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Phíllip Cutler
Education Research Associates e Orange Coast College
Costa Mesa, Califórnia
Tradutor
McGRAW-HILL
São Pauto • Rio de Janeiro • Lisboa • Porto • Bogotá • Buenos Aires • Guatemaia
• Madrid • México • New York • Panamá • San Juan • Santiago
Auckland • Hamburg • Johannesburg • Kuala Lumpur • London • Montreal •
New Delhi • Paris • Singapore • Sydney • Tokyo • Toronto
Do original
AC Circuit Analysis with illustrative problems
Copyright © 1974 by McGraw-Hill, Inc.
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FICHA CATALOGRÂFICA
(Preparada pelo Centro de Catalogação-na-Fonte,
Câmara Brasileira do Livro, SP)
Cutler, Phillip.
C993a Análise de circuitos CA; tradutor: Adalton Pereira de Toledo.
São Paulo, McGraw-Hill do Brasil, 1976.
p. ilust.
76-0449 CDD-621.31913
-621.3192
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^ / ' í . ',,;'7 ;
Sumário
CAPÍTULO 1 A SENÓIDE 1
1.1. Parâmetros de forma de onda 2
1.2. O valor médio 5
1.3. O valor eficaz (rms) ; 6
1.4. Potência 9
1.5. A senóide 11
CAPÍTULO 4 CAPACITÂNCIA 77
4.1. Capacitância 77
4.2. Carga e descarga do capacitor 79
4.3. Energia armazenada pelo capacitor 82
4.4. Geometria do capacitor 83
4.5. Voltagem de trabalho do capacitor 86
4.6. Coeficiente de temperatura da capacitância 87
4.7. Capacitores em paralelo. 87
4.8. Capacitores em série . . 88
4.9. Corrente do capacitor 89
4.10. O capacitor com excitação senoidal. . 90
4.11. Susceptância capacitiva 92
4.12., Reatância capacitiva . .' 94
4.13. Potência no circuito capacitivo puro 95
I ÍNDICE VII
8.4. A curva universal de ressonância. . 188
\ 8.5. Aumento de voltagem ressonante 191
f 8,6. Anti-ressonância paralela 193
> 8.7. Um circuito anti-ressonante prático 197
8.8. Impedância de entrada na ressonância 198
1 8.9. Seletividade de um circuito anti-ressonante 200
8.10. Curva universal de ressonância para o circuito anti-ressonante . . . 204
í
CAPÍTULO 9 SISTEMAS TERMINAIS (DUAS PORTAS) 233
9.1. Os jparâmetros z 233
f 9.2. Os parâmetros y 235
9.3. Conversões de parâmetros 236
. 9.4. Conversões pi-T 237
APÊNDICES 345
A —Notação de corrente 345
B —Notação de voltagem . . 347
.csu- ' i
ü.í"':
Prefácio
Phillip Cutler
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ri;$iio • -
/ A senóide
É conveniente iniciar este texto sobre análise de circuitos ca com uma obser
vação introdutória pertinente ao objetivo principal deste livro. Pretendemos apre
sentar o curso em forma e nível comparáveis com o nosso estudo anterior desta
série, sobre análise de circuito cc.^ A notação estabelecida para descrever corrente
e voltagem, leis de Kirchhoff, e, todos os teoremas sobre malhas é ainda aplicável.
Vocês observarão, todavia, que, enquanto conceitos algébricos bastante simples são
suficientes para uma exploração analítica dos circuitos cc, conceitos matemáticos
mais avançados são necessários para a análise dos circuitos ca.
A razão pela qual necessitamos de conceitos matemáticos mais sofisticados
deve-se ao fato de que as correntes e tensões noscircuitos ca variam como tempo,
e isso envolve outros parâmetros adicionais de circuito além da resistência. Quando
as fontes de tensão e/ou corrente eram estipuladas em amplitude e polaridade,
como nos circuitos cc, a única oposição oferecida ao fluxo de corrente era devida
à resistência do circuito (i?).
Entretanto, se a tensão e/ou corrente variarem com o tempo, veremos que
qualquer circuito elétrico, embora simples como uma espira, apresentará o seguinte
comportamento:
1. Uma oposição ao fluxo de corrente (resistência, R);
2. Uma oposição à variação da corrente (indutáncia, L), e
3. Uma oposição à variação de tensão (capacitáncia, C)
e(volts) -O e(volts)
6 v-±-
+6
6 V.
1 t.
(a) (b)
Fig. 1-1
+ 6 V
6 V- ~
^
A
n
1 2 3 4
4 V- - B
-4 V
(a) (b)
Fig. 1-2
CAP. 1] A SENÓIDE
Uma enorme variedade de formas de onda pode ser gerada por circuitos
apropriados; algumas das mais comumente encontradassão ondas de pulso, quadra
da, retangular, triangular, dente de serra (sweep) e senoidal da fig. 1-3.
Pulso,
Quadrada
Retangular
n
Triangular
Dente de serra
Senoidal
Fig. 1-3
T = — (l-ló)
f
e (volts)
f (ms)
Fig. 1-4
CAP. 1] A SENÓIDE 5
O valor médio de qualquer forma de onda periódica é o seu valor médio deter
minado em um intervalo de tempo igual ao período T. O valor médio é a compo
nente dc de uma forma de onda e representa aquilo que um voltímetro dc mediria
se fosse alimentado por esta forma de onda.
Para encontrarmos o valor médio de uma função, digamos y = f(x), em
um intervalo de tempo, digamos X2 - Xi como mostrado na fig. 1-5, é necessário
primeiro determinar a área envolvida pela curva (área hachurada) durante este
intervalo e então dividir esta área pelo comprimento do intervalo (jC2 - ati). Isto
exprime o valor médio. Na flg. 1-5, parte da área é positiva e parte, negativa.
Para encontrarmos a área resultante, devemos subtrair a área negativa da área
positiva. Sendo a área negativa maior do que a área positiva, o valor médio
resultará negativo.^
Fig. 1-5
Para maiores detalhes sobre uma discussão todavia elementar do conceito de valor
médio, ver Sec. 2-25 em Phillip Cutler, "Electronic Circuit Analysis —Passive Networks",
McGraw-Hill Book Company, New York, 1967.
6 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 1
onde {t2 - ti)é o intervalo de tempo no qual medimos o valor médio, usualmente
igual ao período, e
h
í fit) dt
é o simbolismo matemático usado para designar a área sob a curva (no caso a
representação de f{t) significando função do tempo) em um intervalo Í2
Não se impressione se o sinal de integral (/) e a Eq. (1.3) parecem estranhos.
Você deve ter em mente
p -7,5 V
T lOps
t (ms)
-60
50 V ^
40 V
13
10V = 50V-40V
3 MS 3ms
10 MS
= —210Vms
-60 V
Fig. l-é
1) P =• (1-5)
R
3) Pm ~
h ~
ou
5) Pcc —Pm
ou
não é o mesmo que a média dos seus produtos. Como último exemplo, considere
um interruptor aberto com uma determinada forma de onda de tensão em seus
terminais. Esta forma de onda de tensão terá algum valor rms, mas evidentemente
nenhuma potência é dissipada no interruptor aberto, uma vez que a corrente é
zero. Agora, se o interruptor é fechado, alguma forma de onda de corrente, que
possui determinado valor rms, passará através dele. Entretanto, a dissipação de
potência pelo interruptor é ainda zero, uma vez que não existe tensão desenvol
vida através de um interruptor fechado. Em conseqüência, a potência dissipada
no interruptor deve ser zero. Todavia, o uso às cegas da Eq. (l-9c) produziria
um valor definido de potência.
1.4 Potência
p = ei (1-10)
onde p = potência instantânea
e = tensão instantânea
i = corrente instantânea
j_ j_ r
T I ^pdt=^\
T) {ei)dt (1-12)
^rms
i T = 10/xs
t (ms)
3500
cada quadrado
3000
= (lOOVP (0,5 ms)
= 50 MS
l
2500 1
i
f
> 2000 f •ü -.t.
1
f
/
1500
1000
500
O 1.5 3 6.5 10
(ms)
(6)
Fig. 1-7
CAP. 1] A SENÓIDE 11
1.5 A senóide
Fig. 1-8
É necessário dizer que a senóide é de grande interesse para nós, não apenas
por ser a forma de onda de tensão das linhas de alimentação (usualmente 117volts,
60 Hz), mas também porque é inerentemente produzida em circuitos eletrônicos
.chamados osciladores, que constituem a base da maioria dos sistemas de comuni
cação por fio (rádio, TV). Além do mais, a senóide é relacionada a consideráveis
fenômenos naturais e tem certas propriedades matemáticas que a tornam muito
utilizada.'^
Por exemplo, ela pode ser mostrada por uma técnica matemática chamada
análise de Fourier, onde as ondas não senoidais, conforme discutimos anteriormente,
4
Por exemplo, ela pode ser diferenciada ou integrada e ainda fornece um resultado
senoidal. Também, a superposição de senóides de mesma freqüência resulta numa senóide de
freqüência idêntica.
ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 1
12
Onda seno
y — r sen 6
Onda co-seno
I X = f COS
a;
360° h
'•'bílí
Fig. 1-9
CAP. 1] A SENÓIDE 13
f =Y (l-16fl)
(l-16b)
CO =277/=-^ (1.17)
ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 1
14
Então, a onda de co-seno que está avançada da onde de seno de um ângulo de fase
de 90° é de fato equivalente a uma onda de seno defasada 90 ou 7r/2 rad. Por
exemplo, a fig. 1-10 ilustra dois vetores rotativos AH vistos no instante zero.
Note que o vetor está avançado de (no sentido de referência positivo de
rotação) de 90°. Conseqüentemente, no instante zero, faz um ângulo zero^com
a nossa linha de partida sobre o eixo x, enquanto faz um ângulo de 90 . Se
colocássemos em marcha esses vetores rotativos e plotássemos o seno desses
ângulos respectivos, obteríamos as curvas da fig. 1-10. Obviamente, a forma de
onda Tb é idêntica à onda de co-seno da fig. 1-9, o que prova que uma onda
de co-seno é uma onda seno atraso de fase de 90°. Ambas as formas de onda
periódicas que estão 90° fora de fase são consideradas estar em quadratura.
Fig. l-IO
pc — pc
Fig. 1-11
CAP. 1] A SENÓIDE 15
Em = 0.637 f pc
Fig. 1-12
Pode também ser demonstrado que o valor rms ou valor eficaz de uma
tensão ou corrente senoidal (onda de seno ou,co-seno) é dado por^
2 I 2
1
^1 E'pc sene í/0 pc
= 0,707 E
Fig. 1-13
Uma senóide, como acabamos de ver, deve ser expressa sob a forma
1) y = Asen(wí + 0) (1-23)
onde = a amplitude de pico
0 = ângulo de fase constante (relativo a 0°)
iút = ângulo explorado no intervalo t
Agora deve ser mostrado que uma senóide pode também ser expressa na
forma
Aequação {l-24a) explica-nos a senóide da Eq. (1-23), que tem uma ampli
tude A e um ângulo de fase 0, e é atualmente equivalente à soma de uma onda
de co-seno de amplitude B e ângulo de fase zero e uma de seno de ampütude C,
com ângulo de fase também nulo. As equações (1-24Ó) e (l-24c) relacionam as
amplitudes das ondas de seno e co-seno com aquela de amplitude A.
O equivalente das Eqs. (1-23) e (1-24) é sempre útü, e desde que a prova
é muito simples e ajudará a sua compreensão, vamos conhecê-lo. Existe .uma
identidade trigonométrica que indica
3) sen(jc + y) = senx cos>; + sen 7 cosx (1-25)
Então a Eq. (1-23) pode ser escrita como
4^ y = A[sen cof cos 0 + cos cot sen 0]
Efetuando a multiplicação por A e reconhecendo que 0 éuma constante, podemos
reescrever (4) como
3^ y = A sen 0^ cos cot -P A c^s 0^ sen cot
C
CAP. 1] A SENÓIDE 17
Admitindo
6) 5 = A sen 0
7) C = A COS <j>
podemos escrever a expressão (5) como
8) y = B COS ojt + C sen cot
que completa a prova.
Para demonstrar a equivalência das Eqs. (1-23) e (1-24) mais convincente
mente, vamos usar um exemplo numérico e também trabalhar o problema anterior.
Vamos admitir que temos uma onda de co-seno de amplitude de pico B —5 e
uma onda de seno de amplitude C = 8, ambas com uma velocidade angular co.
Então, as ondas de seno e co-seno poderiam ser representadas como as curvasb ec
da fig. 1-14, onde
9.434
Fig. 1-14
sen jc
(1) tãnx =
cosx
(2) sen3 X +
^ cos x^ =
_ l
r = 2 s
f = Y= 0,5 Hz
Para determinar a componente cc ou tensão média, notamos na fig. PS \-\a
que a área positiva compreendida no período de 2 s é
A- = 8 V(1 s) = 8 Vs
e a área negativa é
A=A^+A-=8 + (-4) = 4 Vs
e a tensão média é
r 2s
20 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 1
+8
(a)
o f (s)
-4
64
2
(b)
16
Fig. PS 1-1
'80 s
•^rms ~ ' ^ = 6,23 V
2s
F -—E
^cc =—=
j 3^s ^ = 6 V
Para obtermos o valor eficaz, geramos a curva como mostrado na fig.
PS \-2b. Observando a área sob a curva e^, vemos que ela pode ser resolvida
CAP. 1] A SENÓIDE 21
12
e (volts)
3
t |s)
(a)
140
120
20
0.3 . 1 ! 3
t
(b)
Fig. PS 1-2
PS 1-3 Uma malha de quatro terminais (fig. PS \-3d) tem as seguintes carac
terísticas: Se uma forma de onda triangular de tensão ei é aplicada aos terminais
de entrada (1-1), uma forma de onda triangular de corrente íj aparece nos termi
nais de saída (2-2). Se um retângulo de tensão ej é simultaneamente assinalado
de forma que as formas de onda instantâneas Í2 e 62 apareçam como mostrado
na fig. PS \-2>b, que expressão geral determina a potência dissipada na carga
situada nos terminais 2-2?
(a)
^pc^pc
Fig. PS 1-3
p=y-Y[j(r
^pc ^pc
p =
CAP, 1] A SENÓIDE 23
140°
40° X , \
180'
Fig. PS 1-4
Para determinar a tan 2300 rad, vamos primeiro converter para graus.
O
O
60° = 60° X = 1,047 rad 00
PS 1-6 Desenhe as curvas >' = sen0, = sen (0 + 90°), e >' = ±cos0 para
incrementos de 30° desde 0° até 270°.
SOLUÇÃO
0° 30° 60° 90° 120° 150°
e
sen d 0 0,5 0,866 1 0,866 0,5 0
COS d 1 0,866 0,5 0 -0,5 - 0,866 -1
Veja a fig. PS 1-6 para as curvas resultantes. Note que Y= cos d eY = sen (0 + 90°)
são curvas idênticas, que confirmam que uma curva de co-seno é uma curva
seno avançada 90°. Também note que a curva —cos0 é similar à curva + cos0
mas deslocada 180®. Multiplicando qualquer curva senoidal por —1, deslocamo-la
180°.
= —COS d
— sen {& — 90°)
/ = COS d
= sen {6 + 90°)
Fig. PS 1-6
1) 24 sen 3770í
3770
4) / = = 600 Hz = 600 Hz
' - L-n
Então
da qual
9) t = 0,5236/3770 = 0,1389 ms
PS 1-8 A equação geral de uma senóide é y = A sen (coí ± 0). Qual é o efeito
proveniente da variação de A, co, e 0 sobre a curva?
SOLUÇÃO Variando a amplitude >1, muda o valor de pico apenas. Variando co
muda apenas a freqüência ou o número de ciclos por unidade de tempo, digamos
1 s. Isso, é claro, também muda o período. Variando o ângulo de fase 0, muda
apenas o valor inicial de y para í = O e graficamente tem o efeito de escorregar
a curva para a direita (ângulo de defasagem) ou para a esquerda (ângulo principal).
O sinal de 0 é negativo para ângulos complementares e positivo para ângulos
principais.
PS 1-9 A fonte de entrada (^en) da fig. PS 1-9, cjue é uma senóide expressa
como = 12 sen 5 X lO^í, é usada para alimentar duas malhas separadas.
A primeira é um deslocador de fase que retarda a fase do sinal de entrada de
forma que a saída ei está defasada de e^^^ de 60°. A segunda malha é uma linha
de retardo que tem a propriedade de produzir na saída um retardo em relação
à entrada de 0,1 /Lts para cada polegada de linha de retardo. Quantas polegadas
de linha são necessárias para garantir que ex e Cj estão em fase?
SOLUÇÃO Primeiro encontre o tempo necessário para deslocar o sinal 60°.
Convertendo 60° para radianos, temos 60° X rad/180° = 1,0472 rad. Como
26 ANALISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 1
Deslocador
de fase 60°
1
Linha de
retardo
>1
1
Fig. PS 1-9
CO = 5 X 10®, podemos colocar a expressão geral para o ângulo gerado igual a 60*^
convertido em radianos como segue:
t = 0,2094 jus
1 pol
comprimento da linha = X 0,2094 Ats = 2,094 pol
0,1 jus
PS 1-10 Dada a função senoidal^* = 120 cos (157í —30), determinar o seguinte:
amplitude, período, ângulo de fase e esboço da forma de onda.
y = 120cos(157f- 30°)
-120
-^30°!-^
iy = 120 COS 157f
3bi'^í'r';
Fig. PS 1-10
ou
27r rad
T = 0,04 s
157 rad/s
PS 1-11 Estime por meios gráficos o valor médio de uma onda completa reti
ficada senoidal.
SOLUÇÃO Construa uma meia onda ou mesmo um quarto de onda senoidal.
Na fig. PS 1-11 mostramos um ciclo completo de uma onda completa retificada
senoidal de amplitude unitária, mas determinaremos a área de apenas uma quarta
parte dela, de Oa 90°, e multiplicar por quatro para a área de umciclo completo.
1,0 s
0,8
/ \
>
\ / \ /
V i V /
0,4 -í \
l
f \
i
f
0,2 V
f >r
90 180° 360°
Fig. PS 1-11
Uma variedade de caminhos pode ser usada para estimar a área sob interesse.
A aproximação que utilizaremos é a que considera a soma das áreas de pequenos
retângulos tendo bases iguais (180°) e alturas judiciosamente escolhidas com
auxílio da escala vertical dividida em partes de 0,1 unidades. Então a área para
4 de ciclo é
^(90°) = 18° (0,2) + 18° (0,4) + 18° (0,8) + 18° (0,9) + 18° (1) =
= 59,4° unidades
28 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 1
V _ 237,6° unidades „ ,
J^av ^77^5 = 0,66 unidades
joU
9"/div
Fig. PS 1-12
271
^rms I sen^ d dd
-o
Desta forma podemos iniciar plotando a curva 7 = sen^ d (ver fig. PS 1-12)
para vários valores de 6, digamos, em intervalos de 18°. Por exemplo, alguns
pontos da curva são
CAP. 1] A SENÓIDE 29
0
0
00
d 0 36° 72° 90°
sen 9 0 0,5878 0,9511 1 0
sen^ 9 0 0,3455 0,9045 1 0
SOLUÇÃO
jp = 18 sen (6t + 50°) = B cos 6t + C sen 6/
onde, pelas Eqs. (1-240) e (l-24c), obtemos
^ •
'\j) e, =4 COS wf
-y
ev-" 1
. ^) e, =6 sen cof 03 I
•y
(a) (6)
Fig. PS 1-14
£•3 = +^2'
£•3 = + 42 = 7,21
e o ângulo de fase de 63 é
03^ = tan-^4=
6 33,69°
Então a tensão resultante é
sen^ ^ ~ T ~ COS 26
SOLUÇÃO Se em (4) da Tabela 1-1 fizermos :v = ^ = 0 e usarmos a forma da
soma, podemos escrever
1) cos(x + y) — cosjc cos^* — sen;c sen^*
ou
3) cos^ 0 = 1— sen^ 0
Substituindo (3) em (2) e simplificando, obtemos primeiramente
4) COS 20 = 1 —2 sen^ 0
Resolvendo (4) para sen^ 0 encontramos
2^ 1 — COS 20 1 1
5) sen^ 0 = = —— — COS 20
1/2
COS 20
COS 20
COS 20
2
COS 20 = sen
sen 0
Fig. PS 1-15
2)
4)
am
=^ 4=71= O'™'
30 V
10 V
L, (s)
vl-
10-
/
RESPOSTA P = 0,3 W
r = 0,314
PA 1-6 Que relação funcional está expressada pelas curvas da fig. PA 1-6?
34 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 1
Qescala = 22,5/div
•'•'V
gj = 12 sen cjf
Multiplicador
60 =e^e2
ia)
CAP. 1] A SENÓIDE 35
sen d
(/>)
P 1-1 Determine os valores médio e rms da forma de onda mostrada na fig. P 1-1.
100 V
/\0,1250,rio,375
257- i\o,5r
rj
t/
f
\I '
-40 V
7
/• (amps)
64
^ f (s)
CM
e (volts)
4 V
P 1-3 Qual é a freqüência em ciclos por segundo, Hertz, e radianos por segundo
de um vetor que gira a 3800 rpm?
Multiplicador
fli. = 6 kíl
P 1-14 A tensão pico a pico de uma onda seno é 296 volts. Qual é o valor
eficaz? Qual é o valor médio?
P 1-15 Uma fonte senoidal de 8 volts é conectada em série com uma bateria
de 14volts. Represente a forma de onda resultante e determine o valor pico a pico.
P 1-16 A voltagem de pico de senóide de 60 Hz é 36volts. Supondo um ângulo
de fase zero, determine o valor instantâneo para 30°, 45°, 60°, 90°, 140°, 250° e
300°.
^
período de 2,4 microssegundosvoltagem senoidalpico
euma amplitude comapico
um oscüoscópio indica um
de 18 volts. Determine
a equaçao da senóide e seu valor eficaz.
P 1-20 Uma curva seno de corrente atinge a sua amplitude de pico de 89 mili-
amperes em 0,4 milissegundos. Qual é a freqüência e o valor eficaz desta forma
de onda de corrente? Considere zero o ângulo de fase.
P 1-21 Uma senóide tem uma velocidade angular de 35 X 10^ radianos por
segundo. Determine a freqüência.
equação é e =
P 1-24 Uma senóide particular é dada por f = - 12 sen coí. Uma outra senóide
ada por e - 24 cos cor. Qual é o ângulo de fase da forma de onda da corrente
com respeito a forma de onda de voltagem?
<• •I 1 ^
-T, •
2 Notação de voltagem
e corrente
Fig. 2-1
40 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 2
por uma extremidade positiva de um elemento de circuito e sai pela sua extremi
dade negativa, você caminhou no sentido de diminuir ou perder potencial. Assim,
na fig. 2-2, E = —6V-1-4V = —2V. Isto é idêntico ao método usado no texto
anterior desta série e deveria ser familiar para você.
4 v"T
£ = -6 V + 4 V
= -2 V
6 Vji
^pc
© ^rms ~ ^ab
^cc - ^AB ^abt — ca
instan
Total tâneo
instantâneo = bab
ia) (ó)
Fig. 2-4
CAP. 2] NOTAÇÃO DE VOLTAGEM E CORRENTE 41
índice minúsculo, como em Cab ou Vf. Por exemplo, considerar a fig. 2-4fl e
2Ab. Note que Cab é a componente instantânea referente ao eixo médio ou eixo
Ecc- Se, por um motivo qualquer, essa componente cc fosse removida de tal
forma que a onda estivesse alternando em torno do nível médio de tensão zero,
^AB ® ^ab seriam idênticos.
Se houver algum problema em diferenciação entre o valor de pico da forma
de onda total ou apenas o valor de pico da componente ca, usaremos e
^pc(ca). respectivamente.
Agora, trabalhe com os problemas PS 2-1 e PS 2-2.
Para complicar um pouco mais o assunto sobre notação de voltagens em
circuitos ca, devemos considerar a possibilidade de fontes senoidais em série as
quais podem ser diferentes ou iguais em freqüência. Se elas diferirem em fre
qüência, teremos um considerável problema, e a forma de onda resultante será em
gerat não-senoidal. Este caso será considerado futuramente.
