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MÉTODOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO

AVALIAÇÃO :

FORÇA MUSCULAR
ADM
FLEXIBILIDADE
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MATERIAL PROFISSIONAL

KIT ACADÊMICO:
• Fita métrica
• Goniômetro
• Martelo neurológico
• Estesiômetro
• Esfingnomanômetro
• Estetoscópio
• Lápis dermográfico
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AVALIAÇÃO MUSCULAR
• O exame deve começar por uma avaliação qualitativa.

• Avaliação visual atenta do grupo ou músculo investigado.

• Sujeito avaliado:
- O mais desnudo possível;
- Posição confortável e relaxada;
• Ambiente:
- Bem iluminado;
- Temperatura agradável
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AVALIAÇÃO MUSCULAR

Variação do volume do ventre muscular:


• Normotrofia
• Atrofia (diminuição do relevo do músculo) – Achatamento.
• Hipertrofia (aumento do volume do músculo) – Proeminência.

Variação do tônus muscular:


• Normotonia: estado de leve tensão, resposta a estímulos.
• Hipotonia: tensão muscular diminuída.
• Hipertonia: elástica (espasticidade) ou plástica (rigidez)
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PERIMETRIA
Objetivo:
É o perímetro máximo de um segmento corporal, medido em
ângulo reto em relação a seu maior eixo.

Considerações:
• As medidas são feitas sobre a região alongada e relaxada;
• As medições são feitas bilateralmente de modo comparativo;
• Material utilizado: Fita métrica
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PERIMETRIA
Procedimentos:
1.O plano da fita deve estar adjacente à pele e suas bordas
perpendiculares em relação ao eixo do segmento que se quer
medir.
2.Medir o perímetro em sua extensão máxima, com o zero da fita
estando por baixo do valor da leitura.
3.Realizar as mensurações exercendo leve pressão sobre a pele.
4.Medir sempre sobre a pele nua
5.Determinar e marcar, sempre que possível os pontos de
referência anatômica com lápis dermográfico.
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PERIMETRIA
Medidas de Referência para Trofismo Muscular
• Membros Superiores (MMSS)
- A partir do Olécrano:
- a 05 cm, 10 cm e 15 cm para o braço.
- a 03 cm, 05 cm e 10 cm para o antebraço.

• Membros Inferiores (MMII)


- A partir da borda inferior da patela:
- a 10 cm, 15 cm e 20 cm para a coxa.
- a 15 cm, 20 cm para a perna.
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PERIMETRIA
Técnica de Mensuração
A fita métrica deve passar sobre a maior porção do músculo.

• Braço relaxado;
• Antebraço e Punho
• Coxa
• Perna
• Tornozelo
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DESEMPENHO MUSCULAR
Elementos Fundamentais do Desempenho Muscular:

• Força muscular:
Capacidade do tecido contrátil de produzir tensão, ou seja, é a
capacidade de levantar uma carga máxima.
• Potência:
Relação força x velocidade do movimento = rapidez
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DESEMPENHO MUSCULAR
• Os músculos do corpo precisam ser capazes de produzir,
sustentar e regular a tensão muscular de modo a suprir as
demandas da vida diária

• Os testes de resistência podem ser usados para examinar a


integridade dos miótomos.

• Miótomos: músculos ou grupos musculares servidos por uma


única raiz nervosa.
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DESEMPENHO MUSCULAR
• Fraqueza e Atrofia Muscular
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TESTES MUSCULARES
De acordo com Cyriax (1982), os testes musculares podem levar
aos seguintes achados:
• Contrações fracas e indolores indicam paralisia ou ruptura
total de uma unidade musculotendínea.
• Contrações fortes e indolores significam que os achados são
normais.
• Contrações fracas e dolorosas indicam patologia grave, como
ruptura muscular significativa ou presença de tumores.
• Contrações fortes e dolorosas indicam lesões contráteis de
grau I.
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TESTES MUSCULARES
Escala do Medical Research Council (MRC)

GRAU CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO


Músculos muito fortes e normais com amplitude de movimento
5 Normal
total e capazes de suportar resistência considerável.
Músculos com força satisfatória e amplitude de movimento total
4 Bom
e capazes de suportar resistências moderadas.
Músculos com amplitude de movimento total contra a gravidade,
3 Razoável
somente quando não for aplicada nenhuma resistência.
Músculos muito francos, com amplitude de movimento total
2 Fraco
apenas na ausência da gravidade.
Músculos com evidência de contrações leves, sem movimentos
1 Muito Fraco
efetivos.
0 Zero Músculos sem nenhuma evidência de contratilidade.
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TESTES MUSCULARES
• Testes manuais
• Objetividade e confiabilidade do teste
muscular :
Existe uma demanda crescente de
objetividade em relação às mensurações
do teste muscular.
Muitos defendem o uso de instrumentos
para eliminar o componente subjetivo dos
testes musculares manuais.
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TESTES MUSCULARES
Nas mensurações objetivas obtidas por meio do uso de aparelhos
atuais, deve-se considerar sua utilidade limitada, seu custo e sua
complexidade.
Testes de comprimento (realizados com precisão) podem prover
dados objetivos utilizando-se dispositivos simples, como goniômetros,
réguas ou fitas métricas para mensurar a distância.
Existe uma aceitação geral de que os testes realiza- dos pelo mesmo
examinador são os mais confiáveis.
Pesquisas: luva suficientemente sensível para registrar a pressão
sem interferir no uso da mão.
(KENDALL, 2007)
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TESTES MUSCULARES
• Dinamômetro isocinético
Estabilização adequada para
controlar variáveis e assegurar a
padronização de técnicas de testes.

