Variabilidade
Orlando Fernandes e Bruno
Análise do Movimento: Passagem 4
1 - Departamento de Desporto e Saúde; Escola de Ciências e Tecnologia; Comprehensive Health Research Center (CHRC), Universidade de Évora, Portugal
Introdução
Este foi um dos trabalhos propostos para a unidade curricular de Análise
do movimento/biomecânica, esta tem como objetivo apresentar a variabilidade
da dinâmica do apoio na Marcha e os seus respetivos resultados.
A biomecânica tem como objetivo estudar as causas, as forças e as
consequências das relações do movimento, sendo composta por 3 pilares: a
Cibernética, a Morfologia e a Mecânica, em que cada um irão estudar
diferentes componentes do movimento.
Esta vai estar dividida em várias áreas como a Cinemática, que pretende
estudar a descrição do movimento, e a Cinética, que aborda as causas do
movimento, ao abordarem de formas diferentes o movimento permite um maior
nível de conhecimento sobre o mesmo.
A variabilidade neste caso irá estar incorporada no âmbito da cinética,
uma vez que a marcha foi analisada consoante a força, tempo e impulso que
acontece durante a mesma.
Resultados
Metodologia
Procedimentos de recolha
Para a realização deste trabalho foi necessário o uso do sistema
Acqknowledge 4.0 e Excel. Sendo que anteriormente foram feitos ensaios da
marcha com colegas nossos em que estes tinham alguns sensores nas pernas
e a sua tarefa era andar, passando sobre a plataforma existente permitindo
assim a obtenção de informações e a gravação dos vários parâmetros que
decorrem durante a marcha.
Após nos serem dados os vídeos, este foram analisados de forma a
conseguirmos obter os valores da velocidade, aceleração, etc., para que
posteriormente conseguíssemos transmitir estes valores para o Acqknowledge.,
Ao colocar a informação na aplicação e serem ajustados os valores e unidades,
foram obtidos dois gráficos que identificavam a nossa parte da marcha. Com a
obtenção do gráfico era necessário selecionar apenas uma parte deste, de
forma a analisar apenas uma onda pormenorizadamente. Ao analisarmos essa
onda conseguimos obter valores da força máxima na fase de travagem, da
força mínima, da força máxima na fase propulsiva, do intervalo de tempo da
fase excêntrica, do intervalo de tempo da fase concêntrica e o tempo total da
marcha, isso sendo que cada parâmetro inclui o valor de cada passagem da
marcha obtendo 7 valores para cada um.
Procedimentos de cálculo
Os dados obtidos foram colocados numa tabela de Excel, para que depois
conseguíssemos realizar os cálculos da média, do desvio padrão e do
coeficiente de variação.
Para calcular a média bastou usar a formula MÉDIA do Excel e selecionar
as células pretendentes, para que este soma-se os valores e dividi-los por 7.
Docentes: Prof.
Gonçalves
Discente: Camila Correia nº48488
. Já para o desvio padrão o processo era semelhante, sendo que era Discussão
apenas necessário usar a forma DESVPAD e selecionar as células para que
A biomecânica como já foi dito, pretende estudar o movimento; a
depois fosse aplicada a formula.
análise do movimento é executada com o objetivo de determinar a
Por fim para calcular o coeficiente de variação, após serem calculados
existência de variações a nível da mesma. Por exemplo, para a
os valores das médias e dos desvios padrão, em cada parâmetro tínhamos
psicomotricidade a biomecânica é importante porque torna-se mais fácil a
de dividir o desvio padrão pela média e multiplicar por 100 para obter os
análise de uma criança, com o objetivo de identificar as suas dificuldades
valores do coeficiente.
para realizar um diagnostico mais pormenorizado a cerca do indivíduo, para
Na tabela 1 as abreviaturas correspondem a: Fz1 (força máxima na fase de
que quando formos delinear a intervenção e realizar a mesma com a
travagem), Fz2 (força mínima), Fz3 (força máxima na fase propulsiva), DTr
pessoa esta seja mais efetiva e precisa.
(tempo da fase excêntrica), DPr (tempo da fase concêntrica) e Delta Tt
Com a recolha de informação ser realizada através de uma câmara
(tempo total).
específica, com os sensores de movimento e a placa no chão, permite que
Na tabela 2 as abreviaturas tem o mesmo significado que na tabela 1 porém
quando formos analisar as imagens estas sejam mais precisas sendo que
existem mais duas que são a DesPad (Desvio Padrão) e CoefVar
temos a possibilidade de avaliar imagem por imagem. A única desvantagem
(Coeficiente de Variação).
que surgiu foi que como o trabalho foi realizado em grupo e não apenas
uma pessoa, assim como a análise, mesmo com o mesmo sistema e o
mesmo vídeo, irá sempre haver diferenças entre os valores que são
obtidos.
Com os resultados obtidos e através do gráfico é possível determinar
que a marcha da pessoa que realizou a filmagem, apresenta valores
normais sem qualquer anormalidade aparente.
Fig.1- Delta T da fase excêntrica. Fig.2- Delta T da fase concêntrica
Referências
Conteúdos lecionados na unidade curricular de Análise do
Movimento/Biomecânica.
Abrantes, J.(2019). Fundamentos de Análise em Biomecânica do
Movimento Humano. Edição MovLab. Disponível em: :
https://movlab.ulusofona.pt/lista-de-publicacoes/
Fig.3- Impulso Ativo Fig.4- Tempo de Apoio
Fig.5- Força máxima de travagem Fig.6- Força mínima
Tab.1- Resultados obtidos em cada passagem.
Fig.7- Força máxima na fase propulsiva
Tab.2- Resultados obtidos após a realização
dos cálculos consoante os valores da tabela 1.