Se elas forem de freqüência igual, como usualmente é verdade, deveremos
considerar a possibilidade de diferenças de fase entre as fontes. Por exemplo, em,
digamos, tempo zero, os vetores rotativos (fasores) os quais em efeito geram as
ondas senoidais não devem ter amplitudes diferentes, mas podem diferir em fase
como mostrado na fig. 2-5. Aqui E2 está adiantado de Ei de 90° e assim £"2 e
El geram as ondas de co-seno e seno, respectivamente.
Fig. 2-5
^ Quando necessário, as quantidades vetoriais (fasoriais) são indicadas com tipo especial
de letra, pontilhadas, ou com uma ponta de flecha sobre a letra (£"2).
42 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 2
f..
J
Correto I ncorreto
Fig. 2-6
Fig. 2-7
Como nosso ponto final, você deve lembrar que, movendo através de um
elemento de circuito em uma direção oposta à direção indicada de referência,
a voltagem resultante é negativa, em relação à obtida movendo-se na direção indi
cada de referência. Em outras palavras, se você obtém —4 volts ou, digamos,
Exy volts no caminhamento desde a extremidade até a ponta de uma flecha, você
obteria + 4 volts ou —Exy caminhando na direção oposta.
Agora, trabalhe com os problemas PS 2-4 e PS 2-5.
ô d: Íiiítuy-i.
Fig. 2-8
PS 2-1 Como poderia você designar as voltagens cc, rms e instantânea de uma
fonte, digamos BI
SOLUÇÃO Em se tratando de voltagem, vamos especificar; usamos E ou V,
e letra maiúscula B para a voltagem cc {Eg)- O valor instantâneo total é e^.
O valor rms é escrito como
Fig. PS 2-2
SOLUÇÃO = E,
•^^(pc-pc) = 22 - (- 2) = - 24 V = 16 V
(pc)"*" = 22 V
^^(pc)ca = 22 - 10 = 12 V = 16 - 10 = 6 V
^^(pc)-=-2V
PS 2-3 Determine graficamente se Ei = 18/ 20° e £2 = 12 /-30° na
fig. PS 2-3út. Depois de completada a solução gráfica, analise-a analiticamente.
E, = 18/120
Fig. PS 2-3
Fig. PS 24
SOLUÇÃO 1) Eflè = £2 - El
Note que £1 está precedido do sinal negativo, porque, caminhando desde aextre
midade da flecha £2 até a sua ponta, entramos através de £1 pela contraria,
ou seja, da ponta para a sua extremidade. Substituindo valores em 1,
2) = 18/^ - 12/-30°
= (18 COS 20° +/• 18 sen 20°) - [12 cos (-30°) +/ 12 sen (- 30°)]
= 16,91 + / 6,156 - [10,39-/6]
3) Eab = 6,52 +/ 12,16 = 13,8/61,8° V
PS 2-5 Determine Eab na fig. PS 2-5.
E2
i+
E, =6Z.120°V
Ez = 5/190° V
Ea =9Z.-20°V
Eai, =?
Fig. PS 2-5
CAP. 2] NOTAÇÃO DE VOLTAGEM E CORRENTE 47
SOLUÇÃO
1) ^ab ~ El + E2 E3
= -(6/120°) + (5/90°) - (9/-20°)
= -[-3 +/5,2] + [O +/5] - [8,46 - /3,08]
= 3 -/5,2 +/5 - 8,46 + /3,08
Eflô = -5,46 -/2,88 = 6,1?/-152°
ou, alternativamente, temos o mesmo resultado expressado como
Eflô = -(5,46 +/2,88) = 6,17/27,8° + 180°
= 6,17/208°
PS 2-6 Expresse a lei de Kirchhoff para correntes se todas as correntes que
concorrem para o nó ÃT na fíg. PS 2-6 são consideradas positivas e todas aquelas
que o deixam são negativas.
I, = 5ii-90° A
I2 = 12/1210° A
13= 12Z.-21Ó° A
I4 = 8Z.70° A
U = 26.6Z.28° A
Fig. PS 2-6
SOLUÇÃO
o —II —I2 —I3 + I4 —I5
o = -5/-90° - 12/210° - 12/-210° -f S[JQ^ - 26,6/28°
O= -(-/ 5) - (- 10,4 - f 6) - (- 10,4 4-/6) 4- (2,74 4- / 7,52)
- (23,5 4-/ 12,5)
0 = 0
Fig. PS 2-7
SOLUÇÃO
-(40 -/8) -(40,8/-11,3°)
~ 1 +/0 1^0!
^, = -(40,8/11,3°)
Uma inspeção daexpressão acima para Ai leva-nos a concluir que A, como indicado
pelo sinal negativo, flui atualmente através de Ri no sentido oposto ao mostrado
na fig. PS 2-la, e aquela está adiantada 11,3° de A. Alternativamente, poderíamos
dizer
PA 2-1 Duas fontes de voltagem, Eg = 50/ 70° e Eij = 80 /l 10°, são conec
tadas em série. Determine o valor pico a pico da voltagem resultante.
RESPOSTA 346,2 V
£1 = 12£270°
£, = 15Z.-180°
RESPOSTA 19,2/218,7° V
•<2)—o
fi = 12Z.120°
r. £2 = 9^-200°
£.6= ?
RESPOSTA 7,7/251° V
0,373/113'
t «en =7^6°
''en
®o eo =-(10^12°-1-8^9°)
I
-O-
RESPOSTA 2,51
50 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 2
Stt
P2-5 Determine Eab na fig. P 2-3 se £*1 = , E2 ——'ij -^>
£*3 = 4 COS coí -I- sen cjt, e E4 = —2 -1- / 1,5.
' to, .W iS
3yPotência no círciito
resístívo puro
Correto Incorreto
(a) ib) (O
Fig. 3-1
Fonte de Consunnidor de
potência potência
Fig. 3-2
1) R = — =:
(3-1)
pc
(a)
(b)
(c)
Fig. 3-3
é sempre verdadeira. Uma vez que o valor eficaz de uma senóide é igual ao valor
de pico dividido por podemos também escrever
2) R
_ -^pc/V^ ^ rms
E
(3-2)
•fpc/v' 2 'rms I
(a) (6)
Fig. 3A
4) P = 1'^R (3-3Z>)
5) P = E''IR (3-3c)
que é idêntica ao caso dos circuitos cc exceto que agora usamos osvalores eficazes
das senóides.
Agora, trabalhe com o problema PS 3-3 e PS 3-4.
1) El = Exx +
Fig. 3-5
CAP. 3] POTÊNCIA NO CIRCUITO RESISTIVO PURO 55
5) Eeq = El + E2
ou
eq(rms)
P = (3-5)
~R
_(fi +^2)'
c 2 p 2
P¥=^
R
+%-
R
Fig. 3-6
56 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA (CAP. 3
1)
R R
2) P = P,+P,=.
R R R
Fig. 3-7
Fig. 3-8
Deixando
3) p = ei
5) X = cjt + <f>e
6) y = Cijt + (f>i
Vemos então que a equação (4) contém o produto senx sen v, para o qual a
identidade
_ •^pc 7pc
9) P = [cos (0e - 0/) - COS (2coí + 0e + 0/)]
58 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 3
Agora, temos de encontrar a área sob a curva p sobre todo o período. Aqueles
que estão familiarizados com o cálculo integral podem facilmente fazer isso, mas
para os que não estão, podemos chegar ao mesmo resultado pela simples resolução
da equação (9) na forma
10) P = k COS 01 —ÁCOS (2coí + 02)
onde
k = 0^ _ 0.^ 02 = 0e + 0/
Agora, a rede da área sob a curva p será, geralmente, devida à área auxiliada pelo
primeiro termo em (10) mais a área sob o segundo termo. Estas áreas podem,
naturalmente, ser positivas ou negativas. Evidentemente, o primeiro termo é uma
constante desde que é independente do tempo (í) e desde que sua contribuição
para a área sob p durante o radial 2 é
11) Al = 2 vrfc COS01
Osegundo termo na equação (10.) é uma dupla freqüência senoidal, que significa
simplesmente que ela vibra através de dois ciclos (positivo e negativo) no intervalo
2TT. Já que as áreas sob as alternações positiva e negativa são iguais, a área média
sob esta senóide é zero, independentemente do ângulo de fase 02. Então
12) A2 = O
e a potência média, P, é
13)
15) (3-8)
Desde que 2 = (y/l) i\/l) e rms = pico/V^, podemos reescrever (15) como
16) ^~ COS (0^ 0/) (3-9)
17) P = £•/COS (0e - 0í)
Trabalhe agora com PS 3-9.
•tsq
CAP. 3] POTÊNCIA NO CIRCUITO RESISTIVO PURO 59
i.
(a) ib)
Fig. 3-9
Deixando
3) p = ei
ou, substituindo (1) e (2) em (3) e multiplicando
4) p = Ecclcc 4" Iqq Epç. sen (coí 4* 0g) + •£'cc -fpc sen (coí + 0/)
+ JFpc /pc sen (coí + 0e) sen (coí + 0,-)
Para encontrar a potência média, precisamos determinar a área auxiliada
sob a curva p por cada um dos termos em (4). Evidentemente, o primeiro termo
é uma constante e, portanto, auxilia uma área
5) ^1 =
60 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 3
O segundo e terceiro termos são senóides com área resultante zero. Assim
6) Al = A3 = O
Como ela se constitui, a área sob o quarto termo não é óbvia. Entretanto,
se você recordar o resultado do problema PS 3-8, ficará claro porque o quarto
termo pode ser escrito como
^pc 7pc
7) [cos(0e —0,) —cos(2coí + 0e + <Pi)]
Uma inspeção de (7) indica dois termos entre colchetes a serem considerados.
Desde que o segundo termo é um senóide, não obstante seja de dupla freqüência,
a área resultante que ele inclui é zero. Assim, a área compreendida pelo quarto
termo é
8) = COS (0,-0,)
Fig. 3-10
CAP. 3] POTÊNCIA NO CIRCUITO RESISTIVO PURO 61
OU
4) = IttEcc^
O segundo termo -é uma senóide que, de fato, contribui com área resultante zero.
Assim,
5) Ai = O
O terceiro termo não é óbvio, mas se lembrarmos que
6) sen sen^ = y cos (x - }>) - j- cos (x + y)
poderia parecer que quando jc = 7 = 0, a Eq. (6) é reduzida para
7) sen^ 6 = y —-y cos 20
Então, o terceiro termo de (3) pode ser escrito como
8) [y - y cos2(coí + 0)]
Desde que o segundo termo em (8) é uma senóide, ele contribui com área resul
tante zero, enquanto o primeiro termo resulta
9) A, = 2,r
Portanto,
E ^
10) A = Ay + Ai + Ai = 2irEj + O + 27r
Agora (10% é a área sob a curva . Ovalor médio da curva ceq^ no intervalo
de 27r rad é então (a sobrebarra indica valor médio)
E o valor eficaz é
2
E
-^eqtrms) ^ ^— (3-11)
Desde que E^c = •Ê'cc(rms) e Epjy/Y= -£"03(1018)» podemos reescrever (12) como
1^^ ^eq(rms) ~ "vZ-^cc^ (rms) -^ca^ (rms) (3-12)
62 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 3
Embora o índice rms não seja necessário para o termo cc em (13), o incluiremos
como convém à forma da Eq. (3-12). Note que a voltagem equivalente rms não é
a soma das voltagens componentes. Similarmente,
14) -^eqCrms) ~ V^cc^(rms) 4" /ca (rms) (3-13)
Agora, trabalhe com o problema PS 3-11.
Pode ser mostrado que várias fontes diferentes de freqüência são envolvidas,
o valor rms equivalente é
(100 kHz)
Fig. 3-11
Rr
- ^ V/mHz (3-15)
R.
onde / é a freqüência em MHz e k = 6,9, 10,9 e 17,6 para fios bitola 22, 18
e 14, respectivamente.
(a)
360" Tf
Fig. PS 3-1
64 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 3
9) P 12W
27r
12 V
2 A->
Fig. PS 3-2
3) p ei = 24 sen d cos 6
Neste ponto você pode recorrer a um manual que contenha uma tabela completa
de identidade ou, com uma pequena manipulação, poderá usar (3) na tabela de
identidades do cap. 1. Consideramos (3) da tabela, porque, como mostrado aqui,
ela contém um termo senx cos^*, o qual está incomodando-nos em (3). Se (4)
tem solução para sen x cos y com x = >' = O, obtemos
ou
Uma inspeção de (6) mostra a freqüência dupla da onda de potência da fig, PS 3-2,
e isso mostra-nos ainda que a potência de pico é 12 watts, uma vez que 12 é a
amplitude da forma de onda p.
Sem nenhuma outra dificuldade, podemos determinar a partir de (6) que a
potência média P = 0, uma vez que concluímos previamente que a média de um
período completo de uma senóide é zero.
Note que este problema é idêntico ao PS 3-1 em todos os aspectos e em
mais um que é o avanço de 90° na fase da forma de onda da corrente. O efeito
desse deslocamento na fase da corrente causou uma dissipação nula de potência
na caixa em oposição aos 12 watts quando as formas de onda de e e / estavam
em fase.
As áreas negativas na forma de onda p da fig. PS 2-2b representam potência
gerada pela caixa e fornecida à fonte. Isto não significa, entretanto, que existe um
gerador rotativo dentro da caixa. Isto poderia significar que existe alguma energia
armazenada dentro da caixa que armazena energia quando p é positivo, ou seja,
quando e e i são de mesmo sinal, e que retorna potência quando esses são de
sinais opostos.
PS 3-3 Uma voltagem senoidal, e = 120 sen 377í volts, é aplicada através de
um resistor de 24 obms. Determine a potência dissipada no resistor.
SOLUÇÃO Uma aproximação é determinar
^rms = ^ = 0.707 = 0,707 (120 V) = 84,8 V
CAP. 3] POTÊNCIA NO CIRCUITO RESISTIVO PURO 67
R 24 n
35 sen u>t
Fig, PS 3-4
24,7 V
•^rms(ca) ~ ^ ~
Para desenvolver a mesma potência no resistor-de 3 kilohms, acorrente cc/^, forne
cida pela fonte deve ser igual à corrente eficaz (ca). Então Pc = frms(ca) =
8,25 mA. Conseqüentemente,
68 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 3
R
20 Í2
Fig. PS 3-5
ou
P =
^•eqtrms)' (75,2 V)^ = 282 W
R 20 n
P =
T^lrms' ^2rnis' _ (49,5)^ _ (56,6)^ = 282 oj
R R 20 n 20 Q
El(rms) = 3/_0l =3 + /O
-I-
P = Px+P2
(a) (6)
Fig. PS 3-6
3n
3Í2 + 6Í2
(5,66/^ A - 1,414 /- 60° A)
^6 ^oc 17.49Z.44 Ri
.6Í2
Fig. PS 3-7
17,49/ 44° V
/ = = 1,94/44° A
3 + 6 Í2
PS 3-8 Usando a pequena tabela de identidades no cap. 1, prove que senx sen^ =
y COS (x—y) —Y COS (jc + y).
SOLUÇÃO Da Eq. (4) na tabela de identidades, repetida aqui como (1) e (2),
1) cos(x —y) = cosx C0S7 -I- senjc sen^
2) COS (a: + >') = cosa: cos^» — sena: sen^'
Subtraindo (2) de (1), resulta, após alguma simplificação,
3) sen:i: senj' = y cos (a: —>;) —-^ cos (a: + y)
que é o resultado desejado.
PS 3-9 Resolva o circuito da fig. PS 3-9 para P2, a potência dissipada em R2.
Use a Eq. (3-9), que está repetida aqui por conveniência, e compare este resul
tado com aquele obtido no problema PS 3-7.
/?i = 3 Í2
—wv •
y
= 24 sen (wf + 30°)
= 2 sen (wf —60°)
Fig. PS 3-9
72 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA (CAP. 3
RiR:
3) E, = E. -
Ri + R2 " Ri + R2 h
R.
(Ea -i?il6)
Ri + R2
E a corrente I2 como
1 Ri
4) h = Ea - h
Ri + R2 Ri +
1
80 sen ujf
,R
. 12Í2
^cc "T" 60
V
Fig. PS 3-10
CAP. 3] POTÊNCIA NO CIRCUITO RESISTIVO PURO 73
<f>e = O 0/ = O
A equação (3-10) indica que
(82,46 V)^
566,7 W
12 n
Fig. PS 3-12
i> =íf^=20W
Esta é uma solução errônea, porque a Eq. (3-14) não pode ser usada para fontes
de freqüências semelhantes. Uma pequena meditação revelará que e eg são
iguais e opostas em todo instante e, assim, a voltagem equivalente será sempre zero.
e = 5sen(cjf + 65°)V
/ = 3sen(cof + 40°) A
RESPOSTA P = 6,796 W
6Í2 3 Í2
4Í2
RESPOSTA P = 5,67 W
CAP. 31 POTÊNCIA NO CIRCUITO RESISTIVO PURO 75
3Í2 6 Í2 2n
1 n
ec
= 3V
RESPOSTA P = 1,45 W
=_V/r
(3) ib)
6Í2
)í[r •
t4-l|WM|l'>IH«^
"•>
4 Capacitâncía
ia)
(O
ib)
Fig. 4-1
Fios terminais
Fig. 4-2
superfície do eletrodo positivo. Por esse dielétrico delgado ser sensível à polari
dade, torna-se necessário observar apolaridade da voltagem aplicada aesses capa-
citores eletrohticos. Os capaeitores eletrolíticos possibilitam enormes capacitâncias
em volumes relativamente pequenos.
fig representações esquemáticas de capaeitores são mostradas na
Devido a estreita região dielétrica, é necessário limitar a voltagem aplicada
através dos capaeitores avalores inferiores àqueles que poderão causar aruptura
dieletrico. Por essa razão, os capaeitores contêm uma
voltagem de trabalho que nao devena ser excedida sob condições mais desfavo
ráveis de temperatura, umidade etc.
1 ,1. 1 -L
Fixo
T
Eletrolítico
Variável
Variável
Fig. 4-3
(4-3)
3) Ec
que indica que capacitância éuma medida da quanüdade de carga que você pode
armazenar para cada volt aplicado através do capacitor no crrcurto da fig. 4.4a.
Ao contrário, se uma voltagem cc é aplicada através de um. capacitor como mos-
trado na fig. 4-5, avoltagem Ec é determinada por Ec = £"00 eaEq. (3) íornece a
carga armazenada devida à voltagem aplicada.
•< 1 — c
i
sw
.i. -trE,
11
? ec
1
5
2)
Aí Aí
Mas você deve também lembrar que
3) 7=^
Aí
A\
4 = c— (4.5fl)
c\
ic = C— (4.sb)
dt
0 •c
\
'c
cp:
«c
ec
ia) (6)
Fig. 4-6
está completamente carregado (z^ —0), como está rnostrado na íig. 4-6b. Note
que, uma vez que este intervalo de transiente termina, nenhuma corrente flui
através do capacitor, r- /• t i
Se o capacitor é agora desconectado de como mostrado na fig. 4-7, ele
reterá a carga acumulada e assim manterá volts através de seus terminais,
a menos que alguma corrente de fuga ou condução entre as placas permitir uma
equalização. Nestas condições, um capacitor carregado pode ser considerado como
uma bateria.
+ + + -!- + + +
/// . I I I I M
I l.l • M
I I I
J I I Placas de
Campo elétrico metal
M \ i i i i i i i i I
\ \ V '
\
.:àT''
Fig. 4-7
y = I CE^ (4-6)
onde C = capacitáncia em farads
Ec = voltagem do capacitor em volts
J = energia em joules (1 joule = 1 watt-segundo)
Se um resistor fosse agora conectado através do capacitor carregado da
fig. 4-7, um pulso de corrente apareceria até que as cargas nas placas fossem equali-
zadas. A energia armazenada no capacitor seria então dissipada como calor no
resistor.
Agora, trabalhe com o problema PS 4-4.
Vácuo 1
Ar 1
Vidro 4-7
Mica 7
Plástico (leve) 2-3
Plástico (pesado) 4-12
Fig. 4-8
onde C = capacitância em pF
A = área de uma placa em m^
n = número de placas
d = distância em m
d = espaçamento entre placas
Agora, trabalhe com o problema PS 4-5.
Fig. 4-9
' Para uma excelente discussão a respeito de capacitores, sua geometria e uma tabela
de constantes dielétricas, veja F. E. Terman, "Rádio Engineer's Handbook", McGraw-Hill
Book Company, New York, 1943.
CAP. 4] CAPACITÂNCIA 85
Para um fio condutor isolado (veja fig. 4-9) suspenso sobre um chassi de
metal (ou outro plano aterrado), cujas dimensões sejam suficientemente grandes
em relação ao fio condutor, a capacitância por metro é dada por
24,114 pF
C = (4-8)
m
Fig. 4-10
A capacitância por metro entre dois fios paralelos situados a uma distância
h sobre um plano de terra e cujo diâmetro é desprezível em comparação com o
comprimento deles, conforme mostrado na fig. 4-10, é dada pela Eq. (4-9).
12,073 PP
C = (4-9)
2D 1 m
log]
d
2A,n4K pF
C = (4-10)
log,o(f) m
86 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 4
Fig. 4-11
T
Fig. 4-Í2
CAP. 4] CAPACITÂNCIA 87
citância inerente aos capacitores eletrolíticos com voltagem ca, é possível colocar
dois deles com os terminais negativos ligados entre si, como mostrado na flg. 4-12.
Desta maneira, quando a camada dielétrica despolariza em um, polariza no outro.
. C/u =
Fig. 4-13
Para uma prova mais formal, podemos escrever para a fig. 4-13,
í) ôeq —Qi + Ô2 +03 + ••• + Ôtv
que simplesmente estabelece que a carga total em Cgq deve ser igual à soma das
cargas armazenadas nos capacitores individuais. Como, em geral,
2) Q = CE
4
A capacitância aumenta (diminui) com a temperatura quando o coeficiente de
temperatura é positivo (negativo).
ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 4
1) E = El + £*2 + E^ -f • • • -f Ej\f
Assim
ôeq ...
2) Cn
'eq Cl
Ceq
1
Cl C2
+ C3
I
JjN
y
JLN
y
_i:n
nCi
y
Fig. 4-14
Agora a corrente / que flui através de cada capacitor é a mesma neste circuito série.
Desta forma, sobre qualquer intervalo de tempo í, a carga sobre cada capacitor é
a mesma e igual a / X í. Então podemos reescrever (2) como
It It
3) — + — -I- — -F +
-eq Ci C2 C3 Cn
CAP. 4] CAPACITÃNCIA 89
5) Ceq (4-13)
1) Q = CE
Agora, se a voltagem muda de uma quantidade LE em um intervalo Aí, a mudança
correspondente na carga é Ag. Então
2) Ag = CCAA")
A variação média na carga devida à variação média de voltagem E no intervalo Aí
é expressa por
3)' M=cM
Aí Aí
Mas AQjAt é a corrente média que fluiu através do capacitorde maneiraa permitir
a variação de carga. Então, podemos escrever
4) =
5)
(a) (b)
ttílj -y.
180°
Fig. 4-15
CAP. 4] CAPACITÃNCIA 91
í I
(a) ib)
90°
'pci
0
\ , Fig. 4-16
^pc
(c)
e assim aparecerá como a forma de onda e na fig, 4-16Z). ,Ç que, entretanto, faz a
forma de onda de i aparecer como tal? Para determinar isso, vamos voltar aos
fundamentos [Eq, (4-15)] e lembrar que a corrente instantânea através de um
capacitor é dada por
1) i = c—
dt
2) , =cf
vemos que quando C aumenta, i aumenta na mesma proporção direta. Além do
mais, para a maior relação dejdt obteremos o maior i, também em proporção
direta. Agora dejdt é relação de variação da forma de onda de voltagem, e intuiti
vamente podemos suspeitar que dejdt é dependente da velocidade angular co.
