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Imóveis
Indaial – 2023
2a Edição
Elaboração:
Prof.ª Claudete Cristina Iwata
Prof. Geovane Araujo da Silva
220p.
ISBN 978-65-5646-641-5
ISBN Digital 978-65-5646-642-2
“Graduação - EaD”.
1. Négocios 2. Avaliação 3. Imóveis.
CDD 383.2
Bibliotecário: João Vivaldo de Souza CRB- 9-1679
Impresso por:
APRESENTAÇÃO
Seja bem-vindo!
• COMPRA
• VENDA
• LOCAÇÃO
• ADMINISTRAÇÃO
• LOTEAMENTOS
• INCORPORAÇÕES
• ASSESSORIA
• CONSULTORIA
• PARECER TÉCNICO DE AVALIAÇÃO MERCADOLÓGICA
Desde o início das atividades dos corretores, além de atribuir o valor comercial aos
imóveis de forma verbal, também realizavam a Avaliação. Tratava-se de um documento
de uma única lauda, que trazia no corpo um texto que iniciava com a descrição do
imóvel, um valor médio por metro quadrado que ele encontrava com base em algumas
amostras, que era multiplicado pela área total do imóvel avaliando, e o resultado era o
valor procurado. A Avaliação era então datada e assinada pelo corretor. O documento
era similar ao que veremos a seguir:
Fígura 1: Modelo de Avaliação de Imóveis
Fonte: o autor.
Esse documento era utilizado para vários fins: ações judiciais de cobrança,
renovatória de aluguel, revisional de aluguel, separação judicial, divórcio, empréstimos,
inventário etc. , empréstimos bancários, dação em pagamento, hipoteca, penhora, fins
contábeis, enfim, para uma série de funções.
NOTA
Com o tempo, os engenheiros e arquitetos questionaram a validade
daquele tipo de documento, atribuindo somente a eles o direito de
realizar uma avaliação. A reivindicação era oportuna e legítima, afinal de
contas, àqueles profissionais era exigida a aplicação de técnicas, normas
e cálculos comprobatórios, e aos corretores nada além do “conhecimento
empírico”, traduzido no que a Lei específica da época permitia:
LEI Nº 6.530 DE 12 DE MAIO DE 1978 (com alterações introduzidas pela
Lei nº 10.795, de 5 de dezembro de 2003) [...]
Art. 3º - Compete ao Corretor de Imóveis exercer a intermediação na
compra, venda, permuta e locação de imóveis, podendo, ainda, opinar
quanto à comercialização imobiliária.
O corretor está todos os dias envolvido com transações que são feitas, é ele
quem conhece os valores dos imóveis colocados no mercado, quando os clientes
compradores estão dispostos a pagar e quando os clientes vendedores estão dispostos
a receber. Quando esses três itens se alinham, realiza-se a transação imobiliária.
A resposta dessa e de tantas outras perguntas você vai obter estudando essa
disciplina e, além das respostas, você encontrará meios de, por si só, desvendar as
maravilhas da avaliação. Afinal, nós conhecemos o mercado imobiliário, somos hoje
Gestores, profissionais preparados e qualificados!
Nesta Unidade 1, abordaremos os conceitos iniciais da avaliação de imóveis, os
diferentes profissionais que poderão realizá-las, diferenças entre preço e valor do imóvel
e todas as exigências contidas na legislação brasileira acerca da avaliação de imóveis.
Bons estudos!
QR CODE
Olá, acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a você – e
dinamizar, ainda mais, os seus estudos –, nós disponibilizamos uma diversidade de QR Codes
completamente gratuitos e que nunca expiram. O QR Code é um código que permite que você
acesse um conteúdo interativo relacionado ao tema que você está estudando. Para utilizar
essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só
aproveitar essa facilidade para aprimorar os seus estudos.
ENADE
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é um
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confira,
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma
disciplina e com ela um novo conhecimento.
TÓPICO 3 - LEGISLAÇÃO......................................................................................................37
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................37
2 LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS.................................................................................37
2.1 CÓDIGO DE ÉTICA DO CORRETOR DE IMÓVEIS............................................................................38
2.2 REGULAMENTAÇÃO À PROFISSÃO DOS CORRETORES DE IMÓVEIS – LEI 6.530/1978 ... 41
2.3 CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR (CDC) – Lei 8.078/1990............................................. 41
2.4 RESOLUÇÃO - COFECI 1.066/2007.................................................................................................42
2.4.1 CNAI (Cadastro Nacional de Avaliadores Imobiliários)..................................................... 48
2.5 ATO NORMATIVO 001/2011............................................................................................................... 48
2.5.1 Normatização do CNAI ............................................................................................................ 48
2.6 ABNT – NBR 14.653............................................................................................................................ 48
LEITURA COMPLEMENTAR................................................................................................. 66
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................... 68
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................. 69
REFERÊNCIAS....................................................................................................................... 71
REFERÊNCIAS.....................................................................................................................120
REFERÊNCIAS.....................................................................................................................219
UNIDADE 1
AVALIAÇÃO
DE IMÓVEIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
A cada tópico desta unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de
reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 3 – LEGISLAÇÃO
CHAMADA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
1
CONFIRA
A TRILHA DA
UNIDADE 1!
Acesse o
QR Code abaixo:
2
UNIDADE 1 TÓPICO 1 -
A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, esta unidade tem por objetivo a sua compreensão sobre esse
assunto tão importante para o desempenho de nossa profissão: a avaliação! É através da
avaliação que começam todas as nossas atividades. Um cliente quer alugar um imóvel
e pergunta para você por quanto ele pode alugar.
Para determinar esse valor, você precisará fazer uma avaliação. Querendo um
imóvel para renda, ele solicitará de você uma consultoria imobiliária e para atender bem
seu cliente, você terá que avaliar o imóvel para ver se a rentabilidade resultará em um
bom investimento. Desejando vender um imóvel, o cliente questionará você sobre o
preço justo a ser colocado à venda, possível de ser rapidamente absorvido sem que ele
tenha prejuízos, para tanto, se fará necessária uma avaliação.
O Gestor que não sabe avaliar um imóvel sempre dependerá de um colega para
auxiliá-lo e correrá um grande risco de ser responsabilizado por um mau negócio. É
como um médico que não consegue diagnosticar uma doença e precisa de um colega
para auxiliar na indicação do remédio. O imóvel e a determinação de seu valor são
condições sem as quais o exercício da profissão fica impossível. Iniciaremos nosso
estudo conceituando avaliação, em seguida, levantaremos os pontos de divergência
entre os engenheiros, arquitetos e agrônomos e os corretores de imóveis.
INTERESSANTE
As disputas entre CREA e CRECI começaram antes da criação do CAU
(Conselho de Arquitetura e Urbanismo), por isso, o enfoque do nosso
livro nesta disputa ocorrida (e ainda disputada) cita apenas o CREA.
Ler:
Fonte: https://caudf.gov.br/cronologia-de-criacao-do-cau/.
Acesso em: 20 dez. 2022.
3
Mesmo não sendo aplicável à nossa profissão, é muito importante conhecermos
o IBAPE (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia) para sabermos
quais são as normas aplicáveis ao trabalho dos engenheiros, arquitetos e agrônomos.
2 CONCEITO
De acordo com o dicionário Michaelis (2023, on-line), a palavra ‘Avaliação’ possui
um conceito bastante peculiar em seu item 3:
a·va·li·a·ção
s.f.
[...]
3 Determinação do preço justo de qualquer coisa alienável.
[...].
4
Para nós, gestores, significa a base de todo nosso trabalho e a questão que
justifica nossa preocupação, cuidado, cautela e necessidade de capacitação é a
especificidade de cada trabalho.
Prezado acadêmico, a Avaliação é muito mais que uma opinião de mercado, ela
requer acima de tudo Credibilidade a ser conquistada com Competência, Integridade
e Habilidade no tratamento dos dados com o objetivo único de chegar o mais próximo
possível do Valor Justo de mercado.
Entretanto, o imóvel que se quer avaliar ainda não chegou nesse estágio, ou
seja, o objetivo da avaliação é justamente esse: determinar qual é esse valor sem que a
negociação aconteça realmente.
Consegue entender qual é o teor do trabalho? Mas como encontrar esse valor?
Após muitos estudos, chegou-se à conclusão de que há uma necessidade e a
possibilidade de aplicarmos métodos para determinação do valor. Como não houve a
realização do negócio efetivamente com o imóvel avaliando, o valor será aproximado.
É claro que quanto melhor aplicarmos os métodos, seguirmos as normas e tivermos
habilidade e responsabilidade, tanto mais perto do alvo estaremos.
Devemos salientar que a vontade das partes está sob a influência de fatores
que não dependem de seu controle, como: a lei da oferta e da procura, a economia, a
política, crises ambientais, catástrofes naturais etc. Por essa razão, a indicação exata e
precisa da data da avaliação é muito importante.
5
ATENÇÃO
Então, podemos concluir que:
“AVALIAR UM IMÓVEL É DETERMINAR POR MEIO DE MÉTODOS, NORMAS,
TÉCNICAS, HABILIDADE, EXPERIÊNCIA E CONHECIMENTO PROFUNDO DO
MERCADO O VALOR QUE SATISFAZ O VENDEDOR, QUE O COMPRADOR
ESTÁ DISPOSTO A PAGAR NUMA DETERMINADA DATA”.
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2.2 QUEM PODE AVALIAR UM IMÓVEL?
Por muito tempo a profissão de corretor de imóveis foi uma profissão sem
prestígio, sem ordem e sem representatividade, isso porque a legalização aconteceu
há aproximadamente 60 anos (tempo relativamente curto se considerarmos que todos
necessitam de um imóvel para habitar, desenvolver sua atividade profissional ou mesmo
investir) e as exigências para exercer a profissão eram mínimas.
A polêmica estabelecida sobre o tema “Quem pode avaliar” tinha como um dos
polos as profissões respeitadas, como: engenharia, arquitetura e agronomia, e em outro,
o corretor de imóveis.
ESTUDOS FUTUROS
Nesta unidade, você poderá observar algumas jurisprudências e
constatar que o judiciário e a sociedade reconhecem nosso trabalho
e nosso valor.
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Qual posicionamento tem nosso Conselho Federal sobre essa polêmica?
Estamos protegidos?
Todas as profissões têm seus representantes que lutam por seus interesses.
Nós já vimos que o CREA se posiciona muito bem em relação à avaliação, defendendo
os engenheiros. E como ficam os corretores de imóveis? Quem irá nos defender?
O engenheiro pode fazer uma avaliação técnica, que leva em conta vários
aspectos, porém, não deveria entrar em méritos como preço de negociação de um bem
imóvel. Afinal, que base ou que conhecimento tem um engenheiro que não vive o dia a
dia do mercado de imóveis?
Trabalho em uma grande imobiliária do Rio de Janeiro e durante uma boa parte
do dia atendo ligações de engenheiros solicitando que eu os ajude com a avaliação
de imóveis: pedem que lhes diga o preço praticado em determinada região, pedem
endereços de imóveis para comparação e outros dados. Porém, esquecem de alguns
detalhes importantes, como a documentação do imóvel, por exemplo.
Que base tem um engenheiro para analisar uma documentação? Que base tem
um engenheiro para dizer se um imóvel em determinada região é vendável ou não? Como
pode um engenheiro ser responsável pelo preço de um bem se ele não tem a mínima
ideia do preço de mercado? Para um engenheiro, um imóvel pode valer 100 mil ou 50 mil
que para ele tanto faz, pois não há quem fiscalize se a avaliação foi correta ou não.
Então aqui fica uma frase importante: No quesito preço, quem tem capacidade
e conheci- mento para avaliar é o corretor de imóveis. Por outro lado, análise estrutural
e outras características determinantes ficam por conta do engenheiro.
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INTERESSANTE
Conselho: O engenheiro visita o imóvel e faz um laudo técnico de avaliação
contendo seu parecer sobre o imóvel, encaminhando para um corretor
credenciado analisar e dar o preço final.
Curiosidade: outro dia um engenheiro indeferiu a avaliação de um imóvel
dizendo que ele não serviria como garantia para a Caixa Econômica
Federal pois ele ficava próximo a uma “comunidade”. Foi solicitada
uma nova avaliação e o engenheiro (outro indivíduo) avaliou no preço
que estava sendo vendido pela imobiliária. Hoje esse mesmo imóvel já
está escriturado e o comprador feliz, residindo em seu novo endereço,
pagando suas prestações em dia ao banco.
Pergunta: Qual engenheiro está certo?
Fonte: http://www.forumimobiliario.com.br/2011/01/engenheiro-ou-corretor-
de-imoveis-quem-tem-conhecimento-para-avaliar/. Acesso em: 22 ago. 2012.
O trabalho dos engenheiros e dos corretores não são excludentes, mas sim
complementares. Muitas vezes, o corretor precisa do trabalho de um engenheiro
para avaliar a necessidade de reformas, o orçamento para reformas, a qualidade da
construção, a idade da obra, enfim, especificidades de competência deles e vice-versa.
IMPORTANTE
Os engenheiros e corretores sempre divergiram sobre a
competência das avaliações, porém, cada qual tem o seu papel
bem definido.
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Perde muito o profissional que não respeita o trabalho do outro e ainda não
percebeu que é preciso trabalhar em conjunto, entretanto, caro acadêmico, uma parcela
da culpa pela falta de determinação das competências é do próprio corretor que não se
faz respeitar, teimando em trabalhar com base em conhecimentos empíricos, ignorando
a necessidade de qualificação e o reconhecimento da evolução de nossa profissão.
DICA
Leia a matéria:
Fonte: https://solucoessupernova.com.br/engenheiros-vs-corretores-disputa-
-por-avaliacoes-chega-ao-fim/. Acesso em: 20 dez. 2022.
10
A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) define parecer técnico
como um relatório circunstanciado, devidamente fundamentado, elaborado por um
profissional capacitado e legalmente habilitado em sua área de especialidade. Essa
definição vale para todos os segmentos profissionais, e propicia a um médico fazer
um parecer técnico em sua área, a um advogado idem, e assim sucessivamente. “O
Sistema Cofeci- Creci editou essa resolução preocupado em que as avaliações de
mercado feitas pelos corretores de imóveis tenham alto nível de qualidade e confia-
bilidade”, conta o presidente da entidade, João Teodoro.
O COFECI tem trabalhado para que nossa atuação em avaliação de imóveis seja
reconhecida e com êxito, como pôde comprovar o texto anterior. Nossa representatividade
junto aos governos é atuante e eficaz. Cada vez mais temos corretores e gestores
imobiliários comprometidos com nossa causa.
IMPORTANTE
Para conquistar o título de avaliador imobiliário é necessário estar
regulamente inscrito no CRECI (Conselho Regional dos Corretores de
Imóveis) e ainda ter diploma de curso superior em gestão imobiliária
ou de especialista em avaliação imobiliária concedido por um dos
cursos reconhecidos pelo COFECI. Após essa capacitação, é necessário
apresentar alguns documentos ao CRECI, que serão remitidos ao
COFECI para análise. Uma vez cumpridos os requisitos necessários,
o Conselho Federal concederá ao corretor o Certificado de Registro
de Avaliador Imobiliário e ainda o inscreverá no Cadastro Nacional de
Avaliadores Imobiliários (CNAI).
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Após emitir o parecer técnico, o avaliador deverá recolher uma via do documento no
CRECI. O Conselho emitirá um selo para cada documento recolhido, que deverá constar
obrigatoriamente no laudo. “Esse controle garantirá segurança ao cliente e credibilidade
aos laudos elaborados pelos corretores de imóveis”, explica Márcio Almeida.
Antes da resolução expedida pelo COFECI, o Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica
era produzido por engenheiros e arquitetos, depois de prévia consulta aos corretores
de imóveis. “A nova resolução foi um ganho para a classe imobiliária. É preciso entender
que cada profissão tem a sua função. Neste caso, a parte mercadológica
é atribuição do corretor de imóveis, já para construir um imóvel é preciso
procurar engenheiros e arquitetos”, compara Rock Hudson, um dos
primeiros corretores de Minas Gerais a obter o título de avaliador imobiliário.
De acordo com Márcio Almeida, essa nova área de trabalho exige aptidão e
preparo profissional. “Os corretores interessados em ingressar nessa atividade
precisarão de estudo e dedicação para produzir laudos de qualidade, evitando
assim contestação judicial”, afirma o presidente do Creci-MG.
Fonte: http://www.crecipr.gov.br/creci/index.php?option=com_content&view=ar-
ticle&id=318:- cofeci-regulamenta-avaliacao-imobiliaria-pelo-corretor-de-imo-
veis-&catid=1:latest-news&Ite- mid=60. Acesso em: 20 dez. 2022.
Estamos sob a égide do COFECI, ou seja, temos a legislação específica que nos
ampara legalmente e legitima nosso Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica,
temos o julgado acima, porém, nós somos nossos principais tutores. A nós cabe a
consciência de um trabalho executado com domínio dos conhecimentos técnicos de
acordo com os preceitos legais.
Cabe a cada um dos gestores imobiliários propagar essa ideia e levar os nossos
colegas à qualificação e capacitação. Muito embora a legislação seja de 2007, a maior
parte dos corretores, por não conhecerem o COFECI e as normas que determinam
nosso procedimento profissional, continua fazendo uma avaliação de imóvel como a
apresentada na introdução desse livro.
Jurisprudências
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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Registro: 2011.0000332213
13
(AI 990.10.298244-0, 13ª Câmara de Direito Privado, Rei. Ana de Lourdes
Coutinho Silva).
Desse modo, deve ser mantida a decisão recorrida por seus próprios
fundamentos.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
28ª Câmara da Seção de Direito Privado
NOTA
Vamos encerrar nossas citações jurisprudenciais com “chave de ouro”,
com o relatório do Desembargador Antônio Benedito Ribeiro Pinto
aferindo idoneidade ao trabalho bem executado e fundamentado
feito por profissional habilitado.
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2.2.2 O que é o IBAPE?
O Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia, fundado em 19 de
setembro de 1957 e, aos 25 de outubro de 1995, reestruturado a partir de uma fusão
com a Associação Brasileira de Entidades de Engenharia de Avaliações e Perícias, é uma
associação de âmbito Federativo Nacional e de duração indeterminada.
[...]
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Art. 4º - Os trabalhos técnicos indicados no artigo anterior, para sua plena
validade, deverão ser objeto de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) exigida
pela Lei nº 6.496, de 07 DEZ 1977.
NOTA
O IBAPE tem papel muito importante na Engenharia de Avaliações e, mesmo
não sendo de nossa competência, vale a pena termos conhecimento de
suas atribuições.
3 ÉTICA
A conduta ética deve sempre nortear o trabalho do gestor, porém, em se
tratando de trabalhos a serem utilizados também para carrear provas a um processo, a
conduta ética não é mais uma opção e sim uma condição obrigatória.
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Veja este exemplo: José procura a Imobiliária Casa porque precisa de uma
avaliação e explica que é para uma revisional de aluguel, portanto, seu advogado solicita
essa e mais duas avaliações. Descomprometido e desavisado, Marcos diz a José que
ele pode fazer uma e pedir a dois colegas que façam as outras. José pergunta sobre o
preço e Marcos diz que cobrará R$ 500,00 cada uma. Surpreso com o valor solicitado,
José diz que acha muito caro e que vai procurar outra empresa. Temendo perder a
oportunidade, Marcos diz que se justificará com os colegas e conseguirá que os três
documentos fiquem prontos por R$ 300,00 cada um, com o que José imediatamente
concorda. Marcos fala com dois colegas que, sem ter conhecimento de como fazer, ficam
preocupados e recusam a tarefa. Marcos, porém, os tranquiliza e diz que fará a dele e
que os outros precisarão apenas copiar trocando os dados da empresa e modificando
um pouco o valor: exemplo, se a avaliação de Marcos sair por R$ 700,00 o valor da
locação, os outros avaliarão um por R$ 690,00 e o outro por R$ 710,00.
Querido(a) aluno(a), se você já atua como corretor, com certeza já viu esse “filme”
e se ainda não é corretor, não se assuste, pois, esse “filme” infelizmente ainda acontece
em muitas empresas.
Vou arriscar a dizer que nem sempre se trata de má fé, mas, na maioria das
vezes, isso ocorre por ignorância, falta de conhecimento, qualificação e capacitação.
A lei existe para todos e ela não é facultativa, é obrigatória, por isso vamos
conhecê-la e aprender a fazer o que é correto!
[...]
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Além de atender o disposto no Código de Ética Profissional do CONFEA, os
profissionais devem respeitar as observações e valores mínimos preconizados no
Manual de Contratação e Honorários do IBAPE e os procedimentos descritos a seguir:
4.2.Quanto ao sigilo
Considerar como confidenciais os resultados e conclusões do trabalho
realizado e toda informação técnica, financeira ou de outra natureza, recebida do
contratante, e só podem ser divulgados com a prévia autorização do contratante.
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4.8.1 Quando perito judicial:
a) Comunicar com antecedência aos assistentes técnicos a sugestão da data da
vistoria, de forma que possam providenciar autorizações prévias para acesso ao
local, bem como fornecimento de informações, cópias de plantas, documentos,
dados amostrais e demais elementos de prova que dispuser. Quando viável e
necessário, é recomendável que essa data seja harmonizada com eventuais
compromissos pré-assumidos pelos interessados;
b) Promover e aceitar, contemporaneamente e em igualdade, a assessoria dos
assistentes técnicos do feito.
Fonte: http://www.mercattoltda.com.br/img/pdf_NormadeavaliacaoIBAPENacionalProcedimentosGe-
rais.pdf. Acesso em: 24 ago. 2012.
3.2 COMENTÁRIOS
Todo caminho tem um início. Não sendo capacitado, não sabendo como executar
um PTAM, busque informações, faça exercícios, leia, faça cursos e conquiste conhecimentos.
• Quanto ao sigilo:
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• Quanto à propriedade intelectual:
Atente que não se deve copiar nem oferecer para cópia nenhum trabalho
executado com fins de PTAM, cada gestor deverá estar habilitado e capacitado, caso
contrário, deve-se abster do mister.
Esse é um campo a ser explorado pelo gestor, mas deve ser atingido apenas
quando o gestor for detentor de conhecimentos técnicos e domínio da operação
imobiliária, pois também temos como norma a ser seguida o Código Civil Brasileiro.
20
GIO
Os princípios elencados pelo IBAPE são de muita valia, pois, ao tê-los como base, poderão
alicerçar a composição final do preço. Princípios são normas de conduta que nos guiam
para determinado objetivo.
As variações dos preços dos bens ao longo do tempo resultam dos efeitos específicos
e gerais das forças econômicas e sociais. As forças gerais podem ocasionar mudanças
nos níveis de preços e no poder aquisitivo relativo da sociedade. Forças específicas, tais
como a mudança tecnológica em máquinas e equipamentos, planos urbanísticos em
imóveis urbanos, podem gerar movimentos na oferta e na procura e ocasionar mudanças
significativas nos preços.
Muitos princípios reconhecidos são aplicáveis na avaliação de bens. Destacam-se entre
eles os abaixo citados:
a) princípio ou “lei” da oferta e da procura que estabelece que o preço de um bem, serviço,
ou comodidade varia inversamente com a oferta do item e diretamente com a sua procura.
Nos mercados imobiliários, oferta representa a quantidade de imóveis disponibilizados
para venda ou locação, em vários preços, num dado mercado e dentro de um período.
A procura constitui o número de possíveis compradores ou locatários procurando tipos
específicos de imóveis a vários preços, num dado mercado, dentro de um certo período.
