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INTRODUÇÃO
OBJETIVO
Visa à otimização do Setor de Diagnóstico por Imagem dentro das Normas Técnicas.
RESPONSABILIDADE
1 - Técnico em Radiologia
Conduta do Técnico em Radiologia
Responsabilidade Profissional
Deve o Técnico em Radiologia reconhecer as possibilidades e limitações no desempenho de
suas funções profissionais e só executar técnicas, radiológicas, mediante requisição ou pedido
médico.
O Técnico em Radiologia responderá civil e penalmente por atos profissionais danosos ao
paciente que tenha dado causa por imperícia, imprudência, negligência ou omissão.
Deve o Técnico em Radiologia assumir sempre a responsabilidade de seus atos, deixando de
atribuir, injustamente seus insucessos a terceiros ou a circunstâncias ocasionais. Deve primar pela
boa qualidade do seu trabalho.
O Técnico em Radiologia deve observar, rigorosa e permanentemente, as normas legais de
proteção contra as radiações ionizantes no desempenho de suas atividades profissionais para
resguardar sua saúde, a do paciente de seus auxiliares e de seus descendentes.
Será de responsabilidade do Técnico que estiver operando o equipamento, a isolação do
local, a proteção das pessoas nas áreas irradiadas e a utilização dos equipamentos de segurança.
Deve o Técnico em Radiologia exigir os serviços em que trabalhe todo o equipamento indispensável
de proteção radiológica, cumprindo determinações legais, podendo negar-se a executar exames
ou tratamentos na falta dos mesmos.
Trabalho em Equipe
O Trabalho em equipe não diminui a responsabilidade individual dos profissionais
empenhados em suas funções especificas.
O Técnico em Radiologia está obrigado pela ética e pela Lei (art. 154 do Código Penal) a
guardar segredo sobre todas as confidências recebidas e fatos de que tenha conhecimento ou haja
observado no exercício de sua profissão, obrigando-se a exigir o mesmo segredo de seus auxiliares
Materiais necessários:
• Pia apropriada e destinada à higienização das mãos, com torneira de acionamento e fechamento
manual, por pedal, com o cotovelo e/ou automática;
• Porta papel e papel toalha descartável;
• Dispensador removível com antisséptico degermante ou de sabão líquido hipoalergênico;
• Recipiente para descarte de resíduos comuns com a tampa acionada por pedal.
Descrição do trabalho:
• Conferir a presença de solução antisséptica degermante ou sabonete líquido e de papel toalha;
• Retirar os adornos (anéis, relógios e pulseiras);
• Dobrar os punhos do vestuário, se necessário, evitando molhar a roupa e expor a área a ser
higienizada;
• Posicionar-se em frente à pia, sem encostar-se nela;
• Abrir a torneira possibilitando a vazão da água;
• Molhar as mãos com cuidado para não respingar, facilitando a distribuição do sabão ou solução
degermante;
• Aplicar uma quantidade suficiente de solução degermante na palma da mão (aproximadamente 03
ml), e distribuí-la para cobrir toda as superfícies de ambas as mãos, ensaboando adequadamente as
mãos e evitando desperdício.
• Friccionar as palmas das mãos entre si;
• Friccionar a palma de uma das mãos contra o dorso da outra, entrelaçando os dedos. Repetir
o movimento com a outra mão, higienizando o dorso das mãos e os espaços interdigitais;
• Entrelaçar os dedos, palma com palma e friccionar os espaços interdigitais;
• Fechar os dedos das mãos em garra, encaixando-os entre si de maneira que as palmas das mãos
esfreguem o dorso dos dedos em movimentos de vai e vem e vice versa. Higienizando As unhas e os
dorsos dos dedos;
• Friccionar o polegar de uma mão com a palma da outra, em movimento circular. Inverter as posições
e friccionar o outro polegar;
• Higienizar os polegares;
• Unir os dedos de uma das mãos e friccionar as pontas destes contra a palma da outra, em
movimentos circulares;
• Repetir o movimento com a outra mão;
• Higienizar as polpas digitais e unhas;
• Enxaguar as mãos, iniciando pelas pontas dos dedos em direção ao punho;
• Evitar o retorno da água com resíduos para as mãos limpas;
• Secar as mãos com o papel toalha, iniciando pelas pontas dos dedos em direção ao punho;
• Iniciar a secagem das mãos a partir da área mais distante da área que não foi higienizada;
• Fechar a torneira, quando o acionamento for manual, protegendo a mão com o papel toalha;
• Finalizar o procedimento. Evitar o contato da mão limpa com a torneira;
DOS EQUIPAMENTOS
Revisão
Proficionais Cientes: Revisão 1
POP RAIO X UNIDADE BASICA DE SAÚDE DR. PAULO CESAR OLIVEIRA
Data de Criação:20/08/2023
RESPONSAVEL TECNICO: Código: PO.RAD.001
Marcos Vinicius Fonseca Noronha Data de revisão: 12/03/2024
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OTIMIZAÇÃO DA PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
A otimização da proteção deve ser aplicada em dois níveis, nos projetos e construções de
equipamentos e instalações, e nos procedimentos de trabalho.
