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TÍTULO N. DATA REV.

FOLHA

NORMA DE GESTÃO DE EMERGÊNCIAS GNA-NOR.SUS.004 15/07/2020 01 1/11

1 FINALIDADE

Estabelecer as diretrizes que devem ser consideradas no processo de planejamento e de


gerenciamento de emergências que possam ocorrer durante as atividades da Companhia de forma a
minimizar os seus impactos às pessoas, ao meio ambiente, à reputação (imagem) e aos ativos
(patrimônio).

2 ÂMBITO

Esta norma se aplica a Gás Natural Açu S.A e suas subsidiárias (“GNA”).

3 DEFINIÇÕES

Acidente: Incidente que resulta em danos a pessoas, e/ou ao meio ambiente e/ou aos ativos.

Atendimento a emergência: desencadeamento de ações coordenadas e integradas, por meio da


mobilização de recursos humanos e materiais compatíveis com o cenário apresentado, visando
controlar e minimizar eventuais danos às pessoas, ao meio ambiente e/ou e ao ativo.

Brigada de emergência: grupo organizado, formado por pessoas voluntárias ou indicadas, treinado e
capacitado para atuar na prevenção e no combate ao princípio de incêndio, abandono de área,
prevenção de acidentes e primeiros socorros, dentro de uma área preestabelecida na edificação, planta
ou evento (NBR 15219:2020).

CCE: Centro de Controle de Emergências do Porto do Açu. Estrutura responsável por receber, distribuir
e controlar as comunicações de emergências realizadas pela comunidade portuária. Esta estrutura
integra as equipes de SMS, Segurança Patrimonial e Navegação, sob a gestão da Diretoria de
Administração Portuária e está instalada no Escritório Administrativo PdA.

Cenário acidental: subdivisão de uma hipótese acidental em diferentes tipologias acidentais, em


função com de circunstâncias específicas.

Comandante do Incidente: Função de maior responsabilidade na Estrutura Organizacional de


Resposta (EOR), com autoridade delegada por sua organização. Responsável geral pela gestão do
incidente.

Crise: Qualquer evento ou adversidade, originada ou não a partir de uma emergência, que possa
causar impacto significativo à segurança, aos resultados financeiros, aos relacionamentos com as
partes interessadas e à imagem da companhia.

Emergência: Situação crítica e fortuita que representa perigo à vida, ou ao meio ambiente, ou ao ativo,
com potencial de gerar dano contínuo e que obriga uma imediata intervenção (NBR 15219:2020).

Equipe de Gerenciamento de Crises (em inglês, Crisis Management Team - CMT): Colegiado cujo
foco é assegurar a continuidade dos negócios com o mínimo de impacto à imagem e à reputação da
empresa.
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Equipe de Gerenciamento de Incidentes (em inglês, Incident Management Team - IMT): Colegiado
liderado pelo Comandante do Incidente, cuja principal função é auxiliar o planejamento e condução das
operações de resposta nos períodos operacionais, estabelecendo objetivos, estratégias e táticas
direcionadas, fornecendo apoio estratégico à Equipe de Resposta Tática, com o objetivo de debelar a
emergência da melhor maneira possível.

Equipe de Resposta Tática (em inglês, Tactical Response Team - TRT): Equipe de campo
responsável por implementar os procedimentos operacionais necessários para responder ao cenário
acidental.

Estrutura Organizacional de Resposta (EOR): Representação das funções acionadas para a


resposta a emergência, tanto táticas como gerenciais e suas relações hierárquicas.

Exercício simulado: Exercício prático realizado periodicamente para manter a Estrutura


Organizacional de Resposta e os ocupantes das instalações da GNA em condições de enfrentar uma
situação real de emergência (adaptado da NBR 15219:2020).

Exercício simulado de mesa (Table-top): Simulação realizada em sala, com cenários apresentados
por projeção em tela e/ou maquete, com divisão de grupos de trabalho de acordo com suas atribuições
para o gerenciamento e controle da emergência (NBR 15219:2020).

Hipótese acidental: Suposição de um evento acidental que pode afetar a integridade das pessoas
e/ou resultar em perdas ao patrimônio e/ou danos ao meio ambiente (NBR 15219:2020).