Tradicionalmente os gráficos de oferta e de procura são representados por duas curvas que
se cruzam, indicando um preço de equilíbrio. O IBAPE reconhece que, quando há suficiente
número de oferta e de procura, o comportamento do mercado imobiliário é mais bem
representado por duas faixas de variação de preços, que correspondem às variações da
oferta e da procura, as quais se cruzam no ponto de equilíbrio indicando um intervalo de
preços, conforme pode ser visto no gráfico abaixo:
21
b) princípio da permanência, que, embora reconheça a variabilidade dos preços ao longo
do tempo, admite que, mantidas as condições do bem e do mercado vigentes por ocasião
da avaliação, existe um lapso de tempo em que os preços podem se manter constantes.
c) princípio da proporcionalidade, segundo o qual dois bens semelhantes, em
mercados semelhantes, têm preços semelhantes. Em consequência, as eventuais
diferenças de preços serão proporcionais às diferenças entre as características dos
bens e dos respectivos mercados. Este é o princípio mais usado no tratamento por
fatores, mas que deve ser usado com maior cautela, na identificação das corretas
mensurações dessas diferenças.
d) princípio da substituição, ou da equivalência, segundo o qual dois bens fungíveis, em
mercados semelhantes, têm preços equivalentes, numa certa data.
e) princípio da rentabilidade, segundo o qual o valor de um imóvel que se encontra
em exploração econômica é função das expectativas de renda que previsivelmente
proporcionará no futuro.
f) princípio da finalidade, segundo o qual a finalidade da
avaliação condiciona o método e as técnicas de avaliação a
serem empregadas. Em consequência, os critérios e métodos
de avaliação utilizados devem ser coerentes com a finalidade
da avaliação.
g) princípio do maior e melhor uso, segundo o qual o valor de
um imóvel que comporta diferentes usos, ou diferentes tipos
de aproveitamento, será o que resulte economicamente
mais aconselhável, dentro das possibilidades legais e físicas,
e desde que absorvíveis pelo mercado.
h) princípio da probabilidade, segundo o qual quando
existirem vários cenários ou possibilidades de eleição
razoáveis devem ser escolhidos aqueles que possam ser
considerados os mais prováveis.
i) princípio da prudência, segundo o qual, são adotados os
valores mais conserva- dores que permitam maior liquidez
ao bem. Este princípio é usualmente aplicado nos casos
de avaliação para garantias hipotecárias, de créditos ou
empréstimos, coberturas de provisões técnicas de entidades
seguradoras e determinação do patrimônio imobiliário dos
Fundos de Pensão ou outros casos assemelhados.
j) princípio da transparência, segundo o qual o laudo ou
parecer avaliatório de um bem deve conter a informação
necessária e suficiente para sua fácil compreensão e detalhar
as hipóteses e documentação utilizadas.
Fonte: http://www.mercattoltda.com.br/img/pdf_Normadeavalia-
caoIBAPENacionalProcedimentosGerais.pdf. Acesso em: 3 abr. 2023.
22
“O mercado de avaliação imobiliária está em ascensão e não é de agora. A
partir do momento que os profissionais veem neste segmento mais uma oportunidade
para aumentar rendas ou até ser um especialista, naturalmente a concorrência será
mais acirrada. Porém não é só competência que faz o profissional se destacar, mas
agir com ética no momento da avaliação.
No momento em que o corretor perceber que não tem que vender imóveis e
sim vender serviços de qualidade, os clientes irão procurá-los não só uma vez, não
só no momento de vender, mas na hora de comprar um novo imóvel, na indicação a
outros clientes. “Fazer um cliente satisfeito é trabalhar pensando no futuro.”
23
É uma excelente oportunidade, pois as empresas apresentam os resultados do
pregão ao proprietário e muitas vezes há uma adequação dos valores.
As aplicações dos pareceres são muitas e muito sérias também, podendo trazer
complicações graves tanto para o executor do PTAM quanto para o contratante.
Você aprendeu o que significa uma avaliação e qual é o papel do CREA e do CRECI,
no próximo tema de aprendizagem, vamos aprender a diferença entre preço e valor.
24
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu:
• O que é o IBAPE.
25
AUTOATIVIDADE
1 Com base nas diretrizes de procedimentos éticos de conduta profissional, de
referência do IBAPE (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia),
encontramos nove procedimentos distintos. Dentre as opções abaixo, assinale a
alternativa que contenha alguns destes procedimentos, quanto à:
I- Engenheiro Agrônomo.
II- Engenheiro Civil.
III- Corretor de Imóveis.
IV- Arquiteto.
26
3 Para o Engenheiro Sérgio Antonio Abunahman, no que diz respeito a avaliação
de imóveis:
5 De acordo com a decisão proferida pela Sétima Turma do Tribunal Regional Federal da
1ª Região (DF), as atividades previstas no artigo 3º da Resolução Cofeci nº 1066/2007,
confirma a competência do corretor de imóveis para realizar avaliações imobiliárias.
Neste contexto, disserte sobre os principais pontos abordados para tal decisão.
27
28
UNIDADE 1 TÓPICO 2 -
PREÇO E VALOR
1 INTRODUÇÃO
Embora sejam termos confundidos no nosso dia a dia, preço e valor são conceitos
completamente diferentes. O bilionário Warren Buffett tem uma famosa citação para definir
a diferença entre preço e valor: preço é o que você paga, enquanto valor é o que você leva.
É muito importante ter uma definição bem clara de valor, pois na avaliação de
um imóvel, é um item a ser observado, mas que deve ser analisado com cautela no
momento de representar esse “valor” em forma de dinheiro.
29
No próximo subtópico, iremos exemplificar o significado de “Valor do Imóvel”.
São questões difíceis de responder, pois corre-se o risco de perder o cliente, por
outro lado, caso formos coniventes e angariarmos o imóvel, teremos muita dificuldade
em vendê-lo.
INTERESSANTE
Estou com um imóvel há muito tempo para a venda com essas características atípicas e,
para imprimir um pouco mais de especificidade no caso, ele é de um grande amigo. Com
muito tato, expliquei que o mercado imobiliário funciona como se os produtos estivessem
todos, lado a lado em uma vitrine, e um cliente comprador observasse todos eles com
suas características e valores. O cliente sabe o quanto ele pode gastar e
vai analisar o que quer comprar, comparando todos os imóveis. Como
o imóvel dele possui características físicas diferentes que fogem um
pouco do senso comum, talvez fosse interessante apresentá-lo como
um atrativo em relação ao preço, de forma a imprimir maior velocidade
na realização da venda.
Ele concordou com meu raciocínio, porém decidiu manter o valor.
Atualmente, como se passaram alguns meses, o mercado está se
adequando ao valor pretendido, o que quer dizer que o valor dos outros
imóveis da vitrine aumentou, e o dele permaneceu o mesmo. Pode ser
que agora o cliente se interesse porque possui o atrativo valor.
O cliente acabou fazendo o que eu sugeri, porém não no tempo em que
eu sugeri, mas no tempo dele.
Agora que você compreendeu a noção de valor, vai ser mais fácil avaliar um
imóvel com bom senso e isenção. Quando o cliente disser que quer agregar ao valor
do imóvel o fato de a porta de entrada ter sido entalhada à mão pelo seu tataravô, a
escada ser de mármore nobre, os espelhos de cristal ou piso de madeira de lei, você
explicará a ele que o valor de troca vai depender da utilidade e importância que essas
características terão para o comprador.
30
O “valor de troca” de um bem, que depende da utilidade desse bem para a
coletividade, pode ser inteiramente diferente do “valor de uso” desse bem, para um
determinado indivíduo ou grupo de indivíduos. O “valor de troca” de um bem pode
ser definido como sendo a quantidade de outros bens pela qual ele pode ser trocado.
[...]
NOTA
Assim deve ser feita nossa análise, com base na antiga e sempre
eficaz LEI DA OFERTA e da PROCURA.
A NBR 14.653 define valor de mercado como a “quantia mais provável pela qual
se negociaria, voluntariamente e conscientemente um bem, numa data de referência,
dentro das condições de mercado vigente”.
Vocês devem estar percebendo que avaliar é muito mais do que sabiam ou
faziam. Por requerer muita técnica, é compreensível o movimento do CREA em não
querer que os corretores também fizessem avaliação, afinal não têm preparo, qualificação,
tampouco capacitação técnica para tanto. Por essas e outras é que devemos levar nosso
mister com muita seriedade e comprometimento.
31
IMPORTANTE
O preço de mercado pode ou não ser igual ao valor de mercado
e fica bem fácil compreender a diferença de valor e preço se você
imaginar que por valor se compreende a intenção, a probabilidade,
e por preço a quantia pela qual efetivamente se realizou o negócio
Por essa razão, além dos dados colhidos no mercado de imóveis ofertados
para locação ou venda, são muito importantes os dados oriundos de negociações
efetivamente realizadas, sendo aquelas referências de valores e esse de preço.
Em relação ao valor e preço, estude bastante até ficar bem claro para você os
dois conceitos. Acredito que, a cada passo dado, você tenha a sensação de que tem
bagagem para sustentar seu posicionamento junto ao mercado e conquistar seu espaço.
ESTUDOS FUTUROS
No próximo tema de aprendizagem, abordaremos a legislação brasileira
acerca das avaliações de imóveis.
32
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu:
33
AUTOATIVIDADE
1 De acordo com o tema: Preço e Valor, assinale a alternativa CORRETA:
I- A ideia de valor está intimamente ligada à de utilidade, isto é, só tem valor aquilo que é útil.
II- Expressão monetária do bem à data de referência da avaliação, numa situação em
que as partes, conhecedoras das possibilidades se seu uso e envolvidos em sua
transação não estejam compelidas à negociação.
III- Quantia praticada efetivamente em uma transação imobiliária.
IV- Qualidade inerente a um bem, que representa a importância para sua aquisição ou posse.
34
3 O preço de mercado pode ou não ser igual ao valor de mercado e fica bem fácil
compreender a diferença de valor e preço se você imaginar que por valor se
compreende a intenção, a probalibidade, e por preço a quantia pela qual efetivamente
se realizou o negócio. A partir da relação Valor x Preço, classifique V para as sentenças
verdadeiras e F para as falsas:
35
36
UNIDADE 1 TÓPICO 3 -
LEGISLAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Esta unidade merece total atenção e dedicação nos estudos. Até agora, falamos
sobre a disputa para determinar a legitimidade do autor de uma avaliação, acompanha-
mos todo o desenvolvimento da legislação específica do COFECI e constatamos que temos
respaldo legal para o desempenho de nosso parecer técnico. Agora, é o momento de você
concentrar sua energia e compreender como é fácil e necessária a aplicação das técnicas.
NOTA
AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS: UMA CIÊNCIA DE OBSERVAÇÃO
Fonte: http://ogestorimobiliario.blogspot.com.br/2012/03/avaliacao-de-imo-
veis-uma-ciencia-de.html. Acesso em: 24 ago. 2012.
Você concorda com o quadro acima quando afirma que avaliar, além de uma
ciência, é uma arte? É claro que sim, afinal, nossa própria profissão é a arte de aproximar
as partes e corrigir as diferenças entre seus interesses para a realização de um negócio
satisfatório aos dois, e porque não dizer, aos três, incluindo você! O momento de aperfeiçoar
seus conhecimentos e entrar no mundo das avaliações pela porta correta é agora. Não
desista e leve seus estudos com muita seriedade.
37
A seguir estudaremos a base de todo nosso PTAM. A Legislação e as Normas
Técnicas não são facultativas, ou seja, o profissional não tem a opção de obedecer
ou não, ele é obrigado a cumprir rigorosamente com o que está prescrito, portanto,
empenhe-se na leitura e estude.
CÓDIGO DE ÉTICA
Art. 1º - Este Código de Ética Profissional tem por objetivo fixar a forma pela
qual deve se conduzir o Corretor de Imóveis, quando no exercício profissional.
I- considerar a profissão como alto título de honra e não praticar nem permitir a
prática de atos que comprometam a sua dignidade;
II- prestigiar as entidades de classe, contribuindo sempre que solicitado, para o suces-
so de suas iniciativas em proveito da profissão, dos profissionais e da coletividade;
III- manter constante contato com o Conselho Regional respectivo, procurando
aprimorar o trabalho desse órgão;
IV- zelar pela existência, fins e prestígio dos Conselhos Federal e Regionais,
aceitando mandatos e encargos que lhes forem confiados e cooperar com os
que forem investidos em tais mandatos e encargos;
V- observar os postulados impostos por este Código, exercendo seu mister
com dignidade;
VI- exercer a profissão com zelo, discrição, lealdade e probidade, observando as
prescrições legais e regulamentares;
38
VII- defender os direitos e prerrogativas profissionais e a reputação da classe;
VIII- zelar pela própria reputação mesmo fora do exercício profissional;
IX- auxiliar a fiscalização do exercício profissional, cuidando do cumprimento
deste Código, comunicando, com discrição e fundamentadamente, aos órgãos
competentes, as infrações de que tiver ciência;
X- não se referir desairosamente sobre seus colegas;
XI- relacionar-se com os colegas, dentro dos princípios de consideração, respeito e
solidariedade, em consonância com os preceitos de harmonia da classe;
XII- colocar-se a par da legislação vigente e procurar difundi-la a fim de que seja
prestigiado e definido o legítimo exercício da profissão.
I- aceitar tarefas para as quais não esteja preparado ou que não se ajustem às
disposições vigentes, ou ainda, que possam prestar-se a fraude;
II- manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos em
lei e em Resoluções;
III- promover a intermediação com cobrança de “overprice”;
IV- locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente;
V- receber comissões em desacordo com a Tabela aprovada ou vantagens que
não correspondam a serviços efetiva e licitamente prestados;
39
VI- angariar, direta ou indiretamente, serviços de qualquer natureza, com prejuízo
moral ou material, ou desprestígio para outro profissional ou para a classe;
VII- desviar, por qualquer modo, cliente de outro Corretor de Imóveis;
VIII- deixar de atender às notificações para esclarecimento à fiscalização ou
intimações para instrução de processos;
IX- acumpliciar-se, por qualquer forma, com os que exercem ilegalmente
atividades de transações imobiliárias;
X- praticar quaisquer atos de concorrência desleal aos colegas;
XI- promover transações imobiliárias contra disposição literal da lei;
XII- abandonar os negócios confiados a seus cuidados, sem motivo justo e prévia
ciência do cliente;
XIII- solicitar ou receber do cliente qualquer favor em troca de concessões ilícitas;
XIV- deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação emanada do órgão
ou autoridade dos Conselhos, em matéria de competência destes;
XV- aceitar incumbência de transação que esteja entregue a outro Corretor de
Imóveis, sem dar-lhe prévio conhecimento, por escrito;
XVI- aceitar incumbência de transação sem contratar com o Corretor de Imóveis,
com que tenha de colaborar ou substituir;
XVII- anunciar capciosamente;
XVIII- reter em suas mãos negócio, quando não tiver probabilidade de realizá-lo;
XIX- utilizar sua posição para obtenção de vantagens pessoais, quando no
exercício de cargo ou função em órgão ou entidades de classe;
XX- receber sinal nos negócios que lhe forem confiados caso não esteja
expressamente autorizado para tanto.
40
2.2 REGULAMENTAÇÃO À PROFISSÃO DOS CORRETORES DE
IMÓVEIS – LEI 6.530/1978
[...]
[...]
DICA
Caro acadêmico, você encontra toda a regulamentação à profissão dos corretores
de imóveis no site: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6530.htm.
Acesso em: 20 dez. 2022.
[...]
41
[...]
DICA
Encontramos o Código de Defesa do Consumidor, em sua íntegra, no site:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078compilado.htm.
Acesso em: 20 dez. 2022.
42
I- possuidor de diploma de curso superior em gestão imobiliária ou equivalente;
II- possuidor de certificado de conclusão de curso de avaliação imobiliária.
ATENÇÃO
Nem todos os cursos são reconhecidos pelo Conselho Federal. Para esse
reconhecimento, a instituição financeira além de ser proba, deve apresentar o
cumprimento de todos os requisitos exigidos.
Parágrafo Único - A taxa a que se refere o item I deste artigo não será cobrada
cumulativamente com a taxa de registro no Cadastro Nacional de Avaliadores.
IMPORTANTE
Esta é a definição de PTAM, que para ser documento crível deve obrigatoriamente
obedecer a critérios técnicos, análise de mercado passível de ser admitido tanto
extra quanto judicialmente.
43
Art. 5º - O Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica, para determinação
do valor de mercado, deve conter os seguintes requisitos mínimos:
I- identificação do solicitante;
II- objetivo do parecer técnico;
III- identificação e caracterização do imóvel;
IV- indicação da metodologia utilizada;
V- valor resultante e sua data de referência;
VI- identificação, breve currículo e assinatura do Corretor de Imóveis Avaliador.
ESTUDOS FUTUROS
Identificação do solicitante é a aposição do nome completo com a devida qualificação. Os objeti-
vos do parecer podem ser: determinar o valor locativo, valor de venda, valor para permuta, análise
para investimento, determinação da renda que um imóvel pode proporcionar, inventários, parti-
lhas, separações, desapropriações, servidões, arbitramento de aluguel, renovatória de aluguel,
revisional de aluguel, despejos, falências, concordatas, indenizatórias, penho-
ras, composição do capital da empresa etc. Identificação e caracterização do
imóvel é a anotação que você fará com base nos documentos do imóvel como
certidão da matrícula do imóvel, carnê de IPTU ou outro, e a caracterização
deverá ser bem completa. Para indicar a metodologia utilizada, você precisará
conhecer as metodologias aplicáveis que estudamos na unidade III. O valor é o
objetivo de todo nosso estudo nesta disciplina, mas o valor que pretendemos
encontrar deve ser obtido após a utilização de toda metodologia aplicável.
Breve currículo para dar credibilidade ao trabalho e você ser, aos poucos, reco-
nhecido pela seriedade de seu PTAM.
44
§ 3º - Ao Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica recomenda-se esta-
rem anexados:
I. mapa de localização;
II. certidão atualizada da matrícula no Cartório do Registro de Imóveis;
III. relatório fotográfico.
45
DO SELO CERTIFICADOR
ATENÇÃO
Todo Corretor de Imóveis inscrito no Cadastro Nacional de Avaliadores Imobiliá-
rios tem direito à utilização do selo certificador, que é fornecido pelo Conselho
Regional da sua jurisdição e que deve ser afixado em cada Parecer Técnico de
Avaliação Mercadológica de sua autoria.
46
O selo certificador tem numeração individual e sequenciada, com mecanismo que permite autenticação
e certificação de código de segurança. Agora este Selo poderá ser adquirido GRATUITAMENTE através
da Plataforma do CNAI ao emitir a declaração de avaliação mercadológica digitalmente. Antes deste
lançamento era preciso solicitar o selo ao CRECI mediante o pagamento de uma taxa correspondente
a 10% do valor da anuidade-base do exercício. O Conselho Regional arquiva uma via da Declaração de
Avaliação Mercadológica, juntamente com uma via do correspondente Selo Certificador.
Agora este arquivo estará disponível digitalmente através da nova plataforma, mas também será
mantido nos arquivos dos CRECIs.
O Selo Certificador sempre ficará vinculado ao correspondente PTAM – Parecer Técnico de Avalia-
ção Mercadológica.
Fonte: <https://www.cofeci.gov.br/post/avaliadores-de-im%C3%B3veis-passam-a-contar-com-e-
book-e-selo-certificador-digital>. Acesso em: 20 dez. 2022
DISPOSIÇÕES FINAIS
Fonte: https://intranet.cofeci.gov.br/arquivos/legislacao/resolucao_1066_07_ato_normativo.pdf.
Acesso em: 20 dez. 2022.
47
2.4.1 CNAI (Cadastro Nacional de Avaliadores Imobiliários)
NOTA
É possível realizar a consulta pública dos avaliadores imobiliários cadastrados
pelo COFECI no CNAI, através do site <https://intranet.cofeci.gov.br/cnai/consul-
taCNAI.aspx>. Acesso em: 20 dez. 2022.
48
DICA
Leia todo o conteúdo do Ato Normativo 001/2011, no site: https://www.creciro.
gov.br/images/Legislacao/ato-normativo-cnai.pdf. Acesso em: 20 dez. 2022.
NORMA BRASILEIRA
ABNT NBR 14653-2 : 2011
Avaliação de bens Parte 2: Imóveis urbanos
Prefácio
49
A ABNT NBR 14653-2 : 2011 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Construção
Civil (ABNT/ CB–02), pela Comissão de Estudo de Avaliação na Construção Civil
(CE–02:134.02). O Projeto circulou em Consulta Pública conforme Edital nº 06 de
30.06.2003, com o número Projeto 02:134.02-001-2. Esta Norma, sob o título geral
“Avaliação de bens”, tem a previsão de conter as seguintes partes:
Esta parte da ABNT NBR 14653 visa detalhar os procedimentos gerais da norma de
avaliação de bens – ABNT NBR 14653-1:2001 – no que diz respeito à avaliação de
imóveis urbanos, inclusive glebas urbanizáveis, unidades padronizadas e servidões
urbanas.
0 Introdução
1 Objetivo
Esta parte da ABNT NBR 14653 fixa as diretrizes para avaliação de imóveis urbanos,
quanto a:
2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto,
constituem prescrições para esta parte da ABNT NBR 14653. As edições indicadas
estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a
revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem
a conveniência de se usarem as edições mais recentes das normas citadas a seguir.
A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.
50
Resolução do CONMETRO nº 12, de 12.10.1988 – Quadro Geral de Unidades de Medida
Leis Federais nºs 6766/79 e 9785/99, que dispõem sobre o parcelamento do solo urbano
Decreto-Lei nº 9760/46, que dispõe sobre os terrenos de marinha e acrescidos de marinha
3 Definições
Para os efeitos desta parte da ABNT NBR 14653, aplicam-se as definições da ABNT
NBR 14653-1 e as seguintes:
51
3.15 edifício: Construção com mais de um pavimento, destinada a abrigar atividades
institucionais, comerciais, industriais ou habitações multifamiliares.
3.16 equipamento comunitário: Benfeitoria que visa atender às necessidades básicas
de saúde, educação, transporte, segurança ou lazer da comunidade.
3.17 entidades técnicas reconhecidas: Organizações e instituições, representativas
dos engenheiros de avaliações e registradas no sistema CONFEA/CREA.
3.18 estado de conservação: Situação física de um bem em decorrência de sua
manutenção.
3.19 fração ideal: Percentual pertencente a cada um dos compradores (condôminos)
no terreno e nas coisas comuns da edificação.
3.20 frente projetada: Menor projeção da frente real sobre a normal a um dos lados,
quando estes são convergentes na direção dos fundos, ou a corda, no caso de
frente em curva.
3.21 frente real: Projeção horizontal da linha divisória do imóvel com a via de acesso.
3.22 frente de referência: Frente da situação paradigma adotada.
3.23 gabarito de altura: Altura máxima de uma edificação permitida legalmente para
um determinado local.
3.24 gleba urbanizável: Terreno passível de receber obras de infraestrutura urbana,
visando o seu aproveitamento eficiente, através de loteamento, desmembramento
ou implantação de empreendimento.
3.25 idade aparente: Idade atribuída ao imóvel de modo a refletir sua utilização,
funcionalidade, partido arquitetônico, materiais empregados, entre outros.
3.26 idade real: Tempo decorrido desde a conclusão de fato da construção até a data
de referência.
3.27 imóvel alodial: Aquele livre de quaisquer ônus, encargos, foros ou pensões.
3.28 imóvel de referência: Dado de mercado com características comparáveis às do
imóvel avaliando.
3.29 imóvel dominante: Imóvel que impõe restrição a outro por servidão (por exemplo:
lote encravado).
3.30 imóvel paradigma: Imóvel hipotético cujas características são adotadas como
padrão representativo da região ou referencial da avaliação.
3.31 imóvel com vocação urbana: Imóvel em local com características, uso, ocupação,
acesso e melhoramentos públicos disponíveis que possibilitam sua utilização
imediata para fins urbanos.
3.32 imóvel urbano: Imóvel situado dentro do perímetro urbano definido em lei.
3.33 imóvel serviente: Imóvel que sofre restrição imposta por servidão.
3.34 infraestrutura básica: Equipamentos urbanos de escoamento das águas pluviais,
iluminação pública, redes de esgoto sanitário, abastecimento de água potável, de
energia elétrica pública e domiciliar e as vias de acesso.
3.35 lote: Porção de terreno resultante de parcelamento do solo urbano.
3.36 loteamento: Subdivisão de gleba em lotes destinados a edificações, com
abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento,
modificação ou ampliação das vias existentes.
3.37 luvas: Quantia paga pelo futuro inquilino, para assinatura ou transferência do
contrato de locação, a título de remuneração do ponto comercial.
52
3.38 manutenção: Ações preventivas ou corretivas necessárias para preservar as
condições normais de utilização de um bem.