Isto mostra que
3) l^cl = wC (4-16úr)
Utilizamos o símbolo de módulo sobre Bc porque Bc é uma quantidade dirigida
(vetor). Lembre-se que / está adiantada de E de 90° em um capacitor. Assim, a
susceptância {Bc) deve ter a propriedade de causar uma rotação de fase de 90°
quando ela multiplica a voltagem. Podemos, matematicamente, produzir uma
rotação de fase escrevendo
Diagrama de admitância
+iB
-íb
Fig. 4-17
94 ANALISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 4
1
1) Xc = (4-18)
como
2) ®c ~
1 . 1
3) Xc = -/ l^cl (4-19)
/coC ^ coC
De (3) vemos que
4) =•
(4-20)
ojC
Diagrama de impedância
+/"x
-R-
-/•*
Fig. 4-18
Fig. 4-19
SOLUÇÃO
Q = /(Aí) = 0,5 mA(0,03 s) = 0,015 X 10"^ coul
g - Q- ^ coui_
coul 0,2 X 10"® F
PS 4-2 A voltagem através de capacitor de 0,05-)uF varia como mostrado na
fig. PS 4-2a. Esquematize a curva correspondente da corrente.
ec(volts)
f (ms)
ic (amps)
0.125 — 0.12
t (ms)
-0.275 -
Fig. PS 4-2
SOLUÇÃO
der Acc , oÜiíUí';p i.
lioíj !Üf;df?ií
CAP. 4] CAPACITÂNCIA 97
De í = O para í = /xs
5 V - OV
ic = 0,05 X 10"^ F 0,125 A
2 X 10"® s - Os
De f = 2/xs â t = 5 ns
5 V - 5 V
ic = 0,05 X 10"^ F = O A
5 X 10"^ s - 2 X 10"® s
De í = 5 a f = 7/xs
6 V
ic = 0,05 juF = 0,12 A
2,5 jus
ic (mA)
t (jus),
ec (volts)
t (jus)
-2.5-
Fig. PS 4-3
SOLUÇAO
> _Q _ iciAt)
1) ec ç Q
98 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 4
Ag..-100 X 10-' ,
' C 0,05 X 10-'
A voltagem resultante no capacitor é agora = —0,5 + (— 2,0) = —2,5 V.
Deí = 4aí = 5/iSO incremento de carga é AQ = 80 mA(l /rs) = 80 X 10"'
coulomb. Assim, Ae^ = AQ/C = 1,6 V. Então a voltagem resultante do capacitor
para í = 5 /rs é ~ 2,5 V 4- 1,6 V = —0,9 V. Se permanece em OmA, o
capacitor manterá esta voltagem (ver fig. PS 4-3b).
PS 4-5 Duas placas idênticas quadradas de metal são separadas por 0,003175 m
no ar. Se cada placa tem 0,03048 m de lado, determine a capacitância formada por
elas.
Ca 8,82-í^(« - l)pF
KÁ
„„„ (1)(0,03048),
- 0,003175
24,114
C =
m
+y'-(W)]
24,114 24,114
= 24,22 pF/m
logio [ 9,899] 0,9956
PS 4-7 Três capacitores, 1 juF, 0,7 juF e 1,2 juF são conectados em paralelo.
Determine a capacitância equivalente.
SOLUÇÃO Ceq = Cl + Ci + C3
= 1 iuF + 0,7 iuF + 1,2 juF = 2,9 juF
1 111
SOLUÇÃO
'eq Cl Cj C3
1 juF
' +0,7^)uF+ '
1,2 juF
Cl
0.01 íiF
—1^^ (>
Lcj
0.05 mF
Lc4
0.03 ÍiF
-C3
•^0.04mF
0— >
Fig. PS 4-9
C2 C3 (0,05) (0,04)
C23 — = 0,0222 iuF
C2 + C3 0,05 + 0,04
C1C234 (0,01)(0,0522)
= 0,00839 /uF
Cl + C234 0,01 4- 0,0522
120 X _JL_C
eoHzl W ^ 4/iF 0.1 /iF
C2
0.2/iF
Fig. PS 4-11
5) X= y = 6
permite-nos escrever como
8)
Evidentemente, se a equação (8) fosse esboçada, seria representada por uma curva
de seno com freqüência dupla das curvas e ou / e valor de pico igual a Epç.Ipj2.
Uma vez que o valor médio de qualquer senóide é zero, não necessitamos esque-
mãtizar (8), mas podemos imediatamente concluir que a potência média P = 0.
RESPOSTA 270/1A
PA 4-2 Um capacitor de 0,05 /iF deve armazenar 1,2 joules de energia em uma
aplicação determinada. Qual é a mínima voltagem permissível de trabalho?
RESPOSTA 6,93 kV
,0.5pF
0.01 pF
0.03 pF ;0.04pF
Hf-
RESPOSTA 0,00647 /xF
/ = 0.1 mA
^0°f '
' E = 48.2 V
C, = 2/íF
120 V
60 Hz
RESPOSTA E2 = 80 V/^ ^
PA 4-7 Determine a corrente através de C5 na fig. PA 4-7.
C4
0.02/íF 0.008/íF
/ (amps) 0.5
104 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 4
C, = 3 íxF
120 V
60 Hz
5 Indutâncía
5.1 Indutâncía
ia)
(b) (O
Fig. 5-1
Fig. 5-2
/ v\// -X
' Í.Jl-í:
Fig. 5-3
Isso deve-se ao fato de que a bobina é influenciada pelo fluxo magnético que,
por convenção, é suposto como saindo de um pólo norte (N) e terminando em
um pólo sul (S). Ele marca zero, porque o fluxo não está em movimento em
relação à bobina.^
Agora, se empurrarmos repentinamente o ímã em direção á bobina (ou a
bobina em direção ao ímã), resultará em uma deflexão momentânea do voltímetro,
que cessa quando pára o movimento, Se movimentarmos o ímã para trás afas
tando-o da bobina, o voltímetro novamente deflectará, mas em direção oposta,
O ponto mais interessante desta experiência é que, apenas quando houve uma
variação de campo magnético, verificamos uma voltagem desenvolvida (ou
induzida) através da bobina,
O campo magnético não necessita provir de um ímã permanente. Ao contrá
rio, poderíamos utilizar o princípio de que qualquer bobina percorrida por uma
corrente possui um campo magnético em tomo dela. Então, na fig, 5-4 temos Li
e L2 rigidamente acopladas, de forma que, quando fechamos a chave e a corrente
começa a fluir em L2, o crescimento do fluxo magnético em L2 influencia Li.
Desde que o campo esteja crescendo (em movimento), uma voltagem é induzida
em Li - Quando a corrente em L2 finalmente atinge seu valor máximo, o campo
torna-se fixo (invariável) e nenhuma voltagem é induzida em Li, de forma que a
leitura do voltímetro volta a zero, Se a chave é reaberta, o campo sobre Zj é
Fig. 54
Isto está grosseiramente simplificado, mas desejamos evitaros detalhes da lei de Lenz,
conceitos de fluxos concatenados etc,, nesta discussão.
108 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 5
1) . = (5-1.)
2) (5-li)
A significação da Eq. 5-lh (ou 5-lfl) é dupla. Primeiro, ela mostra clara
mente que a voltagem do indutor existe somente quando a corrente do indutor
está variando. Uma corrente em equiliT)rio, não importa quão grande, resulta em
nenhuma voltagem através de um indutor ideal (resistência nula). Segundo, não
tão obviamente, implica que a corrente em um indutor não pode mudar instanta
neamente. Istose torna mais evidente se resolvemos (2) para Az, obtendo^
3) Ai=j-(At)
A equação (3) diz-nos que se Aí = O, Az = O, o que significa que nenhuma
variação de corrente ocorre sem que algum tempo tenha passado.
De um ponto de vista físico, isso não se verifica devido ao fato de que um
indutor se opõe a uma mudança de corrente através dele, e o faz desenvolvendo
uma voltagem auto-induzida que é de polaridade tal, que se opõe à mudança de
corrente. Para apreciar a mecânica disso, considere a fig. 5-5a, onde temos repre
sentados alguns sentidos de voltagem e corrente nos terminais do indutor. Se / é
constante, então i = I é também constante e e = 0.
Agora vamos considerar a fig. 5-5b, onde a possibilidade de uma mudança
em z é devida à componente ± Az na fonte de corrente considerada. Um Az
positivo significa um aumento de z, que está indicado por uma flecha de corrente
+ A/
/=/
—o—
0 e = 0
/ ± Ai
(a) (6)
A/ Ai
e = +
/ + A
©'-^'
(O (í/)
Fig. 5-5
I. Uma vez que isto significa que a corrente do indutor i está diminuindo, a
voltagem auto-induzida assumirá uma polaridade tal, que forçará uma corrente
na direção da flecha pontilhada. A flecha pontilhada de corrente representa a
componente de corrente Ai e, assim, tenta impedir a corrente i de variar. Para
uma corrente na direção da flecha pontilhada, o indutor deve desenvolver a pola
ridade indicada através da fonte de voltagem auto-induzida. Note que, neste inter
valo, e é negativo. Você notará que, nesses exemplos, é apenas a direção de Ai
que determina ei. A direção da componente no estado de equilíbrio (7) é sem
conseqüência.
Agora, trabalhe com os problemas PS 5-1, PS 5-2 e PS 5-3.
2) í = {-j^]At + Io (54)
ia)
Fig. 5-6
Você pode reconhecer que a expressão acima apresenta a forma de uma equação
da linha reta, Y = mx + b, onde b = Iq, que representa uma corrente inicial
anterior ao início de At. Na fig. 5-6a, Iq = 0.
Suponha que a voltagem aplicada ao indutor não seja constante. O que
acontece? Essa situação pode aparecer se um resistor é conectado em série com
CAP. 5] INDUTÂNCIA 111
Oindutor, como na fíg. S-la. Ainda que seja uma constante, a voltagem
através de L não precisa ser, uma vez que ela iguala E^b menos a voltagem
através de R. Para analisar este circuito, vamos começar no instante íq quando a
chave fecha, conforme mostra a fig. 5-lb.
1
1
1
1
1 'max
1
1
(b)
Fig. 5-7
Uma vez que a corrente do indutor era zero antes de fechar a chave e
desde que ela não pode mudar instantaneamente, segue que / = Ono momento após
o fechamento da chave (to). Com / = O, c/j = Oe = Ebb - sr = Ebb-
Podemos ainda determinar a inclinação inicial do aumento de corrente neste
circuito a partir das leis de Kirchhoff, como segue:
1) ^bb -
Desde que para t — , i —O, podemos resolver (2) para di/dt, para obter
3)
di _^bb
dt L (5-6)
como a inclinação inicial da corrente dada pela curva da fig. 5-lb.
Como a corrente cresce, a queda de voltagem aparece através de R e assim
menos voltagem é deixada para a bobina. A natureza exata dessa situação não nos
interessa aqui.'* É suficiente dizer que, em algum tempo, a corrente se aproximará
de um valor limite Ebb/R-
Uma ampla consideração sobre circuitos envolvendo formas de onda arbi
trárias e indutores, indutores e resistores, e/ou capacitores está fora do escopo
deste livro, que é fundamentalmente dirigido para a resposta desses parâmetros
de circuito com excitação (alimentação) senoidal.
Agora, trabalhe com o problema PS 54.
^ Ver qualquer livro dedicado à análise de transitórios ou cap. 3 de Cutler "Electronic
Circuit Analysis - Passive Networks", McGraw-Hill Book Company, New York, 1960.
112 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 5
com l Q d em metros.
s
Fig. 5-8
i
a
Fig. 5-9
A equação (5-9) não funciona para uma espira conectada nos extremos. Se
o link está perpendicular aos dois condutores, a indutância do link deve ser
calculada pela Eq. (5-8) e a indutância, adicionada àquela dada pela Eq. (5-9).
A fig. 5-10 mostra uma bobina de simples camada (solenóide). A indutância
(em mH) é dada pela equação seguinte com 1% de precisão se l > 0,8r.
r^N'^
L ^ 39,37 /iH (5-10)
9r + 10/
114 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 5
Fig. 5-10
Fig. 5-11
Podemos provar a Eq. (5-12) com a ajuda da fig. 5-12. Claramente, para a
figura da esquerda.
2) £ = ^1+62+63
CAP. 5] INDUTÃNCIA 115
A E e-
'y
A
[ e-
y
ly
I ®
y
Fig. 5-12
, di
4)
« - •^•eq dt
Se os circuitos forem equivalentes conforme estão supostas as condições terminais
tem-se '
5) L — —I — 4- / 4. r
"'dt
^=y+y+y+...+^
'eq Ln
(5-13)
_L = J_ + JL +J L
^eq 1-1 ^2 1-3
Fig. 5-13
di _ dii ^ dÍ3
2) dt dt dt dt
Fig. 5-14
4) Li Lj L3
'eq
i —^pc
0 L< e=L^
/
ia)
f'
/
(c)
Fig. 5-15
1) E = {XlÍ^)1
onde aquantidade (Xr / 90°) deve ser as dimensões de ohms se for para resultar volts
quando multiplicada pela corrente. Esta quantidade, que representa a oposição
de um indutor para uma corrente senoidal, é chamada reatância indutiva, Xi.
Intuitivamente, podemos suspeitar que, desde que a voltagem noindutor é propor
cional a L e à relação da variação de corrente e desde que a variação de corrente
depende de cc, Xi deveria ser proporcional ?l co e L, o que de fato é verdade.
Especificamente,
1X^1 = coL = InfL (5-14)
2)
Todavia, existe mais a respeito disto. Note que na fig. 5-l5cE está avançado
de / de 90°. Isto significa que, multiplicando I pela reatância indutiva, devemos
ter também o efeito dado na parte direita da Eq. (1), um deslocamento de fase de
-l- 90° de forma a resultar E a 0°. Uma vez que a multiplicação pelo operador /
•efetua uma rotação de fase de 90°, a descrição completa de uma reatância indutiva é
Xi =/Xi =XlL9^ (5-15)
3)
Então
+/X -f/Xi.
i ,
-R-
-IX -ixc
-G-
-ÍBl
Fig. 5-17
Fig. 5-18
4 mA —
0,1 ms
(a)
Fig. PS 5-2
CAP. 5] INDUTÂNCIA 121
SOLUÇÃO
di
1)
12 V
2) L = = 0,3 H
di/dt 4 X 10-^/0,1 X 10"^ s
e=£f=0,2H(-^)=-0.8V
0.2 H
Em direção
f oo
(b)
Fig. PS 5-3
SOLUÇÃO C
- JLir AL
At
Portanto
Ai =-f Ar
24 V
J = = f (10)(4,8^) = 115 J
PS 5-6 Determine a indutância de um fio reto bitola 18 (diâmetro igual a
1,02 mm) de 10 cm de comprimento.
SOLUÇÃO
í
L= 0,2/ (^2,303 logio ^4/ - 0,75 \j iiH = 0,107 /rH
PS 5-7 Qual é a queda de voltagem através de um fio de comprimento 10 cm
do problema anterior se a corrente através dele varia 15 mA em 0,5 /xs?
SOLUÇÃO
Ai 15 mA
= 30.000 A/s
Aí 0,5 /is
SOLUÇÃO
Leq = + La + ^3 + Á4 == 1,8 + 2 + 3 + 5 = 11,8 H
PS 5-9 Determine a voltagem através de La na fig. PS 5-9 para í = 0,01, 0,1,
1 e lOs.
0.3 H
0.6 H
Fig. PS 5-9
Então de
iCiííO
Ai
2) e ^ L
At
obtemos
ll:JÍ
Ai Ebb 45 V
3) 50 Ah
Aí L Z-eq 0,9 H
Note que AijAt é uma constante e
Ai
4) ^2 = -^2 -^ = 0,6 H(50 A/s) = 30 V
e uma vez que AijAt é uma constante, 62 = 30 V para todos os valores de t.
OU
Z/gq —1 mH
^hb ^bb 45 V
1) At ~ L,^eq 'eq
124 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 5
0.2 H
0.6 H 0.3 H
Fig.PSS-ll
onde
L.L
2) ieq = + £3
2^3
0,2 H + 0,2 H = 0,4 H
^ibb 45 V
3) = 112,5 A/s
Aí ~ 0,4 H
A voltagem através de Lj é
Então
5) ea = - ei = 45 - 22,5 = 22,5 V
A/a ea 22,5 V
6) = 75 A/s
Aí Z-a 0,3 H
Assim, em 20 ms,
60 mH 30 mH
36^° V
f= 2l<Hz
40 mH 60 mH
ia)
^5
(ó) (c)
Fig. PS 5-12
mente Lg e então thevenizar à esquerda e direita dela. Mas primeiro vamos deter
minar CO, como usualmente -fazemos.
jXi: jcoIi2
2) VoCA =7jXii -1- jXl2 Een •
/wZ-1 + jcoL2 Een ~ Z-i + Z,2 ^èn
40 mH
(36/ 0°) = 14,4/0° V
60 mH -f 40 mH
(/coZ/i)(/coZ/j) . / L1L2
3) XxhA =7777—. .V .f = /<^ L\ 4- L'
jCoLy -|- j(jOLi2
jXr^ Z,4
4) VqCB = IV:—Een =
jXu + 7X4 L, + L,
^0C5 ~ Vqca
7) I5 =
iXihA + ÍXls + /-^th5
14,4/0° - 24/0° -9,6/0°
7301,7 + 7452,5 + 7251,4 71006
9,6/180° V ,
= .-_T7T7; _ = 9,55/ -90° mA
1006/ 90 Í2 '
Um diagrama vetorial que ilustra a relação de fase entre •^en ®-^s está mostrado
na fig. PS 5-12c.
Fig. PS 5-13
^ _ 1 977 u
^eq345 1 1 1 0,7833
Z7 +z;+i7
CAP. 5] INDUTÂNCIA 127
Adicionando L2 resulta
_ 1H(3,277H)
~ IH + 3,277 H ~
1 1 /-90°
®Z,eq ~~
/wZ-eq 27r (60)(0,7662)
= 3,462 X 10~^/ —90° mhos
Portanto
donde
-1 (s)
1".
28 V 12 Í2 0.6 H
0,5 cm ^ >r—r
3,75 cm
I
I
d n
I
-11,25 cm-
4.5 mH 3 mH 0.8 mH
.rvYV\.
RESPOSTA 8,3 mH
3mH •<8mH
^BQ 4.5 mH
2.5 mH
6 mH
RESPOSTA Lx = Ivan
ÍLi _ (^ill-^a)
i L2 + (^ill-^a)
L^
-t-
''(D
RESPOSTA 15,9/-40,9° V
CAP. 5] INDUTÂNCIA 131
Ebb -±
4 H 3Í2
12 V T
'bb
P 5-3 Quanta energia a bateria do problema anterior entregou até o fim dos
2,5 s? Quanta energia está armazenada no circuito alimentado pela corrente
da bateria?
4 H
V
L2 X ^2
V
6 H
12 v _ =
:?"8 V
o A
B 3 H
E
1) I =
(?)
Se o circuito for puramente resistivo, o fator desconhecido (? ) será a resistência;
e se o circuito for puramente capacitivo ou indutivo, esse será a reatância capaci-
tiva {—jXc) ou reatância indutiva C+zX^), respectivamente. Entretanto, no caso
geral onde o circuito de oposição é devido a uma combinaçãoe C, chamamos
o efeito resultante desses elementos de impedância do circuito. A impedância
é representada pelo símbolo Z, é medida em ohms e tem amplitude e direção.
Assim, o denominador de (1) será escrito como Z.
L
134 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA ICAP. 6
2) (6-la)
3) E = ZI (6-1Ô)
4) (6-lc)
+ÍXl
-+R
«is ^
-iXc
Fig. 6-1
(6-2úr)
-R-
-9
-ixc
Fig. 6-2
136 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 6
uma vez que contém uma parte real (6 ohms) e uma componente +/ (/4 ohms).
Todavia, esta é apenas uma idéia passageira. O problema consiste em localizar
essa impedância em nosso plano de impedâncias e da maneira como ele é dado
basta mover 6 unidades ao longo do eixo R e então ir até /4 na direção jXi.
Isso está mostrado na fig. 6-3a. O mesmo ponto poderia ser encontrado pela locali
zação de um vetor de 6 [0^ ohms e de outro de 4 /90° ohms e então somando veto-
rialmente como mostrado na fig. 6-3Ò. A ponta da resultante (Z) estaria localizada
no ponto 6 + /4.
iXu
6 -I-/4 6-1-/4
4- f 4
1
1
1
1
j = 33.7^
1 -R -R-
1
6
6
-I^C -iXc
(a) (b)
Fig. 6-3
0=tan-^ (6-3Ò)
Z=y/R^+ X^
O = tan
Fig. 6-4
CAP. 6] CIRCUITOS RLC 137
0 = tan"^ 1 = 33,7°
É sempre verdade que você pode converter da forma polar para a forma retan
gular de coordenadas. Então, se você tem Z/ d e deseja resolvê-la em suas compo
nentes resistiva (R) e reativa (X), use as relações (ver fig, 6-5).
R = Z COS d i6-4a)
X = Z sen d (6-4b)
r X = z sen 6
R = z COS d
Fig. 6-5
r—
HIE]—
Fig. 6-6
dada por
1)
7 _ Zj (6-6)
Zi + Zj
1
2) (6-7)
-eq Z, Zj ^ Z3 Zn
Entretanto, como condutância é a recíproca da resistência, podemos ter
uma quantidade análoga chamada admitância (Y), que é a recíproca da impedância.
3) Y=i
Z
-G-
-íb
Fig. 6-7
fO"
Ye,
fo- _T
Yeq = Yi-h Y2-^y3 +
Fig. 6-8
140 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 6
1) Y=1
onde
2) Z = Rg + jXg
e vamos deixar Rs e Xs guardar os seus próprios sinais. Em outras palavras. Rs e/ou
Xs podem atualmente ser negativos. Substituindo (2) em (1), resulta
1 „ - j^s _ ~
^ ~ Rs + jXs ^ Rs -jXs ~ R} +X:i
ou, separando (4) em suas componentes real e imaginária
5) Y = ^(6-9h)
Rí
^S -b -^S
X^ Rí +' -^S
-*^5 X^
Uma vez que em geral (onde Gp e Bp também guardam seus próprios sinais)
6) Y = Gp + jBp (6-9c)
Vamos por comparação das partes real e imaginária de (5) e (6) que
O índice "p' e usado para indicar que uma admitancia pode ser considerada com
uma condutância em paralelo com uma susceptância. O índice "s" é usado para indicar que
uma impedância pode ser considerada como uma resistência em série com uma reatância.
CAP. 6] CIRCUITOS RLC 141
Note que Gp =5^ 1//?^ e que Bs l/A^j. Observe também a mudança de sinal na
equação (8).
Agora, trabalhe com o problema PS 6-17.
Enquanto estamos nesse assunto, vamos desenvolver a conversão de uma
admitância para uma impedância. Então
1) z =Y
OU
2) • Rs + jX, = (6-107)
3) Rs+iXs = ^ X
i^p Gp jBp
+31
X, = (6-lM)
Outra vez note que ^ \/Gp c que Xg ^/Bp. Também observe a mudança
de sinal em (5). As conversões das Eqs. (6-9c), (6-9í/), (6-lOc) e (ó-lOt/) são úteis
quando passamos de configurações série para paralelo e vice-versa.
Agora, trabalhe com o problema PS 6-18.
1) (6-11)
142 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 6
Sistema
RLC
(a) (6)
+/X
; u.
ír
R = z COS d
ic)
Fig. 6-9
2) R~Z COS
5) FP — verdadeira
potência aparente
leitura do wattímetro
leitura do voltímetro X leitura do amperímetro
onde a potência verdadeira é a potência lida em wattímetro conectado no cir
cuito da fig. 6-9a, enquanto o denominador de (5) é o produto da voltagem E
lida em um voltímetro ca e a corrente / lida diretamente em um amperímetro ca.
Vamos derivar outras expressões para a potência. Claramente da fig. 6-9b,
podemos escrever '
6)
yjR'^ + .-1
tan-^ A
Desde que (6) apnas envolve o valor de Er examinaremos (7) para determinar
\EjiI= Eji que é evidentemente
Er = —E = —==== E = E COS 6
^
A forma final de (8) é obtida pela substituição de (4). Substituindo (8) em (6)
resulta
Z = 4-/0
6
= 4^0°
4
24
-R h
-4 -2
-2
-4
-/*
Fig. PS 6-1
CAP. 6] CIRCUITOS RLC 145
d = tan"^ ^R = tan"^ t4 = 0°
PS 6-2 Esquematize a ímpedância Z = 3 -I- / Oohms no plano de impedâncias
(diagramas de impedâncias) e também converta para a forma polar.
