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PLANOS DE EMERGÊNCIA
Ricardo Rodrigues Serpa
1. Introdução
O gerenciamento de riscos em instalações ou atividades perigosas deve contemplar medidas, tanto
para prevenir a ocorrência de acidentes maiores, o que requer a atuação sobre as frequências de
ocorrência de falhas que possam acarretar acidentes, bem como sobre as possíveis consequências
desses acidentes, caso os mesmos venham a ocorrer, minimizando assim os impactos causados às
pessoas e ao meio ambiente.
Assim, o estudo de análise de riscos deve ser considerado como um pressuposto básico para a
elaboração de um plano de emergência. A limitação dos danos causados por um acidente maior é
proporcional ao nível de planejamento; logo, um plano de emergência adequadamente elaborado e
implantado, certamente tem maior chance de evitar que um acidente se transforme num desastre.
2. Objetivo e características
Um plano de emergência tem por objetivo fornecer um conjunto de diretrizes e informações, visando a
adoção de procedimentos lógicos, técnicos e administrativos, estruturados, de forma a propiciar
respostas rápidas e eficientes em situações emergenciais.
deve possibilitar que os possíveis danos restrinjam-se a uma determinada área, previamente
dimensionada, evitando que os impactos extrapolem os limites de segurança pré-estabelecidos;
deve contemplar todas as ações necessárias para evitar que situações, internas ou externas, às
instalações envolvidas no acidente, contribuam para o seu agravamento;
deve ser um instrumento prático, que propicie respostas rápidas e eficazes em situações de
emergência;
deve ser o mais sucinto possível, contemplando, de forma clara e objetiva, as atribuições e
responsabilidades dos envolvidos.
3. Estrutura
Conforme mencionado anteriormente, o estudo de análise de riscos deve ser um pressuposto para a
elaboração de um plano de emergência, uma vez que dele devem ser extraídas, entre outras, as
seguintes informações:
cenários acidentais;
consequências esperadas em cada uma das hipóteses acidentais consideradas;
possíveis impactos e áreas afetadas.
Com essas informações é possível planejar a elaboração do plano de emergência, uma vez que passa
ser mais fácil o dimensionamento adequado das seguintes ações:
isolamento;
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15/11/2017 CEPIS/OPAS, Curso de Auto-instrução "Prevenção, Preparação e Resposta para Desastres envolvendo Produtos Químicos"
sinalização;
definição de pontos de encontro e rotas de fuga;
dimensionamento e localização estratégica de equipamentos de combate e proteção individual;
definição de procedimentos de combate a vazamentos e incêndios.
a. Introdução;
b. Características das instalações e atividades;
c. Objetivo
d. Área de abrangência;
e. Estrutura organizacional;
f. Acionamento;
g. Procedimentos de combate:
Avaliação;
Isolamento e evacuação;
Combate a incêndios;
Controle de vazamentos;
Reparos de emergência;
Ações de rescaldo (pós-emergenciais).
h. Anexos:
Embora possam ser definidos procedimentos padronizados, é importante que cada uma das hipóteses
acidentais previamente estudadas e seus respectivos cenários de acidentes sejam definidas ações de
combate, compatíveis com os possíveis danos esperados. Os resultados dos estudos de
consequências, obtidos através de modelos de simulação podem fornecer importantes dados para a
definição de ações específicas, por exemplo, em relação a isolamento e evacuação de áreas, com
base nas distâncias atingidas pelos vazamentos ou outros fenômenos previamente estudados.
A Tabela 1 apresenta um exemplo genérico de ações baseadas nos possíveis impactos decorrentes
de diferentes cenários de acidentes.
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15/11/2017 CEPIS/OPAS, Curso de Auto-instrução "Prevenção, Preparação e Resposta para Desastres envolvendo Produtos Químicos"
4. Implantação e manutenção
O sucesso de uma operação de atendimento a acidentes maiores está intimamente relacionado com
as ações de resposta previstas e desencadeadas por um plano de emergência. Assim, para que as
ações previstas num plano resultem efetivamente nos resultados esperados, quando da ocorrência de
situações emergenciais; após a sua elaboração, o plano deve ser devidamente divulgado,
internamente à instituição, além de ser integrado com outros planos locais e regionais, junto a outras
entidades que certamente deverão atuar conjuntamente na resposta aos acidentes.
A implantação do plano, além da devida divulgação, está associada ao suprimento dos recursos,
humanos e materiais, necessários e compatíveis com o porte das possíveis ocorrências a serem
atendidas.
treinamentos teóricos;
treinamentos individuais;
exercícios de campo;
operações simuladas de coordenação.
5. Referências bibliográficas
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