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PSMS01 – PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA

1 INTRODUÇÃO

O presente Plano de Ação de Emergência (PAE) estabelece as diretrizes necessárias para


atuação em situações emergenciais que tenham potencial para causar danos a estrutura da
empresa como ao meio ambiente durante a realização das atividades da ACQUADIVE.
O Plano apresenta os procedimentos de resposta às situações emergenciais que eventualmente
possam vir a ocorrer durante as operações realizadas pela ACQUADIVE, além de definir as
atribuições e responsabilidades dos envolvidos, de forma a propiciar as condições necessárias
para o pronto atendimento às emergências, por meio do desencadeamento de ações rápidas e
seguras.
Da mesma forma, o PAE tem por finalidade promover a integração das ações de resposta às
emergências entre os colaboradores da empresa e desta com outras instituições, possibilitando
assim o desencadeamento de medidas integradas e coordenadas, de modo que os resultados
esperados possam ser alcançados; ou seja, a minimização de danos às pessoas e/ou
patrimônio, bem como em relação aos eventuais impactos ambientais.

2 OBJETIVO

O principal objetivo do Plano de Ação de Emergência é orientar, disciplinar e determinar a


ocorrência de situações de emergência envolvendo a ACQUADIVE.
Para que este objetivo possa ser alcançado, foram estabelecidos os seguintes pressupostos:
a) Definição das atribuições e responsabilidades;
b) Identificação dos perigos que possam resultar em maiores acidentes (hipóteses
acidentais);
c) Preservação do patrimônio da empresa, da continuidade operacional e da
integridade física de pessoas;
d) Treinamento de pessoal habilitado para operar os equipamentos necessários ao
controle das emergências;
e) Minimização das consequências e impactos associados;
f) Estabelecimento das diretrizes básicas, necessárias para atuações emergenciais;
g) Disponibilização de recursos para o controle das emergências.

3 ESTRUTURA DO PLANO

O Plano de Ação de Emergência foi estruturado com base nas hipóteses acidentais
identificadas. A partir disto foi realizado o planejamento de quais serão as ações de resposta
para cada hipótese, quais os recursos necessários para o combate a emergências e quais os
procedimentos adequados nas situações emergenciais.
Portanto, este PAE possui a seguinte estrutura:
a) Estrutura organizacional;
b) Hipóteses acidentais consideradas;
c) Ações de resposta às situações emergenciais;
d) Fluxograma de acionamento;
e) Recursos humanos e materiais;
f) Divulgação, implantação e integração do plano;
g) Manutenção do plano;

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Rafaella Martins Gabriel Barra Data: 30/08/2016
PSMS01 – PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA

4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

O organograma apresentado na Figura 1 abaixo mostra a estrutura organizacional do PAE.

Coordenador
Geral do PAE

Assessoria de
Segurança

Líder da
Emergência

Brigada de
Emergência

Figura 1 – Organograma do Plano de Emergência

A seguir, estão apresentadas as atribuições e responsabilidades das diferentes funções


previstas na estrutura organizacional do PAE.

4.1 Coordenador Geral


O Coordenador Geral do PAE nas instalações da ACQUADIVE é o Gerente Operacional,
sendo o responsável máximo pela coordenação das ações de combate a emergência. Na sua
ausência quem assume suas atribuições é o Supervisor. Dessa forma, cabe ao mesmo
gerenciar as ações de todos os participantes, bem como a mobilização e utilização dos
recursos, de forma a propiciar as condições necessárias para a minimização dos eventuais
danos aos seus colaboradores, ao público externo, aos equipamentos e ao meio ambiente.
Da mesma forma, é responsável pela direção das comunicações e intercâmbios de
informações com as autoridades, determinando nos diferentes momentos da ocorrência as
ações a serem adotadas, as decisões e autorizações, como por exemplo, evacuação de pessoas,
caso necessário e solicitação de auxílio externo.
As principais atribuições do Coordenador Geral do PAE são:
a) Planejar e determinar medidas a serem adotadas, durante e após uma emergência;
b) Coordenar a revisão periódica do PAE;
c) Avaliar a situação e tomar as decisões cabíveis com vista ao desencadeamento das
ações necessárias para o controle da situação emergencial;
d) Atender autoridades e órgãos da imprensa;
e) Auxiliar nos trabalhos de revisão do Plano de Emergência;
f) Promover internamente a divulgação do Plano de Emergência;
g) Dar suporte técnico geral nos eventos de emergência;
h) Coordenar a reunião de avaliação da emergência, participando da elaboração do
relatório da emergência; na impossibilidade da sua presença, indicar representante.

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4.2 Assessoria de Segurança


As funções da Assessoria de Segurança contemplam basicamente o apoio na
operacionalização das comunicações durante o atendimento às emergências, acionando os
órgãos externos e mantendo o Superintendente informado sobre a situação.
Da mesma forma, cabe à Assessoria de Segurança:
a) Coordenar a atuação da Brigada de Emergência;
b) Orientar se necessário, os participantes da operação sobre o método correto de
utilização de EPI’s;
c) Planejar e coordenar programas para o desenvolvimento do PAE;
d) Planejar e coordenar exercícios;
e) Proceder avaliações dos eventos ocorridos e sugerir modificações para prevenir
novos incidentes.

4.3 Líder da Emergência


O Coordenador de Bordo é quem exerce a função de Líder da emergência e é o responsável
pela administração das ações da Brigada de Emergência. Assim, supervisiona e coordena
todas as operações e recursos necessários, avaliando a gravidade do acidente e centralizando
todas as comunicações com o Gerente Operacional. Este Líder tem curso de emergência
fornecido por escola de mergulho credenciada pela Marinha.

O Líder da Emergência tem como principais atribuições e responsabilidades:


a) Verificar o tipo de emergência, a sua extensão e o local exato, realizar uma avaliação
rápida da ocorrência e estabelecer plano para controle da mesma;
b) Acionar e coordenar as ações da Brigada de Emergência;
c) Atuar no desencadeamento das ações de combate a emergência, liderando e
mobilizando os recursos necessários;
d) Atuar, em conjunto com as Equipes de Emergência, definindo estratégias de controle
da emergência;
e) Analisar a possibilidade de propagação e atuar no sentido de reduzir as consequências;
f) Operacionalizar as comunicações durante o atendimento às emergências, acionando os
órgãos externos.