No emprego das radiações em medicina, deve-se dar ênfase à otimização da proteção nos
procedimentos de trabalho, por possuir uma influência direta na qualidade e segurança da
assistência aos pacientes.
As exposições médicas de pacientes devem ser otimizadas ao valor mínimo necessário para
obtenção do objetivo radiológico (diagnóstico e terapêutico), compatível com os padrões aceitáveis
de qualidade de imagem. Para tanto, no processo de otimização de exposições médicas deve-se
considerar:
a) A seleção adequada do equipamento e acessórios.
b) Os procedimentos de trabalho.
c) A garantia da qualidade.
d) Os níveis de referência de radiodiagnóstico para pacientes.
e) As restrições de dose para indivíduo que colabore, conscientemente e de livre vontade,
fora do contexto de sua atividade profissional, no apoio e conforto de um paciente, durante a
realização do procedimento radiológico.
As exposições ocupacionais e as exposições do público decorrentes das práticas de
radiodiagnóstico devem ser otimizadas a um valor tão baixo quanto exeqüível, observando-se:
a) As restrições de dose estabelecidas neste Regulamento.
b) O coeficiente monetário por unidade de dose coletiva estabelecido pela Resolução-CNEN
n.º 12, de 19/07/88, quando se tratar de processos quantitativos de otimização.
j) Não devem ser utilizados como objetivo nos projetos de blindagem ou para avaliação de
conformidade em levantamentos radiométricos.
k) Não são relevantes para as exposições potenciais.
Exposições ocupacionais:
l) As exposições ocupacionais normais de cada indivíduo, decorrentes de todas as práticas,
devem ser controladas de modo que os valores dos limites estabelecidos na Resolução-CNEN
n.º12/88 não sejam excedidos. Nas práticas abrangidas por este Regulamento, o controle deve
ser realizado da seguinte forma:
(III) a dose efetiva média anual não deve exceder 20 mSv em qualquer período de 5 anos
consecutivos, não podendo exceder 50 mSv em nenhum ano.
(IV) a dose equivalente anual não deve exceder 500 mSv para extremidades e 150
mSv para o cristalino.
m) Para mulheres grávidas devem ser observados os seguintes requisitos adicionais, de modo
a proteger o embrião ou feto:
(III)a gravidez deve ser notificada ao titular do serviço tão logo seja constatada;
(IV)as condições de trabalho devem ser revistas para garantir que a dose na superfície do
abdômen não exceda 2 mSv durante todo o período restante da gravidez, tornando pouco
provável que a dose adicional no embrião ou feto exceda cerca de 1 mSv neste período.
n) Menores de 18 anos não podem trabalhar com raios-x diagnósticos, exceto em
treinamentos.
o) Para estudantes com idade entre 16 e 18 anos, em estágio de treinamento profissional,
as exposições devem ser controladas de modo que os seguintes valores não sejam excedidos:
(III) dose efetiva anual de 6 mSv ;
(IV) dose equivalente anual de 150 mSv para extremidades e 50 mSv para o cristalino.
p) É proibida a exposição ocupacional de menores de 16 anos.
PREVENÇÃO DE ACIDENTES
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CONTROLE OCUPACIONAL
Durante a utilização de avental plumbífero, o dosímetro individual deve ser colocado sobre o
avental, aplicando-se um fator de correção de 1/10 para estimar a dose efetiva. Em caso sem que
as extremidades possam estar sujeitas a doses significativamente altas, deve-se fazer uso
adicional de dosímetro de extremidade.
d) O dosímetro individual é de uso exclusivo do usuário do dosímetro no serviço para o qual
foi designado.
