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1.5.6.

Preparação para emergências


1.5.6.1 A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos de
respostas aos cenários de emergências, de acordo com os riscos, as características e as
circunstâncias das atividades.
1.5.6.2 Os procedimentos de respostas aos cenários de emergências devem prever:
a) os meios e recursos necessários para os primeiros socorros, encaminhamento de
acidentados e abandono; e
b) as medidas necessárias para os cenários de emergências de grande magnitude,
quando aplicável.

1.5.6. Preparação para emergências


1.5.6.1 A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos de
respostas aos cenários de emergências, de acordo com os riscos, as características e as
circunstâncias das atividades.
1.5.6.2 Os procedimentos de respostas aos cenários de emergências devem prever:
a) os meios e recursos necessários para os primeiros socorros, encaminhamento de
acidentados e abandono; e
b) as medidas necessárias para os cenários de emergências de grande magnitude,
quando aplicável.
NR 1 – COMENTÁRIOS AO NOVO TEXTO (PORTARIA Nº 6.730, DE 9 DE MARÇO DE 2020)
COMENTÁRIOS A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos
de respostas aos cenários de emergências, de acordo com os riscos e as características
das atividades desempenhadas. Essa é uma etapa complementar ao processo de
gerenciamento de riscos e necessária para prevenir e mitigar lesões ou agravos à saúde
que possam estar associados a riscos, características e circunstâncias das atividades,
bem como pelo tratamento de uma situação acidental. A norma determina que a
organização estabeleça, em seu procedimento de emergência, os meios e os recursos
necessários para primeiros socorros, encaminhamento de acidentados, bem como as
medidas necessárias para os cenários de emergências de grande magnitude, quando
aplicável. Para que o procedimento de resposta à emergência seja executado conforme
planejado, algumas ações são necessárias:
• Passo a passo das atividades a serem realizadas na eventual situação de emergência;
• Treinamento dos envolvidos;
• Testes e exercícios periódicos para avaliar a capacidade da resposta ao que foi
planejado;
• Avaliação do desempenho e, se necessário, revisão do procedimento, inclusive após
o teste e após a ocorrência de situações de emergência;
• Comunicação e informação relevante a todos os trabalhadores, visitantes,
contratados, autoridades e, quando for o caso, comunidade local.

O Plano de Resposta a Emergência (PRE) é um dos itens trazidos pelo Gerenciamento de


Riscos Ocupacionais (GRO). No GRO, o PRE (também conhecido como PAE - Plano de
Ação de Emergência) é obrigatório.

Vamos ver o que diz a NR 1 com base no texto que vale a partir de 01/07/2021:

“1.5.6. Preparação para emergências

1.5.6.1 A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos de respostas


aos cenários de emergências, de acordo com os riscos, as características e as circunstâncias
das atividades.”

O QUE É O PLANO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIAS (PRE)?

Também conhecido como Plano de Atendimento a Emergência (PAE), o PRE é um


documento que contém todos os procedimentos a serem tomados caso ocorram situações de
risco iminente para a segurança dos trabalhadores.

- EMERGÊNCIA: É uma combinação inesperada de circunstâncias imprevistas que


resultam em uma situação grave e perigosa, e que exigem ação imediata. O PRE é o
documento que estabelece os procedimentos a serem seguidos por cada um dos envolvidos,
definindo sua participação em situações de emergências.