4.4 Brigada de Emergência


Esta equipe tem por objetivo proteger os equipamentos e preservar as atividades da empresa e
é responsável pela adoção das ações de combate à emergência, tanto no controle de eventuais
vazamentos de óleo no mar ou mesmo combate a incêndios, razão pela qual seus participantes
devem estar adequadamente treinados e ter pleno conhecimento da localização e utilização
dos equipamentos de contenção de vazamento, extintores e caixas de incêndio, técnicas e
táticas de combate.
A Equipe de Emergência tem as seguintes atribuições:
a) Imediatamente após ter sido detectada a emergência, o Coordenador de Bordo deve
comunicar o Inspetor de Segurança;
b) Paralisar as atividades com segurança;
c) Atuar nos sinistros utilizando equipamento de proteção individual;
d) Efetuar o primeiro combate com extintores, material absorvente e outros equipamentos
disponíveis;
e) Eliminar fontes de ignição presentes;
f) Manter o Inspetor de Segurança informado sobre o andamento dos trabalhos;

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g) Caso existam vítimas iniciar a prestação dos primeiros socorros, encaminhando as


mesmas para atendimento médico;
h) Facilitar eventuais operações de transferência ou remoção do óleo, caso necessário;
i) Desencadear todas as medidas necessárias para o combate da situação emergencial.

5 HIPÓTESES ACIDENTAIS CONSIDERADAS

Considerando que o mergulho é uma atividade de risco significativo e, os equipamentos


utilizados para execução dos serviços utilizam óleos hidráulicos e combustíveis, foram
definidas as hipóteses acidentais ora contempladas no presente PAE.
Em caso de acidentes com mergulhadores, os mesmos deverão ser socorridos, conforme
procedimento da brigada de emergência e, levados a câmara hiperbárica mais próxima ao
local de trabalho.
No caso de vazamentos de óleo no mar, devido à possibilidade de rompimento de mangueira
de óleo da central hidráulica ou devido à colisão da embarcação durante o trajeto e
aproximação das unidades flutuantes, o óleo deverá ser isolado com barreiras absorventes e,
as autoridades ambientais deverão ser informadas.
Toda e qualquer situação anormal deverá ser comunicada ao Coordenador Geral do PAE ou,
na sua ausência, ao Líder de Emergência, a quem cabe decidir, em função da gravidade da
situação, quanto ao acionamento, ou não, do Plano de Ação de Emergência.
O Fluxograma abaixo contempla a sequência lógica para o acionamento e desencadeamento
de ações para o combate e controle de emergências.

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6 FLUXOGRAMA DE ACIONAMENTO

Detecção do acidente
Funcionário

Comunicação do acidente ao
Inspetor de Segurança do Trabalho

Acionamento do
Coordenador Geral do PAE

NÃO
Acidente Grave?

SIM

Acionamento do
PAE

Desencadeamento de ações de combate e


acionamento de órgãos competentes

NÃO Reavaliação das ações e recursos


Situação controlada? disponibilizados

SIM

Ações para retorno as operações

Relatórios / reposição de recursos

FIM

Figura 2 – Fluxograma de acionamento

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7 AÇÕES DE RESPOSTA ÀS SITUAÇÕES EMERGENCIAIS

7.1 Procedimentos de Combate a incêndio


Na sequência estão apresentados os procedimentos de combate a serem desencadeados em
situações emergenciais envolvendo vazamentos de óleo no mar durante a realização das
operações de limpeza ou caso ocorra colisão com outra embarcação. Além, de procedimentos
para combate a incêndio na embarcação e para atendimento as vítimas.

7.1.1 Procedimentos de Combate a Vazamento de Óleo


A resposta aos acidentes causados por vazamentos de produtos químicos no mar requer a
adoção de procedimentos básicos, de acordo com as características dos produtos químicos
envolvidos, com as circunstâncias em que ocorreram tais acidentes e com as características
dos locais e ambientes atingidos ou ameaçados.
Outro aspecto importante, a ser considerado, diz respeito à segurança das pessoas. Todos os
integrantes das equipes de atendimento ao vazamento do produto químico devem observar as
regras de segurança previstas e portar os EPI’s – Equipamentos de Proteção Individual
adequados aos riscos a que são expostos.
As ações de resposta aos vazamentos estão divididas em quatro etapas:
a) Acionamento do plano
 Constatada a ocorrência de um vazamento deverá ser solicitado o acionamento;
 Concomitantemente à ação anterior, deverá ser realizada uma avaliação preliminar de
situação pelo pessoal presente no local, de forma a obter uma visão rápida e geral do
quadro, visando subsidiar a tomada de decisão no tocante ao desencadeamento das
ações iniciais, como por exemplo: retirada dos mergulhadores do local, controle da
fonte do vazamento, acionamento dos órgãos de resposta e mobilização e recursos.
b) Medidas de Combate
 No caso de vazamento de óleo do sistema hidráulico adotar as seguintes medidas:
 Cessar a fonte de vazamento;
 Instalar barreiras de contenção absorventes no sentido da maré, alinhadas com a
mancha do produto;
 Deslocar a mancha com jateamento de água em direção à barreira, de forma a retirar o
produto da área do píer e costados dos navios;
 Recolher o produto contido com a aplicação de materiais absorventes ou outras
técnicas/recursos de remoção mecânica aplicáveis.
As ações de contenção e remoção poderão se concentrar junto ao píer, cais e embarcações,
uma vez que nessas condições deve-se procurar sempre restringir ao máximo o espalhamento
da mancha.
Caso ocorra colisão de embarcações e posterior vazamento de óleo diesel adotar, de imediato,
as seguintes ações:
 Monitorar os índices de inflamabilidade;
 Eliminar todas as fontes de ignição;
 Abater a nuvem de vapor inflamável com neblina d’água, caso pertinente.
 Para ao combate ao vazamento de produto inflamável, após o controle dos riscos de
inflamabilidade, adotar as seguintes medidas:
 Instalar barreiras de contenção absorventes no sentido da maré, alinhadas coma
mancha do produto;