+jx
Z = -3 -1- /O
= 31^180°
-3
-/X
Fíg. PS 6-2
+y*
z = 2^0°
= 2 + /o
Fig. PS 6-3
146 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 6
SOLUÇÃO Ver a fig. PS 6-3 para o esquema. Para converter 2/ 0° ohms para
a forma retangular,
R = Z COS 6 = 2 COS 0° = 2
X = Z sen d = 2 sen 0° = O Í2
+/X r
n
II
ISI
= 5.83Z.-59°
3
1
\ 59°
& í . .
\5.83
^ -5-
Fig. PS 64
4 -/9
+
2 + /5
Z = 6-/4
!
CAP. 6] CIRCUITOS RLC 147
+/X
Z = 6 - /4
= 7.21Z.-33.7°
^ \
33.7°
*
Fig. PS 6-5
PS 6-6 Usando adição de vetores por métodos gráficos, determine a soma das
impedáncias Z = Zi + Zj onde Zi = 6 / 30° e Z2 = 4 /120°. Confira os seus
resultados convertendo esses vetores para a forma retangular.
Fig. PS 6-6
148 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 6
3-/4 51-53,1
6-/5 7,81/-39,8° 0,64/_J^
Deixando de lado algum pequeno erro no valor do ângulo, os resultados estão
em concordância. Note como o último método é mais fácil. Conquanto existam
ocasiões onde especificamente preferimos trabalhar com o conjugado complexo,
esteja certo de que você está familiarizado com esse método,
0.8 H
20 n
4.5/íF
Fig, PS 6-9
SOLUÇÃO
CO = l-nf = 377 rad/s
Zi = jXl = jcjL = /377(0,8) = /302
1
z, =-,Xc = - i ~ = -i = /589
coC '377(4,5 X 10"^)
Z3 = R = 60 n
Zeq = Zi + Z2 + Z3 = /302 - /589 + 60
= 60 - /288 n = 294 /-78,2°
Note que a componente reativa resultante é capacitiva evidenciada por (-/288)
ohms,
1.5 H.
120Z.0°V
60 Hz 20 Í2,
4.5/íF
_L\
. fc
y
Fig. PS 6-11
SOLUÇÃO
(*} = lirf = 377 rad/s
= jXi = jcúL = / 565
Zi + Z2 + Z3 /565 /589 + 20
(589/-90°)(120/ 0°) (589/-90°)(120/ 0°)
20 - /23,5 30,9/-49,6°
= 2290/ 40,4° V
Comparando o valor de Ec com E, a voltagem aplicada, encontramos um resultado
esquisito em que Ec é realmente 2,290 volts embora estejamos aplicando apenas
120 volts. Isto não é um erro. É um resultado direto de um fenômeno chamado
ressonância, que exploraremos no cap. 8. Todavia, caso você prefira tratar do
assunto agora, trabalhe com o problema seguinte, que lhe trará alguma luz sobre
o assunto.
4 "-'4:
Fig. PS 6-12
SOLUÇÃO
Z,E (565/ 90°)(120/0°)
Ei = = 2194/ 140° V
Zi + Z2 + Z3 30,9/-49,6°
Z3E (20/_0;^(120/^°)
E/? = 77,7/ 49,6''V
Zi + Z2 + Z3 30,9/-49,6°
e do problema anterior
Ec = 2290 -40,4°V
Conferindo para ver se
E = Ec + E/í + E^
= 2290 /- 40,4° + 77,7/ 49,6° + 2194/140°
= (1744 -/1484) + (50,4 + /59,2) + (- 1681 + /1410)
= 113,6 - /14,75 = 114,6/-7,398°
o que é razoavelmente próximo da voltagem aplicada 120/ 0°. O erro tende a
ser maior quando efetuamos operações envolvendo a diferença entre números
maiores, como foi o nosso caso.
A fig. PS 6-12 é uma representação vetorial das voltagens do circuito.
Se adicionamos esses vetores, digamos, primeiramente Ei com E^, o resultad •
ê um vetor menor com um ângulo negativo, aproximadamente igual a em
valor e oposto a Ei. Você verá que, somando Er com esse vetor, resultará uk:
outro vetor que é essencialmente igual a E. Do ponto de vista físico, vemos qu
reatâncias indutivas e capacitivas, embora bastante grandes, cancelam-se mutua
mente e assim Ei e E^ da mesma forma se cancelam. Entretanto, a impedânci^
equivalente apresentada para E' a 60 Hz não é muito grande. Desta maneira, un, •
corrente substancial fluirá através de reatâncias relativamente grandes, o que resulta
em quedas de voltagem que podem exceder a voltagem aplicada. Discutiremos
esse assunto no cap. 8 que trata do fenômeno da ressonância.
SOLUÇÃO
1
y=4Z = 6 = 0,1/-53,1° mhos = 0,0600 - /0,08 mhos
+ /8 10^
Ver a fig. PS 6-13 para a representação polar e retangular de Y.
+iB
0.0600
1
\^53.r
0.0799
-íb
Fig.PS6-13
CKJ tt-il
Fig. PS 6-15
CAP. 6] CIRCUITOS RLC 153
SOLUÇÃO
CO = 377 rad/s
Zi = jcoL = 301,6/ 90° Í2
Z2 = 750 n
1 '
301,6^90^ 750^ 589.4/-90
= 0,003316/-90° + 0,001333/_0^ + 0,001697/ 90°
V i \ . ' y
Yi Yj, Yc
ou
470 Í2
(c)
Fig. PS 6-17
G B
4) Yab =
R
+ /•
/(-^ 470 1571
-/
(470)^ + (1571)2 (470)2 + (1571)^
470 1571
2,689 X 10^ 2,689 X 10^
ou
G B
1
5,842 X 10 -4 _
27r(500)L
1
L = = 0,5448 H
271(500)5,842 X IO"'*
Então o circuito equivalente aparece como mostrado na fig. PS 6-17c.
4 mF 1 H
1 kí2 1 kí2
Fig. PS 6-18
SOLUÇÃO
CO = 27r(500) = 3142 rad/s
A impedância do ramo capacitivo é
1
= 3,033 X 10"^/ -72,34 mhos
Zi 3297/ 72,34'
= 9,202 X 10-5 _ y2,890 X 10"^ mhos
A admitância, olhando a partir dos terminais AB é, então,
^AB = Yc +
9,084 X 10-"^ + 72,892 X lO"'^
0,9202 X IO"'* - 72,890 X 10""^
= 10 X lO-y 0° mhos
1
-AB = 1000/o n
^AB
40 n 10 mH
2.5 mH
15 íí
Fig. PS6-19
CAP. 6] CIRCUITOS RLC 157
Yj = ^ = 0,5555 mmhos
Para 2,5 mH, ramo de 15 ohms,
Y3 =4-
^3
= 15,48/-76,57° mmhos = 3,595 - /15,06 mmhos
A admitância equivalente dos três ramos paralelos é então
Y = Yi + Y2 + Y3
= 75,027 + 0,5555 + 3,595 - /15,06 = 4,151 - 710,03 mmhos
Y = 10,85/-67,52° mmhos
A impedância correspondente é
10.85/-67'.52°mnü,os =
Z4 = 35,22 + 785,12
Z5 = 40 + 7w(10mH) = 40 + 7251,3
A impedância total apresentada para a fonte de voltagem é então
Z = Z4 + Z5 = (35,22 + 785,12) + (40 + 7251,3)
Z = 75,22 + 7336,4 = 344,8/ 77,39°
O fator de potência pela Eq. (6-13) é
Z = 75,22 + /336,4 ü.
Isto significa que devemos cancelar o termo j'336,5 ohms para fazer o circuito
puramente resistivo. Para cancelar essa componente indutiva, iremos inserir um
capacitor em série com a fonte de voltagem e o sistema de forma que
-jXc = -/336,4 Í2
Portanto
1 -Pií
Xc = 336,4 n =
27r(4000)C
Resolvendo para C, resulta
^ 27r(4000)336,4
A fonte de voltagem agora vê apenas 75,22 ohms e assim
^^^(20V)2 ^
R 75,22 Í2
60 n
159 H?
RESPOSTA 5,795/-82,6^^
86 n
120 V
60 Hz
0.5 H 110Í2
12 pF
•1.5 kn
8mH
120 V
60 Hz
Fonte
0.6 H
,0.2/jF
•40Í2
0.08 H
.inrw\
1 kí2
0.3 nF
.0.2 nF
12 V 0.5 kí2
5 kHz
162 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 6
V:-.
")i
"J.: •
-íí.; • 't;.i.
M C-'UC •' ríVi-j;:; i;D;tnÒ'^
- u ^
J...
C h r-
^ i A *^'4
! ^ Hí' n
1 ;
<s.
7 /Q e conversões
séríe-paralelo
7.1 Q
1)
Q _ energia armazenada por ciclo _ potência reativa
energia dissipada por ciclo potência real (7-1)
's -
Fig. 7-3
__ RpjjXp)
1) -ABP
i^p
onde é a impedância vista a partir dos terminas AB, Rp é a componente
resistiva em paralelo (shunt) e Xp é a componente reativa equivalente. Deixaremos
Xp guardar o seu próprio sinal, de forma que Xp será positivo para uma reatância
resultante indutiva e negativo para uma reatância resultante capacitiva.
Multiplicando o numerador e o denominador de (1) pelo conjugado complexo
do denominador, resulta, após alguma simplificação.
_ ^pO^p)
"p ^p jXn
2) -ABP
^P j^p ^p jXn
RpXi R^Xp
+ / (7-4)
R'p + Ri + x^
Uma inspeção da equação (2) indica que, com a ajuda do conjugado complexo,
transformados o circuito paralelo para um circuito série equivalente com uma
componente resistiva
RpX^
3) R. = (7-5)
Ri
166 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 7
Desde que não houve mudança de sinal no termo reativo de 7-4, ê Xp são
reatâncias da mesma espécie.
É sempre conveniente expressar (3) e (4) em termos de Qp, que você
lembrará da Eq. (7-3) é dado por
5) âp =-^
Ap
6) Rs = — (7-7h)
x^ x^ :
E da mesma forma tratando (4) obtemos
R^Xp
Xj QlXp
e^ + 1 i +_
X} xl Qp
Você pode notar que se Qp é grande, digamos Qp ^ 10, Rs vem a ser
muito menor que Rp e Zg = Xp.
Agora, trabalhe com o problema PS 7-5.
1) = Y^p
CAP. 7] Q E CONVERSÕES SÉRIE-PARALELO 167
Fig. 74
Br
Agora a parte real ou termo condutivo puro de (3) deve ser a condutância de
Xabs que» se os sistemas devem ser iguais, deve igualar Gp, a condutância de X^bp-
Então
1 R^ + x!
4) Rp = (7-9)
R.
5 I
Para introduzir
5) Qs ~ (7-10c)
R.
Tabela 7-1
Qf =
7-4 Indutor Q
Veremos no próximo capítulo que a resposta de freqüência dos circuitos
LCR pode, em geral, sobre uma faixa de freqüências, ser altamente dependente
do indutor Q. Uma vez que um indutor pode ser caracterizado pelo circuito equi
valente da fig. 7-5fl, usaremos isto como um ponto de partida para a avaliação
do indutor Q.
Na fig. 7-5a, L é a indutância do enrolamento, incluindo algum efeito do
material do núcleo; Ri é a resistência resultante devida à resistência do enrola
mento, efeito skin e perdas no núcleo se aplicáveis; e C é a capacitância equivalente
através da bobina devida à capacitância entre as várias voltas do enrolamento e
mais uma capacitância de fuga que certamente pode existir devido à maneira pela
>Rl
Ia) (b)
Fig. 7-5
CAP. 7] Q E CONVERSÕES SÉRIE-PARALELO 169
Xi
1) Qs = —
' Rl
Assim, na fig. 7-5b,
2) Rp = RlíQI + 1)
e
3)
OU
4) lp=L 1 +
A fig. 7-5b pode ser melhor analisada que a fig. 7-5a. A mais interessante
observação é que nós podemos encontrar uma freqüência, chamada de freqüência
própria de ressonância, na qual a susceptância do ramo Lp do circuito será cance
lada pela susceptância do ramo C de forma que a bobina apareça como uma
resistência pura Rp. Na freqüência de ressonância própria, a bobina aparece como
um capacitor "shuntado" por alguma resistência. Todavia, os indutores são
normalmente operados em freqüências próximas abaixo de sua ressonância própria,
de forma que o capacitor C na fíg. 7-5a ou 7-5b pode ser desprezado. Nesse caso, a
Eq. (1) atualmente define o indutor Q como
5) Ql = (7-11)
Rl
Tipicamente, o Q de um indutor pode variar com a freqüência, da maneira
representada na fig. 7-6. Como você pode ver, para essa bobina, pelo menos
Fig. 7-6
170 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 7
PS 7-1 A uma freqüência de 300 kHz, uma bobina de uma camada tem um
diâmetro de 6,3 cm, comprimento 6,1 cm, e 61 espiras de fio bitola 18 com um
Q de 400. Estime a indutância e a resistência aparentes.
SOLUÇÃO Uma solução exata é impossível, uma vez que não temos dados Z,
nem R aparentes. Todavia, não é errado considerarmos L bastante independente
da freqüência emboraR não o seja. Umavez que temos as especificações da bobina,
podemos usar a fórmula de Wheeler que fornece a indutância aproximada. Então
'
L = ^ /iH = = 413)uH
J6,3
2 j + 10(6,1)
Você lembrará que a relação é precisa, em torno de 1%, se / > 0,8r, o que é
satisfeito aqui. Então
779
Rs' Q, ="7:^
400 - 2í2
PS 7-2 Um capacitor real possui perdas de dielétrico e resistência de fuga em
paralelo. Sobre uma vasta gama de freqüências ambos os efeitos podem ser
representados pelo circuito equivalente da fig. PS 7-2 onde G, uma condutância,
representa a perda resistiva resultante e C representa a capacitância aparente. Uma
característica comumente utilizada para capacitores é um fator adimensional
chamado fator de dissipação D, que é dado por
^=f
Valores típicos de variação de Z) de 0,5 X lO"'^ unidades para poliestireno até
0,2 unidades para eletrolíticos. Relate o fator de dissipação para Q e determine os
valores correspondentes de Q para capacitores com poliestireno e capacitores
eletrolíticos.
CAP. 7] Q E CONVERSÕES SÉRIE-PARALELO 171
' Fig.PS7-2
-9
SOLUÇÃO Para um circuito paralelo, Q é dado pela Eq. (7-3) como segue:
Rr,
1) Q = Qp
Desde que
G
2) D =
Bc
3) G =
Rf
4) Bc=4-
podemos substituir (3) e (4) em (2) para obter
l/R p ^ Xp
5) D
l/Xp Rp
Substituindo (5) em (1) resulta o g do capacitor em termos de D. Então
1
6) Q Qp = D
7) ô = —= T 2 X IO'*
^ D
U 0,5
0,5 X
X 10"'*
lU""
8) ô = — = — = 5
^ D 0,2
Obviamente, isso é sempre verdade sobre a faixa de freqüências que o circuito
equivalente da fig. PS 7-2 verifica e onde G e C são substancialmente constantes.
172 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 7
PS 7-3 Converta o circuito paralelo à esquerda da fig. PS 7-3 para seu equiva
lente série mostrado à direita.
? 2
I Xc = ?
3 kí2
= ?.
;-/16kí2
A
O
Fig. PS 7-3
1
Bn = — = /0,16667 mmhos
^ X, 76 kí2
Rs = 2,4 kí2
Xs = -/1,200 kí2
PS 7-4 Converta o circuito paralelo à esquerda da fig. 7-4 para seu equivalente
série mostrado à direita.
CAP. 7) Q E CONVERSÕES SÉRIE-PARALELO 173
2kí2
Xs = ?
3 kn
/10kí2
Rs = ?>
-/16 kí2
i_T
Fig. PS 74
Portanto,
1
Y, = = 0,3333 mmhos
^ 3kí2
Então, olhando a partir dos terminais AB da coníiguração paralela,
^ABP = Yj + Yi = 0,3833 + /0,15 mmhos = 0,4116/ +21,37° mmhos
Em conseqüência,
1
"^ABP = 2,43/ -2137 kí2 = 2,262 kí2 - /0,8853 kí2
^ABP
Rs Xs
174 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 7
Da Eq. (7-7Ò),
R„ 3 kÜ
Rq = —= ; = 2,4 kí2
^ Ôp' + 1 (0,5)' + 1
Da Eq. (7-7c),
Xo 6kí2
Xs = p= i - 1,2 kí2
1 1 +
Ôp' (0,5)'
que confere com o resultado anteriormente obtido.
PS 7-6 Uma resistência de /6 ohm é conectada em série com um capacitor cuja
reatância é 96 ohms. Determine os elementos resistivos e reativos do circuito
paralelo equivalente.
SOLUÇÃO Da Eq. (7-1 Da)
Xs 96
1) Qs ^
Da Eq. (7-10Ô)
2) Rp = RsiQs" + 1) = 16(37) = 592
Da Eq. (7-1Oc),
3) =
ib)
4.18 fi
31.5 Í2 <234Í2
/30.9 Í2
ic) id)
Fig. PS 7-7
5)
^ _ (63,3)(62,9) „
63,3 + 62,9
Convertendo a fig. PS 1-lc para sua equivalente série da fig. 1-1d, temos
Rr, 234
6) Qv Xp 31,5 ® ~
234
7)
^55 + 1 ^ ^
31,5
8) Xs = 1, IT/cc
+ 1/55
= 30,9 Í2
176 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 7
5pF
1.2 kíí'
RESPOSTA Qs = 16,6
RESPOSTA Qp = 0,106
PA 7-3 Construa o equivalente paralelo do circuito série da fig. PA l-3a para
a freqüência na qual Rs = 0,6 kí2 e Xi = 2,4 kí2.
0.6 kíl
2.4 kí2
(a) (b)
•80n
•0.006 mF
1.1 H
160 Í2 >
0,02 mF!
0—( >
^5pF J
0—< > 1
C, = 0.006 #iF
60 Í2
1.1 H C2
= 0.001 nF
178 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 7
/40 r—If
-/160ÍÍ
1
'^AB - + j [ojL — coC (8-ia)
Em uma freqüência angular co^, o termo reativo será igual a zero e a impedância,
puramente resistiva. Esta condição é conhecida como ressonância série, e co;- ou
/,. é a sua freqüência de ressonância.
182 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 8
Todavia,
/2% = mir^Rt
h 0,707/,
h 0,707/.
V 2
1 Ri
(8-7)
2 Rt^ + Xn^
Resolvendo para a relação entre X^, e Rf, obtemos
á:,2 = ±Rt
Un''LC - 1 = ± conRíC
cuja solução é
—b ^ yj —Aac
X =
2a ~ 2n
portanto
y/Rt^C^ + 4LC
±RtC ±
2LC
Uma vez que y/R^^C^ + ALC é visivelmente muito maior que RtC, o caso onde
o radical é precedido por um sinal negativo resultará em freqüências negativas.
Uma freqüência negativa é sem importância para nós e esse caso é desconsiderado.
Com apenas o sinal negativo antes do radical, temos duas freqüências possíveis:
±RtC + y/Rt^O + 4jLC
UJi2
2LC
Fig. 8-2
184 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 8
(8-80)
fr h
O termo largura da faixa, como temos usado até agora, não nos diz realmente
muito, a menos que a freqüência de ressonância seja especificada. Por exemplo,
se você dissesse que a largura de faixa de um circuito ressonante série é 100 Hz,
poderia assegurar que o circuito é também de característica aguda de sintonia?
Certamente, não. Se fr é 500 Hz, 100 Hz seria uma grande porcentagem de fr,
resultante em uma curva achatada de resposta (baixa seletividade). Se fr fosse
1 MHz, a sintonia seria muito aguda. Portanto, o que realmente necessitamos como
um indicador de mérito, para julgarmos a seletividade de um circuito sintonizado,
é a relação da largura de banda com a freqüência de ressonância. Esta relação é
algumas vezes referida na literatura por unidade de largura de faixa ou apenas por
largura de faixa (B). Podemos, assim, definir
_W2 _ f2 ft^ _ unidade B (8-9fl)
Ctir fr
-R,c + ^/rJc^TJlc
cji = (8-9c)
2LC
Ur =—f=
s/LC
(8-9Í)
CAP. 8] FENÔMENO DA RESSONÂNCIA 185
. B
C02 - (^r - CO;. + (8-9e)
B
coi = CO;. —— = CO;. — (8-9/)
CO2 ^1 1
Por unidade B = = (8-10c/)
cOr Qt
7. A relação anterior (6) nos fala que, se conhecemos o 0 do circuito e cOf,
podemos determinar a largura de faixa de
186 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 8
Cúf.
B = OJ2 — COi = —— (8-lOe)
B COr
Cúl = CO;. = CO» (8-10/)
2 ' 2Qt
Agora, trabalhe com os problemas PS 8-1, PS 8-2 e PS 8-3.
Fig. 8-3
CAP. 8] FENÔMENO DA RESSONÂNCIA 187
1) 1=— (8-11)
^ R+jX ^ ^
onde
E = voltagem aplicada
R = Rt, a resistência total do circuito
X = Xi — Xc, a reatância resultante
Na ressonância, I = ER,., onde R,. = resistência total do circuito na res
sonância. Portanto,
21 1 _ EI(R + jX) _ Rr
^ Ir E/Rr R + jX
Dividindo numerador e denominador por Rr,
3) '
Ir
'
(R/R,) + j(X/Rr)
Uma vez que desejamos expressar ///;. como função de co, podemos escrever,
para X,
4) x.. = Xl-xc
..
= <^lr 1 _ - 1
6^ J_= !
Ir R , . - 1
+ /
Rr (CO/CO;.)/?;./C0;.Z,
é-^ÍQr(—
Rr \C0r
^
Algumas vezes, nos deparamos com um problema, no qual uma freqüência
é requerida para fornecer a resposta de corrente específica. Esse é um problema
difícil, uma vez que deve ser resolvido para co na Eq. (8-13), repetida aqui como
Eq. (S-I4a)
1) -p = (8-14<;)
V CJ Qr . f CO
+ ]Qr^
cOf Q \(Or (O
U.! ' 1
ttno,,: C^i
2 •¥ k
(8.14e)
1 + A: + jQrk
1 + k
do eixo vertical. A faixa de valores que Qfk poderia abranger será determinada pelos
valores esperados de Q e pelo desvio em relação à freqüência de ressonância.
Usualmente Q estará entre 10 e 500, de forma que estes dois casos serão conside
rados. Mesmo para o caso onde 2=10, raramente estamos interessados na resposta
de corrente em freqüências 30% mais altas ou mais baixas que co^.. Isto fixa a
faixa de k, que é determinado como segue.
Da Eq. (8-14c) co = tC;.(l + k). Quando co é 30% mais alto que co^
CO = + 0,3 CO;. = 1,3 CO;.
Ângulo de fase
avançado 1,0
0=10
0,9-80
0 = 500 0,8 • - 60
/
0,7-40
Ir Valores relativos para
ressonância série ou 0,6-20
Z
^ar
ressonância paralela.
10.5^0
2 0,4 -20
raus
« 0,3--40
2 0,2 -60
CO < COr
—Qrk
Fig. 8-4
Qr = 10, A: = -0,3,
I 1
= 0,137/ 84,5
í /? _ n ^
'' 1 - 0,3 +/10(-0,3)' '
1 - 0,3
I 1 1
I 1
EXl,
Ecr =—— = EQt^ (8-15fl)
que resulta aproximadamente abaixo de cj/-. Se Qt^ =10, essa freqüência é essen
cialmente a mesma que co;- e a voltagem máxima do capacitor será aproximada
mente igual à voltagem do capacitor na ressonância.
A voltagem através da bobina na ressonância (Ei) é complicada, pelo fato
de que L tem uma resistência (Ri) associada. Portanto, usaremos Zi ao invés
deXi.
Zi = VV + ("i)'
Uma vez que Ri não é usualmente especificada, mas Qi é especificado, podemos
escrever
z, = /(cviy
, (coL)^" = ojL /-^+ 1
(coZ,)^ {(^L) Ql
Elr^lrZlr =f
CO = . , (S-I6b)
sTT^TftÕT,
Outra vez, se Qtf > 10, a voltagem da bobina pode ser considerada máxima para co;..
