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EMERGÊNCIA EM CASO DE INCÊNDIO

Emergência em Caso de Incêndio

Empresas do segmento industrial têm uma série de regras que precisam cumprir. Uma delas é ter um
plano de emergência contra incêndio, documento que evita transtornos maiores e garante a proteção
dos colaboradores.

A finalidade do plano de emergência é resguardar a vida, o patrimônio e o meio ambiente, além de


assegurar a continuidade de funcionamento do negócio. No entanto, existem leis que regulamentam
essa questão.

Em março de 2017, inclusive, foi promulgada a Lei 13.425, que prevê medidas de prevenção e
combate a incêndio em estabelecimentos. A questão é: o que deve ser feito para elaborar esse plano
de emergência?

É o que vamos apresentar neste post. Aqui, você verá:

▪ o que é o plano de emergência;

▪ por que ele é fundamental na empresa;

▪ quem deve ser o responsável pelo Plano de Ação de Emergência (PAE);

▪ como elaborar um plano eficiente.

A partir desse conhecimento, você entenderá melhor como esse documento deve ser elaborado e de
que forma pode ser colocado em prática na sua empresa. Então, que tal entender melhor esse
conceito? Continue com a leitura!

Afinal, o que é plano de emergência contra incêndio?

Com certeza, você já ouviu notícias sobre desastres em indústrias. Dependendo do segmento de
atuação, o fogo se alastra rapidamente e causa grandes prejuízos financeiros — muitas vezes, até
humanos.

Essa situação negativa ainda gera outros problemas. O desespero toma conta das pessoas, que
saem correndo. O resultado é pisoteamentos, quedas, inalação de fumaça e, é claro, pânico.

É aí que entra a necessidade do plano de emergência. Com esse documento, fica muito mais fácil
controlar os incêndios e indicar o que os colaboradores devem fazer para evitar imprevistos.

Assim, o intuito maior é elaborar e organizar os procedimentos para situações emergenciais. A


consequência é a redução ou a minimização das perdas em casos de anormalidade.

Essa questão é ainda mais relevante no Brasil, país que possui um grande número de
empreendedores preocupados com a possibilidade de sinistros. Isso é o que mostra a pesquisa da
seguradora Zurich, divulgada pela Revista Incêndio.

Segundo o levantamento, 23% dos pequenos e médios empreendedores se preocupam com


incêndios, o que deixa o Brasil na primeira colocação mundial. A segunda colocação é da Espanha,
que registrou 11% — menos de metade da situação brasileira. A média dos outros 15 países é de
8,5%.

O incêndio também é o sinistro que mais preocupa as empresas brasileiras, o que demonstra a
necessidade de ir além dos requisitos mínimos de segurança. Afinal de contas, eles servem muito
mais para a proteção física das pessoas que para a preservação do patrimônio.

No caso empresarial, ainda é preciso considerar outro agravante: o prejuízo com o período de
interrupção dos trabalhos. O seguro pode até cobrir os danos materiais, mas não as perdas de
oportunidades de negócios e de reputação.

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Quais os objetivos e indicações do PAE?

O intuito é indicar o que os colaboradores devem fazer em caso de incêndio. Assim, garante-se uma
saída rápida e eficiente para que todos estejam em segurança.

O plano de emergência também define o atendimento que será feito aos colaboradores e quais são
as considerações principais do departamento de segurança da empresa. Outros objetivos atingidos
pelo PAE são:

▪ fornecer um nível de segurança eficiente e eficaz para a empresa;

▪ limitar os efeitos negativos de um sinistro por meio das barreiras de contenção criadas;

▪ conscientizar as pessoas sobre a necessidade de adotar os procedimentos de autoproteção;

▪ corresponsabilizar todas as pessoas para que elas cumpram os requisitos de segurança e


compreendam sua importância;

▪ preparar os meios humanos, materiais e organizacionais para proteger as pessoas e o patrimônio.

Pode haver variações nas diretrizes indicadas pela legislação estadual. Porém, de modo geral, o PAE
especifica que os procedimentos básicos de segurança são:

▪ alerta assim que for identificada qualquer situação de emergência;

▪ análise da situação de alerta, executando os procedimentos necessários;

▪ apoio externo ao acionar o Corpo de Bombeiros;

▪ atendimento de primeiros socorros às vítimas para estabilizar as funções vitais;

▪ eliminação de riscos, como o corte de energia elétrica e fechamento de válvulas da tabulação;

▪ abandono de área parcial ou total, se necessário e de acordo com as regras do plano de


emergência;

▪ isolamento da área para os serviços de emergência e evitar que pessoas não autorizadas acessem
o local;

▪ confinamento e combate ao incêndio ainda em seu início para aguardar a chegada dos bombeiros.

Por que ele é fundamental na empresa?

A principal justificativa para a elaboração do PAE é o reforço à prevenção e ao controle, com o


objetivo de evitar a ocorrência de sinistros nas empresas. Esse documento define quais emergências
podem acontecer dentro e fora dos empreendimentos e os procedimentos organizacionais e técnicos
que devem ser adotados para diminuir os impactos ambientais, à propriedade e às pessoas.

Por isso, ele faz parte do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), a fim de que as tipologias
acidentais, ações e recursos necessários ajudem a minimizar os impactos negativos e dimensioná-
los.

Várias razões justificam a elaboração do plano de emergência. As principais são:

▪ determina a possibilidade de os acidentes acontecerem de acordo com o ambiente e os riscos


encontrados;

▪ delimita os princípios, diretrizes e regras de atuação, considerando os cenários possíveis para a


ocorrência de um acidente;

▪ organiza o socorro e as formas pelas quais ele pode acontecer, além de determinar as atribuições
de cada integrante da equipe de ação do PAE;

▪ regulamenta as ações que têm por objetivo reduzir os impactos negativos do incêndio;

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▪ evita falhas, erros, atuações duplicadas e atropelos, que podem ser fatais em caso de emergência;

▪ antecipa os procedimentos a serem adotados para evacuação do ambiente;

▪ permite testar os procedimentos e a rotina por meio de exercícios de simulação. Assim, todos estão
preparados em caso de emergência.

É importante evidenciar que o Corpo de Bombeiros é que determina a necessidade de existência do


PAE. A corporação leva em conta:

▪ os produtos fabricados pela empresa;

▪ os riscos gerados no processo;

▪ o tamanho da edificação;

▪ os riscos em situações de incêndio e mais.

Quais as vantagens do plano de emergência contra incêndio?

O PAE, quando bem elaborado, proporciona diversos benefícios. Entre eles, estão:

▪ rápida intervenção pelo gestor que administra a área para executar a contenção da emergência;

▪ concentração e racionalização dos esforços para os setores mais relevantes, evitando que a
empresa fique totalmente parada;

▪ minimização dos danos causados e de sua extensão, o que impede que outros locais sejam
afetados;

▪ preservação das vidas humanas.

Quem deve ser o responsável pelo PAE?

As legislações existentes podem ajudar a elaborar o PAE e determinar seus responsáveis, entre elas,
a Comissão Interna de Prevenção a Acidentes de Trabalho (CIPA) e o Serviço Especializado em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT).

Dependendo do tamanho da empresa, ela pode não precisar de todos os aspectos. Mesmo assim, é
recomendado criar o plano de emergência e contar com pessoas capacitadas a colocá-lo em prática.

A responsabilidade do PAE é, a princípio, do preposto e do profissional que elaborou o documento,


que deve ser capacitado e ter formação ou curso técnico na área. No entanto, todos os colaboradores
devem ser corresponsáveis e ajuda na adoção das diretrizes durante o trabalho rotineiro.

A elaboração do PAE também exige um componente humano: o centro de coordenação de


emergência. As funções dessa equipe são:

▪ detectar e analisar perigos;

▪ planejar e coordenar as atividades de combate, evacuação, alarme, alerta e manutenção de


equipamentos;

▪ colocar sinalizações;

▪ fazer a coordenação de apoio exterior.

É importante mencionar ainda os recursos e meios de emergência, que são:

Equipes de primeira intervenção

Esses responsáveis fazem o começo do ataque ao sinistro utilizando os meios mais adequados que
possuem. Eles seguem as instruções do responsável pela intervenção.

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Equipes de apoio técnico

A ideia, aqui, é receber os pedidos de reparação e de meios materiais que são necessários durante a
emergência e depois dela. Também organizam a entrega dos materiais e a execução dos pedidos.

Chefe de evacuação

Esse profissional sabe o nível de gravidade do incêndio. Classifica os feridos conforme sua situação,
ajuda os processos de primeiros socorros e verifica a necessidade de remover pessoas para centros
hospitalares.

Equipe de evacuação

O ideal é contar com, pelo menos, 4 profissionais. Eles atuam desde o sinal de alarme, analisando a
emergência e precavendo-se contra ela. Determinam a evacuação dos setores e encaminham as
pessoas para o local em que devem ir. Cuidam da organização, o que exige calma e paciência.