3.39 modelo dinâmico: Modelo no qual as despesas e receitas são previstas ao longo
do tempo, com base em fluxo de caixa.
3.40 modelo estático: Modelo que utiliza fórmulas simplificadas e que não leva em
conta o tempo de ocorrência das despesas e receitas.
3.41 outlier: Ponto atípico, identificado como estranho à massa de dados, que, ao ser
retirado, melhora a qualidade de ajustamento do modelo analisado.
3.42 padrão construtivo: Qualidade das benfeitorias em função das especificações dos
projetos, de materiais, execução e mão-de-obra efetivamente utilizados na construção.
3.43 pé-direito: Distância vertical livre entre o piso e o teto.
3.44 percentual de comprometimento de área: Relação entre a área objeto de grava-
me e a área total do imóvel.
3.45 percentual de comprometimento de valor: Relação entre os valores da área
atingida por um gravame, antes e depois da sua instituição.
3.46 planta de valores: Representação gráfica ou listagem dos valores genéricos de
metro quadrado de terreno ou do imóvel numa mesma data.
3.47 polo de influência: Local que, por suas características, influencia os valores dos
imóveis, na medida de sua proximidade.
3.48 ponto comercial: Bem intangível que agrega valor ao imóvel comercial,
decorrente de sua localização e expectativa de exploração comercial.
3.49 ponto influenciante: Ponto atípico que, quando retirado da amostra, altera
significativamente os parâmetros estimados ou a estrutura linear do modelo.
3.50 posse: Detenção ou ocupação, com ou sem fruição, de coisa ou direito.
3.51 profundidade equivalente: Resultado numérico da divisão da área de um lote
pela sua frente projetada principal.
3.52 quota-parte: Valor atribuído a uma fração ideal.
3.53 renda: Fruto da exploração de bens ou direitos, ou aplicação de capital.
3.54 segmento de área diretamente desmembrável: Parte de um terreno com frente
para vias ou logradouros públicos oficiais, passível de aproveitamento econômico e legal.
3.55 terreno de fundo: Aquele que, situado no interior da quadra, se comunica com a
via pública por um corredor de acesso.
3.56 terreno encravado: Aquele que não se comunica com a via pública.
3.57 terreno interno: Aquele localizado em vila, passagem, travessa ou local asseme-
lhado, acessório da malha viária do Município ou de propriedade de particulares, e que
não consta oficialmente na Planta Genérica de Valores do Município.
3.58 terrenos acrescidos de marinha: Terrenos que se formarem, natural ou artificial-
mente, para o lado do mar ou dos rios e lagoas, em seguimento aos terrenos de marinha.
3.59 terrenos de marinha: Terrenos, em uma profundidade de 33 m, medidos horizontal-
mente, para a parte da terra, da posição da linha do preamar-médio de 1831, que:
a) são situados no continente, na costa marítima, nas ilhas e nas margens dos rios e
lagoas, até onde se faça sentir a influência das marés;
b) contornam as ilhas situadas em zonas onde se faça sentir a influência das marés.
53
3.60 testada: Medida da frente.
3.61 unidade imobiliária padronizada: Imóvel de ocorrência usual e repetitiva no
mercado imobiliário, comprovada através de pesquisa específica, e identificado de
acordo com suas características construtivas.
3.62 valor depreciável: Diferença entre o custo de reprodução da benfeitoria e o seu
valor residual.
3.63 variáveis-chave: Variáveis que, a priori e tradicionalmente, são importantes para
a formação do valor do imóvel.
3.64 variáveis independentes: Variáveis que dão conteúdo lógico à formação do valor
do imóvel objeto da avaliação.
3.65 variáveis qualitativas: Variáveis que não podem ser medidas ou contadas, mas
apenas ordenadas ou hierarquizadas, de acordo com atributos inerentes ao bem (por
exemplo: padrão construtivo, estado de conservação, qualidade do solo).
3.66 variáveis quantitativas: Variáveis que podem ser medidas ou contadas (por
exemplo: área privativa, número de quartos, número de vagas de garagem).
3.67 variável dependente: Variável que se pretende explicar pelas variáveis independentes.
3.68 variável dicotômica: Variável que assume apenas dois valores.
3.69 variável proxy: Variável utilizada para substituir outra de difícil mensuração e
que se presume guardar com ela relação de pertinência.
3.70 vício: Anomalia que afeta o desempenho de produtos ou serviços, ou os torna
inadequados aos fins a que se destinam, causando transtornos ou prejuízos materiais
ao consumidor.
3.71 vício construtivo: Vício que decorre de falha de projeto, de material aplicado na
construção ou de execução.
3.72 vício de utilização: Vício que decorre de utilização inadequada ou falha na
manutenção.
3.73 vocação do imóvel: Uso economicamente mais adequado de determinado imóvel
em função das características próprias e do entorno, respeitadas as limitações legais.
4 Símbolos e abreviaturas
54
5.2 Quanto ao tipo do imóvel, entre outros:
a) terreno (lote ou gleba);
b) apartamento;
c) casa;
d) escritório (sala ou andar corrido);
e) loja;
f) galpão;
g) vaga de garagem;
h) misto;
i) hotéis e motéis;
j) hospitais;
k) escolas;
l) cinemas e teatros;
m) clubes recreativos;
n) prédios industriais.
6 Procedimentos de excelência
7 Atividades básicas
55
7.1 Documentação
Reportar-se a 7.1 e 7.2 da ABNT NBR 14653-1:2001.
7.3 Vistoria
Além do disposto em 7.3 da ABNT NBR 14653-1:2001, observar, no que couber, o
descrito em 7.3.1 a 7.3.5.
56
7.3.4 Edificações e benfeitorias não documentadas
No caso da existência de edificações e benfeitorias que não constem na
documentação, observar o disposto em 7.2 da ABNT NBR 14653-1.
7.3.5 Situações especiais
7.3.5.1 Vistoria por amostragem
8 Procedimentos metodológicos
57
8.2 Métodos para identificar o valor de um bem, de seus frutos e direitos
8.2.1 Método comparativo direto de dados de mercado
8.2.1.1 Planejamento da pesquisa
58
8.2.1.3 Levantamento de dados de mercado
8.2.1.3.1 Observar o disposto em 7.4.2 da ABNT NBR 14653-1:2001.
8.2.1.3.2O levantamento de dados tem como objetivo a obtenção de uma amostra
representativa para explicar o comportamento do mercado no qual o imóvel
avaliando esteja inserido e constitui a base do processo avaliatório. Nesta etapa o
engenheiro de avaliações investiga o mercado, coleta dados e informações confiáveis
preferentemente a respeito de negociações realizadas e ofertas, contemporâneas
à data de referência da avaliação, com suas principais características econômicas,
físicas e de localização.
8.2.1.3.3 As fontes devem ser diversificadas tanto quanto possível. A necessidade de
identificação das fontes deve ser objeto de acordo entre os interessados. No caso de
avaliações judiciais, é obrigatória a identificação das fontes.
8.2.1.3.4 Os dados de oferta são indicações importantes do valor de mercado. Entretanto,
devem-se considerar superestimativas que em geral acompanham esses preços e,
sempre que possível, quantificá-las pelo confronto com dados de transações.
8.2.1.3.5 Na amostragem deve-se sopesar o uso de informações que impliquem
opiniões subjetivas do informante e recomenda-se:
a. visitar cada imóvel tomado como referência, com o intuito de verificar, tanto
quanto possível, todas as informações de interesse;
b. atentar para os aspectos qualitativos e quantitativos;
c. confrontar as informações das partes envolvidas, de forma a conferir maior
confiabilidade aos dados coletados.
59
Deve-se levar em conta que qualquer modelo é uma representação simplificada do
mercado, uma vez que não considera todas as suas informações. Por isso, precisam
ser toma- dos cuidados científicos na sua elaboração, desde a preparação da
pesquisa e o trabalho de campo, até o exame final dos resultados.
O poder de predição do modelo deve ser verificado a partir do gráfico de preços
observados na abscissa
versus valores estimados pelo modelo na ordenada, que deve apresentar pontos
próximos da bissetriz do
primeiro quadrante. Alternativamente, podem ser utilizados procedimentos de validação.
8.2.1.4.2 Tratamento por fatores
Os fatores a serem utilizados neste tratamento devem ser indicados periodicamente
pelas entidades técnicas regionais reconhecidas e revisados em períodos máximos
de dois anos, e devem especificar claramente a região para a qual são aplicáveis.
Alternativamente, podem ser adotados fatores de homogeneização medidos no
mercado, desde que o estudo de mercado específico que lhes deu origem seja
anexado ao Laudo de Avaliação.
A qualidade da amostra deve estar assegurada quanto a:
a. correta identificação dos dados de mercado, com endereço completo, especificação
e quantificação das principais variáveis levantadas, mesmo aquelas não utilizadas
no modelo;
b. isenção e identificação das fontes de informação, esta última no caso de avaliações
judiciais, de forma a permitir a sua conferência;
c. número de dados de mercado efetivamente utilizados, de acordo com o grau de
fundamentação;
d. sua semelhança com o imóvel objeto da avaliação, no que diz respeito à sua
situação, à destinação, ao grau de aproveitamento e às características físicas.
60
8.2.2.2 Projeto hipotético
Na concepção do projeto hipotético, o engenheiro de avaliações deve verificar o
aproveitamento eficiente para o imóvel avaliando, como definido em 3.1.
8.2.2.3 Pesquisa de valores
A pesquisa de valores deve ser realizada segundo os preceitos do método comparativo
direto de dados de mercado, conforme 8.2.1, e tem como objetivo estimar o valor de
mercado do produto imobiliário projetado para a situação hipotética adotada e sua
variação ao longo do tempo.
8.2.2.4 Previsão de receitas
As receitas de venda das unidades do projeto hipotético são calculadas a partir dos
resultados obtidos em 8.2.2.3, considerados a eventual valorização imobiliária, a
forma de comercialização e o tempo de absorção no mercado.
8.2.2.5 Levantamento do custo de produção do projeto hipotético
Este levantamento corresponde à apuração dos custos diretos e indiretos, inclusive
de elaboração e aprovação de projetos, necessários à transformação do imóvel para
as condições do projeto hipotético.
8.2.2.6 Previsão de despesas adicionais
Podem ser incluídas, quando pertinentes, entre outras, as seguintes despesas:
a. compra do imóvel;
b. administração do empreendimento, inclusive vigilância;
c. impostos e taxas;
d. publicidade;
e. a comercialização das unidades.
8.2.2.9 Taxas
No caso de adoção de modelos dinâmicos, recomenda-se explicitar as taxas
de valorização imobiliária, de evolução de custos e despesas, de juros do capital
investido e a mínima de atratividade.
61
8.2.2.10 Modelo
A avaliação poderá ser realizada com a utilização dos seguintes modelos, em ordem
de preferência:
a. por fluxos de caixa específicos;
b. com a aplicação de modelos simplificados dinâmicos;
c. com a aplicação de modelos estáticos.
62
8.2.4.3 Quando o imóvel estiver situado em zona de alta densidade urbana,
onde o aproveitamento eficiente é preponderante, o engenheiro de avaliações
deve analisar a adequação das benfeitorias, ressaltar o subaproveitamento ou o
superaproveitamento do terreno e explicitar os cálculos correspondentes.
8.2.4.4 Quando puder ser empregado, o método evolutivo pode ser considerado
como método eletivo para a avaliação de imóveis cujas características sui generis
impliquem a inexistência de dados de mercado em número suficiente para a aplicação
do método comparativo direto de dados de mercado.
Onde:
S é a área equivalente de construção;
Ap é a área construída padrão;
Aqi é a área construída de padrão diferente;
Pi é o percentual correspondente à razão entre o custo estimado da área de padrão
diferente e a área padrão, de acordo com os limites estabelecidos na ABNT NBR 12721.
8.3.1.1.3 Estimação do custo de construção
Para a estimação do custo de construção, pode-se aplicar o modelo a seguir:
63
Onde:
C é o custo unitário de construção por metro quadrado de área equivalente de construção;
CUB é o custo unitário básico;
OE é o orçamento de elevadores;
OI é o orçamento de instalações especiais e outras, tais como geradores, sistemas de
proteção contra incêndio, centrais de gás, interfones, antenas, coletivas, urbanização,
projetos etc.;
OFe é o orçamento de fundações especiais;
OFd é o orçamento de fundações diretas;
S é a área equivalente de construção, de acordo com a ABNT NBR 12721;
A é a taxa de administração da obra;
F é o percentual relativo aos custos financeiros durante o período da construção;
L é o percentual correspondente ao lucro ou remuneração da construtora.
8.3.1.2 Identificação do custo pelo orçamento detalhado
8.3.1.2.1 Vistoria
A vistoria detalhada da benfeitoria tem como objetivo examinar as especificações
dos materiais aplicados, o estado de conservação e a idade aparente.
8.3.1.2.2Levantamento dos quantitativos
Nesta etapa são levantados todos os quantitativos de materiais e serviços aplica-
dos na obra.
8.3.1.2.3 Pesquisa de custos
De acordo com as especificações dos materiais e serviços utilizados para execução da
benfeitoria, coletam-se os seus respectivos custos em fontes de consulta especializadas.
8.3.1.2.4 Preenchimento da planilha orçamentária
O preenchimento da planilha deve ser de acordo com o modelo sugerido na ABNT
NBR 12721, onde são discriminados todos os serviços, indicando-se a unidade de
medida, a quantidade, o custo unitário, o custo total e a fonte de consulta.
8.3.1.3 Depreciação física
O cálculo da depreciação física pode ser realizado de forma analítica – por meio de
orçamento necessário à recomposição do imóvel na condição de novo – ou por meio
da aplicação de coeficiente de depreciação, que leve em conta a idade e o estado de
conservação. Esse coeficiente deve ser aplicado sobre o valor depreciável.
8.3.1.4 Custo de reedição da benfeitoria
O custo de reedição da benfeitoria é o resultado da subtração do custo de reprodução
da parcela relativa à depreciação.
8.3.2 Método comparativo direto de custo
A utilização do método comparativo direto para a avaliação de custos deve considerar
uma amostra composta por imóveis de projetos semelhantes, a partir da qual são
ela- borados modelos que seguem os procedimentos usuais do método comparativo
direto de dados de mercado.
Fonte: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/infraestrutura/arquivos/ACES-
SO%20WEB%20novo/DESAPROPRIACAO/avaliacao_bens_imoveis_urbanos_procedimentos_gerias_
nbr_14653_2.pdf. Acesso em: 20 dez. 2022.
64
NOTA
Temos o código de ética a guiar nossos passos e nossa consciência como teste-
munha. Conquiste sua credibilidade e recuse trabalhos que o obriguem a praticar
algum ilícito ou aquele que você não se julga apto a realizar.
ESTUDOS FUTUROS
Na Unidade II, Processos na Avaliação, iremos conhecer de forma mais aprofunda-
da as demandas da avaliação de imóveis e os fundamentos das metodologias de
avaliação de acordo com a NBR 14.653. O Método Comparativo Direto de Dados
de Mercado será nosso principal foco de estudo, dentre os métodos de avaliação.
65
LEITURA
COMPLEMENTAR
AVALIAÇÕES DE IMÓVEIS DEVEM SER FEITAS SÓ POR CORRETOR QUALIFICADO
66
Por fim, a Lei Federal nº 14.011/20 prevê a figura da avaliação, sem, contudo,
destinar ou direcionar tais avaliações para outros profissionais que não sejam os
corretores de imóveis. Basta que se verifiquem os seguintes artigos que alteraram a Lei
nº 9.636-98, que são o 3º, 4º, 11-C, seu Parágrafo 5º, e artigo 11-D.
Fonte: https://www.agazeta.com.br/colunas/mercado-imobiliario/avaliacoes-de-imoveis-devem-ser-feitas-
-so-por-corretor-qualificado-0922. Acesso em: 20 dez. 2022.
67
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu:
68
AUTOATIVIDADE
1 A ABNT NBR 14.653 é constituída de sete partes. Diante disso, assinale a alternativa
que NÃO corresponde a uma dessas partes:
a) ( ) Avaliação de empreendimentos.
b) ( ) Avaliação de patrimônios históricos.
c) ( ) Avaliação de insumos.
d) ( ) Avaliação de recursos naturais e ambientais.
3 O avaliador cadastrado no CNAI deverá manter, em arquivo por 5 (cinco) anos, cópias
do(a)... Classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
69
4 De acordo com o Art. 2º, da Resolução - COFECI 1.066/2007, poderá inscrever-se
no Cadastro Nacional de Avaliadores Imobiliários o Corretor de Imóveis que seja,
cumulativa ou alternativamente:
70
REFERÊNCIAS
ABUNAHMAN, S. A. Engenharia Legal e de Avaliações. 5. ed. São Paulo: Oficina de
Textos, 2022.
71
COMO AVALIAR IMÓVEIS. Avaliação do Engenheiro x Avaliação do Corretor ou Ges-
tor Imobiliário. Disponível em: http://www.comoavaliarimoveis.com.br/avaliacao-do-
-engenheiro-x-avaliacao-do-corretor-do-gestor-imobiliario/. Acesso em: 22 ago. 2012.
72
O GESTOR IMOBILIÁRIO. Avaliação de imóveis: uma ciência de observação. 2012.
Disponível em: http://ogestorimobiliario.blogspot.com.br/2012/03/avaliacao-de-imo-
veis-uma-ciencia-de.html. Acesso em: 24 ago. 2012.
PREFEITURA DE SÃO PAULO. ABNT NBR 14.653-2: avaliação de bens – parte 2 imó-
veis urbanos. Segunda edição de 3 de fevereiro de 2011. Rio de Janeiro. 2011. Dispo-
nível em: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/infraestrutura/
arquivos/ACESSO%20WEB%20novo/DESAPROPRIACAO/avaliacao_bens_imoveis_ur-
banos_procedimentos_gerias_nbr_14653_2.pdf. Acesso em: 20 dez. 2022.
73
74
UNIDADE 2 —
PROCESSOS NA
AVALIAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
A cada tópico desta unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de
reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
75
CONFIRA
A TRILHA DA
UNIDADE 2!
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76
UNIDADE 2 TÓPICO 1 —
FINALIDADES DA AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS
1 INTRODUÇÃO
A conduta ética deve sempre nortear o trabalho do gestor, porém, em se tratando
de trabalhos a serem utilizados também para carrear provas a um processo, a conduta
ética não é mais uma opção e sim uma condição obrigatória.
Veja este exemplo: José procura a Imobiliária Casa porque precisa de uma
avaliação e explica que é para uma revisional de aluguel, portanto, seu advogado solicita
essa e mais duas avaliações. Descomprometido e desavisado, Marcos diz a José que
ele pode fazer uma e pedir a dois colegas que façam as outras. José pergunta sobre o
preço e Marcos diz que cobrará R$ 500,00 cada uma. Surpreso com o valor solicitado,
José diz que acha muito caro e que vai procurar outra empresa. Temendo perder a
oportunidade, Marcos diz que se justificará com os colegas e conseguirá que os três
documentos fiquem prontos por R$ 300,00 cada um, com o que José imediatamente
concorda. Marcos fala com dois colegas que, sem ter conhecimento de como fazer, ficam
preocupados e recusam a tarefa. Marcos, porém, os tranquiliza e diz que fará a dele e
que os outros precisarão apenas copiar trocando os dados da empresa e modificando
um pouco o valor: exemplo, se a avaliação de Marcos sair por R$ 700,00 o valor da
locação, os outros avaliarão um por R$ 690,00 e o outro por R$ 710,00.
Acadêmico, se você já atua como corretor, com certeza já viu esse “filme” e se
ainda não é corretor, não se assuste, pois esse “filme” infelizmente ainda acontece em
muitas empresas.
Entende-se que nem sempre se trata de má-fé, mas, na maioria das vezes, isso
ocorre por ignorância, falta de conhecimento, qualificação e capacitação. A lei existe
para todos e ela não é facultativa, é obrigatória, por isso vamos conhecê-la e aprender
a fazer o que é correto!
77
2 DEMANDAS DA AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS
O gestor imobiliário é requisitado para realizar uma avaliação por vários motivos.
Por ser a base de todas as operações imobiliárias, muitas vezes, essa avaliação é feita
de forma casual e verbal.
Vale lembrar que nos casos acima nós recorremos a colegas nos quais confia-
mos e sentimos ser qualificados, por isso nossa credibilidade determina nossa sobrevi-
vência no mercado.
Por outro lado, existem situações em que há a necessidade de que essa ava-
liação seja feita por escrito, nesse caso é que surge o PTAM (Parecer Técnico de Ava-
liação Mercadológica).
2.1 JUDICIAIS
Demandas judiciais são os atos levados a juízo, com o aguardo de uma decisão
jurisdicional do litígio em questão (conflito de interesses), sendo determinado pelo juiz
quais serão as melhores decisões a serem seguidas.
2.1.1 Inventários
Quando o inventário envolve muitos imóveis e de diferentes naturezas, é
primordial a avaliação escrita para evitar desconfianças. Por imóveis de diferentes
naturezas, entende-se: casas, apartamentos, terrenos, fazendas, chácaras de lazer etc.
2.1.2 Partilhas
A partilha de bens, para ser realizada, dependerá do inventário citado no subtema
anterior. Esta consiste na divisão de determinados bens materiais, por ocasião de morte,
rompimento de união estável ou casamento civil. Dependendo do caso, a distribuição
dos bens será realizada de acordo com o regime de bens, casa seja por divórcio, ou a
atribuição a cada herdeiro, concedendo assim a parte que lhe é de direito.
78
2.1.3 Separações
Muitas vezes o casal já com a relação desgastada e talvez por isso tenham
decidido pela separação, não conseguem entrar em acordo quanto ao valor dos bens
e, em consequência, quanto à venda. Uma das opções para casos como esses é a
venda judicial.
2.1.4 Divórcios
O divórcio é o instrumento jurídico pelo qual se põe fim definitivamente ao
casamento civil, podendo ser formalizado através da justiça ou de um cartório de
registro civil.
2.1.5 Desapropriações
É muito interessante essa questão da desapropriação para os gestores imobiliários.
Como você pôde perceber, todo brasileiro tem o seu direito à propriedade
garantido e assegurado, porém ele deverá atender a sua função social e para isso, caso
seja do interesse público por necessidade, utilidade pública ou interesse social, o bem
poderá ser desapropriado mediante justa e prévia indenização em dinheiro.
79
2.1.6 Servidões
Servidões são situações em que o poder público impõe restrições de uso do
imóvel por parte do proprietário, de forma que ele não perde a propriedade, mas não
pode mais utilizar-se dela como antes. Para isso, recebe uma indenização.
80
• A locação ser comercial (com algumas exceções);
• Ser a locação pactuada por contrato escrito;
• A locação deve ser pactuada por prazo determinado;
• Mínimo 5 anos de contrato;
• Mínimo de 3 anos no mesmo ramo empresarial.
ATENÇÃO
Veja o dispositivo da Lei de locação:
Observe a jurisprudência:
Art. 19. Não havendo acordo, o locador ou locatário, após três anos de
vigência do contrato ou do acordo anteriormente realizado, poderão pedir
revisão judicial do aluguel, a fim de ajustá-lo ao preço de mercado.
NOTA
TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo
Registro: 2012.0000194430 ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos do Agravo de Instrumento nº 0065880-
22.2012.8.26.0000, da Comarca de São Paulo, em que é agravante INSALATA COMERCIO
DE ALIMENTOS E BEBIDAS LTDA sendo agravado ELISABETH
SEGATTO.
ACORDAM, em 33ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir
a seguinte decisão:
“Deram provimento parcial ao recurso, nos termos que constarão do acórdão. V. U.”,
de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão. O julgamento teve a
participação dos Exmo.
Desembargadores CARLOS NUNES (Presidente), MARIO A. SILVEIRA E SÁ MOREIRA DE
OLIVEIRA. São Paulo, 7 de maio de 2012.