Uma nota de alerta —sempre que você fizer qualquer cálculo envolvendo o Q'
da bobina nas proximidades de co/-, esteja certo de usar o valor de Q correspondente
a CO/-. Ql pode variar largamente sobre uma grande faixa de freqüências, e portanto
é melhor medir o Q da bobina para a freqüência de interesse, ou usar os dados do
fabricante, que podem representar Qi versus/.
CAP. 8] FENÔMENO DA RESSONÂNCIA 193
(a)
Iq sen Oq
Or 'l COSOl
M
(b) (c)
Fig. 8-5
A impedância vista olhando a partir dos terminais AB pode variar muito, depen
dendo do Q dos circuitos indutivos e capacitivos. Para freqüências abaixo da
freqüência de ressonância, a impedância do ramo indutivo é pequena e uma grande
corrente fluirá através da bobina. A corrente através do ramo capacitivo será
pequena, porque Xc é grande para baixas freqüências. A corrente da linha fluindo
nos terminais é, portanto, grande. Em altas freqüências, o ramo indutivo oferece
194 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 8
uma alta impedância, mas o ramo capacitivo tem uma baixa impedância. Nova
mente, a corrente da linha é relativamente alta. Para qualquer freqüência interme
diária, a impedância de entrada será maior e a corrente da linha será mínima.
Essa não é necessariamente a mesma freqüência para a qual a corrente está em
fase com a voltagem aplicada. Se Q for baixo, da ordem de 5, mesmo assim, o
erro está em torno de 1% e, portanto, a impedância máxima será considerada
como que ocorren.lo à mesma freqüência, que resulta em um fator de potência
unitário. Então paia uma determinada freqüência que nós definimos como a
freqüência anti-ressonante {far), a impedância vista a partir dos terminais AB é
puramente resistiva. Nosso primeiro objetivo é determinar como esta freqüência
está relacionada com os parâmetros do circuito.
Uma vez que estamos tratando com um circuito paralelo, é mais conveniente
trabalhar com admitâncias.
=-í- = ^ +4 - = r ^ — ^
^en + Í^L ~ f^C
Y _ ~ i^L + Í^C
~ Rc' + V
Separando e então agrupando as componentes resistiva e reativa,
Y = Íí +
+V
+ /'
Jc' + V + Vy
Para ser puramente resistiva, a componente reativa (susceptância) de Yg„ deve
ser zero. Portanto, vamos igualar a susceptância a zero e resolver para aquele valor
de CO, para o qual a afirmação anterior é verdadeira.
Xc Xi
= O
Rr^ -f Xr^ R,^ + X '^
+ X,^) - + JTc2^) =
_
o
'
coC
- uLlRc^ + CO
) =O
o?C'^Rl^ + - üí^LC{(J^C^Rc^ + 1) = O
Fatorando co^C fora de cada termo, temos
CR/ + co^L^C - LCco^C^i?/ + 1) = O
Expandindo e coletando termos,
^ ^ __J IL - CRl^
"- - VZC VtT^ (8-")
Nota-se que a freqüência anti-ressonante paralela é realmente dependente das
resistências do circuito. Nos circuitos série, a freqüência de ressonância era
independente das resistências do circuito. A equação (8-17) é bastante interessante.
Ela indica que a ressonância pode ser estabelecida não apenas variando co, L ou C,
mas também pelo controle de Ri ou Isso, entretanto, raramente é feito na
prática, visto que Ri e Rc tendem a deteriorar a seletividade do circuito.
Na maioria dos circuitos para comurücações, a resistência no ramo capa-
citivo é desprezível e a do ramo capacitivo é pequena se o ô da bobina é razoa
velmente alto. Então, L será usualmente maior do que Ci?/ ou CR(^, e a Eq.
(8-17) se reduz a coar = l/V LC, que é a mesma do circuito ressonante série.
Se CR/ ou CR/ forem maiores do que L, a quantidade sob o radical será
negativa, o que resulta em um valor imaginário de coar- Isto é alguma coisa que
não podemos gerar fisicamente e^ portanto, não tem outro significado, a não ser o
de que não existirá a condição de ressonância em qualquer freqüência. Se Ri —Rc,
a quantidade sob o radical é igual ale, portanto, i^ar — l/V para este caso.
Se Ri igualar a R^ e também igualar a V LjC , ooar é indeterminado e o circuito
aparece resistivo para todas as freqüências.
Em circuitos anti-ressonantes práticos, a resistência no ramo capacitivo é
usualmente desprezível e a Eq. (8-17) reduz-se a
n 1 r
2) Oiar =
1 - ^CR/
y/Tc
.>/!
•j- v.r t.
•ju- ' :
_is
8) ^ar — / ^
V1 + l/e/
Comparando as Eqs. (8-18) e (8-19), vemos que, embora o Q da bobina para oj^
possa diferir daquele para cogr, a freqüência anti-ressonante cogr é ainda essencial- <
mente igual a co,. se Qi está em tomo de 10 ou mais.
Uma interpretação física das condições do circuito para cjgr pode ser obtida 1
da fig. 8-5b. A corrente em cada ramo é determinada pela impedância deste ramo.
A corrente no ramo capacitivo (Lc) adiantará da voltagem aplicada de um ângulo *
dl- Podemos também resolver//, através de uma componente em fase e outra em
quadratura, //, cos 6^ e //, sen di, respectivamente. Para cogr^ as amplitudes e '
os ângulos de fase de Ii e Tc nâo precisam ser as mesmas, uma vez que Ri e Rq
podem ser diferentes. As componentes em quadratura Ic sen dc e //, sen 6i se
cancelam, o que resulta em uma corrente total em fase de Ic cos 6c mais //, i
COS dl. A impedância vista olhando a partir dos terminais AB da fig. 8-5úr para
Rl -jXl 1
+ }
Rl + Xi'
Rl , . Xl
2) ^ + /I .
Rl + Xl' Uc Rj'^
L + X,^
^ ^L
Ri
3) = G + /^ =
^L + Xl'
Rl + XjJ' - XiXr
+ j— 7 (8-20)
XcÍRl' +
198 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 8
Para Z^n ser puramente resistiva, a componente reativa de deve ser igual a
zero. Isto é,
Râ + xe - XiXç
4) — = ^ = O
Xc(R^ +
A expressão anterior é verdadeira quando o numerador é zero ou
5) «i' + X^ - XiXc = O
Resolvendo para o valor de oj que faz a expressão igual a zero,
6)
1
7)
L''C L" LC
\
8) Oi - ^2
Isto pode ser manipulado na forma da Eq. (8-18) se fazemos novamente
Oir^ = IjLC Q Ql — 0iL/Ri.
9) OJar = J / Wr2
Oif2 La2
Oif
Ql Ql
= (8-22.)
Da Eq. (8-22fl) vemos que Xc não pode mais igualar Xi em cjar> mas a diferença
é pequena seQi é grande. Resolvendo paraXi a Eq. (8-22a), obtemos
Da Eq. (8-21(7), formas adicionais úteis expressando Rgr podem ser derivadas.
Por exemplo,
„ _ L XcXi
t<ar —
{Ri + Rc)C Ri + Rc
xâ Xc''
(8-21/)
Rl + Rc Ri + Rc
A equação (8-21/) não é exata, mas é suficientemente precisa quando os j2's do
circuito são em torno de 10 ou mais.
200 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 8
Xl
Qt= (8-23)
Ri +Rc
quando Qr é 10 ou mais. Uma letra maiúscula (7^ será usada para diferenciar o Q
total do circuito anti-ressonante propriamente dito do Q total do circuito, de
signado Qt- O Q total do circuito, que inclui o efeito da impedância da fonte,
está desenvolvido na seção 8-9.
Com a ajuda das várias expressões para Rar, pode ser mostrado que as
correntes dos ramos são aproximadamente Qj vezes a corrente da linha para (jOar-
Façamos Is igual à corrente da linha forçada por alguma fonte Eg a partir dos
terminaisda fig. 8-6. Podemos escrever as seguintes proporções:
Eg
-r = Ra,
h
Se Qx é alto, portanto.
II Rnr QtXl
(8-24a)
^g Xi Xi
~=Qt (8-246)
^g
Agora, estude o problema PS 8-12 cuidadosamente.
CO2 _ 1
Wr Qt
circuito série fosse alimentado a partir de uma fonte de corrente constante (alta
impedância), a corrente seria independente das condições do circuito sintonizado
e nenhum aumento da corrente ressonante apareceria. Um circuito anti-ressonante,
por outro lado, deveria ser alimentado por uma fonte de corrente constante,
preferencialmente a uma fonte de voltagem constante. Quando o 0 da bobina é
alto, o circuito anti-ressonante apresenta a sua impedância máxima essencialmente
na freqüência de anti-ressonância.^ Se uma fonte de voltagem constante está
conectada através de um circuito anti-ressonante, não haverá mudança detectável
na voltagem através dela, visto que a voltagem é mantida constante. A corrente da
linha, é verdade, cairá para um valor mínimo em coar, mas isso não é perceptível
para um voltímetro ligado aos terminais de entrada do circuito anti-ressonante.
Agora, se uma resistência muito grande for colocada em série com a fonte de
voltagem constante, convertendo-a em uma fonte de corrente constante, a vol
tagem através do circuito anti-ressonante crescerá até um máximo em co^;- devido
à corrente constante fluindo através da impedância máxima/?^;, em 60^;.. Portanto,
podemos concluir que a fonte de corrente é a maneira ideal para alimentar um
circuito anti-ressonante.
Considere a fig. 8-7fl, que ilustra um circuito anti-ressonante sendo alimentado
por uma fonte de corrente tendo uma impedância interna Rg. Vamos tentar
converter este circuito num circuito equivalente série que já aprendemos a
analisar.
A bobina e o seu resistor série podem ser resolvidos em um resistor paralelo
e um indutor, como mostrado na fig. S-7b. Os dois resistores formam um resistor
equivalente
1) R + 1)
Rg + Rl(üi} + 1)
onde Qi - É conveniente também deslocar a posição do capacitor
conforme mostrado na fig. 8-7c. Agora o indutor e o resistor da fig. 8-7c são recon
vertidos para uma combinação série equivalente, como mo.strado na fig. %-ld.
Usando as conversões série paralelo do cap. 7 novamente, temos
2) Rs = R-eq
Qp' + 1
onde
3) Qp = ^eq
wld +
Lp
Ls =
1 + 1/(2/
3
Impedância maxima e fator de potência unitário não são verdadeiramente simultâneos
em mas a diferença é desprezível seQj > 5.
202 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP.
1 0 f 1
A \
B P
i 0—•
(a)
Rl(QI + 1)
(b)
(c)
^l-
Q)
(d) ie)
Fig. 8-7
CO2 coi 1
5)
tOr Qt
onde
6) Qt = OiLsiRs
CAP. 8] FENÔMENO DA RESSONÂNCIA 203
7) a =
Rs
RgRLiQi^ + 1)
Rpn —
Rg + RlÍQl^ + 1)
e(3)
Req _ Ql^
Qp =
coLil + l/Qt") cqLiQi^ + 1)
Substituindo para Rgg em Qp acima, resulta
RgRLiQi'' + DQl^
10) Q,
cqUQP + 1)
RgRiQi^
i^L[Rg +Rl(QP + 1)]
Retornando à expressão para Qt, (7), e substituindo para Lp, Rgq e Qp as
equações (8), (1) e (9),
Qi^+ 1 Rg^Ri^Qi'
Ql" o,''L^{Rg+RL{QL^ +1)]
Qt —
RgRdQL" + 1)
Rg + RLiQi' + 1)
RgRiQi^
11)
(^L[Rg + RlÍQl^ + 1)]
206 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 8
100 íiH
2Í2
200 pF
Fig. PS 8-1
2ÍÍ 0.6 H
28 n
O.IBmF
Fig. PS 8-2
^ _ -30(0,15 X10-^) ^
2(0,6)(0,15 X 10"®)
+ V(30)^(0,15 X 10-^)^ + 4(0,6)(0,15 X 10"^)
2(0,6)(0,15 X 10"^)
= 3 308,43 rad/s
ou
ft = 526,55 Hz
Similarmente à Eq. (8-90),
B =/2 - A = 7,96 HZ
Podemos obter Q de
üifL
(2=—= 66,7
ou alternativamente por
fr
Q = = 66,7
~ A
208 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 8
Ci =0.06/iF L = ?
C2
0.03 /íF
l W 7.762 kHz
A
O-
(a)
= J4|R
47 n
= 7.27
I. "vi.
(6)
/?p
= 20.86 n
0,-^-10.97 =
1 -I- Qp
1 <> o WNr
B B
-
-Xp = 228.9 Í2
<2532n ^ 230.8 Si
A
> O
(c) (c/)
Fig. PS 8-3
Ri = Rs — 20,86
PS 8-4 O circuito comando de rádio da fíg. PS 8-4a opera da seguinte maneira.
Quando a entrada Een se aproxima das imediações da ressonância, / aumenta.
Desde que também flui sobre a impedância de entrada do transistor, o aumento da
corrente ressonante será amplificado e em estágios subseqüentes pode ser retificado
e usado para atuar um relé. A resistência vista a partir dos terminais do transistor
cerca de 600 ohms, Agora 7?^ é da ordem de 100 kiloohms, o que é muito
maior que de maneira que qualquer efeito "shunt" devido a pode ser
desprezado. O circuito equivalente ca é o da fig. PS 84Z).
O sistema foi projetado de forma a ter um mínimo de / = 0,180 mA para
um relé ser operado em outra parte. Foi verificado que o gerador de tom usado
para estabelecer a freqüência de Een variará cerca de 10% da freqüência nominal
durante a operação. Os dados do fabricante indicam que o Q da bobina (isto é, Qi)
tem um valor de 40 em 6.400 Hz, de 80 em 7.100 Hz e de 100 em 7.800 Hz.
Poderá o circuito operar com menos 10 por cento de variação da freqüência
nominal?
>+ Vti
5 í2 ®
le-T-
0.5 H
IT
0.2 V
(a)
0.001 ti?
0.2 V 600 S2
Fig. PS 84
210 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 8
O gerador de tom varia em relação a /;• de —10 por cento, ou 711,8 Hz. A fre
qüência limite mais baixa {fa) é então
fa = 7.118 - 711,8 = 6.406 Hz
Para ver se o circuito operará em fa, utilizamos a Eq. (8-13). Todavia, Q q Qr m.
Eq. (8-13) são Q's do circuito e não da bobina, propriamente. Em geral, com/?!^
igual di Rs = S ohms mais = 600 ohms, Rg = 605 ohms.
e=
Rg -I- Ri
ou
1 _^g ^ ^ _1_
Q ojL (jjL Qi
Para fa.
J_ ^ + _1_ ^ 605
Qr ÜLr 2n X 7,118 X 10^ X 0,5 80
= 0,0271 -I- 0,0125 = 0,03956
r =
Ir = : ; 0,2 = 0,2261
= —— ^ ^
mA
' Rg + Rlt Rg + {urLIQlr) 884,5
obtemos
Desde que são necessários 180;aA, mas apenas 41,2 juA são disponíveis a menos
10 por cento de variação na freqüência de comando, o relé não atuará. Para maior
CAP. 8] FENÔMENO DA RESSONÂNCIA 211
I YE
1)
Y;.E Yr
R
400 Í2
——O-
0.242 H
•29Í2
;0.1 /nF
(a)
1,0 OU? i
-0,9
-0,8 \ :J
-0,7
X / -0,6
✓ /, 0,5
-0,4
-0,3
-0,2
-0,1
1 1 1 1 1 1 1
0,7 0,8 0,9 1 1.1 1,2 1,3 1,4
kHz
(b)
Fig. PS 8-5
212 ANALISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 8
/(Hz) Y/Yr
/a ^ 1 170 Hz
/i = 895 Hz
/2 -A = 275HZ
fr = 1 025 Hz
Portanto
fr
Q = = 3,72
fi
que está em bom acordo com o valor previamente calculado de 3,62.
CAP. 8] FENÔMENO DA RESSONÂNCIA 213
R, = 12Í2
fiCc» J 1 kHz
Fig. PS 8-7
1)
2) Eo = 1,5% X 6 V = 0,09 V
Portanto á 2 kHz
3) / = 0,0018 A
50
valores correspondentes Qfk estão fora da curva. Isto é ruim, porque poderíamos
retirar Qfk, avaliar k de
, f - fr 2 kHz - 1 kHz _ ,
5) k =—^ = -rrz = 1
fr IkHz
e então resolver para Q. Examinando, numa olhadela, a curva, parece que para
///;. = 0,015, Qrk situa-se entre 5 e 200, uma estima apenas satisfatória. Para
encontrarmos o Q necessário do circuito, podemos tentar sucessivas aproximações
de Q na equação da curva universal
6)
1+fc+/Gífc(Y^)
de forma a satisfazer a condição ///^ = A = 6,015; ou podemos resolvê-la para Q.
Suponha que tomamos a última solução. Então
7) A =
HI)I
Substituindo = 0,015 e A: = 1, resulta Q = 44,42. Este é o mínimo Q do circuito
necessário. Entretanto, necessitamos o Q dã bobina, Qi. Portanto, podemos
escrever
Xl
9) Q = 44,42 =
Rs + Ro + Ri
11) Xl=Q{Rs+Ro+Rl)
= 44,42 (12 + 50 + 38) = 4442Í2
O Q necessário da bobina é então
Xl 4442
13) L = = 0,707 H
iTifr 27r(l 000)
Desde que
14) fr
l-n y/Tc
podemos obter
1
15) C = = 0,03583 iiV
WrfL
que completa o projeto do circuito. Na prática, um valor ligeiramente menor de C
poderia serusado comum pequeno capacitor ajustável (trimmer) em paralelo como
circuito sintonizado, uma vez que os valores exatos áeí eC calculados nem sempre
estarão disponíveis. A seletividade do circuito e o Q do indutor poderiam ser
ajustados para começar com Qi > 117 e "shuntar" um resistor variável através
da bobina (ou capacitor para este fim).
1 H
0 fen=10^0°V 100 Í2
0.01 mF
Fig. PS 8-8
216 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 8
SOLUÇÃO
Wr 1 0,159
1) fr =
271 277 s/Tc VKIO"®)
n -
2,r - 6,28(1,59)10^(1)
10= - '00
CO;- = 10^ rad/s
3) Desde que Qf^ é maior do que 10, a voltagem da bobina será considerada
máxima em co;-, onde
k = ±^
100
mas
— (júf
ccv
Portanto
1) O B atual é 15,9 Hz. O dobro dessa quantidade é 31,8 Hz. Desde que
B = oiriQtr, ou Qtr = (^r/B, e estamos fazendo B igual a 31, 8Hz, o novo
Qtr deve ser Qfr = 1590/31,8 = 50, que era esperado, uma vez que QeB são
inversamente proporcionais. Para reduzir o Q por um fator de 2, devemos dobrar a
resistência. Portanto, uma resistência adicional de 100 ohms deve ser inserida
no circuito.
0 j ^en —1 V
(Z-i =0.1 H
O
Z.2=0.1H t
O
ia)
3 4
Freqüência (kHz)
ib)
Fig. PS 8-9
218 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 8
pode ser utilizado para atuar relês que controlam luzes, motores, ou qualquer
outra coisa. Nosso objetivo é esquematizar as curvas de resposta qE2 versus
freqüência, de forma a podermos visualizar a separaçao entre os dois canais de
controle.
e a do ramo é
2) = / =5.033 Hz
Um ponto a considerar é se os circuitos sintonizados interagem entre si
devido a que é comum a ambos os ramos. Podemos comprovar isso determi
nando a impedância mínima em cada ramo a qual, obviamente, ocorre em
Então, para o ramo Z-iCi
2-nfj.^Lx
3) Ri= ' = 64,56
fiii
e para o ramo L2C2
2Tifr^L2
4) _ = 158,1 a
~ ^ - 0,05
20
CAP. 8] FENÔMENO DA RESSONÂNCIA 219
Primeiro determinamos
6) / = /^(l+A:)
= 2 kHz (1 - 0,05) = 1,9 kHz
para o ramo L^Ci e onde na tabela>1, ena tabelai. Isto resulta/.
Então encontramos ///^, que é simplesmente o valor da ordenada lido nacurva para
cada valor de abscissa iQfk). Neste exemplo, ///. = 0,43. Agora estamos desejando
EjEir mais do que///.. Essas quantidades podem ser facilmente relacionadas obser
vando-se que como —20,Xi é emgeral muito maior que as resistências Ri ou
• Então, podemos escrever
El ^ _ I wL _ I f
^Lr ^r^Lr ^rL fr
mas da Eq. (6) vemos que
8) / =1+k
Jr
Todavia, somamos 1 a cada valor de k para obter 1 + it, e então de (7) e (8)
obtemos
9) ^Lr h fr
=/(!.,)
= 0,43(1 - 0,05) = 0,409
10) = ôz-^en = 20(1 V) = 20 V
podemos substituir (10) em (9) para obter
11) ~ 20 VX [o resultado de (9)] =
= 20 V (0,409) = 8,2
A equaçao (11) é então plotada como uma função de (6) para resultar finalmente
a fig. PS 8-9Ô.
47 pF KlSO/iH
68 Í2 <1200 Í2
Fig. PS 8-10
220 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 8
7) Rp —Rj^pWRçp —3.085
8)
/(2.478 - 2.477)
= -/6,138 X 10® Í2
Desde que para todos os fms práticos Rp < Xp, Z^j. = R^^. = Rp = 3.085 ohms.
O equivalente Qp = Q^p é
R> 3.085
9) Qp - = 1,24
Xj^p 2.478
PS 8-12 Determine a exata para queE„ possa ser sintonizado para/^g. estar em
fase com E^. Também determine E^p, Ig, e em
/?„ = 470 kí2
Z. = 0.8 H
18 V
0.02 mF
Rl = 36 í2
Fig. PS 8-12
6.324
^ar
= Q,1Q21 Eg = 12,65/0° V
^AB
7) 7^=-— = 11,39mA
^ar
Desde que Qt> 10, podemos, pela Eq. (8-24a) e (8-24Ò), supor que a corrente cir
culante do tanque é
^AB
ic = -;r-—=
Xç/- 90° 2,000/90°
^AB
\r = ^ = 2,000/- 90°
XlL^
Note que quando a relação de fase de Iç e é considerada, uma dessas correntes
flui no sentido oposto ao assumido na fíg. PS 8-12. Então, se invertemos, digamos,
7^ e desprezamos qualquer valor pequeno de Ig que escapa do circuito tanque,
poderia parecer que 7^ funde-se com 7^, formando uma corrente circulante do
circuito tanque aproximadamente vezes maior do que a corrente da linha.
Quanto maior, for mais próximas serão |7^| e |7^|. Esta é a razão por detrás
do conceito da corrente circulante no circuito ressonante paralelo.
1 = 50 kí2
\Ql = 20
1 H
2 V
.C 7?2
'0.01 íiF .50 kí2
(a)
Ah = 25 K
(b)
Fig.PS8-13
1
w. = 10^^ rad/s
yJTc V 10-8(1)
portanto.
far = = 1.592 Hz
2ir
g ~ 2,00 - 0,889 V
= 22,2 juA
; 50 kí2
224 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 8
A corrente do capacitor é
Ic = = 0,889(10^)(10-®) = 0,0889 mA
^hhQr -hhQi
onde /th na Fig. PS 8-136 se iguala
Portanto, Iç = 4,44 (20) = 88,8 juA, o que confere totalmente. Nota-se que
Ig ®Ah 'tão são as m»smas. O teorema de Thévenin deve ser usado com cautela se
as condições dentro do circuito equivalente devem ser determinadas ao invés da
carga. A corrente no ramo indutivo será essencialmente igual à corrente do
capacitor, desde que não há resistência no ramo capacitivo e é grande. A
largura de faixa por unidade é, pela Eq. (8-25c),
Wj —Wi l _1 _^1 ^ar _ _1 _J_ í200
w, Qt Ql Ql Rg 20 20 V25
onde Rg = Zth
= J_ =0,05 +0,05(8) =0,45
w, Qt
O Q total do circuito é = 1/0,45 = 2,2. A largura de faixa é Aw = W2 —Wi =
= 0,45(w^) = 4.500 rad/s, ou 716 Hz. Como o g do circuito é apenas 2,2, as
freqüências superior e inferior de meia potência não serão simetricamente localiza
dasem relação a Comoprimeira aproximação, entretanto, podemos escrever
4/ _ , 716
fi=far-^
2
= 1-592 - — = 1.234 Hz
Rn
R.
