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de Técnicos de Operação Jr
do Abastecimento
2ª edição
Manutenção
Industrial
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PETROBRAS ABASTECIMENTO 2008
QualificAbast
MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
© 2008 Petrobras – Petróleo Brasileiro S.A.
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QualificAbast
Índice
BREVE HISTÓRICO 05
CONCEITOS BÁSICOS 06
a.Missão da manutenção 06
b.Disponibilidade 06
c.Confiabilidade 06
d.Mantenabilidade 07
e.Falha e Defeito 08
f.O produto da manutenção 08
TIPOS DE MANUTENÇÃO 09
a.Manutenção corretiva 09
1.Corretiva Planejada 09
2.Corretiva não planejada 10
b.Manutenção preventiva 10
1.Preventiva sistemática 11
2.Preventiva não sistemática 11
c.Manutenção preditiva 12
d.Manutenção detectiva 14
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO 15
MANUTENÇÃO DE ROTINA E PARADAS DE MANUTENÇÃO 17
a.Manutenção de rotina 17
b.Paradas de manutenção 23
TRABALHO EM EQUIPE 27
POLÍTICA E DIRETRIZES 29
a.Política 29
b.Diretrizes 29
MANUTENÇÃO AUTÔNOMA 31
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 33
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CONCEITOS BÁSICOS
Figura 1
Custos em função da confiabilidade ........................................07
Figura 2
Visão holística da manutenção ................................................08
ENGENHARIA DA MANUTENÇÃO
Figura 3
Diretrizes de valor na Manutenção ...........................................15
Figura 4
Fluxograma simplificado de informações .................................18
Figura 5
Planejamento no SAP/R3 - Operações ....................................20
Figura 6
Planejamento no SAP/R3 – Diagrama PERT-CPM .................20
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Breve histórico
A evolução da manutenção pode ser dividida em três fases ou três gerações.
A segunda geração vai desde a segunda guerra mundial até os anos 1960. As
pressões do período da guerra aumentaram a demanda por todo o tipo de
produto, ao mesmo tempo em que o contingente de mão-de-obra diminuiu
sensivelmente. Como conseqüência, nesse período, houve forte aumento da
mecanização, bem como da complexidade das instalações industriais. Começa
assim a evidenciar-se a necessidade de maior disponibilidade e confiabilidade
dos equipamentos e instalações, como um todo, na busca da maior
produtividade. Nessa época, a indústria estava bastante dependente do bom
funcionamento das máquinas. Isso levou à idéia de que as falhas dos
equipamentos poderiam e deveriam ser evitadas, o que resultou nos primeiros
conceitos de manutenção preventiva.
Conceitos básicos
(a) Missão da manutenção
Até bem pouco tempo, o conceito predominante era de que a missão da manu-
tenção era a de restabelecer as condições normais dos equipamentos/sistemas,
corrigindo o defeito ou a falha destes. Hoje, a missão da manutenção é:
(b) Disponibilidade
(c) Confiabilidade
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a adequada confiabilidade quando necessária.
(d) Mantenabilidade
Pode ser definida como a maior ou menor facilidade com que um equipamento é
mantido, ou nos termos da NBR 5462:
Ou seja, se um item for difícil de ser reparado, que exija técnicas mais
elaboradas, material importado ou de difícil manuseio, se a remoção da área é
difícil, ou qualquer outro fator que provoque uma demanda de tempo elevada
para recolocação em operação, a mantenabilidade será baixa, e ações para
melhoramento precisam ser implementadas.
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Esses dois termos têm definição muito parecida, mas cuja diferença é
fundamental para avaliação da performance da manutenção.
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Tipos de manutenção
Há várias ações técnicas que identificam a maneira pela qual é feita a
intervenção nos equipamentos, sistemas ou instalações. As denominações
convencionais dos tipos de manutenção, ou seja, das ações tomadas para
manter a função de um item são:
9 Manutenção corretiva
o Não planejada
o Planejada
9 Manutenção preventiva
o Sistemática
o Não sistemática
9 Manutenção preditiva
9 Manutenção detectiva
1. Corretiva planejada
É a manutenção corretiva realizada em equipamento que não compromete a
continuidade operacional,
e por isso, pode ser executada após um planejamento, cuja função é agregar
valor em segurança, redução de custos, providenciar documentação e materiais
entre outras providências.
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2. Corretiva não planejada
É a manutenção corretiva realizada em equipamento cuja falha põe em risco a
continuidade operacional, pessoas ou ao meio ambiente.
Um trabalho planejado é sempre mais barato, mais rápido e mais seguro e será
sempre de melhor qualidade. O planejamento depende das informações dos
sintomas fornecidas pelo acompanhamento do equipamento. Nesse caso, o
papel do técnico de operação é importantíssimo na observação do problema e
no relato da anomalia e mesmo que a decisão seja deixar o equipamento
funcionar até a quebra, o planejamento pode providenciar o material e preparar o
serviço com segurança.
É a manutenção realizada antes que ocorra uma falha que impossibilite ao item
manter as funções requeridas.