Quais são as características do plano de emergência?

Esse documento deve cumprir 5 requisitos, que fazem com que sua compreensão seja mais simples.
Essas peculiaridades são:

Simplicidade

O documento deve ser escrito de forma fácil, para ser bem entendido. Isso evita confusões e erros.

Flexibilidade

O PAE deve ser flexível o suficiente para se adaptar a situações imprevistas, ou seja, que não
condizem com o que foi estipulado inicialmente.

Dinamismo

O plano de emergência precisa ser constantemente revisado e atualizado conforme o


aprofundamento da análise dos riscos e a evolução qualitativa e quantitativa dos meios disponíveis
para o combate a sinistros.

Adequação

O plano de emergência deve ser adequado à realidade da empresa e aos meios que ela tem
disponíveis.

Precisão

A determinação de responsabilidades deve ser bastante evidente no PAE.

Quais são os componentes do PAE?

Elaborar esse documento deve considerar as características de cada empresa e do contexto em que
ela está inserida. No entanto, existem 4 elementos que devem estar sempre presentes, porque
ajudam a criar um plano de emergência mais eficiente.

Confira quais são eles:

Componente técnico

É composto por sinalização de informação, proibição, obrigação, emergência sonora e de incêndio,


além de bocas de incêndio, extintores, detectores de incêndio, carretéis, mapas, plantas,
equipamentos de combate a incêndio e pictogramas.

Componente humano

É o centro de coordenação de emergência, que identifica os riscos, implanta a sinalização, coordena


equipes etc.

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Componente formação

É o processo de simulação e treinos, além de formação regular e informação prévia. Também


compreende o repasse de conhecimento sobre o assunto aos novos contratados.

Componente médico e primeiros socorros

São os meios para prestar os primeiros atendimentos. Consideram o total de acidentados e a


gravidade das lesões. Também abrange a ligação para hospitais e serviços de saúde, bem como a
formação de socorristas internos.

Como elaborar um plano eficiente?

Um plano de emergência bem executado alcança a redução dos impactos negativos e permite que a
empresa sofra os menores danos possíveis. Para isso, o primeiro passo é verificar todas as fontes de
risco existentes na empresa e quais emergências elas podem ocasionar. Essa é a chamada Análise
Preliminar de Risco.

Os riscos podem ser classificados em internos e externos, além das vulnerabilidades. Veja as
diferenças:

Riscos internos

Essas ameaças estão associadas ao próprio ambiente e aos equipamentos. É o caso, por exemplo,
de empresas que contam com refeitório, equipamentos elétricos e eletrônicos, fontes de energia,
entre outros itens que podem ocasionar incêndios devido a diferentes situações, como curtos-
circuitos.

Riscos externos

Sua origem pode ser tecnológica ou natural. Enquadram-se nessa classificação os terremotos,
inundações, instalações perigosas (como depósitos de combustíveis) e locais com trânsito intenso de
automóveis.

Vulnerabilidades

Nesse caso, há uma relação direta com a frequência com a qual uma situação pode ocorrer e com os
meios disponíveis para evitar que isso aconteça. Também é o caso de edifício antigos e que foram
adaptados, porque há menos mobilidade nesse caso e pode haver outros problemas, como
instalações elétricas deficitárias.

Fica evidente, então, que o plano de emergência deve ser elaborado com base nos resultados
obtidos no estudo de análise e avaliação e também precisa estar de acordo com a legislação. Outros
aspectos que devem ser contemplados são:

▪ introdução;

▪ estrutura do plano;

▪ descrição das instalações envolvidas;

▪ cenários acidentais;

▪ limitações e área de abrangência;

▪ estrutura organizacional, contemplando responsabilidades e atribuições dos envolvidos;

▪ fluxograma de acionamento;

▪ respostas às ações emergenciais que estejam compatíveis com os cenários considerados;

▪ recursos materiais e humanos;

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▪ implantação, divulgação e integração com outras instituições, além de manutenção do plano;

▪ cronogramas e tipos de exercícios práticos e teóricos, conforme os diferentes cenários ambientais;

▪ documentos anexados, como plantas de localização e layout, listas de acionamento e de


equipamentos, relatórios, sistemas de comunicação e alternativos de energia elétrica.

Etapas de elaboração do plano de emergência contra incêndio

Esse processo é constituído de 6 atividades principais. Veja:

▪ mapeamento completo das instalações prediais para identificar pontos críticos e vulneráveis;

▪ identificação dos riscos na área interna, conforme o Mapa de Riscos Ambiental que foi elaborado
pelo setor de segurança no trabalho. Essa é a regra da Norma Reguladora 05 — CIPA;

▪ repasse para o setor de Recursos Humanos sobre a necessidade de capacitação de colaboradores,


por exemplo, em cursos sobre brigada de incêndio;

▪ levantamentos dos recursos e meios existentes;

▪ promoção da continuidade na elaboração do Plano de Abandono de Área;

▪ fomento à continuidade na elaboração do plano de contingência.

Essas etapas podem ser complementadas por uma estrutura interna de segurança, seleção de
colaboradores e formação de equipes, exercícios de treinos e informações aos trabalhadores.

Qualquer planta pode contar com um PAE. Sua elaboração deve ser feita por um profissional
habilitado e levar em conta os seguintes aspectos:

▪ localização;

▪ tipo de construção;

▪ ocupação;

▪ população;

▪ característica de funcionamento;

▪ pessoas deficientes;

▪ recursos humanos;

▪ riscos inerentes às atividades desenvolvidas.

Como implantar o PAE?

A efetivação do plano de emergência depende de alguns requisitos:

Divulgação e treinamento

O processo de divulgação do plano de emergência deve contar com uma preleção e um manual
básico. Esse documento deve ser repassado aos ocupantes da planta, a fim de que todos conheçam
os procedimentos que devem ser executados em situações de emergência.

Em caso de visitas, as pessoas devem ser informadas sobre a existência do plano, seja por meio de
vídeos, panfletos ou palestras. O PAE também deve estar presente em treinamentos de formação e
periódicos.

Uma cópia sempre deve estar disponível para consulta em situações de emergência, especialmente
para os profissionais que têm contato com pessoas constantemente.

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O documento deve ter representações gráficas que destaquem as rotas de fuga e saídas de
emergência. Essas representações também devem estar fixadas em locais estratégicos e na entrada
principal para facilitar a divulgação.

Exercícios simulados

Esses treinamentos servem para capacitar as pessoas a evacuarem a área em situações de


emergência. Devem ser feitos os procedimentos total e parcial. Para risco médio e baixo, é
recomendado fazer simulados parciais a cada 6 meses, no máximo, e os completos a cada 12
meses.

Para risco alto, o procedimento deve ser feito a cada 3 meses para o procedimento parcial e 6 meses
para o total. Depois do treinamento, é necessário fazer uma reunião para avaliar o resultado e corrigir
as falhas ocorridas.

A reunião deve contar com a elaboração de uma ata, que precisa ter os seguintes itens:

▪ data e horário do evento;

▪ tempo gasto na evacuação;

▪ período despendido para o retorno;

▪ tempo de atendimento dos primeiros socorros;

▪ atuação dos profissionais envolvidos;

▪ comportamento da população;

▪ participação do Corpo de Bombeiros e a demora para a chegada da corporação;

▪ ajuda externa;

▪ falhas de equipamentos;

▪ falhas operacionais;

▪ outros problemas levantados na reunião.

Como manter o plano de emergência?

O PAE precisa ser criado, implementado e, principalmente, mantido, para garantir que surtirá efeito
em caso de incêndio. Para isso, é preciso fazer reuniões com o coordenador geral e chefes da
Brigada de Incêndio, além de representantes dos bombeiros profissionais e civis.

A reunião deve ser feita em ata e enviado às áreas competentes para a tomada de providências.
Esse procedimento pode ser feito de 2 formas:

Reunião ordinária

Sua realização é mensal. Devem ser priorizados os seguintes itens para discussão:

▪ calendário dos exercícios de abandono;

▪ funções de cada membro no PAE;

▪ condições dos equipamentos de combate a incêndio;

▪ apresentação dos problemas relativos à prevenção de incêndios que foram encontrados nas
inspeções com o objetivo de propor ações corretivas;

▪ atualizações de táticas e técnicas de combate a incêndios;

▪ outros assuntos que sejam de interesse.

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Reunião extraordinária

Essas reuniões devem ser feitas somente em algumas situações, como é o caso das seguintes:

▪ ocorrência de um exercício simulado;

▪ ocorrência de sinistros;

▪ identificação de um risco iminente;

▪ ocorrência de alterações significativas nos processos de serviços ou industriais, de área ou layout;

▪ previsão de execução de serviços que possam ocasionar riscos.

