O e, portanto, da Equação 13.32 1 = O. Desse modo
1
V oc = V = nV = nV
2 1 S1
534 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 13
+ +
• •
Vs,
~ v1
li Vz
~ Vs2
]' z
(a)
I,
2
+
+ +
• •
Vs1
~ v1
li V2 voc
2'
(b)
(e)
(d)
Figura 13.19 Circuito contendo um transformador ideal e algumas de suas redes equivalentes.
A impedância equivalente de Thévenin obtida a partir dos terminais do circuito aberto com Vs
substituído por um curto-circuito é Z 1, que quando refletido no secundário pela razão de espiras é
ZTh = n2zl
Portanto, um dos circuitos equivalentes resultantes para a rede da Figura 13.19a é como mostrado
na Figura 13.19c. De forma semelhante, podemos mostrar que substituindo o transformador e seu circuito se~
cundário por um circuito equivalente resulta na rede mostrada na Figura 13.19d.
Pode-se mostrar em geral que, ao desenvolver um circuito equivalente para o transformador e seu
circuito primário, cada tensão primária é multiplicada por n, cada corrente primária é dividida por n, e cada
impedância primária é multiplicada por n 2 . Similarmente, ao desenvolver um circuito equivalente para o
transformador e seu circuito secundário, cada tensão secundária é dividida por n, cada corrente secundária é
multiplicada por n, e cada impedância secundária é dividida por n 2 . As potências são as mesmas, não interes-
sa se calculadas no lado primário ou no lado secundário.
O leitor deve se lembrar da nossa análise anterior que, se um dos pontos no transformador for in-
vertido, então n é substituído por -n nos circuitos equivalentes. Além disso, deve ser notado que o desenvol-
vimento desses circuitos equivalentes é baseado no pressuposto de que a remoção do transformador dividirá
a rede em duas partes; isto é, não existem conexões entre o primário e o secundário além do transformador.
Cap. 13 Redes magneticamente acopladas 535
Se existir alguma conexão externa, a técnica de circuito equivalente não pode normalmente ser usada. Final-
mente, deve ser ressaltado que se os circuitos primário e secundário são mais complicados do que aqueles
mostrados na Figura 13.19a, o teorema de Thévenin pode ser aplicado para reduzir a rede àquela mostrada na
Figura 13.19a. Podemos também simplesmente refletir componente por componente, de um circuito compli-
cado do primário para o secundário e vice-versa.
13.13
Dado o circuito da Figura 13.20a, desejamos desenhar as duas redes obtidas pela substituição do transforma-
dor, o primário e o secundário, por circuitos equivalentes.
Devido ao relacionamento entre as correntes e tensões arbitradas e a posição dos pontos, as redes
contendo os circuitos equivalentes para o primário e o secundário são mostradas na Figura 13.20b e c, res-
pectivamente. O leitor deve ter o cuidado de notar a polaridade das fontes de tensão nas redes equivalentes. •
-j 3 Q 12Q
1 1:2 2
12fS!'.V 0) 48Ll__0º V
r '2:
(a)
-j12Q
24fS!'.V
0) 48/]!Jº V
2'
(b)
-j3Q
4Q
12fS!'.V
0) 241.]!Jº V
1'
(e)
13.14
Desejamos derivar a rede equivalente_para o circuito da Figura 13.21a e usá-la para determinar a corrente l1.
A Figura 13.21b mostra a rede contendo um circuito equivalente para o transformado r e o se-
cundário, dadas as correntes e tensões arbitradas e a posição dos pontos. A corrente 11 é portanto
24@:____ -6@:____
11
3 - j2 + 1
18@:____
4 - }2
= 4,02 /26,57º A
li
536 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 13
12/S!.V
24/S!. V 40
(a)
24/S!. V 1n
(b)
Figura 13.21 Exemplo de circuito contendo um transformador ideal e um circuito equivalente.
Exemplo 13.15
Vamos determinar a tensão de saída V 0 no circuito da Figura 13.22a.
Começamos formando um equivalente de Thévenin para o circuito primário. Da Figura 13.22b po-
demos mostrar que a tensão do circuito aberto é
24
V oc = &;
4 - 14
(-}4) - 4/-90 º
= 12 - }8 = 14,42 /-33,69 º V
A impedância equivalente de Thévenin vista a partir dos terminais do circuito aberto com as fontes
de tensão curto-circuitadas é
= (4)( - j 4) +2
4 - }4
= 4 - }2 Q
O circuito da Figura 13.22a se reduz então ao mostrado na Figura 13.22c. Formando um circuito
equivalente para o transformador e primário resulta na rede mostrada na Figura 13 .22d. Portanto, a tensão V
0
é
V _ -28,84 /- 33,69º ( )
2
0 20 - }5 ·
= 2,80 /+160,35º V
•
Cap. 13 Redes magneticamente acopladas 537
4/-90ºV
24/S!. V
4/-90ºV
4Q
+
+
24/S!. V -j4Q
(b)
(e)
28,84/-33,69º V 2Q
(e)
13.22 Exemplo de rede e outros circuitos usados para derivar uma rede equivalente.
Exercícios
E13.13 Dada a rede da Figura El3.13, forme um circuito equivalente para o transformad or e o secundário,
e use
a rede resultante para calcular I .
1
I,
36/srV 12/srV
E13.13
Resp.: I 1 = 13,12 /38,66º A.
538 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 13
E13.14 Dada a rede da Figura El3.14, forme um circuito equivalente para o transformador e o primário, e use a
rede resultante para determinar V 0 .
+
+
12!.Sf V 2Q Vº
Figura E13.14
Resp.: V0 = 3,12 /38,66º V.
E13.1 Determine V 0 na rede da Figura E13 .15.
2
Ll~VCLÊ~)I ~--J-·_º
_ _ _2_º +0
__V
Figura E13.15
Resp.: V0 = 4,66 /29,05º V.
Exemplo 13.16
Dado o circuito da Figura 13.23a, desejamos achar o valor da carga R0 para uma transferência máxima de po-
tência e o valor da máxima potência fornecida a essa carga.
Para detenninar o valor de R 0 que resulte em uma transferência máxima de potência, formaremos
um equivalente de Thévenin visto dos terminais de R 0 • A tensão do circuito aberto é derivada da Figura
13.23b como segue. A resistência do secundário refletida no primário é 16 Q e portanto
48l!r
I1 = -6_+_2_+_1_6
= 2/Jr A
Logo,
V1 = (2 LQ.'.'_)(16)
= 32/E_ V
e pela relação de espiras
12 = 41!}'!.. A
V2 = 16 LQ.'.'. V
Agora
voe = Vª + VT + vb = Vº + vi - v2 + vb = 24 /!l. V
A corrente de curto-circuito é obtida da Figura 13.23c. As equações para essa rede são
Cap. 13 Redes magneticamente acopladas 539
60 20 10
2:1
+ +
@ @
48&_V
VI v2 30
11
(a)
voe
VT
60 20 +
e-
10
2:1
+Vb-
48&_V
li v, G: 30
(b)
I,c
+@ +
@
48&_V
v, Y2 30
11
30
24&_V
(d)
13.23 Exemplo de transferência máxima de potência envolvendo um transform
ador ideal.
540 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 13
e portanto
== -1 [ (-9)
72 (-12)
48 L!r]
48LQ_º
== [6,55L.Q_º A]
81..!)_º A
e
ZTh == 24 LQ'.' == 3 Q
8 LQ'.'
Logo, o circuito equivalent e é mostrado na Figura 13.23d, e R = 3 Q para transferênc ia máxima
0
de potência. A potência máxima fornecida a R é
0
2
P == - 24 ] (3) == 48 W
= [
~ •
V=
1
.!.v
n 2
1
1
2
= --1
n 1
Note que tanto a equação de tensão quanto a de corrente estão relacionad as. Portanto, as equações
podem ser modeladas como mostrado na Figura 13.24b, e o programa PSPICE para esse modelo é
1
El 1 2 3 o
n
VT 2 o o
1
Fl o 3 VT
n
onde VT é uma fonte de teste fictícia usada apenas para medir 11 · Se um dos pontos estiver invertido,
então o
termo 1/n no programa PSPICE deveria ter um sinal negativo. Além disso, lembre-se que em uma análise
PSPI-
CE deve existir um caminho de de todo nó para o terra do circuito. Logo, em alguns casos
pode ser necessário
inserir um resistor muito grande (por exemplo, 10 MQ) entre os terminais da fonte de corrente, ou seja,
do nó
@para o nó @ a fim de estabelece r tal caminho sem afetar os resultados da análise.
Cap. 13 Redes magneticamente acopladas 541
I:n
+ I, I, +
• •
v, v,
11
(a)
+ I, 0 1, +
E! FI
VI v,
Vr
(b)
Figura 13.24 (a) Trans forma dor ideal; (b) mode lo PSPICE .
Exemplo 13.17
Vamo s resolver os exercícios El3.1 0 e E13.l 1 usando
PSPICE.
Empregando o modelo para o transformador ideal, a rede
da Figura E13.10 está pronta para uma
análise PSPICE como mostrado na Figura 13.25, onde,
mais uma vez, por conveniência, assumimos quef =
1/2.n: Hz. O programa PSPICE e os resultados de saída são
mostrados a seguir.
0 0
+
IOMEG Q 2[.!
VT\_ ...../
C2 5 6 O. 5
R3 6 0 2
* F=l / 2 PI
.AC LIN 1 0.159155 0.159155
. PRINT AC VM ( 6) VP ( 6) IM (VTEST) IP (VTEST)
.END
AC ANALYSIS RESULTS
FREQ VM(6) VP(6) IM(VTEST) IP( VTE ST)
1.5 92 E-01 3 .0 73 E+OO 3.981E+01 3 .0 73 E+OO 3.981E+Ol •
Exercício
E13.16 Resolva o problema apresentado no Exemplo 13.15 usando o PSPICE.
Resp.: Veja o Exemplo 13.15.
Então
(13.33)
N.T.: No inglês, a palavra usada é tap . Devido ao seu uso difundido, manteremos o termo tap no restante do livro.
Assim, um enrolamento com derivação central será chamado de enrolamento com tap central.
Cap. 13 Redes magneticamente acopladas 543
•,_ N,
-- '
-- • ,_ ,N2
--
(a)
X -- •:- N1
y
z
--
- ,.
-
-
•
• N2
X X
• •
Nl Nl
y y
•
N2 Nz
z z •
Conexão aditiva Conexão subtrativa
(e)
13.26 Autotransformador: (a) transformador normal de dois enrolamentos com enrolamentos adja-
centes; (b) transformador de dois enrolamentos interconectados para criar um único enrola-
mento, autotransformador de três terminais; (c) representação simbólica de (b).
Qual é o significado de tal expressão? Sabemos que a taxa de potência do enrolamento N deve ser
1
a mesma que a taxa de enrolamento N 2 . No entanto, a Equação 13.33 ilustra que a taxa de potência do enrola-
mento N 1 (ou seja, a taxa de potência do transformador) é somente uma fração [N /(N + N )] da potência
1 1 2
que é necessária para a carga.
Os exemplos a seguir ilustram tal ponto.
544 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 13
+
y
Fonte
z
(a)
• +
Carga
•
Fonte
z
(b)
Figura 13.27 Circuitos autotransformadores: (a) conexão redutora de tensão; (b) conexão elevadora de ten-
são.
Exemplo 13.18
Um transformador 5 kVA 220 V/110 V será conectado a uma carga de 110 V que deverá ser alimentada a
partir de uma fonte de 330 V.
(a) Desenhe o diagrama apropriado para o circuito.
(b) Determine a carga máxima que pode ser alimentada sem sobrecarga do transformador.
(a) O circuito da Figura 13.27a será apropriado se o indutor " N( for o enrolamento de 220 V, e o indutor
"N2" for o enrolamento de 110 V.
(b) Uma vez que N1/N2 = 220/110, N1 = 2N2 e
N1 2N2 2
= 2N + N = 3
NI +N2 2 2
Portanto
vxr 1 1 SkVA 2
= =3
V2l 2 sz
e
sz = f (S) = 7,SkVA
ou a carga alimentada pode ser 1,0 e 1,5 vez a taxa de potência do transformador. •
Exemplo 13.19
O transformador no Exemplo 13.18 deve alimentar uma carga de 330 V a partir de uma fonte de 220 V.
(a) Desenhe o diagrama apropriado para o circuito.
(b) Calcule todas as correntes caso cada enrolamento opere nas condições nominais.
(c) Calcule a potência aparente da carga.
Cap. 13 Redes magneticamente acopladas 545
(a) O diagrama apropriado para o circuito é mostrado na Figural3.27b, com o enrolamento de 220 V rotulado
como "N1" e o enrolamento de 110 V rotulado como "N2"-
(b) lyz =5.000/220 = 22,73 A e l2 = 5.000/110 = 45,45 A, e portanto l1 = lyz + 12 = 68, 18 A. Note: a esta al-
tura pode não estar claro o porquê de termos ignorado a natureza complexa das correntes e tensões, soman-
do-as. O Exemplo 13.20 vai analisar esse assunto.
(c) S 2 = V2l2 = 15 kVA. Note que esse valor é três vezes a razão de espiras! •
Exemplo 13.20
Sob as condições descritas no Exemplo 13.19, vamos determinar todas as tensões fasoriais e correntes, caso
V 2 = 330 /S1!.. V e o fator de potência da carga seja 0,8 em atraso.
Suponhamos que V 1 = 220 /.Q. Então V XY = (110/220)220 /.Q = 110 /.Q V. Agora V 2 = V 1 + V XY =
220 Is!:_+ 110 /.Q = 330 /.Q V. Entretanto, uma vez que V 2 = 330 fSt:.. V, a= Oº. Já que o fator de potência da
carga está em atraso, 02 =-cos- 1(0,8) =-36,9º, e portanto 12 = 45,45 /-36,9º A. Também, ly2 = (N2JN1) 12 =
(110/220)(45,45 /-36,9º) = 22,72 /-36,9º A. Desse modo, 11 = 12 + ly2 = 45,45 /-36,9º + 22,72 /-36,9º =
68,18 /-36,9º A. A análise indica que resultados semelhantes foram alcançados para qualquer ângulo a ou
fator de potência; isto é, V 1, Vxy e V 2 em geral estão em fase, assim como 11, 12 e ly2 . •
Os exemplos ilustraram que transformadores de dois enrolamentos são capazes de fornecer mais
potência quando conectados como autotransformadores. No transformador de dois enrolamentos, a potência
é transferida apenas indutivamente, enquanto em um autotransformador a potência é transferida tanto induti-
va quanto condutivamente.
Exercício
E13.17 Seja um transformador 120/12 V de dois enrolamentos. Que tensões podem ser obtidas na saída se o
transformador está conectado como um autotransformador com uma entrada de 120 /sr:_ V?
Resp.: 132 /sr:_ V e 108 /sr:_ V.
..
548 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 13
VLHV = (1~:º)(210,1)
= 12,12 kV
De modo semelhante,
I LHV = (~)(288,7)
12.000
= 5,004 A
É interessante notar que a relação de espiras por fase é (12.000/)/208. No entanto, a tensão de fase
no lado de alta-tensão do transformador é fase-neutro por causa da conexão Y. Logo, se a tensão de linha for
determinada usando-se a relação de espiras por fase, obteremos
VLHV
= ;efJ\ 12.000208/ ✓3)v
'V LLV
Exemplo 13.22
Duas casas adjacentes, A e B, são alimentadas a partir de transformadores diferentes, como mostrado na
Figura 13.30a. Um problema na linha de alimentação da casa B leva o disjuntor X-Y a atuar, abrindo o circui-
to. A casa B está agora sem energia elétrica. Em uma tentativa de ajudar o vizinho, o residente da casa A se
oferece para conectar uma extensão entre uma tomada na parede da casa A e outra tomada da parede da casa
B, como mostrado na Figura 13.30b. Mais tarde, o técnico de manutenção da companhia de energia vem ar-
mar o disjuntor. Sem saber da existência da extensão irregular, tal pessoa desconhece que existe tensão entre
os pontos X e Z. De fato, por causa da conexão entre as duas casas, existe 7 .200 V entre os dois pontos, e tal
pessoa poderia ser seriamente ferida, ou até mesmo morrer, se entrasse em contato com essa alta-tensão. •
Cap. 13 Redes magneticamente acopladas 549
(a)
(b)
Figura 13.30 Diagramas usados no Exemplo 13.22.
13.1 o Resumo
Circuitos magnéticos acoplados foram apresentados, e as equações de circuito que descrevem tais elementos
foram discutidas. Indutância mútua foi definida, e uma convenção de ponto foi adotada para indicar a polari-
dade das bobinas, a fim de simplificar a convenção de sinal para os termos mútuos nas equações do circuito.
Uma análise de energia para bobinas mutuamente acopladas foi realizada, o que nos conduziu a uma defini-
ção do coeficiente de acoplamento entre bobinas .
O transformador linear em que nenhum material magnético é usado para acoplar as bobinas foi dis-
cutido. Foram descritas então as bobinas com bom material magnético e apresentadas como um transforma-
dor ideal. Finalmente, o teorema de Thévenin foi empregado para derivar circuitos equivalentes para o
transformador e seu circuito primário ou secundário visando simplificar a análise de circuitos contendo
transformadores ideais.
O programa de análise de circuitos PSPTCE foi usado para analisar circuitos contendo indutância
mútua e transformadores ideais.
Autotransforma dores e transformadore s trifásicos também foram apresentados . Finalmente,
algumas considerações sobre segurança foram discutidas.
552 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 13
IOQ +
2Q
6Q j4 Q j6Q + Vo
24/Jl'. V
Figura P13.8
13.9 Determine VO no circuito da Figura P13.9.
-j4Q
lOQ
+
+
sn
8 j 6Q 48/Jl'. V
8 j6Q Vo
~ ,20
Figura P13.9
13.10 Determine VO na rede da Figura Pl3.10.
• pn
36/Jl'. V
ll 6Q - j2Q
sn
j8Q
+
Vo
8 j2Q
l
8 /
Figura P13.1 O
13.11 Determine VO no circuito da Figura PI 3.11.
2n • j4Q • j8Q +
-jl Q
24/S!..V - j2 Q 6Q sn 4Q Vo
Figura P13.11
13.12 Determine V0 na redé da Figura P l3 .12.
Cap. 13 Redes magneticamente acopladas 553
60
P13.12
13.13 Determine 10 no circuito da Figura Pl3.13.
jl O
I \
24f.Sl. V
20
Figura P13.13
13.14 As correntes na rede mostrada na Figura Pl3.14 são
i 1(t) = 16 cos (377t- 45º) mA
iit) = 3 cos (377i - 45º) mA
Se os valores de indutância são L 1 = 2 L 2 = 8 H e M = 3 H, determine as tensões v 1(t) e v 2(t).
ii(t) iz(t)
Rede
t
v,(t) L,
<il> <il>
Lz
t
vi(t) Rede
A B
1 1
P13.14
13.15 Determine a energia armazenada nos indutores acoplados no Problema 13.14 no instante t = 3 ms.
13.16 Dada a rede mostrada na Figura P13.16, determine o valor do capacitar C que fará com que a impedância refletida
para o primário seja puramente resistiva.
l
jwC
120
24 cos
(377t) V }100
P13.16
554 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 13
13.17 Analise a rede da Figura Pl3 .17 e determine se pode ser encontrado algum valor de Xc tal que a tensão de saída sej a
igual a duas vezes a tensão de entrada.
ln • 12n
/ +
jl n
V ~ •✓
j2Q0 Vº
-jXcn
Figura P13.17
13.18 Determine a impedância de entrada da rede na Figura Pl3 .18.
-)2 o.
Figura P13.18
13.19 Escreva um programa PSPICE para calcular V 0 da rede mostrada na Figura Pl3 .19, ondef= 1/2.n Hz.
10 !1
IOOLQ"._V 1 lill j] !1
Figura P13.19
13.20 Repita o Problema 13.19 com o ponto mudado da posição a para a posição b.
13.21 Use o programa PSPICE para determinar V 0 na rede na Figura Pl3.21. A freqüência da fonte é 60 Hz.
-J5,305 n
2 ill +
•
24/St_ V J0,754 n J0,377 n 4ill
•
Figura P13.21
13.22 Use PSPICE para determinar VO na rede na Figura Pl3.22. A freqüência da fonte é 60 Hz.
IOill 4ill +
200µF
• •
Figura P13.22
Cap. 13 Redes magneticamente acopladas 555
13.23 Dada a rede na Figura Pl3 .23, detennine as correntes i (t), i (t) e i (t) usando PSPICE.
1 2 0
2 mH
200µF
•
36 cos 3771 V 3 kf2 1 mH
i0 (t)
i ,(t)
Figura P13.23
13.24 Repita o Problema 13.23, caso a freqüência da fonte seja 400 Hz.
13.25 Use PS PICE para determinar vaCt) na rede na Figura P13 .25. A freqüência da fonte é 400
Hz .
• SOOµF
Figura P13.25
13.26 Use PSP ICE para detennina r as correntes I , 1 e 1 na rede na Figura P13.26. A freqüência
1 2 3 da fonte é 60 Hz. k = 0,6
1 kD I,
-j26,S3 n 2kD
+
48/J!.V
-j l3,26 Q
2kD
24/_§SJ'_V
- • 17,54!:1
Figura P13.26
13.27 Dada a rede na Figura Pl3.27, determine V usando PS PICE. f = 112.ir Hz. Sejam
O
k 12 = 0,995
k 13 = 0,980
k23 = 0,950
sn 3Q
IOOLQ" V L,
jS n
•
L.,, +
-j3 n
2n 10 n
Figura P13.27
o
556 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 13
13.28 Dado que VO = 48 /JsJ::.. v no circuito mostrado na Figura Pl3 .28, determine Vs·
-j6 D.
I2
+
Vs
Figura P13.28
13.29 Se a fonte de tensão V s no circuito do Problema 13.28 é 50 /sr!_ V, determine V0 .
13.30 Determine a impedância de entrada vista pela fonte na rede da Figura P13.30.
-jl D.
24/!I.V
Figura P13.30
13.31 Determine todas as correntes e tensões na rede da Figura Pl3.31.
l1
1:2
2Q l2
+ + 12 Q
+
24/lS!_V v1 Vz
-. 11
•- j4Q
Figura P13.31
13.32 Determine 10 na rede da Figura P13.32.
1:2
2Q Ia 20. IQ
-jl Q
• •
12/JJ:V 2 D.
11
-jl Q t 4LS[ A jl O.
Figura P13.32
13.33 Determine a tensão VO na rede da Figura P13.33 .
2:1 1:4
+
- j l D.
]6Q Vº
+ •
24LS[ V
11
G; 11
G;
• -}8 o.
G; 2 D.
Figura P13.33
Cap. 13 Redes magneticamente acopladas 557
]Q
+
12/J!.V 1:2 1:2
li 11
8Q
Figura P13.34
13.35 Determine a corrente I na rede da Figura Pl3.35.
12Q
P13.35
13.36 Determine a corrente I na rede da Figura Pl3.36.
]Q 4Q
2Q
-j4Q 12f.f!l'.
j2Q I
P13.36
13.37 Determine V0 na rede da Figura Pl3.37.
1:2
]Q +
li 2Q
-jl Q
]Q jl Q
2Q 2Q
-j4 Q
P13.37
558 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 13
1:2
+
-j2Q -JIO
•
IQ lQ
11
•
2Q
2Q
+
241.J!.V 2Q 20 j2Q
Figura P13.38
13.39 No circuito da Figura P13.39, caso Ix = 6 /45º A, determine V 0 .
+ Va
4Q - j4Q
1:2 1:2
2n I, 4Q
• • -j2Q
• •
Ys 40
11 11
Figura P13.39
13.40 Na rede da Figura P13.40, caso 11 = 4 /sr_ A, determine V s·
2: 1 1:2
20 2Q
-jl O -) 8 Q
• • •
20 16Q
11 11
• I,
Figura P13.40
13.41 Determine VO na rede da Figura P13.41.
6Q
+
-j4Q
•
120/.J!.V 4Q
Figura P13.41
Cap. 13 Redes magneticamente acopladas 559
4Q j4!1
120LQ' V
3Q
Figura P13.42
13.43 Determine VO na rede da Figura P13.43.
-j6Q
2n +
•
120/St V 4Q
-j8Q
•
2n
jl Q
Figura P13.43
13.44 Determine V O no circuito da Figura P13.44.
-jl ,2Q
2:1
+
-jl2Q
•
t,6n 2n
11
•
4Q 6Q
+
120LQ' V 4 n
-j4Q
Figura P13.44
560 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 13
Figura P13.46
13.47 O estágio de saída de um amplificador está para ser conectado à impedância de um alto-falante como mostrado na
Figura P13.47. Se a impedância do alto-falante é 8 Q e o amplificador necessita de uma impedância de carga de 3,2
kQ, detennine a relação de espiras do transformador ideal.
n:1
Amplificador • 11 •
1-------' '------'--1.....
Figura P13.47
13.48 Na rede mostrada na Figura P13.48, VL = 120 É V rms. ZL dissipa 500 watts a 0,85 fp em atraso. Detennine Vs·
1:2
100 +
-jl O
+• •+
Vs v, Vz ZL VL
11
Figura P13.48
13.49 Detennine a tensão de entrada Vse o fator de potência na rede da Figura P13.49.
0,60
+
so
lkW
li fp0,8
em atraso
120/Jr.Vrms
Figura P13.49
Cap. 13 Redes magneticamente acopladas 561
2:1
+
48kW 16kW
0,8pf 0,75 pf 220 f!l' Vnns
em atraso 11 em atraso
P13.50
13.51 Determine V s na rede da Figura P13.5 l.
1:2
0,]Q j0,2 Q +
2kW lOkW
0,8fp 0,85fp 220 f!l' Vrms
em atraso 11 em atraso
P13.51
13.52 Determine a leitura do wattímetro na rede da Figura P13.52.
0,80
1:2
+
'11!)
±
+ 2kW
v, V2 0,9fp 120 /S!'_ V nns
11 em atraso
P13.52
13.53 Determine a impedância de entrada do circuito mostrado na Figura Pl3.53.
lQ
2Q
Z,.---1>
)2 Q
P13.53
13.54 Determine o valor da resistência da carga R 0 na rede mostrada na Figura Pl3.54.
562 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 13
80 11 1n
4:1
+ +
• •
160/.Jl V V, v, 10
li
I,
Figura P13.54
13.55 Na rede da Figura P13 .55, IA é conhecida como 10 /30º A. Use PSPICE para determinar a tensão V .
0
2o t n -jt n -j t n
lQ 4Q
2Q
• • 12&_
- j 4Q
j2Q
I
Figura P13.56
13.57 Use PSPICE para determinar I na rede da Figura Pl3.57.
-j4Q j JQ
Figura P13.57
13.58 Forme um circuito equivalente para o transformador e o primário da rede mostrada na Figura P13.5 8, e use esse cir-
cuito e PSPICE para determinar a corrente 12 .
j2Q
1:2
+
24/J!V
2n
Figura P13.58
Cap. 13 Redes magn eticamente acopladas
563
13.59 Um transf ormad or de dois enrola mento s ,
36 kVA, 2400/ 240 V, deve ser conec tado como
para forne cer 2.160 V para uma carga. Esboc e um autotr ansfo rmado r
a conex ão do transf ormad or e determ ine a espec
totran sform ador. ificaç ão kV A do au-
13.60 Um transf ormad or de dois enrola mento s,
2.300 /230 V, de espec ificaç ão 50 kVA, está
transf ormad or para eleva r a tensão de 2.300 conec tado como um auto-
V para 2.530 V. Qual a saída kV A do autotr
13.61 Um transf ormad or 440/2 20 V, de dois enrola ansfo rmado r?
mento s, espec ificad o 15 kVA, está conec tado
mado r para abaix ar a tensão de 660 V para 220 como um autotr ansfo r-
V. Deter mine a taxa volt-a mpere do auto transf
com o transf ormad or originai. ormad or e comp are-a
·, 13.62 Um transf orma dor44 0/l 10 V, de dois enrola
mento s, 20 kVA, está conec tado como mostr ado
J.,
', i
termine a tensão V e a espec ificaç ão kV A do
2 transf ormad or na config uraçã o mostr ada.
na Figur aP13. 62. De-
l
.f +
lt
l
t
•
• Carga
-i
j' 440LQ'.' V
-<
l
!
Figura P13.6 2
13.63 Um banco de transf ormad ores mono fásico s
está conec tado em um Y de alta-te nsão a uma config
xa tensão. Cada transf ormad or tem a seguinte uraçã o delta de bai-
espec ificaç ão: 60 kV A, 13 ,2 kV /240 V rms. Se
alime ntam uma carga trifási ca em equilí brio que os transf ormad ores
conso me 66,67 kVA a 0,75 fp em atraso, quais
correntes de linha na fonte e na carga? as magn itudes das
13.64 Um transf ormad or trifásico em equilfbrio
tem a segui nte espec ificaç ão: 240Li/208Y V rms.
uma carga trifásica em equilí brio que conso me O transf ormad or serve
12,5 kVA a um fp de 0,8 em atraso. A magn itude
na carga é 200 V rms e a imped ância de linha é da tensão da linha
O, 1 + j0,2 Q. Deter mine a magrtitude da corren te
magn itude da tensão de linha no primá rio do da linha na carga e a
transformador.
13.65 Um transf ormad or trifási co em equilí brio
com espec ificaç ão de 13 ,2kY/ 240ll V nus é
P13.6 5 para alime ntar uma carga. A magn itude usado na rede da Figur a
da tensão da linha na carga é 230 V nus. Deter
corren te de linha na carga e a magn itude da tensão mine a magn itude da
de linha no primá rio do transf ormad or.
a
Carga
C' 0,1 n j0,2O e trifásica em
equilíb rio de
40kVA com
fp 0,9 em
b
0,1 n atraso
j0,2O B
e B'
Figura P13.6 5
CAPÍTULO
!b
MAKRON
Books
14
Resposta em Freqüência
Examinaremos neste capítulo a resposta em freqüência de redes elétricas. O efeito da freqüência da fonte na
rede será de especial interesse. Técnicas para determinar a resposta em freqüência de uma rede serão
apresentadas e gráficos que mostram o desempenho de uma rede em função da freqüência serão analisados.
O conceito de ressonância será examinado em detalhes. Os vários parâmetros usados para definir a
seletividade de freqüência em uma rede, tal como largura de faixa, freqüência de canto e fator de qualidade,
serão discutidos.
Redes com características de filtro serão examinadas. Especificam ente, filtros passa-baixas, pas-
sa-altas e filtro rejeita-faixa serão discutidos. Técnicas de projeto de filtros ativos (contendo amp-op) serão
apresentadas. PSPTCE será usado para traçar gráficos de respostas em freqüência de redes e também para ilus-
trar as propriedades da seletividade de freqüência em redes.
Redes que apresentam características particulares de filtragem têm uma aplicação ampla em vários
tipos de sistemas de comunicação e controle onde é necessário passar algumas freqüências e rejeitar outras.
564
Cap. 14 Re
sposta em fre qü ên
se um a reprodução cia 565
do som de alta fideli
que as mitras, ocor dade. Po r outro lad
re distorção, e a sa o, se algumas freqü
ída não é a du pl ica ências são amplifi
Para simplificar no çã o ex at a da entrada. cadas mais
como mostrado na ss a no taç ão , po demos re pr es en tar
Fi gu ra 14 .la . O bl um a re de linear po
resposta. Ambas, oco representa a re r um di ag ra m a de
x( t) e y( t) po de m de, x( t) é a en tra da blocos ,
substit uir s po r jw se r tan to a tensão como ou ex cit ação e y( t) é a sa íd
como mostrado na a corrente. Simplifi a ou
eliminando os coef Fi gu ra 14. lb . Ness cando ainda mais,
icientes complexos e ponto, fazemos va mos
qüência complexa. nas manipulações a substituição po r
Nesse contexto, ela algébricas. Chamar co nv en iên cia ,
pressa como a + jw sempre será ig ua l emos essa variáve
e lhe será dada um aj w. No entanto , l, s, de fre-
significado e uso m no Capítulo 16, ela
ais geral. po de rá se r ex-
Entrada Rede
Saída
x(t) =X e JW' linear
H( jw ) y(t) = Ye JW'
(a)
Entrada Rede
Saída
x(t ) = Xe " linear
H( s) y(t) = Ye "
+
V.(s)
sl @ V,(s) R2
1
-sLI (s)
i
+ (R 2 + sL + -sC )1 2
(s) == O
V/s) == 1/s)R 2
Resolvendo-se as equações para lis), tem-se
sLV (s)
I (s) - - -- - - - - 1
- -- - -
2 - (R 1 +sL)(R +sL +l / sC)- s 2 L 2
2
e o ganho de tensão é
V (s) LCR , s 2
Gv (s) == V: (s) == (R + R )LCs 2 + (L
1 2
•
Exercícios
E14.1 Determine a impedância de entrada Zi(s) para a rede da Figura El4.1.
Vi(s) e L
Figura E14.1
(R +R )+sC.CRR +L)+s2LCR
Resp.: Z (s) = i 2 i 2 '
; l+ sCR
2
+ s2LC
E14.2 Determine a ganho de corrente G 1(s) para a rede da Figura El4.2.
e
Figura E14.2
sC(R + sL)
Resp.: G/s) = 1 + sC(R ~ R ) + s2 LC.
1 2
Pólos e Zeros
Em geral, funções de rede podem ser expressas como a razão de dois polinômios em s. O Exemplo 14.1 é
uma ilustração desse fato. Além disso, notamos que uma vez que os valores dos nossos elementos do circui-
to, ou fontes controladas, são números reais, os coeficientes dos dois polinômios serão reais. Portanto, vamos
expressar uma função de rede na forma
T
1
N(s) a s"' + a s"'- +···+as+ a
H(s) =- -= Ili m-1 1 O (14.2)
D(s) bs +b 11-l s
11 11
-
1
+···+bs+
I
bO
n
onde N(s) é o numerador polinomial de grau me D(s) é o denominado r polinomial de grau n. A Equação 14.2
pode ser também escrita na forma
K (s - z )(s - z ) · · · (s - z )
H(s) = o 1 2 (14.3) 111
onde K0 é uma constante, Zp ... , z,,, são as raízes de N(s), e pl' ... , p,, são as raízes de D(s). Note que ses= z,
ou z 2 , • • • , z,,,, então H(s) se torna zero e dessa forma z,, ... , z,,, são chamados zeros da função. Similarmente,
ses= p, ou P,, ... , p,,, então H(s) se torna infinito e portanto p,, ... , p,, são chamados de pólos da função. Os
zeros ou pólos podem na realidade ser complexos. No entanto, se eles forem complexos, sempre aparecerão
em pares conjugados, uma vez que os coeficientes dos polinômios são reais. A representação da função da
rede da Equação 14.3 é extremamen te importante e é geralmente empregada para representar qualquer sis-
tema linear invariante no tempo. A importância dessa forma se baseia no fato de que as propriedades dinâmi-
cas de um sistema podem ser inferidas examinando-se os pólos do sistema.
onde M( w) = IH(jw )1 e </J( w) é a fase. Gráficos dessas funções, normalmente chamados de diagrama de mag-
nitude ou ganho e diagrama de fase, mostram como a resposta varia com a freqüência de entrada w. Vamos
agora ilustrar a maneira como realizamos uma análise no domínio da freqüência simplesment e avaliando a
função em várias freqüências dentro de um intervalo de interesse ou usando-se o que é chamado de diagrama
de Bode (em homenagem a Hendrik W. Bode).
e cada termo da forma (jw 0 - z,) e (jw 0 - p,) é um número complexo tendo uma magnitude e fase. Portanto, a
Equação 14.6 pode ser escrita como
(14.7)
ou
(14.8)
568 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 14
(14.9)
Exemplo 14.2
Desejamos determinar a resposta em freqüência de uma rede com a função de transferência
2s
H(s)- - - --
s2 + 2s + 17
H(s) pode ser escrita como
2s
H(s) =- - - - -- - -
(s + 1 + j4)(s + 1 - }4)
e dessa forma
2w~
H(1'w) - - -- - - - - --
[l + j(w + 4)][1 + j(w - 4)]
A resposta em freqüência, que consiste da magnitude e fase de H(jw) como uma função da fre-
qüência, pode ser obtida simplesmente analisando H(jw) para vários valores de w. A magnitude e fase de
H(jw) para vários valores de w são
ú) o 1 2 3 4 5 6 7 8
M(w) o 0,12 0,29 0,60 0,99 1,0 0,78 0,53 0,40 0,32
Esboços dos diagramas de amplitude e fase para a função de rede são mostrados na Figura 14.3a e b. •
O Exemplo 14.2 ilustra alguns pontos sutis que em geral são verdade. Note que, nas adjacências de
um zero, a resposta da rede se aproxima de um minimo, e nas adjacências de um pólo, a resposta da rede se
aproxima de um máximo. A importância disso baseia-se no fato de que se quisermos projetar um filtro de
rede para passar certas freqüências e rejeitar outras, projetaremos o filtro para que tenha pólos no intervalo
de passagem de freqüências e zeros no intervalo de rejeição de freqüências.
Cap. 14 Resposta em freqüência 569
M(w)
l ,O ·
0,50
2 3 4 5 7 8 w
(a)
</)(w)
+90º
ü° ...
-90º
2 3 4 5 6 7 8 w
(b)
Figura 14.3 Diagramas empregados no Exemplo 14.2.
Exercício
E14.3 Dada a seguinte função de rede H(jw ), monte uma tabela para os valores
de M(w) e </J(w) versus w para O
:5 w :5 1O rad/s em incremen tas de 1 rad/s .
H . jm +2
(Jm) = (jm + 6)(jm + 8)
Resp.:
ú) o 1 2 3
M(m) 0,042 0,0455 0,0543 0,063
p2
número de dB = 10 log - (14.11)
10
P,
Se as potências são absorvidas por dois resistores iguais, então
lv2/2 /R /1?12 R
número dedB = 10log 10 /vJ/R= lülog /i~/ R 10 2
(14.12)
/v/v,2/ =20 log /121
= 20 log 10
1
1i7 10
•
570 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 14
O termo "dB" tem se tomado tão popular que é freqüentemente usado para razões de tensão e cor-
rente, como ilustrado na Equação 14.12, sem considerar a impedância empregada em cada caso.
No caso do regime permanente senoidal, H(jw) na Equação 14.3 pode ser expresso em geral como
K (jw) ±N (l + jwr: )(1 + jwr: )[1 +2, (jwr: ) +(jwr: ) 2 ]···
H(1'w) = 0 1 1 32 3
· (14.13)
(1 + jwr: a )[1 + 2, b (jwr: b ) + (jwr: b ) 2] ...
(14.15)
- 1
tan - 1 2t-WT
b ) b
- tan WT
a
-
(- - - ···
1-w 2r: 2
b
Como as equações 14.14 e 14.15 indicam, iremos simplesmente traçar o gráfico para cada fator in-
dividualmente e somá-los algebricamente para obter o diagrama total.
O termo 20 log 10 K0 tem magnitude constante com defasamento nulo, como mostrado na Figura
14.4a. Pólos e zeros na origem são da forma (jw lN , onde + é usado para zeros e - é usado para pólos. A
magnitude dessa função é ±20N log 10w, que é uma linha reta na escala sernilogarítrnica com uma inclinação
de ±20N dB/década; isto é, o valor mudará de 20 dB a cada vez que a freqüência for multiplicada por 10, e a
fase dessa função é 'uma constante ± N(90º). Os diagramas de magnitude e fase para pólos e zeros na origem
são mostrados na Figura 14.4b e c, respectivamente.
Aproximações lineares podem ser empregadas quando um pólo ou zero da forma (1 + jwr:) estive-
rem presentes na função da rede. Para wr: « l, (1 + jwr:):::::: 1, e portanto 20 log 10 1 (1 + jwr:) 1 = 20 log 10 1 == O
dB. De modo semelhante, se wr: » 1, então (1 + jwr:):::::: jwr: , e dessa forma 20 log 10 1 (1 + jwr:) 1 = 20 log 10 wr:.
Portanto, para wr: « 1, a resposta é O dB, e para wr: » 1, a resposta tem inclinação igual a um pólo ou zero na
origem. A intersecção dessas duas assíntotas, uma para wr: « 1 e uma para wr: » l, é o ponto onde wr: == 1 ou w
= 1/r:, que é chamado de freqüência de corte, wc. Nessa freqüência, onde w = 1/r:, 20 log 10 1 (1 + jl) 1 = 20
log 10 (2) 112 = 3 dB. Logo, a curva real se desvia da assíntota de 3 dB na freqüência de corte. Pode ser mostra-
do ~ue para 0,Swc e 2wc os desvios são de 1 dB. O ângulo de fase associado a um pólo simples ou zero é <P ==
tan- wr:, que é uma simples curva arcotangente. Portanto, o deslocamento de fase é de 45º na freqüência de
corte e 26,6º e 63,4º em uma e meia e duas vezes a freqüência de corte, respectivamente. A magnitude para
um pólo dessa forma é mostrada na Figura 14.Sa. Para um zero, a curva de magnitude e a assíntota para wr: »
1 têm uma inclinação positiva, e a curva de fase se estende de Oº a +90º, como mostrado na Figura 14.Sb. Se
houver múltiplos pólos ou zeros da forma (1 + jwr:t, então a inclinação da assíntota em altas freqüências é
Cap. 14 Resposta em freqüência 571
multiplicada por N, o desvio entre a curva real e a assíntota na freqüência de corte é 3N dB , e a curva de fase
se estende de O a N(90º) e é N( 45º) na freqüência de corte.
2
Pólos quadráticos ou zeros são da forma 1 + 2Ç"(jwr) + (jwr) . Esse termo é uma função não
somente de w, mas do coeficiente adimensional t, que é chamado de quociente de amortecimento. Ses > 1
ou Ç" = 1, as raízes são reais e diferentes ou reais e iguais, respectivamente. Esses dois casos já foram estuda-
dos. Se t < 1, as raízes são complexas e conjugadas, e é esse caso que examinaremos agora. Seguindo O argu-
mento acima para um pólo simples ou zero, a magnitude do fator quadrático é O dB para wr « 1. Para wr » 1,
2
20log 10 l1 -(wr) +2JÇ"(wr)I::::: 201og 1oi(wr)
2
i = 40log 10
lwrl
e portanto, para wr » 1, a inclinação da curva de magnitude é+ 40 dB/década para um zero quadrático e -40
dB/década para um pólo quadrático. Entre os dois extremos, wr « 1 e wr » 1, o comportamento da função é
dependente do quociente de amortecimento Ç". A Figura 14.6a ilustra a maneira como a curva de magnitude
logarítmica para um pólo quadrático muda em função do quociente de amortecimento. O deslocamento de
fase para o fator quadrático é tan- 1 2Ç"wr/[l - (wr) 2]. O diagrama de fase para pólos quadráticos é mostrado
na Figura 14.6b. Note que, nesse caso, a fase muda de Oº para wr « l até -180º para wr » l. Para zeros qua-
dráticos, as curvas de magnitude e fase são invertidas; isto é, a curva de magnitude logarítmica tem uma in-
clinação de +40 dB/década para wr » 1, e a curva de fase é Oº para wr « l e +180º para wr » 1.
~ Ganho
20 log 10 K0 -----------------
r - Fase
1 1 1 1
+N(9ü°)
' - - Fase
Ganho com inclinação
+20N dB/década
1,0
w(rad/s; escala logarítmica)
(e)
Figura 14.4 Diagramas de magnitude e fase para um termo constante e pólos e zeros na origem.
572 Análise de Circuito s em Engenha ria Cap. 14
- 20
V,
::,
-40 ~
---45º "'
~
-60
-1 8 -90°
-20~- --.,___ _ _ _~_ _ _ _.,___ _ _~ - -
-~-----~
0,2 0,5 1,0 2,0 4,0 10
w, (rad/s) (Escala logarítmica)
(a)
+1 8
90
+12
60
·················· 45
30
2 3 4 5 6 7 8 9 2 3 4 5 6 7 8 9 lO
20 ~ Ç =0
20 log 10 1(1 + 2Ç(wr) + Uwd l
Ç=0,l
lO ç
iõ' .....· 0,6
:::,:, 0,8
o o
~
1,0
-10
-20
-30
2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
o 2Çwr
,p =tan -1
1- (wr/
-4D
~
E9
(].)
-80
~
-120
-160
- 200
0,2 0,5 1,0 2,0 4,0 10
WT (rad/s) (Escala logarítmica)
(b)
Figura 14.6 Diagramas de magnitude e fase para pólos quadráticos.