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 Deslocar a mancha com jateamento de água em direção à barreira, de forma a retirar o


produto da área do píer e costados dos navios;
 Voltar a monitorar os índices de inflamabilidade nesta nova condição de contenção do
produto, tanto no ponto de origem, como na barreira;
 Se as condições de segurança permitirem, recolher o produto contido com a aplicação
de materiais absorventes ou outras técnicas/recursos de remoção mecânica aplicáveis.
As ações de contenção e remoção, no caso de produto não inflamável, poderão se concentrar
junto ao píer, cais e embarcações, uma vez que nessas condições deve-se procurar sempre
restringir ao máximo o espalhamento da mancha.
c) Ações de rescaldo
 As ações desta etapa devem ser desenvolvidas no período pós-emergencial:
 Descontaminar as roupas de proteção e equipamentos de monitoração e combate
utilizados pela equipe de atendimento;
 Tratar e dispor os resíduos;
 Restaurar as áreas atingidas;
 Elaborar os relatórios de campo;
 Avaliar a operação, analisando as ações adotadas, os resultados obtidos, para subsidiar
a revisão e o consequente aperfeiçoamento do plano.

7.1.2 Procedimentos de Combate a Incêndio na Embarcação


 Verificar a existência de vítimas, em caso positivo, prestar os primeiros atendimentos;
 Iniciar o combate ao incêndio com os extintores adequados;
 Remover os materiais de fácil combustão, se possível;
 Desligar equipamentos elétricos;
 Paralisar as operações de limpeza;
 Iniciar a evacuação da embarcação, caso necessário.

7.1.3 Exercícios de alerta


Anualmente é realizado exercício de alerta, objetivando:
 O entendimento e assimilação do sinal de alarme;
 O abandono do local de forma calma e ordeira, evitando pânico;
 O entendimento das tarefas e responsabilidades das pessoas envolvidas (Chefes de Fila
e combatentes) e funcionários;

7.2 Primeiros Socorros


A menos que o ferimento possa ser diagnosticado por uma pessoa qualificada como
sendo de menor proporção, providências serão tomadas imediatamente para obter a atenção
médica apropriada. A assistência especializada será acionada através da Unidade de Resgate
do Corpo de Bombeiros (193).
Enquanto o Bombeiro não chega ao local, deve-se tomar as seguintes medidas:
7.2.1 - Parada Respiratória
O ar é fundamental para o ser humano se houver obstrução das vias aéreas por corpos
estranhos (moedas, brinquedos, pedaços de carne, ossos e outros) ou língua caída. Sinais:
tórax imóvel, sem movimentos, ausência de sinais de entrada ou saída de ar pelas narinas.
O QUE FAZER?:
 Mantenha a calma, peça aos curiosos para afastar e dar espaço para circulação do ar,
deite a vítima em lugar plano e duro, afrouxe as roupas da vítima e retire prótese

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dentária ou dentadura, verifique se tem corpos estranhos na boca, se houver retire,


inicie a respiração boca-a-boca:
 Tampe a narina da vítima, com o indicador e o polegar, abra completamente a boca da
vítima, inspire profundamente, enchendo seus pulmões, coloque a boca na boca da
vítima, sem deixar frestas ( se a boca da vítima estiver com sangue pode-se colocar um
saco plástico de forma a deixar um local para o ar passar), sopre com força todo o ar,
até expandir o tórax da vítima, retire a boca e destampe a narina da vítima, observe se
o pulmão da vítima esvazia, enquanto você respira, repita a sequência cerca de 15
vezes por minuto.

7.2.2 - Parada Cardíaca


Quando o coração para de bater, o sangue não circula e o cérebro começa a apresentar lesões
irreversíveis, causas: choque elétrico, choque anafilático, afogamento, doença cardíaca,
traumatismo violento.
Sinais: ausência de batimentos cardíacos.
O QUE FAZER?
Mantenha a calma, verifique o pulso da vítima, para certificar-se que realmente existe uma
parada cardíaca. Chame por ajuda, se possível, deite a vítima sobre uma superfície plana e
dura. Coloque suas mãos sobrepostas na metade inferior do esterno (dedos abertos, não
tocando na parede do tórax), faça pressão rápida para abaixar o esterno, comprimindo o
coração de encontro à coluna vertebral. Repita o procedimento anterior, cerca de 60 vezes por
minuto. A cada 3 minutos interrompa a massagem e verifique o pulso novamente. Não
havendo pulso reinicie a massagem cardíaca.

OBS: Caso se verifique parada respiratória e cardíaca ao mesmo tempo, o procedimento deve
ser combinado: Executar 15 manobras de massagem cardíaca e, em seguida, soprar 2 vezes a
boca da vítima, usando o método boca-a-boca, quando houver apenas um socorrista.

7.2.3 - Crise Epilética ou Convulsão


Apresenta contrações involuntárias da musculatura, com movimentos desordenados, com ou
sem perda da consciência. Causas: febre alta, especialmente em crianças, intoxicação ou
overdose por drogas, traumas cranianos, infecções cerebrais (meningites, abscessos cerebrais,
tumores).
Sinais: contrações musculares incontroláveis, perda da consciência, palidez intensa e lábios
azulados durante a crise convulsiva, eliminação inconsciente de fezes e urina, contração da
musculatura da boca (dentes travados), salivação abundante.
O QUE FAZER:
Durante a crise a vítima apresenta movimentos involuntários, desta forma proteja a cabeça da
vítima, desaperte a roupa da vítima. Não desespere, a convulsão dura poucos minutos, após a
crise deixe a vítima acordar e tranquilize e encaminhe a vítima para um hospital.

Não faça:
Não segure a vítima (deixe que ela se debata).
Não coloque os dedos na boca ou puxe a língua da vítima.

7.2.4 - Desmaio
É a perda súbita e passageira de consciência. Causas: jejum prolongado, tensão emocional
(stress), fadiga e debilidade orgânica.