L^]
E^ E
Cl
«1.
#1
ia)
^ o
O
> 4
3 — 70.7%
2 3 4
Freqüência (kHz)
(6)
Fig. PS 8-14
SOLUÇÃO Desde que os Q'^ das bobinas são altos e métodos gráficos são
utilizados, podemos escrever
O
1
fri = 2,055 kHz = 2 kHz
CT\
o'
1
fri = 27r ^ Z/2 6-2 = 5,033 kHz = 5 kHz
^an^g 25 kí2
= X 20 V = 4,0 V
^ar\ 125 kí2
Para /./•2
ara 63 kí2
=
Tabela 8-1
Q,k - 3 -2 - 1 -0,5 0
k -0,15 -0,1 - 0,05 - 0,025 0
/kHz 1.7 1,8 1,9 1,95 2
Canal 1
^/^ar 0.15/84° 0,23/80° 0.43/ 65° 0.71/45° 1
Zk 3.7/84° 6,3/80° 10.7/65° 17,7/45° 25
\E,\ 0,7 1,3 2,1 3,16 4
Qik 0,5 1 2 3 0
k 0,025 0,05 0,1 0,15 0
/kHz 2,05 2,1 2,2 2,3 2
Canal 2
^l^ar 0.71/-45° 0.43/-65° 0.25/-73° 1
Zk 17.7/-45° 10.7/-65° 6.3/-73° 4,75/-75° 25
3,16 2,1 1,3 0,91 4
CAP. 8] FENOMENO DA RESSONÂNCIA 227
|£'il = 0,7 V
fi ~/i 1 1 1 Rc
+
ri Qt Ql Ql
25
= 0,05 + 0,05 = 0,063
100
portanto,
Qt ~ Vo,o63 —16
60 n
500 Í2
1.8 H
'0.02 fiF
RESPOSTA I, = 0,02679 A
RESPOSTA ô = 9
PA 8-6 Que espécie de carga poderia você conectar através dos terminais de
saída da fíg. PA 8-6 para a máxima transferência de potência?
Ci = 2 íiF
= 82S2
r-AAAr-
120^0° V • 1
60 Hz 1.1 H
Zl
75 mH
^)12V
RESPOSTA
loon
50 mA
0.04 S2
RESPOSTA Ql= 50
PA 8-9 Dada a fig. PA 8-9 onde = 1mA, 1^ = 100 kiloohm, C= 159 pF,
L = 159 juH, e R^^ = 10 ohms, determine f^^., Ii, a potência dissipada no
circuito tanque, e o Q do circuito para Determine também a largura de faixa.
159 uH
RESPOSTA
= 1,0009 MHz, = 5/- 90 mA, = 5/90° mA, R = 25 mW, = 50,
B = 20,02 kHz.
230 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 8
PA 8-10 Projete o circuito sintonizado da flg. PA 8-10 de forma que em 500 kHz,
Eq = (0,6/0°)£'jn. Suponha = 50 a 500 kHz. Qual é a seletividade resultante?
10kí2
rAAA^
L = 245 aiH
/? = 96íí
C2= lOpF
Cl = 38 pF - 330 pF
0.1 H 10Í2
'\,J10Z.0° V 0.2 pF
CAP. 8] FENÔMENO DA RESSONÂNCIA 231
70.7
'Vijiov
(a) ib)
/?! = 86 Í2
o—-A/W/—^ (•
0.05 nF
/?2
160 Í2
Rl<
22 Í2<
) é <1 C
P 8-7 Como poderia o circuito da fíg. P 8-7 ser modificado para que a corrente da
linha Ig esteja sempre em fase com a voltagem Eg da linha a despeito da pobre
regulação de voltagem do sistema? Como pode Jg variar com uma variação de
freqüência em Egl
232 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 8
30 Í2
120 V
60 Hz ± 10 Hz
5.8 H
L = 180 mH
^)32V ^ c
•56 pF IQi =75
159 pF
ISQuH
c, = 0.1 mF c
0.02 íiF
0.6 H
Sistemas a quatro
terminais
(duas portas)
9.1 Os parâmetros z
Os parâmetros z são a forma mais geral dos parâmetros R como a impe-
dância, z, também inclui os efeitos L e C. Todavia, os parâmetros z serão depen
dentes da freqüência.
Você lembrará que dado um sistema quatro portas como mostrado na
fíg. 9-1 a, com as direções de referência de corrente e voltagem indicadas, é possível
derivar o parâmetro R do sistema da fig. 9-1 b. O caso mais geral, mas análogo, é o
sistema de parâmetro z da fíg. 9-lc. Como você pode ver, a única mudança apre
sentada é a substituição de z ou /? de forma que a excitação ca tanto quanto a
Lado de ^ Lado de
entrada saída
E,
R2\I\
Ri2h
(b) ic)
Fig. 9-1
h Z12 —
h
^11 ~
ii Í2 = O Í2 h = O
(9-1)
62
Z21 — Z22 —
h Í2 = O h i, = O
9.2 Os parâmetros y
No livro anterior, estudamos os parâmetros G ou de condutância. Os parâ
metros _y ou de condutância são a forma mais geral dos parâmetros G, de forma
que os efeitos dos elementos reativos sob excitação cc devem ser incluídos. O
circuito equivalente do parâmetro G, como foi desenvolvido no livro anterior, está
mostrado na fig. 9-2a para refrescar a sua memória. Se, por analogia, substituímos
os^ s pelos G's, temos o circuito equivalente do parâmetro y da flg. 9-2b.
® 0
(a)
©. Ki2e2
(6)
Fig. 9-2
7ii = yi2 = —
62 = O 62
(9-3)
^2 h
^21 — 722 = —
62 = O ^2 6i = O
1) = ^llíl ^12'2
2) ^2 = Zi\Í\ + Z22Í2
Resolvendo para e Í2 por deteminantes, resulta
ei Z12
o •
62 Z22 222^1 ^12^2
3) ii = (9-5a)
D"
Zii ei
onde
6) h =yiiei +yi2e2
7) Í2 =y2iei +722^2
Resolvendo (6) e (7) para e 62» resulta
li y 12
onde
ZbZç _
Z, -^-Zt,
+ +Zc' +Zb +Zc ' ~ Z, + Zft + Zc
=
Z, +
2c =
Fig. 9-3
238 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 9
que resistências. Não obstante o fato dos sistemas pi e Tserem a quatro terminais,
iremos mencioná-los aqui outra vez, porque são de grande utilidade naconversão de
parâmetros ou simplificação de sistemas. A sua utilidade na conversão de parâ
metros provém do fato de que podemos facilmente ver os parâmetros z em um
sistema T e os parâmetros y em um sistema pi. Então, se temos um sistema pimas
queremos seus parâmetros z, poderia ser útil usar as conversões pi para T, primeira
mente, e depois, virtualmente pela inspeção, retirar os parâmetros z.
Agora, trabalhe com o problema PS 9-9.
Existem muitos circuitos equivalentes de sistemas a quatro portas com seus
respectivos parâmetros. Alguns desses são os parâmetros híbridos, os parâmetros
ABCD, os parâmetros dispersos (S) etc. Você aprenderá mais sobre eles em lições
futuras.
12Í1 18Í2
e\ ;-/6n /i5íí| «2
n)/2 (8í2)/ir\/]
•
Fig. PS 9-1
Ql = 30
h. L =1.2/í
-r T T T
1—
i 1 2"^
ei
120üF 7 e2
1 2
0— < • —— 0
f= 13.26 Hz
(a)
Í2 —O
O—nnnr\_^
3.33 Í2 /100ÍÍ
-/100 n
(6)
3.33 Í2 /100Í2
-/100Í2
®2 —/IOO/2
^22 = 7-
'2
= —í^
'2
= -/100 n
ei -/100/2
^12 = -7-
'2 = ,•
'2 = -/100 Í2
(c)
Fig. PS 9-2
240 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 9
Uma vez que Zn = ejii (lembre, isto é para Zj = 0). podemos dividir (1) por
ii para obter
gj (3,33 Í2)z,
= 3,33
2) ^11
Raciocínio similar pode ser aplicado para a avaliação de Z21 como mostrado
na fig. PS 9-2b. Os parâmetros Z22 e Z21 são avaliados similarmente na fig. 9-2c
excetuando que ii é agora forçado a zero pela abertura dos terminais de entrada.
PS 9-3 Qual é a impedância de entrada do sistema da fig. 9-3út quando a saída é
terminada em uma resistiva de 24 ohms?
SOLUÇÃO Vários métodos poderiam ser usados. Uma aproximação consiste em
converter a reatância capacitiva (~ /lOO ohms) e a carga de 24ohms para o equiva
lente série por meio das conversões paralelo para série. Então
Rp 24
1) Qp- = 0,24
100
1 3.33 S2 /loon
•O WA/
-/100;
(a)
1 3.33ÍZ /10o Í2
-/5.45 S2
^en"
22.7 £2
(b)
3.33 Í2
'wJ(-/100 £2)/,
Fig. PS 9-3
CAP. 9] SISTEMAS A QUATRO TERMINAIS (DUAS PORTAS) 241
100
2) X. = = 5,45
1 + (1/ôp)' 1 + (1/0,24)^
24
3) 22,7 Í2
Cp
1 +0? 1 + (0,24)^
Todavia efetivamente vê o circuito da fig. PS 9-3Z?, do qual
4) Zg„ = 26 +/94,6Í2
Uma aproximação alternativa é usar os parâmetros z previamente derivados do
problema PS 9-2, que foram baseados no mesmo sistema a quatro terminais.
Poderíamos usá-los então para construir o circuito equivalente da fig, PS 9-3c e
então resolver para
^en = T«1
escrevendo as equações seguintes:
Em torno do circuito de entrada
6) €1 = Ziiii + Z12Í2
Em tomo do circuito de saída
:ci
(a)
C2:
ai «1
'1 -/*ci fí+Z^L
K11
ei -/>ci fí+/XL
ei
'2 1
Kzi - fí + /Xl
ei
(ó)
-/XC2 n + J^L
-ÍXc2 "+/*í.
fí+/Xi 1
/? +/X,
: on»
(C)
Fig. PS 94
CAP. 9] SISTEMAS A QUATRO TERMINAIS (DUAS PORTAS) 243
& C,
45 pF
C2
30 pF
^2
240 kn
Bg = 1Z.0° V
3.424 MHz
(a)
( >
V21®1
YL =
00p Ki2®2
K22 0.00417
mmho
0.01Z.0" mA mmho
( >—
^12^2
0 0sJ
Ya = Yb =
0 0.01 mA
«1
0.0357 +
/0.5825
mmho K21®1
0.0299 +
/0.2600
mmho
«2
< •— —0
Ki2 = K21 " —0.3864^.-86.19° mmho
(1) 0.01 mA=Va®i + Ki2®2
(2) 0=K2iei + V6e2
(c)
Fig. PS 9-5
244 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 9
Do problema anterior
= - 0,02568 + /0,3855
1) 0,01 mA 12^2
2) O = y2iei + yi,e2
Resolvendo as equações simultâneas, abaixo, para 62 e notando que yi2 = y2i,
ya 0,01 mA
y2i yb
(- 0,3864/- 86,19° mmho)(0,01 mA)
(0,5836/ 86,49°1(0,2617/ 83,45°) mmho^ - (0,3864/- 86,19° mmho)^
(— 0,3864/— 86,19° mmho)(0,01 mA)
0,04654/92,95° mmho^
CAP. 9] SISTEMAS A QUATRO TERMINAIS (DUAS PORTAS) 245
s 0,0831/- 179,1° V
0,0831/- 179,r
^v = 0,0831/- 180°
1/0°
100 kí2
—VW
1 kn/.-90°(1/.0° V) _
~ 100kí2/.0°
%) M.0° V
0.01/.-90° V
-|Xc^
35 1 k«/.-90"
0.172 kS2
=0.0^L-90° V
— /fC2
S -/1.55 kí2
Fig. PS 9-6
que atrasa 90° da corrente de forma que 62 atualmente mantém uma fase de
180° relativa a Cg. Especificamente,
^2 = -/^C2(0 = (1,55 kf2/-90°1(0,0581/-90° mA) =
= 0,0901/— 180° volts,
Fig. PS 9-7
2) yn =y2\ = -yb
722 _ yb+yç
5) ^11 ~
yayb yaycybyc
y\2 ~yb
6) Zi2 — Z21 —
oy
7n ya-^yb
7) Z22
oy oy
CAP. 9] SISTEMAS A QUATRO TERMINAIS (DUAS PORTAS) 247
1) = z^WiZjj + z^) =
+ Za + z.
^12 — , , — Z21
Para verificar os resultados do problema anterior, devemos mostrar que os z's obti
dos aqui são idênticos aos z's obtidos em PS 9-7. Então devemos, por exemplo,
mostrar que da Eq. (1) neste problema é atualmente idêntico a da
Eq. (5) do problema anterior. Se expressamos (1) neste problema, em termos de
admitâncias, poderíamos ter
J_/^1 ^
4) Zii —
ya^\yb yc)
1 1 1
+ — + —
ya yb yc
Wc [- +
Wcl / .
\yb ycJ yb^yc
5)
ybyc + Vc + Vi ytyc + yayc + Vi.
que felizmente é idêntico azn como dado em (6) do problema anterior. As demais
conversões ficam como exercício ao estudante que precisa praticar em álgebra.
PS 9-9 Suponha que na fig. PS 9-9a o sistema pi está operado a uma freqüência
de forma que + X^^, e que não existem perdas resistivas no circuito.
Determine os elementos do sistema T correspondente mostrado na fig. PS 9-9b.
SOLUÇÃO Usando as conversões pi para T da fig. 9-3, temos, por exemplo,
-JXcÃJXl)
= |cx>|
í{Xl -Xc, -Xc^) jO
O m nnnr\ ^ q
:c,
2
• O
(a)
HZÍ
(ó)
Ô5
(c)
Fig. PS 9-9
í^C2^K^l ~^€2)^
'en(2-2)
~^ci ~^C2)
que novamente indica anti-ressonância nos terminais 2-2 na mesma freqüência /
uma vez que o denominador é o mesmo e igual a zero.
De fato, olhando a partir dos terminais superiores 1-2, vemos
j^C2)
'e«(i-2)
j(^L ~^Cl ~ ^€2)
O denominador está imutável e igual a zero para a mesma
Isto leva-nos a tirar uma conclusão muito significante na qual parece estar
um problema trivial. A conclusão é que se um circuito anti-ressonante aparece
anti-ressonante entre dois terminais, ele aparecerá anti-ressonante na mesma
freqüência entre quaisquer outros dois terminais. Por exemplo, na fig. PS 9-9 c
podemos depreender que se o circuito é anti-ressonante entre quaisquer dois
terminais, digamos 1 e 2, ele também será anti-ressonante entre quaisquer outros
dois terminais, digamos 4 e 5, ou 3 e 5 etc.
RESPOSTA
'11 3 í2, Z12 — 1,5 Í2, Z21 —1,5 Í2, Z22 —2,25 í2
yn = 1/2 mho, 7i2 = — 1/3 mho.
>^21 = — 1/3 mho, ;^22 = 1/1,5 mho
hii = 2 Í2, hi2 = 2/3, h2i = —2/3, /122 = 1/2,25 mho
250 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 9
2 kíí
7,1 = 3 kí2
RESPOSTA
62 = 12 kV
/12 =0 h,,=0
'lOkn
RESPOSTA
Í2 = - 0,198 A
_nrvw
L
RESPOSTA
Zi\ = Ri , Z22 —R2, ^12 = 221 —O
yil ~ l/i?i , >*22 ~ l/^2> 3^12 ~ 3^21 ~ O
!'
ei •Z.2 02
I1 2I
RESPOSTA
o aAA/ ♦ ^AA/
RESPOSTA
R-Xc^ -jXç -V
Zii = R A ;; Z12 —^21
R-jlXc R -j2Xc
R - V -i^C
Z22
R -jlXc
252 ANALISE DE CIRCUITOS CA (CÀP. 9
I 1 n
Entrada • -Saída
-Lq o-*
I I I I
A B
(a)
R + jXL R + ÍXl
{R +/x/_)/,
(/? + jXL)Í2
(R
(b)
-JXc -/Xc
«2
i-ÍXc)h
-ixc )h
3n 6Í2
o——^A/V• "AAAr-^
^6 n
I.
P 9-2 Determine a potência dissipada em na fig. P 9-2.
'\J)^ V(rms)
20 kn
6 kí2
•AAAr
6 kí2 6 kí2
O é W\r -vw-
.6 kí2
' 1
10kí2
/11=0 /n=0 Zj, =300kí2
-O O-
z,2 =40kí2
r =1
3\-
•Rl
J
or}-í <!
• 'jOt;
o transformador
dl
1)
^ dt
onde £ é a auto-indutância edi/dté a relação de variação da corrente com o tempo,
Uma interpretação mais profunda daEq. (1) pode ser encontrada na lei de Faraday,
que tem a forma
d(f)
2) N (10-ia)
dt
3)
^ _ mmf _ Ni
(10-16)
256 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 10
/ N^\ di
5) L=— (10-lc)
Então, estabelecemos a relação entre as Eqs. (2) e (1), que nos leva a concluir que se
existe fluxo magnético, existe também uma indutância relacionada.
Agora, a Èq. (2) simplesmente estabelece que quando uma variação de fluxo
corta uma bobina (indutor), uma voltagem é induzida nessa bobina. O fato não leva
em conta de onde o fluxo provém. Se o fluxo é proveniente da própria corrente do
indutor sob consideração, então a voltagem induzida é chamada uma voltagem de
auto-indução. Por outro lado, se a variação de fluxo é devida à variação de corrente
em uma segunda bobina cujo fluxo magnético influencia a primeira, então a
voltagem nessa primeira bobina é simplesmente chamada de voltagem induzida.
Em essência, esse é o princípio de operação do transformador.
10.2 O transformador
Fig. 10-1
\M
1 I 2
O 4 o
Fig. 10-2
M
k=—== (10-2)
V ^1^2
Quando o material do núcleo é outro diferente do ar, Af, Z,i e Z,2 podem não ser
constantes. Em vez disso, esses parâmetros dependem das correntes dos enrola
mentos.
Em muitos circuitos de comunicação, o valor de k está em torno de 0,5 ou
pouco menos. Em serviços de potência, onde alta eficiência é importante, k é cerca
de 0,9 ou mais. O valor máximo áQ k é 1.
2 f
Permeabilidade e uma propriedade magnética do meio ambiente onde o indutor está
situado, ou do material do núcleo, no caso de núcleos ferromagnéticos.
258 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 10
^21 = dt ^ At
Fig. 10-3
CAP. 10] O TRANSFORMADOR 259
dt
(a) (b)
/?2
dt dt
dt dt
dt dt dt
dt
— E i.
dt
(e) if)
Fig. 104
260 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 10
dt i
2) 0=-M^
dt
+Í2R2+L2 ^dt
As Eqs. (1) e (2) podem ser resolvidas, pelos métodos de cálculo, para/i ou
Í2 como funções do tempo. Nossa intenção até aqui foi apenas compor as equações
de circuito. Se, todavia, a bateria E fosse substituída por um gerador senoidal,
poderíamos solucionar o problema com nossas ferramentas atuais. Para uma onda
senoidal de corrente, o gerador L di/dt vem a ser I(/X^) e o gerador AíJí/Jí vema
ser \{iXj^j). As equações (1) e (2) poderiam então ser escritas como
3) E =
onde E e I são valores eficazes,
4) O = - I, + I, («, + )
5) E = I,Z„ + (10-5a)
6) O= + IjZ,, (10-5Í)
CAP. 10] O TRANSFORMADOR 261
onde
Zn=Ri+ÍXL^
Z22 = R2 +
Fig. 10-5
ia) (c)
Fig. 10-6
Fig. 10-7
264 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA (CAP. 10
1) ^11
_
(10-7fl)
h Í2 — O
A resistência Ri engloba todas as perdas de potência, olhando para os terminais
1-1 (também chamado entrada ou enrolamento primário), causadas pela resistência
do enrolamento, efeito pelicular, e perdas no núcleo se um núcleo é utilizado,
A indutância Lj é a auto-indutância do primário e em transformadores com núcleo
de aço é algumas vezes chamada de indutância magnetizante, a qual idealmente
é tão grande quanto possível.
62
2) ^21 ~ . jwM (10-7Ô)
«1 Í2 = O
Fig. 10-8
CAP. 10] O TRANSFORMADOR 265
El Ri
1) Ii = ^
^Li
Avoltagem do circuito secundário aberto sob qualquer condição é
^2(oc) ~ ^21 Ii = ~- (10-9)
e com (1) substituído em (2),
3) =
(^izO!) (10-10)
Aequação (3) indica, claramente, que, com corrente nula ou desprezível, avoltagem
secundária está em fase ou 180° fora de fase com avoltagem primária, dependendo
da colocação dos sinais.
A interpretação da Eq. (3) com o auxílio da Eq. (10-2) pode ser estendida
ainda mais, como segue,
4)
^2(oc)
—= ± = ±
wM = ±
M
El wLi Li
E.
'2(oc)
^2(OC) ^ ^ (10-13)
6)
El
Agora, vamos investigar o que acontece àcorrente primária se uma carga está
conectada no secundário de forma que 0. Vamos supor que é positivo na
fig. 10-8 e que uma determinada carga está conectada nos terminais 2-2 como
mostrado na fig. 10-9a. Claramente, a fonte de voltagem a cimuito aberto
Zj^li = jXyfli forçará acorrente no enrolamento secundário que está em oposição
a I2. Se I2 inverte o sentido, a fonte de voltagem dependente Z^l2 = jXj^h, no
primário, deve inverter também a polaridade, de tal forma a obtermos a situação
mostrada na fig. 10-9fl. Note que o fluxo da corrente secundária induziu uma
voltagem no lado primário de polaridade tal, que se somou à fonte de voltagem
El responsável pela circulação da corrente li. Isso significa que Ii tenderá a
aumentar. Isto parece, intuitivamente, razoável, uma vez que o fluxo de corrente
no lado secundário provoca dissipação de potência, pelo menos nos componentes
resistivos. Esta potência deve vir da fonte de voltagem, o que mostra que Ii deve
crescer, uma vez que Ei é fixo.
A mesma afirmação é verdadeira se é negativo? Nesse caso, a polaridade
da fonte de tensão Z^Ii na fig. 10-9fl seria invertida e I2 circularia na direção de
referência indicada como mostrado na fig. 10-90. Então I2 é uma quantidade
positiva. Todavia, com negativo, a fonte de voltagem Zj^h no lado primário
Fig. 10-9
CAP. 10] O TRANSFORMADOR 267
1) E, =Z,.l, +Z„I,
2) 0 = Zi2l, +Zm1j
Sendo =^21 ~ podemos escrever
El =ZiiIi + Zj^l2 (10-14a)
^ + Z22h (10-14Z>)
Nenhum sinal está mostrado na fig. 10-10, de forma que pode ser uma quanti
dade positiva ou negativa. As impedâncias Zn e Z22 são as auto-impedâncias dos
circuitos 1 e 2, respectivamente. Então
~ ~ - i^M (10-15c)
Resolvendo (3) e (4) em relação a Ii, temos
E1Z22 El
8) Ii = (10-16)
Z11Z22 Zj^^ 7 2
Zu -
-22
Agora a impedância líquida de entrada Zg^ através da qual Ei faz circular Ii deve
ser o denominador da Eq. (8). Então
7 2
9) ^en ^en(i-i) 1l = z„ - (10-17fl)
-22
Fig. 10-10
268 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP! 10
X» 2
= Z.. (10-17Í)
^22
Esteja certo de que entendeu que (10) é válida para qualquer sinal de Zj^ e assim é
independente da localização dos sinais.
Agora trabalhe com os problemas PS 10-4, PS 10-5 e PS 10-6.
El _ El
2) ^ ~Z ~Z
^en(i-l) ^en
y 2
5) = /?2 +/X^2 +
'11 '11
e olhando-se para o circuito a partir dos terminais 2-2 temos o circuito equivalente
de Thévenin da fig. 10-11.
Agora, trabalhe com os problemas PS 10-8 e PS 10-9.