Exemplo 14.3
Queremos traçar os diagramas de magnitude e fase para a função de transferência
- - -+ 1)- -
.
G (;w) = - -10(0,ljw
v (jw + 1)(0,02jw + 1)
574 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 14
/
Note que essa função está na forma padrão, uma vez que todos os termos estão na forma (jwr + 1).
Para se determinar a resposta em freqüência completa, traçaremos as assíntotas de cada termo individual-
mente e então as somaremos. Vamos considerar o diagrama de magnitude primeiro. Uma vez que K0 = 10, 20
log 10 10 = 20 dB, que é uma constante independente da freqüência, como mostrado na Figura 14.7a. O zero
da função de transferência contribui com um termo da forma +20 log 10 l 1 + 0,ljw 1, que é O dB para 0,lw «
1, tem uma inclinação de +20 dB/década para 0,lw » 1 e tem uma freqüência de corte em w = 10 rad/s. Os
pólos têm freqüência de corte em w = l rad/s e w = 50 rad/s. O pólo com freqüência de corte em w = l rad/s
contribui com um termo da forma -20 log 10 l 1 + jw 1, que é O dB para w «l e tem inclinação de - 20 dB/dé-
cada para w » 1. Um argumento semelhante pode ser feito para o pólo que tem uma freqüência de corte em w
= 50 rad/s. Esses fatores são mostrados na Figura 14.7a.
Considere agora as curvas de fase individualmente. O termo K 0 não é uma função de w e não con-
tribui para a fase da função de transferência. A curva de fase para o zero é +tan- 10, lw, que é uma curva arco-
tangente que se estende de Oº para 0,lw « 1 para +90º para 0,lw » 1 e tem uma fase de +45º na freqüência de
corte. As curvas de fase para os dois pólos são -tan- 1 w e -tan· 1 0,02w. O termo -tan- 1 w é Oº para w « l,
-90º para w » l e -45º na freqüência de corte w = 1. A curva de fase para o pólo restante é traçada de modo
semelhante. Todas as curvas de fase são mostradas na Figura 14.7a.
Como especificado nas equações 14.14 e 14.15, os diagramas completos de magnitude e fase da
função de transferência são obtidas simplesmente somando-se os termos individuais. Tais diagramas são
mostrados na Figura 14.7b. Note que a curva real de magnitude (linha contínua) difere da aproximação da li-
nha reta (linha tracejada) de 3 dB nas freqüências de corte, wci' e 1 dB em 0,5wci e 2wci. •
Exemplo 14.4
Vamos traçar o diagrama de Bode para a seguinte função de transferência:
. 25(jw + 1)
Gv(Jw) = (Jw) 2 (0,ljw +1)
Novamente os termos individuais para a magnitude e fase estão traçados na Figura 14.8a. A linha
reta com uma inclinação de -40 dB/década é gerada pelo pólo duplo na origem. Essa linha é um gráfico de
-40 log 10 w versus w e portanto passa através de O dB em w = l rad/s. A fase para o pólo duplo é uma cons-
tante -180º para todas as freqüências. O restante dos termos estão traçados como ilustrado no Exemplo 14.3.
Os diagramas compostos são mostrados na Figura 14.8b. Eles são obtidos somando-se os termos
individuais na Figura 14.8a. Note que para freqüências w « l, a inclinação da curva de magnitude é -40
dB/década. Em w = 1 rad/s , que é a freqüência de corte de zero, a curva de magnitude muda de inclinação
-20 dB/década. Em w = 10 rad/s, que é a freqüência de corte do pólo, a inclinação da curva de magnitude
volta a -40 dB/década.
A curva de fase composta inicia em -180º devido ao pólo duplo na origem. Uma vez que a pri-
meira freqüência de corte encontrada é um zero, a curva de fase desloca-se em direção de -90º. No entanto,
antes que a fase composta alcance -90º, o pólo com a freqüência de corte w = 10 rad/s começa a deslocar a
curva de volta para -180º. •
O Exemplo 14.4 ilustra a maneira de traçar os termos diretamente da forma Kof(jw)N. Para termos
dessa forma, a inclinação inicial de -20N dB/década interceptará o eixo 0-dB na freqüência de (K ) 1/N rad/s;
0
isto é, -20 log 10 1 Kof(jw )N 1= O dB implica que Kof(w )N = 1, e portanto w = (K0 ) l !N rad/s . Note que a inclina-
ção projetada da curva de magnitude no Exemplo 14.4 intercepta o eixo 0-dB em w = (25) 112 = 5 rad/s.
De forma semelhante, pode ser mostrado que para termos da forma K0 (jw t, a inclinação inicial de
+20N dB/década vai interceptar o eixo 0-dB em uma freqüência de w = (l!K0 ) 11N rad/s; isto é, +20 log
10
1 Kof(jw )N 1 = O dB implica que K (w )N = 1, e portanto w = (1/K ) 1/N rad/s.
0 0
Aplicando-se os conceitos que acabamos de demonstrar, podemos normalmente traçar o diagrama
de ganho de uma função de transferência sem dificuldade.
Cap. 14 Resposta em f reqüência 575
40 I 3 5 7 9 1 3 5 7 9 1 3 5 7 9 l 3 5 7 9 l
20 log 10 (10)
20
-20
~o +90°
~
§
o !íJ"'
+45º
.f"'
O"
-45º
0, 1 1,0 - 90"
10,0 100 1.000
w (rad/s)
(a)
40 1 3 5 7 91 3 5 7 9 l 3 5 7 9 1 3 5 7 9 1
20
s
:s,
-20
+90" ~
o
..e:
o
@
+45º
1"'
~
~
O"
Fase resultante
-45º
(b)
Figura 14.7 (a) Componentes de magn
itude e fase para os pólos e zeros da função
de transferência no
Exemplo 14.3; (b) Diagrama de Bode para a
função de transferência no Exemplo 14.3.
576 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 14
1 3 5 7 91 3 5 7 9 1 3 5 7 91
40
20 log 10 (25) = 28 dB
20
ó:i' - 20 +90º ~
~ "'
::>
o
..e:
"'
~
e:
o"' ü° "~
µ.
-90º
-1 80º
- 270º
0,1 1,0 10 100
w (rad/s)
(a)
1 3 5 7 91 3 5 7 91 3 5 7 9 1
60
40
20
ó:i' o
~
o
..e:
ê
o
__ __. -1 80º
(b)
Figura 14.8 (a) Componentes de magnitude e fase para os pólos e zeros da função de transferência no
Exemplo 14.4; (b) Diagrama de Bode para a função de transferência no Exemplo 14.4.
Cap. 14 Resposta em freqü ência 577
3 5 7 91 3 5 7 91 3 5 7 9 1 3 5 79l
40
20 Ganho
resultante ··-··r::::::::.-.······
íii"
:s o ························"' .... l................................... ········J
o
.e
;::: ! 1
o"' - 20
············ ···················i···· o
-90
/
Fase
resultante
- 180
Exemplo 14.5
Desejamos gerar o diagrama de Bode para a seguinte função de transferência:
. lOO(jw + 1)
Gv (Jw) = jw(jw + 10)
Essa função pode ser escrita de forma padrão como
_ lO(jw + 1)
Gv(Jw) = jw(0,ljw +1)
O diagrama de Bode para G/jw) é mostrado na Figura 14.9. A curva de magnitude pode ser traça-
da em um único passo como se segue. Uma vez que a função de transferênc ia tem um fator de ganho
inde-
pendente da freqüência de 10 e um pólo na origem, a curva de magnitude composta terá uma inclinação
inicial de -20 dB/década, que intercepta o eixo 0-dB em w = 10 rad/s. A inclinação inicial de -20 dB/década
desloca na primeira freqüência de corte, que, nesse caso, é um zero com uma freqüência de corte w
=1 rad/s.
Uma vez que a magnitude para o zero é O dB para w « 1 rad/s e +20 dB/década para w » 1 rad/s, a
curva de
magnitude composta desloca de -20 dB/década a O dB/década (-20 dB/década + 20 dB/década) em
w = 1
rad/s . A magnitude composta, que agora tem uma inclinação de O dB/década para w > 1 rad/s, continua
até
que a próxima freqüência de corte seja encontrada, que, nesse caso, é um pólo com freqüência de corte
w =
10 rad/s . Já que a magnitude para o pólo é O dB/década para w < 10 rad/s e - 20 dB/década para w >
10 rad/s,
a característica composta da magnitude muda de inclinação de O dB/década para -20 dB/década (O
dB/dé-
cada - 20 dB/década) em w = 10 rad/s. Essa inclinação final de -20 dB/década continua para todos os
valores
de w > 10 rad/s. Note que a curva de magnitude composta na Figura 14.9 foi ajustada para a diferença
de 3
dB entre a curva real e as assíntotas nas freqüências de corte. A fase devido ao pólo na origem é -90º.
Essa
curva, juntamente com as duas curvas arcotangente, uma para o zero com freqüência de corte w =
l rad/s e
uma para o pólo com a freqüência de corte de w = 10 rad/s, são compostas para produzir a curva de fase
com-
posta, como mostrado na Figura 14.9.
•
Exercícios
E14.4 Esboce as assíntotas de magnitude do diagrama de Bode, marcando todas as inclinações críticas
e
pontos para a função
10 (jw + 2)
4
.
G(JW) = (jw + lO)(jw + 100)
578 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 14
Resp.:
IGl(dB)
+20 dB/década
20 log 20 ..,__ _,
10
-40 dB/década
10 20
w (rad/s)
E14.6 Esboce as assíntotas de magnitude do diagrama de Bode, marcando todas as inclinações críticas e
pontos para a função
. 100(0,02jw + 1)
G(1w) = (jw)z
Resp.:
IGI (dB)
-40 dB/década
o
-20 dB/década
10 50 w (rad/s)
E14.7 Esboce as assíntotas de magnitude do diagrama de Bode, marcando todas as inclinações críticas e
pontos para a função
. lOjw
G(Jw) = (jw + l)(jw + 10)
Cap. 14 Resposta em freqüência 579
Resp.:
IGl(dB)
10 w (rad/s)
14.6
Desejamos gerar o diagrama de Bode para a seguinte função de transferência:
G . 25jw
v (Jw) = (jw + 0,5)[(jw) 2 + 4jw + 100]
Expressando essa função de forma padrão, obtém-se
G . 0,5jw
v (Jw) = (2jw + l)[(jw / 10) 2 + jw / 25 + 1]
O diagrama de Bode é mostrado na Figura 14.10. A inclinação da assíntota em baixas freqüências
devido ao zero na origem é +20 dB/década, e essa assíntota intercepta a linha O dB em w = l!K0 = 2 rad/s.
Em w = 0,5 rad/s, a inclinação muda de +20 dB/década para O dB/década devido à presença do pólo com uma
freqüência de corte em w =0,5 rad/s. O termo quadrático tem uma freqüência de centro de w = 10 rad/s (ou
seja, r = 1/10). Já que
e
r = O, 1
então
3 5 79 l 3 5 79 l 3 5 7 9 l 3 5 7 9 1
20
i i.
ii:i' - 20
~
o
.e:
+90 ~
1
~ -40 ................ ········... µe,
.......................>-J ........... . o
f\.
·········· .........
-90
•
Exercício
E14.8 Dada a seguinte função G(jw ), esboce a característica da magnitude do diagrama de Bode, marcando
todas as inclinações e pontos críticos.
. 0 ,2(jw + 1)
G(;w) = jw[(jw/12) 2 + jw/36 + 1]
Resp.:
IGI (dB)
-40 dB/década
0,2 12 w (rad/s)
Exemplo 14. 7
Dada a característica da magnitude mostrada na Figura 14.11, desejamos determinar a função de transferên-
cia Gv(Jw).
Cap. 14 Resposta em freqüên cia 581
3 5 79 l 3 5 79 1 3 5 7 9 1 3 5 79 1
20
i:o -20
:2,
o
.e
o""
dB
20 dB i------ - 20 dB/década
--40 dB/década
1 5 50 w (rad/s)
Figura E14.9
. 10(1+ 1)
Resp.: G(1w) = (jw )2·
(jw + 1)
+1
50
E14.10 Determine a função de transferência G(jw) se a aproximação assintótica do diagrama de magnitude for
o mostrado na Figura El4.10.
582 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 14
dB
-20 dB/década
0dB -~ -----.-.... - 20 dB/década
5 20 50 100 w (rad/s)
Figura E14.1 o
. s(lf +1)(~+ 1)
Resp.: G(1w) = . (jw )( jw ) .
]W 20 + l 100 + l
e
G e L
..•·····
,,••··
wL - _J__
wC
(a)
IYI
G
Oi- ---- ---, .._
·,•·······
_ _ _ _ _ _ __
w
wC- _J__
wL
(b)
Figura 14.13 Resposta de freqüência de circui
tos RLC (a) em série e (b) em paralelo.
:o
584 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 14
VL
Vl v,
VL
VR I VR=V, I
VR
v, Vc
Vc
Vc
W<W o w = Wo w<w 0
(a)
Ic
Ic
Ic I
I,, V, I,, v,
I,, V,
IL
IL
IL
W <W 0 úJ = Wo W<W 0
(b)
Figura 14.14 Diagramas de fasores para (a) um circuito RLC em série e {b) um circuito RLC em paralelo.
Para o circuito em série, definimos o que é normalmente chamado de fator de qualidade Q como
Exemplo 14.8
Considere a rede mostrada na Figura 14.15. Vamos determinar a freqüência de ressonância, as tensões sobre
cada elemento em ressonância e o valor do fator de qualidade.
A freqüência de ressonância é obtida da expressão
1
ú) = --
º fie
1
= -;== = =3 = = = =
,J(25)(1 o- )(10)(1 o-6 )
= 2.000 rad/s
2 n
V, = !OfS!.V
V
e
= -jw1 -C = 250 /-90º V
0
Note a magnitude das tensões sobre o indutor e capacitor em relação à tensão de entrada. Note
também que essas tensões são iguais e estão 180º fora de fase uma com respeito à outra. Logo, o diagrama de
fasores para essa condição é mostrado na Figura 14.14a para w = w0 . O fator de qualidade Q derivado da
Equação 14.21 é
OL (2)(10 3 )(25)(10 - 3 )
º =R
ú)
= i = 25
É interessante notar que as tensões sobre o indutor e capacitor podem ser escritas em termos de Q
como
w0L
1
V L 1 = w oLili =-R Vs = QVs
e
V
I e
1- _II_I
w C
- _l_V
w CR s
- QV
s
o o
Essa análise indica que para uma dada corrente existe um aumento da tensão ressonante (sobre o
indutor e capacitor) igual ao produto entre Q e a tensão aplicada. •
Exercícios
E14.11 Dada a rede da Figura E14.11, determine o valor de C que levará o circuito à ressonância em 1.800
rad/s .
H2
IOLQ" V
Figura E14.11
Resp.: C = 3,09 µF.
E14.12 Dada a rede de E14.11, determine Q da rede e a magnitude da tensão sobre o capacitor.
Resp. : Q = 60, 1 V e 1 = 600 V.
A impedância do circuito da Figura 14.12a é dada pela Equação 14.16, que pode ser expressa como
uma admitância,
1
Y(jw) - - - - - - -- - -
R[l + j(l/R)(wL
- 1/wC)]
1
(14.22)
R[l + j(wLIR -1/wCR)]
1
R[l + JQ(wLIRQ -1/wCRQ)]
Utilizando-se do fato que Q = woLJR = l/w 0 CR, a Equação 14.22 se torna
1
Y(jw) - - - - - - - - - - (14.23)
R[l + 1Q(wlw O - w O /w)]
586 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 14
<p(w) = - tan- 1
Q - (1) - -
( (1)
(l)º ) (14.26)
o (1)
Essas funções são mostradas na Figura 14.16. Repare que o circuito possui a forma de um filtro
passa-faixa. A largura de faixa como mostrada é a diferença entre as duas freqüências de meia-potênc ia. Uma
vez que a potência é proporcional ao quadrado da magnitude, essas duas freqüências podem ser derivadas fa-
zendo-se a magnitude M(w) = 1/✓ 2; isto é
1 1
= ✓2
1
1 + jQ(w/w 0 - w /w)
0
Portanto,
Q (1) - ) = ±1
- -(l)º (14.27)
(
(1) o (1)
w LO = wO /~1) ;-+1]
[--1 +~\2Q)
2Q
2
l
(14.29)
w "' ~ w. [ 2~ + ~l 2~ r + 1J
Subtraindo essas duas equações, tem-se a largura de faixa como mostrado na Figura 14.16:
(1) o
BW = (l)HI - (JJLO = Q (14.31)
que ilustra que a freqüência de ressonância é a média geométrica de duas freqüências de meia-potênci a. Note
que as freqüências de meia-potênc ia são os pontos em que a curva de magnitude logarítmica está abaixo 3 dB
de seu valor máximo. Portanto, a diferença entre tais freqüências, que é obviamente a largura de faixa, é
freqüenteme nte chamada de largura de faixa de 3 dB.
Cap. 14 Resposta em freqüência 587
o
>
·:::J
"
"
~
o
..e:
§
o
+90
45
:!l
s"' o
w
~
"" -45
-90
E14.13 Para a rede da Figura E14. ll, calcule as freqüências de meia-potência e a largura de faixa da rede.
1
Resp.: wHI = 1.815 rad/s, wLo = 1.785 rad/s, BW = 30 rad/s.
meio-ciclo, a energia armazenada no campo magnético do indutor vai variar de zero a um valor máximo e de
volta a zero novamente. O capacitor opera de maneira semelhante. A troca de energia se realiza do seguinte
modo. Durante um quarto de ciclo, o capacitor consome energia tão rapidamente quanto o indutor a fornece,
e durante o quarto de ciclo seguinte, o indutor consome energia à medida que ela é liberada pelo capacitor.
Apesar de a energia armazenada em cada elemento estar continuamente variando, a energia total armazenada
no circuito ressonante é constante e portanto invariável no tempo .
A fim de definirmos Q em termos de energia, suponhamos que a função de excitação tem freqüên-
cia w 0 e que
i(t) = IM cos w 0 t
(14.34)
Então
wS M
1-LJ 2
= - - 2- -- -
WD f l!R(2:rclw 0 ) (14.35)
w0 L l
=-- - -
R 2:rc
Usando-se a Equação 14.22, vemos que tal equação se torna
ws Q
=
ou
w
Q = 2:rc - s (14.36)
WD
onde W5 é a energia máxima armazenada em ressonância e W0 é a energia dissipada por ciclo. A importância
dessa definição de Q se baseia no fato de que essa expressão é aplicável a sistemas acústicos, elétricos e me-
cânicos e, portanto, é geralmente considerada a definição básica de Q.
Exemplo 14.9
Dado um circuito em série com R = 2 Q , L = 2 mH e C = 5 µF , desejamos determinar a freqüência de resso-
nância, o fator de qualidade e a largura de faixa para o circuito. Vamos então determinar a mudança em Q e
na largura de faixa se R for mudado de 2 para 0,2 Q.
Usando- se a Equação 14.18, temos
Cap. 14 Resposta em freqüência 589
1 1
✓
LC
4
= 10 rad / s
e portanto a freqüência de ressonância é 104/m = 1592 Hz. O fator de qualidade é
w OL (104 )(2)(10-3)
Q=-=----
R 2
= 10
e a largura de faixa é
wo 104
BW=~=-
Q 10
= 10 3
rad/s
Se R for mudado para R = 0,2 Q, o novo valor de Q é 100, e portanto BW = 102 rad/s. •
Exercícios
E14.14 Um circuito em série é composto de R = 2 Q, L = 40 mH e C = 100 µF. Determine a largura de faixa
desse circuito perto de sua freqüência de ressonância.
Resp.: BW = 50 rad/s, w 0 = 500 rad/s.
E14.15 Um circuito RLC em série possui as seguintes propriedades. R =4 Q, w 0 = 4.000 rad/s e BW = 100 rad/s.
Determine os valores de C e L.
Resp.: C = 1,56 µF, L = 40 mH.
Exemplo 14.1 O
Desejamos determinar os parâmetros R, L e C para que o circuito na Figura 14.18 opere como um filtro pas-
sa-faixa com um w 0 de 1.000 rad/s e uma largura de faixa de 100 rad/s.
e
Vs R
Q = w O = 1.000
BW 100
= 10
No entanto,
Portanto,
l.OOOL =
10
R
Note que temos duas equações nos três parâmetros do circuito R, L e C. Dessa forma, se selecio-
narmos C = 1 µF, então
1
L= -6- =lH
l0 C
e
_l.O_O_O(_
l) = lO
R
tem-se
R = 100 Q
Portanto, os parâmetros R = 100 Q , L = 1 H e C = 1 µF produzirão as características apropriadas do
filtro.
•
V
0
=(
R
1/ JwC
+ JwL + II jwC
)v s
que pode ser escrita como
V = - -2 - - - - -
vs
º 1 - w LC + jwCR
A magnitude dessa tensão pode ser expressa como
Em vista da discussão anterior, poderíamos assumir que o valor máximo da tensão de saída ocorre-
ria na freqüência de ressonância w 0 . Vamos ver se esse pressuposto está correto. A freqüência em que IV I é
O
máxima é o valor não-zero de w, que satisfaz a equação
dlv-ol =O
- (14.38)
dw
Se fizermos a operação indicada e resolvermos para wmax ;t:. O, obtemos
(14.39)
Cap. 14 Resposta em freqüência 591
Empregando-se as igualdades w 0 2= 1/LC e Q = wof-./R, a expressão para wmax pode ser escrita como
w m~ = ~
w - à(Q)d f (14.40)
= Q) o ✓1 - 1
2Q 2
De modo claro, wmax ;t: w 0 ; entretanto, w 0 se aproxima muito de wm ax se Q for alto. Além disso se
substituirmos a Equação 14.40 na Equação 14.37 e usarmos os relacionamentos wa2= 1/LC e wa2R 2 C2 =
1JQ 2, descobrimo s que
QVs
l
t 1V o 1max = ✓1 - 1/4Q 2
(14.41)
l
i Novamente, vemos que IV 0 lmax"" QV5 se a rede possui um alto Q .
Exemplo 14.11
Dada a rede da Figura 14.19, desejamos determinar wo e Wmax para R =50 Q e R = 1 Q caso L =50 mH e C =5 µF.
Os parâmetros da rede produzem
1
Jic
1
= ----;:::===2 ===
✓(5)(10- )(5)(10 - 6 )
= 2.000 rad / s
Se R = 50 Q, então
w L
Q= _ o_
R
(2.000)(0 ,05)
= 50
=2
e
ú)
max
= Q) o ✓1 - 1
2Q2
= 2.000✓1-½
== l.871rad/s
Se R = 1 Q, então Q = 100 e wmax = 2.000 rad/s.
Um gráfico de IV O I versus a freqüência para a rede com R = 50 Q e R = 1 Q é mostrado na Fi-
gura 14.20a e b, respectivamente. Note que quando o Q da rede é pequeno, a resposta em freqüência não é
seletiva e w 0 ;t: wmax· No entanto, se Q for grande, a resposta em freqüência será muito seletiva e w
0 wm ax·
Até este ponto, focalizamos a maioria da discussão no circuito ressonante em série. Deveríamos lembrar,
=
no entanto, que as equações para a impedância do circuito em série e a admitância do circuito em paralelo são seme-
lhantes. Portanto, as redes possuem propriedades semelhantes, como vamos ilustrar nos exemplos a seguir.
Considere a rede mostrada na Figura 14.21. A corrente de fonte Is pode ser expressa como
Is == I G + lc + I L
•
592 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 14
25
20
15
10
5~-----~--~-----~--~---~
100 150 200 250 300 350 400 450
--500
Freqüência (Hz)
(a) Q = 2
0,8
0,6
0,4
0,2
o
300 3 10 320 330 340 350
(b) Q = 100
Figura 14.20 Diagramas de resposta em freqüência para a rede da Figura 14.19 com (a) R = 50 Q e (b) R = 1 Q.
Cap. 14 Resposta em freqüência 593
I,
Ys G e
Exemplo 14.12
A rede da Figura 14.21 possui os seguintes parâmetros:
V s = 120f!r V, G = 0,01 S, C = 600 µF e L = 120 mH.
Se a fonte opera na freqüência de ressonância da rede, calcule todas as correntes de ramos .
A freqüência de ressonância para a rede é
1
w = - -
º fie
1
✓(120)(10- 3 )(600)(10- 6 )
= 117 ,85 rad / s
Nessa freqüência
1
Y
L
= - j (w--)
L
= -j7,07 X 10- 2 S
0
Ie = Ye Vs = 8,49/90º A
IL = Y V = 8 49 /-90º A
L S '
15 = I G + I c + IL = Ic = 1,2/st._ A
Como a análise indica, a fonte fornece somente as perdas do elemento resistivo. Além disso, a ten-
são e a corrente da fonte estão em fase, e portanto o fator de potência é unitário. •
Exemplo 14.13
Dado o circuito RLC em paralelo da Figura 14.22,
(a) Derive a expressão para a freqüência de ressonância, as freqüências de meia-potência, a largura
de faixa e o fator de qualidade para a impedância de transferência Vouiflin em termos dos parâmetros do cir-
cuito R, L e C.
(b) Calcule as grandezas do item (a) se R = 1 kQ, L = 10 mH e C = 100 µF.
Vout 1 1
I
~ = ✓(IIR 2 )+(wC-l/wL) 2
A característica de transferência é um máximo na freqüência de ressonância
1
0)0 = JLC (14.42)
e nessa freqüência
~
V 1
=R (14.43)
I J in max
1 1 1
0J HI =---+ 2 +- (14.45)
2RC (2RC) LC
Subtraindo-se essas duas freqüências de meia potência, tem-se a largura de faixa
BW = O) HI - OJ LO
1 (14.46)
RC
Portanto, o fator de qualidade é
(14.47)
Usando-se as equações 14.42, 14.46 e 14.47, podemos escrever as Equações 14.44 e 14.45 como
w =w -
-1+ ~
--+1 ] (14.48)
LO O [ 2Q (2Q)2
w =w -1+ ~
- - +]1 (14.49)
Hl O [ 2Q (2Q)2
Cap. 14 Resposta em freqü ência 595
= 995rad / s
e
w HI = 1.005 rad / s
Logo, a largura de faixa é
BW = wH, - wL0 = lOrad/s
e
Q = 10 3✓10-4
10 - 2
= 100 •
Exercícios
E14.16 Um circuito RLC em paralelo possui os seguintes parâmetros: R: 2 kQ, L = 20 mH e C = 150 µF . Deter-
mine a freqüência de ressonância, o Q, e a largura de faixa do circuito.
Resp.: w 0 = 577 rad/s, Q = 173 e BW = 3,33 rad/s .
E14.17 Um circuito RLC em paralelo possui os seguintes parâmetros: R: 6 kQ, BW: 1.000 rad/s e Q = 120.
Determine os valores de L , C e w 0 .
Resp.: L = 417 ,5 µH, C = 0,167 µF e w 0 : 119,760 rad/s.
Exemplo 14.14
Um rádio estéreo está ajustado para 98 MHz na faixa FM. O botão de ajuste controla um capacitor variável
em um circuito paralelo ressonante. Se a indutância do circuito for O, 1 µH e Q = 120, determine os valores de
Ce G.
Usando-se a expressão para a freqüência de ressonância, obtemos
= - - - - - --
6 2
- --~
6
(2n X 98 X 10 ) (0 J X 10- )
= 26,4 pF
A condutância é
1
C=--
w 0LQ
1
= - -- - - --
6 2
--7 - -
(2n X 98 X 10 ) (10- )(120)
= 135 µS •
/
Exemplo 14.15
Considerando-se os dados do Exemplo 14.14, suponhamos que outra estação de rádio FM na vizinhança este-
ja transmitindo a 98, 1 MHz. Vamos determinar o valor relativo da tensão sobre o circuito ressonante nessa
freqüência comparado ao 98 MHz, assumindo-se que a corrente produzida por ambos os sinais tem a mesma
amplitude.
Na freqüência de ressonância de 98 MHz, a tensão sobre o circuito é
V = _!_ = I = 7.4071
y (135)(10- 6 )
Na 98,1 MHz, a tensão é
V= I
.Ja + (wC -
2
1/wL) 2
onde
G = 135µS
wC = (2.n X 98,1 X 10 6 )(26,4 X 10- 12 ) = 16.272 X 10- 6
S
6
wL = (2.n X 98,1 X 10 )(10 - 7
) = 61,6381 Q
e portanto
_l_ = 16.224 X 10 - 6
S
wL
Dessa forma
V = - - I- - = 6.9791
(14.650)(10- 6 )
Essa análise indica que a magnitude da tensão sobre o circuito ressonante produzida pelo sinal 98
MHz é quase idêntica à produzida pelo sinal 98, 1 MHz. Portanto, a rede não é muito seletiva. •
De um modo geral, a resistência do enrolamento de um indutor não pode ser ignorada, e dessa ma-
neira um circuito em paralelo ressonante mais prático é mostrado na Figura 14.23. A admitãncia de entrada
do circuito é
1
Y(jw) = jwC + .
R + 1wL
. R - jwL
=: ]WC+ 2 2 2
R +w L
(14.50)
14.16
Dado o circuito tanque da Figura 14.24, vamos determinar w 0 e Wr para R = 50 Q eR = 5 Q.
Usando-se os valores dos parâmetros da rede, obtemos
1
ú) o fie
1
6
_}co,05)(5)(10- )
= 2.000 rad / s
= 318,3 Hz
Se R = 50 Q, então
w,=~
2
1 ( 50 )
(O ,05)( 5)(10 - 6 ) O,05
= l.732rad / s
= 275,7Hz
+
50mH
5/_S!_ A i 5µF Va
R
Se R = 5 Q, então
2
ú) 1 ( 5 )
r
(O ,05)( 5)(10 - 6 ) O,05
= 1.997 rad / s
= 317,9Hz
em fre-
Repare que quando R • O, wr • w0 . Esse fato é também ilustrado nas curvas de resposta
qüência na Figura 14.25a e b, onde temos traçado IV O I versus freqüênc ia para R = 50 Q e R = 5 Q, respecti-
Ili
vamente.
a respeito de ressonân cia e os diagrama s de Bode
Vamos agora tentar relacionar o assunto exposto
que apresentamos anteriormente. A admitância para o circuito ressonante em série é
Y(jw) = l
R + jwL + 1/ jwC (14.51)
jwC
=--------
(jw)2 LC + jwCR + l
598 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 14
IV) (kV)
1,2
0,8
0,6
Freqüência (Hz)
(a) R = 50 n
IV,l(kV)
12
10
º~-~--~
240
-----'~- ~--~-~- -~--~-~
220 260 280 300 320 340 360 380 400
Freqüência (Hz)
(b) R=5n
Figura 14.25 Curvas de resposta em freqüência para o Exemplo 14.16.
(jw)2 + 2,w j +
(JJ 2
1 (14.52)
(JJ
o o
Cap. 14 Resposta em freqüê ncia 599
Se compararmos agora essa forma do fator quadr ático
com o denom inado r de Y(jw), achamos que
1
(1) 2 =-
º LC
3f_ = CR
(1) o
e portanto
e dessa forma
1
Q= -
n (14.53)
Para ilustrar o significado dessa equação, considere
o diagrama de Bode para a função Y(jw ). O dia-
grama possui uma inclinação inicial de +20 dB/década
devido ao zero na origem. Se,> 1, os pólos repre
tados pelo fator quadr ático no denominador serão sen-
responsáveis pela atenuação em altas freqüências
inclinação da característica será -20 dB/década. onde a
Repare da Equa ção 14.53 que se , > 1, o Q do circui
muito pequeno. No entanto, se O <, < 1, a respo to é
sta em freqü ência terá um pico como mostr ado na
14.6a, e o formato do pico será controlado por,. Se, Figur a
for muito pequeno, o pico da respo sta em freqü ência
muito estreito, o Q do circuito é muito grande e o circui é
to é muito seletivo na filtragem do sinal de entrada.
Equação 14.53 junta mente com a Figur a 14.17 ilustr A
am as conexões entre a respo sta em freqü ência , o
de uma rede. Q e o,
R' • KM R
L'-+ K L
M (14.54)
C' • 5__
KM
uma vez que
1 1
-!Lc = -✓;=K=M=L=C=l=K=A=1 = (1) O
e Q' é
_.t- •. , / , '
600 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 14
L'=_!::_
KF
Usando-se uma argumentação semelhante, achamos que
C' =s_
KF
Portanto, para se mudar a escala por freqüência de um fator KF,
R' • R
, L
L •- (14.55)
KF
C' • -
e
KF
Note que
e portanto
Dessa forma, a freqüência de ressonância e a largura de faixa são afetadas pela mudança de escala.
Exemplo 14.17
Se os valores dos parâmetros do circuito da Figura 14.23 forem R = 2 Q, L = 1 H e C = ½ F, vamos deter-
minar os valores dos elementos, caso o circuito seja mudado de escala por magnitude de um fator KM= 10 2 e
mudado de escala por freqüência de um fator KF = 106.
A mudança de escala por magnitude produz
R' = 2K M = 200Q
L'=(l)KM =lOOH
SOCIESC
Biblioteca
Cap. 14 Resposta em freqüência 601
R" = 200Q
L" = lOO = lOOµH
KF
Exercício
E14.18 Uma rede RLC possui os seguintes parâmetros: R = 10 Q , L = 1 H e C = 2 F. Detennine os valores dos
elementos do circuito, caso o circuito seja mudado de escala por magnitude de um fator de 100 e muda-
do de escala por um fator de 10.000 .
Resp.: R = 1 kQ, L = 10 mH e C = 2 µF .
Exemplo 14.18
Vamos examinar a rede da Figura 14.26a, que está preparada para análise PSPICE. Desejamos escrever o pro-
grama PSPICE que trace o gráfico para a tensão de saída usando 20 pontos sobre o intervalo de freqüência de
100 a 200 Hz.
0
+
Vo (V)
100
. ···..
90
80
.: ·...
70 . .: . ~
.
60 ...· ··..
(b)
Figura 14.26 Análise PSPICE de um circuito RLC em série.
•
602 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 14
0 0
C1= IOµF
C2 = IOµF
0
+
v1 50/.!lV
LI= l H Lz=lmH
11
RI= 1000.
l 10/.!l A
©
Figura 14.27 Rede utilizada no Exemplo 14.19.
O programa PSPICE está listado abaixo.
EXAMPLE 14 .19
*INDEPENDENT VO LTAGE SOURCE
Vl 1 O AC 50 O
*INDEPENDENT CURRENT SOURCE
Il O 3 AC 10 O
*RES ITOR VALUES
Rl 3 O 100
R2 1 2 5 0
*CAPAC ITOR VALUES
Cl 1 2 lOU
C2 2 3 lOU
*INDUCTOR VALUES
Ll 2 O 1
L2 3 O lM
.AC DEC 5 1 l0MEG
.• PROBE
.END
O gráfico da resposta em freqüência é mostrado na Figura 14.28. Note que apesar de a rede exibir
uma freqüência de ressonância dominante, a resposta em freqüência tem mais de um máximo por causa dos
diversos capacitores e indutores. •
Cap. 14 Resposta em freqüência 603
V 0 (V)
240
200
160
120
80
40
o
10° 10' 10' 103 10' 10' 10' 10' 108
Freqüência (Hz)
Figura 14.28 Gráfico de resposta em freqüência para a rede do Exemplo
14.19.
Exercícios
E14.19 Escreva um programa PSPICE que trace a resposta em freqüência da tensão
V e na rede da Figura E14.19
sobre um intervalo de freqüência de 100 a 1.000 Hz usando 50 pontos.
f :,
1000
100~ V• ~IOµF
Figura E14.19
Resp.:
Yc(V)
504 J (Hz)
E14.20 Escreva um programa PSPICE que trace a resposta em freqüência de V
O
na rede da Figura El4.20 usando
1O pontos por década sobre um intervalo de lOHz a 10 kHz.
Figura E14.20
604 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 14
Resp.:
E14.21 Escreva um programa PSPICE que trace a tensão sobre o resistor de 1 Q na rede da Figura El 4.21 usando
2 pontos por oitava sobre um intervalo de 1 Hz a 400 kHz.
lmH
lQ
lµF
l0LQ'.' A t lOOkQ 50
Figura E14.21
Resp.:
V(V)
10 ··············································:.::;····-····...
·· .,......------
0,1
2.048 f(Hz)
14.6 Filtros
Filtros Passivos
Um filtro é geralmente projetado para passar sinais dentro de um intervalo específico de freqüência e rejeitar
ou atenuar sinais cujo espectro de freqüência está fora dessa faixa aceitável. Os filtros mais comuns são os
filtros passa-baixas, que passam baixas freqüências e rejeitam altas freqüências; filtros passa-altas, que pas-
sam altas freqüências e bloqueiam as baixas; filtros passa-faixa, que passam alguma faixa de freqüência em
particular e rejeitam todas as freqüências fora do intervalo; e filtros rejeita-faixa, que são especificamente
projetados para rejeitar uma faixa em particular e passar todas as outras freqüências.
A característica ideal de freqüência para um filtro passa-baixas é mostrada na Figura 14.29a. Uma
característica típica ou fisicamente realizável é também mostrada. Idealmente falando, gostaríamos que o fil-
tro passa-baixas deixasse passar todas as freqüências para alguma freqüência w 0 e não passasse nenhuma fre-
Cap. 14 Resposta em freqüên cia 605
qüência acima de tal valor; no entanto, não é possível projetar tal filtro com elementos lineares de circuito.
Desse modo, devemos nos contentar com filtros que têm respostas em freqüência que não são ideais.
Um filtro passa-baixas simples é mostrado na Figura 14.29b. O ganho de tensão para a rede é
1
Gv(jw) - l + jwRC (14.56)
e a característica de fase é
</J(w) = - tan- 1
wr (14.59)
Note que na freqüência de corte, w = llr e a amplitude é
(14.60)
e a fase é
-•
606 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 14
Gv (jw)
~ Resposta ideal
1----.,,,..-'------,
1 .....................•••·••••••••••
.fi. •·•••. , - Resposta típica
···•.....
··•......
o w
(a)
(b)
-20
Função
arcotangente
o
-45
-90
Características de amplitude ideal e típica para filtros passa-faixa e rejeita-faixa são mostradas na
Figura 14.31a e b, respectivamente. Redes simples que são capazes de reproduzir as características típicas de cada
filtro são mostradas abaixo das respectivas características na Figura 14.3 lc e d. w 0 é a freqüência de centro
da faixa de passagem ou atenuação e a freqüência em que a amplitude máxima ou mínima ocorrem. wLO e
wHI são, respectivamente, as freqüências de corte mais baixas e mais altas, onde a amplitude é l/✓ 2 de seu
valor máximo. A largura da faixa de passagem ou de atenuação é chamada de largura de faixa , e desse modo
BW = ú) Hl - ú) LO (14.64)
Cap. 14 Resposta em freqüência
-
607
Gv (jw)
1
1
Resposta ........................ ..•••
fi. •••• ••·· ····· ·
típica "- •• / Resposta
'\,. ••• ideal
············
o
w
(a)
(b)
$ -20
~ ,;;;-
o ::,
ê
c::i !9"'
~
"
+90
+45
o
1--
Figura 14.30 Filtro pa
ssa-altas e suas caract
Um a década
erísticas de freqüência
.
-..j
w (escala logaritmica) -
Para ilustrar tais pontos,
vamos considerar o filtro
pa ssa -fa ixa . A função de
transferência é
. R
G v(j w) = R = j(w L -1
/w C)
e, portanto, a amplitude
é
M( w )= r= = RC w
=====
,J(RC w ) 2 + (w 2 LC -= = 2
1)
Nas baixas freqüências
w RC
M( w) = - =O
1
608 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 14
Gv (jw) Gv (jw)
(a) (b)
(e) (d)
Gv (jw)
1
fi
(e)
w 2 - -R w- w 2 =O
L o
Resolvendo essa expressão para a>m
, obtém-se
+{R I L) + ✓-(R_/_L_)2_+_4_w_
~
Q)
HI
= 2
Portanto, a largura de faixa do filtro
é
R
BW = Q) HI - Q) LO =L
Exemplo 14.20
Considere a rede da Figu ra 14.32a, que
é um filtro passa-baixas preparado para
ver um programa PSPICE para traçar análise PSPICE. Vamos escre-
a tensão de saída usando 10 pontos
qüência de 1 Hz a 1 kHz. por década sobre o intervalo de fre-
0 2k.Q
0
SµF
(a)
VM(2 ) (V)
i'.~ ""••··············•...
1,4
..
·······..........
1,0
0,6
··...
·•.
0,2 .........
10 100 f(Hz )
(b)
Figura 14.32 Análise PSPICE de um filtro passa-baixas.
O programa está listado abaixo.
EXAMPLE 14. 2 0
Vl 1 o AC 2 o
R 1 2 2K
c 2 o SUF
.AC DEC 10 1 100 0
.PROBE
.END
O gráfico de saíd a do programa é mos
trado na Figura 14.32b.
•
610 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 14
Exercícios -------------------------
E14.22 Dado o filtro mostrado na Figura E14.22, esboce a curva da magnitude do diagrama de Bode para
Gy(jw).
o--~w.,~-1------<o
lükn
O>---------
.....
I_2_0_µ_F---<O
Figura E14.22
Resp.:
lMI (dB)
-20 dB/década
5 w (rad/s)
E14.23 Dado o filtro mostrado na Figura E14.23, esboce a curva da magnitude do diagrama de Bode para
Gy(jw).
O>-----f 1---------0
20µF
25kn
Figura E14.23
Resp.:
lMI (dB)
o················~
/+20. dB/década
2 w (rad/s)
E14.24 Um filtro passa-faixa é mostrado na Figura E14.24. Esboce a curva da magnitude do diagrama de Bode
para Gy(jw ).
lµF
~1-------u
1 kn
Figura E14.24
Resp.:
Cap. 14 Resposta em freqüência 611
IMI (dB)
o ....•··········/1
~OdB/década
1
618
! !
1.000 1.618 w (rad/s)
Ativos
Na seção anterior, vimos que as maiores classes de filtros (passa-baixas, passa-altas, passa-faixa e rejeita-fai-
xa) são realizáveis com elementos passivos de circuito. No entanto, filtros passivos possuem sérias desvan-
tagens. Um problema óbvio é a impossibilidade de se gerar uma rede com um ganho> 1, uma vez que uma
rede passiva não pode adicionar energia a um sinal. Outra desvantagem séria dos filtros passivos é a necessi-
dade em várias topologias por indutores que são geralmente caros e normalmente não têm boa precisão.
Além disso, indutores normalmente vêm em formatos tais como toróides, bobinas, núcleos em E etc. que não
são de fácil manuseio para as máquinas montadoras de placas de circuitos impressos. Aplicando-se amplifi-
cadores operacionais em circuitos lineares realimentados, podem ser implementados todos os tipos básicos
de filtros utilizando somente resistores, capacitores e os próprios amp-op's. As únicas exceções são as apli-
cações que envolvem altíssimas freqüências e/ou alta potência.
Os circuitos equivalentes para os amplificadores operacionais derivados no Capítulo 3 são também
válidos em regime permanente senoidal, quando substituímos os resistores por impedâncias. Os circuitos
equivalentes para circuitos amp-op básicos inversores e não-inversores são mostrados na Figura 14.33a e b,
respectivamente. Características particulares de filtros são obtidas selecionando-se cuidadosamente as impe-
dâncias Z 1 e Z 2 .
+ +
-= -=
(a)
+ 0----0
+ + +
-=
-= -=
(b)
14.33 Circuitos equivalentes para circuitos amplificadores operacionais (a) inversor e (b) não-inver-
sor.
612 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 14
Exemplo 14.21
Vamos determinar as características do filtro mostrado na Figura 14.34.
R,
+
+
-=-
Figura 14.34 Filtro com amplificador operacional.
As impedâncias, como ilustradas na Figura 14.33ª, são
Z1 = R1
e
R JjwC R
z2 = - -2- - - = - - -2- -
R2 + II jwC jwR 2C +I
Portanto, o ganho de tensão da rede é
V (jw) -R IR
G (. ) º = __ 2_ _1_
v JW = vi (1'w) . R2C
JW +I
Note que a função de transferência é aquela do filtro passa-baixas. •
Exercício
E14.25 Use o PSPICE para gerar o diagrama de Bode para a rede da Figura 14.34 sobre o intervalo de freqüência
de 100 Hz a 10 kHz. Os valores dos parâmetros são R 1 = 500 Q, R 2 = 1 kQ e c 1 = 0,1 µF, e os parâme-
tros do amp-op são Ri = oo, R 0 = O e A = 105. Além disso, determine a freqüência de corte.