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Sintomas: Palidez acentuada e suor abundante, Pulso fraco (difícil de sentir), Falta de ar,
Náuseas, Visão turva, Zumbido no ouvido.
O QUE FAZER?
 Mantenha a calma e ajude a vítima. Mantenha os curiosos afastados. Verifique se a
vítima está respirando e se o pulso, apesar de fraco, está presente. Pessoas desmaiadas
respiram e têm batimentos cardíacos, se não for o caso a vítima pode na verdade estar
tendo uma parada cardíaca ou respiratória.
 Deite a vítima com a cabeça o mais baixo possível ou coloque os pés da vítima sobre
uma caixa.
 Desaperte a roupa da vítima (facilita a respiração e a circulação).
 Geralmente os desmaios são passageiros, durando poucos minutos (3 minutos) e
procure socorro médico.

7.2.5 - Hemorragias
É a perda de sangue devido ao rompimento de um ou mais vasos sanguíneos. Podendo ser:
Externas: são as hemorragias em que o sangue extravasa para fora do corpo.
Internas: as hemorragias internas são mais difíceis de serem reconhecidas, pois o sangue é
acumulado no interno do corpo.
O QUE FAZER?
I - Hemorragias Externas
 Elevar o braço ou a perna, se estiverem sangrando. Quando se eleva o braço ou a
perna, a pressão diminui.
 Tampar o ferimento com gazes ou pano limpo, fazendo pressão.
 Torniquete: deve ser aplicado somente em sangramentos graves como amputações e
esmagamentos.
 Amarre um pano limpo ligeiramente acima do ferimento, enrolando-o firmemente
duas vezes. Amarre-o com um nó simples. Em seguida, amarre um bastão sobre o nó
do tecido. Torça o bastão até estancar o sangramento. Firme o bastão com as pontas
livres da tira de tecido. Marque o horário em que foi aplicado o torniquete. Procure
socorro médico imediato. Desaperte o torniquete gradualmente a cada 10 ou 15
minutos, para manter a circulação do membro afetado, pois se mantido por período de
tempo longo (30 minutos - 1 hora) pode causar morte das células, levando à
amputação do membro garroteado.
II - Hemorragias Internas, os sinais e sintomas de hemorragias internas são:
dor abdominal: o sangramento no interior do abdome pode causar dor , vômitos, urina ou
fezes com sangue hipotensão ( pressão baixa ), sonolência, fraqueza e visão turva, taquicardia
(batimentos cardíacos acelerado > 120 batimentos minutos). Havendo suspeita de hemorragia
interna, encaminhe a vítima o mais rápido possível para um hospital.

7.2.6 - Fraturas
Resultam de violências externas, havendo rompimento ósseo.
CLASSIFICAÇÃO:
Fraturas fechadas (interna): não há rompimento da pele.
Fraturas abertas ou expostas: há rompimento da pele, geralmente ocasionado pelo osso que
quebrou.
Neste caso, geralmente as fraturas são mais sérias e o risco de infecção do osso aumenta, pois
este é contaminado pelos germes da pele e do ar.
SINAIS E SINTOMAS:

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Dor no local do trauma.


Deformação ou desvio do osso, com posição anormal do membro.
Sensação de fragmentos, com crepitações aos movimentos.
O QUE FAZER:
Fratura Fechada
 Mantenha a calma e acalme a vítima.
 Não mova o membro afetado, Imobilize o local da fratura, incluindo as articulações,
ou seja, se houver fratura do antebraço, imobilize de forma a evitar movimentos do
cotovelo e do punho.
 Fratura exposta:
 Mantenha a calma e acalme a vítima.
 Coloque um pano limpo ou gaze sobre o ferimento.
 Imobilize o local da fratura, da mesma forma que nas fraturas fechadas.

FRATURAS ESPECIAIS: algumas fraturas devido o local atingido, necessitam de cuidados


especiais, como as fraturas do crânio e coluna. Nestes casos:
 Mantenha a vítima deitada, verifique os sinais vitais (respiração e batimento cardíaco)
.
 Não mova a cabeça ou qualquer outra parte do corpo da vítima, se ela estiver
sangrando pelo nariz, boca ou ouvidos, ou após acidentes graves. Nestes casos o ideal
é chamar socorro (193 - Corpo de Bombeiros / Resgate).
 Mantenha a vítima aquecida. Hipotensão (pressão baixa), sonolência, fraqueza e visão
turva, taquicardia (batimentos cardíacos acelerado > 120 batimentos minutos).
Havendo suspeita de hemorragia interna, encaminhe a vítima o mais rápido possível
para um hospital.

7.2.8 - Entorse
É o rompimento de um ligamento
Sinais: dor intensa, edema (inchaço), Hematoma (roxo).
O QUE FAZER?
 Imobilizar a articulação;
 Fazer compressa fria, somente após as 24hs que se faz compressa quente;
 Evitar os movimentos.

7.2.9 - Luxações
Quando as superfícies articulares deixam de se tocarem de forma permanente.
Sinais: dor, deformação na articulação, impossibilidade de movimentos, Hematoma (roxo).
O QUE FAZER?
Imobilizar e encaminhar ao médico.

7.2.10 - Contusões
Compressão dos tecidos moles contra os músculos.
Sinais: dor, inchaço, Hematoma (roxo).
O QUE FAZER?
Compressa fria, elevar parte contundida, e repouso da parte contundida.

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7.2.11 - Choque Elétrico


Pode ocorrer com qualquer pessoa. Ficando a pessoa presa no material energizado pela
corrente elétrica, lembre-se de não tocar na pessoa, pois a corrente poderá atingi-lo, desligue a
chave geral e se não for possível afaste a vítima com uma vara de madeira, bem seca, antes
verifique se seus pés estão secos, e se não está pisando em molhado, após isto verifique se a
vítima respira, se a língua está obstruindo a passagem do ar, se a língua estiver caída, puxe-a,
observe também os batimentos cardíacos, na ausência destes sinais respiração, batimento
cardíaco inicie as manobras de reanimação artificial, massagem cardíaca e respiração boca-a-
boca.

