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Gerenciamento de Incidentes de Saúde, Segurança e Meio Ambiente

PGS-003384, Rev.: 03-22/05/2018


Diretoria Emitente: Saúde e Segurança
Responsável Técnico: Gerência de Prevenção de Incidentes Críticos
Público Alvo: Todas as áreas da Vale
Necessidade de Treinamento: ( X ) SIM ( ) NÃO

Resultados Esperados: Garantir que todos os incidentes relevantes para as disciplinas de SSMA
sejam comunicados, registrados e que os esforços adequados sejam direcionados às suas análises,
para que ações corretivas e preventivas sejam implementadas, a fim de retroalimentar o processo de
gerenciamento de riscos e gerar aprendizado organizacional, como parte da nossa jornada rumo ao
Zero Dano.

Objetivo:
Estabelecer as diretrizes, critérios e os princípios gerais associados ao processo de Gerenciamento de Incidentes
de Saúde, Segurança e Meio Ambiente na Vale.

Aplicação:
Esse documento aplica-se à Vale, conforme NFN-0001: Norma de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.

Referências Internas:
 POL-0019-G: Política de Sustentabilidade
 NFN-0001: Norma de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão
 NFN-0009: Norma de Sustentabilidade
 PGS-003123: Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos de SSMA
 PTP-000773: Procedimento para Análise Preliminar de Riscos e Levantamento de Aspectos e Impactos

Referências Externas:
 ICMM (Conselho Internacional de Mineração e Metais)
 ISO 14001: 2015 – Sistemas de Gestão Ambiental
 OHSAS 18001: 2007 – Sistemas de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional
 OSHA (Administração de Segurança e Saúde Ocupacional) – Departamento do Trabalho dos Estados
Unidos

Premissas:
 Este documento é de cumprimento obrigatório, porém não substitui nenhuma obrigação legal de caráter
local. Todas as áreas devem realizar o gerenciamento dos incidentes de SSMA de acordo com as
diretrizes estabelecidas pela Vale e, paralelamente, devem realizar as comunicações e registros dos
mesmos para o governo em conformidade com a sua legislação local.
 Determinadas etapas do processo de gerenciamento de incidentes de SSMA devem ser detalhadas
através de um procedimento local, que deverá definir requisitos específicos, de acordo com as
especificidades de cada unidade. As etapas mínimas que requerem detalhamento serão sinalizadas nesse
documento através do seguinte ícone:
 Recursos, materiais e humanos, adequados ao atendimento das diretrizes de gerenciamento e prevenção
de incidentes de SSMA descritas nesse documento devem ser devidamente identificados, disponibilizados
e gerenciados.
 Não conformidades associadas à gestão de SSMA e comportamentos/condições inseguras não são
reportáveis dentro do escopo desse procedimento, porém, como podem ser precursores para a ocorrência
de incidentes críticos/catastróficos, devem ser registrados, analisados e tratados, conforme o
procedimento específico do SGI, a fim de gerar aprendizado e melhoria das medidas de controle.

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Definições:
 Incidente: Evento não planejado que resultou, ou poderia ter resultado, em perda/impacto. Pode ser
classificado em:
o Acidente Pessoal: Evento não planejado que resultou em perda pessoal, a qual pode consistir
em lesão, doença ou perturbação funcional.
o Acidente Ambiental: Evento não planejado que resultou em impacto ambiental adverso.
o Acidente Material: Evento não planejado que resultou em perda material.
Nota: Perdas materiais (quebras) relativas aos desgastes sofridos durante a operação (abrasão, corrosão, erosão,
envelhecimento, contaminação, dano, erro de funcionamento) que não resultem em liberação de energia com potencial de
gerar lesões em trabalhadores ou impactos ambientais adversos, não são reportáveis dentro do escopo desse
procedimento e devem ser tratadas através dos programas de manutenção locais.
o Quase Acidente: Evento não planejado que não resultou em perda/impacto, mas que dada uma
ligeira mudança no tempo, posição ou atuação dos controles poderia ter resultado.

HOUVE S HOUVE S
EVENTO CONTATO/LIBERAÇÃO INCIDENTE ALGUMA ACIDENTE
DE ENERGIA? PERDA?