Z22
Xu
^11
•?th
+
-2(oc)
Fig. 10-11
—^AA/
R
\ L,
M
\%)í i-
(a)
VVAr
R
ic)
©rr. M
^ Lo
—vw-
R
(b)
^^ I I.. di
—WAr
R
© V-,
®(7- M
\ L, '\j)M
(d) (e)
Fig. 10-12
polaridade que Lx dijdt. Isso é o mesmo que se fosse aumentada paiaLi +M.
Da mesma forma, L2 aparece como se fosse aumentada para L2+M. A indutância
equivalente do circuito é então
£ cft/ =Z,i +M + Á2 +^ = ^1 +^2 + 2M (10-21fl)
Se um qualquer dos pontos é invertido, como na fig. 10-12<i, M será
negativo. Ocircuito equivalente, nesse caso, está nafig. 10-12e. Observe que agora a
voltagem induzida em Li, devido a mesma corrente em Z/2 j tende a contrariar a
voltagem induzida em Li. Isto é o mesmo que se Li fosse diminuída paraZ/^ —M.
Da mesma forma, L2 aparece como se fosse diminuída para L2 ÁZ Aindutância
equivalente nesse circuito é, portanto,
=Li -M + L2 -M = Li +Z/2 -2M (10-2IÔ)
Se o acoplamento é cerrado, fazendo K grande, a diferença na indutância
equivalente dependerá acentuadamente do sinal de M.
CAP. 10] O TRANSFORMADOR 271
(a) (6)
Fig. 10-13
Até agora a nossa discussão sobre o transformador tem sido apenas de ordem
geral. Não temos feito restrições a respeito da intensidade do acoplamento,
eficiência da transferência de energia, ou grandeza das impedâncias da fonte e
carga. Não consideramos ainda nada sobre a relação de espiras dos enrolamentos.
Por exemplo, a relação de voltagem entre secundário e primário é igual à relação
entre espiras do secundário e primário. Freqüentemente, o estudante perde de vista
o fato de que a análise da relação de espiras é baseada em um transformadorideal.
Como veremos breve, toda iniciativa para determinar a relação de voltagem em
termos da relação de espiras poderia resultar em sério erro quando o transformador
não é ideal. Todavia, a maioria dos transformadores do tipo núcleo de ferro usados
em força ou áudio trabalham aproximadamente como transformadores ideais e
assim a discussão desse assunto vem a propósito.
Em primeiro lugar, o que entendemos por um transformador ideal? Um
transformador ideal possui 100% de acoplamento. Em outras palavras, k= 1, e a
indutância e o fluxo de fuga são desprezíveis. Um transformador ideal não tem
perdas. Isto significa que os enrolamentos têm resistência cc desprezível. Significa,
também, uma resistência ca nos enrolamentos e perdas no núcleo desprezíveis na
freqüência de trabalho. Se o transformador ideal nãotem perdas, depreende-se que
toda a potência introduzida na entrada será totalmente dissipada na carga .
O transformador ideal também tem indutância infinita dos enrolamentos, o
que implica em > Zc, e ^ Isso poderia parecer des-
concertante, uma vez que daria a impressão que com uma reatância do enrolamento
primário infinita nenhuma corrente ou potência poderia ser entregue pelo transfor
mador. Entretanto, esta suposição ignora que uma corrente infinitamente pequena
e uma indutância infinitamente grande podem ainda fornecer um fluxo flnito, de
forma que a ação do transformador pode ocorrer. Matematicamente, devemos ter
cuidado quando trabalhamos com situações onde divisão ou multiplicação com zero
ou infinito estão envolvidas. Desta maneira, vamos investigar analiticamente a
impedância de entrada (Zg„) vista por e Z^ quando olhamos para dentro do
circuito, a partir dos terminais 1-1 na fig. 10-140. Em geral
Y ^
= R, +
+ R2 +/-^Z,2
(a)
là} (c)
Fig. 10-14
3) •^en 72
V +^12'
Manipulando (3) de forma a termos um denominador comum e simplificando,
temos
4) 2en =
6) = wk y/ L1L2 ^j
e Á = 1 no transformador ideal, temos
9) Px = Pl
ou
10)
El' E2'
^en
Substituindo (8) em (10) obtemos, após algumas transformações,
11) A =A
El Ni
Note que a relação de voltagens primária para secundária é igual à relação de espiras
do primário para o secundário. Se a potência em (10)fosse expressa com PZ e um
tratamento igual fosse dispensado, obteríamos
12) A =A
Ii N2
Note que a relação de espiras neste caso é o inverso daquela vista em (11).
Em resumo, então, para o transformador ideal
A -Pl (10-23úr)
CAP. 10] O TRANSFORMADOR 275
( N,
(10-23Ò)
^en
E2 N2
(10-23c)
El Ni
h Ni
(10-23íí)
Ii N2
'.L2 Eo
E,
•3 f.
(a)
/V21 = /V2//V,
/V31 = /V3//V,
^2 ^3
2 2
N 21 N 31
(6)
Fig. 10-15
276 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 10
-f-
Zi-i Z2 Z3
El_ ^ Ei'N2i' ^ Ei^N.i^
Zi-i Z2 Z3
1 1 1
+
^eq ^1 ^2
onde Ri é análoga a Zj/A^ai^ e R2 a. Z^/N^^. O circuito equivalente para a fíg.
10-15úr é, então, o visto na fig. 10-15Ò.
Agora, trabalhe com os problemas PS 10-11 e PS 10-12.
-WVr
- (O; L^•
(a)
Fig. PS 10-1
E = (/?i + ijXj^\2
0=Wl+(^ +/^Z,l)l2
PS 10-2 Usando o método da Eq. (10-6), escreva as equações para o circuito da
fig. PS 10-2.
SOLUÇÃO Temos três circuitos e, em conseqüência, teremos três equações que
terão a forma geral
Fig. PS 10-2
Eu = + Z12I2
Fig. PS 104
1) -^611(1-1)- -^11 7
^22
2) ^en(i-i) 11
Zii + Z22+Z^
Com os terminais 2-2 em curto, = 0. Assim
3)
4) 2enO..) =/-fLi + ^
M' (.k^/Tj:r f
= jwL 1 —jw —— = jwL I —]w
= jw{Li -k'^Li)
ou
5)
280 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 10
~jXc
ff 1 = 20 Í2 A?2 = 0.08 Í2
-O—WS/— O-
ia)
20 n /ii3in
422 Í2
115 V
-/189Í2
(b)
Fig. PS 10-6
115/0° V
= 111 mA/- 64,9°
1,04/ 64,9° kn
t • • f *
El D C e 2<°c)
(a) {b)
t •
id)
Fig. PS 10-7
.. 'Tm
1) = E.
•^11
2) Ei(oc) = 14,8alV
Da fig. 10-11 vemos que
(146)^
3) Z,. = R2 +/X,, + —— = 0,08 + /T8,85 + -2^ —
^ Zii ' ' 1.131/89°
= 0,409 + /0,01 Í2 = 0,409/1,4°
E-ioci 14,8/1° V
4) I, = s 0,349/1° A '
' Z^+/?^ 42,4+/0,01
PS 10-9 Determine /j e I2 na fig. PS 10-9úr.
CAP. 10] O TRANSFORMADOR 283
k = 0.1
1 kí2 0.4 kí2
•O —o-
li
0 100 V
159.2 Hz
1 H •4 H '0.6 kS2
^th
'2
+
(6)
Fig. PS 10-9
SOLUÇÃO
1) M = 0,1 V(1 H)(4 H) = 0,2 H
2) w = 27r(159,2 Hz) = 1.000 rad/s
3) Z22 = 0,6 kí2 + 0,4 kí2 4-/w(4 H)
= 1 kS2 + /4 kí2 = 4,12/ 76° kí2
7) ^(oc) ~
= /(0,2 kí2)(71/-44,7° mA) = 14,2/45,3° V
8) -^th ~ ^^22 +
0,04 kn^
= 0,4 ka + jw(4 H) +
1,41/45° kü.
= 0,420 kn + /3,98 kfi
= 3,45/- 30,3° mA
100 V
100 Hz
(a)
'^)M~
(b)
Fig. PS 10-10
CAP. 10] O TRANSFORMADOR 285
/'i na bobina . Da mesma forma, L2 é substituída por dois geradores. Pela obser
vação da maneira como as auto-indutâncias são polarizadas, podemos determinar a
polaridade dos geradores induzidos através das marcas. Isso encontra-se na fig.
lO-lOÍJ.
A equação de circuito é então
Aplicando a regra do ponto, vemos que a corrente vai para um ponto e deixa o
outro. Portanto, os termos de auto e mútua voltagem induzida têm sinais opostos,
e M será negativo.
Desde que E é um gerador senoidal, podemos escrever
z = 2 + j2nlOO{2 H)
= 2,36/32,1° kí2
E/ 0° 100 V
1 = = 42,3 mA/- 32,1°
2,36/32,1° m
M 0,5 0,5
k = = 0,354 ou 35,4%
V L1L2 y/ \ X 2 1,41
20 V
0^" 8 Í2
Fig. PS 10-11
impedância refletida da carga como ela aparece entre os terminais 1-1 deve acoplar
(igualar) a impedância de 10 kiloohms. Portanto,
—T = 10 m
JSr
ou
^
10.000
Portanto
. •
N-i. \r^
iV = —^ = , = 2,83 X10-2
Nx V 10.000
ou
Ny-.N-i = 35: 1
Zg„ = 10 k + = 10 k + 10 k = 20 kí2
20 V
I\ — ^ = 1 mA
20 kí2
Ex = h = 1 mA X 10 kí2 = 10 V
Ix 1 mA
^2 =— ""
= 2,83 X 10"
77^ = 35,4 mA
* Realmente, Pj^ = cos0, mas desde que a carga seja considerada puramente
resistiva na faixa de freqüência de interesse, o fator de potência será 0° e, em decorrência,
o COS 0 = 1.
CAP. 10] O TRANSFORMADOR 287
P2 =4 IV
= 8 Í2
/?! —
120 Í2
Pg =6 W
•/V3 /?3 =4Í2
Fig. PS 10-12
SOLUÇÃO
Px=P2+ P3
Pi = 4W + 6W=10W
A^2 E2 5,66 1
= 0,164 s
JVi El 34,6
N, E3 4,899 1
= 0,142 ^ —
Ni El 34,6 7
-M-
RESPOSTA
RESPOSTA
RESPOSTA
211 =Ri
212 =^21 = + /^M'
Z22 = + i?2 + ^^Af)
48 mH 68 mH
120^0° V
300 Hz 00^45° V
RESPOSTA
Z.1 = 3 H
Z.2 = 1.5 H
k = 0.75
/?, = 18Í2
/?2 = 12Í2
f = 60 Hz
E = 120V
0.5 W
Rs = 3.6 kí2
0.2 kí2
Ro
0.1 W
18 kí7
290 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 10
0.1 kí2
0.1 H
M= •
0.04 H
0.4 H
0.001 mF
P 10-3 Deduza uma expressão para a impedância vista a partir dos terminais 1-1.
Haverá apenas uma corrente quando Ej é aplicada?
C f= 1 MHz
/r = 0.1
•M-
200 pF
k = 0.4
—-AAA/ If-
36 Í2
L-p ks
1 mH 0.6 mH
100 Í2
AA/\—I
50 Í2
%)iov
5 Í2
P 10-7 Qual a relação de espiras necessária para acoplar uma fonte de resistência
300 ohms com uma carga de 52 ohms?
P 10-8 Qual é a potência dissipada pela fonte de 120 volts na fig. P 10-8? Su
ponha um transformador ideal.
292 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 10
60 n
20 V
60 Hz
18/iF
.) t.
p í •' H,
\
í I
. t-.-.
rnru.í -O "i
' cr, ,
•V • -i.jiji.x /—•'
T !
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r'
-if: í'í
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/ iUUÍi:'>it HV .
. •k,í-rL,.í"'í'
... . . .
.Í • ,.
: 2'^ . >
- li., g-ir
•??'.'! f-U-;
// A curva de
Bode
O termo armadura significa o induzido ou rotor nas máquinas rotativas elétricas (N.T.).
294 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 11
'ÍXc 1IjwC
1) A =-^
E. R —jXç
R +
JwC
O ' > o
Cp
El E: 1
h =
RC
O ' > 0
Filtro passa-baixa
Fig. 11-1
onde
3) Tf, = RC
Agora vemos que o produto RC é chamado de constante de tempo e tem as
dimensão de segundos, uma vez que^
V carga A — s
— s
4) V~
Ou
6) ,
Wf,
O uso do índice h será justificado mais tarde. Substituindo (6) em (2), resulta
para o filtro passa-baixa,
71 A — ^2 1 1
' 1+/—
—r
1+/^
fh
Nota-se a simplicidade desta expressão e, em particular, nota-se a sua forma. Na
forma polar, poderíamos expressar (7) como
8) A,. = =
' V ' + (///«)'/tan"' ///;,
1+/T-
Filtro passa-alta
Fig. 11-2
Se temos
2) Wi =
CR
Agora a Eq. (3) é perfeitamente válida, mas é mais desejável (também por razões
que aparecerão mais tarde) eliminar o termo negativo do denominador. Isso pode
dec
^ Lembre-se que
dt
CAP. 11] A CURVA DE BODE 297
4) K,= (11-2Í)
Embora (4) pareça mais complicada do que (3), ela é mais fácil para a curva
de Bode que, afinal de contas, é o nosso objetivo.
Para relacionar (5) com uma análise quantitativa da fig. 11-2, podemos agir
como segue. No espectro das freqüências baixas, digamos para/<^/g, o numerador
tem amplitude = Oe o denominador tem amplitude = 1. Assim para/<^/g,
\Ay I = 0. Fisicamente, poderíamos esperar isso, pois X(^> R para as freqüências
baixas. A questão é o que constitui baixas freqüências. A resposta é que /g no
filtro passa-alta ou no filtro passa-baixa formam uma região conveniente para
separar o espectro de freqüência alto e baixo.
Uma vez que em freqüências baixas Xq > jR, a corrente avança em relação a
El de aproximadamente 90°; assün a voltagem de saída que é tomada de um
resistor deveria estar em fase com a corrente. Uma inspeção da porção relativa
à fase de (5) indica que para/^/g a tangente está ^ 0° e assim o ângulo resultante
é 90° - 0° ou ^ 90°.
Para / =/g onde/g é a freqüência de corte ou de curva, \AJ = l/\/T e a fase
é 90°-45° = 45°.
No espectro de alta freqüência (/>/g) vemos da Eq. (4) que o termo reativo
no denominador é predominante e assim A^ se aproxima de l/_çr. Isto está em
acordo com os fatos físicos, para Xq < R, jEj | = iEi |. Além do mais, a corrente
nesse caso é essencialmente determinada por R e assim está quase em fase com
El. Uma vez que E2 é tomado de um resistor que não tem ângulo de fase associado
com ele, depreende-se que E2 está essencialmente em fase com Ei.
Agora, trabalhe com os problemas PS 11-4, PS 11-5 e PS 11-6.
Note que, em todos os problemas, tentamos expressar a função de trans
ferência de forma que ela contenha termos da forma jx e/ou 1 -I- jx. Isso será
possível ainda quando tratarmos com circuitos contendo um simples elemento de
armazenamento de energia tal como um capacitor ou indutor.
11.4 O decibel
2) log 4-
b
= log a —log b (11-36)
e um número elevado a uma potência é convertido por multiplicação
3) log = Xlog a (1 l-3c)
Agora a adição e subtração gráfica não é problema, uma vez que precisamos
apenas contar as divisões ou retirar as distâncias com um compasso de ponta seca.
Por essa razão, entre outras, a escala vertical emnosso gráfico demonstrativo estará
expressa em uma unidade logaritmica chamada decibel, abreviada para dB. O
decibel é formalmente definido como uma unidade de ganho de potência dada por
4) ^
=10 log-^^
"i
dB (ll-4fl)
Aequação (1 \-Ad) é lida como, "oganho de potênciaexpresso em dB, é igual a
10 vezes o logaritmo da relação de potência Pj/^i "• Ünia forma mais comum de
expressar a Eq. (11-4ü) está mostrada na Eq. (11-46).
5) ^p(dB) =
Embora a Eq. (11 4r) esteja em sua melhor forma matemática, a Eq. (11-46),
que é lida e interpretada da mesma maneira, e mais utilizada e assim ambas as
formas serão usadas aqui.
Outros símbolos além de A são utilizados comumente para designar o ganho
ou relação entre duas quantidades. Por exemplo, osímbolo KowGé sempre usado,
e para um maior refinamento o símbolo Gé usado se Pj > Pi» ou se Pj < P\.
Utilizaremos, entretanto, o símbolo A independentemente deP2 ouPi ser o
maior número.
Uma vez que a potência elétrica é dada por P = ErjR ou PR, podemos
expressar a Eq. (4) como
f E-y \2 Ri
=10 1og(-^j dB-f 10 log — dB
= 20 log — dB 4- 10 log dB
El R2
CAP. 11] A CURVA DE BODE 299
Similarmente
7) A = lOlog-^ dB = lOlog dB
Pi ~ """ iMi
= 10 7^2 dB
dB + 10 log^
= 20 log ^/ dB + 10 log R
dB
/i
A = 20 (O - log 2) dB = - 20 log 2 dB
= - 20(0,301) dB = - 6,02 dB
1) A= / (ll-6fl)
onde é uma constante arbitrária a que nos referiremos como sendo a freqüência
de corte, e n é um expoente 1, 2, 3, 4, .. . , n^. Para representar essa função pelo
processo de Bode, vamos considerar primeiro n = 1. Neste caso, a função é simpli
ficada
w
2) A=/
A = 100 ou 40 dB
n
c
po
<
>
O
m
A = 0,2 ou s -14 dB
CO
O
D
m
OJ
Curva de Bode de uma constante o
A = k
Fig. 11-3
302 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA ICAP. 11
A única maneira que podemos representar o valor (em dB) deA é supor vários
valores de w relativos ao nosso arbitrário . Construindo a tabela de valores, temos
d yu '
Esses valores são plotados para « = 1 na curva da fig. 11-4, com linha
pontilhada para fase e linha cheia para a amplitude.
Note e memorize o seguinte, como evidenciado na fig. 114: para uma função
de transferência da forma da Eq. (1) com n = 1, a inclinação da curva de Bode é
positiva e uma constante igual a 20 dB/década = 6 dB/oitava, onde uma década é a
relação de freqüência de 10 e uma oitava é uma extensão de freqüência de 2.
A representação corta o dB para w = O ângulo de fase associado com esta
inclinação é 90°.
Agora, vamos fazer n = 2 na Eq. (1) de forma que a função com a qual
estamos trabalhando seja
w W \2 W \2
3) A= / =f' = -1 /180°
W.
180°
60 dB/dec
Inclinação
18dB/olt
H
40 dB/dec
Inclinação =
12 dB/oit
20dB/dêc
inclinação =
6 dB/oit O
c
5»
>
D
W
w
o
a
w
-35
_ /7(20 dB/dec)
Inclinação
I I I I I II n (6 dB/oit)
é= nQO
u>
o
U)
Fig. 114
304 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 11
1) A=^-V
W \n
(ll-7a)
3) ^dB =20[logl-nlog-^]
Uma vez que log 1 para qualquer base é zero, temos
4) =
—n(20dB/dec)
inclinação =
—n(6dB/oit)
0 = -n 90
dB O
—20 dB/dec
Inclinação =
—6dB/oit
40 dB/dec
—60 dB/dec
Inclinação = -225
Inclinação — 12dB/oit
—18dB/oit
B —270 u)
Fig. 11-5
306 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 11
Uma curva de Bode dos dados anteriores está nas linhas cheias da fig. 11-6.
A fig. 11-6 mostra ainda linhas pontilhadas, as quais representam linhas retas de
aproximação com as curvas atuais. A beleza da curva de Bode (entre outras coisas)
reside na facilidade com a qual as linhas retas de aproximações com as caracterís
ticas atuais podem ser construídas. Por exemplo, considere a amplitude da curva de
resposta. Note que ela pode ser aproximada pelas duas linhas pontilhadas retas que
se interceptam em w^. Chamamos de freqüência de corte, joelho, ou freqüência-
-limite devido à mudança brusca de inclinação verificada por essas linhas em w^.
Para w < a resposta de amplitude aproximada para essafunção de transferência
é plana. Para uma década abaixo de ou w = 0,1 o erro nessa aproximação é
desprezível, uma vez que a tabela de valores indica um valor atual de apenas
0,043 dB. Na figura inferior a aproximação da linha pontilhada para a curva de
fase é apenas de 6° abaixo do valor verdadeiro.
Para uma oitava abaixo de ou w = 0,5 w^, o erro entre as curvas atual e
de amplitude aproximada é apenas de 1 dB aproximadamente e o erro de fase é
apenas 6°, que é essencialmente o maior erro de fase em qualquer ponto.
Para temos o maior erro de amplitude, que é apenas 3 dB, e o erro de fase
é zero, uma vez que representamos a curva de aproximação de fase (linha pontilha
da), de forma que ela intercepta 0° para w^/10 e 90° para 10 w^. Uma linha reta
conectando esses dois pontos interceptará o ponto (w/w^ = 1,0 = 45°).
Para a aproximação para a resposta de amplitude muda a inclinação
abruptamente de O dB/dec. para 20 dB/dec. ou 6 dB/oit. Para uma oitava acima
de Wc, ou 2 Wc, o erro de amplitude é tal, que a verdadeira resposta é apenascerca
de 1 dB mais alta e o erro de fase é cerca de 6° mais abaixo.
Para w > a linha reta aproximação e curva atual de amplitude unem-se
para todos os fins práticos e o erro de fase é outra vez cerca de 6°. Como você pode
ver, a amplitude e —para algo de menor extensão —a resposta de fase podem ser
facilmente aproximadas traçando-se simplesmente linhas retas com inclinações bem
definidas. Se uma maior precisão é desejada, podemos usar os fatores de correção de
amplitude, facilmente lembrados, da tabela seguinte:
dB 0 1 3 1 0
0 6 6 0 6 6
dB
Amplitude 15
n
c
po
<
>
O
tn
05
O
o
m
0
Ângulo de
adiantamento 45
u>
o
Fig. 11-6
308 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 11
1) A=
De (2) vemos que a amplitude em dB e a fase em graus será n vezes os valores que
obtivemos há pouco da fig. 11-6. Portanto, os valores de correção na tabela anterior
devem ser multiplicados por n.
Uma curva de Bode de linhas retas de aproximações para (1) para diferentes
valores de n está mostrada na fig. 11-7. Uma vez que a inclinação para w <>4;^ foi
zero, ela ainda será zero para qualquer valor de n. Entretanto, para w > a
inclinação deve ser multiplicada pelo valor apropriado de n. Então para « = 3, a
inclinação para w > é 3(20 dB/dec.) = 60 dB/dec. ou 18 dB/oit. A fase corres
pondente aproxima assintoticamente 3(90°) = 270°. Para n = 3 emw = w^, a fase
é n(45°) = 135° e a amplitude de erro é n(3 dB) = 9 dB.
Agora, trabalhe com o problema PS 11-12.
Uma forma comumente encontrada de função de transferência é
' 1) A /
! w \n
(n-9«)
Você notará que essa expressão e a recíproca da Eq. (ll-8fl), que acabamos
de estudar. A resposta de amplitude é dada por
2) = - n 20 log V 1 + (W^c)^
A resposta de fase é dada por
Uma curva de Bode para n = l está mostrada na fig. 11-8 e, como você pode ver, a
única diferença na resposta de amplitude nesse caso e no da fig. 11-6 é que para
w> o ganho diminui. As inclinações para w > na Eq. (1l-9a) para qualquer
valor de n são simplesmente o negativo das inclinações da Eq. (1l-8fl). Os fatores
de correção são também idênticos em amplitude, exceto que agora eles estão
I I I I I I I 1 1 1
Amplitude
6 = n tan ^ —
AdB = n 20 logv 1 +
0° 40
Adiantamento
n
315 a
50
<
>
270
o
w
W
225 O
o
w
180-
135
90
45
O
u>
o
vo
Fig. 11-7
310 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 11
A 1 I
>
4-
/
\ fv
o
£
n
OI y
i 1 //
a'
m CJi
£
TI
«•
s / ^
1— jé
4^
CD -
o
o
\j a ^ M
O
£
Oi
V- \ Ã
-
V
£
r»
CAP. 11] A CURVA DE BODE 311
0.=2
1
Amplitude (dB)
I
P è
e 0.=5
1
>>
^ 1^
O" Ir
IV
O? Oo
II II
II
•D
dq-
Deslocamento de fase (em graus)
10
1
900
1
312 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 11
ou " :•'
1
2) A =
W \2 W
/ ) -h /2Ô -h 1
1
(11-105)
/ W \2 w
1-(—)
\w^/
+/2Ô —
Essas formas são chamadas de fatores quadráticos e geralmente aparecem devido à
interação entre dois elementos armazenadores de energia em um circuito ou
sistema.® Se o circuito contém indutância e capacitância, de forma que ocorra
algum tipo de fenômeno de ressonância, podemos esperar encontrar fatores
quadráticos em sua análise. Desde que a forma do denominador da Eq. (2) é mais
comum, discutiremos esta primeiro.