Resp.:
V 0 (dB)
Exemplo 14.22
Mostraremos que a característica da amplitude para o filtro da Figura 14.35a é como mostrada na Figura
14.35b.
Comparando essa rede com a da Figura 14.33b, vemos que
1
Cap. 14 Resposta em freqü ência 613
e
R
z2 = jwRC + I
2
+
+
7 R
V1
o
Te!
---------------<O
C2
7
(a)
w :l. w=l. w
'1 'z
(b)
cuito com amplificador operacional e sua característica de amplitude.
Figura 14.35 Cir_
Portanto, o ganho de tensão para a rede em função da freqüência é
V(jw) Rj (JwRC 2 +1)
Gv(jw) = v : (jw) = 1 + 1/ JwCI
jw(RC 1 +RC 2 ) +1
= jwRC 2 +1
jwr 1 +1
= jwr 2 +1
onde r1 =R(C 1 + C2) e r2 =RC2. Uma vez que r1 > r2, o diagrama de amplitude é conforme mostrado na Fi-
gura 14.35b. Note que, em baixas freqüências, o filtro tem um ganho de 1; no entanto, as altas freqüências
são amplificadas. O nível de amplificação é determinado por meio dos parâmetros do circuito. •
Exercício
E14.26 Dado o filtro mostrado na Figura E14.26, determine a função de transferência Gy(jw), esboce a curva
de ganho do diagrama de Bode para Gy(jw) e identifique as características do filtro.
Rz
e
~--
Figura E14.26
614 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 14
-jwCR
Resp.: Gv(jw) = 1 + jwC;1 ;
Este é um filtro passa-altas.
lMI dB
~ 201og 10 CR2
✓+20 dB/década
1 w(rad/s)
w=-
R1C
Todos os circuitos considerados até aqui nesta seção foram de primeira ordem. Em outras palavras,
todos eles tinham não mais que um pólo e/ou zero. Em muitas aplicações, é desejável gerar um circuito com
mais seletividade de freqüência maior do que circuitos de primeira ordem. O próximo passo é considerar a
classe de filtros de segunda ordem. Na maioria das aplicações de filtros ativos, se uma ordem acima de dois é
desejada, normalmente dois ou mais filtros ativos são conectados em série de forma a resultar na resposta de-
sejada. Isto é feito porque filtros de primeira e segunda ordem são de fácil entendimento e simples de imple-
mentar com os amp-op's.
Em geral, filtros de segunda ordem terão uma função de transferência com um denominador con-
tendo pólos quadráticos da forma s 2 + As + B. Para circuitos passa-altas e passa-baixas, B = w e2 e A = ~w e·
Para esses circuitos, wc é a freqüência de corte e, é o quociente de amortecimento já discutido anterior-
mente. Usando o operador de saída VDB com a porção da análise ac do PSPICE, pode-se facilmente deter-
minar a freqüência de corte determinando-se o deslocamento apropriado na resposta de ganho.
Para circuitos passa-faixa, B = wa2 e A = wofQ, onde w0 é a freqüência de centro e Q é o fator de
qualidade para o circuito. Repare que Q = 112,. Q é uma medida de seletividade desses circuitos. A largura
de faixa é wofQ, como mencionado anteriormente.
A função de transferência do filtro ativo passa-baixas de segunda ordem pode geralmente ser escri-
ta como
H w2
H(s) = 2
o e (14.65)
s +2,w e s + w e2
onde Ho é o ganho de. Um circuito que exibe essa função de transferência é ilustrado na Figura 14.36, e tem
a seguinte função de transferência:
(14.66)
+
+
14,23
e o ganho de Ho para a rede da
Desejam os determinar o quocien te de amortecimento, a freqüência de corte,
Figura 14.36 caso R1 = R2 = R3 = 5 kQ e C1 = C2 = 0,1 µF;
Comparando-se as equações 14.65 e 14.66, achamos que
1
e portanto
,=-lf--(l 1 1) IRR
2 C
1
1
-
R
+R- +R-
1 2 3
-V"z"3
'= 1,5
e
Ho = -1 •
Exemp lo 14.24
quocientes de amortec imento de
Desejamos variar os capacitores C 1 e C2 do Exemplo 14.23 para consegu ir
1,0; 0,75; 0,50 e 0,25 enquanto Wc é mantida constante em 200 rad/s.
que wc permane ça
Como mostrado na equação da freqüência de corte no Exempl o 14.23, para
se os valores de capacitân-
constante em 200 rad/s, o produto de C 1 e C2 deve permane cer constante. Usando-
cia do Exemplo 14.23, tem-se
e e = (10)- 14
1 2
ou
(10)-14
e= --
e 2
1
tem-se
Substituindo-se essa expressão na equação para o quocien te de amortecimento,
S~ ~;[½(;, + ;, + ;J],/R,R,
(0,15)(10- 6 )
=
ou
(0,15)(10- 6 )
cl = '
são 0,15; 0,20; 0,30 e
Portanto, para,= 1,0; 0,75; 0,50 e 0,25, os valores correspo ndentes para C1
de C são 67, 50, 33 e 17 nF,
0,6 µF, respectivamente. Os valores de C2 que correspondem a esses valores 1
•
respectivamente.
616 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 14
Esse exemplo ilustra que podemos ajustar os parâmetros da rede para conseguir uma resposta tran-
siente específica enquanto mantemos a freqüência de corte do filtro constante. Na verdade, como regra geral
projetamos filtros com características específicas por meio de manipulação apropriada dos parâmetros da
rede.
Exemplo 14.25
Usaremos agora PSPICE para demonstrar que a resposta transiente de circuitos gerados no Exemplo 14.24
exibirá sobre-sinal e oscilações quando t diminui. Aplicaremos um degrau de - 1 V na entrada da rede e em-
pregaremos o modelo amp-op com Ri =oo Q, R 0 = O Q e A= 105 .
O programa PSPICE a seguir produzirá a resposta transiente para os quatro casos de amortecimento.
Os valores para C 1 e C2 são dados para um quociente de amortecimento de 0,5.
TRANSIENT RESPONSE FOR EXAMPLE 14.24
Rl 1 2 SK
R2 2 3 SK
R3 2 4 SK
*Change these two va lues to set t
Cl 2 O 2. 3UF
C2 3 4 33NF
VIN 1 O PWL(0 O lMS O 1.00lMS -lV S0MS -lV)
*Op=Amp dependent generator A=lES
EOUT 4 O 3 O -1 ES
. TRAN O. 2MS l0MS
.PROBE
.END
Os resultados são mostrados na Figura 14.37. As curvas indicam que um t = 0,75 poderia ser um
valor de compromisso razoável entre velocidade de resposta e sobre-sinal mínimo.
V 00 , (V)
2,0
1,5 0,25
1,0
0,5
o
o 2 4 6 8 10 12
t(ms)
Figura 14.37 Análise transiente do Exemplo 14.24.
•
Cap. 14 Resposta em freqüência 617
Exercício
E14.27 Certifique-se que a Equação 14.66 é de fato a função de transferência para a rede da Figura 14.36.
.ENDS <SUBNAM>
onde SUBNAM é o nome do subcircuito e N 1, N2, N3, ... são os nós usados para conectar o subcircuito à
rede . O comando .ENDS <SUBNAM> é o último comando no subcircuito, e <SUBNAM> é necessário
somente quando subcircuitos estão aninhados . Os elementos que definem os subcircuitos são listados entre
os comandos .SUBCKT e .ENDS.
Subcircuitos são chamados pelo comando
XYYYYYYY N1 < N2 N, · · · > SUBNAM
onde N 1, N2, N3, ... definem os nós na rede à qual o subcircuito está conectado. Note que os nós referenciados
no comando .SUBCKT não são necessariamente numerados como aqueles definidos na chamada do subcir-
cuito. Ao contrário dos nós locais usados para definir o subcircuito, os nós usados no subcircuito são glo-
bais, exceto em casos onde os subcircuitos estão aninhados. O nó de referência é sempre global e não precisa
ser definido no comando .SUBCKT.
Exemplo 14.26
Um filtro passa-baixas é mostrado na Figura 14.38a. Vamos usar o PSPICE para traçar a resposta em freqüên-
cia do filtro em um intervalo de 1 a 10.000 Hz usando 10 pontos por década.
Usaremos um subcircuito para definir o amp-op usando o modelo mostrado na Figura 14.38b. Os
nós locais usados para o subcircuito são também mostrados na Figura 14.38b. Os nós globais usados para a
rede original são mostrados na Figura 14.38a. O programa PSPICE usado para traçar a resposta em freqüência
está listado abaixo.
EXAMPLE 14.26
vs 1 o AC 12 o
Rl 1 2 100
R2 2 3 100
R3 5 o 5K
R4 4 5 50K
Cl 2 3 l0U
C2 3 o l0U
Xl 3 5 4 OPAM P
*ANALY SIS
.AC DE C 10 1 l0K
.PROBE
* OPAMP SUBCIRCUIT
. SUBCKT OPAM P 1 2 4
.
618 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 14
RIN 1 2 500K
ROUT 3 4 100
EOUT 3 o 1 2 1E7
.ENDS
*
.END •
e,
IOµF
(D R, R2 @
©
100n @ 100n
+
+ C2 -=-
R•
IOµF © 50kn
R1 5kn
@
(a)
@ Rou,
0 ©
0-
3,ooillm
lOOQ
IO'Vx
-=-
(b)
Figura 14.38 Circuitos usados no Exemplo 14.26: (a) filtro passa-baixas; (b) subcircuito amp-op.
Exemplo 14.27
Um filtro passa-altas é mostrado na Figura 14.40a. Vamos usar PSPICE para traçar a resposta em freqüência
do filtro em um intervalo de 1 a 100 kHz usando 1O pontos por década.
O subcircuito para o amp-op é mostrado na Figura 14.40b, e o programa PSPICE usado para traçar a
resposta em freqüência está listado a seguir.
EXAMPLE 14.27
vs 1 o AC 12 o
Rl 1 2 100
R2 2 3 100
R3 2 5 100
R4 4 5 100
Cl 2 3 sou
C2 3 4 l00U
Xl 2 3 OPAMP
X2 4 5 OPAMP
*ANALYSIS
.AC DEC 10 1 100K
.PROBE
* OPAMP
Cap. 14 Resposta em freqüência 619
. SUBCKT OPAMP 1 3
RIN 1 O 500K
ROUT 2 3 100
EOUT 2 O 1 0-1E7
.ENDS
*
.END
160
Freqüência (Hz)
14.39 Resposta em freqüência da rede do Exemplo 14.26.
100!.1
100!.1
0 100!.1
©
0
-=-
_t
-=- -=- -=-
(a)
0 0
\ ~n 500kQ
-=-
(b)
Figura 14.40 Circuitos usados no Exemplo 14.27: (a) filtro passa-baixas; (b) subcircuito amp-op.
Yo(VJ
24
20
16
12
101 10'
Freqüência (Hz)
Figura 14.41 Resposta em freqüência da rede do Exemplo 14.27.
Cap. 14 Resposta em freqüência 621
j_
14.42 Filtro passa-faixa de segunda ordem.
Uma implementação de um filtro passa-faixa é mostrada na Figura 14.42. A função de transferên-
cia para essa rede é
V 0 (s)
(14.70)
V s (s)
s2 +(~J-+_l_)s+ l+R1/R3
R2CI R2C2 RIR2CIC2
Comparando essa expressão com uma expressão mais geral para o filtro passa-faixa, produz-se as
seguintes definições:
Q R2CIC2
(14.71)
c1 +c2
(l+Rl/R3)1/2
-w º
úJ
o
o
R2CIC2
c1 + c2 R1R2c1c2
Essas expressões podem ser simplificadas para se ter
112 112
(1 +R /R ) (R C )
(14.72)
Q= 1+~ 1 / ~ 2 R~C~
BW = ~ = _l
Q R2
(-1 + _l_l
c1 c2
(14.73)
Vo
(14.74)
VS w=wo
Exemplo 14.28
Desejamos achar uma nova expressão para as equações 14.71 a 14.74 sob a condição que C, = C = C.
2
Usando-se tal condição, as equações se reduzem a
2
BW=-
C
622 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 14
•
Exemplo 14.29
Vamos usar as equações do Exemplo 14.28 para projetar um filtro passa-faixa da forma mostrada na Figura
14.42 com um BW = 2.000 rad/s, (V jVJ(w 0) = -5 e Q = 3. Utilize C = O, 1 µF e determine a freqüência de
centro do filtro .
Usando-se as equações do filtro, temos que
BW = - 2-
R2C
2
2.000 =R (10)- 7
2
R2 = lOkQ
:º(w )= -:~
S
0
, 1
-5 = _ 10.000
2R I
RI = 1kQ
e
Q=-
l~R
2
_2
RI
1+-1
R3
3_-
1-✓10.000~1.000
-- +--
2 1.000 R3
ou
R 3 = 385 Q
Portanto, R 1 = 1 kQ, R 2 = 10 kQ, R 3 = 385 Q e C = 0,1 µF definem por completo o filtro pas-
sa-faixa mostrado na Figura 14.42. A freqüência de centro do filtro é
l+R1 / R3
(JJ = -1
º e R1R 2
1 1 + (l.000/ 385)
= 10- 1 (1.000)(10.000)
= 6.000 rad / s •
Exemplo 14.30
Desejamos usar o PSPICE para traçar o diagrama de Bode para o filtro projetado no Exemplo 14.29. Emprega-
remos o modelo de amp-op, em que R 1 = oo, R = O e A = 105 • Desejamos investigar o intervalo de freqüência
0
C2 2 3 0.lUF
R2 3 4 l 0K
R3 2 O 3 85
El 4 O O 3 1E5
.AC DEC 30 600 60K
.PROBE
.END
O diagrama de Bode é mostrado na Figura 14.43b. Como pode ser visto a partir do diagrama, a fre-
qüência de centro é 6 krad/s e BW = 2 krad/s.
Exercício
E14.28 Verifique se a Equação 14.70 é a função de transferência para o filtro passa-faixa da Figura 14.42.
C1
CD R1 <D C2 0
1 kil
O,lµF +
©
-=-
(a)
V 001 (dB)
20
LO
-LO
- 20
10' 10' . 10· 10' w(rad/s)
(b)
Figura 14.43 Figuras empregadas no Exemplo 14.30: (a) circuito equivalente de filtro de passa-faixa; (b) dia-
grama de Bode.
É conveniente examinar as limitações da resposta em freqüência de um amp-op. Até agora, nossa
modelagem do amp-op tem se limitado a ganho finito, resistência de entrada e resistência de saída. O leitor
deve ter notado que esse modelo tem resposta em freqüência infinita (ou seja, não há pólos ou zeros). Deve-
ríamos ser céticos com relação a sistemas físicos reais com resposta em freqüência infinita. É claro que
amplificadores operacionais reais têm uma resposta em freqüência finita, e seu ganho é mais realístico repre-
sentado como
•
624 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 14
Valores típicos parafp estão no intervalo de 5 a 30 Hz. Esses dados nos incitam a perguntar se um
pólo de baixa freqüência não limita seriamente a utilidade do amplificador. O exemplo a seguir vai ilustrar
que a resposta em freqüência é, na realidade, limitada pelo fator conhecido como produto de ganho pela lar-
gura de faixa, GBW, que para um amp-op de pólo único é GBW = Aofp•
Exemplo 14.31
Considere o circuito amp-op buffer de ganho unitário mostrado na Figura 14.44a. O circuito equivalente para
o amplificador é mostrado na Figura 14.44b, onde temos assegurado que Ri= oo, R 0 = O e A= Aj[l + j(flfp)].
A LKT produz
ou
(A+ l)V, =V 5
1
(a)
+
v,
+
+
AV,
(b)
Yo
Ys
lr------
1
✓2 .................................................
o A.f,, f(Hz)
(e)
Figura 14.44 Figuras usadas no Exemplo 14.31: (a) amplificador buffer; (b) circuito equivalente do amplifi-
cador buffer; (c) resposta em freqüência do amplificador buffer com ganho unitário.
Cap. 14 Resposta em freqüência 625
Entretanto,
V
e portanto
Substituindo A, tem-se
V A o//[I + j(f//f p )]
1+A 0
/[1 + J(f/fp)]
Ao
Assim, em baixas freqüências, VjVs = 1 e, em freqüências muito altas, (f » Aofi), o ganho é V /Vs
= 1/j(flfv4 = - j(AJ'p / f). Portanto, o amp-op parece um filtro passa-baixas com freqüência de corte igual a
0
)
0
Rº
V-
R +
R, v,
+
+
Av, cr-v, +
vP
Vo
V+ 1_
-=- -=- -=- -=-
Figura 14.45 Circuito equivalente amp-op de pólo único.
Exemplo 14.32
Dado o filtro passa-altas mostrado na Figura El4.26 com R, = 1 kQ, R = 10 kQ e C = 1,59 nF, desejamos
2
determinar a freqüência de corte .f, e usar o PSPICE para gerar o diagrama de Bode para os modelos simples e
de pólo único. Vamos usar A= (2)10 , R, = oo e R,, = O para o modelo amp-op simples. Para o modelo de pólo
5
Portanto
1
626 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 14
ou
1
2nR 1C
1
=--------
2n(l O) 3 (1,59)(10)- 9
= lO0kHz
O circuito equivalente PSPICE para o filtro usando o modelo amp-op simples é mostrado na Figura
14.46a. Um programa PSPICE, que produz um diagrama de Bode no intervalo de freqüência de 1 kHz a 1
MHz usando 20 pontos por década, está listado a seguir.
HIGH-PASS FILTER WITH SIMPLE OP-AMP MODEL
VIN 1 O AC 1 O
Rl 1 2 lK
Cl 2 3 l.59NF
R2 3 4 l0K
El 4 o o 3 2E5
.AC DEC 20 lK 1000K
.PROBE
.END
O circuito equivalente PSPICE para o filtro com o modelo amp-op de pólo único é mostrado na Fi-
gura 14.46b, onde usamos Rp= 100 kQ e Cp 1= 318,3 nF para satisfazer a condição fp = 5 Hz. O programa
PSPICE que gera o diagrama de Bode para essa rede está listado abaixo.
(D R2
©
1 kQ +
1,59 nF
+ 5
Vs 1/st_V vx 2 X 10 Vx Vo
+ @
-=-
(a)
e,
(D R,
0 0 R, ©
lkQ
• 1
lOkQ +
1,59 nF
+
© Rpl ©
v,1 +
Vs 1/st_ V v,, Vo
+
Cpl V,
- 2
@
(b)
Figura 14.46 Circuitos usados no Exemplo 14.32: (a) filtro passa-altas com modelo amp-op simples; (b) filtro
passa-altas com modelo amp-op de pólo único.
Cap. 14 Resposta em freqü ência 627
Os diagramas de Bode para o filtro com ambos os modelos do amp-op são mostrados na Figura
14.47. Note que o amp-op com um pólo interno único atenua as altas freqüências, resultando numa resposta
em freqüência composta semelhante àquela do filtro passa-faixa. •
V0 (dB)
30
20
10
o
/
Pólo interno único
-10
-20
10' 104
Freqüência (Hz)
Figura 14.47 Diagramas de Bode para um filtro passa-altas usando diferentes modelos amp-op.
14.7 Resumo
Examinamos neste capítulo a resposta em freqüência de redes. A função de transferência foi introduzida e a
resposta em freqüência da rede foi analisada usando-se pólo-zero e diagramas de Bode. Esses diagramas são
muito importantes porque indicam o comportamento da rede em função da freqüência.
Circuitos ressonantes foram apresentados e discutidos. Na ressonância, a tensão de saída e a cor-
rente de uma rede estão em fase e o fator de potência é unitário. Largura de faixa, freqüência de meia-potên-
cia e fator de qualidade para circuitos ressonantes foram introduzidos e a mudança de escala foi apresentada
como um apoio ao projeto de redes com valores práticos dos elementos de circuito.
Filtros passivos e ativos foram introduzidos. Filtros passa-baixas, passa-altas, passa-faixa e rejei-
ta-faixa foram examinados. Procedimentos para análise e projeto de filtros ativos foram apresentados e dis-
cutidos.
Finalmente, o PSPICE foi usado para analisar filtros e traçar sua resposta em freqüência e resposta
transiente.
Pontos-Chave
• Existem quatro funções comuns de transferência para redes elétricas: Z(jw) é a razão da tensão
de saída pela corrente de entrada, Y(jw) é a razão da corrente de saída pela tensão de entrada,
•
628 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 14
Gy(Jw) é a razão da tensão de saída pela tensão de entrada e G 1(jw) é a razão da corrente de saí-
da pela corrente de entrada.
• Valores da variável geral de freqüência "s" que anulam a magnitude da função de transferência
são chamados de "zeros" da função; do mesmo modo, valores de "s" que levam a magnitude ao
infinito são chamados de "pólos".
• Diagramas de Bode são gráficos semilogarítmicos da magnitude e fase das funções de transfe-
rência como uma função da freqüência.
• Aproximações por assíntotas podem ser usadas para esboçar rapidamente as características da
magnitude de um diagrama de Bode. O erro entre a curva real e a aproximação por assíntotas
pode ser calculado, se necessário.
• A freqüência ressonante é definida como a freqüência em que a impedância de um circuito RLC
em série ou a admitância de um circuito RLC em paralelo é puramente real.
• O fator de qualidade, Q, é uma medida da agudeza do pico de ressonância. Quanto maior o Q,
mais agudo é o pico.
• As freqüências de corte, de quebra, ou meia-potência são freqüências em que a característica da
magnitud-: de um filtro é 1/✓ 2 de seu valor máximo.
• Valores irreais de parâmetros de elementos de circuito passivos podem ser mudados de escala
por magnitude ou freqüência para se produzir valores reais para elementos de circuito.
• Os quatro tipos mais comuns de filtros são passa-baixas, passa-altas, passa-faixa e rejeita-faixa.
• A largura de faixa dos filtros passa-faixa ou rejeita-faixa é definida como a diferença da freqüên-
cia entre pontos de meia-potência.
• O projeto de certos filtros, por exemplo, passa-baixas, passa-altas e assim por diante, com carac-
terísticas específicas pode ser rapidamente realizado a partir do conhecimento das funções de
transferência.
Problemas
14.1 Determine a impedância de transferência V a<s)/Is(s) para a rede mostrada na Figura Pl4. l.
20
1F
2H
+
Figura P14.1
14.2 Determine a função de transferência da tensão Va<s)Ni(s) para a rede mostrada na Figura Pl4.2.
lF
2:1
20 +
• •
V;(t)
li 10
Figura P14.2
Cap. 14 Resposta em freqüência 629
14.3 Determine a impedância de entrada como uma função de s para a rede mostrada na Figura P14.3.
1F
2:1
+ IH
• •
lQ 2Q
11
Figura P14.3
14.4 Determine o ganho de corrente l 0 (s)/1 5(s) para o circuito mostrado na Figura P14.4.
R
R
R
is(t)
io(t)
e L
Figura P14.4
14.5 Determine a impedância de entrada nos terminais de entrada do circuito da Figura P14.5.
ri 3Q
1-----'V\/\r-----,
lF
3Q 3Q
3Q
lH
Figura P14.5
14.6 Trace o diagrama de Bode para a função de transferência
H(jw) - }:120: \
H(') jw
JW = (jw + 1)(0,ljw + 1)
14.9 Esboce a curva de ganho do diagrama de Bode para a função de transferência
10
H(1'w) - ~~~~
jw(O,ljw + 1)
14.10 Esboce a curva de ganho do diagrama de Bode para a função de transferência
H(jw) ~ -+-1)- - -
= - - -20(jw
jw(O,ljw + 1)(0,0ljw + 1)
14.11 Esboce a curva de ganho do diagrama de Bode para a função de transferência
. 640(jw + 1)(0,02jw + 1)
H(1w) = (jw)2(jw + 10)
•
630 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 14
14.20 Determine H(jw) caso seu diagrama de ganho seja o mostrado na Figura P14.20.
1H 1
10 80 120 w (rad/s)
Figura P14.20
14.21 Determine H(jw) caso seu diagrama de ganho seja o mostrado na Figura Pl4.21.
0dB
l-40dB/dec
-20 dB/dec
8 12 60 400 w (rad/s)
Figura P14.21
Cap. 14 Resposta em freqüência 631
14.22 Determine H(jw) caso seu diagrama de ganho seja o mostrado na Figura P14.;2.2.
IHI
+20 dB/dec
8 30 100 w (rad/s)
Figura P14.22
14.23 Determine H(jw) caso seu diagrama de ganho seja o mostrado na Figura Pl4.23.
IHI
40dB
Figura P14.23
14.24 Determine H(jw) caso seu diagrama de ganho seja o mostrado na Figura Pl4.24.
1 H1
Figura P14.24
14.25 Dado o diagrama de ganho da Figura Pl4.25, determine H(jw).
+20 dB/dec . - - - - - - .
0dB ·······································::•a
+20 dB/dec ....•···· !
Figura P14.25
14.26 Dada a característica da magnitude da Figura P14.26, determine G(jw).
lal
80dB ··············
14.27 Determine G(jw) caso o diagrama de amplitude ou ganho seja o mostrado na Figura Pl4.27.
-20 dB/dec
-40 dB/dec
'º'
0dB
-20 dB/dec
+20dB/dec
Figura P14.29
14.30 Dado o circuito RLC em série da Figura Pl4.30,
(a) Determine a expressão para as freqüências de meia-potência, a freqüência ressonante, a largura
de faixa e o fator de qualidade para a característica de transferência 1/Vin em termos de R, L e C.
(b) Calcule as grandezas do item (a) caso R = 10 Q, L = 100 mH e C = 10 µF.
I R L
Figura P14.30
Cap. 14 Resposta em freqüência 633
14.31 O circuito RLC em série da Figura Pl4.3 l é alimentado por uma fonte de freqüência variável. Se
a freqüência resso-
nante da rede for selecionada como w = 1200 rad/s, determine o valor de C. Além disso, calcule a corrente
0 de resso-
nância e em w 0!4 e 4w 0 .
lümH
24 cos (wt + 30º) V
2Q
e
Figura P14.31
14.32 Dada a rede da Figura P14.32, determine w , Q, wmax e IVO I max·
0
lQ 1 mH +
62 cos wt V lOµF V0 (t)
Figura P14.32
14.33 Repita o Problema 14.32, caso o valor de R seja mudado para 0,1 Q.
14.34 Dada a rede da Figura Pl4.34, determine IV I max·
O
0,5 Q 4mH +
12 cos wt V 25µF
Figura P14.34
14.35 No Problema 14.34, se a resistência for mudada para 1 Q e a capacitânci a para 50 µF, calcule
w 0, Q, wmax e
1 Vº 1 max·
14.36 Determine w 0 e Q para a rede da Figura P14.36.
o 1:2
40µF
411
li 16Q
...
Figura P14.36
14.37 Determine o valor de n no circuito da Figura Pl4.37 para se obter um Q de 50.
1:n
IOµF
li 16 Q
o
1
P14.37
634 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 14
1:2
~----.
2n
40µF
• •
360mH
11
Figura P14.38
14.39 Na rede da Figura Pl 4.39, w 0 =1.000 rad/s e nessa freqüência a impedância vista pela fonte é 4 Q . Caso L =20 mH,
determine o Q da rede e a largura de faixa.
+
Vs( I) L
Figura P14.39
14.40 Um circuito RLC em série é excitado usando-se um gerador de sinal. A freqüência ressonante da rede é 1600 rad/s, e
nessa freqüência a impedância vista pelo gerador de sinal é 3 Q . Caso C = 20 µF, determine L, Q, e a largura de fai-
xa.
14.41 Na rede da Figura Pl4.41, o valor do indutor é 30 mH, e o circuito é excitado por urna fonte de freqüência variável.
Se a amplitude da corrente na ressonância é 12 A, w 0 = 1.000 rad/s e L = 1O mH, determine C, Q e a largura de faixa
do circuito.
36 cos(wt + 45º) V
Figl![,a P14.41
14.42 Na rede da Figura Pl4.42, a fonte opera na freqüência ressonante da rede. Determine w 0 e Q para o circuito e a ten-
são de saída V0 .
1:4
+
•
50coswtV 24n
11
Figura P14.42
Cap. 14 Resposta em freqüência
635
14.43 Uma fonte de tensão de freqüência variáv
el alimenta a rede da Figur a Pl4.4 3 . Determine
Q, BW e a potência média dissipada pela rede a freqüência ressonante,
quando estiver em ressonância.
4Q
12 cos WI V
Figura P14.43
14.44 A freqüência ressonante da rede da Figur
a Pl4.4 4 é 10.000 rad/s, e BW = 1000 rad/s. O valor
sua resistência interna é 4 Q. Determine os valore do indutor é 20 mH, e
s de R e C e a potên cia média dissipada pela rede
ajustada na freqüência ressonante. quando a fonte é
+ L
24cos wtV
R,.
e
Figura P14.44
14.45 Considere a rede da Figura P14.45. Se R
=2 kQ, L =20 mH, C =50 µF e Rs =oo, determine a freqüência ressonante
w 0 , Q da rede e a largura de faixa da rede. Qual
o impacto que uma Rs de 10 kQ tem sobre os valore
s determinados?
R, R L
e
Figura P14.45
14.46 A fonte da rede da Figur a Pl4.4 6 é is(t)
=cos 1.000t + cos 1.500t A. R =200 Q e C = 500 µF. Se w =1.000 rad/s,
determine L, Q e a BW. Calcule a tensão de saída 0
v 0 (t) e discorra sobre a magnitude da tensão
qüências de entrada. de saída nas duas fre-
+
i, (t) R e L
Figura P14.46
14.47 Determine a freqüência ressonante e o fator
de qualidade para a rede da Figura Pl4.4 7.
1:2
• •
20mH 2 ill
li 20µF
Figura P14.47
636 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 14
14.48 Um circuito RLC em paralelo, que é alimentado por uma fonte de corrente de freqüência variável de 2 A, possui os
seguintes valores: R = l kQ, L = 100 mH e C = lO µF. Determine a largura de faixa da rede, as freqüências de meia-
potência e a tensão sobre a rede nas freqüências de meia-potência.
14.49 Determine os parâmetros de um circuito em paralelo ressonante com as seguintes propriedades: w = 2 Mrad/s, BW
0
= 20 krad/s e uma impedância de ressonância igual a 2.000 Q.
14.50 Um circuito RLC em paralelo, alimentado por uma fonte de freqüência variável de lO A, possui os seguintes parâ-
metros: R = 500 Q , L = 0,5 mH e C =20 µF. Determine a freqüência ressonante, Q, a potência média dissipada na
freqüência ressonante, a BW e a potência média dissipada nas freqüências de meia-potência.
14.51 Dado o circuito da Figura Pl 4.51, calcule w 0 , Q, BW e a tensão de saída quando a freqüência da fonte é a freqüência
ressonante da rede.
6 k:Q +
Figura P14.51
14.52 Determine a expressão para a freqüência ressonante da rede mostrada na Figura P14.52.
e R
Figura P14.52
14.53 Dada a rede da Figura Pl4.53, determine o valor mínimo de z 1 que levará o circuito à ressonância.
+ 2Q
Figura P14.53
14.54 Trace o gráfico de Ix na rede da Figura P 14.54 usando PSPICE. Use cinco pontos por década no intervalo de freqüên-
cia de O, 1 a lO MHz.
IOµF
IOOLQ"V lOOmH
Figura P14.54
Cap. 14 Resposta em freqüência 637
14.55 Dada a rede da Figura Pl4.55, use cinco pontos por década para traçar o gráfico
da resposta em freqüência de V no
intervalo de freqüência de 0,1 Hz a 1 MHz usando PSPICE.
50 50
+
lOOLQ" V lmH lOQ V
Figura P14.55
14.56 Dada a rede da Figura Pl4.56, trace o gráfico de V usando PSPICE. Use cinco pontos
O por década no intervalo de 0,1
Hz a 1 MHz.
+
!fS!A 50 lOµF 5mH V0
Figura P14.56
14.57 Repita o Problema 14.56 com C = 100 µF.
14.58 Determine os novos parâmetros da rede mostrada na Figura Pl4.58, caso Znew
= 1.000Z01 d.
1 C=lF
~ -- -- -. i
L=-H 8
R=20
Figura P14.58
14.59 Determine os novos parâmetros da rede do Problema 14.58 caso wnew = I0 5
w d.
14.60 Determine que tipo de filtro é a rede mostrada na Figura P14.60, determina ndo a 01
função de transferência da tensão.
+ e +
Figura P14.60
1
638 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 14
14.61 Dada a rede da Figura P14.61 , esboce o diagrama de ganho da função de transferência
V
G/jw) = vº (jw)
1
~---1---------- -------0+
10 H IOOQ
Figura P14.61
14.62 Determine a função de transferência para a tensão
V
V~ (jw)
vo(t)
Figura P14.62
14.63 Dada a rede da Figura P14.63,
(a) Determine a função de transferência para a tensão.
(b) Determine que tipo de filtro a rede representa.
R, =l Q C, = lOF
~
+
Figura P14.63
Cap. 14 Resposta em freqüência
639
14.64 Dete nnin e a função de tran
sferê ncia para a tens ão e o diag ram
iden tifiq ue as prop ried ades do filtro a de ganh o para a rede mos trad a
. na Figu ra Pl4 .64 e
Figura P14.64
14.65 Dad a a rede da Figu ra Pl4
.65, dete rmin e a função de tran sfer
ênci a
V
~ , (jw)
1
e determine que tipo de filtro a rede
representa.
+
+
R2 -=
v,(t)
& j IFII
10
o--- '\/V \, 1n
+
V; ,J "Nv o
+
I
Vº
o
o
-=
Figura P14.66
640 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 14
14.67 Use o PSPICE para traçar a resposta em freqüência do filtro ativo mostrado na Figura Pl4 .67. Trace sobre um inter-
valo de 1 Hz a 10 k.Hz utilizando 10 pontos por década. Para o modelo amp-op, useRin =500 kQ, Rout = 100 Q eA =
107 . Que tipo de filtro é este?
50µF
1000
S0µF
+
5 cos wt V
vo(t)
Figura P14.67
14.68 Use o PSPICE para traçar a resposta em freqüência do filtro ativo mostrado na Figura Pl4.68. Trace os gráficos no in-
tervalo de 1 Hz a 100 kHz utilizando 10 pontos por década. Ao modelar os amp-op 's, use Rin = 500 kQ, Rout = 100
Q e A= 10 7 . Que tipo de filtro é este?
S0µF 100 o
JO0µF
IOOµF 100 o
1000
+
-= vo(t)
Figura P14.68
14.69 Se os dois filtros passa-baixas de primeira ordem forem conectados em série, o resultado é um filtro de segunda
ordem. Encontre H0 , , e wc para a rede na Figura Pl4.69.
e,
R•
v,(t) +
vo(t)
Figura P14.69
Cap. 14 Resposta em freqüência 641
14.70 Dado o filtro passa-baixas de segunda ordem da Figura
Pl4.69 , projete um filtro que tenha H = 100 e f c = 5 kHz .
Ajuste R 1 = R 3 = 1 kQ , e seja R = R e C = C . Verifique os 0
2 4 1 2 resultados com o PSPICE , gerando o diagram a de Bode
para o filtro na faixa entre 500 Hz a 50 kHz usando 20 pontos
por década. Use um modelo de amp-op com R = ao ,
R0 =0eA =(2)10 5. 1
14.71 O filtro passa-baixas de segunda ordem mostrado na
Figura Pl4.71 possui a função de transfe rência
v, (,) ~ ~f,(.,.}d
V1 s2 + -{ (; + ; + ; ) + R
1 1 2 J 2
R
3
½
1 2
Projete um filtro com H = -10 efc = 5 k.Hz, assumindo que
0 C 1 = C2 = 10 nF e R 1 = 1 kQ .
+
+
v1
l-=-
Te -=-
l
Vo
-=- -=- --
Figura P14. 71
14.72 Projete um filtro ativo passa-a ltas de segunda ordem
com wc= 10 krad/s , H =-5 e ,= 1. Ajuste c = C = C e R
1 kQ . 0 2 3 1=
14. 73 Usanda-s e as equaçõ es para um filtro passa-faixa geral
de segund a ordem, projete um filtro com um ganho na fre-
qüência de centro de -5, w = 50 krad/s e B W = 1Okrad/s. Seja
0 C 1 = c 2 = C e R 1 = 1 kQ. Qual é o Q do circuito ? Use
o PSPICE para gerar o diagram a de Bode do circuito na faixa
entre 100 Hz a 100 kHz usando 30 pontos por década .
Use um modelo de amp-op com R = oo, R = O e A= (2)10 5
1 0 .
CAPÍTULO
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MAKRON
Books
15
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li! Quadripolos
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A rede linear da Figura 15.la possui uma única porta, isto é, um único par de terminais. Essa porta A-B po-
deria representar os terminais de um único elemento (por exemplo, R, L ou C) ou poderia ser alguma interco-
nexão entre esses elementos. A rede linear da Figura 15.lb é chamada de quadripolo. Como regra geral, os
terminais A-B representam a porta de entrada e os terminais C-D representam a porta de saída.
Temos várias razões para estudar quadripolos e os parâmetros que os descrevem. Por exemplo, a
maioria dos circuitos ou sis,temas possuem pelo menos duas portas. Podemos colocar um sinal de entrada em
uma porta e obter um sinal de saída de outra. Os parâmetros de duas portas descrevem completamente seu
comportamento em termos da tensão e corrente de cada porta. Assim, o conhecimento dos parâmetros das
redes de duas portas nos permite descrever sua operação em sua conexão a uma rede maior. Redes de duas
portas são também importantes na modelagem de recursos eletrônicos e componentes de sistemas. Por exem-
plo, em eletrônica, redes de duas portas são empregadas para modelar componentes tais como transistores e
amp-ops. Outros exemplos de componentes elétricos modelados por duas portas são transformadores e linhas
de transmissão.
Em geral, descrevemos duas portas como uma rede consistindo de elementos R, L e C, transforma-
dores, amp-ops, fontes dependentes, porém nenhuma fonte independente. A rede tem uma porta de entrada e
uma de saída, e como acontece com o amp-op, um terminal pode ser comum a ambas as partes.
Neste capítulo, serão examinados quatro tipos de parâmetros de quadripolos: parâmetros de admi-
tância, de impedância, híbridos e de transmissão. Demonstraremos a utilidade de cada conjunto de parâme-
tros, mostraremos como estão relacionados entre si e, finalmente, ilustraremos como redes de duas portas
podem ser interconectadas em paralelo, em série ou em cascata.
642
Cap. 15 Quadripolos 643
escri ta com o a som a de dois com pone ntes,
um devido a V I e outro devi do a V 2- Usan
pode mos escre ver do-s e esse princípio,
I1 = y 11 V 1 +y 12 V 2
Rede linear
B
(a)
A
e
Rede linear
B
D
(b)
Figura 15.1 (a) Rede de porta única; (b) quadripol
o.
+
+
Rede linear v,
I =y V +y V
2 21 1 22 2
Portanto, as duas equa ções que desc reve
m o quad ripol o são
I 1 = y V +y V
11 1 12 2
I2 = y 2 1 V l +y 22 V 2 (15.1 )
ou, em forma matricial,
(15.2 )
644 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 15
Uma vez que y 11 é uma admitância na entrada medida em siemens com a saída curto-circuitada,
ela é chamada de admitância de entrada de curto-circuito. As equações indicam que os outros parâmetros Y
podem ser determinados de modo semelhante:
I2
y 21 =v 1 V 2 =O
(15.3)
I2
y 22 =V
2 V =O
1
Y12 e Y21 são chamados de admitâncias de transferência de curto-circuito e Y22 é chamado de admitância de
saída de curto-circuito. O conjunto de parâmetros Y é referido como os parâmetros de admitância de cur-
to-circuito. Repare que aplicando-se as definições acima, esses parâmetros poderiam ser determinados expe-
rimentalmente para um quadripolo cuja configuração real fosse desconhecida.
Exemplo 15.1
Vamos determinar os parâmetros Y para a rede mostrada na Figura 15.3a.
A partir de nossas definições, a admitância y 11 é igual a I 1 dividido por V 1 , com V 2 = O, como
mostrado na Figura 15.3b. Portanto, com a saída curto-circuitada, os dois resistores de 6 Q estão em paralelo
e V 1 = 61 1; desse modo
3+6
Empregando-se divisão de corrente, obtemos
-1 - I - 6 )
1 2 ( 3+6
Dessa forma
Y12 -...!._s
- 12
-1 -1 - 6 )
2 1 ( 6+6
Logo,
Y21 -- 1
12
s
Finalmente, y 22 é obtido da Figura 15.3c como
V
I = z
2 (6)(3)
6+~~
6+3
Cap. 15 Quadripolos 645
30 60 Iz
+ +
v, 60 Vz
(a)
30 6o
60 V2 = O
(b)
I, 30 60 lz
6n v,
(e)
)
Figura 15.3 Quadripolo e configurações usadas para se calcular os parâmetros Y.
e dessa forma
Dos valores determinados acima, descobrimos que as equações que descrevem a operação do qua-
dripolo e os parâmetros de admitância são
I == 1.v _ ...Ly
1 6 1 12 2
.,i I 2 == _...Ly
12 1
+1 V 8 2
-- 1
·.: l
·· , ou, em forma matricial,
l
!
-~
•
Exemplo 15.2
Desejamos determinar os parâmetros Y para o quadripolo mostrado na Figura 15.4a. Uma vez que
esses
parâmetros são conhecidos, vamos determinar a corrente em uma carga de 4 Q que está conectada à
porta de
saída quando uma fonte de corrente de 2 A é aplicada à porta de entrada.
Da Figura 15.4b, notamos que
11 == V 1 ( 11 +.l.)
2
Portanto,
646 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 15
2!1 12
+ +
V2
1!1 3!1
(a)
2n
1n 3n
(b)
2n
V,=0
1n 3!1 V2
(e)
2n
+ +
2A 1n 3!1 V2 4n
(d)
Figura 15.4 Redes empregadas no Exemplo 15.2.
Y22 = 2s
6
1
2
= _1-v
2 1
+ 26 v 2
Essas equações podem agora ser empregadas para determ
inar a operação do quadripolo para algum
dado conjunto de condições dos terminais. As condições
dos terminais que examinaremos são mostradas na
Figura 15.4d. Dessa figura, notamos que
1 =2A e V =-41
1 2 2
Combinando-se essas duas equações quadripolares acima
, obtém-se
2=1- V -1-V
3 1 2 2
0=-1 -V
2
+llV
l 12 2
ou, em forma matricial,
Exerc ícios
E15.1 Determ ine os parâmetros do quadripolo mostra
do na Figura E 15 .1.
12Q 3Q
: :
'VV'v 'VV'v
E15.1
Resp.: y 11 = ii-S,
y 11 = y =
?] -
-is,
y 'J') = ~s.
E15.2 Determ ine os parâmetros-pa ra o quacfripolo mostra do na Figura E15.2.
21 Q
: í~ 420 f IQ5Q :
Figura E15.2
Resp.: y = i'.i'S, y = y =
11
E15.3 Se uma fonte de 10 ÃJ? J l
-+-1
s, y = -71 S.
?J
for conectada à entrada do quadripolo da Figura E 15.2,
determine a corrente no re-
sistor de 5 Q conectado à porta de saída.
Resp.: 12 = -4,29 A.
648 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 15
Essas equações, que descrevem o quadripolo, podem também ser escritas em forma matricial como
(15.5)
Tal como os parâmetros Y, esses parâmetros Z podem ser derivados como a seguir:
V
1
z 11 =
1 12 = 0
1
V
l
z
12 12 1 =O
1
(15.6)
V
2
z =
21 I1 1 =O
2
V
2
z =
22 1 1 =O
2 1
Exemplo 15.3
Desejamos determinar os parâmetros Z da rede da Figura 15.5a. Uma vez que os parâmetros são conhecidos,
vamos usá-los para achar a corrente no resistor de 4 Q que está conectado aos terminais de saída quando uma
fonte 12 /.sr. V com uma impedância interna de 1 + jO Q é conectado à entrada.