N N

CONDIÇÃO/COMPORTAM QUASE
ENTO INSEGURO ACIDENTE

Nota: Para fins de aplicação desse procedimento, entende-se como “liberação de energia” a transformação súbita de um tipo de
energia armazenada em outro (gerando queda, explosão, vazamento, ruptura etc.) ou a transferência de energia (projeção),
caracterizando a materialização de um “perigo” em uma “situação de risco”.

 Perda Pessoal:
o Lesão – Dano anatômico, temporário ou permanente, sofrido por uma pessoa.
o Doença – Conjunto de sinais e sintomas originados por condição anormal ou desordem da
atividade fisiológica ou psíquica causada por exposição crônica a agentes, toxinas, patógenos ou
outros fatores.
o Perturbação Funcional – Condição anormal ou desordem da atividade fisiológica ou psíquica
transitória causada por exposição aguda a agentes, toxinas, patógenos ou outros fatores.

 Impacto Ambiental: Qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte no todo
ou em parte, dos aspectos ambientais da organização.
o Impacto Ambiental Significativo – Impacto ambiental que resulte em algum dos itens abaixo:
i. alteração de alta magnitude das propriedades físicas, químicas e/ou biológicas do meio
ambiente, afetando a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; a
qualidade dos recursos ambientais e/ou
ii. descumprimento de requisito legal e/ou
iii. autuações/multas.

 Perda Material: Impacto financeiro resultante de um acidente, incluindo danos materiais, paradas de
produção, interrupção de projetos, multas, indenizações etc.

 Severidade: consultar NFN-0001 – Norma de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.


o Severidade Real: Caracterização das efetivas consequências geradas pelo acidente.
o Severidade Potencial: Caracterização da consequência máxima que poderia ser gerada pelo
incidente, em circunstâncias ligeiramente distintas em termos de tempo, posição ou não atuação
dos controles.

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Nota: Todos os outros termos relativos à classificação de incidentes são definidos no Anexo 01 – Guia para Classificação e
Contabilização de Incidentes.

Responsabilidades:
 Os responsáveis por cada etapa do processo de gerenciamento de incidentes devem ser definidos em
procedimento local, exceto aquelas explicitadas neste documento.
 O “dono do incidente” será a área responsável pelo tratamento do incidente, conforme Tabela 1. É
importante reforçar que “registrar” é diferente de “contabilizar” um incidente para uma área. O “dono do
incidente” é responsável pelo tratamento do mesmo, mas nem sempre é a mesma área que o contabiliza
para fins de estatística (indicadores). A contabilização, para fins de saúde e segurança, considera a
unidade organizacional a qual a vítima está vinculada e não a do responsável pela atividade ou local físico
onde ocorreu o incidente.

Acidentes Deve ser registrado para a área responsável pela atividade na qual ocorreu o
Pessoais acidente (ou para a área responsável pelo local físico onde ocorreu o acidente, caso
o mesmo não esteja associado à realização de alguma atividade).
Acidentes Deve ser registrado para a área responsável pelo processo/atividade/equipamento
Ambientais que gerou o impacto ambiental adverso.
Deve ser registrado para a área responsável por originar a perda material. Em
DONO DO Acidentes acidentes materiais que envolvam mais de uma área e não fique claro em um
INCIDENTE Materiais primeiro momento quem originou a perda material, a análise do acidente é o fator
determinante para estabelecer a área originadora da perda material.
Quase Deve ser registrado para a área responsável pela atividade na qual ocorreu o quase
Acidentes acidente (ou para a área responsável pelo local físico onde ocorreu o quase acidente,
caso o mesmo não esteja associado à realização de alguma atividade).
Múltiplas Deve ser registrado para a área com a maior gestão sobre os principais fatores
perdas/impactos contribuintes do evento e envolver todas as pessoas relevantes. Eventualmente a
analise do incidente pode contribuir para ratificar ou retificar tal definição.

Tabela 1 – Dono do Incidente

Nota: Consultar Anexo 01 – Guia para Classificação e Contabilização de Incidentes para obter mais detalhes sobre os critérios de
contabilização de incidentes.