Revisão do PAE

O plano de emergência também deve ser, além de mantido, revisado com frequência. Esse processo
precisa ser realizado por profissional habilitado quando ocorrer as seguintes situações:

▪ ocorrência de modificações significativas nos processos de serviço, industriais, de layout ou área;

▪ constatação da possibilidade de aprimoramento do plano de emergência;

▪ término do prazo de 12 meses da última revisão.

É importante deixar claro que as mudanças só podem ser feitas depois de um profissional
habilitado — preferencialmente aquele que elaborou o PAE — ser consultado e autorizar a alteração
por escrito.

Por fim, o profissional habilitado também deve fazer um processo de auditoria do PAE a cada 12
meses. É indicado tomar essa atitude ainda antes da revisão para verificar se tudo está sendo
realizado corretamente.

Nessa auditoria, deve ser verificado se os processos do PAE estão em conformidade com a
legislação e se os riscos identificados pelo profissional foram eliminados ou, pelo menos, reduzidos.

Como é possível perceber, o plano de emergência é um documento muito importante para evitar
sinistros e saber o que fazer em situações imprevistas, especialmente as de incêndio. É assim que
sua empresa conseguirá reduzir as perdas materiais, a possibilidade de existirem feridos e danos à
reputação.

Independentemente da existência do PAE, é importante reforçar dicas de prevenção e controle,


como:

▪ fornecimento de sistemas automáticos de detecção de incêndios;

▪ fortalecimento das políticas de controle de fumo;

▪ atualizações das avaliações de riscos;

▪ reforço dos planos de resposta a emergências;

▪ aproveitamento das oportunidades de projetos de expansão e melhoria dos locais para fortalecer os
sistemas de proteção.

Incêndio: o pesadelo de proprietários de embarcações e gerentes de marinas

Para os pouco afeitos à vida náutica, um dos cenários mais improváveis é ver uma embarcação
pegando fogo. Afinal, perguntarão, como pode ocorrer um incêndio em um ambiente cercado de água
por todos os lados? Todavia, essa é uma ocorrência preocupantemente corriqueira e, segundo
dados, vem se tornando um sinistro cada vez mais recorrente. Para discutir esse assunto, de
fundamental importância para a segurança da navegação, o Blog Oceano Candango publica um
artigo bastante elucidativo de Ricardo Ermel, consultor de náutica, velejador profissional por mais de

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20 anos e que atuou como gerente de logística durante a inédita participação brasileira – Barco Brasil
1 -, timoneado por Torben Grael, na Volvo Ocean Race 2005-2006. Participou, também, na
realização, direção e gerência de grandes eventos esportivos como o Match Race Brasil, Rio – Pan
2007; Rei e Rainha do Mar; Extreming Sailing – Brazil; Clipper Stopover – Brazil; V Jogos Mundiais
Militares; Aquece Rio – Vela, dentre outros projetos.

Ricardo Ermel (*) – Combustível + Comburente + Calor = Fogo. Em outras palavras, pegue alguma
coisa que forneça energia para a queima, (vale qualquer coisa: resina, solventes, tinta, gasolina,
diesel, álcool, óleo de cozinha, plásticos, papel, estofados, madeira, cabos, carvão, ou mesmo gases
produzidos por esses produtos), adicione algo que reaja quimicamente com ela para a combustão,
sabe-se que o oxigênio é o mais famoso e abundante; e, por fim acrescente calor até atingir a
“temperatura de ignição”, ou seja, o ponto no qual o combustível reaja quimicamente com o
comburente. Conseguiste uma receita “quente” chamada “Triangulo do Fogo”.

Um combustível pode ser classificado quanto ao seu estado físico: sólido (madeira, cabos, espuma,
carvão, etc.), líquido (gasolina, diesel, álcool, éter, óleo de cozinha, etc.), e, gasoso (metano, etano,
etileno, etc.); e, quanto a sua volatilidade. Os voláteis são capazes de inflamar em temperatura
ambiente (ex. gasolina), enquanto os não voláteis necessitam de aquecimento acima da temperatura
ambiente (ex. diesel).

Como iremos focar essa matéria em barcos, surge aqui uma nova preocupação: o “Tetraedro do
Fogo”. Esse, menos famoso que o “Triangulo do Fogo”, se considera a reação em cadeia da primeira
combustão, ou seja, os gases e o calor produzidos pela primeira ignição atinge diretamente o “Ponto
de Fulgor”2 de outros combustíveis. Vou dar exemplo para deixar mais claro. Imagine um incêndio
iniciado por uma ignição de gases no compartimento do motor. Aquela explosão, ou fogo
momentâneo, atinge altíssima temperatura, e, inicia um novo fogo nas espumas que estão revestindo
o motor, que por sua vez estão coladas com “Cola de Contato” a madeira… pronto… o Circo está
armado…

Tenho percebido pelas mensagens que me chegam por email e redes sociais, um aumento em
acidentes relacionados a fogo a bordo. Esse dado foi confirmado, localmente, pelo amigo e
Comandante da Delegacia da Capitania dos Portos em Angra, dos Reis, Capitão de Corveta Manoel
Antonio da Cruz, onde em 2017, já registrou, até agora, 66% dos oficializados em 2016.

Já a Boat US Marine Insurance classificou o fogo como a quinta maior causa de perda de
embarcações entre 2008 e 2012.

Como tripulante, e, extremamente exigente, quando se refere a questões de segurança a bordo,


observo certo desleixo por parte dos proprietários, tanto no investimento dos equipamentos de
prevenção e de combate a incêndio quanto ao treinamento de sua tripulação nesse quesito. Percebo
também ações imprudentes, como churrascos a bordo, abastecimento com o compartimento do motor
fechado, instalação de equipamentos elétricos sem supervisão de um engenheiro, falta de
manutenção preventiva, estocagem de produtos químicos e inflamáveis dentro da embarcação, etc.

Porém, o que mais me chamou a atenção no estudo feito por essa seguradora americana é que mais
de 25% dos casos de perda de uma embarcação por fogo, originou-se numa marina partindo de um
barco vizinho, ou uma oficina, ou de um galpão de reparos.

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É por tal motivo que a Association of Marina Industries, que eu faço parte como Certified Marina
Operator, se preocupa tanto em escrever procedimentos, desenvolver treinamentos constantes de
combate a incêndios, bem como, acompanha e divulgar as técnicas e equipamentos mais modernos
para tal finalidade.

Qualquer leigo, ao entrar em uma marina apinhada de barcos, com pouca área de movimentação,
com prestadores de serviços displicentes/desleixados, que jogam tinta e estopas com solvente no
chão, pode perceber o potencial de queima que essa marina oferece, e, por sua vez o risco que seu
barco irá correr se lá estiver.

Quem até hoje, perguntou ao gerente de sua marina que equipamentos eles tem disponíveis para
combate a incêndios? Já tomou conhecimento dos procedimentos e norma de sua marina para
minimizar esses riscos? Acompanhou um treinamento funcional? Informou-se sobre a cobertura de
seguro que a marina tem em caso de incêndio? Caríssimo leitor, lembro que o bem é seu, você deve
zelar por ele. Todas essas perguntas são pertinentes!

Sabemos que se um incêndio iniciar em um barco, todos os barcos ao lado correm riscos. A
quantidade de combustível para queima é enorme, e, os voláteis estão fisicamente presente em
qualquer embarcação. Essa é uma preocupação constante de todos os gerentes de marina, o que
fazer se um infortuno como esse se iniciar? Te adianto meu caro, se os procedimentos de combate a
incêndio estiverem escritos, e sua equipe MUITO treinada, e, suas instalação físicas adequadas, a
chances de sucesso aumentam muito, e poderás minimizar muito as perdas causadas pelo fogo.

Entrada de água, curto-circuito e princípio de incêndio: a emergência a bordo do submarino


ARA San Juan.

ARA San Juan levava 44 tripulantes quando perdeu comunicação e sumiu dos radares

Doze dias no fundo do mar, uma explosão, um longo silêncio.

Quase duas semanas após o desaparecimento do submarino argentino ARA San Juan com 44
pessoas a bordo, informações sobre o que se passou no último dia 15 de novembro - o dia em que
parou de fazer contato - continuam restritas.

Ninguém parece saber ao certo o que aconteceu com o submersível enquanto navegava nas
profundidades do oceano Atlântico, a mais de 400 quilômetros da costa, e relatou uma falha nas
baterias.

Entretanto, à medida que os dias passam, se conhecem novas peças desse quebra-cabeças
marítimo.

Agora, as autoridades locais deram novos detalhes sobre o último contato com o ARA San Juan.

Nova informação

O porta-voz da Marinha argentina, Enrique Balbi, confirmou que, segundo uma mensagem recebida a
partir da embarcação, à 0h30 no horário local do dia 15 de novembro houve a entrada de água no
submarino por meio do snorkel - dispositivo que permite a vinda de ar da superfície quando ele está
submerso - enquanto ele carregava suas baterias.