CARLOS NUNES RELATOR
33A CÂMARA
AGRAVO DE INSTRUMENTO N°: 0065880-22.2012.8.26.0000 AGRAVANTE: INSALATA
COMÉRCIO DE ALIMENTOS E BEBIDAS LTDA. AGRAVADA: ELISABETH SEGATTO
81
ORIGEM: 38ª VARA CÍVEL CENTRAL COMARCA DA CAPITAL
VOTO Nº: 13.269
LOCAÇÃO DE IMÓVEIS Ação revisional de aluguel. Agravo de instrumento tirado contra
a decisão de Primeiro Grau que deixou de apreciar o pedido de revisão do valor do
aluguel provisório inicialmente fixado. Decisão que está a merecer reparo, vez que as
avaliações trazidas aos autos pelos litigantes trazem valores consideravelmente díspares,
demonstrando que o caso dos autos exige dilação probatória, com realização de prova
pericial, para apuração do correto valor do locativo. Possibilidade de fixação de valor
provisório que represente um meio termo entre as pretensões expostas por cada parte
Recurso parcialmente provido, para estabelecer aluguel provisório em R$12.000,00.
Vistos.
Trata-se de Agravo de Instrumento interposto por INSALATA COMÉRCIO DE ALIMENTOS
E BEBIDAS LTDA., junto aos autos da ação revisional de aluguel que lhe move ELISABETH
SEGATTO, objetivando a reforma da r. decisão de Primeiro Grau que deixou de apreciar a
impugnação ao valor do aluguel provisório inicialmente fixado.
Aduz a agravante, em breve síntese, que a r. decisão guerreada merece reforma, porquanto
o laudo apresentado com a inicial da ação, pela ora agravada, está eivado de erros e
inconsistências, não podendo servir de fundamento à pretensão de revisão do aluguel no
valor pretendido. Sustenta que os números apresentados demonstram falta de critério e
intenção de enriquecer indevidamente e sem causa pela agravada, restando exorbitante o
valor fixado pelo MM. Juiz de Primeiro Grau. Assim, requer a concessão de efeito suspensivo
ao presente recurso e, com o julgamento, a reforma da decisão combatida, de forma a
manter o aluguel mensal no valor atualmente pago, até final decisão da causa.
O recurso foi regularmente processado, com preparo, e veio acompanhado das peças de
fls. 24/213.
Por decisão deste Relator, o pedido de efeito ativo foi deferido (fls. 215). Cumprimento da
regra do art. 526 do CPC a fls. 225.
Sobreveio aos autos manifestação da parte agravada a fls. 227/236, bem como as
informações requeridas ao Juízo de origem fls. 221/222.
E o relatório.
Pelo que se depreende dos autos, tenho que o recurso merece ser parcialmente provido.
Para se situar, houve celebração de contrato de locação entre as partes, datado de
15.08.2007, e respectivo aditamento com vigência a partir de 01.08.2008, fixado o valor do
último aluguel em R$8.038,00.
Alega a autora que o locativo se encontra absolutamente defasado em relação ao praticado
pelo mercado imobiliário, após as tentativas infrutíferas de renegociação amigável com a ré,
não lhe restou outra opção senão socorrer-se do Judiciário. Pretende revisar o aluguel para
R$20.805,00, baseando seu pedido em fundamentado trabalho técnico (fls. 37/59), que se
utilizou do método comparativo para estimar o valor de mercado do bem, acompanhado de
fotos e avaliações imobiliárias, respeitando os termos normativos pertinentes.
A pretensão liminar para fixação de aluguel provisório foi
recepcionada pelo Juízo de origem, que nos termos do artigo
68, inciso II da Lei 8.245/91 estabeleceu como válido o valor de
R$16.644,00 a partir da citação.
Sobreveio então manifestação da ré, ora agravante, impugnando o
quantum arbitrado, acompanhado o petitório por avaliação técnica
de fls. 151/206, onde apontou diversos erros no laudo apresentado
com a exordial.
Ato contínuo, a MMa. Juíza a quo proferiu a decisão ora agravada,
mantendo a fixação do aluguel por entender que a decisão estaria
devidamente fundamentada e, mais ainda, porque não foi objeto de
recurso. Pois bem.
De fato, a decisão aqui copiada a fls. 68/69 está fundamentada e
orientou-se com o que dispõe o inciso II do art. 68, da Lei 8.245/91.
Porém, o certo é que o simples fato de não ter oposto contra ela
anterior recurso não tira da ré o direito de pleitear a revisão do
82
aluguel provisório, já que o inciso III do mesmo dispositivo legal lhe confere a possibilitar
de requerer tal apreciação até o momento anterior à audiência de tentativa de conciliação,
nestes termos:
“Art. 68. Na ação revisional de aluguel, que terá o rito sumário, observar-se-á o seguinte:
III - sem prejuízo da contestação e até a audiência, o réu poderá pedir seja revisto o aluguel
provisório, fornecendo os elementos para tanto;”
Assim, inexistia razão para que a Julgadora Monocrática deixasse de apreciar o pedido da ré.
Porém, observo que as avaliações trazidas por ambas as litigantes, realizadas por profissionais
gabaritados e acompanhadas de farta documentação, trazem valores consideravelmente
díspares, a exigir, portanto, realização de perícia técnica para apuração do correto valor do
aluguel do imóvel.
Sendo impossível, no estreito campo de conhecimento do recurso de Agravo de Instrumento,
realizar uma profunda apreciação do conteúdo apresentado em cada avaliação, concluindo-
se, antes da efetiva dilação probatória, pelo exato montante do aluguel, o que só pode ser
definido ao final julgamento da ação, entendo cabível a fixação de aluguel provisório em
valor que represente um meio termo entre a pretensão de cada parte. Nesse sentido:
“Ementa: ALUGUEL PROVISÓRIO - REVISIONAL - LOCAÇÃO VERBAL. Havendo grande
disparidade entre as estimativas levantadas pelo locador e aquelas trazidas pelo locatário,
ambas embasadas em avaliações efetuadas por corretores imobiliários, afigura-se razoável
que, até a realização da prova pericial, o aluguel provisório observe valor intermediário (LI,
art. 68, incisos II e III) [...]
Conquanto seja natural que o locador encontre avaliações mais altas, e o locatário, as
mais baixas, entendo que a existência de grande disparidade de valores propostos pelas
partes, torna razoável que o aluguel provisório observe o valor intermediário entre aqueles
obtidos pelas partes, pelo menos até a realização da prova pericial. E, neste aspecto, não
merece reparos o valor provisório fixado pelo juízo “a quo” (R$5.500,00), pois que próximo
de 80% da média aritmética dos valores propostos pelas partes.” (Agravo de Instrumento nº
992.09.088738-6, Rel. Des. CLÓVIS CASTELO, 35A Câm., j. 26.10.2009)
Portanto, a decisão combatida merece reforma, para apreciação da impugnação da ré,
ainda que apenas parcial razão lhe atenda.
Ante o exposto, e pelo meu voto, DOU PARCIAL PROVIMENTO ao recurso, reformando r.
decisão combatida, para o fim fixar o valor para o locativo provisório em R$ 12.000,00 (doze
mil reais).
CARLOS NUNES RELATOR
Fonte: http://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/21654332/agravo-de-instrumento-ai-
-658802220128260000-sp-0065880-2220128260000-tjsp. Acesso em: 24 ago. 2012.
2.1.10 Despejos
A ação de despejo é uma medida de proteção ao locador, prevista na Lei do
Inquilinato (nº 8.245/91), em que o proprietário de um imóvel alugado entra com o
pedido de desocupação da propriedade, impondo a saída obrigatória do inquilino, a fim
de retomar sua posse total.
83
NOTA
AÇÃO DE DESPEJO É A VIA PROCESSUAL ADEQUADA PARA COMPRADOR TOMAR POSSE DE
IMÓVEL LOCADO.
A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) definiu que o meio adequado para ter
a posse do bem, no caso de aquisição de imóvel locado, é a ação de despejo, não servindo
para esse propósito a ação de imissão na posse.
O entendimento teve origem em ação de imissão na posse ajuizada pela compradora de um
imóvel alugado, após denúncia do contrato de locação firmado pelos antigos proprietários,
com o objetivo de entrar na posse do bem. A autora alegou que o contrato não estava
averbado na matrícula do imóvel e que o locatário não respondeu às tentativas de renovação
do aluguel, não pagou as parcelas em atraso nem restituiu o imóvel.
Por seu turno, o locatário apontou a inviabilidade do instrumento processual manejado pela
nova proprietária, pois, com base nos artigos 5º e 8º da Lei 8.245/1991, a ação adequada
seria a de despejo, independentemente do fundamento do término da locação.
• Alienação do imóvel durante a relação locatícia não rompe a locação
Relator do processo no STJ, o ministro Ricardo Villas Bôas Cueva ressaltou que a
alienação do imóvel permite ao comprador a denúncia do contrato de locação (artigo 8º
da Lei 8.245/1991), tendo em vista o princípio da relatividade dos efeitos contratuais (as
estipulações do contrato só produzem efeitos entre as partes contratantes).
Entretanto, ele observou que o artigo 5º da Lei 8.245/1991 é expresso ao determinar que
a exigência da posse por quem adquire imóvel alugado seja feita em ação de despejo,
porque a alienação durante a relação locatícia não rompe a locação, que continuará tendo
existência e validade.
"O adquirente que assume a posição do antigo proprietário tem o direito de denunciar o
contrato, se assim desejar, ou de permanecer inerte e sub-rogar-se nos direitos e deveres
do locador, dando continuidade à relação locatícia", afirmou o relator.
• Retomada da posse não pode ferir o direito de quem ocupa o
imóvel regularmente
Em relação à averbação do contrato junto à matrícula do imóvel,
Cueva ponderou que ela só é necessária nos contratos de
locação com cláusula de vigência, para afastar a denúncia pelo
novo proprietário antes de vencido o prazo.
"Se não há cláusula de vigência ou não há averbação, o novo
adquirente não está obrigado a respeitar o contrato, podendo
exercer livremente seu direito potestativo de denunciá-lo, mas, para
imitir-se na posse direta do imóvel, deve seguir o rito processual
adequado, valendo-se da ação de despejo", disse o ministro.
O magistrado ressaltou que entendimento diverso poderia
"malferir o direito de terceiro que regularmente ocupa o bem",
recordando que a mesma posição foi manifestada pelo ministro
Antonio Carlos Ferreira no REsp 1.590.765, que tratava da
mesma controvérsia e do mesmo locatário.
Fonte: <https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/
Noticias/2022/14092022-Acao-de-despejo-e-a-via-processual-
-adequada-para-comprador-tomar-posse-de-imovel-locado.aspx>.
Acesso em: 21 jan. 2023.
84
2.1.11 Falências
Falência é uma situação jurídica decorrente de uma sentença decretada por
um juiz quando uma empresa ou sociedade comercial está inadimplente diante do
cumprimento de suas obrigações patrimoniais, tendo então seus bens alienados a fim
de satisfazer seus credores.
DICA
LEI DE RECUPERAÇÃO E FALÊNCIA: COMO FUNCIONA O LAUDO DE AVALIAÇÃO DOS BENS E ATIVOS
A crise de uma empresa ou atividade econômica em específico pode acontecer por inúmeros fatores,
como crises econômicas nacionais ou internacionais, má administração da empresa e de seus recur-
sos, além de elevação ou diminuição de preços perante o mercado. Por isso, há a Lei de Recuperação
e Falência para respaldar o empresário, os funcionários e seus credores.
Sendo assim, a Lei de Recuperação e Falência 11.101/05 regula a recuperação judicial, a extraju-
dicial e a falência do empresário e da sociedade empresária. Em seu Artigo 53¹, pede-se, além do
estudo de viabilidade do plano, a apresentação do laudo econômico-financeiro e da avaliação dos
bens e ativos da sociedade recuperada subscrita por um profissional legalmente habilitado ou por
uma empresa especializada.
Dessa forma, o Inciso III do Artigo 53 da referida Lei de Recuperação e Falência estabelece duas
abordagens de avaliação, de modo a posicionar os credores sobre o valor da recuperanda nos
contextos de:
1. i) laudo econômico-financeiro – cenário de continuidade operacional (going concern); e
2. ii) laudo de avaliação dos bens e ativos – cenário de uma eventual liquidação.
O primeiro tem o objetivo de demonstrar o valor operacional da companhia no conceito de continui-
dade, e o item ii, de demonstrar o valor da companhia em um processo de liquidação forçada, em que
são apurados os valores individuais de cada ativo ou grupo de ativos constantes nas demonstrações
contábeis da empresa, de acordo com o mercado principal ou mais vantajoso de cada um.
Por isso, os laudos de avaliação, em especial dos bens e ativos, são de fundamental importância para
a tomada de decisão do credor quanto à adesão ou não ao plano de recuperação judicial, pois, quanto
maior o valor encontrado no cenário de liquidação, menos propenso fica o credor a aceitar grandes
descontos no valor de seus créditos.
O objetivo do referido artigo da Lei de Recuperação e Falência é discutir a metodologia a ser
empregada na avaliação dos bens e ativos, muitas vezes subestimada nos processos de recu-
peração judicial.
Faz sentido, ainda, dividir a discussão em companhias ordinárias, que desempenham suas operações
por meio de um único CNPJ em grandes conglomerados de empresas (grupo econômico).
• Companhias ordinárias
Na Lei de Recuperação e Falência, para uma companhia ordinária, o valor dos bens e ativos em
um contexto de liquidação geralmente é apurado para os itens relacionados no grupo de “ativos”
da demonstração contábil da empresa, reunidos na melhor forma de precificação ou existência
de um mercado.
Sendo assim, uma planta industrial relacionada ao grupo “imobilizado” da demonstração contábil, por
exemplo, poderia ser avaliada no nível dos seus componentes (edificações, compressores, tanques,
bombas etc.), ou precificada como um único elemento, de acordo com a sua capacidade de produção
instalada, se fosse auferido maior valor para o conjunto de bens dessa forma.
Além disso, há de se considerar a existência de eventuais ativos intangíveis, mesmo em um cenário
de liquidação forçada. Em uma empresa de varejo, por exemplo, a marca é um dos ativos importantes
da sociedade.
Cabe ressaltar que o valor da marca (ou qualquer outro intangível) não está refletido no balanço pa-
trimonial das entidades, uma vez que a regulamentação contábil não permite a ativação dos ativos
intangíveis, exceto pelo seu custo ou em evento de combinações de negócios (nos termos do Pro-
85
nunciamento Contábil CPC 15 – Combinação de Negócios), ou seja, é necessário fazer uma avaliação
de eventuais intangíveis. O Artigo 75² da Lei 11.101/05, ao abordar a falência e o afastamento do
devedor de suas atividades, ressalta a necessidade de inclusão dos intangíveis da empresa com o
objetivo de otimizar a capacidade produtiva de seus bens e ativos.
Para explicar a aplicabilidade dessa lei, trazemos um exemplo de negociação de intangível em um
processo de falência: o leilão da marca Natan, joalheria carioca arrematada pela Monte Carlo Joias,
que recentemente voltou a ter artigos comercializados. Assim, o laudo de avaliação dos bens e ati-
vos de uma companhia ordinária deve identificar todos os ativos (tangíveis e intangíveis) da socie-
dade recuperanda de forma a apresentar ao credor o valor que seria obtido em um eventual cenário
de falência da companhia.
Logo, nos parece que o uso do patrimônio líquido contábil para atender a determinadas ocasiões e
aos requisitos da referida lei potencialmente não atingirão os objetivos pretendidos em tal processo.
• Grupo econômico
Na Lei de Recuperação e Falência, ao tratar de companhias com diversas unidades de negócio inde-
pendentes que desempenham suas operações por meio de múltiplos CNPJs, o contexto de liquidação
nem sempre está relacionado com a paralisação das operações e da venda dos bens de produção.
Dessa forma, os grupos econômicos normalmente são representados por holdings e subholdings
com ativos pouco significativos, à exceção de seus investimentos em outras empresas operacionais
(muitas vezes financeiramente estáveis e não incluídas no processo de recuperação judicial).
Nesse sentido, os principais bens e ativos de grandes conglomerados são seus investimentos em
sociedades operacionais, que podem ser alienadas e vendidas ao mercado.
Em um eventual cenário de estresse, a melhor alternativa para a realização desses ativos seria a
venda das empresas em funcionamento, portanto, a metodologia mais aplicada seria a do fluxo de
caixa descontado, que melhor reflete a geração de riqueza de uma companhia.
Em outras palavras, faz sentido considerar um desconto (deságio) sobre esses ativos, de modo a re-
fletir o cenário de liquidação forçada, admitindo que operações de venda dessa natureza demandam
um longo prazo.
Não faria sentido, porém, considerar um cenário efetivo de liquidação
(encerramento das atividades) desses ativos tendo como base os seus
valores de imobilizado, uma vez que isso não capturaria todo o valor
deles. Além disso, alguns desses ativos podem ter outros acionistas
que não compactuavam com o encerramento das atividades.
Desse modo, fica claro que o tratamento a ser considerado para um
grupo econômico é bem diferente do que deve ser adotado para as
companhias ordinárias. Um tratamento equivalente, com base so-
mente no imobilizado das holdings (composto majoritariamente por
cadeiras, mesas e computadores), ou mesmo uma visão somente con-
tábil pode não atingir integralmente os objetivos requeridos pela Lei
de Recuperação e Falência.
Em resumo, o que se busca com os laudos solicitados no Artigo 53 da
Lei é oferecer aos acionistas e credores informações adequadas para
tomarem a decisão de aderir ou não ao plano de recuperação.
Os bens e ativos mais relevantes a serem avaliados dependem das ca-
racterísticas de cada empresa. Como regra geral, o valor do patrimônio
líquido contábil das sociedades tende a não representar uma boa esti-
mativa para o valor dos bens e ativos da recuperanda, pois não refletem
o seu valor de realização, além de excluir os ativos intangíveis da análi-
se e potencialmente subavaliar o valor de seus investimentos.
Fonte: <https://apsis.com.br/artigos/lei-de-recuperacao-e-falencia-co-
mo-funciona-o-laudo-de-avaliacao-dos-bens-e-ativos/>. Acesso em:
21 jan. 2023.
86
2.1.12 Concordatas
A concordata se apresenta como um dispositivo legal que visa resolver a
situação de insolvência de uma empresa devedora. É uma espécie de contrato entre o
devedor e seus credores, fiscalizado por um magistrado, dando tempo ao devedor para
negociar dívidas ou para preparar a empresa para a falência.
2.1.13 Indenizatórias
A ação indenizatória, é uma forma de ação específica para a busca de
indenização, ressarcimento ou reparação do ato lesivo por atos de terceiros.
2.1.14 Penhoras
No direito processual, a penhora é um instrumento judicial pelo qual se apreende
bem do devedor para que ele seja utilizado na satisfação do crédito que está sendo
executado judicialmente pelo valor devido.
2.1.15 Leilões
O assunto leilões desperta muito interesse, porque acho muita irresponsabilidade
do corretor desavisado que emite um parecer fora das normas, correndo o risco de
prejudicar uma pessoa, talvez pelo resto de sua vida.
2.2 EXTRAJUDICIAIS
As demandas extrajudiciais são atividades que buscam a conciliação entre as
partes (intermediadas por um advogado ou não), não exigem as formalidades judiciais
e não se fazem perante as autoridades judiciárias. Sendo desta forma: mais prática,
rápida, menos burocrática e menos custosa do que a via judicial.
NOTA
Exemplo: uma empresa incorporadora avalia o imóvel onde vai ocorrer a incor-
poração e, com base no valor, propõe a permuta de imóveis futuros. Troca-se
a casa antiga por dois apartamentos a serem construídos. Da mesma forma,
troca-se uma grande área por alguns lotes já com a infraestrutura.
88
2.2.3 Valor de indenização
Ocorrem situações em que o imóvel é vendido e o vendedor que ocupa o imóvel
pede um prazo para desocupação. O prazo expira e ele não o desocupa. A determinação
do valor da locação a ser indenizada é feita por meio de PTAM.
NOTA
Supondo que estamos em negociação com um cliente que tem para venda
uma área grande no valor de R$ 12 milhões e gostaria de, com esse valor,
comprar imóveis para renda. O cliente comprador tem esse imóvel para ofere-
cer como parte de pagamento, inclusive, é o imóvel que atualmente ocupa. A
proposta é oferecer o imóvel como parte do pagamento e permanecer nele
como locatário, para isso, devemos elaborar um PTAM para determinação do
valor venal e locativo.
89
IMPORTANTE
Leia o texto a seguir:
Na avaliação de imóveis, vários são os métodos que podem ser utilizados para se determinar o valor
de um imóvel. O método a ser utilizado, é escolhido conforme o objetivo da avaliação. Dos métodos
existentes, o mais utilizado é o método comparativo dos dados de mercado pelo qual o valor do imó-
vel é obtido comparando-se suas características com outros imóveis que vêm sendo negociados no
mercado. Apesar de ser preciso e confiável ao determinar o valor de mercado de um imóvel, quando há
elementos suficientes na amostra, esse método não é capaz de determinar se o investimento neste
imóvel é ou não um investimento rentável. Para se fazer uma avaliação econômico-financeira de um
imóvel, deve-se optar por outros métodos, como o método da renda e o método involutivo.
Os métodos da renda e involutivo avaliam um imóvel conforme a receita que este é capaz de gerar. O
método da renda é muito utilizado para se determinar o valor do imóvel a partir do aluguel que este
gera, aplicando-se uma determinada taxa mínima de atratividade a um determinado número de perío-
dos de capitalização. Já o método involutivo exige estudos mais elaborados, pois para a determinação
do valor do imóvel deve-se considerar a receita que este pode gerar quando for eficientemente aprovei-
tado, podendo ser até mesmo transformado com o objetivo de se tornar mais rentável.
Este trabalho tem como objetivo analisar qual a região mais atrativa para se investir em imóveis para
aluguel utilizando o método da renda. Para tanto, são mostrados dois exemplos, utilizando dados das
cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. São calculados os valores presentes dos imóveis e estes são
comparados aos valores reais de venda das diversas regiões escolhidas. Dessa forma, pode-se avaliar
quais regiões são mais atrativas para o investimento.
O método da renda
Segundo a NBR 5676/89 – Norma Brasileira de Avaliação de Imóveis Urbanos da ABNT, o método da
renda é aquele que apropria o valor do imóvel e de suas partes constitutivas, com base na capitalização
presente da sua renda líquida, seja ela real ou prevista. Para a sua utilização, precisam ser determinados
o período de capitalização e a taxa de desconto a ser utilizada. Para diversos autores, este método é
fundamentado no princípio de que o valor de uma determinada propriedade é uma função de sua ca-
pacidade de gerar renda, o que geralmente é o aluguel. A propriedade constitui o denominado “capital
imóvel”, que deve ser rentabilizado a uma taxa de atratividade variável em função da localização, do tipo
de imóvel e da conjuntura econômica do momento da avaliação. Logo, os dados de mercado necessá-
rios para a utilização deste método são os aluguéis esperados, a taxa de desconto e o número de perí-
odos do investimento. Pela NBR 5676/89, a taxa de desconto a ser utilizada deve ser expressamente
justificada, mas na grande maioria das avaliações ela vem sendo determinada pela comparação direta
com as taxas aplicadas a imóveis similares.
Segundo MENDONÇA et al. (1998), devido à sua flexibilidade que
permite a grande generalização do seu uso, nos casos de perícias
judiciais, este método tem sido recomendado pela própria jurispru-
dência dos tribunais do poder judiciário, que consagra como justa
a taxa de atratividade de 12% ao ano para imóveis comerciais. Po-
rém, os trabalhos que vêm sendo realizados comprovam que existe
uma incerteza quanto à taxa de atratividade pré-definida que in-
dique com segurança a renda mensal esperada para um determi-
nado imóvel, em virtude da constante instabilidade econômica do
país. Não há, no Brasil, taxas de atratividade fixadas para imóveis
residenciais, mas observa-se que, quanto maior e mais luxuoso é o
imóvel residencial, menor é a taxa interna de retorno.
Pelo CAPM – Capital Asset Princing Model, investidores só as-
sumem posições em um investimento com risco se seu retorno
esperado for suficientemente elevado para compensar este risco
(ROSS et al., 1995). No Brasil, um investimento livre de risco to-
mado como parâmetro é a caderneta de poupança cuja taxa de
atratividade é dada por Taxa Referencial (ou TR) + 0,5%, sendo
que a parcela Taxa Referencial pretende corrigir o capital investi-
do com relação à inflação e, portanto, 0,5% é a taxa de juros real
90
do investi- mento. No Brasil, qualquer investimento cuja taxa de juros real, ou seja, a taxa de atratividade
descontada a inflação, seja inferior a 0,5% é um investimento inviável.
