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Alongamento Terapêutico
MÓDULO III
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores
descritos na Bibliografia Consultada.
MÓDULO III
1. Avaliação da flexibilidade
A avaliação da flexibilidade permite estabelecer parâmetros para prescrição
de exercícios de alongamento, identificar grupos musculares com déficit de
flexibilidade, além de possibilitar o correlacionamento entre dores músculo-
articulares e encurtamento muscular.
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zero a quatro, no total de cinco níveis de flexibilidade. O profissional que está
realizando o teste, força o movimento nas articulações do paciente até o ponto
máximo de amplitude, detectado pela resistência mecânica ao prosseguimento da
execução ou pelo relato de desconforto. O grau de flexibilidade é definido quando a
amplitude alcançada é comparada com padrões de flexibilidade, que vão de zero
(flexibilidade quase inexistente) a quatro (muito grande).
Os movimentos avaliados são: flexão e extensão do tornozelo; flexão e
extensão do joelho; flexão, extensão, abdução e adução do quadril; flexão, extensão
e flexão lateral do tronco; flexão e extensão do punho; flexão e extensão do
cotovelo; adução posterior do ombro com 180º de abdução; extensão com adução
posterior do ombro; extensão posterior do ombro; rotação lateral e medial do ombro
com 90º de abdução. Existe uma adaptação do flexiteste em que oito movimentos
são avaliados: flexão, extensão e abdução do quadril, flexão e flexão lateral do
tronco, extensão posterior e extensão com adução posterior do ombro, adução
posterior a partir da abdução de 180° do ombro.
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estendidos, e executa uma flexão do tronco à frente, registrando-se o ponto máximo,
em centímetros, atingido pelas mãos.
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2. Exame físico funcional da flexibilidade
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2.2.1 Movimentação ativa
2.2.3 Goniometria
Técnica de avaliação mais usada na prática da fisioterapia. É um
instrumento de diagnóstico funcional, capaz de medir de forma objetiva amplitudes
articulares através da utilização do goniômetro. O goniômetro é um instrumento
durável, lavável e de baixo custo que pode ser aplicado em quase todas as
articulações. Assemelha-se a um transferidor, com dois braços longos, um fixo e
outro móvel. Existe ainda um eixo, que deve estar alinhado com o eixo longitudinal
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dos seguimentos adjacentes à articulação. O centro deve ser posicionado sobre o
eixo da articulação a ser examinada.
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3. Conceitos importantes para o estudo das amplitudes articulares
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□ Transverso: plano que passa através do corpo em ângulos retos com os
planos coronais e mediano. Divide o corpo em partes superior e inferior.
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à Abdução: é o movimento para longe da linha média do corpo e adução
é o movimento de aproximação da linha média do corpo. As exceções a
esta definição de linha média são os dedos e os artelhos, onde o ponto
de referência para os dedos é o dedo médio.
à Adução: movimento que aproxima qualquer segmento corporal da linha
média do corpo.
à Circundação: é a combinação de todos esses movimentos numa
seqüência em que a parte da extremidade faz um grande círculo no ar,
enquanto as partes próximas à extremidade proximal fazem um círculo
pequeno.
à Rotação: movimento de um osso ou parte dele em torno de seu eixo
longitudinal. Se a superfície anterior se move em direção à linha média,
o movimento é chamado de rotação interna (medial). Se a superfície
anterior se movimenta para longe da linha média, é chamado de rotação
externa (lateral).
à Inclinação lateral: inclinação do tronco para a direita ou para a
esquerda.
4.1 Ombro
O ombro é constituído por um conjunto de cinco articulações, que
funcionam em sinergia para posicionar o membro superior no espaço ao nosso
redor, para fixá-lo contra o gradil costal nos momentos em que elevamos um objeto
pesado. Para regular a aceleração e a desaceleração do deslocamento angular do
braço quando atiramos uma pedra, e para uma série infindável de outros gestos.
Dentre as articulações do ombro, três são do tipo sinovial e duas são, "mecanismos
articulares" que, apesar de não contarem com características anatômicas próprias
de uma articulação, funcionam, do ponto de vista biomecânico, como articulações
importantes entre os segmentos da cintura escapular.