ICS (Incident Command System): Sistema internacional de gerenciamento de incidentes


padronizado, que permite a seu usuário adotar estrutura organizacional integrada para suprir
complexidades e demandas de incidentes únicos ou múltiplos, independentemente do local em que
ocorram.

Incidente: Evento que acontece de forma fortuita e/ou imprevisível com o potencial de causar
interrupção, perda, emergência, crise, desastre ou catástrofe. (NBR 15219:2020)

Incidente / Evento de Segurança de Processo: Um evento potencialmente catastrófico, isto é,


um evento que envolve a liberação / perda de contenção de materiais perigosos que pode
resultar em consequências ambientais e de saúde em larga escala. (Process safety Glossary
(CCPS: Center for Chemical Process Safety)).

Incidente: Ocorrência decorrente, ou no decorrer, de um trabalho, que pode resultar em lesões


e problemas de saúde (lesões e problemas de saúde efeito adverso sobre a condição física,
mental ou cognitiva de uma pessoa). Norma ISO 45001: 2018 (Sistemas de gestão de saúde e
segurança ocupacional ― Requisitos com orientação para uso).

Plano de Emergência: Documento que formaliza e descreve o conjunto de ações e medidas a serem
adotadas no caso de uma situação crítica (acidente ou incidente), visando a proteger a vida ou
patrimônio, bem como reduzir as consequências sociais e os danos ao meio ambiente.

PAM: Plano de Auxílio Mútuo. Organização entre empresas, instituições e órgãos públicos, sem fins
lucrativos, com regimento interno estabelecido e atuação cooperativa e de forma organizada,
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estabelecida em plano formal de atuação, que visa o controle e mitigação dos efeitos de emergências
(adaptado da NBR 15219:2020).

Posto de Comando: Local físico, adequadamente preparado para servir de centro de controle e
gerenciamento de emergências.

Plano de Atendimento a Emergência (PAE): Nomenclatura adotada pelo INEA para o Plano de
emergência. Equivale ao Plano de Controle de Emergência (PCE) da NR 29 (Norma Regulamentadora
de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário), ao Plano de Resposta a Emergência (PRE) do
Regulamento Técnico de
Dutos Terrestres para movimentação de petróleo, derivados e gás natural (RTDT) da ANP e ao Plano
de Emergência contra Incêndio e Pânico do Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico - COSCIP
do Estado do Rio de Janeiro. Embora a nomenclatura seja diferente, possuem a mesma função de
estabelecer os procedimentos para resposta aos diversos tipos de acidentes ou incidentes, decorrente
das atividades de uma instalação.

Risco: probabilidade de ocorrência de um evento perigoso se materializar, causando um dano. O risco


é a combinação entre a probabilidade e a gravidade da consequência.

Tipologia acidental: denominação genérica para os diferentes efeitos físicos decorrentes de uma
hipótese acidental (adaptado da Norma CETESB P4.261/2011).

4 REFERÊNCIAS

Código de Conduta.

GNA-NOR.SGI.006 – Norma de Tratamento de Não Conformidades, Ações Preventivas e Corretivas.

GNA-NOR.SGI.003 – Norma de Gestão de Documentos.

GNA-NOR.SUS.005 – Norma de Gestão de Incidentes.

GNA-POL.SUS.001 – Política de Sustentabilidade

AGÊNCIA NACIONAL DE PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS (ANP) – Regulamento


Técnico 2/2011 – Capítulo IX – Plano de Resposta a Emergência.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 14276:2020 – Brigada de


Incêndio e Emergência: Requisitos e procedimentos.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 15219:2020 – Plano de


Emergência: Requisitos e procedimentos.

COMMON TERMS AGREEMENT – UTE GNA I, IFC and KFW-IPEX-BANK GMBH. Environmental and
Social Annex: Emergency and Preparedness Plan, 2019.

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (CBMERJ). NT 2-10 - Plano


de Emergência contra Incêndio e Pânico (PECIP), 2019.
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (CBMERJ). NT 2-11 –


Brigadas de Incêndio, 2019.