A partir da Figura 15.5a, notamos que
z =2-j4Q
li
z =-j4Q
12
z =-j4Q
21
z = - j 4 + j2 = - j2 Q
22
As equações para o quadripolo são, portanto,
V
1
= (2- }4)1 1 - }41
2
V =-}41 - }21
2 1 2
As condições dos terminais para a rede mostrada na Figura 15 .5b são
V 1 = 12 /.!l_ - (1)1 1
V2 = --412
Combinando essas duas equações de quadripolo, temos
12 /.!l_ = (3 - j4)11 - }41,
O= - }41, + (4 - j2)12
Cap. 15 Quaáripolos 649
É inte ress ante nota r que essas equa ções
equações para 1 , obtemos 1 = 1,61 são as equa ções de mal ha para a rede
2 /137 ,73º A, que é a corrente na carg a . Se reso lver mos as
2 de 4 Q. •
v, -j4Q
v,
(a)
IQ 2Q
r-Vv 'v--- -<J- ----. .J\/l{ v---. j2Q I,
...-.- ---,J ,. _;- --- J-- --,
+
+
12/S!'.V
- j4Q v, 4Q
(b)
Figura 15.5 Circ uitos emp rega dos
no Exem plo 15.3.
Exemplo 15.4
Vamos determinar os parâmetros Z para
o quadripolo mostrado na Figu ra 15.6
a.
R,
+
+
v, R, /3V, v,
(a)
12 = O
+
+
v, R, j3V, v,
(bJ
11 = O R, R, I,
+
+
V,
R, fN, v,
J, -/3V,
(e)
Figura 15.6 Circ uitos emp rega dos
no Exem plo 15.4.
650 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 15
e dessa maneira
R
z =--I-
li 1 +(3R
1
z 12 é obtido a partir da Figura 15.6c. Note que com 11 = O, a corrente nos resistores R 1 e R2 é l2 - (3V 1. Por-
tanto,
V =R (1 -(3V)
1 1 2 1
e dessa forma
R
1
z =-- -
12 1 +(3R
1
Então z 22 pode ser obtido da Figura 15.6c. Note que a LKT ao longo do laço externo é
V 2 =IR +(I -(3V )R +V
23 2 1 2 1
porém
V1 = R 1 (1 2 -(3V)
1
Exercícios
E15.4 Determine os parâmetros Z para a rede da Figura E15. l. Então calcule a corrente na carga de 4 Q, caso
uma fonte de 24 & V seja conectada na porta de entrada.
Resp.: I 2 = -0,73 & A.
E15.5 Determine os parâmetros Z para o quadripolo da Figura E15.5.
Cap. 15 Quadripolos 651
I, 21 Q
+ +
v, 42Q 10.5 Q V2
Figura E15.5
1
Fazendo as mesmas considerações feitas para determinar os parâmetros Y e Z, podemos obter o que normal-
mente é chamado de parâmetro híbrido. No par de equações que definem esses parâmetros, V 1 e 12 são variá-
veis independentes. Portanto, as equações de quadripolo em termos de parâmetros híbridos são
= h 11 I 1 +h 12 V 2 (15.7)
I I l +h 22 V2
2
em forma matricial
(15.8)
Esses parâmetros são especialmente importantes na análise de circuitos com transistores. Os parâ-
metros são determinados por meio das seguintes equações:
V
1
h li
I v 2 =O
1
V
1
h
12 V 1 =O
2 1 (15.9)
I
h 21 = I2
1 V =11
2
I
2
h
22 V 1 =O
2 1
15.5
Sendo os parâmetros híbridos para o quadripolo mostrado na Figura 15.7 conhecidos, desejamos achar a ex-
pressão para a impedância de entrada Zin da rede.
As equações para o quadripolo são
V 1 = h 11 I 1 +h 12
I 1 +h 22 V 2
652 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 15
l1 l2
+ Parâmetros +
híbridos da
v1 V2
rede
conhecidos
da qual chegamos a
R
h = - - . . . C2._ _
12
R 2 + l/JwC
A Figura 15.8b é usada para calcular h 21 . As duas equações LKC para essa rede são
V
I, =-
R
+ jwCV +ai 1
2
I2 = -(jwCV + a i 1
)
Resolvendo-se essas equações, podemos mostrar que
a + jwCR 2
h 21 = l+ jwCR
2
Cap. 15 Quadripolos 653
al 1
-1
jwC
II R, I2
+ +
v1 V2
R,
(a)
al2
_L
jwC
+
V R2 V 2 =0
(b)
--
+ +
V,
R,
(e)
Portanto, as equações de quadripolo em termos dos parâmetros híbridos para a rede da Figura
l
15.8a são
V=R+ 1-a I+ R -0 V
1 ( 1 l/ R + jwC 1 R +1/JwC 2
2 2
a+ jwCR 2 1
I =- I + - - -- V
2
1 + jwCR 2 1
R 2 + 1/ jwC 2
•
Exemplo 15. 7
Um circuito equivalente para o amp-op da Figura 15.9a é mostrado na Figura 15.9b. Vamos determinar os
parâmetros híbridos para essa rede.
O parâmetro h 11 é derivado da Figura 15.9c. Com a saída curto-circuitada, h 11 é uma função de
somente Ri, R 1 e R 2 e
RR
h =R + i 2
li i R +R
1 2
A Figura 15.9d é usada para derivar h 12 . Uma vez que 11 = O, V;= O e o relacionamento entre V 1 e
V 2 é um simples divisor de tensão.
Portanto
R
h = -- 1 -
12 R +R
1 2
A LKT e a LKC podem ser aplicadas à Figura 15.9c para determinar h2 1• As duas equações que relacionam
l2 com l1 são
Vi =IR
1 i
-AV IR
I =--; _ 1 1
2 R R +R
u 1 2
l
Logo,
h - AR ;+ R i
__
21 Ro R 1 +R
~ 2
e portanto
R +R +R
h
12
= º 1 2
R (R +R )
u 1 2
l
As equações são, portanto,
V = R + Ri Rz I + Ri V
l
i ( ; R +R i R +R z
1 2 1 2
AR R
I =---;+ i I + R º +R i +R 2V
2 ( Ru RI +R 2 1 Ro(RI +R) 2
•
Cap. 15 Quadripolos 655
+
+
v,
R, V2
R,
-=-
(a)
I, + v, - R, 12
+ R, +
Ro
v1 R, V2
+
AV,
-=-
(b)
I, + v, - R, 12
+ R,
v1 R, V2 =0
AV,
-=-
(e)
11 =0 + V, - R, 12
+ R, +
Ro
v1 R, V2
+
AV,
-=-
(d)
15.9 Circuitos empregados no Exemplo 15.7.
Exercícios
E15.6 Determine os parâmetros híbridos para a rede mostrada na Figura El5. l.
Resp.:h =14Q,h =%,h =-%,h =¼S.
11 12 - 21 · 22
E15.7 Caso uma carga de 4 Q seja conectada à porta de saída da rede examinada no Exercício El5.6, determi-
ne a impedância de entrada do quadripolo com a carga tendo sido conectada.
Resp.: Zi = 15,23 Q.
E15.8 Calcule os parâmetros híbridos para a rede mostrada na Figura El5.2.
Resp.:h =4Q, =th =-%, =-1 S.
11 · 21 · 9
656 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 15
E15.9 Considere a rede da Figura E15.9 . O quadripolo é um modelo híbrido para um transistor básico. Deter-
mine o ganho de tensão da rede por inteiro, V2/V s, caso uma fonte Vs com resistência interna R 1 seja
aplicada à entrada do quadripolo e uma carga RL seja conectada à porta de saída.
R, I, h11 l2
+ +
Vs V1 h 12 V2 1 RL
V2
h,2
Figura E15.9
(15.11)
Tais parâmetros são muito úteis na análise de circuitos conectados em cascata, como vamos mos-
trar mais adiante . Os parâmetros são determinados por meio das seguintes equações:
V
A= - 1
V
1 12 = O
V
B = - 1-
-1 v2 = O
2
(15.12)
1
C= -1
V 1 =O
2 2
1
D= - 1-
-1 V =0
2 2
Exemplo 15.8
V amos determinar os parâmetros de transmissão para a rede da Figura 15 .10a.
O parâmetro A é determinado da Figura 15.lüb. Uma vez que 12 = O, V 1 e V2 são relacionados por
meio das duas equações LKT
V
2
= yl 1 +I 2 R 2
V
1
= I 1 (R 1 +R 2 )
Cap. 15 Quadripolos 657
yI,
(a)
yI,
1, R, R3 12 = o
+ +
v, R, v,
(b)
yl,
I, R, R,
- +
+
+ -I,
V,
Va R,
V 2 =0
(C)
15.10 Circuitos usados no Exemplo 15.8.
V
I =l+~ º
l R
2
Portanto
R 2 +R
3
I
1
+y
658 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 15
Então
V1 =IR
J 1
+V
R +R R +R
2 3R +R -y 2 3
R +y 1 3 +y
2
(R -y)(R +R )
+ 1 2 3
R 2 +y
e assim
(R -y)(R +R )
B=R + 1 2 3
3 R +y
2
A Figura 15.lüc é empregada para determinar o parâmetro D. Na análise acima, ao obter o parâme-
tro B, foi assumido que -1 2 = 1 A, então
R 2 +R 3
I1
R +y
2
e portanto
R +R
D= 2 3
R +y
2
l R +R 3
l=--V- 2 1
1 R +y 2 R +y 2 1111
2 2
15.9
Vamos determinar agora os parâmetros de transmissão para a rede da Figura 15 .11 a. A maneira mais conve-
niente de abordar esse tipo de problema é assumir um valor para uma das variáveis em um parâmetro e resol-
ver a rede para a outra variável usando a LKT e a LKC. A fim de simplificarmos nossa análise, temos
definido também as variáveis VA, VB e l 0 , como mostrado na Figura 15 .11 b e c.
O parâmetro A é obtido a partir da Figura 15.llb. Se assumirmos que V 2 = 1 V, então V B = 1 V e
10 = jw A, e assim
V A =21 u +V 8 =2Jw+1V
Então
I 1 =jwV A +I o
= -2w 2 +2jw A
Finalmente,
V1 = (l)I 1
+V A
= -2w 2 + 4 jw +IV
Cap. 15 Quadripolos 659
IQ 2Q ]Q
l F 1F
(a)
]Q
1Q 12 = o
+
+
V, JF 1F
V2
(b)
I, lQ
lQ
+
l F l F
-=-
(e)
15.11 Circuitos usados no Exemplo 15.9.
e portanto,
A = - 2w 2 + 4 jw + l
A Figu ra 15 .11 e é usad a para se deriv ar o parâm
etro B. Assu mind o-se que -1 = 1 A, então
V, l 0 = l + jw A, e 2 VB = 1
V
A
= 21 o + V B = 3 + j2w V
Entã o
I == I
l o
+ jwV A
= (1 + jw) + jw(3+2w)
=1+ 4Jw -2w 2 A
Fina lmen te,
V
1
= (1)1 1 + V A
= 4+6 jw-2 w 2
V
-
660 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 15
Portanto
B = 4+6jw-2w 2
A partir da análise usada acima para derivar o parâmetro A, achamos que
e= -2w 2 +2jw
De modo semelhante, tem-se
D= -2w 2 +4jw+l
Portanto, as equações de quadripolo são
V
1
= (-2w 2 +4jw+l)V2 -(-2w 2 +6jw+4)l 2
I1 = (-2w 2
+2Jw)V 2 -(-2w 2 +4Jw+l)I 2
•
Exercícios
ElS.10 Determine os parâmetros de transmissão para a rede mostrada na Figura E15.1.
Resp.: A = 3, B = 21Q, C = ¼S, D= f
ElS.11 Calcule os parâmetros de transmissão para o quadripolo da Figura E15.2.
Resp.: A = 3, B = 21Q, C = ¼S, D=}
Cabe aqui um último comentário sobre a derivação dos parâmetros de quadripolo. É perfeitamente
possível que alguns dos parâmetros de quadripolo para determinada rede não existam. Por exemplo, conside-
re a rede da Figura 15.12. O parâmetro y 11 é determinado curto-circuitando a saída e calculando a razão
I 1N 1. Entretanto, curto-circuitar a saída implica 210 = O, e portanto l 0 = O. Entretanto, l 0 não pode ser zero
se uma tensão V 1 diferente de zero for aplicada à entrada. Portanto, essa rede não possui o conjunto de parâ-
metros Y.
+ +
Figura 15.12 Exemplo de rede que não possui o conjunto de parâmetros Y a menos que a fonte tenha uma
impedância interna.
I, I,
+ +
v, v,
(a)
(z 12 - z2 1) 11
I, + I,
+ +
v, v,
(b)
I, I,
+ +
v, Y 12 V, v,
(e)
I, I,
+ +
+
v, v,
(e)
Exemplo 15.1 O
Vamos mostrar como determinar os parâmetros híbridos a partir dos parâmetros Z.
As equações de quadripolo envolvendo os parâmetros são
V1 = z 11 1 1 +z 12 1 2
V
2
= z 21 11 +z 22 1 2
Se resolvermos a segunda equação do parâmetro Z para 12 , ela estará diretamente na forma da se-
gunda equação de parâmetros híbridos. Portanto,
-z 1
1 = -2- 1 1 + - V
2 z 1 z 2
22 22
[;J=U:: ;::rl:J
e assim podemos determinar os parâmetros Z pela inversão da matriz para os parâmetros Y ( ou seja, [Z] =
[Yr 1). O determinante da matriz é
A matriz adjunta é
y 22
[ -y21
Cap. 15 Quadripolos 663
Portanto, a inversa é
_1 [ y22 -y12]
Llr - y 21 yll
-y21 yll
z 21 = z 22 =
Li y Li y
•
A Tabela 15.1 contém fórmulas de conversão que relacionam um conjunto de parâmetros de qua-
dripolo ao outro. Note que Llz, Lly, LlH e LlT se referem aos determinantes das matrizes para os parâmetros Z,
Y, hfbridos, e ABCD, respectivamente. Portanto, dado um conjunto de parâmetros para uma rede, podemos
usar a Tabela 15.1 para achar os demais.
y 22 -y 12 Li H h 12
Li y Li y h 22 h 22
-y21 yll
-h 1
21
Li y Li y h 22 h 22
z -z 1 -h 12
22 12 yll yl2]
[I T1
[
Li z Li z y 21 y 22 h 11 h 11
-z z 11 h 21 Li
21 H
Li z Li z h 11 h 11
z 11 Li H -y 22 -1 -Li -h
H 11
z
21
z
21 y 21 y 21 h 21 h 21
1 z Li y -yll -h -1
22 22
z z 21 y 21 y 21 h 21 h 21
21
Li
z
-z
22
z
z
z
12
22
1
yll
-y12
yll
[:li
21
:12
22
l
21 1 y 21 Li y
z 22 z yll yll
22
Exercícios
E15.12 Determine os parâmetros Y para um quadripolo, caso os parâmetros sejam
z =[ 11 i]
Resp.: y = ~S, y = y = 1 s, y = -71 S.
11 12 21 - 22
-+-
E15.13 Dados os parâmetros Z para um quadripolo do Exercício E15.12, determine os parâmetros híbridos para
essa rede.
Resp.: = 14Q, = ¼s.
664 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 15
Conexão em Paralelo
Suponhamos que um quadripolo N é composto de dois quadripolos Na e Nb que estão interconectados como
mostrado na Figura 15.14a. As equações das redes Na e Nb são
I la =y V +y V
lla la 12a 2a (15.13)
I 2a =y 21a Vla +y 22a V
2a
1 lb =y 111, V lb +y V
l2b 2b (15.14)
1 =y V +y V
2b 2lb lb 22b 2b
Desde que as características dos terminais das duas redes Na e Nb não sejam alteradas pela inter-
conexão ilustrada na Figura 15.14a, então
V 1 =V la =V lb
V2 =V 2a =V
2b (15.15)
11 = 1 la +I lb
I2 =1 2a
+I 2b
11 =(ylla +yllb)Vl +(y12a +y12b)V2
(15.16)
1 2 =(y2la +y2lb)VJ +(y22a +y22b)V2
Portanto, os parâmetros Y para a rede total são
1YJJ
lY21
Yl2 l =[Ylla +yllb
Y22 J Y21a + Y21b
y 12a +y 12/J
y22a +y22b
l (15.17)
e, assim, para determinar os parâmetros Y para a rede total, simplesmente adicionamos os parâmetros Y das
duas redes Na e Nb. A Equação 15.16 é sempre válida se as duas redes forem da forma mostrada na Figura
15.14b. No caso geral, a Equação 15.16 é válida se as redes satisfizerem os testes de Brune (assim chamados
em homenagem a O. Brune, que desenvolveu tais procedimentos) que exigem que a tensão VO seja zero
quando as redes Na e Nb estiverem interconectadas corno mostrado na Figura 15.14c e d. Caso as redes Na e
Nb falhem em tais testes, um transformador ideal com relação de espiras 1: 1 pode ser empregado para asse-
gurar que as Equações 15.16 sejam satisfeitas. Uma localização possível para o transformador é mostrada na
Figura 15. l 4e; no entanto, o transformador pode ser colocado em qualquer urna das quatro portas mostradas
na Figura 15.14a. Um exemplo em que um transformador ideal é necessário para fornecer o isolamento
necessário é mostrado na Figura 15.15. Note que se dois quadripolos são conectados em paralelo sem o uso
de um transformador ideal, as impedâncias z 7 e z 8 são curto-circuitadas pela interconexão e, assim, a
Equação 15.16 não se aplica.
Exemplo 15.12
Desejamos determinar os parâmetros Y da rede mostrada na Figura 15.16a considerando-a como uma combi-
nação paralela das duas redes mostradas na Figura 15. l 6b. A rede capacitiva será referida como Na e a rede
resistiva, como Nb.
Os parâmetros Y para Na são
y
l la
=j1-S
2 Y 12u =-J+s-
Y 21a =-J+s -
y =j1-S
22a 2
Cap. 15 Quadripolos 665
1,. l2a
Na
Y11a Y12a
Y2 1a Y22a
I, I,
v, v,
Nb
Y11b Y12b
Y21 b Y22b
(a)
(b)
V
V
(e) (d)
1:1
li
(e)
Figura 15.14 Interconexão paralela de quadripolo s .
•
666 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 15
Figura 15.15 Exemplo em que a conexão paralela dos quadripolos não pode ser realizada sem o uso de um
transformador ideal.
-j20
-j20
1/
1\
10 20
V .
A
20
'> 1 o 10
(a)
(b)
Figura 15.16 Rede composta de uma combinação paralela de duas sub-redes.
e os parâmetros Y para Nb são
Y llb -lS
- S Y12b --lS
- 5
Y21b --lS
5 Y - 1.s
5
- 22b -
Exemplo 15.13
Considere o circuito amplificador equivalente mostrado na Figura 15 .17 a. Vamos determinar os parâmetros
Y para essa rede por meio do esquema de interconexão paralela mostrado na Figura 15.17b.
Cap. 15 Quadripolos 667
+ +
(a)
(b)
•
Exercício
ElS.14 Determine os parâmetros Y da rede mostrada na Figura E15.2 considerando a rede como uma intercone-
xão paralela de dois quadripolos, como mostrado na Figura E15.14.
211.1
42 O 10,5 O
Figura E15.14
Resp.: = 1s.
668 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 15
Conexão em Série
Considere o quadripolo N, que é composto da conexão em série de Na e Nb, como mostrado na Figura
15.18a. As equações de definição para as duas redes Na e Nb são
V
la
= z lia I la +z 12a
I
2a (15.18)
V
2a
=z 21a I +z 22a I
la 2a
V
lb
=z I +z 12b I
l lb lb 2b (15.19)
V
2b
=z I +z 22b I
21b lb 2b
l1" l 2a
tv,, N,,
t
v, V2
I,b I,b
t Vl b Nb tv2b
(a)
(b)
(e) (d)
(e)
Figura 15.18 Interconexão em série de quadripolos.
Cap. 15 Quadripolos 669
Contanto que as características dos terminais das duas redes Na e Nb não sejam alteradas pela co-
nexão em série, tem-se
11 = 1 l a = 1 lb
(15.20)
1 2 = 1 2a = 1 2b
e
V1 = Vla + Vlb = (z !la +z llb )1 1 +(z 12a +z !2b )1 2
(15.21)
V =V +V 2b =(z 21a +z )1 +(z +z 22b )1 2
2 2a 2 1b 1 22 a
z 12
z 22
l
= [z !l a +z llb
z 2 1a +z 2 1b
z 12a +z !2b
z
22a
+z 22b
l (15.22)
Portanto, os parâmetros Z da rede completa são iguais à soma dos parâmetros Z das redes Na e Nb.
Esse procedimento é sempre válido desde que as redes Na e Nb sejam da forma mostrada na Figura 15.18b.
Os testes de Brune para a interconexão em série de quadripolos exige que V seja zero quando as redes estão
O
interconectadas como mostrado na Figura 15.18c e d. Se essas condições não forem satisfeitas, um transfor-
mador ideal com a relação de espiras igual a 1: 1 pode ser empregado da maneira idêntica à descrita para o
caso da interconexão paralela e ilustrada na Figura 15.18e. Por exemplo, um transformador seria necessário
caso as duas redes na Figura 15.15 fossem ligadas em série, uma vez que z 4 e z seriam curto-circuitadas.
5
Exemplo 15.14
Vamos determinar os parâmetros Z da rede mostrada na Figura 15.16a. O circuito está redesenhado na Figura
15.19, ilustrando uma ligação em série. A rede superior será referida como Na e a inferior como Nb.
-J2 n
1n 2n
10
Figura 15.19 Rede da Figura 15.16a redesenhada como uma interconexão em série de duas redes.
Exercício
EIS.IS Determine os parâmetros Z da rede mostrada na Figura E15.1 considerando o circuito como a conexão
em série de dois quadripolos , como mostrado na Figura ElS .15.
12n 3n
6Q
Figura E15.15
Resp.: z 11 = 18 Q , z 12 = z 21 = 6 Q, z 22 = 18 Q.
Conexão em Cascata
Um quadripolo N é composto da conexão em cascata de Na e Nb, como mostrado na Figura 15.20, onde
as equações de parâmetros para Na e Nb são
(1 5.23)
(15 .24)
r) r)
l1 li a l 2a ll b 12h l2
-
+ + + + + +
v,.,,
- v2b
V1 V1a Nª Vl b Nª V2
= - - -
- ...__
Figura 15.20
'"'""
Conexão em cascata de redes.
A partir da Figura 15.20, entretanto, notamos que
(15.25)
Dessa forma, os parâmetros de transmissão para a rede total são obtidos pela multiplicação de ma-
trizes como indicado acima. A ordem da multiplicação de matriz é importante e é executada na mesma ordem
em que as redes são interconectadas.
Exemplo 15.15
Vamos examinar o circuito que consideramos no Exemplo 15.9 e derivar seus parâmetros de quadripolo con-
siderando-o uma conexão em cascata de duas redes, como mostrado na Figura 15.21.
Os parâmetros ABCD para redes T idênticas podem ser facilmente calculados como
=
A 1 + jw =
B 2 + jw
C=jw D=l+Jw
Cap. 15 Quadripolos 671
IQ IQ JQ IQ
IF IlF
15.21
I
0>-------------<1@1>-----.@!>------------<0
Quadripolo da Figura 15.1 i redesenhado como uma conexão em cascata de duas redes.
A
[C
B]=[1+4jw-2j~
2
4+6jw-2w
2
J
D 2jw-2w- 1 +4jw-2w 2 Ili
Exercício
ElS.16 Determine os parâmetros de transmissão da rede da Figura E15. l considerando o circuito uma conexão
em cascata de três quadripolos, como mostrado na Figura E 15 .16.
i2 Q ,___ ___, 3Q
Resp.: A = 3,
= i"'= Na
B = 21 Q, C = 1/6 S, D = 3/2.
Nb
E15.16
Nc
1 Redes
As redes ligadas em T e em II, mostradas na Figura 15.22, são dois exemplos de quadripolos importantes.
Redes com essas topologias são encontradas freqüentemente em análise de quadripolos. Portanto, é instrutivo
determinar as condições sob as quais tais redes são equivalentes. Para estabelecer as condições de equivalência,
vamos examinar as equações de parâmetros Z para a rede T e as equações de parâmetros Y para a rede II.
Para a rede T, as equações são
V1 = (Z 1 +Z 3 )11 + Z 3 12
V 2 =Z +(Z 2 +z 3 )1 2
e para a rede II, as equações são
1 =(Y +Y)V-YV
1 a b I b 2
12 = -Yb V I
+(Yb + Y e )V 2
Resolvendo as equações para a rede Tem termos de 11 e 12 , obtém-se
1
i
=( z +z )v -z
2
D
3
i
3V 2
D
1 1
I =-3_1z v +(z +z )V 1 3
2 D 2
1
672 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 15
+ +
(a)
I, 12
yb
+ +
v, Ya Y,. V2
(b)
Figura 15.22 Redes quadripolos Te II.
onde D1 = Z1Z2 + Z 2Z3 + Z1Z 3. Comparando essas equações com aquelas para a rede II, descobrimos que
y
z
=-2
ª D1
z
y =~ (15.26)
b D
1
y
z
=-1
e D
1
z2
D
z =-1 (15.27)
b Z
3
D
z e =-'
Z
1
onde D2 = YaYb + YbYc + YaYc, A Equação 15.28 pode também ser escrita na forma
Cap. 15 Quadripolos 673
z z z
= -- -"_b __
1 z a +z b +z
z
zz
= - --b_c__
(15.29)
2 Z +Z b +z e
Z = - - -"_e__
zz
3 z a +z b +z
As equações 15.27 e 15 .29 parecem familiares? De fato, elas são simplesment e transformações es-
trela (Y) - delta empregadas no Capítulo 2, uma vez que o T é uma rede conectada em estrela (Y) e II é uma
rede conectada em delta.
Exemplo 15.16
Vamos determinar as redes equivalentes II e T para o quadripolo mostrado na Figura 15.23a.
Utilizando as equações de transformação de T-para-II, a porção T do quadripolo mostrado na Fi-
gura 15.23b é convertida para a rede II da Figura 15.23c. Combinando o resistor de 2 Q na rede original com
a rede II da Figura 15.23c, tem-se a rede da Figura 15.23d, que pode ser imediatamen te convertida para a
rede II equivalente final da Figura 15 .23e.
2n
1n 1n
(a)
:E 2n
(b)
(e)
,:f~~l<~ (d)
(f}
(e)
l (g)
1 (i)
o
1 (h)
Figura 15.23 Análise de quadripolos equivalentes Te n.
De maneira semelhante, a porção II do quadripolo original mostrado na Figura 15.23f é convertida
na rede T da Figura 15.23g. Combinando o resistor restante de 2 Q na rede original com a rede T da Figura
15.23g, tem-se a rede da Figura 15.23h, que pode ser convertida imediatamen te na rede T equivalente final
da Figura 15.23i.
674 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 15
Exercício
ElS.17 Mostre que os quadripolos das Figuras El5.l e El5 .2 são equivalentes.
Exemplo 15.17
Considere a rede da Figura 15.24a. Os parâmetros h.fbridos do quadripolo são
[:li 21
]-[1001 10-3O]
h 12
h22 -
Desejamos determinar a tensão de saída V O de toda a rede.
Nosso método para abordar o problema será o seguinte. Acharemos primeiramente a impedância
de entrada do quadripolo, somaremos isto ao resistor de 100 Q e refletiremos essa impedância para o lado es-
querdo do transformador. Resolveremos, então, o circuito de dois laços em que o transformador e tudo o que
se encontra à sua direita são representados pela impedância refletida. A tensão e a corrente à esquerda do
transformador serão então refletidas para o lado direito, onde serão usadas em conjunto com os parâmetros
do quadripolo para determinar a corrente da carga e portanto V 0 •
2n jl!1 100n
1:10
Parâ- +
metros
lubridos
12/S!. V
li do
quadri-
polo
conhe-
100 n Vo
cidos
(a)
2n j2 n
12/S!. V
G:' ~ 2n
I,
(b)
Qua-
63/ - 23,2° V V,
dripolo
v, 100n Vº
(e)
Figura 15.24 Circuitos utilizados no Exemplo 15.17.
Cap. 15 Quadripolos 675
onde os parâmetros híbridos são dados e ZL = 100 + }100 Q. Zin é, portanto, 100 Q, e dessa forma, quando
essa impedância é agregada ao 100 Q da Figura 15.24a e refletida para o lado esquerdo do transformador,
obtemos a rede da Figura 15.24b. As equações de malha para a rede são
1) =1X
Resolvendo-se essas equações, tem-se 12 = 3,15 /-23,2º A, e portanto a tensão do lado esquerdo do
transformador é 6,30 /-23,2º V. Refletindo-se a tensão e a corrente para o lado direito do transformador, ob-
tém-se os resultados mostrados na Figura 15.24c. Note que 11 = 0,315 /-23,2º A e que V 2 = -1 2 (100 + }100).
A equação para o quadripolo que relaciona as correntes de saída e entrada é
12 = h 21 11 +h 22 V2
= h 21 I 1 -1 2 (100 + }100)10- 3
1(11)
-----10-3
1 +(100 + }100)
Portanto
Vo = 1001 2
= -28,52/-28,4 º V
Ili
El5.18 Dada a rede da Figura E15.18, determine VO caso os parâmetros híbridos para o quadripolo sejam
h 14
2]
-
40
hJ [-i i
90
12 - 3
72/.!!.V Quadripolo 30
Figura E15.18
Resp.: V 0 = 3 /sr_ V.
1
Quadripolos foram descritos neste capítulo usando-se parâmetros de admitância, de impedância, híbridos e
de transmissão. Circuitos equivalentes para os quadripolos foram descritos e fórmulas de conversão para a
mudança de um conjunto de parâmetros para outro foram apresentadas.
Finalmente, mostramos que um quadripolo pode ser tratado como uma interconexão de redes mais
simples. Foram discutidas as conexões em paralelo, em série e em cascata. Por último, mostramos que redes
equivalentes em T e em TI são as mesmas que as redes estrela (Y) e delta descritas no Capítulo 2.
676 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 15
Pontos-Chave
• Quatro dos parâmetros mais comuns usados para descrever um quadripolo são os parâmetros de
admitância, de impedância, híbridos e de transmissão.
• Alguns dos parâmetros de quadripolo podem não existir para determinado circuito.
• Se todos os parâmetros para uma rede existem, um conjunto de fórmulas de conversão pode ser
usado para relacionar um conjunto de parâmetros de quadripolo a outro.
• Os testes de Brune devem ser satisfeitos para interconecta r dois quadripolos.
• Ao interconecta r dois quadripolos, os parâmetros Y são somados para uma conexão paralela, os
parâmetros Z são somados para uma conexão em série e os parâmetros de transmissão em forma
matricial são multiplicados juntos para uma conexão em cascata.
• Transformações T-para-II são as mesmas que as transformações estrela (Y) - delta.
Problemas
15.1 Dadas as duas redes da Figura P15.l , determine os parâmetros Y para o circuito em (a) e os parâmetros Z para o cir-
cuito em (b).
I, I,
z,
+ + +
v, v, v,
(a) (b)
Figura P15.1
15.2 Determine os parâmetros Y para o quadripolo mostrado na Figura P15.2.
12Q
+ +
v,
Figura P15.5
15.6 Determine os parâmetros Z para a rede da Figura P15 .5.
15.7 Determine os parâmetros Z para a rede mostrada na Figura Pl5.7.
Cap. 15 Quadripolos 677
R,
e I,
+r- -~- 0-- -1
+ I,
+
yV,
v,
V2
Figura P15.7
15.8 Determine os parâmetros Y para a rede
da Figura Pl5. 8.
+
e,
+ C1 L V2
v1 C2 AV 1
Figura P15.8
15.9 Dada a rede da Figu ra Pl5. 9, (a) deter
mine os parâmetros Z para o transform
porta do quadripolo e (c) utilize a infor ador, (b) escreva a equação para cada
mação obtida para determinar V .
2
20
12/J!.V
• • +
j4Q }3 0.
Figura P15.9
15.10 Calcule os parâmetros Z da rede
mostrada na Figura P15.10.
50kn
+ v,, -
+ 2kQ
+
l kn
Figura P15.10
15.11 Calc ule a impedância de entrada
da rede na Figura P15. 10, caso uma carg
15.12 Calcule a impedância de saída a de 4 kQ seja conectada à porta de saída
do quadripolo da Figu ra P15. IO. .
15.13 Determine o ganho de tensão do
quadripolo da Figura Pl5. 10 quando uma
ta de saída. carg aresi stora de 4 kQ é conectada à por-
15.14 Determine os parâmetros Z para
o quadripolo mostrado na Figura P 15.1
4.
•
678 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 15
+ +
20µS v,
Figura P15.14
15.15 Ache o ganho de tensão do quadripolo da Figura Pl 5 .14, caso uma carga de 12 kQ seja conectada à porta de saída.
15.16 Determine a impedância de entrada da rede na Figura P15.14.
15.17 Determine os parâmetros Z do quadripolo da Figura P15.17.
I,
Figura P15.17
15.18 Determine os parâmetros Z para o quadripolo da Figura P15.18.
R,
P15.18
15.19 Determine os parâmetros ABCD para as redes da Figura Pl5.l.
15.20 Determine os parâmetros ABCD para o circuito da Figura Pl5.5.
15.21 Determine os parâmetros de transmissão para a rede da Figura P15.21.
o--------1&------1 (i---o
-jl Q
10
P15.21
15.22 Determine os parâmetros de transmissão para o circuito da Figura Pl5.22 .
•
jwL2
P15.22
Cap. 15 Quadripolos 679
15.23 Determine os parâmetros de transmissão para
o quadripolo da Figura P15 .23.
+
+
+
Vz V,
Figura P15.23
15.24 Determine os parâmetros de transmissão para
a rede da Figura Pl5.2 4 e use essa informação para
achar Z;.
~
1:4
40 -;20
li
Figura P15.24
15.25 Dada a rede da Figura P15 .25, determine os
parâmetros de transmissão para o quadripolo e então
condições nos terminais. ache l 0 usando as
2n
12/J!.V
• +
j2Q
6/.l!!_V
Figura P15.25
15.26 Determine os parâmetros hfbridos para a rede
do Problema 15.2.
15.27 Determine a impedância de entrada da rede
na Figura Pl5.27 , em termos dos parâmetros h.fbridos
carga quadripolo Zi- do quadripolo e da
Quadripolo
Figura P15.27
15.28 Estes são os parâmetros hfbridos para uma
rede.
Parâmetros
Z conhecidos
Figura P15.29
15.30 Determine os parâmetros Z em termos dos parâmetros ABCD.
15.31 Os parâmetros G são definidos como:
l=gV+ g l
1 li 1 12 2
V=gV+ g l
2 21 1 22 2
Determine os parâmetros Z.
15.34 Determine os parâmetros ABCD para a rede da Figura Pl5.23.
15.35 Determine os parâmetros ABCD para o circuito da Figura P15.35.
1n IH
lF
0>---------+--------0 I
Figura P15.35
15.36 Determine os parâmetros de transmissão para o quadripolo da Figura P15 .36 .
•
1n J3 n
Figura P15.36
15.37 Determine os parâmetros de transmissão para o quadripolo da Figura P l5.37.
][2
1 D.
• •
j4D }3 D.
--jl D
Figura P15.37
~ --
Cap. 15 Quadripolos 681
15.38 Determine os parâmetros de transmissão para o quadripolo da Figura Pl5.38 e então use as condições
dos terminais
para calcular 10 .
6tst, V (4-j4)V
Figura P15.38
15.39 Determine os parâmetros Y para o quadripolo da Figura Pl5.39. Determine a admitância de entrada
da rede quando
o capacitar está conectado à porta de saída.
j2 o.
20.
Figura P15.39
15.40 Determine os parâmetros Y para o quadripolo da Figura P15.40.
lF
1 o. 10.
+ +
IF lF
Figura P15.40
15.41 Determine os parâmetros Y para o quadripolo da Figura Pl5.41.
jl O.
• I \ •
}20. }30.
l O. 2n
-jl O.
Figura P15.41
15.42 Determine os parâmetros Y para a rede da Figura Pl5.42.
Figura P15.42
r
!1
15.43 Determine a impedância de entrada na rede mostrada na Figura P15.43 assumindo que os parâmetros de transmissão
para os dois quadripolos sejam conhecidos.
Figura P15.43
15.44 Determine os parâmetros de transmissão do quadripolo da Figura P15.44 e então utilize as condições nos terminais
para achar 10 .
Figura P15.44
15.45 Determine os parâmetros Y para a rede mostrada na Figura P15.45.
Figura P15.45
15.46 Determine os parâmetros Y para o quadripolo da Figura P15.46.
]2Q
]2Q 12Q
Figura P15.46
15.47 Determine os parâmetros Z para o quadripolo da Figura P15.47 e então determine 10 para as condições nos terminais
especificadas.
Cap. 15 Quadripolos 683
+
24/.!l_V
20
Figura P15.47
15.48 Determine a tensão de saída V O na rede da Figura P15.48, caso os parâmetros Z para o quadripolo sejam
z=[i ~]
12/]S[,
Y,1 + - VH
+
j l O -)20 Quadripolo 1!1 V0
Figura P15.48
15.49 Determine a tensão de saída V O na rede da Figura P15.49, caso os parâmetros Z do quadripolo sejam
z = [~ 1i]
+
6/JSf.. V Quadripolo 40 V0
Figura P15.49
MAKRON
V amos introduzir agora a transformada de Laplace. Esta é uma técnica de suma importância porque, dado um
conjunto de condições iniciais, iremos produzir a resposta total do circuito que consiste tanto da resposta na-
tural quanto da resposta forçada.
Neste capítulo, usaremos a transformada de Laplace para a resolução de problemas de circuito de
forma análoga ao uso de fasores na análise senoidal. Usando a transformada de Laplace, transportaremos a
análise de circuitos do domínio do tempo para o domínio da freqüência, onde resolveremos o problema utili-
zando álgebra. Finalmente, converteremos a solução no domínio complexo da freqüência de volta ao domí-
nio do tempo. Portanto, como veremos, a transformada de Laplace é uma transformada integral que converte
um conjunto de equações simultâneas íntegro-diferenciais em um conjunto de equações algébricas simultâ-
neas.
Nosso método será definir a transformada de Laplace, derivar alguns dos pares de transformadas,
considerar algumas propriedades importantes da transformada, ilustrar a operação de transformada inversa,
introduzir a integral de convolução e, por último, aplicar a transformada na solução de equações lineares ín-
tegro-diferenciais com coeficientes constantes.
1 1 Definição
A transformada de Laplace de uma função f(t) é definida pela equação
fi [J(t)]=F(s)= f 00
0
f(t)e- 51 dt (16.l)
onde s é a freqüência complexa
s=a + jw (16.2)
e assume-se que a função /(t) possui a seguinte propriedade
f(t) = O para t < O
Note que a transformada de Laplace é unilateral (O t :5 oo ), contrastando com a transformada de
Fourier (veja Capítulo 18), que é bilateral (-oo < t < oo ). Na análise de circuitos usando a transformada de La-
place, vamos nos concentrar no intervalo de tempo t ~ O. É importante notar que as condições iniciais dizem
684
Cap. 16 Transformada de Laplace 685
respeito ao func iona men to do circuito
antes do insta nte t = O, e port anto noss
do circuito para t 2::: O. a anál ise desc reve rá a operação
Para que a função f(t) tenha uma tran
sfor mad a de Lapl ace, deve satis faze r
a cond ição
T .!
a
o lo - i to lo + i
(a)
f(I)
o ti)
(b)
Figura 16.1 Representações do impulso unitário.
686 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 16
O impulso unitário é zero, exceto por t = t0 , onde ele é indefinido, porém possui área unitária
(algumas vezes chamada de força). Uma função impulso unitário é representada na Figura 16.lb.
Uma propriedade importante da função impulso unitário é o que é freqüentemente chamado de
propriedade de amostragem, que é exibida pela seguinte integral:
!
I(lol 11< 10< 12
f 2
'1
f(t)à(t-t )dt=
o
0 10<1] • t0>t2
para um to finito e qualquer f(t) contínua em t0 . Note que a função impulso unitário simplesmente amostra o
valor de f(t) em t = to.
Exemplo 16.1
A transformada de Laplace da função impulso é
F(s) = Jf"'o Ó(t-t o )e- st dt
Usando-se a propriedade de amostragem da função delta, obtemos
2[à(t - t O
)] = e -t ºs
No limite, quando t0 • O, e -tos • 1, e portanto
2[ó(t)] = F(s) = 1 Ili
Exemplo 16.2
A transformada de Laplace da função
f(t) = te-ª à(t-1) 1
0
st
dt
= J; Ó(t-1) te-(s+a)t dt
Empregando mais uma vez a propriedade de amostragem do impulso, obtemos
F(s) = le-(s+a> =~
eª Ili
Exemplo 16.3
A transformada de Laplace da função degrau unitário definida no Capítulo 7 é
F(s) = J 00
0
u(t)e -,i dt
=f ooo 1 e -,1 dt
1 -st oo
= --e
s
o
a >O
s
Portanto
l
2[u(t)] = F(s) = -
s Ili
16.4
A transformada de Laplace da função degrau unitário deslocada no tempo mostrada na Figura 16.2 é
Cap. 16 Tran sfor mad a de Lapl ace
687
!l.
F(s) = J u(t - a)e- sr dt
0
00
Note que
- as
e
= s
u(t- a)
•
o a
Figura 16.2 Função degrau unit
ário deslocada no tempo.
Exemplo 16. 5
A transformada de Laplace da funç
ão cosseno é
F(s) = J cos wt
0
00
e-
st
dt
oo e jwt +e- jwt
= Jf - - - e - st dt
o 2
"" e - (s-jw )r +e - (s+ jw) r
= J,o - - - - - - d t
2
= ½C-\w + s:jw) 0
>O
s
s s2
E16.3 Mostre que se f(t) = sen wt,
então F(s) = wl(s 2 + w 2).
688 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 16
f(t) F(s)
ó(t) 1
u(t)
s
- a,
e 1
s+a
11
t 1
n! Sn+l
te-ª' 1
(s+a) 2
t"e-ª' 1
n! (s +a) n+I
senbt b
cosbt s
e-ª' senbt b
(s+a) 2 +b 2
$[Af(t)] = J;Af(t)e-'' dt
Uma vez que A não é uma função do tempo,
2?[Af(t)] = A f "'
0
f(t)e -'' dt
= AF(s)
Cap. 16 Transfonnada de Laplace 689
Exemplo 16.6
A transformada de Laplace da função
f (t) =e-ax sen y cos wt
pode ser obtida usando-se os resultados do Exemplo 16.5 como
s
F(s) = e -ax sen y 2
s +w •
$[f (t) ±f (t)]
l s
= Fl (s) ±F2 (s) (16.6)
por definição
= Jof "' f I
(t)e - si dt ± f "' f (t)e - si dt
Jo 2
= F1 (s)±F2 (s)
Exemplo 16. 7
A transformada de Laplace da função
é
F(s) = f (e - ' +e- e -si dt
"'
2
' )
0
= fo"' dt + e -(s+2)t dt
e-( s+l ) I I:
1 1
= -- + - -
s+ 1 s+2
onde $[e-']=l/(s+l ) e $[e - 21 ]=1/(s+2).
•
$ [f(at)] =f "'
0
f(at) e_,., dt
=±F(i) a>O
Exemplo 16.8
Desejamos determinar a transformada de Laplace de f(t) = cos w(t/2).
Achamos que $ [cos wt] = sl(s 2 + w 2 ). Portanto, usando-se o Teorema 3, tem-se
690 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 16
4
cos w(t__) = s
2 (2s) +w 2 2
s
s
2
+w 2 /4
o que é claro, uma vez que 2? [cos at] = s!(s2 + a 2), e nesse caso a = w/2.
•
2?[f(t-t )u(t-t )]=e- 10 'F(s) t ;;::: o (16.8)
o o o
Esse teorema, normalmente conhecido como o teorema de deslocamento, é ilustrado a seguir:
= e -1º,fo'° f(Â)e_,, dt
= e- 10
'F(s) t ;;::: o
o
Exemplo 16.9
Sef(t) = (t- l)u(t- 1), então empregando-se o Teorema 4, achamos que
, e-,1·
2:?[(t- l)u(t-1)] =e-, 2?[t] = -
liMi9hbii
s-7
•
$[f(t)u(t-t )]=e- 10 '2:?[f(t+t )] (16.9)
o o
Por definição,
$[f(t)u(t- t )]
o
= Í,o f(t)u(t -
00
t ) e -si dt
o
Agora seja À = t - t 0 e d = dt, e portanto,
Í,0
00 00
f(t)u(t-t )e-"dt=J f(Â+t )u(Â)e-s(HiºJdÂ
0 -1 0
0
= Í, 00
f(Â+t )e -s(-l+ioJ dÂ
o o
=e- 101
2:?[f(t+t )]
o
16.10
Se f(t) = tu(t - 1), então 2? [f(t)] pode ser obtido a partir do Teorema 5 tal que
2?[tu(t -1)] = e-'2?[t + 1]
=e -,( -+-
l 1)s2 s
•
(J)[e-"' f(t)] = F(s + a) (16.10)
Por definição
Cap. 16 Transfonnada de Laplace 691
Exemplo 16.11
Uma vez que a transformada de Laplace de cos wt é
s
2![coswt]= 2
s +w
então
ai s+a
$[e- coswt]=
(s+a) 2 +w
•
.;J
z;l d"f(t)]
dtª
= s"F(s)- sn-1 f(O)- s "- 2 f'
(0 )
... sº f n-1
(0)
(16.11)
Assim
então
df(t)]
$
[ dt =-f(O)+sF(s)
Usando tal resultado, podemos escrever
2
-dF(s)
2/[if(t)] =- - (16.12)
ds
692 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 16
Por definição,
=f
00
F(s)
0
f(t)e- st dt
Então
2/[tu(t)] = --d -
ds s
(1) = -1s2
Continuando, notamos que
2/[t 2 u(t)]=-- - 2 = -3
ds s s
d(l) 2
e
,
2/[ru(t)] = --d ( -23 ) = -3!
ds s s4
e, em geral,
n!