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A mobilidade do membro superior advém, em parte, das estruturas
conhecidas como o cíngulo do membro superior e articulação do ombro. Através
dessa unidade funcional, o braço, antebraço, punho e mão são conectados ao
esqueleto axial. Embora estruturalmente separados, o cíngulo do membro superior e
a articulação glenonumeral são funcionalmente inseparáveis.
Os componentes esqueléticos do cíngulo do membro superior incluem duas
clavículas, duas escápulas e o esterno. Estes ossos são responsáveis pela
transmissão de forças dos membros superiores para o corpo. Esta transmissão de
força segue um caminho definido pelas articulações associadas ao cíngulo do
membro superior. O cíngulo é considerado um sistema mecânico aberto, uma vez
que os lados: esquerdo e direito não são conectados diretamente e podem mover-se
de modo independente.
O ombro realiza os movimentos de flexão, extensão, abdução, adução,
rotação interna e externa, além de movimentos de abdução e adução horizontais e
movimentos escapulares (abdução, adução, elevação, depressão, rotação inferior e
superior, inclinação posterior e inferior).
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4.1.1 Articulações do ombro
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4.1.1.3 Articulação subacromial
Não é uma articulação verdadeira, porém, funciona como se fosse. É
formada pelo arco coracoacromial, a bolsa subdeltóidea e os tendões do manguito
rotador. Seu mecanismo de estabilização depende da ação dos sistemas
estabilizadores da articulação glenoumeral e também dos músculos
escapulotorácicos.
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4.1.2.2 Extensão do ombro
Movimento de retorno da flexão que ocorre no plano sagital. Os músculos
responsáveis por este movimento são o grande dorsal, redondo maior, deltóide
posterior, tríceps (porção longa) e peitoral maior. Neste teste, deve-se evitar a flexão
do tronco; a elevação e a adução da escápula e a abdução do ombro. Amplitude
articular: 0°- 50°.
Figura 07 - Goniometria: extensão do ombro
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4.1.2.4 Adução do ombro
Movimento do segmento aproximando-se da linha mediana, em plano frontal
e eixo ântero-posterior. Em geral, é uma redução de um estado prévio de abdução.
Os responsáveis por este movimento são o peitoral maior, grande dorsal, redondo
maior, subescapular, coracobraquial. Neste teste, deve-se evitar a flexão ipsilateral
da coluna vertebral, a depressão escapular e a rotação de tronco. Amplitude
articular: 0°- 40°.
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Figura 10 – Goniometria: rotação externa do ombro
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4.1.3 Resumo geral dos movimentos do ombro e amplitudes articulares
normais
Amplitude
Movimentos Músculos Primários
articular
4.2 Cotovelo
O cotovelo é um dos elos da cadeia biocinemática do membro superior.
Realiza a junção mecânica entre o primeiro segmento (braço) e o segundo
(antebraço) do membro superior. Permite em colaboração com o ombro, levar a mão
a posições mais ou menos distantes do corpo, em uma ação de ampla varredura
tridimensional.
Os constituintes ósseos da articulação do cotovelo são: o úmero,
proximalmente e a ulna e o rádio distalmente. Estes ossos formam três articulações:
a umeroulnar e a umeroradial, que possibilitam a flexo-extensão, e a radioulnar
superior, que, em conjunto com a radioumeral, possibilita o movimento de prono-
supinação.
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Estas três articulações são envolvidas por apenas uma cápsula articular
(tróclea), que geralmente é cilíndrica ou em forma de carretel. Os ligamentos
colaterais radial (lateral) e ulnar (medial) suplementam a estabilidade natural da
articulação do cotovelo.
O cotovelo realiza os movimentos de flexão, extensão, pronação e
supinação.
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côncava da cabeça do rádio desliza-se sobre o capítulo do úmero na pronação e
supinação, girando como pivô contra o capitulo.
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4.2.2.2 Extensão do cotovelo
Movimento que reduz uma flexão prévia. Trata-se, portanto, de uma
extensão relativa, sendo sua amplitude igual à da flexão. O principal músculo
responsável pela extensão do cotovelo é o tríceps. O movimento teste ocorre no
plano sagital. Ao realizar este teste, evitar a flexão do ombro e observar a posição do
antebraço, se não estiver na posição anatômica. Amplitude articular: 145°- 0/-5°.