Qualquer investimento cuja taxa de juros real seja igual a 0,5%, mas apresente algum risco também é invi-
ável. Nestes dois casos é mais interessante investir na caderneta de poupança.
Portanto, para se determinar corretamente a taxa mínima de atratividade viável dos investimentos em
imóveis, deve-se em primeiro lugar determinar qual o risco do investimento. O risco de um investimento
qualquer é formado por duas parcelas: o risco sistemático e o risco não sistemático. O risco sistemático é
aquele que afeta muitos ativos, em maior ou menor grau (ROSS, et al., 1995). Como os riscos sistemáticos
atingem o mercado como um todo, também são chamados de risco de mercado. Por exemplo, a possibilida-
de de que o preço dos imóveis aumente ou diminuam devido a um plano econômico do governo é um risco
sistemático. Já o risco não sistemático, também conhecido como risco diversificável, é aquele que afeta um
único ativo ou um grupo pequeno de ativos (ROSS, et al., 1995). Por exemplo, o risco de que seja construída
uma via expressa em frente a um imóvel e este se desvalorize é um risco do tipo diversificável. Os riscos
diversificáveis de um investimento podem ser eliminados ao se formar uma carteira de ativos, pois em uma
carteira de ativos bem elaborada pode-se dizer que, de uma maneira geral, a desvalorização de um ativo é
compensada pela valorização de outro. Já o risco sistemático ou de mercado não pode ser eliminado.
Atualmente, no Brasil, a taxa mínima de atratividade que vem sendo utilizada pelo mercado de imóveis
varia entre 0,7% e 0,8% ao mês. Esse valor já leva em consideração o risco sistemático envolvido no inves-
timento e não inclui a parcela da inflação. Como já foi dito, a NBR 5676/89 determina que nas avaliações
de imóveis pelo método da renda o período de capitalização e a taxa de desconto a ser utilizada devem ser
expressamente justificadas. Apesar disso, o intervalo entre 0,7% e 0,8% vem sendo largamente utilizado
como taxa mínima de atratividade nas avaliações de imóveis pelo método da renda sem que os cálculos
que a justifiquem sejam demonstrados. A demonstração dos cálculos que levam à essa taxa mínima de
atratividade será objeto de um trabalho futuro.
91
Os balizamentos da Lei nº. 11.638/2007 e Lei nº 11.941/2009 devem ser
cumpridas por todas as empresas enquadradas à Lei das S/A, compreendendo não só
as sociedades por ações, mas também as demais empresas (incluindo as limitadas),
independentemente do sistema tributário por ela adotada.
IMPORTANTE
O Fisco também se manifestou sobre esse assunto, conforme ementa ao Processo de Con-
sulta nº 19/2009:
Ministério da Fazenda - Secretaria da Receita Federal:
Solução de Consulta Nº 19 de 09 de Março de 2009
Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
Ementa: Reavaliação de Bens do Ativo Intangível após a Vigência da Lei 11.638/07
Impossibilidade: A partir de 1º de janeiro de 2008, data de vigência da Lei nº 11.638/2007, vedou-se
às empresas a possibilidade de fazer, de forma espontânea, registros contábeis de reavaliação de ati-
vos, face à extinção da conta "Reservas de Reavaliação". AJUSTES DE AVA-
LIAÇAO PATRIMONIAL. UTILIZAÇAO RESTRITA AOS CASOS PREVISTOS NA
LEI Nº 6.404/1976 E ÀQUELES ESTABELECIDOS PELA CVM. A "Reserva de
Reavaliação" não foi substituída pela conta de "Ajustes de Avaliação Patri-
monial", que tem natureza e finalidade distinta. Esta se destina a escriturar,
exclusivamente, os valores decorrentes de avaliação de instrumentos finan-
ceiros, além dos casos estabelecidos pela CVM com base na competência
que lhe foi atribuída pela Lei nº 11.638/2007 e Lei 11.941/2009. Aquela
se destinava a escriturar as contrapartidas de valores atribuídos a quaisquer
elementos do ativo em virtude de novas avaliações com base em laudo.
92
Incorporação
Fusão
Cisão
93
§ 3º A cisão com versão de parcela de patrimônio em sociedade já
existente obedecerá às disposições sobre incorporação (artigo 227).
§ 4º Efetivada a cisão com extinção da companhia cindida, caberá
aos administradores das sociedades que tiverem absorvido parcelas
do seu patrimônio promover o arquivamento e publicação dos atos
da operação; na cisão com versão parcial do patrimônio, esse dever
caberá aos administradores da companhia cindida e da que absorver
parcela do seu patrimônio.
§ 5º As ações integralizadas com parcelas de patrimônio da
companhia cindida serão atribuídas a seus titulares, em substituição
às extintas, na proporção das que possuíam; a atribuição em
proporção diferente requer aprovação de todos os titulares, inclusive
das ações sem direito a voto. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de
1997) (BRASIL, 1988, s.p.).
• Construções civis;
• Máquinas e equipamentos;
• Instalações;
• Móveis;
• Equipamentos de informática;
• Veículos, embarcações, aeronaves, entre outros.
Tanto a pessoa física, quanto a jurídica, possuidora de bens, devem ter os cuidados
no resguardo de sua propriedade, precavendo-se e evitando perdas significativas em
possíveis sinistros. Uma avaliação precisa, fará com que o seguro garanta a reposição
e manutenção de seu patrimônio, evitando valores super ou subdimensionados, que
podem ocasionar problemas como o custo excessivo ou uma cobertura insuficiente.
94
2.3.6 Garantia bancária
Normalmente quando um imóvel é dado em garantia bancária e o devedor não
consegue quitar o débito, o imóvel vai a leilão.
Muitos colegas ainda não sabem que existe esse nicho de mercado a ser
explorado pelos gestores. Quanto maior for a qualificação, maior será a credibilidade.
Trabalhe com ética e seguindo os princípios da avaliação, aos poucos, você irá
conquistando seu espaço e ajudando a aumentar o respeito da sociedade.
95
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu:
96
AUTOATIVIDADE
1 São consideradas demandas judiciais:
97
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – F.
b) ( ) V – V – V.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
4 Indenização é o valor pago à vítima para amenizar um prejuízo causado. O que nos diz
o artigo 159, do Código Civil Brasileiro, sobre a responsabilidade civil indenizatória?
98
UNIDADE 2 TÓPICO 2 -
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS
1 INTRODUÇÃO
Avaliar um imóvel com a identificação de um preço, como já vimos, depende das
partes interessadas, do imóvel, do interesse, satisfação, possibilidade e da situação atual
do mercado, em outras palavras, seria “quanto” o comprador está disposto a pagar por
um imóvel de forma a deixar o vendedor satisfeito. Esse dado é facilmente encontrado
após a realização, a concretização de um negócio. Mas e antes dele acontecer?
Seria bem mais fácil se tivéssemos como amostra imóveis exatamente iguais ao
que queremos avaliar, com as mesmas características.
Sabemos que dificilmente teremos amostras desse tipo disponíveis, por essa
razão, e dependendo da natureza da avaliação e dos objetivos, é necessária a aplicação
de um ou dois métodos de avaliação.
DICA
DE IMÓVEIS: QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS TIPOS?
A avaliação de imóveis é essencial tanto no momento de compra quanto de venda. Afinal, é indis-
pensável saber quanto um bem específico realmente vale. Assim, pode-se garantir um valor justo
para todas as partes.
Para isso existem diversos métodos que se prestam a avaliar os imóveis e seus preços. Eles são
influenciados por inúmeras questões, tais como tamanho do imóvel, localização, valores de outros
imóveis semelhantes e diferenciais que a peça imobiliária oferta.
Abaixo, então, conheça os principais tipos de métodos que avaliam o valor dos imóveis. Com isso,
garanta que o valor que você aplica em uma compra é justo, bem como o que o de uma venda não
dará brechas para perdas financeiras.
Conheça os principais tipos de avaliações de imóveis
Confira, abaixo, os 4 principais métodos que se aplicam para fins de avaliação de um imóvel. Cada
um deles possui características próprias e considera dados específicos. Veja quais são para garantir a
estipulação justa, sem perda de dinheiro ou prejuízo!
• Método de renda
O primeiro método de avaliação de imóveis que trouxemos se refere ao Método de Renda que, por
sua vez, é um dos menos praticados, apesar de ser bastante interessante. Ele se refere à análise da
renda que será possível obter com um imóvel.
É mais comum que esse tipo de avaliação se aplique aos casos em que o imóvel se volta ao aluguel.
Assim, quem está interessado em alugá-lo avalia qual é o valor que ele poderá obter de lucro com
esse local em específico.
99
Por exemplo, se for um comércio, analisa-se a transição de consumidores no local, seus interesses
e poder pecuniário. Igualmente, se o imóvel pode chamar mais a atenção de possíveis clientes e se
ele traz algum diferencial ao negócio.
• Método Involutivo
Continuando com as técnicas de avaliação de imóveis mais comuns, temos o Método Involutivo. Ele
se refere à precificação de uma propriedade de acordo com a possibilidade de uso efetivo do terreno.
Ficou confuso? Calma! O método anterior se aplicava em maior grau aos aluguéis comerciais, certo?
Pois bem, aqui temos um método que se volta às construtoras, bem como às incorporadoras.
Assim, por exemplo, uma construtora avalia todos os rendimentos que poderá ter com esse terreno
e construção em suas mais diversas aplicações. Aqui, então, analisam-se possibilidades comerciais,
residenciais e industriais.
• Método Evolutivo
Outra forma de avaliação de imóveis se refere ao Método Evolutivo. Utiliza-se em maior grau esse
tipo de avaliação quando não há imóveis suficientes, na região, para fins de comparação de um valor.
Assim, ela se baseia no CUB, que nada mais é do que a média feita entre os valores de mão de
obra, materiais de construção e equipamentos que se aplicaram na construção. Ainda, considera as
questões relacionadas à depreciação de um imóvel. Isto é, a estragos na estrutura e outros pontos
que possam desvalorizá-lo.
Contudo, é necessário ter cuidado com esse método, pois o CUB tende a mudar e muito em épocas
de mercado recessivo. Afinal, nesses casos os valores possuem rápidas alterações.
Fonte: https://vempracasa.com/blog/avaliacao-de-imoveis-
-quais-sao-os-principais-tipos/46. Acesso em: 21 jan. 2023.
100
2 METODOLOGIAS
As avaliações de qualquer tipo, que se elaboram para estimar o valor de mercado
ou um valor definido que não é de mercado, requerem que o avaliador analise um ou mais
enfoques de avaliação. O termo enfoque de avaliação em geral se refere aos métodos
analíticos geralmente aceitos e de uso comum. Em distintos Países estes enfoques são
conhecidos como métodos de avaliação. No Brasil consolidou-se o termo metodologia,
que será consignado nesta Norma.
101
Quaisquer evidências de infração desta exigência devem ser obrigatoriamente
investigadas, para esclarecer se o elemento em questão é um “outlier” ou indica uma nova
tendência, não detectada pelos demais. Este método é o elegível na identificação do valor
de mercado de terrenos, casas padronizadas, lojas, apartamentos, escritórios, terras nuas,
em propriedades rurais, máquinas, veículos, entre outros bens, sempre que houver dados
semelhantes ao avaliando, preferindo, sempre que possível, o uso deste método.
Os fatores a serem utilizados neste tratamento devem ser observados pelo avaliador
imobiliário, devendo especificar objetivamente as variáveis qualitativas e quantitativas que
precisam ser niveladas à mesma situação do imóvel avaliando (a ser avaliado).
ESTUDOS FUTUROS
Veremos com maiores detalhes estes fatores na Unidade III, Tema de Aprendizagem
2 – Elaboração do PTAM.
• Amostra e População;
• Medidas de Tendência Central;
• Estimadores de Dispersão;
• Distribuição Normal;
• Variável Dependente e Variáveis independentes;
• Tamanho da Amostra;
102
• Análise de Dispersão;
• Coeficiente de Correlação;
• Análises de Dados;
• Estatística Descritiva;
• Regressão;
• Intervalo de Confiança.
IMPORTANTE
Por se tratar de uma metodologia longa e que depende de programas especiais
para sua realização, nos aprofundaremos no Método Comparativo Direto de
Dados de Mercado por homogeneização de fatores.
VI = (VT + VB) x FC
Onde:
VI é o valor do imóvel;
VT é o valor do terreno;
VB é o valor da benfeitoria;
FC é o fator de comercialização.
103
2.2.1 Método de quantificação do custo
DICA
Assista ao vídeo: “Professor Benito: Aplicação do Método Evolutivo”, acessando o link:
https://www.youtube.com/watch?v=E-3WSPzOEWQ&t. Acesso em: 21 jan. 2023.
104
DICA
Assista ao vídeo: “Incorporação Imobiliária e o Método Involutivo”, acessando o
link: https://www.youtube.com/watch?v=dTBA5A27770.
Acesso em: 21 jan. 2023.
Identifica o valor do bem, com base na capitalização presente da sua renda líqui-
da prevista, considerando-se cenários viáveis, indicado para apuração de valores eco-
nômicos de empreendimentos, apuração da valores intangíveis (marcas, direitos entre
outros). Na avaliação de empreendimentos de base imobiliária, tais como shopping-cen-
ters, hotéis, pode ser indicado como um bom aferidor de valor de mercado.
DICA
Assista ao vídeo: “O que é o Método da Renda?”, acessando o link:
https://www.youtube.com/watch?v=tHySMR5w7c4. Acesso em: 21 jan. 2023.
Devemos nos aprofundar mais sobre os métodos avaliatórios para que eles
possam nos auxiliar, na composição final dos valores obtidos em um PTAM. Toda
ciência conta com princípios e eles, aliados à legislação e normas, tornarão nosso
trabalho muito mais preciso.
105
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu:
• O método evolutivo.
• O método involutivo.
• O método da renda.
106
AUTOATIVIDADE
1 Com base nas orientações da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT NBR
14.653, temos quatro métodos distintos de avaliação mercadológica de imóveis,
assinale a alternativa CORRETA:
107
4 O que é o Fator de Comercialização, utilizado no Método Evolutivo?
108
UNIDADE 2 TÓPICO 3 -
MÉTODO COMPARATIVO DIRETO DE
DADOS DE MERCADO (MCDDM)
1 INTRODUÇÃO
Quando o Gestor inicia a execução de seu Parecer Técnico de Valor Mercadológico,
o primeiro passo será vistoria criteriosa do imóvel avaliando com a análise do contexto
que cerca o imóvel, o segundo passo será coleta de amostras.
2 O MÉTODO
Propalado por todos como o método mais empregado em avaliações de imóveis,
o método comparativo direto de dados de mercado, é restrito a um determinado
contexto, sendo impraticável sua extrapolação para um contexto diverso.
109
entanto, pouco adequada para a determinação dos valores das propriedades de longo
prazo. Curiosamente, no entender desta autora, a utilização do método de comparação
de dados de mercado não requer que o avaliador entenda a motivação dos compradores
e dos vendedores. Isto representa, no seu entendimento, um ponto fraco deste método,
pois se não se entenderem as motivações dos agentes intervenientes, é difícil fornecer
uma avaliação rigorosa e racional, se a base para comparação for reduzida, o que torna
difícil traduzir a evidência com algum grau de confiança. Segundo Wolverton (1998) o
método é limitado, pois o fato de identificar a existência ou não, de determinado atributo
na propriedade, não significa que se consiga medir a sua magnitude ou qualidade.
2.1 CARACTERÍSTICAS
Os quatro componentes fundamentais que definem o valor de mercado são:
o valor do terreno, os custos de construção, a promoção do empreendimento e lucro
do incorporador.
110
Pode-se valer de técnicas de homogeneização e de análise estatística.
Depois da análise das amostras, com a média aritmética ou com uma ponderação,
o processo conclui-se assinalando um valor homogeneizado por comparação para o
imóvel avaliando.
DESVANTAGENS:
111
• A comparação de preços baseia-se numa relação linear implícita direta, o que nem
sempre acontece;
• Há avaliadores que têm reservas sobre a confiabilidade do método devido à
subjetividade na escolha de variáveis.
DICA
Assista o vídeo “Avaliação de Imóveis pelo Método Comparativo Direto” no link:
https://www.youtube.com/watch?v=QPjDEiSk5bc. Acesso em: 21 jan. 2023.
112
LEITURA
COMPLEMENTAR
MÉTODO COMPARATIVO DIRETO DE DADOS DE MERCADO
Dandara Viana
Indo agora ao que interessa, neste post, iremos nos aprofundar no Método
Comparativo Direto de Dados de Mercado e conheceremos os procedimentos básicos
e os tipos de tratamento de dados utilizados por esse modelo. Tudo isso com base na
ABNT NBR 14.653: Avaliação de Bens – Parte 2: Imóveis Urbanos.
ETAPAS DO MÉTODO
1. PLANEJAMENTO DA PESQUISA
Já vimos até agora que o Método Comparativo Direto utiliza uma amostra
representativa de dados de mercado de imóveis com características, tanto quanto
possível, semelhantes às do avaliando.
Mas, para que tudo isso seja possível, é necessário um planejamento da pesquisa
dos dados que irão compor essa amostra, de modo que ela seja a mais abrangente e
mais representativa possível.
113
Feito isso, o próximo passo é a seleção das variáveis que serão relevantes para
explicar a formação de valor do bem avaliando.
Para auxiliar na escolha dessas variáveis, vejamos os dois tipos existentes, são eles:
• VARIÁVEL DEPENDENTE
Levando agora para a área de avaliação, que é o que nos interessa, quando
falamos em variáveis dependentes podemos estar nos referindo, por exemplo, ao preço
unitário de venda de um imóvel.
• VARIÁVEL INDEPENDENTE
114
Pelo emprego de variáveis representantes (exemplo: o padrão construtivo
expresso pelo custo unitário básico – CUB);
Por ficar mais claro, se uma das variáveis independentes escolhidas para a
pesquisa for Padrão de Acabamento, por exemplo, todos os dados da amostra deverão
conter essa informação, caso contrário, não servirá para o modelo.
- Buscar dados de mercado com atributos mais semelhantes possíveis aos do bem
avaliando;
- Diversificar as fontes de pesquisa tanto quanto possível e, quando necessário,
apresentar no Laudo as fontes utilizadas;
- Realizar vistorias em cada imóvel da amostra, sempre que possível;
- Identificar e descrever as características relevantes dos dados coletados;
- Coletar dados de mercado o mais recente possível em relação à data de referência da
avaliação;
- Considerar as superestimativas que, em geral, acompanham as ofertas de mercado;
- Evitar uso de informações que impliquem opiniões subjetivas.
4. TRATAMENTO DE DADOS
115
Após essa sintetização, é possível ao avaliador verificar a consistência da
amostra coletada e a influência das variáveis sobre os preços de mercado.
• TRATAMENTO CIENTÍFICO
116
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu:
• Vantagens e desvantagens.
117
AUTOATIVIDADE
1 Na opinião de Lenk, Worzala e Silva (1997), McCluskey et al. (1997) e Connellan e James
(1998), este método tem tido:
118
3 Sobre as característica do Método Comparativo Direto de Dados de Mercado,
classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
119
REFERÊNCIAS
APSIS. Lei de Recuperação e Falência: como funciona o Laudo de Avaliação dos
Bens e Ativos. 2023. Disponível em: https://apsis.com.br/artigos/lei-de-recupera-
cao-e-falencia-como-funciona-o-laudo-de-avaliacao-dos-bens-e-ativos. Acesso
em: 21 jan. 2023.
BRASIL. Código Civil, Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002: Institui o Código Civil.
Brasília, DF: Presidência da República, [2002]. Disponível em: https://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm. Acesso em: 21 jan. 2023.
BRASIL. Código de Processo Civil, Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Institui o Có-
digo de Processo Civil. Brasília, DF: Presidência da República, [2015]. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm. Acesso
em: 21 jan. 2023.
BRASIL. Lei Nº 8.245, de 18 de outubro de 1991. Dispõe sobre as locações dos imó-
veis urbanos e os procedimentos a elas pertinentes. Brasília, DF: Presidência da
República, [1991]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8245.htm.
Acesso em: 21 jan. 2023.
120
IEA – SOLUÇÕES PARA AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS. O que é o Método da Renda? | Ava-
liação de Imóveis - Hugo Farias. YouTube, 2 de novembro de 2020. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=tHySMR5w7c4. Acesso em: 21 jan. 2023.
NOVA ÉPOCA. Permuta de imóveis: o que é, como funciona e como usá-la a seu fa-
vor. 2023. Disponível em: https://www.novaepoca.com.br/blog/permuta-de-imoveis-
-o-que-e-como-funciona-e-como-usa-la-a-seu-favor/121. Acesso em: 21 jan. 2023.
VEM PRA CASA. Avaliação de imóveis: quais são os principais tipos? 2023. Disponível
em: https://vempracasa.com/blog/avaliacao-de-imoveis-quais-sao-os-principais-ti-
pos/46. Acesso em: 21 jan. 2023.
121
122
UNIDADE 3
EXECUÇÃO DE UM
PTAM (PARECER
TÉCNICO DE AVALIAÇÃO
MERCADOLÓGICA)
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
A cada tópico desta unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar
o conteúdo apresentado.
CHAMADA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
123
CONFIRA
A TRILHA DA
UNIDADE 3!
Acesse o
QR Code abaixo:
124
UNIDADE 3 TÓPICO 1 —
O QUE É UM PTAM?
1 INTRODUÇÃO
Estamos na terceira e última unidade do nosso livro didático, e afinal, sabemos
exatamente o que é um Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica, o tão falado PTAM?
Nesta unidade, iremos abordar a parte prática das avaliações imobiliárias, seu
passo a passo, conclusão e apresentação. Também iremos rever sua regulamentação e
exigências.
• ATENDIMENTO AO CLIENTE
• SOLICITAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO
125
• VISITA AO IMÓVEL
• COLETA DE DADOS
Os dados são fundamentais para um PTAM. Como neste momento você ainda
não sabe qual método irá utilizar, recomenda-se que colete dados de imóveis tanto
para locação quanto para venda. Quanto mais dados, melhor, porém seja criterioso, nem
todos os dados poderão ser aproveitados.
• PLANEJAMENTO DO TRABALHO
2 REGULAMENTAÇÃO
Como visto anteriormente, n o Art. 5º da Resolução 1.066/2007 - COFECI, o Parecer
Técnico de Avaliação Mercadológica, deve conter os seguintes requisitos mínimos:
126
I) Identificação do solicitante.
II) Objetivo do parecer técnico.
III) Identificação e caracterização do imóvel.
IV) Indicação da metodologia utilizada.
V) Valor resultante e sua data de referência.
VI) Identificação, breve currículo e assinatura do Corretor de Imóveis Avaliador.
I) mapa de localização;
II) certidão atualizada da matrícula no Cartório do Registro de Imóveis;
III) relatório fotográfico.
3 DEMANDAS
São inúmeras as demandas do Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica, como
já visto em tópicos anteriores. Este tema, por possuir grande extensão, será sintetizado
em seus aspectos mais relevantes visando uma melhor compreensão do acadêmico.
127
IMPORTANTE
São alguns exemplos de imóveis urbanos:
• LOTE URBANO
Lote urbano é a subdivisão de um terreno (área maior), destinado à edificação.
• CASA GEMINADA
Casa geminada é a construção de duas ou mais casas ligadas umas às outras, que dividem
igualmente o lote de acordo com a quantidade de unidades. Esse tipo de residência
simétrica que compartilha a estrutura visual, alvenaria e telhado.
• SOBRADO
Sobrado é o tipo de construção constituída por dois ou mais andares.
• BANGALÔ
O bangalô é um tipo de construção térrea que costuma ser pequena e apresentar uma
varanda. Esse tipo de casa é bastante comum na América do Norte e é ideal para locais
mais frios.
• EDÍCULA
Edícula consiste em uma casa pequena, localizada no fundo de um terreno e apresentando,
geralmente, apenas um dormitório, sala, banheiro e cozinha. Algumas edículas possuem
uma garagem e uma área de serviço externa.