O PRE é exatamente o que diz sua sigla: um Plano de Respostas à Emergências. Uma vez
que entendemos o que é uma emergência em seu sentido técnico, devemos construir um
plano que possa responder a cada uma delas. Como já deve imaginar, não é um documento
corriqueiro. O PRE é um documento bastante elaborado e detalhado. Nele contém vários
quesitos, como por exemplo descrição da planta do local, com seu tipo de construção,
dimensões, população presente na planta, riscos inerentes à ocupação e muito mais.
Portanto é um documento um pouco extenso, que deve ser feito nos moldes da ABNT NBR
15219 (16/04/2020)

COMO ELABORAR O PLANO DE RESPOSTAS À EMERGÊNCIAS

Primeiramente, vejamos o que diz a NR-1 sobre o PRE:

“1.5.6.2 Os procedimentos de respostas aos cenários de emergências devem prever:

a) os meios e recursos necessários para os primeiros socorros, encaminhamento de


acidentados e abandono; e

b) as medidas necessárias para os cenários de emergências de grande magnitude, quando


aplicável.”
As instalações devem estar nos conformes da norma, sendo divididas em três classes, onde
há subdivisões por atividade ou capacidade de armazenamento.

 Classe I: Para atividade, a.1 (postos de serviços). Para capacidade, b.1 (gases
inflamáveis – 2-60 ton) e b.2 (líquidos inflamáveis e/ou combustíveis – 10-5000
m³);
 Classe II: Para atividade, a.1 (engarrafadora de gases inflamáveis) e a.2 (atividade
de transporte dutoviário). Para capacidade, b.1 (gases inflamáveis – 60-600 ton) e
b.2 (líquidos inflamáveis e/ou combustíveis – 5000-50000 m³);
 Classe III: Para atividade, a.1 (refinarias), a.2 (unidades de processamento do gás
natural), a.3 (instalações petroquímicas) e a.4 (usinas/unidades de fabricação de
etanol e/ou álcool). Para capacidade, b.1 (gases inflamáveis – acima de 600 ton) e
b.2 (líquidos inflamáveis e/ou combustíveis – acima de 50000 m³).

Tendo noção da classificação das instalações, deve ser elaborado e implantado um plano de
respostas às emergências que inclua:

 Nome e função do responsável técnico pela elaboração/revisão, assim como do pelo


gerenciamento, coordenação e sua implantação;
 Os integrantes que formam a equipe de emergência, com suas respectivas
designações e substitutos;
 Possíveis cenários emergenciais estabelecidos, conforme análise de risco;
 Descrição dos recursos necessários para solução do cenário emergencial, assim
como dos meios de comunicação;
 Procedimentos para respostas à emergência, ativação das autoridades públicas, e
possível ajuda mútua, e orientação aos visitantes quanto aos riscos e medidas de
segurança;
 Cronograma, metodologia aplicada e registro da realização de possíveis simulações
de cenários de risco.

QUANDO DESENVOLVER UM PRE - PLANO DE RESPOSTAS À


EMERGÊNCIAS?

Sempre que houver um cenário de emergência, deve-se fazer um PRE. A nova NR-1 deixou
muito claro no item 1.5.6, como abordado no início deste artigo. Vale reforçar que o PRE é
OBRIGATÓRIO nestes casos, já que agora está no Gerenciamento de Riscos Ocupacionais
(GRO).

O PRE ESTÁDESCRITO NA NR-20 - SAÚDE E SEGURANÇA COM


INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS

Veja o que diz a norma sobre o PRE:

"20.15.1 O empregador deve elaborar e implementar plano de resposta a emergências que


contemple ações específicas a serem adotadas na ocorrência de vazamentos ou
derramamentos de inflamáveis e líquidos combustíveis, incêndios ou explosões.
20.15.1.1 O Plano de Prevenção e Controle de Vazamentos, Derramamentos,
Incêndios, Explosões e Emissões Fugitivas e o Plano de Resposta a Emergências da
Instalação podem ser constituídos em um mesmo documento.

20.15.2 O plano de resposta a emergências das instalações classe I, II e III deve ser
elaborado de acordo com normas técnicas nacionais e, na ausência ou omissão destas,
nas normas internacionais, bem como nas demais regulamentações pertinentes e
considerando as características e a complexidade da instalação, contendo, no mínimo:

a) referência técnico-normativa utilizada;


b) nome e função do(s) responsável(eis) técnico(s) pela elaboração e revisão do
plano;
c) estabelecimento dos possíveis cenários de emergências, com base nas análises de
riscos;
d) procedimentos de resposta à emergência para cada cenário contemplado;
e) cronograma, metodologia e registros de realização de exercícios simulados.