Uma inspeção de (2) indica que, para w < ou (w/wc)<l,a amplitude de
A se aproxima de O dB e a fase se aproxima de 0°. Para w > o termo real sendo
elevado ao quadrado encobrirá o termo imaginário, de forma que
3) A= !
/ W \2
=- —
/W Y
=— V /180°
\W^J
Assim, o ângulo de fase aproxima 180° e a amplitude aproxima-se de zero. Em geral,
para w > w^, a amplitude é dada por
4) ^ dB = 20 log° —
/ vv \2 = - 40 log —
1
5) A =
~J2Ô = 4:r
2ô ^
/-90°
Então a fase para w=w^é-90° em (2) ou + 90° em (1). Aamplitude correspon
dente em (2) é
6) = — 20 log 28 (11-lOc)
Uma inspeção de (6) indicf que se ô —1/2, log 25 = log 1 = O, de forma que
^dB = 0. Se Ô< 1/2, digamos 8 = 1/5, por exemplo, log 28 será o log de um
número menor que 1 o qual é uma quantidade negativa, e nesse caso
'dB
- 20 log 2(j ) = - 20(- 0,3979) - -f- 7,96 dB
Então vemos que a resposta de amplitude atualmente cresce acima de OdB para
^ (2). Para 8 > 1/2, digamos ô = 1,o log é positivo e assim o número de
dB é agora negativo. A fase e a amplitude de (1) e (2) dependem intensamente do
valor de 8 nas vizinhanças de w = w^, e é provavelmente melhor plotar alguns
poucos pontos para uma representação mais precisa. Portanto, com a ajuda dos
fatores quadráticos no denominador, temos a fig. 11-9. Note que quando 8 (algu
mas vezes chamado fator de amortecimento) aumenta, o pico ouponto ressonante
desloca-se abaixo de w^.
As mesmas curvas podem ser usadas para fatores quadráticos do numerador,
se você lembrar que para w ^ a curva da amplitude se inclina para cima e
180°
s = 0.1
Inclinação
+ 40 dB/dec 90°
5 = 0.1 5 = 0.05
0.1 1 10
ô = 0.05
log — I ^
log —
'09^
OJc
(a) (b)
Fig. 11-10
314 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 11
Vamos igualar
Eq ^ 1 +/w/W2
Eg„ 1 +/w/wi
A equação (1) pode ser resolvida em dois fatores
Eo / w \ 1
2) = —) —
Ee„ ^
W,
o primeiro fator foi estudado em conjunto com a Eq. (11-8) e o segundo com a
Eq. (11-9). Uma curva de Bode da amplitude de resposta do primeiro fator (nume
rador) está mostrada através da curva N na fig. 11-llZ?. A resposta da amplitude
CAP. 11] A CURVA DE BODE 315
3 S
.60
b
316 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 11
do segundo fator está mostrada através da curva D. Uma vez que a escala da ampli
tude desses fatores é equivalente à adição. Assim, a amplitude composta é obtida
simplesmente pela adição ponto por ponto das curvas N qD como mostrada pela
curva = N + D. Um par de divisores é mais útil nesse caso. Osfatores de cor
reção podem ser inseridos de forma que uma curva discreta pode ser obtida, mas
geralmente as linhas retas de aproximações são adequadas.
As fases do primeiro e segundo fatores foram aproximadas com segmentos
de linha reta, tais como ^ 4>D> respectivamente. Os ângulos de fase podem tam
bém ser adicionados algebricamente com um par de divisores ou por avaliação dos
quadrados de uma maneira similar à resposta de amplitude.
Com uma pequena prática você estará apto, na maioria dos casos, a construir
a resposta de amplitude de A sem recorrer à construção dos fatores individuais.
Por exemplo, com Wj > Wj em (1), sabemos que o primeiro corte (joelho) ocorre
para Wi quando vamos da faixa de freqüências baixas para altas. Uma vez que
Wi está no denominador, cortará abaixo de Wi com uma inclinação de 20
dB/dec. e decréscimo contínuo até CO2, onde o numerador começa a subir
até 20 dB/dec. Então, a inclinação do numerador positivo cancela a incli
nação do denominador negativo, de forma que a inclinação de nivela para
O dB/dec.
Embora seja um tanto sutil, a resposta de fase pode ser similarmente
explicada. Para uma primeira aproximação, a fase do denominador corta para
0,1 Wi e diminui paracerca de 45°/dec. Então paraWj o ângulo do denominador é
45°, mas note que a fase do numerador está entrando no jogo, desde que
= 0,1 W2 e a fase do numerador está aumentando para 45°/dec. Então para
Wi as inclinações de fase do numerador e denominador se cancelam, de maneira que
a fase permanece constante para o nível —45°/dec. obtido para Wj. Isso é verda
deiro até W2, em cujo ponto a fase do denominador assume o seu deslocamento
máximo de —90°, de forma que a inclinação do ângulo de fase do denominador é
zero. A inclinação da fase do numerador, todavia, continua a decrescer até
45°/dec. para uma década acima deW2. Isso empurra a inclinação de fase resultante
(0) para cima até 45°/dec. acima de até 10 W2, em cujo ponto o numerador
atingiu o seu valor máximo, possível de deslocamento de fase de ± 90°. Então para
w > W2 as inclinações de fase do numerador e denominador sãonulas e a inclinação
de fase resultante nivela-se para 0°, devido ao - 90° no denominador cancelando
o -f- 90° do numerador.
Do ponto de vista físico, podemos admitir na fig. ll-lla que, para asbaixas
freqüências, C2 se comporta como um circuito aberto e assim Eq = Egn ou^dB = O-
Como w aumenta, C2 entra no jogo, de forma que ele começa a carregar R^, que
diminui Eq. Isso acontece para o corte em Wi. Como waumenta mais, C2 eventual
mente comporta-se como um curto e E^ = Een^2/(^i +^2)- ^sso acontece para
W2, onde C2 sai de cena.
Agora, trabalhe com os problemas PS 11-15, PS 11-16 e PS 11-17.
CAP. 11] A CURVA DE BODE 317
10 kí2
^en
100 V
0.01 mF
Fig. PS 11-1
2) = = 10^ rad/s
'^h
w
3) fh = ~ = 1.592 Hz
2-n
1+/^
fh
Usando os valores de//4 + 0,1; 0,5; 1; 2; e 10 em (4), temos
Fig. PS 11-3
100 v('\,)e
Fig.PS 114
2) W/ —— = 40 rad/s
4) A.=-
'i
1 +
//
Fazendo///) igual a 0,1; 0,5; 1; 2; e 10 resultam os seguintes valores
/?2.
Fig.PSll-5
5) ^1+^2 i+/£_
V/
Note que para f > fi vemos apenas Ri, divisor de voltagem R2, uma vez que
R. 1
A,. =
" +/?2 Xr
1 -/
R\ +
Quando Xq = R\ + , a equação acima reduz-se para
A ^2 ^ R2
^= X7^ =0.707 R\ + /?2
/45^
Isto é exatamente o mesmo resultado que havíamos obtido fazendo / =/i em (5)
do problema anterior. Então quando f = Xç = R^ + /?2 •
PS 11-7 Expresse o ganho de voltagem do circuito da fig. PS 11-7 em dB para
f = ff, a freqüência de ressonância.
270 Í2 39 mH
-AjW
© 40 pF
Fig. PS 11-7
SOLUÇÃO
1
1) = 127,4 kHz
l-nsfLC
2) yjf = 800,6 X 10^ rad/s
31,22 kí2
4) í2 = = 115,6
0,27 kí2
5) ~ Q^en
6) A = = Ô
322 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 11
Portanto
= 20(2,0631) dB = 41,26 dB
12 kí2
í; V
Fig. PS 11-8
SOLUÇÃO
Eq 12 m
= 20 log dB - 20 log dB
-5.67
dBA^ = —5.67
Fig. PS 11-9
SOLUÇÃO
•Ã
1) A, = 20 log-J- dB
El
2) - 5,67 dB = 20 log-^ dB
El
CAP. 11] A CURVA DE BODE 323
Olhando a tábua de logaritmos (ou uma régua de cálculos) para o número corres
pondente a 0,7165, temos 5,206 e com a característica — 1.*
5) = 0,5206
El
PS 11-10 Construa a curva de Bode para a resposta de amplitude para cada uma
das funções de transferência:
1) A= 3.200 3) A=/ ^
50
1
2) A = 0,004 4)A =
Determine a resposta de fase em cada caso pela inspeção das funções de trans
ferência acima.
SOLUÇÃO
1) A =20 log 3.200 = 70,1 dB
O ângulo de fase é sempre zero, desde que A seja uma constante. Lembre-se que
uma resposta de amplitude constante implica em deslocamento de fase nulo.
2) A =20 log 0,004 ^ - 48 dB
O ângulo de fase é novamente zero para toda a faixa de w.
3) A freqüência de corte ou joelho éw^= 50 rad/s. Desde que « = 1, estacurva de
Bode terá uma inclinação positiva de 20 dB/dec. (ou 6 dB/oit.) e passa por OdB
para w = w^. O deslocamento de fase é constante e igual a 90°.
4) A freqüência de corte oujoelho é = 300 rad/s. Assim, a curva de Bode passará
por O dB para = 300. Uma vez que o termo w está no denominador e n = 2, a
2
.â>
b
CAP. 11] A CURVA DE BODE 325
—43 dB = 20 log Aj
, . / 43 dB \
Aj=log' —J= 0,00708
Acurva c tem fc —200 Hz e uma inclinação positiva de 18 dB/oit. Assim, o desloca-
mento de fase é 3(90°) para « = 3. Portanto
" O'm)
A curva d tem/^ = 3.000 Hz e uma inclinação negativa de 24 dB/oit. Portanto
1
-
! tLI
PS 11-12 Construa a curva de Bode para a função
A=(1+/ — Y
V ' 500 Hz/
Primeiro mostre as aproximações de linha reta para a resposta de amplitude e fase
e então introduza os fatores de correção, de forma que uma curva contínua possa
ser construída.
SOLUÇÃO Aresposta de amplitude será plana de / =OHz até/ =/^ =500 Hz.
Para/>/^, a inclinação atinge 40 dB/dec. ou 12 dB/oit. Desde que « = 2, os
fatores de correção de amplitude são 2,6, e 2 dB para 0,5 /^, e 2/^, respectiva
mente. As correções de fase são aproximadamente + 12° e —12° para 0,1/ e
10/^, respectivamente e - 12° e+ 12° para 0,5/^ e2/^, respectivamente. Acuíva
de fase atingirá 90° para /^ e aproximará de 0° e 180° assintoticamente para
/ ^ /c ® ^ /c> respectivamente. Acurva resultante está mostrada na fig. PS 11-12.
326 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 11
2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1
500 Hz
Inclinação = 40 dB/dec
n
G
50
>
D
M
W
O
O
w
u>
to
-o
Fig. PS 11-12
328 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 11
1
A =
(i +/ f
500 Hz
Eq jXç
1) A, =
Een R+KXi^-Xc)
1//WC
jwCR + tiw^LC - 1)
Se admitimos
4) C=
CAP. 11] A CURVA DE BODE 329
330 ANALISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 11
R L
470 n 0,6 H
C J_
0,02 mF'
+ 21,3d8
+ 20
1
+ 10 \Amplitude ^ + / 2(0,04: >c
)129j n: 9
dB O
-10
-20
-30
-40
O'
-45'
-90'
\ Fase
-135'
- 180'
ib)
Fig. PS 11-14
1
5)
wR
- 1
Wc^L
1
, W \2 R w
1-í—) +/—7 X—
Desde que
WqL
6) Q = = 11,65
^ R
CAP. 11] A CURVA DE BODE 331
1
7) A, =
/ W \2 1 w
8) 25 = —
Q
ou
9) Ô= — = 0,0429 0,043
que resulta na altura do pico ressonante para w^, Para uma representação mais
precisa, poderíamos ainda avaliar a função de transferência. Então temos
1
11) A =
w 2 W
-I- /2(0,0429)
9,129 9,129
w
1 - -b 7(9,399 X 10'® )w
83,33 X 10^
e, substituindo os vários valores de w, resulta a seguinte tabela de dados, que está
plotada na fig, PD \l-\4b\
@+©
I MM
©+®+©
CDl CÚ2
Fig. PS 11-15
SOLUÇÃO
1. Primeiro desenvolva a função de transferência,
E. R,
1)
Rii-iXci)
Ri +
Ri -jXci
Ri
R^ 1
Ri 4-
/wCi Ri + l//wCi
R2
Ri +
jRi 1
Ri
Ri + jwRiRiCi + Ri
1 + jwR I Cl
Ri(l +jwRiCi)
Ri + Ri +jwRiRiCi
CAP. 11] A CURVA DE BODE ' 333
_ R2 1 + jwR 1Cl
~ Ri +R2 1+jwR^Ci
onde
R1R2
=
^ Ri +R2
Agora, fazendo/?iCi = Ti = 1/wi e iígqCi = = l/wj;
_ R2 1 + /w/wi
2)
Egn Ri +R2 1 +/w/w2
o b
= a
^en ^
onde a = R2l(Ri + R2), b = 1 + fw/wi, e c = 1 + /vv/wa- Portanto
dB = 20 (log a + \ogb —log c)
O termo log a contribuirá com uma componente que é independente da freqüência,
enquanto os termos b e c são dependentes da freqüência. Mostramos nos exemplos
anteriores que o termo b cortará para Wi e inclinará para cima até 20 dB/década,
enquanto o termo c corta para W2 e inclina para baixo até 20 dB/década. Uma
inspeção do circuito indica que para as freqüências baixas, onde é muito
grande comparado comi?, a saídaigualará a [i?2/(^1 + Ri )]Een- Paraas freqüências
onde é pequeno comparado com i?2, a saída aproximará da entrada.
3. Construa a curva de Bode. Para fins de representação, vamos supor que i?2 = i^i •
Então i?2/(i?i +i?2) = 1/2, ou —6 dB. Isso fixa os raios de Ti e 72 :
ri=RiCi
Zl. — =2—
72 0,5i?iCi Wi
^ Wi
1) A=
/, W \ 2
(l
\
+/ )
Wi/
^ Wi 1
2) A=—
w w
14-/ — 1 +/
Wi Wi
2 3
.2P
b
w
ON
0 Passa-alta
Aproximado é >
Fase real
>>
CO
0 Passa-baixa
tn
o
m
AdB real n
53
n
c
H
-150 O
dB passa-alta dB passa-baixa 1/5
n
>
-250
Fig.PS 11-17
CAP. 11] A CURVA DE BODE 337
-baixa corta para baixo para —20 dB/dec. Isto resulta na resposta de amplitude
aproximada da fig. PS 11-17,
A resposta de fase aproximada pode ser representada esquematizando-se
primeiro a resposta de fase do filtro passa-alta com uma linha partindo de
w/wi = 0,1, inclinando para baixo 45°/dec. desde + 90° até 0° para w/wj = 10, e
esquematizando a fase do filtro passa-baixa com a mesma inclinação e valores de w,
mas partindo de 0° e terminando em —90°. A resposta aproximada de fase pode ser
então representada por adição algébrica das curvas de fase passa-alta e passa-baixa.
Se uma precisão maior for requerida, os fatores de correção podem ser inseridos ou
os valores atuais computados em (2). A fase real e amplitude estão também mostra
das na fig. PS 11-17.
0-
-dB 20dB
dec
(a) ib)
60 kS2
o—VVAr
50
"T"
•30 kí2
-9.54 -20dB
dec
1 /íF -dB
(a) (b)
o
O 0,5 (jJc
A R
\
IdBX I
20dB
1
-6,02 — dec ;c Nl
-dB
(a) ib)
u)r 2a)-
-6
-dB
ia) (6)
o—♦ o
40dB
Eo
ia)
O—1^—•—AAAr
-9.54
(a) (b)
(1+/-) 100
/ w \2
A =
1+/•——Y
/ L \
+/2S —1J
RESPOSTA 43 dB/-45°
1
PA 11-8 Represente em curva de Bode A . Mostre a fase
L1 +/w(0,5 X 10"®)J
e amplitude.
1 + y w0,5 X 10"*
10 100
w X 10®
+40
RESPOSTA
H" w
1 +/
0,01 100
A = 10
w /, . vv \ . vv
1(i+'t)('+'"5T
w \ / w
A = -
CAP. 11] A CURVA DE BODE 341
60 dB/dec
(/Í£.)3 (1 + / _ííí_)
' 1 ' loo'
40 dB/dec
-90
20 dB/dec
dBO - 180
-270
60 dB/dec
-360
- 120
(i+/ 80 kHz
/
342 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA [CAP. 11
93kí2
o—VW
7 kí2
Een
1
O-
1 kíí
O—VW t o
1
Len 1 mF,
__ t
O-
1 mF
Eqm 100
1
o
10 mH
1 kí2'
3Í2
O—A/vV"
Een
4*^3^
Ar = 0.5tL M
'H y
100 kí2
1—VW—i
F>^
1 kí2
c
1 a-f
/?3
1 kíí'
40 dB
>,e--58dB
40 dB
Apêndices
3 /Notação de
corrente
A notação usada neste livro para representar uma corrente elétrica está
baseada nas seguintes considerações;
1) O fluxo de corrente elétrica é designado com um símbolo maiúsculo ou minús
culo / e um índice apropriado se necessário,
2) A direção suposta de referência do fluxo de corrente é indicada com uma flecha,
como mostrado na fig. A-1.
—'1-
Fig. A-1
-WSr
Fig. A-2
mente o terminal por onde ela entra, em relação ao terminal por onde sai. Isto
é ilustrado na fig. A-2.
Se o seu aprendizado anterior é de tal forma que você achamais confortável
tratar o chamado fluxo convencional de corrente, que implica na transferência de
carga positiva mais do que negativa, precisa apenas inverter a flecha associada com
/ neste livro e proceder com o desenvolvimento apresentado. Como você pode ver
da fig. A-3, a polaridade resultante da voltagem desenvolvida através de umaimpe-
dância é ainda a mesma, uma vez que a extremidade da impedância por onde a
corrente convencional entra é polarizada positivamente com respeito à extremidade
por onde ela sai.
Fluxo convencional
de corrente
Mc. /
1 •AAAr
Fluxo dos
elétrons
Fig. A-3
b Notação de
voltagem
Anotação usada neste livro para descrever uma voltagem édirigida de forma
aevitar aconfusão que às vezes aparece na mente do estudante, com respeito auma
queda ou aumento de voltagem. Ao invés disso, este livro apenas se refere a uma
voltagem que é rigorosamente descrita de acordo com as seguintes convenções:
1) A voltagem entre um par de terminais é descrita pelo símbolo .É' ou F em
associação com uma flecha ou índice duplo para indicar os terminais entre os quais
a voltagem existe;
1 mA
Fig. B-1
Vab— £2 + ^2/2
Fig. B-2
Alguns exemplos ilustrativos estão mostrados nas figs. B-l q B-2. Lembre-se
que as flechas de corrente indicam fluxo de elétron, e assim o fim de um resistor
onde a corrente primeiro entra está polarizado negativamente com respeito ao
extremo pelo qual ela sai.
Para material de referência adicional a respeito desta forma de notação de
voltagem, veja Phillip Cutler, "Eletronic Circuit Analysis," vol. 1, Cap. 1,
McGraw-Hill Book Company, New York, 1960.
s.',
. '•'(L. /I •'M
íí -VIM
• •tí'8 »
'w
o), ?
• •
índice analítico
Acoplamento:
propriedades de, 79
indutivo, 255, 256
voltagem de trabalho, 79, 86
indutivo-condutivo, 269 Capacitorde bloqueio, 296
(k) coeficiente de, 257
Capacitores:
Admitância: 138
com excitação senoidal, 90
diagrama, 93
bloqueio, 296
plano, 139
em paralelo, 87
Ampère-espiras, 256 em série, 88
Amplitude;
Carga, 80
pico a pico, 4
do capacitor, 79
pico negativo, 4
Circuitoanti-ressonante, 248
pico positivo, 4
Circuitos magnéticos, 255
Análise de circuito do transformador, 265 Circuitos sintonizados (ver Ressonância)
Análise de Fourier, 11, 54
Coeficiente de acomplamento (k), 257
Anti-ressonância, 193 Conjugado complexo, 165
Anti-ressonância paralela, 193 Constante dielétrica, 83
Armazenamento deenergia no indutor, 112 Constante de tempo, 294
Auto-indutância, 108, 264 Conversões:
Capacitância, 1, 77
sériepara paralelo, 166
coeficiente de temperatura, 87
sistema a quatro terminais, 238
definição de, 80
Conversões série-paralelo, 164
350 ANÁLISE DE CIRCUITOS CA
em paralelo, 115
Corrente do capacitor, 79
em série, 114
Curva de Bode, 293
construção, 314 Lei de Faraday, 255
fator quadrático, 312 Lei de Ohm, 133
filtro:
Linha de retardo, 25
formas básicas, 300 Máxima transferência de energia, 114
passa-alta, 296 Multiplicador, 36
passa-baixa, 294 Notação:
corrente, 43, 345
Curvauniversal de ressonância, 188, 204
em potência, 51
Decibel, 297
voltagem, 39, 347
Descarga do capacitor, 79
Onda co-senoidal, 13
Efeito Skin, 62
Onda senoidal (ver Senoidal)
Energia armazenada pelo capacitor, 82 Operador /, 41, 93
Fase:
Parâmetros y, 235
ângulo, 14
Parâmetros z, 233
deslocador, 25
Período, 4
Fator de amortecimento, 313
Potência, 6, 9, 51
Fator de dissipação (D), 170
aparente, 143
Fator de potência, 142
em circuito puramente capacitivo, 95
Fator quadrático, 312
Filtros: 294
em circuito puramente indutivo, 119
passa-alta, 296 em circuito puramente resistivo, 53
passa-baixa, 294 em circuito RLC, 141
Fio Litz, 62
máxima transferência de potência, 144
notação, 51
Fluxo de fuga, 257
verdadeira, 143
Fluxo magnético, 255
Fluxo mútuo, 257 • Q, 163
circuito anti-ressonante, 200
Forçamagnetomotriz, 256
Formas de onda, 2 Radianos, 13
parâmetros, 2, 3 Reatância capacitiva, 94
Reatância indutiva, 118
Freqüência, 4
parâmetros G, 233, 235 Relação de espiros, 265
parâmetros/i, 233 RLC circuitos, 133
Função de transferência, 293 . .• paralelo, 138
Geometria do capacitor, 83 V potência em, 141
Geometria do indutor, 112 u jüí, rms valor (médio quadrático), 4, 6
série, 118
Henry, 108 '
Relutância, 256
Hertz, 5
Identidades trigonométricas, 19 Ressonância, 179, 312
anti-ressonância, 193
Impedância, 134,198 i>
plano, 139 largura de faixa, 181
seletividade, 181
transformação, 275
série, 179
Impedância mútua, 261
Ressonância paralela, 193
bobina, 186
Resistência:
indutor, 168
ca, 63
Indutância, 1,105, 256
cc, 63
cálculo da, 113
Senoidal, 3, 11
Indutância de fuga, 257
ângulo de fase, 14
Indutância magnetizante, 264
potência, 9
Indutância mútua, 108, 257
valor eficaz, 6
medida da, 271
valor médio, 5,15
Indutores:
valor rms, 6
com alimentação senoidal, 116
ÍNDICE ANALÍTICO
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