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CURSO DE GESTÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL

PLANO DE CONTINGÊNCIA

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OBJETIVOS DA DISCIPLINA

OBJETIVO GERAL: Conceituar o Plano de Contingência no âmbito da


Proteção e Defesa Civil e apresentar elementos indispensáveis à sua
elaboração.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Oferecer uma lógica de construção do


Plano de Contingência que permita ao aluno desenvolvê-lo de forma
sistêmica garantindo uma ampla gama de competências e ações.
INTRODUÇÃO

CONTINGÊNCIA: é a situação de incerteza quanto a um determinado evento,


fenômeno ou acidente, que pode se concretizar ou não, durante um período de
tempo determinado.

O Plano de Contingência - PLANCON - funciona como um planejamento da


resposta e por isso, deve ser elaborado na normalidade, quando são definidos
os procedimentos, ações e decisões que devem ser tomadas na ocorrência do
desastre.
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CONCEITO
O objetivo de um plano de contingência é o de possibilitar que
preparação e resposta sejam eficazes, protegendo a população
e reduzindo danos e prejuízos.

Plano de Contingência é o documento que registra o


planejamento elaborado a partir da percepção do risco de
determinado tipo de desastres e estabelece os procedimentos e
responsabilidades. (IN 02/16).

“Documento que registra o planejamento elaborado a partir da percepção e análise de um ou mais


cenários de risco de desastres e estabelece os procedimentos para ações de monitoramento
(acompanhamento das ameaças), alerta, alarme, fuga, socorro, assistência às vítimas e
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restabelecimento de serviços essenciais”. (SEDEC, 2016).
FINALIDADE

1. Possibilita a compreensão clara e objetiva sobre o CENÁRIO

2. Organizar e direcionar os esforços, DE TODOS OS ENVOLVIDOS,


para a resposta ao incidente

3. Funciona como um ACORDO entre os envolvidos atribuindo


responsabilidades a cada um deles

4. Garante a EFICÁCIA E EFETIVIDADE na resposta ao desastre


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REQUISITOS
1. Percepção e identificação das ameaças e dos riscos existentes

2. Envolvimento e comprometimento de todos os envolvidos

1. Histórico
Construção do
2. Comparativo
cenário do incidente
3. Hipotético dedutivo
4. Dedutivo ou indutivo
5. Monitoramento de fatores indicadores
de risco
ANÁLISE DO CENÁRIO
Conteúdo
Este é momento em que se deve organizar dois resultados a partir da análise dos documentos
disponíveis: cenário (s) de risco, e cadastro de recursos.

Análise de Risco: deve prever aspectos como: número de pessoas afetadas; necessidades
prioritárias de atendimento humanitário; demandas logísticas; qualidade de acesso e geografia
local; escala de resposta (comunitária, governamental, agências especializadas); e serviços
afetados (comércio, escolas, infraestrutura, etc.).

Cadastro de Recursos: deve definir como cada instituição pode contribuir para o momento de
resposta, informações de descrição, quantidade, pessoa responsável e contato.
ETAPAS

Teste

Preparação e Reunião e coleta Construção de Plano de ação Aprovação e


envolvimento de dados cenários divulgação
ETAPAS
Preparação e envolvimento

1. Percepção das Ameaças e dos Riscos

2. Identificação da necessidade

3. Sensibilização dos envolvidos

4. Composição do Grupo de Trabalho


PERCEPÇÃO DO RISCO
Para decidir os cenários de risco que serão objeto de Plano de Contingência, deve
se observar aqueles com maior potencial de ocorrência de desastres. Esta definição
deve ser tomada junto com os demais órgãos setoriais do município, como órgão de
meio ambiente, de infraestrutura, de ordenamento territorial, e com a comunidade,
considerando aspectos como:

- Histórico de desastres;
- Setorização de Risco;
- Outros cenários de riscos já identificados localmente;
- Estudos e monitoramento de cenários de riscos.
ETAPAS

Reunião e coleta de dados

1. Identificação de pontos e locais vulneráveis

2. Mancha falada

3. Conferência da credibilidade e coerência dos dados

4. Construção dos instrumentos de consolidação dos dados


ETAPAS

Construção do cenário

Contextualizar o fato, os danos, os prejuízos e todas demais consequências no ambiente

Identificar a magnitude que o desastre pode possuir.

AMEAÇA, RISCO, HIPÓTESE ACIDENTAL.

IMPACTO, DANOS, CONTEXTO


CENÁRIO 2

Ameaça Tecnológico (rompimento de barragem).

Risco Excesso de chuvas na barragem associado à baixa manutenção ou ausência dessa pode colapsar a estrutura da barragem da empresa Mundo Mineração.

Hipótese Acidental Colapso na estrutura culminado na inundação das residências próximas ao empreendimento e a contaminação (ainda em análise) do córrego do Villela e do Rio das Velhas.