20.15.3 Nos casos em que os resultados das análises de riscos indiquem a


possibilidade de ocorrência de um acidente cujas consequências ultrapassem os
limites da instalação, o empregador deve incorporar, no plano de emergência, ações
que visem à proteção da comunidade circunvizinha, estabelecendo mecanismos de
comunicação e alerta, de isolamento da área atingida e de acionamento das
autoridades públicas.

20.15.4 O plano de resposta a emergências deve ser avaliado após a realização de


exercícios simulados e/ou na ocorrência de situações reais, com o objetivo de testar a
sua eficácia, detectar possíveis falhas e proceder aos ajustes necessários.

20.15.5 Os exercícios simulados devem ser realizados durante o horário de trabalho,


com periodicidade, no mínimo, anual, podendo ser reduzida em função das falhas
detectadas ou se assim recomendar a análise de riscos.

20.15.5.1 Os trabalhadores na empresa devem estar envolvidos nos exercícios


simulados, que devem retratar, o mais fielmente possível, a rotina de trabalho.

20.15.5.2 O empregador deve estabelecer critérios para avaliação dos resultados dos
exercícios simulados.

20.15.5.2.1 Os resultados obtidos no simulado de emergência devem ser divulgados


aos trabalhadores abrangidos no cenário da emergência.

20.15.6 Os integrantes da equipe de resposta a emergências devem ser submetidos a


exames médicos específicos para a função que irão desempenhar, conforme
estabelece a Norma Regulamentadora nº 7, incluindo os fatores de riscos
psicossociais, com a emissão do respectivo atestado de saúde ocupacional.

20.15.7 A participação do trabalhador nas equipes de resposta a emergências é


voluntária, salvo nos casos em que a natureza da função assim o determine."
Preparação para Emergências

Diante de uma situação de emergência, o que as pessoas devem fazer em primeiro


lugar? Quem acionar? Quais procedimentos adotar? Como resolver a ocorrência?

Cerca de 92% da população brasileira enxerga o governo como o único responsável pela
segurança e resposta a emergências. Mas a realidade é outra! Com dimensões
continentais, o Brasil não tem condições de proporcionar uma resposta adequada e
em tempo para todos.

De acordo com a NBR ISO 22320:2020, [5.2.3] convém que a organização (a) antecipe
o efeito em cascata e (b) tome a iniciativa de fazer algo mais cedo, em vez de
tardiamente. Portanto, quanto mais rápido uma organização agir diante de uma
emergência, menores serão os impactos para as pessoas, bens, meio ambiente e
negócio da organização.

Toda organização, por meio dos seus diretores, deve tomar decisões que


garantam ações coordenadas e efetivas para o controle da emergência.
Entretanto, as questões podem ser tão complicadas, o tempo tão exíguo, as
perturbações tão invasivas, a agitação emocional tão forte ou a fadiga mental
tão profunda que não temos condições cognitivas de agir de forma racional.

Então, como garantir o desempenho humano, quando as pessoas, sujeitas a


desequilíbrios emocionais, possuem pouco conhecimento dos recursos disponíveis para
gerenciá-los, aliado a um alto fluxo de informações inconsistentes e inconclusivas?

Mesmo assim, as situações de emergência requerem que a tomada de decisão seja muito
rápida, desde o primeiro contato com o cenário. Sob tensão e contra o relógio, a
compreensão e avaliação do cenário é importante, e cada decisão afetam a eficácia das
ações. O sucesso da resposta somente será viável se a organização tiver um Plano
de Resposta à Emergências previamente implementado, ativo e exercitado.