2/[t"u(t)] = ~ 1
sn+
EiMAM@
(16.13)
Por definição,
= F(À)
00
{ f(t) e-,\, dt
Portanto
Uma vez que f(t) pode ter a transformada de Laplace, podemos mudar a ordem de integração tal
que
e assim
e portanto
Exemplo 16.13
Se f(t) = te-ª t, então
1
F(À)---
- (À+a) 2
Portanto
f "° 1 - 1 1
00
J
s
oo
F(À)dÃ=
s
--2
&= -
(À +a) À+a ,
=-
s+a
Assim
f( t) -ai
1
f (t)= - =!!!__=e-"' e F (s)=-
l t t 1 s+a
•
!Z?[f~ f(À) dÂ] = ~ F(s) (16.14)
2 [J~ f(À) 0
u= J~ f(Â) d dv =e-" dt
-1
du = f(t)dt v= ~ e -"
s
Portanto
-e - si 1
J f(Â) d = - s - J0 f(À) d +; J0 f(t) e-si dt
I ] I <X> <X>
!8 [ 0
o
1
= -F(s)
s
Empregaremos esse teorema mais adiante, quando examinaremos equações íntegro-diferenciais.
Os teoremas que apresentaremos estão listados na Tabela 16.2.
f(t) F(s)
Af(t) AF(s)
f(at)
f(t-t )u(t-t ), t ~ O
o o o
f(t)u(t-t ) e - 10 '!8[f(t+t )]
o o
694 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 16
e - ar J(t) F(s+a)
tf(t) dF(s)
ds
f(t)
f~J(À) dÀ
1
-F(s)
s
Exercícios
E16.4 Detennine F(s), casof(t), = ½ (t - 4e- 21 ).
1 2
Resp.: F(s) = - 2 - - - .
2s s+ 2
E16.5 Se f(t) = te-(1- l)u(t - 1) - e-(1 - l)u(t - 1), determine F(s).
-s
e
Resp.: F(s) = - - .
(s+ 1) 2
E16.6 Determine F(s) casof(t) = e- 41 (t - e- 1) .
1 1
Resp.: F(s) = - - -
2
- --.
(s+4)s+5
E16.7 Detennine a transformada de Laplace da função te- 4x!(a 2 + 4).
e-4 x
Resp.: F(s) = 2 2 .
s (a + 4)
E16.8 Se f(t) = cos wtu(t - 1), detennine F(s) .
Exemplo 16.14
Desejamos determinar a transformada de Laplace para a função dente-de-serra da Figura 16.4.
Cap. 16 Transformada de Laplace 695
j{t)
1 ................. . u(t-T)
T+ T0
T
-1 ............
- u(I-T -T0 )
f{t) (a)
T ,+ T0
(b)
Figura 16.3 Função porta gerada a partir de duas funçõe
s degrau unitário.
f{I)
A A
= -tu(
T
t)--( t-T +T )u(t-T )
T o o o
o o
A A
= -tu(t
T
) --(t -T )u(t-T )-Au (t-T)
T o o o
o o
Então F(s) é
A -, s
2 [Au(t -t )]= - e 0
o s
696 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 16
B -, s
$[B(t-t )u(t-t )]=-e 0
o o s2
Para cada descontinuidade da curva, teremos um degrau na expressão, e para cada mudança de in-
clinação, teremos uma rampa na expressão. O exemplo a seguir ilustra a técnica.
Exemplo 16.15
Vamos determinar a transformada de Laplace da função mostrada na Figura 16.5.
f(t)
30
25
20
15
10
5
2 3 4
-5
-10
-15
Figura 16.5 Função linear por partes usada no Exemplo 16.15.
Iniciando no instante t = O, existe uma descontinuid ade de 10; portanto, a função contém o termo
lOu(t). A inclinação muda de O para 5 no instante t = O e, portanto, a expressão contém o termo 5tu(t). No
instante t = 2, a inclinação muda de 5 para O e, portanto, a expressão contém o termo -5(t - 2)u(t - 2). No
instante t = 4, a inclinação muda de O para 10, e dessa forma a expressão vai conter o termo lü(t- 4)u(t- 4).
Continuando desse modo, obtemos
f (t) = lOu(t) + 5tu(t) - 5(t - 2)u(t - 2) + lü(t - 4 )u(t - 4)
-25(t- 5)u(t - 5) + 15(t- 8)u(t - 8) + I5u(t - 8)
Portanto,
10 5 5 - 2 s 10 _45 25 -os 15 - 8s 15 - 8s
F (s)= - + - 2 - - e +-e -- e · +-e + -e
s s s2 s2 s2 s2 s
•
Exercícios
E16.10 Determine a transformada de Laplace para a função da Figura El6.10.
f(t)
Figura E16.10
l e-s e-2s e- 3s
Resp.: F(s)=-+ - - - - -.
s s s s
Cap. 16 Transformada de Lapla ce 697
E16.11 Dete rmin e a transformada de Lapl
ace para a curv a da Figu ra E16. ll.
.f{t)
o 2 3
Figura E16.11
1 e- s e-2 s 2e-3s
Resp.: F(s) = 2 - - + - - -2- ·
s s2 s s
1
--= I+x +x 2 +x ·3 + ...
1-x
e já que x = e-sT; lxl = 1e•sT1 < 1 contanto que T > O. Port anto ,
F (s)
.$[f( t)] = 1 -le -Ts (16.1 9)
onde F 1(s) == L if1(t) ], a trans form ada de
Lapl ace do prim eiro perío do def( t) , e F
1
(s) = Jorr f(t)e - st dt.
Exemplo 16.16
A trans form ada de Lapl ace da curv a perió
dica mos trada na Figu ra 16.6 é
F ( s)
.$[f( t)] = 1 -le- rs
onde do Exem plo 16.14,
fit)
T,, T 2T+T,, 3T
•
Exercícios
E16.12 Determine a transformada de Laplace da fun ção periódica da Figura E 16.12.
fit)
Figura E16.12
Resp.: F(s) = -
1 ( 1
- - -
e- s
- +-
e- 2s 2e-}s)
-- - .
1- e- 4 s s 2 s 2
s s
E16.13 Determine a transformada de Laplace da funç ão periódica da Figura El6.13 .
fit)
o 2 3 4 5 7 8
Figura E16.13
Resp.: F(s)=--_-
1 (1
-+-- - - - .
e- s e-2s e-3s)
1- e 4 s S S s s
As raízes do polinômio P(s) são chamadas de zeros da função F(s) porque nesses valores de s, F(s) = O.
De forma semelhante, as raízes do polinômio Q(s) são chamadas pólos de F(s), uma vez que nesses valores
de s, F(s) se torna infinita.
Se F(s) é uma função racional própria de s, então n > m. Entretanto, se não é este o caso, simples-
mente dividimos P(s) por Q(s) para obter um quociente e um resto; isto é,
P( ) P (s)
_s_ = C s'"-" + ... +C s 2 +C s+C + - 1- (16.21)
Q(s) m-n 2 1 O Q(s)
Agora P 1(s)/ Q(s) é uma função racional própria de s. Vamos examinar as possíveis formas de
raízes de Q(s) .
1. Se as raízes são simples, P 1(s)/ Q(s) pode ser expresso em forma de fração parcial como
P (s) K K K
-'-=--'-+- -2 -+ ... + - -"- (16.22)
Q(s) s+p s+p s+p
1 2 11
2. Se Q(s) possui raízes complexas simples, elas vão aparecer em pares complexos conjugados e
a expansão em frações parciais de P 1(s)/ Q(s) para cada par de raízes complexas conjugadas
será da forma
P (s) K K'
1 = 1 + 1 +... (16.23)
Q 1 (s)(s+a-J/3)(s+a+J /3) s+a-j/3 s+a+J/3
onde Q(s) = Q 1(s)(s + a - J/3)(s + a + J/3) e K/
é o conjugado complexo de K1.
3. Se Q(s) possui uma raiz de multiplicidade r, a expansão em frações parciais para cada raiz será
da forma
P (s) K K K
1 11 2 Ir
- - -- -= + 2 + ... + - -- + ... (16.24)
Q(s)(s+p
1
r
(s+p,) (s+p) (s+p )'1 1
A importância dessas expansões em frações parciais se baseia no fato de que uma vez que a função
F(s) é expressa dessa forma, as transformadas individuais de Laplace podem ser obtidas de pares conhecidos
e tabulados. A soma dessas transformadas inversas de Laplace produz então a desejada função no tempo, f(t)
= 2,1- 1[F(s)].
Pólos Simples
Vamos assumir que todos os pólos de F(s) são simples, tal que a expansão em frações parciais de F(s) é da
forma
P(s) K K K
F(s)=--=-1-+ - -2 -+ ... +-"- (16.25)
Q(s) s+p s+p s+p
1 2 n
Então a constante Ki pode ser determinada multiplicando-se ambos os lados dessa equação por (s +
p;) e determinando-se o valor da equação em s = - pi; isto é,
(s+p)P(s)
l
=O+ ... +O+K +o+ ... +o i=l,2, ... ,n (16.26)
Q(s) i
Uma vez que todos os termos Ki sejam conhecidos, a função no tempo fit) = L -1 [F(s)] pode ser
obtida usando-se o par de transformada de Laplace
gr'[- 1
-]
s+a
= e-oi (16.27)
Exemplo 16.17
Dado que
12(s+l)(s+3)
F(s) = - - -- - -
s(s+2)(s+4)(s +5)
1
'
.J_
700 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 16
ou
36
K0 = 40
De modo semelhante,
12(s+l)(s+3)
(s+2)F(s) =K
s=-2
s(s+4)(s+5) s=-2
1
ou
K1 = l
Usando-se o mesmo método, chegamos a K 2 = 36/8 e K 3 = -32/5. Desse modo, F(s) pode ser escri-
ta como
36/ 40 1 36/8 32/ 5
F(s)=--+-+----
s s+2 s+4 s+5
Entãof(t) = It- 1[F(s)] é
Exercícios
E16.14 Determine f(t) caso F(s) = lO(s + 6)/(s + l)(s + 3).
Resp.: .f(s) = (25e -t - 15e-3t)u(t).
E16.15 Se F(s) = 12(s + 2)/s(s + 1), determine f(t).
Resp.: f(s) = (24 - 12e -t)u(t).
(s +a - J/3)F(s) =K (16.29)
1
s= - a +jf3
...
Cap. 16 Transformada de Laplace 701
Nesse caso, K 1 é em geral um número complexo que pode ser expresso como IK 111!}_. Então K 1* =
IK 11é!}_. Dessa maneira, a expansão em frações parciais pode ser expressa na forma
F(s)
IK1I@_ IK1ltJ}___
= ---+--'------+ ...
s+a - J/3 s+a - J/3
IKJj0 IKJ-j0
= ~---'---+~--- +...
s + a - J/3 s + a - J/3
(16.30)
A função no tempo correspondente é então da forma
f(t) = 2:'- 1 [F(s)] =IK lefie-(a-j/l)t +IK le-j0 e-(a+j/l)t +···
1 1
=IK le-ª[ej(/Jr+eJ +e-j(/Jr+eJ]+··· (16.31)
1
Exemplo 16.18
Vamos determinar a função no tempo f(t) para a função
lO(s+ 1)
F(s) = 2
s(s +2s+s)
A função F(s) pode ser expressa como uma expansão em frações parciais da forma
F(s)
lO(s+l)
=- - - K1
- - - - = -Ko +----=----+
s(s + 1- jl)(s + 1 + jl) s s + I - jl s + I + jl
Então
sF(s) =K o
s=O
__ (l_O_)(l_)_ = = K
5
(1 + jl)(l - jl) o
De forma similar,
(s + 1- jl)F(s) =K 1
s=-1+ jl
(10)(-1 + jl + 1)
--'-------'--------'------- =K
(-1 + jl)(-1 + jl + 1 + jl) 1
52 / -135 0
-✓ = Kl
Então, é claro,
Assim,
5 (5/✓2)/-135º (5/✓2)/-135º
F(s) = -+ +
s s + 1 - jl s + 1 + jl
e portanto
f(t) = [5 + 5✓2e-' cos (t-135º )]u(t) •
702 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 16
Exercícios
E16.16 Determine j(t) caso F(s) = sl(s 2 + 4s + 8).
Resp.: j(t) = 1,41e-21 cos (21 + 45º)u(t).
E16.17 Se F(s) = (s + 1)/(s2 + 6s + 13), determine f(t).
Resp.: j(t) = 1,41 e- 3r cos (21 + 45º)u(t).
Pólos Múltiplos
Vamos supor que F(s) tenha um pólo de multiplicidade r. Então F(s) pode ser expandida em frações parciais
da forma
p (s)
F(s) = - - -1
--
Q (s)(s+p 1 1
r (16.32)
K K K
= __li_ + 12 + ... + lr + ...
2
s+p (s +p ) (s+p )'
1 1 1
Empregando-se o método para um pólo simples, podemos calcular K r como
1
(s+p )'F(s)
1
=K 1r (16.33)
Para calcular Klr-l , multiplicamos F(s) por (s + p 1/ como fizemos para determinar K r; no entan-
to, antes de avaliar a equação em s = -p 1, derivamos em relação as. A prova que isto irá produzir1K,r-l pode
ser obtida multiplicando-se ambos os lados da Equação 16.32 por (s + p / e então tomando a derivada em
1
relação as. Agora, quando determinamos o valor da equação em s = -p , o único termo restante no lado di-
1
rei to da equação é K I r _ 1, e portanto
d
- (s+ p )'F(s) =K lr-1 (16.34)
ds 1
s=-v 1
K1r -2 pode ser calculado de modo semelhante e, nesse caso, a equação é
d2
- [(s + p )' F(s)] = (2!)K lr- 2 (16.35)
ds 2 1
s=-p l
1 d '- 1
K
IJ
=- - - - [( s +p
(r- j)! dsr-J
)'F(s)] (16.36)
1
Exemplo 16.19
Dada a função F(s) a seguir, desejamos determinar a função correspondente no tempo f(t) = $ -I [F(s)].
10(s+3)
F(s)=-- - -
(s+l)\s+2)
Expressando F(s) como uma expansão em frações parciais, obtém-se
10(s+3) K" K,2 K1 3 K2
F(s)= - - - - = - + - -2 + -- + -
(s+l)\s+2) s +l (s+l) 3
(s+1) s+2
Então
(s+l/F(s) =K l:l
s=-1
20= K
l:l
Cap. 16 Trans forma da de Lapla ce 703
K 12 é então deter mina do pela equação
d
- [(s+l ) 3 F(s)] =K 12
ds
-10
=-lO =K 12
(s+2 ) 2 s=-1
20
(s+2 ) 3
= 20 =2K li
s= - l
Portanto,
Além disso,
(s+2 )F(s) =K
2
.t = - 2
-lO= K 2
Dess a forma, F(s) pode ser expre ssa como
10
F ( s ) = -10- - - + 20
----
10
2
s+l (s+1 ) (s+l) 3 s+2
Empr egam os agora o par de transformadas
Exercícios
•
E16.18 Deter minef (t) caso F(s) = s/(s + 1) 2.
Resp.: flt) = (e-1 - te -t)u(t ).
E16.19 Se F(s) = (s + 2)/s 2 (s + !), determine
flt).
Resp.: flt) = (-1 + 2t + e -t)u(t ) .
Se f(t) J,'
= O f 1 (t -À)f2 (À) dÀ = J,' f O
(Â)f (t - À) dÀ
(16.37)
1 2
e !l?[f(t)] = F(s), !l?[fi(t)] = F1(s) e !l?[fz(t)]
= F2(s), então
F(s) = F (s)F
1 2
(s)
(16.38)
704 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 16
Colocamos agora a função no fomrnto apropriado introduzindo na integral, dentro dos colchetes, a
função degrau unitário u(t - À). Fazemos isto porque
Note que a integral entre os colchetes vem do teorema de deslocamento ilustrado no Exemplo 16.9.
Desse modo, a equação pode ser escrita como
$[f(t)] = f'" f (À)F (s)e -d dÀ
JO 2 1
Exemplo 16.20
Vamos determinar a transformada inversa de Laplace da função F(s), onde
F (s)=(-s
1
)2
s+l
Usando-se convolução, temos
s s
F (s)=F (s)= - =1--
1 2 s+l s+l
Portanto,
f 1 (t) = f 2 (t) = ó(t) - e-,
Assim,
Àl ÀF
(a)
Figura 16. 7 Duas funçõe (b)
s t1 (À) e t (Ã).
2
Apesar de empregarmos con
em bor a bastante simples, ilus volução para derivar uma tra
tra que este é um método mu nsformada inversa de Laplac
ito fraco. Se a função F(s ) e, o exemplo,
matemática necessária par for muito complicada, a
a resolver o problema pod
ferramenta muito pod ero sa e se tom ar impraticável. Co
e útil. Para entender sua util nvolução é, entretanto, um
convolução examinando-a idade, vamos interpretar a a
do ponto de vista gráfico. operação da int egr al de
Suponhamos que as fun çõe
sf1(À) efz(À) são como mo
função deslocada no tempo stradas na Figura 16.7. Sef
z(À) = e-aÀ u(À), a
f (À -t)
2
= e -a (À- r) u(À - t)
é como mostrada na Figura
16.8a. Se agora mudarmos
o sinal do argumento de tal
forma que a função seja
f (t - À)= e-a(i-,t )u( t- À)
2
então a função é refletida em
tom o do ponto À= t, como
de con vol uçã o,f (À)fz(t -À mostrado na Fig ura 16.8b.
1 ), será diferente de zero som O integrando da integral
breposição, ou produto das ent e quando as duas funções
duas funções, para vários val se sobrepuserem. A so-
tegral de convolução para ores de t é mo stra da sombre
vários valores de t é igual ada na Figura 16.9. A in-
dessa área em função de t à área sombreada mostra
é mostrado na Figura 16.10. da na Figura 16.9. Um grá
multiplicando-a porfz(À) e Se tivéssemos deslocado e fico
subseqüentemente integrand refletido a funçãof1(À),
Essa explicação gráfica é nor o-a , obteríamos novamente a
malmente de ajuda, pois ela curva da Figura 16.10.
interpretar a integral de con proporciona uma forma com
volução. Ela também serve, ple me nta r de
fer ram ent a de sim ula ção no entanto, para ilustrar que
mu ito imp ort ant e. Por exe a con vol uçã o é um a
rede, podemos usar a convol mplo, se conhecermos a res
ução para determinar a res posta ao impulso de uma
nível apenas experimentalme posta da rede par a uma ent
nte. Dessa forma, a convol rada que pode estar dispo-
que não podem ser escritas ução per mit e obt er a res pos
como funções analíticas, por ta da rede para entradas
ém pod em ser simuladas em
um computador digital.
706 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 16
h (t - À) = f, [-(À. - 1)]
À.
(a) (b)
Figura 16.8 Deslocamento e reflexão de t2 (l).
t1 ('A.l e t2(t- 'A.)
À.
À.
À.1 À.F t À.
Figura 16.9 O produto das funções t1 (,l) e t2 (t-l) mostrado na área sombreada das figuras para diferentes va-
lores de t.
f, • f,
o À.1
~--·
Cap. 16 Transformada de Laplace 707
Ior final determinando f(t) quando t • oo. Seria muito conveniente, entretanto, se pudéssemos simplesmente
determinar os valores inicial e final de F(s) sem ter de fazer a transformada inversa. Os teoremas de valor ini-
cial e final nos permitem fazer exatamente isto.
O teorema do valor inicial afirma que
lim f(t)
,- o
=lim
.s-cc
sF(s) (16.40)
contanto que j{t) e sua primeira derivada tenham transformada.
A prova desse teorema emprega a transformada de Laplace da função df(t)/dt.
= sF(s)- f(O)
00
f 0
~ -
dt
st
dt
lim
s-+ oo
f O
00
df(t) e- st dt
d!
=lim[sF(s) -
~oo
f(O)]
l - li me -si d t= O
-df (f)
oo
0 dt ,....,.
então
f(O) = lim sF(s)
1- 00
que é, obviamente,
lim f (t) = lim sF(s)
1- 0 s~ co
contanto que f(t) e sua primeira derivada sejam passíveis de transformação e que f( oo) exista. Essa última exi-
gência significa que os pólos de F(s) devem ter partes reais negativas, com exceção de um único pólo que
pode estar em s = O.
A prova desse teorema também envolve a transformada de Laplace da função df{t)ldt.
f "' 0
~-si
dt
dt = sF(s)- f(O)
Tirando-se o limite de ambos os lados quando s • O resulta em
f ~
00
e desse modo
f(oo) = lim f(t) = lim sF(s)
/• 00 s--,-0
Exemplo 16.21
Vamos determinar os valores inicial e final para a função do Exemplo 16.18.
-""",,.._
708 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 16
A função é
lO(s+l)
F(s)= - - - -
s(s2 +2s+2)
e a função no tempo correspondente é
f(t)=5+5✓2e -' cos(t-135º)
Aplicando-se o teorema do valor inicial, temos
f(O) = lim
,- oo
sF(s)
= lim IO(s + 1)
,-
00
s 2 +2s+2
=O
Os pólos de F(s) sãos= O e s = -1 ± jl, portanto o teorema do valor final se aplica. Assim,
f(oo) = lim
,-. Q
sF(s)
. IO(s+l)
=lim----
2
s o s +2s+2
•
=5
Note que tais valores poderiam ser obtidos diretamente da função no tempo f(t). 1
Exercício
E16.20 Determine os valores inicial e final da função f(t) caso F(s) = !2? [f(t)] seja dada pela expressão
2
(s + 1)
F(s) =
s(s+2)(s 2 +2s+2)
Resp.: f(O) = O ej(oo) =1/4.
Exemplo 16.22
Dada a seguinte equação diferencial, vamos determinar y(t)
2
d y(t) + Sdy(t) +6 (t) = e-'
dt 2 dt y
onde y(O) = 1 e y'(O) = l.
Transformando-se a equação, obtemos
2 1
s Y (s) - sy(O)- y (O) +S[sY(s) - y(0)]+6Y(s) =- 1
s+l
Cap. 16 Transformada de Laplace 709
ou
o 1
Y(s)[s- +5s+6] =-+ s + l +5
s+l
Portanto,
l s+6
Y(s) = 7 + ?
(s+l)(s- +5s+6) s- +5s+6
O primeiro termo do lado direito da equação é a resposta para as condiçõ es
iniciais nulas. O segun-
do termo no lado direito da equação modific a a solução complem entar para
satisfaze r as condiçõ es iniciais
necessárias. Note que a solução particul ar não é afetada pelo segundo termo.
Usando- se as técnicas descrita s
anteriormente para se determin ar a transfor mada inversa, obtém-s e
y(t) = (½e-' +3e- 21 -}e- 3' )u(t)
Esse método pode ser aplicado de forma semelha nte a um conjunt o de equaçõe
ciais simultân eas com coeficie ntes constantes, conform e ilustrado no seguinte
s lineares diferen-
•
exemplo .
Exemp lo 16.23
Vamos usar a técnica de transfor mada de Laplace para resolver as equaçõe
s simultân eas
dx(t) dy(t)
--+-- +2y( t) = 4u(t)
dt dt
dx(t) dy(t)
2--+ x(t)+ -- = 2u(t)
dt dt
onde y(O) = 1 e x(O) = -1.
Transfo rmando- se as equações, obtemos
•
16.24
Vamos finalmente emprega r a transfor mada de Laplace para resolver a equação
L
710 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 16
4=K
o
De modo semelhante,
10(s+2)
=K 1
s(s+2+ Jl) s=-2+jl
2,236/-153,43º =Kl
Portanto,
2,236/153,43º = K*l
A expansão de frações parciais de Y(s) é então
y (s) = -4 + __:__----'=====-
2,236/-153,43º 2,2:_3_6-'=/=15=3=,4=3º=
+-
s s + 2 - jl s + 2 + jl
e portanto
y(t) = [4 +4,472e - 2
, cos(t-153,43º )]u(t) li
Exercícios
E16.21 Resolva a equação diferencial
2
d y(t) + 11 dy(t) + 30 (t) = 4u(t) y(O) = y'(O) =O
dt 2 dt y
Resp.: y(t) = (1o-{e- 51 + ½e- 6 ' )u(t).
E16.22 Determine y(t) se
dy(t) + J' y(À.)e- 2 U-Àl& = u(t) y(O) = O
dt 0
1
Este capítulo descreveu uma ferramenta de análise poderosa chamada transformada de Laplace. Mostramos
que por meio do uso dessa técnica podemos transformar um conjunto de equações lineares íntegro-diferenciais
com coeficientes constantes no domínio do tempo para um conjunto de equações algébricas no domínios. As
Cap. 16 Transformada de Laplace 711
Pontos-Chave
• A transfor mada de Laplace nos permite converte r um problem a do domínio
do tempo para o do-
mínio da freqüênc ia onde tal problem a pode ser resolvid o algebric amente.
A seguir, converte -se
a solução de volta ao domínio do tempo.
• A transfor mada de Laplace é definida como
Problemas
16.1 Demonstre as seguintes igualdades:
1
(a) $[e-ª' ]=--.
s+a
(b) $(senwt] = -s 2-w -,. (e) $[t] = 21 .
+w- s
16.2 Determine $ lftt)] caso f(t) seja dado pela expressão
e- ( a+I )
f(t)= --
4x
16.3 Determine $ lftt)] caso f(t) seja
f(t) = a+ a 2 t+ ae-ª1 + a 2 cosat
16.4 Determine F(s) caso f(t) = e-at sen wtu(t - 1).
16.5 Determine F(s) casof(t) = te-ª 1u(t - 4).
16.6 Utilize o Teorema 5 para determinar L [f(t)] caso
f(t) = e~'u(t - 1)
16.7 Utilize o Teorema 6 para determinar L [f(t)] caso
f(t) = te-atu(t - 1)
16.8 Utilize o teorema de deslocamento para determinar L [f(t)), onde
f(t) = [t-1+ e- (t-l )]u(t-1)
16.9 Utilize o teorema de deslocamento para determinar L [f(t)), onde
f(t) = [e- (t-Z ) - e-Z(I-Z)]u(t- 2)
16.10 Se fl.t) = tcos wtu(t - 1), determine F(s).
712 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 16
16.11 Determine F(s) caso fit) seja dada pela forma de onda da Figura Pl 6.11.
j(t)
Ai------ .
O T
Figura P16.11
16.12 Determine F(s) sef(t) é dada pela forma de onda da Figura P16.12.
f(t)
O T
Figura P16.12
16.13 Determine F(s) casof(t) seja dada pela forma de onda da Figura Pl6.13.
j(t)
o 2
Figura P16.13
16.14 Determine a transformada de Laplace da forma de onda mostrada na Figura Pl6.14.
f(t)
-2
P16.14
16.15 Determine a transformada de Laplace da forma de onda periódica mostrada na Figura P16.15.
f(t)
P16.15
-
Cap. 16 Transformada de Laplace 713
6
o 2
-1
Figura P16.16
16.17 Determine a transformada de Laplace da forma de onda mostrada na
Figura Pl6.17.
J(t)
3 4 5 6 7
Figura P16.17
16.18 Determine a transformada de Laplace da forma de onda mostrada na
Figura Pl6.18.
j(t)
Figura P16.18
16.19 Determine a transformada de Laplace da forma de onda mostrada na
Figura P16.19.
J(t)
o 2 3 4 5
Figura P16.19
16.20 Determine a transformada de Laplace da forma de onda mostrada na
Figura Pl6.20.
f(t)
3 6 7
2
-1
P16.20
r
714 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 16
+l
-1
Figura P16.21
16.22 Determine a transformada de Laplace da forma de onda mostrada na Figura P16.22.
fit)
-1
Figura P16.22
16.23 Determine a transformada de Laplace da forma de onda mostrada na Figura P16.23.
fit)
-1
Figura P16.23
16.24 Determine a transformada de Laplace da forma de onda mostrada na Figura P16.24.
fit)
o 3 4 5 7 8
Figura P16.24
16.25 Determine a transformada de Laplace da forma de onda mostrada na Figura Pl6.25.
fit)
-1
Figura P16.25
...
Cap. 16 Transformada de Laplace 715
16.26 Determine a transformada de Laplace da forma de onda periódica mostrada na Figura P16.26.
flt)
10 sen t
Figura P16.26
16.27 Determine a transformada de Laplace da forma de onda mostrada na Figura P16.27.
2:n:
C\ (
4:n:
Figura P16.27
16.28 Dadas as seguintes funções F(s), determine f(t).
s+ 10 24
(a)F(s)= (s+4)(s+6) (b)F(s)= (s+2)(s+8)
16.29 Dadas as seguintes funções F(s), determine f(t).
s s2 + 3s+ 2
(a) F(s) = (s+8)(s+ 12) (b) F(s) = s2 + 2s+ 1
16.30 Dadas as seguintes funções F(s), determine ftt).
s2 +7s+ 12 (s+ 3)(s+6)
(a)F(s)= (s+2)(s+4)(s+6) (b)F(s)= s(s2+10s+24)
16.31 Dadas as seguintes funções F(s), determine f(t).
s 3 + 2s 2 + s s2 +4s+ 3
( b ) F ( s ) = - -2 - - - - -
(a)F(s)= s2(s2+5s+4) (s2 + 2s+ l)(s +7s+ 12)
16.32 Dadas as seguintes funções F(s), determine f(t).
s2+4s+5 s+lO
(a) F(s) = (s+ l)(s+ )
4 (b) F(s) = ----:;:z
16.33 Dadas as seguintes funções F(s), determine f(t).
s+8 1
(a) F(s) = 2 (b) F(s) = 2
s (s+6) s (s+l) 2
16.34 Dadas as seguintes funções F(s), determine f(t).
s+4 s+6
(a) F(s) = - - (b) F(s) =
(s+2)2 s(s+l) 2
16.35 Dadas as seguintes funções F(s), determine ftt).
s2 (b) F(s) = s2 +9s+ 20
(a)F(s)= (s+l) 2(s+2) s(s+4)3(s+5)
16.36 Dadas as seguintes funções F(s), determine f(t).
s2 +6s+8 b F(s)=-------
s2+9s+l8
()
(a) F(s) = s2(s+ 2)(s2 + !Os+ 16) s(s+4)(s2 + 10s+24)
16.37 Dadas as seguintes funções F(s), determine f(t).
F( s(s+6) (b) F() (s+4)(s+8)
()
ª s)=(s+3)(s2+6s+l8) s=s(s2+8s+32)
16.38 Dadas as seguintes funções F(s), determine f(t).
s+ 2 s(s+ 2)
(a) F(s) = - - - - - - - - (b) F(s) = --'--'---
(s2 + 4s+5)(s2 + 4s+ 8) s2+2s+2
716 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 16
....
Cap. 16 Transform ada de Laplace 717
dy(t) + 2y(t) +
dt
J1 y(À)e- 2U-Àld,1, = 4u(t),
0
y(O) = 1, t>O
16.59 Determine y(t) caso
f
f f
y(t)+
0
y(À)(t-À) d = e-
CAPÍTULO
!b
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17
Aplicação da Transformada
de Laplace à Análise ·de
Circuitos
Demonstramos no Capítulo 16 como a transformada de Laplace pode ser usada para resolver equações linea-
res diferenciais com coeficientes constantes. Uma vez que todas as redes lineares com as quais estamos li-
dando podem ser descritas por tais equações, o uso da transformada de Laplace na análise de circuitos é um
método viável. As características de entrada e saída para cada elemento do circuito podem ser descritas no
domínio s transformando-se as equações devidamente no domínio do tempo. As leis de Kirchhoff, quando
aplicadas a um circuito, produzem um conjunto de equações íntegro-diferenciais em termos das característi-
cas dos elementos da rede que, quando transformadas, produzem um conjunto de equações algébricas no do-
mínio s. Portanto, é possível analisar um circuito no domínio da freqüência. Nesse caso, os elementos
passivos da rede são representados pela sua impedância ou admitância transformada; e fontes, tanto indepen-
dentes como dependentes, são representadas em termos de suas variáveis transformadas. Tal análise no do-
mínio s é algébrica e todas as técnicas derivadas na análise de se aplicam. Isto é, portanto, semelhante à
análise de de redes resistivas e todas as técnicas de análise e teoremas de redes que foram aplicadas à análise
de são válidas no domínio s (por exemplo, análise nodal, análise de laço, o princípio da superposição,
transformação de fonte, teorema de Thévenin, teorema de Norton e combinações de admitância ou impedân-
cia). Dessa forma, nosso enfoque será transformar cada um dos elementos de circuito, desenhar um circuito
equivalente no domínio s e, então, usando a rede transformada, resolver as equações do circuito algebrica-
mente em tal domínio. Por último, uma tabela de pares de transformadas pode ser empregada para obter uma
solução completa (transiente e em estado estacionário). Nosso enfoque neste capítulo será empregar os mo-
delos do elemento de circuito e demonstrar, usando vários exemplos, muitos dos conceitos e técnicas que
apresentamos anteriormente.
718
Cap. 17 Aplicação da transformada de Laplace à análise de circuitos 719
i(t) l (s)
+ +
v(t) R V(s} R
(a}
(b}
+ + +
(e)
v .(t)
• • v ,(t)
L, L, V1(s} V,(s}
(d)
Exemplo 17.1
Dados os circuitos da Figura 17 .2a e b, desejamos escrever as equações de malha no domínio s para a rede da
Figura 17.2a e as equações nodais no domínios para a rede da Figura 17.2b.
O circuito transformado usando-se os valores de impedância para os parâmetros da rede na Figura
17 .2a é mostrado na Figura 17 .2c. As equações de malha para essa rede são
1 1
(
R1 +-- + --+sL 1
sC sC
)1 (s)-(-sC1-+sL )1
1 I 2
(s)
1 2 2
V (0) V (0)
= VA (s)--1-+-
s
2
-
s
-L i (O)
1 1
Cap. 17 Aplicação da transfarmada de Laplace à análise de circuitos 721
-(-
1
sC
-+sL 1 )1 (s)+(-sC1-+sL +sL
1 1 2
+R 2 )1 2
(s)
2 2
v (0)
=Li (0)--2~ - L i (O)+V (s)
1 1 s 2 2 B
v 1(0)
R, L,
+
e, i,(0)
+ e,
v,(t)
+
L,
(a)
- i2 (0)
L,
t ;A (O)
(b)
_l_ v,(O)
L 2 i2 (0)
v2 (0)
+ s
VA(s)
(e)
1
sC1
~-----------------------------~
V 1 (s)
1
sC2
(d)
Figura 17.2 Circuitos usados no Exemplo 17.1. (continuação)
O circuito transformado usando-se os valores de impedância para os parâmetros da rede na Figura
17 .2b é mostrado na Figura 17 .2d. As equações nodais para essa rede são
(G1 +-sL-+sC
1
1
I
+-
sL
2
-]v (s)-(--+sC ]v (s)
1
1
1
sL
2
1 2
i (0) i (O)
= I A (s)--1 s-+-2-s - C 1 v 1 (O)
-(-
1
sL -+sC1
2
]v (s)+(--+sC +G
1
1
sL
2
1 2
+sC 2 ]v (s) 2
i (O)
2
=CV (0)----C V (0)+1 (s)
1 1 S 2 2 B
•
O Exemplo 17 .1 ilustra uma maneira de empregar as duas representações no domínio s dos elemen-
tos de circuito indutor e capacitor quando condições iniciais são apresentadas. Nos exemplos seguintes, ilus-
tramos o uso de diversas técnicas de análise para obter a resposta completa de uma rede transformada. Os
circuitos analisados foram escolhidos especificamente para demonstrar o uso da transformada de Laplace em
circuitos com uma variedade de elementos passivos e ativos.
Exemplo 17.2
Considere a rede mostrada na Figura 17 .3a. Vamos determinar as tensões nodais vi(t) e v,(t) usando a análise
nodal e o princípio da superposição.
A rede transformada é mostrada na Figura 17 .3b. As equações para a rede são
V (s) ( -+-+-
1 1 s)
-V (s) - (s) = -12
1 s 2 2 2 2 s2
IH V 1 (t) V (t)
12u(r) V
2n
~F
2n
(a) -=-
vi (s) _
[V,(s)]- [ -;
s 2 +s+ 2
2s -; ]-![;;]
s+l 4
-- -
2 s
= 2s 2
4s
+3s+ 2
[s;i ~ ,, !:+2 El
=1s~: :2+: ::2+ ::)1
4(s 2 +4s+ 2)
2
s(s +3s/ 2+1)
Vamos agora deter mina r v (t) = .!li- 1
1 [V 1(s)] e v2 (t) = .!li- 1[Vi(s)]. V 1(s) pode ser escrita como
2 2
4(s +3s+ 3)
V (s) =- -2
- - - = - - - - - -4(s= -+3s+ 3)
-----=--
1 s(s + ½s+l) s[s+ ¾+ j(✓7l4)][s+¾- }(✓7/4)]
Portanto,
4(s 2 +3s+ 3)
- - - --- --- --- -c= -- = -0 + -- -K
K
-1- = - + - -~- ---= -
K;
s[s+ ¾- J(✓7l4)][s+ ¾ + }(✓ 714)] s s+¾ - }(✓714) s+ ¾+ }(✓714)
Dete rmin ando -se os valores K e K , obtem
0 1 os
4(s 2 +3s +3)
=K
o
12= K
o
e
4(s 2 +3s+ 3)
s[s+ l + '(✓7/4)]
=K
4 J s=-31 4+ j( ✓?/4) L
4/180 ° = K1
724 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 17
Portanto,
De modo semelhante,
4(s 2 +4s+2) K K K*
V2(s)= - - -- - = - º + t + t
2
s(s +f s+l) s s+¾- }(✓714) s+ ¾+ }(✓714)
Determinando-se as constantes K 0 e K 1, obtém-se
4(s 2 +4s+2)
2
=K o
s +fs+l s=O
8=K
o
e
4(s 2 +4s+2)
=K1
s[s+¾+ }(✓7/ 4 )] s=314+J(✓7!4)
5,66 /-110,7 ° = Kl
Logo,
Exemplo 17 .3
Considere a rede mostrada na Figura 17.4a. Desejamos determinar a tensão de saída v (t). Ao abordar o pro-
0
blema, notamos duas coisas . Primeira, por causa de a fonte 12u(t) estar conectada entre v,(t) e vi(t), temos
um supemó. Segunda, se v i{ t) é conhecido, v (t) pode ser facilmente obtido pela divisão de tensão. Dessa for-
0
ma, usaremos análise nodal juntamente com divisão de tensão para obter uma solução.
A rede transformada é mostrada na Figura 17.4b. A LKC para o supemó resulta em
V/s) s V 2 (s)
- -+V (s)--2l(s)+--= 0
2 1 2 s+l
No entanto,
l(s) = Vt (s)
2
e
12
V (s)
1
= V 2 (s)--
s
Substituindo-se as duas últimas equações na primeira, tem-se
12] s+3 v2(s)
[ V 2 (s)--
s
-+--=O
2 s+l
ou
12(s+l)(s+3)
V (s)=-- -- -
2 s(s 2 +4s+5)
Cap. 17 Aplicação da transformada de Laplace à análise de circuitos 725
12u(t) V
vi(t) _
+
20
!. F
2
i(t)
(a)
Supemó / - - - - - 12 - - - '\
I s V2 (s) \
2
' +
I(s)
-=- (b)
Figura 17 .4 Circuitos usados no Exemplo 17 .3.
_ _ _1_2(_s_+_3_)_ _ =K_o+ K1 + K *
1
s(s+2- jl)(s+2+ jl) s s+2- jl s +2+ jl
Determinando-se as constantes, obtemos
12(s +3)
=K
s2 +4s+5 s=O o
36
- =K
5 o
e
12(s+3) = K
s(s +2+ jl) s=2+jl I
Logo,
v o (t) =[7,2 +7,58e - 21 cos(t+161,57 ° )]u(t)V
•
Exemplo 17 .4
Vamos examinar a rede da Figura 17.5a. Desejamos determinar a tensão de saída v 0 (t) . Resolveremos tal pro-
blema usando equações de malha.
726 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 17
30 lF
20 V0 (t)
12u(t) V
(a)
3 l
s
..1.. 2
s
V 0 (s)
(b)
Figura 17.5 Circuitos usados no Exemplo 17.4.
8(s+3) =K 11
s=-1
16= K 11
e
d
-[8(s+3)]
ds
= K i2
s=-l
8= K
12
Portanto,
v (t)=[l6te- 1 +8e - 1 )]u(t)V
o
•
Exemplo 17 .5
Vamos determinar a tensão v 0 (t) na rede da Figura 17.6a usando o teorema de Thévenin.
Cap. 17 Aplicação da transformada de Laplace à análise de circuitos 727
A rede transformada é mostrada na Figura 17 .6b. A tensão do circuito aberto pode ser calculada a
partir da rede da Figura 17.6c. Note que
V' (s)
V (s) + V' (s) = - 2 . _
OC X 2
Portanto,
V' (s) = -2V (s)
X OC
4u(t) V Su(t)V
(a)
..±.
s
(b)
..±.
(e)
!4 (s)
(d)
Figura 17.6 Circuitos usados no Exemplo 17.5.
728 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 17
V (s)+V (s)---= 0
, v:· (s)
T X 2
para que
v" (s)
__x_=V (s)
2 T
Então
IT(s)= l/s)+l (s)+l (s)+l/s)
2 3
V (s) V (s)-(-V (s)) V (s)-(-V (s)) V (s)-(-V (s))
= _T_+ T T + T T + T T
s 1 1/s 1
= VT(s)(~+2+ 2s+2)
E assim
z (s)= VT(s) = . s
Th I T(s) 2s 2 +4s+l
Então
V (s)
V (s) = oc (1)
.i
0
Z Th (s)+l
-(8s 2 +4s+4)
=
s(2s 2 +5s+l)
Essa função pode ser expressa da forma
-2(2s 2 +2s+l) K 0 K, K2
------= -+---+ -----"- ---
s(s2 +f s+ ½) s s+0,22 s+2,28
Resolvendo-se para K 0 , K1, K 2 da maneira ilustrada anteriormente, tem-se
Ko =-4
K1 = 2,9
e
K2 = -2,9
Cap. 17 Aplicação da transfonn ada de Laplace à análise de circuitos
729
Portanto ,
v (t)
0
= [-4+2,9e- 0 •221 -2,9e- 2 •28 1 ]u(t)
•
Exemplo 17 .6
Desejam os obter os parâmet ros Y para o quadripo lo mostrad o na Figura
17.7a. Usarem os então as equaçõe s
de quadripo lo para encontra r vz( t) caso uma fonte de corrente lu(t) A seja
conecta da à entrada.
Os parâmet ros Y para a rede da Figura 17.7a podem ser encontra dos para
os parâmet ros Y das
redes da Figura 17. 7b e c. Conecta ndo-se as redes da Figura 17.7b e c em
paralelo , geramos a rede original
da Figura 17.7a. Portanto , iremos calcular os parâmet ros Y para os quadripo
los da Figura 17.7b e c e so-
má-los para determi nar os parâmet ros Y para a rede da Figura 17. 7 a.
+
IF +
10 IF v, (t )
IF IO
(a)
l 2 (s)
+ +
Vz(s)
(b)
11 (s) I,(s)
+ +
!
s
Vi(s) 1 1
s s V2 (s)
(e)
Figura 17. 7 Circuitos usados no Exemplo 17 .6.