DECRETO N° 42, de 17 de dezembro de 2018: Regulamenta o Decreto-Lei nº 247, de 21 de julho de


1975, que dispõe sobre o Código de Segurança contra Incêndio e Pânico – COSCIP, no âmbito do
Estado do Rio de Janeiro.

FEDERAL EMERGENCY MANAGEMENT AGENCY (FEMA). Incident Management Handbook,


FEMA B-761, 2017.

FUNDACENTRO. Prevenção de Acidentes Industriais Maiores. OIT, 2002.

GNA-PRC.SUS.005 - Procedimento Gestão de Emergência.

GNA-PRC.SUS.037 - Procedimento de Gestão de Resíduos Sólidos.

GNA. Manual de Comunicação de Crise (V. I – 2020).

INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIENTE (INEA) – Termo de Referência Padrão para Elaboração de


Plano de Ação de Emergência.

INTERNATIONAL FINANCE CORPORATION (IFC). Padrões de Desempenho sobre Sustentabilidade


Socioambiental e World Bank Group Environmental, Health, and Safety Guidelines ("EHS Guidelines").

SECRETARIA NACIONAL DE DEFESA CIVIL. Manual de Gerenciamento de Desastres: Sistema de


Comando de Operações, 2009;

U.S. COAST GUARD. Incident Management Handbook, 2014.

U.S. EPA. Incident Management Handbook: Incident Command System (ICS), 2007.

5 RESPONSABILIDADES

Diretoria

• Garantir os recursos necessários para implementação desta norma.

Gerentes/Líderes

• Garantir o apoio, monitoramento, participação e aporte de recursos necessários para aplicação


das diretrizes estabelecidas nesta norma.

Sustentabilidade

• Definir a sistemática necessária para a implantação das diretrizes estabelecidas nesta norma;
• Dar suporte técnico aos envolvidos no processo de gestão de emergências para a aplicação
das diretrizes estabelecidas nesta norma.

Recursos Humanos

• Fornecer suporte necessário para a viabilização da comunicação e de sessões de treinamento


nas diretrizes estabelecidas nesta norma.
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Contratadas/Subcontratadas

• Garantir que seu sistema de gestão de emergências esteja em conformidade com as diretrizes
estabelecidas nesta norma.

6 DESCRIÇÃO

Regras Gerais

Deve ser estabelecido e mantido um sistema de preparo e resposta a emergência, considerando a


colaboração com contratadas, órgãos governamentais, empresas da área de influência do
empreendimento garantindo que a Companhia esteja preparada para responder a acidentes e
situações de emergência associados ao projeto, de modo apropriado para prevenir e mitigar quaisquer
lesões a pessoas, danos ao meio ambiente e à comunidade.

Plano de Emergências

Devem ser mapeadas e gerenciadas todas as emergências que possam ocorrer durante o ciclo de vida
dos empreendimentos e operações da GNA.

O planejamento deve ser consolidado em um Plano de Emergências o qual deve conter os


procedimentos de preparação e de resposta a emergências de acordo com os potenciais cenários
acidentais identificados nos Estudos de Análise de Riscos.

Devem ser considerados no desenvolvimento dos planos de emergência as normas e requerimentos


legais bem como as boas práticas da indústria.

Os Planos de Emergências devem ser elaborados considerando a metodologia do ICS.

Os Planos de Emergências da GNA devem considerar os planos de emergências das empresas


contratadas e subcontratadas para as fases de instalação e/ou operação dos empreendimentos.

6.2.1. Conteúdo Mínimo

Os Planos de Emergências devem auxiliar a adoção de ações rápidas e eficazes para responder a
cenários acidentais, identificando recursos humanos e materiais para o combate à emergência,
apresentando os fluxos de comunicação interna e externa necessários e estabelecendo os
treinamentos e simulados mínimos para a preparação a emergências.