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4.2.2.4 Pronação do cotovelo
Movimento de rotação medial do punho em relação ao cotovelo. Os
músculos envolvidos são os pronadores, redondo e quadrado. Ao realizar este teste,
manter o cotovelo próximo da parte lateral do tronco; evitar a abdução e a rotação
do ombro e a flexão lateral do tronco para o lado oposto. Amplitude articular: 0° -
90°.
Amplitude
Movimentos Músculos Primários
articular
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4.3 Punho e mão
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4.3.1 Articulações principais do punho.
4.3.1.1 Articulação rádio-ulnar distal
Articulação entre a extremidade distal convexa da ulna e a incisura ulnar
côncava no rádio. Apresenta um disco articular fibrocartilagíneo.
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4.3.2 Amplitude articular do punho e mão
4.3.2.1 Flexão de punho
Os músculos responsáveis pelo movimento são o flexor radial do carpo,
flexor ulnar do carpo e palmar longo. Ocorrem na articulação radiocárpica, no plano
sagital, nas articulações radiocárpicas e intercárpicas. Neste teste, certificar-se de
que os dedos estão relaxados; evitar os desvios: radial e ulnar do punho. Amplitude
articular: 0°- 90°.
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Figura 19 - Goniometria: extensão do punho
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4.3.2.4 Desvio ulnar do punho (adução)
Os principais músculos responsáveis por este movimento são o flexor ulnar
do carpo e o extensor ulnar do carpo. Na posição teste, o movimento ocorre no
plano frontal. Evitar a flexão ou extensão do punho. Evitar a pronação ou a
supinação do antebraço. Amplitude articular: 0°- 45°.
Amplitude
Movimentos Músculos Primários
articular
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4.4 Quadril e Pelve
A articulação do quadril é uma articulação esferóide formada pelo
encaixamento da cabeça do fêmur no acetábulo do osso do quadril. A cabeça do
fêmur forma aproximadamente dois terços de uma esfera. O acetábulo é uma
estrutura côncava que está angulada obliquamente em uma direção anterior, lateral
e inferior.
A cartilagem articular recobre ambas as superfícies articulares, sendo que a
cartilagem no acetábulo é mais espessa na sua periferia, onde ela se une a um lábio
de fibrocartilagem que contribui para a estabilidade da articulação. O acetábulo
também fornece um encaixe mais profundo que a cavidade glenóide. A despeito da
estabilidade inerente proporcionada à articulação por sua arquitetura e sustentação
ligamentosa, a articulação do quadril demonstra um alto grau de mobilidade.
Vários ligamentos espessos contribuem para a estabilidade do quadril. O
ligamento iliofemoral e o pubofemoral fortalecem a cápsula articular anteriormente
com um reforço posterior do ligamento isquiofemoral. Dentro da cápsula articular, o
ligamento redondo fornece uma inserção direta da borda do acetábulo até a cabeça
do fêmur. Várias bolsas estão presentes nos tecidos circunjacentes para auxiliar na
lubrificação.
O quadril realiza os movimentos de flexão, extensão, abdução, adução,
rotação interna e externa, além do movimento de circundação.
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4.4.1 Articulação do quadril
Articulação sinovial esferóidea com 3 graus de liberdade.
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4.4.2.2 Extensão do quadril
A extensão leva o membro inferior para trás do plano frontal. A amplitude da
extensão do quadril é mais fraca que a da flexão. Os músculos extensores do quadril
são os músculos da região glútea e posteriores da coxa:
- glúteo máximo;
- fibras posteriores de glúteo médio;
- fibras posteriores de glúteo mínimo;
- porção longa do bíceps femoral;
- semitendinoso;
- semimembranoso;
- porção extensora do adutor magno.
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4.4.2.3 Abdução do quadril
A abdução leva o membro inferior para fora e o afasta do plano de simetria
do corpo. Os principais músculos responsáveis por este movimento são o glúteo
médio, glúteo mínimo, o tensor da fáscia lata e as fibras superiores do glúteo
máximo. Neste teste, evitar a rotação medial ou lateral do quadril. Amplitude
articular: 0°- 45°.
Figura 25 – Goniometria: abdução do quadril
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4.4.2.5 Rotação interna do quadril
A rotação do quadril ocorre em torno do eixo mecânico do membro inferior. A
rotação interna é o movimento que leva a perna para fora. Com o joelho
completamente estendido, não existe a seu nível nenhuma rotação, e somente o
quadril é responsável pelo movimento.