CENÁRIO*

- A inundação da área do município identificada no mapa de inundação ocasionará a retirada emergencial das pessoas que estiverem nas áreas de risco ou afetadas.
- A área de inundação em questão é rural com casa espalhadas na região e com pouca comunicação. São afetadas diretamente 25 pessoas.
- Algumas das casas da área atingida tem possibilidade de ficarem isoladas.
- Redução do potencial turístico do município.
- Risco de contaminação do Córrego do Vilela e do Rio das Velhas com arsênio, conforme análise da água contida na barragem, e ainda contaminação por cianeto e soda,
de acordo com informações de ex-funcionários da Mineração.
- Possível contaminação do Rio das Velhas e interrupção do fornecimento de água para Nova Lima e Belo Horizonte.
- Os locais escolhidos como abrigo, escola municipais, terão as aulas paralisadas para acomodação da população que terá que ser retirada de suas residências.

Indicação dos danos e prejuízos estimados

Prejuízo econômico privado:  

Prejuízo econômico público:  

Dano material:  

Dano humano x pessoas afetadas, x desabrigados, x desalojados, x feridos, x mortos.


ETAPAS

Plano de Ação

1. Identificação e cadastramento do contato dos envolvidos

2. Cadastramento dos recursos logísticos e humanos que podem ser utilizados

3. Definição dos pontos de encontro, rotas de evacuação, locais das instalações SCO

4. Elaboração do Plano de Ação de Resposta


AÇÕES E PROCEDIMENTOS
MONITORAMENTO

ALERTA

ALARME

FUGA - EVACUAÇÃO

AÇÕES DE SOCORRO

ASSISTÊNCIA ÀS VÍTIMAS

REESTABELECIMENTO DE SERVIÇOS ESSENCIAIS


Para cada procedimento, é necessário que haja atribuição de um responsável (incluindo o
contato).
O Cadastro de Recursos deve incluir:

Recursos Humanos (administrativo e técnico) do órgão municipal de proteção e defesa civil –


voluntários – equipes de apoio – população residente em áreas de risco
Recursos Institucionais – público e privado
Recursos Materiais (próprio e terceiros) – instalações, equipamentos de segurança individual,
equipamentos de sinalização, vestuários adequados e outros
Infraestrutura de transporte, da saúde e outros equipamentos sociais;
Recursos Financeiros (PPA, LOA, LDO).

A revisão de recursos para aplicação no Plano de Contingência deve ser feita a cada 06 meses ou
de acordo com a recorrência de desastres do município.
APROVAÇÃO
Consulta pública: pode ser feita disponibilizando - se o documento na página de internet da prefeitura, por exemplo, e
incentivando que qualquer parte interessada possa fazer comentários, sugestões e contribuições ao documento
dentro de um período pré-determinado.

Audiência pública: exigência legal que deve ser atendida a cada nova versão do PLANCON. Oportunidade para que
qualquer interessado possa conhecer, avaliar, discutir e contribuir para a versão que será publicamente aprovada.

Validação: consiste na formalização do plano pelas instituições que assumiram responsabilidades em sua execução.
Deve ser realizada uma reunião em que haja a leitura do documento final (incluindo qualquer modificação ocorrida
em consultas e audiências públicas). Após a leitura, os representantes de cada instituição devem assinar a Folha de
Validação, que fará parte do documento final.
DIVULGAÇÃO

O documento final do plano de contingência deve ser de conhecimento público,


em alinhamento às diretrizes de transparência.

OPERACIONALIZAÇÃO

A operacionalização do plano ocorre a cada simulado ou ocorrência de desastre,


devendo seguir os procedimentos e ações previstos no documento final.
REVISÃO
É fundamental manter o plano de contingência atualizado!!!

O plano deve especificar a frequência das revisões e seus responsáveis, atualizando informações como:
• Contatos de emergência da equipe e dos órgãos de resposta (telefone fixo, celular, e-mail, etc.);
• Dados de transporte e logística;
• Disponibilidade das estruturas de emergência
• Listas de recursos disponíveis.

A revisão de um plano também pode ser feita uma vez que tenha sido aplicado em uma situação real ou simulada, de
maneira que sua eficácia tenha sido testada, bem como os procedimentos e ações verificados se estão de acordo com
a realidade.
RESUMO
DOCUMENTOS SUGERIDOS PARA AQUISIÇÃO DE DADOS
CONCLUSÃO

Ao final deste conteúdo o aluno é capaz de planejar e escolher as


melhores medidas a serem adotados para controlar uma situação de
emergência, minimizar os prejuízos e reduzir as consequências
negativas voltada às atividades de Proteção e Defesa Civil.

Também aprendeu detalhadamente a metodologia que permite a


construção do plano de forma linear e que garante sua eficiência e
funcionalidade na resposta de um eventual desastre.
REFERÊNCIAS

BRASIL. MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL. SECRETARIA NACIONAL DE PROTEÇÃO E


DEFESA CIVIL. DEPARTAMENTO DE PREVENÇÃO E PREPARAÇÃO. Módulo de formação: noções
básicas em proteção e defesa civil e em gestão de riscos: livro base. - Brasília: Ministério da Integração
Nacional, 2017.

BRASIL. MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL. SECRETARIA NACIONAL DE DEFESA CIVIL.


Glossário de Defesa Civil: Estudos de Risco e Medicina de Desastres – 3ª edição. 2009. 283 p.

https://conceito.de/plano-de-contingencia acesso em 09 de Jan. de 2017

http://www.defesacivil.sc.gov.br/index.php/gestao-de-risco-2013/plano-de-contigencia-2013.html acesso
em 11 de Jan. de 2017
DEFESA CIVIL
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