Processo de Gerenciamento de Incidentes de SSMA:


 O processo de gerenciamento de incidentes de SSMA da Vale é constituído pelas seguintes etapas:

Realizar Analisar
Ações Incidentes e Reportar Realizar
Tratar
Imediatas e Determinar Dados Análise
Incidente
Registro dos Fatores Estatísticos Crítica
Incidentes Contribuintes
Análise de
Abrangência
APRENDIZADO ORGANIZACIONAL

Quando da ocorrência de acidentes com severidade real crítica/catastrófica, todas as áreas, assim que
notificadas, devem imediatamente avaliar a existência de riscos similares em suas unidades e tomar as ações
necessárias para mitigar a probabilidade de ocorrência de incidentes afins.

1. Realizar Ações Imediatas e Registro dos Incidentes


 Ações Imediatas:
o A Tabela 2 traz uma lista de ações imediatas que podem ser realizadas quando da ocorrência de
um incidente e que podem ser usadas como referência. Algumas dessas ações podem não ser
necessárias dependendo do tipo de incidente ou para incidentes de menor severidade, assim

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como outras ações não listadas aqui podem ser necessárias. Tal necessidade e os respectivos
responsáveis pelas ações devem ser definidos pela área.

AÇÃO RESPONSÁVEL

Notificar os serviços de emergência apropriados.

Realizar o resgate e devido encaminhamento da(s) pessoa(s) ferida(s).

Realizar ações de emergência e contingência ambientais.


AO TOMAR
CONHECIMENTO Realizar comunicação imediata interna, conforme severidade do
DO INCIDENTE incidente (Tabela 3).
Notificar polícia/sindicato/agências reguladoras (conforme exigido pela
legislação).
Se indicado, validar media releases para comunicação externa Definido localmente.
(conforme processo de gestão de crise definido pela área de
Comunicação corporativa).

AO CHEGAR Controlar a cena do incidente e preservar as evidências para a análise.


NA CENA DO
INCIDENTE Reduzir o risco de ocorrências de outras perdas através de incidentes
secundários.

Designar a responsabilidade de contactar os familiares do(s) ferido(s).


OUTRAS AÇÕES
IMEDIATAS 1, 2
Realizar classificação preliminar das severidades real e potencial do
incidente, com base nas primeiras observações.

Tabela 2 – Lista de Referência de Ações Imediatas

1
A classificação final das severidades real e potencial deve passar por uma análise mais criteriosa e deve ser feita pela área local de
Saúde, Segurança e Meio Ambiente, de acordo com a NFN-0001 – Norma de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.
2
Esta ação é obrigatória para todos os incidentes.

 Comunicação Imediata:
o Incidentes com severidade real crítica ou catastrófica devem ser comunicados o mais breve
possível (telefone/e-mail), conforme a Tabela 3. No caso de fatalidades ocupacionais em
atividades controladas o prazo para comunicação imediata é de uma hora.
o Após a comunicação imediata, esses incidentes devem ser submetidos ao fluxo normal de registro
estabelecido na Tabela 4.
Comunicar Comunicar
Comunicar Comunicar
Incidentes com severidade real Diretoria de Gerência
Diretor de Diretor
crítica ou catastrófica Saúde e Executiva de Meio
Sustentabilidade Executivo 4
Segurança Ambiente
Fatalidades ocupacionais em
X X
atividades controladas 3
Outras fatalidades envolvendo a
Vale (trajeto, ocupacional em
atividade monitorada, envolvendo X X
membros da comunidade) 3
3
Lesão incapacitante permanente X X

Acidentes ambientais críticos X X X

Acidentes ambientais catastróficos X X X X

Tabela 3 – Critérios para Comunicação Imediata de Incidentes

o Além disso, toda fatalidade ocupacional e em atividade controlada deve ser comunicada ao Diretor
Presidente e ao Conselho de Administração, o mais breve possível.
o Após sua conclusão, a análise de acidentes fatais envolvendo terceiros deverão ser apresentadas
ao Diretor de Saúde e Segurança pela alta gestão da contratada.
o Todos os acidentes com afastamento devem ser comunicados o mais breve possível (por e-mail)
para a Diretoria de Saúde e Segurança5.

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o É responsabilidade do Diretor Executivo definir quais eventos adicionais serão imediatamente


comunicados ao Diretor Presidente.
3
Para detalhamento sobre as definições desses termos, consultar Anexo 01 - Guia para Classificação e Contabilização de
Incidentes.
4
Caso o Diretor Executivo da área “dona do incidente” não seja o mesmo Diretor Executivo da vítima na estrutura organizacional
formal da empresa, ambos devem ser comunicados.
5
Essa comunicação deve ser feita diretamente para o Gerente de Saúde Corporativo.

o Um fluxo de comunicação imediata para outros tipos de incidentes deve ser estabelecido em
procedimento local.