Os rotadores internos são o glúteo mínimo, tensor da fáscia lata, fibras
anteriores de glúteo médio. Na posição teste, o movimento ocorre no plano
transversal. Evitar a rotação e a inclinação lateral da pelve para o mesmo lado; evitar
que a pelve se afaste da mesa. Amplitude articular: 0°- 45°.
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- grácil;
- adutores longo, curto e magno.
Neste teste, evitar a rotação da pelve para o lado oposto; evitar a adução do
quadril; evitar a inclinação contralateral da pelve e a flexão ou rotação ipsilateral do
tronco. Amplitude articular: 0°- 45°.
Amplitude
Movimentos Músculos Primários
articular
Flexão Psoas, ilíaco, sartório, reto femoral e tensor da fáscia lata. 0º - 125º
Rotação interna Glúteo mínimo; tensor da fáscia lata; glúteo médio. 0º - 45º
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4.5 Joelho
A articulação do joelho tipicamente classificada como uma sinovial em
dobradiça é a maior e mais complexa articulação do corpo. É vulnerável em atletas e
supostamente também em não-atletas. Trata-se de uma articulação intermediária do
membro inferior. Possui um grau de liberdade (flexão/extensão), que lhe permite
aproximar ou afastar a extremidade do membro da sua raiz. O joelho trabalha
essencialmente em compressão, sob a ação do peso.
Acessoriamente, o joelho comporta um segundo grau de liberdade: a rotação
sobre o eixo longitudinal da perna, que só surge quando o joelho está fletido. A
rotação interna leva a perna para dentro e intervém no movimento de adução do pé.
Os músculos responsáveis por este movimento são: semitendinoso,
semimembranoso, sartório, grácil e poplíteo. A rotação externa leva a perna para
fora e intervém no movimento de abdução do pé. O músculo responsável por este
movimento é o bíceps femoral.
O joelho engloba três articulações: duas femorotibiais e uma femoropatelar.
As duas primeiras são os locais onde os côndilos femorais medial e lateral fazem
contato, através de cartilagem articular interposta, com a face articular superior da
tíbia. A articulação femoropatelar é composta pela face articular da patela e face
patelar do fêmur. A patela é um osso sesamóide, que se caracteriza por seu
desenvolvimento dentro do tendão do músculo quadríceps.
A cápsula articular do joelho, diferentemente do que acontece em outras
articulações, não forma uma estrutura envolvente completa da articulação. Os
poucos ligamentos capsulares verdadeiros que conectam os ossos são auxiliados
por tecidos tendíneos dos músculos associados à articulação. Outras estruturas
ligamentosas importantes que estabilizam o joelho incluem os ligamentos poplíteo
oblíquo, poplíteo arqueado, colaterais medial e lateral e cruzados anterior e
posterior.
Os meniscos medial e lateral desempenham papel importante na função do
joelho. Auxiliam a estabilização da articulação, aprofundando as faces articulares da
tíbia, servindo como fonte de absorção de choque e transmissão de forças ao
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aumentar a área de superfície articular, aumentando a eficiência de a lubrificação
articular.
O joelho realiza os movimentos de flexão, extensão, rotação interna e
externa.
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4.5.2 Amplitude articular do joelho
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Figura 31 – Goniometria: extensão do joelho
Amplitude
Movimentos Músculos Primários
articular
4.6 Tornozelo e pé
O tornozelo é uma estrutura formada pela união de três ossos: tíbia, fíbula e
tálus. É classificada como uma sinovial em dobradiça em virtude de sua arquitetura
óssea, um sistema de ligamentos colaterais medial e lateral, a cápsula articular e a
parte distal da membrana interóssea. A articulação do tornozelo é crucial na
transmissão de força do corpo e para o corpo durante a sustentação de peso e
outras cargas. Arquiteturalmente, um encaixe ou abertura provida de borda, é
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formado pelos maléolos da tíbia e da fíbula no qual a face superior do tálus se
ajusta. Essa estrutura é uma importante fonte de estabilidade para a articulação do
tornozelo.
Os principais ligamentos que sustentam a articulação incluem a parte distal
da membrana interóssea, a cápsula articular, ligamento deltóide (medialmente) e
ligamento calcaneo-fibular (lateralmente); os quatro últimos são considerados
ligamentos colaterais.