Para um cenário básico, como por exemplo uma pessoa acometida por “mal súbito”, a
maioria das organizações não possuem um plano de resposta. Nem mesmo um
documento que indique sobre como, quando e quem aciona o serviço médico, seja ele
público (SAMU) ou privado (área protegida contratada). Quem dirá, como oferecer um
suporte básico à vítima, até a chegada do suporte avançado acionado.

Estas ações podem aumentar as chances de uma pessoa sobreviver. Mas, muitas
organizações protelam a adoção de um plano, confiantes de que na hora “H” as decisões
“certas” serão tomadas e que o socorro público chegará em tempo. E se não chegar?

O que se esquece, ou desconhece, é que as organizações são as proprietárias dos riscos


associados à sua ocupação. A responsabilidade pela resposta a emergências é
compartilhada entre o governo e as organizações. Por este motivo, a preparação para
emergências é um dos itens trazidos pelo GRO – Gerenciamento de Riscos
Ocupacionais, imposto pela revisão mais recente da NR01, que entrará em vigor em
3 de janeiro de 2022.

Figura 1 - A preparação para emergências é requisito do GRO - Gerenciamento de Riscos


Ocupacionais (NR01)

Segundo a revisão da NR01, [item 1.5.6.1] toda organização deve estabelecer,


implementar e manter procedimentos de respostas aos cenários de emergências, de
acordo com os riscos, características e circunstâncias das suas atividades. E mais, [item
1.5.6.2] que os procedimentos de respostas aos cenários de emergências devem prever:
(a) os meios e recursos necessários para os primeiros socorros, encaminhamento de
acidentados e abandono; e (b) as medidas necessárias para os cenários de emergências
de grande magnitude, quando aplicável.

Mas, isto não é novidade no mercado. O plano de emergências é conhecido como


PAE – Plano de Atendimento a Emergência, termo introduzido pela Portaria MTb n.º
1.085, de 18 de dezembro de 2018. Com isso, o plano de emergência já era descrito,
antes mesmo da revisão da NR01, como nas normas NR10, NR13, NR19, NR20, NR22,
NR29, NR30, NR33, NR35, NR36 e NR37, por exemplo, além das instruções
publicadas pelos bombeiros militares. Seguindo os conceitos da NBR ISO 45001:2018,
temos a percepção que a recente revisão da NR01 deixa claro que o resposta a
emergências é responsabilidade das organizações.

O que é o Plano de Emergência? O PRE é exatamente o que diz sua sigla: um Plano de
Respostas a Emergências. Uma vez que entendemos o que é uma emergência em seu
sentido técnico, podemos construir um PRE que possa responder aos mais diversos
cenários.
Emergência pode ser definida como o estágio de um incidente, que supera a
capacidade imediata da organização o controlar, ocorrendo a interrupção das
operações com capacidade de produzir vítimas ou danos em qualquer grau de
comprometimento. Por sua vez, incidente é qualquer disrupção imprevisível e
indesejada que foge da rotina operacional.

O PRE é justo o documento que estabelece os procedimentos a serem seguidos


antes, durante e depois. O PRE é um plano contínuo e dinâmico.

O que é um Plano de Emergência?


É exatamente o que diz o nome: um plano de emergência. Uma vez que
entendemos o que é uma emergência em seu sentido técnico, podemos
construir um plano que possa responder aos mais diversos cenários.

Emergência pode ser definida como o estágio de um incidente, que supera a


capacidade imediata da organização o controlar, ocorrendo a interrupção das
operações com capacidade de produzir vítimas ou danos em qualquer grau de
comprometimento. Por sua vez, incidente é qualquer disrupção imprevisível e
indesejada que foge da rotina operacional.

O plano de emergência é justo este documento, que estabelece os procedimentos a


serem seguidos antes, durante e depois. O plano deve ser contínuo e dinâmico.