 Registro dos Incidentes:


o O registro de incidentes deve ser feito conforme a Tabela 4:

REGISTRO
ESCOPO PRAZO MEIO
INICIAL
Incidentes com severidade crítica ou
2 dias úteis
catastrófica (real ou potencial) para SSMA9
SAP-IM 6
7
SISTEMA Demais incidentes 3 dias úteis

Afastamentos ocupacionais, não


3 dias úteis SD Web
ocupacionais e de acidentes de trajeto8

Tabela 4 – Critérios para Registro Inicial de Incidentes


6
As áreas que ainda não utilizam o SAP-IM podem utilizar um sistema/formulário similar, que contenha no mínimo as mesmas
informações, para realizar o registro dos incidentes.
7
Acidentes pessoais, para empregados próprios no Brasil, devem ser registrados no SD Web dentro de 24 horas. Não exclui a
necessidade de registro do incidente no SAP-IM.
8
Somente para empregados próprios no Brasil. Não exclui a necessidade de registro do incidente no SAP-IM (exceto pelos
afastamentos não ocupacionais).
9
As áreas que ainda não utilizam o SAP-IM devem fazer o registro de incidentes com severidade crítica ou catastrófica (real ou
potencial) para SSMA através do Anexo 06, enviando-o para a chave corporativa Saude.Seguranca.Corporativa@vale.com.

o O Anexo 06 ainda deve ser utilizado obrigatoriamente para apresentações destinadas ao


Conselho de Administração e/ou Diretoria Executiva.
o Nos casos em que a severidade potencial crítica ou catastrófica para SSMA não for identificada na
classificação preliminar, mas for identificada na classificação final, todas as etapas de
comunicação e registro para tais incidentes devem ser seguidas, independente do tempo
decorrido desde a ocorrência do incidente.

Quais incidentes devem ser registrados no SAP-IM*?


*As áreas que ainda não utilizam o SAP-IM podem utilizar um sistema/formulário similar para realizar o registro dos incidentes.

 Todos os acidentes ocupacionais em atividades controladas devem ser registrados.


 Todos os quase-acidentes em atividades controladas devem ser registrados.
 Todos os acidentes materiais devem ser registrados.
 Todos os incidentes ambientais ocorridos em áreas da Vale ou, no caso de áreas externas,
causados por atividades da Vale devem ser registrados.
 Todos os incidentes em atividades monitoradas com severidade crítica ou catastrófica (real ou
potencial) para saúde, segurança ou meio ambiente devem ser registrados (no caso das joint-
ventures são obrigatórias apenas as fatalidades).
 Todos os acidentes de trajeto devem ser registrados.
 Todos os incidentes envolvendo lesões ou doenças com membros da comunidade devem ser
registrados (aqueles originados diretamente pelas atividades consideradas controladas pela
Vale).
 Outros incidentes podem ser registrados para fins de aprendizado organizacional.

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2. Analisar Incidentes e Determinar Fatores Contribuintes

Quais incidentes devem ser analisados?


 Todos os acidentes (pessoal, ambiental, material) registrados para SSMA devem ser
analisados. No entanto, uma vez que a natureza dos acidentes pode variar, as áreas devem
estabelecer diferentes níveis de profundidade para as análises. Para determinar o nível da
análise devem ser considerados, além da severidade real, a severidade potencial, a
probabilidade de recorrência do evento e o potencial de aprendizado organizacional.
 Todos os quase acidentes de severidade potencial crítica ou catastrófica para SSMA devem
ser analisados.
 A análise de acidentes envolvendo membros da comunidade (severidade Social e Diretos
Humanos) que não tenham potencial para SSMA não é obrigatória.