É composto por três articulações: articulação talocrural (formada pela
extremidade inferior da tíbia e fíbula com o dorso do tálus); articulação subtalar
(entre o tálus e o calcâneo) e articulação tibiofibular (formada pela extremidade
inferior da tíbia e da fíbula).
Os movimentos envolvidos na articulação do tornozelo são: flexão plantar,
flexão dorsal, inversão e eversão do pé.
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4.6.1 Articulações do tornozelo e pé
4.6.1.1 Retropé
4.6.1.1.1 Articulação talocrural (tornozelo)
Articulação do tornozelo. É uma articulação uniaxial, do tipo gínglimo, em
dobradiça. Realiza movimentos de dorsiflexão e flexão plantar. Envolve a
extremidade inferior da tíbia e seu maléolo medial, o maléolo lateral da fíbula e o
corpo do tálus.
4.6.1.1.2 Articulação subtalar (talocalcânea)
Articulação sinovial plana localizada entre a face interior do tálus e a face
superior do calcâneo. O movimento do pé através da articulação subtalar pode ser
modelado representando-se o tornozelo como uma articulação esferóide. O gínglimo
uniaxial do tornozelo, combinado com o eixo da articulação subtalar, permite
efetivamente, ao pé, três eixos de rotação. Permite essencialmente dois
movimentos: inversão do pé (a planta do pé é virada medialmente) e eversão do pé
(a planta do pé é virada lateralmente).
4.6.1.1.3 Articulação tibiofibular
Articulação do tipo fibroso ou sindesmose. Dividida em proximal e distal.
Todas elas possuem um ligamento tibiofibular anterior e tibiofibular posterior.
4.6.1.2 Mediopé
4.6.1.2.1 Articulação transversa do tarso
Junção entre as articulações talonavicular, triaxial e calcaneocubóidea,
biaxial. Os ossos navicular e cubóide articulam-se de tal modo, que permitem
apenas um leve movimento e portanto, podem ser considerados um único segmento.
Vista por cima, a articulação transversa do tarso forma uma linha em forma de S. A
articulação permite movimentos da parte anterior do pé, com referência à parte
posterior. O movimento em torno desse eixo permite que o pé se adapte a uma
variedade de orientações da superfície durante a locomoção.
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4.6.1.3 Antepé
4.6.1.3.1 Articulações tarsometatarsais e intermetatarsais
Articulações sinoviais planas.
4.6.1.3.2 Articulações metatarsofalângicas
Articulações sinoviais condilóides com 2 graus de liberdade.
4.6.1.3.3 Articulações interfalângicas
Articulações em dobradiça sinoviais com um grau de liberdade.
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Figura 34 – Goniometria: flexão plantar
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entre o tálus e o calcâneo, o tálus e o navicular e o calcâneo e o cubóide. O
movimento ocorre nos planos transversal, sagital e frontal. Evitar a rotação medial e
a abdução do quadril. Amplitude articular: 0°-20°.
Amplitude
Movimentos Músculos Primários
articular
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4.7 Coluna vertebral
A coluna vertebral é composta por 33 vértebras, das quais 24 se unem para
formar uma coluna flexível. De cima para baixo, são classificadas como cervicais (C1
-C7), torácicas (T1-T12), lombares (L1-L5), sacrais (S1-S5) e quatro coccígeas. As
vértebras sacrais e coccígeas são denominadas vértebras falsas porque no adulto
são fundidas para formar o sacro e cóccix. As demais vértebras, cervicais, torácicas
e lombares, são denominadas verdadeiras porque permanecem distintas por toda a
vida.
O forame vertebral, através do qual passa a medula espinhal, é limitado na
frente pelo corpo vertebral e atrás pelo arco vertebral. Este arco é formado por dois
pedículos e lâminas. Os pedículos originam-se do corpo vertebral, enquanto as
lâminas se originam dos pedículos. Um processo espinhoso projeta-se para trás a
partir de sua origem na junção das lâminas, e dois processos transversos projetam-
se para trás e lateralmente a partir de sua origem nas junções dos pedículos e
lâminas. Dois pares de processos articulares, superiores e inferiores, unem
vértebras adjacentes. Os nervos espinhais em cada nível segmentar deixam a
coluna vertebral através dos forames intervertebrais, que são limitados pelas
incisuras vertebrais (superior e inferior) de vértebras contíguas.