O líquido caiu sobre as baterias que se encontravam na área da proa, provocando uma falha elétrica
e um princípio de incêndio, que consistiu em fumaça sem chamas.

"Eles corrigiram isso, isolaram a bateria e navegaram com outro circuito. O submarino foi
impulsionado com o circuito de popa", explicou.

Após esse incidente, o submarino recebeu ordens de voltar a sua base, em Mar del Plata, afirmou
Balbi.

Mas nunca chegou.

"É possível que tenha ocorrido um incêndio ou um arco elétrico (uma descarga) e isso ter causado
uma explosão", disse ele.

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Meios de comunicação da Argentina divulgaram na noite desta segunda-feira terem assegurado que
essa foi a última comunicação do submarino com sua base em terra, mas a BBC não conseguiu
confirmar essa informação de forma independente.

Contudo, ela coincide com os detalhes fornecidos por Balbi.

"A entrada de água do mar pelo sistema de ventilação, no tanque de baterias número 3, ocasionou
um curto circuito e princípio de incêndio no balcão de barras de baterias", disse ele.

A mensagem, transmitida através de frequências de rádio, indica também que as baterias de proa
ficaram fora de serviço e que, neste momento, se encontravam submersas, impulsionadas por um
"circuito dividido".

Incerteza

Depois dessa última comunicação, o resto é incerto.

O último lugar onde se teve contato com o ARA San Juan fica próximo a um abismo com mais de 3
mil metros de profundidade.

Especialistas consultados pelos meios de comunicação argentinos estimam que, se por algum motivo
o submarino perdeu propulsão e afundou nessa área, pode ter havido uma implosão por causa da
força da pressão ocorrida quando se ultrapassa os 600 metros.

PRINCIPAIS CAUSAS DE INCÊNDIOS

1. Eletricidade

• Excesso de carga: Utilização de conexões múltiplas (“tê” ou “benjamim”) para alimentar vários
Aparelhos Elétricos, Causando Superaquecimento Dos Condutores Que Não Foram Calculados Para
suportar cargas excessivas;

• Curto circuito: Instalação defeituosa, estabelecendo contato entre a fase positiva e a negativa,
gerando centelhas, altíssima temperatura e superaquecimento do condutor;

• Contato imperfeito (mau contato): Conexões imperfeitas com produção de centelhas ou


superaquecimento;

• Fusíveis e dijuntores: São dispositivos para proteger a instalação elétrica. Sua ausência ou o seu
dimensionamento incorreto podem acarretar incêndios;

• Superaquecimento: Aparelhos elétricos deixados em funcionamento, que atingindo materiais de


fácil combustão, provocam incêndio;

2. Chama Exposta

Trata-se do contato da chama com qualquer material, provocando aquecimento capaz de gaseificar o
combustível, iniciando a combustão. Aí se enquadram as pontas de cigarro, velas, palitos de fósforos
acesos, balões, fogos de artifícios etc.

3. Centelha Ou Faísca

Partícula que salta de uma substância candente ou em atrito com outro corpo; fenômeno luminoso
que acompanha uma descarga elétrica.

4. Atrito

Transformação de energia mecânica em calor, por meio de fricção de dois materiais. Ocorre em
mancais, rolamentos, esteiras, polias etc, desde que não estejam suficientemente lubrificados.

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5. Combustão Espontânea

As fibras de juta, resíduos de algodão, feno, carvão, panos ou estopas impregnados de óleo vegetal,
pólvora e certos produtos químicos estão sujeitos a inflamar-se sem o contato de uma fonte externa
de carlor. Para reduzir os riscos, deve-se obedecer às normas de estocagem e exercer fiscalização e
controle.

6. Vasilhames De Líquidos Inflamáveis Abertos Ou Mal Fechados

Os vapores desprendidos podem se espalhar por uma grande área até atingir uma fonte de ignição,
causando explosão e/ou incêndio.

7. Gás De Cozinha

Acidentes, normalmente causados por vazamentos em instalações irregulares ou defeituosas, ou


ainda por reparos feitos por pessoal não especializado.

8. Convergência Luminosa

A luz e o calor solar incidente, em uma lente convergente, concentra-se em um só ponto, podendo
ser uma causa de incêndio.

Incêndios Florestais, por exemplo, podem ter origem em casos de vidro lançados na mata, que
funcionam como lentes convergentes ao sofrer ação da luz solar. A luz concentrada pode incidir
sobre a vegetação seca, irrompendo o incêndio.

Qualquer embarcação seja civil ou militar tem seu time/equipe de CAv, ou, "Controle de Avarias", que
entre toda a tripulação do navio serão aqueles a efetuarem uma série de ações específicas para
controlar e neutralizar eventos que coloquem em risco a operação e navegação/flutuabilidade segura
da embarcação caso o princípio de dano/fogo não seja inicialmente debelado por aqueles que o
detectam e/ou o encontram primeiro. As ações são as mais diversas no que se concerne ao CAv, e
uma das mais importantes e difíceis é o combate à incêndios, devido as características da maioria
das embarcações, com seus compartimentos diversos com tamanho dos mais variados, alguns
chegando a ser verdadeiros espaços confinados.

Uma das questões iniciais sobre a doutrina de segurança e controle de avarias é como funciona o
sistema de prevenção de combate ao fogo à bordo das embarcações mais modernas e as ações
iniciais desse combate ao incêndio.

Atendendo a uma série de regulamentações internacionais, no Brasil tudo o que toca a segurança e
respectivamente a prevenção e combate à incêndios em embarcações e outras especificações de
segurança e salvatagem, são regulamentadas pelas "Normas da Autoridade Marítima Brasileira" ou
simplesmente "NORMAM", pelo "Manual de Combate à Incêndio" CBINC D-001 e pelo "Livro de CAv"
específico de cada embarcação. Existe ainda uma diversidade de cursos e/ou especializações que
são oferecidas pela Marinha do Brasil aos seus integrantes , e um dos que se destaca é o "Curso de
Fiel de Cav" entre muitos outros desenvolvidos pela Marinha do Brasil. Recomendamos a consulta
dos mesmos em caso de dúvidas mais específicas e para maior abrangência de conhecimentos aos
profissionais que desejam se aprofundar no tema.

Classificação dos Incêndios e identificação dos Extintores.

No Brasil a ABNT especifica em sua Norma ABNT NBR 12693 – “Sistemas de proteção por extintor
de incêndio” somente três classes de incêndio, que são as “A”, “B” e “C”. Ficando de fora as classes
“D” e “K”, que até o presente momento não podem ser certificadas.

Porém, poderá ser visualizado abaixo a descrição das 5 (cinco) classes e a simbologia utilizada para
a identificação dos extintores.

Classe “A”

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EMERGÊNCIA EM CASO DE INCÊNDIO

São aqueles cujo combustível queima em superfície e profundidade através do processo de pirólise,
deixando resíduos sólidos após a queima (cinzas). São os mais frequentes, e por queimarem em
profundidade, requerem um rescaldo bastante cuidadoso.

Exemplos: combustíveis sólidos (madeira, papel, plástico, tecido, etc.).

Classe “B”

São aqueles que queimam apenas em superfície, como por exemplo, os líquidos
inflamáveis (gasolina, álcool, querosene, óleo diesel, tintas, etc), os gases inflamáveis (acetileno, gás
liquefeito de petróleo - GLP, etc) e os colóides (combustíveis pastosos, como graxas, etc), podendo
ou não deixar resíduos.

Classe “C”

São os incêndios que ocorrem em Materiais, equipamentos e Instalações elétricas energizadas.


Devemos ter um cuidado especial com aparelhos que possuem acumuladores (capacitores e
aparelhos de TV, Monitores, etc), que mesmo após desligados continuam energizados.

Observação: Estes incêndios, após ser retirado o agente energizador, podem ser combatidos como
outra classe de incêndio (geralmente como classe “A”)

Classe “D”

São aqueles que ocorrem em ligas metálicas combustíveis (metais pirofóricos). Para tais incêndios se
faz necessária a utilização de agentes extintores específicos. Como exemplos de combustíveis
encontrados em incêndios desta classe posso citar: as ligas de magnésio, sódio, Titânio, potássio,
zinco, alumínio, Zircônio, Bário, etc.

Classe “K”

São aqueles que ocorrem em meios de cozinhar (Gordura, banhas, óleos).

Observação quanto a agente extintor: Solução de acetato de potássio. Sua utilização ocasiona o
resfriamento e a posterior saponificação da gordura, banha ou óleo em altas temperaturas.

Classificação - Classes e Tipos de Incêndio

Para podermos agir melhor, saber exatamente que medidas tomar e ter noção dos riscos e materiais
na qual estamos lidando, foi criado uma classificação para os incêndios.