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1. Preventiva Sistemática
É a manutenção realizada em intervalos predeterminados, focando ou o
desgaste conhecido que o item sofre após um período de uso, ou o atendimento
à legislação específica para o equipamento.
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Se, por um lado, a manutenção preventiva proporciona um conhecimento prévio
das ações, permitindo uma boa condição de gerenciamento das atividades e
nivelamento de recursos, além de previsibilidade de consumo de materiais e
sobressalentes; por outro lado, promove a retirada do equipamento ou sistema
de operação para a execução dos serviços programados.
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As condições básicas para se adotar a manutenção preditiva são as seguintes:
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(d) Manutenção detectiva
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Engenharia de Manutenção
SMS, Normas e
Certificações
Planejamento de
performance do Planejamento
equipamento orçamentário
Engenharia de
Manutenção
Análise de Planejamento
perdas Disponibilidade Controle de
Análise de
Custos Custos
Execução
Registro Registro
de perdas de custos
Alocação de Recursos
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A Engenharia de Manutenção é central nesse processo, como mostra o
diagrama acima. É ela quem recebe as informações, elaborando estratégias
para reduzir custos e aumentar disponibilidade operacional. É da Engenharia de
Manutenção que partem também as orientações para que o planejamento
elabore os diversos planos de manutenção preventiva, preditiva ou detectiva,
interferindo também nos sistemas de compras e especificação de materiais e
contratos. As diversas análises de deficiência de treinamento e capacitação de
pessoal também são de sua responsabilidade.
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Manutenção de Rotina e
Paradas de Manutenção
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inúmeros outros detalhes disponíveis a qualquer instante, mesmo após a
conclusão dos serviços.
9 A prioridade da intervenção;
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Figura 6 – Planejamento no SAP-R3: Diagrama PERT - CPM
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serviço pode conter dezenas de tarefas, exigindo grande experiência do
planejador.
A programação dos serviços é a etapa que define quais são os serviços a serem
executados em função das prioridades já definidas, recursos disponíveis (mão-
de-obra, materiais, máquinas) e liberação pela produção.
Gerenciamento de equipamentos
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Consiste em fornecer informações relevantes para o histórico dos equipamentos.
O código incluído no sistema faz a ligação com o histórico do equipamento,
permitindo a inserção desses dados.
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A programação dos serviços é feita com horizonte semanal. Só deve ser
permitida a execução dos serviços cujos recursos necessários (mão-de-obra,
materiais e equipamentos) estejam disponíveis e sem uso previsto para outros
serviços na mesma semana.
Administração de estoques
Software de Controle
Planejamento
Execução
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Grande envolvimento operacional acontece na parada da unidade, com apoio
constante da manutenção, para que todos os equipamentos sejam drenados e
perfeitamente desenergizados, ou seja, fornecer o ambiente mais inerte e seguro
possível.
Uma última observação ainda deve ser feita. As paradas podem ser
programadas, ou seja, previstas com no mínimo um ano de antecedência, ou
não programadas, que ocorrem pela perda súbita da função de equipamentos
críticos ou mesmo quando o equipamento dá sinais que precisa de uma
intervenção rápida, apesar de ainda não ter falhado. Ambas as situações
também exigem muito cuidado e dedicação da força de trabalho ainda mais
porque o curto prazo de planejamento pode aumentar os riscos associados.
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Trabalho em equipe
É comum, ainda, que esses times não se formem nem dentro da manutenção
nem dentro da operação, o que torna a situação ainda mais dramática. Esta é
uma questão que precisa ser encarada, pois é um fator crítico de sucesso para
uma organização que necessita atingir a excelência empresarial para sobreviver
no mercado.
É importante, também, que cada pessoa entenda que o espírito de equipe é fator
crítico de sucesso para a sua empregabilidade.
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Organização - é preciso criar mecanismos organizacionais que favoreçam a
formação dessas equipes mistas de manutenção e operação, trabalhando de
forma integrada para a otimização do todo. Isso pode ser conseguido através de
estrutura matricial, times multifuncionais que envolvem operação, manutenção,
engenharia, segurança, entre outras especialidades. As empresas que já estão
no estágio da excelência empresarial têm o trabalho em equipe como um dos
fatores de sucesso.
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Política e diretrizes
A seguir são explicitadas as políticas e diretrizes da Petrobras para manutenção
de suas refinarias de petróleo.
(a) Política
(b) Diretrizes
9 Eliminação de resserviços;
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dos programas de treinamento; e do desenvolvimento de novos métodos e
procedimentos.
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Manutenção autônoma
No Brasil, o programa chegou a partir de meados dos anos 1980. Até por volta
de 1994, muitas organizações implantavam a manutenção autônoma nas suas
plantas, mas sem muito sucesso. Os principais motivos do insucesso foram:
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tratamentos a fim de manter a confiabilidade e a maior disponibilidade dos
mesmos.
A seguir, alguns tópicos que contribuem para sinergia entre a operação e a ma-
nutenção no sentido de garantir a confiabilidade e a disponibilidade das instala-
ções e dos equipamentos, bem como a segurança e o meio ambiente.
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Referências bibliográficas
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