O Plano de Emergências deve seguir o conteúdo estabelecido em requerimentos legais e boas práticas
aplicáveis, não se limitando a seguinte estrutura mínima:

1. Finalidade
2. Âmbito
3. Definições
4. Referências
5. Responsabilidades
a) Responsáveis pela elaboração do documento
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b) Responsáveis pelo plano de emergência


6. Descrição
a) Caracterização da instalação
b) Identificação da instalação
c) Localização e acessos
d) Descrição das operações
e) Apoio prestado por outras empresas
7. Cenários acidentais
a) Estrutura organizacional do plano (EOR)
b) Equipe de gerenciamento de crise (CMT)
c) Equipe de gerenciamento de incidentes (IMT)
d) Comando
e) Equipe de comando
f) Equipe geral e de suporte
g) Equipe de resposta tática (TRT)
8. Acionamento do plano de emergência
9. Comunicação da emergência
a) Comunicação interna
b) Comunicação externa
10. Sistema de alarme
11. Procedimentos operacionais de resposta
12. Segurança das ações de resposta
13. Níveis de resposta
a) Procedimentos operacionais específicos
b) Procedimentos de evacuação
c) Recursos
d) Posto de comando
e) Continuidade da resposta
14. Encerramento da emergência
15. Treinamentos e simulados
16. Engajamento com partes interessadas
17. Revisão do plano
18. Controle de revisões.
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Anexos:

Anexo I – Layout da instalação.


Anexo II – Sistema proteção e combate a incêndios e alarmes.
Anexo III – Pontos de encontro e rotas de fuga.
Anexo IV – Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQs), quando pertinente.
Anexo V – Recursos materiais de combate às emergências.
Anexo VI – Atribuições e responsabilidades dos membros da EOR.
Anexo VII – Lista de contatos.
Anexo VIII – Procedimentos operacionais de resposta.
Anexo IX – Formulário para encerramento da emergência.

Os cenários acidentais devem ser identificados a partir de Estudos de Perigos e Riscos do projeto ou
processo em questão. Também devem ser considerados impactos das atividades da GNA nas demais
empresas presentes no Porto do Açu, bem como cenários em que a GNA possa ser afetada por
situações advindas de outras empresas. Para cada cenário acidental devem ser avaliadas a capacidade
de resposta e as ações efetivas de resposta a emergência.

Estrutura Organizacional de Resposta

Deve ser definida uma Estrutura Organizacional de Resposta (EOR) a qual será responsável pelo
planejamento e implantação das ações de resposta a uma eventual emergência envolvendo as
atividades da GNA, em conformidade com a estrutura, as atribuições e responsabilidades previstas no
Sistema de Comando de Incidentes (ICS).

As pessoas que compõem a EOR devem ser definidas previamente e sua qualificação deve ser definida
conforme a dimensão do cenário e complexidade das operações, e garantida por meio dos programas
de treinamento.

Devem ser definidos os adjuntos para cada função da EOR, que poderão ser auxiliadas por cargos de
apoio (assistentes), os quais devem ser mobilizados conforme necessidade.

O acionamento da EOR deve seguir o fluxograma de comunicação e ativação da EOR previamente


estabelecidos nos Planos de Emergências de cada instalação.

A lista de contatos, internos e externos, deve ser mantida constantemente atualizada e qualquer
alteração deve ser comunicada a todos os envolvidos.

Gestão de Recursos de Resposta a Emergências

Devem ser identificados e providenciados todos os recursos de resposta, incluindo os sistemas e


equipamentos de emergência, bem como as empresas contratadas prestadoras de serviços de apoio
na resposta a emergência, certificando-se de sua adequação e disponibilidade. O dimensionamento
dos recursos de resposta deve ser adequado aos cenários acidentais identificados a partir do Estudo
de Perigos e Riscos.
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Equipamentos de resposta devem ser mantidos nas instalações da Companhia ou em instalações de


empresas previamente contratadas, que se localizem a uma distância que atenda o tempo de resposta
adequado e que sejam de fácil acesso.

Caso haja necessidade, recursos adicionais devem ser contratados sob demanda e seguindo os
procedimentos estabelecidos no Plano de Emergência.

Todos os recursos materiais e humanos de resposta à emergência devem ser mapeados e


gerenciados, de forma a garantir a disponibilidade deles. Deve ser prevista a manutenção de
operacionalidade e pronta mobilização dos recursos, incluindo a realização de inspeção e testes
periódicos.

O fluxo para mobilização e desmobilização de recursos materiais devem ser definidos previamente à
ocorrência, conforme previsto no plano de emergência (fluxo de mobilização de recursos adicionais )
utilizando os formulários do ICS pertinentes, para agilizar os procedimentos de resposta.