7.2.12 - Ferimentos
Existem vários tipos de ferimentos: cortes, contusões, ferimentos por faca, estilete e outros.
Mas de uma forma geral os ferimentos representam uma quebra na integridade dos tecidos
com sangramento. Estas lesões podem ser: externas ou abertas (aquelas em que há lesão da
pele) ou internas ou fechadas (aquelas que acomete órgãos internos, causando hemorragias
internas).
SINTOMAS:
 Ferimentos internos ou fechados.
 Dor abdominal;
 Vômitos, urina ou fezes com sangue;
 Sonolência, fraqueza, visão turva, pulso rápido e fraco
 Inconsciência.

O QUE FAZER?
 Proteja o ferimento com gazes ou pano limpo. Evite manipular o ferimento com os
dedos sujos.
 Eleve o membro (perna, pé, braço, mão).
 Não coloque pomadas, graxa, terra, areia, café ou quaisquer outras substâncias no
ferimento.
 E encaminhe a vítima para um hospital.

7.2.13 - Ferimentos na cabeça


Requerem sempre atenção especial. O paciente deve ser examinado por um profissional da
saúde o mais rápido possível.
Em caso de inconsciência ou de inquietação, deite a vítima de costas e afrouxe suas roupas.
Agasalhe a vítima. Se houver hemorragia

7.2.14 - Afogamento
No caso de afogamento não espere a chegada do médico; ou seja, se não perceber batimentos
cardíacos, não conseguir palpar o pulso e se a vítima apresentar acentuada palidez, fazer
massagem cardíaca externa do seguinte modo:
 Colocar a vítima deitada de costas sobre superfície dura;
 Posicionar suas mãos sobrepostas na metade inferior do externo;
 Os dedos devem ficar abertos e não tocam a parede do tórax;
 Realizar uma pressão, com bastante vigor, para que se abaixe o externo,
comprimindo o coração de encontro à coluna vertebral. Descomprimir em seguida;
 Repetir a manobra tantas vezes quantas necessárias (cerca de 60 vezes por minuto).

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7.3 Ações de emergência nas Operações de mergulho raso


7.3.1 Perda de Comunicação com Mergulhador
Nos casos de perda de comunicação, proceder com os seguintes sinais:
Do mergulhador de apoio na superfície para o mergulhador que está no fundo
 01 puxão: Você está bem?
 02 puxões: O umbilical está folgado?
 03 puxões: Prepare-se para retornar.
 04 puxões: Retorne imediatamente.
Do mergulhador do fundo para o mergulhador de apoio na superfície:
 01 puxão: Sim; Parar de folgar o umbilical; Parar de colher o umbilical;
 02 puxões: Folgue o umbilical;
 03 puxões: Pronto p/ retornar, colher o umbilical;
 04 puxões: Emergência, recolher meu umbilical imediatamente.
Ação do Supervisor:
 Mandará o mergulhador de apoio na superfície recolher o mergulhador através de
sinais no umbilical;
 Tentará restabelecer a comunicação e alertará todos os integrantes da equipe.
 Caso a comunicação não seja restabelecida, informar a equipe de convés para preparar
para subir os mergulhadores.
Ação do mergulhador de apoio na superfície:
 Recolherá o umbilical após a confirmação do mergulhador;
 Prepara para subir;
 Comunicará ao Supervisor que estão em segurança para subida.

7.3.2 Queda de Pressão de ar no Umbilical dos Mergulhadores
Ação do Supervisor
 Mandará o mergulhador de apoio na superfície abrir as garrafas do quadro de
Cilindros;
 Mandar o mergulhador abrir a garrafa de emergência ou o suprimento secundário;
 Verificará o motivo da queda de pressão;
 Suspender o mergulho para verificação do sistema para determinar o motivo da
anomalia.
Nota: Se os suprimentos de emergência não funcionarem, mandar o mergulhador subir
imediatamente com a reserva em funcionamento.
Ação do Mergulhador
 Abrirá a válvula da garrafa individual de emergência;
 Retornar a superfície sob orientação do Supervisor.

7.3.3 Ruptura do Umbilical


Ação do Supervisor
 Ao perceber a ruptura do umbilical, o supervisor alertará a todos os integrantes da
equipe e mandará observarem na superfície do mar o cabo guia.
Nota: Se no final de 5 minutos de observação, não houver sinalização por parte dos
mergulhadores, o Supervisor deverá aciona o mergulhador de emergência conforme item
7.3.5.

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Ação do Mergulhador
 Ao perceber a falta de ar, comunicar a superfície a abertura da garrafa de emergência e
retornar a superfície, abortando o mergulho.

7.3.4 Perda da Estanqueidade da Máscara


O mergulhador deve unicamente retirar com rapidez a Máscara e passar a respirar através da
válvula de segundo estágio acoplada em seu suprimento de emergência, retornando
imediatamente para a superfície.

7.3.5 Resgate do Mergulhador vitimado


Ação do Supervisor
 Ao primeiro sinal de mal-estar do mergulhador o supervisor de mergulho deverá trocar
o suprimento de ar principal, proveniente dos compressores, para o suprimento de
emergência, proveniente dos quadros de ar e ordenará ambos mergulhadores a
acionarem suas válvulas de fluxo contínuo, para assim renovar o ar dos umbilicais;
 Avisará ao mergulhador de emergência e toda equipe para preparar sua intervenção;
 Instruirá o mergulhador de emergência na intervenção, definindo sua atuação;
 Após ser informado pelo mergulhador de emergência, solicitar a subida.

Ação do Mergulhador de emergência


 Antes de colocar sua máscara de mergulho, deverá acionar sua válvula de fluxo
contínuo, para renovar o ar do umbilical;
 Avisará ao supervisor quando puder iniciar a descida;
 Definirá junto ao supervisor sua atuação;
 Após chegar junto do mergulhador, abrir a ventilação na máscara, tomando cuidado
para não ventilar em excesso;
 Reportará ao supervisor a situação encontrada no local;
 Conectará o seu mosquetão de resgate ao corpete, para facilitar no retorno com
mergulhador para o sinete/cesta.
 Prenderá o mosquetão de resgate do sinete/cesta na parte superior frontal do corpete
do mergulhador, facilitando assim a liberação das vias aéreas do mergulhador.