CONTROLE DE SAÚDE
c) Ocorrendo exposição acidental com dose equivalente acima do limiar para efeitos
determinísticos, o titular deve encaminhar o indivíduo para acompanhamento médico e, se
necessário, com o aconselhamento de um médico especialista com experiência ou conhecimento
específico sobre as consequências e tratamentos de efeitos determinísticos da radiação.
RESTRIÇÕES DE DOSE EM EXPOSIÇÕES MÉDICAS
ASSENTAMENTOS
PROCEDIMENTOS DE TRABALHO
A fim de produzir uma dose mínima para o paciente, consistente com a qualidade aceitável
da imagem e o propósito clínico do procedimento radiológico, os médicos, os técnicos e demais
membros da equipe de radiodiagnóstico devem selecionar e combinar adequadamente os
parâmetros abaixo discriminados. Atenção particular deve ser dada aos casos de Radiologia
Pediátrica e Radiologia Intervencionista. Os valores padronizados para os exames rotineiros devem
ser estabelecidos em tabelas de exposição.
a) A região do corpo a ser examinada e o número de exposições por exame (e.g., número
de filmes ou de cortes em CT) ou o tempo de exame em fluoroscopia.
b) O tipo de receptor de imagem (e.g., telas rápidas ou regulares).
c) Grade anti-difusora apropriada, quando aplicável.
d) Colimação apropriada do feixe primário, para minimizar o volume de tecido irradiado e
melhorar a qualidade da imagem.
e) Valores apropriados dos parâmetros operacionais (e.g., kVp, mA e tempo ou mAs).
f) Técnicas apropriadas para registrar imagem em exames dinâmicos (e.g., número de
(imagens por segundo).
g) Fatores adequados de processamento da imagem (e.g., temperatura do revelador e
algoritmo de reconstrução de imagem).
Durante a realização de procedimentos radiológicos, somente o paciente a ser examinado e
a equipe necessária ao procedimento médico ou treinandos podem permanecer na sala de raios-x.
a) Todos, os profissionais necessários na sala devem:
* Posicionar-se de tal forma que nenhuma parte do corpo incluindo extremidades seja atingida
pelo feixe primário sem estar protegida por 0,5 mm equivalente de chumbo;
* Proteger-se da radiação espalhada por vestimenta ou barreiras protetoras com atenuação
não inferior a 0,25 mm equivalentes de chumbo.
O técnico deve realizar apenas exposições que tenham sido autorizadas por um médico do
serviço. Toda repetição de exposição deve ser anotada nos assentamentos do paciente e ser
especialmente supervisionada pelo RT.
Deve ser evitada a realização de exames radiológicos com exposição do abdômen ou pelve
de mulheres grávidas ou que possam estar grávidas, a menos que existam fortes indicações
clínicas.
a) Informação sobre possível gravidez deve ser obtida da própria paciente.
b) Se a mais recente menstruação esperada não ocorreu e não houver outra informação
relevante, a mulher deve ser considerada grávida.
O feixe de raios-x deve ser cuidadosamente posicionado no paciente e alinhado em relação
ao receptor de imagem.
a) O feixe útil deve ser limitado à menor área possível e consistente com os objetivos do
exame radiológico.
b) O campo deve ser no máximo do tamanho do receptor de imagem;
c) Tamanho do filme/cassete deve ser o menor possível, consistente com o tamanho do
objeto de estudo.
d) Deve-se colocar blindagem adequada, com menos 0,5 mm equivalente de chumbo, nos
órgãos mais radiosensíveis tais como gônadas, cristalina e tireóide, quando, por necessidade, eles
estiverem diretamente no feixe primário de radiação ou até 5 cm dele, a não ser que tais blindagens
excluam ou degradem informações diagnósticas importantes.
Os procedimentos radiológicos devem ser realizados apenas com equipamentos que
possuam potência suficiente para realizá-los.
Para realização de exames contrastados do aparelho digestivo, o equipamento deve possuir
seriógrafo.
Equipamentos móveis com potência inferior a 4 kW e instalados como fixos só podem ser
usados para exames de extremidades.
Chassis nunca devem ser segurados com as mãos durante a exposição.
Exceto em mamografia, a tensão do tubo, a filtração (adicional) e a distância foco-pele devem ser
as maiores possíveis, consistente com o objetivo do estudo, de modo a reduzir a dose no paciente.
É proibida a realização de radiografia de pulmão com distância fonte-receptor menor que
120 cm, exceto em radiografias realizadas em leito hospitalar.