Neste artigo de nosso curso de Segurança do Trabalho, iremos estudar as classes de incêndio e
entender melhor cada um destes tipos, seus detalhes e como lidar com cada um.

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do Trabalho

Por que classificar um incêndio ?

Ao contrário do que a maioria das pessoas podem pensar, existem diversos tipos de incêndio,
ocasionados pelos mais diversos tipos de combustíveis, comburentes ou fontes de calor.

Não existem métodos universais de se extinguir um incêndio, vai depender das características dele.
Jogar água em uma fogueira certamente fará com que o fogo apague, mas jogar água em um
incêndio ocasionado em um curto-circuito, onde ainda está passando energia elétrica, pode ser um
desastre.

E fazer o mesmo é uma boca de fogão ou forno, certamente fará com que o fogo também cesse, mas
o gás continuará a sair, não resolvendo totalmente o problema.

Neste aula sobre incêndio e combate ao fogo, vamos classificar os tipos de incêndio para saber,
principalmente, como proceder na tentativa de extinguir tal fogo.

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EMERGÊNCIA EM CASO DE INCÊNDIO

Os incêndios são divididos, basicamente, em 4 (quatro) classes: A, B, C e D.

Vamos classificar com base no tipo de material que está em combustão e vamos mostrar os símbolos
de cada classe.

É importante que você saiba identificar os tipos de classe pela figura símbolo.

Classe A de incêndio

Classe A de incêndio

O incêndio do tipo classe A é aquele onde o fogo está ocorrendo em materiais que rapidamente
pegam fogo, ou seja, materiais de fácil combustão.

Os materiais deste tipo de classe de incêndio geralmente queimam de maneira rápida, em sua
superfície e em profundidade também.

Como exemplos de materiais que caracterizam um incêndio como classe A, podemos citar papel,
papelão, tecido, madeira etc.
Fogo, em uma lixeira, é um exemplo deste tipo de incêndio.

Classe B de incêndio

Classe B de incêndio

Os incêndios ditos de classe B são os inflamáveis, que são produtos que na reação de combustão
acabam por liberar muita energia, bem mais calor que os elementos da classe A.

Uma característica deste tipo de incêndio é que o material inflamável não vai deixar resíduos, ele irá
queimar somente na superfície, e não em profundidade.

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EMERGÊNCIA EM CASO DE INCÊNDIO

Exemplos de substâncias que fazem um incêndio ser do tipo B são os gases e líquidos altamente
inflamáveis, como álcool, diesel, gasolina, querosene, GLP (gás liquefeito de petróleo) etc.

Classe C de incêndio

Incêndio tipo classe C

Os incêndios do tipo classe C são os mais fáceis de serem identificados, pois são os que estão
relacionados com a eletricidade.

É nesse tipo de incêndio, onde passa corrente elétrica, que devemos evitar o uso de água. A primeira
coisa a ser feita é cessar a energia elétrica do local do incêndio.
Ao ser feito isso, o material continuará pegando fogo, caracterizando um incêndio do tipo A.

Exemplos de materiais que originam fogo da classe C são as instalações elétricas, como fios que
estão sendo sobrecarregados, geralmente em instalações clandestinas (os famosos 'gatos'). Ainda
como exemplos, podemos citar tomadas, fontes, transformadores, quadros de distribuição, motores
etc.

Classe D de incêndio

Incêndio tipo classe D

Os elementos que classificam um incêndio como classe D também são bem fáceis de serem
identificados, pois todos eles são pirofosfóricos (popularmente conhecidos como fogos de artifícios),
que assim como os incêndios de classe C, não devem ser apagados com água.

Quando substâncias pirofosfóricas (que são do tipo metal combustível) queimam em altas
temperaturas (fogos de artifícios explodindo) produzem uma chamam bem característica, um azul-
esbranquiçado.

Exemplos de metais pirofosfóricos são o magnésio, sódio, alumínio, tungstênio etc.

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EMERGÊNCIA EM CASO DE INCÊNDIO

Nos próximos artigos de nosso curso, iremos explicar melhor como lidar com cada tipo de incêndio.

Resumo com todas as classes e exemplos de incêndio

Os 3 métodos de extinção de fogo

Efeitos do Calor

Para começar, vamos entender melhor quais são os efeitos do calor:

• Eleva a temperatura;

• Aumenta o volume;

• Muda o estado físico da matéria;

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EMERGÊNCIA EM CASO DE INCÊNDIO

• Muda o estado químico da matéria.

E quais são os efeitos fisiológicos do calor sobre o ser humano?

O calor é a causa direta da queima e de outras formas de danos pessoais. Danos causados pelo
calor incluem desidratação, insolação, fadiga e problemas para o aparelho respiratório, além de
queimaduras, que nos casos mais graves (1º, 2º, 3º graus) podem levar até a morte.

Métodos de extinção de fogo

Agora vamos conhecer os três métodos de extinção de fogo, são eles: Retirada do material
combustível (RMC); Resfriamento e, abafamento.

Retirada do material combustível (RMC)

É a forma mais simples de se extinguir um incêndio. Baseia-se na retirada do material combustível,


ainda não atingido, da área da propagação do fogo, interrompendo a alimentação da combustão.
Método também denominado de RCM, corte ou remoção do suprimento do combustível.

Exemplo: fechamento da válvula ou interrupção de vazamento de combustível líquido ou gasoso,


retirada de materiais combustíveis do ambiente em chamas, realização de aceiro, etc.

Resfriamento

É o método mais utilizado. Consiste em diminuir a temperatura do material combustível que está
queimando, diminuindo, consequentemente, a liberação de gases ou vapores inflamáveis. A agua é
o agente extintor mais usado, por ter grande capacidade de absorver calor e ser facilmente
encontrada na natureza. A redução da temperatura está ligada á quantidade e á forma de aplicação
da água (jato), de modo que ela absorva mais calor que o incêndio é capaz de produzir. É útil o
emprego de água onde queimam combustíveis com baixo ponto de combustão (menos de 20ºC), pois
a água resfria até a temperatura ambiente e o material continuará produzindo gases combustíveis.

Abafamento

Consiste em diminuir ou impedir o contato do oxigênio com o material combustível. Não havendo
comburente para reagir com o combustível, não haverá fogo. Como exceção estão os materiais que
tem oxigênio em sua composição e queimam sem necessidade do oxigênio do ar, como os peróxidos
orgânicos e o fósforo branco.

Conforme a diminuição do oxigênio em contato com o combustível vai tornando a combustão mais
lenta, até a concentração de oxigênio chegar próximo de 8%, onde não haverá mais combustão.
Colocar uma tampa sobre o recipiente contendo álcool em chamas, ou colocar um copo voltado de
boca para baixo sobre uma vela acesa, são duas experiências práticas que mostram que o fogo se
apagará tão logo se esgote o oxigênio em contato com o combustível. Pode-se abafar o fogo com o
uso de materiais diversos, como areia, cobertores, vapor d’água, espumas, pós, gases especiais
etc…

Os equipamentos de combate a incêndios podem, entre outros:

Extintores portáteis e sobre rodas; Mangotinhos; Hidrantes; Sprinklers; Sistemas fixos de gás
carbônico ou espuma.

Os sistemas móveis de combate a incêndios podem, entre outros:

Extintores portáteis; Extintores sobre rodas; Mangotinhos; Baldes de areia ou limalha.

Extintor de pó químico seco “improvisado” com o propelente a base de gás carbônico conectado à
base do recipiente de pó (bicarbonato de sódio).

Carreta (extintor sobre rodas) de espuma química

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EMERGÊNCIA EM CASO DE INCÊNDIO

Os dispositivos fixos podem ser enquadrados em duas categorias. Na primeira tem-se aqueles que
apresentam mobilidade de extinção, como os mangotinhos, ou mangueiras semi rígidas,
acondicionadas em carretéis, e hidrantes.

Sistema de mangotinhos, com o carretel metálico onde é enrolada uma mangueira semi rígida com
comprimento de até 20 metros,

O hidrante pode ser instalado sob a forma de pedestal ou coluna ou com seus pertences em caixas
metálicas posicionadas em paredes ou fixadas sobre estruturas. Neste caso as estruturas costumam
ficar mais próximas dos locais a serem protegidos.

Hidrante de coluna com duas saídas. As colunas podem ter uma, duas ou quatro saídas.

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EMERGÊNCIA EM CASO DE INCÊNDIO

Caixa de hidrantes obstruída por equipamentos e instalações

Caixa de hidrantes junto às Casas das Caldeiras

Válvulas de controle de linhas de hidrantes

Canhão de hidrantes sobre coluna, para a proteção de locais a grandes distâncias, onde há riscos
com a proximidade dos operadores

O sistema de hidrantes pode ser ampliado, para atendimento a áreas específicas através de veículos
momo moto bombas rebocáveis, conectadas à própria rede ou aspirando água de reservatórios.