• MANSÃO
Mansão significa uma casa de alto padrão e luxo. Essas residências são grandes e apresentam
diversos cômodos e espaços de lazer, tudo com o máximo de conforto possível.
• LOFT
Loft é o tipo de construção que não possui divisórias entre os cômodos. Ele é inspirado
nos galpões e armazéns americanos dos anos 70 e são vistos até hoje como sinônimo
de inovação.
• APARTAMENTO PADRÃO
Os apartamentos padrões são unidades onde vivem uma porção de famílias em residências
separadas. Eles possuem plantas bem definidas e várias divisões internas com o número de
cômodos ideais para famílias grandes ou pequenas, podendo conter dormitórios, banheiro,
cozinha, sala e, em alguns casos, vaga de garagem.
• QUITINETE
Quitinete é um pequeno apartamento com quarto, sala e cozinha juntos e banheiro. Esse
tipo de construção tem valor inferior e tem sido uma opção comum nas grandes cidades,
principalmente para universitários.
• COBERTURA
O apartamento de cobertura fica no último andar de um prédio. Por serem as plantas mais
caras de um empreendimento, atendem a um público sofisticado e conta com a presença
de áreas de lazer, como terraço gourmet, jacuzzi e piscina. Para quem busca uma opção
com mais espaço e privacidade, as coberturas são indicadas.
• FLAT
Flats são apartamentos residenciais que dispõem de serviços de
comodidade, muitas vezes similares a um hotel, mas mais baratos.
• APARTAMENTO GARDEN
O apartamento garden fica localizado no térreo e costuma ser
de alto padrão, pois conta com área externa com churrasqueira,
jardim e piscina. Esse tipo de apartamento costuma ter um preço
mais acessível e funciona como uma escolha certa para quem
precisa de acessibilidade ou quer evitar escadas e elevadores.
128
• ESTÚDIO
O estúdio é um apartamento de cômodo único, ou seja, não costuma apresentar divisórias.
É uma opção confortável, que acomoda móveis um pouco maiores e mais funcionais, tendo
uma sala integrada com quarto e cozinha. Ele pode ser uma ótima opção para quem mora
sozinho ou para casais sem filhos.
• APARTAMENTO DUPLEX
O apartamento duplex é aquele que tem dois andares. Além de ser espaçoso, esse apartamento
costuma ter escada ou alguma ligação interna. Para quem procura um imóvel amplo, o
apartamento duplex pode ser uma escolha atrativa por ser mais barato do que as casas.
A Lei nº 4.504, de 30 de novembro de 1964, o Estatuto da Terra, diz em seu Art. 4º:
129
VI- "Empresa Rural" é o empreendimento de pessoa física
ou jurídica, pública ou privada, que explore econômica e
racionalmente imóvel rural, dentro de condição de rendimento
econômico ...Vetado... da região em que se situe e que explore
área mínima agricultável do imóvel segundo padrões fixados,
pública e previamente, pelo Poder Executivo. Para esse fim,
equiparam-se às áreas cultivadas, as pastagens, as matas
naturais e artificiais e as áreas ocupadas com benfeitorias;
VII- "Parceleiro", aquele que venha a adquirir lotes ou parcelas em área
destinada à Reforma Agrária ou à colonização pública ou privada;
VIII- "Cooperativa Integral de Reforma Agrária (C.I.R.A.)", toda
sociedade cooperativa mista, de natureza civil, ...Vetado...
criada nas áreas prioritárias de Reforma Agrária, contando
temporariamente com a contribuição financeira e técnica
do Poder Público, através do Instituto Brasileiro de Reforma
Agrária, com a finalidade de industrializar, beneficiar, preparar
e padronizar a produção agropecuária, bem como realizar os
demais objetivos previstos na legislação vigente;
IX- "Colonização", toda a atividade oficial ou particular, que se
destine a promover o aproveitamento econômico da terra,
pela sua divisão em propriedade familiar ou através de
Cooperativas ... Vetado...
Parágrafo único. Não se considera latifúndio:
a) o imóvel rural, qualquer que seja a sua dimensão, cujas
características recomendem, sob o ponto de vista técnico e
econômico, a exploração florestal racionalmente realizada,
mediante planejamento adequado;
b) o imóvel rural, ainda que de domínio particular, cujo objeto de
preservação florestal ou de outros recursos naturais haja sido
reconhecido para fins de tombamento, pelo órgão competente da
administração pública.
130
Então, o imóvel rural, quanto à dimensão, será dividido em:
DICA
Consulte as dimensões dos módulos fiscais, que variam de acordo com
o município, acessando o site: https://pro-pgt-incra.estaleiro.serpro.gov.
br/pgt/indices-basicos. Acesso em: 26 fev. 2023.
131
Segundo Lepsch (2015), a capacidade de uso da terra se divide em três grupos
que estão subdivididos em oito classes:
132
Terras impróprias
para vegetação
Terras impróprias para cultura,
produtiva e
pastagem ou reflorestamento,
próprias para
podendo servir apenas como
proteção da
C VII abrigo e proteção da fauna e
fauna silvestre,
flora silvestre, como ambiente
para recreação
para recreação ou para fins de
ou para fins de
armazenamento de águas.
armazenamento
de água.
Tabela 2 – Situação dos prédios rústicos e sua influência sobre o valor da terra
133
Como a anterior, porém
interceptada por fechos
nas servidões e com
Má sérios problemas de 75
praticabilidade na estação
chuvosa, distância e classe
da estrada se equivalendo.
134
Além destes, poderemos utilizar ainda: Fator de acesso, Fator Topografia, Fator
Localização, Fator Recursos Hídricos ou outros que se façam necessários na avaliação.
DICA
Leia a ABNT NBR 14653-3, que trata dos imóveis rurais:
Fonte: https://www.galaxcms.com.br/up
arquivos/1149/3-20170124191504.pdf. Acesso em: 26 fev. 2023.
IMPORTANTE
Conheças os tipos de imóveis comerciais:
• LOJAS
Podemos dizer que esse é o tipo mais conhecido entre os tipos de imóvel comercial,
pois já estão localizadas nas ruas, avenidas movimentadas, shoppings e galerias. Trata-
se da primeira escolha dos varejistas e demais empresários que precisam oferecer seus
produtos ou serviços ao público. É nas lojas que vemos os estoques, mercadorias e uma
movimentação maior de clientes e vendedores.
• SALAS COMERCIAIS
As salas comerciais são as escolhas de profissionais liberais das
mais variadas áreas, podendo torná-la um consultório, ponto
de venda, consultoria e algumas outras funções. Geralmente
localizadas em prédios comerciais, é importante estar atento
a alguns aspectos como a localização e infraestrutura.
Já os profissionais que ocupam esses ambientes variam
entre psicólogos, engenheiros e arquitetos, advogados,
contadores, especialidades médicas, coachs, corretores de
imóvel e inúmeras outras áreas de atuação.
135
• ANDAR CORRIDO
Essa escolha costuma ser tomada por empresas de maior parte, que geralmente abrigará
equipes de variados setores da mesma empresa. Trata-se da escolha de um andar inteiro
do prédio comercial escolhido, chamado de andar corrido ou laje corporativa. Na maioria
dos casos, o empreendedor especifica o que quer no seu projeto antes do início dele, o
que é conhecido como modelo Built to Suit.
• CASAS
Isso mesmo, casas podem ser um tipo de imóvel comercial! Hoje é possível utilizar casas
para fins comerciais, uma opção que vem se tornado comum entre as empresas. A dica é
escolher um ponto estratégico da cidade para isso.
• DEPÓSITO / ARMAZÉM
Esse tipo de imóvel tem o objetivo claro de estocar e armazenar produtos e mercadorias.
Trata-se de um tipo de imóvel comercial essencial para fabricantes, importadores,
exportadores, atacadistas, empresas das áreas de transportes, entre outras. É preciso optar
por uma grande estrutura, que, além de ideal para abrigar os materiais, ajude em questões
logísticas como localização próximo a rodovias, estradas e demais pontos estratégicos
interessantes para os parceiros, fornecedores e consumidor final.
• GALPÃO
Além do armazenamento e proteção contra ações da natureza (chuva, calor, luz direta
e outros), os galpões podem abrigar fábricas e linhas de produção inteiras, além de
armazéns de pequeno porte.
ATENÇÃO
QUAIS OS TIPOS DE IMÓVEIS INDUSTRIAIS EXISTENTES?
• GALPÃO PIRAMIDAL
Normalmente construído com tendas tensionadas, o galpão piramidal
leva esse nome devido a sua estrutura “umbrella” (guarda-chuva), cuja
lona de cobertura é pontuda no seu extremo.
136
O corpo principal é feito de chapas de ferro e/ou sistemas tubulares, os quais são fixados
por meio de encaixes, conexões e parafusos. Esse modelo é recomendando para quem
precisa de uma pequena área de depósito, algo entre 30 e 300 m², por exemplo.
• GALPÃO EM ARCO
Interessantes para quem necessita de melhores soluções de acústica, condensação
e climatização, os galpões em arco costumam ser indicados para as indústrias que se
localizam em regiões muito chuvosas, pois possibilitam o escoamento de água para as
laterais, reduzindo, desse modo, o risco de infiltrações.
Geralmente, as peças de cobertura (em arco/curvadas) são compostas por um isolante de
poliuretano, podendo ser facilmente aplicadas em telhados metálicos já concluídos.
• GALPÃO SHED
O galpão industrial chamado “shed” é aquele em que a sua cobertura foi criada na forma
de degraus. Essa particularidade tem como objetivo proporcionar melhor ventilação e
iluminação do espaço interno. Isso é possível por causa dos pontos de conexão das fendas
e aberturas no teto.
• PÉ DIREITO ALTO
O pé-direito é outro ponto característico de um galpão industrial. Quanto mais alto,
melhor. O ideal é que ele tenha entre 10 e 15 metros de altura, sendo que a maior parte
das construções atuais conta com 12.
Essa questão é importante principalmente para o depósito dos produtos, pois uma boa
verticalização possibilita o armazenamento de grandes volumes de carga. Isso sem contar
que um galpão de pé-direito alto tem uma ótima ventilação.
137
• SISTEMA CROSS-DOCKING
Embora não seja em todos, o sistema cross-docking também é uma característica dos
galpões industriais, pois permite a melhor circulação das mercadorias dentro do processo
logístico implantado.
Fonte: https://blog.sogalpoes.com.br/galpao-industrial-o-que-sao-e-como-escolher-o-melhor-mo-
delo/. Acesso em: 26 fev. 2023.
• Hospitais;
• Grandes clínicas;
• Escolas, colégios e universidades;
• Conventos e seminários;
• Hotéis, motéis, pousadas, colônias de férias e resorts;
• Edifícios comerciais;
• Templos religiosos;
• Teatros;
• Cinemas;
• Centros esportivos e/ou culturais;
• Shopping centers;
• Hipermercados;
• Imóveis Comerciais de Grande Porte;
• Imóveis Industriais de Grande Porte;
• Campos de Futebol;
• Zoológicos;
• Clubes;
• Postos de serviços;
• Outros.
138
A avaliação destes imóveis deverá ser realizada pelo Método Evolutivo ou pelo
Método da Renda. A impossibilidade de realizar a avaliação pelo Método Comparativo
Direto de Dados de Mercado é devido ao escasso número de amostras, já que muitos
destes imóveis possuem características únicas.
ESTUDOS FUTUROS
No próximo tema de aprendizagem, Elaboração do PTAM, iremos
aprender a realização da pesquisa e coletas de dados, a homogeneização
através de fatores, possíveis depreciações e a montagem do Parecer
Técnico de Avaliação Mercadológica.
139
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu:
140
AUTOATIVIDADE
1 O gestor imobiliário deverá atender demandas avaliatórias de quais segmentos de
imóveis? Assinale a alternativa CORRETA:
1 INTRODUÇÃO
Estamos quase concluindo nossos estudos. Agora preste muita atenção e
prepare-se para compreender de que forma se dá a pesquisa e a coleta de dados. Este
passo é muito importante para a realização do nosso trabalho.
A pesquisa deve ser feita com muita observação e descarte de amostras que
não auxiliarão na formação do valor. Caso as amostras não sejam suficientes, a melhor
solução é utilizar outro método.
O último passo técnico será aprender a realizar o cálculo até o resultado, depois
disso é só apresentar o PTAM com segurança e a certeza de um bom trabalho.
O gestor de imóveis deve ser bem criterioso na coleta dos dados amostrais, para
isso, deve estar atendo a quatro itens:
• QUANTITATIVO
Quanto mais amostras forem coletadas, tanto mais fácil será a execução do
trabalho e a fidelidade do resultado, porém, devem ter características comparáveis com
as do bem avaliando.
• QUALITATIVO
143
às amostras. Ressaltar e anotar de forma clara e compreensível todas as características
e ressalvas relevantes. Os dados amostrais devem ser coletados se possível na mesma
data da vistoria ao imóvel avaliando ou, na impossibilidade, na data mais próxima possível.
O mercado imobiliário está em constante modificação e a confiança nas informações
é primordial. Outro aspecto que merece nosso cuidado é a localização. A localização
poderá agregar valor ou depreciar, então os dados amostrais devem ser coletados o mais
próximo possível ao do imóvel avaliando, ou pelo menos em bairros bem próximos e com
características semelhantes. Existem ocasiões em que duas situações completamente
diferentes ficam lado a lado e precisam ser apreciadas com muita cautela.
• SITUAÇÃO MERCADOLÓGICA
• REGISTRO
3 HOMOGENEIZAÇÃO DA PESQUISA
Depois de coletar todas as amostras, você perceberá que os imóveis são di-
ferentes do imóvel avaliando. Um tem área construída maior, terreno menor, testada
maior, profundidade menor, padrão construtivo mais baixo, tempo de construção,
enfim, diferenças.
144
Quadro 1 – Imóvel avaliando
Foto Características Dados
Área do Terreno 560m²
Testada 14m
Profundidade 40m
Área Construída 290m²
Topografia Regular
Idade do Imóvel 5 anos
Padrão Construtivo Alto
Quadro 2 – Amostra 01
Foto Características Dados
Área do Terreno 465m²
Testada 15m
Profundidade 31 m
Área Construída 190m²
Topografia Irregular
Idade do Imóvel 15 anos
Padrão Construtivo Médio
Entre Regular e
Estado de Conservação
Reparos Simples
Valor R$ 350.000,00
145
Quadro 3 – Amostra 02
Foto Características Dados
Área do Terreno 150m²
Testada 6m
Profundidade 25m
Área Construída 120m²
Topografia Regular
Idade do Imóvel 3 anos
Padrão Construtivo Médio
Estado de Conservação Novo
Valor R$ 180.000,00
Quadro 4 – Amostra 03
Foto Características Dados
Simulamos três amostras para você compreender melhor. Note que a área do terreno e
a área construída são diferentes, assim como testada, profundidade, topografia, tempo de cons-
trução, padrão construtivo e estado de conservação. O que se busca ao executar um PTAM é
obter o valor que mais se aproxima ao justo valor de mercado, por essa razão deve-se homoge-
neizar a pesquisa. Ao aplicarmos os fatores de homogeneização, corrigiremos essas diferenças.
146
Não somos engenheiros e a pretensão de trabalhar como tal sem a habilitação
é no mínimo passível de um processo por exercício ilegal da profissão. Essa, acadêmico,
é a restrição mais do que justa que os Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos fazem
em relação ao corretor que deseja assinar um laudo como se um engenheiro avaliador
fosse, porém, não podemos nos basear em “achismos”. Na certeza da seriedade da
engenharia da avaliação, aplicamos fatores de forma mais simples, porém passíveis de
serem aceitas por serem tão lógicas quanto técnicas.
ATENÇÃO
No tratamento por fatores, devem ser utilizados os elementos amostrais mais
semelhantes possíveis ao avaliando, em todas as suas características, cujas diferenças
perante ele, para mais ou para menos, são levadas em conta. É admitida a priori
a existência de relações fixas entre as diferenças dos atributos específicos e os
respectivos preços. Os fatores devem ser aplicados sempre ao valor original do
elemento comparativo na forma de somatório. No valor original do elemento devem
ser considerados, quando aplicáveis:
• Localização;
• Fatores de forma (testada, profundidade, área ou múltiplas
frentes);
• Fatores padrão construtivo e depreciação.
• FATOR OFERTA
147
Significa que nem sempre o valor obtido na amostra pode ser aplicado
imediatamente, visto que o valor das amostras que estão para serem comercializadas
podem sofrer alterações em função da negociação a ser realizada, ou seja, o poder de
pedir desconto do comprador e o poder de resistência e interesse de venda do vendedor.
Em tese, o valor do desconto gira em torno de 10%, porém outro detalhe merece
nossa consideração. O imóvel ofertado pelo proprietário (o que tem sido mais raro
atualmente pelo bom trabalho do gestor) e o imóvel ofertado por imobiliárias, gestores
ou corretores. Neste último caso, será agregado 6% (seis por cento) a título de comissão
de venda. Neste caso, o bom senso do profissional deve agir com parcimônia.
Utilizando os dados das três amostras e multiplicando pelo fator oferta (consi-
derando que todas as amostras foram ofertadas em propagandas imobiliárias), teremos:
Fonte: o autor.
3.1.1 Terrenos
Neste subtópico veremos os fatores aplicados aos terrenos e suas variações.
Podem ser aplicados em avaliações imobiliárias de terrenos com ou sem benfeitorias.
• FATOR TESTADA
148
Fonte: o autor.
Vale lembrar que devemos sempre obter junto à prefeitura local a testada de
referência do imóvel avaliando, que para o caso que simulamos será de 12 metros.
149
Tabela 2 – Fator Testada
Fonte: https://www.guiapraiagrande.com.br/arquivos/Avalia%C3%A7%C3%A3o%20Imobili%C3%A1ria%20
%20para%20Corretores%20de%20Im%C3%B3veis.doc. Acesso em: 24 ago. 2012.
150
Utilizando nosso exemplo anterior como modelo (com o valor homogeneizado
pelo Fator Oferta), vamos aprender a fazer os cálculos:
Fonte: o autor
.
• FATOR PROFUNDIDADE
151
IMPORTANTE
A profundidade do terreno influenciará diretamente no valor final. Comparando dois terrenos com
áreas iguais e profundidades diferentes, observamos ser o terreno com maior profundidade será
prejudicado, mesmo com a área igual.
Existe várias teorias para definir o fator profundidade: teoria 4-3-2-1, que estabelece um percentual
de desvalorização em relação com o aumento da profundidade, como sendo nos primeiros 40% um
valor, 30% outro e assim por diante. Outra teoria estabelece 1/3, 2/3, onde o primeiro terço teria um
valor e os 2/3 restantes outro proporcionalmente menor. Vários
estudiosos elaboraram suas fórmulas, tais como: Hofmann, Jarret
e Harper. Uma das mais utilizadas é a do professor Harper.
Entretanto, com a prática notou-se que a fórmula de Harper, não
atendia a todos casos, pois em algumas situações, terrenos com
pouca profundidade, sofriam, na realidade uma valorização, en-
quanto o correto seria uma desvalorização.
Os engenheiros brasileiros Joaquim Medeiros Junior e Nelson
Alonso, do IBAPE realizaram estudos, estabelecendo diversas
fórmulas para o cálculo desse fator.
No entanto, na prática verificou-se que a tabela abaixo acomoda
as variações de valores, determinando suas desvalorizações
Fonte: https://www.guiapraiagrande.com.br/arquivos/Avalia%C3%A7%C3%A3o%20Imobili%C3%A1ria%20
%20para%20Corretores%20de%20Im%C3%B3veis.doc. Acesso em: 24 ago. 2012.
152
Vamos analisar nosso caso:
Fonte: o autor.
• FATOR ESQUINA
153
Neste caso, podemos também fazer uso de uma tabela sugerida pelo Professor
Rosalmir Moreira (2009, p. 39):
Fonte: o autor.
• FATOR TOPOGRAFIA
Esse fator é utilizado para corrigir o valor de um terreno que apresente uma
situação irregular quanto à sua topografia, se comparado a um terreno plano. É
necessário quando for preciso realizar alguma movimentação de terra (aterro ou corte),
antes da construção. Para promover tal ajuste, são utilizados os índices estabelecidos
na tabela 4, ou calcula-se o custo das obras de terraplenagem necessárias para deixar
o terreno apto à construção. Esse fator nem sempre deve ser utilizado, em algumas
situações, o declive ou aclive do terreno é fator de valorização (como, por exemplo, um
projeto que preveja um subsolo e o terreno possua um declive acentuado).
154
Tabela 7 – Fator Topografia
Terrenos em Declive Terrenos em Aclive
DECLIVIDADE FATOR ACLIVIDADE FATOR
Até 5% 0,95 Suave 0,95
De 5% a 10% 0,90 Acentuado 0,90
Maior de 10% 0,80
Fonte: o autor.
Continuando a análise de nosso exemplo, vamos rever a foto da única amostra
que apresenta topografia irregular (Figura 1 ).
Figura 1 – Amostra 1
Fonte: o autor.
• FATOR FORMA
155
ATENÇÃO
Quase da mesma maneira que o fator de profundidade, o fator forma também
está ligado ao aproveitamento do terreno. Aqueles imóveis com desenho to-
talmente irregular dificultam o aproveitamento, no momento da construção.
Portanto quanto maior o número de ângulos diferentes de 90º, maior sua de-
preciação. Diante do exposto é aconselhável utilizar o fator de desvalorização
na proporção de pouca irregularidade 10% e bastante irregular 20%.
No nosso exemplo, não teremos que aplicar esse fator, porque todas as amos-
tras apresentam formato regular.
• FATOR LOCALIZAÇÃO
IMPORTANTE
Para a transposição da parcela do valor referente ao terreno de um local para outro, poderá ser em-
pregada a relação entre os valores dos lançamentos fiscais, obtidos da Planta de Valores Genéricos
editada pela Prefeitura Municipal, se for constatada a coerência deles. Nos casos de inexistência
desses valores ou se forem constatadas incoerências nas suas interrelações, deverá ser procedido
estudo devidamente fundamentado de novos índices para a região.
Tanto quanto possível, deverá ser evitada a utilização de valores oriun-
dos de locais cujos índices de transposição discrepem excessivamente
daquele para o qual a pesquisa deve ser feita, limitando-os entre a me-
tade e o dobro do local a avaliar.
No caso de terrenos com edificações, os fatores referentes à localiza-
ção devem incidir exclusivamente na parcela do valor do comparativo
correspondente ao terreno.
Fonte: http://www.ibape-sp.org.br/arquivos/norma-de-avaliacoes-de-i-
moveis-urbanos.pdf. Acesso em: 24 ago. 2012.
156
Esse fator é adotado quando se está comparando lotes localizados
em regiões diferentes. O valor do terreno pesquisado é de uma região
e se deseja, com aquele dado, determinar o valor de um lote que está
em outra região. Os dois, porém têm as mesmas características ou
foram homogeneizados. Para obter esse fator, utilizamos a planta
de valores do cadastro imobiliários das prefeituras. Obtém-se o fator
fazendo uma transposição, com uma regra de três, relacionando o
valor do metro quadrado do lote pesquisado com o valor do metro
quadrado da planta de valores.
Nossas amostras serão base para a aplicação do método comparativo, por essa
razão, encontram-se nas proximidades do lote avaliando sem necessidade de correções.
3.1.2 Benfeitorias
Nas edificações, chamadas de benfeitorias, também serão aplicados fatores de
homogeneização.
157
4 DEPRECIAÇÃO DAS BENFEITORIAS
Devemos considerar a conservação do imóvel com os olhos de um gestor
imobiliário. Para tanto, podemos utilizar a Tabela de Ross-Heidecke utilizada também
pela engenharia de avaliação e facilmente compreensível e aplicável por nós.
• DEPRECIAÇÃO
É a perda da aptidão de servir ao fim que o imóvel se destina, provocando a decadência
do valor intrínseco do bem;
• IDADE REAL
Período decorrido entre a data que foi concluída a edificação e a data de referência
da avaliação;
• VIDA REMANESCENTE
Tempo estimado entre a data da avaliação e o fim da sua vida útil;
• VALOR RESIDUAL
É o valor de demolição ou de reaproveitamento de parte dos materiais ao fim da sua
vida útil;
• VALOR NOVO
É o custo de reprodução de uma edificação nova através de orçamentos analíticos.