Deve ser estabelecido posto de comando, de acordo com as características do incidente e de acordo
com os critérios estabelecidos no plano de emergência.

PAM – Plano de Auxílio Mútuo

O plano de emergência deve prever o acionamento do PAM, conforme os procedimentos estabelecidos


nesse documento e sempre que for declarado o Nível de Emergência 2 ou 3, de forma a complementar
os recursos da GNA no atendimento à emergência.

Comunicação e Alarme

O sistema de comunicação e alarme de alerta de emergência deve ser definido de tal forma a
proporcionar a declaração dos diferentes níveis de emergência, incluindo a evacuação imediata da
força de trabalho (integrantes e terceiros) e de acordo com os critérios estabelecidos no plano de
emergência.

Devem ser estabelecidos os procedimentos e equipamentos1 necessários para o estabelecimento das


comunicações interna (entre observador, receptor da GNA e os membros da EOR) e externa (com
comunidade, órgãos públicos, imprensa e demais stakeholders pertinentes) requeridas no Plano de
Emergência, de modo a otimizar a troca e a veracidade de informações.

Os critérios para a comunicação e/ou acionamento dos órgãos públicos e demais partes interessadas
devem estar claramente definidas no Plano de Emergência, relacionando a comunicação de acordo
com os cenários acidentais apresentados e considerando os aspectos legais e contratuais do
empreendimento em questão da GNA.

1 Deve ser estabelecida rotina de testes para garantir a operacionalidade dos equipamentos de comunicação
previstos. Caso a unidade utilize alarmes sonoros, as botoeiras devem ser devidamente identificadas com placa
de sinalização.
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O registro e comunicações do incidente devem ser realizados conforme diretrizes estabelecidas na


GNA-NOR.SUS.005 – Norma de Gestão de Incidentes.

Procedimentos Operacionais de Resposta (POR)

Os procedimentos operacionais de resposta devem ser elaborados em conformidade com o padrão


constante do GNA-PRC.SUS.005 – Procedimento de Gestão de Emergências e devem contemplar as
ações específicas para o combate e controle de cada um dos cenários acidentais identificados no
Estudo de Perigos e Riscos da instalação e constantes do PAE.

Continuidade das Ações de Resposta

Devem ser previstos no planejamento e resposta a emergência mecanismos que garantam a


manutenção da capacidade de resposta durante todo o período da emergência, uma vez que a resposta
a um incidente poderá se fazer necessária por longos períodos.

Deve ser estabelecido um sistema de rotação para cada função especifica da EOR, a fim de evitar a
fadiga e permitir consequentemente a manutenção da eficiência e segurança nas ações de resposta.

O sistema de rotação deve prever a passagem de serviço (handover) entre o titular e o adjunto da
posição a fim de garantir a adequada transferência de comando e de informações.

Gestão de Resíduos de Emergências

A gestão de resíduos resultantes das ações de resposta a emergências deve seguir o disposto no
Programa de Gerenciamento de Resíduos da GNA e requerimentos legais aplicáveis, desde sua
geração até a sua destinação final.

Encerramento das Ações de Resposta

Devem ser definidos critérios de encerramento das ações de emergência, os quais devem considerar
minimamente os seguintes pontos, quando aplicável:

• Os resultados das ações de monitoramento indicam que as operações de resposta não são
mais eficientes ou já reduziram ao máximo os impactos esperados;
• Fauna impactada foi capturada e encaminhada ao processo de reabilitação;
• As operações de restauração das áreas afetadas foram finalizadas ou se encontram em
andamento conforme previsto;
• Os focos (existentes e/ou com potencial de existir) de incêndio estão plenamente controlados;
• As vítimas foram atendidas e encaminhadas ao tratamento médico adequado;
• Os critérios de limpeza acordados (endpoints) foram alcançados ou ações/tentativas de limpeza
adicional causariam mais dano ao ambiente impactado;
• É viável e seguro o retorno da população potencial ou efetivamente atingida a suas residências
e/ou postos de trabalho, conforme acordado com as autoridades competentes, nos casos em
que evacuações tenham sido necessárias;
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• Foi realizado o registro e armazenamento adequado dos documentos relacionados à


emergência (registros, formulários etc.).