 A etapa de análise do incidente é composta da seguinte forma:

Realizar Analisar
Ações Incidentes e Reportar Realizar
Tratar
Imediatas e Determinar Dados Análise
Incidente
Registro dos Fatores Estatísticos Crítica
Incidentes Contribuintes

2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6

Formação da Registro
Planejamento Coleta de Análise das Plano de
Equipe de Complemen-
da Análise Informações Informações Ação
Análise tar

2.1 Formação da Equipe de Análise:


o A equipe de análise do incidente deve ser formada, no mínimo, de acordo com a Tabela 5.
o Incidentes com severidade potencial crítica ou catastrófica, independente da severidade real,
devem seguir os critérios para formação de equipe de um acidente com severidade real grave.
o Nos casos de acidentes pessoais, a vítima deve ser entrevistada, exceto quando estiver
impossibilitada.
Gerência Executiva
local de SSMA10Supervisor

Corporativa

de Meio Ambiente
Gerente /
Diretor /
Gerente

Representante(s)
local de SSMA10

Diretoria

CATEGORIA
Supervisor
Gerente

(severidade real
COORDENADOR
Executivo

para saúde, DA ANÁLISE


de S&S

segurança ou meio
ambiente)

Definido em procedimento local


Sem
consequência

Leve / Moderada Supervisor X X

Grave Gerente X X X X

Crítica / Diretor / Gerente


Catastrófica Executivo X 11 X X X X X 12 X 13

Tabela 5 – Critérios para Formação da Equipe de Análise

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Os gerentes/representantes de saúde, segurança ou meio ambiente devem ter sua participação definida de acordo com os tipos de
perda/impacto ou potencial perda/impacto (pessoal ou ambiental) do incidente.
11
No caso de lesão incapacitante permanente, a coordenação da análise pode ser delegada ao Gerente.
12
Em algumas situações a Diretoria de Saúde e Segurança pode designar um profissional da Unidade de Negócio para representá-
la.
13
Em algumas situações a Gerência Executiva de Meio Ambiente pode designar um profissional da Unidade de Negócio para
representá-la.

o Para incidentes envolvendo prestadores de serviço:


 A contratada deve definir a equipe de análise do incidente, porém o gestor de contrato da
Vale e o gerente ou representante de SSMA da Vale devem participar de todas as
análises de acidentes com severidade potencial crítica/catastrófica (real ou potencial) para
saúde, segurança ou meio ambiente.
 No caso de fatalidades, a equipe de análise deve ser formada de acordo com os critérios
definidos na Tabela 5, além de incluir os representantes designados pela contratada.
 Em casos que envolvam lesão/doença/perturbação funcional, o médico do trabalho da
Vale deve acompanhar a evolução do estado clínico do trabalhador envolvido.
o A legislação local pode exigir que outros participantes específicos façam parte da análise do
incidente e tais exigências devem ser cumpridas.
o Deve ser avaliada a necessidade da participação de outros profissionais (engenheiros
especialistas, assistente social, ergonomista, higienista etc.) de acordo com a natureza do
incidente e conforme a evolução da análise.
o A equipe responsável por analisar os incidentes deve possuir competências e habilidades
específicas, tais como: treinamento na metodologia de análise escolhida, visão sistêmica da área
e do processo/atividade relacionado ao incidente, capacidade de trabalhar em equipe e manter o
equilíbrio em situações de stress, alta capacidade analítica, imparcialidade, conhecimento do
processo de gerenciamento de incidentes, entre outras.

2.2 Planejamento da Análise:


o A etapa de planejamento deve incluir a determinação do nível de análise, a determinação dos
recursos necessários e o planejamento da agenda de trabalho.
o O nível de análise deve ser determinado conforme severidade potencial do incidente. A Tabela 6
traz algumas recomendações:

SEVERIDADE POTENCIAL MÉTODO DE ANÁLISE


Brainstorming (“tempestade de ideias”),
Leve, Moderada, Grave
Ishikawa (“espinha de peixe”), 5 Porquês
Métodos baseados em árvore de causas
Crítica, Catastrófica (TASC - Técnica de Análise Sistemática de Causas,
Sologic, ICAM)

Tabela 6 – Métodos de Análise

o O Anexo 03 – Modelo de Referência de Planejamento de Análise de Incidente pode ser utilizado


para organizar o plano de trabalho da equipe de análise, principalmente em análises de acidentes
fatais.

2.3 Coleta de Informações:


o A etapa de coleta de informações para a análise deve incluir, quando aplicável:
 Evidências da cena do incidente (registro fotográfico, medidas etc.);
 Documentos relevantes (procedimentos operacionais, projetos, as built, registros de
treinamento, descrições de função, planos de manutenção etc.);
 Dados de equipamentos (manuais, registros de manutenção, variáveis monitoradas,
calibração, dados de confiabilidade etc.);
 Identificação de pessoas envolvidas (testemunhas e outras pessoas envolvidas direta ou
indiretamente);
 Entrevistas;

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 Simulação do evento;
 Entre outros.
o A equipe de análise pode usar o Anexo 04 – Formulário de Referência para Coleta de Evidências
nessa etapa da análise.