• VALOR DEPRECIÁVEL
É o valor novo menos o valor residual.
158
• APRENDENDO A UTILIZAÇÃO DA TABELA ROSS-HEIDECKE
Estado de
Condições Físicas Classificação Coeficiente E%
Conservação
NOVO - NÃO SOFREU
NEM NECESSITA
DE REPAROS
Com até seis meses de
uso e sem danos.
Não sofreu nem neces-
A sita de reparos. O - Ótimo 0,00%
Edificação nova ou com
reforma geral e substan-
cial, com menos de 02
anos, que apresente ape-
nas sinais de desgaste
natural da pintura externa
ENTRE NOVO E REGULAR
- Apesar de já submetido
ao uso, apresenta-se nas
condições de novo ou
bem próximo disso. Não
recebeu e nem necessita
de reparos.
B
Edificação nova ou com MB - Muito Bom 0,32%
reforma geral e subs-
tancial, com menos de
02 anos, que apresente
necessidade apenas
de uma demão leve de
pintura para recompor a
sua aparência
159
REGULAR - Requer
ou recebeu reparos
pequenos. Quando o
objeto de serviço de
recuperação ou de res-
tauração recente deixou
em condições próximas
ao de novo. Quando da
existência de atividade
de manutenção perma-
nente e eficiente que
mantém a aparência e/
ou uso em condições
de novo; Requer apenas
limpeza sem utilização
C B - Bom 2,52%
de mão de obra espe-
cializada para manter
em boas condições de
uso/aparência.
Edificação seminova
ou com reforma geral
e substancial entre 02
e 05 anos, cujo estado
geral possa ser recu-
perado apenas com
reparos de eventuais
fissuras superficiais
localizadas e/ou pintura
externa e interna.
ENTRE REGULAR E RE-
PAROS SIMPLES - Ati-
vidade de manutenção
eventual ou periódica
que mantém uma boa
aparência e condições
normais de uso, mas
sem o aspecto de novo
ou recuperação recente.
Requer intervenções
superficiais em pontos
localizados para recu-
peração de desgastes
D naturais. Pode requerer I - Intermediário 8,09%
mão de obra especiali-
zada com uso de instru-
mentos especiais.
Edificação seminova
ou com reforma geral
e substancial entre 02
e 05 anos, cujo estado
geral possa ser recu-
perado com reparo de
fissuras localizadas e
superficiais e pintura
externa e interna.
160
REPAROS SIMPLES
- Requer reparações
simples. Requer inter-
venções em pontos lo-
calizados ou em partes/
componentes definidos
para restauração de
aspectos e/ou fun-
cionalidades originais.
Necessitam de servi-
ços generalizados de
manutenção e limpeza.
Implicam a realização
de serviços superficiais
ou reparos de partes ou
E R -Regular 18,10%
componentes definidos/
localizados com mão de
obra especializada. Não
comprometem a opera-
ção e a funcionalidade.
Edificação cujo estado
geral possa ser recupe-
rado com pintura interna
e externa, após reparos
de fissuras superficiais
generalizadas, sem
recuperação do sistema
estrutural. Eventualmen-
te, revisão do sistema
hidráulico e elétrico.
161
ENTRE REPAROS SIM-
PLES E IMPORTANTES.
Requer intervenções
generalizadas na maior
parte ou com profun-
didades em peças ou
componentes específi-
cos sob pena de com-
prometimento iminente
de operação e seguran-
ça. Implica restauração
ou recuperação com
remoção/ substituição/
adição de elementos ou
peças com mão de obra
especializada.
Edificação cujo estado
geral possa ser recu-
perado com pintura
F
interna e externa, após D - Deficiente 32,20%
reparos de fissuras, e
com estabilização e/ou
recuperação localizada
do sistema estrutural. As
instalações hidráulicas
e elétricas possam ser
restauradas mediante a
revisão e com substitui-
ção eventual de algumas
peças desgastadas
naturalmente. Eventual-
mente possa ser neces-
sária a substituição dos
revestimentos de pisos
e paredes, de um, ou de
outro compartimento.
Revisão da impermeabi-
lização ou substituição
de telhas da cobertura.
162
REPAROS IMPORTAN-
TES - Requer repa-
rações importantes.
Requer intervenções
generalizadas e com
profundidade em partes
ou peças críticas sob
o aspecto de estética,
salubridade, segurança
e funcionalidade.
Implica restauração
ou recuperação com
remoção/ substituição/
adição de elementos ou
peças com mão de obra
especializada.
Edificação cujo estado
geral possa ser recupe-
rado com pintura interna
G M - Mau 52,60%
e externa, com substi-
tuição de panos de re-
gularização da alvenaria,
reparos de fissuras, com
estabilização e/ou recu-
peração de grande parte
do sistema estrutura. As
instalações hidráulicas
e elétricas possam ser
restauradas mediante a
substituição das peças
aparentes. A substitui-
ção dos revestimentos
de pisos e paredes, da
maioria dos comparti-
mentos. Substituição ou
reparações importantes
na impermeabilização ou
no telhado.
ENTRE REPAROS IMPOR-
TANTES E SEM VALOR.
Restauração total de
elementos ou peças
importantes. Degradação
H
generalizada e com alto
grau de exposição. Alto
nível de comprometi-
mento da funcionalidade,
segurança e operação.
163
Edificação cujo estado
geral possa ser recupe-
rado com estabilização
e/ou recuperação do
sistema estrutural,
substituição da regu-
larização da alvenaria,
reparos de fissuras. MM - Muito Mau 75,20%
Substituição das insta-
lações hidráulicas e elé-
tricas. Substituição dos
revestimentos de pisos
e paredes. Substituição
da impermeabilização ou
do telhado.
SEM VALOR - Valor de
demolição residual.
Máquina/equipamento
I DM - Demolição 100%
em estado de demoli-
ção. Sem condição de
operação ou uso.
Estado de Conservação
Idade
em % A B C D E F G H
de vida
2,00 0,9898 0,9866 0,9649 0,9097 0,8106 0,6612 0,4692 0,2455
4,00 0,9792 0,9761 0,9545 0,9000 0,8020 0,6541 0,4641 0,2428
6,00 0,9682 0,9651 0,9438 0,8899 0,7930 0,6468 0,4589 0,2401
8,00 0,9568 0,9537 0,9327 0,8794 0,7836 0,6391 0,4535 0,2373
10,00 0,9450 0,9420 0,9212 0,8685 0,7740 0,6313 0,4479 0,2344
12,00 0,9328 0,9298 0,9093 0,8573 0,7640 0,6231 0,4421 0,2313
14,00 0,9202 0,9173 0,8970 0,8458 0,7536 0,6147 0,4362 0,2282
16,00 0,9072 0,9043 0,8843 0,8338 0,7430 0,6060 0,4300 0,2250
18,00 0,8938 0,8909 0,8713 0,8215 0,7320 0,5971 0,4237 0,2217
20,00 0,8800 0,8772 0,8578 0,8088 0,7207 0,5878 0,4171 0,2182
22,00 0,8658 0,8630 0,8440 0,7958 0,7091 0,5784 0,4104 0,2147
24,00 0,8512 0,8485 0,8297 0,7823 0,6971 0,5686 0,4035 0,2111
26,00 0,8362 0,8335 0,8151 0,7686 0,6848 0,5586 0,3964 0,2074
28,00 0,8208 0,8182 0,8001 0,7544 0,6722 0,5483 0,3891 0,2036
30,00 0,8050 0,8024 0,7847 0,7399 0,6593 0,5377 0,3816 0,1996
164
32,00 0,7888 0,7863 0,7689 0,7250 0,6460 0,5269 0,3739 0,1956
34,00 0,7722 0,7697 0,7527 0,7097 0,6324 0,5158 0,3660 0,1915
36,00 0,7552 0,7528 0,7362 0,6941 0,6185 0,5045 0,3580 0,1873
38,00 0,7378 0,7354 0,7192 0,6781 0,6043 0,4929 0,3497 0,1830
40,00 0,7200 0,7177 0,7019 0,6618 0,5897 0,4810 0,3413 0,1786
42,00 0,7018 0,6996 0,6841 0,6450 0,5748 0,4688 0,3327 0,1740
44,00 0,6832 0,6810 0,6660 0,6279 0,5595 0,4564 0,3238 0,1694
46,00 0,6642 0,6621 0,6475 0,6105 0,5440 0,4437 0,3148 0,1647
48,00 0,6448 0,6427 0,6286 0,5926 0,5281 0,4307 0,3056 0,1599
50,00 0,6250 0,6230 0,6093 0,5744 0,5119 0,4175 0,2963 0,1550
52,00 0,6048 0,6029 0,5896 0,5559 0,4953 0,4040 0,2867 0,1500
54,00 0,5842 0,5823 0,5695 0,5369 0,4785 0,3902 0,2769 0,1449
56,00 0,5632 0,5614 0,5490 0,5176 0,4613 0,3762 0,2670 0,1397
58,00 0,5418 0,5401 0,5281 0,4980 0,4437 0,3619 0,2568 0,1344
60,00 0,5200 0,5183 0,5069 0,4779 0,4259 0,3474 0,2465 0,1290
62,00 0,4978 0,4962 0,4853 0,4575 0,4077 0,3325 0,2360 0,1235
64,00 0,4752 0,4737 0,4632 0,4368 0,3892 0,3174 0,2252 0,1178
66,00 0,4522 0,4508 0,4408 0,4156 0,3704 0,3021 0,2143 0,1121
68,00 0,4288 0,4274 0,4180 0,3941 0,3512 0,2864 0,2033 0,1063
70,00 0,4050 0,4037 0,3948 0,3722 0,3317 0,2705 0,1920 0,1004
72,00 0,3808 0,3796 0,3712 0,3500 0,3119 0,2544 0,1805 0,0944
74,00 0,3562 0,3551 0,3472 0,3274 0,2917 0,2379 0,1688 0,0883
76,00 0,3312 0,3301 0,3229 0,3044 0,2713 0,2212 0,1570 0,0821
78,00 0,3058 0,3048 0,2981 0,2811 0,2505 0,2043 0,1449 0,0758
80,00 0,2800 0,2791 0,2729 0,2573 0,2293 0,1870 0,1327 0,0694
82,00 0,2538 0,2530 0,2474 0,2333 0,2079 0,1695 0,1203 0,0629
84,00 0,2272 0,2265 0,2215 0,2088 0,1861 0,1518 0,1077 0,0563
86,00 0,2002 0,1996 0,1952 0,1840 0,1640 0,1337 0,0949 0,0496
88,00 0,1728 0,1722 0,1684 0,1588 0,1415 0,1154 0,0819 0,0429
90,00 0,1450 0,1445 0,1413 0,1333 0,1188 0,0969 0,0687 0,0360
92,00 0,1168 0,1164 0,1139 0,1074 0,0957 0,0780 0,0554 0,0290
94,00 0,0882 0,0879 0,0860 0,0811 0,0722 0,0589 0,0418 0,0219
96,00 0,0592 0,0590 0,0577 0,0544 0,0485 0,0395 0,0281 0,0147
98,00 0,0298 0,0297 0,0290 0,0274 0,0244 0,0199 0,0141 0,0074
100,00 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
165
• COMO UTILIZAMOS A TABELA?
Como a tabela não proporciona uma leitura direta, é necessário que conheçamos
a Vida Útil dos Imóveis, estabelecida pelo Bureau of Internal Revenue, para aplicarmos a
regra de três simples e descobrirmos a IDADE EM % DE VIDA do imóvel avaliando:
VIDA ÚTIL
IMÓVEL TIPO PADRÃO
(em anos)
Rústico 5
Barraco
Simples 10
Madeira 45
Rústico 60
Residencial Casa
Econômico, Simples ou Médio 70
Fino ou Luxo 60
Econômico, Simples ou Médio 60
Apartamento
Fino ou Luxo 50
Econômico ou Simples 70
Escritório Médio 60
Comercial
Fino ou Luxo 50
Loja 70
Armazém 75
Rústico ou Simples 60
Galpão Médio 80
Industrial Superior 80
Rústico ou Simples 20
Cobertura
Superior 30
Fábrica 50
Silo 75
Rural
Demais construções rurais 60
Banco 70
Hotel 50
Teatro 50
166
Exemplo prático:
60 anos 100
25 anos X
70 anos 100
15 anos X
70X = 100 . 15
X = 1.500/70 = 21,43, ou seja, 22% de vida útil.
167
Na Amostra 02 aplicamos a regra de três simples:
70 anos 100
3 anos X
70X = 100 . 3
X = 300/70 = 4,29, ou seja, 4% de vida útil.
Como nas outras, aplicamos a regra de três simples também na Amostra 03:
70 anos 100
10 anos X
70 X = 100. 10
X = 1.000/70 = 14,29, ou seja, 14% de vida útil.
• FORMAÇÃO DE VALOR
R$ 2.256,99 / 3 = R$ 752,33
168
Para determinar o valor venal do nosso imóvel avaliando, tomaremos a área do
terreno e multiplicaremos pelo valor médio das amostras:
É preciso ter bom senso, sensibilidade, conhecimento e muita ética para que se
apure o valor mercadológico de um imóvel.
5 EXECUÇÃO DO PTAM
• IDENTIFICAÇÃO DO SOLICITANTE
Francisco Lima, brasileiro, solteiro, empresário, portador do RG. nº 3.333.333-3 e do
CPF nº 111.222.333-44, residente e domiciliado à Av. Brasil, 123, nesta cidade.
• DESCRIÇÃO
Imóvel assobradado, com sala de estar, jantar, cozinha, escritório com banheiro,
lavabo, cozinha, despensa, área de serviço e estendal no térreo e 4 suítes na parte
superior e hall íntimo.
169
• CONTEXTUALIZAÇÃO DO IMÓVEL NA VIZINHANÇA E INFRAESTRUTURA DISPONÍVEL
Imóvel bem localizado, próximo a restaurantes, escolas, comércio variado, supermer-
cado 24 horas e posto de combustível.
IMÓVEL AVALIANDO
Foto Características Dados
Área do Terreno 560m²
Testada 14m
Profundidade 40m
Área Construída 290m²
Topografia Regular
Idade do Imóvel 5 anos
Padrão Construtivo Alto
Estado de Conservação Novo
IMÓVEIS DA AMOSTRA:
Amostra 01
170
Amostra 02
Foto Características Dados
Área do Terreno 150M²
Testada 6m
Profundidade 25m
Área Construída 120m²
Topografia Regular
Idade do Imóvel 3 anos
Padrão Construtivo Médio
Estado de Conservação Novo
Valor R$ 180.000,00
Amostra 03
171
Após a homogeneização, é calculada a média dos valores das amostras:
R$ 2.256,99 / 3 = R$ 752,33
• DATA DA VISTORIA
A vistoria foi realizada no dia 26 de janeiro de 2023.
• SEGUEM EM ANEXO
MAPA DE LOCALIZAÇÃO.
CERTIDÃO ATUALIZADA DA MATRÍCULA NO CARTÓRIO DO REGISTRO DE IMÓVEIS.
RELATÓRIO FOTOGRÁFICO.
São Paulo, 26 de fevereiro de 2023.
PEDRO BARROS
172
Com o término deste tema de aprendizado, você pôde perceber que nós, profis-
sionais gestores, temos muito a aprender. Nossa missão não acaba com esta disciplina,
pelo contrário, ela será a porta de entrada para o infinito universo da qualificação.
Nosso trabalho seria muito mais fácil se como barreiras tivéssemos apenas as
normais do dia a dia, e não a falta de preparo dos “profissionais” que atuam no mercado.
Tome por base o exemplo que fizemos juntos e melhore seu desempenho
pesquisando e estudando.
173
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu:
174
AUTOATIVIDADE
1 São fatores de homogeneização utilizados no Parecer Técnico de Avaliação
Mercadológica. Assinale a alternativa CORRETA:
175
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – F.
b) ( ) V – F – V.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
4 Segundo o Professor Rosalmir Moreira (2009, p.38), o Fator Topografia deverá ser
utilizado em quais situações?
5 O gestor de imóveis deve ser muito atento e criterioso na coleta de imóveis para
compor sua base amostral. Neste contexto, disserte individualmente sobre os quatro
itens (Quantitativo, Qualitativo, Situação Mercadológica e Registro) que promovem a
confiabilidade na coleta de amostras.
176
UNIDADE 3 TÓPICO 3 -
MODELOS DE PTAM
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, neste último Tema de Aprendizagem, iremos conhecer alguns
modelos de Pareceres Técnicos de Avaliação Mercadológica. Estes modelos servirão
como base para a montagem e execução do seu PTAM.
2 MODELOS
Na sequência, os modelos de PTAMs servirão como referência na elaboração do
seu próprio Parecer. Por se tratar de modelos, os PTAMs poderão ser alterados desde de
que seja mantida a estrutura básica, exigida pela Resolução COFECI 1.066/2007.
2.1.1 Casa
PARECER TÉCNICO DE AVALIAÇÃO MERCADOLÓGICA
Imóvel Avaliando:
Casa à Rua das Flores, 1.200, Flores, Duque de Caxias, município do RJ.
Finalidade do Parecer:
Determinação do valor de mercado do imóvel avaliando para fins de comercialização
Interessado:
José Silva
177
Acadêmico Silva
Corretor de Imóveis
Av. Y, Ed. Das Flores, Sala 1, Duque de Caxias, RJ
Creci n° 0001 - 0ª Região (Brasil)
Fone: 00-0000-0000 - E-mail: exemplo@exemplo.com.br
Duque de Caxias/RJ, 26 de fevereiro de 2023
________________________________________
Ilmo. Sr. José Silva
Acadêmico Silva, Corretor de Imóveis com registro no CRECI da 0ª Região
(Brasil) sob o nº 0001, domiciliado à Av. Y, Ed. Das Flores, Sala 1, Duque de Caxias, RJ, na
qualidade de Avaliador Imobiliário contratado por V. Sª, vem apresentar-lhe o presente
Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica.
FINALIDADE
IMÓVEL AVALIANDO
VISTORIA
Trata-se de uma casa, com área total de 290m², nascente, de padrão construtivo
médio, em estado de conservação que podemos caracterizar como novo.
178
A edificação na qual o imóvel avaliando está localizado é constituída de 1
estacionamento descoberto com 1 vaga. A casa possui 1 sala de estar, 1 banheiro social,
1 lavabo, 1 cozinha, 1 área de serviço, 1 banheiro auxiliar, 2 quartos.
CONTEXTO URBANO
ANÁLISE MERCADOLÓGICA
METODOLOGIA UTILIZADA
PESQUISA DE MERCADO
179
Estado de Idade do
Amostra Endereço Área Em Oferta Valor/R$
Conservação Imóvel
Entre Regu-
Rua das
1 465m² Sim lar e Reparos 15 350.000,00
Couves, 123
Simples
Rua das Mar-
2 150m² Sim Novo 3 180.000,00
garidas, 321
Rua dos
3 420m² Sim Regular 10 400.000,00
Cravos, 132
DEPRECIAÇÃO
TABELA DE FATORES
Fator Estado de
Amostra Valor / R$ Fator Oferta Valor Homogeneizado
Conservação
01 350.000,00 0,90 0,7958 R$ 250.677,00
02 180.000,00 0,90 0,9792 R$ 158.630,40
03 400.000,00 0,90 0,8970 R$ 322.920,00
180
R$ 2.365,31 / 3 = R$ 788,44
Considerando que o imóvel avaliando possui 5 anos de idade, vida útil estimada
em 70 anos, e que o seu estado de conservação pode ser definido como 'novo', torna-se
necessário depreciar-se o valor encontrado para que estas características intrínsecas
ao imóvel avaliando sejam consideradas na presente avaliação.
CONCLUSÃO
181
Duque de Caxias/RJ, 26 de fevereiro de 2023.
Acadêmico Silva
Corretor de Imóveis
Creci n° 0001 - 0ª Região (Brasil)
ANEXO 1
Ficha Descritiva do Imóvel Avaliando
1 - Identificação e caracterização do imóvel avaliando:
1.1 - Matrícula:
- Nº: 0001
- Cartório: 1° Ofício de Registro de Imóveis do RJ
1.2 - Proprietário:
- Nome: José Silva
- Endereço: Rua das Flores, 1.200
- Bairro: Flores
- Município: Duque de Caxias
- UF: RJ
1.3 - Situação e localização:
- Tipo: Casa
- Idade: 5 anos
- Estado de conservação: Novo
- Endereço: Rua das Flores, 1.200
- Bairro: Flores
- Município: Duque de Caxias
- UF: RJ
1.4 - Áreas:
- Área Construída: 290m²
- Área do Terreno: 560m²
2 - Infraestrutura disponível no logradouro e na região onde se encontra o imóvel:
rede de abastecimento de água, rede de energia elétrica, iluminação pública, rede de
esgoto, rede telefônica, linhas de transporte público, serviço de coleta de lixo, TV a cabo,
pavimentação.
3 - Características da edificação: casa nascente, de padrão construtivo médio, em estado
de conservação que podemos caracterizar como regular, estacionamento descoberto
com 1 vaga.
4 - Peças, benfeitorias, e outras características do imóvel:
- 1 sala de estar
- 1 banheiro social
- 1 lavabo
- 1 cozinha
- 1 área de serviço
- 1 banheiro auxiliar
- 2 quartos
5 - Fotografias do imóvel avaliando:
182
Foto Características Dados
Área do Terreno 560m²
Testada 14m
Profundidade 40m
Área Construída 290m²
Topografia Regular
Idade do Imóvel 5 anos
Padrão Construtivo Alto
Estado de Conservação Novo
ANEXO 2
Amostra 02
183
Amostra 03
CURRICULUM DO AVALIADOR
2.1.2 Apartamento
PARECER TÉCNICO DE AVALIAÇÃO MERCADOLÓGICA
Imóvel Avaliando:
Apartamento à Rua das Flores, 1.200, Apto 502, Flores, Duque de Caxias, município do RJ.
Finalidade do Parecer:
Determinação do valor de mercado do imóvel avaliando para fins de comercialização
Interessado:
José Silva
Acadêmico Silva
Corretor de Imóveis
Av. Y, Ed. Das Flores, Sala 1, Duque de Caxias, RJ
Creci n° 0001 - 0ª Região (Brasil)
Fone: 00-0000-0000 - E-mail: exemplo@exemplo.com.br
Duque de Caxias/RJ, 26 de fevereiro de 2023
________________________________________
184
Ilmo. Sr. José Silva
Acadêmico Silva, Corretor de Imóveis com registro no CRECI da 0ª Região
(Brasil) sob o nº 0001, domiciliado à Av. Y, Ed. Das Flores, Sala 1, Duque de Caxias, RJ, na
qualidade de Avaliador Imobiliário contratado por V.Sª, vem apresentar-lhe o presente
Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica.
FINALIDADE
IMÓVEL AVALIANDO
O imóvel avaliando, de propriedade de José Silva, está localizado à Rua das Flores,
1.200, Apto 502, Flores, Duque de Caxias, município do RJ e encontra-se registrado sob
a matrícula de nº 0001 (1° Ofício de Registro de Imóveis do RJ), nos seguintes termos:
VISTORIA
185
A edificação na qual o imóvel avaliando está localizado é constituída de 4
pavimentos, playground, estacionamento descoberto com 1 vaga. O apartamento
possui 1 sala de estar, 1 banheiro social, 1 lavabo, 1 cozinha, 1 área de serviço, 1 quarto de
empregada, 1 banheiro auxiliar, 2 quartos.
CONTEXTO URBANO
ANÁLISE MERCADOLÓGICA
METODOLOGIA UTILIZADA
186
PESQUISA DE MERCADO
Em Estado de Idade do
Amostra Endereço Área Valor/R$
Oferta Conservação Imóvel
DEPRECIAÇÃO
TABELA DE FATORES
187
EVOLUÇÃO DOS CÁLCULOS
R$ 5.826,66 / 3 = R$ 1.942,22
Considerando que o imóvel avaliando possui 5 anos de idade, vida útil estimada
em 70 anos, e que o seu estado de conservação pode ser definido como 'novo', torna-se
necessário depreciar-se o valor encontrado para que estas características intrínsecas
ao imóvel avaliando sejam consideradas na presente avaliação.