As ações de resposta a emergência devem ser consolidadas no Relatório de Final de Resposta a


Emergência e tão logo seja possível, deve ser realizado o processo de investigação sobre as causas
do incidente seguindo as diretrizes estabelecidas na GNA-NOR.SUS.005 – Norma de Gestão de
Incidentes.

Treinamentos e Simulados

Deve ser estabelecido um programa de treinamento e simulados que contemplem todos os membros
da equipe de resposta à emergência o qual deve abranger a capacitação no Sistema ICS e na resposta
aos cenários previstos no Plano de Emergência. Todas as demais pessoas expostas aos cenários
acidentais devem receber, no mínimo, treinamento quanto aos procedimentos de alarme e evacuação.
Devem ser considerados requisitos legais bem como boas práticas aplicáveis.

O programa de treinamentos e simulados deve conter o calendário de treinamento por tipo de cenário
e funções que devem participar de cada atividade.

O escopo destes exercícios, assim como a necessidade da participação de representantes de partes


externas interessadas, incluindo membros da comunidade potencialmente afetada também devem ser
avaliados de acordo com o preconizado nos Planos de Emergências.

Após a realização de simulados ou de resposta a emergências reais, deve-se emitir um relatório,


considerando os resultados da reunião de análise do exercício, o qual deve ser amplamente difundido
para as partes interessadas aplicáveis.

Engajamento com partes interessadas

O Plano de Emergência deve descrever como será comunicado as comunidades em caso de eventos
reais e/ou simulados e deve prever quem será comunicado e a forma de comunicação.

A comunicação com as comunidades próximas deve apresentar informações mínimas do potencial das
emergências e as ações a serem realizadas pela comunidade, quando necessário.

Gestão de Documentação

Deve ser documentado todo o processo envolvido na gestão de emergência, tais como, relatórios de
resposta a emergência, evidências de treinamentos realizados, relatórios de simulados de
emergências, planos de ação de oportunidades de melhorias identificadas nos simulados e evidências
de implantação das ações.

A necessidade de revisões/atualizações do Plano de Emergência deve ser analisada mediante as


seguintes situações:

• Sempre que um estudo de perigos e riscos assim o indicar;


• Quando a avaliação do desempenho do Plano de Emergência, decorrente do seu acionamento
por incidente ou exercício simulado, recomendar;
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• Sempre que a instalação sofrer modificações físicas, operacionais ou organizacionais que


afetem seus procedimentos ou a sua capacidade de resposta;
• Anualmente, por demanda e/ou por recomendação do órgão competente, quando tecnicamente
justificado.

Revisões/atualizações e gestão da documentação deverá ser realizada conforme diretrizes


apresentadas na GNA-NOR.SGI.003 – Norma de Gestão de Documentos.

Melhoria Contínua

Ações preventivas/corretivas respectivas às oportunidades de melhoria identificadas em exercícios


simulados, treinamentos ou emergências reais devem ser definidas em plano de ações, que devem ser
desenvolvidos e implantados pelos respectivos responsáveis da GNA e/ou suas contratadas. Os prazos
de cada ação devem ser estabelecidos de acordo com a sua complexidade.

A gestão das oportunidades de melhoria identificadas deve ser feita conforme diretrizes estabelecidas
na GNA-NOR.SGI.006 – Norma de Tratamento de Não Conformidades, Ações Preventivas e
Corretivas.

7 AUTORIDADES COMPETENTES

Função Nome Cargo


Elaborador(a) Weslley Magalhães Coordenador de MA
Revisor(a) João Teixeira Gerente Geral de Sustentabilidade
Aprovador(a) Vicente Habib Diretor de Sustentabilidade

8 CONTROLE DE REVISÃO

Emissão Revisão Descrição da Alteração


13/02/2019 00 Versão Inicial
Revisão (alteração / complementação) dos seguintes capítulos:
3. Definições;
15/07/2020 01 4. Referências;
6. Descrição: revisado o conteúdo mínimo e demais itens referentes ao
conteúdo do PAE.

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