“A arte da guerra ensina-nos não confiar na


probabilidade do inimigo não vir, mas na nossa
prontidão para enfrentá-lo”.
Sun Tzu

É contínuo pelo fato de que o plano de emergências deve sempre estar ativo,


principalmente antes da ocorrência. O estado prévio, chamado de preparação,
deve conter cronogramas de treinamentos e exercícios simulados, que
permitam capacitar os envolvidos, testar a eficácia dos protocolos, rever os
recursos e exercitar a coordenação e comunicação. Assim, o PRE prepara
todos da organização para agirem da forma esperada diante dos cenários de
emergência.

“Todos da organização” inclui visitantes, terceiros e comunidade no entorno, se for


afetada, mesmo que não possuam uma relação direta com a organização. Estes precisam
estar contemplados no plano de emergência, sendo possível prever quem irá auxiliá-los,
bem como determinar treinamentos de conscientização para isso. 

É dinâmico, pois o plano de emergência sempre deve estar atualizado, revisto a cada
ocorrência ou treinamento, principalmente os protocolos (estratégicos e operacionais) de
atendimento, estabelecidos para cada cenário de emergência.
Cenário não é somente o evento indesejado, tal como incêndio, explosão, vazamento de
produtos perigosos, roubo, ou violência no ambiente de trabalho. É mais
abrangente. Cenário de emergência é descrito como um evento que pode se
desenvolver em um determinado ambiente ou atividade, sob determinadas
condições, e que implicações que ele pode causar.

Para cada cenário, recomenda-se que o plano de emergências tenha protocolos


operacionais de resposta que, com base na NBR ISO 22320:2020, inclui:

o A segurança dos respondedores;


o Os objetivos do atendimento;
o Informações sobre a situação, forma de  detecção e monitoramento;
o Alocação, rastreabilidade e liberação de recursos;
o Comunicações;
o Papéis e responsabilidades dos envolvidos;
o Relacionamento com outras organizações (públicas e privadas);
o Desmobilização;
o Diretrizes de registros e documentação.

Igualmente, os protocolos operacionais de resposta devem listar os recursos


humanos, tecnológicos e organizacionais disponíveis, sejam eles internos e
externos, que podem ser empregados, solicitados ou contratados pela
organização. Estes recursos devem ser compatíveis com cada um dos
possíveis cenários a serem atendidos. Por exemplo, a organização pode
precisar urgentemente de um caminhão de areia para conter um derramamento
de um produto perigoso.

O conceito de emergência diz que os incidentes são imprevisíveis, mas eles não
inesperados. Portanto, com base na avaliação de seus riscos, toda organização deve ser
capaz de identificar os potenciais cenários de emergência, a fim de elaborar o PRE,
fornecendo diretrizes, estratégias, informações e dados que permitam a adoção de
procedimentos lógicos, técnicos e administrativos a serem adotados.

Como já deve imaginar, não é um documento simplório. O plano de emergência é um


documento estruturado que deve atender a requisitos específicos, como por
exemplo a descrição, tipo de construção, dimensões e população presente na ocupação,
além das principais atividades, riscos inerentes, e muito mais.

Sugere-se que as organizações mais complexas incluam a instauração de um time


de coordenação de resposta a emergência no seu plano de emergência, com base
num ICS, sigla em inglês para Sistema de Comando de Incidentes. Por outro lado, as
organizações mais simples, como estabelecimentos comerciais, podem adotar planos
mais simples e objetivos. Como por exemplo, um guia disposto em uma página
contendo os principais efeitos, ações e notificações de cada situação de emergência.

Nenhum PRE é igual a outro. Assim, cada organização deve elaborar o seu


documento personalizado, conforme o seu tipo, produtos, localização, área de
abrangência, entre outros fatores. 