1 (s)
y (s) =-1- =1
11 V (s)
1 v2 (s)=O
1 (s)
1
Y,2 (s) = V (s) =O
2 V (s)=O
1
y (s) = 12 (s) =2
21 V (s)
1 V (s )=O
2
1 (s)
2
y (s)= - - =1
22 V (s)
2 V ( s )=O
1
Logo,
730 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 17
yl (s) = [~ ~]
De forma semelhante, achamos que os parâmetros Y para a rede na Figura 17. 7c são
y (s)
2
=[2s -sJ
-s 2s
Portanto, os parâmetros para a rede completa da Figura 17. 7a são
Se uma fonte de corrente de 1u(t) A é aplicada à entrada da rede da Figura 17. 7 a, as equações para
a rede transformada são
2s+l -s ][ V1
[ 2-s 2s+1 V (s)
2
[!]
(s)l = ~
e assim
V1
[ V (s)
2
(s)l 1
= 3s 2 +6s+l
[2s+l s
s-2 2s+l
][!] ~
e
s-2
V (s)=-----
2 s(3s +6s + 1)
2
1[ s-2 ]
V 2 (s) =3 s(s+l,82)(s+0,18)
1(K
---º+ K1 + K2 )
3 s s+l,82 s+0,18
Seguindo o procedimento ilustrado anteriormente, chegamos a K 0 = -6, K1 = -1,28 e K 2 = 7,38.
Portanto,
½(-6-1,28e- 1' 821 +7,38e-o,1si)u(t)
•
Exercícios
E17.1 Determine iit) na rede da Figura E17.1 usando equações nodais.
12u(t) V
+
1F 2u(t) A lH 20
Figura E17.1
114
Resp.: i (t)=6,53e- cos[(,ji5!4)t-156,72°]u(t)A
o
Cap. 17 Aplicação da transformada de Laplace à análise de circuitos
731
12
s
2
+
+
l
s
A 2 V 0 (s)
Figura E17.2
Resp.: v (t) = (4- 8,93e - 3 731
+ 4 ,93e - 0 •271 )u(t)V.
,
E17.3 Resolva ~ Exercício El 7.2 usando o teorema de Thévenin.
Exemplo 17. 7
Vamos analisar nesse exemplo o circuito da Figura 17 .8a. No instante t = O,
a tensão inicial sobre o capacito r
é 1 V, e a corrente inicial através do indutor é 1 A. O circuito para t > O é
mostrad o na Figura 17.8b com as
condições iniciais. A rede transformada é mostrada na Figura 17.8c.
t= o
4V .!. F V0 (()
2
(a)
1n 1n
l
+
4u(t)
1H
il (O)= 1 A Vc (O) = 1 V .!. F Vo (t)
2
(b)
e_ s
2
+
V"(s)
(e)
Figura 17.8 Circuitos empreg ados no Exemplo 17.7.
732 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 17
2
s [s +s+2
l
- 2 S
2s +3s+2 s
2
4s +6s+8
= s(2s 2 +3s+2)
2s-l
r 2s 2
2( 2s-l ) 1
=-; 2s 2 +3s+2 +-;
2
s+ .2
= - -- -
s2 + 22 s+l
Essa função pode ser escrita em uma expansão em frações parciais como
s+.22 K K*
_ _ _1_ _ _ + 1
s+ ¾- }(✓7/4) s+¾+ }(✓7/4)
Determinando-se as constantes, obtém-se
s+ .2
_ _ _2__ =K
s+¾+J(✓?/ 4 ) s=-(3/4}+)(✓7/4) 1
2,14/-76,5° = K1
Portanto,
•
Cap. 17 Aplicação da transfonnada de Laplace à análise de circuitos 733
Exemplo 17 .8
Desejamos determinar a tensão de saída v/t) para t > O na rede da Figura 17 .9a.
2 4Q ]Q +
• •
2H 2H ]Q V0 (t)
i,(t)
(a)
4 2
s
2 +
@ 3 V 0 (s)
(b)
Figura 17 .9 Circuitos usados no Exemplo 17 .8.
No estado estacionário anterior a t = O, a corrente i 1(O) é
12
i (0) == - == 2 A
1 2+4
Dessa forma
Lli/0)== 4
Mil (O)== 2
Utilizando-se tais dados, obtemos a rede transformada, como mostrado na Figura 17 .9b. As equa-
ções de malha para essa rede são
12
(2s+2)1 (s)+sl (s) == -+4
1 2 s
sl (s) +(2s +2)1 (s) == 2
1 2
Resolvendo-se essas equações para as correntes de malha, obtemos
l1 (s)l 1 [2s+2
4
-s ][ s+l2]
[ 1 (s) == 3s 2 +8s+4 -s
2
2s+2 i
que produz
-8
I ( s ) =2 = - - -
2 3s +8s+4
e
_[
V (s)==-11 (s)== :
º 2 s 2 +-s+-
3
4
3
Essa equação pode ser escrita como
1 K K
3 ==-'-+_2_
s2 +ls+-1
3 3
s+2 s+f.
734 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 17
1n
Figura E17.7
2 55
Resp.: v 0 (t) = 1,13(e- , t - e- 0,?8t)u(t) V.
No Capítulo 16, ilustramos técnicas para determinar a transformada de Laplace de uma forma de
onda complicada. Usando tais métodos em conjunto com nossas técnicas de análise, podemos obter a respos-
ta de uma rede para qualquer número de funções de entrada incomuns. Os exemplos a seguir foram esco-
lhidos para demonstrar as técnicas.
Exemplo 17.9
Neste exemplo, analisamos o circuito do Exemplo 7.7 usando a transformada de Laplace. O circuito e a en-
trada foram redesenhados na Figura 17. lOa. Desejamos achar a expressão para a tensão de saída v 0(t) para t >
O.
A LKC pode ser usada para calcular a tensão nodal V 1(s) e então um simples divisor de tensão
pode ser empregado para achar V /s). A LKC nos dá
V (s)- V(s) V (s) V (s)
1 + 1 + - 1-=0
6.000 1110 - 4 s 12.000
v(t) V
6kQ 4kn +
9,-----,
v(t)
lOOµF Skn
o 0,3 t(s)
(a) (b)
Figura 17.10 Rede (a) e entrada (b) usadas no Exemplo 17.9.
Cap. 17 Aplicação da transformada de Laplace à análise de circuitos
735
V (s)- 2V(s)
o 1,8s+4 ,5
1 V(s)
=---
0,9 s+2,5
A expressão para V(s) = 2?[v(t)], onde v(t) é como mostrado na Figura 17.l0b,
é
V(s) = 9( ~- e-:,3s)
Substituindo-se essa equação na expressão para V (s) , tem-se
0
V = (-1)-1-( 9)
(s) l-e- 0,3s
0
0,9 s+2 ,5 s
10(1-e -O, Js )
= - -- - -
s(s +2,5)
Uma vez que
10 4 4
---=----
s(s+2 ,5) s s+2,5
então
V (s)
o
= (i __
s
4_)(1- e-o, 3s )
s+2,5
e portanto
v (t) = (4-4e- 2 ' 51 )u(t)-( 4- 4e- 2 •5<r-o,3 ))u(t-0, 3) V
o
Essa expressão é obviamente idêntica à obtida no Exempl o 7.7. 1
Exemplo 17.10
Suponhamos que a entrada da rede do Exemplo 17 .9 seja a mostrada na Figura
17 .11. Vamos determinar a
saída da rede para essa entrada.
v(t) V
o 1,0 t(s)
Figura 17.11 Entrada para o problem a do Exemplo 17.10.
,,.,
736 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 17
Como mostrado no Exemplo 16.14, a transformada de Laplace dessa forma de onda, chamada de
dente-de-serra, é
9 -s
V(s)=- [1-(l+s)e ]
s
2
e dessa forma a saída é
1)-1-(~)[l-(l
V 0 (s) = (- +s)e-s]
0,9 s+2,5 s
10
[1-(l+s)e-s]
2
s (s+2,5)
10 lO(s+ 1) -s
e
s 2 (s+2,5)
Expandindo cada um dos termos em frações parciais, obtém-se
10 4 1,6 1,6
----=---+---
s2(s+2,5) s 2 s s+2,5
e
lO(s+ 1) 4 2,4 2,4
Portanto,
v (t)
o
= (4t- l,6 + 1,6e - 2 •51 )u(t)-[ 4(t- l) +2,4-2,4e - 2,5cr-l))u(t- l) V 1111
Exercícios
El 7.8 Determine a expressão para a tensão v 0 (t) para t > Ona rede da Figura El 7 .8a, caso a entrada seja a mos-
trada na Figura E 17. 8b.
v;(t) (V)
2Q +
2
V; (t) 2Q 2Q V0 (t)
o t(s)
(a) (b)
Figura E17.8
-,t
2
Resp.: v (t) = 3 [(1- e · )u(t)-(1- e
-3(1-1)
)u(t-1)] V.
O
E17.9 Determine a expressão para a tensão v jt) para t > O na rede da Figura El 7.9a, caso a entrada seja a mos-
trada na Figura El7.9b.
Cap. 17 Aplicação da transformada de Laplace à análise de circuitos 737
V;(t) (V)
2
V; (t)
-1 o
(a) (b)
Figura E17.9
Resp.:
[¾- ¾e -2 ( 1-2 ) -f(t- 2)e - 2(1- 2) ]u(t- 2) V.
17 .3 Função de Transferência
No Capítulo 14, introduzimos o conceito de função de rede ou transferência. Tal função nada mais é do que a
razão de alguma variável de saída por uma variável de entrada. Se ambas as variáveis são tensões , a função
de transferência é um ganho de tensão. Se ambas as variáveis são correntes, a função de transferência é um
ganho de corrente. Se uma variável é uma tensão e a outra é uma corrente, a função de transferência se torna
uma impedância ou admitância de transferência.
Ao se derivar a função de transferência, todas as condições iniciais são feitas iguais a zero. Além
disso, se a saída é gerada por mais de uma fonte de entrada na rede, o princípio da superposição pode ser
empregado em conjunção com a função de transferência para cada fonte.
Para apresentar tal conceito de uma maneira mais formal, vamos assumir que o relacionamento en-
trada/saída para um circuito linear seja
dny (t) d"- 1Y o (t) dy o (t)
O
b ---+b - - - +·--+b - - +b y (t)
n dt" n -1 dtn-1 1 dt O o
Essa razão de Y O (s) por X;(s) é chamada de função da rede ou função de transferência, que deno-
tamos como H(s); isto é,
y (s)
- º- =H(s)
X (s)
1
ou
Y (s)
O
= H(s)X . (s) 1
(17.15)
738 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 17
Essa equação afirma que a resposta de saída Y 0 (s) é igual à função de rede multiplicada pela en-
trada Xi(s). Note que se X/t) =ó(t) e portanto Xi(s) = 1, a resposta do impulso é igual à transformada inver-
sa de Laplace da função da rede. Este é um conceito extremamente importante porque ilustra que se
conhecermos a resposta do impulso de uma rede, podemos conhecer a resposta devida a alguma outra função
forçante usando a Equação 17 .15.
A esta altura, é interessante revisar rapidamente a resposta natural de redes de primeira e segunda
ordem. Demonstramos no Capítulo 7 que, se somente um único elemento for apresentado, a resposta natural
de uma rede a uma condição inicial é sempre da forma
- t/T
x(t) = X e e
o
onde x(t) pode ser v(t) ou i(t), Xo é o valor inicial de x(t) e Te é a constante de tempo da rede.
Como ilustrado no Capítulo 8, a resposta natural da rede de segunda ordem é controlada pelas
raízes da equação característica, que é da forma
2
s +2~w os+w o2 =O
onde~ é o quociente de amortecimento e wo é afreqüência natural não-amortecida. Esses dois fatores-cha-
ve, ~ e wo, controlam a resposta, e existem três casos básicos de interesse.
~ Caso 1, ~ > 1: Rede Sobreamortecida. As raízes da equação característica são s , s = -~w ± w
1 2 0 0
-v ç, - - 1, e portanto a resposta da rede é da forma
- (1;wa +wo,h 2 -l)t K -(i;wo-wo,J1; 2 -l )I
X ()
t =K t + 2
e
~ Caso 2, ~ < 1: Rede Subamortecida. As raízes da equação caracteóstica são s 1, s2 = -{w 0 ±jw0
"l}Ç. - -1, e portanto a resposta da rede é da forma
-i;wOt ~
x(t)=Ke cos(w -vl-~-t+<j>)
0
Caso 3, ~ =1: Rede Criticamente Amortecida. As raízes da equação característica são s 1 , s 2 =-w0
e, assim, a resposta da rede é da forma
x(t) = K te -wot + K e -wot
1 2
É muito importante que o leitor perceba que a equação característica é o determinador da resposta
da função X(s), e as raízes dessa equação, que são os pólos da rede, determinam a forma da resposta natural
da rede.
Um método conveniente para se mostrar os zeros e pólos da rede em modo gráfico é o uso do dia-
grama de pólos-zero. Um diagrama de pólos e zeros de uma função pode ser feito usando-se o que é normal-
mente chamado de plano complexo ou planos. No plano complexo, a abcissa é s e a ordenada é jw. Zeros são
representados por O's e pólos são representados por x's . Apesar de estarmos preocupados apenas com os pó-
los e zeros finitos da função de transferência, devemos ressaltar que uma função racional deve ter o mesmo
número de pólos e de zeros. Portanto, se n > m, existem n- m zeros no infinito, se n < m, existem m - n pólos
no infinito. Um engenheiro de sistemas pode dizer muito a respeito da operação de uma rede ou sistema sim-
plesmente examinando seu diagrama de pólos e zeros.
A fim de relacionar a resposta natural de uma rede aos seus pólos, ilustramos na Figura 17 .12 a
correspondência para os três casos: sobreamortecido, subamortecido e criticamente amortecido. Note que se
os pólos da rede são reais e diferentes, a resposta é vagarosa, e portanto x(t) leva um longo tempo para chegar
a zero. Se os pólos da rede são complexos conjugados, a resposta é rápida; no entanto, ela apresenta uma so-
breelevação antes de se acomodar no valor final. A linha divisória entre os casos sobreamortecido e suba-
mortecido é o caso criticamente amortecido em que as raízes são reais e iguais. Nesse caso, a resposta
transiente é a mais rápida possível sem exibir sobreelevação.
Cap. 17 Aplicação da transfarmada de Laplace à análise de circuitos 739
jw
x(t)
(a)
jw
x(t)
a
X
(b)
jw
x(t)
(e)
s dos pólos da
Figura 17 .12 Resposta natural de uma rede de segunda ordem juntamente com as localizaçõe
rede para três casos: {a) sobreamortecido; {b) subamortecido; {c) criticament amortecido .
e
Exemplo 17.11
vJt) =
Se a resposta ao impulso de uma rede é h(t) = e- , vamos determinar a resposta v 0 (t) para uma entrada
1
l0e- 21 u(t) V.
As variáveis transformadas são
1
H(s) = -
s +l
10
V(s)= -
1 s +2
Logo,
V (s)
O
= H(s)V.(s)
1
10
= - ----
(s+l)(s+2 )
e assim
21
v (t) =lO(e-r - e - )u(t)V
o •
A importância da função de transferência baseia-se no fato de que ela dá ao engenheiro de sistemas
pó-
bastante informação a respeito das propriedades dinâmicas do sistema que são caracterizadas pelos seus
los.
Exemplo 17.12
Vamos derivar a função de transferência V 0 (s)Ni(s) para a rede da Figura 17.13a.
A variável de saída é a tensão sobre um capacitor variável e a tensão de entrada é um degrau unitá-
rio. A rede transformada é mostrada na Figura 17.13b. As equações de malha para a rede são
740 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 17
(a)
+
1
sC Vo(s)
(b)
a a
-x--x a
-0,073
~ . . . . . . . . -J¼
(e) (d) (e)
Figura 17 .13 Diagrama de redes e representação de pólos e zeros usados no Exemplo 17 .12.
21 (s) - 1 (s)
1 2
= V (s)
1
1
-1 (s) +(s+- +1)1 (s)
t sC 2
=O
e a equação de saída é
1
V (s) = - l (s)
0
sC 2
A partir dessas equações, obtém-se a função de transferência que é
V o (s) 1/2C
= -- - - -
V/s) s 2 + ½ s + 1/ C
Uma vez que a função de transferência é dependente do valor do capacitar, vamos examinar a fun-
ção de transferência e a resposta da saída para os três valores do capacitar.
(a) e= 8 F:
V (s) _1__
o 16
= - -- --
V/s) (s 2 +½s+ ½)
_l_
= - - -- 16
~ - - --
(s + ¼- J ¼)(s+ ¼+ J¼)
A resposta da saída é
1
16
V 0 (s) = 1 1 1 1
(s+ 4 -} 4)(s+ 4 +}4)
Como ilustrado no Capítulo 8, os pólos da função de transferência, que são raízes da equação
característica, são complexos conjugados, como mostrado na Figura 17. l 3c, e portanto a resposta da saída
estará subamortecida. A resposta da saída como uma função do tempo é
Cap. 17 Aplicação da transformada de Lapla ce
à análise de circuitos 741
v0 (t)=[½+ ~e - 114
cos( ¼+1 35 º )}(t )V
Note que, para valores gran des de temp
termo na resp osta , torna m-se irrel evan tes o , as oscil açõe s trans iente s, repre senta
e a saída se acom oda no valo r de ½V .Isto das pelo segu ndo
diret ame nte do circu ito uma vez que, para pode tamb ém ser visto
valores gran des de temp o , a entra da se
indu tor age com o um curto -circ uito, o capa pare ce com uma fonte de, o
citor age com o um circu ito aber to e os resis
sor de tensão. tores form am um divi-
(b) C = 16 F:
V (s) _L
o
= - -- 32 - -
V()
is ( s 2 + 1 s+ l)
2 16
_L
= - -32 -
(s+¼ )2
A resp osta da saída é
_J _
V (s) = 32
º s(s+¼)2
Uma vez que os pólos da função de trans
17.13d, a resp osta da saída será criti cam ferên cia são reais e iguais, com o mos
ente amo rteci da. v (t) = 2?" 1[V (s)] é trado na Figu ra
0 0
J...
64
=---- ----
(s +0,4 27)( s +0,0 73)
A resp osta da saída é
J,_
V (s) = 64
0
s(s +0,4 27)( s +0,0 73)
Os pólo s da funç ão de trans ferên cia são
reais e difer ente s, com o mos trado na Figu
tanto , a resp osta da saída será sobr eamo ra 17 .13e, e por-
rteci da. A resp osta com o uma funç ão
do temp o é
V
o
(t)
= (0,5 +0,1 03e- 0 · 4271 -0,6 03e - o,on ,)u(t) V
Ape sar de os valo res selec iona dos para
deve ser lemb rado que as mud ança s de os parâ metr os da rede não serem muit
o práti cos, o leito r
esca la por mag nitud e ou freqü ênci a , com
pode m ser aplic adas aqui. o colo cado no Capí tulo 14,
Exemplo 17.13
Para a rede da Figu ra 17.14a, vamos calcu
lar (a) a funç ão de trans ferên cia, (b) o
bido pela rede e (e) a resp osta ao degr au tipo de amo rteci men to exi-
unitário.
Lem bre- se que a tensã o sobr e os term
inais de entra da é zero e porta nto a LKC
V i(s) na Figu ra 17. l 4b prod uz a segu inte no nó marc ado
equa ção
V (s)- V (s) V (s) - V (s) V (s)
s 1 = sV (s) + 1 o + - 1-
l 1 1 1
Uma vez que a corre nte no term inal nega
tivo de entra da do amp -op é zero, a LKC requ er que
V (s)
sV ( s ) = -1- -
º 1
742 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 17
+
Vo (t)
(a)
+
s V 0 (s)
(b)
Figura 17.14 Circuitos usados no Exemplo 17.13.
V (s) = - -- -1- - -
º s(s+2,62)(s+0,38)
-1 -017
=- + , + - 117
-'- -
s s+2,62 s+0,38
Portanto,
V (t) = (-l-0,17e-2,62r +1,17e-0,38r)u(t)V
o
•
Exercícios
10
El 7.10 Se a resposta ao impulso unitário de uma rede é (e -t - e-I Ot), determine a resposta ao degrau uni tá-
. 9
no.
10 -t
Resp.: x(t) =(l- 9 e + 9l e - 101
)u(t).
E17.11 A função de transferência para uma rede é
s+lO
H(s) =
s2 +4s+8
Determine o diagrama de pólos e zeros de H(s), o tipo de amortecimento apresentado pela rede e ares-
posta ao degrau unitário da rede.
L .
Cap. 17 Aplicação da transfor mada de Laplace à análise de circuitos
743
-10
-----<: ::,....,,. ,...---,. -----11 ------- a
*······················ -j2
Figura E17.12
V (s) -1/R
2
e
Resp.: - º- =
V (s) s+UR t
5
s 2 +2,w s+w ~ =O
0
e as raízes dessa equação, que são os pólos da rede, são da forma
~
s1' s 2 =-,w O ±jw 0-yl-Ç
As raízes s 1 e s 2 , quando representadas no planos , geralmente aparece
m como mostrado na Figura
17.15, onde
, = quociente de amortecimento
w0 = freqüência natural não-amortecida
e como mostrado na Figura 17 .15,
'= cos 0
~;:::························· jw 0 ~
··....•... Wo
'•, ..
0 ·•....
É importante que o leitor note que o quociente de amortecimento e a freqüência natural não-amor-
tecida são exatamente as mesmas grandezas que as empregadas no Capítulo 14, quando determinamos a res-
posta da freqüência de uma rede. Vemos aqui que estas são as mesmas grandezas que caracterizam a resposta
r·:
'. transiente da rede.
Exemplo 17.14
Desejamos selecionar R de modo tal que a rede da Figura 17.16a tenha um quociente de amortecimento de~
= 0,707. Vamos determinar o valor de R necessário para fornecer tal resposta, representar os pólos e zeros da
função de transferência da rede no plano s e determinar v 0 (t) para t > O, caso v/t) = u(t) V.
v,(QE( f
1H IF
RQ v:1)
(a)
jw
-0,707 a
X .......................... -10,101
(b)
Figura 17.16 Localização de pólos e rede para o problema do Exemplo 17.14.
V (s)= 1,414s
0
s(s+0,707- j0,707)(s+0,707+ J0,707)
K
= s +0,707 -1 J0,707 + s +0,707 + J0,707
K:
1/-90° 1/+90°
= s+0 ,707-J0,707 +- - - -- - -
s+0,707+ J0 ,707
Dessa forma,
v (t)=(2e- 0 •7071 cos(0,707t-90°)]u(t )V
o
•
~-
Cap. 17 Aplicação da transformada de Laplace à análise de circuitos 745
Assumimos que H(s) não possui nenhum pólo da forma (s - jw k). Se, no entanto, este for o caso,
encontramos dificuldade em definir a resposta em regime permanente.
Fazendo-se uma expansão em frações parciais da Equação 17 .20, tem-se
X H(jw )
0
Y(s) = M . + termos que aparecem devido aos pólos de H(s) (17.21)
s- JW 0
O primeiro termo à direita do sinal de igual pode ser expresso como
X M ~(jw o )le j,P(jwo)
Y(s)= . +... (17.22)
s- JW 0
uma vez que H(iwo) é um valor complexo com uma magnitude e fase que são uma função de jw 0 .
Fazendo-se a transformada inversa da Equação 17.22, obtém-se
y(t) = X M ~(jw o )le jwo e j,PUwo) +...
(17.23)
= X Mr_.
bc.]WO )1e j<wot+,PUwol> +...
e, assim, a resposta em estado estacionário é
Yss
(t) = X M IH("w
J O
)lej(wo+,PUwoJ) (17.24)
Uma vez que a função forçante é XM cos w 0t, que é a parte real de XM e, a resposta em estado esta-
cionário é a parte real da Equação 17 .24.
y (t)
ss
= X M IH(jw O )lcos[w Ot+(j)(jw 0 )] (17.25)
Em geral, a função forçante pode ter um ângulo de fase 0. Nesse caso, 0 é simplesmente somado a
(j)(jw 0 ), e assim a fase resultante da resposta será (j) (iw 0 ) + 0.
746 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 17
Exemplo 17.15
Para o circuito da Figura 17.17a, desejamos determinar a tensão em regime permanente V ,/t) para t > O se as 0
(_!_+!+.::)v
2s2 1
(s)-(.::)v (s) = _!_ V.(s)
2° 2•
(a)
V/s)
-= (b)
Figura 17.17 Circuito utilizado no Exemplo 17.15.
Note que essa equação está na forma da Equação 17.16, onde H(s) é
s2
H(s)=----
3s2 +4s+4
Uma vez que a função forçante é 10 cos 2t u(t), então VM = 10 e w 0 = 2. Dessa forma
( '2)2
H(j2) = - -1- - -
3(}2)2 +4(}2)+4
= 0,354/45°
Portanto,
re:u2)I = o,354
<jJ(j2) = 45°
e, assim, a resposta em regime permanente é
V
oss
(t) = VM re:u2)1 cos[2t +</J(j2)]
= 3,54cos(2t+45°)
Cap. 17 Aplicação da transformada de Laplace à análise de circuitos
747
= 3s 2 ::s+4 ()º:4)
10s 3
= - - - -2- - - -
(s2 +4)(3s +4s+4)
Determinando-se a transformada inversa de Laplace dessa função utilizando as técnicas do Capítu-
lo 16, obtém-se
Exercícios
E17.13 Determine a tensão em estado estacionário v (t) na rede da Figura El7.13 para t > O se as condições
05 5
iniciais da rede forem nulas.
12 oos z,,,r,J V -
Q Figura E17.13
Resp.: v0s/ t) = 3,95 cos (2t - 99,46º) V.
E17 .14 Determine a tensão em estado estacionário v /t) na rede da Figura El 7 .14 para t > O se todas as condi-
05
ções iniciais forem nulas.
1F
vi(t) V2 (t)
+
2Q
i,
i0 = 4 COS IH
t 2i, (t) ]Q Vo(f)
Figura E17.14
Resp.: v 0 5 / t) = 6,86 cos (4t - 54,66°) V.
17.5 Resumo
Neste capítulo aplicamos a transformada de Laplace na análise de circuitos. Demonstram os como descrever
os elementos de um circuito no domínio s e utilizamos todas as técnicas de análise de redes e teoremas de
rede derivados na análise de para obter uma solução. Foram feitas tanto a análise em estado estacionário
como transiente. A facilidade com que se pode determinar a resposta de uma rede a entradas complexas usan-
do-se transformada de Laplace foi apresentada.
748 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 17
® Elementos de circuito e suas condições iniciais podem ser representadas no domínio s por um
circuito equivalente.
® Todas as técnicas de análise de redes de podem ser aplicadas a redes representadas no domínio s.
® A resposta da rede obtida usando-se a transformada de Laplace é a resposta completa (ou seja,
transiente + regime permanente).
® A resposta em estado estacionário de uma rede pode ser obtida por meio da função da rede na
freqüência da função forçante.
® Uma vez que as condições iniciais de uma rede sejam conhecidas, a transformada de Laplace
produz a resposta transiente da rede resolvendo um conjunto de equações algébricas no domínio
s e então determinando a transformada inversa de Laplace da variável desejada.
,. Em uma rede, as raízes da equação característica determinam a sua resposta.
,. Ao se representar formas de onda complicadas usando-se a transformada de Laplace, a resposta
de uma rede a tais entradas pode ser obtida de maneira simples.
,. A transformada inversa de Laplace da função de transferência da rede é a resposta ao impulso da
rede.
Problemas
17.1 Determine a impedância de entrada Z(s) da rede da Figura Pl7.l.
Z(s) - IQ 2H
Figura P17.1
17.2 Determine a impedância de entrada Z(s) da rede da Figura P17.2 (a) quando os terminais B-B' estão em circuito
aberto e (b) quando os terminais B-B' estão curto-circuitados.
lF
Z(s)-
17.3 Dada a rede da Figura Pl7.3, determine o valor da tensão de saída vaCt) quando t • oo.
2Q 2Q +
lQ
4u(t) V lH V0 (t)
_I_F
2
P17.3
Cap. 17 Aplicação da transformada de Laplace à análise de circuitos 749
17 .4 Dada a rede da Figura P17.4, determine o valor da tensão de saída v (t) quando t • oo .
0
n IH
2Q 2Q +
4Q 12u(t)A 1F IQ
Figura P17.4
17.5 Para a rede mostrada na Figura P17.5, determine v (t), t > O, usando equações nodais.
0
IH +
4u(t)V 2u(t)A
Figura P17.5
17.6 Utilize equações de laço para resolver o Problema 17.5 .
17.7 Utilize o princípio da superposição para resolver o Problema 17.5.
17.8 Utilize a transformação de fonte para resolver o Problema 17.5.
17.9 Utilize o teorema de Thévenin para resolver o Problema 17.5.
17.10 Utilize equações de malha para determinar v (t), t > O, na rede da Figura P 17 .10.
0
IH
IQ
Hl
Figura P17.10
17.11 Utilize o teorema de Thévenin para resolver o Problema 17 .10.
17.12 Para a rede mostrada na Figura P17 .12, determine va<t), t > O, usando equações de malha.
IH +
2u(t)A IQ 1Q v 0 (1)
Figura P17.12
17.13 Utilize o teorema de Thévenin para resolver o Problema 17.12.
17.14 Dada a rede da Figura P17.14, determine ia<t), t > O, usando equações de malha.
1n
4u(t) V -t
lF 1n e u(t) A
Figura P17.14
17.15 Utilize o teorema de Thévenin para resolver o Problema 17.14.
17.16 Para a rede mostrada na Figura Pl7 .16, determine v (t), t > O, usando equações nodais .
0
750 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 17
+ +
4u(t)V
2vi(t) V 2Q lH V0 (t)
Figura P17.16
17.17 Utilize o teorema de Thévenin para resolver o Problema 17.16.
17.18 Para a rede mostrada na Figura Pl7 .18, determine v 0 (t), t > O.
+ JQ +
1F - 2t
e u(t) V
lf.l t 2u(t) A IH JQ V0 (t )
Figura P17.18
17.19 Para a rede mostrada na Figura P17 .19, determine i0 (t ), t > O.
IH 1n
+
4u(r)V 2n e _,u(t) V
Figura P17.19
17.20 Utilize o teorema de Thévenin para determinar v 0 (t), t > O, na rede da Figura P17.20.
+
4u(r) V
2H
- 21
e u(t)
Figura P17.21
Cap. 17 Aplicação da transformada de Laplace à análise de circuitos 751
17.22 Utilize o teorema de Thévenin para determinar v 0 (t), t > O, na rede mostrada na Figura P17.22.
IH +
10
10
Figura P17.23
17.24 Utilize análise de laço para determinar vo<t), t > O, na rede da Figura P17.24.
4e _,u(t)A
Figura P17.24
17.25 Determine vo<t), t > O, na rede da Figura P17.25.
200µF
t=O
Figura P17.25
17.26 Determine i0 (t) para t > O, na rede mostrada na Figura P17.26.
t=O
12V 30
Figura P17.26
........
752 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 17
t=O
+
16V 12kQ 3kQ
Figura P17.27
17.28 Determine ioCt), t > O, na rede da Figura P17.28.
2n 2H 1n
t=O
+ 6n 4n sn
12V
io(t)
Figura P17.28
17.29 Determine vaCt), t > O, no circuito da Figura P17.29.
24 V 4 n
Figura P17.29
17.30 Determine v 0 (t) para t > O na rede da Figura P17.30.
4n
3n
2 n +
6A t 3n 4H 1=0
Figura P17.30
17.31 Determine v 0 (t) para t > O na rede da Figura P17.31.
6kQ
12ill t=O
Figura P17.31
17.32 Determine v 0 (t) para t > O na rede da Figura P17.32.
Cap. 17 Ap licação da transformada de Laplace à análise de circuitos 753
t=O
2kQ 2 kQ
8kQ
+
+
24 V Vu (t) 4 kQ
Figura P17.32
17.33 Determine os parâmetros de tra nsmissão para a rede da Figura P l7.33.
0---'\Nv----<I>----, 1-(---0
1n 2F
1n
~
o TIF o
(a)
i,(t)
·~
411(1JV_ ~ ID
(b)
Figura P17.34
17 .35 Determine os parâmetros de transmissão da rede da Figura P 17. 35 .
I Q JQ
:r:r: IH
Figura P17.36
17.37 Determine v 0 (t) para t > O na rede da Figura P l7.37.
IH
3Q JQ IQ +
12V
• •
2H 2H 1n v,, (t)
4V
Figura P17.37
754 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 17
JQ
. JQ +
4u(t)V 2H IQ
V0 (t)
P17.38
17.39 Determine v 0 (t) para t > O na rede da Figura Pl7.39.
6Q
12 V t=O 6V
Figura P17.39
17.40 Determine iit) para t > O na rede da Figura P17.40.
12u(t)V 16Q
P17.40
17.41 Determine v 0 (t) para t > O na rede da Figura Pl7.41.
JQ V0 (t)
P17.41
17.42 Determine os valores inicial e final da tensão va<t) na rede da Figura P17.42.
3Q 4Q +
36u(t) V 6Q IF V0 (t)
Figura P17.42
17.43 Determine os valores inicial e final da tensão va<t) na rede da Figura P17.43.
2H +
2Q 1F 2Q V0 (t)
Figura P17.43
Cap. 17 Aplicação da transformada de Laplace à análise de circuitos 755
17.44 Determine os valores inicial e final da tensão vaCt) na rede da Figura P17.44.
+
v 0 (t)
2Q
IF
JQ
17.45 Determine a tensão de saída v aCt), t > O, na rede da Figura P 17 .45ª, caso a entrada seja representada pela forma de
onda mostrada na Figura Pl 7.45b.
i0 (1)A
JQ IH [Q +
12
IQ i,,(t) 6Q 2Q v,,(t)
o t(s)
(a) (b)
Figura PH.45
17.46 Resolva o Problema 17.45, caso a entrada seja a mostrada na Figura P17.46.
i0 (t)A
12 ·······························~················
t(s)
o t(s)
P17.47
17.48 Determine a função de transferência para a rede mostrada na Figura Pl7.48.
+
v,(t)
v,,(t)
e
j_
P17.48
fn·
'!'
1
;: '
:
17.49 Determine a fun ção de transferência para a rede mostrada na Figura Pl 7.49.
+
v., (t)
Figura P17.49
17 .50 Determine a função de transferência para a rede mostrada na Figura Pl 7 .50. Se a função degrau for aplicada à rede,
que tipo de amortecimento será exibido pela rede?
> - - - - - 0 v,,(t)
Figura P17.50
17 .51 Determine a fun ção de transferência para a rede mostrada na Figura Pl 7 .51. Se a função degrau for aplicada à rede,
a resposta será sobreamortecida, subamortecida ou criticamente amortecida?
v,(t)
R,
e,
e,
v,(t) R,
> - - - -·-O v,, (t)
-=
Figura P17.52
17.53 Determine a resposta em regime permanente voCt) para a rede mostrada na Figura P17.53 .
IH
Figura P17.53
Cap. 17 Aplicação da transformada de Laplace à análise de circuitos 757
17.54 Determine a resposta em estado estacionário vaCt) para a rede mostrada na Figura Pl7 .54.
v ,(r)
1n
Figura P17.54
17.55 Determine a resposta em estado estacionário i0 (t) para a rede mostrada na Figura Pl7 .55 .
¼F
i 1(1) io(t)
Figura P17.55
17.56 Determine a resposta em estado estacionário vaCt) para t > O na rede mostrada na Figura Pl 7.56 .
1n
+
+
8 cos 2111 (t)V
Figura P17.56
17 .57 Se a entrada de uma rede é x(t) =u(t) e a res~osta ao impulso é h(t) =e-t - e- 21 , determine a saída da rede y(t).
17.58 A resposta de uma rede à entrada x(t) = [e- 1 - e- 6t]u(t) é y(t) =4[1-te-1- e-t]u(t). Determine a resposta ao impulso
da rede.
17.59 Se a entrada de uma rede éx 1(t) = e- 1u(t) , a resposta da rede é y (t) = [t- l+ e-r]u(t) . Determine a resposta da rede
1
y 2(t) , caso a entrada seja x (t) = [e-t- e-2 t]u(t) .
2
17.60 A resposta da tensão da rede a uma entrada em degrau unitário é
2(s + 1)
V(s)= - - ---
0 s(i + 12s+ 27)
A resposta é sobreamortecida?
17.61 A resposta da corrente de uma rede a uma entrada em degrau unitário é
lO(s+ 2)
I (s) = - - -- -
0 s(i + lls+ 30)
A resposta é subamortecida?
17.62 A resposta da tensão de uma rede a uma entrada em degrau unitário é
10
V (s) = - - - -
0 s(s2 +8s+ 16)
A resposta é criticamente amortecida?
i
j
1
1
'j
~
CAPÍTULO
~
MAKRON
Books
18
Técnicas de Análise de
Fourier
Examinaremos neste capítulo dois tópicos de grande importância: a série de Fourier e a transformada de Fou-
rier. Essas duas técnicas ampliam a capacidade de análise de circuitos porque fornecem um meio de lidar efi-
cazmente com sinais periódicos não-senoidais e sinais aperiódicos. Fazendo uso da série de Fourier,
mostramos que podemos determinar a resposta do estado estacionário de uma rede a uma entrada periódica
não-senoidal. A transformada de Fourier nos permitirá analisar circuitos com entradas aperiódicas transfor-
mando o problema para o domínio da freqüência, resolvendo-o algebricamente e então transformando-o de
volta para o domínio do tempo de modo semelhante ao usado com a transformada de Laplace.
f(t) = a Ü +~D
~ 11
cos(nw t+0 )
Ü 11
(18.1)
11=1
758
Cap. 18 Técnicas de análise de Fourier 759
onde w 0 = 2:rt!T0 e a 0 é o valor médio da forma de onda. O exame de tal expressão mostra que todas as formas
de onda senoidais que são periódicas com período~' estão incluídas. Por exemplo, para n = 1, um ciclo cobre
~' segundos e D, cos (w,/ + 0,) é chamado de fundamental. Para n = 2, dois ciclos caem dentro de T segundos
0
e o termo D, cos (2Wcl + 0 2) é chamado de segundo harmônico. Em geral, para n = k, k ciclos caem dentro de
T0 segundos e D" cos (kwJ + 0,) é chamado de k-ésimo termo harmônico.
/(1)
A- ,-.-- -
(a)
fit)
T,, 2T0
-A
(b)
fit)
(e)
Figura 18.1 Alguns sinais periódicos úteis.
Uma vez que a função cos (nw 0 t + 0 11 ) pode ser escrita em forma exponencial usando-se a identida-
de de Euler, ou como um somatório de termos cossenoidais e senoidais da forma cos nw t e sen nw t, como
0 0
demonstrado no Capítulo 9, as séries da Equação 18.1 podem ser escritas como
f (t) = a0 + I C 11 e
jnw Ot
= I e e
jnw 0 r
(18.2)
11
n=-oo n=-oo
""'º
= a Ü + L,.;
'\:' a ll
cos nw () t +b 11 sen nw () t (18.3)
11=!
• 00 •
jl1úJ t
f(t) = a Ü + L Re[(D 11
10 )e
~
0
(18.4)
11=!
00
jllúJ(t
= a Ü + L Re (2c 11
e 1
) (18.5)
11=!
= a Ü + LRe[(a
00
.
- Jb )e
j11w t
O
) (18.6)
11 11
n=l
Essas equações nos permitem escrever a série de Fourier de várias formas equivalentes. Note que o
fasor para a n-ésima harmônica é
760 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 18
D 10
n L_!l_
= 2c n = a n - jb
n
(18.7)
O método proposto consistirá em representar uma entrada periódica não-senoidal por um somató-
rio de fu nções exponenciais complexas que, por causa da identidade de Euler, é equivalente ao somatório de
senoidais e cossenoidais. Usaremos para determinar a resposta de tal sistema (1) a propriedade de superposi-
ção de sistemas lineares e (2) o fato de que a resposta em estado estacionário de um sistema linear invariante
no tempo a uma entrada senoi dal de freqüência w 0 é também uma função senoidal de mesma freqüência.
A fim de ilustrar o modo como um sinal periódico não-senoidal pode ser representado por uma sé-
rie de Fourier, considere a fu nção periódica mostrada na Figura 18.2a. Na Figura 18.2b-d, podemos ver o im-
pacto do uso de certo número de termos na série para representar a funç ão original. Note que a série
representa mais de perto a fu nção original à medida que mais e mais termos são incluídos.
/Ul
o 2 3
(a)
2,1
1,8
1,5
1,2
/(_t)
0,9
0,6
0,3
0,0
-0,3
1
-0,8 -0,4 0,0 0,4 0,8 1,2 1,6 2,0 2,4 2,8 3,2
(b)
2,8
2,4
2,0
1,6
/(_t)
1,2
0,8
0,4
0,0
-0,4
t
-0.8 -0,4 0,0 0,4 0,8 1,2 1,6 2,0 2,4 2,8 3,2
(e)
Figura 18.2 Função periód ica (a) e sua rep resentação po r um número fi xo de termos da série de Fourier: (b)
2 termos ; (e) 4 termos ; (d) 100 termos.
Cap. 18 Técnicas de análise de Fourier 761
f(t) 2.8
2,4
2,0
1,6
l,2
0,8
0,4
o.o
---0,4 ' - - ' - - ' ~ - - L ~ ~ ~ ~ ~ ' - - ' ~ - - L ~ ~ ~ ~ ~ ~ 1
-0.8 ---0,4 0,0 0,4 0,8 1,2 1,6 2,0 2,4 2,8 3,2
(d)
18.2 Função periódica (a) e sua representação por um número fixo de termos da série de Fourier: (b)
2 termos; (c) 4 termos; (d) 100 termos. (Continuação)
Exponencial de Fourier
Qualquer sinal periódico fisicamente realizável pode ser representado em um intervalo t, < t < t, + T por
0
uma série exponencial de Fourier
f(t) = (18.8)
H=-oo
onde e,, são os coeficientes complexos (fasores) de Fourier. Tais coeficientes são derivados como a seguir.
Multiplicando ambos os lados da Equação 18.8 por e e integrando no intervalo de t, a t, + T , obtém-se
11
18.1
Desejamos determinar a série exponencial de Fourier para a forma de onda periódica de tensão mostrada na
Figura 18.3.
v(t)
T T
2 2
\ -V
-;rT
18.3 Forma de onda periódica de tensão.
762 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 18
Os coeficientes de Fourier são determinados usando-se a Equação 18.9 e integrando sobre um pe-
ríodo completo da onda.
e = -1 J T/2 f()
te -j11w0 1 d t
11 T -T /2
l
Ve - jnwo' dt+ JTl2_Ve -j,uvo' dt
T - T/ 2 -T/4 T/4
11 =- 00 rm: 2
""º
ímpar
11
-ç,
= ~ -sen -rm:) e j,uv 0 r
(2V
- s e nrm:)'
+(2V - e - j11W 0 t
11=1 rm: 2 n:rr 2
,rímpar
Uma vez que um número mais o seu conjugado complexo é igual a duas vezes a parte real do nú-
mero, v(t) pode ser escrito como
v(t)=
-ç,
,,1' j2V
2R\n:rr sen
n:rr jnw 0
e
t)
2
11 ímpar
ou
v(t)=
00
4V rm:
L -sen-cosnw t
n =l 2
n:rt O
11 ímpar
Note que esse mesmo resultado pode ser obtido calculando a integral no intervalo -T/4 a 3T/4. •
Exercícios
E18.1 Determine os coeficientes de Fourier para a forma de onda da Figura El8.1.
v(t) ~
7 1_
D e
-1 O 2 3 4 t (s)
Figura E18.1
Cap. 18 Técnicas de análise de Fourier 763
1- e -j11n
Resp.: e
li j2nn
E18.2 Determine os coeficientes de Fourier para a forma de onda da
Figura El8 .2.
v (t)
-4 - 3 - 2 -1 O 1 2 3 4 5 6 7 8 t (s)
Figura E18.2
e = -I f r0 f()t e - J11w 0 1 dt
11 T 0 (1 8.10)
o
com aquela obtida no Capítulo 16 usada para determinar a transformada
de Laplac e de uma função periódica.
Lembre-se que para uma função periódica f(t ) com período To,
F (s)
$ [f(t)] = l -sT
l- e o
onde F 1(s) = L [f1 (t)] , a transformada de Laplac e do primeiro período
de f (t) . Além disso,
F (s)
1
= J;0 f(t) e - Si dt (1 8.11)
Comparando-se as equações 18.10 e 18.11 , indica-se que
FI (jfW) () )
e = (18 .12)
n T
o
Isto é, por meio da transformada de Laplac e do primeir o período
da função , podemo s derivar os
coefici entes de Fourier cn-
Exemplo 18.2
Vamos determinar os coefici entes c 11 da série de Fourier para a forma
de onda da Figura 18.3 usando o mé-
todo da transformada de Laplac e.