CONCLUSÃO
188
normalmente diferentes das flutuações e tendências de outros ramos da economia,
concluí-se que o Valor de Mercado do imóvel objeto deste Parecer Técnico de Análise
Mercadológica é de R$ 187.000,00 (cento e oitenta e sete mil reais), admitindo-se uma
variação de até 5% (cinco por cento), para cima ou para baixo, ou seja, entre o mínimo
de R$ 178.000,00 (cento e setenta e oito mil reais) e o máximo de R$ 196.000,00
(cento e noventa e seis mil reais).
ANEXO 1
Ficha Descritiva do Imóvel Avaliando
1 - Identificação e caracterização do imóvel avaliando:
1.1 - Matrícula:
- Nº: 0001
- Cartório: 1° Ofício de Registro de Imóveis do RJ
1.2 - Proprietário:
- Nome: José Silva
- Endereço: Rua das Flores, 1.200, Apto 302
- Bairro: Flores
- Município: Duque de Caxias
- UF: RJ
1.3 - Situação e localização:
- Tipo: Apartamento
- Idade: 5 anos
- Estado de conservação: Novo
- Endereço: Rua das Flores, 1.200, Apto 302
- Bairro: Flores
- Município: Duque de Caxias
- UF: RJ
1.4 - Áreas:
- Área Privativa: 100m²
- Área Real Total: 100m²
- Área de Uso Comum: 50m²
- Fração Ideal: 0,1234
189
3 - Características da edificação: casa nascente, de padrão construtivo médio, em estado
de conservação que podemos caracterizar como regular, estacionamento descoberto
com 1 vaga.
ANEXO 2
Fichas Descritivas das Amostras:
Amostra 01
(Incluir fotografias e características da amostra)
Amostra 02
(Incluir fotografias e características da amostra)
Amostra 03
(Incluir fotografias e características da amostra)
CURRICULUM DO AVALIADOR
Nome: Acadêmico Silva
Qualificação: Corretor de Imóveis
CRECI: 0001 - 0ª Região (Brasil)
Formação Profissional: Gestor de Negócios Imobiliários (Uniasselvi, 2023)
Experiência Profissional: Corretor de imóveis desde 2023, com experiência em avaliação,
compra e venda de imóveis
Endereço: Av. Y, Ed. Das Flores, Sala 1, Duque de Caxias, RJ
Telefone: 00-0000-0000
E-mail: exemplo@exemplo.com.br
2.1.3 Terreno
PARECER TÉCNICO DE AVALIAÇÃO MERCADOLÓGICA
Imóvel Avaliando:
Terreno à Rua das Flores, 1.200, Flores, Duque de Caxias, município do RJ.
Finalidade do Parecer:
Determinação do valor de mercado do imóvel avaliando para fins de comercialização
Interessado:
José Silva
190
Acadêmico Silva
Corretor de Imóveis
Av. Y, Ed. Das Flores, Sala 1, Duque de Caxias, RJ
Creci n° 0001 - 0ª Região (Brasil)
Fone: 00-0000-0000 - E-mail: exemplo@exemplo.com.br
Duque de Caxias/RJ, 26 de fevereiro de 2023
________________________________________
Ilmo. Sr. José Silva
Acadêmico Silva, Corretor de Imóveis com registro no CRECI da 0ª Região
(Brasil) sob o nº 0001, domiciliado à Av. Y, Ed. Das Flores, Sala 1, Duque de Caxias, RJ, na
qualidade de Avaliador Imobiliário contratado por V.Sª, vem apresentar-lhe o presente
Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica.
FINALIDADE
IMÓVEL AVALIANDO
O terreno medindo 12m de frente, ao leste, à Rua das Flores, por 30m de extensão
da frente ao fundo, a entestar com terreno de Adriano Souza, com o qual também se
divide por ambos os lados, com topografia plana.
VISTORIA
191
A vizinhança do imóvel avaliando é caracterizada por possuir rede de abasteci-
mento de água, rede de energia elétrica, iluminação pública, rede de esgoto, rede tele-
fônica, linhas de transporte público, serviço de coleta de lixo, TV a cabo e pavimentação.
CONTEXTO URBANO
ANÁLISE MERCADOLÓGICA
METODOLOGIA UTILIZADA
PESQUISA DE MERCADO
192
Amostra Endereço Área Em Oferta Topografia Valor
Rua das Cou-
1 320m² Sim Plana R$ 100.000,00
ves, 123
Rua das Mar-
2 450m² Sim Plana R$ 150.000,00
garidas, 321
Rua dos Cra-
3 290m² Sim Plana R$ 85.000,00
vos, 132
DEPRECIAÇÃO
TABELA DE FATORES
Área do
Amostra Valor Total Valor do M²
Apartamento
01 R$ 90.000,00 320m² R$ 281,25
02 R$ 135.000,00 450m² R$ 300,00
03 R$ 76.500,00 290m² R$ 263,79
R$ 845,04 / 3 = R$ 281,68
193
Para determinar o valor venal do nosso imóvel avaliando, tomaremos a área do
terreno e multiplicaremos pelo valor médio das amostras:
CONCLUSÃO
ANEXO 1
Ficha Descritiva do Imóvel Avaliando
1 - Identificação e caracterização do imóvel avaliando:
1.1 - Matrícula:
- Nº: 0001
- Cartório: 1° Ofício de Registro de Imóveis do RJ
1.2 - Proprietário:
- Nome: José Silva
- Endereço: Rua das Flores, 1.200
- Bairro: Flores
- Município: Duque de Caxias
- UF: RJ
194
1.3 - Situação e localização:
- Tipo: Terreno
- Topografia: Plana
- Endereço: Rua das Flores, 1.200.
- Bairro: Flores
- Município: Duque de Caxias
- UF: RJ
1.4 - Áreas:
- Área Total: 360m²
ANEXO 2
Fichas Descritivas das Amostras:
Amostra 01
(Incluir fotografias e características da amostra)
Amostra 02
(Incluir fotografias e características da amostra)
Amostra 03
(Incluir fotografias e características da amostra)
CURRICULUM DO AVALIADOR
Nome: Acadêmico Silva
Qualificação: Corretor de Imóveis
CRECI: 0001 - 0ª Região (Brasil)
Formação Profissional: Gestor de Negócios Imobiliários (Uniasselvi, 2023)
Experiência Profissional: Corretor de imóveis desde 2023, com experiência em avaliação,
compra e venda de imóveis
Endereço: Av. Y, Ed. Das Flores, Sala 1, Duque de Caxias, RJ
Telefone: 00-0000-0000
E-mail: exemplo@exemplo.com.br
195
DICA
Para maior aprofundamento, recomenda-se a leitura do livro:
Manual de avaliações e perícias em imóveis urbanos - 5ª ed. - Ed. Oficina de
Textos, 2019. Por José Fiker.
Manual de avaliações e perícias em imóveis urbanos apresenta as principais
técnicas de avaliação de imóveis e os procedimentos periciais de uma forma
prática e clara, por meio de exemplos práticos, exercícios e explicações didáticas.
Acadêmico Silva
Corretor de Imóveis
Av. Y, Ed. Das Flores, Sala 1, Duque de Caxias, RJ
Creci n° 0001 - 0ª Região (Brasil)
Fone: 00-0000-0000 - E-mail: exemplo@exemplo.com.br
Duque de Caxias/RJ, 26 de fevereiro de 2023
________________________________________
Ilmo. Sr. José Silva
Acadêmico Silva, Corretor de Imóveis com registro no CRECI da 0ª Região
(Brasil) sob o nº 0001, domiciliado à Av. Y, Ed. Das Flores, Sala 1, Duque de Caxias, RJ, na
qualidade de Avaliador Imobiliário contratado por V.Sª, vem apresentar-lhe o presente
Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica.
FINALIDADE
196
IMÓVEL AVALIANDO
O imóvel avaliando, de propriedade de José Silva, está localizado à Rua das Flores,
1.200, Apto 302, Flores, Duque de Caxias, município do RJ e encontra-se registrado sob
a matrícula de nº 0001 (1° Ofício de Registro de Imóveis do RJ), nos seguintes termos:
VISTORIA
CONTEXTO URBANO
197
ANÁLISE MERCADOLÓGICA
METODOLOGIA UTILIZADA
PESQUISA DE MERCADO
Em Estado de Idade do
Amostra Endereço Área Valor
Oferta Conservação Imóvel
Rua das Cou- Entre Regular e R$
1 120m² Sim 15
ves, 123 Reparos Simples 2.000,00
Rua das Mar- R$
2 110m² Sim Novo 3
garidas, 321 2.200,00
Rua dos Cra- R$
3 135m² Sim Regular 10
vos, 132 2.400,00
198
EXISTÊNCIA DE PREÇOS DO TIPO OFERTA
DEPRECIAÇÃO
TABELA DE FATORES
Área do Aparta-
Amostra Valor Total Valor do M²
mento
01 R$ 1.432,44 120m² R$ 11,94
02 R$ 1.938,82 110m² R$ 17,63
03 R$ 1.937,52 135m² R$ 14,35
R$ 43,92 / 3 = R$ 14,64
199
DETERMINAÇÃO DO VALOR DE MERCADO DO IMÓVEL AVALIANDO
Considerando que o imóvel avaliando possui 5 anos de idade, vida útil estimada
em 70 anos, e que o seu estado de conservação pode ser definido como 'novo', torna-se
necessário depreciar-se o valor encontrado para que estas características intrínsecas
ao imóvel avaliando sejam consideradas na presente avaliação.
CONCLUSÃO
ANEXO 1
Ficha Descritiva do Imóvel Avaliando
1 - Identificação e caracterização do imóvel avaliando:
1.1 - Matrícula:
- Nº: 0001
- Cartório: 1° Ofício de Registro de Imóveis do RJ
1.2 - Proprietário:
- Nome: José Silva
- Endereço: Rua das Flores, 1.200, Apto 302
- Bairro: Flores
- Município: Duque de Caxias
- UF: RJ
200
1.3 - Situação e localização:
- Tipo: Apartamento
- Idade: 5 anos
- Estado de conservação: Novo
- Endereço: Rua das Flores, 1.200, Apto 302
- Bairro: Flores
- Município: Duque de Caxias
- UF: RJ
1.4 - Áreas:
- Área Privativa: 100m²
- Área Real Total: 100m²
- Área de Uso Comum: 50m²
- Fração Ideal: 0,1234
2 - Infraestrutura disponível no logradouro e na região onde se encontra o imóvel: rede de
abastecimento de água, rede de energia elétrica, iluminação pública, rede de esgoto, rede
telefônica, linhas de transporte público, serviço de coleta de lixo, TV a cabo, pavimentação.
3 - Características da edificação: casa nascente, de padrão construtivo médio, em estado de
conservação que podemos caracterizar como regular, estacionamento descoberto com 1 vaga.
4 - Peças, benfeitorias, e outras características do imóvel:
- 1 sala de estar
- 1 banheiro social
- 1 lavabo
- 1 cozinha
- 1 área de serviço
- 1 quarto de empregada
- 1 banheiro auxiliar
- 2 quartos
5 - Fotografias do imóvel avaliando:
(Incluir fotografias e características do imóvel avaliando)
ANEXO 2
Fichas Descritivas das Amostras:
Amostra 01
(Incluir fotografias e características da amostra)
Amostra 02
(Incluir fotografias e características da amostra)
Amostra 03
(Incluir fotografias e características da amostra)
CURRICULUM DO AVALIADOR
Nome: Acadêmico Silva
Qualificação: Corretor de Imóveis
CRECI: 0001 - 0ª Região (Brasil)
Formação Profissional: Gestor de Negócios Imobiliários (Uniasselvi, 2023)
Experiência Profissional: Corretor de imóveis desde 2023, com experiência em avaliação,
compra e venda de imóveis
Endereço: Av. Y, Ed. Das Flores, Sala 1, Duque de Caxias, RJ
Telefone: 00-0000-0000
E-mail: exemplo@exemplo.com.br
201
DICA
Para maior aprofundamento, recomenda-se a leitura do livro:
Avaliação de aluguéis: imóveis urbanos - 4ª ed. - Ed. Leud, 2019. Por Mônica
D´Amato e Nelson Roberto.
Esta obra busca sistematizar, de forma prática e didática, todos os conceitos
aplicáveis ao tema e suas diversas interfaces com o Direito e a Administração,
agregando situações reais e inusitadas vivenciadas pelos autores à já rica
experiência herdada de louvados mestres, estes verdadeiros precursores no
desenvolvimento da especialização em avaliações imobiliárias.
Acadêmico Silva
Corretor de Imóveis
Av. Y, Ed. Das Flores, Sala 1, Duque de Caxias, RJ
Creci n° 0001 - 0ª Região (Brasil)
Fone: 00-0000-0000 - E-mail: exemplo@exemplo.com.br
Duque de Caxias/RJ, 26 de fevereiro de 2023
________________________________________
Ilmo. Sr. José Silva
Acadêmico, Corretor de Imóveis com registro no CRECI da 0ª Região (Brasil) sob
o nº 0001, domiciliado à Av. Y, Ed. Das Flores, Sala 1, Duque de Caxias, RJ, na qualidade
de Avaliador Imobiliário contratado por V.Sª, vem apresentar-lhe o presente Parecer
Técnico de Avaliação Mercadológica.
FINALIDADE
202
Este parecer está em conformidade com o disposto no art. 3º da Lei 6.530, de
12 de maio de 1978 (D.O.U. de 15/05/1978), que regulamenta a profissão de Corretor de
Imóveis, e com as Resoluções do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (COFECI)
nºs 957, de 22 de maio de 2006 (D.O.U. de 26/06/2006), e 1.066, de 22 de novembro de
2007 (D.O.U. de 29/11/2007), que dispõem sobre a competência do Corretor de Imóveis
para a elaboração de Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica e regulamentam a
sua forma de elaboração.
IMÓVEL AVALIANDO
O imóvel rural mede 2ha de frente, ao leste, à Rua das Flores, por 5ha de extensão
da frente ao fundo, com topografia plana, situação boa (90%) e classe II.
VISTORIA
CONTEXTO
ANÁLISE MERCADOLÓGICA
METODOLOGIA UTILIZADA
203
Neste método, a determinação do valor do imóvel avaliando resulta da compa-
ração deste com outros de natureza e características intrínsecas e extrínsecas seme-
lhantes, a partir de dados pesquisados no mercado. As características e os atributos dos
dados obtidos são ponderados por meio de técnicas de homogeneização normatizadas.
PESQUISA DE MERCADO
DEPRECIAÇÃO
TABELA DE FATORES
204
EVOLUÇÃO DOS CÁLCULOS
R$ 287.812,50 / 3 = R$ 95.937,50
CONCLUSÃO
205
Duque de Caxias/RJ, 26 de fevereiro de 2023.
Acadêmico Silva
Corretor de Imóveis
Creci n° 0001 - 0ª Região (Brasil)
ANEXO 1
Ficha Descritiva do Imóvel Avaliando
1 - Identificação e caracterização do imóvel avaliando:
1.1 - Matrícula:
- Nº: 0001
- Cartório: 1° Ofício de Registro de Imóveis do RJ
- O referido imóvel é totalmente legalizado com o necessário georreferenciamento, livre
e desembaraçado de quaisquer ônus, seja de que natureza for. Tem ainda de forma
absolutamente regular o CAR (Cadastro Ambiental Rural), CCIR (Certificado de Cadastro
no Incra) e o ITR (imposto Territorial Rural)
1.2 - Proprietário:
- Nome: José Silva
- Endereço: Rua das Flores, 1.200
- Bairro: Flores
- Município: Duque de Caxias
- UF: RJ
1.3 - Situação e localização:
- Tipo: Imóvel rural
- Topografia: Plana
- Especificação: Terra nua
- Situação: Boa – 90%
- Classe: II
- Endereço: Rua das Flores, 1.200.
- Bairro: Flores
- Município: Duque de Caxias
- UF: RJ
1.4 - Áreas:
- Área Total: 10ha²
2 - Infraestrutura disponível na região. Propriedade é bem localizada, a 04 km do asfalto
em ótima região, fica a 10 km do centro da cidade e a 20km do Aeroporto do Galeão. Não
tem servidão de passagens dentro do terreno. Fica a 30 km da capital do Rio de Janeiro.
3 - Características do terreno: área rural plana.
4 - Peças, benfeitorias e outras características do imóvel:
- Imóvel rural, plano e sem benfeitorias.
5 - Fotografias do imóvel avaliando:
(Incluir fotografias e características do imóvel avaliando)
ANEXO 2
Fichas Descritivas das Amostras:
206
Amostra 01
(Incluir fotografias e características da amostra)
Amostra 02
(Incluir fotografias e características da amostra)
Amostra 03
(Incluir fotografias e características da amostra)
CURRICULUM DO AVALIADOR
Nome: Acadêmico Silva
Qualificação: Corretor de Imóveis
CRECI: 0001 - 0ª Região (Brasil)
Formação Profissional: Gestor de Negócios Imobiliários (Uniasselvi, 2023)
Experiência Profissional: Corretor de imóveis desde 2023, com experiência em avaliação,
compra e venda de imóveis
Endereço: Av. Y, Ed. Das Flores, Sala 1, Duque de Caxias, RJ
Telefone: 00-0000-0000
E-mail: exemplo@exemplo.com.br
DICA
Para maior aprofundamento , recomenda-se a leitura do livro:
Avaliações de imóveis rurais - 3ª ed. - Ed. do Autor, 2020. Por Carlos Augusto
Arantes e Camila de Arantes.
A Engenharia de Avaliação é o campo da engenharia que tem por objetivo a
análise técnica realizada para identificar o valor de um bem, coisa que tem
valor, suscetível de utilização ou que pode ser objeto de direito que integra um
patrimônio, para uma determinada finalidade, situação e data, valendo-se dos
conhecimentos técnico-científicos especializados da engenharia aplicados à
análise e pesquisa de imóveis, cujas atividades de identificação, investigação,
coleta, seleção, processamento, análise e interpretação de resultados sobre os
preços praticados no mercado imobiliário de alienação de imóveis rurais..
Se pensarmos que a resolução COFECI que trata do PTAM data de 2007, por
qual razão até hoje muitos nem sabem que ela existe? Aliás, muitos não sabem o que é
o COFECI e para que serve.
207
Sempre digo que temos responsabilidade social, e por essa razão vamos
disseminar esses conhecimentos que acabamos de adquirir, vamos levar a todos
nossa legislação para que aos poucos nossa profissão seja reconhecida com mais
respeito e dignidade.
Sucesso!
208
LEITURA
COMPLEMENTAR
AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS: QUAIS FATORES DEVEM SER CONSIDERADOS
Group Software
Ser capaz de realizar uma avaliação bem-feita contribui para uma boa instrução ao
proprietário ou locatário na definição de valor de venda ou aluguel dos respectivos imóveis.
Com isto, as chances de realizar um bom negócio em menor prazo aumentam, trazendo
uma experiência satisfatória para a corretora e, principalmente, para seus clientes.
209
Existe uma variação de acordo com cada estado, porém, normalmente fica em
torno de 1% do valor do imóvel, quando estamos falando de uma avaliação por escrito.
Já para um parecer verbal, o montante é semelhante a uma anuidade do CRECI.
Por outro lado, temos o parecer técnico, também chamado de laudo de avaliação
ou avaliação mercadológica, que passa a ter mais importância em processos jurídicos.
Isso porque o parecer técnico é uma avaliação por escrito, documentada, assinada,
datada e detalhada do imóvel que só pode ser realizada por um profissional com diploma
de Avaliador Imobiliário.
Avaliar um imóvel requer metodologia, para que a análise seja feita de forma
objetiva e não leve em consideração aspectos pessoais do responsável pela tarefa.
210
Os métodos são diversos, assim como as variáveis e fatores que irão determinar
esse valor. Vale lembrar que cada imóvel é único e possui suas próprias características.
• Infraestrutura
• Lazer e entretenimento
- Piscina;
- Churrasqueira;
- Quadras;
- Espaço para crianças;
- Academia;
- Salão de festas e muito mais.
Além do que o ambiente interno pode oferecer, o ambiente externo também é ca-
paz de influenciar no lazer, como por exemplo, se o imóvel estiver localizado próximo a clu-
bes e praças. Até mesmo o fato do bairro em que o imóvel está situado for propício para a
prática de exercícios, como andar de bicicleta ou correr, pode influenciar em sua valorização.
• Segurança
Dessa forma, é preciso ter em mente que os seguintes critérios têm influência
na valorização do imóvel:
211
- Sistema de segurança;
- Portaria;
- Câmeras de segurança, entre outros.
• Fatores externos
• Comércio e lazer
- Shopping centers;
- Mercearias;
- Supermercados;
- Oficinas;
- Escolas.
• Localização e deslocamento
O local em que o imóvel está situado, diz muito sobre como será viver ali e, por
consequência, tem influência no valor do imóvel em questão. Pensando nisso, devem
ser avaliadas questões como:
- Criminalidade na região;
- Proximidade a alguma delegacia, hospital ou qualquer outro serviço de emergência;
- Saneamento básico;
- Nível de poluição sonora.
Outra questão importante é a acessibilidade ao bairro. Para isso é mais fácil se fazer
algumas perguntas que podem ou não influenciar na avaliação de imóveis, entre elas:
212
Caso necessário, é um imóvel com fácil acesso às principais linhas de
transporte público?
Muitas dessas características vão alterar o valor do imóvel, mas algumas delas
dependerão do valor percebido pelo público que você deseja alcançar. Suponhamos
um imóvel em um bairro nobre. Neste caso, é bem provável que seu público tenha
carro, portanto, o acesso às principais linhas de transporte público não é algo que terá
tanta influência no valor quanto em outras regiões. Por outro lado, o número de vagas
disponíveis terá peso tanto no valor quanto na decisão de compra.
• Fatores internos
• Metragem
Esta é a característica mais clara de todas por ser uma das principais a ser
levada em consideração no momento de avaliação do imóvel. A metragem é, nada mais
nada menos, que o tamanho do imóvel, isto é, a soma total das dimensões de largura
vezes o comprimento de cada cômodo que o compõe.
• Pintura
213
É importante manter a fachada de uma casa em boas condições, evitando
sempre, claro, pichações. Uma fachada mal cuidada e, principalmente, vandalizada tem
grandes chances de ser o fator decisivo para a desistência de um comprador. Caso o
imóvel em questão for um apartamento, não é preciso ter essa atenção com a fachada,
já que esta é uma responsabilidade do síndico do condomínio.
• Instalações
Algo que possui um grande valor agregado são instalações de energia elétrica,
como por exemplo, painéis solares. Sendo assim, lembre-se de destacar a presença
desse tipo de tecnologia caso a tenha e, caso contrário, considere investir nela.
Imagine um mundo onde você pode otimizar o tempo de uma avaliação de imóvel,
reduzir custo de um possível cliente e ainda captar informações qualificadas de um lead?
214
Pensando nisso, considere softwares que sejam capazes de oferecer diversos
modelos de portais customizados, responsivos e que possam ser enviados aos principais
portais de vendas do país, como OLX, ZAP Imóveis, VivaReal, Mercado Livre e muito
mais. Está é uma funcionalidade essencial para o marketing de imobiliárias.
Além disso, existem várias outras características que um bom software pode ter
para potencializar suas vendas, desde anúncios até gestão de contatos e atendimento.
- Atendimento multilojas;
- Chat para atendimento online, inclusive com integração com o WhatsApp;
- Gestão de relacionamento com cliente (CRM).
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RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu:
• Modelos de PTAMs
• Formas de apresentação.
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AUTOATIVIDADE
1 As instalações elétricas e hidráulicas são imprescindíveis para a habitabilidade do
imóvel. E devem estar em perfeitas condições, caso contrário, devem ser reparadas
imediatamente. De qual fator estamos nos referindo? Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Fatores externos.
b) ( ) Segurança.
c) ( ) Lazer e entretenimento.
d) ( ) Instalações.
I- Localização e deslocamento.
II- Infraestrutura.
III- Temperatura.
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4 Diante de tantos fatores a serem observados em uma vistoria imobiliária, devemos
sempre ter cautela em sua escolha. Defina infraestrutura.
218
REFERÊNCIAS
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Textos, 2022.
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