Para a projeção da água sobre os incêndios são empregados esguichos, sob a forma de jato sólido,
neblina, ou mistos.

Projeção de água através de escada de incêndio, empregando linhas de hidrantes fixadas no topo de
cestos.

O sistema de hidrantes, constituído por reservatórios de água, bombas, mangueiras, esguichos e


conexões deve ser periodicamente inspecionado. Uma das inspeções feitas é a do funcionamento da
rede, onde é avaliada a pressão e a vazão através de medições com Tubo de Pitot.

Um dos sistemas fixos de combate a incêndios mais eficazes é o de sprinklers, ou chuveiros


automáticos contra incêndios. O calor gerado pela combustão aquece o ambiente o qual troca calor
com os bicos de sprinklers. Esses se rompem e projetam água sob a forma de chuveiro na área
protegida pela rede.

Rede de chuveiros contra incêndios, com ramais e subramais

Esquema de um bico de sprinkler

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EMERGÊNCIA EM CASO DE INCÊNDIO

Casa de bombas da rede de sprinklers

Painel de controle das bombas do sistema de sprinklers

Pressostado de linha de sprinkler

Válvula de controle de ramal, de fecho rápido

VGAsde ramais da rede de sprinklers

Válvula de Governo e Alarme –VGA de uma rede de sprinklers

Válvula de retenção acima da bomba de pressurização da rede –jockey pump

O sistema de sprinklers pode ser adaptado para a proteção em ambientes especiais, como
subestações elétricas, P.Ex., essas adaptações, através de projetos específicos podem contemplar a
instalação de bicos do tipo protectorspray,ou mulsifire, como a seguir.

Projetor protectorspray para alta velocidade

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EMERGÊNCIA EM CASO DE INCÊNDIO

Projetor protectorspray para média velocidade

Bicos de sprinklers para vários fins

Os bicos de sprinklers são acionados com o rompimento do elemento sensor (fusível), que pode ser
através de ligas metálicas ou bulbo preenchido com álcool etílico colorido. Na temperatura para a
qual o sistema foi dimensionado o elemento se rompe deixando passar a água sob pressão. No

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EMERGÊNCIA EM CASO DE INCÊNDIO

choque dessa com o defletor é formado o “chuveiro” projetado sobre as chamas, extinguindo os
incêndios por resfriamento.

Sprinkler de liga fusível da Walter

Sprinkler de liga fusível da Walter

Sprinkler de liga fusível

Placas defletoras de água. A esquerda tem-se o modelo pendente (para baixo) e a direita o modelo
para cima (upright)

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EMERGÊNCIA EM CASO DE INCÊNDIO

Sprinkler de bulbo

Sprinkler sem o bulbo, simulando o rompimento do mesmo pela ação do calor

Sprinkler e seus acessórios (corpo, anel de vedação e bulbo)

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EMERGÊNCIA EM CASO DE INCÊNDIO

Dispositivo sensor de instalação seca. O acionamento se dá com o rompimento do bulbo e a


liberação de água para um conjunto de bicos de sprinklers abertos.

Saída de águaSaída de água

Entrada de água

Projeção de água

Bicos de pulverização de gás carbônico em redes fixas Proteção de subestação elétrica

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EMERGÊNCIA EM CASO DE INCÊNDIO

Bateria de cilindros de CO2 alimentando instalação fixa de combate a incêndio

Instalação fixa de combate a incêndio por CO2 protegendo o sistema de freios de uma clamshell

Bateria de cilindros de CO2 alimentando instalação fixa de combate a incêndio

Bateria de Halonpara alimentação de rede fixa de proteção de centro de processamento de dados

Sistema de detecção ótico

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EMERGÊNCIA EM CASO DE INCÊNDIO

Sistema de detecção ótico

Detector de calor Detector de calor –com rompimento da capsula

Porta corta-fogo com deslizamento por rompimento de liga fusível

Ferramentas empregadas no combate a incêndios

Carro de bombeiros com canhão e dispositivos para o primeiro combate a incêndios

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EMERGÊNCIA EM CASO DE INCÊNDIO

Carro de bombeiros com canhão e dispositivos para o primeiro combate a incêndios

Abrigo de carros de bombeiros Caminhão cisterna com canhão combate a incêndios

Viatura leve de bombeiros com canhão e dispositivos para o primeiro combate a incêndios

Combate a incêndio com o emprego de caminhões e lançamento de espuma química

Modelos de sprinklers, onde as cores diferenciam a temperatura de ruptura

Bomba “sapo” para sucção de água através da passagem de água de hidrantes (que forma vácuo)

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EMERGÊNCIA EM CASO DE INCÊNDIO

Como É O Vestuário Operacional Dos Bombeiros?

A roupa utilizada pelos bombeiros tem uma função especial. Estejam nos arredores do corpo de
bombeiros ou em combate de incêndios, as roupas utilizadas servem para proteção do corpo. Um
bombeiro pode usar quatro tipos diferentes de roupas, dependendo da função que irá realizar.

Roupas De Uso Interno

O vestuário de uso interno é tão importante quanto os outros. No geral, consiste em um uniforme
usado durante o expediente no corpo local e inclui calças anti-chamas para segurar canetas, EPI e
luvas. Um bombeiro também utiliza roupa superior anti-chamas ao trabalhar internamente, que pode
ser uma camiseta ou uma macacão. Todo o vestuário utilizado em uma unidade deve ser anti-
chamas para que, em caso de incêndio, o bombeiro possa colocar a vestimenta de combate a
incêndios sem ser submetido ao calor extremo.

Uniforme Para Materiais Perigosos

O uniforme para materiais perigosos é utilizado por bombeiros em uma ocorrência que envolva
materiais de natureza nociva. Essas vestes são geralmente anti-chamas, mas também podem ser
feitas de material especial e parecem com um macacão. Um bombeiro usa esse uniforme completo
com máscara e tanque de ar para que, na presença de materiais perigosos, não inale elementos
químicos nocivos.

Vestimenta De Combate A Incêndios

A vestimenta de combate a incêndios é a roupa utilizada durante serviços de brigada. Esse vestuário
consiste em calças, camiseta, jaqueta, suspensórios, botas, luvas, capuz e capacete. Todos esses
itens são anti-chamas e fáceis de vestir, com fechos de botão e velcro em vez de zíper. O conjunto é
geralmente amarelo, mas alguns departamentos utilizam preto. Pode incluir uma máscara de pressão
positiva, linha aéreas e válvulas de pressão em seus aparatos integrados de respiração, bem como
alças e couraças para acomodar o equipamento e a vestimenta.

Resgate Técnico

A vestimenta de resgate técnico não foi desenvolvida para uso em incêndios. Esse tipo de roupa é
utilizada por bombeiros que realizam missões de busca e resgate em desfiladeiros,
desmoronamentos de edificações e socorro em desastres naturais. A roupa de resgate técnico ou
força tarefa de operações especiais consiste em um macacão e um capacete diferente do tipo
utilizado com a vestimenta de combate, visto que é mais leve e geralmente possui lanterna e óculos
integrados.

Equipamentos e instalações de combate a incêndio:

• Extintores – Os extintores são equipamentos projetados para combate a um princípio de incêndio,


que armazenam substâncias ou compostos, genericamente designadas como agentes extintores,
eficazes contra determinadas classes de incêndio (A, B, C ou D). Esses equipamentos devem ser

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EMERGÊNCIA EM CASO DE INCÊNDIO

posicionados em locais estrategicamente escolhidos, tanto do ponto de vista do fácil acesso como do
ponto de vista da distância máxima que se deve percorrer até alcançar um deles, cuja presença deve
estar bem sinalizada para facilitar a localização.

• A medida que um incêndio se instala e o fogo atinge maiores proporções, o combate com o uso
apenas de extintores começa a se tornar ineficiente, devido à pequena capacidade volumétrica deles.
Mesmo as carretas, que são extintores de maior porte, montados sobre rodas ou carrinhos, não são
capazes de sustentar, por muito tempo, o fluxo contínuo do agente extintor (substância e ou
composto que irá atuar contra o fogo).

• É preciso conhecer cada tipo de extintor e saber para que classe(s) de incêndio eles são indicados:

• Extintor de água: existem duas classes de extintores desse tipo: os extintores de água pressurizada,
onde a água é armazena junto com um gás, que irá impulsiona-la para fora quando o aparelho for
acionado, e os extintores de água com pressão injetada (possuem uma ampola externa de gás), cuja
pressurização é feita somente no momento em que ele precisar ser utilizado. Os extintores desse tipo
são indicados para uso em incêndios da classe A (materiais sólidos), e nunca devem ser utilizados
em incêndios da C (equipamentos elétricos energizados), pois o jato d’água pode conduzir a
eletricidade até a pessoa que está utilizando o extintor.