A coluna vertebral é sustentada e protegida de forças, em parte, pelas
estruturas articulares. Os dois tipos de articulações na coluna vertebral são sínteses
cartilagíneas e sinoviais planas. O primeiro tipo é encontrado ao longo da coluna
vertebral, do áxis ao sacro, composto de discos fibrocartilagíneos entre os corpos de
vértebras adjacentes. Estes discos são contíguos com camadas de cartilagem
hialina nas faces inferiores e superiores dos corpos e são classificados como
sínfises. Na região torácica, os discos têm uma espessura quase uniforme, enquanto
nas áreas cervical e lombar são mais espessos na frente, o que contribui para as
curvas regionais. Os movimentos envolvidos nas articulações da coluna vertebral
são: flexão, extensão, inclinação lateral e rotação.
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Figura 37 – A coluna vertebral
4.7.1 Articulações
4.7.1.1 Articulação atlantoccipital (C0-C1)
A primeira vértebra cervical é denominada atlas. Não possui corpo. É um
anel ósseo circundando o forame vertebral. Em sua face superior existem duas
grandes faces articulares côncavas que acomodam os côndilos occipitais do crânio.
As articulações atlantoccipitais permitem movimentos de flexão e extensão. A
articulação tem uma cápsula frouxa reforçada pelos ligamentos atlantoccipitais
anterior, posterior e lateral.
4.7.1.2 Articulação atlantoaxial mediana (C1-C2)
A segunda vértebra cervical é denominada áxis, tem uma cavilha curta,
chamada de dente, que se estende verticalmente a partir de seu corpo para o
forame vertebral do atlas, onde um ligamento muito grande o separa da medula
espinhal. Este processo ósseo serve como um pivô em torno do qual o atlas gira
livremente, tornando possível girar ou balançar a cabeça de um lado a outro. O
movimento nessas duas articulações é livre, em comparação com as outras
articulações intervertebrais.
4.7.1.3 Demais articulações cervicais
Existem 14 articulações sinoviais dos processos articulares na coluna
cervical. No resto da região cervical, contudo, as articulações zigoapofisárias são
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inclinadas e, em geral, se situam orientadas com o plano frontal. Devido a esse
alinhamento, as articulações zigoapofisárias da região cervical permitem flexão e
extensão no plano sagital, flexão lateral no plano frontal e rotação no plano
transversal.
4.7.1.4 Articulações torácicas
Na região torácica, as vértebras se diferenciam por possuir faces costais
para articulação com as costelas. Há uma ou mais faces em cada lado do corpo.
Nos processos transversos há faces para articulação com os tubérculos costais.
Seus processos espinhosos são longos e delgados. As vértebras de T4 a T8 são
típicas. De T1 a T4 existem algumas características de vértebras cervicais. E as
vértebras de T9 a T12 possuem tubérculos semelhantes às vértebras lombares.
4.7.1.5 Articulações lombares
As pequenas estruturas que compõem uma articulação lombar entre os
processos articulares possuem cápsulas articulares, estruturas intra-articulares e
facetas articulares. As cápsulas articulares apresentam-se à margem dorsal,
superior e inferior de cada articulação apofisária. As fibras colágenas seguem em
direção transversal de um processo articular a outro. A cápsula fibrosa em seu nível
anterior é substituída pelo ligamento amarelo, posteriormente é reforçada pelas
fibras profundas do multifídeo. Na porção superior e inferior, a cápsula é frouxa e
forma bolsas de gordura.
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Figura 38 – Goniometria: flexão cervical
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Figura 40 – Goniometria: inclinação lateral cervical
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Figura 42 – Goniometria: flexão lombar
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Figura 44 – Goniometria: inclinação lateral lombar
Amplitude
Movimentos Músculos Primários
articular
Coluna cervical
Coluna lombar
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5. Glossário
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articulações sinoviais possuem três outras características básicas: cartilagem
articular, cápsula articular e cavidade articular.
Medula espinhal: porção do sistema nervoso central que está contida no canal
vertebral.
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Órtese: equipamento utilizado como auxiliar para funções anatômicas.
Osso sesamóide: denominação dada a um pequeno osso que está incrustado num
tendão ou numa cápsula articular.
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