O filme, a tela intensificadora e outros dispositivos de registro de imagem devem ser de maior
sensibilidade possível, consistentes com os requisitos do exame. Cassete sem tela intensificadora
não deve ser utilizado para nenhum exame radiográfico rotineiro.
As vestimentas plumbíferas não devem ser dobradas. Quando não estiverem em uso,devem ser
mantidas de forma a preservar sua integridade, sobre superfície horizontal ou em suporte apropriado.
ATENDIMENTO DO PACIENTE
O atendimento será realizado sempre mediante solicitação medica, sendo assim o paciente deve ser
acolhido na recepção, feita uma ficha de atendimento e encaminhado para ser avaliado pelo medico de
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No caso de solicitação de exame feita por medico de outra unidade hospitalar, o paciente deve
ser acolhido na recepção, e o responsável pela recepção deve entrar em contato com o setor de RX
para avaliação do pedido de exame, estando nas condições adequadas para realização na unidade o
exame será realizado respeitando as diretrizes do SUS.
CONTROLE DE QUALIDADE
Todo equipamento de raios-x diagnósticos deve ser mantido em condições adequadas de
funcionamento e submetido regularmente a verificações de desempenho. Atenção particular deve
ser dada aos equipamentos antigos. Qualquer deterioração na qualidade das radiografias deve ser
imediatamente investigada e o problema corrigido.
O controle de qualidade previsto no programa de garantia de qualidade deve incluir o seguintes
testes.
a) Testes bianuais:
Valores representativos de dose dada aos pacientes em radiografia e CT realizadas no
serviço;
Valores representativos de taxa de dose dada ao paciente em fluoroscopia e do tempo de
exame, ou do produto dose-área.
b) Testes anuais:
Exatidão do indicador de tensão do tubo (kvp);
Exatidão do tempo de exposição, quando aplicável;
Camada semi-redutora;
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Alinhamento do eixo central do feixe de raios-x;
Rendimento do tubo (mgy / ma min m2);
Linearidade da taxa de kerma no ar com o mas;
Reprodutibilidade da taxa de kerma no ar;
Tamanho do ponto focal;
Integridade dos acessórios e vestimentas de proteção individual;
c) Testes semestrais
Exatidão do sistema de colimação;
Alinhamento de grade;
Integridade das telas e chassis;
Condições dos negatoscópios;
d) Testes semanais:
Temperatura do sistema de
processamento; Sensitometria
do sistema de processamento.
Testes relevantes devem ser realizados sempre que houver indícios de problemas ou
quando houver mudanças, reparos ou ajustes no equipamento de raios-x.
TÉCNICAS RADIOLÓGICAS
As técnicas de diagnóstico por imagem constituem uma das praticas mais importantes do
diagnóstico em saúde. O uso correto e preciso das técnicas radiológicas, denominação genérica de
todas as técnicas aplicadas no diagnóstico por imagem, exige de quem as utiliza uma gama de
conhecimentos que inclui a anatomia humana, a física radiológica, os princípios do posicionamento e
o completo domínio dos equipamentos e acessórios utilizados. Além desses conhecimentos, o
profissional que se põe a atuar nessa área deve possuir também um aprendizado prático que lhe
permita empregar as técnicas radiológicas de forma segura, eficiente e confiável.
O uso das técnicas radiológicas, no entanto, não deve ser feito apenas sob o
aspecto técnico. É da maior importância que o profissional considere sempre o paciente como um
ser humano que merece de sua parte todo o respeito e consideração.
Assim a vontade do paciente deve prevalecer sob qualquer aspecto, a menos que
ele se encontre inconsciente ou não esteja em condições de responder pelos seus próprios atos,
situação em que devemos ter a permissão de um responsável. É normal que pacientes internados
em instituições hospitalares tenham autorizações para ser submetida a toda forma de tratamento.
As técnicas radiológicas devem ser empregadas sob quatro aspectos importantes:
➢ O planejamento do exame;
➢ O posicionamento radiológico;
➢ A escolha dos fatores de exposição;
➢ Os recursos tecnológicos disponíveis.
Todos as técnicas radiológicas a serem aplicadas podem ser consultadas no livro Bontrager 8ª edição
que estará disponível dentro do setor de trabalho.
RESPONSAVEL TECNICO:
Marcos Vinicius Fonseca Noronha
Assinado de forma digital por
MARCOS VINICIUS FONSECA
NORONHA:05749068609
Dados: 2024.03.18 17:55:27 -03'00'
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