• Extintor de Gás Carbônico (CO2): consiste num cilindro onde o gás carbônico é armazenado e
mantido sob pressão. Como sua aplicação não deixa resíduos, é ideal para uso em incêndios da
classe C (equipamentos elétricos energizados).

• Extintor de pó químico: A exemplo dos extintores de água, os desse tipo também podem ser
pressurizados (mantidos sob pressão) ou de pressão injetada (com ampola externa de gás). O agente
extintor é normalmente o bicarbonato de sódio e seu uso é mais recomendando para os incêndio das
classes B e C.

• Extintor de espuma: Subdivide-se em duas categorias: os extintores de espuma mecânica, que


podem ser do tipo pressurizado ou do tipo pressão injetada, e os extintores de espuma química
(atualmente em desuso), que são acionados através do emborcamento do corpo do aparelho, que
provoca a mistura e reação de compostos químicos, formadores da espuma, e sua expulsão sob
pressão.
Esses tipo de extintor é recomendado para uso em incêndios das classes A e B.

• Hidrantes: Um sistema ou rede de hidrantes de incêndio consiste num conjunto de tubulações,


válvulas, registros e pontos de tomada d’água, que deve estar conectado diretamente a reservatórios
de água (elevados e/ou enterrados), com parte de seu volume reservado para uso exclusivo no
combate a incêndios (RTI – Reserva Técnica de Incêndio). O sistema tem de ser hidraulicamente
dimensionado para garantir que, mesmo no ponto de tomada d’água mais extremo da rede, ela flua
com pressão e vazão adequada. Para isso, normalmente são utilizados conjuntos de bombas de
recalque. As instalações adequadas dispõem de conjuntos redundantes, um com acionamento por
motores elétricos e outro com acionamento alternativo por motor a explosão.

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EMERGÊNCIA EM CASO DE INCÊNDIO

Os pontos de tomada d’água da rede de hidrantes devem dispor de abrigos com mangueiras,
requintes e chaves de conexão prontas para uso em caso de emergência.

• Sistema de chuveiros automáticos ou Sprinklers: Esse tipo de sistema consiste numa rede de
tubulações, válvulas, registros, etc., ligada à rede de incêndio, ou a dotada de alimentação e bombeio
independentes, que possui bicos com elementos de vedação projetados para se romper e permitir o
fluxo de água, se a temperatura em torno deles atingir um determinado nível. Esses bicos
normalmente possuem anteparos (defletores), que são dispositivos para direcionar e/ou dispersar a
água, fazendo com que jorre de uma determinada maneira e/ou em uma determinada direção. Isso
permite uma atuação localizada diretamente sob o foco de incêndio, pois só serão acionados aqueles
bicos que receberem calor suficiente para romper os seus elementos de vedação, normalmente
ampolas de vidro especial, preenchidas com um liquido cuja dilatação provocada pelo calor faz com
que se rompam.

• Os sistemas de chuveiros automáticos são considerados um dos sistemas de uso geral mais
eficazes para combate a incêndio, porém, para que funcionem eficientemente, requerem boa
manutenção.

• Outros equipamentos e dispositivos de combate a incêndio: Os sistemas citados anteriormente são


os mais comumente encontrados, todavia, existem outros, como por exemplo os sistemas de dilúvio,
que são redes similares às redes de Sprinklers, porém sem os elementos de vedação em seus bicos,
que, quando acionadas, inundam toda sua área de cobertura; os sistemas fixos a gás, que atuam por
inundação de um ambiente com diferentes tipos de gases, reduzindo a quantidade de oxigênio
(comburente) e/ou a temperatura (calor) dentro desses ambientes (CO2, Inergen, FM200, NAF-S3,
etc.); e os sistemas eletrônicos de detecção e alarme de incêndio, que fazem a monitoração e
vigilância de ambientes, acusando a presença de chama ou de fumaça, através de sinais
audiovisuais.

Como combater um incêndio?

A prevenção e extinção de um incêndio envolvem a eliminação de um dos três fatores


apresentados no triângulo do fogo: combustível, comburente e calor.

Para que uma reação de combustão e um incêndio ocorram, são necessários três fatores:
combustível, comburente e reação em cadeia.

1- Combustível:

O combustível é qualquer material que possa ser oxidado. Eles podem ser sólidos (papeis, madeira,
algodão), líquidos (álcool, gasolina, éter, óleo combustível) ou gasosos (gás hidrogênio, acetileno,
GLP (Gás Liquefeito de Petróleo)).

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EMERGÊNCIA EM CASO DE INCÊNDIO

Entre os combustíveis líquidos, temos os voláteis, que são aqueles que liberam vapores em
temperatura ambiente, como o álcool, a gasolina e o éter; e há também os não voláteis, que
praticamente não liberam vapores, como as tintas, o óleo combustível, a graxa, entre outros. Os
voláteis apresentam maior risco.

2- Comburente:

O comburente é o gás oxigênio (O2), que entra em contato com o combustível e reage. Ele é
indispensável para que a combustão ocorra e isso pode ser visto por meio de um experimento
simples e bem conhecido: se colocarmos um copo sobre uma vela acesa, a chama irá apagar com o
tempo, pois todo o oxigênio foi consumido e a reação cessa.

3- Reação em cadeia:

O calor fornece a energia necessária para que a reação continue. Por exemplo, o capim é um
combustível e ele está em contato com o oxigênio do ar, mas para que a sua queima ocorra é
necessário uma ignição, ou energia de ativação, que é fornecida, por exemplo, por uma faísca, como
quando alguém joga um cigarro aceso. Então, a combustão se inicia, liberando calor que fornece a
energia mínima necessária para que a reação em cadeia continue.

Desse modo, a combustão é representada por um diagrama chamado de triângulo do fogo:

Assim, para combater um incêndio, temos que remover um desses três fatores. Veja como:

1-Eliminando o calor:

Um dos principais meios de combater um incêndio é por meio do resfriamento, diminuindo a


temperatura. Esse método é ideal para incêndios de classe A, que ocorrem com combustíveis sólidos
que queimam na superfície e na sua profundidade, deixando resíduos (cinzas).

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EMERGÊNCIA EM CASO DE INCÊNDIO

Para eliminar o calor, utilizam-se extintores apropriados para cada tipo de incêndio. Mas é
necessário saber exatamente qual extintor usar para cada tipo de incêndio, pois, caso contrário, pode
piorar a situação. Por exemplo, digamos que o fogo está ocorrendo em equipamentos elétricos que
oferecem risco de choque (incêndio classe C), nesse caso, um extintor de água não seria indicado,
mas sim um extintor de pó químico seco.

Para mais detalhes, leia o texto Classificação dos extintores de incêndio.

2-Eliminando o combustível:

Isso é feito por meio da retirada do material do local. Por exemplo, digamos que uma entrada de gás
hidrogênio está aberta, podemos então fechá-la, retirando o combustível que está sendo queimado.

Esse método é indicado para incêndios de classe B e C, que são, respectivamente, incêndios com
líquidos que queimam na superfície e deixam resíduos e incêndio com equipamentos elétricos,
conforme já mencionado.

3- Eliminando o comburente:

Podemos impedir que o combustível entre em contato com o oxigênio por meio de um abafamento
por uma cobertura.

Por exemplo, se o óleo de cozinha começou a pegar fogo, você jamais deve jogar água, pois, se fizer
isso, ocorrerá um tipo de explosão e você irá se ferir. Isso acontece porque o óleo é menos denso
que a água. Assim, ao jogar água, ela tenderia a afundar, passando pelo óleo quente. Visto que a
temperatura está acima do ponto de ebulição da água, imediatamente ela passaria do estado líquido
para o gasoso, formando bolhas de vapor que subiriam rapidamente através da gordura quente e
saltariam de forma extremamente violenta para o ar. Essas bolhas levariam consigo gotículas de óleo
que poderiam queimar a pele se caíssem sobre ela.

O modo correto seria não tocar na frigideira, desligar o fogo e colocar um pano úmido por cima da
frigideira para impedir que o oxigênio alcance as chamas e, consequentemente, elas se apagarão.

Aparelho Respiratório Isolante de Circuito Aberto - ARICA é um equipamento respiratório utilizado


por bombeirosquando precisam agir em atmosferas potencialmente tóxicas, com baixo teor de
oxigênio. É concebido e construído para permitir ao utente respirar, por chamada, o ar proveniente de
uma garrafa (ou garrafas) de alta pressão.

Um ARICA é constituído essencialmente por peça facial, garrafa(s), pressintas de fixação do aparelho
ao utilizador, suporte dorsal, manómetro e avisador sonoro de segurança.