2.4 Análise das Informações:


o A etapa de análise deve incluir:
 Revisão de todas as informações coletadas;
 Determinação da sequência dos eventos;
 Exploração de todas as hipóteses minimamente razoáveis;
 Identificação das medidas de controle ausentes ou inadequadas
 Determinação dos fatores contribuintes imediatos e básicos.
Nota: A medida que a análise evolui, algumas hipóteses que requeiram maior coleta de informações podem
surgir e também devem ser analisadas.

o Determinação de Fatores Contribuintes:


 A equipe de análise deve identificar os fatores contribuintes a partir de técnicas
reconhecidas ou previstas na legislação local. A(s) técnica(s) utilizada(s) pela área
deve(m) ser definida(s) no procedimento local e podem ter a Tabela 6 como referência.
 Independente da técnica escolhida, a análise de fatores contribuintes deve ir além da
identificação de fatores imediatos14, identificando pelo menos um fator básico 14 para cada
fator imediato, buscando garantir a prevenção da recorrência de eventos similares.
 Após a identificação dos fatores contribuintes a partir da técnica escolhida, a equipe deve
correlacioná-los com itens previstos na lista do Anexo 05 – Lista Padrão de Fatores
Contribuintes. É importante lembrar que o Anexo 05 não é um checklist, nem um método,
e os fatores contribuintes devem ser identificados a partir da análise da coleta de
informações e evidências.
 Caso seja identificado um fator contribuinte que não esteja contemplado na lista padrão, a
área deve solicitar sua inclusão à Diretoria de Saúde e Segurança através do e-mail
Saude.Seguranca.Corporativa@vale.com para que o fator possa ser avaliado e
considerado para revisão do Anexo 05, contribuindo para a melhoria contínua do
processo.
 Adicionalmente, os fatores contribuintes identificados devem ser correlacionados com o
requisito do Sistema de Gestão Integrado do qual originou a falha.
14
As definições relativas a esses termos podem ser encontradas no Anexo 05 – Lista Padrão de Fatores Contribuintes.

2.5 Plano de Ação:


o A etapa de elaboração do Plano de Ação deve incluir:
 Identificação de medidas de controle novas/adicionais que busquem mitigar os fatores
contribuintes levantados;
 Identificação de outras possíveis ações não relacionadas aos fatores contribuintes
(oportunidades de melhoria);
 Priorização das ações identificadas;
 Solicitação de aprovação à alçada adequada.
o Cada um dos fatores contribuintes identificados deve, preferencialmente, ter pelo menos uma
ação de bloqueio associada. Contudo, uma ação pode endereçar mais de um fator contribuinte.
o As ações estabelecidas devem ser correlacionadas com a Hierarquia de Controles (eliminação,
substituição, controles de engenharia, sinalização e advertência, controles administrativo e EPI).
o Sempre que possível, a implementação de medidas de eliminação/substituição deve ser
priorizada, assim como medidas de controles de engenharia. Tais medidas são as mais efetivas
na Hierarquia de Controles.
o Ao final da análise de incidentes com severidade crítica/catastrófica (real ou potencial), caso o
Plano de Ação contemple apenas ações relacionadas a controles administrativos, é importante

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que a equipe de análise revise-o, a fim de garantir que não foi viável a implantação de uma
medida de controle mais efetiva.
o Para incidentes com severidade crítica ou catastrófica (reais ou potenciais), deve ser estabelecido
um prazo para a realização da verificação de eficácia do Plano de Ação. Para os demais
incidentes, a definição de uma prazo para a verificação de eficácia fica a critério da liderança local.

Nota: No caso de incidentes ambientais que gerarem impactos residuais, estes serão considerados passivos
ambientais e deverão ser tratados à luz do PGS-003289 e do PTP-000842 (Brasil), ainda sob responsabilidade do
dono do incidente definido no início do processo.

