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Funcional Moviment Screen (FMS)

Já ouviu falar em Funcional Moviment Screen (FMS)?


Trata-se de um sistema inovador usado para avaliar a qualidade do movimento
funcional de pacientes e atletas e requer a capacidade de observar os movimentos padrões
básicos.
FMS é composto por uma série de testes, com um sistema de classificação simples,
permitindo que o profissional inicie o processo de avaliação funcional do movimento em
indivíduos sem patologia reconhecida. Não se destina a diagnosticar problemas ortopédicos,
mas sim para demonstrar limitações ou assimetrias em indivíduos saudáveis com relação a
padrões básicos de movimento e, eventualmente, correlacioná-los com os resultados.
O FMS é composto por sete padrões de movimento fundamentais que requerem um
equilíbrio de mobilidade e estabilidade, sendo projetados para fornecer o melhor
desempenho do corpo. Os testes colocam o indivíduo em posições extremas em que os
pontos fracos e desequilíbrios tornam-se perceptíveis, deixando à mostra se a estabilidade
e a mobilidade estão sendo realizadas adequadamente.
Logo abaixo está a descrição de cada teste:
Teste 1: Deep Squad
É um teste que desafia mecânica total do corpo quando realizada corretamente. Ele
é usado para avaliar a mobilidade bilateral, simétrica e funcional dos quadris, joelhos e
tornozelos. O profissional avalia a mobilidade bilateral e simétrica dos ombros, bem como a
coluna vertebral torácica. A capacidade de executar o agachamento profundo requer ritmo
pélvico adequado, dorso flexão dos tornozelos, flexão dos joelhos e quadris e extensão da
coluna torácica, bem como flexão e abdução dos ombros.
Teste 2: Hurdle Step
Foi projetado para desafiar mecânica adequadas do corpo durante um movimento
de passar um obstáculo. O movimento requer adequada coordenação e estabilidade entre
os quadris e tronco durante o movimento pisar bem como a estabilidade da perna. O passo
obstáculo avalia a mobilidade funcional bilateral e estabilidade dos quadris, joelhos e
tornozelos. A execução do teste requer estabilidade na postura das pernas, tornozelo, joelho
e quadril, bem como máxima extensão da cadeia cinética fechada do quadril.
Teste 3: In-Line Lunge
É um teste que coloca o membros inferiores em uma posição que desafia o tronco e
as extremidades para resistir rotação e manter adequada alinhamento. Este teste avalia
torso, ombro, quadril e tornozelo mobilidade e estabilidade, flexibilidade do quadriceps e
estabilidade do joelho. A capacidade de realizar-lo requer estabilidade na postura de pernas,
tornozelo, joelho e quadril, bem como a cadeia cinética fechada de abdução do quadril.
Teste 4: Shoulder mobility
Avalia a mobilidade bilateral do movimento do ombro, combinando rotação interna
com adução e rotação externa com abdução. Também requer mobilidade escapular e
extensão da coluna torácica. A capacidade de realizar o teste de mobilidade do ombro
requer uma combinação de movimentos, incluindo abdução / rotação externa e flexão /
extensão e adução / rotação interna. Requerendo também a mobilidade escapular e da
coluna torácica.
Teste 5: Active Straight-leg raise
Testa a capacidade de desassociar a extremidade inferior, mantendo a estabilidade
no tronco. Avalia a flexibilidade dos isquiostibiais, gastronômico e sóleo, enquanto mantém
a pélvis estável e a extensão ativa da perna oposta. A capacidade de realizar o teste exige
flexibilidade funcional dos isquiostibiais, que é a flexibilidade que está disponível durante o
treinamento e competição.
Teste 6: Trunk Stability Push-up
Testa a capacidade de estabilizar a coluna em um plano anterior e posterior durante
um movimento do corpo superior de cadeia fechada. Ele avalia a estabilidade do tronco no
plano sagital, enquanto um movimento do membro superior é executada simetricamente.
Muitas atividades funcionais exigem que os estabilizadores do tronco transferiram força
simetricamente a partir das extremidades superiores para as extremidades inferiores e vice-
versa. Movimentos como o bloqueio no vôlei e pular no rebote do basquete são exemplos
comuns deste tipo de transferência de energia. Se o tronco não tem estabilidade adequada
durante essas atividades a energia será distribuída, levando ao mau desempenho funcional,
bem como maior potencial para micro lesão traumática.
Teste 7: Rotary Stability
Este teste é um movimento complexo que requer coordenação neuromuscular e
transferência de energia adequada de um segmento do corpo para outro. O teste avalia a
estabilidade do tronco em vários planos durante os movimentos combinados de membros
superiores e inferiores. A capacidade de realizar o teste de estabilidade rotativo requer
estabilidade do tronco assimétrica nos planos sagital e transversal assimétrica durante o
movimento do membro superior e inferior. Se o tronco não tem estabilidade adequada
durante essas atividades, a energia cinética será dispersa, levando a um mau desempenho,
bem como maior potencial de lesão.
Sistema de pontuação:
Os ensaios individuais têm certos critérios que devem ser realizadas a fim de obter
uma pontuação elevada. A pontuação é dividida em quatro critérios básicos:
ao indivíduo que realizou o movimento sem qualquer compensação de acordo com os
critérios estabelecidos é dado a nota 3;
ao indivíduo que realiza o movimento com padrões compensatórios e uma má
biomecânica é dado a nota 2;
ao indivíduo que não consegue executar o padrão de movimento mesmo com
compensações é dado nota 1
ao indivíduo que apresenta dor durante qualquer parte do movimento do teste é dado nota
0.
Em muitos casos, a flexibilidade do músculo e desequilíbrios de força, juntamente
com lesões anteriores não podem ser identificadas. Estes problemas, que foram
reconhecidos como fatores de risco significativo para a lesão, serão identificados usando
os FMS. Esta avaliação baseada em movimento vai identificar déficits funcionais
relacionadas com a propriocepção, mobilidade e estabilidade fraquezas. Se esses fatores
de risco podem ser identificados e tratados utilizando o FMS, então diminui de lesões e
melhor desempenho deve seguir.
Observação:
Tem-se observado que alguns atletas de alto desempenho são incapazes de
realizar estes movimentos simples sem gerar compensações e sem presença de dor.
Nesse caso, não seria interessante corrigi-los no ponto de vista da eficiência, pois uma
compensação pode estar levando aquele atleta a conseguir resultados satisfatórios no seu
esporte e corrigi-los poderia trazer danos. Do ponto de vista biomecânico seria muito
interessante a correção devido ao desgaste das articulações.

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