7.3.6 Resgate do Mergulhador inconsciente


O mergulhador poderá ficar inconsciente na água por causa da impureza do ar respirado
através do compressor, crescimento da taxa de CO2 na BM / SL, mal-estar ou afogamento.
Poderá também ser vítima de ferimentos tais como cortes ou fraturas de membros. As
situações poderão variar enormemente e somente poderão ser corretamente contornadas se
seguirmos os procedimentos abaixo:
A retirada do mergulhador da água deve ser conforme o procedimento, e o pessoal envolvido
nela devem ter sempre total conhecimento desta operação.
O Supervisor tendo conhecimento de uma emergência na água deve:
Solicitar a intervenção do Mergulhador, Mergulhador de emergência e Equipe de Apoio;
O mergulhador, sempre que agir no resgate deve em primeira instância, analisar os riscos
eminentes que levou o mergulhador a inconsciência, abrir a ventilação na máscara tomando
cuidado para não ventilar em excesso, verificar os sinais vitais e liberar o umbilical para a
subida do sinete.

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O mergulhador vitimado estará incapaz de exalar o ar respirado, por isso, antes de iniciar a
subida ter o cuidado de posicionar sua cabeça para traz, facilitando assim a liberação das vias
aéreas.
O mergulhador trazido a superfície será içado a embarcação de apoio pelo corpete.

7.3.7 Colocação do Mergulhador Inconsciente na Câmara de tratamento


 No caso de o mergulhador chegar à superfície ainda inconsciente, e as causas da
inconsciência não forem conhecidos, a vítima deverá ser colocada em uma maca e
transportada imediatamente para a câmara de tratamento. Porém alguns cuidados
deverão ser aplicados como:
 A remoção deverá obrigatoriamente ser feita numa maca rígida em decúbito dorsal,
(com o acidentado de barriga para cima), com proteções em todas curvaturas da
coluna e com proteções nas laterais na altura da cabeça além de ter seu corpo todo
amarrado a maca. Serão necessários no mínimo três socorristas para colocar o
acidentado na maca;
 Durante a manobra de passagem do mergulhador para a câmara não interrompa a
massagem cárdio- respiratória por mais de 3 minutos;
 O atendimento mais completo à vítima deverá ser iniciado o mais rápido possível,
assim que for feita a transferência para câmara;
 Após acidentes desse tipo, inconsciência e/ou parada cárdio-respiratória, a vítima
deverá ser colocada em BIBS, com O2. O médico será obrigatoriamente chamado para
examinar e assumir o atendimento do paciente, ainda que este venha apresentar
aparente recuperação total; atendimento do paciente, ainda que este venha apresentar
aparente recuperação total;
 Assim que o paciente tenha normalizado sua respiração e circulação sanguínea, poderá
receber atendimento mais adequado.

7.3.8 - Intervenção do Mergulhador de Emergência


 Antes do início de cada operação de mergulho, deverá ser designado o
mergulhador de emergência pelo supervisor de mergulho. A critério da
Supervisão e de acordo com as necessidades do local de trabalho este poderá ou
não já estar vestido com roupa de neoprene e o resto do equipamento de
mergulho (corpete, faca, cinto de lastro, mosquetão de resgate, colete
equilibrador, etc.), pronto para o uso imediato em situações de emergência e/ou
resgate e próximo ao local de descida para o mergulho. Todo esse seu
equipamento deve ainda estar testado, incluindo a BM / SL, suprimento de ar
principal, Suprimento de ar de emergência, Suprimento de ar de emergência
individual (aqualung) e comunicação, ficando assim preparado para a
intervenção. Caso seja utilizado cesta de emergência, toda equipe estará treinada
para que a mesma possa ser mobilizada e descida no menor tempo possível;
 Caso a intervenção seja realizada por motivo de dois mergulhadores
inconscientes no fundo, o mergulhador de emergência deve utilizar o ar de
emergência do painel de controle para toda intervenção. Nunca utilize o
suprimento de ar principal nesta situação, pois o mesmo pode estar contaminado
e ser a fonte de intoxicação (H2S, CO ou outros gases);
 Antes de colocar sua BM / SL, deverá acionar sua válvula de fluxo contínuo, para
renovar o ar do umbilical;
 Uma vez na água, o mergulhador de emergência deverá conduzir o resgate ou

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auxiliar o mergulhador seguindo as orientações do supervisor de mergulho,


conforme citado no procedimento.

7.3.9 Liberação do Mergulhador / Mergulhador de Emergência Preso


Ação do Supervisor
 Comunica ao Mergulhador / mergulhador de apoio para se preparar;
 Avisa ao Mergulhador de emergência para se preparar;
 Procura saber com o(s) Mergulhador (es) como ficou (ram) preso (s);
 Orienta o(s) Mergulhador (es) como poderá (am) sair;
 Solicita ao(s) Mergulhador (es) para ajudar o/aos Mergulhador (es).

Ação do(S) / Mergulhador / Mergulhador de Apoio / Mergulhador de Emergência


 Ao ser informado pelo Supervisor se prepara para ajudar o Mergulhador preso;
 Ao ser acionado, segue em direção ao Mergulhador preso;
 Ao chegar próximo ao local, verifica qual o motivo que o Mergulhador está preso;
 Solta o Mergulhador preso tomando cuidado para não ficar preso também;
 Retorna para a cesta e recolhe o seu umbilical.

7.4 Vazamento de Gás e/ou Fogo na área do Controle de Mergulho

Ações do Supervisor de Mergulho


 Abrirá o suprimento de ar de emergência e fechará o suprimento de ar principal no
painel de controle de mergulho;
 Solicitará a equipe de apoio que desliguem as chaves dos compressores no painel
elétrico do container oficina;
 Informará ao apoio/superfície pelo rádio portátil que os mergulhadores vão retornar
ao sinete/cesta;
 Informará aos mergulhadores que retornem para o sinete/cesta;
 Caso necessário colocará a máscara contra gases e determinará que a equipe de
superfície que proceda da mesma forma.