2.6 Registro Complementar:


o O registro inicial dos incidentes deve ser complementado com os dados da análise em até 15 dias
úteis no SAP-IM.
o A análise de alguns incidentes pode levar mais que 15 dias úteis para ser finalizada. Quando
esses casos se tratarem de incidentes com severidade crítica ou catastrófica (real ou potencial), o
novo prazo deve ser definido pelo dono do incidente e comunicado à Diretoria de Saúde e
Segurança com a devida justificativa.
o As áreas que ainda não possuem o SAP-IM implantado podem utilizar um sistema/formulário
similar, que contenha no mínimo as mesmas informações, para realizar o registro dos incidentes
e, no caso de incidentes com severidade crítica ou catastrófica (real ou potencial) para SSMA, o
Anexo 06 deverá ser enviado para a chave corporativa Saude.Seguranca.Corporativa@vale.com.

3. Tratar Incidentes

 A área local de SSMA deve monitorar o cumprimento dos prazos definidos nos planos
de ação, junto aos responsáveis, atualizando os registros sempre que necessário.
 Qualquer necessidade de postergação de ações estabelecidas nos planos de ação de
incidentes com severidade crítica ou catastrófica (reais ou potenciais) devem ser
submetidas à aprovação da área dona do incidente.
 Recursos adequados para o atendimento dos planos de ação devem ser direcionados
pelas lideranças responsáveis.
 No planejamento orçamentário anual de cada diretoria, além da verba direcionada para
melhorias sob a classificação de SSMA, deve ser contemplada também a execução dos
Planos de Ação de incidentes.

3.1 Análise de Abrangência

 Todas as áreas devem realizar a Análise de Abrangência 15 dos incidentes com


severidade crítica/catastrófica (real ou potencial) que ocorrerem em outras áreas da
Vale, podendo estender essa análise para outros incidentes, à critério da diretoria.
 Devem ser priorizados os incidentes que apresentem características similares às dos
processos/atividades da área.
 Incidentes recorrentes e com características similares a outros que já tenham sido
analisados quanto à sua abrangência não precisam ser reavaliados na íntegra. No
entanto, recomenda-se, minimamente, avaliar a aplicabilidade do plano de ação do
incidente.
 As análises devem ser realizadas no módulo de Análise de Abrangência do SAP-IM. As
áreas que não utilizam o SAP-IM devem utilizar o Anexo 07 para realizar a análise.
15
A Análise de Abrangência visa a identificação de possíveis ações preventivas para cenários/tarefas/processos similares.

4. Reportar Dados Estatísticos

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 As áreas de saúde e segurança locais devem reportar, mensalmente, dados estatísticos


de incidentes. As informações a serem reportadas irão variar conforme os sistemas
implantados em cada diretoria.
 Cada diretoria deve identificar sua “categoria de reporte” na Tabela 7:

EM RELAÇÃO AO SAP-IM
NÃO POSSUI
POSSUI SAP-IM
SAP-IM
IMPLANTADO
IMPLANTADO
DADOS REPORTADOS
EM RELAÇÃO Categoria A Categoria C
NO SD WEB
AO SD WEB 16 DADOS NÃO REPORTADOS
Categoria B Categoria D
NO SD WEB

Tabela 7 – Categorias de Reporte de Dados Estatísticos de Saúde e Segurança

16
A utilização do SD Web é somente o Brasil e para dados de empregados próprios.

 Os relatórios para a geração dos indicadores serão extraídos dos sistemas (SAP-IM e
SD Web) no 4º dia útil de cada mês.
 As informações complementares, que devem ser reportadas de acordo com cada
“categoria de reporte” da Tabela 7, estão apresentadas na Tabela 8:

NÃO
EXPOSIÇÂO
ACIDENTES PESSOAIS OCUPACIONAIS OCUPACIO TRAJETO
AOS RISCOS
-NAL

Outras
Efetivo Afasta- Afasta- Acidentes de
Outras Doenças
Exposto e mentos e mentos e Número de Acidentes de Trajeto com
Lesões e (novos
Homem-Hora Dias Dias Dias Trajeto Afastamento
Dias casos) e
Trabalhada perdidos perdidos Perdidos Fatais e Dias
Restritos Dias
(HHT) (lesões) (doenças) Perdidos
Restritos
Categoria Próprio MDM SD WEB SD WEB SD WEB* SD WEB* SD WEB SD WEB* SD WEB
A Terceiro ANEXO 08 SAP-IM - SAP-IM - - SAP-IM SAP-IM