A ARICA, é um dos equipamentos essenciais para a sobrevivência de um bombeiro numa situação


de risco. É tão importante que em Portugal nenhum estagiário (aprendiz de Bombeiro) pode ser

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EMERGÊNCIA EM CASO DE INCÊNDIO

promovido a Bombeiro sem saber os componentes principais de um ARICA e como colocá-lo


correctamente.

Prevenir incêndios é tão importante quanto saber apagá-los ou mesmo saber como agir corretamente
no momento em que eles ocorrem.

Início de incêndio e outros sinistros de menor vulto podem deixar de transformar-se em tragédia, se
forem evitados e controlados com segurança e tranqüilidade por pessoas devidamente treinadas. Na
maioria das vezes, o pânico dos que tentam se salvar faz mais vítimas que o próprio acidente.

Uma das principais providências que a Comissão Interna de Biossegurança pode tomar, para que
qualquer acidente seja controlado, é alertar todos os trabalhadores sobre as devidas precauções
quando ocorrer algum distúrbio ou tumulto, causados por incidentes, como por exemplo vazamentos
de gás, fumaça, fogo e vazamento de água. O primeiro passo é detalhar em procedimentos
operacionais padrões que deverão ser distribuídos para todos os trabalhadores, contendo
informações sobre todas as precauções necessárias, como: os cuidados preventivos; a
conscientização sobre o planejamento de como atuar na hora do abandono do local de trabalho; a
indicação de medidas práticas sobre o combate e a retirada.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o mais correto inclusive é que todos os trabalhadores ou usuários
da edifícação coloquem em prática as normas estabelecidas sobre os cuidados preventivos e o
comportamento diante do incidente, promovendo exercícios, através da simulação de incêndios. Esse
tipo de prática contribui suficientemente para a prevenção e a segurança de todos. Mas para efetuar
essa operação é necessário um fator indispensável, a existência - em perfeito estado de uso e
conservação - de equipamentos destinados a combater incêndios.

A prudência também é outro fator primordial no combate aos incêndios. Todos sabem que qualquer
instalação predial deve funcionar conforme as condições de segurança estabelecidas por lei, que vão
desde a obrigatoriedade de extintores de incêndios, hidrantes, mangueiras, registros, chuveiros
automáticos (sprinklers) e escadas com corrimão. Entre esses equipamentos, o mais utilizado
no combate a incêndios é o extintor, que deve ser submetido a manutenção pelo menos uma vez por
ano, por pessoas credenciadas e especializadas no assunto. É importante também, além de adquirir
e conservar os equipamentos de segurança, saber manuseá-los e ensinar a todos os trabalhadores
como acionar o alarme, funcionar o extintor ou abandonar o recinto, quando necessário, sem
provocar tumultos.

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EMERGÊNCIA EM CASO DE INCÊNDIO

Regras Básicas

* Mantenha sempre à vista o telefone de emergência do Corpo de Bombeiros - 193

* Conserve sempre as caixas de incêndios em perfeita condições de uso e somente as utilize em


caso de incêndio.

* Os extintores devem estar fixados sempre em locais de fácil acesso, devidamente carregados e
revisados (periodicamente).

* Revisar periodicamente toda a instalação elétrica do prédio, procurando inclusive constatar também
a existência de possíveis vazamentos de gases.

* Evitar o vazamento de líquidos inflamáveis.

* Evitar a falta de ventilação.

* Não colocar trancas nas portas de halls, elevadores, porta corta-fogo ou outras saídas para áreas
livres. Nem obstruí-las com materiais ou equipamentos.

* Tomar cuidado com cera, utilizada nos piso,s quando dissolvida. Não deixar estopas ou flanelas
embebidas em óleos ou graxas em locais inadequados.

* Alertar sobre o ato de fumar em locais proibidos (como elevadores) e sobre o cuidado de atirar
fósforos e pontas de cigarros acessos em qualquer lugar.

* Aconselhar os trabalhadores para que verifiquem antes de sair de seus locais de trabalho, ao
término da lornada de trabalho, se desligaram todos os aparelhos elétricos, como estufas, ar
condicionado, exaustores, dentre outros.

* Em caso de incêndio, informar o Corpo de Bombeiros o mais rápido possível: a ocorrência, o


acesso mais fácil para a chegada ao local e o número de pessoas acidentadas, inclusive nas
proximidades.

* Nunca utilizar os elevadores no momento do incêndio.

* Evitar aglomerações para não dificultar a ação do socorro e manter a área junto aos hidrantes livre
para manobras e estacionamento de viaturas.

Normas de Segurança

Entre as normas de segurança estabelecidas por lei para as instalações prediais, estão a
conservação e a manutenção das instalações elétricas. Existem vários tipos de sistemas de proteção
das instalações elétricas, como fusível tipo rolha, disjuntor, entre outros. Todos devem estar
funcionando perfeitamente, pois qualquer princípio de incêndio pode ser ocasionado por descargas
de curto-circuíto.

Qualquer edificação possui um projeto de circuito elétrico, que dimensiona tipos e números de pontos
de corrente (tomadas) ou luz, conforme suas características de consumo. Quando na presença de
uma sobrecarga este circuito não dimensionado para uma corrente de curto-circuito eleva-se em
muito a temperatura, iniciando o processo de fusão do fio, ou pior, o início de um incêndio. Por este
motivo cuidado com a utilização de benjamins.

Todos os trabalhadores devem estar sempre atentos às normas básicas de segurança contra
incêndio para evitar acidentes. Prevenir é a palavra de ordem e todos devem colaborar, pois é mais
importante evitar incêndios do que apagá-los.

Alarme Geral

Ao primeiro indício de incêndio, transmita o alarme geral e chame imediatamente o Corpo de


Bombeiros.

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EMERGÊNCIA EM CASO DE INCÊNDIO

Combate ao Fogo

Desligue a chave elétrica geral, em caso de curto-circuito. Procure impedir a propagação do fogo
combatendo as chamas no estágio inicial.

Utilize o equipamento de combate ao fogo disponível nas áreas comuns da edificação.

Evacuação da Edificação

Não sendo possível eliminar o fogo, abandone o edifício rapidamente, pelas escadas. Ao sair, feche
todas as portas atrás de si, sem trancá-las..

Não utilize o elevador como meio de escape.

Não sendo possível abandonar o edifício pelas escadas, permaneça no pavimento em que se
encontra, aguardando a chegada do Corpo de Bombeiros.

Somente suba ao terraço se o edifício oferecer condições de evacuação pelo alto, ou se a situação o
exigir.

Instruções complementares

- Desligue imediatamente o equipamento que estiver manuseando e feche as saídas de gás.

- Procure sempre manter a calma e não fume. Não tire as roupas. Dê o alarme.

- Mantenha, se possível, as roupas molhadas.

- Jogue fora todo e qualquer material inflamável que carregue consigo.

- Em situações críticas feche-se no banheiro, mantendo a porta umedecida pelo lado interno e
vedada com toalha ou papel molhados.

- Em condições de fumaça intensa cubra o rosto com um lenço molhado.

- Não fique no peitoril antes de haver condições de salvamento, proporcionadas pelo Corpo de
Bombeiros. Indique sua posição no edifício acenando para o Corpo de Bombeiros com um lenço.

- Aguarde outras instruções do Corpo de Bombeiros.

- Em caso de incêndio, se você se encontra em lugar cheio de fumaça procure sair, andando o mais
rente possível do piso, para evitar ficar asfixiado.

- Em regra geral, uma pessoa cuja roupa pegou fogo procura correr. Não o faça: a vítima deve
procurar não respirar o calor das chamas. Para o evitar, dobre os braços sobre o rosto, apertando-os:
jogue-se ao chão e role, ou envolva-se numa coberta ou num tecido qualquer.

- Vendo correr uma pessoa com as roupas em chamas, não a deixe faze-lo. Obrigue-a a jogar-se ao
chão e rolar lentamente.

- Use de força, se necessário, para isso.

- Se for possível, use extintor ou mangueira sobre o acidentado.

- No caso de não haver nada por perto, jogue areia ou terra na vítima, enquanto ela está rolando. Se
puder, envolva o acidentado com um cobertor, lona ou com panos grossos.

- Envolva primeiro o peito, para proteger o rosto e a cabeça. Nunca envolva a cabeça da vítima, pois
assim você a obriga a respirar gases.

- Ao perceber um incêndio não se altere; estando num local com muitas pessoas ao redor, não grite
nem corra. Acate as normas de prevenção e evite acidentes.

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EMERGÊNCIA EM CASO DE INCÊNDIO

- Trate de sair pelas portas principais ou de emergência, de maneira rápida, sem gritos, em ordem,
sem correrias. Nunca feche com chaves as portas principais e as de emergência.

- Não guarde panos impregnados de gasolina, óleos, cera ou outros inflamáveis.

- Após o uso do extintor, notificar o serviço de segurança para recarregamento.

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