Após o aviso do supervisor ou ouvir o alarme:


 Recolherão os umbilicais dos mergulhadores e subirão para superfície;

Ações do Mergulhador
Após serem informados pela fonia, proceder como segue:
 Retornarão imediatamente para a embarcação de apoio;
 Quando estiverem prontos para subir, avisarão à superfície pela fonia.

7.5 Procedimentos de emergência em acidentes hiperbáricos

7.5.1 Acidentes hiperbáricos de efeitos diretos

Barotraumas
Barotrauma do mergulhador é o acidente devido a incapacidade que o mesmo tem em
equilibrar a pressão no interior das cavidades pneumáticas naturais de seu organismo, e as

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cavidades artificiais criadas por equipamentos de mergulho, com a pressão em variação.

a-) Barotrauma do ouvido:


Sinais e Sintomas:
Diminuição da audição, dor e secreção nasal serossanguinolenta em casos de ruptura
timpânica;
Havendo ruptura do tímpano ocorrerá invasão do ouvido médio por água fria, que
ocasionará irritação dos canais semicirculares, com náuseas e vômitos e desorientação
espacial, podendo ser fatal para o mergulhador.
Tratamento
Todas as atividades de mergulho deverão ser suspensas;
Curativos secos e analgésicos, com orientação médica;
Encaminhar para o médico.

b) Barotrauma dos seios da face


Os seios da face comunicam-se com a faringe pelos óstios sinusais, que permitem o
equilíbrio da pressão do meio ambiente em variação com a pressão no seu interior a
obstrução de um desses pertuitos por um processo inflamatório, por vegetação linfóide ou
má formação, impede o equilíbrio da pressão, ocorrendo, edema e congestão da mucosa
dos seios da face evoluindo para o extravasamento de transudado ou sangue para o interior
dos seios em questão.
SINAIS E SINTOMAS
Dor localizada no seio atingido, cessando com a interrupção do mergulho.
Sensação de peso na área atingida;
Eliminação da secreção serosanguinolenta;
A compressão digital da área comprometida é dolorosa;
Poderá ocorrer, ainda, rinorragia franca, tonteiras e parestesias locais.
TRATAMENTO
Suspensão das atividades de mergulho
Encaminhar para o médico.

c) Barotrauma facial ou de máscara


Barotrauma facial ou de máscara ocorre quando a pressão no interior da máscara facial não
estiver equilibrada com a pressão exterior;
SINAIS E SINTOMAS
Sensação de repuxamento da face;
Edemas, equimose facial e mancha hemorrágicas;
Sangramento pelo nariz;
Protusão dos olhos com hemorragia franca.
TRATAMENTO
Compressão gelada e analgésica;
Encaminhar para o médico.

d) Barotrauma dental
SINAIS E SINTOMAS
Dor de dente de grande intensidade, se o dente for íntegro em relação à raiz;
Poderá ocorrer fratura dentária.

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e) Vertigem Alternobárica
A vertigem alternobárica é o acidente que ocorre por desequilíbrio da pressão de um, ou
ambos os ouvidos, com a pressão ambiental, mesmo com a membrana timpânica íntegra,
ocasionando tonteiras ou vertigens, com perda da orientação espacial.
SINAIS E SINTOMAS
Tonteiras ou vertigens;
Desorientação espacial;
Nistagmo;
Náuseas e vômitos.
PREVENÇÃO
Orientar os mergulhadores para que não façam mergulhos tentando atingir profundidades
com rapidez, pois os mesmos, poderão não conseguir realizar manobras de equilíbrio de
ouvido médio;
Na ocorrência de vertigem alternobárica durante o mergulho, o mergulhador deverá fechar
os olhos, para evitar náuseas e vômitos o que complicaria mais ainda, os quadros,
decorridos, em média, 5 minutos a noção espaciais voltara.

f) Síndrome da hiperdistenção pulmonar ou embolia traumática pelo ar (ETA)


A síndrome da hiperdisteção pulmonar (SHP), também conhecida como embolia
traumática do ar (ETA), ocorre quando o ar contido nos alvéolos pulmonares passa para
outros espaços do organismo devido à ruptura alveolar.
DEFINIÇÃO
A síndrome da hiperdisteção pulmonar (SHP) ou embolia traumática do ar (ETA) em
mergulhadores ocorre quando o mergulhador sob condições hiperbáricas faz uma
descompressão abrupta sem exalar o ar contido nos pulmões a tempo de não haver ruptura
alveolar.
Formas clinicas da embolia traumática do ar
ETA c / enfisema subcutâneo;
ETA c / enfisema de mediastino;
ETA c / pneumotórax hipertensivo;
ETA c / embolia cerebral.

7.5.2 Acidentes hiperbárico de efeitos indiretos


a) Doenças descompressivas (D.D.)
A doença descompressiva em trabalhos submersos é um quadro proteiforme provocado
pela descompressão inadequada do mergulhador, quanto à duração e a profundidade do
mergulho;
Diversas correntes tentam explicar a etiologia da doença descompressiva, destacando-se a
da embolia gasosa;
Quando um indivíduo permanece em condições hiperbáricas a quantidade de nitrogênio
que se dissolve em seus tecidos, aumenta proporcionalmente à pressão ambiente, segundo
a lei de henry.

D.D. COM MANIFESTAÇÕES OSTEOMUSCULOARTICULARES


(ARTICULAÇÕES)
A doença descompressiva com manifestações osteomusculoarticulares (nas articulações) é
sem dúvida, a mais frequente das Doenças Descompressiva e ocorre em mais de 90% dos
casos. Sua instalação é, geralmente, gradativa, crescendo até atingir níveis insuportáveis, e

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lembra, nos casos mais graves, a dor da osteomielite.