O primeiro período da função v (t) é
Essa função é zero para n par, e para n ímpar ela pode ser escrita como
C =~ [2e+ j( 11Jt!2) _2e - j(n,r/2) ]
" 12:n:n
IX)
-IX>
Figura 18.4 Derivada do impulso unitário.
Vamos considerar mais uma vez a função impulso. Se f(t) é contínua sobre um intervalo -oo < t <
oo, então
J"'
-oo
f (t) ó(t - t o )dt =f (t o) (18.13)
Esse resultado, que ilustra a propriedade de amostragem da função impulso, indica que se t fosse
0
variado de -oo a +oo , a função inteiraf(t) seria reproduzida à medida que varremos os valores entre um limite
e o outro.
A derivada do impulso unitário ó'(t) consiste de um par de impulsos como mostrado na Figura
18.4. Essa função possui duas propriedades importantes. Primeiramente, a área sob ô'(t) é igual a zero, isto é,
f~ 00
ó'(t)dt =O
e em segundo lugar,
J"'
-oo
f(t)ó'(t-t )dt
o = f'(t o) (18.14)
Esse último resultado pode ser derivado integrando-se o lado esquerdo da equação por partes .
- oo
J"'
-oo
f(t)ó r"\t-t )dt =(-l)" j<"\t ).
o o (18.15)
onde ô(n) ef (n) indicam derivadas de n-ésima ordem.
Cup. 18 Técnicas de análise de Fourier 765
----------------------------------------------~-
Vamos agora usar as propriedades básicas da função impulso para calcular os coeficientes comple-
xos de Fourier. Quando determinamos os coeficientes de Fourier. somente um único período do sinal é consi-
derado na análise. Além disso, a técnica que ilustramos não calcula o nível de do sinal e, portanto. tal valor
deve ser determinado por inspeção, ou por meio de integração, o que for mais fácil. Os exemplos a seguir
ilustram tal método.
18.3
Considere a forma de onda mostrada na Figura 18.5a. Os coeficientes de Fourier podem ser determinados du-
rante um único período de t = O a t = To, como mostrado na Figura 18.5b. Uma vez que a forma de onda não
contém impulsos, vamos diferenciar o sinal do período único t = O a t = To para obter v1 (t(t) como mostrado
na Figura 18.5c.
v(t)
~)
o 2 To
1
- -V ~
(a)
v,(t)
To
2 To
-V
(b)
0
o
8
(e)
Uma vez que o sinal v 1\t(t) consiste somente de impulsos, podemos facilmente determinar os coefi-
cientes de Fourier para esse sinal da seguinte maneira. Uma vez que
766 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 18
então
00
. j11wo r
n=-oo
L JnW oe e li
(18.16)
e=--
/3 li
(18.18)
11 jnw
o
Vamos agora determinar os coeficientes de Fourier /3 11 para (t) e, então, utilizando a Equação v;
(18.18), obter os coeficientes de Fourier para a forma de onda original; t) pode ser escrita como v/
v' (t) = Vo(t)-2Vo(t- To)+ Vo(t-T )
1 2 o
/3 =TlJTo
-
11 o 1
'() -jnw 0td
V te t
o
Usando-se a propriedade de amostragem da função impulso como ilustrado na Equação 18.13,
obtém-se
e = -.-V -
(1-2e- 1""" +e- 1
· ·2
"'
11
)
11
12nn
=O para n par
2V
= para nímpar
jnn
Uma vez que o nível de do sinal é zero, os coeficientes de Fourier acima estão completos. •
Exemplo 18.4
Vamos determinar os coeficientes de Fourier para a forma de onda da Figura 18.6a.
Um período único de forma de onda marcado como v 1(t) é mostrado na Figura 18.6b. v' (t), que
1
pode ser expressa como
v; (t) = u(t)-u(t-n)-2no( t-n) +no(t-2n)
é mostrada na Figura 18.6c. v" 2 (t), que consiste apenas de impulsos , como mostrado na Figura 18 .6d, é
1
v;'(t) = o(t)-o(t-n)-2no'( t-n)+no'(t-2n)
Sejam g 11 os coeficientes de Fourier para v"(t), então
1
y = I- f 2n V "(te) - jnw0 r dt
0
" 2n '
= ln1 f2 "'
O
[o(t)-o(t- :r)-2no'(t-n)+no' (t-2n)]e - jnw ot dt
Cap. 18 Técnicas de análise de Fourier 767
v(t)
n
-n
(a)
v, (t)
n
-n
(b)
v,'(t)
0
n 2n
o
0 (e)
v;'(t) mY(t-2:n)
0
n
0
-2:nà'(t-n)
(d)
18.6 Figuras usadas no Exemplo 18.4.
Y,,
e =----
" (jnw o )2
768 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 18
Dessa forma, os coeficientes de Fourier para a forma de onda da Figura 18.6a são
- r ""
e
11
= -- -
l [1-(l + J2mz)e
0
. - Jn:-r· .
- pzne -· )
2nn-
para todo n, exceto para n = O. c0 , o nível de, é facilmente calculado como c0 =- n/4.
Exercício
E18.4 Utilize o método da derivada para determinar os coeficientes de Fourier para a forma de onda da Figura
El8.4.
v(t)
2
1
-4 -3 -2 -1 o 2 3 4 5 6
-1
-2
Figura E113.4
2c
11
= -T2 IIli1+T0 f(t)(cosnw Ü
t- jsennw t)dt
Ü
o
= -2 II 1+T0 f(t)cosnw . 2-
tdt- 1 I'1+T0 f(t)sennw tdt
To 1
1 ° To 1
1 o
a
11
= -T2 J,''11+T0 f(t) cos nw ot dt (18.21)
o
b = -T2 Jt +T
1 0 f (t) sen nw t dt (18.22)
11 11 o
o
Esses são os coeficientes da série de Fourier descritos pela Equação 18.3, que chamamos de séries
trigonométricas de Fourier. Essas equações são derivadas na maioria dos livros usando-se o fato de que as
funções seno e cosseno são ortogonais entre si. Note que podemos agora determinar c11 , ªrv bn, e uma vez que
2c 11 = D nL_lL_
10
(18.23)
podemos derivar os coeficientes para a série de cosseno de Fourier descrita pela Equação 18.1. Essa forma
de série de Fourier é particularmente útil porque permite representar cada componente harmônico da função
como um fasor.
Cap. 18 Técnicas de análise de Fourier 769
ªa - T
__
1 JT-T0l212f(t)dt
o o
que pode ser escrita como
a = 1- Jª
f(t)dt +1- fTaª /2 f(t)dt
a T -Tal 2 T
a a
Se agora mudarmos a variável na primeira integral (isto é, seja t = -x), então f(-x) = f(x), dt = -dx e
o intervalo de integração é de x = Tof2 a O. Portanto, a equação acima toma-se
ªa= T
1 JªTa 12 f(x)(-dx)+Tl fTaa12 f(t)dt
a a
= -Tl fTaª 12 f(x)dx +-1 fT 12
T a
ª f(t) dt (18.26)
a a
fT
= -T2 a
ª
/2
f(t)dt
a
Os outros coeficientes de Fourier são derivados de modo similar. O coeficiente ªn pode ser escrito
a = -T2 JªT 12 f(t)cosnw 1 f aª
tdt+- T /2 f(t) cosnw tdt
11 -a a T a
a a
Empregando-se a mudança de variável que conduz à Equação 18.26, podemos expressar a equação
acima como
= -T 2 JT
aª
/2
f(x) cos nw x dx +- a
2 JT 12 f(t) cos nw t dt (18.27)
a T a a
a a
= T4 fT
a° /2
f (t) cos nw a1 dt
a
Mais uma vez seguindo o desenvolvimento acima, podemos escrever a equação para o coeficiente
b = -T2 Jº 2
f(x)sen(-nw )(-dx)+- 0 /2 f(t)sennw
tdt JT
11 r0 12 o T o o
o o
-2JT/1 f(x)sennw
=~ 0 - tdx+- 0 2JT/2 f(t)sennw tdt (18.28)
T o o T o o
o o
=0
A análise anterior indica que a série de Fourier para uma função periódica par consiste somente de
um termo constante e termos em cosseno. Portanto, sef(t) é par, bn = O e, das equações 18.19 e 18.23, nota-se
que c11 são reais e 0n são múltiplos de 180º.
Simetria da Função Ímpar. Uma função é ímpar se
f(t) = -f(-t) (18.29)
Um exemplo de uma função ímpar é sen nw 0 t. Outro exemplo é a forma de onda da Figura 18.7a.
Seguindo-se o desenvolvimento matemático que conduziu às equações 18.26 a 18.28, podemos mostrar que,
para uma função ímpar, os coeficientes de Fourier são
a =O (18.30)
o
a 11 =O para todo n > O (18.31)
(a)
f(_t)
(b)
f(_t) _1_
2
1 T,,
2 2
- To 1
2 -2
(e)
18.7 Três formas de onda; (a) e (e) possuem simetria de meia-onda.
Cap. 18 Técnicas de análise de Fourier
771
Simetria de Meia-Onda. Uma função tem simet ria
de meia- onda se
To
f(t) = -f(t --)
2 (18.23)
Basicamente, essa equação afirma que cada ciclo
é uma versão inver tida do meio-ciclo adjacente;
isto é, se a forma de onda de -Tof2 a O for invertida,
ela é idênti ca à forma de onda de O a Tof2. A forma
onda mostrada na Figur a 18.7a possui simetria de de
meia-onda.
Mais uma vez, podemos derivar as expressões para
os coeficientes de Fouri er nesse caso repetindo
o desenvolvimento matemático que conduziu às equaç
ões para simet ria da função par usando a muda nça
variável t = x + Tof2 e a Equação 18.33 . Os result da
ados desse desenvolvimento são as seguintes equaç
ões:
a0 = o
(18.34)
a = b = O para n par
n 11 (18.35)
a
,,
= -T4 fT0 °/ 2 f(t) cos 1WJ ,
t dt para n 1mpar (18.36)
o
o
4 fT
b =-
n T 0 °/ 2 f(t)sen1WJ otdt paranrmpa
,
r (18.37)
o
As equações a seguir são freqüentemente úteis para
determ inar os coeficientes trigonométricos das
séries de Fourier:
Exemplo 18.5
Desejamos determinar a série trigonométrica de Fouri
er para o sinal periódico da Figur a 18 .3.
A forma de onda exibe uma simetria de função par
e, porta nto,
ªn =O
bn = O para todo n
e
a
,, = -T4 JfT/2
,
0
f (t) cos nw t dt
o
n ;éÜ
= T4 (JT/4
O
V cos nw t dt -
O
JT / 2
0
V cos nw t dt )
O
= - 4- (
sennw t
T /4
-senn w t
T/2]
IW)OT O O O T /4
4V ( sen- -sen
= -- nn+ sen - mr mr)
1WJ0T 2 2
L
772 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 18
O leitor deve comparar tal resultado com o obtido no Exemplo 18.1. Note que essa função possui
simetria de meia-onda. •
Exemplo 18.6
Vamos determinar a expansão trigonométrica da série de Fourier para a forma de onda mostrada na Figura
18.7a.
A função não somente apresenta uma simetria de função ímpar, mas também possui simetria de
l
meia-onda. Portanto, é necessário determinar somente os coeficientes bn para n ímpar. Note que
0:5t:5T /4
o
v(t) = 4
~t
2V- Vt Tl4<t<Tl2
To o o
Os coeficientes bn são então
0 14 4 4
b = _i_ ( 0 Vt sen nw t dt+_i_ ( 0 1~2V- Vt)sen nw t dt
,, T T o T To / 4 T o
o o o o
O cálculo dessas integrais é enfadonho, apesar de simples. Nesse caso, elas resultam em
8V nn
b = - - sen - para n ímpar
n n2:;-,;2 2
Dessa forma, a expansão da série de Fourier é
v(t) = L"' - 8V 2
-
2
sen
n:;-,;
2 sen nw t
0
n=I n :;-,;
núnpar
•
Exemplo 18. 7
Desejamos determinar a expansão trigonométrica da série de Fourier da forma de onda da Figura 18.7b. Note
que essa forma de onda possui um valor médio de 3/2. Portanto, em vez de determinarmos a expansão das sé-
ries de Fourier def(t), iremos determinar a série de Fourier paraf(t) - 3/2, que é a forma de onda mostrada na
Figura 18.7c. Essa última forma de onda possui simetria de meia-onda. A função é também ímpar e, portanto,
b = -T4 JT 0 / 2 .l sen nw t dt
n o 2 o
o
012
= 2.(--=-!_ cos nw t T )
T nw o
o o o
= ~(cosn:;r-1)
nw T
0 0
2 ,
= -n1mpar
n:;-,;
Portanto, a expansão das séries de Fourier para f(t) - 3/2 é
00 2
f(t)- 1 = "' -sennw t
2 Llnn o
11=]
nímpar
ou
2
j(t) = t+ "' -
Li n7t sennw ot
n=I
n ímpar
•
Cap. 18 Técnicas de análise de Fourier 773
E18.5 Determine o tipo de simetria das formas de onda das figuras E18.2 e E18.4.
Resp.: Figura El8.2, simetria par; Figura E18.4, simetria de meia-onda.
E18.6 Determine a série trigonométrica de Fourier para a forma de onda de tensão da Figura El8.2.
00
4 ( 2nn nn
nn ) cos-tV.
Resp.:v(t)=2 + í: -2sen---
n=l
nn 3
sen-
3 3
E18.7 Determine a série trigonométrica de Fourier para a forma de onda de tensão da Figura E18.4.
00
2 n:ff nn 2 nn
Resp.: v(t)= 2+ í:
n=l
-sen-cos- t+-(2-cos nn) sen-tV.
nn 2 2 nn 2
nímpar
Tentamos ressaltar as vantagens de reconhecer a simetria de uma forma de onda. No entanto, é in-
teressante notar que qualquer sinalf(t) pode ser decomposto em dois componentes: um componente par f/t)
1
e um componente ímpar f 0 (t) . Em outras palavras,
f(t) = f/t) + f 0 (t) (18.39)
A partir dessa equação, podemos escrever
f(-t) = f e (-t)+ f o (-t)
No entanto, para uma função par fe(-t) = fe(t) e para uma função ímpar f 0 (-t) = -f0 (t). Assim
f(-t)=f (t)+f (t) (18.40)
e o
Resolvendo-se as equações 18.39 e 18.40 para os componentes pares e ímpares do sinal, tem-se
fe (t) = ½[f (t) + f(-t)] (18.41)
f (t)
0
= ½[f(t)- f(-t)] (18.42)
Vamos agora indicar como essas equações podem ser usadas para determinar os coeficientes de
Fourier de uma forma de onda periódica.
Exemplo 18.8
Vamos determinar os coeficientes trigonométricos da série de Fourier para a forma de onda da Figura 18.8a
através das equações 18.35 e 18.36.
Um período da função é mostrado na Figura 18.Sb. A Figura 18.Sb-g é usada para calcular as fun-
ções par e ímpar f/t) e f 0 (t). Note que
l t
J (t)=--- o:::;t:::;.n
e 2 .n
e
f o (t) = _ l..2 o:::; t:::; .n
Da forma de onda original vemos que w 0 = 2.n/21í = 1 e o valor médio def(t) = O e desse modo a 0 =
O. Para f/t),
a
11
4- Jrn(,o - -1ít +-21) cos nt dt
= -21í
1 Jn cos nt dt
-2 Jn t cos nt dt +-
= --
2 0
1í 1í o
1 N.T.: Os subíndices e e o surgem das palavras inglesas even (par) e odd (ímpar). No restante deste capítulo, manteremos
essa notação.
774 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 18
= ~2 ( -12 l ( -sennt
cosnt+!_sennt +- 1 )n )n
n n n o n n o
= O para n par
4 ,
=- 2
-
2
para n unpar
n n
fit)
(a)
f,(t)
-7[ 7[
(b) (e)
7[
-7[
-1
(d) (e)
(f) (g)
Figura 18.8 Figuras usadas no Exemplo 18.8.
Paraf0 (t)
b = -4 J,rn- l
- sen nt dt
n 2n ° 2
=- l
Jr
f onsen nt dt
1
= - -(cosnt);
nn
=O para n par
-2
= para nímpar
nn •
Apesar de o uso da técnica empregada no exemplo acima não fornecer necessariamente uma alter-
nativa viável para o cálculo de coeficientes trigonométricos de Fourier, ela na verdade fornece uma visão
adicional ao examinarmos formas de onda à procura de simetria.
Cap. 18 Técnicas de análise de Fourier 775
PSPICE
Quando uma análise transiente é executada pelo PSPICE, uma análise de Fourier
pode também ser executada.
O comando de controle para a análise de Fourier é
.FOUR FREQ 0Vl <0V2 0V3 ... >
onde .FOUR indica que uma análise de Fourier está sendo requerida, FREQ
é a freqüência fundamental da
forma de onda e OV represen ta a(s) variável(eis) de interesse. O comand o
de controle para a análise de Fou-
rier segue o comando de controle da análise transiente, que conform e visto
no Capítulo 7, é da forma
. TRAN TSTEP TSTOP TSTART TMAX
A análise de Fourier é executada dentro de um intervalo de TSTOP - 1/FREQ
até TSTOP. Para
consegu ir máxima exatidão, TMAX deve ser igual ao período da forma de
onda dividido por 100 (ou seja,
1/100 FREQ).
A fim de facilitar o uso do PSPICE, a rede que é usada em uma análise de
série de Fourier é uma
fonte de tensão em paralelo com um resistor de 1 Q. A fonte de tensão define
a forma de onda em particul ar
que está sendo investigada, e o resultado da análise é o valor de da forma
de onda e a determinação das pri-
meiras nove harmônicas.
Por causa do modo como o algoritmo do PSPICE selecion a um ângulo de referênc
ia, devemos nor-
malizar a magnitu de e a fase dos componentes calculados analiticamente para
fazer uma compara ção direta
entre os componentes calculados e aqueles gerados pelo PSPICE. Os compon
entes de magnitude são normali-
zados dividindo-se todos os componentes pela magnitude da fundamental, e
os compon entes de fase são nor-
malizados subtraindo-se do ângulo de fase de cada elemento o ângulo de fase
da fundamental. Um exemplo
dessa normalização é mostrado abaixo.
Exemp lo 18.9
Conside re a forma de onda da Figura 18.9. Vamos usar PSPICE para determi
nar o nível de da forma de onda e
das primeiras nove harmônicas.
v(t) (V)
o 2 3 4 t (s)
Figura 18.9 Forma de onda usada no Exemplo 18.9.
o programa PSPICE é
EXAMPLE 18.9
Vl 1 o PWL(0 o 1 1 2 1)
Rl 1 o 1
.OPTIONS LIMPT S=201 ITLS= l000
.TRAN .01 2 o .02
.FOUR .5 V(l)
.END
776 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 18
O primeiro comando indica que 201 pontos são usados para especificar a forma de onda e 1.000
iterações são usadas para convergir para uma solução. Ambos os valores são mínimos e valores maiores são
normalmente necessários para obter uma solução com boa exatidão.
A saída do programa é
FOURIER COMPONENTS OF TRANSIENT RESPONSE V(l)
DC COMPONENT =7.474811E-01
HARMONIC FREQUENCY FOURIER NORMALIZED PHASE NORMALIZED
NO ( HZ) COMPONENT COMPONENT ( DEG) PHASE ( DEG)
1 5.000E-01 3.800E-O1 1.000E+00 -1.469E+02 0.000E+00
2 1.000E+00 1.592E-01 4.189E-01 -1.782E+02 -3.131E+0l
3 1.S00E+00 1.095E-01 2.882E-01 -1.654E+02 -1.856E+01
4 2. 000E+00 7. 963E-02 2. 095E-01 -1. 764E+02 -2. 950E+0l
5 2.S00E+00 6.487E-02 1.707E-01 -1.683E+02 -2.144E+0l
6 3.000E+00 5.313E-02 1.398E-01 -1.746E+02 -2.768E+0l
7 3.S00E+00 4.621E-02 1.216E-01 -1.686E+02 -2.168E+0l
8 4.000E+00 3.990E-02 1.0S0E-01 -1.727E+02 -2.587E+01
9 4.S00E+00 3.593E-02 9.454E-02 -1.679E+02 -2.102E+0l
Note que apesar de o nível de ser claramente 0,75, o programa produz 0,7475. Tal inexatidão pode
ser corrigida com mais pontos e iterações.
Exemplo 18.1 O
Vamos fazer uma análise de Fourier usando PSPlCE na forma de onda mostrada na Figura 18.6.
o programa PSPICE é
EXAMPLE 18 .10
.OPTIONS LIMP TS=701 ITL5=10000
Vl 1 PWL ( O O 3 . 1415 3 . 1416 3 . 1416 O 3 . 141 7 - 3 . 1416
+6.2 831 -3.1416 6.2832 O )
Rl 1 O 1
.TRAN . 01 6. 2832 O . 062832
.FOUR .1592V(l)
.END
A saída do programa é
FOURIER COMPONENTS OF TRANSIENT RESPONSE V ( l)
DC COMPONENT =7.872032E-01
Deslocamento no Tempo
Vamos agora examinar o efeito do deslocamento no tempo de uma forma de onda periódicaf (t) definida
pela
equação
f(t) =
n=-oo
Note que
n=-oo
(18.43)
n=-oo
Uma vez que e - Jnª'o1o corresponde a uma fase deslocada, os coeficientes de Fourier da função des-
locada no tempo são os coeficientes de Fourier da função original com o ângulo deslocado de um
valor
diretamente proporcional à freqüência. Portanto, o deslocamento de tempo no domínio do tempo correspond
e
ao deslocamento de fase no domínio da freqüência.
Exemplo 18.11
Vamos atrasar a forma de onda da Figura 18.3 no tempo de um quarto de período e calcular a série
de Fou-
rier.
A forma de onda da Figura 18.3 atrasada de Tof4 é mostrada na Figura 18.10. Uma vez que o atraso
é de Tof4,
2n To 1t
nw t = n - - =n- =n90°
o d T 4 2
o
Portanto, usando-se a Equação 18.43 e os resultados do Exemplo 18.1, os coeficientes de Fourier
para a forma de onda deslocada no tempo são
2V nn
e = -sen-/-
nn
n90° n ímpar
n 2
e logo,
~ -
v(t)= L.J 4V
s e nnn
- cos(nw t-n90 º )
n=l M 2 O
n ímpar
Portanto,
2V
e
n
= -/-
nn
90 ° n ímpar
Uma vez que n é ímpar, podemos mostrar que essa expressão é equivalente àquela obtida acima. •
778 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 18
v(t)
V
To
2 To
To t
--y
-V
é como mostrado na Figura 18.llc. Note quef(t) possui simetria de meia-onda. Além disso, note que se
f (t)
l
= ~e
L., n
e - jnav
,z=- oo
então
Exercício
E18.8 Se a forma de onda da Figura E18.1 for atrasada de 1 segundo, obtemos a forma de onda da Figura
E18.8. Calcule os coeficientes exponenciais de Fourier para a forma de onda da Figura El 8.8 e mostre
que eles diferem dos coeficientes para a forma de onda da Figura El8.l de um ângulo de n(180º).
v(t)
-1 O 1 2 3 4
Figura E18.8
Cap. 18 Técnicas de análise de Fourier 779
Resp.: e
(1-e-jnn)
= -1 , e = - - - - .
o 2 n j2nn
f, (t)
-To To o To To 3T0 t
-2 2 T
(a)
f,~-~º)
-3T11 -To To To To
2 -2 2
(b)
f(t)=f,(t)-f,~ -~º)
(e)
00
2A
f(t) = L..J
~ (- lf+1 - sen 1UJJ t
mr o
n=l
/ _ To~
2 -A V
fit) 00
8A n.n
1cr) =
n=l
I - -
n 2 7t 2
sen -sennm t
2 o
.. n ímpar
'
fit)
f()
t = ~
LI -sen --e
A nno Jnw [r-(o!2J l
0
A
n=-oo mr To
o
- To -T0 +ó ó T. T0 +ó
fit)
A
f (t) =
n=I
L -4A
mr
sen 1UJJ t
O
n ímpar
-Tº
2 -A
fit) 00
ter)=-+
2A
n
I n(l -4A4n
n=I
2
)
cos 1UJ)
0
r
00
A A 2A
f(t)=-+-senm t+L cos1UJJ t
n 2 o n =2 n(l - n 2 ) o
\ C\
T,
n par
~
_ A Loo -2A jnw r
f()
t --+
2
--e 0
n=-00 n 2n 2
A Í •• ••· n>'O
n ímpar
~-;
2
00
A -A
f(t) = - + I-sennm t
2 n =I I1Jr O
Cap. 18 Técnicas de análise de Fourier 781
Tabela 18.1 Séries de Fourier para algumas formas de onda comuns. (Continuação)
f(t) -4A
00
2A
f(t) = L2 2 cos nw t+-sennw t
o
n=I TC o n TCn
00
A A
f(t) =-+ I-sennw t
2 n=l Jtn O
To
J; (t)
(a)
J;(t)
To A To
-2 2
-A ----- t
(b)
(e)
18.12 Exemplo de geração de forma de onda.
782 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 18
Exercício
E18.9 Duas formas de onda periódicas são mostradas na Figura El8 .9. Calcule a série exponencial de
Fourier para cada forma de onda e então some os resultados para obter a série de Fourier para a forma
de onda da Figura El8.2.
1 1 1 1 1 1 •
2 3 4 5 6 7 t
-2 -1 2 3 4 5
Figura E18.9
2
v(t)= - +
L
2
00
M jnw t
-sen- e 0
1 3 n:=-oo M 3 '
Resp.: n >'O
v (t)= -4 + Loo - -
4 ( M 2M)
sen--sen-- e jnw O1 •
2 3 n=-oo
M 3 3
Espectro de Freqüência
O espectro de freqüência da funç ão fit), expresso como uma série de Fourier, consiste de um gráfico da am-
plitude das harmônicas versus freqüência, o qual chamamos de espectro de amplitude, e um gráfico da fase
das harmônicas versus freqüência, chamado espectro da fase. Uma vez que os componentes da freqüência
são discretos , os espectros são chamados espectros de barras ou de linhas. Tais espectros ilustram o conteú-
do de freqüência do sinal. Gráficos do espectro da amplitude e da fase são baseados nas equações 18.1 , 18.3
e 18.7 e representam a amplitude e fase do sinal em freqüências específicas.
Exemplo 18.12
A série de Fourier para a forma de onda triangular mostrada na Figura 18.12c, com A= 5, é dada pela equa-
ção
00
v(t) = L
n~
( 20 sen nw / - 40 cos
w,.-
•w•
22
n n
nw /
)
nímpar
Desejamos traçar o gráfico dos primeiros quatro termos do espectro de amplitude e fase para tal si-
nal.
Uma vez que Dn~ = an - jbn, os primeiros quatro termos para esse sinal são
40 . 20 40 . 20
D 10 = - - - ;-=7,5/-122 0 D 10 = - -- - ;-=1,3/-97 0
IL...L n2 n sL....í_ 25n 2 5n
40 . 20 40 20
D 10 = - - - ; - =2,2/-102 0 D 10 =- - - - j - =0,91/-95 °
3L_]__ 9n 2 3n 7L__J__ 49n2 7n
Portanto, os gráficos da amplitude e fase versus w são como mostrados na Figura 18.13. •
-1:, 1
Cap. 18 Técnicas de análise de Fourier 783
Dll
9
8
7
6
'i -
t,
3
2
-20º w
-40"
-60º
-80º
-100º
-120º
-140º
E18.10 Determine a série trigonométrica de Fourier para a forma de onda da tensão da Figura El8.10 e trace os
primeiros quatro termos do espectro da amplitude e fase para tal sinal.
-1 O l 2
Figura E18.1 O
Resp.: a
O
=-
1
2
, D
1
= - j(ll:n:), D 2 = -)(li 2n), D 3 = - j(l/3n), D 4 = -j(l/4:n:).
Rede
Exemplo 18.13
Desejamos determinar a tensão em estado estacionário v 0 (t) na Figura 18.15, caso a tensão de entrada v(t)
seja dada pela expressão
v(t) = f (nn
n=l
20
sen2 nt - :o
n n2
cos 2nt) V
nímpar
Note que essa fonte não possui termo constante e, portanto, seu valor de é zero. A amplitude e fase
para os primeiros quatro termos desse sinal são dados no Exemplo 18.12 e, portanto, o sinal v(t) pode seres-
crito como
v(t) = 7,5 cos (2t-122 º) +2 ,2 cos (6t -102 °) + 1,3 cos (l0t- 97°)
+ 0,91 cos (14t- 95 ° ) + ...
7 5 1220
V (w )= , /- =0,84/-185,4ºV
o o 4+ j8
22 2
V (3w )= ' /-l0 º =0,09/-182,5ºV
o o 4+ }24
1 3/-97°
V(5w ) = ' =0,03/-181,3°V
o o 4+}40
O 91/-95°
V (7w )= ' =0,016/-181°V
0 0 4+ }56
Dessa forma, a tensão de saída em estado estacionário v 0 (t) pode ser escrita como
v(t) = 0,84 cos (2t-185,4 º) +0,09 cos (6t-182,5°)
+0,03 cos (lüt-181,3 °) +0,016 cos (14t-181 °) + ...
•
E18.11 Determine a expressão para a corrente em estado estacionário i(t) da Figura El8. l l caso a tensão de en-
trada v 5 (t) seja dada pela expressão
00
20
v (t) = - +
s ;rr,
2 :rr( 4n-40- -1)
n=I
7
cos 2nt V
i(t)
~
E18.11
~ -40 1
Resp.: i(t) = 2,12+ L, 2
cos(2nt-0 )A.
n=I n(4n -1) A 11 n
Já mostramos que quando uma rede linear é excitada com um sinal periódico não-senoidal, tensões e cor-
rentes ao longo da rede são da forma
v(t) = V d c+'\:'V
L,n
cos(nw t-0
O v
n=l n
Exemplo 18.14
Na rede da Figura 18.16, v(t) = 42 + 16 cos (377t + 30º) + 12 cos (754t - 20º) V. Desejamos calcular a cor-
rente i(t) e determinar a potência média absorvida pela rede.
i(t)
16Q 20mH
v(t) lOOµF
Em regime permanente, o capacitor comporta-se como um circuito aberto para sinais de, e portanto
/de = O. Para a freqüência w = 377 rad/s,
1 1
- - - - - = - j 2 6,53Q
jwC }(377)(100)10- 6
jwL = }(377)(20)10- 3 = j7,54Q
Desse modo
16/30 °
I 377 = = O 64/ 79 88 ° A
16+}7,54-}26 ,53 ' '
Para a freqüência w = 754 rad/s,
1 = 1 = - 1'13,26 Q
jwC }(754)(100)10- 6
jwL = }(754)(20)10- 3 = }15,08 Q
Desse modo
12/-20 °
1754 = 16 + ·15 08- ·13 26
J , J '
=0, 75/- 26 '49 0 A
Portanto, a corrente i(t) é
i(t) = 0,64 cos (377t + 79,88º) + 0,75 cos (754t - 26,49º) A
Cap. 18 Técnicas de análise de Fourier 787
f (t) = ~ e eJnwot
(18.48)
p L.J n
n=-oo
onde
l JT/2 f ()
e=- te -jnw 0 t d t
n T -T/2 p (18.49)
e
2n
O)=~
o T (18.50)
Aqui notamos que se tomarmos o limite da funçãofp(t ) quando T • oo, o sinal periódico da Figura
18.17b se aproxima do sinal aperiódico da Figura 18.17 a; isto é, os sinais repetitivos centrados entre
-Te +T
na Figura 18.17b são movidos ao infinito.
-T
2 (a)
T
2
r:\ .ffi , r \
-T -T
2
~ (b)
T
2
T
O espectro de linha para o sinal periódico existe em freqüências harmônicas (nw ) e o espaçamen to
0
entre as harmônicas é
2n
ów = (n+l)w o -nw o = w o = ~
T (18.51)
Como T • oo, as linhas no espectro da freqüência parafp(t) se aproximam cada vez mais, ów apro-
xima-se de dw, e nw 0 pode assumir qualquer valor de w. Sob tais condições, o espectro de linha torna-se
um
espectro contínuo. Uma vez que T • oo, c • O na Equação 18.49, vamos examinar o produto c T
11
11
onde
788 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 18
lim (e T)
T • oo n
= f' -oo
f(t)e-jwt dt
Essa integral é a transformada de Fourier def(t), que denotaremos por F(w), e desse modo
d
p
t =
f () 2: e e jnw
n==--oo
n
0t t
F(w) = .'JJ'[f(t)] = J: 00
J(t)e-jwt dt (18.54)
1 00
f(t)=.'l7- 1[F(w)]=- J F(w)ejwtdw (18.55)
2:n: - 00
Exemplo 18.15
Desejamos derivar a transformada de Fourier para o pulso de tensão mostrado na Figura 18.18a.
Usando-se a Equação 18.54, a transformada de Fourier é
F( w ) = fà12
_012 Ve -jwrdt
à/2
= ---'1'._e-jwt
jw -à/2
e -jwà/2 -e+ jwo/2
=V-------
-jw
= Và sen(wó/2)
wó/2
Portanto, a transformada de Fourier para a função
Cap. 18 Técnicas de análise de Fourier 789
à
o -oo<t::5--
2
à à
f(t) = V - - < t ::5-
2 2
à
o -<t<oo
2
é
,.s: sen(wà/2)
F(w)=Vu .s:
wu/2
Um gráfico dessa função é mostrado na Figura 18.18c. Vamos explorar esse exemplo um pouco
mais. Considere agora o trem de pulso mostrado na Figura 18.18b. Usando-se as técnicas descritas anterior-
mente, podemos mostrar que os coeficientes dessa forma de onda são
Và sen(nw 0 ó/2)
e=-
11 T nw à!2
0 0
F(w)
Và
e,,
Và
(d)
18.18 Pulsos e seus espectros.
790 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 18
F(w) = J: 00
à(t- a)e- Jwt dt
-00
cosw te-Jwt dt
o
_ 1 Joo Jw 0 t _ Jwt d
- -
2 e e t+-I Joo e Jw 0 t e _ Jwt d t
-00 2 -00
f(t) F(w)
à(t- a) e-jwa
A 2nAà(w)
ejwot 2nà(w-w 0 )
e -atu(t), a>O 1
a+jw
e-altl , a> O 2a
2
(jw+a) +w~
Exercício
E18.13 Se f(t) = sen w 0t, determine F(w ).
Resp.: F(w) = .nj[o (w + w0) - o (w - w0)].
onde
A(w) = J:,J(t) cos wt dt (18.57)
onde
2
IF(w)I = -J A (w)+ B (w)
2 (18.60)
792 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 18
-00
[af (t) +bf (t)]e - Jwt dt
1 2
(18 .63)
= aF1(w)+bF2 (w)
Mudança de Escala no Tempo. Se @{/(t)] = F(w ), então se a > O,
§[j(at)] = f~ J(at)e-Jwt dt
0
Se x = at, então
oo · ,,;. dx
§[f(at)] = f_ f(x)e-Jw ª -
00
a (18.64)
§ [J(at)]= f- oof(x)e-Jwxla dx
+ oo a
(18.65)
+oo
f(t-t )e-jwt dt
O
Se x = t - t0, então
9'[f(t-t )]=
Ü
J 00
f(x)e -Jw(x+to ) dx
-00
(18.66)
= e -Jwto F(w)
Modulação. Se @{/(t)] = F(w), então
§[e 1w01 f(t)]= J~ 00
f(t)e 1w01 e-Jwr dt
§[f'(t)] = J~ 00
f'(t)e-jwt dt
Cap. 18 Técnicas de análise de Fourier 793
J
(x)f 2 (t- = fx =_ 00 f 1(x)Í,:_"J2 (u)e-jw/u+x) dudx
= F 1 (w)F 2 (w)
f(t) F(w)
Af(t) AF(w)
f(at)
±F(:), a>O
f(t-t ) e -JwtºF(w)
o
eiwto f(t)
794 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 18
t 11 f(t) d"F(w)
(jf dw"
J(t) cos ú) i -
1
2
[F(w-w )+F(w+w )]
o o
fl (t)f2 (t)
-1 foo F (x)F (w-x)dx
2:rc - 00 1 2
Exemplo 18.20
Vamos determinar a transformada de Fourier da função f(t - to) = e- (t - to)u(t - t0 ).
Por definição,
=J
00
f!7[f(t-t )] f(t-t )e-jwt dt
Ü -00 Ü
18.21
Vamos determinar a transformada de Fourier da função
d
f(t) = -[e -at u(t) = -ae -at u(t) +e -at à(t)
dt
Então
f!7[f(t)] = f~J-ae-ª u(t) +e-ª 1 1
à(t)]e-jwt dt
= f~ 00
ae-ª 1u(t)e-jwt dt+ f~ 00
e-ª1 à(t)e-Jwt dt
-a
=--+1
a+jw
jw
= a+jw
A transformada poderia também ser determinada usando-se a propriedade de diferenciação; isto é, se
f!7[e-atu(t)] = _l___
a+1w
então
. ) =~
f/7[!!:__ ( e -at u(t) )] = j w (1~
dt a+ JW a+ JW li
Cap. 18 Técnicas de análise de Fourier 795
E18.14 Se ~e- 1u(t)] = 1/(1 + jw ), use a propriedade de mudança de escala no tempo da transformada de Fourier
para determinar ~e-ª 1u(t)], a O.
1
Resp.: --.-.
a+ ]W
E18.15 Use a propriedade ~t11f(t)] = /[dnF(w )ldwn] para determinar a transformada de Fourier de te-ª 1u(t),
a> O.
l
Resp.: 2
.
(a+ jw)
E18.16 Determine a saída v 0 (t) na Figura E18.16, caso o sinal de entrada vlt) = e-1u(t), a resposta ao impulso da rede
seja h(t) = e - 21u(t) e todas as condições iniciais forem zero.
Figura E18.16
2
Resp.: v 0 (t) = (e-t - e- t )u(t) V.
J oo
- 00
f2(t)dt = _l Joo
2:n: - 00
IF(w)l2 dw (18.72)
J oo
_
00
f
2 Joo
(t)dt= _ 00 f(t) :n:
2
1 Joo_
00
·
F(w)e 1w dwdt
1
= _l
2:n:
J 00
-00
F(w)J
00
-00
f(t)e-J(-w)tdtdw
1 Joo
= -2:n: F(w)F(-w)dw
- 00
l foo
= -2:n: F(w) (w) dw
- 00
= _1 Joo IF(w)l2 dw
2:n: - 00
A importância do teorema de Parseval pode ser vista se imaginarmos que f(t) representa a corrente
em. um resistor de l Q. Uma vez que f 2(t) é potência e a integral de potência sobre o tempo é energia, a
Equação 18.72 mostra que podemos calcular essa energia normalizada tanto no domínio do tempo quanto no
domínio da freqüência.
Vamos agora aplicar algum.as das coisas que aprendemos acerca da transformada de Fourier a problemas de
circuitos.
50
= - - -- - -
(2 + jw)(lO + jw)
50 ( 1 1 )
=8 2+jw -lO+Jw V
Dessa forma, da Tabela 18.3, vemos que
v (t)
o
= 6,25[e - 2 1u(t) - e -IOt u(t)] V
(b) Nesse caso, uma vez que v;(t) = 5 cos 2t,
V (w) = 5.nà(w - 2) + 5.nà(w +2) V
l
v (t)=87-L[V (w)]=-1
o
f ' 50.n Ó(w-2)+à(w+2) e jw r dw
a 2:ir - 00
(10+ jw)
Empregando-se a propriedade de amostragem da função impulso unitário, obtemos
ej2r e-j2t )
vo(t)= 25 ( 10+}2+10-}2
= 25( ej21
10 ,2 e jt 1, 31 °
+ e-j2t
l0,2e - 111, 3 1º
l
= 4 ,90 cos (2t-11,31 °) V
Esse resultado pode ser facilmente conferido usando-se análise de fasores.
•
Exemplo 18.23
Considere a rede mostrada na Figura 18.21a. Essa rede representa um filtro passa-baixas simples como os
mostrados no Capítulo 14. Desejamos ilustrar a influência dessa rede no sinal de entrada examinando as ca-
racterísticas de freqüência do sinal de saída e o relacionamento entre a energia normalizada na entrada e na
saída da rede .
Cap. 18 Técnicas de análise de Fourier 797
+ +
201
v,(t) = 20e- u(t) V v 0 (t)
O>-----C_=_l_O_µ_f_...___o
(a)
IV;(w)l(dB)
º1------------
20 ú)
(b)
IH(wll(dB)
o------
5 ú)
(e)
IVu(w)l(dB)
o------
i -40 dB/década
5 20 ú)
(d)
18.21 Filtro passa-baixas, sua característica de freqüência e seu espectro de entrada e saída.
798 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 18
1
W =- (Iool0- -- 4
/375 dw- f"" -10-/-
375
d w)
4
0
7r
0
w 2 +25 °w 2 +400
= 2,0J •
O Exemplo 18.23 ilustra o efeito que H(w) exerce sobre o espectro da freqüência do sinal de en-
trada. De um modo geral, H(w) pode ser selecionado para moldar tal espectro de alguma maneira especifica-
da. Para ilustrar tal efeito, considere os espectros ideais de freqüência mostrados na Figura 18.22. Na Figura
18.22a, é mostrado um espectro ideal de magnitude de entrada IVi(w)I. IH(w)I e o espectro da saída IV (w)I,
0
que são relacionados pela Equação 18.71, são mostrados na Figura 18.22b-e para filtros ideais passa-baixas,
passa-altas, passa-faixa e rejeita-faixa, respectivamente.
Exercícios
E18.17 Calcule a energia total normalizada contida no sinal v;(t) = e- 21 u(t) usando os métodos no domínio do
tempo e no domínio da freqüência.
Resp.: WT = 0,25 J.
E18.18 Calcule a energia total normalizada contida no sinal v (t) = e- 21 u(t) no intervalo de freqüência de O a l
1
rad/s.
Resp.: WT = 0,07 J.
Notamos que, com o uso do teorema de Parseval, podemos calcular o conteúdo total de energia de
um sinal tanto no domínio do tempo quanto no domínio da freqüência. Entretanto, trabalhar no domínio da
freqüência é mais flexível no sentido de que nesse domínio é possível precisar para determinado sinal o con-
teúdo de energia dentro de uma faixa específica de freqüência.
Cap. 18 Técnicas de análise de Fourier 799
IV;(w)I
o
(a)
IH(w)I
(b)
IH(w)I
(e)
IH(w)I
(d)
IH(w)I IV,/w)I
w w
(e)
18.22 Espectros de freqüência para a entrada e saída de filtros ideais de passa-baixas, passa-altas
,
passa-faixa e rejeita-faixa.
1
Mostramos que a técnica da transformada de Fourier fornece meios de lidar com circuitos elétricos excitados
por entradas periódicas. A série de Fourier de um sinal em particular pode ser expressa de diversas
formas
equivalentes. Se o sinal for periódico e tiver alguma simetria, essa simetria pode ser usada para simplificar
o
cálculo dos coeficientes de Fourier empregados para descrever a forma de onda. Concluímos que a
resposta
em estado estacionário de uma rede a uma entrada periódica pode ser obtida expressand o-se a entrada
como
uma série de Fourier, determinando-se a resposta do circuito a cada componen te da entrada e, finalmente
, so-
mando-se cada componen te para determinar a resposta total da rede.
800 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 18
A transformada de Fourier é uma técnica que possibilita analisar circuitos excitados por sinais ape-
tiódicos. Vários pares de transformadas de Fourier foram apresentados juntamente com algumas proprieda-
des importantes da transformada de Fourier. Dois relacionamentos importantes do ponto de vista da análise
de circuitos são o teorema de Parseval e a equação Y(w) = H(w)X(w), onde Y(w) e X(w) representam a trans-
formada de Fourier da saída e entrada, respectivamente, e H(w) é a função de transferência do circuito. Mos-
tramos que o teorema de Parseval permite calcular a energia em um sinal no domínio da freqüência e ainda
determinar a quantidade de energia do sinal que está contida dentro de certo intervalo de freqüências. A rela-
ção entrada-saída no domínio da freqüência foi mostrada como sendo um meio eficaz de calcular a resposta
do circuito para entradas apetiódicas.
Pontos-Chave
• Uma função periódica satisfaz a relação f(t) = f(t + nT0 ), n = ±1, ±2, ±3, ....