Independentemente de como chame o seu plano, o plano de emergência pode ser feito
nos moldes da ABNT, a  NBR 15219:2020. Apenas relembro que os requisitos
trazidos pela ABNT são sugestivos e, assim, pode-se utilizar a NBR como um guia. Por
isso, também recomendo que a organização respeite as suas características,
principalmente, o seu sistema de gestão de documentos e a forma de
publicação e comunicação interna para elaboração, implementação e
manutenção do plano.

O que realmente importa é que convém a toda organização [NBR ISO 22320:2020] se
engajar no planejamento para emergências, constituído num plano de emergência, que
seja continuo e inclua as seguintes atividades:

o observação;
o coleta, processamento e compartilhamento de informações;
o avaliação da situação, incluindo a previsão;
o planejamento;
o tomada de decisão e comunicação;
o implementação das decisões
o coleta de feedback e medidas de controle.
Figura 2 - Fluxo de Resposta a Incidentes adaptadoda NBR ISO 22320:2020

Esse fluxo é o que dará celeridade a todo o processo. É o que permitirá ao


tempo de resposta ser minimizado, existindo uma maior chance dos erros
serem evitados. Uma vez que os envolvidos conhecerão o fluxo das
informações, a cadeia de notificações e as ações a serem adotadas.

O plano de emergência garante uma ação rápida e eficiente, ajudando a


preservar vidas, reduzir possíveis danos ao meio ambiente e evitar perdas
patrimoniais, dando a certeza de que a prevenção será sempre a melhor
resposta diante de uma emergência. 

Não ter o plano de emergência elaborado, mais do que uma infração às normas de
segurança e saúde do trabalho, é a indicação pública de que a organização não tem
um planejamento, não tem ninguém treinado e não tem estrutura pronta para situações
de emergência .

Os danos causados por decisões equivocadas e ações desastrosas podem ser muito
mais danosa do que os efeitos que o incidente sozinho produziria. Certamente, o
negócio e a continuidade da organização serão colocados a prova.

Mas deixo um alerta. O plano de emergência não se trata de um modelo pronto e


estático. Como eu disse, o plano é personalizado, estabelecido, implementado e
mantido de acordo com os riscos, características e circunstâncias das atividades da
organização.
O sucesso do plano de emergência não está na forma em que ele é descrito, mas como é
exercitado. Lembra que eu disse, que ele é um plano contínuo e dinâmico? O plano deve
estar ativo o tempo todo, sendo exercitado e atualizado a todo momento.

A sua implementação e manutenção requer a montagem de um time multidisciplinar,


composto por representantes de cada área da organização que podem ser envolvidas
numa emergência: segurança, manutenção, recursos humanos, meio ambiente,
manuseio, financeiro, jurídico entre outros. Acredite, toda área que necessita exercer
alguma função, seja de ação ou apoio, deve participar do plano.

Se pretende implantar ou revitalizar algum plano, acredito que este post pode te dar uma
boa orientação. Nossos contatos estão a sua disposição para maiores esclarecimentos
que julgar necessários.

A Mvalle GSE é uma empresa especialista em preparação de emergências que


envolvam a saúde, meio ambiente e patrimônio. Os anos de experiência na
elaboração e implementação de planos, bem como a capacitação de times
estratégicos operacionais, em organizações dos mais variados setores da
economia a credenciam.

A Mvalle GSE segue os requisitos contidos na NBR ISO 22320:2020 – Segurança e


resiliência – Gestão de emergências – Diretrizes para gestão de incidentes, atendendo as
premissas da NBR ISO 45001 – Sistemas de gestão de segurança e saúde ocupacional
e, agora, da NR01 – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais.

Somos compostos por especialistas em gerenciamento de crises e emergências, que


apoiam os tomadores de decisões sobre os cenários emergenciais. Ter o apoio da
mvalle na elaboração, disseminação e capacitação do plano de emergência é
certeza do cumprimento de toda a estrutura do plano, atuando com qualidade com
base nos protocolos definidos. É o que tornará a organização capaz de responder
rapidamente aos mais diversos cenários de emergências.

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