D.D. COM MANIFESTAÇÕES CUTÂNEAS


A doença descompressiva com manifestações cutâneas aparece associada a outras
manifestações, porém poderá aparecer isoladamente;
A dor na região (qualquer região) estará presente e esta será, com formação mal-definida,
sensação de picadas, queimação na pele durante ou logo após a descompressão, podendo
surgir extensas manchas urticariformes, aspecto circunscrito de lividez, manchas lineares
acastanhadas, em fundo branco aspecto marmóreo, ou pequenas manchas avermelhadas
distribuídas irregularmente pela superfície atingida. A presença de cútis marmorata é
grave.

D.D. COM MANIFESTAÇÕES GANGLIONARES


A doença descompressiva com manifestações ganglionares apresenta-se com dor e
crescimento do gânglio linfático, discreto edema da extremidade distal a esses gânglios,
por uma possível compressão dos condutos linfáticos; suas localizações mais freqüentes
são: a axilar, inquinal e parotídea.

D.D. COM MANIFESTAÇÕES PULMONARES


A doença descompressiva com manifestações pulmonares resulta provavelmente da
obstrução emboligênica dos vasos pulmonares, caracterizada por mal-estar ou queimação
retro - esternal, agravada pela inspiração profunda e pelo fumo, provocando acesso de
tosse irreprimível até ocupar ambas as fases da respiração. Surge agitação, sensação de
morte iminente e o quadro pode evoluir para uma situação de choque, sianose, síncope e
morte, se não for devidamente tratado.

D.D. COM MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS


A doença descompressiva com manifestação neurológica é predominantemente medular.
A substância branca é afetada normalmente, nas colunas laterais e posteriores dos
segmentos lombar superior, torácico inferior e cervical inferior; pela ordem de frequência.
O comprometimento de centros nervosos superiores, é mais encontrado em acidentes entre
aviadores, trabalhadores de caixões pneumáticos e no interior de câmaras hiperbáricas,
caracterizando-se por um comprometimento progressivo da consciência, colapso, náuseas
e vômitos, distúrbios visuais, cefaleias, tonteiras e vertigem.

D.D. COM MANIFESTAÇÕES TARDIAS


A doença descompressiva com manifestações tardias, tem sido comprovada em estudos
radiológicos entre mergulhadores, revelam manifestações ósseas muitas vezes tardias e
silenciosas, caracterizadas por imagens múltiplas de rarefação alternadas com áreas mais
densas de calcificação, podendo levar em casos extremos à fragmentação da superfície da
articulação com graves restrições funcionais.

7.5.2.1 Formas Clínicas Da Doença Descompressiva


D.D. TIPO I
Caracterizada pela manifestação dolorosa osteomusculoarticular, fadiga, quadro cutâneo-
linfático, manifestando-se conjunta ou isoladamente. Este quadro (tipo I) é de menos
gravidade, melhor prognostico e permite um exame médico cuidadoso antes de se iniciar a
recompressão terapêutica.

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D.D. TIPO II
Caracterizada por manifestações neurológicas, cardiovasculares ou respiratórias,
necessitando atendimento urgente pela sua gravidade, sendo o prognóstico (tipo II) mais
reservado, fazer a recompressão terapêutica o mais rápido possível.

TRATAMENTO
Feito através das tabelas de tratamento, conforme instrução do Médico Hiperbárico.

As tabelas de tratamento da NR nº 15, foram desenvolvidas pela marinha americana


(U.S. Navy Diving Manual) e testadas mundialmente em acidentes subaquáticos. Quando
rigorosamente obedecidas, apresentam uma considerável margem de segurança, com um
índice mínimo de recorrência dos sintomas.

8 DESLOCAMENTO PARA CÂMARA HIPERBÁRICA

8.1 São Sebastião


O mergulhador será transportado pela lancha de apoio voadeira até o Píer da Figueira, no
bairro Figueira, São Sebastião/SP e a ambulância, que estará aguardando a sua chegada,
levará para o local da Câmara Hiperbárica na Av. Manoel Teixeira, nº 1873.
8.2 Angra dos Reis
O mergulhador será transportado por uma Lancha Voadeira nome DNR e n o de inscrição 382-
667041-8 até o local de encontro com a ambulância.
A câmara hiperbárica da Supersub Engenharia e Comércio localizada na Rua Professor
Guedes Alcoforado, 0 – Monsuaba Angra dos Reis/RJ.

8.3 Rio de Janeiro


O mergulhador será transportado por uma Lancha Voadeira nome DNR e n o de inscrição 382-
667041-8 até o local de encontro com a ambulância.
A câmara hiperbárica do CIAMA estará disponibilizada para atendimento na Ilha de
Mocangué Grande S/N – Ponta D’areia – Niterói/RJ

8.4 Santos
Transportar o acidentado até a câmara da empresa para recompressão e utilizar as tabelas
recomendadas pelo médico hiperbárico. O mergulhador será transportado por uma Lancha
Voadeira.
A Câmara hiperbárica da Divers University localizada na Av. Conselheiro Nebias, 536 –
Santos/SP está disponibilizada em situações de emergência hiperbárica.

9 PRINCIPAIS ENTIDADES LOCAIS E REGIONAIS

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9.1 Equipe do PAE


Coordenador geral do PAE – Rafaella Martins (12) 974044049
Assessoria de Segurança – Alana Scandiussi (12) 981107516
Líder de emergência – Gabriel Barra (12) 974024893

9.2 Médico Hiperbárico


Dr. José Moraes (12) 81311785 ou (12) 38924889

9.3 Entidades Gerais


Corpo de Bombeiros – 193
Pronto atendimento médico - 192
Defesa Civil – 199
Polícia Militar – 190

9.4 Entidades São Sebastião


CETESB - (12) 38622300
Hospital - (12) 3892-1590
Capitania dos Portos - (12) 3892-1555

9.5 Entidades Santos


CETESB – (13) 32277767
Hospital – (13) 32162131
Capitania dos Portos – (13) 32213454

9.6 Entidades Angra dos Reis


INEA – (24) 33671673
Hospital – (24) 33655004
Capitania dos Portos – (24) 33650365

9.7 Entidades Rio de Janeiro


INEA - (21) 23324604
Hospital – (21) 22198446
Capitania dos Portos – (21) 21045320

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