• Uma função periódica não-senoidal pode ser representada como a soma de funções senoidais.
• Uma série de Fourier pode ser expressa de forma exponencial ou trigonométrica.
• Uma função periódica que exibe simetria de função par pode ser expressa por uma série de Fou-
rier contendo somente um termo constante e termos cossenoidais .
• Uma função periódica que exibe simetria de função ímpar pode ser expressa por uma série de
Fourier contendo somente termos senoidais.
• O deslocamento no tempo de um sinal periódico no domínio do tempo corresponde ao desloca-
mento de fase no domínio da freqüência.
• O espectro de freqüência de uma função expressa como uma série de Fourier é chamado de es-
pectro de linha, uma vez que os componentes aparecem em valores discretos de freqüência.
• A resposta de uma rede a uma entrada periódica não-senoidal pode ser obtida expressando-se a
entrada como uma série de Fourier, usando-se análise de fasores para determinar a resposta de
cada fonte na série, transformando-se as respostas individuais para o domínio do tempo e apli-
cando-se o princípio da superposição.
• Os pares de transformadas de Fourier são expressos como
F(w)==§ [f(t)]==f~,J(t)-jwrdt
1
f(t) == 1 -i [F(w)] == ~
2:rt
f -
00
00
F(w)ejwt dw
• V o<Jw) = H(jw) Vi(jw ), onde Vi(jw) representa o sinal de entrada da rede, H(jw) representa a
função de transferência da rede e V 0 (jw) representa o sinal de saída da rede.
• O teorema de Parseval pode ser usado para calcular o conteúdo total de energia ou o conteúdo de
energia sobre um intervalo específico de freqüência de um sinal usando-se um enfoque no domí-
nio do tempo ou no domínio da freqüência.
Problemas
18.1 Determine a série exponencial de Fourier para o trem de pulso mostrado na Figura Pl 8.1.
V(l)
JOi----. -
o 0,1 1 1,1 t(s)
Figura P18.1
SOCIESC
Biblioteca
Cap. 18 Técnica s de análise de Fourier
801
18.2 Determine a série exponencial de Fourier para o sinal mostrad
o na Figura Pl8.2.
f(t)
+l
o 2 4 6 8 10 t(s)
-1
Figura P18.2
18.3 Determ ine a série exponencial de Fourier para o sinal periódi
co mostrado na Figura Pl8.3.
f(t)
6·······························-·····························································-
o 2 3 4 5 6 7 8 9 10
T0 ----•I t(s)
Figura P18.3
18.4 Calcule a série exponencial de Fourier para a forma de onda que
é a soma das duas formas de ondas da Figura P18.4
calculando a série exponencial de Fourier das duas formas de
onda e somando-as.
(a)
-5 -4 -3 -2 -1 O 1 2 3 4
D
5 6 • t
(b)
Figura P18.4
18.5 Utilize a técnica de transformada de Laplace para determinar
os coeficientes da série exponencial de Fourier para a
forma de onda da Figura Pl8.2.
18.6 Utilize a técnica de transformada de Laplace para determinar
os coeficientes da série exponencial de Fourier para a
forma de onda da Figura Pl8.6.
f(t)
802 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 18
18.7 Utilize o método de derivadas para determinar os coeficientes da série exponencial de Fourier para a forma de onda
da Figura Pl8.3.
18.8 Utilize o método de derivadas para determinar os coeficientes da série exponencial de Fourier para a forma de onda
da Figura Pl8.8.
v(t)
o 2 3 4 t(s)
Figura P18.8
18.9 Utilize o PSPICE para determinar os coeficientes de Fourier para a forma de onda da Figura Pl8.16.
18.10 Utilize o PSPICE para determinar os coeficientes de Fourier para a forma de onda da Figura Pl8.25.
18.11 Utilize o PSPICE para determinar os coeficientes de Fourier para a forma de onda da Figura P18.24.
18.12 Dada a forma de onda da Figura Pl8.12, determine o tipo de simetria que existe, caso a origem seja selecionada em
(a) Z1 e (b) Z2 .
nnmn
t, t,
Figura P18.12
18.13 Que tipo de simetria é exibida pelas duas formas de onda da Figura Pl8.13?
J; (t)
6
2
(a)
(b)
P18.13
18.14 Derive a Equação 18.36.
18.15 Dada a forma de onda da Figura Pl8.15, mostre que
A Loo -A 2:rcn
f(t)=-+ -sen-t
2
11=1
n:rc To
Cap. 18 Técnicas de análise de Fourier 803
Figura P18.15
18.16 Derive a série trigonométrica de Fourier para a forma de onda mostrada na Figura P18.16.
v(t)
t (s)
Figura P18.16
18.17 Determine os coeficientes trigonométricos da série de Fourier para a forma de onda da Figura Pl8.17.
1 l
-1 o
Figura P18.17
~/1
3 4 5 '
t(s)
18.18 Determine os coeficientes trigonométricos da série de Fourier para a forma de onda da Figura Pl8.18.
v(t)
2
o 3 4 5
Figura P18.18
18.19 Determine os coeficientes trigonométricos da série de Fourier para a forma de onda da Figura Pl8.19.
O 1 2 3 4 t(s)
Figura P18.19
18.20 Determine os coeficientes trigonométricos da série de Fourier para a forma de onda da Figura Pl8.13a.
804 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 18
18.21 Derive a série trigonométrica de Fourier para a função v(t) = Alsen ti como mostrado na Figura Pl8.21.
v(t)
P18.21
18.22 Derive a série trigonométrica de Fourier para a forma de onda mostrada
na Figura Pl8.22.
j(t)
o 2 3
Figura P18.22
18.23 Determine a série trigonométrica de Fourier para a forma de onda mostrada
na Figura Pl8.23.
v(t)
o 2 4 t (s)
-1
'----- 2
figura Pi 8.23
18.24 Derive a série trigonométrica de Fourier para a função mostrada na
Figura Pl8.24.
v(t)
Cap. 18 Técnicas de análise de Fourier 05
18.25 Determine a série trigonométrica de Fourier para a forma de onda mostrada na Figura Pl8.25.
Jí.t)
To
4
Figura P18.25
18.26 O espectro de linha discreto para uma função periódica.f(t) é mostrado na Figura P18.26. Determine a expressão
para.f(t) .
D,,
5
4
3
2
90"
1
o l--__._....,.,....,,._.,_~-
40 50 / (Hz) 10 20 30 40 50 f (Hz)
Figura P18.26
18.27 O espectro da amplitude e da fase para uma função periódica v(t) que possui somente um pequeno número de termoi;
é mostrado na Figura Pl8.27. Determine a expressão para v(t), caso T 0 = 0,1 s.
º" º"
6
4 +80
2 +45
4
2 3 4 2 3 n
-45
90"
Figura P18.27
18.28 Trace os primeiros quatro termos do espectro da amplitude e da fase para o sinal
co -2 M 6
f(t) = í:
n=I
-sen-cosnm t+-sennm t
M 2 O M O
nímpar
18.29 Determine a resposta em estado estacionário da corrente i0 (t) no circuito mostrado na Figura P18.29, caso a tensão
da entrada seja a descrita pela forma de onda mostrada no Problema 18.16.
l!l
2 !l
2H
v, (t )
Figura P18.29
18.30 Determine a corrente i(t) em regime permanente na rede da Figura Pl 8.30a, caso o sinal de entrada seja o mostrado
na Figura 18.30b.
1'
'1
11
'!
806 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 18
i(t) 10
20 lp
2
(a)
vfJ)
- +5
-
"
4
-5
(b)
Figura P18.30
18.31 Caso a tensão de entrada no Problema 18.29 seja
00
2 1
v (t) = 1-- ~ -sen0,2nntV
s nL.n
n=I
v(t) = -+
2
L~(cosmr -1) sennt V
l
nn
l
11=]
Figura P18.32
18.33 A corrente i5 (t) mostrada na Figura Pl 8.33a é aplicada ao circuito mostrado na Figura Pl8.33b. Determine a expres-
são para a corrente em regime permanente iaCt) usando as primeiras quatro harmônicas.
i,(t)(A)
..
(a)
IOOkO
(b)
P18.33
Cap. 18 Técnicas de análise de Fourier 807
18.34 Determine a tensão em regime permanente v 0 (t) na rede da Figura P18.34ª, caso a corrente de entrada seja a dada na
Figura Pl8.34b.
IH ,n v,(t)
(a)
~
~ - - l"l
- - 0--.....,,"----'2 -
- - '3,::_
- -"
(bJ
___• l(s)
Figura P18.34
18.35 Determine a potência média absorvida pela rede da Figura Pl8.35, caso
v(t) = 12 + 6 cos (377t - 10º) + 4 cos (754t - 60º) V
i(t) = 0,2 + 0,4 cos (377t - 150º) - 0,2 cos (754t - 80º) + O, 1 cos (113t - 60º) A
i(t)
Rede
Figura P18.35
18.36 Determine a potência média absorvida pela rede da Figura Pl8.36, caso v(t) = 60 + 36 cos (377t + 45°) + 24 cos
(754t - 60º) V.
e
v(r)
Figura P18.36
18.37 Determine a potência média dissipada pelo resistor de 12 Q na rede da Figura P 18. 36, caso v(t) = 50 + 25 cos (3 77 t -
45º) + 12,5 cos (754t + 45º) V.
. F
i'
18.38 Determine a transformada de Fourier da forma de onda mostrada na Figura P18 .38. 1 li
- t:
;:
v(r) '
.. r
f
A I------,
-T
T
..__ _ _-4 -A
Figura P18.38
18.39 Derive a transformada de Fourier para as seguintes funções:
(a) ftt) = e-21cos 4t u(t) .
(b )f(t) = e- 2'sen 4t u(t).
808 Análise de Circuitos em Engenharia Cap. 18
&71/.(t)f (t)]
1 2
= -2n1 fº- 00
F (x)F (w-x)dx
1 2
18.41 Determine a transfonnada de Fourier da função f(t) = e -altl.
18.42 Determine a transformada de Fourier da função f(t) = 12e-2111 cos 4t.
18.43 Determine o sinal de saída v aCt) da rede com o sinal de entrada v i(t) =3e-t u(t) e a resposta de impulso da rede h(t) =
e - 21 u(t). Assuma que todas as condições iniciais são zero.
18.44 O sinal de entrada de uma rede é vi(t) = e- 3tu(t). A função de transferência da rede é H(jw) = 1/(jw + 4). Determine a
saída da rede vaCt), caso as condições iniciais sejam nulas.
18.45 Utilize a técnica de transformada para determinar vaCt) na rede da Figura P18.34a, caso (a) i(t) = 4(e-t - e- 21 )u(t) A
e (b) i(t) = 12 cos 4t A.
18.46 O sinal de entrada para a rede da Figura Pl 8.46 é v/t) = lOe - 51 u(t) V. Determine o conteúdo total de energia l Q da
saída v 0 (t).
~
v~(t) I 1F v~(t)
o--------e------o
Figura P18.46
18.47 Utilize a transformada de Fourier para determinar i(t) na rede da Figura PlS.47, caso v/t) = 2e- tu(t) .
10 i(t)
lH 10
Figura P18.47
18.48 Utilize a técnica de transformada para determinar v aCt) na rede da Figura Pl 8.48, caso (a) v (t) = 4e- 1u(t) e (b) v (t)
1 1
= 4(e-21 + 2e-4t)u(t) V.
30 10 +
lF
v ,(t) 60 20 10
Figura P18.48
18.49 Calcule o conteúdo de energia normalizada do sinal v aCt) na Figura P 18.46 no intervalo de freqüência de w =2 até w
= 4 rad/s.
18.50 Calcule o conteúdo de energia normalizada do sinal v aCt) na Figura Pl 8.46 no intervalo de freqüência de Oa 1 rad/s.
18.51 Determine a tensão vaCt) no circuito mostrado na Figura Pl8 .51, usando a transformada de Fourier, caso i/t) =
2e-4 1u(t) A.
10
+
10 V0 (t)
1F
Figura P18.51
18.52 Compare a energia normalizada na entrada e saída da rede do Problema 18.51 para a entrada dada.
~
MAKRON
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esolu cã
, d
quaç o- s ultân eas
ar ente 1 depe dente s
onde x's e b's são tipicamente tensões e correntes ou correntes e tensões, respectivamente.
Como sugerido pelo título deste apêndice, assumimos que as equações são linearmente indepen-
dentes. Como um rápido lembrete do significado de independência linear, considere as seguintes equações
LKC escritas para cada nó de uma rede com três nós:
fV 1 -½V2 -4=0 (A.2)
onde V1 e V2 são duas tensões de nó que são medidas com relação ao terceiro nó (nó de referência). Indepen-
dência linear implica que não podemos encontrar constantes a1, a2 e a3 tais que
ai(fV1 -½V2 -4)+a 2(-½V1 +¾V2 +5)+a 3 (-Vi -½V2 -1)=0 (A.5)
809
810 Análise de Circuitos em Engenharia Apêndice A
Descreveremos agora duas técnicas para resolver equações linearmente independentes e simultâ-
neas - eliminação de Gauss e matrizes.
Exemplo A.1
Vamos encontrar a solução do seguinte conjunto de equações:
7Xl -4X2 -X 3 =4 (A.6)
-4Xl +7X 2 -2X3 = o (A.7)
-X 1 -2X 2 +3X 3 = -1 (A.8)
O algoritmo (ou seja, procedimento passo a passo) para aplicar o método de eliminação de Gauss é
feito de maneira sistemática. Primeiramente, resolvemos a Equação A.6 para a variável X em termos de
1
outras variáveis em X2 e X3 .
A.2 Matrizes
Uma matriz é definida como um arranjo de números dispostos em linhas e colunas escrito na forma
Apêndice A Técnicas para resolução de equações simultâneas linearmente independentes
l:~
811
ª12
la,,ª21 ª22 ª•·
a'.,,1 am2
Esse arranjo é chamado de uma matriz m por n (m X n) porque possui m linhas e n colunas. Uma
matriz é um modo convenien te de representa r arranjos de números; no entanto, deve-se lembrar que
a matriz
por si só não possui valor numérico algum. No arranjo acima, os números ou funções a J são chamados
de
elementos da matriz. Qualquer matriz que possui o mesmo número de linhas e de colunas1 é uma matriz
qua-
drada. O somatório dos elementos da diagonal de uma matriz quadrada é chamado de traço da matriz.
Exemplo A.2
As seguintes são matrizes:
Exemplo A.3
As seguintes são matrizes identidade :
1 o o
o o 1 o o
[~ ~]. [i o n 1 o o 1 o o
o o
1 li
As matrizes A e B são considerad as iguais caso seus elementos correspond entes sejam iguais. Em
outras palavras, A = B se e somente se a J = biJ para todo i e j.
1
Exemplo A.4
Se
A= [3 2 l]
456
e B = [3 2 l]
456
então A = B porque a; J = b; J para todo i e j.
li
A adição e subtração de duas matrizes de mesma ordem (ou seja, m x n) é realizada como se se-
gue:
C=A±B (A.14)
ou
e.l j . = a.l J. + b l.J. para todo i e 1·
l[bll
Isto é, os elementos de C são a soma ou diferença dos elementos correspond entes de A e B.
C=
l:i
e ...
ª111
: + :
[
C,,,1 amn bml
812 Análise de Circuitos em Engenharia Apêndice A
Exemplo A.5
Se
A=[~ !J B=[-1 3
-2]
4 '
e
então
ÀA{~" Àaml
...
À~mn
Âa,. l (A.15)
Exemplo A.6
Se À1 = 2, À2 = -2 e
4
A=[~ 3 !]
então
À1 A=[ 4 68
2
12]
10
-8 -12]
À A= [-4
-2 -6 -10
2
•
Considere agora a multiplicação de duas matrizes. Dadas as matrizes A m X n e B n X r, o produto
AB é definido como sendo uma matriz Cm X r cujos elementos são dados pela expressão
n
Note que o produtoAB é definido somente quando o número de colunas de A é igual ao número de
linhas de B.
Exemplo A.7
Suponhamos que as matrizes A e B são definidas como se segue:
Uma inspeção mais detalhada do produto acima ilustra que a multiplicação é uma operação "li-
•
nha-por-coluna". Em outras palavras, cada elemento de uma linha da primeira matriz é multiplicado pelo ele-
mento correspondente em uma coluna da segunda matriz e então os produtos são somados. Essa operação é
l
representada a seguir:
· •~j . .
IJ
...
·•· bll) bnp
lp
b ... (A.17)
Exemplo A.8
Se
e
B =[~ ~]
então
AB=[(l)(2)+ (3)(3) (1)(1)+(3)(5 )]=[11 16]
(2)(2)+(4)(3) (2)(1)+(4)(5) 16 22
Se
e
D=G]
então
(1)(1) +(2)(2)] [ 5]
CD= [ (3)(1)+(4)(2) = 11
A matriz de ordem n X m obtida pela troca de linhas por colunas de uma matriz A m x n é cha-
•
mada de transposta de A e é indicada por A T_
A.9
Se
então
AT = [l 2 3]
814 Análise de Circuitos em Engenharia Apêndice A
e se
então
•
Se A é uma matriz quadrada da forma
isto é, o determinante é igual ao produto a11a22 , elementos da diagonal principal, menos o produto a21a12,
elementos da diagonal que liga o "canto inferior esquerdo" da matriz ao "canto superior direito".
Exemplo A.1 O
Se
Uma vez que podemos usar qualquer linha ou coluna para determinar o determinante, vamos usar a
segunda coluna, tal que
~ = ª12A12 +a22A22 +a 32 A32
= ª12(-1) 31ª 21 ª 23 1+ª22(-1) 41ª11 ª1 31
G31 G33 G31 G33
A=[-: -~ =~]
-1 -2 3
Expandindo- se o determinante usando a primeira linha, obtemos
Exemplo A.13
Dada a matriz:
A12 =(-1)31ª21
ª31
ª12
[ a,
ª'"]
ª?] ª22
A= -
a'., 1 a'.,,,
então
816 Análise de Circuitos em Engenharia Apêndice A
.. . A.
...
nl
1
Am,
Se A é uma matriz quadrada e se existe uma matriz quadrada A- 1 tal que
A- A=AA· =I
1 1
(A.18)
1
então A- é chamada de inversa de A. Pode ser mostrado que a inversa da matriz A é igual à adjacente dividi-
da pelo determinante (aqui indicado por IAI); isto é,
A
_
1
=-w
adjA
(A.19)
Exemplo A.14
Dado
A=[~ !]
então
IAI =(2)( 4)-(1)(3) = 5
e
Portanto,
Também, se
então
IAI= 21~
=2-5+21=18
~l-11~ ~1+31~ ~I
e
-5
adjA=[ ;
-5
1
7
-:]
Logo,
r' =~[ ;
18
-5
1 -5
7]
-5 7 1
Temos agora ferramentas suficientes para resolver as equações A.1 usando matrizes. O exemplo a
•
seguir ilustra tal método.
Apêndice A Técnicas para resolução de equações simultâneas linearmente independentes 817
A.15
As equações nodais para uma rede são
2V1 +3V2 +V3 =9
V 1 +2V2 +3V3 =6
3V1 +V2 +2V3 =8
Note que esse conjunto de equações simultâneas pode ser escrito como uma única equação matriz
na forma
ou
AV=I
Multiplicando-se ambos os lados pela equação acima através de A- 1 tem-se
A- 1AV=A- 1l
ou
V= A- 11
A- 1 foi calculada no Exemplo A.14. Empregando a inversa aqui, obtemos
V= i1s[ ~ -~ _;][:]
-5 7 1 8
ou
e dessa forma
li
APÊNDICE
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1
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1 rocedimento para
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1
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Instalação do rograma
1
1 PSPICE
li'-___________________________,
O procedimento para instalação do PSPICE consiste de duas etapas. A primeira consta de quatro passos para
preparar o PC para executar o programa PSPICE. A segunda, de sete passos, para se configurar a impressora e
vídeos default para seu microcomputador.
(Observação: Os valores podem ser maiores que 20, mas não menores.)
4. Edite o arquivo C:\AUTOEXEC.BAT para incluir o PSPICE no caminho de busca. Por exem-
plo,
PATH C:\;C:\DOS;C:\PSPICE
C: \PSPICE > PS
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MAKRON
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N
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1
1
i
j
1
Números Complexos
O leitor provavelmente deve ter visto números complexos e seu uso em trabalhos anteriores, portanto, so-
mente uma rápida revisão dos elementos empregados neste livro é apresentada aqui.
820
Apêndice C Números complexos 821
da origem ao ponto, e um ângulo 0, que representa o ângulo entre o eixo real positivo e a reta que conecta o
ponto à origem.
J Eixo imaginário
y ----------1
x Eixo real
Portanto,
As relações entre essas três representações de um número complexo são como se segue.
Exemplo C.1
Se um número complexo A na forma polar é A = 10 /Jit., expresse A nas formas exponencial e retangular.
3
A= 10 /30º = 10eí º" = lO[cos 30 º + j sen 30 º ] = 8,66 + j5,0
•
Exemplo C.2
Se A= 4 + j3, expresse A nas formas exponencial e polar. Além disso, expresse -A nas formas exponencial e
polar com uma magnitude positiva.
A = 4 + j3 = ✓ 4 2 +3 2 tan -i 2
4
= 5/36,9º
Também,
' =z 1 ~
1·e
A=ze
1 0 1 =x 1 +JY· 1
B = z e e = z t!.i_
2
1 ,~
' = X + jy
2 2 2
Exemplo C.3
Se A = 2 + j3, B = 2 - j3 , C = 4 /30º e D = 4 /750º, então A ;t: B, porém C = D, uma vez que 30º = 30º +
2(360º). •
O conjugado, A* , de um número complexo A = x + jy é definido como
A* =x- jy (C.10)
isto é, j é substituído por -j na forma retangular (ou forma polar) para se obter o conjugado. Observe que a
magnitude de A* é a mesma que a de A, uma vez que
z= ✓x2 +(-y) 2 = ✓x 2 +y 2
No entanto, o ângulo agora é
-y
tan- 1 - =-0
X
C.4
Se A= 10 /30º e B = 4 + }3, então A* = 10 /-30º e B* = 4 - }3. (A*)* = 10 /30º = A e (B*)* = 4 + }3 = B. •
Y, +y,
Y2
Y,
x, X1
Exemplo C.5
Dados os números complexos A= 4 + jl, B = 3 - }2 e C =- 2 - }4, desejamos calcular A+ B e A+ C (Figura
C.3).
A+B= (4+ }1)+(3- }2)
= 7- JI
A+C = (4+ jl)+(-2- }4)
= 2- }3 •
j
-2 ·······••,
·····•.....
·············
········· ··············
-3 :::::::_-_-_-_-:.·.·.·:.::·.:::::::::,,,,,. L,-~ + e
····••""""''"""'
e
Figura C.3 Exemplos de adição de números complexos.
824 Análise de Circuitos em Engenharia Apêndice C
Exemplo C.6
Desejamos calcular a soma A+ B = caso A= 5 /36,9º e B = 5 /53,l º .
Devemos converter da forma polar para a retangular.
A = 5 /36,9º = 4 + j3
A+B=4+j3+3+j 4=7+j7
= 9,9/45 º
•
Subtração
A diferença de dois números complexos A= x 1 + jy 1 e B = x 2 + Jy 2 é
A-B = (x 1 + jy 1)-(x 2 + ÍY2) (C.14)
= (x1 -x2)+ J(y1 -yz>
isto é, simplesmente subtraímos individualmente as partes reais e as partes imaginárias para obter o número
complexo resultante. Uma vez que um sinal negativo corresponde a uma mudança de ângulo de 180º, a técni-
ca gráfica para executar a subtração (A - B) pode ser realizada desenhando-se A e B como vetores, rotacio-
nando-se o vetor B de 180º e então somando-o ao vetor A.
Exemplo C.7
=
Dados A 3 + jl e B =2 - j2, calcule a diferença A - B.
A-B = (3 + jl)- (2 - j2)
= 1+ j3
A solução gráfica é mostrada na Figura C.4.
•
j
A-B
···········
··.......
............................ B
Exemplo e.a
Vamos calcular a diferença A - B caso A= 5 ~ e B = 5 /53,l º.
Convertendo ambos os números da forma polar para a forma retangular, obtemos
A = 5 /36,9º = 4 + j3
B=5/53, 1º =3+j4
Então
A-B=(4+j3)- (3 +j4)=1-jl= ✓2 /-45º
•
Apêndice C Números complexos 825
C.9
Dado o número complexo A = 5 /36,9º, calcule A*, A + A* e A - A*.
Se A= 5 /36,9º = 4 + j3, então A*= 5 /-36,9º = 4 -j3. Dessa forma, A+ A* = 8 e A -A* = j6. •
Observe que a adição e subtração de números complexos é uma operação simples se os números
são expressos na forma retangular. Note também que a soma de um número complexo e seu conjugado é um
número real, e a diferença entre um número complexo e seu conjugado é um número imaginário.
(C.15)
ou
AB = (x 1 + Jy 1)(x2 + ÍY2)
= X1X2 + JX1Yi + ÍX2Y1 + J2Y1Y2 (C.16)
= (X1X2 -Y1Y2)+ j(X1Y2 +X2Y1)
Se dois números complexos estão na forma exponencial ou polar, a multiplicação é feita direta-
mente multiplicando-se suas magnitudes e somando-se seus ângulos. A multiplicação é simples, apesar de
ser um pouco mais complicada, se os números forem expressos na forma retangular.
O produto de um número complexo e seu conjugado é um número real; isto é
AA*=(ze 10 )(ze- 10 )=z 2 ei 0 =z 2 ~ =z 2
(C.17)
Note que tal número real é o quadrado da magnitude de um número complexo.
C.11
Dado A = 5 /36,9º e B =5 /53,1 º, desejamos calcular o produto nas formas polar e retangular.
isto é, se os números estão na forma polar ou exponencial, a divisão pode ser feita imediatamente dividindo-
se suas magnitudes e subtraindo-se seus ângulos como mostrado acima. Se os números estão na forma retan-
gular ou a resposta é desejada na forma retangular, então o seguinte procedimento pode ser usado.
826 Análise de Circuitos em Engenharia Apêndice C
Á X1 + ÍY1
B X2 +JY2
O denominador é racionalizado multiplicando-se tanto o numerador como o denominador por B*:
AB* (x + ÍY1)(x2 - ÍY2)
BB*
= (x 1 + Jy
2 2 )(x2 - ÍY2) (C.19)
X1X2 +Y1Y2 ,X2Y1 -X1Y2
= 2
X2 +y2
2 +1 2 2
Xz +y2
Dessa forma, o denominador é real e o quociente é dado na forma retangular.
Exemplo 2
Se A= 10 /30º e B = 5 /53,1º, determine o quociente A/Bem ambas as formas, polar e retangular.
A AB* 8,66 + }5 3- }4
-
B
= BB* 3+ }4 3- }4
A 10/30º
-
B
= 5/53,1º
(8,66+ }5)(3- }4)
= 32 +42 ou =2/-23,1º
45,98- }19,64 = 1,84- J0,79
25
= 1,84- J0,79
•
Como exemplo final, considere o seguinte, que necessita do uso de muitas das técnicas apresen-
tadas anteriormente.
Exemplo C.13
Dado A= 10 /30º, B = 2 + }2, C = 4 + }3 e D= 4 /10º, calcule a expressão para AB/(C + D) na forma retan-
gular.
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Capítulo 1
1.1 1080 C 1.3 0,5 C 1.7 6(1 - e-6) J 1.11 Dissipação de 32 W 1.15 8 V
1.18 24 V
Capítulo 2
2.1 / 0 = 7 A, / 1 = 9 A, 12 =6 A 2.4 32 W 2.6 4 A
2.10 -4 A
2.14 11 = -6 A, V0 = -16/3 V 2.18 -3/2 A 2.21 32/3 V 2.25 -20 V
2.28 -2 A 2.32 36 V 2.36 324 W 2.40 9 A 2.44 9 A 2.48 9 A
2.52 48 V 2.57 4 A 2.59 3 A 2.63 -16/3 A 2.67 6 Q 2.69 72 V
3
3.1 1 V 3.4 -12/7 A 3.8 208/19 V 3.12 -4 V 3.15 4 A
3.20 V2 = -4/3 V, V3 = 68/3 V 3.24 24/5 V 3.27 5/3 A 3.31 2 V
3.35 8/3 V 3.39 124/19 A 3.43 7 A 3.47 24 V 3.51 -4/5 A
3.56 11/2 V 3.59 8/5 V 3.62 O V
829
830 Análise de Circuitos em Engenharia
3.66
+
12 V
+
4 kil
16 V
1 kil 2kQ
3.71 (a) Cinco ramos, cinco elos (b) cinco ramos, quatro elos
3.72 (a) i 1 - i 2 =O
i4 + i3 - i2 = 0
i4 + is - h = o
i6 - Í7 = 0
(b) i 1 + i2 = O
i2 - i3 - i7 = 0
i2 + i4 + i6 = 0
h- is+ i6 =o
3.75 (a) V3 - VI + V5 + V7 = Ü
V4 - v 1 + v5 = Ü
- V5 + V2 - V 6 = Ü
- v7 + Vg + V9 = Ü
(b) - v 1 + v 3 + v 2 = 0
V6 - V3 + v5 = Ü
V4 - V2 - V6 = Ü
3.79 VO
U! =(1+ ;:)v2-(;:)(1+ :~)vi
3.82 ~=
V1
(~)(1 + R4+ R4)
R1 R2 R3
Capítulo 4
4.1 4A 4.3 6 A 4.7 2 mA 4.11 O A 4.15 0,25 V 4.19 8 V
4.23 1,4286 V 4.26 6,5714 V 4.31 V2 = 5 V, ganho =1 4.35 O V 4.39 10 V
Respostas de alguns problemas 831
4.42
+
sn 4n
15 V
2 n t SA 4n 30
Capítulo 5
5.1 4 A 5.4 12/7 A 5.8 9/5 A 5.12 18 V 5.16 O A 5.19 -11/12 A
5.23 -1 A 5.27 76/11 V 5.30 9/5 A 5.33 -2 A 5.38 9/2 V
5.42 12/13 V 5.45 6 V 5.48 9/2 A 5.51 1/3 A 5.55 RTh = 20/9 Q
5.59 RL =4 Q , PL =9 W 5.64 5 Q
Capítulo 6
6.1 40 V 6.4 ± 2,92 cos 377t A
6.8
i(t)mA
2so - - -
o 2 4 8 10 12 t (ms)
- 250
192
o 2 5 9 li 12 t(ms)
-192 _ _....
6.24 Cmax = 8 µF, Cmix = 1/2 µF 6.28 2 µF 6.31 1,32 µF 6.35 3,18 µF
6.40 3 mH 6.43 O H
Capítulo 7
7.1 4e- 1•21 V 7.4 -3e- t!0, 4 V 7.8 8 + e- t!O,S V 7.12 3 + (8/3 -3) e- r!o, 3 mA
7.15 3/4 + (9/19 - 3/4) e- t!0,6 mA 7.19 -18/15 e- t!O,l 25 V 7.24 2e- t/1 ,Z mA
7.28 14/5 + (-2 -14/5) e- 3t!0,4 mA 7.32 54,13 e-72 /13 1 V 7.35 -12!5e- 2415 t A
61
7.39 -6 + (3 + 6) e- V 7.44 6 + (5 - 6) e-t/ 3 A 7.49 -24/5 + (4 + 24/5) e-ZOt V
832 Análise de Circuitos em Engenharia
7.60
2 3 4 t (s)
7.65 5 e- t!O,I [u(t) - u(t - 0,05)) - 1,97 e-( t-0,0 5 )IO,l u(t - 0,05) V
7.68
volts
15------ v,,
10 -
5 ...
vout
....•·····••"'·· .
-5 :.················ t (s)
1················································.2
Capítulo 8
8.1 (a) s 2 + 2s + 5 = O
(b) s = -1 ± }2
(e) e -t(k1 cos 2t + k2 sen 2t)
8.4 (a) s2 + 6s + 9 =0
(b) S1 = -3, S2 = -3
(e) k1e-3t + k2te-3t
8.7 Subamortecido 8.10 e- 21 cos (t/2) A 8.13 se-21 - 4e- 3t V
8.17 4 - 4e-t - 3te-t V 8.21 lüe-41 cos 2t - 40e-4 t sen 2t V
8.25 -4/7e-t + 32/7e-St A
8.28
o 2 4 6 8 10 t (s)
Respostas de alguns problemas 833
8.31
vo(t)V
4,4
4,0
3,6
3,2
o 2 4 6 8 10 t (s)
8.35
V0 (t) V
10---
5 ....················"···· "·•··.~:::.............···············""... ··········...... 1
o 2 3 4 t (s)
Capítulo 9
9.1 Ambas as tensões estão em fase.
9.4 v1(t) adiantada i 1 (t) de -55º
v 1(t) em relação a i2 (t) de -230º
9.7 (a) i 1 (t) = 5 cos (377t + 180º) A ou 11 = 5 /180º A
(b) i2 (t) = 6 sen (377t + 45º) A ou 12 = 6 /-45º A
9.8 (a) 11 = 8 /68º A ou i 1 (t) = 8 cos (377t + 68º) A
(b) 12 = 4 /64º A ou i2 (t) = 4 cos (377t + 64º) A
9.9 (a) 11 = 6 /-78º A ou i 1 (t) = 6 cos (377t - 78º) A
(b) 12 = 4,5 /-228º A ou i 2 (t) = 4,5 cos (377t + 228º) A
9.12 5,09 + }4,96 Q 9.16 -J0,41 s 9.21 4 - J3 Q 9.24 5,31 mH
9.27
V,
·····............
··...
···............
..············/ys
....•·
l, ,,•·
,,•···
1+-
9.63 - -RF ( - jwC;R;)
--
R; 1+ jwC FRF
Capítulo 10
10.1 8 /-90º V 10.4 10,73 /2Ix5,57° V 10.8 10,6 /-135º A
10.12 2,83 /45º A 10.14 3,09 /23,83º V 10.18 35,8 /-71,58º V
10.22 26 -j2 A 10.26 9,05 /51,25º V 10.30 6 /st_ A 10.34 3,69 /83,88º V
10.38 -1,47 /-72,89º V 10.41 5,5 /-104,04º V 10.46 3,09 /23,83º V
10.50 1,3 /12,53º V 10.54 35,8 /-71,58º V 10.59 2,95 /-38,03º A
10.63 Zyh = 1/3 + j2/3 Q 10.67 3,175 /-56,05º A 10.70 0,2308 /-133,5º A
10.74 2,526 /-18,52º V
Capítulo 11
11.1 1,58 W 11.4 PS= 29,19 w, P4g = 9,77 W 11.8 119,99 W
11.11 32,49 W 11.15 ZL = 5 Q, PL = 5,28 W
11.19 ZL = 0,6 - j0,8 Q, PL = 47,82 W 11.22 ZL =3 - j2 Q, PL = 8/3 W
11.26 ZL = 0,4 - j0,2 Q, PL = 18,05 W 11.30 1,53 A 11.34 0,94 A
11.37 2,67 V
11.41 (a) 50 /20º V
(b) 16 /-30º V
(e) 14,14 /-80º V
11.45 440 V 11.49 Zlinha = 0,062 + J0,0826 Q, Vin = 236,95 /1 ,19º V
11.53 303,73 /12,43º V 11.55 309,53 /11,42º V 11.60 305 µF 11.64 60,97 Q
Capítulo 12
12.1 Ia = 5,56 /6,34° A rrns, Ib = 5,56 /-113,66º A rrns, Ic = 5,56 /-233,66º A rms,
VAN= 111,2 /59,47º V rms, VBN = 111,2 /-60,53º V rms, V CN = lll,2 /-180,53º V rms
12.4 120 ✓3 /40º V rms 12.7 VAN= 145,98 /60,38º V rms, IVanl = 160 V rms
12.11 1,49 + }3,00 Q 12.15 19,95 + }21,93 Q 12.19 207,9 /40º V rms
12.23 IaA = 11,10 /-48,99º A rrns, IbB = 11,10 /-168,99º A rms, Ice= 11,10 ~ A rms,
IVANI = 111 V rms
12.27 32,18 /25º Q
Respostas de alguns problemas 835
12.30 IAN = 9,37 /-4,4º A rms, 18 N = 9,37 /-124,4º A rms, = 9,37 /-244,4º A rms
12.34 Iba = 8,64 /57,94º A rms, Icb = 8,64 /-62,06º A rms, Iac = 8,64 /-182,06º A rms
12.38 S 3</J = 522,8 /67,9º VA, Scarga = Pcarga + JQcarga = 65,6 + }161,4 VA
12.42 16,65 + jll,07 Q 12.46 0,91 em atraso 12.50 18,5 kVA com fp em atraso 0,65
12.56 9409,96 W 12.58 20,687 W 12.62 94,1 /30º Q 12.64 422,45 µF
13
13.1 5,33 /-123,69º V
1
13.4 -V1 +R 1 l 1 +-.-(1 1 -lz)+R 2 (I 1 -l 2 )+V2 =O
1wC1
13.8 20,87 /4,29º V 13.11 1,21 /190,18º V 13.15 385,63 µJ 13.18 6,5 + J8 W
13.22 0,005572 /89,89º V 13.25 0,03014 /-30,26º V 13.29 44,72 /-153,43º V
13.33 15,94 /175,2º V 13.36 2,61 /-33,4º A 13.40 15,86 /-43º V
13.43 -18,32 /17,74º V 13.47 20 13.52 5737,72 W 13.56 2,615 /-33,40º A
13.60 550 kV A
Capítulo 14
8s(s+ 1) RCs+3
14.1--- 14.4 - - - - - -
2s2 +6s+l 3LCs2 +2RCs+3
14.8
+ 90º
Oº Fase
Ganho
OdB -90º
10 (/)
836 Análise de Circuitos em Engenharia
14.13
OdB ////
Ganho
-40 dB/década
+20 dB/década
5 10 50 w
14.15
0dB······················ .. ···----·······························.,
,,/,///1
Ganho
+40 dB/década
10 100 w
14.54
1,0
I,(A)
14.66 Vº = l
V; (jw +1) 2
Ganho
15.1 (a) [
15
_;,Í
Zl
-~!
Zl
1
l [zl zl]
zl zl
15.4 - 4 A
15.8
jw(C 1 +C 2 )
A . C
1 1 -jwC1]
[ R- JW I -.-+-+ jw(C 1 +C 3 )
JWL R
15.12 1,384 MQ 15.16 884 Q
838 Análise de Circuitos em Engenharia
15.24
¼ 18,17-j6,75]
, zi = 4,84 1-20,42° Q
[O 4
15.28 [_1 li
-~Jli
15.32 [
3
½ f
li]
15.36 [3-3 j 1
3+ j8
'8]
1
3 +21·w -(-"3 +1·w)l
15.40
[ -(½+ jw) 1+2jw
1s.44 [½O T- j f]
2 '
lo = 0,30 05,62º A
Capítulo 16
16.5 F(s) = e- 4 , e
-4a 4
+-e__
-4a]
2
[ (s+a) s+a
(s 2 +s+l)e-s
16.8 F(s) = --2- - - 16.11 F(s) = ic1-e-T')
s (s + 1) s
2
16.lSF(s)= 2 _ , (l-e-'-se- 2')
s (1-e 2 )
16.19 F(s) = - -1 - (2
-e-, - -2e - 2 ' --e-
2 2' )
1-e-2s s2 s2 s
1 ( -1 - -1e -s --e
16.23 F(s)=--- 1 -2s - -1e -2s +-e
1 -3s +-e
1 -4s)
l-e-4' s2 s2 s s2 s2 s
1 ( 10 lüe -ns )
16.26 F(s) = _ ~~ +-
1-e"' s 2 +1 s 2 +1
-
17
6s+8
17 1 Z(s) - -2 - - - 17.4 8 V 17.8 [2 ✓2e-t cos (t - 45º)] u(t) V
. -6s +16s+ll
17.12 t(l - e - 7141 ) u(t) V 17.16 lf(e-2/7t) u(t) V 17.21 (2 - 6e-41 ) u(t) V
17.34 Z(s) = f
r
13
i 2 (t)=l- 4 +2(0,85)e-
3141
cos( 5s t-37,76º
4
)l
ju(t)A
17.38 l.15(e-0 A 2 t - e-l,SSt) u(t) V 17.40 l.34(e- 2 , 621 - e-0 ,381) u(t) A
17.43 v0 (0) = O V, vo(oo) = 4 V
s
V RC
17.52 - 0
= 1 1
c1 c2
s 2 +s( ----'---+--- ) + -R1-+R2
---
C1C2R3 c 1c 2R 3 c1
18
840 Análise de Circuitos em Engenharia
18.8 e n = - - -42 ,
n 1mpar
(n:;r)
= On par e e = 1 O
18.12 (a) Função ímpar com simetria de meia-onda (b) função par
00
20
18.16 v(t)= I(-1)"+ 1 -sennt
n=l n:Jí
1
b =--
" n:;r
18.29 = 12 ~ j6nl
12n
00
18.32 V 0 (0) = 0,25 f!t... V, V 0 (1) = 0,28 /26,6º V, V 0 (2) = O, e V 0 (3) = 0,023 /-49º V
18.36 124,06 W
2
18.39 (a) jw +
(jw+2) 2 +16
4
(Jw+2) 2 +16
18.43 3(e-t - e-2 t) u(t) V 18.47 (2e-t - e- 112t) u(t) A 18.50 0,99 J
Índice Analítico
Ac, 4
Análise por fase, 480
Ac, análise do regime permanente, 339, 388,
745, Análise transiente, 249-291, 309-322, 731-744
783
Ângulo de fase adiantado, 350, 445
Acoplamento magnético , 513
Ângulo de fase em atraso, 350, 445
Acoplamento por fluxo, 513
Ângulo de fator de potência
Aditividade, 175
em atraso, 350, 445
Adjacente de uma matriz, 82, 85, 816
em avanço, 350, 445
Admitância, 357, 394
Ângulo
capacitor, 358
fase, 340
conexão em série, 358
fator de potência, 444
conexão paralela, 358
Argumento, 340
indutor, 358
Árvore, 110
parâmetros, 642, 664
Auto-indutância, 515
resistor, 358
Autotransformador, 542
Amortecimento crítico, 312
Ampere, 1, 3
Bateria, 4, 5, 8
Amplificador buffer, 126
Bobi na de potencial, 453
Amplificador diferencial, 122
Bobinas, magneticamente acopladas, 513
Amplificador não-inversor, 124
Amplificador operacional, 117-126, 161-163,
183, Caminho fechado, 22
197, 208, 273-276, 373 , 393, 611-627, 741
Caminho, fechado, 22
Amplificador, ver Amplificador
Campo elétrico, 226
operacional
Campo magnético, 230, 513
Amplitude
Candela, 1
de uma senóide, 339-340
Capacitância, 225
espectro, 782
Capacitor , 225
resposta, 567
circuito equivalente no domínio s, 720
amp-op; ·ver Amplificador operacional
corrente, 226
Análise de laço, 25-26, 97, 395, 731
energia armazenada, 227
Análise nodal, 78 , 390, 720
impedância, 354
841
842 Análise de Circuitos em Engenharia
Laço, 22 nano, 1
Laços fundamentai s, 115 Nó de referência, 78
Largura de faixa, 586, 606 Nó, 22
circuito RLC paralelo, 593 Notação de subíndices duplos, 26
circuito RLC em série, 588 Números complexos, 346, 820-826
Lei de Ampere, 530 adição, 823
Lei de Faraday, 513 ângulo, 822
Lei de Ohm, 18 conjugado complexo, 822
Leis de Kirchhoff, 22 divisão, 825
para corrente (LKC), 22, 355, 370, 718 forma exponencial, 346, 820
para tensão (LKT), 25, 355, 370, 718 forma polar, 346, 820
Linearidade, 175, 388, 792 forma retangular, 820, 822
Linha igual, 822
corrente de, 480, 483 magnitude, 822
espectro de, 782 multiplicaçã o, 825
tensão de, 477,479 parte imaginária, 347, 820
parte real, 34 7, 820
Malha subtração, 824
análise, 395, 720
corrente, 98 Ohm, 18
Matriz identidade, 811 Oscilações amortecidas, 314
Matriz simétrica, 86, 100
Matriz Parâmetros
adjacente, 82, 815 admitância de curto-circuit o (Y), 642-648
co-fator, 814 híbridos (h), 651-656
colunas, 810 impedância de circuito aberto (Z), 648-651
determinante , 82, 814 transmissão (ABCD), 656-660
846 Análise de Circuitos em Engenharia