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Vamos ver o que diz a NR 1 com base no texto que vale a partir de 01/07/2021:
O PRE é exatamente o que diz sua sigla: um Plano de Respostas à Emergências. Uma vez
que entendemos o que é uma emergência em seu sentido técnico, devemos construir um
plano que possa responder a cada uma delas. Como já deve imaginar, não é um documento
corriqueiro. O PRE é um documento bastante elaborado e detalhado. Nele contém vários
quesitos, como por exemplo descrição da planta do local, com seu tipo de construção,
dimensões, população presente na planta, riscos inerentes à ocupação e muito mais.
Portanto é um documento um pouco extenso, que deve ser feito nos moldes da ABNT NBR
15219 (16/04/2020)
Classe I: Para atividade, a.1 (postos de serviços). Para capacidade, b.1 (gases
inflamáveis – 2-60 ton) e b.2 (líquidos inflamáveis e/ou combustíveis – 10-5000
m³);
Classe II: Para atividade, a.1 (engarrafadora de gases inflamáveis) e a.2 (atividade
de transporte dutoviário). Para capacidade, b.1 (gases inflamáveis – 60-600 ton) e
b.2 (líquidos inflamáveis e/ou combustíveis – 5000-50000 m³);
Classe III: Para atividade, a.1 (refinarias), a.2 (unidades de processamento do gás
natural), a.3 (instalações petroquímicas) e a.4 (usinas/unidades de fabricação de
etanol e/ou álcool). Para capacidade, b.1 (gases inflamáveis – acima de 600 ton) e
b.2 (líquidos inflamáveis e/ou combustíveis – acima de 50000 m³).
Tendo noção da classificação das instalações, deve ser elaborado e implantado um plano de
respostas às emergências que inclua:
Sempre que houver um cenário de emergência, deve-se fazer um PRE. A nova NR-1 deixou
muito claro no item 1.5.6, como abordado no início deste artigo. Vale reforçar que o PRE é
OBRIGATÓRIO nestes casos, já que agora está no Gerenciamento de Riscos Ocupacionais
(GRO).
20.15.2 O plano de resposta a emergências das instalações classe I, II e III deve ser
elaborado de acordo com normas técnicas nacionais e, na ausência ou omissão destas,
nas normas internacionais, bem como nas demais regulamentações pertinentes e
considerando as características e a complexidade da instalação, contendo, no mínimo:
20.15.5.2 O empregador deve estabelecer critérios para avaliação dos resultados dos
exercícios simulados.
Cerca de 92% da população brasileira enxerga o governo como o único responsável pela
segurança e resposta a emergências. Mas a realidade é outra! Com dimensões
continentais, o Brasil não tem condições de proporcionar uma resposta adequada e
em tempo para todos.
De acordo com a NBR ISO 22320:2020, [5.2.3] convém que a organização (a) antecipe
o efeito em cascata e (b) tome a iniciativa de fazer algo mais cedo, em vez de
tardiamente. Portanto, quanto mais rápido uma organização agir diante de uma
emergência, menores serão os impactos para as pessoas, bens, meio ambiente e
negócio da organização.
Mesmo assim, as situações de emergência requerem que a tomada de decisão seja muito
rápida, desde o primeiro contato com o cenário. Sob tensão e contra o relógio, a
compreensão e avaliação do cenário é importante, e cada decisão afetam a eficácia das
ações. O sucesso da resposta somente será viável se a organização tiver um Plano
de Resposta à Emergências previamente implementado, ativo e exercitado.
Para um cenário básico, como por exemplo uma pessoa acometida por “mal súbito”, a
maioria das organizações não possuem um plano de resposta. Nem mesmo um
documento que indique sobre como, quando e quem aciona o serviço médico, seja ele
público (SAMU) ou privado (área protegida contratada). Quem dirá, como oferecer um
suporte básico à vítima, até a chegada do suporte avançado acionado.
Estas ações podem aumentar as chances de uma pessoa sobreviver. Mas, muitas
organizações protelam a adoção de um plano, confiantes de que na hora “H” as decisões
“certas” serão tomadas e que o socorro público chegará em tempo. E se não chegar?
O que é o Plano de Emergência? O PRE é exatamente o que diz sua sigla: um Plano de
Respostas a Emergências. Uma vez que entendemos o que é uma emergência em seu
sentido técnico, podemos construir um PRE que possa responder aos mais diversos
cenários.
Emergência pode ser definida como o estágio de um incidente, que supera a
capacidade imediata da organização o controlar, ocorrendo a interrupção das
operações com capacidade de produzir vítimas ou danos em qualquer grau de
comprometimento. Por sua vez, incidente é qualquer disrupção imprevisível e
indesejada que foge da rotina operacional.
É dinâmico, pois o plano de emergência sempre deve estar atualizado, revisto a cada
ocorrência ou treinamento, principalmente os protocolos (estratégicos e operacionais) de
atendimento, estabelecidos para cada cenário de emergência.
Cenário não é somente o evento indesejado, tal como incêndio, explosão, vazamento de
produtos perigosos, roubo, ou violência no ambiente de trabalho. É mais
abrangente. Cenário de emergência é descrito como um evento que pode se
desenvolver em um determinado ambiente ou atividade, sob determinadas
condições, e que implicações que ele pode causar.
O conceito de emergência diz que os incidentes são imprevisíveis, mas eles não
inesperados. Portanto, com base na avaliação de seus riscos, toda organização deve ser
capaz de identificar os potenciais cenários de emergência, a fim de elaborar o PRE,
fornecendo diretrizes, estratégias, informações e dados que permitam a adoção de
procedimentos lógicos, técnicos e administrativos a serem adotados.
Independentemente de como chame o seu plano, o plano de emergência pode ser feito
nos moldes da ABNT, a NBR 15219:2020. Apenas relembro que os requisitos
trazidos pela ABNT são sugestivos e, assim, pode-se utilizar a NBR como um guia. Por
isso, também recomendo que a organização respeite as suas características,
principalmente, o seu sistema de gestão de documentos e a forma de
publicação e comunicação interna para elaboração, implementação e
manutenção do plano.
O que realmente importa é que convém a toda organização [NBR ISO 22320:2020] se
engajar no planejamento para emergências, constituído num plano de emergência, que
seja continuo e inclua as seguintes atividades:
o observação;
o coleta, processamento e compartilhamento de informações;
o avaliação da situação, incluindo a previsão;
o planejamento;
o tomada de decisão e comunicação;
o implementação das decisões
o coleta de feedback e medidas de controle.
Figura 2 - Fluxo de Resposta a Incidentes adaptadoda NBR ISO 22320:2020
Não ter o plano de emergência elaborado, mais do que uma infração às normas de
segurança e saúde do trabalho, é a indicação pública de que a organização não tem
um planejamento, não tem ninguém treinado e não tem estrutura pronta para situações
de emergência .
Os danos causados por decisões equivocadas e ações desastrosas podem ser muito
mais danosa do que os efeitos que o incidente sozinho produziria. Certamente, o
negócio e a continuidade da organização serão colocados a prova.
Se pretende implantar ou revitalizar algum plano, acredito que este post pode te dar uma
boa orientação. Nossos contatos estão a sua disposição para maiores esclarecimentos
que julgar necessários.
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