(KENDALL, 2007)
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TESTES MUSCULARES
• Dinamômetro
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AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE

FLEXIBILIDADE = MALEÁVEL / ELÁSTICO

• Elasticidade: capacidade de voltar ao comprimento normal de


repouso após o alongamento.
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AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE
• Flexibilidade: habilidade para movimentar um segmento ou uma
série de segmentos através da amplitude indolor completa
disponível.

• Flexibilidade Estática: são os movimentos disponíveis de uma


ou várias articulações.

• Flexibilidade Dinâmica: é a facilidade de movimentos dentro de


uma amplitude possível.
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AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE
Considerações:

• É uma qualidade física responsável pela execução de movimentos


voluntários de amplitudes máximas, dentro dos limites fisiológicos,
dependendo da elasticidade e da mobilidade articular.

• É necessária para o aperfeiçoamento de atividades físicas, diminuindo


assim os riscos de lesões (KENDALL, 2007).
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AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE
Considerações:

• Em alguns casos, menos flexibilidade é melhor do que o


excesso, mas em algumas atividades, a flexibilidade excessiva
(frouxidão) é necessária.

• Os treinamentos de flexibilidade são um componente essencial


de qualquer programa de condicionamento para evitar lesões e
melhorar o desempenho.
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AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE
Considerações:

• Maior ADM;

• Perfeito relaxamento dos antagonistas;

• Prevenção de lesões;

• Eficiência da mecânica corporal.

(KENDALL, 2007)
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AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE
Fatores de Interferência:

• Encurtamento muscular;
• Imobilização Prolongada;
• Alteração Postural;
• Envelhecimento;
• Lesão Muscular.

(ALTER, 1999; KISNER & COLBY, 1998)


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AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE
Objetivo:
Determinar se uma estrutura específica ou um grupo de
estruturas possuem extensibilidade suficiente para executar uma
atividade desejada.

Mensuração:
- Goniômetro; - Fita Métrica;
- Fleximetro; - Testes Padronizados.
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AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE
Classificação:

• Angulares

• Lineares

• Adimensionais
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AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE
Testes Lineares:
• Caracterizados por expressar os seus resultados em uma escala
de distância, podendo ser medido por fitas métricas, réguas ou
trenas de mensuração.

• Teste de Sentar e Alcançar / Alcance Máximo


- Objetivo: Medir a flexibilidade do quadril, dorso e músculos
posteriores dos MMII.

(MARINS, 1991)
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AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE
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AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE
Testes Adimensionais:
• Não existe uma unidade convencional, tal como ângulo e
centímetros, para expressar o resultado obtido, como regra, eles
não dependem de equipamentos, utilizando-se unicamente de
critérios ou mapas de análise preestabelecidos.

• FLEXITESTE
- 20 Movimentos (Valor de 0 a 4)
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AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE
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AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE
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Goniometria
• Técnica de medida das articulações humanas.
“gonia” → ângulo
“metron” → medida

• Goniômetro Universal Instrumento de medida


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Goniometria
Posicionamento:
• Proximal e distalmente junto aos ossos da articulação avaliada.
• Braço Fixo / Braço Móvel
• Posição articular / quantidade de movimento possível
• Movimentos ativos e passivos

Informações fornecidas:
• Desenvolver os objetivos do tratamento.
• Avaliar o progresso ou não do Tto proposto.
• Modificar o tratamento.
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Goniometria
POSIÇÃO ANATÔMICA
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Goniometria
PLANOS E EIXOS E NOMECLATURA DOS MOVIMENTOS
Plano Sagital Plano Frontal Plano Horizontal
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Goniometria
PROCEDIMENTOS – COMPETÊNCIAS DO EXAMINADOR

• Posicionar e estabilizar corretamente o paciente e a


articulação testada.
• Utilizar posições alternativas quando necessária.
• Movimentar uma parte do corpo de acordo com a amplitude
adequada do movimento.
• Determinar o fim da ADM (sensação final) bilateralmente.
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Goniometria
PROCEDIMENTOS – COMPETÊNCIAS DO EXAMINADOR

• Palpar os pontos adequados.


• Alinhar o instrumento de medida com esses pontos.
• Aplicar a goniometria sempre do lado externo
• Ler o instrumento de medida.
• Fazer transposições matemáticas quando o instrumento não
ajustar-se a 0º na sua escala.
• Registrar corretamente as medidas.
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Referências Bibliográficas
BANDY, W. & SANDERS, B. Exercício Terapêutico: técnicas para intervenção.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

DUTTON, M. Fisioterapia Ortopédica: exame, avaliação e intervenção. Porto


Alegre: Artmed, 2006.
• KENDALL, Florence Peterson et al. Músculos: Provas e Funções - com postura e
dor. 5 ed. São Paulo: Manole, 2007.

KISNER, C. & COLBY, L. Exercícios Terapêuticos: fundamentos e técnicas. 5 ed.


São Paulo: Manole, 2009.

LESH, S. Ortopedia para o Fisioterapeuta. Rio de Janeiro: Revinter, 2005.

MAGEE, D. Avaliação Musculoesquelética. 4 ed. São Paulo: Manole, 2005.

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