Categoria Próprio MDM SAP-IM SAP-IM SAP-IM SAP-IM SAP-IM SAP-IM SAP-IM
B Terceiro ANEXO 08 SAP-IM - SAP-IM - - SAP-IM SAP-IM
Próprio MDM SD WEB SD WEB SD WEB* SD WEB* SD WEB SD WEB* SD WEB
Categoria
C ANEXO ANEXO
Terceiro ANEXO 08 - - - ANEXO 08 ANEXO 08
08 08
ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO
Próprio MDM ANEXO 08 ANEXO 08 ANEXO 08
Categoria 08 08 08 08
D ANEXO ANEXO
Terceiro ANEXO 08 - - - ANEXO 08 ANEXO 08
08 08

Tabela 8 – Reporte de Informações Complementares via Anexo 08

* Válido a partir da revisão do SD WEB para emissão de CAT. Antes disso, reportar via SAP-IM.

Importante: É importante ressaltar que para os indicadores de segurança será


mantida a coleta através dos dados registrados no SAP-IM. Os acidentes pessoais
registrados no SAP-IM devem, portanto, conter as seguintes informações:
classificação da perda pessoal, classificação da lesão, relação com o trabalho,
classificação da atividade, quantidade de dias perdidos/restritos.

 As informações complementares devem ser reportadas via Anexo 08 - Reporte


Consolidado de Incidentes de Saúde e Segurança até o 3º dia útil às 12:00 (horário de
Brasília) de cada mês.
 A consolidação dos dados estatísticos será realizada pela Diretoria de Saúde e
Segurança a partir dos relatórios dos sistemas e formulários do Anexo 08.
 Os resultados estatísticos consolidados da Vale serão disponibilizados pela Diretoria de
Saúde e Segurança até o 7º dia útil de cada mês.
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Gerenciamento de Incidentes de Saúde, Segurança e Meio Ambiente
PGS-003384, Rev.: 03-22/05/2018

 Maiores informações sobre os critérios de cálculo de HHT e contabilização de dias


perdidos e restritos podem ser encontradas no PTP-000831 – Diretrizes para Gestão de
Indicadores de Sustentabilidade.

5. Realizar Análise Crítica

 O fato de um incidente ter ocorrido sugere que as medidas de controle existentes foram
insuficientes. Com isso, todo incidente com severidade crítica ou catastrófica (real ou
potencial) deve ser considerado no processo formal de revisão dos cenários das
análises de riscos (sejam elas de processo ou tarefa) associados diretamente ao
incidente em questão e de outros cenários que dependam dos mesmos controles que
falharam.
 Adicionalmente, qualquer outra ocorrência de incidente pode motivar uma revisão das
análises de risco relacionadas, uma vez que tal ocorrência pode apontar para
falhas/ausência de controles ou para falhas na identificação de cenários de risco.
 A área de SSMA local deve efetuar a verificação de eficácia dos planos de ação de seus
incidentes com severidade crítica ou catastrófica (reais ou potenciais), assegurando que
estes foram suficientes para o devido tratamento dos fatores contribuintes.
 Com base nas análises dos incidentes, a Diretoria de Saúde e Segurança, assim como
as áreas de SSMA locais, devem promover análises críticas para identificar possíveis
deficiências nos requisitos do sistema de gestão, com foco na melhoria contínua.

Disposições Gerais:

 Dúvidas, comentários e sugestões relacionadas a este documento devem ser


encaminhadas à Diretoria de Saúde e Segurança através do e-mail
Saude.Seguranca.Corporativa@vale.com.

Anexos:

 Anexo 01 – Guia para Classificação e Contabilização de Incidentes


 Anexo 02 – Guia para Classificação de Incidentes Ambientais
 Anexo 03 – Modelo de Referência de Planejamento de Análise de Incidente
 Anexo 04 – Formulário de Referência para Coleta de Evidências
 Anexo 05 – Lista Padrão de Fatores Contribuintes
 Anexo 06 – Apresentação de Incidente com Potencial Crítico/Catastrófico
 Anexo 07 – Formulário para Análise de Abrangência
 Anexo 08 – Reporte Consolidado de Incidentes de Saúde e Segurança
 Anexo 09 – Guia de Condutas Médicas para Classificação de Lesão

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